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Bioquímica Médica
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COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr O USO DA ADRENALINA E FELIPRESSINA NA ANESTESIA LOCAL ODONTOLÓGICA EM PACIENTES CARDIOPATAS REVISÃO DA LITERATURA THE USE OF ADRENALINE AND FELYPRESSIN IN LOCAL DENTAL ANESTHESIA IN CARDIAC PATIENTS A LITERATURE REVIEW Carlos Fernando de Almeida Barros Mourão Doutorando em Odontologia pela Universidade Federal Fluminense UFF NiteróiRJ Professor de Cirurgia Bucomaxilofacial da Faculdades São José Rio de Janeiro Natália Belmock Mascarenhas Freitas Mourão Mestranda em Administração e Gestão da Assistência Farmacêutica Universidade Federal Fluminense Rio de Janeiro Isabel Cristina de Carvalho da Silva Especialista em Endodontia Jonathan Ribeiro Doutorando em Cirurgia BucoMaxilo Facial Universidade Estadual Paulista UNESP SP Professor de Cirurgia Bucomaxilofacial da Faculdades São José Rio de Janeiro Gustavo Vicentis de Oliveira Fernandes Doutorando em Odontologia Mestre em Ciências Médicas Especialista em Implantodontia Prof Periodontia Universo Prof Implantodontia ABO Prof Cirurgia Ivolution IMPerio Niterói Mônica Diuana CalasansMaia Doutora em Patologia Especialista e Mestre em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Prof Associada Cirurgia Bucal UFF Coordenadora do Programa de Pós Graduação em Odontologia Strito Sensu UFF Autor correspondente Carlos Fernando de Almeida Barros Mourão Faculdades São José Avenida Santa Cruz 580 Rio de Janeiro RJ mouraoufrjyahoocombr RESUMO A discussão sobre a utilização ou não dos vasoconstritores em odontologia para pacientes cardiopatas é grande A presença dos vasoconstritores oferece vantagens tais como retardar a absorção de anestésicos locais diminuir a necessidade de uma quantidade maior do sal anestésico com isso reduzindo o risco de toxicidade proporcionar um maior controle do sangramento e conforto ao REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr paciente Porém sua utilização em pacientes com cardiopatias é um pouco controversa para alguns autores O objetivo do estudo é revisar a literatura sobre a utilização dos dois principais vasoconstritores utilizados na odontologia EpinefrinaAdrenalina e Felipressina em pacientes com cardiopatias PalavrasChave Vasoconstritores Cardiopatias Anestésicos locais ABSTRACT The discussion on the use or not of vasoconstrictors in dentistry for patients with heart disease is great The presence of the vasoconstrictor offers benefits such as delaying the absorption of local anesthetics reduce the need for a larger amount of the anesthetic thereby reducing the risk of toxicity providing greater control of bleeding and patient comfort However the use in patients with heart disease is controversial for some authors The aim of the study is review the literature on the use of two vasoconstrictors used in dentistry Epinephrine Adrenaline and Felypressin in patients with heart disease Keywords Vasoconstrictor Agents Heart Diseases Anesthetics INTRODUÇÃO O uso dos vasoconstritores nos anestésicos locais odontológicos em pacientes cardiopatas ainda é uma grande discussão em todas as classes Esta conflito pode gerar desconforto ao paciente por ficar diante desta entre seu médico assistente e o cirurgião dentista Para que possam ser utilizados de maneira segura cabe ao cirurgiãodentista obter o conhecimento sobre as drogas como as doses e interações medicamentosas deve estar familiarizado com alguns aspectos ligados à área médica como tipo de doença cardíaca e sua gravidade repercussões cardiovasculares desse acometimento Além do domínio das técnicas anestésicas e de hemostasia CONRADO et al 2007 De acordo com as orientações da American Heart Association AHA e American Dental Association ADA não há contraindicação ao uso de um agente vasoconstritor quando este for administrado com cuidado e aspiração preliminar AKUTSU et al1964 WAHL 2000 A dose máxima de epinefrina em anestesia local para um sujeito saudável é de 02 mg embora este possa ser reduzido para 004 mg se paciente tem a doença cardiovascular grave ASA III e IV BUDENZ 2000 REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr Sendo esta uma dose muito baixa em relação ao que é utilizado em alguns procedimentos médicos como em casos de anafilaxia ou parada cardíaca A presença dos vasoconstritores oferece vantagens tais como retardar a absorção de anestésicos locais diminuir a necessidade de uma quantidade maior do sal anestésico com isso reduzir o risco de toxicidade proporcionar um maior controle do sangramento e conforto