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Engenharia Civil ·

Mecânica dos Solos

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CLASSIFICAÇÃO GENÉTICA DOS SOLOS E DOS HORIZONTES DE ALTERAÇÃO DE ROCHA EM REGIÕES TROPICAIS\n\nGENETIC CLASSIFICATION OF SOILS AND ROCK WEATHERING LAYERS IN TROPICAL REGIONS\n\nLuiz F. Vaz, Geólogo\nThemág Engenharia\n\nRESUMO\n\nApresenta-se uma breve revisão das classificações genéticas de solos, discutindo-se as bases para a formulação dessas classificações, tanto para solos residuais como transportados. Para os solos residuais propõe-se um perfil de intemperismo, definido através de processos de escavação e de perfuração, com dois horizontes de solo e três de rocha. Os tipos de solos transportados são definidos de acordo com seu processo de origem. São apresentados critérios de campo para a identificação dos diversos horizontes de solo e rocha, incluindo procedimentos para a atribuição de classes de alteração a grupos de rochas em função das suas características de resistência mecânica.\n\nABSTRACT\n\nA brief review of the genetic soil classification systems and the basis for the development of those systems are discussed, both for residual and transported soils. A weathering profile for residual soils is proposed based on excavation and drilling methods with two soil horizons and three rock horizons. The transported soil types are defined according to their origin. Field criteria for identification of the soil and rock horizons are presented, including procedures for association of weathering classes to rock groups according to compressive strength characteristics. 1. INTRODUÇÃO\n\nO advento da classificação de Casagrande, no final da década de 40, sistematizou e identificou os solos segundo suas propriedades texturais e plásticas, tornando universal a classificação dos solos através características do material deformado. Entretanto, Casagrande (1948), além de sugerir a descrição do estado do solo, reconhecia que toda investigação geológica, es tabelando dois tipos de solos conforme a origem: residuais, produzidos pela alteração \"in situ\" da rocha e transportados, subdividindo, estes últimos, conforme o processo de deposição.\n\nNa década de 50, os engenheiros de solos trabalhando em países de clima tropical, como o Brasil, verificaram que os solos residuais dessas regiões apresentavam horizontes onde as propriedades usualmente relativas ao estado do solo eram insuficientes para caracterizar seu comportamento. A principal diferença ocorria na textura do solo residual, onde as estruturas remanescentes das rochas de origem eram capazes de\n\nmaduro, argiloso e poroso; solo residual jovem, silto-arenoso, com a presença de estruturas relictuais e rocha alterada, cuja remoção obrigatória é o uso de explosivos.\n\nVaz (1969) apresenta uma classificação baseada em perfil de intemperismo, com cinco horizontes, dos solos e três de rocha: I, solo residual, profundo, homogêneo e isotrópico; II, solo de alteração, heterogêneo e anisotrópico; III, solo residual mole, escavável e picareta e rocha alterada dura e está, es últimas escaváveis somente com explosivos.\n\nDecree e Patton (1971) realizam extensões estudando sobre perfis de intemperismo em regiões de clima tropical, inclusive no Brasil, propondo três horizontes de solo e três de rocha: horizonte I, de solo residual, com subhorizontes; horizontal II, de solo transportado (IA), solo laterítico (IB) e saprolítico (IC); horizonte II, de rocha alterada, com subdivisões de transição com a presença de matacões (IIB) e rocha III, de rocha só. 2. BREVE REVISÃO DAS CLASSIFICAÇÕES GENÉTICAS DE SOLOS\n\nVargas (1953) apresentou a primeira classificação genética dos solos tropicais brasileiros, distinguindo três horizontes: solo residual \n\nrocha matriz (saprolito) subdividido em dois níveis: um superior, chamado de saprolito fino, com poucos fragmentos da rocha matriz e outro inferior, com blocos e camadas da rocha.