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Biomedicina ·

Parasitologia Humana

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP CURSO DE BIOMEDICINA LUANY SOARES CALDEIRA RELATÓRIO DA PRÁTICA LABORATORIAL II SÃO CARLOS 2025 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 OBJETIVOS 4 3 DESENVOLVIMENTO4 31 Apresentação da disciplina 5 32 Método de Sedimentação Espontânea Hoffman Pons e Janer5 321 Resultado obtido pelo Método de Hoffman em 21 de fevereiro de 2025 6 322 Resultado obtido pelo Método de Hoffman em 28 de fevereiro de 2025 6 323 Resultado obtido pelo Método de Hoffman em 07 de março de 2025 6 324 Resultado obtido pelo Método de Hoffman em 14 de março de 2025 6 325 Resultado obtido pelo Método de Hoffman em 21 de março de 2025 6 326 Resultado obtido pelo Método de Hoffman em 28 de março de 2025 6 33 Método de Flutuação Espontânea Willis 6 331 Resultado obtido pelo Método de Willis em 04 de abril de 20257 332 Resultado obtido pelo Método de Willis em 11 de abril de 20257 34 Sangue Oculto 7 341 Resultado obtido do exame de sangue oculto em 25 de abril de 20258 35 Método de Centrífugoflutuação no sulfato de zinco Faust 9 351 Resultado obtido pelo Método de Faust em 09 de maio de 2025 9 36 Pesquisa de gordura fecal 9 361 Resultado obtido da pesquisa de gordura fecal em 16 de maio de 2025 10 37 Pesquisa de Substâncias redutoras10 371 Resultado obtido da pesquisa de substancias redutoras em 23 de maio de 202511 38 Espermograma11 381 Resultado obtido do espermograma em 28 de março de 2025 12 39 Método de Pool de amostras 12 391 Resultado obtido pelo método de Pool em 21 de fevereiro de 202513 392 Resultado obtido pelo método de Pool em 28 de fevereiro de 202514 393 Resultado obtido pelo método de Pool em 07 de março de 202514 394 Resultado obtido pelo método de Pool em 14 de março de 202515 395 Resultado obtido pelo método de Pool em 21 de março de 202516 396 Resultado obtido pelo método de Pool em 04 de abril de 202516 397 Resultado obtido pelo método de Pool em 11 de abril de 2025 16 38 Coleta de sangue16 4 CONCLUSÃO17 5 REFERÊNCIAS18 6 ANEXOS19 3 1 INTRODUÇÃO Este relatório intitulado Observações da Prática Laboratorial II foi desenvolvido pela estudante Luany Soares Caldeira RA 6800719 para a disciplina de Prática Laboratorial II que tem como foco a parasitologia clínica ministrada pela Ma Profa Cristiane Aparecida Ferino Minhoni como resultado de atividades desenvolvidas para integração do curso de Biomedicina no Centro Universitário Central Paulista UNICEP A Parasitologia estuda a relação entre os parasitas o ambiente e o hospedeiro no qual o parasita obtém recursos necessários para sua sobrevivência a partir do hospedeiro que pode ou não sofrer prejuízos em função dessa relação Pinto Grisard Ishida 2011 A investigação de parasitas como protozoários helmintos e artrópodes permite o desenvolvimento de estratégias de prevenção controle e tratamento dessas doenças auxiliando diretamente na saúde pública As doenças infecciosas e parasitárias representam um grande desafio para a saúde pública estando frequentemente associadas a fatores socioeconômicos e condições de vida desfavoráveis No Brasil essas doenças continuam sendo um problema relevante principalmente em regiões com altos índices de pobreza e saneamento deficiente o que evidencia a necessidade de vigilância epidemiológica e ações de controle eficazes Souza et al 2020 Dentre os exames realizados na parasitologia clínica para a identificação de parasitas se faz importante para o presente relatório o exame parasitológico de fezes Rey 2008 afirma que os exames de fezes têm como finalidade detectar a presença de protozoários como trofozoítos e cistos além de helmintos incluindo ovos e larvas os quais frequentemente parasitam o sistema digestório humano podendo estar presentes na mucosa intestinal vias biliares entre outras regiões Alguns métodos utilizados são específicos para detectar um único parasita enquanto outros são mais abrangentes e permitem identificar diversos tipos de parasitas intestinais dentre estes destacamse o de Hoffman Pons e Janer além dos métodos de centrifugação Neves 2008 É essencial relacionar os resultados dos exames laboratoriais e a anamnese clínica uma vez que os sinais e sintomas apresentados pelo paciente podem 4 direcionar a escolha das técnicas diagnósticas mais adequadas Isso contribui para a liberação de diagnósticos mais precisos e intervenções eficazes para a redução da carga parasitária e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes 2 OBJETIVOS O presente relatório tem como objetivo descrever as atividades desenvolvidas durante a disciplina de Prática Laboratorial II estágio que consistiu na execução de técnicas de exames parasitológicos de fezes utilizadas no diagnóstico de parasitas intestinais contemplando o preparo e a análise de lâminas para observação microscópica identificação morfológica de parasitas ovos e cistos Essa prática teve como finalidade desenvolver habilidades técnicas e ampliar o conhecimento morfológico e funcional dos parasitas contribuindo para a formação crítica e prática do estudante na área de diagnóstico laboratorial em Parasitologia Além desses procedimentos previstos na rotina também foi definido como objetivo a pedido dos alunos a realização do exame de espermograma e coleta de sangue de forma complementar 3 DESENVOLVIMENTO O exame parasitológico de fezes EPF tem como objetivo detectar parasitos intestinais por meio da análise das diferentes formas eliminadas nas fezes como ovos cistos trofozoítos e larvas Ele pode ser dividido em exame macroscópico que avalia características como consistência odor presença de muco sangue ou vermes adultos e exame microscópico que permite a visualização direta das formas parasitárias Embora existam métodos quantitativos que contam a quantidade de ovos para avaliar a intensidade do parasitismo os métodos qualitativos são os mais utilizados na prática laboratorial por demonstrarem a presença do parasito independentemente da carga parasitária Quando o número de formas eliminadas nas fezes é muito pequeno é necessário recorrer aos processos de enriquecimento para aumentar a sensibilidade do exame Entre os principais métodos de concentração estão a sedimentação espontânea Hoffman a flutuação Willis a centrífugoflutuação Faust e técnicas específicas para larvas como o método de Rugai que potencializam a identificação mesmo em amostras com baixa carga parasitária 5 A seguir serão descritos os métodos utilizados durante o período de estágio incluindo os exames parasitológicos de fezes realizados com diferentes técnicas de concentração bem como os testes complementares como a pesquisa de sangue oculto a análise de gordura fecal e a pesquisa de substâncias redutoras Cada método e exame será apresentado com seu princípio procedimento e os resultados observados ao longo do estágio 31 Apresentação da disciplina Na aula do dia 14 de fevereiro de 2025 a professora apresentou como será o andamento do semestre explicando os métodos de avaliação e a organização das atividades Também foram abordadas as normas de paramentação necessárias para o ambiente de laboratório reforçando os cuidados com a biossegurança Em seguida conhecemos os materiais que serão utilizados durante as aulas práticas Para iniciar a familiarização com as técnicas laboratoriais realizamos alguns testes práticos com o manuseio da pipeta e também realizamos coleta de sangue entre as alunas com o objetivo de desenvolver habilidade e segurança nos procedimentos que serão realizados ao longo do estágio 32 Método de Sedimentação Espontânea Hoffman Pons e Janer O método de sedimentação espontânea é amplamente utilizado em laboratórios clínicos e inquéritos epidemiológicos devido à sua simplicidade baixo custo e eficiência para a detecção de ovos cistos e larvas de parasitos intestinais Seu princípio baseiase na diferença de densidade entre os elementos parasitários e os detritos fecais A técnica consiste na diluição de uma pequena quantidade de fezes em água seguida de filtração da amostra por gaze ou peneira para dentro de um cálice cônico Após deixar sedimentar por cerca de 1 hora ou mais o sobrenadante é descartado e o sedimento é lavado repetidas vezes até que a solução esteja clara Com uma pipeta Pasteur devese pipetar uma alíquota do sedimento que é então transferido para uma lâmina adicionado uma gota do corante Lugol e analisado ao microscópio 6 Esse método permite a identificação de ovos cistos e eventualmente larvas sendo útil para exames de fezes tanto qualitativos quanto de triagem inicial em campanhas de saúde pública 321 Resultado obtido pelo Método de Hoffman em 21 de fevereiro de 2025 Nesta aula a professora apresentou o método de sedimentação espontânea passo a passo para os alunos reproduzirem Preparei duas lâminas para análise e o resultado foi negativo para estrutura parasitárias mas observei a presença de artefatos 322 Resultado obtido pelo Método de Hoffman em 28 de fevereiro de 2025 Na análise macroscópica a amostra se apresentou com aspecto de fezes formadas e coloração marrom escuro Durante a microscopia não houve achados parasitológicos 323 Resultado obtido pelo Método de Hoffman em 07 de março de 2025 Na análise macroscópica a amostra de fezes se apresentou com textura pastosa e coloração marrom Não foram identificados ovos cistos e larvas de parasitas na amostra analisada 324 Resultado obtido pelo Método de Hoffman em 14 de março de 2025 Amostra de fezes com consistência pastosa coloração marrom claro e sem sinais de parasitose 325 Resultado obtido pelo Método de Hoffman em 21 de março de 2025 Na lâmina preparada através do método Hoffman