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MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA CAPÍTULO 3 DOENÇAS INFECCIOSAS Mauricio Peixoto Vinicius Canato Santana Introdução Nesta unidade você irá descobrir aspectos das doenças virais e bacterianas e como nosso sistema imunológico combate os diferentes agentes patogênicos Vivemos cercados de inúmeros microrganismos e muitas vezes não desenvolvemos uma doença Mas por que isso acontece Somente uma parcela dos microrganismos são patogênicos ou seja são capazes de desenvolver uma doença no ser humano Nós possuímos inúmeras barreiras imunológicas que têm a função de impedir que alguns patógenos consigam entrar no nosso organismo Mas e se o patógeno tiver sucesso em vencer as barreiras imunológicas o que acontece Para responder a essa pergunta temos que saber primeiro qual o patógeno que o sistema imunológico terá que combater A partir desse ponto têm início as respostas imunológicas inata e adaptativa Existem também protocolos de imunização por meio das vacinas que nos fornecem proteção contra um determinado agente patogênico A vacinação é uma arma de extrema importância para evitarmos e até erradicarmos inúmeras doenças O objetivo principal da vacinação está na geração de memória imunológica duradoura Essa memória gerada protege o indivíduo de infecções futuras por longos períodos Mas você sabe por que não ficamos doentes quando somos vacinados E como temos sucesso na vacinação que não utiliza o patógeno inteiro Todas essas perguntas serão respondidas ao longo desta unidade Acompanhenos e bons estudos 31 Doenças bacterianas e fúngicas e resposta imune frente a microrganismos extracelulares As bactérias ocupam praticamente todos os ambientes inclusive o corpo humano sendo muitas delas patogênicas Quando um microrganismo patogênico inicia seu processo de instalação pode desencadear uma doença Nesse momento nosso sistema imunológico entra em ação sendo responsável por garantir a eliminação desse patógeno O início de uma infecção bacteriana se dá no momento em que essa bactéria consegue ultrapassar todas as barreiras imunológicas que impedem o acesso a diferentes tecidos do nosso corpo VAMOS PRATICAR Quem nunca se machucou ou teve um ferimento que apresentou aquela amareloesverdeada ou amarelada Essa secreção conhecida popularm pus é composta de diversas células de defesa do sistema imunológico dei os neutrófilos que são as primeiras células a chegarem ao local da infecção atividade você vai exercitar sua capacidade de pensar sobre uma relacionada à infecção Situaçãoproblema Ao se machucar seu ferimento começa a apresentar os sintomas clássicos resposta inflamatória como calor vermelhidão dor e inchaço Acomp desses sintomas o ferimento começa a infeccionar e apresentar pus Ao j ajuda médica baseado nos seus conhecimentos você seria capaz de inform o agente patogênico que poderia estar causando esse processo infeccioso A pele é considerada a primeira barreira física que a bactéria tem de vencer Formada pelo tecido epitelial é uma importante forma de impedir que esses microrganismos atinjam tecidos subjacentes O epitélio possui peptídeos microbianos que controlam o tamanho da microbiota ali existente MURPHY 2014 Figura 1 Os fagócitos são os guardiões que protegem o corpo contra as infecções por bactérias e vírus Uma das primeiras células a chegar no local da infecção é o neutrófilo Fonte Blamb Shutterstock 2020 VOCÊ SABIA As primeiras células leucocitárias a chegarem no local atingido por uma infecção bacteriana são os neutrófilos uma vez que existem em grande quantidade na corrente sanguínea resultando em um infiltrado leucocitário no tecido Esse infiltrado tem sua importância no combate à proliferação bacteriana Nesses casos ainda ocorre um aumento dos neutrófilos causando o quadro conhecido como neutrofilia Figura 2 O processo de eliminação do patógeno tem início com o reconhecimento dos PRRs com os PAMPs presentes na bactéria Ocorre a formação de vesícula fagocítica fagossomo com a bactéria em seu interior A união do fagossomo com lisossomo forma o fagolisossoma Fonte Designua Shutterstock 2019 CASO Um local inflamado pode apresentar em alguns casos uma secreção amareloesverdeada ou amarelada Essa secreção é composta por neutrófilos que combatem a infecção bacteriana e para que ocorra a eliminação do patógeno essas células morrem No local da infecção há muitos neutrófilos que já morreram ou estão prestes a morrer A secreção que observamos nessas feridas é o conhecido pus e é composta por esses neutrófilos que morreram para combater essa infecção bacteriana normalmente causada por bactérias piogênicas bactérias capsuladas de vida extracelular e também por glóbulos brancos em processo de degeneração bactérias proteínas e elementos orgânicos Os linfócitos T podem ser classificados como linfócitos T CD8 podendo ser chamados de T citolíticos ou citotóxicos Eles expressam em sua superfície CD8 e são extremamente importantes como armas para combater infecções virais e tumores Além desses linfócitos aqueles linfócitos T que expressam em sua superfície o CD4 são denominados de linfócitos T CD4 também chamados de linfócitos T auxiliares ou helper Os linfócitos T CD4 são importantes nas respostas contra infecções