\n\nWolle et al. (1985) reconhecem os horizontes de intemperismo, três de solo, um de transição e dois de rocha: solo superficial que, quanto a origem, pode ser residual, colonização ou sedimentar; solo residual maduro, solo residual jovem ou solo saprolítico, com estruturas da rocha matriz; saprolito, constituindo uma zona de transição entre solo e rocha, com matacões; rocha alterada ou decomposta, e rocha fresca.\n\nPastore (1992) segue a tendência de perfis de intemperismo e estabelece seis horizontes, dois de solo, com predominância de processos pedológicos (solo letárgico) e quatro com estruturas relictuais de rocha (saprolítico); e de rocha alterada (muito alterada, alterada e sã).\n\nVários outros autores também contribuíram para o estudo dos solos tropicais, destacando-se Barata (1986), Santos (1972), Barros (1981), Leite (1981), Marques Filho et al. (1981), Bordeaux et al. (1983), Mori et al. (1983) e Massal (1984). Vargas, que sempre se dirigiu a classificação dos solos tropicais, tem diversos outros trabalhos (1971, 1978). Pelo menos duas dessas referências abordaram a classificação dos solos, Wolle (1980) e Cunha (1984).\n\nA maioria dessas classificações restringem-se aos solos residuais, enquanto os solos transportados, novamente, não foram objeto de pesquisa. A sistematização, apesar de sua extensa ocorrência no Brasil. Por outro lado, muitos autores empregam termos associados a propriedades, como solos profundos, ou mesmo empíricos, como solo sedimentares, para identificar horizontes de solo, enquanto outros juntam coluviais e solos residuais como materiais de comportamentos semelhantes. Diversos dos trabalhos examinados mostraram uma ajuda confusa ao emprego do termo saprolito e suas derivações. Esta palavra foi originalmente proposta por G. F. Becker, em 1865 (Fain-bridge, 1968), para designar solos derivados de rochas quimicamente alteradas \"in situ\", que, entretanto, mantinham certa coerência a textura original da rocha. São solos tipos de climas subtropicais e equatoriais, correspondentes ao horizonte pedológico C, conforme corretamente utilizado, originalmente no Brasil, por Vargas (1971a).\n\nEntretanto, Barros (1981) e Pastore (1992) distinguem solo saprolítico, com estruturas da 3. BASES PARA UMA CLASSIFICAÇÃO GENÉTICA DOS SOLOS TROPICAIS\nA classificação geológica dos solos é feita a partir da rocha de origem e do processo de formação do solo, sendo por isso também denomida de classificação genética. Esse tipo de classifi- cação é largamente utilizado sempre que o princípio taxonômico tem mesmo caráter de universal para modos de formação de solo natural. O interesse na origem geológica dos solos é reconhecido por Terzaghi em Massad, 1994, cujo conceito de semelhança dos solos baseava-se nas premissas de origem geológica e linhas de consistência similares.\n\nOs solos são produzidos através de apenas dois processos geológicos, dos dois o mais co- mentado é o processo de intemperismo, através da desagregação e decomposição \"in situ\" da rocha subjacente, dando origem aos, propriamente denominados, solos residuais (Casagrande, 1946). O segundo processo de formação dos solos envolve a erosão, transporte e deposição de materiais existentes na superficial, em geral os processos solos residuais, produzindo os solos transportados.\n\nEsses processos são universais, diferindo-se, nos climas tropicais, pela ação mais pronunciada do intemperismo climático (Fleury, 1975), que se expressa pela grande espessura e dos solos residuais, em contraste com as regiões de Tabelas 1 - Correlação entre grau de coerência e resistência à compressão Uniaxial - RCU (Soares, 1991).