não houve achados relevantes 326 Resultado obtido pelo Método de Hoffman em 28 de março de 2025 Nenhum parasita foi identificado na amostra 33 Método de Flutuação Espontânea Willis O método de Willis é baseado no princípio da flutuação de ovos mais leves em uma solução de alta densidade como a solução saturada de NaCl É um método 7 simples de baixo custo e aplicável inclusive em contextos com estrutura limitada sendo especialmente eficaz para a identificação de ovos de ancilostomídeos No entanto apresenta limitações quanto à detecção de ovos mais pesados como os de Schistosoma e Fasciola O procedimento consiste em diluir pequena porção da amostra fecal em solução saturada de sal NaCl dentro de um frasco de borrel e completar o volume líquido até a borda do frasco Em seguida posicionase uma lâmina de microscopia sobre a boca do frasco permitindo que os parasitos presentes na superfície líquida entrem em contato e fiquem aderidos à lâmina Após cinco minutos essa lâmina é retirada com cuidado corada com solução de Lugol coberta com lamínula e examinada ao microscópio 331 Resultado obtido pelo Método de Willis em 04 de abril de 2025 Nesta aula a professora apresentou o método de flutuação para os alunos reproduzirem A amostra de fezes tinha consistência formada e coloração escura preparei duas lâminas para análise seguindo o roteiro de procedimento e não detectei parasitas na amostra 332 Resultado obtido pelo Método de Willis em 11 de abril de 2025 A amostra se apresentou com aspecto pastoso e coloração marrom escuro na análise microscópica não houve achados relevantes 34 Sangue Oculto A pesquisa de sangue oculto nas fezes é um exame de triagem fundamental na prática clínica especialmente na detecção precoce de sangramentos gastrointestinais que não são visíveis a olho nu É amplamente utilizado na investigação de doenças como câncer colorretal pólipos intestinais doenças inflamatórias intestinais e parasitoses contribuindo para o diagnóstico precoce e consequentemente para o sucesso terapêutico Entre os métodos utilizados para essa análise destacase a Reação de MeyerJohannessen que exige dieta alimentar prévia Esse método se baseia em uma reação química onde o sangue presente nas fezes age como catalisador na oxidação da fenolftaleína Primeiro a fenolftaleína é reduzida pelo zinco a anidrido ftálico que na presença do oxigênio liberado pelo peróxido de hidrogênio 10 8 volumes se oxida novamente formando a coloração vermelha típica do meio alcalino Para realizar o exame a amostra de fezes é diluída em água destilada e centrifugada por 5 minutos a 3500 rpm Em um tubo de ensaio é colocado 5ml do sobrenadante adicionado 1ml do reagente de MeyerJohannessen e 4 gotas do Peróxido de hidrogênio a presença de sangue é indicada pela formação imediata da coloração vermelha Por se tratar de um teste sensível a diversos compostos presentes em alimentos como carnes vegetais verdes escuros e corantes e fármacos é imprescindível que o paciente siga uma dieta restrita nos dias que antecedem a coleta a fim de minimizar a ocorrência de resultados falsopositivos Já o teste imunocromatográfico para detecção de sangue oculto nas fezes representa uma alternativa mais moderna prática e específica Ele dispensa qualquer tipo de restrição alimentar pois utiliza anticorpos monoclonais que reagem exclusivamente com a hemoglobina humana A amostra fecal é coletada com um bastonete e inserida em uma solução tampão sendo posteriormente aplicada sobre uma membrana cromatográfica Na presença de hemoglobina ocorre a formação de uma linha colorida na região do teste além de uma linha de controle que confirma a validade do procedimento Por ser altamente específico esse método reduz a chance de interferências e é o mais indicado para programas de triagem populacional como na prevenção do câncer colorretal 341 Resultado obtido do exame de sangue oculto em 25 de abril de 2025 A amostra analisada apresentava consistência pastosa e coloração marrom escura características comuns e sem alterações aparentes na avaliação macroscópica O teste rápido imunocromatográfico utilizado para a detecção de hemoglobina humana nas fezes apresentou resultado negativo indicando ausência de sangue oculto detectável por esse método Por outro lado ao aplicar o método químico com reagente de MeyerJohannessen que exige dieta alimentar restrita nos dias anteriores à coleta o resultado foi positivo Como se tratava da mesma amostra a discordância entre os resultados sugere a possibilidade de falso positivo no teste com dieta Embora não tenha sido possível confirmar se o paciente seguiu corretamente a restrição alimentar recomendada essa hipótese é plausível uma vez que a ingestão de 9 carnes vermelhas vegetais com peroxidase e outros alimentos pode interferir na reação simulando a presença de sangue Essa situação reforça a importância da orientação adequada ao paciente quanto à dieta prévia bem como da escolha de métodos mais específicos aumentando a confiabilidade dos resultados 35 Método de Centrífugoflutuação no sulfato de zinco Faust O método de Faust é uma técnica de concentração amplamente utilizada na rotina laboratorial para a detecção de cistos de protozoários e ovos leves de helmintos Seu princípio baseiase na diferença de densidade entre os elementos parasitários e a solução de sulfato de zinco a 33 com densidade aproximada de 1180 o que permite que esses elementos flutuarem e se concentrem na superfície do líquido Para a realização do exame a amostra fecal é inicialmente diluída em água filtrada homogeneizada e filtrada em gaze O material é então submetido à centrifugação por um minuto a 2500rpm sendo lavado repetidas vezes até que o sobrenadante fique claro Após esse processo o sedimento é ressuspenso na solução de sulfato de zinco e centrifugado novamente Ao final da centrifugação formase uma película na superfície do tubo onde os parasitos ficam concentrados Essa película é cuidadosamente coletada com uma alça de platina e transferida para uma lâmina à qual se adiciona uma gota de lugol para realçar as estruturas internas dos cistos permitindo uma melhor visualização ao microscópio com as objetivas de 10x a 40x 351 Resultado obtido pelo Método de Faust em 09 de maio de 2025 A amostra de fezes estava formada e com coloração marrom escuro O resultado foi negativo sem evidências de parasitose 36 Pesquisa de gordura fecal A pesquisa de gordura fecal é um exame utilizado para triagem de distúrbios relacionados à má digestão ou má absorção de lipídios Normalmente pequenas quantidades de gordura podem estar presentes nas fezes mas quando são eliminadas em excesso condição conhecida como esteatorreia podem indicar 10 alterações intestinais ou disfunção pancreática como na insuficiência de enzimas digestivas especialmente a lipase A esteatorreia também pode estar associada a quadros como fibrose cística ou parasitoses O método utilizado durante o estágio foi a coloração pelo corante Sudan III um teste qualitativo e de fácil execução com boa sensibilidade e especificidade na investigação de distúrbios de absorção Para o exame uma amostra de fezes foi colocada em uma lâmina seguida da adição de algumas gotas do reagente Sudan III A lâmina foi coberta com lamínula e observada ao microscópio em aumento de 40x No exame as gorduras neutras se coram em vermelho podendo aparecer como glóbulos gotículas ou lagos A leitura é feita com base na quantidade e no tamanho dessas estruturas em cada campo microscópico Durante o estágio a amostra analisada apresentou poucas gotículas de gordura coradas sem alterações significativas sendo considerada dentro dos padrões fisiológicos normais 361 Resultado obtido da pesquisa de gordura fecal em 16 de maio de 2025 Foi observada a presença discreta de gotículas lipídicas coradas em vermelho distribuídas de forma isolada na amostra caracterizando um padrão normal sem alterações significativas 37 Pesquisa de Substâncias redutoras A pesquisa de substâncias redutoras nas fezes é um exame utilizado para auxiliar na investigação de distúrbios relacionados à digestão e absorção de carboidratos A presença dessas substâncias pode indicar deficiência de enzimas dissacaridases como lactase sacarase e maltase ou ainda alterações secundárias da mucosa intestinal Nessas condições ocorre má absorção de açúcares levando à eliminação de resíduos redutores pelas fezes e à redução do pH fecal A intolerância à lactose é um dos exemplos mais comuns desses distúrbios especialmente em crianças O método mais utilizado é o teste colorimétrico com o reagente de Benedict considerado uma técnica qualitativa Para sua realização a amostra fecal deve ser recente preferencialmente analisada até uma hora após a evacuação a fim de evitar interferências por fermentação bacteriana No procedimento cerca de 25g de fezes é diluída em 50ml de água e centrifugada por 5 minutos a 3000rpm Em seguida com o auxílio da pipeta 11 Pasteur 05ml do sobrenadante é transferido para outro tubo e é adicionado 25ml do reagente de Benedict Após aquecimento do tubo até ebulição observase a mudança de coloração da solução A reação é considerada positiva quando o líquido passa da cor azul original para tons que vão do verde ao vermelhotijolo de acordo com a concentração de açúcares presentes 371 Resultado obtido da pesquisa de substancias redutoras em 23 de maio de 2025 O resultado do exame para pesquisa de substâncias redutoras foi negativo pois a solução não apresentou alteração em sua coloração 38 Espermograma O espermograma é um exame laboratorial essencial para a avaliação da fertilidade masculina pois permite analisar diversos parâmetros físicos químicos e microscópicos do sêmen Ele é