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Copyright UVA 2021 Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa AUTORIA DO CONTEÚDO Mildred Ferreira Medeiros REVISÃO Lydianna Lima Márcia Glenadel Janaina Vieira PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO UVA 4 APRESENTAÇÃO O conhecimento sobre o corpo humano é o ponto de partida para a formação de qual quer profissional de saúde E o conhecimento sobre o corpo humano passa pela iden tificação de sua bioquímica composição celular e tecidual até a organização dos teci dos formando os diferentes tipos de órgãos responsáveis pela manutenção da vida do indivíduo Cada um desses órgãos desempenha funções específicas porém integrados em harmonia A criação e o aperfeiçoamento das técnicas de dissecação anatômica e a invenção do primeiro tipo de microscópio foram fundamentais para o estudo macroscópico e mi croscópico do corpo humano A anatomia humana é portanto uma ciência integrada a outras que buscam estudar todos os níveis de organização do corpo humano A partir do conhecimento básico sobre as características estruturais dos órgãos que compõem o corpo humano a compreensão sobre o seu funcionamento será facilmente reconhecida facilitando a futura identificação de anormalidades estruturais e fisiológicas que podem ser ob servadas durante o exame físico ou durante a realização de exames laboratoriais e de imagem radiológica Neste ebook buscamos apresentar a organização anatômica macroscópica dos siste mas orgânicos humanos de forma simples e descomplicada com a descrição das prin cipais características anatômicas externas e internas de cada órgão e suas respectivas funções Tudo isso para ser usado como ferramenta de aprendizado sobre o corpo humano construindo conhecimento sobre ele objeto de estudo e de cuidado pelo profissional de saúde em formação 5 MILDRED FERREIRA MEDEIROS Bióloga professora e pesquisadora da Universidade Veiga de Almeida UVA e da Uni versidade Estácio de Sá Unesa Foi professora da Universidade do Grande Rio Uni granrio e do Centro Universitário Augusto Motta Unisuam Doutora em Ciências pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro Uerj 2014 Mestre em Morfologia pela Uerj 2002 Especialista em Gestão e Docência do Ensino Superior pela Unesa 2016 Especialista em Anatomia e Patologia Associada e especialista em Ensino a Distância pela Unyleya 2018 Bióloga bacharel em Genética pela Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ 1999 É integrante da organização do livro Bizu o X da ques tão 2700 questões para concursos Editora Rubio 2008 e do livro Bizu o X da questão 3400 questões para concursos Editora Rubio 2014 Participou da revisão de conteúdo do livro Histologia e Embriologia e do livro Genética elaborado pelo professor André Micas editados pela Unesa 2015 É professora das disciplinas Ana tomia dos Sistemas Humanos Biologia Celular Genética Biologia dos Tecidos e do Desenvolvimento Histologia e Embriologia Histologia e Embriologia Oral Patologia e Parasitologia Coordena projetos de pesquisa sobre temas relacionados à educação superior à saúde pública e à saúde da mulher e da criança e já foi bolsista de produti vidade de pesquisa pela Unesa AUTORA CAPÍTULOS Introdução à Anatomia 1 Anatomia do sistema cardiorrespiratório e digestório 3 Anatomia do Sistema Locomotor 2 4 Anatomia do sistema geniturinário 7 Neste capítulo iniciase a jornada de aprendizagem sobre a anatomia humana e seus desdobramentos partindo da descrição dos conceitos básicos da anatomia que possi bilitam a compreensão da estrutura completa do corpo humano Destacamse os as pectos históricos sobre a origem da anatomia a importância da nômina ou terminolo gia anatômica os planos de delimitação e de secção do corpo humano e a divisão do corpo em regiões e cavidades visando fornecer a fundamentação teórica básica que orienta o estudo sobre o corpo humano organizado em diversos sistemas orgânicos dando abertura para o entendimento futuro sobre o funcionamento detalhado e sín crono dos órgãos do corpo Alguns aspectos históricos da anatomia humana A história da anatomia humana remete ao período antes de Cristo Desde o século III aC Herófilo da Escola de Alexandria já dissecava cadáveres de indivíduos que ha viam sido condenados à morte e foi acusado de ter dissecado muitos desses indivíduos ainda vivos Já em março de 1299 dC o papa Bonifácio VIII anunciou a bula De sepulturis que excomungava da Igreja Católica todos os indivíduos que fragmentassem um cadá ver visando remover a ossada por meio de cozimento prática comum para aque les que desejavam enviar restos mortais para localidades distantes Entretanto esse documento não proibia a dissecção o que permitiu a manutenção da continuidade das práticas 1 Introdução à Anatomia 8 No século XV Antonio Beniveni foi o estudioso pioneiro na aplicação de necrópsia e seus estudos foram apontados como precursores da anatomia patológica Ainda no século XV Alexandre Benedetti que foi professor de anatomia em Pádua na Itália foi o estudioso responsável pela construção do primeiro modelo do circo romano e pro moveu intensamente o desenvolvimento da anatomia na Europa Nesse mesmo século outro importante artista que realizou centenas de desenhos e esboços muito conhecidos sobre a anatomia humana foi Leonardo da Vinci responsá vel pelos primeiros desenhos do esqueleto humano e de suas partes vistas a partir de ângulos diferentes Leonardo da Vinci logo se tornou especialista em anatomia topo gráfica tendo desenhado também grande quantidade de estudos detalhados sobre músculos tendões e outras regiões do corpo humano Entretanto vários desses dese nhos foram publicados muito tempo após sua morte Além de Leonardo da Vinci outros artistas famosos como Michelangelo e Rembrandt estudaram anatomia humana por meio de dissecção cadavérica e publicaram seus desenhos com a intenção de vendêlos e ganhar dinheiro O detalhamento do corpo humano gerava grande curiosidade na sociedade em geral e impulsionava os estudiosos que tencionavam compreender a cau sa de doenças que levavam o indivíduo à morte A restauração da anatomia como ciência e sua base científica foi implantada no século XVI por Andrés Vesálius com sua obra De Humani Corporis Fabrica Do edifício do corpo humano impressa na Basileia em 1543 por Andrés Oporino e financiada pela corte espanhola Afirmase ser datado dessa época o início da medicina moderna Posteriormente a esse período a anatomia evoluiu com o desenvolvimento de novas tecnologias para obtenção de imagens da estrutura interna do corpo e da estrutura interna de cada órgão a exemplo dos exames de raioX de ultrassonografia ressonân cia magnética e tomografia computadorizada Definições importantes para o estudo da anatomia humana Neste primeiro capítulo serão apresentadas algumas definições fundamentais para o início do estudo da anatomia humana visando facilitar a assimilação da descrição futu ra sobre a estrutura macroscópica do corpo humano 9 O que se entende quando se fala sobre anatomia De maneira geral a anatomia é o ramo da ciência que estuda macroscopicamente e microscopicamente os componentes estruturais dos seres vivos multissistêmicos incluindo os seres humanos A anatomia promove um estudo que integra uma aborda gem multidisciplinar do corpo humano estando associada a outros ramos da ciência cujos conteúdos possibilitam entendimento sobre os níveis de organização estrutural do organismo Destacamse como principais disciplinas básicas Biologia celular Biologia do desenvolvimento embriologia Biologia dos tecidos histologia A parte macroscópica da anatomia humana objeto de nosso estudo procura in vestigar a organização estrutural externa e interna dos órgãos que integram os siste mas orgânicos Um grupo de sistemas orgânicos é destacado para a realização de uma abordagem teóricoprática que constitui o estudo da anatomia dos sistemas humanos Esses sistemas orgânicos são os seguintes Sistema esquelético Sistema articular Sistema muscular Sistema cardiovascular Sistema respiratório Sistema digestório Sistema urinário Sistema reprodutor masculino Sistema reprodutor feminino Por ser um amplo ramo das ciências morfológicas a anatomia humana pode ser estu dada a partir de diferentes abordagens Entre elas ressaltamos A anatomia dos sistemas humanos A anatomia regional ou segmentada A neuroanatomia A anatomia radiológica A anatomia patológica 10 É de extrema importância esclarecer que o correto entendimento sobre a anato mia humana baseiase em um estudo associado entre a abordagem teórica e prática buscando aprender a reconhecer as características das estruturas anatômicas estu dadas com base em uma visão tridimensional que retrate o cenário mais próximo à realidade do corpo humano Entretanto a preparação do indivíduo para identificar a localização o tamanho proporcional e demais aspectos estruturais importantes sobre um determinado órgão ou sistema demandará do aprendiz uma cuidadosa observação de cada peça anatômica dissecada por um profissional que conheça e pratique a técnica de dissecação Tais peças anatômicas dissecadas viabilizam o es tudo tridimensional de cada componente orgânico que pode ser analisado dentro de um laboratório de anatomia e serem utilizadas para a construção de imagens que integram laboratórios virtuais de anatomia O termo dissecação ou dissecção tem origem no latim dis separação e secare cor tar sendo semelhante ao termo anatome em que ana significa em partes e tome significa cortar e originou também o termo anatomia que tem sido utilizado como denominação de uma ciência Portanto é aceitável dizer que a dissecção anatômica permite que o indivíduo localize as estruturas mais superficiais e mais profundas reco nhecendoas e viabilizando a separação precisa de estruturas adjacentes Logo a téc nica de dissecação anatômica proporciona ao estudante a oportunidade de investigar detalhadamente as diversas estruturas que compõem a anatomia interna e externa do corpo humano o qual se encontra organizado em regiões cujas cavidades alojam os órgãos internos a cavidade torácica e a cavidade abdominal Assim o estudo da anatomia humana permite que o aprendiz seja habilitado a reconhecer a normalidade das estruturas anatômicas distinguindoas dos diferentes tipos de variações anatômicas anomalias e até monstruosidades que podem acometer um ou mais órgãos do corpo Desse modo a próxima etapa é conhecer a definição sobre os seguintes termos varia ções anatômicas anomalias e monstruosidades i Variações anatômicas No decorrer de uma dissecação anatômica do corpo humano é possível eventualmen te observar diferenças presentes na estrutura interna ou externa ou na localização de um ou mais componentes anatômicos do corpo Tais variações não causam prejuízo 11 funcional ao indivíduo ou seja não causam doenças nem levam à morte Um caso tí pico de variação anatômica é a observação de lábios grossos em indivíduos negros uma variação anatômica determinada pela etnia Cabe ressaltar que uma variação anatômica pode ser determinada por diferentes fa tores como idade do indivíduo gênero e etnia Caracterizase uma variação anatômica também quando se observa uma quantidade alterada de certa estrutura anatômica Um exemplo típico é a localização de ambos os rins no lado direito do corpo humano sendo que deveriam estar distribuídos bilateralmente Uma variação anatômica externa do corpo humano pode ser diagnosticada por exame físico No entanto as variações anatômicas internas do corpo podem ser detectadas em vida durante a realização de um exame de imagem por exemplo ultrassonografia ou ressonância magnética durante um procedimento cirúrgico ou por meio de disse cação anatômica cadavérica ii Anomalias ou malformações anatômicas As anomalias são determinadas a partir da observação de uma ou mais alterações anatô micas que sempre causarão distúrbio dos órgãos acometidos acarretando comprome timento funcional generalizado mas sem causar a morte do indivíduo Um exemplo de anomalia anatômica é a ausência de um membro superior ou inferior em um indivíduo As anomalias anatômicas humanas internas ou externas podem ser diagnosticadas pelos mesmos procedimentos citados em relação às variações anatômicas Entretan to o indivíduo busca o atendimento médico por apresentar algum sintoma clínico Um exemplo de anomalia de grande prevalência na espécie humana é a fenda labial também conhecida como lábio leporino iii Monstruosidade O conceito de monstruosidade é determinado como uma anomalia anatômica tão acentuada que afeta um ou mais órgãos do corpo e interfere gravemente em seu fun cionamento impedindo a manutenção da vida causando o óbito dos fetos antes do parto ou sua sobrevivência pode se estender até poucos dias após o nascimento Um bom exemplo de monstruosidade humana é a anencefalia ausência de encéfalo Uma monstruosidade da anatomia humana é facilmente diagnosticada durante a reali zação dos exames ultrassonográficos realizados pela gestante principalmente a partir do início do segundo trimestre de gravidez 12 Nomenclatura anatômica A nomenclatura anatômica ou terminologia anatômica constituise em uma impor tante lista de nomes disposta em ordem alfabética que identifica e especifica as dife rentes partes do corpo humano Por norma a nomenclatura anatômica é atualizada e traduzida periodicamente por um grupo de especialistas em anatomia Nos termos da nomenclatura anatômica ofi cial não é mais aceito o uso de epônimos nomes próprios para identificação de es truturas anatômicas Um exemplo que podemos citar é a tuba uterina antigamente denominada trompa de Falópio A atualização da nomenclatura anatômica e suas traduções são disponibiliza das para acesso gratuito pelas sociedades científicas de anatomia No Brasil a Sociedade Brasileira de Anatomia SBA é a principal divulgadora cientí fica dessa atualização e de vários outros assuntos pertinentes à evolução da anatomia como ciência Posição anatômica humana O estudo do corpo humano pode ser feito a partir de qualquer posição em que o corpo esteja disposto sobre a bancada Esse é um questionamento comum entre os estudiosos iniciantes em anatomia huma na curiosos em relação às possibilidades de observação do corpo humano Buscando criar uma padronização universal para o estudo da anatomia humana foi determinada uma posição padrão chamada posição anatômica que visa ajudar o es tudo da anatomia Com essa posição padrão podemos situar as estruturas em nosso corpo com base nos termos de posição que facilitam a identificação universal das mesmas características anatômicas analisadas Portanto a posição anatômica padrão é útil para garantir que as descrições anatômi cas feitas por diferentes estudiosos não aconteçam de forma confusa 13 A posição anatômica da espécie humana apresenta o indivíduo em pé posição or tostática com os pés paralelos e próximos membros superiores ao longo do corpo com as palmas das mãos direcionadas para a frente e