\n\nGRAU DE COERÊNCIA CARACTERÍSTICAS RCU(MPa)\nC1 (muito coerente) quebra dificilmente sob a ação do marte- lo; bordas cortantes >20\nC2 (coerente) quebra relativamente fácil 10 a 20\nC3 (pouco coerente) quebra facilmente; canivete sulca 5 a 10\nC4 (frágil) esfarela sob o martelo; desagrega com os dedos <5\nA correlação acima indicada é útil para a atribuição de classes ou graus de alteração em rochas brancas, conforme discutido no item 7.\n\nclimas temperados, onde esses solos são pouco espessos. A maior espessura do solo residual e a maior disponibilidade de água dos climas tropicais favorecem o transporte e a deposição dos solos transportados, mais espessos, do que nos climas temperados ou secos.\n\n1.3 Solos \"in situ\" ou resíduos\nSegundo Joffre (em Fleury, 1975) os fatores que governam a formação dos solos são o clima (temperatura, chuva, umidade do ar, evaporação e regime de ventos), os agentes biológicos (vegetais e animais), a rocha matriz, o relevo e o tempo decorrido. A ação desses fatores é eletivamente considerada pelas características pedológicas. Segundo Oliveira et al. (1992). No caso dos solos resíduos, como os agentes biológicos são associados ao clima, o relevo e o tempo, a rocha matriz, são esses os dois fatores principais que determinam a formação desses solos.\n\nA clim define, principalmente, a espe- sua e o número de horizontes do solo residual, encerrando a principal contribuição da rocha matriz e a definição da composição mineralógica do solo resultante. Como essa composição é definida para a granulometria, para a plasticidade e para o tipo de agregado mineral presente no solo, a rocha de origem define grande parte do comportamento geomorfológico dos solos resultantes. Condições particulares de clima e rocha geológicas superimpostas, estas últimas decorrentes da evolução pedogenética, podem afetar essa regra geral, porém, sua aplicação é válida para a maioria das situações práticas.\n\nA decomposição da rocha se faz com intensidade decrescente com a profundidade definido, para cada conjunto de clima e rocha, um perfil de intemperismo, ou seja, uma sequência de sucessivos horizontes de maior alteração da ro- cha, a partir da rocha inalterada subjacente, e transforma-da em solo, que ocorre na superfície do terreno. 3.3 Evolução pedogenética - Independentemente do processo geológico de origem, a porção superficial dos solos fica sujeita aos processos pedogenéticos que promovem a adição, perda, transformação e transporte do material do solo. Os principais processos são o de eluviacao e iluviação, respectivamente processos de perda e adição de material; a lixiviação, que remove os sais solúveis e a podzolização; e a laterização, respectivamente, processos que levam a concentração de sílica e ferro (Damatte, 1989). Esses termos são conhecidos como Pedologia e Geologia, entretanto, os dicionários geológicos (AGI, 1976 e Whitten e Brooks, 1976) também identificam eluvião como camada eluvial como sendo o solo \"in situ\", formado pela alteração do rocha. O agente principal dos processos pedogenéticos é a movimentação de água no solo, através de infiltração no período da chuva e evaporação, nas regiões mais secas. A laterização promove a concentração de óxidos de ferro na parte superior dos perfis de solos, que adquirem ou não acervilha dessas regiões.\nDurante a evolução pedogenética os grãos minerais são fragmentos de minerais moídos, destruindo completamente seu imbricamento original, acelerando a formação de novos minerais, inicia na fase de alteração inicial do solo e acentuando a homogeneização do solo, para o que contribui a ampla fauna de insetos de micro-organismos das regiões tropicais. No caso dos solos resíduos, a homogeneização pedogenética é muito notável, separando esses só-los em dois horizontes, um superior, homogêneo e isotrópico, sede dos processos pedogêneticos e outro inferior, heterogêneo e anisotrópico, onde tais processos são limitados, predominando os processos de alteração intemperisca.