ao paciente NIWA et al 2001 Porém sua utilização em pacientes com cardiopatias é um pouco controversa Contudo a presença de dor durante um procedimento o estresse e o medo são responsáveis pela liberação de catecolaminas endógenas que podem provocar alterações cardiovasculares importantes BADER et al 2002 O objetivo do estudo é revisar a literatura sobre a utilização dos dois principais vasoconstitores utilizados na odontologia EpinefrinaAdrenalina e Felipressina em pacientes com cardiopatias VASOCONSTRITORES X CARDIOPATIAS Em 1962 Vernale realizou um estudo relacionando o uso anestésico local com e sem vasoconstritor em pacientes com hipertensão arterial sistêmica Foram realizados procedimentos cirúrgicos em pacientes com pressão arterial até 150mmHg sistólica e 90mmHg a diastólica Além de verificar alguma alteração no ritmo cardíaco O anestésico local com vasoconstritor foi a lidocaína com 1g100000mL de epinefrina Após 10 minutos do procedimento os voluntários foram avaliados novamente não sendo observados alterações significativas nos grupos Podendo concluir no seu trabalho que a epinefrina pode ser utilizada sem medo em pacientes com HAS Niwa et al em 2001 avaliaram a segurança de anestesia local contendo epinefrina para utilização em pacientes com doença cardiovascular Para isso foram estudados vinte e sete pacientes com doença cardiovascular A capacidade funcional cardíaca de 9 pacientes foi de classe I da New York Heart Association 11 classe II e 7 classe III Sendo as respostas hemodinâmicas à injeção intraoral de 18 mL de lidocaína a 2 com 1 80000 epinefrina medidas com cardiografia de impedância Houve aumento da pressão arterial sistólica e freqüência cardíaca aumentou 41 e 51 respectivamente imediatamente após a injeção de lidocaínaepinefrina O índice cardíaco aumentado em 142 e resistência periférica total diminuiu aproximadamente 10 Nenhum paciente se queixou de sintomas cardíacos e não REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr houve diferenças significativas nas respostas hemodinâmicas relacionadas com a extensão da capacidade funcional cardíaca Onde puderam concluir que a lidocaína associada a epinefrina foi segura e tinha poucas quando apresentava consequências hemodinâmicos em pacientes com doença cardiovascular Meechan et al em 2002 utilizaram em seu trabalho a lidocaína 2 com epinefrina 180000 e a prilocaína 3 003 UIml de felipressina para procedimentos de cirurgia oral em pacientes transplantados cardíacos Avaliaram a PA e o eletrocardiograma ECG em três gupos de pacientes Onde foi observado alteração estatisticamente significativa p005 no ritmo cardíaco após infusão da epinefrina nos pacientes transplantados os demais padrões avaliados não apresentaram alterações Sendo sugerido pelos autores a utilização da felipressina e a redução da dose da adrenalina em relação à que foi administrada no estudo Conrado et al em 2007 estudaram a ocorrência de variáveis detectoras de isquemia miocárdica durante ou após o tratamento odontológico sob anestesia com adrenalina Os pacientes foram submetidos a monitoração eletrocardiográfica com Holter por 24 horas a Dopplerecocardiografia realizada antes e após intervenção odontológica e a dosagem dos marcadores bioquímicos antes e 24 horas após a exodontia creatina cinase fração MB CKMB massa CKMB atividade e troponina T Foram observados também a freqüência cardíaca e a pressão arterial nas fases préanestesia pósanestesia e pósexodontia Obteram como resultado nenhuma ocorrência de precordialgia arritmias e ocorrência ou agravamento de hipocontratilidade segmentar do ventrículo esquerdo ou insuficiência mitral Concluindo em seu estudo que a exodontia praticada sob uso de anestesia com adrenalina 1100000 não implica riscos isquêmicos adicionais quando realizada com boa técnica anestésica e manutenção do tratamento farmacológico prescrito pelo cardiologista Neves et al em 2007 pesquisaram os efeitos da adrenalina na anestesia local odontológica em pacientes com coronariopatia utilizando grupos com e sem vasoconstritor Neste trabalho foi administrado a lidocaína 2 com 1100000 de epinefrina Foi avaliado os seguintes parâmetros Comportamento da pressão arterial Eletrocardiografia ambulatorial de 24 horas desnível do segmento ST e arritmias cardíacas Não sendo observados diferenças significativas da pressão arterial com o uso de anestésico local com vasoconstritor em relação ao sem vasoconstritor A frequência cardíaca não se alterou com o uso de anestésico com ou sem REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr vasoconstritor E não observaram evidência de isquemia