olhar para a frente em direção ao horizonte Para visualizar a imagem da posição anatômica humana acesse a página 5 figura 14 do livro Anatomia humana básica DANGELO FATTINI 2004 I Divisão do corpo humano O corpo humano é anatomicamente dividido nas seguintes regiões anatômicas cabe ça pescoço tronco e membros inferiores e superiores A cabeça extremidade superior do corpo está unida ao tronco pelo pescoço por ção estreitada e o tronco compreende o tórax e o abdômen com suas respectivas cavidades torácica e abdominal A cavidade abdominal se estende inferiormente na cavidade pélvica Entre os membros que compõem a estrutura apendicular humana somamse dois membros superiores ou torácicos que se articulam ao tórax formando o ombro e dois membros inferiores ou pélvicos que se articulam com a pelve II Planos de delimitação Partindo do conhecimento sobre a posição anatômica humana é importante reco nhecer outros planos de orientação que facilitam o estudo da anatomia humana Os primeiros planos estudados e que precisam ser caracterizados são aqueles linhas retas que tangenciam cada superfície corpórea delimitando o espaço ocupado pelo corpo no ambiente Os planos de delimitação são os seguintes Plano ventral ou anterior tangencia o abdômen a ponta dos dedos e a testa Plano dorsal ou posterior tangencia as costas os glúteos e os calcanhares Planos laterais direito e esquerdo tangenciam a ponta do polegar direito ou esquerdo Plano cranial ou superior tangencia o topo do crânio Plano podálico ou inferior tangencia a superfície da planta dos pés 14 Para visualizar a imagem da posição anatômica humana acesse as páginas 5 figura 15 e 6 figuras 16 17 e 18 do livro Anatomia humana básica DANGELO FATTINI 2004 III Planos de secção O estudo da anatomia interna do corpo humano assim como a análise da estrutura interna de cada órgão só é possível quando ocorre dissecação O conhecimento sobre as características de cada plano de secção do corpo humano e de seus respectivos órgãos facilitará o reconhecimento e a correta identificação das estruturas analisadas Os planos de secção corte do corpo humano e de seus respectivos órgãos são feitos a partir da posição anatômica humana e atravessam toda a superfície do corpo dividin doo em partes que se complementam São eles Plano mediano sagital ou plano mediano divide o corpo em metade direita e esquerda Plano sagital divide o corpo em parte direita e esquerda com tamanhos dife rentes Plano coronal ou frontal divide o corpo em parte ventral e parte dorsal Plano transversal são horizontais planos paralelos ao cranial e ao podálico di vidindo o corpo em uma metade superior e inferior Para visualizar a imagem com os planos de secção do corpo humano acesse a página 6 figuras 19 e 110 e a página 7 figuras 111 e 112 do livro Ana tomia humana básica DANGELO FATTINI 2004 15 IV Eixos do corpo humano Complementando o estudo sobre os planos imaginários que atravessam ou tocam o corpo e que norteiam o estudo da anatomia humana é importante conhecer os eixos linhas retas que atravessam o centro do corpo humano São eles Eixo sagital ou anteroposterior formado pelo encontro do plano sagital com o plano transversal Eixo longitudinal ou craniocaudal une o centro do plano cranial ao centro do plano podálico Eixo transversal ou laterolateral une o centro do plano lateral direito ao centro do plano lateral esquerdo V Termos de posição e direção localização Finalizando a descrição sobre a introdução à anatomia humana é fundamental conhe cermos os termos de posição e de direção dos diferentes componentes anatômicos Tais termos são aplicados para situar as estruturas anatômicas em relação às outras No quadro seguinte estão os principais termos de posição e de localização utilizados na anatomia humana Principais termos de posição e de localização utilizados na anatomia humana TERMOS DESCRIÇÃO EXEMPLOS Medial Estrutura que se situa mais próxima do plano mediano O dedo mínimo é medial em relação ao polegar Lateral Estrutura que se situa mais próxima do plano lateral direito ou esquerdo O polegar é lateral em relação ao dedo mínimo Intermédia Estrutura que se situa entre duas ou tras que são medial e lateral O dedo médio é intermédio aos dedos anular e indicador Média Quando a estrutura se situa entre o pla no superior e inferior ou entre o plano anterior e posterior O nariz e o coração são estruturas lo calizadas onde passa o plano mediano sagital e por isso são consideradas es truturas médias Ventral Estrutura que se situa mais próxima do plano ventral ou anterior Os dedos do pé são anteriores ou ven trais em relação ao tornozelo 16 Dorsal Estrutura que se situa mais próxima do plano dorsal ou posterior Os calcanhares são posteriores ou dor sais em relação aos dedos do pé Cranial Estrutura que se situa mais próxima do plano cranial ou superior O coração é cranial ao estômago Caudal Estrutura que se situa mais próxima do plano podálico ou inferior O sacro é caudal em relação às vérte bras torácicas Interno ou externo Estrutura situada dentro ou fora de es truturas anatômicas As vilosidades intestinais são internas à parede do intestino delgado A cápsula renal reveste externamente cada rim Proximal e distal Normalmente utilizadas nos membros A mão é distal em relação ao antebra ço o antebraço é proximal em relação à mão Para visualizar a imagem que identifica os termos de orientação e de dire ção empregados na anatomia humana acesse a página 8 tabela 11 do livro Anatomia humana MARIEB WILHELM MALLAT 1899 17 RESUMO O aprendizado relativo à anatomia humana se inicia a partir do reconhecimento a respeito de importantes aspectos da história da anatomia humana e sobre os esforços que a comunidade científica tem feito para uniformizar e manter atualizado o estudo universal sobre a anatomia humana uma vez que sua importância é reconhecida por integrar a base do entendimento da fisiologia e da patologia humanas Destacaramse neste capítulo os aspectos básicos da anatomia humana com o intuito de fornecer os instrumentos iniciais para o avanço do entendimento teórico ao estudo de cada siste ma orgânico que será apresentado em sequência 18 REFERÊNCIAS BEZERRA A J C BEZERRA R F A DI DIO L J A Brasil 500 anos Nomenclatura ana tômica de um jesuíta no tempo do Descobrimento Revista da Associação Médica Brasileira s l v 46 n 2 p 186190 jun 2000 Disponível em SciELO Brasil Brasil 500 anos Nomenclatura anatômica de um jesuíta no tempo do Descobrimento Brasil 500 anos Nomenclatura anatômica de um jesuíta no tempo do Descobrimento Aces so em 9 jul 2021 DANGELO J G FATTINI C A Anatomia humana básica 2 ed Rio de Janeiro Athe neu 2004 ISBN 9788573790702 DANGELO J G FATTINI C A Anatomia humana sistêmica e segmentar para o es tudante de medicina 3 ed São Paulo Atheneu 2007 DI DIO Tratado de anatomia sistêmica e aplicada 2 ed São Paulo Atheneu 2002 v 1 Capítulos 2 e 4 DRAKE R VOEL W MITCHELL A Grays anatomia para estudantes Rio de Janeiro CampusElsevier 2005 MARIEB E WILHELM P B MALLAT J Anatomia humana 7 ed São Paulo Pearson 1899 ISBN 9788543001098 Biblioteca Virtual MOORE K L DALLEY A F Anatomia orientada para a clínica Tradução Alexandre Lins Werneck Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 1023 p MOORE K L AGUR A M R Fundamentos de anatomia clínica Rio de Janeiro Gua nabara Koogan 2004 562 p NETTER F H Atlas de anatomia humana 2 ed Tradução Jacques Vissoky Porto Alegre Artmed 2000 525 p SCHUENKE M et al Atlas de anatomia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2008 19 SNELL R S Anatomia clínica para estudantes de medicina Tradução Alexandre Werneck Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 857 p SOBOTTA J Atlas de anatomia humana Tradução Wilma Lins Werneck Rio de Ja neiro Guanabara Koogan 2000 2 v TORTORA G J Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia Tradução Cláudia L Zimmer 4 ed Porto Alegre Artmed 2004 574 p 20 Um dos principais objetos de estudo sobre o corpo humano concerne ao mecanismo estrutural que promove a geração de movimentos voluntários do corpo tais como andar correr sentar e levantar Para que aconteçam os movimentos do corpo é neces sária a interação entre componentes de um conjunto de diferentes estruturas anatô micas que unidas formam o sistema locomotor humano Neste capítulo você conhecerá a descrição básica dos principais componentes do siste ma locomotor e aprenderá a reconhecer suas diferentes características anatômicas e funções gerais A compreensão sobre a anatomia básica do sistema locomotor é muito importante para viabilizar o entendimento de muitas doenças que afetam esse siste ma e das correlações clínicas entre as doenças que envolvem alterações anatômicas que acometem outros sistemas orgânicos associados O sistema locomotor é composto pela associação de três conjuntos de estruturas ana tômicas diferentes O sistema esquelético O sistema articular O sistema muscular Em Anatomia a subárea da ciência que se dedica ao estudo do sistema esquelético é a Osteologia ciência que investiga as características anatômicas e a classificação dos ossos do corpo 2 Anatomia do Sistema Locomotor 21 Os espaços de comunicação entre os ossos são estudados pelo ramo da Anatomia co nhecido como Artrologia estudo das articulações ou junturas Outro ramo da Anatomia dedicado ao estudo dos músculos esqueléticos chamase Miologia A partir da integração do estudo feito por esses três ramos da Anatomia e sua associação com a fisiologia do exercício tem sido desenvolvidas diferentes ferra mentas de análise dos movimentos do corpo utilizadas para Prevenção de lesões Aumento de rendimento da atividade de movimento do paciente Tratamento de lesões do sistema osteomioarticular A sustentação da musculatura esquelética do corpo humano é realizada pelos ossos Por essa razão este capítulo se inicia com uma descrição básica da osteologia humana Introdução à osteologia O esqueleto humano é um sistema composto por muitos ossos com poucas peças de cartilagem intercaladas a eles promovendo a geração de movimentos voluntários do corpo além de alojar e proteger órgãos vitais como o coração e o encéfalo Daqui em diante você conhecerá os fundamentos da osteologia humana aprendendo a reconhecer os ossos do corpo humano sua classificação anatômica e suas principais características Composição do esqueleto humano Uma pessoa adulta possui um esqueleto composto por 206 ossos Entretanto uma criança de ambos os sexos apresenta em torno de 70 ossos a mais do que a quantida de encontrada na vida adulta Por que isso acontece Ainda antes do nascimento pequenos grupos desses 70 ossos excedentes se fundem compondo ossos únicos e o período de ocorrência das fusões ósseas se estende ao longo da vida pósnatal Portanto os ossos não desaparecem por um processo de apoptose morte celular não patológica e sim se unem compondo ossos únicos e com maior tamanho 22 Classificação anatômica dos ossos Antes de iniciar a identificação nominal dos ossos presentes no esqueleto e suas res pectivas características é necessário reconhecer que a estrutura óssea apresenta uma organização comum a todos os ossos Na superfície de cada osso observase a presença de uma camada homogênea deno minada osso compacto composta por tecido ósseo maduro bastante mineralizado contendo poucas e pequenas aberturas por onde penetram vasos sanguíneos e nervos em direção à parte central do osso A região central dos ossos é preenchida por osso esponjoso composto por espículas ou trabéculas ósseas que alojam os vasos sanguíneos e os nervos que se distribuem na parte interna do osso A partir da observação da existência de ossos com formatos diferentes foi estabeleci da uma classificação morfológica dos ossos do esqueleto humano inserida no quadro a seguir Classificação quanto à forma do osso Características de cada forma diferente do osso Exemplos Osso longo Osso cilíndrico que apresenta uma diáfise haste e duas epífises extremidades A diáfise apresenta comprimento maior do que a largura do osso Fêmur osso da coxa Úmero osso do braço Osso curto Osso que apresenta diáfise muito curta e duas epífises bastante próximas resultan do em um comprimento com medida qua se igual à largura Ossos do tarso calcanhar Osso plano ou chato Osso delgado com formato laminar Escápula Osso parietal do crânio Osso sesamoide Osso pequeno com formato arredondado Patela Osso pisiforme do carpo punho Osso irregular Osso com as bordas irregulares desiguais semelhantes a ossos curtos ou planos Vértebras Mandíbula 23 Osso pneumático Osso contendo cavidades ou seios que contêm ar no seu interior Osso frontal Osso etmoide Osso esfenoide Osso alongado Osso longo e achatado Costelas Uma das curiosidades em relação ao esqueleto humano referese ao tama nho dos ossos Afinal qual é o maior osso do corpo O maior osso do corpo é o fêmur osso longo e único presente em cada coxa Acidentes ósseos Acidentes ósseos são as características da superfície dos ossos Quando analisamos cada osso é possível notar que cada um deles possui vários tipos di ferentes de alterações em sua superfície que sempre são encontradas no mesmo osso em qualquer indivíduo facilitando o diagnóstico diferencial entre os ossos estudados Essas modificações superficiais dos ossos são denominadas acidentes ósseos Cada aci dente ósseo tem um formato específico e pode ser uma área para fixação de ligamen tos inserção de músculos ou servir de passagem para algum nervo ou vaso sanguíneo Cada osso sempre possuirá os mesmos tipos de acidentes ósseos independentemen te de sexo idade ou raça do indivíduo Para identificar e diferenciar cada tipo diferente de acidente ósseo foi definida uma terminologia padrão caracterizada pela forma de cada acidente ósseo No quadro a seguir estão identificados os nomes dos tipos de acidentes ósseos mais abordados pela osteologia e que são de conhecimento importante pelos estudantes de cursos da área de saúde Nome do acidente ósseo Característica anatômica Cabeça Extremidade alargada do osso Crista Margem estreita do osso 24 Espinha Projeção delgada e pontiaguda do osso Fissura Fenda estreita entre dois ossos vizinhos Forame Abertura óssea para passagem de vasos sanguíneos ligamentos eou nervos Fossa Concavidade localizada na superfície ou na parte interna do osso Linha Margem de um osso menos proeminente do que a crista Meato ou canal Passagem extensa e tubular no osso Processo Nome dado a qualquer saliência óssea visível Seio ou antro Nome dado a uma cavidade no osso Sulco Nome dado a uma fresta ou talho no osso Trocânter Saliência óssea grande para inserção de um músculo Tróclea Saliência óssea com formato de roldana Tubérculo Saliência óssea arredondada e pequena Tuberosidade Saliência óssea arredondada e grande Divisões anatômicas do esqueleto humano O esqueleto humano é dividido atomicamente em duas porções Uma que se organiza ao longo do eixo longitudinal do corpo denominada es queleto axial Outra que é a parte óssea dos membros superiores e inferiores