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Agronomia ·

Produção Agrícola

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1 AGRONOMIA Agroclimatologia ProfDra Cristiane Bueno EVAPOTRANSPIRAÇÃO EVAPOTRANSPIRAÇÃO Forma pela qual a água da superfície terrestre passa para a atmosfera no estado de vapor tendo papel importantíssimo no Ciclo Hidrológico em termos globais Processo simultâneo de transferência de água para a atmosfera por Evaporação da água de substratos solo ou água Evaporação da vegetação úmida Transpiração das plantas Evapotranspiração EVAPORAÇÃO TRANSPIRAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO Evapotranspiração Evaporação Transpiração Superfícies de água Dossel da vegetação Solo Vegetação Oceanos lago rios Superfícies vegetadas florestas cultivos Evaporação É o processo físico pelo qual um líquido passa para o estado gasoso solo úmido sem vegetação oceanos lagos rios e outras superfícies de água Evaporação de água no solo solo saturado ou com lençol freático próximo da superfície sua evaporação aproximase da evaporação de um recipiente com água com a superfície exposta às mesmas condições atmosféricas A intensidade de evaporação diminuirá com o aumento da profundidade do lençol freático Transpiração Processo biofísico pelo qual a água que passou pela planta fazendo parte de seu metabolismo é transferida para a atmosfera preferencialmente pelos estômatos obedecendo uma série de resistências desde o solo passando pelos vasos condutores xilema mesófilo estômatos e finalmente indo para a atmosfera Isso envolve um contínuo movimento de água do solo para as raízes das raízes até as folhas e destas para a atmosfera Quando a intensidade de transpiração de um vegetal exceder a sua absorção de água no solo ocorrerá o seu murchamento Transpiração Teoria da Coesão Importância da evapotranspiração ET ET assume papel fundamental no balanço hídrico de microbacias hidrográficas juntamente com a precipitação O balanço entre a água que entra na microbacia pela chuva e que sai por ET irá resultar na vazão Q do sistema de drenagem ET da cultura se restringe aos processos de evaporação da água do solo e da vegetação úmida e de transpiração das plantas O balanço entre a água que entra na cultura pela chuva e a que sai por ET irá resultar na variação do armazenamento de água no solo que por sua vez condicionará o crescimento o desenvolvimento e o rendimento da cultura A distribuição da água no planeta 10 Estudo Demandas LIVROindb snirhgovbr Fonte ANA 2023 Uso consuntivo da água no estado do Goiás em 2023 Fonte ANA 2023 Microsoft Power BI Importância da evapotranspiração Áreas irrigadas estimar a quantidade de água requerida para irrigação real exigência da cultura Áreas não irrigadas permite o planejamento de épocas de semeadura em função da disponibilidade hídrica média da região maior eficiência no planejamento do plantio e dos tratos culturais de acordo com a média de precipitação De toda água doce superficial do mundo 0643 do total de água no globo Apenas 518 0333 do total está disponível para ser usada Da água doce que realmente é utilizada 70 o é na prática da irrigação Portanto racionalizar o uso da água na agricultura por meio da correta determinação da ET da cultura é imprescindível Fatores determinantes da evapotranspiração A quantidade de água evapotranspirada depende planta solo e clima A evapotranspiração varia Planta altura e densidade foliar número de estômatos e horas de sua abertura duração do ciclo e da época de cultivo Solo teor de água do solo profundidade do lençol freático e textura do solo Clima radiação solar incidente temperatura do ar umidade do ar e vento fator predominante sobre os demais Fatores determinantes da evapotranspiração Fatores climáticos radiação solar incidente Rn temperatura do ar Tar umidade do ar UR vento Planta altura e densidade foliar número de estômatos e horas de sua abertura duração do ciclo época de cultivo Solo teor de água do solo profundidade do lençol freático textura do solo Fatores Dependentes do Sistema Evaporante a Superfície de água livre