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Linguística

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(ENADE, 2014) As tecnologias da informação e comunicação (TICs) vêm, cada vez mais, sendo inseridas no cotidiano escolar pelo uso dos objetos virtuais de aprendizagem, das diversas mídias ou ainda pelos equipamentos. Os alunos do século XXI têm uma nova identidade, eles já têm habilidades de uso das TICs, mesmo para entretenimento; o maior desafio dos docentes é, pois, ofertar aos discentes um direcionamento pedagógico. FONTE: PAZ, A.N.; PIMENTEL, F. S. C.; BARROS, R.A. O uso de edublog e a cultura da colocação on-line. Disponível em: <http://epea.alfaal.com.br>. Acesso em: 22 jul. 2014 (adaptado). A partir do texto apresentado, avalie as afirmações a seguir: I- As reflexões sobre a importância e o impacto das TICs, em diferentes contextos, têm sido objeto de várias pesquisas e estudos. II- As contribuições das TICs no espaço escolar podem ser observadas a partir das habilidades demonstradas pelos alunos no uso dos equipamentos eletrônicos. III- O maior desafio dos docentes em relação ao uso das TICs no ambiente escolar é encontrar um direcionamento pedagógico adequado e produtivo. IV- A abordagem das TICs como recursos, ferramentas ou artefatos isolados utilizados para entretenimento é alternativa satisfatória para o ensino-aprendizagem dos alunos. É correto apenas o que se afirma em: I e II. II e III. I e IV. II e IV. (ENADE, 2011) Nos excertos I e II a seguir, encontram-se algumas atividades propostas em livros didáticos de língua portuguesa. Excerto I Atividade com trecho do poema O operário em construção, de Vinícius de Moraes. Proposta: (...) 2. Aponte todos os substantivos presentes no texto. 3. Aponte um substantivo abstrato presente no texto. 4. Aponte um substantivo concreto presente no texto. 5. Qual é o único substantivo presente no texto que admite uma forma para o masculino e outra para o feminino? 6. Há, no texto, algum substantivo próprio? Em caso afirmativo, aponte-o. Excerto II Atividade com o poema Os dias felizes, de Cecília Meireles. Proposta: 1. Reescreva os versos substituindo as palavras destacadas por suas formas plurais. a) "A coragem maior da vida/fluí na luz do sol" b) "formigas ávidas devoram/ a albumina do pássaro frustrado." AZEVEDO, D. G. Palavra e criação: língua portuguesa. São Paulo: FTD, 1996. v.8, p. 102 (com adaptações). As atividades em I e II enfatizam a relação lúdica do leitor com o poema, o que permite o aprofundamento da leitura. usam os poemas como recurso e pretexto para trabalhar com os alunos tópicos de gramática, ignorando aspectos mais relevantes. são coerentes com os Parâmetros Curriculares Nacionais, principalmente por obedecerem o princípio de que não se formam bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos. exploram o sentido dos poemas, a partir de tópicos de gramática, o que está em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais, que propõem, para o ensino fundamental, o desenvolvimento das habilidades linguísticas básicas. permitem a aproximação do aluno com a linguagem de poema, atendendo, assim, a um dos objetivos dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o de conhecer e analisar criticamente os usos da língua como veículo de valores e preconceitos de classe, credo, gênero ou etnia. (ENADE, 2017) As estratégias de leitura são classificadas em cognitivas ou metacognitivas. As estratégias metacognitivas seriam aquelas operações, não regras, realizadas com algum objetivo em mente, sobre as quais temos controle consciente, no sentido de sermos capazes de dizer e explicar a nossa ação. Assim, se concordamos com autores que dizem que as estratégias metacognitivas de leitura são, primeiro, autoavaliar constantemente própria compreensão e, segundo, determinar um objetivo para a leitura, devemos entender que o leitor que tem controle consciente sobre essas duas operações saberá dizer quando ele não está entendendo um texto e saberá dizer para que ele está lendo um texto. As atividades em que o leitor poderá se engajar quando ele não entender o texto são diversificadas, flexíveis e constituem o índice do funcionamento de uma estratégia para conseguir mais eficiência na leitura. Por exemplo, se o leitor perceber que não está entendendo, ele poderá voltar e reler, ou poderá procurar o significado de uma palavra-chave que encontrou no texto, ou poderá fazer um resumo do que leu, ou procurar um exemplo de um conceito. Enfim, dependendo do que ele detectar como causa, ele adotará diversas medidas para resolver o problema. Para a realização desses diversos comportamentos, faz-se primeiro necessário que ele saiba onde está sua falha na compreensão. KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria e prática. 