• Home
  • Chat IA
  • Guru IA
  • Tutores
  • Central de ajuda
Home
Chat IA
Guru IA
Tutores

·

Letras ·

Literatura

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Recomendado para você

Avaliação Parcial de Literatura

6

Avaliação Parcial de Literatura

Literatura

IAVM

Relatorio de Estagio

23

Relatorio de Estagio

Literatura

IAVM

Plano de Aula com o Tema Romantismo

2

Plano de Aula com o Tema Romantismo

Literatura

IAVM

Atividade Avaliativa

3

Atividade Avaliativa

Literatura

IAVM

Avaliação Parcial de Literatura

9

Avaliação Parcial de Literatura

Literatura

IAVM

Avaliação Importante

3

Avaliação Importante

Literatura

IAVM

Atividade Avaliativa

1

Atividade Avaliativa

Literatura

IAVM

Parcilal Leticia Luz

9

Parcilal Leticia Luz

Literatura

IAVM

Texto de pré-visualização

Nome nota LLP4tarefa I20252 Docente Andrea Muraro Orientações a Enviar este arquivo word com a resposta através do Sigaa até dia 22 de setembro de 2025 b Desenvolver obrigatoriamente a proposta a seguir com valor de zero até dez pontos c A resposta deverá ser dissertativa no máximo 6 laudas folhas e no mínimo 3 laudas d Utilizar breves citações preferencialmente até 3 linhas de acordo com as normas da ABNT para exemplificação quando necessário Formato letra tamanho 12 times new roman espaço entre linhas 15 e Havendo constatação de plágio a atividade receberá nota zero E não haverá possibilidade de refazer f Os descontos na nota também incluem a correção ortográfica e de pontuação portanto revise seu texto antes de enviálo g Fazer o referenciamento bibliográfico ao fim do texto de acordo com as normas da ABNT caso utilize outras fontes na construção do texto Proposta única Considerando a leitura na íntegra de Água funda 1946 de Ruth Guimarães disserte sobre ao menos dois aspectos inovação da forma do romance nos anos 30 e 40 como inserção de provérbios ditos populares canções danças reelaboração da variante da língua portuguesa a posição do narrador e o diálogo com um suposto ouvinte a função das históriasestórias dentro do romance bem como o tema do trabalho Exemplifique com passagens da obra e compare com ao menos um dos outros romances estudados Rachel de Queiroz Ferreira de Castro Graciliano Ramos Jorge Amado José Lins do Rego Baltazar Lopes Em meio às análises articule com ao menos um dos textos teóricoscríticos indicados Nome nota LLP4tarefa I20252 Docente Andrea Muraro Orientações a Enviar este arquivo word com a resposta através do Sigaa até dia 22 de setembro de 2025 b Desenvolver obrigatoriamente a proposta a seguir com valor de zero até dez pontos c A resposta deverá ser dissertativa no máximo 6 laudas folhas e no mínimo 3 laudas d Utilizar breves citações preferencialmente até 3 linhas de acordo com as normas da ABNT para exemplificação quando necessário Formato letra tamanho 12 times new roman espaço entre linhas 15 e Havendo constatação de plágio a atividade receberá nota zero E não haverá possibilidade de refazer f Os descontos na nota também incluem a correção ortográfica e de pontuação portanto revise seu texto antes de enviálo g Fazer o referenciamento bibliográfico ao fim do texto de acordo com as normas da ABNT caso utilize outras fontes na construção do texto Proposta única Considerando a leitura na íntegra de Água funda 1946 de Ruth Guimarães disserte sobre ao menos dois aspectos inovação da forma do romance nos anos 30 e 40 como inserção de provérbios ditos populares canções danças reelaboração da variante da língua portuguesa a posição do narrador e o diálogo com um suposto ouvinte a função das históriasestórias dentro do romance bem como o tema do trabalho Exemplifique com passagens da obra e compare com ao menos um dos outros romances estudados Rachel de Queiroz Ferreira de Castro Graciliano Ramos Jorge Amado José Lins do Rego Baltazar Lopes Em meio às análises articule com ao menos um dos textos teóricoscríticos indicados Introdução Publicada em 1946 Água funda apareceu no fecho cronológico do chamado romance de 30 quando a prosa brasileira entrelaçava crítica social regionalismos e experimento formal A estreia de Ruth Guimarães se inscreve nesse quadro mas desloca seus eixos em vez de traduzir a oralidade para uma norma literária o livro a instala como princípio construtivo provérbios ditos rezas modas lendas e cadências de fala organizam capítulos cenas e elipses temporais Em linguagem que mistura repertórios indígena africano e português a narradora terceira pessoa predominantemente mantém a textura da conversa e da