bacterianas Os efetores podem se diferenciar em célula TH1 TH2 TH17 TFH Treg e alguns podem ser ativados em infecções causadas por bactérias Th1 Estimula a atividade dos fagócitos Participa auxiliando na ativação das células T CD8 TH2 Participa do combate aos parasitas extracelulares multicelulares TH17 Aumenta no local da infecção a presença dos neutrófilos logo no início da resposta imune adaptativa TFH Estimula a produção de anticorpos pelos plasmócitos Treg Controla o nível da resposta adaptativa a fim de evitar uma resposta descontrolada do sistema imune Quadro 1 Os diferentes tipos de linfócitos T CD4 efetores possuem funções distintas contra os agentes patogênicos Fonte Elaborado pelo autor 2020 células B BCR ou receptor de células T TCR respectivamente É importante lembrar que os TCRs só reconhecem antígeno proteico os BCRs podem reconhecer antígeno não proteico Após a ativação desses linfócitos eles se diferenciam em linfócitos efetores e células de memória Quando um linfócito B reconhece um antígeno pelo BCR ele se diferencia em plasmócitos que são capazes de produzir e secretar anticorpos Esses anticorpos são dispersos pela corrente sanguínea e podem chegar até o local da infecção Os anticorpos que estão presentes no sangue podem ter como funções Opsonização do microrganismo anticorpos recobrem patógeno facilitando fagocitose Ativação do sistema complemento formando poros que induzem a morte do microrganismo Neutralização dos antígenos impedindo que ele adentre à sua célula alvo Ativação da citotoxicidade celular dependente de anticorpos ADCC que possui como célula efetora a célula NK que reconhece um anticorpo aderido à superfície de uma célula infectada e a mata Todas essas funções são importantes para a resposta contra uma infecção por bactérias É importante lembrar que somente os microrganismos que estão no espaço extracelular podem ser atacados pelos anticorpos e pelo sistema complemento ABBAS LICHTMAN PILLAI 2012 Uns dos responsáveis pela produção de citocinas que recrutam os neutrófilos para o local de uma infecção são os linfócitos TH17 Eles têm papel importante na neutrofilia condição bastante observada nas infecções bacterianas Já os linfócitos TH1 aumentam a capacidade microbicida dos fagócitos com a maior expressão de MHC de classe I e classe II e receptores de citocinas na superfície celular As citocinas produzidas pelos linfócitos TH1 podem ativar a troca de um isotipo de anticorpo para IgG que atua como opsonina e ativador do sistema complemento CHAPEL et al 2014 313 Sistema complemento O sistema complemento é constituído por proteínas solúveis que atuam na eliminação de infecções bacterianas por meio da opsonização ou pela perfuração da membrana da bactéria A via das lectinas e a via alternativa do sistema complemento podem ser ativadas sem a necessidade dos componentes da resposta adaptativa anticorpos Já a via clássica pode ser ativada pela ligação do anticorpo com a superfície do microrganismo patogênico Após a invasão do patógeno aos tecidos do hospedeiro as moléculas do sistema complemento opsoninas sinalizam para os fagócitos que podem realizar a fagocitose do patógeno mais facilmente Esse sistema pode também lisar uma bactéria causando sua morte Independente da forma que o sistema complemento é ativado Via Clássica Via alternativa ou das Lecitinas a enzima C3 convertase formada nas três vias do complemento dá origem à enzima C5 convertase que começa a formar o MAC complexo de ataque à membrana Esse complexo leva à citólise morte da bactéria pela formação de um poro causando a perfuração de sua membrana 32 Doenças virais e resposta imune frente a vírus e outros patógenos intracelulares Inúmeras doenças são causadas pelos vírus Temos exemplos bem conhecidos como a AIDS causada pelo vírus HIV e a gripe causada pelo vírus da Influenza Os vírus podem se propagar de diversas formas seja pelo ar por alimentos pela água ou transmitidos pelo contato entre pessoas Uma vez que houve a transmissão do vírus para o hospedeiro tem início o seu ciclo específico para cada tipo de vírus VOCÊ QUER LER O livro A história da humanidade contada pelos vírus bactérias parasitas e outros microrganismos escrito por Stefan Cunha de Ujvari 2009 conta histórias do desenvolvimento social da humanidade e a relação com diversos vírus e microrganismos Vale a pena conferir As infecções causadas por vírus são altamente diversas e dependem de características dos vírus e do hospedeiro Os princípios importantes relacionados com as doenças virais compreendem os seguintes 1 muitas infecções virais são subclínicas 2 a mesma doença pode ser causada por uma variedade de vírus 3 o mesmo vírus pode causar uma variedade de doenças 4 a doença não tem relação com a morfologia viral e 5 a evolução de qualquer caso específico é determinada pelos fatores virais e do hospedeiro sendo influenciada pela genética de ambos BROOKS et al 2014 p431 As células que compõem o corpo humano expressam em sua superfície o complexo principal de histocompatibilidade MHC exceto as plaquetas Elas são responsáveis por apresentar o antígeno para os linfócitos T helper e T citotóxicos Quando ocorre uma infecção das células é por meio desses receptores que os antígenos virais são expressos e podem ser detectados