\n\nAo contrário dos solos residuais, nos solos transportados a evolução pedogenética é pouco importante, em parte porque esses solos são menores, sendo o tempo de diferenciação genética nulo. Nos aluviais, que são os solos transportados mais frequentes em regiões tropicais, o nível de adeno ligado freático restringe a ação dos processos pedogêneticos. Nos coluviais mais espessos, os processos pedogenéticos são atuantes, tal como nos solos residuais. Entretanto, como os coluviais são originalmente homogêneos, a evolução pedogênetica realmente assegura uma alteração facilmente reconhecível entre horizontes. Após dessa diferenciação existe ser importante para obras civis a evolução pedogenética dos solos transportados realmente é importante. CLASSIFICAÇÃO GENÉTICA DOS SOLOS E DOS HORIZONTES DE ALTERAÇÃO DE ROCHA EM REGIÕES TROPICAIS\n\nFig. 2 - Perfil de intemperismo para regiões tropicais\n\npara execução dos ensaios de penetração (SPT) nas sondagens a Percussão (menos de 5 cm de cravação do barreiro com 50 goles consecutivos de 50 goles num mesmo ensaio, ABGC, 1990). Quando a perfuração é tratada por suspensão devido a outros fatores, por exemplo, pela presença de água subterrânea, o limite será fixado apenas pelo imperméavel do SPT. Entretanto, o limite para execução do ensaio de penetração pode não corresponder à base do solo residual, uma vez que veios de quartzo e crostas ilimitantes, entre outras feições presentes nos solos, podem ser suficientes para interromper o ensaio SPT. O solo residual corresponderá ao material de 1ª. categoria dos contratos de escavação.\n\nA passagem entre os horizontes de solo e destes para rocha, realmente é gradual, sendo suas mutações e fragmentos de minerais e rocha podem ocorrer dentro do solo residual.\n\nSolos e Rochas, São Paulo, 19, (2): 117-136, Ago., 1996. 123 LUÍZ F. VAZ\n\nO solo eluvial é sempre homogêneo em relação à cor, granulometria e composição mineralógica. Pode apresentar alguma heterogeneidade, em função da evolução pedogênica, porém, para as curvas escuras, seu comportamento será de um material homogêneo.\n\nControla-se, portanto a ausência total da textura e das estruturas da rocha matriz, em geral conhecidas pelo termo genérico de estruturas regulares. Essa ausência, a homogeneidade, fazem com que as propriedades físicas do solo exibam um comportamento isotrópico, ou seja, apresentam o mesmo valor independentemente da direção em que são obtidas.\n\nA ocorrência de feições superimpostas, decorrentes da evolução pedogênica e outros fatores, tais como a presença de calcários, pode afetar a isotropia desses solos, principalmente em relação à permeabilidade. Quando o SE é muito expresso, a evolução pedogênica pode não ser uniforme, variando com a profundidade. Nesses casos, algumas propriedades do solo poderão sofrer variação, tais como, por exemplo, aquelas que dependem do fundo de ação que assumido com a rocha. No caso dos solos que derivam de São Paulo ou derivados de rochas basálticas, os minerais de argila aglomeram-se na forma de grumos, dando origem o solo poroso e colapsível, chamado de areia porosa.\n\nA mineralogia dos solos superficiais é consolidada, essencialmente, pelo grupo dos argilo-minerais e por minerais de rocha quinquimente inertes, dos quais o mais comum é o quartzo.