filosofia popular frases feitas aforismos e provérbios sem abdicar de uma arquitetura romanesca muito consciente Na chave teóricocrítica essa poética pode ser pensada como heteroglossia Bakhtin diferentes vozes sociais estilos e registros convivem e disputam sentido no interior do romance e é justamente a fricção entre saber letrado e saber de experiência que dá espessura estética à obra A oralidade não aparece como documento bruto mas como forma uma sintaxe do causo um andamento musical do capítulo um ponto de vista que subentende um auditório A dimensão etnográfica desse mundo não é um apêndice ela é o próprio problema literário Ao que ajuda ler Os parceiros do Rio Bonito de Antonio Candido estudo clássico sobre cultura caipira paulista parceria mutirões cantos crenças em que a fala proverbial e os ritos de trabalho organizam a vida coletiva O romance de Ruth dialoga com essa sociabilidade mas com o ganho da ficção personagens e enredos não ilustram a cultura pensam com ela 1 Inovação de forma provérbios ditos populares cantos e a língua trabalhada A força mais imediata de Água funda está no trabalho de linguagem Em lugar de um português nivelado pela escolarização urbana a narrativa reencena o ritmo da conversa rural com ditos que condensam um ethos do trabalho da fatalidade e da recompensa Ninguém faça que não pague Esta é a primeira lei da vida A gente só colhe o que semeia máxima que o texto aciona como bússola moral de destino e responsabilidade Também se tornou emblemática a formulação que dá título e sentido à obra A gente passa nesta vida como canoa em água funda Passa A água bole um pouco E depois não fica mais nada A sentença repetida e glosada ao longo da crítica recente funciona como um provérbio estruturante organiza o sentimento do tempo passagem da memória o bole que se desfaz e do trágico ordinário vidas que não deixam rasto na superfície social Esses procedimentos não são ornamentos A crítica acadêmica vem mostrando como Água funda integra à tessitura narrativa elementos de cultura popular lendas rezas anedotas cantigas evocadas e expressões coloquiais que sustentam verossimilhança e ponto de vista a trama se constrói como uma rede de causos que somados desenham a economia afetiva e material de uma fazenda do Vale do Paraíba entre o fim do escravismo e as primeiras décadas do século XX Nesse sentido a inovação de Ruth Guimarães não está em inserir materiais folclóricos num romance de molde europeu mas em deixar que eles modelem o romance por dentro A frase curta o paralelismo as enumerações rítmicas e o refrão proverbial criam cadências que lembram reza moda de viola ladainha e conversa na porteira É uma língua trabalhada que ao mesmo tempo conserva resíduos de performance A imprensa universitária tem sublinhado esse mosaico lexical indígena africano português e sua função estética 2 Narrador ouvinte e o efeito de roda de conversa Outra marca de Água funda é a posição do narrador Em predominante terceira pessoa ele oscila entre exterioridade onisciente e proximidade de quem conta para alguém insinuando um interlocutor silencioso um ouvinte a quem pede crédito com quem dialoga a quem explica como foi mesmo Essa duplicidade narrador externo narrador que fala com alguém cria um efeito de roda de conversa dentro do livro aproximando o leitor da cena de contação Estudos recentes explicitam esse funcionamento há trechos em que o narrador fala diretamente a seu interlocutor inclusive assumindo primeira pessoa sem abandonar o foco global da história Essa construção remete de um lado à situação oral da narrativa o causo precisa de um ouvinte para existir e de outro à teoria de Bakhtin o romance se faz de enunciados orientados para um outro com ecos réplicas e antecipações O ouvinte internalizado organiza a montagem dos capítulos e o encadeamento dos causos a narração se move entre sumários proverbiais e cenas de forte plasticidade como se alternasse o tom do contador que resume e o do cronista que testemunha 3 Históriasestórias como forma memória social tempo partido e economia afetiva Água funda não segue uma linearidade clássica Seu enredo se dispõe como constelação de histórias que entrecruzadas compõem duas linhas principais a de Sinhá Carolina ligada à ordem escravocrata do século XIX e a de Joca e Curiango na base da pirâmide social já nas primeiras décadas do XX Essa bipartição temporal realçada por materiais de apoio à leitura dá à obra um desenho de passagem de um regime de trabalho a outro de uma moral de casagrande a um campo