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K-WEB: PLATAFORMA TECNOLÓGICA DIGITAL DE INOVAÇÃO CURRICULAR\nK-WEB: DIGITAL TECHNOLOGICAL PLATAFORM FOR CURRICULUM INNOVATION\n\nPAULO DA SILVA Quadros\nPós-doutorado - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP)\npsquadro@gmail.com\n\nResumo: A pesquisa em questão tem teor exploratório e descritivo, pois visa elucidar o uso de tecnologias de informação e comunicação, voltado às possibilidades de inovação curricular nos processos de construção do conhecimento educacional, que pode tanto beneficiar o campo de ensino presencial quanto a Educação a Distância. A plataforma K-Web (acrônimo inglês para teia do conhecimento), idealizado por James Burke, condiz com uma tentativa conceitual de propor mediações tecnológicas do conhecimento a partir de uma perspectiva crítica livre, circular, reticular, transdisciplinar e pós-estruturalista. Mundialmente conhecido por suas indagações originais e audaciosas quanto ao modo como o conhecimento do ser humano se articula em redes complexas de relações sociais, construídas ao longo do espaço e tempo, Burke propõe que o critério para acompanhar o entendimento desta complexidade de produção do conhecimento é atualizar continuamente os enfoques tecnológicos de interpretação do conhecimento.\n\nPalavras-chave: Teia do conhecimento. Conexões. Mapas conceituais. Realidade imersiva. Conhecimento mediado por tecnologias.\n\nAbstract: The research in question has exploratory and descriptive content, once it aims to clarify the use of information and communication technologies, considering the possibilities of curriculum innovation in the processes of educational knowledge that can benefit both the presential teaching as the distance education. The K-Web platform (English acronym for the web of knowledge), designed by James Burke, matches as a conceptual attempt to propose technological mediations of knowledge from a critical perspective as well as free, circular, reticular, transdisciplinary and poststructuralist one. Worldwide known for his unique and audacious investigations about how the knowledge of the humans being articulates into complex social networks of relationships, built over space and time, Burke proposes that the criterion to keep up with the understanding of this complexity of knowledge production is to upgrade continuously the technological approaches referring to interpretation of knowledge.\n\nKeywords: Knowledge web. Connections. Conceptual maps. Immersive reality. Technology mediated knowledge.\n\nIntrodução\nO pesquisador britânico James Burke (1936) tem se notabilizado, ao longo de 50 anos, como um dos maiores expoentes internacionais no campo da difusão da História da Ciência e Tecnologia, dedicando-se continuamente a atividades de jornalismo, comunicação e divulgação científica, com implicações no cenário educacional contemporâneo, principalmente no campo do ensino e currículo de epistemologia da didática, em que pesa o uso de tecnologias contemporâneas aplicadas à educação. Formado em Letras pela Universidade de Oxford, recebeu ao longo de sua vida inúmeros títulos de doutor honoris causa por sua contribuição significativa à humanidade no campo da difusão da ciência e tecnologia.\n\nSeu trabalho jornalístico ficou marcado pelo período quando se tornou diretor jornalístico, responsável pela cobertura das missões Apollo na Era, dentro da rede televisão da BBC de Londres, durante a década de 1960. Sua carreira profissional inclui-se, no campo da comunicação, por meio de entrevistas radiofônicas com cientistas e intelectuais renomados, possibilitando um espaço para esclarecer a relevância de conexões epistemológicas, que transformam a vida cotidiana das pessoas comuns. um dos maiores expoentes internacionais no campo da difusão da História da Ciência e Tecnologia, dedicando-se continuamente a atividades de jornalismo, comunicação e divulgação científica, com implicações no cenário educacional contemporâneo, principalmente no campo do ensino e o currículo da epistemologia da didática, em que pesa o uso de tecnologias contemporâneas aplicadas à educação. Formado em Letras pela Universidade de Oxford, recebeu ao longo de sua vida inúmeros títulos de doutor honoris causa por sua contribuição significativa à humanidade no campo da difusão da ciência e tecnologia.