amplamente utilizado para investigar a função espermatogênica e para fornecer informações importantes sobre o ambiente das glândulas acessórias do sistema reprodutor como a próstata e as vesículas seminais Além da investigação da fertilidade o espermograma também pode ser solicitado para diagnosticar suspeitas de infecções genitais ou para monitorar pacientes após procedimentos como a vasectomia A análise do espermograma baseiase em critérios rigorosos como os estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde OMS que padroniza os parâmetros avaliados para garantir a confiabilidade do exame Entre os principais aspectos observados no exame macroscópico está o volume do ejaculado a liquefação do sêmen processo pelo qual o material seminal inicialmente coagulado tornase líquido em um período que normalmente não ultrapassa 30 minutos a avaliação da cor do sêmen que normalmente varia entre brancoopalescente e acinzentado desvios para cores amareladas ou avermelhadas podem sugerir infecção ou presença de sangue o pH do sêmen também é medido pois valores fora da faixa fisiológica indicam possíveis disfunções das glândulas acessórias assim como o tempo de duração do coágulo No exame microscópico são avaliados a vitalidade espermática que indica a proporção de espermatozóides vivos é avaliada por meio de técnicas de coloração que distinguem células viáveis das não viáveis sendo um indicador importante da 12 qualidade seminal A motilidade dos espermatozóides classificaos em motilidade progressiva MP não progressivos NP e imóveis I essa avaliação é crucial pois o movimento dos espermatozóides é determinante para o sucesso na fertilização A presença de aglutinação que corresponde à aderência anormal entre os espermatozóides e pode comprometer a fertilidade Entre os parâmetros avaliados no espermograma a contagem global de espermatozoides ocupa um papel central na interpretação da fertilidade masculina Além da contagem de leucócitos e hemácias que oferecem informações importantes sobre a saúde do trato genital masculino como a presença de um processo infeccioso ou inflamatório lesão e alterações estruturais ou funcionais 381 Resultado obtido do espermograma em 28 de março de 2025 A primeira amostra de esperma analisada se apresentou dentro do normal volume de 4ml tempo de liquefação em 20 minutos aspecto homogêneo coloração branco opaco com odor característico e pH 70 Na microscopia constatouse ausência de espermatozoides pois a amostra pertencia a um paciente vasectomizado Para a segunda amostra foi realizada a microscopia obtendo 647 de espermatozóides vivos como resultado da vitalidade o grau de motilidade resultou em 84 de formas com MP e 92 de formas com MPNP a contagem global de espermatozoides resultou em 20800000mL Podemos concluir que as duas amostras analisadas apresentaramse dentro dos parâmetros normais 39 Método de Pool de amostras O método de pool de amostras consiste na mistura de amostras fecais provenientes de diferentes indivíduos para serem analisadas conjuntamente em um único teste parasitológico Essa técnica tem sido empregada principalmente em situações de triagem em larga escala vigilância epidemiológica e em contextos onde há necessidade de otimizar recursos laboratoriais como tempo materiais e mão de obra especializada A principal vantagem do uso de amostras em pool está na possibilidade de detectar parasitos intestinais com custobenefício mais favorável especialmente em populações com prevalência baixa a moderada de infecção Quando ao menos uma das amostras agrupadas contém ovos cistos ou larvas de parasitos há chances consideráveis de detecção no exame conjunto desde que a metodologia laboratorial 13 empregada possua sensibilidade adequada Essa abordagem também é útil para aumentar a diversidade de parasitas identificados considerando que diferentes indivíduos podem estar infectados por espécies distintas Contudo o método possui limitações importantes Entre elas destacase o risco de diluição dos elementos parasitários o que pode dificultar a visualização de parasitos em infecções leves ou subclínicas Além disso resultados positivos exigem posteriormente a análise individual das amostras originais para a identificação das pessoas infectadas o que pode demandar retrabalho 391 Resultado obtido pelo método de Pool em 21 de fevereiro de 2025 Neste dia utilizando o método de Pool foi possível identificar o ovo do parasita Hymenolepis nana em uma das amostras analisadas A Hymenolepis nana é um verme do tipo cestódeo verme achatado que vive no intestino delgado principalmente no jejuno e íleo Diferente da maioria dos cestódeos ela pode completar seu ciclo de vida inteiro dentro do corpo humano sem precisar de um hospedeiro intermediário chamado ciclo monoxênico No entanto também pode utilizar insetos como pulgas e carunchos como hospedeiros intermediários caracterizando o ciclo heteroxênico A infecção ocorre principalmente em crianças após ingerir ovos por meio de mãos sujas alimentos ou objetos contaminados Uma vez ingeridos os ovos eclodem no intestino liberando a larva cisticercóide que se desenvolve nas vilosidades intestinais Após cerca de 10 dias ela se torna adulta e se fixa na mucosa intestinal Na maioria dos casos a infecção por H nana é assintomática Quando há sintomas estes aparecem mais em crianças e incluem dor abdominal diarreia irritabilidade insônia e raramente convulsões Ao observar o ovo encontrado na lâmina com objetiva de 40x foi possível visualizar seu formato esférico ligeiramente oval definido por uma membrana externa sendo fina e transparente e uma interna que envolve a oncosfera Também foi observado nesta data o cisto de Giardia intestinalis que é transmitido principalmente por via fecaloral são ingeridos quando estão presentes em água alimentos mãos e superfícies contaminadas Os cistos são a forma resistente do parasito podendo sobreviver no ambiente por longos períodos especialmente em locais úmidos e com pouca higienização apresentam formato oval uma membrana cística bem definida e ao ser corado podem ser visualizados 14 dois a quatro núcleos além de estruturas internas como axonemas de flagelos e corpos em forma de meialua Os sintomas variam conforme a carga parasitária e o estado imunológico do hospedeiro indo desde formas assintomáticas até quadros de diarreia aquosa dor abdominal flatulência náuseas e em casos crônicos esteatorreia e perda de peso por má absorção de nutrientes Em crianças pode haver atraso no crescimento e deficiência nutricional 392 Resultado obtido pelo método de Pool em 28 de fevereiro de 2025 Nessa prática foi observado através do Pool o ovo de Hymenolepis nana com características já descritas anteriormente Também observei o cisto de Entamoeba coli em outra amostra preparada por uma colega de sala A Entamoeba coli é uma espécie não patogênica comensal do intestino grosso humano frequentemente encontrada em exames parasitológicos de fezes Apesar de sua ausência de patogenicidade a E coli é de grande importância diagnóstica pois sua presença indica contaminação fecal e condições de higiene precárias o que sugere risco potencial para outras infecções entéricas mais graves Morfologicamente o cisto de Entamoeba coli apresenta formato esférico ou ligeiramente ovalado com parede cística definida e espessa Uma característica marcante é a presença de 1 a 8 núcleos sendo 8 o número mais comumente observado em cistos maduros Os carióforos estruturas centrais dos núcleos costumam ser excêntricos e a cromatina periférica é irregular e grosseira Em alguns casos também é possível observar corpos cromatóides com extremidades finas ou pontiagudas embora não estejam sempre presentes A infecção por E coli não gera sintomas clínicos específicos por se tratar de uma espécie comensal No entanto sua detecção em exames coproparasitológicos pode auxiliar o profissional da saúde na avaliação do risco epidemiológico além de ser importante na diferenciação morfológica com outras amebas patogênicas 393 Resultado obtido pelo método de Pool em 07 de março de 2025 Neste dia observei novamente o ovo de Hymenolepis nana já descrito anteriormente No entanto destaquei a presença da larva rabditóide de Strongyloides stercoralis um importante helminto causador da estrongiloidíase A larva rabditóide de S stercoralis é uma das formas eliminadas nas fezes e mede 15 cerca de 02 a 003 mm de comprimento com cutícula fina hialina e vestíbulo bucal curto Ela pode evoluir para formas infectantes no ambiente ou participar do ciclo de vida livre dependendo das condições externas A forma de contaminação ocorre principalmente pela penetração ativa da larva filarióide L3 pela pele especialmente em regiões como os pés descalços mas também pode ocorrer por mucosas oral esofágica perianal Um fator preocupante é a possibilidade de autoinfecção em que as larvas se desenvolvem ainda dentro do corpo penetrando novamente a mucosa o que pode cronificar a infecção por muitos anos Sua patogenicidade está relacionada principalmente à ação mecânica irritativa traumática tóxica e antigênica das formas parasitárias nos tecidos do hospedeiro Clinicamente a estrongiloidíase pode ser assintomática ou apresentar sintomas gastrointestinais leves como dor abdominal e diarreia Em pacientes imunodeprimidos pode evoluir para formas graves de hiperinfecção e disseminação com risco de óbito Em outro momento observei o ovo de Ascaris lumbricoides que causa uma parasitose intestinal denominada ascaridíase Essa infecção é comum em regiões com condições sanitárias precárias e os sintomas quando presentes estão relacionados à carga parasitária e podem incluir dor abdominal náuseas perda de peso diarreia além de