pelo sistema imunológico 06062022 1939 Mecanismos de Agressão e Defesa httpsstudentulifecombrContentPlayerIndexlcw23L2bC3tm5HwQi7vLxQ7CA3d3dlAGYp2D7wKBr2EOX5CRCFpw3d3dcd 1122 As celulas apresentadoras de antıgeno APCs expressam MHC de classe II na sua superfıcie e todas as outras celulas nucleadas do organismo expressam MHC de classe I sendo as que expressam MHC de classe I essenciais para combater as infecçoes virais Isso porque as celulas do hospedeiro continuamente estao apresentando antıgenos via MHC de classe I que carregam fragmentos proteicos que foram produzidos pela propria celula do hospedeiro Quando a partıcula viral invade a celula do hospedeiro o material de ambos se mistura e ocorre a sıntese de proteınas que nao sao proprias da celula hospedeira Logo no instante em que a molecula de MHC de classe I estiver carregando um peptıdeo estranho o linfocito T CD8 ativado induzira a morte dessa celula 321 Ativação de células T citotóxicas virgens Para que as celulas T citotoxicas virgens sejam ativas sao necessarios dois sinais O primeiro sinal vem do reconhecimento do MHC de classe I com o TCR da celula T CD8 ou MHC de classe II com o TCR da celula T CD4 O segundo sinal vem das moleculas coestimuladoras conhecidas tambem por acessorias expressas na superfıcie das APCs No momento da apresentaçao de antıgenos essas moleculas se ligam ao CD28 que e expresso no linfocito T As APCs capturam por fagocitose ou macropinocitose as partıculas virais assim que elas ultrapassam a barreira imunologica da pele Elas migram para os linfonodos e aumentam a expressao em sua superfıcie de CD80 e CD86 que atuam como moleculas coestimuladoras importantes para ativarem os linfocitos T virgens As celulas dendrıticas podem apresentar o antıgeno via MHC de classe II para as celulas T CD4 e tambem apresentarem os antıgenos via MHC de classe I para celula T CD8 Por conseguirem apresentar antıgenos via MHC de classe I e II algumas celulas dendrıticas tem a capacidade de realizar a apresentaçao cruzada Apos a ativaçao dos linfocitos T CD4 pode ocorrer o fornecimento de alguns sinais que ajudarao a completar a ativaçao do linfocito T CD8 BROOKS et al 2014 Muitas vezes as celulas infectadas pelos vırus nao tem a capacidade de expressar as moleculas coestimuladoras necessarias para disparar o segundo sinal de ativaçao dos linfocitos T CD8 virgens Quando isso acontece os linfocitos T CD4 produzem citocinas que vao ajudar nesse processo como a IL2 por exemplo Uma vez que o linfocito T CD8 foi ativado inicia a sua funçao citolıtica para combater a infecçao viral ABBAS LICHTMAN PILLAI 2012 322 Combate à infecção viral Com exceçao das hemacias todas as celulas expressam na sua superfıcie o MHC algumas de classe I todas as celulas que possuem nucleo e outras de classe II as APCs que sao responsaveis por apresentar antıgenos para os linfocitos T CD4 ou CD8 Nas infecçoes virais as celulas CD4 T 1 possuem papel muito importante e isso se deve as citocinas que tais celulas secretam A IL2 por exemplo auxilia na multiplicaçao e diferenciaçao de celulas T tanto CD4 como CD8 Ja o aumento da expressao de moleculas do MHC de classe I e II e resultado da açao de outra citocina produzida pelas T 1 o IFNγ A combinaçao dessas duas citocinas IL2 e IFNγ estimula o crescimento e a ativaçao de celulas NK Alem disso o fator de crescimento GMCSF leva a uma maior produçao de granulocitos macrofagos e de celulas dendrıticas pela medula ossea Graças a produçao dessa variedade de citocinas os linfocitos CD8 efetores ou linfocitos T citolıticos que se encontram nos orgaos linfoides e sao capazes de sair e ao se depararem com uma celula infectada que apresenta o antıgeno via MHC de classe I induzem a apoptose dessa celula Para que somente a celula infectada sofra apoptose morte celular programada os linfocitos T citolıticos induzem essa morte via liberaçao de granulos contendo granzimas e perforinas Os granulos sao liberados somente no local de contato entre a celula infectada e o linfocito T citolıtico Primeiramente e liberada a perforina que abre um buraco na membrana plasmatica da celula infectada e logo apos a liberaçao da perforina sao liberadas as granzimas que desencadeiam a apoptose da celula infectada H H 06062022 1939 Mecanismos de Agressão e Defesa httpsstudentulifecombrContentPlayerIndexlcw23L2bC3tm5HwQi7vLxQ7CA3d3dlAGYp2D7wKBr2EOX5CRCFpw3d3dcd 1222 As celulas da resposta imune inata responsaveis por combater as infecçoes virais sao as celulas NKs ou natural killers Elas matam todas as celulas que nao possuem em sua superfıcie o MHC de classe I Figura 4 A apoptose e induzida via a liberaçao de granzimas e perforinas pelas celulas T citotoxicas Fonte Designua Shutterstock 2019 Figura 5 Mecanismo de ação das células NK natural killer Elas reconhecem entre outros fatores a ausência de MHC I na superfície de células infectadas Fonte Ellepigràfica Shutterstock 2019 Alguns vírus podem alterar a expressão de MHC de classe I da célula infectada Isso seria uma estratégia de evasão imunológica em que o vírus tenta enganar o sistema imune do hospedeiro pois evitaria assim que os linfócitos T CD8 atacassem a célula infectada MURPHY 2014 323 Anticorpos Os anticorpos só têm a capacidade de reconhecer e agir sobre uma