\n\nA série inicial de Conexões (1979) recebeu inúmeros prêmios internacionais. Filmada em mais de 19 países, contando com recursos de 150 locações, atingiu o maior público televisivo da história da televisão norte-americana para um documentário científico durante a sua época de exibição, além de conseguir uma maior audiência na história televisiva mundial.\n\nAinda de acordo com Quadros (2002), em termos conceituais, Conexões se respectiva ao nó como eventos, pessoas e situações têm relações de causa e efeito, o primeiro vista não são facilmente identificáveis. No entanto, Burke também dativamente como decisões e ações podem ser perfeitamente relacionais em cada um dos temas, mostrando-se objeto de estrutura e rearticulação contínua. Os principais eventos sintonizados sendo utilizados na relação de uma tentativa de estudo Sherck-Harber, Burke investiga cada abordagem e traz a esses casos que contém um caráter exploratório do humano, na tentativa de explicar o processo fundamental das mudanças tecnológicas, com seus impactos socioculturais decorrentes; pois, de acordo com sua acuidade perceptiva (QUADROS, 2009b), existe uma conexão natural entre as coisas (fatos, eventos, pessoas etc.). Contudo, se o vínculo concreto nunca tinha sido relatado anteriormente por alguém ou por um mediador cultural, jamais será possível saber-se onde realmente se encontra na realidade, podendo permanecer obscuro para sempre. De acordo com jornal Washington Post, Burke pode ser visto como \"uma das mais intrigantes mentes no mundo ocidental\"; já que sua influência no campo da compreensão pública no reconhece as noções de ciência e tecnologia e referência constante por diversas fontes renomadas de prestígio intelectual, científico e empresarial, que vai desde membros do Instituto Smithsonian ao diretor-executivo da Microsoft, Bill Gates.\n\nDurante toda a sua trajetória profissional como comunicador científico, ele produziu, dirigiu, executou e apresentou várias séries científicas populares relevantes de televisão, pela BBC, PBS e Discovery Channel, o que possibilitou a realização de diversos caminhos interpretativos para a disseminação para um público em escala mundial.\n\nApós o grande sucesso de Conexões, outras séries de documentários científicos se seguiram, entre as quais podemos destacar, principalmente: The Burke Special (1972-1976), série com um forte involvimento e indagações investigativas sobre conceitos científicos; The Real Thing (1979), que examina o cérebro e a natureza da percepção humana do mundo ao redor, em termos do que é real (verdadeiro) e não real (imaginário); The Neuron Suite (1982), uma minissérie sobre o cérebro humano, didaticamente apresentada a partir de metáforas coletivas do cotidiano comum, palpitável e compreensível ao público leigo; The Day the Universe Changed (1985), que enfoca os aspectos filosóficos em relação aos avanços tecnológicos desenvolvidos, ao longo do tempo, na cultura ocidental; e After the Warning (1989), série pioneira que se propõe a discutir as consequências do efeito estufa no meio ambiente.\n\nMuitos desses teledocumentários transformaram-se posteriormente em livros, editados em formatos com design gráfico compatível com as abordagens interpretativas adotadas, de acordo com o conceito original, produzido em formato televisivo. No entanto, outras obras de cunho baseado-literário foram elaboradas em parceria com estudiosos interessados em explorar novas áreas do conhecimento científico, como, por exemplo: O presente do Fazedor de Machados: Os Dois Cumes da História da Cultura Humana (The Axemaker's Gift), única obra traduzida para o idioma português, escrita em coautoria com o neurocientista Robert Ornstein, diretor do Instituto para o Estudo do Conhecimento Humano, com sede em Los Altos, Califórnia, Estados Unidos.