social tenso com novas violências e expectativas A função das estórias é dupla Primeiro organizam a memória contamse casos para fixar exempla para tirar lições para regular condutas Segundo produzem coesão comunitária lendas rezas ditos e cantos funcionam como tecnologia simbólica de pertencimento A crítica especializada descreve justamente esse trânsito entre cultura popular lendas assombrações fé e enredo mostrando como o romance dá forma moderna ao que poderia soar tradicional 4 O tema do trabalho entre o cativeiro tardio e as novas engrenagens da roça No romance trabalho não é cenário neutro é eixo de subjetivação e de conflito social O labor agrícola cana café roçados os arranjos de parceria e os serviços domésticos desenham uma cartografia de forças senhores feitores agregados libertos índios marginalizados e uma gramática de sofrimento orgulho e cálculo Materiais didáticos e resenhas de referência têm enfatizado que na segunda parte da obra a narrativa se concentra na vida de Joca e Curiango situados na base da pirâmide social ou seja o foco passa a ser o cotidiano de quem vende força de trabalho em condições duras às vezes degradantes Se lida em diálogo com Candido a representação do labor ecoa traços do mundo caipira mutirões safras rezas de promessas sociabilidades do terreiro reciprocidades e tensões O trabalho aparece como ritmo da vida regulando o calendário plantiocolheita e o calendário simbólico festas religiosas lutos ladainhas Essa economia moral transparece nos provérbios do livro que associam semeaduracolheita a responsabilidade A gente só colhe o que semeia 5 Comparação Água funda e Vidas secas A aproximação com Vidas secas 1938 ilumina diferenças e afinidades entre dois ápices do romance social brasileiro Em Graciliano Ramos a famosa secura estilística e o uso constante de discurso indireto livre constroem por dentro o pensamento dos personagens Fabiano Sinhá Vitória o Menino mais novo Baleia num sertão rarefeito de palavras A crítica registra esse procedimento como um mergulho na consciência sob estilo sintético que confundese às vezes com a voz do narrador Já em Água funda a interioridade se revela menos por sondagem psicológica e mais pela circulação dos causos e pelo registro proverbial um nós social fala com e através dos personagens Em termos de língua se Vidas secas reduz ao osso oração simples vocabulário restrito reiteração rítmica Água funda aposta na densidade heteroglóssica mistura de falares ditos giros cadências Em ambos contudo o trabalho é destino e motor de violência em Graciliano a migração forçada pelo regime do latifúndio e pela seca em Ruth as engrenagens de uma fazenda em mutação do cativeiro tardio ao assalariamento precário No plano do narrador Vidas secas tende a dissolver mediações o foco cola nas figuras e a narração estiliza o pensamento alheio como se fosse do próprio narrador Água funda mantém a figura do contador que se endereça a um ouvinte e ordena o mundo por máximas latindo o sentido dos acontecimentos para uma plateia imaginária As duas escolhas formais embora opostas convergem para uma ética do necessário e do limite vidas à beira orfandade de direitos resistência teimosa 8 Dois exemplos internos provérbio e visão de mundo O primeiro exemplo já citado é também uma chave metafísica do romance A gente passa nesta vida como canoa em água funda Passa A água bole um pouco E depois não fica mais nada Com pouquíssimas palavras a imagem aquática convertese em metáfora de impermanência e política do esquecimento a História desmancha os rastros dos de baixo os bores da água agitação momentânea não se transformam em memória instituída O segundo exemplo é uma máxima trabalhista que o texto mobiliza de variadas formas Ninguém faça que não pague A gente só colhe o que semeia O provérbio prático funciona como contrato moral há custo e consequência e como estrutura narrativa a ação retorna como sorte castigo ou recompensa conforme a lógica do romance Em termos de forma é um exemplo claro de como a sabedoria proverbial não ornamenta compõe 7 Um enquadramento teórico breve Com Bakhtin podemos dizer que Água funda realiza uma prosa de múltiplos registros em que o discurso do outro vozes populares ditos rezas entra na composição como força ativa O narrador organiza a colcha de retalhos um discurso orientado para o outro para o ouvinte e a totalidade se produz na tensão entre vozes letrada popular casagrande terreiro lei justiça prática Com Antonio Candido o romance se deixa ler como ficção de uma sociedade