miocárdica e de indução de arritmia cardíaca quando da utilização dos dois tipos de anestésico durante o procedimento odontológico em pacientes sob controle farmacológico a maioria em uso de betabloqueadores adrenérgicos Cáceres et al em 2008 avaliaram e compararam os efeitos hemodinâmicos do uso de anestésico local com felipressina em pacientes portadores de arritmias ventriculares em relação ao uso de anestésico sem vasoconstritor Distribuiram os pacientes em dois grupos No grupo I utilizaram a prilocaína 3 associada a felipressina 003 UIml e no grupo II lidocaína 2 sem vasoconstritor Avaliaram o número e a complexidade de extrasístoles a freqüência cardíaca e a pressão arterial sistêmica dos pacientes no dia anterior uma hora antes durante o procedimento odontológico e uma hora após E não observaram alterações hemodinâmicas nem aumento do número e da complexidade da arritmia ventricular relacionados ao anestésico utilizado em ambos os grupos Chegando a conclusão que a prilocaína 3 associada a felipressina 003 UIml em dose adequada pode ser utilizada com segurança em pacientes coronarianos com arritmia ventricular complexa Laragnoit et al em 2009 analisaram as alterações hemodinâmicas em pacientes com doenças valvulares cardíacas submetidos a tratamento odontológico sob anestesia local com vasoconstritor Neste trabalho foi utilizada a lidocaína 2 com adrenalina 1100000 em um dos grupos Em todos os pacientes foram monitorados a pressão arterial freqüência cardíaca oxigenação e eletrocardiograma Não foi observado alteração na pressão arterial freqüência cardíaca e valores de oximetria de pulso antes durante e após a injeção de anestesia local entre os dois grupos Onde concluíram que a utilização de 2 de lidocaína com adrenalina 1 100000 em pacientes com doença valvular é um procedimento de anestesia segura e eficaz Com seu estudo puderam concluir que o uso do anestésico local com vasoconstritor na dose adequada em procedimentos como extração dentária não causa alterações hemodinâmicas significativas em pacientes hipertensos bem controlados Silvestre et al em 2011 avaliaram a eficácia e segurança do vasoconstritor usado na anestesia local durante a extração dental em pacientes hipertensos controlados Realizaram um estudo observacional prospectivo em pacientes com idades bem variadas média de idade de 6045 960 anos Monitoraram nestes pacientes a pressão arterial sistólica e diastólica freqüência cardíaca e saturação de REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr oxigênio Os seguintes parâmetros foram monitorados em três instantes distintos antes do procedimento a 3 minutos após a infiltração de anestesia local e 3 minutos após a operação Realizaram exodontias em diferentes regiões utilizando a articaína 4 com epinefrina 1200000 como vasoconstritor em um grupo enquanto outro grupo recebeu 3 mepivacaína sem vasoconstritor No estudo observaram aumento da pressão arterial sistólica após administração da solução com vasoconstritor Porém concluíram que não há alterações hemodinâmicas significativas em pacientes hipertensos controlados desde que seja controlada a dose do vasoconstritor Bronzo et al em 2012 investigaram o efeito da felipressina sobre a pressão arterial em pacientes hipertensos com pressão arterial controlada Utilizaram 71 voluntários com necessidade de tratamento periodontal e os distribuíram em dois grupos onde administraram prilocaína 4 sem vasoconstritor e prilocaína 3 com felipressina 003 UI Foi avaliada a pressão arterial e realizado o Inventário de Ansiedade TraçoEstado IDATE Apresentando como resultado o aumento da pressão arterial sistólica após a anestesia independentemente da associação com felipressina durante todo o procedimento dentário porém atribuem essa resposta pelo menos em parte pelos níveis de traço de ansiedade dos indivíduos No entanto um aumento adicional na pressão arterial diastólica foi observado quando a prilocaína foi associada a felipressina mas essa resposta não se alterou com os níveis de traço de ansiedade utilizado para avaliar o nível de ansiedade nos pacientes Logo a felipressina aumentou a pressão arterial diastólica de pacientes hipertensos com pressão arterial controlada E pacientes com traço de ansiedade elevado apresentaram aumento na pressão arterial sistólica em alguns procedimentos sugerindo que o aumento da pressão arterial também pode estar relacionado ao medo ou à ansiedade Figallho et al em 2012 realizaram uma revisão da literatura sobre o uso de anestésicos locais com vasoconstritores para odontologia em pacientes com cardiopatias e em pacientes hipertensos controlados o