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Engenharia Civil ·

Empreendedorismo

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Unidade 3 Empreendedorismo aplicado à engenharia Introdução da Unidade Qual o papel do governo no apoio à inovação das empresas brasileiras Esse tipo de questionamento é frequentemente feito por diversas pessoas envolvidas no estudo do empreendedorismo Parece fazer parte do senso comum que são as empresas privadas que precisam fazer esforços para encontrar soluções inovadoras para seus públicos Porém o processo de inovação pode beneficiar toda a população de um país uma vez que a inovação se traduz em empresas fortes que geram trabalho e tributos além de melhorias para a sociedade Em muitos países existe o consenso de que governos universidades e agências de fomento precisam trabalhar alinhadas e em parcerias com as empresas especialmente aquelas de pequeno porte para viabilizar os processos de inovação Os governos podem criar políticas públicas programas e projetos que viabilizem a inovação para as micro e pequenas brasileiras fortalecendo o processo de desenvolvimento econômico e social do país Da mesma forma as universidades também podem ter um importante papel para a inovação no ambiente empresarial brasileiro especialmente no universo das pequenas empresas O ensino e pesquisa atividades inerentes às universidades são componentes indispensáveis do processo de inovação gerando novos conhecimentos que podem ter uma aplicação prática no mundo dos negócios Nesta unidade vamos observar a evolução do Brasil neste sentido e as medidas adotadas para que as empresas brasileiras se tornem cada vez mais inovadoras Objetivos Identificar as agências de apoio e fomento as políticas públicas e as estratégias implementadas pelo ambiente empresarial para incentivar a inovação no Brasil Os novos mecanismos de apoio e fomento à inovação para empresas brasileiras Políticas públicas voltadas para o processo de inovação Lei de inovação 2004 A importância da tríplice hélice para a inovação governo universidades e empresas Conteúdo Programático Aula 1 Inovação agentes de apoio e fomento Aula 2 Inovação a importância da tríplice hélice Referências SERTEK Paulo Empreendedorismo 1ed Curitiba InterSaberes 2012 Biblioteca Pearson HALICKI Zélia Empreendedorismo e Responsabilidade Social 2ed Curitiba InterSaberes 2014 Biblioteca Pearson Você poderá também assistir às videoaulas em seu celular Basta apontar a câmera para os QRCodes distribuídos neste conteúdo Pode ser necessário instalar um aplicativo de leitura QRcode no celular e efetuar login na sua conta Gmail Aula 1 Inovação agentes de apoio e fomento Os novos mecanismos de apoio e fomento à inovação de empresas brasileiras As possibilidades advindas dos processos de inovação para empresas são impactantes para países estados e municípios Essa realidade foi constatada no Brasil a partir dos anos 1990 com a abertura rápida do mercado nacional quando muitas empresas brasileiras tiveram dificuldades para se manter competitivas diante de empresas multinacionais que com o processo de globalização passaram a disputar o nosso mercado oferecendo produtos mais modernos e competitivos O esforço feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SEBRAE e por algumas universidades ofertando cursos e treinamentos sobre qualidade total produtividade e inovação parece não ter sido suficiente para que as empresas brasileiras fizessem frente àquele novo cenário Maximiano destaca que além do potencial apoio para o desenvolvimento de negócios ou produtos inovadores é preciso que o empreendedor tenha consciência de que a solução que está sendo oferecida contempla realmente uma necessidade ou oportunidade Nas palavras dele O processo de esclarecer necessidades começa com o entendimento do motivo e do produto do projeto Por exemplo para resolver os problemas de competitividade e de poluição de motores atuais é necessário desenvolver novos motores 2012 p141 Além das incubadoras de empresas muitas universidades também estão auxiliando milhares de pequenos empreendedores brasileiros por meio de empresas juniores consultoria prestada por alunos com a orientação de professores que tentam auxiliar os empreendedores em seus problemas reais como viabilidade econômica pesquisa de mercado ou avaliação do ponto Aliado a esse tipo de investimento não podemos relevar o fato de que as universidades brasileiras desde o ano 2000 têm contribuído de forma efetiva para a disseminação do conceito de empreendedorismo inserindo esse tema em suas grades curriculares Você sabia dessas importantes contribuições das universidades brasileiras para a consolidação e divulgação do empreendedorismo entre os jovens brasileiros Mas apesar dos esforços do ambiente acadêmico e de algumas entidades e organizações voltadas para o desenvolvimento do empreendedorismo no Brasil ainda era importante um posicionamento mais efetivo por parte dos governantes no apoio a esta causa A visão do cidadão brasileiro como protagonista importante do processo produtivo nem sempre foi uma vertente visualizada com clareza pelos nossos governantes até o momento da mudança de paradigma ocasionada pela globalização de mercados nos anos 1990 Indicação de Leitura Sugerimos uma visita ao site da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores ANPROTEC As empresas brasileiras nesse período especialmente aquelas de menor porte