caipira em transformação vínculos de parceria economia moral do trabalho reciprocidades ritos cantos e ditos Mas sendo ficção Água funda não ilustra teses expõe dramas singulares Sinhá Carolina Joca Curiango que encarnam as passagens históricas uma contribuição estética que por muito tempo foi subreconhecida na historiografia literária como lembram estudos recentes Conclusão Como romance de 3040 Água funda inova sem folclorizar a oralidade não é vitrine é método Provérbios ditos cantos e rezas modulam a narrativa a variante do português caipira não é acidente sociológico mas princípio estético A posição do narrador entre onisciência e conversa com um ouvinte gera um efeito de roda no qual a história se faz estória para produzir sentido e memória Nessa forma o trabalho aparece como engrenagem de tempo e destino organiza o calendário reparte os corpos arbitra a moral do plantarcolher Ao articular essa construção a Bakhtin heteroglossia e a Candido mundo caipira e seus elos vêse que o romance de Ruth Guimarães renova o projeto moderno brasileiro por dentro valorizando a experiência e a linguagem do povo como matéria de arte Comparada a Vidas secas a obra ilumina dois caminhos fortes de nossa prosa o mínimo expressivo que condensa pensamento e mundo na secura do período Graciliano e o múltiplo expressivo que amplia o romance para um palco de vozes Ruth Em ambos a dignidade e a violência do trabalho são o eixo ético que interroga o leitor Se a canoa passa e não fica mais nada Água funda testemunha que no corpo da língua algo fica o timbre das vozes que contaram o rastro do canto que deu sentido ao dia a verdade difícil que o provérbio ensinou Referências 1 GUIMARÃES Ruth Água funda São Paulo Editora 34 2018 1ª ed 1946 Disponível em httpswwweditora34combrdetalheaspid992 Acesso em 16 set 2025 2 RAMOS Graciliano Vidas secas Edição comemorativa 80 anos Rio de Janeiro Record 2018 1ª ed 1938 Disponível em httpswwwamazoncomVidassecas EdicaocomemorativaPortuguesdp8501114774 Acesso em 16 set 2025 3 MARINHO Cecília Silva Furquim Água funda de Ruth Guimarães Mário Valdomiro o medo e aquela filosofia que só se encontra na linguagem do povo Opiniães n 18 p 132157 2021 DOI 1011606issn2525 8133opiniaes2021181703 Disponível em httpsrevistasuspbropiniaesarticledownload181703174675506861 Acesso em 16 set 2025 4 CARDOSO Mara Lívia Farias Literatura e oralidade em Água funda de Ruth Guimarães Leitura UFAL v 73 p 168178 2022 DOI 10289982317 9945202273168178 Disponível em httpswwwseerufalbrindexphprevistaleituraarticledownload13223991355673 Acesso em 16 set 2025 5 CANDIDO Antonio Os parceiros do Rio Bonito estudo sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida 12 ed Rio de Janeiro Ouro sobre Azul São Paulo Edusp 2017 Resenha e dados editoriais Disponível em httpsrevistasuspbrriebarticleview145661139601 Acesso em 16 set 2025 6 BAKHTIN Mikhail Estética da criação verbal 2 ed São Paulo Martins Fontes 1997 Registro acadêmico Disponível em httpsriaufrnbrjspuihandle1234567891223 Acesso em 16 set 2025 7 MACIEL Lucas Vinício de Carvalho Considerações sobre heterodiscurso a partir de Dom Quixote Bakhtiniana Revista de Estudos do Discurso v 13 n 2 p 100116 2018 Disponível em httpswwwscielobrjbakaHQDcmwsTsbYKYWcCZdwZ6Qd formatpdflangpt Acesso em 16 set 2025 8 ALMEIDA Geruza Zelnys de Vidas secas identidades que se fundem e se repelem Kalíope PUCSP ano 2 n 3 2006 Disponível em httpsrevistaspucspbrkaliopearticledownload339822597704 Acesso em 16 set 2025 9 CARDOSO Vivian Bueno Vidas Secas de Graciliano Ramos descontinuidade narrativa e individualização da personagem Anais do Seminário de Integração UEG v 1 n 1 p 164172 2014 Disponível em httpswwwanaisuegbrindexphpsemintegracaoarticleview29641772 Acesso em 16 set 2025 10 ALMEIDA G Z de Vidas Secas identidades que se fundem e se repelem análise do discurso indireto livre em Graciliano Ramos Kalíope PUCSP ano 2 n 3 2006 Disponível em httpsrevistaspucspbrkaliopearticledownload339822597704 Acesso em 16 set 2025 11 JORNAL DA USP Água Funda de Ruth Guimarães explora as tradições populares e os pilares da sociedade brasileira 13 ago 2024 Disponível em httpsjornaluspbruniversidadeaguafundaderuthguimaraes exploraastradicoespopulareseospilaresdasociedadebrasileira Acesso em 16 set 2025 HOLA SOY DADY ME LLAMO DADDY SOY DE NAYARIT MEXICO Y ESTUDIO EN EL TECNOLÓGICO DE TEPIC QUIERO SER INFORMÁTICO ME GUSTA LA MUSICA ESCUCHAR EL ROCK Y LA MUSICA DE LOS 80s TAMBIÉN ME GUSTAN LOS VIDEOS JUEGOS COMO GTA I II Y VC Así describo cómo habló mi hermano