uso de anestésicos locais associados a agentes vasoconstritores é possível desde que o profissional tenha muito cuidado com a escolha e execução da técnica anestésica sendo possível a utilização de uma dose entre 18 e 36 ml da solução anestésica com vasoconstritor de uma forma geral TorresLagares et al em 2012 avaliaram a segurança de dois anestésicos locais com vasoconstritor adrenalina em pacientes cardiopatas Foram utilizados os anestésicos articaína nas doses a 4 com 1100000 e 1200000 de adrenalina a REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr mepivacaína a 2 com 1100000 de adrenalina e mepivacaína a 3 sem vaso constritor Observaram os seguintes parâmetros saturação de oxigênio pressão arterial e freqüência cardíaca Nos resultados apresentados não observaram nenhum efeito colateral grave nos pacientes do estudo porém observaram aumento com significância estatística p005 em todos os parâmetros analisados após administração do anestésico local com vasoconstritor Zeytinoglu et al em 2013 realizaram um estudo sobre os efeitos da lidocaína sem vasoconstritor lidocaína com 180000 de epinefrina e prilocaína com 003UI de felipressina sobre o sistema cardiovascular durante procedimentos de cirurgia oral em pacientes cardiopatas sedados com diazepam 5mg Para esta avaliação utilizaram o Holter eletrocardiograma durante cinco horas a partir de uma hora antes do procedimento Os procedimentos foram realizados em 20 pacientes com alto risco de doença arterial coronariana Foram realizados três procedimentos em tempos diferentes e intervalos de uma semana em cada paciente Em cada período foi utilizado um anestésico local diferente utilizando 36ml da solução Foi encontrado um aumento de extrasístoles após a administração do anestésico com felipressina em relação a adrenalina E concluíram que a utilização de 36 ml ou uma menor quantidade de anestésico local contendo epinefrina parece ser um método seguro em procedimentos de cirurgia oral DISCUSSÃO Diante do que foi estudado foi possível observar algumas alterações cardiovasculares em pacientes cardiopatas durante a administração de anestésicos locais com vasoconstritores seja a adrenalina ou felipressina Meechan et al 2002 sugerem o uso da felipressina em pacientes transplantados cardíacos corroborando com estes achados Cáceres et al 2008 através de estudos hemodinâmicos sugeriram a felipressina para pacientes com arritmia ventricular complexa Entretanto Zeytinoglu et al 2013 observaram um aumento de extrasístoles em pacientes após a utilização deste vasoconstritor E Bronzo et al 2012 observaram aumento da pressão arterial após sua infusão nos seus pacientes A utilização da adrenalina como vasoconstritor não foi contraindicada em nenhum dos trabalhos revisados por este estudo o que corrobora com os achados de uma recente revisão sistemática realizada por Godzieba et al 2014 As alterações encontradas relacionadas ao eletrocardiograma dos pacientes estudados eram REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr clinicamente insignificantes CONSIDERAÇÕES FINAIS O uso do vasoconstritor para odontologia em pacientes com cardiopatias não é contraindicado desde que seja utilizado com parcimônia com uma boa técnica anestésica e respeitando o limite máximo do fármaco Estando dentro destas considerações o vasoconstritor apenas trará benefícios para o procedimento odontológico REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Akutsu A Chiba T Takahashi H Shimoda M Suematsu T Management of dental problems in patients with cardiovascular disease J Am Dent Assoc 1964 68333 42 Bader JD Bonito AJ Shugars DA A systematic review of cardiovascular effects of epinephrine on hypertensive dental patients Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2002 936 64753 Bronzo AL Cardoso CG Jr Ortega KC Mion D Jr Felypressin increases blood pressure during dental procedures in hypertensive patients Arq Bras Cardiol 2012 99272431 Budenz AW Local anesthetics and medically complex patients J Calif Dent Assoc 2000 Aug2886119 Cáceres MT Ludovice AC Brito FS Darrieux FC Neves RS Scanavacca MI Sosa EA Hachul DT Effect of local anesthetics with and without vasoconstrictor agent in patients with ventricular arrhythmias Arq Bras Cardiol 2008913128 33 1427 Conrado VC de Andrade J de Angelis GA de Andrade AC Timerman L Andrade MM Moreira DR Sousa AG Sousa JE Piegas LS Cardiovascular effects of local anesthesia with vasoconstrictor during dental extraction in coronary patients Arq Bras Cardiol 2007 May88550713 Godzieba A Smektała T Jędrzejewski M SporniakTutak K Clinical assessment of the safe use local