careciam apesar da atuação do SEBRAE e das universidades de uma legislação e de políticas públicas mais adequadas que viabilizassem o investimento mais intensivo em práticas inovadoras Ainda houve morosidade na articulação das organizações públicas para liderar o processo de articulação entre empresas governos universidades e centros de pesquisa em mecanismos que de forma integrada atendessem às demandas das empresas no que diz respeito à inovação As medidas mais efetivas esperadas pelo ambiente empresarial e pela própria sociedade só começaram a acontecer em meados de 2004 com a Lei da Inovação que foi um marco para o Brasil em seu empenho para enfrentar os desafios de um cenário competitivo no qual a inovação é um fator crítico de sucesso em todos os setores Políticas públicas voltada para o processo de inovação lei da inovação 2004 Com a abertura de mercado em princípios do ano 2000 os governantes brasileiros entenderam que o país estava diante de uma nova realidade econômica e social na qual seria imprescindível investir em inovação para assegurar um espaço em uma nova ordem econômica emergente A necessidade de políticas públicas nessa direção começa a ser discutida e algumas até são implementadas como o Projeto INOVAR capitaneado pela Financiadora de Estudos e Projetos FINEP no ano 2000 ou o Programa Brasil Empreendedor PBE do Ministério do Desenvolvimento que liberou no biênio 20002001 créditos totais de R 58 milhões para empresas de pequeno porte que passaram por um processo de seleção e capacitação A certeza e o reconhecimento nesse momento por parte do Governo de que a inovação era um elemento crítico para o desenvolvimento do Brasil culmina com a criação da chamada Lei de Inovação de 2004 que visa o incentivo por meio de apoio financeiro e parcerias com centros de excelência na condução de projetos inovadores para as empresas e consequentemente para a sociedade brasileira Embora uma lacuna importante tenha sido preenchida com a Lei de Inovação ela também serviu como modelo e inspiração para que estados e municípios criassem leis e outros mecanismos para a promoção dos pequenos projetos empreendedores As parcerias realizadas com universidades e com o SEBRAE tiveram um grande aumento a partir da Lei de Inovação Como lembra Maximiano os incentivos governamentais em inovação podem ter uma característica especial para as pequenas empresas que diferentemente das grandes organizações atuam com recursos financeiros limitados Inovação consiste em liderar o processo de criar novos produtos e serviços É o caso de empresas recémcriadas que se baseiam em um produto até então inexistente para promover uma renovação de conceitos Certas empresas tradicionais também têm uma estratégia explícita de renovar suas linhas continuamente MAXIMIANO 2012 p 55 É claro que legislações e políticas públicas nos âmbitos federal estadual e municipal podem ser de grande importância para o fortalecimento do empreendedorismo nacional principalmente com enfoque em inovação Porém é necessário que todo empreendedor esteja pronto para utilizar esses mecanismos de forma adequada visando sempre ao desenvolvimento de seu projeto de empreendimento Uma linha de crédito mal utilizada por exemplo pode se tornar um verdadeiro problema para o empreendedor ao invés de ser uma solução Neste sentido acreditamos que as universidades incubadoras organizações não governamentais e o SEBRAE podem ter um papel decisivo no processo de formação e educação de empreendedores sem os quais os benefícios oriundos das legislações e políticas públicas voltadas para a inovação terão pouca valia A responsabilidade de toda organização pública na implementação de projetos de inovação para as micro e pequenas empresas é sempre muito grande uma vez que a sociedade brasileira poderá ser beneficiada de diversas formas Maximiano alerta que há muitas partes interessadas no sucesso de uma empresa como por exemplo Empreendedores Empregados Fornecedores Clientes Investidores Comunidade Governo 2012 p12 Assista às videoaulas desta aula utilizando os QRCodes abaixo Videoaula 1 Utilize o QRcode para assistir Videoaula 2 Utilize o QRcode para assistir Videoaula 3 Utilize o QRcode para assistir Aula 2 Inovação a importância da tríplice hélice A importância da tríplice hélice para inovação governo universidades e empresas O conceito de tríplice hélice criado por Etzkovitz no final dos anos 1990 aponta para a importância da integração entre empresas governos e universidades para a promoção da inovação e do próprio empreendedorismo nos países Segundo esta lógica os governos deveriam contribuir com políticas públicas e fomento as universidades cumpririam seu papel formador de profissionais com conhecimento e saberes e as empresas interagiriam com esses atores para a criação de soluções inovadoras viabilizando seu crescimento e sua sustentabilidade no mercado e gerando recursos e riquezas que assegurassem retorno para os governos por meio de empregos para os cidadãos e pagamento de tributos e investimentos em recursos para pesquisa e equipamentos para as universidades Segundo esse autor o espaço da inovação é composto por um espaço de conhecimento onde recursos humanos qualificados e novos conhecimentos são gerados de forma constante um espaço de consenso onde são geradas ideias e estratégias para a dinamização do processo de inovação 2008 p37 Embora o modelo proposto pelo autor pareça simples e totalmente