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Recomendado para você

Avaliação Parcial de Literatura

6

Avaliação Parcial de Literatura

Literatura

IAVM

Relatorio de Estagio

23

Relatorio de Estagio

Literatura

IAVM

Plano de Aula com o Tema Romantismo

2

Plano de Aula com o Tema Romantismo

Literatura

IAVM

Atividade Avaliativa

3

Atividade Avaliativa

Literatura

IAVM

Avaliação Parcial de Literatura

9

Avaliação Parcial de Literatura

Literatura

IAVM

Avaliação Importante

3

Avaliação Importante

Literatura

IAVM

Atividade Avaliativa

1

Atividade Avaliativa

Literatura

IAVM

Parcilal Leticia Luz

9

Parcilal Leticia Luz

Literatura

IAVM

Texto de pré-visualização

Nome nota LLP4tarefa I20252 Docente Andrea Muraro Orientações a Enviar este arquivo word com a resposta através do Sigaa até dia 22 de setembro de 2025 b Desenvolver obrigatoriamente a proposta a seguir com valor de zero até dez pontos c A resposta deverá ser dissertativa no máximo 6 laudas folhas e no mínimo 3 laudas d Utilizar breves citações preferencialmente até 3 linhas de acordo com as normas da ABNT para exemplificação quando necessário Formato letra tamanho 12 times new roman espaço entre linhas 15 e Havendo constatação de plágio a atividade receberá nota zero E não haverá possibilidade de refazer f Os descontos na nota também incluem a correção ortográfica e de pontuação portanto revise seu texto antes de enviálo g Fazer o referenciamento bibliográfico ao fim do texto de acordo com as normas da ABNT caso utilize outras fontes na construção do texto Proposta única Considerando a leitura na íntegra de Água funda 1946 de Ruth Guimarães disserte sobre ao menos dois aspectos inovação da forma do romance nos anos 30 e 40 como inserção de provérbios ditos populares canções danças reelaboração da variante da língua portuguesa a posição do narrador e o diálogo com um suposto ouvinte a função das históriasestórias dentro do romance bem como o tema do trabalho Exemplifique com passagens da obra e compare com ao menos um dos outros romances estudados Rachel de Queiroz Ferreira de Castro Graciliano Ramos Jorge Amado José Lins do Rego Baltazar Lopes Em meio às análises articule com ao menos um dos textos teóricoscríticos indicados Nome nota LLP4tarefa I20252 Docente Andrea Muraro Orientações a Enviar este arquivo word com a resposta através do Sigaa até dia 22 de setembro de 2025 b Desenvolver obrigatoriamente a proposta a seguir com valor de zero até dez pontos c A resposta deverá ser dissertativa no máximo 6 laudas folhas e no mínimo 3 laudas d Utilizar breves citações preferencialmente até 3 linhas de acordo com as normas da ABNT para exemplificação quando necessário Formato letra tamanho 12 times new roman espaço entre linhas 15 e Havendo constatação de plágio a atividade receberá nota zero E não haverá possibilidade de refazer f Os descontos na nota também incluem a correção ortográfica e de pontuação portanto revise seu texto antes de enviálo g Fazer o referenciamento bibliográfico ao fim do texto de acordo com as normas da ABNT caso utilize outras fontes na construção do texto Proposta única Considerando a leitura na íntegra de Água funda 1946 de Ruth Guimarães disserte sobre ao menos dois aspectos inovação da forma do romance nos anos 30 e 40 como inserção de provérbios ditos populares canções danças reelaboração da variante da língua portuguesa a posição do narrador e o diálogo com um suposto ouvinte a função das históriasestórias dentro do romance bem como o tema do trabalho Exemplifique com passagens da obra e compare com ao menos um dos outros romances estudados Rachel de Queiroz Ferreira de Castro Graciliano Ramos Jorge Amado José Lins do Rego Baltazar Lopes Em meio às análises articule com ao menos um dos textos teóricoscríticos indicados Introdução Publicada em 1946 Água funda apareceu no fecho cronológico do chamado romance de 30 quando a prosa brasileira entrelaçava crítica social regionalismos e experimento formal A estreia de Ruth Guimarães se inscreve nesse quadro mas desloca seus eixos em vez de traduzir a oralidade para uma norma literária o livro a instala como princípio construtivo provérbios ditos rezas modas lendas e cadências de fala organizam capítulos cenas e elipses temporais Em linguagem que mistura repertórios indígena africano e português a narradora terceira pessoa predominantemente mantém a textura da conversa e da filosofia popular frases feitas aforismos e provérbios sem abdicar de uma arquitetura romanesca muito consciente Na chave teóricocrítica essa