anaesthesia with vasoconstrictor agents in cardiovascular compromised patients a systematic review Med Sci Monit 2014 10203938 Laragnoit AB Neves RS Neves IL Vieira JE Locoregional anesthesia for dental treatment in cardiac patients a comparative study of 2 plain lidocaine and 2 lidocaine with epinephrine 1100000 Clinics Sao Paulo 2009 64317782 Meechan JG Parry G Rattray DT Thomason JM Effects of dental local anaesthetics in cardiac transplant recipients Br Dent J 2002 919231613 REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr Neves RS Neves IL Giorgi DM Grupi CJ César LA Hueb W Grinberg MEffects of epinephrine in local dental anesthesia in patients with coronary artery disease Arq Bras Cardiol 2007 88554551 Niwa H Sugimura M Satoh Y Tanimoto A Cardiovascular response to epinephrinecontaining local anesthesia in patients with cardiovascular disease Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2001 926 61016 Serrera Figallo MA Velázquez Cayón RT Torres Lagares D Corcuera Flores JR Machuca Portillo G Use of anesthetics associated to vasoconstrictors for dentistry in patients with cardiopathies Review of the literature published in the last decade J Clin Exp Dent 2012 142e10711 Silvestre FJ SalvadorMartínez I Bautista D SilvestreRangil J Clinical study of hemodynamic changes during extraction in controlled hypertensive patients Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2011 163e3548 TorresLagares D SerreraFigallo MÁ MachucaPortillo G CorcueraFlores JR MachucaPortillo C CastilloOyagüe R GutiérrezPérez JL Cardiovascular effect of dental anesthesia with articaine 40 mg with epinefrine 05 mg and 40 mg with epinefrine 1 mg versus mepivacaine 30 mg and 20 mg with epinefrine 1 mg in medically compromised cardiac patients a crossover randomized single blinded study Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2012 1174e65560 Vernale CA Cardiovascular Responses to Local Dental Anesthesia with Epinephrine in Normotensive and Hypertensive Subjects J Am Dent Soc Anesthesiol 1962 961328 Wahl MJ Demystifying medical complexities J Calif Dent Assoc 2000 Jul2875108 Zeytinoglu M Tuncay Ü Akay MC Soydan İ Holter ECG assessment of the effects of three different local anesthetic solutions on cardiovascular system in the sedated dental patients with coronary artery disease Anadolu Kardiyol Derg 20131354805 REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316
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dose máxima de epinefrina em anestesia local para um sujeito saudável é de 02 mg embora este possa ser reduzido para 004 mg se paciente tem a doença cardiovascular grave ASA III e IV BUDENZ 2000 REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr Sendo esta uma dose muito baixa em relação ao que é utilizado em alguns procedimentos médicos como em casos de anafilaxia ou parada cardíaca A presença dos vasoconstritores oferece vantagens tais como retardar a absorção de anestésicos locais diminuir a necessidade de uma quantidade maior do sal anestésico com isso reduzir o risco de toxicidade proporcionar um maior controle do sangramento e conforto ao paciente NIWA et al 2001 Porém sua utilização em pacientes com cardiopatias é um pouco controversa Contudo a presença de dor durante um procedimento o estresse e o medo são responsáveis pela liberação de catecolaminas 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contendo epinefrina para utilização em pacientes com doença cardiovascular Para isso foram estudados vinte e sete pacientes com doença cardiovascular A capacidade funcional cardíaca de 9 pacientes foi de classe I da New York Heart Association 11 classe II e 7 classe III Sendo as respostas hemodinâmicas à injeção intraoral de 18 mL de lidocaína a 2 com 1 80000 epinefrina medidas com cardiografia de impedância Houve aumento da pressão arterial sistólica e freqüência cardíaca aumentou 41 e 51 respectivamente imediatamente após a injeção de lidocaínaepinefrina O índice cardíaco aumentado em 142 e resistência periférica total diminuiu aproximadamente 10 Nenhum paciente se queixou de sintomas cardíacos e não REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr houve diferenças significativas nas respostas hemodinâmicas relacionadas com a extensão da capacidade funcional cardíaca Onde puderam concluir que a lidocaína associada a epinefrina foi segura e tinha poucas quando apresentava consequências hemodinâmicos em pacientes com doença cardiovascular Meechan et al em 2002 utilizaram em seu trabalho a lidocaína 2 com epinefrina 180000 e a prilocaína 3 003 UIml de felipressina para procedimentos de cirurgia oral em