manifestações respiratórias durante a fase de migração larval pulmonar A transmissão ocorre pela ingestão de alimentos água ou superfícies contaminadas com ovos embrionados do parasito Esses ovos possuem uma alta capacidade de aderência a objetos e vegetais sendo resistentes à limpeza convencional Os ovos observados são caracteristicamente grandes medindo cerca de 50 µm com formato oval coloração castanhoamarelada e cápsula espessa Esta cápsula é formada por três camadas uma externa mamilonada rica em mucopolissacarídeos uma intermediária de quitina e proteína e uma interna impermeável composta por lipídios e proteínas o que confere alta resistência ambiental ao ovo 394 Resultado obtido pelo método de Pool em 14 de março de 2025 No exame microscópico foi possível identificar o ovo de Hymenolepis nana e a larva Strongyloides stercoralis com características descritas anteriormente 16 Nessa data destacase a observação do ovo de Enterobius vermicularis que possui formato oval com uma das laterais achatada casca de dupla camada espessa e transparente sua superfície é viscosa facilitando a aderência à pele roupas e objetos o que contribui para a transmissão por autoinfecção ou infecção cruzada A infecção é comum em crianças e se caracteriza por prurido anal intenso principalmente à noite devido à migração das fêmeas grávidas para a região perineal onde liberam seus ovos pela vulva completando seu ciclo de vida A contaminação ocorre principalmente pela ingestão de ovos embrionados presentes no ambiente 395 Resultado obtido pelo método de Pool em 21 de março de 2025 Nesta data observouse novamente a presença do cisto de Giardia intestinalis e a larva rabditóide Strongyloides stercoralis com morfologia semelhante às já descritas anteriormente 396 Resultado obtido pelo método de Pool em 04 de abril de 2025 Foi constatada a repetição do mesmo achado parasitológico identificado anteriormente com ovos de E vermicularis já caracterizados 397 Resultado obtido pelo método de Pool em 11 de abril de 2025 Durante a análise do Pool nessa data identifiquei novamente o ovo de Hymenolepis nana ovo de Ascaris lumbricoide e o cisto de Giardia intestinalis 38 Coleta de sangue A coleta de sangue é um procedimento fundamental na prática laboratorial sendo essencial para a realização de diversos exames diagnósticos Ela permite a análise de componentes sanguíneos auxiliando na detecção de doenças monitoramento de tratamentos e avaliação do estado geral de saúde dos pacientes A técnica de coleta pelo sistema aberto utiliza seringa e agulha para aspirar o sangue que posteriormente é transferido manualmente para os tubos de coleta Essa técnica embora ainda utilizada em algumas situações específicas apresenta riscos aumentados de contaminação e acidentes com materiais perfurocortantes 17 O Sistema Fechado coleta a vácuo consiste em um conjunto de agulha acoplada a um adaptador e tubos de coleta a vácuo Este sistema permite a coleta direta do sangue para os tubos minimizando o risco de contaminação e exposição ao sangue além de proporcionar maior precisão no volume coletado e melhor preservação da amostra A técnica de coleta a vácuo é amplamente recomendada por oferecer maior segurança tanto para o profissional quanto para o paciente além de garantir a qualidade da amostra para análise laboratorial Durante o período de estágio tive a oportunidade de realizar coletas de sangue em colegas utilizando os dois tipos de sistemas Inicialmente a realização do procedimento gerava certa apreensão comum em atividades práticas que envolvem técnicas invasivas No entanto com a repetição e o acompanhamento de profissional experiente foi possível aprimorar a técnica aumentando a confiança e a destreza na execução da coleta A prática constante revelouse fundamental para o desenvolvimento da habilidade e da segurança necessárias para a realização de coletas de sangue destacando a importância da experiência prática na formação profissional na área da saúde 4 CONCLUSÃO O estágio em parasitologia representou uma etapa importante na formação acadêmica ao possibilitar a aplicação dos conhecimentos teóricos em um ambiente prático A realização de técnicas parasitológicas o preparo de lâminas e a identificação de estruturas como ovos e cistos de parasitos permitiram o desenvolvimento de habilidades essenciais para o exercício profissional na área de diagnóstico laboratorial A vivência prática contribuiu significativamente para o fortalecimento da compreensão sobre os principais parasitos humanos e suas características morfológicas além de reforçar a importância da atenção aos detalhes e do rigor técnico nos procedimentos laboratoriais De modo geral essa experiência foi enriquecedora revelando que o contato direto com o microscópio exige um olhar atento e que a prática constante é fundamental na rotina de um biomédico Sem dúvidas essa prática laboratorial 18 contribuiu tanto para o meu crescimento acadêmico quanto pessoal e me motivou a seguir com ainda mais dedicação na construção da minha trajetória profissional 5 REFERÊNCIAS Honório Jefferson Celli Tizzot Maria Regina Pinheiro Análise dos métodos na pesquisa de sangue oculto nas fezes Cadernos da Escola de Saúde v 1 n 3 p 111 2010 ISSN 19847041 Lima Lenilza Mattos Castilho Vera Lucia Pagliusi Exame coprológico funcional Revista Brasileira de Análises Clínicas Rio de Janeiro v 56 n 3 p 157169 2024 Disponível em httpswwwrbacorgbr Acesso em 24 maio 2025 Matos Juliana da Silva et al Uso de amostras individualizadas e em pool no diagnóstico de parasitos intestinais Revista Brasileira de Análises Clínicas Rio de Janeiro v 49 n 3 p 301306 2017 DOI 102187724483877201700578 Disponível em httpswwwrbacorgbr Acesso em 24 maio 2025 Neves David Pereira Parasitologia Humana 11 ed Rio de Janeiro Atheneu 2008 Organização Mundial da Saúde Manual de laboratório da OMS para o exame e processamento do sêmen humano 5 ed Rio de Janeiro Programa Nacional de Controle de Qualidade 2018 Tradução Global Translation Revisão técnica Dr Orildo dos Santos Pereira Pinto Carlos José de Carvalho Grisard Edmundo Carlos Ishida Maria Márcia Imenes Parasitologia Florianópolis CCBEADUFSC 2011 136 p ISBN 9788561485467 Rey Luis Parasitologia parasitos e doenças parasitárias do homem nos trópicos ocidentais 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2008 Souza HP et al Doenças infecciosas e parasitárias no Brasil de 2010 a 2017 aspectos para vigilância em saúde Revista PanAmericana de Saúde Pública v 44 e10 2020 Disponível em httpsdoiorg1026633RPSP202010 Acesso em 24 mar 2025 19 6 ANEXOS Os anexos a seguir contêm as fichas diárias de registro das atividades desenvolvidas ao longo da Prática Laboratorial II As fichas apresentam de forma cronológica os exames realizados os métodos aplicados aparelhos utilizados resultados e comentários relevantes para o acompanhamento do desempenho e aprendizado prático Ficha 01 14022025 CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP PRÁTICAS LABORATORIAIS II CURSO DE BIOMEDICINA FICHA DIÁRIA DE ESTÁGIO 1º SEMESTRE 2025 NOME DO ALUNO Luany Soares Caldeira NOME DO LABORATÓRIO Análises clínicas DATA 210225 Professor s Cristiano HORÁRIO DE ATIVIDADE DE ESTÁGIO 1910 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Exame s ou atividade s realizada s Parasitológico de fezes Método s empregado s na realização do s exame s método Hoffman sedimentação espontânea e Pool Aparelho s utilizado s microscópio Resultado s e comentário s no Pool foi possível observar ovo de helminto identificados como Hymenolepis nana Em outro microscópio observei o ovo da Giardíase O exame realizado pelo método de Hoffman seu resultado negativo Página 21 CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP PRÁTICAS LABORATORIAIS II CURSO DE BIOMEDICINA FICHA DIÁRIA 2025 NOME DO ALUNO Luany Soares Caldeira NOME DO LABORATÓRIO Análises clínicas DATA 280225 Professor s Cristiano HORÁRIO DE ATIVIDADE DE ESTÁGIO 1910 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Exame s ou atividade s realizada s Parasitológico de fezes Método s empregado s na realização do s exame s método Hoffman Aparelho s utilizado s microscópio Resultado s e comentário s Amostra de fezes se apresenta escura e endurecida não foi observado nenhum achado relevante No Pool foi possível observar o ovo de Hymenolepis nana e o ciclo da Entamoeba coli Página 21 CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP PRÁTICAS LABORATORIAIS II CURSO DE BIOMEDICINA FICHA DIÁRIA 01 sem2025 NOME DO ALUNO Luany Soares Caldeira NOME DO LABORATÓRIO Análises clínicas DATA 070325 Professor s Cristiano HORÁRIO DE ATIVIDADE DE ESTÁGIO 1915 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Exame s ou atividade s realizada s Parasitológico de fezes Método s empregado s na realização do s exame s método de Hoffman e Pool Aparelho s utilizado s microscópio Resultado s e comentário s Amostra com textura pastosa amostra foi possível visualizar no Pool o ovo de Hymenolepis nana larva Strongyloides stercoralis Ascaris lumbricoides Página 21 Ficha 05 14032025 CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP PRÁTICAS LABORATORIAIS II CURSO DE BIOMEDICINA FICHA DIÁRIA 01 sem2025 NOME DO ALUNO Luany Soares Caldeira NOME DO LABORATÓRIO Análises clínicas DATA 140325 Professors Cristiane HORÁRIO DE ATIVIDADE DE ESTÁGIO 1915 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Exames ou atividades realizadas Parasitologia de fezes Métodos empregados na realização dos exames Método Hoffman e Pool Aparelhos utilizados microscópio Resultados e comentários Amostra com aspecto pastoso e coloração marrom clara No microscópio foi possível detectar ovos de Hymenolepis nana e larva