poética pode ser pensada como heteroglossia Bakhtin diferentes vozes sociais estilos e registros convivem e disputam sentido no interior do romance e é justamente a fricção entre saber letrado e saber de experiência que dá espessura estética à obra A oralidade não aparece como documento bruto mas como forma uma sintaxe do causo um andamento musical do capítulo um ponto de vista que subentende um auditório A dimensão etnográfica desse mundo não é um apêndice ela é o próprio problema literário Ao que ajuda ler Os parceiros do Rio Bonito de Antonio Candido estudo clássico sobre cultura caipira paulista parceria mutirões cantos crenças em que a fala proverbial e os ritos de trabalho organizam a vida coletiva O romance de Ruth dialoga com essa sociabilidade mas com o ganho da ficção personagens e enredos não ilustram a cultura pensam com ela 1 Inovação de forma provérbios ditos populares cantos e a língua trabalhada A força mais imediata de Água funda está no trabalho de linguagem Em lugar de um português nivelado pela escolarização urbana a narrativa reencena o ritmo da conversa rural com ditos que condensam um ethos do trabalho da fatalidade e da recompensa Ninguém faça que não pague Esta é a primeira lei da vida A gente só colhe o que semeia máxima que o texto aciona como bússola moral de destino e responsabilidade Também se tornou emblemática a formulação que dá título e sentido à obra A gente passa nesta vida como canoa em água funda Passa A água bole um pouco E depois não fica mais nada A sentença repetida e glosada ao longo da crítica recente funciona como um provérbio estruturante organiza o sentimento do tempo passagem da memória o bole que se desfaz e do trágico ordinário vidas que não deixam rasto na superfície social Esses procedimentos não são ornamentos A crítica acadêmica vem mostrando como Água funda integra à tessitura narrativa elementos de cultura popular lendas rezas anedotas cantigas evocadas e expressões coloquiais que sustentam verossimilhança e ponto de vista a trama se constrói como uma rede de causos que somados desenham a economia afetiva e material de uma fazenda do Vale do Paraíba entre o fim do escravismo e as primeiras décadas do século XX Nesse sentido a inovação de Ruth Guimarães não está em inserir materiais folclóricos num romance de molde europeu mas em deixar que eles modelem o romance por dentro A frase curta o paralelismo as enumerações rítmicas e o refrão proverbial criam cadências que lembram reza moda de viola ladainha e conversa na porteira É uma língua trabalhada que ao mesmo tempo conserva resíduos de performance A imprensa universitária tem sublinhado esse mosaico lexical indígena africano português e sua função estética 2 Narrador ouvinte e o efeito de roda de conversa Outra marca de Água funda é a posição do narrador Em predominante terceira pessoa ele oscila entre exterioridade onisciente e proximidade de quem conta para alguém insinuando um interlocutor silencioso um ouvinte a quem pede crédito com quem dialoga a quem explica como foi mesmo Essa duplicidade narrador externo narrador que fala com alguém cria um efeito de roda de conversa dentro do livro aproximando o leitor da cena de contação Estudos recentes explicitam esse funcionamento há trechos em que o narrador fala diretamente a seu interlocutor inclusive assumindo primeira pessoa sem abandonar o foco global da história Essa construção remete de um lado à situação oral da narrativa o causo precisa de um ouvinte para existir e de outro à teoria de Bakhtin o romance se faz de enunciados orientados para um outro com ecos réplicas e antecipações O ouvinte internalizado organiza a montagem dos capítulos e o encadeamento dos causos a narração se move entre sumários proverbiais e cenas de forte plasticidade como se alternasse o tom do contador que resume e o do cronista que testemunha 3 Históriasestórias como forma memória social tempo partido e economia afetiva Água funda não segue uma linearidade clássica Seu enredo se dispõe como constelação de histórias que entrecruzadas compõem duas linhas principais a de Sinhá Carolina ligada à ordem escravocrata do século XIX e a de Joca e Curiango na base da pirâmide social já nas primeiras décadas do XX Essa bipartição temporal realçada por materiais de apoio à leitura dá à obra um desenho de passagem de um regime de trabalho a outro de uma moral de casagrande a um campo social tenso com novas violências e expectativas A função das estórias é dupla Primeiro organizam a memória contamse casos para fixar exempla para tirar lições para regular