Pureza da água Extensão e Profundidade Tipo formato e material Exposição à radiação solar e ao vento b Solo Desnudo Textura e Estrutura Disponibilidade hídrica Estágio 1 Evaporação depende apenas das condições meteorológicas Estágio 2 Evaporação depende das condições meteorológicas e intrínsecas do solo c Solo vegetado evapotranspiração c1 Fatores da Cultura Altura das plantas Área foliar Tipo de cultura Albedo Profundidade das raízes c2 Fatores de Manejo e do Solo Espaçamentodensidade de plantio Orientação de plantio Plantio direto Capacidade de água disponível CAD Impedimentos físicosquímicos Uso de quebraventos Conceitos de Evapotranspiração Evapotranspiração potencial Quando uma cultura se encontra em pleno desenvolvimento vegetativo em perfeita harmonia com a temperatura umidade insolação e demais componentes atmosféricos locais com a superfície do solo totalmente coberta e estando este em condições ideais de umidade para a cultura a água perdida pelo conjunto evaporação e transpiração é denominada de evapotranspiração potencial Na prática esta é uma situação que raramente ocorre Evapotranspiração real Evapotranpiração que ocorre quando alguns dos fatores acima descritosnão estão em condições favoráveis à cultura além do que a mesma pode não se encontrar em pleno desenvolvimento vegetativo Evapotranspiração da cultura de referência ETo ou Evapotranspiração potencial ETP É a evapotranspiração que ocorre em uma cultura de referência quando o solo não apresenta restrição de umidade Cultura de referência grama ou alfafa ETo evapotranspiração que se processa em um solo coberto totalmente por grama com crescimento ativo e uniforme sem deficiência hídrica e com altura entre 8 e 15 cm IAF 3 e com ampla área de bordadura para evitar a advecção de calor sensível H de áreas adjacentes Evapotranspiração da cultura de referência ETo Nesse caso a ET depende apenas das variáveis meteorológicas sendo portanto ETP uma variável meteorológica que expressa o potencial de evapotranspiração para as condições meteorológicas vigentes Evapotranspiração potencial da cultura ETpc ou ETc É a evapotranspiração de uma cultura em determinada fase de crescimento em que o solo não apresenta restrição de umidade e portanto não há restrição para a taxa de evapotranspiração Pc Evapotranspiração potencial da cultura ETc Coeficiente de cultivo kc Kc expressa o consumo de água de uma cultura comercial em relação a uma cultura de referência Paspalum notatum grama batatais Útil para fins de manejo de irrigação Os valores de Kc variam tipo de cultura estádio de desenvolvimento da cultura duração do ciclo vegetativo condições climáticas locais Evapotranspiração potencial da cultura ETc Coeficiente de cultivo kc Considerando as condições do Brasil usar os seguintes valores de Kc para os quatro diferentes estádios de desenvolvimento Estádio de desenvolvimento Caracterização do estádio Kc Inicial 1 Da germinação até a cultura cobrir 10 da superfície do terreno ou 10 a 15 do seu desenvolvimento vegetativo 02 a 10 Secundário ou de desenvolvimento vegetativo 2 Do final do primeiro estádio até a cultura cobrir de 70 a 80 da superfície do terreno ou atingir de 70 a 80 do seu desenvolvimento vegetativo Varia linearmente entre os valores do primeiro e terceiro estádios Intermediário ou de produção 3 Do final do segundo estádio até o início da maturação Também denominado estádio de produção 09 a 125 Final ou de maturação 4 Do início da maturação até a colheita ou final da maturação Varia linearmente entre os valores do terceiro estádio e 03 a 10 Coeficiente de cultivo kc Kc TABELA 5 Coeficiente de cultivo Kc TABELA 6 Coeficiente de cultura Kc em diferentes estádios de desenvolvimento em função da umidade relativa e velocidade do vento para diversas hortaliças Comparação dos estágios de desenvolvimento e do IAF de diferentes tipos de cultura e da cultura de referência Conceitos de Evapotranspiração e seus Fatores Determinantes ETr ETP ETr ETc Evapotranspiração real ETRc É a evapotranspiração de uma cultura sob condições normais de manejo isto é sem a obrigatoriedade