\n\nOutros livros de sua autoria, que merecem destaque especial são: The Pinball Effect: How Renaissance Water Gardens Made the Carburator Possible and Other Journeys (1997); The Knowledge Web (1999); Circles: Fifty Roundtrips Through History, Technology, Science, Culture (2000), Twin Tracks: The Unexpected Origins of the Modern World (2003) e American Connections: The Founding Fathers. Network (2007). rádio, a televisão, o telefone, o celular, o computador, as tecnologias móveis, a multimídia, a internet, os ambientes imersivos de realidade expandida, as redes neurais, os mapas conceituais e, finalmente, a internet, por exemplo, procurando compreender incessantemente como tais elementos influenciam, de modo constante, dadas as suas subsequentes inovações, vinda a afetar o comportamento dos seres humanos no tocante ao seu ambiente de trabalho, a educação, a pesquisa e ao campo dos negócios. Com isso, ele estabeleceu um nível de reflexões propositivas a respeito de como os computadores e outros artefatos tecnológicos emergentes podem exercer outros papéis significativamente construtivos na modo como vivemos, aprendemos, ensinamos e nos comunicamos uns com os outros, durante décadas futuras.\n\nTendo em vista uma aproximação conceitual com as elucidações apontadas por Assmann (2001, p. 19), destaca-se que este processo se insere na dinâmica de uma verdadeira sociedade aprendente. A educação inteira passaria a entrar definitivamente “em estado de aprendizagem e transformar-se-ia numa imensa rede de ecologias cognitivas”. Em termos educacionais, isso suscita a ideia de parcerias cognitivas permanentes entre professores e alunos durante o processo de construção do conhecimento, transformando a escola, de modo substancial, numa organização responsável.\n\nSegundo ainda a linha de raciocínio idealizada por Assmann (2001, p. 92), as instituições educacionais irão tornar-se aprendentes na medida em que sejam capazes de propiciar ambientação coletiva de experiências de trocas de aprendizagens, que é o que define a ambiência (mundo contextualizador), em que se configuram sistemas complexos e adaptativos. O que demandará, segundo ele (2001, p. 80), por sua vez, crescente necessidade de versatilidade e criatividade nãoordem por parte de todos os envolvidos, num contexto de autonomia intelectual correlacionado ao conjunto de coletivos interagentes.\n\nComplementando, Quadros (2002) expõe como a ideia do conhecimento definido por Burke tem correlação essencial como dos enfoques pedagógicos que vinculam as tecnologias da informação e comunicação aplicadas à educação com os estudos dos conhecimentos: metacognição e educação baseada no cérebro. inibem a aprendizagem complexa (QUADROS, 2002, p. 88). Outro aspecto relevante é a noção de plasticidade cognitiva (plasticidade neuronal) que configurou ao cérebro uma característica regeneradora das conexões sinápticas, definidas por sucessivos processos de interações entre o sujeito (conhecedor) e o seu ambiente (conhecimento), o que favorece na construção de novos sentidos e novos conhecimentos (QUADROS, 2002, p. 89).\n\nDado o caráter atual de suas ideias jogadas no campo do ensino inovador, Burke tem contribuído no meio acadêmico e educacional em várias frentes, a partir das suas visões originais que programou vislumbrar o futuro da ciência e tecnologia com seus desdobramentos na vida social cotidiana. É evidenciado frequentemente par misturar conferências sobre assuntos relacionados à tecnologia e mudanças sociais, em vários institutos de pesquisa e grandes corporações internacionais, a saber: NASA, MIT, IBM, Microsoft, agência governamentais dos Estados Unidos, Conselho Mundial de Negócios, além de ter se tornado conselheiro da National Academy of Engineering (Academia Nacional de Engenharia) nos Estados Unidos, da Lucas Educational Foundation, do produtor cinematográfico George Lucas e do polêmico projeto científico Seid; sendo que também é colaborador da revista Scientific American e Enciclopédia Britânica On-line, pela qual elaborou um ensaio sobre o tema da invenção.\n\nPlataformas Tecnológicas Multimodais e Perspectivas Interpretativas\n\nConfirmamos os estudos investigativos realizados por Quadros (2009c, p. 239), a primeira experiência de Burke para adaptar o seu conceito de conexões na Era Digital, por intermédio da criação de um CD-ROM interativo, intitulado Connections: It’s A Mind Game (Conexões: É um Jogo da Mente, 1995).