compondo o es queleto apendicular que inclui os ossos que associam os ossos dos membros su periores e inferiores ao esqueleto axial formando as chamadas cinturas ou cíngulos 25 Esqueleto humano Para visualizar a imagem do esqueleto humano com a distinção do esquele to axial humano e do esqueleto apendicular humano acesse a página 158 figura 71 do livro Anatomia humana MARIEB WILHELM MALLAT 2015 Esqueleto axial humano O esqueleto axial compreende crânio osso hioide costelas esterno e vértebras I Crânio O crânio é o elemento mais superior do esqueleto humano Sua estrutura é composta por ossos que estão organizados em neurocrânio e viscerocrânio alojando o encéfa lo e delimitando a parte inicial da porção condutora respiratória e digestória respec tivamente O viscerocrânio é composto por 14 ossos irregulares e corresponde à face Nele estão localizados órgãos dos sentidos especiais audição visão gustação e olfato e o início do sistema digestório e respiratório Os ossos do viscerocrânio são a mandíbula ossos maxilares zigomático ossos palatinos ossos lacrimais ossos nasais conchas nasais inferiores e o vômer O neurocrânio é constituído por oito planos irregulares fortemente associados entre si e sua estrutura aloja e protege o encéfalo Seus ossos constituintes são osso frontal ossos parietais osso occipital ossos temporais osso etmoide e osso esfenoide Na observação da anatomia do crânio procure observar a presença de dezenas de fo râmes de tamanhos variados por onde dentro deles ficam alojados importante vasos sanguíneos e nervos Dentre eles destacase o forame magno localizado na base do osso occipital Em seu interior passa a porção inicial da medula espinhal Ossos do crânio Para visualizar a imagem com os ossos do crânio acesse página 171 tabela 71 pá gina 172 Tabela 72 e a página 164 figura 77 do livro Anatomia humana MARIEB WILHELM MALLAT 2015 26 Vistas do crânio Para visualizar imagens com a vista anterior e a vista lateral do crânio com a indicação dos ossos ali presentes acesse página 40 figura 31 página 41 figura 32 página 43 figura 35 do livro Anatomia humana básica para estudantes na área de saúde RUIZ 2021 II Hioide O osso hioide é um osso único e irregular que sustenta a raiz da linha Esse osso é o úni co integrante do esqueleto que não se articula com qualquer outro osso próximo a ele Osso hioide Para visualizar a imagem do osso hioide e seus acidentes ósseos acesse a pá gina 177 figura 717 do livro Anatomia humana MARIEB WILHELM MAL LAT 2015 III Coluna vertebral A coluna vertebral é uma estrutura formada por vários ossos irregulares organizados em cadeia denominados vértebras que estão separadas entre si por discos de car tilagem A manutenção da integridade da coluna vertebral é essencial para a nossa sobrevivência pois a coluna vertebral aloja e protege uma estrutura muito importante do sistema nervoso central a medula espinhal A coluna vertebral humana é composta por uma sequência cefalocaudal de vértebras organizadas por região sete vértebras cervicais doze vértebras torácicas cinco vérte bras lombares o sacro e cóccix O sacro é resultado da fusão de cinco vértebras sacrais e o cóccix é resultado da fusão de quatro vértebras coccígeas Cada tipo diferente de vértebra é reconhecido principalmente pelo formato de seu processo espinhoso As vértebras são anatomicamente identificadas como vértebras típicas e vértebras atípicas a partir da observação de sua estrutura anatômica básica presença de corpo vertebral presença de processos transversos presença do processo espinhoso e pre sença do forame vertebral As duas primeiras vértebras cervicais C1 e C2 são denominadas atlas e áxis e são ató picas pois não apresentam corpo vertebral componente anatômico típico de uma 27 vértebra Já a sétima vértebra cervical C7 também é uma vértebra atípica pois sua apófise posterior fica saliente na região da nuca A posição da coluna vertebral saudável é retilínea quando analisada em vista anterior Entretanto a análise por vista lateral evidencia que a coluna vertebral forma curva turas primárias normais de concavidade anterior típicas da região torácica e sacro coccígea e as curvaturas secundárias presentes nas regiões cervical e lombar têm concavidade posterior Coluna vertebral Para visualizar a imagem da coluna vertebral humana inteira e suas regiões anatômi cas acesse a página 177 figura 718 do livro Anatomia humana MARIEB WILHELM MALLAT 2015 Vértebra típica Para visualizar a imagem de uma vértebra típica acesse a página 180 figura 720 do livro Anatomia humana MARIEB WILHELM MALLAT 2015 Características anatômicas de cada tipo diferente de vértebra Para visualizar a imagem de uma vértebra típica e suas características ana tômicas acesse a página 180 figura 721 181 figura 722 do livro Anato mia humana MARIEB WILHELM MALLAT 2015 Para visualizar a imagem de cada tipo diferente de vértebra acesse também a página 50 figura 312 do livro Anatomia humana básica para estudan tes na área de saúde RUIZ 2021 Sacro e cóccix Para visualizar a imagem da estrutura anatômica do sacro e do cóccix acesse a página 184 figura 723 do livro Anatomia humana MARIEB WILHELM MALLAT 2015 IV Costelas e esterno Os doze pares de costelas e o esterno formam junto com as vértebras torácicas uma estrutura semelhante a uma gaiola identificada como caixa torácica responsável por alojar e proteger o coração os pulmões e outras estruturas anatômicas importantes 28 As costelas são ossos arqueados que se ligam posteriormente à coluna vertebral e são numeradas em sequência cefalocaudal Existem sete pares de costelas verdadeiras as quais se articulam posteriormente com a coluna vertebral e anteriormente ao osso es terno a partir de cartilagens costais Os próximos três pares de costelas possuem suas cartilagens costais associadas à cartilagem costal da costela verdadeira mais próxima Os dois últimos pares de costelas não se ligam anteriormente a qualquer componente anatômico e são denominadas costelas flutuantes por estarem ligadas somente à co luna vertebral O osso esterno é único e é o osso mais anterior do tórax sendo composto por três porções conectadas o manúbrio do esterno porção superior corpo do esterno e processo xifoide em forma de ponta podendo ser palpável Caixa torácica Para visualizar a imagem do esterno e das costelas formando a caixa torácica acesse a página 185 figura 724 do livro Anatomia humana MARIEB WILHELM MALLAT 2015 Características anatômicas da costela Para visualizar a imagem das características anatômicas de uma costela acesse a pági na 187 figura 725 do livro Anatomia humana MARIEB WILHELM MALLAT 2015 Esqueleto apendicular humano O esqueleto apendicular humano é constituído pelos ossos dos membros superiores dos membros inferiores e dos cíngulos escapular e pélvico Cada membro superior possui um úmero formador do braço ulna e rádio forma dores do antebraço ossos do carpo punho metacarpos ossos da palma da mão e falanges ossos dos dedos Cada membro inferior é composto por um fêmur osso da coxa tíbia e fíbula ossos da perna ossos do tarso calcanhar metatarsos região plantar do pé e as falanges ossos dos dedos O cíngulo cintura escapular é composto por duas escápulas e duas clavículas sendo que cada clavícula associada a uma escápula articulará com o úmero formando o om bro O cíngulo ou cintura pélvica é composto por dois ossos da pelve Cada osso da pelve é composto por três regiões básicas unidas ísquio ílio e púbis 29 Ossos do esqueleto apendicular Para visualizar a imagem de cada osso do esqueleto apendicular superior e inferior acesse as figuras distribuídas da página 53 figura 314 até a pági na 59 figura 320 do livro Anatomia humana básica para estudantes na área de saúde RUIZ 2021 Introdução à artrologia Artrologia é o ramo da Anatomia que estuda as articulações juntas ou junturas do esqueleto responsáveis pela união entre dois ou mais ossos vizinhos possibilitando ou não a realização de movimentos entre os ossos associados O estudo da estrutura das articulações do esqueleto humano abrange a classificação em relação ao movimento realizado pela articulação e a classificação em relação ao conteú do tecidual ou seja tipo de tecido que preenche o espaço entre os ossos vizinhos Classificação das articulações em relação ao movimento Uma articulação pode ser imóvel pouco móvel semimóvel ou móvel As sinartro ses são as articulações imóveis ou seja preenchem o espaço entre os ossos vizinhos porém não permitem movimento entre eles As anfiartroses são as articulações se mimóveis de modo que permitem que ocorra um discreto movimento entre os ossos associados Por último destacamse as diartroses que são as articulações que reali zam movimentos mais amplos Quando uma articulação é reconhecida como sendo do tipo diartrose móvel é essen cial analisar também o tipo de movimento realizado pela articulação que pode ser um dos seguintes tipos de movimento Flexão movimento angular onde ocor re diminuição das partes ósseas Protração movimento especial que move a parte óssea para a frente Extensão movimento angular onde ocorre aumento das partes ósseas Retração movimento especial que move a parte óssea para trás 30 Hiperextensão movimento em que ocorre uma continuação da extensão além da posição anatômica Elevação movimento especial na qual uma parte óssea ou segmento é condu zido para cima Adução movimento angular onde a parte óssea segue para próximo da li nha média do corpo Depressão movimento especial na qual uma parte óssea ou segmento é conduzido para baixo Abdução movimento angular onde a parte óssea segue para longe da linha média do corpo Oposição movimento especial do po legar que é capaz de tocar na ponta de todos os outros dedos da mesma mão Dorsiflexão movimento especial de flexão do pé a partir da articulação talo crural na qual a ponta do pé se aproxi ma da região anterior da perna Rotação movimento angular em tor no de um eixo Flexão plantar movimento especial de flexão do pé a partir da articulação talo crural na qual a ponta do pé se afasta da região anterior da perna Circundação movimento angular onde ocorre uma sequência contínua de flexão extensão adução abdução e rotação promovendo um movimento circular Inversão movimento especial quando o pé gira medialmente Supinação movimento especial do antebraço na qual a palma da mão se move no sentido lateral Eversão movimento especial quando o pé gira lateralmente Pronação movimento especial do antebraço na qual a palma da mão se move no sentido medial Movimento articular Para visualizar a imagem de alguns exemplos entre os diferentes tipos de movimento articular no esqueleto humano acesse as figuras distribuídas da página 68 figura 46 até a página 59 figura 320 do livro Anatomia huma na básica para estudantes na área de saúde RUIZ 2021 31 Classificação das articulações em relação ao conteúdo tecidual Uma das abordagens utilizadas para o estudo das articulações se dá por meio do reco nhecimento do tipo de tecido que preenche o espaço entre os ossos associados pela articulação analisada Existem três tipos de articulação que são diagnosticadas nesse tipo de classificação articulações fibrosas articulações cartilaginosas e articulações sinoviais I Articulação fibrosa É a articulação cujo espaço entre os ossos é preenchido por tecido conjuntivo fibroso altamente resistente à tração Existem três subtipos de articulação fibrosa São eles Sutura caracterizada pela presença de tecido conjuntivo fibroso muito resis tente preenchendo o espaço entre os ossos vizinhos o que não possibilita a rea lização de qualquer tipo de movimento ente os ossos articulados As suturas são classificadas como sinartroses Exemplos suturas do crânio Sindesmose caracterizada pela presença de uma longa faixa de tecido con juntivo fibroso uma película fibrosa ou um ligamento muito resistente que ocupa o espaço entre ossos longos paralelos e adjacentes sendo capaz de realizar um suave movimento de acomodação entre os ossos articulados As sindesmoses são classificadas como anfiartroses Exemplo articulação radioulnar Gonfose articulação formada entre cada dente e os processos paredes alveo lares presentes na mandíbula e na maxila Nesse caso um movimento suave pode ser realizado movimento de acomodação que ocorre durante a mastigação se melhante ao movimento realizado pelas sindesmoses II Articulação cartilaginosa Articulação em que a união entre os ossos é promovida por uma rígida peça de cartila gem hialina ou por uma cartilagem fibrosa resistente à tensão do peso e dos movimen tos do corpo Existem dois subtipos de articulação cartilaginosa São eles Sincondrose tipo de articulação caracterizada pela presença de uma peça de cartilagem hialina primária localizada entre os ossos possibilitando uma discreta inclinação durante o início do período pósnatal Esse tipo de articulação é em geral uma união temporária pois essa cartilagem será ossificada substituída por osso quando o crescimento do osso for finalizado Alguns exemplos de articula ções cartilaginosas do tipo sincondrose são os discos epifisários e a costocondral 32 do primeiro par de costelas com a cartilagem costal do manúbrio do esterno As sincondroses podem ser classificadas como sendo anfiartroses pois já apresentam certo grau de movimento Sínfise tipo de articulação na qual as superfícies dos ossos articulados estão revestidas por cartilagem hialina e os ossos são unidos por tecido conjuntivo fibro so forte cartilaginosas secundárias Essas articulações são ligeiramente móveis por isso podem ser também classificadas como anfiartroses Exemplos de sínfises presentes no esqueleto humano são a sínfise púbica e os discos intervertebrais III Articulação sinovial É o tipo mais comum de articulação e o mais importante funcionalmente porque pos sui como componente de destaque um fluido lubrificante chamado líquido sinovial que facilita a realização do movimento e protege a articulação Nessas articulações o movimento é muito mais livre e em alguns casos apresentase com maior amplitude Ainda assim é importante saber que a liberdade de movimento articular e a estabilida de são incompatíveis ou seja quanto maior o movimento menor a estabilidade As articulações sinoviais apresentam uma cavidade articular entre os ossos articulados É nessa cavidade que os componentes articulares estão situados sobretudo o líquido sinovial Revestindo externamente a cavidade articular é possível notar a presença da cápsula articular que possui um folheto externo e um folheto interno a membrana sinovial citada anteriormente que produz o líquido sinovial Cada articulação sinovial possui também outro componente anatômico obrigatório uma peça de cartilagem articular do tipo hialina que desempenha a função de proteger contra os desgastes devido a atrito durante o deslizamento dos ossos Além disso as articulações sinoviais apresentam estruturas que reforçam a união entre os ossos limitando movimentos e dando suporte à estrutura articular denominados