partícula viral no momento em que ela não esteja no interior da célula hospedeira Figura 6 Os anticorpos em branco identificam e neutralizam o agente patogênico Na imagem o anticorpo se liga ao norovírus para eliminálo Fonte Juan Gaertner Shutterstock 2019 No momento que as partículas virais estão no espaço extracelular podem ser reconhecidas por meio do BCR dos linfócitos B Após o reconhecimento a partícula viral é internalizada processada e os antígenos são apresentados à célula T CD4 Os linfócitos T helper produzem citocinas que disparam o processo de diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos Os plasmócitos iniciam a produção e secreção de anticorpos específicos àquele vírus fagocitado ABBAS LICHTMAN PILLAI 2012 VOCÊ QUER VER O filme Contágio lançado em 2011 e dirigido por Steven Soderbergh trata de uma epidemia provocada por um vírus que é facilmente transmitido pelo ar De forma bem clara e didática é possível ver nesse filme como a ciência atua no combate aos vírus altamente patogênicos As mucosas são locais onde os anticorpos da classe IgA têm uma importante participação atuando na defesa contra infecções virais pois neutralizam antígenos virais Esses anticorpos podem ser transportados por meio da barreira epitelial impedindo dessa forma a proliferação do vírus ABBAS LICHTMAN PILLAI 2012 33 Soros e vacinas aplicados a prevençãotratamento de doenças humanas Vimos anteriormente que através dos mecanismos da resposta imune adaptativa celular e humoral e inata somos capazes de nos proteger dos patógenos Entretanto é possível ajudar o sistema imunológico pela administração de componentes individuais da resposta imune como os anticorpos ou pela exposição do sistema imune a determinado antígeno de modo a estimular a resposta imune adquirida a gerar memória um procedimento designado como vacinação Um dos grandes triunfos da medicina foi a capacidade de aproveitar esses mecanismos por meio da imunização com o objetivo de proteger o indivíduo contra um grande número de doenças infecciosas O termo imunização se refere estabelecimento de uma resposta imune adaptativa por meio de inoculação de antígenos ou anticorpos no hospedeiro de modo a tornálo resistente a um processo infeccioso ou patológico Existem dois tipos de imunização a ativa e a passiva Na imunização ativa há o inóculo do antígeno a fim de desencadear uma resposta adaptativa com geração de memória imunológica que garantirá uma proteção ao indivíduo Um exemplo de sucesso da imunização ativa são as vacinas Na imunização passiva não há a formação de memória imunológica pois os anticorpos já são introduzidos no organismo prontos Um exemplo de imunização passiva são os anticorpos passados da mãe para o filho durante a gestação e aleitamento e os soros antiofídicos que combatem toxinas presentes no veneno de cobras 331 Vacina Como mencionado anteriormente a vacinação permite a formação de células de memória que conferem uma proteção ao indivíduo vacinado As vacinas podem utilizar somente um fragmento do patógeno ou o patógeno inteiro na sua forma atenuada ou inativa A diferença em se utilizar os patógenos inteiros na forma inativada é que eles estão mortos e quando estão atenuados eles ainda estão vivos porém com a patogenicidade reduzida As vacinas que utilizam os microrganismos na sua forma atenuada são capazes de ativar diversos mecanismos efetores do sistema imunológico São considerados três grandes tipos de vacinas Tipo de vacina Produção Exemplo Vacinas vivas atenuadas Os vírus ou bactérias são enfraquecidos por meio de passagens por um hospedeiro não natural Esses patógenos continuam com a capacidade de se reproduzir dentro da célula hospedeira e de mantêla suficientemente antigênica a ponto de induzir uma resposta imunológica do indivíduo que receberá a vacina VAP vacina oral contra o vírus da poliomielite vacina da febre amarela vacina contra a varicelazoster Vacinas mortasinativadas O vírus ou bactéria encontrase inativado ou morto por meio de processos que utilizam o calor ou processos químicos VIP vacina inativada contra o vírus da poliomielite vacina contra a raiva vacina da hepatite A Vacinas subunitárias Nesse tipo de vacina utilizamse frações ou subunidades dos patógenos São selecionadas as frações ou subunidades capazes de produzir uma resposta imune específica Vacina contra o Haemophilus influenza do sorotipo b Quadro 2 Os diferentes tipos de vacinas capazes de iniciar uma resposta imunológica do indivíduo Fonte Elaborado pelo autor baseado em IMUNIZAÇÕES 2009 Para a produção das vacinas que se utilizam de fragmentos de antígenos os laboratórios purificam partes que possam ser reconhecidas pelos BCRs ou TCRs Essas vacinas muitas vezes possuem uma baixa capacidade de desencadear a resposta imune Para ter certeza que a resposta imune adaptativa seja ativada os laboratórios administram junto com o antígeno um adjuvante sais de alumínio são os mais utilizados hoje em dia capaz de aumentar a imunogenicidade do antígeno Dessa forma a formação de memória imunológica está garantida VAMOS PRATICAR Como vimos as vacinas são de extrema importância na proteção da sc contra a disseminação de várias doenças causadas por vírus e algumas b Ao longo dos anos com a descoberta das vacinas contra determinados