Strongyloides stercoralis na amostra de Pool No Hoffman preparado por mim e pela técnica de laboratório não houve achados relevantes Observei o ovo de enterobius vermicularis na amostra de Pool realizada por colegas da sala Página 2 1 Ficha 06 21032025 CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP PRÁTICAS LABORATORIAIS II CURSO DE BIOMEDICINA FICHA DIÁRIA 01 sem2025 NOME DO ALUNO Luany Soares Caldeira NOME DO LABORATÓRIO Análises clínicas DATA 210325 Professors Cristiane HORÁRIO DE ATIVIDADE DE ESTÁGIO 1915 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Exames ou atividades realizadas Parasitologia de fezes Métodos empregados na realização dos exames Método de Hoffman e Pool Aparelhos utilizados microscópio Resultados e comentários Na lâmina de Pool observei o cisto de giardia lamblia rabditóide Na lâmina preparada através do método Hoffman não observei parasitas Página 2 1 Ficha 07 28032025 CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP PRÁTICAS LABORATORIAIS II CURSO DE BIOMEDICINA FICHA DIÁRIA 01 sem2025 NOME DO ALUNO Luany Soares Caldeira NOME DO LABORATÓRIO Análises clínicas DATA 280325 Professors Cristiane HORÁRIO DE ATIVIDADE DE ESTÁGIO 1915 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Exames ou atividades realizadas Parasitologia de fezes e espermograma Métodos empregados na realização dos exames Hoffman macroscopia e microscopia de espermograma Aparelhos utilizados microscópio Resultados e comentários Espermograma Volume 4 ml tempo de liquefação coleta 1915 Aspecto branco opaco odor característico liquefação em 20 min pH 70 Microscopia Amostra de paciente vasectomizado Página 2 1 Vitalidade Vivos 24 27 30 40 Total 121 Mortos 14 12 22 16 Total 66 Total 38 39 52 56 Total 187 total de espermatozoides 187 vivos 121 calculo de vitalidade 187 100 121 x x 647 de vivos grau de motilidade MP NP I 1º 30 11 1 96 100 2º 19 12 11 2 84 3º 26 11 1 4º 16 1 2 114 100 96 10 8 114 x 84 VR 84 de formas MP VR 92 de formas MP NP Contagem global de espermatozoides 1º 50 2º 60 3º 60 4º 50 C40 260 x 80000 20800000ml Na lamina de parasitologia não observi achados relevantes Ficha 08 04042025 CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP PRÁTICAS LABORATORIAIS II CURSO DE BIOMEDICINA FICHA DIÁRIA 01 sem2025 UNICEP São Carlos NOME DO ALUNO Luany Soares Caldeira NOME DO LABORATÓRIO Análises clínicas DATA 040425 Professors Cristiane HORÁRIO DE ATIVIDADE DE ESTÁGIO 1915 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Exames ou atividades realizadas parasitologia de fezes Métodos empregados na realização dos exames método de willis e pool Aparelhos utilizados microscópio Resultados e comentários aspecto da amostra escura endurecida no método de willis não houve achado relevante no pool identifiquei intermediários vermiculares Página 21 Ficha 09 11042025 CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP PRÁTICAS LABORATORIAIS II CURSO DE BIOMEDICINA FICHA DIÁRIA 01 sem2025 UNICEP São Carlos NOME DO ALUNO Luany Soares Caldeira NOME DO LABORATÓRIO Análises clínicas DATA 110425 Professors Cristiane HORÁRIO DE ATIVIDADE DE ESTÁGIO 1915 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Exames ou atividades realizadas Parasitologia de fezes Métodos empregados na realização dos exames Método de willis e Pool Aparelhos utilizados microscópio Resultados e comentários Amostra escura e pastosa Não houve achados relevantes na lamina preparadas alteração do método de willis no pool observei Hymonolepis nana Ascaris lumbricoides e cisto de giardia Página 21 Ficha 10 25042025 CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP PRÁTICAS LABORATORIAIS II CURSO DE BIOMEDICINA FICHA DIÁRIA 01 sem2025 NOME DO ALUNO Luany Soares Caldeira NOME DO LABORATÓRIO Análises Clínicas DATA 250425 Professor s Cristiane HORÁRIO DE ATIVIDADE DE ESTÁGIO 1915 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Exame s ou atividade s realizada s Teste rápido para detecção de sangue oculto em amostras de fezes sem dieta Técnica de pool Sangue oculto com dieta alimentar Método s empregado s na realização do s exame s método imunocromatográfico e método pool método sangue oculto com dieta baseada em reação química de reagente de Mayer e peróxido de hidrogênio Aparelho s utilizado s microscópio Resultado s e comentário s teste rápido de sangue oculto Investiga a presença de hemoglobina nas amostras Conjugado Anticorpo anti hemoglobina mais o puro coloidal Região controle contém hemoglobina específica para o conjugado Região teste possui anticorpo anti hemoglobina fixado Amostra consistência pastosa cor marrom escura Resultado negativo no teste rápido Resultado positivo no sangue oculto com dieta Ficha 11 09052025 CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP PRÁTICAS LABORATORIAIS II CURSO DE BIOMEDICINA FICHA DIÁRIA 01 sem2025 NOME DO ALUNO Luany Soares Caldeira NOME DO LABORATÓRIO Análises Clínicas DATA 090525 Professor s Cristiane HORÁRIO DE ATIVIDADE DE ESTÁGIO 1910 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Exame s ou atividade s realizada s Exame parasitológico de fezes por procedimento de flutuação centrifugada Método s empregado s na realização do s exame s método de Faust Aparelho s utilizado s microscópio centrífuga Resultado s e comentário s Amostra de fezes formada e com coloração marrom escuro Resultado de EPF normal sem evidência de parasitoses Ficha 12 16052025 CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP PRÁTICAS LABORATORIAIS II CURSO DE BIOMEDICINA FICHA DIÁRIA 01 sem2025 NOME DO ALUNO Luany Soares Caldeira NOME DO LABORATÓRIO Análises Clínicas DATA 160525 Professor s Cristiane HORÁRIO DE ATIVIDADE DE ESTÁGIO 1910 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Exame s ou atividade s realizada s Realização do exame de gordura fecal para identificação de lipídios na amostra Método s empregado s na realização do s exame s O método utilizado foi a coloração com sudan III um corante que evidencia a presença de gotículas de gordura corandoas em tons de vermelho e corante avermelhado Aparelho s utilizado s microscópio Resultado s e comentário s Foi observada a presença discreta de gotículas lipídicas coradas em vermelho distribuídas de forma isolada na amostra Caracterizando um padrão normal sem alterações significativas Ficha 13 23052025 CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP PRÁTICAS LABORATORIAIS II CURSO DE BIOMEDICINA FICHA DIÁRIA 01 sem2025 NOME DO ALUNO Luany Soares Caldeira NOME DO LABORATÓRIO Análises Clínicas DATA 230525 Professor s Cristine HORÁRIO DE ATIVIDADE DE ESTÁGIO 1910 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Exames ou atividades realizadas Realização do exame de pesquisa de substância redutoras em amostra fecal com finalidade diagnóstica de distúrbios de absorção de carboidratos Métodos empregados na realização dos exames método colorimétrico com reagente de benedict Aparelhos utilizados centrífuga tubo de ensaio Resultados e comentários O resultado do teste foi negativo Após utilização a solução não teve alteração de cor Página 2 1 FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE Relatório Hematologia Clinica Aluna Elisangela Caires Dos Reis Professora Palloma Cordeiro Vitória Da Conquista 2025 Elisangela Caires Dos Reis Relatório Hematologia Clínica Relatório prático sobre as aulas de Hematologia Clínica que aborda a compreensão das aplicações das principais técnicas laboratoriais hematológicas analisando sua importância no diagnóstico clínico por meio da realização prática de exames como coleta de sangue esfregaço e coloração sanguínea contagem de elementos celulares e testes de coagulação VITÓRIA DA CONQUISTA BA 2025 Sumário 1 INTRODUÇÃO 4 OBJETIVOS 6 Objetivo Geral 6 Objetivos Específicos 7 PRÁTICAS DESENVOLVIDAS 7 Coleta de sangue 8 Esfregaço sanguíneo 9 Coloração sanguínea 11 Contagem de reticulócitos 12 Contagem de leucócitos 12 Contagem de plaquetas 14 TP e TPA 15 Plaquetas 15 Cascata da coagulação 16 CONCLUSÃO 17 REFERÊNCIAS 18 Hematologia Clínica 1 INTRODUÇÃO A medula óssea é um tecido altamente especializado localizado no interior de ossos longos e ossos planos como o esterno costelas vértebras e ossos da pelve Ela é responsável pela hematopoese o processo fisiológico de produção das células sanguíneas incluindo eritrócitos hemácias leucócitos e plaquetas Essa atividade é essencial para a manutenção da oxigenação tecidual resposta imunológica e hemostasia JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 Durante a vida fetal a hematopoese ocorre inicialmente no saco vitelino depois no fígado e baço e somente mais tarde é estabelecida na medula óssea onde permanece ativa ao longo da vida A medula óssea pode ser classificada em dois tipos medula vermelha funcionalmente ativa na produção celular e medula amarela composta principalmente por tecido adiposo e com menor atividade hematopoética HOFFBRAND MOSS 2016 O processo de diferenciação celular na medula óssea é regulado por um conjunto de fatores de crescimento hematopoéticos como a eritropoetina e as interleucinas que direcionam as célulastronco hematopoéticas a se desenvolverem em linhagens mieloides ou linfoides A avaliação da função medular por meio de exames como a contagem de reticulócitos ou mielograma é crucial na investigação de distúrbios hematológicos como anemias leucemias mielodisplasias e aplasias HARMON 2019 O exame de sangue é uma das ferramentas diagnósticas mais utilizadas na prática clínica e laboratorial sendo essencial para a avaliação do estado geral de saúde rastreamento de doenças e monitoramento terapêutico RODAK FRITSMA DOIG 2017 Por meio da análise de diversos componentes sanguíneos é possível obter informações