lógico é preciso considerar aspectos culturais e comportamentais Principalmente por parte do pequeno empreendedor brasileiro Já pensou na possibilidade de um pequeno empreendedor brasileiro buscar o departamento de engenharia de uma grande universidade brasileira para propor uma pesquisa que leve à solução de um problema em sua empresa É pouco provável concorda Ou então um mestre ou doutor fazendo pesquisa aplicada em uma empresa de pequeno porte Pois apesar dessas limitações culturais algumas situações já começam a ocorrer no Brasil A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMBRAPA embora não seja uma universidade é um centro de pesquisa e excelência importante na pesquisa sobre produção de alimentos e vem sendo procurada por muitos empreendedores que buscam ajuda para o desenvolvimento de produtos nesse segmento Estamos convencidos de que com a integração entre essas instituições os processos de inovação seriam mais frequentes no universo das pequenas empresas pois como analisa Maximiano apesar do alto grau de empreendedorismo do brasileiro as dificuldades para se empreender no Brasil ainda são grandes principalmente porque ainda prevalece em nosso país o empreendedorismo de necessidade Esse autor continua Entre os empreendedores formais e informais 68 disseram que abriram o negócio por terem vislumbrado uma oportunidade de negócio enquanto 32 explicaram que foi por necessidade Entre as principais razões citadas para dar esse passo estavam o desejo de independência profissional 43 e o aumento da renda pessoal 35 2012 p8 Fazer essa hélice girar não é um desafio fácil mas certamente os exemplos e as experiências já são muito mais comuns a partir da Lei de Inovação de 2004 Até porque muito editais patrocinados por essa Lei já apontam a integração entre universidades e empreendedores A integração entre governo universidades e empresas poderá viabilizar na visão de Maximiano um dos principais objetivos de todo empreendedor O crescimento é uma tendência natural e desejável no mundo dos negócios que pode ocorrer em virtude da qualidade dos produtos e serviços À medida que a reputação de sua qualidade espalha mais pessoas vão querer comprar de você e com isso sua empresa continua crescendo Mas nem todos crescerão como desejam apenas os mais competentes 2012 p54 Nos últimos 20 anos as universidades brasileiras vêm adotando como diretriz o apoio ao empreendedorismo e a promoção do desenvolvimento socioeconômico do Brasil por meio de mecanismos de transferência do conhecimento como o ensino do empreendedorismo criação de empresas juniores incubadoras e parques tecnológicos Essas iniciativas estão proporcionando principalmente para jovens empreendedores condições de iniciar seus projetos de empreendimento com algum grau de inovação Precisamos lembrar que as universidades particulares tiveram uma grande expansão nas últimas décadas Além disso a internet e outras mídias divulgam com bastante periodicidade e abrangência as leis e iniciativas governamentais que beneficiam o desenvolvimento das micros pequenas e médias empresas no Brasil Portanto temos razões para acreditar que em futuro próximo a integração entre governos universidades e empreendedores irá ocorrer com mais intensidade e de forma mais natural Enfatizando esta premissa a REDE DE TECNOLOGIA endossa a importância das universidades para os processos de inovação nas empresas brasileiras Universidades podem também contribuir de uma forma mais proativa para o sistema de inovação local regional ou nacional Esta atitude proativa se consubstancia através da formação de estruturas e mecanismos nas Universidades que facilitem a transferência de conhecimentostecnologias para o tecido industrial 2008 p37 Esse processo de integração será muito importante para o universo dos micro e pequenos empreendedores brasileiros principalmente no que diz respeito às estratégias de crescimento em seus segmentos de atuação Conforme afirma Maximiano O crescimento deliberado pode ser alcançado de diversas maneiras com investimento contínuo crescente capacidade de atendimento compra de concorrentes fornecedores ou distribuidores ingresso em outros ramos de negócios e parcerias com negócios complementares MAXIMIANO 2012 p 54 Sem a integração proposta pelo conceito de tríplice hélice essas premissas dificilmente serão alcançadas pelos empreendedores brasileiros Indicação de Leitura Leia o capítulo do link abaixo httpunifilbv3digitalpagescombruserspublications9788565704199pages121 Assista às videoaulas desta aula utilizando os QRCodes abaixo Videoaula 1 Utilize o QRcode para assistir Videoaula 2 Utilize o QRcode para assistir Videoaula 3 Utilize o QRcode para assistir Encerramento Criar políticas públicas que apoiem direta ou indiretamente o empreendedorismo brasileiro em função de sua relevância econômica e social para o país Quais as principais características da Lei de Inovação de 2004 De que forma as universidades brasileiras podem apoiar as empresas inovadoras no Brasil Nesta unidade você pôde avaliar a importância da inovação para empreendedores governos e toda a sociedade No complexo e competitivo mundo em que vivemos atualmente ser inovador não é mais um diferencial que deva ser buscado pelas organizações mas uma necessidade na perspectiva empreendedora e uma questão de bemestar e solução de problemas para todos os cidadãos UniFil EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA UNIFILBR