v possível exterminar ou declarar que uma determinada doença foi exti algum país ou mesmo no mundo todo Nesta atividade você vai exercitar sua capacidade de pensar sobre uma relacionada à erradicação de uma determinada doença Situaçãoproblema No primeiro semestre de 2019 acompanhamos o retorno de algumas que já haviam sido consideradas extintas Um exemplo atual é o s Algumas causas são consideradas para esse retorno sendo elas a baixa aa campanhas de vacinas os movimentos antivacinas e o medo que algumas têm das possíveis reações que as vacinas podem causar Tendo isso em considere a seguinte situação Você tem uma viagem agendada para um eo país que está enfrentando um surto de uma determinada doença que p prevenida com a vacina Você não se recorda de ter se vacinado e tamb encontra a sua carteira de vacinação Qual medida tomaria nesse caso Os linfócitos T e B são de extrema importância para o sucesso dos protocolos de vacinação Os linfócitos B serão ativados contra o antígeno ofertado na vacina e produzirão os anticorpos neutralizantes para combater esse antígeno e os linfócitos T vão auxiliar na produção dos anticorpos pelas células B Os protocolos de vacinação têm especial interesse na ativação dos linfócitos T CD8 pois eles são eficientes na eliminação de células infectadas por vírus CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO 2019 RECOMENDAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA IDADE Ao nascer 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses 7 meses 12 meses 15 meses 18 meses 4 a 6 anos 11 anos 14 anos BCG ID1 Hepatite B1 DTPDEPa3 dTdTpa4 Hib5 VIPVOP5 Pneumocócita conjugada7 Meningocócica C e A C W Y conjugadas8 Meningocócica B recombinante9 Rotavírus10 Influenza11 SCRVaricelaSCRV12 Hepatite A13 Febre amarela14 A partir dos 9 meses de idade HPV15 Meninos e Meninas a partir dos 9 anos de idade Dengue16 Para crianças e adolescentes a partir de 9 anos de idade com infecção prévia soropositivo Quadro 3 Calendário vacinal proposto pela Sociedade Brasileira de Pediatria para crianças e adolescentes do nascimento até os 19 anos de idade Fonte SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA 2019 Seguindo o calendário vacinal recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria SBP as vacunas obrigatórias são BCG ID Bacilo de CalmetteGuérin contra a tuberculose Hepatite B DTPDTPa difteria tétano e pertussis tríplice bacterianaDTPa acelular dTdTpa difteria tétano e coqueluchedifteria e tétano Hib Haemophilus influenzae tipo b VIPVOP vacina inativada poliomielitevacina oral poliomielite Pneumocócica conjugada Meningocócica C e A C W Y conjugadas Rotavírus Influenza SCRVaricelaSCRV sarampo caxumba rubéola e varicela Hepatite A Febre amarela HPV papilomavírus humano Para profissionais de saúde é particularmente importante manter a carteira de vacinação em dia Além de estarmos mais suscetíveis ao encontro com um desses patógenos há certos acidentes ocupacionais que podem transmitir doenças preveníveis por meio de vacinas como tétano ou hepatite B por exemplo 332 Soro A soroterapia é considerada uma imunização passiva pois não tem a formação de memória imunológica Isso acontece pois o soro que será inoculado não contém o antígeno a ser combatido Na verdade o soro já contém os anticorpos responsáveis por combater o antígeno gerando uma resposta imediata VAMOS PRATICAR Já sabemos que a soroterapia é considerada uma imunização passiva i tem a formação de memória imunológica Os soros são utilizados em vári específicos em que não se pode utilizar vacinas Nesta atividade você vai e sua capacidade de pensar sobre uma situação relacionada à utilização para o tratamento de um possível acidente com um animal peçonhento Ministério da Saúde poderá auxiliálo a refletir sobre o problema p Acesse httpwwwsaudegovbrsaudedeazacidentespor peconhentos Situaçãoproblema Você está passeando e curtindo suas férias em um local remoto Em um n de distração em uma trilha você sente uma picada de aranha Sem saber aranha é venenosa qual a providência você tomaria Ao ligar para pedir baseado na situação quais informações são consideradas importantes par repassadas para os socorristas Os soros são utilizados principalmente em casos de picadas de animais peçonhentos como as cobras Quando ocorre um acidente com uma cobra o indivíduo recebe uma dose de soro antiofídico Outros soros ainda são utilizados como antirrábico antibutulínico antitetânico antidiftérico entre outros INSTITUTO BUTANTAN 2019 VOCÊ O CONHECE O médico e sanitarista Vital Brazil liderou na virada do século XIX para o XX grandes campanhas contra epidemias de febre amarela varíola peste bubônica e cólera Vital Brazil foi o descobridor da soroterapia em 1898 Suas pesquisas foram as pioneiras em produção de soros específicos contra venenos de animais como as cobras Até hoje utilizamos o soro para salvar inúmeras vidas Os soros contra venenos de animais peçonhentos são produzidos a partir do próprio veneno Após a sua extração ele é processado diluído e filtrado O antígeno então é inoculado em um cavalo que fica de quarentena tempo suficiente para a produção de anticorpos pelo sistema imunológico do animal Depois desse tempo o sangue é coletado e as hemácias são separadas do plasma o qual é