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Psicologia Social

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EQUIPE DE PRODUÇÃO\nAssistente de Edição:\nBruno Cruz\nCapa:\nAna Lais Bonaventura\n\nCATALOGAÇÃO NA FONTE DO DEPARTAMENTO NACIONAL DO LIVRO\n\nH179\nHall, Stuart.\nA identidade cultural na pós-modernidade / Stuart Hall; tradução: Tomaz Tadeu da Silva, Guacira Lopes Louro. - Rio de Janeiro: DP&A Ed., 1997.\n106p.\nISBN 85-86894-03-7\nTradução de: The question of cultural identity.\n1. Identidade social. 2. Etologia. I. Título\n\nCOLEÇÃO IDENTIDADE E CULTURA NA PÓS-MODERNIDADE\n\nSTUART HALL\n\nA IDENTIDADE CULTURAL NA PÓS-MODERNIDADE\n\nTradução: Tomaz Tadeu da Silva\nGuacira Lopes Louro A questão da identidade está sendo extensamente discutida na teoria social. Em essência, o argumento é o seguinte: as velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio, fazendo surgirem novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno, até então visto como um sujeito unificado. A assim chamada \"crise de identidade\" é vista como parte de um processo amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social.\n\nO propósito deste livro é abordar algumas das questões sobre a identidade cultural na modernidade tardia e avaliar essa chamada \"crise de identidade\", em que sentido se deu e em que direção ela está indo. O livro se volta para questões como: Que pretensões dizer com \"crise de identidade\"? Que acontecimentos recentes nas sociedades precipitaram essa crise? Quais são suas consequências potenciais? primeira parte do livro (caps. 1-2) lida com muitas das concepções de identidade e de seus\n\nA segunda parte (caps. 3-6) desenvolve esse argumento em relação a identidades culturais — aquelas expressões de nossas identidades que surgem no dos \"pertencimentos\" a culturas étnicas, raciais, lingüísticas, religiosas, e acima de tudo, nacionais.\n\nEste livro é escrito a partir de uma posição basicamente simpática afirmando de que as identidades modernas estão sendo \"descentralizadas\", isto é, deslocadas ou fragmentadas. Seu propósito é de explorar esta afirmação, que é de uma forma simples, levar a discutir quais podem ser suas providências. Ao desenvolver o argumento, introduzo certas complexidades e examino as ambivalências, descontrutíveis que a noção de \"descentralização\", em sua forma mais simplificada, desconstruí.\n\nConsequentemente, as formulações deste livro são provisórias e abertas à contestação. A partir do reconhecimento de que se pode identificar um processo profundo de divisão social, as identidades, na medida em que suas definições são recentes e ambíguas. O próprio conceito de identidades com fundo, imediatamente complexo, muito pouco desenvolvido na ciência social contemporânea para ser definitivamente posto à prova. Como ocorre com muitos outros fenômenos sociais, é impossível oferecer afirmações conclusivas ou fazer julgamentos seguros sobre os alegações e pressupostos teóricos que estão sendo apresentados. Deve-se ressoar em se levar o resto do livro. do algo que se supõe como fixo, coerente e estável é deslocado pela experiência da dúvida e da incerteza\" (Mercer, 1990, p. 43).\n\nEsses processos de mudança, quando em conjunto, representam um processo de transformação total fundamental e abrangente que somos compelidos a perguntar se não é a própria modernidade que está sendo transformada. Esta livre execução em nova dimensão a seja anárquica, a afirmação de que qualquer que eu deslize, algumas vezes, como nosso mundo pós-moderno, nos faz perceber os \"pós\" relativamente a qualquer concepção especulativa, ou alienação; a partir de onda\n\nquero também me permitir considerar como um núcleo ou essência do nosso ser é fundamental nesta relação com sujeitos humanos. A fir\n\nmeu e claro e a explicação certa afirmação, deixo muito claro que isso é formação, as aflições de identidade e contribuíram na modernidade da\n\nTrês concepções de identidade\n\nPara os propósitos desta exposição, discutirei três concepções muito diferentes de identidade, a saber, as concepções de identidade de:\n\na) sujeito do Iluminismo,\n\nb) sujeito sociológico e\n\nc) sujeito pós-moderno. tornou a concepção sociológica clássica da questão, a identidade é formada na \"interação\" entre o eu e a sociedade. O sujeito ainda tem um núcleo ou essência interior que é o \"eu real\", mas é formado e modificado num diálogo contínuo com os mundos culturais \"exteriores\" e as identidades que esses mundos oferecem.\n\nA identidade, nessa concepção sociológica, percebe o sujeito entre o \"interior\" e o \"exterior\" – entre o mundo pessoal e o mundo público. Olha de fora para projetarmos a \"nós próprios\" nessas identidades culturas, ao mesmo tempo que internalizamos seus significados sociais, tornando-os \"parte de nós\", para alinhas nossos sentimentos subjetivos com os fatores objetivos que compõem o mundo social e cultural. A identidade, então, costuma ser, para usar uma metáfora médica, a identidade em si, autônoma e estável. Estabelecendo que os sujeitos quanto aos mundos culturais se tornariam da forma mais autênticos e predizíveis. contraditórias ou não-resolvidas. Correspondentemente, as identidades, que compunham as paisagens sociais \"lá fora\" e que assegurar um novo conhecimento objetivo da cultura, estão entrando em colapso, como resultado de mudanças estruturais e institucionais. O próprio processo de identificação, através do qual projetos com nossas identidades culturais, tornam-se provisórios, traz à luz a incongruência complexa como identidade. A identidade torna-se uma \"celebração móvel\"; o relatório as formas pelas quais representam os interpelados aos sistemas sociais que nos rodeiam (Hall, 1987). É definida historicamente, e não biologicamente. O sujeito assume identidades, identidades que não são unificáveis na sua essência; como resultado, ele poderia ser um \"eu\" concreto.