\n\nSolos e Rochas, São Paulo, 19, (2): 117-136, Ago., 1996. CLASSIFICAÇÃO GENÉTICA DOS SOLOS E DOS HORIZONTES DE ALTERAÇÃO DE ROCHA EM REGIÕES TROPICAIS\n\n4.2.1 Classe R3 - Rocha alterada mole (RAM)\n\nO horizonte R3 foi denominado de rocha alterada no mais um vez somente pode ser escavado, manualmente, como picareta e com o bico do martelo de geólogo, ou então, mecanicamente, com escarificador. Nas sondagens a perfuração e lavagem, correspondendo ao material de 2ª categoria nos contratos de escavação. O horizonte de RAM pode estar sujeito nos perfis de intemperismo, portanto, o perfil de preferência é muito vário, a espessura de RAM pode ser superior a 10 cm.\n\n4.2 Classe R2 - Rocha alterada dura (RAD)\n\nO limite de escavação com picareta ou escarificador, evitando a utilização de explosivo para o desmonte, marca a separação entre RAM e RAD. Nos rochas duras, o imperecimento à lavagem por tempo das sondagens a pressão (três ciclos consecutivos de 10 minutos com concentração inferior a 5 cm em cada um, ABGC, 1990) identificam, em segurança, o topo de RAD.\n\nDeve ser lembrado que, este último critério não pode aplicar, isoladamente, para definir o topo de rocha que, geralmente, corresponde ao topo de RAD, ou seja se material puro somente pode ser escavado com explosivo. O impereção vai ser representado, por exemplo, por uma mutação de rocha que pode ocorrer, por mesmo, no horizonte de solo evolui. Dessa forma, para a determinação do solo e de rocha podem ser necessários outros métodos de investigação, tais como as sondagens rotativas e sísmicas.\n\nNa RAD os minerais representam-se levemente descoloridos, mais notavelmente ao longo de fraturas com passagem de água.\n\nSolos e Rochas, São Paulo, 19, (2): 117-136, Ago., 1996. LUÍZ F. VAZ\nAs zonas de transição entre RAM e RAD, quando forem expressas ou apresentarem interesse específico, devem ser tratadas com feições discretas, cuja sistemática de caracterização dependerá, em parte, da finalidade dos estudos. Em geral, o procedimento utilizado baseia-se na identificação da porcentagem relativa de solo e rocha, a manhos dos maciços ou blocos de rocha.\n\n5. SOLOS TRANSPORTADOS\nOs solos transportados são identificados pelo processo de formação, possuindo, como característica comum, sua idade recente. Algumas formas de ocorrência dos principais tipos de solos transportados e sua interrelação com os solos residuais estão apresentadas na Figura 3.\n\n5.1 Aluviões (AL)\nOs aluviões são constituídos por materiais erodidos, retrabalhados, transportados pelos cursos d'água e depositados em seus leitos e margens. São também depositados nos fundos e nas margens de lagos e, sempre associados a ambientes fluviais. Os aluviões são regras tropicais em determinados períodos climaticamente temperados.\n\nFig.3 - Tipos de solos conforme sua origem.\n\n126\nSolos e Rochas, São Paulo, 19.(2): 117-136, Ago., 1996. CLASSIFICAÇÃO GENÉTICA DOS SOLOS E DOS HORIZONTES DE ALTERAÇÃO DE ROCHA EM REGIÕES TROPICAIS\n5.3 Colúvios (CO)\nColúvio ou coluviação é o termo reservado, nos dicionários geológicos, aos depósitos de materiais soltos, geralmente encontrados ao pé de encostas e que foram transportados, principalmente, pela ação da gravidade (AGI, 1976), ou, simplesmente, material decomposto, transportado por gravidade (Whitten & Brooks, 1976). Esses mesmos dicionários designam colúvio de túlis, que também transporta pela ação da gravidade e, portanto, encontrados ao pé de encostas e blocos e fragmentos de rocha.\n\nNa presente classificação, o termo colúvio aplica-se a depósitos constituídos exclusivamente por solo, ficando o termo túlis restrito aos depósitos constituintes por solo e blocos ao pé dos blocos de rocha.\n\nOs colúvios são relativamente frequentes em regiões tropicais, onde podem ocorrer grandes extensões. São produzidos por movimentos de massas lentos, do tipo rastejo, rápidos, como escorregamentos, processos que registram a ocorrência de colúvios à regido a topografia acidentada ou, ao menos, colinoso. O processo de coluvião pode provocar a aparecimento e a identificação de condições ambientais que ajudam a espessar esta classificação que tem características dominantes.