necessário para a produção do soro Conclusão Você chegou ao final deste estudo Nele abordamos os principais agentes patogênicos relacionados às doenças infecciosas humanas Nesta unidade você teve a oportunidade de conhecer as infecções bacterianas identificar as principais células e moléculas envolvidas nas respostas imunológicas contra as infecções causadas por agentes patogênicos conhecer as infecções virais compreender como a resposta imunológica combate as infecções causadas por agentes patogênicos identificar o papel do sistema complemento frente às infecções conhecer os tipos de imunizações aplicados à prevençãotratamento de doenças humanas Bibliografia ABBAS A K LICHTMAN A H PILLAI S Imunologia celular e molecular 7 ed Rio de Janeiro Elsevier 2012 560 p BROOKS F G et al Microbiologia médica de Jawetz Melnick e Adelberg Lange 26 ed Rio de Janeiro AMGH 2014 CHAPEL H et al Essentials of clinical immunology 6 ed Oxford WileyBlackwell 2014 CONTÁGIO Direção Steven Soderbergh Califórnia Estados Unidos Warner Bros 2011 Duração 106 min INSTITUTO BUTANTAN Soros Disponível em httpwwwbutantangovbrsorosevacinassoros httpwwwbutantangovbrsorosevacinassoros Acesso em 21 ago 2019 MURPHY K Imunobiologia de Janeway 8 ed Porto Alegre Artmed 2014 IMUNIZAÇÕES Publicação da associação brasileira de imunizações São Paulo Segmento Farma Editores v 2 n 4 jan 2009 Disponível em httpssbimorgbrimagesrevistasrevistaimunizsbimv2n42009pdf httpssbimorgbrimagesrevistasrevistaimunizsbimv2n42009pdf Acesso em 19 fev 2020 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA Calendário de vacinação da SBP 2019 Disponível em httpswwwsbpcombrfileadminuserupload21273mDocCientCalendarioVacinacao2019ok1pdf httpswwwsbpcombrfileadminuserupload21273mDocCientCalendarioVacinacao2019ok1pdf Acesso em 2 ago 2019 UJVARI S C A história da humanidade contada pelos vírus bactérias parasitas e outros microrganismos 1 ed São Paulo Contexto 2009 202 p

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MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA CAPÍTULO 3 DOENÇAS INFECCIOSAS Mauricio Peixoto Vinicius Canato Santana Introdução Nesta unidade você irá descobrir aspectos das doenças virais e bacterianas e como nosso sistema imunológico combate os diferentes agentes patogênicos Vivemos cercados de inúmeros microrganismos e muitas vezes não desenvolvemos uma doença Mas por que isso acontece Somente uma parcela dos microrganismos são patogênicos ou seja são capazes de desenvolver uma doença no ser humano Nós possuímos inúmeras barreiras imunológicas que têm a função de impedir que alguns patógenos consigam entrar no nosso organismo Mas e se o patógeno tiver sucesso em vencer as barreiras imunológicas o que acontece Para responder a essa pergunta temos que saber primeiro qual o patógeno que o sistema imunológico terá que combater A partir desse ponto têm início as respostas imunológicas inata e adaptativa Existem também protocolos de imunização por meio das vacinas que nos fornecem proteção contra um determinado agente patogênico A vacinação é uma arma de extrema importância para evitarmos e até erradicarmos inúmeras doenças O objetivo principal da vacinação está na geração de memória imunológica duradoura Essa memória gerada protege o indivíduo de infecções futuras por longos períodos Mas você sabe por que não ficamos doentes quando somos vacinados E como temos sucesso na vacinação que não utiliza o patógeno inteiro Todas essas perguntas serão respondidas ao longo desta unidade Acompanhenos e bons estudos 31 Doenças bacterianas e fúngicas e resposta imune frente a microrganismos extracelulares As bactérias ocupam praticamente todos os ambientes inclusive o corpo humano sendo muitas delas patogênicas Quando um microrganismo patogênico inicia seu processo de instalação pode desencadear uma doença Nesse momento nosso sistema imunológico entra em ação sendo responsável por garantir a eliminação desse patógeno O início de uma infecção bacteriana se dá no momento em que essa bactéria consegue ultrapassar todas as barreiras imunológicas que impedem o acesso a diferentes tecidos do nosso corpo VAMOS PRATICAR Quem nunca se machucou ou teve um ferimento que apresentou aquela amareloesverdeada ou amarelada Essa secreção conhecida popularm pus é composta de diversas células de defesa do sistema imunológico dei os neutrófilos que são as primeiras células a chegarem ao local da infecção atividade você vai exercitar sua capacidade de pensar sobre uma relacionada à infecção Situaçãoproblema Ao se machucar seu ferimento começa a apresentar os sintomas clássicos resposta inflamatória como calor vermelhidão dor e inchaço Acomp desses sintomas o ferimento começa a infeccionar e apresentar pus Ao j ajuda médica baseado nos seus conhecimentos você seria capaz de inform o agente patogênico que poderia estar causando esse processo infeccioso A pele é considerada a primeira barreira física que a bactéria tem de vencer Formada pelo tecido epitelial é uma importante forma de impedir que esses microrganismos atinjam tecidos subjacentes O epitélio possui peptídeos microbianos que controlam o tamanho da microbiota ali existente MURPHY 2014 Figura 1 Os fagócitos são os guardiões que protegem o corpo contra as infecções por bactérias e vírus