condutas Segundo produzem coesão comunitária lendas rezas ditos e cantos funcionam como tecnologia simbólica de pertencimento A crítica especializada descreve justamente esse trânsito entre cultura popular lendas assombrações fé e enredo mostrando como o romance dá forma moderna ao que poderia soar tradicional 4 O tema do trabalho entre o cativeiro tardio e as novas engrenagens da roça No romance trabalho não é cenário neutro é eixo de subjetivação e de conflito social O labor agrícola cana café roçados os arranjos de parceria e os serviços domésticos desenham uma cartografia de forças senhores feitores agregados libertos índios marginalizados e uma gramática de sofrimento orgulho e cálculo Materiais didáticos e resenhas de referência têm enfatizado que na segunda parte da obra a narrativa se concentra na vida de Joca e Curiango situados na base da pirâmide social ou seja o foco passa a ser o cotidiano de quem vende força de trabalho em condições duras às vezes degradantes Se lida em diálogo com Candido a representação do labor ecoa traços do mundo caipira mutirões safras rezas de promessas sociabilidades do terreiro reciprocidades e tensões O trabalho aparece como ritmo da vida regulando o calendário plantiocolheita e o calendário simbólico festas religiosas lutos ladainhas Essa economia moral transparece nos provérbios do livro que associam semeaduracolheita a responsabilidade A gente só colhe o que semeia 5 Comparação Água funda e Vidas secas A aproximação com Vidas secas 1938 ilumina diferenças e afinidades entre dois ápices do romance social brasileiro Em Graciliano Ramos a famosa secura estilística e o uso constante de discurso indireto livre constroem por dentro o pensamento dos personagens Fabiano Sinhá Vitória o Menino mais novo Baleia num sertão rarefeito de palavras A crítica registra esse procedimento como um mergulho na consciência sob estilo sintético que confundese às vezes com a voz do narrador Já em Água funda a interioridade se revela menos por sondagem psicológica e mais pela circulação dos causos e pelo registro proverbial um nós social fala com e através dos personagens Em termos de língua se Vidas secas reduz ao osso oração simples vocabulário restrito reiteração rítmica Água funda aposta na densidade heteroglóssica mistura de falares ditos giros cadências Em ambos contudo o trabalho é destino e motor de violência em Graciliano a migração forçada pelo regime do latifúndio e pela seca em Ruth as engrenagens de uma fazenda em mutação do cativeiro tardio ao assalariamento precário No plano do narrador Vidas secas tende a dissolver mediações o foco cola nas figuras e a narração estiliza o pensamento alheio como se fosse do próprio narrador Água funda mantém a figura do contador que se endereça a um ouvinte e ordena o mundo por máximas latindo o sentido dos acontecimentos para uma plateia imaginária As duas escolhas formais embora opostas convergem para uma ética do necessário e do limite vidas à beira orfandade de direitos resistência teimosa 8 Dois exemplos internos provérbio e visão de mundo O primeiro exemplo já citado é também uma chave metafísica do romance A gente passa nesta vida como canoa em água funda Passa A água bole um pouco E depois não fica mais nada Com pouquíssimas palavras a imagem aquática convertese em metáfora de impermanência e política do esquecimento a História desmancha os rastros dos de baixo os bores da água agitação momentânea não se transformam em memória instituída O segundo exemplo é uma máxima trabalhista que o texto mobiliza de variadas formas Ninguém faça que não pague A gente só colhe o que semeia O provérbio prático funciona como contrato moral há custo e consequência e como estrutura narrativa a ação retorna como sorte castigo ou recompensa conforme a lógica do romance Em termos de forma é um exemplo claro de como a sabedoria proverbial não ornamenta compõe 7 Um enquadramento teórico breve Com Bakhtin podemos dizer que Água funda realiza uma prosa de múltiplos registros em que o discurso do outro vozes populares ditos rezas entra na composição como força ativa O narrador organiza a colcha de retalhos um discurso orientado para o outro para o ouvinte e a totalidade se produz na tensão entre vozes letrada popular casagrande terreiro lei justiça prática Com Antonio Candido o romance se deixa ler como ficção de uma sociedade caipira em transformação vínculos de parceria economia moral do trabalho reciprocidades ritos cantos e ditos Mas sendo ficção Água funda não ilustra teses expõe dramas singulares Sinhá Carolina Joca