\n\nContudo, no Brasil, existem vários exemplos de colúvios produzidos pelo processo de enconstas ou \"cuestas\", que originam e corpos coluvionais de grande espessura e extensões. Este processo ocorre quando se conhecem regiões, como, por exemplo, a \"cuesta\" basáltica da Bacia do Paraná, recua pela ação da erosão, deixando os depósitos existentes nas partes superiores depositado na parte inferior, atrás da frente de rocha, conforme indicado na Figura 4. Colúvios de sucesso ocorrem ao longo da \"cuesta\" basáltica da Bacia do Paraná e em vários outros locais como \"cuestas\" semelhantes, como na margem esquerda da Reservatória de Itaparica, em Pernambuco e na área do Plano Piloto, em Brasília.\n\nOs colúvios apresentam características singulares, derivadas da sua isotopia e da homogenidade mineralógica e granulométrica, notadamente persistentes, tanto na vertical como na horizontal. Mais do que isso, suas propriedades similares, nos quando comparadas a outros colúvios formados em ambientes completamente distintos, como o semiárido do Nordeste e o topo super-úmido da Amazônia. Da mesma forma que para o solo eluvial, a pre-segunda de feições LUÍZ F. VAZ\nFig.4 - Evolução dos colúvios de recuo de encostas\nsuperimpostas ou a diferenciação pedológica podem afetar a isotopia dos colúvios.\nAlém de serem homogêneos, os colúvios são sempre muito porosos, dando origem a solos bem drenados, facilmente colapsíveis com a saturação e o carregamento. Na região Sul, mais ao Nordeste, com clima seco, somente a saturação é suficiente para provocar o colapso. E, ainda, característico dos colúvios, a baixa resistência nos ensaios SPT, em geral, inferior a séries e espécies que se mantêm ao longo de todo o perfil, mesmo para espessura da ordem de 20 metros. Dados sobre a colapsividade dos colúvios e outras propriedades geomécnicas desses materiais podem ser encontrados em Cruz et al. (1994).\n\n5.4 Túlis (TT)\nOs túlis são formados pelo mesmo processo de transporte por gravidade, em encostas, que produz os colúvios, diferenciando-se pela presença ou predominância de blocos de rocha. A presença desses blocos de rocha exige solos que se desenvolvem nas encostas de forte declividade e, ou, na região de escarpos rochosos.\n\nOs corpos de túlis, em muitos casos, apresentam-se saturados e submetidos a lentos deslocamentos. Esses deslocamentos podem ser CLASSIFICAÇÃO GENÉTICA DOS SOLOS E DOS HORIZONTES DE ALTERAÇÃO DE ROCHA EM REGIÕES TROPICAIS\n\ncom camadas diferentemente adensadas devido à origem e idade distintas.\n\nQuando a costa eólica plana por elevações de porte expressivo, como ocorre na região da Serra do Mar, parte apreciável da planície costeira foi constituída por aluviões, depositados pelos rios que provêm da serra, sendo frequentes ambientes mistos, fluviais e marinhos.\n\nA conjugação desses processos torna muito complexa a estratificação dos sedimentos marinhos. A origem e as características deposicionais dos sedimentos marinhos do litoral paulista tem sido sistematicamente estudadas por Suguio e Martin (1994) e suas propriedades geomecânicas, por Massad (1994).\n\n5.6 Solos eólicos (SO)\nOs solos de origem eólica transportados e depositados pela ação do vento, ocorrem, no Brasil, apenas junto à costa, principalmente no Nordeste. São constituídos por areia fina, quartzo, areia branqueada, ocorrendo na forma de franjas du, margando a costa do Maranhão, na formação de campos de dunas. As dunas apresentam-se, em geral, como camadas cruzadas alterando-se. No Sul do Brasil, em regiões ambientalmente degradadas da Formação Botucatú, seus\n\nCRITÉRIOS DE CAMPO PARA A IDENTIFICAÇÃO DOS TIPOS E HORIZONTES DE SOLOS\n\n6.1 Tipologia\nA determinação do tipo de solo deve ser feita conforme indicado no fluxograma da Figura 5. Inicialmente deve ser feita a distinção entre solo residual e transportado, a partir das condições geomorfológicas. Assim, aluviões ocupam as encostas das margens dos rios onde se instalam as várzeas ou zonas alagadas. Colúvios e talus ocorrem em áreas acidentadas, ocupando patamares sub-horizontais, ligeiramente convexos e ocos,\n\nfluxograma para identificação de tipos de solo.