Uma das primeiras células a chegar no local da infecção é o neutrófilo Fonte Blamb Shutterstock 2020 VOCÊ SABIA As primeiras células leucocitárias a chegarem no local atingido por uma infecção bacteriana são os neutrófilos uma vez que existem em grande quantidade na corrente sanguínea resultando em um infiltrado leucocitário no tecido Esse infiltrado tem sua importância no combate à proliferação bacteriana Nesses casos ainda ocorre um aumento dos neutrófilos causando o quadro conhecido como neutrofilia Figura 2 O processo de eliminação do patógeno tem início com o reconhecimento dos PRRs com os PAMPs presentes na bactéria Ocorre a formação de vesícula fagocítica fagossomo com a bactéria em seu interior A união do fagossomo com lisossomo forma o fagolisossoma Fonte Designua Shutterstock 2019 CASO Um local inflamado pode apresentar em alguns casos uma secreção amareloesverdeada ou amarelada Essa secreção é composta por neutrófilos que combatem a infecção bacteriana e para que ocorra a eliminação do patógeno essas células morrem No local da infecção há muitos neutrófilos que já morreram ou estão prestes a morrer A secreção que observamos nessas feridas é o conhecido pus e é composta por esses neutrófilos que morreram para combater essa infecção bacteriana normalmente causada por bactérias piogênicas bactérias capsuladas de vida extracelular e também por glóbulos brancos em processo de degeneração bactérias proteínas e elementos orgânicos Os linfócitos T podem ser classificados como linfócitos T CD8 podendo ser chamados de T citolíticos ou citotóxicos Eles expressam em sua superfície CD8 e são extremamente importantes como armas para combater infecções virais e tumores Além desses linfócitos aqueles linfócitos T que expressam em sua superfície o CD4 são denominados de linfócitos T CD4 também chamados de linfócitos T auxiliares ou helper Os linfócitos T CD4 são importantes nas respostas contra infecções bacterianas Os efetores podem se diferenciar em célula TH1 TH2 TH17 TFH Treg e alguns podem ser ativados em infecções causadas por bactérias Th1 Estimula a atividade dos fagócitos Participa auxiliando na ativação das células T CD8 TH2 Participa do combate aos parasitas extracelulares multicelulares TH17 Aumenta no local da infecção a presença dos neutrófilos logo no início da resposta imune adaptativa TFH Estimula a produção de anticorpos pelos plasmócitos Treg Controla o nível da resposta adaptativa a fim de evitar uma resposta descontrolada do sistema imune Quadro 1 Os diferentes tipos de linfócitos T CD4 efetores possuem funções distintas contra os agentes patogênicos Fonte Elaborado pelo autor 2020 células B BCR ou receptor de células T TCR respectivamente É importante lembrar que os TCRs só reconhecem antígeno proteico os BCRs podem reconhecer antígeno não proteico Após a ativação desses linfócitos eles se diferenciam em linfócitos efetores e células de memória Quando um linfócito B reconhece um antígeno pelo BCR ele se diferencia em plasmócitos que são capazes de produzir e secretar anticorpos Esses anticorpos são dispersos pela corrente sanguínea e podem chegar até o local da infecção Os anticorpos que estão presentes no sangue podem ter como funções Opsonização do microrganismo anticorpos recobrem patógeno facilitando fagocitose Ativação do sistema complemento formando poros que induzem a morte do microrganismo Neutralização dos antígenos impedindo que ele adentre à sua célula alvo Ativação da citotoxicidade celular dependente de anticorpos ADCC que possui como célula efetora a célula NK que reconhece um anticorpo aderido à superfície de uma célula infectada e a mata Todas essas funções são importantes para a resposta contra uma infecção por bactérias É importante lembrar que somente os microrganismos que estão no espaço extracelular podem ser atacados pelos anticorpos e pelo sistema complemento ABBAS LICHTMAN PILLAI 2012 Uns dos responsáveis pela produção de citocinas que recrutam os neutrófilos para o local de uma infecção são os linfócitos TH17 Eles têm papel importante na neutrofilia condição bastante observada nas infecções bacterianas Já os linfócitos TH1 aumentam a capacidade microbicida dos fagócitos com a maior expressão de MHC de classe I e classe II e receptores de citocinas na superfície celular As citocinas produzidas pelos linfócitos TH1 podem ativar a troca de um isotipo de anticorpo para IgG que atua como opsonina e ativador do sistema complemento CHAPEL et al 2014 313 Sistema complemento O sistema complemento é constituído por proteínas solúveis que atuam na eliminação de infecções bacterianas por meio da opsonização ou pela perfuração da membrana da bactéria A via das lectinas e a via alternativa do sistema complemento podem ser ativadas sem a necessidade dos componentes da resposta adaptativa anticorpos Já a via clássica pode ser ativada pela ligação do anticorpo com a superfície do microrganismo patogênico Após a invasão do patógeno aos tecidos do hospedeiro as moléculas do sistema complemento opsoninas sinalizam para os fagócitos que podem realizar a fagocitose do patógeno mais facilmente Esse sistema pode também lisar uma bactéria causando sua morte Independente da forma que o sistema complemento é ativado Via Clássica Via alternativa ou das