do teor de umidade permanecer sempre próximo à capacidade de campo Pode haver restrições hídricas ETRc ETpc Interrelação ET demanda atmosférica disponibilidade de água no solo tipo de cultura Solo é um reservatório ativo que dentro de certos limites controla a taxa de uso da água pelas plantas sempre associada com a demanda hídrica atmosférica Figura acima mostra que as plantas de sorgo conseguem numa condição de baixa demanda manter ETrETc 1 até cerca de 65 da água disponível Para uma condição de alta demanda isso só ocorreu até cerca de 85 limitação da planta em extrair água do solo na mesma taxa em que ela evapotranspira Batata cultura mais sensível que o sorgo ECA evaporação do tanque classe A Evapotranspiração real da culturaETrc Para fins de conversão da ETpc em ETrc em função da disponibilidade de água no solo Em que Ks coeficiente que depende da umidade do solo adimensional LAA lâmina atual de água no solo mm CTA capacidade total de água no solo mm Métodos diretos Lisímetros Não pesáveis Pesáveis Métodos indiretos Evaporímetros Tanque Classe A Equações Método de Blaney Criddle Método de Thornthwaite Método de Thornthwaite Camargo Método de Camargo Método de Hargreaves Samani Método de Priestley Taylor Método de Penman Monteith Determinação da evapotranspiração de referência ET0 Existem vários métodos para a determinação da evapotranspiração de referência contudo serão considerados os métodos mais generalizados Métodos indiretos são aqueles que não dão diretamente a evapotranspiração Para determinála por estes métodos multiplicase o valor encontrado por um fator K a ser determinado para cada região e para cada método indireto Métodos diretos Um desses principais fatores é a fonte de água a ser usada pelo vegetal se precipitação irrigação por aspersão ou por superfície ou se é água subterrânea Métodos diretos Lisímetros São tanques enterrados no solo dentro dos quais se mede a evapotranspiração É o método mais preciso para a determinação direta da ET0 Instalação Suficientemente largo de modo que reduza o efeito da sua parede interna e tenha uma área de tamanho significativo área mínima de 2m² Suficientemente profundo para não restringir o desenvolvimento do sistema radicular das plantas nele cultivadas As condições físicas do solo dentro do lisímetro devem aproximarse do solo externo A vegetação plantada dentro do lisímetro deve ser da mesma espécie altura e densidade da vegetação externa Não se deve colocar o lisímetro dentro de uma área sem vegetação O lisímetro deve ser instalado em uma área plana homogênea em cultura e solo De modo geral para as plantas de sistema radicular pouco profundo o volume mínimo de terra em um lisímetro deve ser de 2m³ Lisímetro de drenagem Consiste em se enterrar um tanque com as dimensões mínimas de 15m de diâmetro por 1m de altura no solo deixando a sua borda superior 5 cm acima da superfície Do fundo do tanque sai um cano que conduzirá a água drenada até um recipiente O tanque tem que ser cheio com o solo do local onde será instalado o lisímetro mantendo a mesma ordem de horizontes No fundo do tanque colocase uma camada de mais ou menos 10 cm de brita coberta com uma camada de areia grossa Esta camada de brita tem a finalidade de facilitar a drenagem da água que percolou através do tanque Após instalado plantase grama no tanque e na sua área externa O tanque pode ser um tambor pintado interna e externamente para evitar corrosão ou também ser de amianto ou de metal préfabricado a quantidade de água que ultrapassa o valor da capacidade de campo é drenada no fundo do tanque e conduzida para um poço coletor aonde é medida em um recipiente graduado Devem ser instalados em conjuntos de pelo menos três aparelhos Necessitam de um sistema de irrigação que deve ser acionado em intervalos de quatro a cinco dias a vegetação externa seu espaçamento e sua densidade populacional tem que ser a mesma da que está instalada dentro do tanque Lisímetro de drenagem Lisímetros de pesagem tanques cheios de solo são instalados sobre balanças estando o solo dentro do tanque em capacidade de campo