de ligamentos classificados em in tracapsulares capsulares e extracapsulares Em algumas articulações sinoviais podem estar presentes componentes anatômicos acessórios como os meniscos do joelho 33 Componentes anatômicos obrigatórios de uma articulação sinovial e suas respectivas funções Cápsula articular cápsula de tecido fibroso que reveste e delimita o espaço articular Membrana sinovial delicada membrana composta por células e que reveste internamente a cápsula articular produzindo e secretando o líquido sinovial Líquido sinovial lubrificante e nutritivo Cartilagem articular evita o desgaste dos ossos Ligamentos extracapsulares e intracapsulares estruturas fibrosas que unem os ossos e limitam os movimentos Os movimentos realizados pelas articulações sinoviais podem ser basicamente classi ficados como Deslizamentos onde não ocorrem alterações angulares com movimentos mui to limitados Rotações quando o osso gira em torno de seu próprio eixo Movimentos angulares onde há aumento ou redução das partes ósseas Movimentos especiais que ocorrem em algumas articulações possuindo no mes específicos dependendo das articulações como a supinação Componentes anatômicos obrigatórios de uma articulação sinovial e suas respectivas funções Cápsula articular cápsula de tecido fibroso que reveste e delimita o espaço articular Membrana sinovial delicada membrana composta por células e que reveste internamente a cápsula articular produzindo e secretando o líquido sinovial Líquido sinovial lubrificante e nutritivo Cartilagem articular evita o desgaste dos ossos Ligamentos extracapsulares e intracapsulares estruturas fibrosas que unem os ossos e limitam os movimentos 34 Tipos de articulação Para visualizar a imagem dos diferentes tipos de articulação presentes no es queleto humano acesse as figuras distribuídas da página 64 figura 41 até a página 74 figura 414 do livro Anatomia humana básica para estudantes na área de saúde RUIZ 2021 IV Tipos de movimento realizados pelas articulações sinoviais e descrição das características básicas do movimento realizado A seguir apresentamos um quadro descritivo dos diferentes tipos de movimento arti cular e seus respectivos exemplos Tipo de movimento articular Descrição do movimento Exemplo de articulação que realiza o movimento Condilar ou elipsoide Articulação biaxial Movimento articular entre duas superfícies ós seas uma côncava e a outra convexa em duas direções São capazes de realizar flexãoextensão e adu çãoabdução Articulação tibiofemoral joelho Articulação radiocárpica punho Gínglimo ou dobradiça Articulação monoaxial Movimento articular de extensão e flexão Articulação interfalângicas dedos Esferoide Movimento em três eixos triaxial Uma das superfícies ósseas tem forma arredon dada e se articula com a superfície convexa do outro osso articulado Ampla variedade de movimentos adução abdu ção circundação flexão extensão rotação late ralrotação medial Articulação coxofemoral Articulação escápuloumeral Plana Articulação monoaxial ou uniaxial entre su perfícies planas dos ossos Movimento de deslizamento entre superfícies lisas dos ossos Articulação intercárpica 35 Selar Articulação biaxial Ossos modelados como uma sela Movimentos de flexãoextensão e aduçãoabdução Articulação esternoclavicular Trocoide Articulação monoaxial ou uniaxial Movimento de rotação no eixo vertical Uma superfície cilíndrica se encaixa em uma su perfície óssea côncava Possui um processo arredondado de um osso gira no interior de um anel Articulação atlantoaxial Bases da miologia generalidades e classificação A miologia é o ramo da Anatomia responsável por investigar e descrever os músculos e seus componentes anatômicos anexos O peso corporal total do corpo humano é ocupado por aproximadamente 40 de músculos esqueléticos Cada músculo do cor po humano é composto por um tipo de tecido muscular envolvidos por uma cápsula fibrosa vascularizada e rica em nervos que se distribuem até a parte mais interna do tecido muscular ali presente O músculo é identificado como um órgão ou estrutura anatômica apto a realizar contração sempre que recebe um estímulo elétrico ou químico A contração muscular libera calor para o corpo e proporciona movimentos do corpo e movimentos de subs tâncias dentro dele O corpo humano possui pouco mais de 500 músculos distribuídos sendo que o tipo de músculo mais abundante é o músculo estriado esquelético Além dos músculos es queléticos encontrase o miocárdio músculo involuntário encontrado exclusivamente nas paredes do coração e o músculo liso involuntário e constituinte da parede das vísceras do corpo inclusive em artérias e veias As funções principais dos músculos esqueléticos objeto de estudo da parte final deste capítulo são geração de movimentos do corpo delimitação de algumas cavi dades do corpo por exemplo a cavidade abdominal geração de calor pois a con tração muscular só acontece com a queima de ATP o que gera calor e manutenção da postura do corpo Componentes anatômicos de um músculo estriado esquelético Ventre muscular porção carnosa e contrátil do músculo é composta pelas fi bras células musculares 36 Tendão estrutura anatômica alongada composta por tecido conjuntivo fibroso denso rico em fibras colágenas que servem para a fixação do ventre em pontos específicos de ossos eou cartilagens Durante a contração muscular o ventre mus cular traciona o tendão que por estar inserido no osso gera seu deslocamento Fáscia delgado envoltório de tecido conjuntivo elástico que faz a contenção do ventre muscular delimitando sua forma Aponeurose espessa estrutura laminar composta por tecido conjuntivo fibro so responsável por fixar o músculo inteiro a uma região de um osso ou cartilagem próxima Origem inserção proximal e inserção distal Para a geração do movimento do corpo ou para proporcionar a estabilização de uma posição corporal é necessário que cada ventre muscular tenha suas extremidades pre sas ou seja inseridas nos ossos que constituem a articulação A origem de um músculo esquelético também denominada inserção proximal é o seu ponto de fixação pouco móvel ou imóvel no osso ou eventualmente em uma car tilagem Usualmente a origem de um músculo esquelético é a região proximal do músculo analisado A inserção ou inserção distal é a extremidade mais móvel e geralmente distal que se fixa ao segmento mais móvel da articulação Quando ocorre a contração do ventre muscular o tendão presente na inserção distal tracionará o osso ou a cartilagem ge rando deslocamento movimento Classificação anatômica básica dos músculos esqueléticos Existem diferentes métodos para classificação anatômica completa de cada músculo esquelético do corpo Os critérios listados a seguir podem ser avaliados em sequência inespecífica ou seja não há obrigatoriedade de avaliar tais critérios utilizando a mes ma sequência de tópicos Uma ferramenta para classificação anatômica dos músculos esqueléticos do corpo hu mano é a análise das características de cada componente anatômico do músculo em estudo e a avaliação da função geral desempenhada por ele 37 Portanto tem sido utilizada a seguinte classificação anatômica e funcional para os músculos esqueléticos I Quantidade de origens do músculo esquelético Bíceps possui duas origens Exemplo músculo bíceps braquial Tríceps possui três origens Exemplo músculo tríceps braquial Quadríceps possui quatro origens Exemplo músculo quadríceps da coxa II Quantidade de inserções presentes no músculo esquelético Bicaudado possui duas inserções Exemplo músculo pterigoideo lateral Policaudado possui três ou quatro inserções Exemplo músculo flexor super ficial dos dedos III Quantidade de ventres presentes no músculo esquelético Digástrico possui dois ventres Exemplo músculo suprahioideo Poligástrico possui mais de dois ventres Exemplo músculo reto do abdome IV Arranjo organização das fibras musculares e a forma do músculo esquelético Fibras paralelas longoscurtosfusiformesleque Exemplo latíssimo do dorso Fibras oblíquas unipenadosbipenados Exemplos vasto lateral unipenado e reto femoral bipenado V Tipo de ação do músculo esquelético Flexores Exemplo bíceps braquial Extensores Exemplo tríceps braquial Adutores Exemplo adutor magno Abdutores Exemplo glúteo médio Rotadores Exemplo esternocleidomastóideo ATENÇÃO É importante saber que a classificação por cada critério é independente Ou seja se um músculo esquelético possui duas origens se é um bíceps não obrigatoriamente terá duas inserções Classificação funcional do músculo esquelético Além de estudarmos as características anatômicas básicas dos músculos esqueléticos des tacamos a classificação funcional desses músculos de acordo com seu mecanismo de ação 38 Existem três subclassificações funcionais que estão descritas a seguir músculo ago nista músculo antagonista e músculo sinergista O músculo agonista é responsável por realizar o movimento principal O músculo antagonista é responsável por realizar o movimento oposto ao ago nista para controle da velocidade do movimento ou da potência de ação de coração O músculo sinergista é responsável por realizar o movimento que busca estabi lizar uma articulação e impedir movimentos indesejáveis do agonista Para visualizar as imagens com a classificação anatômica dos músculos men cionada neste texto consulte as imagens disponíveis entre as páginas 79 a 98 do livro Anatomia humana básica para estudantes na área de saúde RUIZ 2021 Para estudar os diferentes músculos esqueléticos presentes em cada região do corpo humano estude este texto acompanhado das imagens disponíveis entre as páginas 296 a 383 do livro Anatomia humana MARIEB WILHELM MALLAT 2015 39 RESUMO O sistema locomotor possui uma estrutura anatômica amplamente organizada e asso ciada para permitir a estruturação do corpo organizando e protegendo seus órgãos internos e viabilizando a geração de movimentos importantes do corpo Os diferentes ossos do esqueleto humano possuem formatos diversos e se organizam constituindo o esqueleto axial e apendicular Tais ossos se articulam podendo ou não apresentar movimento entre eles As articulações mantêm os ossos unidos garantindo a manu tenção da organização do esqueleto A musculatura esquelética associada é essencial para a geração dos movimentos do corpo e pela estabilização de sua postura Reconhecer as características anatômicas básicas do sistema osteomioarticular permi te ao profissional de saúde compreender a mecânica do movimento e auxiliará futura mente no diagnóstico de alterações morfofuncionais que precisam ser tratadas e para prevenção de danos a esse sistema orgânico 40 REFERÊNCIAS DÂNGELO J G FATTINI C A Anatomia humana sistêmica e segmentar para o es tudante de medicina 3 ed São Paulo Atheneu 2007 DRAKE R VOEL W MITCHELL A Grays Anatomia para Estudantes Rio de Janei ro CampusElsevier 2005 MARIEB E WILHELM P B MALLAT J Anatomia humana 7 ed São Paulo Pearson Education 2015 Ebook ISBN 9788543001098 Biblioteca Virtual MCMINN R M H HUTCHINGS R T LOGAN B M Atlas colorido de anatomia da cabeça e do pescoço Tradução de Flavio Vellini Ferreira São Paulo Artmed 1991 240 p MOORE K L DALLEY A F Anatomia orientada para a clínica Tradução de Alexan dre Lins Werneck Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 1023 p MOORE K L AGUR A M R Fundamentos de anatomia clínica Rio de Janeiro Gua nabara Koogan 2004 562 p NETTER F H Atlas de anatomia humana Tradução de Jacques Vissoky 2 ed Porto Alegre Artmed 2000 525 p RUIZ C R org Anatomia humana básica para estudantes na área de saúde São Caetano do Sul Difusão 2021 Ebook ISBN 9788578081737 Biblioteca Virtual SCHUENKE et al Atlas de Anatomia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2008 p 50 55 274275 SOBOTTA J Atlas de anatomia humana Tradução de Wilma Lins Werneck Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 2 v 41 VAN DE GRAAFF Anatomia Humana 6 ed Barueri Manole 2003 Capítulos 2 6 8 e 9 YOKOCHI C Anatomia fotográfica do corpo humano 3 ed São Paulo Manole 1992 140 p TORTORA G J Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia Tradução de Cláudia L Zimmer 4 ed Porto Alegre Artmed 2004 574 p 42 Os sistemas cardiorrespiratório e digestório são sistemas orgânicos interligados fun cionalmente uma vez que os nutrientes absorvidos durante a digestão dos alimen tos e dos gases respiratórios utilizam a corrente sanguínea para que possam circular pelo corpo humano até alcançarem seu destino O conhecimento sobre a anatomia básica de tais sistemas orgânicos leva ao entendimento dos aspectos fisiológicos de cada órgão assim como possíveis alterações patológicas que possam acometer tais sistemas orgânicos Neste capítulo você encontrará a descrição da anatomia básica do sistema cardiovas cular do sistema respiratório e do sistema digestório humano ATENÇÃO Para a melhor aprendizagem do conteúdo deste capítulo é importante anali sar juntamente com a leitura as imagens disponíveis nos capítulos referen tes ao sistema cardiovascular sistema respiratório e sistema digestório dos seguintes livros 1 Anatomia humana FALAVIGNA A TONATO F A J Anatomia humana Caxias do Sul Educs 272p epub ISBN 9788570617064 Biblioteca Virtual 2 Anatomia humana básica DANGELO J G FATTINI C A Anatomia humana básica 2 ed Rio de Janei ro Atheneu 2004 184 p ISBN 9788573790702 3 Anatomia do sistema cardiorrespiratório e digestório 43 3 Anatomia humana básica para estudantes na área de saúde RUIZ C R org Anatomia humana básica para estudantes na área de saú de São Caetano do Sul Difusão 2021 epub ISBN 9788578081737 Biblio teca Virtual Sistema cardiovascular Este capítulo descreve inicialmente a anatomia básica do sistema cardiovascular hu mano integrante do sistema circulatório com sua estrutura composta por vasos sanguíneos artérias capilares sanguíneos e veias sanguíneos pelo coração e pelo sangue A estrutura anatômica desses órgãos mantém o sangue circulando continua mente para garantir ampla distribuição de nutrientes captados durante o processo digestivo e dos gases respiratório gás oxigênio e gás carbônico Vasos sanguíneos Iniciamos o estudo sobre a anatomia geral do sistema cardiovascular humano a partir da descrição da estrutura básica dos vasos sanguíneos Os vasos sanguíneos presentes no corpo humano são artérias veias e capilares sanguíneos As artérias irrigam os órgãos com sangue distribuído a partir do coração Os vasos sanguíneos são estruturas tubulares e ocas com paredes compostas por até três túnicas paralelas e unidas À medida que as artérias se afastam do coração transportando sangue e promovendo a irrigação sanguínea dos demais órgãos do corpo sua estrutura anatômica se ramifica em artérias cada vez mais delgadas até formarem arteríolas que por sua vez se rami ficam para a formação de uma imensa rede de delicados vasos sanguíneos denomi nados capilares sanguíneos Os diferentes tipos de artérias e de capilares sanguíneos transportam o sangue sob alta pressão bombeado pelo coração 44 O estudo feito pela anatomia microscópica