\n\nFig. 5 – Fluxograma para identificação de tipos de solo. LUÍZ F. VAZ\n\nafastadas do local de ocorrência do solo e dos morros testemunhos, estes últimos quase sempre, associados a colúvios de recuo, conforme indicado na Figura 4.\n\nEm geral, as condições geomorfológicas são suficientes para a distinção entre solos eólicos e transportados, porém, mesmo nos casos mais elevados, será necessária a utilização de outros critérios de interpretação geológica, através de aproximações sucessivas.\n\nOs solos de alteração são facilmente identificáveis pela heterogeneidade e anisotropia impostas pelas estruturas reliquárias de rocha de origem. No caso de rochas de textura uniforme, como, por exemplo, os diabasios e alguns granitoides, a identificação do SA poderá ser mais difícil, especialmente em amostras amalgamadas, porém, mesmo nesses casos, o SA apresentará cores variegadas, o que é um bom indicador.\n\nOs solos eluviais são caracterizados pela sua cor homogênea e pela sua isotropia, conseqüência da ausência total das estruturas da rocha mãe.\nAlém disso, somente podem ocorrer ainda no SA, para os quais passam gradualmente.\n\nOs aluviões, lendo os sedimentos marinhos apresentam-se, em geral, como camadas intercaladas típicas do processo de sedimentação a que foram submetidos. A presença da matéria orgânica é determinante da ocorrência da vida dos grandes sedimentos marinhos, do mesmo forma que sedimentários aluviantes, em outras mais. a de que os aluviões atuais, determinam a ocorrência de alterações fluvias. A identificação da colúvio é facilitada pelas diferentes estruturas coluvionares, conforme sugerido pelo presente estudo, que não se refugiará no pensamento comum, que a presença de blocos de rocha “in situ”.\n\nA identificação de colúvios, sem restrições, é fácil quando solos com características coluvionares ocorrem depositados sobre aluviões, como em Tucurui (Buosi et al., 1981) e muitos outros exemplos. Quando são depositados sobre solos eluviais, o que ocorre no maior das vezes, a identificação dos colúvios pode ser feita pela presença de linhas de seixo (“stone lines”). Alguns autores questionam as linhas de seixo como indicadores de superfícies preferidas de terreno, porém, essas linhas persistem como as principais http://www.mapas.stj.jus.br. CLASSIFICAÇÃO GENÉTICA DOS SOLOS E DOS HORIZONTES DE ALTERAÇÃO DE ROCHA EM REGIÕES TROPICAIS\n\nmais conhecido é a Classificação Unificada dos Solos, derivada da classificação de Casagrande (1948). Para regiões tropicais e, principalmente, para obras rodoviárias, Nogami e Villibor (1981, 1990) desenvolveram o sistema MCT, que utiliza corpos de prova miniaturizados.\n\nAdmitindo-se que se disponha apenas da classificação fátil-visual, os exemplos abaixo indicam a classificação de alguns solos, considerando sua origem geológica:\n\n- SOLO ELUVIAL, de basalto, argila pouco arenosa fina, vermelho escuro.\n- SOLO DE ALTERAÇÃO, de gnaisse, areia fina, silta, pouso argilosa, com fragmentos de mica, cores variadas cinza e amarela.\n- COLÚVIO, de argila arenosa fina, muito porosa, vermelho claro.\n- ALTIVIDÃO, arenilha, profluvioclastos, com nódulos argilosos e secos até 1 cm, cinza amarelada. \n- TALUS, blocos de gnaisse (RAD/RS) com diâmetro entre 0,2 e 0,7 m em matriz de solo arenogiloso, cinza escuro.