podese determinar a evapotranspiração pela perda de peso do tanque Uso de uma balança mecânica em um câmara subterrânea especial localizada ao lado do lisímetro em intervalos prédefinidos Atualmente balanças digitais facilitam este trabalho podendo ser acopladas diretamente em computadores ou data loggers Apresenta um elevado custo de instalação e demanda de muitos cuidados na operação sendo utilizado na maioria das vezes por universidades e institutos de pesquisa Utilizase a seguinte expressão para se determinar a evapotranspiração Evapotranspiração mm variação do peso do tanque kg Área do tanque m² Lisímetro de pesagem para a medida da ET do cafeeiro Exemplo cálculo pelo lisímetro Com o objetivo de determinar a evapotranspiração para a cultura de milho por meio de um lisímetro de percolação foram levantados os seguintes dados Volume de água aplicado Va 010m3 Volume de água percolado Vp 005 m3 Área do lisímetro A 12 m2 Intervalo entre medições T 7 dias Precipitação no período considerado 0 mm Resposta São equipamentos usados para medir a evaporação da água Tanque de evaporação a superfície da água fica livremente exposta Há vários tipos de tanques de evaporação mas o mais conhecido é o tanque Classe A Custo relativamente baixo e fácil manejo Mede a evaporação de uma superfície de água livre associada aos efeitos integrados da radiação solar vento temperatura e umidade do ar Método indireto Evaporímetros micrômetro de gancho poço tranquilizador Tanque Classe A Tanque Classe A Em virtude do custo relativamente baixo e do fácil manejo tem sido empregado nos projetos de irrigação Ele tem a vantagem de medir a evaporação de uma superfície de água livre associada aos efeitos integrados da radiação solar vento temperatura e umidade do ar Consiste num tanque circular de aço inoxidável ou galvanizado com 121 cm de diâmetro interno e 255 cm de profundidade Ele deve ser instalado sobre um estrado de madeira de 15 cm de altura cheio de água até 5 cm da borda superior O nível da água não deve baixar mais que 75 cm da borda superior isto é não se deve permitir variação do nível da água maior do que 25 cm A evaporação é medida com um micrômetro de gancho assentado sobre um poço tranquilizador O poço tranquilizador pode ser de metal e com tripé sobre o parafuso colocado dentro do tanque Os processos de evaporação da água no tanque e a evapotranspiração potencial de referência são semelhantes apenas nos seus aspectos físicos A evapotranspiração potencial de referência pode portanto ser calculada pela seguinte equação ET0 Kt ECA Em que ET0 evapotranspiração potencial de referência mmdia Kt coeficiente do tanque ECA evaporação do tanque Classe A mmdia Valores do coeficiente do tanque Classe A kt função dos dados meteorológicos da região e do meio em que ele está instalado Doorenbos e Pruitt 1977 1 ms 36 kmh Velocidade do vento kmdia R m menor distância do centro do tanque ao limite da bordadura grama ou solo nu Exemplo cálculo pelo tanque classe A Determine a evapotranspiração para a cultura do milho utilizando os dados de um tanque evaporimétrico Classe A de acordo com os dados Período de medição 7 dias Evaporação registrada pelo tanque no período Ev 515mm Velocidade média do vento no período 25 ms1 Umidade relativa média do ar 65 Tanque circundado por grama com R 100m Coeficiente de cultura Kc para o milho 085 1 ms1 36 kmh 25 ms1 x x 9 kmh 9 kmh x 24 horas 216 kmdia ET0 Kt ECA Resposta De acordo om a tabela o valor de Kt é 075 ET0 075 X 515 3862 mm em 7 dias Valor médio de ET0 552 mm d1 UR 65 Tanque circundado por grama UR 65 Posição do tanque Estimativa da ETP ou Eto Estimativa da ETP a partir de dados meteorológicos observados em estações agrometeorológicas Fins práticos Existem diversos métodos disponíveis para a estimativa da ETP Mais empregados no Brasil Métodos de Thornthwaite ThornthwaiteCamargo com temperatura efetiva Camargo Hargreaves e Samani Tanque Classe A PriestleyTaylor PenmanMonteith método padrão internacional Método de Thornthwaite Método empírico baseado apenas na temperatura média do ar Foi desenvolvido para