permitiu identificar que os vasos sanguí neos têm suas paredes compostas por três túnicas camadas sendo a única exceção observada nos capilares sanguíneos As túnicas observadas são Túnica íntima camada mais interna próxima ao sangue Túnica média camada intermediária contendo musculatura lisa e tecido con juntivo elástico mostrandose mais espessa na parede das artérias do que nas veias Túnica adventícia camada mais externa composta por tecido conjuntivo fi broso e que se apresenta mais espessa na parede das veias do que nas artérias A artéria aorta é o maior vaso sanguíneo do corpo humano Apresenta o maior diâmetro e a parede mais espessa quando comparada com a estrutura de todos os demais vasos A artéria aorta irá se ramificar inúmeras vezes para distribuir o sangue oxigenado para as partes superior e inferior do corpo e cada ramo receberá uma nomenclatura específica A parede bem delgada dos capilares sanguíneos tornaos sítio preferencial para rá pida e intensa difusão bidirecional de substâncias químicas nutrientes metabólitos gases e hormônios entre o sangue e o espaço perivascular embora seja observada pouca difusão através da parede das arteríolas Na extremidade distal dos capila res sanguíneos ocorre a formação de anastomoses fusões de capilares sanguíneos constituindo as vênulas veias mais delgadas Por conseguinte as vênulas se fusio nam a outras formando veias de calibres cada vez maior à medida que as veias se aproximam do coração As veias são caracterizadas como sendo os vasos sanguíneos que coletam drenam o sangue dos tecidos e órgãos e o transportam de volta para o coração Outra caracte rística típica das veias é a presença de pregas formadas pela camada mais interna de sua parede conhecidas como válvulas que impedem o refluxo do sangue durante o trajeto até o coração Coração O coração é um órgão essencialmente muscular descrito como sendo um vaso sanguí neo modificado durante o desenvolvimento embrionário e que se tornou especializa do em bombear o sangue continuamente para o interior dos demais vasos Esse bom beamento do sangue realizado por contração e relaxamento muscular é responsável 45 por manter o sangue em constante circulação bidirecional entre o coração e os demais órgãos do corpo Esses dois movimentos básicos são denominados sístole contração muscular e diástole relaxamento muscular São eventos alternados rítmicos e in tensos coordenados por impulsos elétricos gerados pela chegada do sangue no lado direito do coração O coração humano fica localizado no mediastino e apresenta em média 13 a 14 cen tímetros de altura 9 centímetros de largura e 6 centímetros de espessura O peso do coração saudável das mulheres varia entre 230 e 280 gramas e o dos homens pode variar entre 280 e 340 gramas O mediastino é o espaço supradiafragmático localizado entre os pulmões posterior ao osso esterno e anterior à região torácica da coluna vertebral O coração humano apresenta formato semelhante ao de um cone invertido e oco e suas paredes apresentam o miocárdio músculo cardíaco como principal e mais abundante componente morfológico A observação da anatomia externa do coração humano permite identificar uma superfície com formato em ponta arredondada dire cionada para baixo e inclinada para a esquerda chamada de ápice do coração A região oposta ao ápice do coração é denominada base com sua estrutura larga e direcionada para a região posterior do mediastino voltada para cima e para a direita Além disso o coração humano apresenta três superfícies faces Face esternocostal superfície que fica próxima ao osso esterno e costelas Face diafragmática superfície que fica apoiada no diafragma Faces pulmonares superfícies direcionadas para o pulmão direito e para o pul mão esquerdo Durante a análise da superfície externa do coração é possível identificar também os diferentes vasos sanguíneos que desembocam ou que emergem do órgão São eles Veia cava superior Veia cava inferior Quatro veias pulmonares Tronco pulmonar Artéria aorta Dentro do mediastino o coração encontrase envolvido por um saco fibroso denomi nado pericárdio Esse saco fica preso aos vasos sanguíneos da base do coração e man 46 tém um espaço cheio de fluido que serve para amortecer os movimentos do coração durante a sístole e a diástole O pericárdio é composto por duas partes principais peri cárdio fibroso externo e pericárdio seroso interno O pericárdio seroso dividese em duas subcamadas Uma delas é o pericárdio seroso parietal que encontrase aderida internamente ao pericárdio fibroso A outra subcamada é denominada pericárdio se roso visceral ou epicárdio e compõe a superfície externa do coração Ao analisarmos sua anatomia externa é possível reconhecer que a estrutura está or ganizada em quatro câmaras cardíacas átrio direito átrio esquerdo ventrículo direito e ventrículo esquerdo Os átrios formam a base do coração e cada ventrículo está sub jacente a um dos átrios sendo que apenas o ventrículo esquerdo constitui o ápice do coração O átrio esquerdo possui uma aurícula extensão pequena que se projeta em direção à artéria aorta A observação da estrutura interna de um coração humano aberto através de secção coronal permite identificar o espaço interno das quatro câmaras cardíacas um espes so septo interventricular separando completamente o ventrículo direito do ventrículo esquerdo um septo interatrial separando os átrios um septo atrioventricular direito e um septo atrioventricular esquerdo que possuem cada um apenas um óstio ou aber tura que permite a passagem do sangue do átrio em direção ao ventrículo subjacente A parede das quatro câmaras cardíacas é constituída por três camadas teciduais para lelas e bem unidas São elas Endocárdio camada mais interna Miocárdio camada intermediária e mais espessa composta basicamente pelo músculo estriado cardíaco Epicárdio camada de revestimento externo do coração A parede dos átrios é delgada e lisa entretanto a parede dos ventrículos é espessa e apresenta superfície interna rugosa O ventrículo esquerdo tem a parede mais espessa quando comparada às demais câmaras cardíacas uma vez que é o único responsável por bombear o sangue que será distribuído para todas as regiões do corpo humano precisando portanto ser constituído por camada de miocárdio mais espessa O septo interventricular é composto por miocárdio revestido bilateral mente por endocárdio 47 Cada óstio atrioventricular possui uma valva estrutura composta por pregas de en docárdio cúspides que impede o refluxo do sangue ventricular para o átrio Cada valva possui uma quantidade específica de cúspides a valva atrioventricular direita é a valva tricúspide e a valva atrioventricular esquerda é a valva bicúspide ou mitral Am bas são reconhecidas como valvas de entrada que se fecham durante a sístole contra ção ventricular para impedir o refluxo do sangue para os átrios Dessa forma o sangue sai do ventrículo direito sendo direcionado para o tronco pulmonar e do ventrículo esquerdo para a artéria aorta Sistema respiratório O sistema respiratório humano é composto por um conjunto de órgãos responsáveis pela respiração e pela fonação Durante a respiração ocorre o controle da qualidade do ar e a hematose pulmonar O controle da qualidade do ar inclui controle de temperatura umidade e retenção das impurezas do ar inspirado Sua estrutura é composta por nariz faringe laringe caixa de voz traqueia brônquios e pulmões Anatomicamente os componentes desse sistema estão organizados em Via aérea superior composta por nariz cavidade nasal faringe laringe e parte superior da traqueia Via aérea inferior composta pela parte inferior da traqueia brônquios bron quíolos alvéolos e pulmões Funcionalmente o sistema respiratório humano é organizado em porção condutora e porção respiratória A porção condutora é composta por nariz faringe laringe tra queia brônquios extrapulmonares brônquios intrapulmonares e bronquíolos termi nais Seus componentes são responsáveis por conduzir o ar inspirado até o interior da porção respiratória filtrandoo e realizando o controle de temperatura e de umidade do ar antes de sua chegada na porção respiratória A porção respiratória é composta por bronquíolos respiratórios ductos alveolares sacos alveolares e alvéolos pulmona res e sua estrutura anatômica é responsável pela hematose troca gasosa pulmonar 48 Nariz O nariz é uma proeminência localizada na região central da face Sua região exterior é nomeada nariz externo e suas cavidades são reconhecidas como cavidades nasais O nariz externo tem o formato de uma pirâmide com suas superfícies laterais denomi nadas asas do nariz O esqueleto ósseo do nariz humano é composto pela associação entre o osso frontal ossos nasais onde se fixa superiormente o septo nasal e ossos maxilares As cavidades nasais direita e esquerda são delimitadas anteriormente pelo vestíbulo nasal e possuem grande quantidade de pelos vibrissas responsáveis por reter partículas grandes de impurezas presentes no ar inspirado Essas cavidades es tão separadas por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal Cada cavidade encontrase revestida internamente por mucosa respiratória e por mucosa olfatória com células sensoriais olfativas e grande quantidade de glândulas secretoras de flui do seroso e muco A parede lateral de cada cavidade nasal apresenta saliências deno minadas conchas nasais superior média e inferior separadas respectivamente pelos meato acústico superior médio e inferior Para a drenagem do muco secretado na cavidade nasal existem algumas aberturas conhecidas como seios paranasais presentes em ossos daquela região Os seios paranasais são integrados pelo seio frontal seio etmoidal seio esfenoidal e pelos seios maxilares Faringe A faringe humana é um tubo que participa do transporte de ar e do alimento deglutido Sua estrutura anatômica se inicia na parte posterior das conchas nasais e estendese para a região inferior do pescoço ficando situada anteriormente à coluna vertebral A faringe está estruturada em três regiões próximas Nasofaringe porção superior Orofaringe posterior à cavidade oral Laringofaringe inferior ao osso hioide conectada ao esôfago e à laringe A nasofaringe é a região que serve para passagem do ar inspirado fazendo a inter comunicação entre as cavidades nasais os óstios das tubas auditivas e a orofaringe A orofaringe ou bucofaringe está situada posteriormente à cavidade oral e se esten de do palato mole até a região do osso hioide A orofaringe tem comunicação com a boca e serve de passagem tanto para o ar como para o alimento A laringofaringe estendese a partir do osso hioide conectase com o esôfago canal do alimento e 49 anteriormente com a laringe passagem de ar sendo considerada parte integrante da via respiratória e também da via digestória Laringe A laringe é um órgão oco curto e triangular que desempenha três funções básicas passagem do ar em direção à traqueia produção da voz fonação e impedimento da entrada de partículas deglutidas ou inspiradas na traqueia Sua estrutura é constituída por um arcabouço de cartilagens pares e ímpares músculos e ligamentos e se encon tra localizada na linha média do pescoço se estendendo anteriormente à coluna ver tebral tendo seu limite inferior no nível da sexta vértebra cervical Na superfície interna da laringe existe uma fenda anteroposterior denominada ves tíbulo da laringe Esse vestíbulo apresenta duas pregas importantes a prega vesti bular conhecida como cordas vocais falsas e a prega vocal conhecida como cordas vocais verdadeiras A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagens sendo oito delas cons tituídas por cartilagem hialina e uma delas é cartilagem elástica Entre as nove car tilagens laríngeas três delas são cartilagens ímpares e três são cartilagens pares As cartilagens ímpares são cartilagem tireóidea cartilagem cricoide e cartilagem epigló tica Os três pares de cartilagens são das seguintes estruturas cartilagem aritenoidea cartilagem cuneiforme e cartilagem corniculada Traqueia e brônquios Após a passagem do ar pela laringe o ar inspirado alcançará o interior da traqueia até chegar aos pulmões para realizar hematose pulmonar A traqueia é uma estrutura cilíndrica e oca que mede entre 10 e 125 centímetros de comprimento e aproximadamente 25 centímetros de diâmetro e que se encontra localizada na linha média do corpo posteriormente ao osso esterno e anteriormente ao esôfago com discreto desvio para a direita em seu segmento terminal O limite su perior da traqueia se conecta com a laringe e seu limite inferior apresenta uma proe minência anteroposterior composta por uma cartilagem hialina denominada carina da traqueia que é responsável por dividila em dois brônquios extrapulmonares um brônquio extrapulmonar primário ou lobar direito e um brônquio extrapulmonar pri mário ou lobar esquerdo 50 O eixo de sustentação das paredes da traqueia é composto por uma sequência vertical de 20 anéis incompletos de cartilagem traqueal compostos por cartilagem hialina uni dos por faixas de ligamento anular mantendo sua abertura direcionada para o esôfa go As extremidades de cada anel de cartilagem traqueal são interligadas por músculo liso entremeado por pequena quantidade de fibras elásticas Pulmões Os pulmões dos seres humanos são os principais órgãos do sistema respiratório pois dentro deles ocorre a hematose troca gasosa pulmonar Cada ser humano possui dois pulmões situados no interior da caixa torácica lateralmente ao coração tendo seu es paço delimitado pelas costelas Nos seres humanos saudáveis os pulmões apresentam aspecto esponjo so são leves e muito vascularizados e inervados Os pulmões inflam durante a inspiração e murcham durante a expiração Cada pul mão fica apoiado no músculo diafragma que separa a cavidade abdominal da cavidade torácica e seu ápice alcança a região próxima às clavículas Essa proximidade com o diafragma é essencial pois o movimento do diafragma é um dos principais fatores que permitem que os pulmões sofram expansão durante a inspiração e se retraiam duran te a expiração Os pulmões vazios têm peso aproximado de 700 gramas e podem alcançar até 25 cen tímetros de altura Durante a análise de cada pulmão é possível reconhecer suas re giões de ápice e de base O ápice de cada pulmão está localizado em uma extremidade superior arredondada e mais estreita direcionado cefalicamente alcançando a região próxima da articulação sinovial esternoclavicular A base do pulmão é côncava e larga situandose sobre a superfície superior do diafragma Além disso cada pulmão tem um formato triangular e uma quantidade definida de lobos separados por fissuras No interior de cada lobo estarão distribuídos os brônquios intrapulmonares os bronquío los milhões de alvéolos pulmonares além de vasta vascularização e inervação Exatamente em cada pulmão encontrase uma delgada serosa chamada pleura 51 Sistema digestório O consumo de alimentos é uma atividade essencial para a manutenção da vida de to das as células