\n\nOs exemplos acima são simplificados, sendo que a determinação e a caracterização dos horizontes de alteração, ao menos em regiões de gnaisse, é de acordo com a xistosidade e outras estruturas como abaixo:\n- Xistosidade nítida N30°-45°NW, com fraturas preservadas a N310°, verticais, espaçadas de 1,5 cm, com filamentos argilosos submilimétricos.\nCaso se trate de amostras obtidas em barretos SPT, a atitude das estruturas não pode ser determinada; entretanto, será possível indicar uma direção de mergulho.\n\n7. CRITÉRIOS DE CAMPO PARA A IDENTIFICAÇÃO DOS HORIZONTES DE ROCHA\n\n7.1 Terminologia\nA separação entre os horizontes de rocha deve ser feita segundo os métodos de escavação e perfuração apresentados na Figura 2, sendo o método de escavação o critério mandatório. Deve-se observar que, em determinadas situações, são necessários cuidados especiais para a identificação dos horizontes de rocha para dois métodos de perfuração, conforme discutido no item 4.2.\nA presença de matacões imersos no solo ou blocos de rocha dentro dos pontos SA/RAM e a zona de transição que podem ocorrer com mato RAM/RAD deverão ser identificadas pelo residual predominante, acentuando-se a presença de\nblocos ou solo e a porcentagem relativa desses materiais, conforme os exemplos abaixo:\n- SE de gnaisse, com 30 % de blocos de RAD (gnaisse), de até 20 cm de diâmetro e a 1 m acima do topo de RAM;\n- RAD (basalto), com zonas de RAM e faixas sub horizontais de até 10 cm de espessura de SA e RS de até 1,5 m de diâmetro.\n\nEsses critérios são suficientes para atender a maioria das situações geralmente encontradas. Entretanto, podem ocorrer perfis de interperismo, frequentes nos reinos sedimentares, como o apresentado por Doebereiner et al. (1990), onde bancos de rocha pura intercalam com camadas mais suscetíveis a SA e RAM ao RAD.\n\nCom rochas expansivas, como no caso de folhelhos e argilitos, a identificação dos horizontes também poderá apresentar alguma dificuldade devido ao emaplastamento resultante da alteração, que pode afetar do solo da alteração à rocha sa, modificando suas características de resiliência. Tabela 2 - Grupos de rocha para aplicação do perfil de intemperismo.\n\nGRUPO\t\tRCU (MPa)\tCLASSES DE ALTERAÇÃO PRESENTES (*)\n\nDURAS\t\t>100\t\ttodas, R1, R2, R3 e S2\n\nMÉDIAS\t\t30 a 100\tR2, R3 e S2; R1 presente nas rochas\n\t\t\tcom RCU mais alto\n\nBRANDAS\t\t10 a 30\tR2, R3 e S2; R2 ausente nas rochas com\n\t\t\tRCU mais baixo\n\nMUITO BRANDAS\t<10\t\tR3 e S2; nas rochas abaixo de 2 MPa\n\t\t\tsomente S2\n\n(*) Classes: R1, rocha sã (RS); R2, rocha alterada dura (RAD); R3, rocha alterada mole (RAM); S2, solo de alteração (SA)\n\nmais de 60 referências, com um total de mais de 2.000 resultados de ensaios de compressão-são uniaxial. As referências bibliográficas utilizadas não estão identificadas neste trabalho devido ao seu número. Entretanto, devem ser mencionados a ordem de Kate (1993), cuja detalhada descrição dos tipos litológicos ensaiados, abrangendo composição mineralógica, granulometria, anisotropia e a presença de vázios e microestruturas, deve... \n\nNota-se, na Figura 6, que os limites e xistos, dentre as rochas metamórficas e a maioria das rochas sedimentares, apresentam ampla faixa de variação de RCU, destacando-se os arenitos que variam desde 0,5 até 130 MPa. No caso destas rochas, os limites inferior e superior representam subtipos litológicos, como halita com grandes cristais para os evaporitos, silícios e folhelhos com cimento calcífero e arenitos com cimentação silicoso... CLASSIFICAÇÃO GENÉTICA DOS SOLOS E DOS HORIZONTES DE ALTERAÇÃO DE ROCHA EM REGIÕES TROPICAIS\nBAYNES, J., DEARMAN, W. R., IRFAN, T. Y. Practical assessment of grade in a weathered granite. Bull. IAEG, 18, p. 101-109, Kreidfeld, 1978.\nBOURDEAU, G. H. R. MARCEL, L. O., CELERI, R. O. 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