10. Ed. Campinas: Pontes, 2004 (adaptado). Com base nas informações do texto, avalie as afirmações a seguir. I. O uso de estratégias metacognitivas em leitura implica discernimento do leitor sobre o processo de leitura e seu desempenho durante o ato de ler. II. Em face da falha de compreensão leitora, é possível que o leitor se autoavalie e decida reler o texto todo ou trechos dele como estratégia para solucionar esse problema. III. A deficiência de compreensão leitora pode ser diagnosticada pelo próprio leitor ao empregar estratégias metacognitivas para autoavaliar seu desempenho e resolver problemas de leitura. É correto o que se afirma em I, apenas. III, apenas. I e II, apenas. II e III, apenas. I, II e III. (ENADE, 2008) Autopsicografia O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. FONTE: PESSOA, F. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975. De acordo com o poema, é específico do processo de criação literária o fato de o poeta: I- Escrever não o que pensa, mas aquilo que deveras sente. II- Ser capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores. III- Transformar um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético. Está certo o que se afirma apenas em: * I. II. III. I e II. I e III. (ENADE, 2011) Quero pedir permissão à língua portuguesa para usar duas palavras que, na verdade, são inexistentes oficialmente, quais sejam: crackudo e vacilão. Crackudo é originário do termo crack. A palavra foi recentemente criada para identificar o indivíduo que é usuário dessa droga, ou seja, crackudo nada mais é do que o consumidor de crack. Quanto a vacilão, tal palavra é originada do verbo vacilar, que significa não estar firme, cambalear, enfraquecer, oscilar. Vacilão, na linguagem popular, nada mais é do que o indivíduo que não mede as consequências dos seus atos e sempre ingressa em algo que não é bom para si e que só lhe traz malefícios ou aborrecimentos. E, em sendo sendo, o crackudo é um vacilão! Disponível em: . Acesso em: 12 ago. 2011 (com adaptações) O sufixo [-ão] opera como uma desinência formadora de aumentativos, superlativos e agentivos em português, como indicado no exemplo apresentado no texto acima. Tem-se, também, o sufixo [-udo], que indica grande quantidade de X; em seu uso mais típico, X é igual a parte aumentada (orelhudo, narigudo, beicudo, barrigudo etc). Considerando essas informações e o texto acima, conclui-se que o vocábulo "vacilão" possui um sufixo * agentivo, como o que se observa em "caminhão", e que, no caso do sufixo [-udo] em "crackudo", ocorre a mesma motivação semântica existente em "beicudo". agentivo, como o que se observa em "mijão", e que o sufixo [-udo] em "crackudo" apresenta a mesma motivação semântica existente em "orelhudo" e "narigudo". agentivo, assim como o vocábulo "resmungão", e que o uso do sufixo [-udo] em "crackudo" resulta em uma formação vocabular incomum na língua portuguesa. aumentativo, como o que se observa em "macarrão", e que, no caso do sufixo [-udo] em "crackudo", se observa a mesma motivação semântica existente nos vocábulos "orelhudo" e "sisudo". aumentativo, como o observado em "panelão", e que, no caso do sufixo [-udo] em "crackudo", se observa uma construção incomum na língua portuguesa, dada a produtividade baixa do referido sufixo. (ENADE, 2011) Iracema voou Iracema voou Para a América Leva roupa de lã E anda lépida Vê um filme de quando em vez Não domina o idioma inglês Lava chão numa casa de chá Tem saído ao luar Com um mímico Ambiciona estudar Canto lírico Não dá mole pra polícia Se puder, vai ficando por lá Tem saudade do Ceará Mas não muita Uns dias, afoita Me liga a cobrar: - É Iracema da América FONTE: BUARQUE, C. 1998. Disponível em:<www.chicobuarque.com.br/construcao/mestre.asp?pg=iracema_98.htm>. Acesso em: 11. ago. 2011. A canção de Chico Buarque reproduzida acima mostra que personagens e temas da literatura permanecem presentes em formas e suportes diversos. Nessa perspectiva, como se estabelece a relação entre essa canção e o romance Iracema, de José de Alencar? * Ampliado pelo gênero musical, o texto de Chico Buarque apresenta aspectos culturais semelhantes aos da obra alencariana, relacionados ao projeto de construção da identidade nacional sob a influência do movimento emancipatório iniciado no século XIX. Os temas viagens, natureza e novo mundo, bem como a linguagem, convergentes tanto na canção quanto na obra de Alencar, retratam anseios nacionalistas em criar uma literatura portadora de identidade brasileira. Embora a canção reaproveite da obra de Alencar a figura do indígena, exílio e busca pela modernidade, ela o faz em uma perspectiva de desconstrução desses elementos caracterizadores do período. A (re)valorização e fixação da identidade nacional constituem a antítese que fundamenta a escrita da canção, o que explica a negação do passado nacional e artístico revelado por Chico Buarque. (ENADE, 2017) Com relação ao cartum, avalie as afirmações a seguir. I. A constituição referencial dos sujeitos que participam da história, por meio da utilização dos pronomes (eu/você/ele), é mantida conforme os estudos tradicionais acerca das pessoas do discurso (que fala/para quem se fala/de quem se fala). II. Na última fala do cartum, nota-se a presença