do corpo pois a partir da alimentação são captados nutrientes alimenta res que são distribuídos a todos os demais órgãos pela corrente sanguínea O funcio namento das células do corpo depende de energia gerada pela degradação química dos alimentos Além disso muitas micromoléculas essenciais que não são fabricadas pelas células são captadas durante a ingestão de alimentos Funções vitais como a geração de impulsos nervosos pelos neurônios e a contração muscular para geração de movimentos do corpo e bombeamento do sangue só são mantidas se houver obtenção de energia Entretanto os nutrientes presentes nos ali mentos a serem ingeridos encontramse em sua maioria em forma de macromolécu las Estas precisam ser decompostas em micromoléculas para assim serem rapida mente absorvidas e distribuídas pela corrente sanguínea A degradação mecânica e química das moléculas dos alimentos e subsequente absor ção para distribuição pelas células é denominada digestão e os órgãos coletivamente responsáveis por realizar essa função compreendem o sistema digestório O sistema digestório humano é organizado em trato gastrointestinal ou tubo diges tório e órgãos anexos O trato gastrointestinal é composto por boca esôfago estô mago intestino delgado e intestino grosso Os órgãos anexos ao trato gastrointestinal são dentes língua glândulas salivares fígado pâncreas e vesícula biliar É importante reconhecer as funções gerais atribuídas ao sistema digestório São elas Ingestão de alimentos Mistura e movimentação do alimento Digestão química e mecânica Absorção de nutrientes Defecaçãoevacuação Trato gastrointestinal O trato gastrointestinal também é conhecido como trato digestório e sua estrutura anatômica se desenvolve como um longo cilindro oco que se alonga desde a cavidade bucal porção inicial até o ânus porção terminal com comprimento total máximo de 9 metros 52 Cada região sequencial do trato gastrointestinal se especializou anatomica mente para desempenhar funções digestivas variadas e complementares visando resultar no processo digestivo completo As paredes do trato gastrointestinal são compostas por camadas teciduais facilmente observadas através da microscopia óptica As camadas são denominadas mucosa sub mucosa muscular e serosa ou adventícia Essas camadas apresentam pequenas adap tações em cada região do trato gastrointestinal Tais adaptações são responsáveis por funções específicas desempenhadas por cada região O peristaltismo ou contração peristáltica promove o rápido transporte do alimento deglutido em sua passagem desde o terço médio do esôfago até a porção terminal do intestino grosso Boca cavidade bucal ou cavidade oral A boca é a porção superior inicial do trato gastrointestinal ou seja local de entrada do alimento e espaço onde se inicia a digestão mecânica e química enzimática do alimen to Sua estrutura anatômica é delimitada por bochechas assoalho da língua palatos duro parede superior e mole parede posterior As bochechas delimitam lateralmen te a boca enquanto os palatos formam o limite superior até a úvula e o assoalho da língua delimita a boca inferiormente Lábios e dentes delimitam a boca anteriormente A cavidade bucal consiste em duas regiões anatômicas básicas o vestíbulo abertura oral e a cavidade da boca sendo o vestíbulo identificado como o pequeno espaço se melhante a uma fissura que separa dentes e gengivas de lábios e bochechas A cavida de própria da boca é o espaço entre a arcada dentária superior e a arcada dentária infe rior sendo delimitada por arcos mandibulares e maxilares onde ficam acomodados os dentes Quando não há mastigação ou fala a boca permanece em repouso e a língua ocupa toda sua cavidade ficando em contato com o palato teto Posteriormente a cavidade da boca se comunica com a orofaringe segmento que dará continuidade à passagem do alimento com a deglutição Dentes Os dentes são estruturas cônicas rígidas e bastante mineralizadas que ficam alo jadas em cavidades alveolares presentes na mandíbula e na maxila Os dentes rea lizam a mastigação corte perfuração e trituração dos alimentos e participam da 53 fala Ao longo da vida os seres humanos desenvolvem dois tipos de dentição a dentição decídua primeira dentição ou dentição de leite e a dentição perma nente segunda dentição Língua A língua é um órgão único e predominantemente muscular que tem como principais funções misturar o alimento com a saliva participar da deglutição do paladar e da formação da fala A língua é uma alongada massa muscular esquelética compacta dividida em sua linha média por um septo de tecido conjuntivo fibroso que se alonga até se fixar no osso hioide Uma parte de sua musculatura esquelética é intrínseca e a outra parte é de origem extrínseca dividida por um septo fibroso mediano que se es tende por todo o seu comprimento e se fixa inferiormente no osso hioide O ápice da língua é a extremidade arredondada próxima aos dentes incisivos centrais inferiores O corpo da língua fica acomodado no assoalho da língua e a raiz da língua é mantida presa ao osso hioide pelo septo fibroso A face superior dorsal da língua é revestida por uma mucosa oral pregueada e áspera rica em papilas linguais responsáveis pela percepção tátil e do paladar para doce salgado azedo e ácido além de milhares de papilas gustativas específicas para sensibilidade mecânica Os tipos de papilas linguais têm formatos diferentes Faringe Com a deglutição o alimento mastigado é conduzido para a faringe que se inicia pos teriormente à úvula e se estende até o esôfago A faringe tem a forma de um tubo oco e curto que possui parede grossa por conter espessa camada muscular com fibras musculares distribuídas em diferentes direções Essa espessa camada muscular é ne cessária para que sua contração promova o rápido deslocamento do alimento degluti do em direção ao interior do estômago Devido à sua localização anatômica a faringe comunicase diretamente com a parte posterior das cavidades nasais com a laringe e com o esôfago inte grando portanto o sistema respiratório e o sistema digestório humano 54 A região da faringe que se comunica diretamente com as cavidades nasais é a na sofaringe A laringofaringe é a parte da faringe que se estende até a laringe A orofaringe é a região da faringe localizada atrás da língua e que por isso faz parte do sistema digestório Esôfago Esôfago é o tubo estreito contínuo à orofaringe e que comunica a região da faringe ao estômago Sua localização é vertical medial e posterior à traqueia iniciando na altura da sétima vértebra cervical e terminando na parte superior do abdômen Na espécie humana o esôfago possui uma região cervical curta uma longa região torácica e uma região abdominal uma vez que o esôfago atravessa o músculo diafragma para logo em seguida dilatarse formando o estômago Usualmente o esôfago de um ser humano adulto pode atingir até 25 centímetros de comprimento e 25 centímetros de largura A região cervical do órgão fica em contato direto com a traqueia A região torácica do esôfago é sua parte mais extensa que fica situada posteriormente à traqueia atravessando o mediastino anteriormente à colu na vertebral A região abdominal é formada por aproximadamente 1 a 2 centímetros da porção terminal do esôfago que atravessa o diafragma e fica apoiado no fígado formando a impressão esofágica na superfície hepática Estômago O estômago é a região mais dilatada do trato gastrointestinal localizada no abdômen subjacente ao diafragma protegido parcialmente pelas costelas estando localizado acima do duodeno abaixo do músculo diafragma e à esquerda do duodeno porção inicial do intestino delgado Seu formato dilatado se dá devido ao longo tempo de permanência do alimento deglutido em seu interior para dar continuidade ao proces so de digestão química enzimática O estômago dos seres humanos apresenta duas curvaturas evidentes a curvatura maior margem esquerda do estômago e a curvatura menor margem direita do estômago e se encontra anatomicamente dividido em quatro regiões sequenciais a partir do esfíncter esofágico inferior cárdia fundo do estômago corpo do estôma go e piloro A cárdia é a região estreita do estômago localizada próxima ao coração logo abaixo do esôfago e logo acima da curvatura menor do estômago A válvula ou esfíncter muscular da cárdia impede que ocorra refluxo do bolo alimentar para o esôfago Ao passar pela cárdia o alimento se acumula preenchendo o fundo e o corpo do estôma 55 go recebendo ali a secreção do suco gástrico produzido por milhares de glândulas gástricas microscópicas distribuídas na camada mucosa da parede do estômago Após receber a secreção do suco gástrico o bolo alimentar passa a ser chamado de quimo O fundo do estômago está localizado na região alta do órgão acima do local de união do esôfago com o estômago Já o corpo do estômago representa mais da metade do tamanho do estômago em si e se estende até o piloro região terminal responsá vel por conectar o estômago ao intestino delgado impulsionando aos poucos o bolo alimentar para a continuidade da digestão O piloro abertura de saída do estômago óstio pilórico possui um esfíncter muscular muito forte denominado esfíncter piló rico Na região imediatamente anterior a esse esfíncter encontrase a região do antro ou região antropilórica A observação macroscópica do estômago humano vazio e cortado nos permite também visualizar a presença de pregas gástricas na parede interna do órgão Essas pregas são visíveis somente quando o estômago ainda não re cebeu alimento deglutido pois à medida que o estômago enche com alimento e suco gástrico as pregas são esticadas e desaparecem As principais funções do estômago são promover a digestão enzimática ini cial das proteínas produzir e secretar suco gástrico contendo a enzima pep sina para digestão inicial das proteínas do bolo alimentar e ácido hidroclorí drico como substâncias mais importantes Intestino delgado O intestino delgado é o segmento mais extenso do trato gastrointestinal humano podendo alcançar entre 5 e 8 metros de comprimento Sua extensão fornece grande área de superfície para a digestão e absorção da maior quantidade possível de nutrien tes Os principais eventos da digestão enzimática das macromoléculas nutritivas e ab sorção da maioria dos micronutrientes resultantes da digestão acontecem durante a passagem do quimo pelo interior do intestino delgado Portanto sua estrutura anatô mica é organizada para que tais funções possam ser adequadamente desempenhadas assim que cada porção do bolo alimentar é impulsionada para o intestino A mucosa revestimento interno do intestino delgado é rica em pregas conhecidas como vilosidades intestinais responsáveis por aumentar a superfície de absorção in testinal Sua estrutura é organizada nas seguintes regiões sequenciais identificadas a partir da saída do piloro até a junção com o segmento inicial do intestino grosso duo deno jejuno e Íleo 56 O duodeno é a porção curta imóvel e inicial do duodeno Possui a forma de um C sendo a única região do intestino delgado cuja parede não está presa a outros órgãos Sua parte superior originase no piloro e sua região descendente recebe o ducto colé doco proveniente da vesícula biliar e do fígado e o ducto pancreático proveniente do pâncreas O ducto colédoco transporta a bile e o ducto pancreático transporta o suco pancreático para o interior do duodeno Tanto a bile quanto o suco pancreático se misturam ao quimo que passa a ser reconhecido como quilo Ainda no interior do duodeno começa a absorção das micromoléculas resultantes da digestão enzimática de proteínas carboidratos lipídios entre outros nutrientes Essa absorção prossegue ao longo de todo o intestino delgado Após a passagem pelo duodeno o quilo é trans portado pelo interior do jejuno e pelo íleo que juntos medem aproximadamente 6 a 7 metros de comprimento O jejuno e o íleo são regiões móveis do intestino delga do sendo o jejuno a região mais larga do intestino delgado e contínua ao duodeno apresentando grande vascularização em sua parede Na porção terminal o jejuno se comunica com o íleo segmento intestinal que se apresenta mais delgado e menos vascularizado do que o íleo Ao final do íleo o quilo é propulsionado por peristaltismo em direção ao interior do ceco porção inicial do intestino grosso Intestino grosso O intestino grosso é o segmento final do trato gastrointestinal iniciado na boca O intestino grosso se estende desde o íleo até o ânus Alcança aproximadamente 15 metro de comprimento e 6070 centímetros de diâmetro O intestino grosso é dividi do anatomicamente nas seguintes regiões sequenciais ceco cólon ascendente cólon transverso cólon descendente cólon sigmoide reto e ânus As funções básicas do intestino grosso humano são absorção de água e de eletrólitos íons diversos produção de alguns tipos de vitaminas pelas bac térias da flora intestinal armazenamento temporário de fezes e subsequen te evacuação defecação A região anatômica inicial do intestino grosso é o ceco contínuo à porção terminal do íleo que apresenta uma válvula muscular que impede o fluxo retrógrado do bolo alimentar do ceco para o íleo conhecida como válvula ileocecal Na parede do ceco se projeta o apêndice vermiforme órgão delgado e alongado em fundo cego que parece ser um órgão digestivo vestigial evolutivo Após a passagem pelo ceco o bolo alimentar é impulsionado para o cólon ascendente 57 A porção seguinte do intestino grosso é o cólon ou colo O peristaltismo impulsio na o bolo alimentar do ceco para o cólon ascendente que passa para cima ao lado direito do abdômen e se curva à esquerda devido à presença do fígado formando a flexura cólica direita ou flexura hepática Ao encurvar para a esquerda o segmento sequencial do intestino grosso passa a ser denominado cólon transverso pois atra vessa o abdômen da direita até a esquerda da cavidade abdominal até formar a fle xura esquerda ou flexura esplênica devido à proximidade com o baço do colo onde curvase inferiormente para formar o cólon descendente Ao descer o cólon descen dente atravessa retroperitonealmente até passar pela fossa ilíaca esquerda e sua por ção terminal se conecta ao cólon sigmoide que é caracterizado por apresentar uma alça intestinal curta com formato de S que conectará o cólon descendente ao reto O segmento final do intestino grosso é nominado reto devido à sua localização quase perpendicular ao assoalho pélvico e se encontra conectado ao canal anal que contém esfíncter anal interno e externo para controle da evacuação Órgãos anexos ao sistema digestório O aparelho digestório é considerado um tubo Recebe o líquido secretado por diver sas glândulas a maioria delas situadas em suas paredes como as da boca esôfago estômago e intestinos Algumas glândulas constituem formações bem individualizadas localizandose nas proximidades do tubo com o qual se comunicam a partir de ductos que servem para o escoamento de seus produtos de elaboração Glândulas salivares As glândulas salivares são anatomicamente