pacientes transplantados cardíacos Avaliaram a PA e o eletrocardiograma ECG em três gupos de pacientes Onde foi observado alteração estatisticamente significativa p005 no ritmo cardíaco após infusão da epinefrina nos pacientes transplantados os demais padrões avaliados não apresentaram alterações Sendo sugerido pelos autores a utilização da felipressina e a redução da dose da adrenalina em relação à que foi administrada no estudo Conrado et al em 2007 estudaram a ocorrência de variáveis detectoras de isquemia miocárdica durante ou após o tratamento odontológico sob anestesia com adrenalina Os pacientes foram submetidos a monitoração eletrocardiográfica com Holter por 24 horas a Dopplerecocardiografia realizada antes e após intervenção odontológica e a dosagem dos marcadores bioquímicos antes e 24 horas após a exodontia creatina cinase fração MB CKMB massa CKMB atividade e troponina T Foram observados também a freqüência cardíaca e a pressão arterial nas fases préanestesia pósanestesia e pósexodontia Obteram como resultado nenhuma ocorrência de precordialgia arritmias e ocorrência ou agravamento de hipocontratilidade segmentar do ventrículo esquerdo ou insuficiência mitral Concluindo em seu estudo que a exodontia praticada sob uso de anestesia com adrenalina 1100000 não implica riscos isquêmicos adicionais quando realizada com boa técnica anestésica e manutenção do tratamento farmacológico prescrito pelo cardiologista Neves et al em 2007 pesquisaram os efeitos da adrenalina na anestesia local odontológica em pacientes com coronariopatia utilizando grupos com e sem vasoconstritor Neste trabalho foi administrado a lidocaína 2 com 1100000 de epinefrina Foi avaliado os seguintes parâmetros Comportamento da pressão arterial Eletrocardiografia ambulatorial de 24 horas desnível do segmento ST e arritmias cardíacas Não sendo observados diferenças significativas da pressão arterial com o uso de anestésico local com vasoconstritor em relação ao sem vasoconstritor A frequência cardíaca não se alterou com o uso de anestésico com ou sem REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr vasoconstritor E não observaram evidência de isquemia miocárdica e de indução de arritmia cardíaca quando da utilização dos dois tipos de anestésico durante o procedimento odontológico em pacientes sob controle farmacológico a maioria em uso de betabloqueadores adrenérgicos Cáceres et al em 2008 avaliaram e compararam os efeitos hemodinâmicos do uso de anestésico local com felipressina em pacientes portadores de arritmias ventriculares em relação ao uso de anestésico sem vasoconstritor Distribuiram os pacientes em dois grupos No grupo I utilizaram a prilocaína 3 associada a felipressina 003 UIml e no grupo II lidocaína 2 sem vasoconstritor Avaliaram o número e a complexidade de extrasístoles a freqüência cardíaca e a pressão arterial sistêmica dos pacientes no dia anterior uma hora antes durante o procedimento odontológico e uma hora após E não observaram alterações hemodinâmicas nem aumento do número e da complexidade da arritmia ventricular relacionados ao anestésico utilizado em ambos os grupos Chegando a conclusão que a prilocaína 3 associada a felipressina 003 UIml em dose adequada pode ser utilizada com segurança em pacientes coronarianos com arritmia ventricular complexa Laragnoit et al em 2009 analisaram as alterações hemodinâmicas em pacientes com doenças valvulares cardíacas submetidos a tratamento odontológico sob anestesia local com vasoconstritor Neste trabalho foi utilizada a lidocaína 2 com adrenalina 1100000 em um dos grupos Em todos os pacientes foram monitorados a pressão arterial freqüência cardíaca oxigenação e eletrocardiograma Não foi observado alteração na pressão arterial freqüência cardíaca e valores de oximetria de pulso antes durante e após a injeção de anestesia local entre os dois grupos Onde concluíram que a utilização de 2 de lidocaína com adrenalina 1 100000 em pacientes com doença valvular é um procedimento de anestesia segura e eficaz Com seu estudo puderam concluir que o uso do anestésico local com vasoconstritor na dose adequada em procedimentos como extração dentária não causa alterações hemodinâmicas significativas em pacientes hipertensos bem controlados Silvestre et al em 2011 avaliaram a eficácia e segurança do vasoconstritor usado na anestesia local durante a extração dental em pacientes hipertensos controlados Realizaram um estudo observacional prospectivo em pacientes com idades bem variadas média de idade de 6045 960 anos Monitoraram nestes pacientes a pressão arterial sistólica e diastólica freqüência cardíaca e saturação de REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr oxigênio Os seguintes parâmetros foram monitorados em três instantes distintos antes do procedimento a 3 minutos após a infiltração de anestesia local e 3 minutos após a operação Realizaram exodontias em diferentes regiões utilizando a articaína 4 com epinefrina 1200000 como vasoconstritor em um grupo enquanto outro grupo recebeu 3 mepivacaína sem vasoconstritor No estudo observaram aumento da pressão arterial sistólica após administração da solução com vasoconstritor Porém concluíram que não há alterações hemodinâmicas significativas em pacientes hipertensos controlados desde que seja controlada a dose do vasoconstritor Bronzo et al em 2012 investigaram o efeito da felipressina sobre a pressão arterial em pacientes hipertensos com pressão arterial controlada Utilizaram 71 voluntários com necessidade de tratamento periodontal e os distribuíram em dois grupos onde administraram prilocaína 4 sem vasoconstritor e prilocaína 3 com felipressina 003 UI Foi avaliada a pressão arterial e realizado o Inventário de Ansiedade TraçoEstado IDATE Apresentando como resultado o aumento da pressão arterial sistólica após a anestesia independentemente da associação com felipressina durante todo o procedimento dentário porém atribuem essa resposta pelo menos em parte pelos níveis de traço de ansiedade dos indivíduos No entanto um aumento adicional na pressão arterial diastólica foi observado quando a prilocaína foi associada a felipressina mas essa resposta não se alterou com os níveis de traço de ansiedade utilizado para avaliar o nível de ansiedade nos pacientes Logo a felipressina aumentou a pressão arterial diastólica de pacientes hipertensos com pressão arterial controlada E pacientes com traço de ansiedade elevado apresentaram aumento na pressão arterial sistólica em alguns procedimentos sugerindo que o aumento da pressão arterial também pode estar relacionado ao medo ou à ansiedade Figallho et al em 2012 realizaram uma revisão da literatura sobre o uso de anestésicos locais com vasoconstritores para odontologia em pacientes com cardiopatias e em pacientes hipertensos controlados o uso de anestésicos locais associados a agentes vasoconstritores é possível desde que o profissional tenha muito cuidado com a escolha e execução da técnica anestésica sendo possível a utilização de uma dose entre 18 e 36 ml da solução anestésica com vasoconstritor de uma forma geral TorresLagares et al em 2012 avaliaram a segurança de dois anestésicos locais com vasoconstritor adrenalina em pacientes cardiopatas Foram utilizados os anestésicos articaína nas doses a 4 com 1100000 e 1200000 de adrenalina a REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr mepivacaína a 2 com 1100000 de adrenalina e mepivacaína a 3 sem vaso constritor Observaram os seguintes parâmetros saturação de oxigênio pressão arterial e freqüência cardíaca Nos resultados apresentados não observaram nenhum efeito colateral grave nos pacientes do estudo porém observaram aumento com significância estatística p005 em todos os parâmetros analisados após administração do anestésico local com vasoconstritor Zeytinoglu et al em 2013 realizaram um estudo sobre os efeitos da lidocaína sem vasoconstritor lidocaína com 180000 de epinefrina e prilocaína com 003UI de felipressina sobre o sistema cardiovascular durante procedimentos de cirurgia oral em pacientes cardiopatas sedados com diazepam 5mg Para esta avaliação utilizaram o Holter eletrocardiograma durante cinco horas a partir de uma hora antes do procedimento Os procedimentos foram realizados em 20 pacientes com alto risco de doença arterial coronariana Foram realizados três procedimentos em tempos diferentes e intervalos de uma semana em cada paciente Em cada período foi utilizado um anestésico local diferente utilizando 36ml da solução Foi encontrado um aumento de extrasístoles após a administração do anestésico com felipressina em relação a adrenalina E concluíram que a utilização de 36 ml ou uma menor quantidade de anestésico local contendo epinefrina parece ser um método seguro em procedimentos de cirurgia oral DISCUSSÃO Diante do que foi estudado foi possível observar algumas alterações cardiovasculares em pacientes cardiopatas durante a administração de anestésicos locais com vasoconstritores seja a adrenalina ou felipressina Meechan et al 2002 sugerem o uso da felipressina em pacientes transplantados cardíacos corroborando com estes achados Cáceres et al 2008 através de estudos hemodinâmicos sugeriram a felipressina para pacientes com arritmia ventricular complexa Entretanto Zeytinoglu