\n\nCom isso, sentimos que temos uma identidade unificada desde o nascimento e ao mesmo tempo apenas produzimos conhecimento sobre nós mesmos com uma controvérsia. nua, mas é uma forma altamente reflexiva de vida, na qual:\nas práticas sociais são constantemente examinadas e reformadas à luz das informações recebidas sobre aqueles próprios práticas, alterando, assim, constitutivas de est certo (Giddens, pp. 37-8). Giddens cita, em particular, o ritmo e o alcance da mudança - \"a medida em que diversas diferentes do globo são postas em ação umas com as outras, ondas de transformação social também virtualmente toda a superfície da terra\" - a natureza das instituições modernas (Giddens, 1990, p. 6). Essas últimas ou radicalmente novos, em comparação com as sociedades tradicionais (por exemplo, o estado do-nao ou a mercantilização de produtos e o trabalho assalariado), ou têm uma enganosa continuidade com as organizações que, por exemplo, a cidade, mas são organizadas em torno de princípios bastante diferentes. Mais importantes são as transformações de natureza do espaço e o que se chama de \"desalavamento do sistema social\" - a \"criação de relações sociais dos contextos locais de interação e reestruturação ao longo de escalas indefinidas de espaço-tempo\" (ibíd., p. 21). Veremos todos esses temas mais adiante. Entretanto, o ponto geral que gostaria de enfatizar é o das descontinuidades:\nOs modos de vida colocados em ação pela modernidade nos livraram, de uma forma bastante nítida, de todos os tipos tradicionais de social. Tanto em relação, quantità e intensidade, as transformações envolvidas na modernidade são mais proeminentes nas esferas políticas, econômicas e sociais – como se caracterizessem períodos históricos. Pela noção de extensões, elas serviram para estabelecer, tanto as mediações sociais que cobrem o globo, em termos de intensidade, elas como as limitações e pressões sobre as necessárias e, pela sua própria existência, de mudanças mais profundas e significativas. David Harvey fala da modernidade como implicando não apenas \"um fenômeno global dos quais \"qualquer procedente\". como caracterizado por um processo sem precedentes que não também se torna em seu próprio interior\" (1989, p. 12). Ernst Laclau (1990) numa discussão sobre o papel de um: \"Os dois polos do desenvolvimento do novo papel de sua pluralidade de estados de poder\". As sociedades modernas, argumenta Laclau, não têm nenhum centro, nenhum princípio articulador ou organizador único e não se desenvolvem de acordo com o desdobramento de uma dinâmica \"causal\" ou \"lei.\" A sociedade não é, como os sociólogos pensaram ruídos, sempre, um todo unificado e bem limitado, uma totalidade, produzindo-se através de mudanças evolucionárias a partir de si mesma, como o desenvolvimento de um flor a partir de seu bulbo. Ela está constantemente em estado de \"descentralizado\" ou deslocada por forças fora de si mesma. As sociedades da modernidade tardia, ar-se-ao características pela \"diferença\", elas são atravessadas por diferentes divisões e antagonismos sociais que produzem uma variedade de diferenças para os \"indivíduos\" estão, identidades - para os indivíduos. Seis essas sociedades não se desintegram totalmente na forma de que os elementos se identificam, pois pode, sob certos casos, se juízos mutuamente contraditórios, e muitas vezes continuam a articular as suas vidas, permanecendo abertos. Sem histórico, não haverá nenhum história. Esta é uma condição de identidade muito diferente e muito mais parlamentar do que a história do que das duas anteriores. Entretanto, argum pudesse, de forma segura, basear uma política. As pessoas não identificam mais seus interesses sociais exclusivamente em termos de classe; a classe não pode servir como um dispositivo decisório para uma categoria mobilizada através da qual todos os variados interesses e todas as variadas identidades das pessoas possam ser reconciliados e representas. De forma crescente, as passagens politicos do mundo moderno são fraturadas dessas formas identificações rivas e desclosantes - advindas, especialmente, o erro da \"identidade mestiça\" da classe de emergências novas identidades, pertencentes à nova base política definida pelos novos movimentos sociais: o feminismo, nas lutas por direitos, os movimentos de libertação nacional, os movimentos anteclassistas e ecológicos (Mercer, 1990). Uma vez que a identidade muda de acordo com a forma como o sujeito é interpretado ou representado, a identificação não é estática. Ela torna-se politizada. Esse processos, descrito como constituindo uma mudança de uma política de identidade de (classe) para uma política de diferença. Posso agora esquematizar, de forma bre... ve, o restante do livro. Em primeiro lugar, vou examinar, de uma forma um pouco mais profunda, como o conceito de identidade mudou: como o conceito ligado ao sujeito do Iluminismo para o conceito socialista, e depois, para o sujeito \"pós-moderno\". Em seguida, o livro explorará outra aspecto da identidade cultural moderna que é formada através do pertencimento a uma cultura nacional e como os processos de mudança - uma mudança que efetua um deslocamento - compreendendo os conceito de \"globalização\" está afetando isso.