classificadas em dois grupos glândulas salivares menores e glândulas salivares maiores Todos os diferentes tipos de glân dulas salivares produzem continuamente a saliva um líquido viscoso claro insípido e inodoro composto por aproximadamente 95 de água e 5 de enzima amilase sali var ptialina lisozima e muco As glândulas salivares menores são pequenas glândulas espalhadas principalmente na parede interna da boca pelos lábios palato e dentro da língua As glândulas salivares maiores produzem e secretam a maior parte do volume total da saliva que umedece constantemente a cavidade oral Existem três pares de glândulas salivares maiores nos seres humanos São elas Glândula sublingual é a menor das três glândulas salivares e localizase abaixo da mucosa do assoalho da boca 58 Glândula parótida é a maior das três glândulas salivares e está localizada na parte lateral da face inferior e anteriormente à orelha Glândula submandibular é a glândula salivar arredondada que está localiza da no interior do triângulo submandibular Fígado O fígado é um órgão multifuncional e vital sendo reconhecido como a maior glândula anexa do corpo humano É um órgão bastante vascularizado e seu peso total aproxi mado é de 15 kg no indivíduo adulto A função mais conhecida do fígado é a produção de bile Entretanto o fíga do humano é também responsável por realizar a ativação da vitamina D fa gocitose de hemácias velhas hemocaterese metabolismo de carboidratos lipídios e proteínas armazenamento de glicose ferro e algumas vitaminas processamento químico de fármacos e de hormônios excreção de bilirrubina resultante da digestão das hemácias e excreção de sais biliares que consti tuem a bile O fígado está localizado na região supraabdominal direita logo abaixo do músculo diafragmático O fígado humano apresenta duas faces diafragmática e visceral e sua estrutura se encontra anatomicamente dividida em quatro lobos unidos por ligamen tos fibrosos lobo direito lobo esquerdo lobo caudado e lobo quadrado A face diagra mática é composta pelo lobo direito e pelo lobo esquerdo do fígado interconectados pelo ligamento falciforme bastante fibroso e resistente que apresenta o ligamento redondo do fígado Notase que o tamanho do lobo direito é aproximadamente o do bro em relação ao tamanho do lobo esquerdo A face visceral do fígado é integrada pelo lobo direito lobo esquerdo lobo caudado e lobo quadrado e a vesícula biliar encontrase alojada entre o lobo direito e o lobo quadrado Na face visceral observase também um segmento da veia cava inferior e um sulco transversal onde estão alojadas a veia porta a artéria hepática o ducto hepático comum nervos e o ducto colédoco Vesícula biliar A vesícula biliar é um órgão oco piriforme forma de pera que possui parede pre dominantemente muscular Está localizada na fossa biliar da face visceral do fígado e possui comprimento aproximado entre 7 e 10 centímetros 59 A função básica da vesícula biliar é armazenar até 50 mililitros da bile e con centrála absorvendo o excesso de água da bile recémchegada do fígado Quanto mais concentrada estiver a bile maior será a atividade detergente de gorduras facilitando assim a ação da enzima digestiva lipase pancreática Para que a bile alcance a vesícula biliar a partir do fígado o ducto cístico se conecta ao ducto hepático comum união do ducto hepático direito e esquerdo constituindo o ducto colédoco Pâncreas O pâncreas é um órgão misto que possui função exócrina e endócrina O pâncreas é um órgão alongado e achatado que mede entre 12 e 15 centímetros de comprimento com peso variável entre 14 e 17 gramas Sua estrutura anatômica está organizada na seguinte sequência Cabeça do pâncreas porção inicial arredondada e dilatada encaixada na cur vatura do duodeno Colo Corpo do pâncreas porção alongada e afunilada Cauda do pâncreas extremidade terminal próxima ao baço Observase o ducto pancreático localizado ao longo do corpo do pâncreas desde a cauda até a cabeça do pâncreas despejando o suco pancreático no duodeno através da ampola hepatopancreática 60 RESUMO A correlação anatômica e funcional entre os sistemas cardiorrespiratório e digestório foi descrita neste capítulo Aqui buscamos identificar as características anatômicas mais importantes dos órgãos de cada um dos sistemas orgânicos abordados correla cionandoos com os aspectos funcionais básicos dos órgãos com a proposta de evi denciar a íntima relação entre os três sistemas estudados mediante a localização próxi ma e em relação à captação de nutrientes e gases respiratórios que serão distribuídos pela corrente sanguínea 61 REFERÊNCIAS DÂNGELO J G FATTINI C A Anatomia humana sistêmica e segmentar para o es tudante de medicina 3 ed São Paulo Atheneu 2007 MARIEB E WILHELM P B MALLAT J Anatomia humana São Paulo Pearson Educa tion PDF ISBN 9788543001098 Biblioteca Virtual MOORE K L AGUR A M R Fundamentos de anatomia clínica Rio de Janeiro Gua nabara Koogan 2004 562 p RUIZ C R org Anatomia humana básica para estudantes na área de saúde São Caetano do Sul Difusão 2021 epub ISBN 9788578081737 Biblioteca Virtual SOBOTTA J Atlas de anatomia humana Tradução Wilma Lins Werneck Rio de Ja neiro Guanabara Koogan 2000 2 v TORTORA G J Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia 4 ed Tradu ção Cláudia L Zimmer Porto Alegre Artmed 2004 574 p 62 Neste capítulo abordaremos as caraterísticas anatômicas básicas do sistema urinário e do sistema reprodutor masculino e feminino dos seres humanos Estes três temas estão sendo apresentados em sequência pois há uma íntima relação entre eles devi do à proximidade da localização e à interação funcional entre alguns de seus órgãos A descrição anatômica básica é apresentada em associação aos aspectos funcionais básicos de cada órgão fornecendo fundamentação teórica para estudo futuro sobre as alterações morfofuncionais que podem afetar algum desses sistemas orgânicos causando doenças e incapacidades Sistema urinário O sistema urinário é composto por um conjunto de órgãos responsáveis pela filtra ção do sangue que resultam na formação da urina e sua subsequente eliminação por micção Sua estrutura anatômica é composta por dois rins um par de ureteres uma bexiga urinária e uma uretra Os rins são os órgãos responsáveis pela filtração do sangue e formação da urina Os demais órgãos que integram as vias urinárias são responsáveis por armazenar tempo rariamente a urina e em seguida conduzir a urina formada para fora do corpo A filtração do sangue é necessária pois as células nele liberam resíduos tóxicos de seu metabolismo tais como ureia amônia e ácido úrico bicarbonato entre outras molé culas Caso esses metabólitos não sejam removidos do sangue seu acúmulo provocará 4 Anatomia do sistema geniturinário 63 danos ao funcionamento das células causando doenças e podendo leválas à morte Além dos resíduos metabólitos a filtração renal remove excesso de água e de vitami nas que estejam na circulação sanguínea buscando assim manter o equilíbrio químico entre os meios intracelular e o meio extracelular e regular a pressão osmótica Para visualizar a imagem da organização anatômica do sistema urinário aces se a página 138 figura 1110 e 140 do livro Anatomia humana básica DAN GELO FATTINI 2004 Rim Cada rim é responsável pela filtração do sangue e formação da urina portanto são os principais órgãos do sistema urinário A filtração sanguínea renal garante a manuten ção da pressão osmótica e da concentração iônica do sangue regulando a concen tração sanguínea de glicose e promovendo a regulação da pressão arterial além de secretar alguns tipos específicos de hormônios Anatomia básica do rim Os rins são dois órgãos com formato de grão de feijão que ficam localizados lateral mente à coluna vertebral acima da cintura atrás do peritônio e próximos à parede posterior abdominal estando o rim direito em posição ligeiramente inferior em relação ao rim esquerdo devido ao posicionamento do fígado à direita da cavidade abdominal Cada rim apresenta coloração avermelhada devido à grande vascularização sanguínea distribuída em seu interior e é revestido externamente por uma cápsula renal fibrosa associada a uma massa de tecido adiposo No indivíduo adulto cada rim mede aproxi madamente 11 centímetros de comprimento com largura que pode variar de 5 a 75 centímetros com até 3 centímetros de espessura Há uma pequena diferença natural entre o tamanho do rim direito mais curto e do rim esquerdo mais longo Cada rim pode pesar normalmente até 155 gramas na mulher e até 170 gramas no homem 64 Anatomia externa do rim Além do formato típico de grão de feijão notase que o rim apresenta duas faces su perfícies distintas duas bordas margens e duas extremidades superior e inferior As duas faces são lisas e homogêneas sendo a face anterior mais arqueada do que a face posterior A margem lateral do rim é convexa e sua margem medial é côncava contendo uma fissura denominada hilo renal No hilo renal estão situadas a artéria renal a veia renal e o ureter Na extremidade polo superior notase a presença de glândula suprarrenal inserida na cápsula renal Para visualizar a anatomia externa do rim acesse a página 139 figura 1111 do livro Anatomia humana básica DANGELO FATTINI 2004 Curiosidade As glândulas suprarrenais adrenais são glândulas endócrinas que ficam alo jadas no polo apical de cada rim revestidas por uma cápsula de tecido fi broso e acomodadas em uma massa de gordura Cada glândula suprarrenal produz epinefrina adrenalina norepinefrina e hormônios esteroides como o cortisol Anatomia interna do rim A observação da anatomia interna do rim aberto por corte coronal frontal permite identificar duas regiões anatômicas distintas O córtex renal subcapsular com aspecto homogêneo e mais claro A medula renal central e com coloração marromavermelhada A região medular renal é caracterizada pela presença de 8 a 18 estruturas triangulares denominadas pirâmides renais que apresentam base ampla direcionada para a cáp sula renal e o ápice afunilado direcionado para o hilo renal As regiões do córtex renal que preenchem o espaço entre as pirâmides renais são chamadas colunas renais 65 Para visualizar a imagem da anatomia interna do rim acesse a página 139 figura 113 do livro Anatomia humana básica DANGELO FATTINI 2004 Essa organização anatômica determinando as pirâmides renais é definida pela distri buição de centenas de milhares de microscópicas unidades funcionais dos rins deno minadas néfrons Cada néfron é responsável pela constante filtração de uma pequena quantidade de sangue formando a urina que será coletada em direção à pelve renal porção dilatada do ureter que se insere no hilo renal A urina formada pelos néfrons é escoada em dire ção aos cálices renais menores e maiores localizados no ápice das pirâmides renais até que a urina alcance a pelve renal e seja drenada pelo ureter até chegar à bexiga urinária Ureteres Os ureteres são tubos cilíndricos musculares longos ocos e delgados que têm a fun ção de conduzir a urina recémformada pelos rins para a bexiga urinária Cada ureter tem comprimento medindo aproximadamente de 25 a 30 centímetros diâmetro máximo de 6 milímetros e sua porção mais dilatada a pelve renal fica inserida no hilo renal Cada ureter emerge de um rim e descende obliquamente pas sando pela parede posterior do abdômen até alcançar a região pélvica onde o ureter irá penetrar na parede lateral da bexiga urinária para despejar a urina em seu interior Bexiga urinária A bexiga urinária é um órgão ímpar localizado na região inferior da cavidade pélvica e posterior à sínfise púbica Sua parede tem uma estrutura muscular lisa e elástica o que permite sua distensão para armazenamento temporário de até 800 mililitros de urina que funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da urina Nos homens a bexiga urinária está localizada anteriormente ao reto e a capacidade de armazenamento da urina é maior do que nas mulheres uma vez que a localização do útero sobrejacente à bexiga urinária delimita o espaço para sua expansão 66 Para visualizar a imagem da localização da bexiga urinária masculina aces se a página 144 figura 120 do livro Anatomia humana básica DANGELO FATTINI 2004 Outro aspecto importante é a existência de uma região triangular visível somente quando a bexiga urinária está cheia de urina Essa área triangular é delimitada pelos locais de entrada de cada ureter e pelo local de saída da uretra Tal região é deno minada trígono da bexiga urinária local usual de ocorrência de infecções na be xiga No local de saída da uretra a bexiga apresentará dois importantes esfíncteres anéis musculares Um esfíncter muscular interno que impede o esvaziamento involuntário da bexiga Um esfíncter muscular externo e inferior responsável pelo controle voluntário da passagem da urina para a uretra Uretra A uretra é um tubo cilíndrico e oco que conduz a urina durante a micção transportan doa desde a bexiga até o meio externo abrindose para a superfície externa do corpo através do óstio externo da uretra Existem algumas diferenças anatômicas entre a uretra feminina e a uretra masculina A uretra feminina é mais curta do que a uretra masculina e não atravessa o interior de qualquer outro órgão desembocando diretamente na superfície externa do corpo Já a uretra masculina atravessa o interior da próstata assim que sai da bexiga uriná ria e se alonga atravessando o interior do pênis até desembocar em sua extremidade distal podendo medir até 20 centímetros de comprimento sendo anatomicamente dividida em três regiões consecutivas Uretra prostática Uretra membranácea ou membranosa Uretra esponjosa ou peniana 67 A uretra masculina é compartilhada entre o sistema urinário e o sistema reprodutor pois esse órgão tem a função de transportar urina e esperma sem misturálas uma vez que a acidez e os resíduos metabólicos tóxicos da urina matariam os espermatozoides caso houvesse mistura entre urina e sêmen No entanto a uretra feminina tem a função de transporte exclusivo de urina em dire ção ao meio externo e seu óstio externo está localizado entre os pequenos lábios logo abaixo do clitóris e acima do vestíbulo vaginal Sistema reprodutor masculino O sistema reprodutor masculino humano é integrado pelo conjunto de órgãos do corpo que participam da reprodução daquele indivíduo produzindo células sexuais masculinas gametas e sintetizando o hormônio sexual masculino responsável pelo controle da produção de gametas pelo amadurecimento anatômico e funcional do sistema reprodutor e participando da cópula ato sexual com ejaculação Os órgãos do sistema reprodutor masculino são organizados em genitália externa e genitália interna A genitália externa masculina é composta pelo pênis e pelo escro to A genitália interna masculina é integrada por dois testículos dois epidídimos uma próstata duas vesículas seminais duas glândulas bulbouretrais e pelos ductos genitais Para identificar os componentes anatômicos da genitália interna e da geni tália externa