et al 2013 observaram um aumento de extrasístoles em pacientes após a utilização deste vasoconstritor E Bronzo et al 2012 observaram aumento da pressão arterial após sua infusão nos seus pacientes A utilização da adrenalina como vasoconstritor não foi contraindicada em nenhum dos trabalhos revisados por este estudo o que corrobora com os achados de uma recente revisão sistemática realizada por Godzieba et al 2014 As alterações encontradas relacionadas ao eletrocardiograma dos pacientes estudados eram REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr clinicamente insignificantes CONSIDERAÇÕES FINAIS O uso do vasoconstritor para odontologia em pacientes com cardiopatias não é contraindicado desde que seja utilizado com parcimônia com uma boa técnica anestésica e respeitando o limite máximo do fármaco Estando dentro destas considerações o vasoconstritor apenas trará benefícios para o procedimento odontológico REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Akutsu A Chiba T Takahashi H Shimoda M Suematsu T Management of dental problems in patients with cardiovascular disease J Am Dent Assoc 1964 68333 42 Bader JD Bonito AJ Shugars DA A systematic review of cardiovascular effects of epinephrine on hypertensive dental patients Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2002 936 64753 Bronzo AL Cardoso CG Jr Ortega KC Mion D Jr Felypressin increases blood pressure during dental procedures in hypertensive patients Arq Bras Cardiol 2012 99272431 Budenz AW Local anesthetics and medically complex patients J Calif Dent Assoc 2000 Aug2886119 Cáceres MT Ludovice AC Brito FS Darrieux FC Neves RS Scanavacca MI Sosa EA Hachul DT Effect of local anesthetics with and without vasoconstrictor agent in patients with ventricular arrhythmias Arq Bras Cardiol 2008913128 33 1427 Conrado VC de Andrade J de Angelis GA de Andrade AC Timerman L Andrade MM Moreira DR Sousa AG Sousa JE Piegas LS Cardiovascular effects of local anesthesia with vasoconstrictor during dental extraction in coronary patients Arq Bras Cardiol 2007 May88550713 Godzieba A Smektała T Jędrzejewski M SporniakTutak K Clinical assessment of the safe use local anaesthesia with vasoconstrictor agents in cardiovascular compromised patients a systematic review Med Sci Monit 2014 10203938 Laragnoit AB Neves RS Neves IL Vieira JE Locoregional anesthesia for dental treatment in cardiac patients a comparative study of 2 plain lidocaine and 2 lidocaine with epinephrine 1100000 Clinics Sao Paulo 2009 64317782 Meechan JG Parry G Rattray DT Thomason JM Effects of dental local anaesthetics in cardiac transplant recipients Br Dent J 2002 919231613 REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr Neves RS Neves IL Giorgi DM Grupi CJ César LA Hueb W Grinberg MEffects of epinephrine in local dental anesthesia in patients with coronary artery disease Arq Bras Cardiol 2007 88554551 Niwa H Sugimura M Satoh Y Tanimoto A Cardiovascular response to epinephrinecontaining local anesthesia in patients with cardiovascular disease Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2001 926 61016 Serrera Figallo MA Velázquez Cayón RT Torres Lagares D Corcuera Flores JR Machuca Portillo G Use of anesthetics associated to vasoconstrictors for dentistry in patients with cardiopathies Review of the literature published in the last decade J Clin Exp Dent 2012 142e10711 Silvestre FJ SalvadorMartínez I Bautista D SilvestreRangil J Clinical study of hemodynamic changes during extraction in controlled hypertensive patients Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2011 163e3548 TorresLagares D SerreraFigallo MÁ MachucaPortillo G CorcueraFlores JR MachucaPortillo C CastilloOyagüe R GutiérrezPérez JL Cardiovascular effect of dental anesthesia with articaine 40 mg with epinefrine 05 mg and 40 mg with epinefrine 1 mg versus mepivacaine 30 mg and 20 mg with epinefrine 1 mg in medically compromised cardiac patients a crossover randomized single blinded study Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2012 1174e65560 Vernale CA Cardiovascular Responses to Local Dental Anesthesia with Epinephrine in Normotensive and Hypertensive Subjects J Am Dent Soc Anesthesiol 1962 961328 Wahl MJ Demystifying medical complexities J Calif Dent Assoc 2000 Jul2875108 Zeytinoglu M Tuncay Ü Akay MC Soydan İ Holter ECG assessment of the effects of three different local anesthetic solutions on cardiovascular system in the sedated dental patients with coronary artery disease Anadolu Kardiyol Derg 20131354805 REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII No 45 Janeiro Junho 2016 ISSN 14132966 D2316