valiosas sobre o funcionamento do sistema hematopoiético imunológico e hemostático A coagulação sanguínea é um processo fisiológico essencial para a manutenção da hemostasia que impede a perda excessiva de sangue após lesões vasculares Este mecanismo envolve uma complexa cascata de reações enzimáticas entre proteínas plasmáticas conhecidas como fatores de coagulação culminando na formação de um coágulo estável de fibrina HOFFBRAND MOSS 2017 A cascata da coagulação é tradicionalmente dividida em três vias intrínseca extrínseca e comum A via extrínseca é ativada pela exposição do sangue ao fator tecidual fator III geralmente após um trauma vascular Isso ativa o fator VII que em presença de cálcio inicia a conversão do fator X em Xa RODAK FRITSMA DOIG 2017 Já a via intrínseca é iniciada pela ativação do fator XII fator de Hageman ao entrar em contato com superfícies negativamente carregadas como o colágeno subendotelial Esse processo sequencial envolve a ativação dos fatores XI e IX culminando também na ativação do fator X Ambas as vias convergem na chamada via comum onde o fator Xa em conjunto com o fator V cálcio e fosfolipídios converte a protrombina fator II em trombina fator IIa TORTORA DERRICKSON 2017 A trombina desempenha um papel central no processo promovendo a conversão do fibrinogênio fator I em fibrina que é estabilizada pelo fator XIII A fibrina forma uma malha que consolida o tampão plaquetário conferindo resistência mecânica ao coágulo GUYTON HALL 2021 É importante ressaltar que a cascata de coagulação é autorregulada por mecanismos anticoagulantes naturais como a antitrombina III proteína C e proteína S que limitam a extensão do processo e evitam a formação de trombos em locais não lesados HOFFBRAND MOSS 2017 Do ponto de vista clínico a avaliação da cascata de coagulação é realizada por meio de exames laboratoriais como o Tempo de Protrombina TP e o Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada TTPa O TP avalia principalmente a via extrínseca e a via comum enquanto o TTPa analisa a via intrínseca e a via comum Esses testes são amplamente utilizados no diagnóstico de distúrbios hemorrágicos no monitoramento de terapias anticoagulantes e em avaliações préoperatórias RODAK FRITSMA DOIG 2017 Portanto a cascata de coagulação representa um mecanismo complexo porém altamente organizado que desempenha papel fundamental na resposta hemostática O entendimento de sua fisiologia e de seus mecanismos regulatórios é essencial para a interpretação clínica dos exames e para o manejo de pacientes com alterações na coagulação A contagem de plaquetas é de extrema importância na investigação de distúrbios da coagulação uma vez que essas células desempenham papel fundamental na formação do tampão hemostático primário prevenindo hemorragias HOFFBRAND MOSS 2017 Alterações quantitativas ou funcionais das plaquetas podem indicar condições como trombocitopenias púrpura trombocitopênica idiopática ou distúrbios mieloproliferativos ANDRADE 2020 A contagem de reticulócitos é um exame fundamental para avaliar a atividade eritropoiética da medula óssea sendo especialmente útil na investigação de anemias Os reticulócitos são hemácias jovens que ainda contêm resíduos de RNA ribossômico o que permite sua identificação por coloração supravital Uma contagem aumentada indica que a medula óssea está respondendo adequadamente a uma necessidade aumentada de produção de hemácias como ocorre em casos de anemias hemolíticas ou hemorragias agudas Em contrapartida uma contagem diminuída pode sugerir falência medular deficiência de nutrientes como ferro vitamina B12 ou ácido fólico ou distúrbios hematológicos como anemia aplástica ou síndromes mielodisplásicas JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 HOFFBRAND MOSS 2016 A contagem de leucócitos aliada ao diferencial leucocitário fornece informações valiosas sobre o estado imunológico do paciente A leucocitose por exemplo pode estar associada a infecções bacterianas inflamações agudas ou doenças mieloproliferativas enquanto a leucopenia pode indicar infecções virais graves imunossupressão ou doenças da medula óssea Além disso o diferencial leucocitário permite a identificação de alterações específicas como linfocitose em infecções virais eosinofilia em alergias e parasitoses e presença de células imaturas em leucemias A análise qualitativa dos leucócitos pode ainda revelar atipias morfológicas que indicam processos neoplásicos hematológicos RODAK FRITSMA DOIG 2017 HARMON 2019 Dessa forma o exame de sangue através desses parâmetros constitui uma ferramenta diagnóstica indispensável contribuindo significativamente para a detecção precoce de alterações hematológicas e para a tomada de decisões clínicas fundamentadas OBJETIVOS Objetivo Geral Compreender e aplicar as principais técnicas laboratoriais hematológicas analisando sua importância no diagnóstico clínico por meio da realização prática de exames como coleta de sangue esfregaço e coloração sanguínea contagem de elementos celulares e testes de coagulação Objetivos Específicos Realizar a coleta de sangue venoso Executar o esfregaço sanguíneo Realizar a contagem de reticulócitos Efetuar a contagem total e diferencial de leucócitos Realizar a contagem de plaquetas Aplicar os testes de Tempo de Protrombina TP e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada TTPa PRÁTICAS DESENVOLVIDAS A hematologia laboratorial é uma área fundamental das análises clínicas dedicada ao estudo dos componentes celulares do sangue e à investigação dos mecanismos da hemostasia Por meio de técnicas específicas é possível diagnosticar e monitorar diversas patologias como anemias infecções leucemias trombocitopenias e distúrbios de coagulação RODAK FRITSMA DOIG 2017 A coleta de sangue venoso é a etapa inicial e crítica de qualquer exame hematológico Ela requer cuidados técnicos e higiênicos para garantir a qualidade da amostra e evitar erros préanalíticos que podem comprometer os resultados HARMON 2019 A seguir realizase o esfregaço sanguíneo técnica que permite a distribuição uniforme das células em uma lâmina sendo essencial para a avaliação morfológica A coloração sanguínea geralmente com os corantes de MayGrünwaldGiemsa é aplicada para diferenciar os elementos figurados do sangue e possibilitar sua identificação microscópica especialmente em casos de alterações hematológicas JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 A contagem de reticulócitos é empregada para avaliar a resposta da medula óssea frente a situações de anemia ou hemólise refletindo sua capacidade de regeneração eritrocitária HOFFBRAND MOSS 2016 Já a contagem total e diferencial de leucócitos permite identificar respostas inflamatórias infecciosas ou proliferativas auxiliando no diagnóstico de doenças como leucemias linfomas e neutropenias RODAK FRITSMA DOIG 2017 A contagem de plaquetas é fundamental na avaliação da função hemostática sendo indispensável na investigação de sangramentos ou risco trombótico HARMON 2019 Por fim os testes de Tempo de Protrombina TP e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada TTPa são aplicados para investigar o funcionamento da cascata de coagulação permitindo a detecção de coagulopatias e o monitoramento de terapias anticoagulantes HOFFBRAND MOSS 2016 Essas práticas laboratoriais não apenas desenvolvem habilidades técnicas essenciais para a formação acadêmica e profissional mas também oferecem uma compreensão integrada das funções hematológicas e sua relação com o estado clínico do paciente Coleta de sangue A coleta de sangue venoso utilizando técnica asséptica Esse procedimento é fundamental para garantir a qualidade da amostra e evitar interferências nos exames subsequentes Brasil 2020 A qualidade da amostra obtida está diretamente relacionada à confiabilidade dos resultados analíticos sendo portanto fundamental o uso de técnicas corretas e a adoção de boas práticas laboratoriais ANVISA 2012 Antes da coleta devese identificar corretamente o paciente aplicar a antissepsia no local da punção selecionar o material apropriado agulha tubos etiquetas e garantir que os profissionais estejam devidamente paramentados A veia mais comumente utilizada é a mediana do antebraço embora outras possam ser utilizadas conforme a acessibilidade O sangue pode ser coletado por seringa e agulha ou por sistema a vácuo como o sistema Vacutainer sendo este último mais seguro e padronizado HARMON 2019 Durante a coleta é fundamental seguir a ordem correta de preenchimento dos tubos para evitar contaminações cruzadas entre aditivos e interferência nos resultados A ordem geralmente é tubos sem aditivo tubos com anticoagulante citrato depois com gel separador heparina e por último EDTA e fluoreto BRASIL 2005 É indispensável seguir as normas de biossegurança como o uso de Equipamentos de Proteção Individual EPI descarte correto de materiais perfurocortantes e higienização das mãos Erros nesta etapa podem gerar hemólise coagulação da amostra contaminações ou rejeição da amostra pelo laboratório comprometendo a análise subsequente RODAK FRITSMA DOIG 2017 Além disso o procedimento deve ser realizado em conformidade com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA especialmente a RDC nº 3022005 que regulamenta os requisitos técnicos para o funcionamento dos serviços de laboratórios clínicos no Brasil Essa prática foi realizada seguindo as etapas listadas Houve a realização da separação dos materiais que seriam utilizados O tubo de EDTA foi identificado com o nome do paciente O garrote foi posicionado no local acima do ponto de coleta Palpação no braço do paciente para encontrar a melhor veia Retirada do garrote Assepsia do local