masculina acesse as imagens disponíveis nas páginas 165 a 168 do livro Anatomia humana básica para estudantes na área de saúde RUIZ 2021 Testículos O testículo é um órgão oval direito e esquerdo pouco achatado com eixo vertical apresentando maior tamanho do que o eixo horizontal Ambos os testículos ficam lo calizados no interior de uma bolsa de pele denominada escroto que está situada na região posterior ao pênis e anterior ao períneo 68 Principais características anatômicas do testículo humano Cada testículo apresenta uma cápsula fibrosa externa identificada como túnica albu gínea testicular apresentando duas superfícies e duas extremidades Na borda poste rior de cada testículo observase a presença de um órgão tubular e enovelado identifi cado como epidídimo A túnica albugínea se ramifica formando septos fibrosos que se distribuem dentro de cada testículo subdividindoos em compartimentos que arma zenam dezenas de túbulos delgados e ocos entremeados por tecido conjuntivo bas tante vascularizado e inervado contendo milhares de células de Leydig microscópicas responsáveis pela produção e secreção do hormônio sexual masculino a testosterona Cada compartimento formado no interior do testículo é denominado lóbulo testicu lar e os túbulos armazenados dentro deles são os túbulos seminíferos responsáveis pela produção dos gametas masculinos espermatozoides Os túbulos seminíferos convergem para a região medial do testículo fusionamse e formam uma rede bem delicada de túbulos seminíferos retos que despejam os esper matozoides recémfabricados no interior de dúctulos eferentes os quais conectam o testículo ao epidídimo Epidídimo O epidídimo é um tubo enovelado que se estende ao longo da borda posterior de cada testículo A localização estratégica adjacente ao testículo facilita o desempenho de suas funções armazenamento e amadurecimento dos espermatozoides até a ejaculação Principais características anatômicas e funcionais do epidídimo humano A estrutura anatômica básica alongada e enovelada do epidídimo apresentase orga nizada em Cabeça do epidídimo Corpo do epidídimo Cauda do epidídimo A parede muscular do epidídimo impulsiona gradativamente os espermatozoides que nele chegam trazidos pelos ductos eferentes oriundos do testículo sendo despejados no interior da cabeça do epidídimo transferindoos para o corpo parte mais alongada do epidídimo onde permanecerão por alguns dias recebendo secreções nutritivas e ativadoras Os espermatozoides maduros são impulsionados para a cauda do epidídi mo para serem ejetados para cada ducto deferente dando início à ejaculação 69 Ductos deferentes Os ductos deferentes direito e esquerdo são longos e espessos tubos fibromusculares que emergem da cauda do epidídimo ascendem à cavidade pélvica e atravessam late ralmente a bexiga urinária alcançando bilateralmente a região posterior da bexiga até alcançarem as vesículas seminais Esses ductos transportam os espermatozoides expul sos do epidídimo até os ductos ejaculatórios direito e esquerdo durante a ejaculação É preciso diferenciar os ductos eferentes dos ductos deferentes Os ductos eferentes são bastante delgados e conectam cada testículo ao epidídimo transportando os espermatozoides nos testículos para armazenamento no interior do epidídimo Os ductos deferentes são dois ductos espessos Cada um deles se localiza na parte caudal inferior do epidídimo e recebem os es permatozoides expulsos do epidídimo no momento da ejaculação Ductos ejaculatórios São dois delgados tubos fibromusculares que invadem bilateralmente a parede poste rior da próstata cruzando seu interior até desembocarem na uretra prostática Anato micamente os ductos ejaculatórios e os dutos deferentes possuem túnicas camadas fibromusculares semelhantes que constituem suas paredes Vesículas seminais São dois sacos fibromusculares com aproximadamente 7 centímetros de comprimen to situados entre a parte posterior da bexiga urinária e o reto e acima da próstata Têm a função de produzir e secretar um fluido rico em prostaglandinas vitamina C e frutose que são importantes para controle do pH vaginal nutrição e ativação dos espermatozoides Próstata A próstata é a única glândula acessória fibromuscular ímpar do aparelho reprodutor masculino constituída por aproximadamente 60 pequenas glândulas exócrinas que produzem e secretam o líquido prostático alcalino e leitoso que será misturado na base líquida do sêmen trazido pelos ductos ejaculatórios durante a ejaculação 70 A próstata humana encontrase localizada subjacente à bexiga urinária envolta por uma cápsula constituída por tecido conjuntivo e fibras musculares lisas Apresenta for mato piramidal com sua base alargada invertida em contato direto com a superfície inferior da bexiga urinária e o segmento inicial da uretra atravessando o seu interior Glândulas bulbouretrais São duas glândulas exócrinas pequenas e esféricas situadas abaixo da próstata e pró ximas ao bulbo raiz do pênis Seus respectivos ductos se abrem na uretra esponjosa Durante a excitação sexual ainda no período préejaculatório as glândulas bulbou retrais secretam uma substância alcalina que limpa a uretra esponjosa removendo resíduos de urina regula o pH uretral e lubrifica a uretra até a glande extremidade do pênis facilitando a saída do sêmen viscoso durante a ejaculação Pênis O pênis é o órgão sexual masculino que realiza o coito cópula ou ato sexual A introdução do pênis ereto e subsequente ejaculação do sêmen no interior do canal vaginal é essencial para viabilizar o deslocamento dos espermatozoides pela genitália interna feminina até alcançarem o local usual onde ocorre a fertilização já que os seres humanos se reproduzem por fecundação interna A estrutura anatômica básica do pênis humano é constituída por três estruturas cilín dricas de tecido erétil bastante vascularizadas agrupadas por uma túnica fibrosa que são identificadas como dois corpos cavernosos dorsais e um corpo esponjoso ventral que aloja a uretra esponjosa Os três corpos eréteis formam uma estrutura única orga nizada anatomicamente nas regiões de raiz região de implantação do pênis na pelve corpo do pênis região alongada e visível e glande do pênis extremidade terminal dilatada contendo orifício de abertura da uretra esponjosa por onde sairão a urina durante a micção e o esperma durante a ejaculação O corpo e a glande do pênis são revestidos por pele Na glande do pênis essa pele é facilmente deslocada de sua superfície sendo denominada prepúcio Escroto O escroto é uma bolsa músculocutânea que aloja em seu interior ambos os testículos os epidídimos e o segmento inicial dos ductos deferentes Sua estrutura é constituída 71 por sete estratos de diferentes tecidos sobrepostos organizados de fora para dentro Os estratos são Cútis a pele Túnica dartos estrato composto por fibras musculares lisas Tela subcutânea estrato constituído por tecido conectivo frouxo Fáscia espermática externa lâmina conjuntiva derivada da musculatura abdominal Fáscia cremastérica delgada lâmina conjuntiva que prende fibras musculares estriadas Fáscia espermática interna lâmina conjuntiva que deriva da fáscia transversal Túnica vaginal serosa camada mais profunda do escroto envolvendo testículo epidídimo e o segmento inicial do ducto deferente Os órgãos alojados no interior do escoto permanecem em um ambiente com temperatura inferior em relação à temperatura corporal do homem que é uma das condições obrigatórias para a manutenção da produção de espermatozoides Sistema reprodutor feminino O sistema reprodutor feminino humano é composto por um conjunto de órgãos que desempenham as seguintes funções gerais produção de gametas femininos óvulos ou ovócitos síntese dos hormônios sexuais femininos estrogênio e progesterona local da fertilização e desenvolvimento da gestação Esses órgãos reprodutores são or ganizados em dois grupos distintos associados a genitália externa feminina também conhecida como vulva ou pudendo e a genitália interna feminina Genitália externa feminina vulva ou pudendo A superfície externa da região genital feminina é composta pelos dois grandes lábios ou lábios maiores e por dois pequenos lábios ou lábios menores que definem o es paço em que desemboca o óstio externo da uretra o vestíbulo vaginal com o hímen Na extremidade anterior entre os pequenos lábios está alojada a massa de tecido erétil que forma o clitóris recoberto pelo prepúcio O monte pubiano fica localizado 72 na parte superior da vulva e sua estrutura é composta por uma massa de tecido adi poso revestida por pele rica em pelos glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas O monte pubiano parece proteger o púbis amortecendo o impacto durante o ato sexual Entre os pequenos lábios desembocam os ductos das glândulas de Bartholin cujo fluido secretado lubrifica o canal vaginal facilitando a cópula penetração do pênis no canal vaginal Para identificar os componentes anatômicos da genitália interna e da ge nitália externa feminina acesse as imagens disponíveis nas páginas 170 a 172 do livro Anatomia humana básica para estudantes na área de saú de RUIZ 2021 Genitália interna feminina A genitália interna feminina humana fica alojada na região pélvica e é composta por dois ovários duas tubas uterinas um útero e uma vagina A seguir apresentaremos uma breve descrição das principais características anatômicas de cada um de seus componentes Ovários Os ovários são os órgãos mais importantes do aparelho reprodutor feminino pois são as estruturas anatômicas responsáveis pela produção dos gametas femininos conhecidos como óvulos ou ovócitos e pela síntese dos hormônios sexuais femini nos estrogênio e progesterona responsáveis por preparar o corpo da mulher para uma possível gestação Cada ovário possui formato ovalado e fica situado na porção bilateralmente ao úte ro na região superior da cavidade pélvica e são mantidos suspensos pelo ligamento ovariano Cada ovário possui uma túnica albugínea cápsula externa e fibrosa e sua estrutura interna está organizada em duas regiões anatômicas bem distintas Córtex ovariano região subcapsular que aloja todos os óvulos até a ovulação Região medular central bastante vascularizada e inervada desprovida de óvulos 73 Tubas uterinas As tubas uterinas são dois órgãos tubulares alongados e ocos cuja região proximal está inserida na parede uterina e que desempenham as seguintes funções gerais 1 Captar os óvulos liberados pelos ovários durante a ovulação 2 Servir de local para o encontro e união entre o espermatozoide e o óvulo 3 Transportar o zigoto até a cavidade uterina através do peristaltismo Cada tuba uterina mede aproximadamente até 10 centímetros de comprimento e sua parede é muito vascularizada apresentando espessa camada muscular lisa que realiza peristaltismo Sua estrutura anatômica está organizada em quatro regiões consecutivas Porção intramural integrada à parede do útero Istmo Ampola da tuba uterina região mais dilatada e local preferencial da fertilização Infundíbulo com as fímbrias da tuba uterina porção distal rica em franjas mus culares móveis que captam o ovócito expulso do ovário no momento da ovulação Útero O útero é um órgão piriforme formato de pera e oco responsável por abrigar e pro teger o embrião em desenvolvimento durante toda a gestação O útero de uma mulher adulta não gestante mede aproximadamente 7 centímetros de comprimento 5 centímetros de largura e 2 centímetros de espessura apresentan do um peso aproximado de 8090 gramas A anatomia externa do útero está organiza da nas seguintes regiões anatômicas Fundo do útero região arredondada superior Corpo do útero com formato afunilado Colo ou cérvix do útero região que se encaixa no segmento inicial do canal va ginal que possui uma pequena passagem para espermatozoides e para o sangue menstrual apresentando um orifício ou abertura por onde entram os espermato zoides e por onde sai o sangue menstrual As paredes do útero são iguais em todas as diferentes regiões anatômicas do órgão sendo sua estrutura organizada em três camadas justapostas Perimétrio serosa fibrosa que reveste o útero externamente 74 Miométrio camada mais espessa e intermediária composta por grande quanti dade de fibras musculares lisas Endométrio mucosa de revestimento interno do útero que aloja o embrião em desenvolvimento forma a placenta e que se descama gerando o sangramento menstrual Vagina A vagina é um órgão cilíndrico e oco com parede fibromuscular e elástica que recebe o pênis ereto durante o ato sexual cópula A vagina se alonga a partir do vestíbulo vaginal localizado entre os pequenos lábios e permanece localizada posteriormente à uretra entre a bexiga urinária e o reto re gião terminal do intestino grosso A vagina comunica o útero com o meio externo sendo via de passagem do sangue menstrual local da cópula penetração do pênis e subsequente ejaculação e via de passagem do bebê para o meio externo durante o parto normal 75 RESUMO Neste capítulo abordamos a organização anatômica do sistema urinário e dos sistemas reprodutores masculino e feminino apresentando as características mais importantes de cada órgão e as funções reconhecidas para cada estrutura O conhecimento sobre a anatomia básica desses sistemas orgânicos e suas respectivas funções permitirá fu turamente o aprendizado sobre as principais alterações anatômicas e funcionais que demandem do profissional de saúde conhecimento para planejamento de protocolos de cuidados e de prevenção 76 REFERÊNCIAS DÂNGELO J G FATTINI C A Anatomia humana sistêmica e segmentar para o es tudante de medicina 3 ed São Paulo Atheneu 2007 DRAKE R VOEL W MITCHELL A Gray Anatomia clínica para estudantes Rio de Janeiro CampusElsevier 2005 MARIEB E WILHELM P B MALLAT J Anatomia humana São Paulo Pearson Educa tion Biblioteca Virtual PDF ISBN 9788543001098 MCMINN R M H HUTCHINGS R T LOGAN B M Atlas colorido de anatomia da cabeça e do pescoço Tradução Flavio Vellini Ferreira Porto Alegre Artmed 1991 240 p MOORE Keith L DALLEY Arthur F Anatomia orientada para a clínica Tradução Alexandre Lins Werneck Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 1023 p MOORE Keith L AGUR Anne M R Fundamentos de anatomia clínica Rio de Janei ro Guanabara Koogan 2004 562 p NETTER Frank H Atlas de anatomia humana Tradução Jacques Vissoky 2 ed Porto Alegre Artmed 2000 525 p RUIZ C Rorg Anatomia humana básica para estudantes na área de saúde São Cae tano do Sul Difusão 2021 153Mb Biblioteca Virtual epub ISBN 9788578081737 SCHUENKE et al Atlas de Anatomia Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2008 p 50 55 e 274275 SOBOTTA J Atlas de anatomia humana Tradução Wilma Lins Werneck Rio de Ja neiro Guanabara Koogan 2000 2 v 77 TORTORA G J Corpo humano fundamentos de anatomia e fisiologia Tradução Cláudia L Zimmer 4 ed Porto Alegre Artmed 2004 574 p VAN DE GRAAFF Anatomia Humana 6 ed Barueri Manole 2003 Capítulos 2 6 8 e 9 YOKOCHI C Anatomia fotográfica do corpo humano 3 ed São Paulo Manole 1992 140 p