Curiango que encarnam as passagens históricas uma contribuição estética que por muito tempo foi subreconhecida na historiografia literária como lembram estudos recentes Conclusão Como romance de 3040 Água funda inova sem folclorizar a oralidade não é vitrine é método Provérbios ditos cantos e rezas modulam a narrativa a variante do português caipira não é acidente sociológico mas princípio estético A posição do narrador entre onisciência e conversa com um ouvinte gera um efeito de roda no qual a história se faz estória para produzir sentido e memória Nessa forma o trabalho aparece como engrenagem de tempo e destino organiza o calendário reparte os corpos arbitra a moral do plantarcolher Ao articular essa construção a Bakhtin heteroglossia e a Candido mundo caipira e seus elos vêse que o romance de Ruth Guimarães renova o projeto moderno brasileiro por dentro valorizando a experiência e a linguagem do povo como matéria de arte Comparada a Vidas secas a obra ilumina dois caminhos fortes de nossa prosa o mínimo expressivo que condensa pensamento e mundo na secura do período Graciliano e o múltiplo expressivo que amplia o romance para um palco de vozes Ruth Em ambos a dignidade e a violência do trabalho são o eixo ético que interroga o leitor Se a canoa passa e não fica mais nada Água funda testemunha que no corpo da língua algo fica o timbre das vozes que contaram o rastro do canto que deu sentido ao dia a verdade difícil que o provérbio ensinou Referências 1 GUIMARÃES Ruth Água funda São Paulo Editora 34 2018 1ª ed 1946 Disponível em httpswwweditora34combrdetalheaspid992 Acesso em 16 set 2025 2 RAMOS Graciliano Vidas secas Edição comemorativa 80 anos Rio de Janeiro Record 2018 1ª ed 1938 Disponível em httpswwwamazoncomVidassecas EdicaocomemorativaPortuguesdp8501114774 Acesso em 16 set 2025 3 MARINHO Cecília Silva Furquim Água funda de Ruth Guimarães Mário Valdomiro o medo e aquela filosofia que só se encontra na linguagem do povo Opiniães n 18 p 132157 2021 DOI 1011606issn2525 8133opiniaes2021181703 Disponível em httpsrevistasuspbropiniaesarticledownload181703174675506861 Acesso em 16 set 2025 4 CARDOSO Mara Lívia Farias Literatura e oralidade em Água funda de Ruth Guimarães Leitura UFAL v 73 p 168178 2022 DOI 10289982317 9945202273168178 Disponível em httpswwwseerufalbrindexphprevistaleituraarticledownload13223991355673 Acesso em 16 set 2025 5 CANDIDO Antonio Os parceiros do Rio Bonito estudo sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida 12 ed Rio de Janeiro Ouro sobre Azul São Paulo Edusp 2017 Resenha e dados editoriais Disponível em httpsrevistasuspbrriebarticleview145661139601 Acesso em 16 set 2025 6 BAKHTIN Mikhail Estética da criação verbal 2 ed São Paulo Martins Fontes 1997 Registro acadêmico Disponível em httpsriaufrnbrjspuihandle1234567891223 Acesso em 16 set 2025 7 MACIEL Lucas Vinício de Carvalho Considerações sobre heterodiscurso a partir de Dom Quixote Bakhtiniana Revista de Estudos do Discurso v 13 n 2 p 100116 2018 Disponível em httpswwwscielobrjbakaHQDcmwsTsbYKYWcCZdwZ6Qd formatpdflangpt Acesso em 16 set 2025 8 ALMEIDA Geruza Zelnys de Vidas secas identidades que se fundem e se repelem Kalíope PUCSP ano 2 n 3 2006 Disponível em httpsrevistaspucspbrkaliopearticledownload339822597704 Acesso em 16 set 2025 9 CARDOSO Vivian Bueno Vidas Secas de Graciliano Ramos descontinuidade narrativa e individualização da personagem Anais do Seminário de Integração UEG v 1 n 1 p 164172 2014 Disponível em httpswwwanaisuegbrindexphpsemintegracaoarticleview29641772 Acesso em 16 set 2025 10 ALMEIDA G Z de Vidas Secas identidades que se fundem e se repelem análise do discurso indireto livre em Graciliano Ramos Kalíope PUCSP ano 2 n 3 2006 Disponível em httpsrevistaspucspbrkaliopearticledownload339822597704 Acesso em 16 set 2025 11 JORNAL DA USP Água Funda de Ruth Guimarães explora as tradições populares e os pilares da sociedade brasileira 13 ago 2024 Disponível em httpsjornaluspbruniversidadeaguafundaderuthguimaraes exploraastradicoespopulareseospilaresdasociedadebrasileira Acesso em 16 set 2025 HOLA SOY DADY ME LLAMO DADDY SOY DE NAYARIT MEXICO Y ESTUDIO EN EL TECNOLÓGICO DE TEPIC QUIERO SER INFORMÁTICO ME GUSTA LA MUSICA ESCUCHAR EL ROCK Y LA MUSICA DE LOS 80s TAMBIÉN ME GUSTAN LOS VIDEOS JUEGOS COMO GTA I II Y VC Así describo cómo habló mi hermano

Sua Nova Sala de Aula

Sua Nova Sala de Aula

Empresa

Central de ajuda Contato Blog

Legal

Termos de uso Política de privacidade Política de cookies Código de honra

Baixe o app

4,8
(35.000 avaliações)
© 2025 Meu Guru®