de coleta e recolocamento do garrote A agulha é inserida com a técnica correta na veia escolhida Coleta do sangue com o tubo de EDTA já identificado previamente Retirada do garrote antes da retirada da agulha Remoção do tubo Remoção da agulha e aplicação de um algodão limpo e seco no local fazendo pressão por um tempo Homogeneizar com calma o tubo Descarte do material e aplicação de curativo no braço do paciente Esfregaço sanguíneo O esfregaço sanguíneo é uma técnica laboratorial fundamental para a análise morfológica das células do sangue periférico Consiste na preparação de uma fina camada de sangue distribuída sobre uma lâmina de vidro permitindo a observação detalhada de eritrócitos leucócitos e plaquetas ao microscópio óptico JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 A realização correta do esfregaço é essencial para evitar artefatos que possam interferir na interpretação morfológica Para isso utilizase uma gota de sangue fresca colocada próxima à borda da lâmina que é espalhada suavemente com outra lâmina em um movimento rápido e contínuo formando uma camada uniforme e fina com uma região ideal para análise conhecida como zona de esfregaço RODAK FRITSMA DOIG 2017 Após a secagem ao ar o esfregaço pode ser submetido a coloração geralmente pela técnica de MayGrünwaldGiemsa que possibilita a diferenciação e identificação das células sanguíneas evidenciando características como forma tamanho coloração do citoplasma e núcleo além de detectar possíveis alterações patológicas HOFFBRAND MOSS 2016 A análise do esfregaço sanguíneo é indispensável para a detecção de anemias infecções leucemias distúrbios plaquetários e outras alterações hematológicas sendo uma ferramenta diagnóstica rápida econômica e de grande relevância clínica RODAK FRITSMA DOIG 2017 A série vermelha do hemograma compreende a avaliação dos elementos celulares relacionados à eritropoese principalmente os eritrócitos ou hemácias responsáveis pelo transporte de oxigênio e dióxido de carbono no organismo por meio da hemoglobina Os principais parâmetros analisados nessa série incluem Hemácias RBC número total de eritrócitos por microlitro de sangue Hemoglobina Hb quantidade total de hemoglobina indicador direto da capacidade de transporte de oxigênio Hematócrito Ht ou HCT porcentagem do volume sanguíneo ocupado por hemácias Índices hematimétricos o VCM Volume Corpuscular Médio indica o tamanho médio das hemácias o HCM Hemoglobina Corpuscular Média quantidade média de hemoglobina por hemácia o CHCM Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média concentração média de hemoglobina por volume de hemácia Esses parâmetros permitem a classificação morfológica das anemias como microcítica normocítica ou macrocítica além de indicar a coloração das hemácias hipocrômica ou normocrômica auxiliando no diagnóstico diferencial entre tipos de anemias como ferropriva megaloblástica ou de doenças crônicas RODAK FRITSMA DOIG 2017 A análise da série vermelha também pode incluir o número de reticulócitos que são formas jovens de hemácias importantes para avaliar a atividade da medula óssea na produção de eritrócitos HOFFBRAND MOSS 2016 Essa prática foi realizada seguindo as etapas listadas Limpeza da bancada forrar com papel toalha e separar duas lâminas limpas Colocar uma gota do sangue coletado na base do lado fosco da lâmina Posicionar a lâmina espalhadora em contato com a gota permitindo que o sangue se espalhe na borda Fazer um movimento firme e contínuo da lâmina espalhadora para frente em um ângulo de 45º criando uma camada fina e uniforme Esperar a lâmina secar de forma natural Coloração sanguínea A coloração sanguínea é uma etapa fundamental para a análise microscópica das células sanguíneas pois permite a diferenciação dos diversos tipos celulares presentes no sangue periférico O método mais utilizado é a coloração de MayGrünwaldGiemsa que utiliza corantes que se ligam seletivamente a componentes celulares realçando detalhes morfológicos como núcleo citoplasma e grânulos citoplasmáticos JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 O procedimento iniciase com a fixação do esfregaço geralmente em metanol seguida pela aplicação dos corantes O corante de MayGrünwald contém eosina que cora componentes ácidos em tons rosados e azul de metileno que tinge componentes básicos em tons azulados ou púrpuras A coloração de Giemsa complementa o processo proporcionando uma visualização mais nítida dos detalhes celulares HOFFBRAND MOSS 2016 Essa técnica é indispensável para a identificação e classificação dos diferentes tipos de leucócitos análise da morfologia eritrocitária avaliação da presença de reticulócitos e detecção de alterações indicativas de patologias hematológicas como anemias infecções parasitárias e leucemias RODAK FRITSMA DOIG 2017 Além disso a coloração sanguínea é rápida econômica e amplamente empregada em laboratórios clínicos tornandose uma ferramenta essencial para o diagnóstico e monitoramento das doenças do sangue Essa prática foi realizada seguindo as etapas listadas Após confirmação da lâmina seca a mesma foi corada com panótico rápido A lâmina então foi mergulhada no metanol corante eosina e no azul de metileno Foi então passada por uma fina camada de água corrente para retirar o excesso dos corantes Foi colocada a lâmina em pé para secar de forma natural Contagem de reticulócitos A contagem de reticulócitos é um exame laboratorial que avalia a atividade eritropoiética da medula óssea por meio da quantificação dos reticulócitos células jovens da linhagem eritrocitária que ainda contêm resíduos de RNA citoplasmático Esse parâmetro é essencial para distinguir anemias causadas por produção insuficiente de hemácias das que resultam de destruição ou perda aumentada JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 Os reticulócitos são identificados por meio da coloração supravital utilizando corantes especiais como o azul de metileno ou novo azul de cresil que destacam as redes ribonucleoproteicas no citoplasma HOFFBRAND MOSS 2016 A técnica pode ser realizada manualmente pela contagem microscópica em esfregaços corados ou automaticamente em analisadores hematológicos modernos A interpretação da contagem de reticulócitos fornece informações valiosas sobre a resposta da medula óssea a estímulos como hemorragias hemólises ou terapias hematopoiéticas Valores elevados indicam uma medula óssea reativa enquanto níveis reduzidos sugerem insuficiência na produção eritrocitária RODAK FRITSMA DOIG 2017 Essa prática foi realizada seguindo as etapas listadas Foi escolhida uma lâmina já corada com azul de cresil brilhante A observação foi feita no microscópio com a lente de aumento maior objetiva de 100x com óleo de imersão 4 campos do sangue foram analisados e contadas 1144 hemácias ao todo Os reticulócitos foram identificados pelos filamentos azulados dentro das células que são restos de RNA Registramos os dados para calcular a porcentagem de reticulócitos que teve como resultado 05 Contagem de leucócitos A contagem de leucócitos é um exame laboratorial essencial para a avaliação do sistema imunológico e a detecção de processos inflamatórios infecciosos alérgicos e neoplásicos Consiste na quantificação do número total de leucócitos presentes no sangue periférico podendo ser associada ao exame diferencial leucocitário que identifica e conta os diferentes tipos celulares como neutrófilos linfócitos monócitos eosinófilos e basófilos RODAK FRITSMA DOIG 2017 A análise quantitativa e qualitativa dos leucócitos permite a identificação de várias condições clínicas tais como infecções bacterianas virais parasitárias reações alérgicas leucemias e outras doenças hematológicas Alterações no número ou morfologia dessas células são indicadores diretos do estado imunológico e da resposta do organismo a estímulos patológicos HARMON 2019 A contagem pode ser realizada manualmente em lâminas coradas ou automaticamente por analisadores hematológicos que fornecem resultados rápidos e precisos A interpretação dos resultados deve sempre considerar o contexto clínico do paciente para um diagnóstico adequado HOFFBRAND MOSS 2016 Contagem de leucócitos ou glóbulos brancos é uma das etapas fundamentais do hemograma sendo empregada para a avaliação do sistema imunológico e o diagnóstico de diversas patologias como infecções processos inflamatórios reações alérgicas imunossupressões e doenças hematológicas como leucemias A contagem total pode ser realizada de duas formas principais manual utilizando câmara de Neubauer e diluente específico geralmente ácido acético glacial a 2 que lisa os eritrócitos e permite visualizar apenas os leucócitos ou automatizada por meio de analisadores hematológicos que empregam métodos ópticos impedância elétrica princípio de Coulter ou citometria de fluxo HOFFBRAND MOSS 2016 A contagem diferencial de leucócitos realizada em esfregaço sanguíneo corado normalmente com coloração de MayGrünwaldGiemsa ou Leishman permite a identificação e quantificação dos cinco principais tipos leucocitários neutrófilos linfócitos monócitos eosinófilos e basófilos RODAK FRITSMA DOIG 2017 Essa análise fornece dados importantes sobre o tipo de resposta imune do organismo como neutrofilia em infecções bacterianas ou linfocitose em infecções virais Valores de referência variam conforme o laboratório idade e condição clínica do paciente mas em adultos saudáveis a contagem total geralmente varia de 4000 a 11000 leucócitos por mm³ Alterações como leucocitose acima do valor de referência ou leucopenia abaixo do valor de referência indicam a necessidade de investigação clínica detalhada HARMON 2019 Essa prática foi realizada seguindo as etapas