\n\nFigura 1 – Apresentação de um dos cenários imersivos e da sequência de ícones que serve para estabelecer a cadeia de conexões entre invenções e ambientes históricos no jogo Conexões\n\n² Sigla em inglês para Search for Extraterrestrial Intelligence (Busca por Inteligência Extraterrestre). Criado por iniciativa do físico e astrônomo americano Carl Sagan, trata-se de um grupo de pesquisadores e cientistas de várias áreas do conhecimento que investigam a possibilidade de vida no universo. Produzido pelo próprio Burke, esta plataforma foi configurada como um ambiente de jogo interativo em 3D, cujo objetivo é simular diversos cenários históricos virtuais, fazendo com que o usuário tenha de identificar, a partir de pistas fornecidas, as relações existentes entre invenções, locais e tempos históricos. Na verdade, do ponto de vista didático-pedagógico, trata-se de um jogo de estratégias e de quebra-cabeças, em que o desafio é reparar vínculos na história do conhecimento para que se recupere a percepção de uma grande teia de relações de causa e efeito entre tempo e espaço.\n\nSegundo o raciocínio proposto por Santella (2004, p. 33), a Era Digital transforma as noções de leitores tradicionais contemplativa (meditativo) e movente (fragmentado) para a visão de um leitor imersivo que conecta “nós de nexos, num roteiro multilianer, multimedia e labiríntico que ele próprio ajuda a construir e integrar com os sentidos externos: imagens, documentação, músicas, vídeos etc.”. A autora ainda mescla sua subjetividade na “intersubjetividade de infinitos textos numa grande caleidoscopia tridimensional em que cada novo é não pode conter uma outra grande rede numa outra dimensão.” Comparativamente ao jogo de estratégias idealizado por Burke, Quadros (2009c, p. 241) argumenta que “o leitor imersivo navega pelos cenários virtuais em busca de interpretar sentido relacionado aos eventos, ideias e inventos dispersos em espaços e tempos desconheços”.\n\nA partir de 2004, Burke criou um website em formato estético de blog, com o objetivo de dificultar a sua visão de um sistema holístico e interdisciplinar do conhecimento – knowledge Web (<wwwk-web.org>). Em 2009, foi incluído em sua configuração um sistema de mapeamento interativo digital, para que pudesse ser utilizado como meio facilitador de ensino, ferramenta de inovação e gestão do conhecimento, tendo em vista tornar-se uma tecnologia prognosticadora para potencializar a criação de novos conhecimentos. são ensinados para a compreensão do avanço científico e tecnológico, compondo uma grande teia de conhecimento que articula espaço e tempo, de um modo transversal, percorrendo pontos de bifurcações que culminam no cenário histórico de outros conhecimentos influenciantes na trama impressionável de construção.\n\nA partir dos teledocumentários Conexões 1 e 2, Burke elaborou o livro Conexões (1995) no formato enciclopédico, contendo ilustrações de fatos e acontecimentos. Nele, o pensador demonstra como cada ser humano é capaz de alterar e influenciar significativamente o curso da história, pois, para ele (1998), qualquer coisa que se faça durante o curso do presente em nossas vidas poderá eventualidade modificar o mundo futuro. Sendo que, segundo Burke, pessoas autodidactas, autodidatas, conjuntamente empecadas, ocasionadas por determinar a diferença em seu tempo, como, por exemplo, o caso do mecanismo que se realizou um mínimo ajuste em uma bomba de ar a vapor, culminando no processo de desenvolvimento Rutherford, o qual ele conhece pessoalmente. Assim, segundo Burke (1999) enuncia. Outro exemplo elucidado por ele é o de um meteorologista do século XIX, responsável pela invenção de um dispositivo de fazer nevoa, demonstrando que o átomo podia ser dividido. Te técnico recolheu a história de outro físico Ernest Rutherford, o qual ele conhecia pessoalmente. Assim, segundo Burke (1999), não há necessidade de um Einstein para deixar nossas maçaras pessoais em termos de eventos significativos, na história do conhecimento científico, uma vez que todos nós somos capazes de provar nossas contribuições relevantes ao desenvolvimento da cultura científica.