condições de clima úmido e por isso normalmente apresenta subestimativa da ETP em condições de clima seco Apesar dessa limitação é um método bastante empregado para fins climatológicos na escala mensal Esse método parte de uma ET padrão ETp a qual é a ET para um mês de 30 dias e com N 12h A fórmula do método é a seguinte Se 0 Tm 265ºC ETp 16 10 TmIa Se Tm 265ºC ETp 41585 3224 Tm 043 Tm2 Sendo Tm Temperatura média anual normal I índice de calor anual I 12 02 Ta1514 a 048239 17912 102 I 771 105 I2 675 107 I3 ETP ETp COR mmmês COR N12 NDP30 Sendo N fotoperíodo do mês em questão NDP dias do período em questão Exemplo Método de Thornthwaite Local Piracicaba SP latitude 22º42S Janeiro Tmed 244ºC N 134h NDP 31 dias Ta 211ºC I 12 02 Ta 1514 I 12 02 211 1514 I 10615 a 049239 17912 102 I 771 105 I2 675 107 I3 a 049239 17912 102 10615 771 105 106152 675107 106153 a 049239 0017912 10615 00000771 112678225 0000000675 11960793584 a 049239 19014 08687 08014 a 233 ETp 16 10 24410615233 ETp 1113 mmmês ETP 1113 COR ETP 1113 115 ETP 1284 mmmês ou 414mmdia COR 13412 3130 115 Considera o dia de12h e o mês com 30 dias Método de ThornthwaiteCamargo Temperatura Efetiva É o método de Thornthwaite porém adaptado por Camargo et al 1999 Pode ser empregado em qualquer condição climática Utilizase uma temperatura efetiva Tef que expressa a amplitude térmica local ao invés da temperatura média do ar Vantagem a ETP não é mais subestimada em condições de clima seco Desvantagem necessidade de dados de Tmax e Tmin ETp 16 10 TefIa 0 Tef 265ºC ETp 41585 3224 Tef 043 Tef2 Tef 265ºC Tef 036 3 Tmax Tmin I 12 02 Ta1514 sendo Ta temp média anual normal a 049239 17912 102 I 771 105 I2 675 107 I3 ETP ETp COR mmmês COR N12 NDP30 sendo N fotoperíodo do mês em questão NDP dias do período em questão Exemplo Método de ThornthwaiteCamargo Local Piracicaba SP latitude 22º42S Julho Tmax 26ºC Tmin 13ºC N 106h NDP 31 dias Ta 211ºC Tef 036 3 Tmax Tmin Tef 036 326 13 Tef 234ºC I 12 02 Ta1514 I 12 02 211 1514 I 10615 a 049239 17912 102 I 771 105 I2 675 107 I3 a 049239 17912 102 10615 771 105 106152 675 107 106153 a 049239 0017912 10615 00000771 112678225 0000000675 11960793584 a 049239 19014 08687 08014 a 233 ETp 16 10 TefIa ETp 16 10 23410615233 Etp 1009 mmmês COR 10612 3130 09128Considera o dia de12h e o mês com 30 dias ETP ETp COR ETP 1009 09128 ETP 921 mmmês ou 297mmdia Utilizandose Tmed 26132 195ºC ETP 602 mmmês 19 mmdia ETp 16 10 Tm Ia ETp 16 10 19510615233 ETp 66 mmmês ETP ETp COR ETP 66 09128 ETP 602 mmmês ou 297mmdia Exercício em sala Vá ao site do INMET escolha um ano e obtenha os dados mensais de Tmed Tmax e Tmin Calcule os valores de ETP mensal usando os métodos de Thornthwaiteoriginal e ThornthwaiteCamargo Tef O que podemos concluir comparando os dois métodos Não precisa fazer a correção pela latitude Instituto Nacional de Meteorologia INMET BALANÇO HÍDRICO DE CAMPO Este método de determinação da evapotranspiração se baseia no princípio da conservação de massa É realizada a contabilidade da quantidade de água que entra e que sai do solo que é um reservatório de água para as culturas Para aplicalo de maneira simplificada devese utilizar a seguinte expressão Evapotranspiração mm Irrigação mm Precipitação mm Variação no armazenamento de água do solo cm3 cm3 BALANÇO HÍDRICO DE THORNTHWAITE E MATTER 1955 Utilizado para determinar qual foi o armazenamento de água em um solo em um ano específico Contabiliza todas as entradas de água por precipitação ou irrigação e todas as saídas de água por evapotranspiração Cada tipo de solo apresenta uma máxima capacidade de retenção de água Dessa capacidade de retenção pelo solo nem tudo está disponível para a planta o que chamamos de capacidade de água disponível CAD de um solo é um valor tabelado que deve ser definido no início do cálculo do balanço hídrico Utiliza as informações de precipitação total mensal mm evapotranspiração potencial total mensal mm e temperatura média mensal C de uma região Em geral utilizase os dados das normais climatológicas CAD Capacidade de Água Disponível no solo máximo de água que o solo pode