listadas Higienização do microscópio A lâmina foi observada ao objetivo de imersão 100x Contouse 100 leucócitos classificandoos por tipo celular por meio de um aplicativo Foi feita também uma análise morfológica dos leucócitos Lâmina 5 Lâmina 6 Lâmina 2 Basófilo 6 3 1 Eosinófilo 3 1 Neutrófilo 20 15 2 Bastonete 2 1 15 Segmentado 23 38 41 Linfócito 47 44 43 Quadro1 Dados referentes a contagem diferencial dos leucócitos Contagem de plaquetas A contagem de plaquetas é um exame hematológico fundamental para avaliar a hemostasia e a função plaquetária sendo essencial na investigação de distúrbios hemorrágicos e trombóticos As plaquetas ou trombócitos são fragmentos celulares derivados dos megacariócitos da medula óssea responsáveis pela coagulação e reparo vascular HOFFBRAND MOSS 2016 A contagem pode ser realizada por métodos automatizados utilizando analisadores hematológicos que fornecem resultados precisos e rápidos ou manualmente através da contagem em esfregaços sanguíneos corados ao microscópio Valores fora dos parâmetros de referência como trombocitopenia contagem baixa ou trombocitose contagem elevada indicam possíveis condições clínicas como púrpura trombocitopênica idiopática distúrbios mieloproliferativos processos infecciosos ou reações medicamentosas RODAK FRITSMA DOIG 2017 Além do número a morfologia plaquetária também pode ser analisada para detectar alterações funcionais ou estruturais que impactem na coagulação sanguínea auxiliando no diagnóstico e manejo clínico dos pacientes JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 Essa prática foi realizada seguindo as etapas listadas Foram utilizadas lâminas coradas com corante Panótico A observação foi realizada no microscópio óptico com objetiva de imersão analisando campos da zona de leitura do esfregaço As plaquetas foram identificadas como pequenas estruturas discoides com citoplasma granulado e sem núcleo Realizouse a contagem média de plaquetas por campo de imersão avaliandose sua morfologia e distribuição TP e TPA O Tempo de Protrombina TP e o Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada TTPA são testes laboratoriais fundamentais para a avaliação da coagulação sanguínea utilizados na investigação de distúrbios hemorrágicos monitoramento de terapias anticoagulantes e avaliação da função dos fatores de coagulação O TP mede o tempo necessário para a formação do coágulo após a adição de tromboplastina e cálcio ao plasma avaliando a via extrínseca e comum da coagulação É especialmente importante para monitorar pacientes em uso de anticoagulantes orais como a varfarina HOFFBRAND MOSS 2016 Já o TTPA avalia a via intrínseca e comum da coagulação determinando o tempo para a formação do coágulo após a adição de um ativador da superfície e cálcio ao plasma Esse exame é utilizado para investigar deficiências de fatores da coagulação presença de inibidores circulantes e para monitoramento do uso de heparina RODAK FRITSMA DOIG 2017 Ambos os testes são complementares e essenciais para o diagnóstico preciso de coagulopatias auxiliando no manejo clínico adequado dos pacientes com distúrbios hemorrágicos ou trombóticos JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 Plaquetas As plaquetas também conhecidas como trombócitos são fragmentos citoplasmáticos derivados de grandes células da medula óssea denominadas megacariócitos São elementos figurados do sangue sem núcleo cuja principal função é participar da hemostasia primária e secundária contribuindo para a formação do tampão plaquetário e para a ativação da cascata de coagulação As plaquetas possuem formato discóide quando em repouso com diâmetro variando entre 2 e 4 µm No sangue periférico apresentam coloração levemente púrpura em esfregaços corados por MayGrünwaldGiemsa Não possuem núcleo mas contêm diversos tipos de grânulos alfa densos e lisossômicos que armazenam substâncias essenciais para sua função como fatores de coagulação ADP serotonina e enzimas lisossômicas JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 As plaquetas são formadas a partir da fragmentação do citoplasma dos megacariócitos na medula óssea Esse processo é estimulado por fatores como a trombopoetina hormônio produzido principalmente no fígado e rim responsável por regular a produção plaquetária GUYTON HALL 2021 A função principal das plaquetas é a manutenção da hemostasia isto é o processo que impede a perda de sangue após uma lesão vascular Elas aderem ao endotélio danificado ativamse liberam substâncias prócoagulantes e se agregam umas às outras para formar o tampão plaquetário Além disso as plaquetas fornecem uma superfície de fosfolipídeos essenciais para a ativação da cascata de coagulação culminando na formação de fibrina TURGEON 2021 Também têm papel na reparação tecidual e na resposta imune participando da liberação de citocinas e interagindo com células imunes como monócitos e neutrófilos O valor de referência para a contagem de plaquetas no sangue periférico em adultos é geralmente entre 150000 a 450000µL Abaixo desse intervalo ocorre a trombocitopenia que pode resultar em sangramentos espontâneos acima trombocitose que pode estar associada a estados inflamatórios neoplasias ou distúrbios mieloproliferativos BRASIL 2021 O estudo das plaquetas é fundamental em exames hematológicos especialmente no hemograma Alterações no número tamanho plaquetometria e índice de volume plaquetário e função das plaquetas são indicativas de diversos distúrbios como púrpura trombocitopênica idiopática leucemias síndromes mielodisplásicas e distúrbios da coagulação Cascata da coagulação A cascata da coagulação é um processo bioquímico altamente regulado e essencial para a hemostasia que resulta na formação de um coágulo de fibrina para prevenir a perda de sangue após lesões vasculares Esse mecanismo envolve uma série de reações sequenciais entre proteínas plasmáticas denominadas fatores de coagulação que são ativados em forma de cascata Vias da Coagulação A coagulação pode ser dividida em três vias principais via intrínseca via extrínseca e via comum 1 Via Extrínseca Também chamada de via do fator tecidual é ativada quando ocorre uma lesão vascular com exposição do fator tecidual fator III presente nas células subendoteliais ao fator VII presente no plasma A formação do complexo fator tecidualfator VIIa ativa diretamente o fator X da via comum GUYTON HALL 2021 2 Via Intrínseca Ativada por contato com superfícies carregadas negativamente como colágeno exposto O fator XII é ativado o que leva à ativação do fator XI que por sua vez ativa o fator IX O fator IXa com o fator VIIIa cálcio e fosfolipídios forma o tenase intrínseco que também ativa o fator X TURGEON 2021 3 Via Comum Tanto a via extrínseca quanto a intrínseca convergem para a ativação do fator X O fator Xa com o fator Va cálcio e fosfolipídios forma o complexo protrombinase que converte protrombina fator II em trombina IIa A trombina converte o fibrinogênio fator I em fibrina insolúvel que se polimeriza e é estabilizada pelo fator XIIIa formando o coágulo definitivo HOFFBRAND et al 2019 O sistema de coagulação é regulado por vários mecanismos anticoagulantes naturais como Antitrombina III inibe trombina e fatores IXa Xa XIa XIIa Proteína C ativada APC e Proteína S degradam os fatores Va e VIIIa Trombomodulina modifica a atividade da trombina promovendo ativação da proteína C JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 Distúrbios na cascata da coagulação podem resultar em condições hemorrágicas como hemofilia A e B ou trombóticas como trombofilia hereditária ou adquirida A compreensão dessa cascata é essencial para a interpretação de testes laboratoriais como TP tempo de protrombina e TTPa tempo de tromboplastina parcial ativada utilizados na investigação de coagulopatias CONCLUSÃO As práticas laboratoriais desenvolvidas que abrangem desde a coleta de sangue até a realização de exames como esfregaço sanguíneo coloração contagens celulares e testes de coagulação TP e TTPA são fundamentais para o diagnóstico e monitoramento das condições hematológicas Cada etapa é imprescindível para garantir a qualidade e a confiabilidade dos resultados permitindo uma avaliação precisa da saúde do paciente A coleta correta assegura a integridade da amostra enquanto o esfregaço e a coloração possibilitam a observação detalhada da morfologia celular As contagens de reticulócitos leucócitos e plaquetas fornecem informações essenciais sobre a atividade da medula óssea respostas imunológicas e processos hemostáticos Os testes de coagulação complementam essa análise avaliando a funcionalidade das vias intrínseca e extrínseca do sistema hemostático Portanto o domínio dessas técnicas laboratoriais contribui diretamente para o diagnóstico precoce tratamento eficaz e acompanhamento adequado das doenças hematológicas reafirmando a importância da prática laboratorial na área da saúde REFERÊNCIAS ANDRADE C A Hematologia clínica fundamentos e aplicações São Paulo Editora Rubio 2020 GUYTON A C HALL J E Tratado de fisiologia médica 14 ed Rio de Janeiro Elsevier 2021 HARMON B E Hematologia fundamentos e aplicações clínicas 2 ed São Paulo Manole 2019 HOFFBRAND A V MOSS P A H Fundamentos de hematologia 7 ed Porto Alegre Artmed 2016 HOFFBRAND A V MOSS P A H Hematologia essencial 8 ed Porto Alegre Artmed 2017 JUNQUEIRA L C CARNEIRO J Histologia básica 12 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2013 RODAK C E FRITSMA G A DOIG K Hematologia clínica 5 ed Rio de Janeiro Elsevier 2017 TORTORA G J DERRICKSON B Princípios de anatomia e fisiologia 15 ed Rio de Janeiro LTC 2017 TURGEON Mary Louise Clinical hematology theory and procedures 6 ed Philadelphia Wolters Kluwer 2021