\n\nJá o documentário Conexões 3, de 1997, atualiza-se as versões anteriores (1 e 2), acrescentando a esta uma percepção tecnológica mais recente: o conceito de hipertexto e dos portais de informações como método interpretativo do conhecimento (BURKE, 1999). No final de cada episódio, é possível se recapitular as conexões feitas desde o início, com representações compostas de imagens iconográficas que remetem resumidamente a cada cena histórica tratada (QUADROS, 2009b). Cada uma destas cenas é reativada com um nó dentro de uma rede de articulações que transpõe a noção de tempo e espaço histórico, relacionando o conhecimento num encadeamento circular contínuo (QUADROS, 2009b).\n\nDeste modo, Burke (1998) argumenta que as tecnologias de informação digital possibilitam a apresentação dos dados históricos em forma de \"teia\", interligando toda a informação em uma base de dados complexa. Eis um exemplo de ligação em forma de teia demonstrado pelo autor (BURKE, 1999, p. 289-299):\n\nRolos para higiene, inventados em resposta a calamidades sanitárias resultantes dos desenvolvimentos sanitários do século XIX, provocados por uma epidemia de cólera, cujos efectivos se faziam alheios à pior legislação da saúde pública, que descartavam as normas de higiene para suas empresas, para linhas de produção que introduziam técnicas de processo continuo que ainda produziriam os rolos de papel higiênico. comum ou popular. Segundo ele, que pela própria natureza interconectada da teia, é possível se navegar também a partir do ponto de entrada escolhido, passando-se por várias rotas de interligações, adaptáveis perfeitamente aos interesses particulares de nível de percepção cognitiva de cada um.\n\nEssas rotas selecionadas bifurcam-se em meio a novas rotas de interligação contínuas que fornecem caminhos para outros conhecimentos a serem percorridos, o que provém liberdade para que o usuário selecione justamente aquelas que estejam também de acordo com o seu grau e experiência de conhecimento.\n\nTais jornadas pelo conhecimento quase sempre conduzem a caminhos inusitados e inconcebíveis, quando se percebe a articulação imprevista e a invenção do rolo de papel higiênico, a história da fabricação de vasos, surgindo do latim medieval e a concepção da física quintessencial por exemplo (BURKE, 1998).\n\nDeste modo, Burke afirma que não há interferências diretas para se chegar aos conhecimentos desejados, denotando outra percepção de currículo educacional, a partir do conceito de teia, ao defender que o aluno constrói praticamente o seu próprio conhecimento, tendo em vista o próprio trajeto escolhido por ele para percorrer na teia, imersa em inúmeras bifurcações rizomáticas, reentrâncias e porosidades intermitentes (QUADROS, 2009b).\n\nCaminhar na teia do conhecimento, para Burke (1999), simboliza a mesma experiência imersiva de um caminhar pelas ruas de uma grande metrópole ou até mesmo pelas vínculos hipertextuais e portas de informações de rede internet, sendo que a viagem (o processo) se torna mais significativa que o ponto de partida ou de chegada, que constatundas dados isolados sem a grande riqueza de relações.\n\nBurke (1998, p. 299) assinala que este processo de acesso ao conhecimento corresponde a outro modo de conceber a inteligência, vista não mais como a capacidade humana de armazenar e recuperar informações, mas, sim, como a imaginação criativa que o aluno possui para construir a própria jornada do conhecimento, dentro da teia que acentua campos de relações infinitas. segundo esta mesma linha de raciocínio, o livro Teia do Conhecimento rescreve a série Conexões 3, dentro do ativo do hipertexto, por tais informações e do conhecimento em rede, realizando jornadas de conhecimentos, simbolizadas em dez capítulos, que preocupam a grande teia de conhecimento, como uma grande intermitente na linha de informação.\n\nNeste aspecto, Burke (1999, p. 19) enuncia que há vários modos distintos de se ler o livro dele, da mesma forma como que muitos mesmo diferentes, se tratem assim como se vissem para tela de conhecimento. Para o modo mais fácil e lê-se simplesmente do início ao fim, sem desvio, relacionando as histórias ao longo das páginas, apresentando-se notas, referências em cadeia, concebido desde o aparecimento da escrita alfabética há cerca de 3.500 anos.