reter levando em conta suas características físicas e de acordo com a cultura trabalhada Isso significa que cada tipo e textura de solo e vegetação temse CADs diferentes Leva em conta a CC e o PMP PMP e CC Ponto de murcha permanente PMP é o teor de umidade no qual a planta não consegue mais retirar água do solo a planta atinge um murchamento irreversível mesmo quando colocada em atmosfera saturada com vapor de água Capacidade de campo CC é a capacidade máxima do solo em reter água acima da qual ocorrem perdas por percolação de água no perfil ou por escorrimento superficial CAD por cultura Hortaliças 25 a 50mm Culturas anuais 75 a 100mm Culturas perenes 100 a 125 mm Espécies florestais 125 a 300 mm de Argila no Solo Quadro 2 Dados de temperatura T evapotranspiração EP e precipitação P Mês T C EP mm P 272 217 101 221 93 209 87 198 78 175 54 163 45 158 44 177 58 190 68 204 86 209 91 211 98 296 O Quadro 3 apresenta o modelo da planilha que deve ser utilizada no cálculo do balanço hídrico 1 passo Colocar os dados de temperatura T evapotranspiração EP e precipitação P na planilha e calcular a coluna PEP Quadro 4 2º passo Calcular a negativa acumulada N e o armazenamento ARM Quadro 5 Primeiramente devese determinar qual é a capacidade máxima de retenção de água no perfil do solo Vamos considerar que o armazenamento de água disponível é de 100 mm A negativa acumulada deve ser calculada em conjunto com a determinação do valor do armazenamento ARM que é tabelado Tabela 5 Quando o valor encontrado na coluna PEP voltar a ser positivo o ARM será calculado somandose o ARM do mês anterior com o valor em PEP e procurase na tabela 5 o valor de N se existir mais de um valor igual pegase o mais negativo Quando N 0 o valor da coluna ARM sempre será igual a 100 ARM nunca é maior que a CAD Exemplo Mês PEP N ARM Cálculo JAN 171 0 100 PEP N 0 ARM 100 Tab 5 FEV 99 0 100 PEP N 0 ARM 100 Tab 5 Começa a calcular o ARM no primeiro mês com N depois olhase o valor na tabela 5 Tabela 5 Água retida no solo após terem ocorridos valores diferentes de evapotranspiração potencial capacidade de retenção de água no perfil do solo 100 mm Fonte Castro Neto 1990 Tabela 61 Fator de correção f do método de Thornthwaite UNESCO 1982 Latitude Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 10 N 100 098 103 106 105 101 103 106 105 101 100 099 5 N 100 093 101 102 102 099 101 103 102 100 099 098 5 S 104 095 104 100 101 099 100 101 099 098 097 096 10 S 112 098 103 106 105 101 102 104 103 101 100 099 20 S 114 100 105 097 096 091 095 099 100 108 109 115 25 S 117 101 106 097 095 091 098 101 100 102 101 106 35 S 123 103 101 096 095 093 092 093 096 097 097 101 40 S 127 106 107 098 096 092 089 086 091 091 092 102 3 passo Calcular a alteração ALT e a evapotranspiração real ER Quadro 6 A coluna ALT corresponde à diferença do mês em questão e o mês anterior dos valores de armazenamento Considerase que o mês anterior ao mês de janeiro na coluna ARM possui o mesmo valor de dezembro no caso 100 Portanto o primeiro valor de ALT é zero Utilizase a seguinte regra para o cálculo da evapotranspiração real ER Se P EP 0 ER EP Se P EP 0 ER P ALT Valor de ALT em módulo ou seja sem sinal ALT ARM do mês o do mês anterior 4 passo Calcular os valores de deficiência de água do solo DEF e da quantidade de água disponível no solo EXC Quadro 7 Regra para determinar DEF Se P EP 0 DEF 0 Se P EP 0 DEF EP ER Regra para determinar EXC Se P EP 0 EXC P EP ALT Se P EP 0 EXC 0 CONFERÊNCIA DOS RESULTADOS Para verificar se os cálculos foram executados com exatidão realizamse as seguintes conferências Σ P Σ EP Σ P EP 1535 903 632 1535 1535 OK Σ ALT ZERO 0 0 OK Σ EP Σ ER Σ DEF 903 874 29 903 903 OK Σ P Σ ER Σ EXC 1535 874 661 1535 1535 OK REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO BALANÇO HÍDRICO Traçandose o gráfico do balanço hídrico Figura 52 com os valores de P EP e ER podese melhor visualizar as épocas de excesso e de deficiência de água no solo 50 0 50 100 150 200 JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ALT DEF EXC SISDAGRO inmetgovbr NormalClimatologicaPDECxlsx livecom