de um artifício discursivo que oferece à identidade dos sujeitos do discurso um efeito de indeterminação, evidenciado no emprego das 2ª e 3ª pessoas que não apresentam uma identidade específica. III. As ocorrências do pronome “ele” / “eles”, presentes nas falas do 2º, 3º e 4º quadrinhos, encontram ancoragem referencial no substantivo “esquilo” / “esquilos”. IV. A ocorrência, na última fala do cartum, de “você”, no singular, e de “eles”, no plural, não são suficientes para indicar o número de participantes envolvidos no processo discursivo em questão. É correto apenas o que se afirma em * O eu, você iam desenhando no chão. Acho que eles são muito mais perigosos do que tubarões. Tubarões são tão previsíveis! Ele pode ficar escondido em qualquer lugar, quieto, só esperando você passar antes de atacar. Claro que pode! Eles podem estar em todo lugar! Você nunca sabe onde eles estão ou o que pode acontecer! WATTERSON, B. Tem alguma coisa babando embaixo da cama. São Paulo: Conrad, 2010 (adaptado). ○ I e III. ✓ ○ I e IV. ○ II e III. ○ I, II e IV. ○ II, III e IV. (ENADE, 2017) TEXTO 1 O processo de canonização não pode ser isolado dos interesses dos grupos que foram responsáveis por sua instituição e, no fundo, o cânone reflete estes interesses e valores de classe. O cânone é um evento histórico, visto ser possível rastrear a sua construção e a sua disseminação. Não é suficiente repassá-lo ou revisá-lo, lendo outros e novos textos, não canônicos e não canonizados, substituindo os ‘maiores’ pelos ‘menores’, os escritores pelas escritoras, e assim por diante. Tampouco basta – ainda que isto seja extremamente necessário – dilatar o cânone e nele incorporar outras formações discursivas, como a telenovela, o cinema, o cordel, a propaganda, a música popular, os livros didáticos ou infantis, a ficção científica, buscando uma maior representatividade dos discursos culturais. O que é problemático, em síntese, é a própria existência de um cânone, de uma canonização que reduplica as relações desiguais que compartimentam a sociedade. REIS, R.C. In: JOBIM, J.L (Org.). Palavras da crítica. Rio de Janeiro: Imago, 1992 (adaptado). TEXTO 2 Uma vida inteira pela frente. O tiro veio por trás. MOSCOVICH, C. Uma vida inteira pela frente. In: FREIRE, M. (Org.) Os cem menores contos brasileiros do século. 2. Ed. Cotia: Ateliê Editorial, 2004 (adaptado) Considerando a discussão sobre o cânon literário apresentada no texto 1 e o gênero do miniconto, exemplificado no texto 2, avalie as assertões a seguir e a relação proposta entre elas. I. A forma literária do miniconto, por ser semelhante à da crônica, deve ser considerada expressão literária de valor para que a seleção de obras que integram o cânon seja democrática. PORQUE II. A formação do cânone é derivada de valores estéticos e políticos, e a sua existência promove a valorização justa de obras e a manutenção da divisão social. A respeito dessas assertões, assinale a opção correta. * ○ As assertões I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. ○ As assertões I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. ○ A assertão I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. ○ A assertão I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. ○ As assertões I e II são proposições falsas. ✓ (ENADE, 2017) O texto "A primavera endoideceu" é um poema não linear, em que a palavra é um elemento muito bem explorado para a construção da imagem. Esse modo de organizar o texto caracteriza. * a PriMavera eNdiOIdEcEu arte Dionisio Capucilli Disponível em <http://www.poesiaassimcomosol.com.br>. Acesso em 12 set. 2013 (fragmento). a intertextualidade, diálogo existente entre os textos, que conecta a literatura a outros gêneros do discurso. ○ a relação da literatura com outros sistemas semióticos, cujo efeito mais imediato é plástico e semântico. ✓ ○ a tradição cultural regional, a exemplo do cordel e da xilogravura, que tratam de situações do cotidiano. ○ a construção de uma sintaxe refinada, com preciosismo vocabular e predomínio de termos eruditos. ○ a impossibilidade de disposição linear das palavras para a construção de conteúdos poéticos. Em um portal de notícias sobre celebridades, lê-se o seguinte enunciado, ao qual segue um conjunto de fotos de atores e atrizes: “Confira quem são os famosos cinquentões que só melhoram com o tempo”. FONTE: http://www.estrelando.com.br. Acesso em: 10 jul. 2017. Considerando que o propósito do enunciador - de enaltecer a resistência dos famosos à ação do tempo - é comprometido pela ambiguidade de sentido decorrente da estrutura sintática do enunciado, analise as propostas de reescrita a seguir, para evitar a ambiguidade da sentença: I- Confira quem são os famosos cinquentões que, com o tempo, só melhoram. II- Confira quem são os famosos cinquentões que melhoram só com o tempo. III- Confira quem são os famosos cinquentões que, só com o tempo, melhoram. É correto o que se propõe em: * ( ) I, apenas. ( ) III, apenas. ( ) I e II, apenas. ( ) II e III, apenas. (X) I, II e III.