\n\nMas outra forma inteiramente distinta seria de ler o livro como nossos professores uma ideia dissertam para nunca se fazer. Eis sendo o lado proposto por Burke a partir dos pontos já fixados ao longo do livro, pelos quais a linha do tempo de uma jornada particular é capaz de conduzir o leitor para um portal de informações dentro da teia. Este mesmo portal cruza na linha do tempo diferentes jornadas possíveis e não lineares, contrastadas com o caminho de leitura convencional de ler o livro. Cada porta corresponderá de localização do lugar se encentra a passagem para outra jornada do conhecimento, que se abre em várias das situações em ações sucessivamente, conforme o retorno de leitura selecionada. Estas coordenadas de tempo e espaço, contém o livro, poderão ser escolhidas livremente, possibilitando partir de qualquer ponto desejado, uma vez que os portais. Estes encadeamentos conceptuais, que percorrem praticamente todo o livro, como uma imensa trama de relações do início a fim, aderem maior complexidade à leitura e interpretação do conhecimento, que pode ser relido e reescrito interminavelmente, constituindo suppostos novos narrativos, ou seja, novos modos de contar a história do conhecimento.\n\nComo há 142 parágrafo disponíveis no livro, isto quer dizer que se concebe, no mínimo, 142 modos distintos para se ler e interpretar a história do conhecimento descrita nele, o que reforça, para Burke, a ideia de uma unidade de percepção comum no cotidianas vida de todas as pessoas, ou seja, como elas todas articulam determinadas certas situações, eventos e objetos de seus interesses no dia a dia.\n\nIsto se relaciona a outro ponto importante que Burke (1999) defende intensivamente, ou seja, que a intenção equivocada de se valorizar determinados saberes em relação aos outros acaba por negar o potencial crítico-reflexivo que muitos deles têm para oferecer em relação ao contexto sócio-histórico em que foram criados, bem como a fecundidade criadora que provém delas para se gerarem novos conhecimentos estratégicos que acabam por transformar a sociedade como um todo. Burke (1999) também questiona o fato de o mérito de atribuição de certos inventos, obras, pensamentos e ideias e tendências serem dados particularmente a certos inventores, cientistas e intelectuais notoríos, demonstrando que nem sempre a atribuição oficial creditada é, por natureza, legítima. Para ele (1999), existem determinados atores sociais que também contribuem para a construção do conhecimento científico e, que nem sempre aparecem evidenciados. E, por isso, é necessário se preparar e investigar todo o processo histórico-cultural que propiciou o surgimento e a descoberta de certos conhecimentos, mostrando que, nos passado, tais conhecimentos científicos e tecnológicos eram um dado cultural comum a toda a sociedade daquela época, havendo uma livre troca deles entre diversos indivíduos interessados.\n\nA plataforma tecnológica K-Web\n\nO termo K-Web (Knowledge Web – teia do conhecimento) faz alusão ao livro homônimo publicado por James Burke em 1997, ampliado para outro estágio de desenvolvimento imersivo e pedagógico da construção do conhecimento, novamente ressaltando a emergência da internet como uma grande rede de conhecimento em benefício da educação.\n\nNo projeto K-Web, os conteúdos didáticos e ideias elucidadas por Burke, em meios de comunicação, passam a emergir uma plataforma de software capaz de integrar variados formatos e uma comunicação contextual interativa via internet. O objetivo do K-Web é abrir o campo para novas perspectivas de representação do conhecimento científico e cotidiano de múltiplas interfaces conectivas, empregadas como ferramentas culturais, ou seja, meios de produção de novos conhecimentos, a partir do design do conhecimento em teia, permitindo ingressar base de dados interativos com recursos de imersão digital, em que o usuário (aluno/aprendente) passa a se transformar em ator imersivo, podendo penetrar na dimensão do cenário histórico virtualmente, interagindo em um personagem dentro do enredo histórico simulado por computador, reconstituindo-o, vivenciando-o como personagem ocular do momento histórico.