Lecitinas a enzima C3 convertase formada nas três vias do complemento dá origem à enzima C5 convertase que começa a formar o MAC complexo de ataque à membrana Esse complexo leva à citólise morte da bactéria pela formação de um poro causando a perfuração de sua membrana 32 Doenças virais e resposta imune frente a vírus e outros patógenos intracelulares Inúmeras doenças são causadas pelos vírus Temos exemplos bem conhecidos como a AIDS causada pelo vírus HIV e a gripe causada pelo vírus da Influenza Os vírus podem se propagar de diversas formas seja pelo ar por alimentos pela água ou transmitidos pelo contato entre pessoas Uma vez que houve a transmissão do vírus para o hospedeiro tem início o seu ciclo específico para cada tipo de vírus VOCÊ QUER LER O livro A história da humanidade contada pelos vírus bactérias parasitas e outros microrganismos escrito por Stefan Cunha de Ujvari 2009 conta histórias do desenvolvimento social da humanidade e a relação com diversos vírus e microrganismos Vale a pena conferir As infecções causadas por vírus são altamente diversas e dependem de características dos vírus e do hospedeiro Os princípios importantes relacionados com as doenças virais compreendem os seguintes 1 muitas infecções virais são subclínicas 2 a mesma doença pode ser causada por uma variedade de vírus 3 o mesmo vírus pode causar uma variedade de doenças 4 a doença não tem relação com a morfologia viral e 5 a evolução de qualquer caso específico é determinada pelos fatores virais e do hospedeiro sendo influenciada pela genética de ambos BROOKS et al 2014 p431 As células que compõem o corpo humano expressam em sua superfície o complexo principal de histocompatibilidade MHC exceto as plaquetas Elas são responsáveis por apresentar o antígeno para os linfócitos T helper e T citotóxicos Quando ocorre uma infecção das células é por meio desses receptores que os antígenos virais são expressos e podem ser detectados pelo sistema imunológico 06062022 1939 Mecanismos de Agressão e Defesa httpsstudentulifecombrContentPlayerIndexlcw23L2bC3tm5HwQi7vLxQ7CA3d3dlAGYp2D7wKBr2EOX5CRCFpw3d3dcd 1122 As celulas apresentadoras de antıgeno APCs expressam MHC de classe II na sua superfıcie e todas as outras celulas nucleadas do organismo expressam MHC de classe I sendo as que expressam MHC de classe I essenciais para combater as infecçoes virais Isso porque as celulas do hospedeiro continuamente estao apresentando antıgenos via MHC de classe I que carregam fragmentos proteicos que foram produzidos pela propria celula do hospedeiro Quando a partıcula viral invade a celula do hospedeiro o material de ambos se mistura e ocorre a sıntese de proteınas que nao sao proprias da celula hospedeira Logo no instante em que a molecula de MHC de classe I estiver carregando um peptıdeo estranho o linfocito T CD8 ativado induzira a morte dessa celula 321 Ativação de células T citotóxicas virgens Para que as celulas T citotoxicas virgens sejam ativas sao necessarios dois sinais O primeiro sinal vem do reconhecimento do MHC de classe I com o TCR da celula T CD8 ou MHC de classe II com o TCR da celula T CD4 O segundo sinal vem das moleculas coestimuladoras conhecidas tambem por acessorias expressas na superfıcie das APCs No momento da apresentaçao de antıgenos essas moleculas se ligam ao CD28 que e expresso no linfocito T As APCs capturam por fagocitose ou macropinocitose as partıculas virais assim que elas ultrapassam a barreira imunologica da pele Elas migram para os linfonodos e aumentam a expressao em sua superfıcie de CD80 e CD86 que atuam como moleculas coestimuladoras importantes para ativarem os linfocitos T virgens As celulas dendrıticas podem apresentar o antıgeno via MHC de classe II para as celulas T CD4 e tambem apresentarem os antıgenos via MHC de classe I para celula T CD8 Por conseguirem apresentar antıgenos via MHC de classe I e II algumas celulas dendrıticas tem a capacidade de realizar a apresentaçao cruzada Apos a ativaçao dos linfocitos T CD4 pode ocorrer o fornecimento de alguns sinais que ajudarao a completar a ativaçao do linfocito T CD8 BROOKS et al 2014 Muitas vezes as celulas infectadas pelos vırus nao tem a capacidade de expressar as moleculas coestimuladoras necessarias para disparar o segundo sinal de ativaçao dos linfocitos T CD8 virgens Quando isso acontece os linfocitos T CD4 produzem citocinas que vao ajudar nesse processo como a IL2 por exemplo Uma vez que o linfocito T CD8 foi ativado inicia a sua funçao citolıtica para combater a infecçao viral ABBAS LICHTMAN PILLAI 2012 322 Combate à infecção viral Com exceçao das hemacias todas as celulas expressam na sua superfıcie o MHC algumas de classe I todas as celulas que possuem nucleo e outras de classe II as APCs que sao responsaveis por apresentar antıgenos para os linfocitos T CD4 ou CD8 Nas infecçoes virais as celulas CD4 T 1 possuem papel muito importante e isso se deve as citocinas que tais celulas secretam A IL2 por exemplo auxilia na multiplicaçao e diferenciaçao de celulas T tanto CD4 como CD8 Ja o aumento da expressao de moleculas do MHC de classe I e II e resultado da açao de outra citocina produzida pelas T 1 o IFNγ A combinaçao dessas duas citocinas IL2 e IFNγ estimula o crescimento e a ativaçao de celulas NK Alem disso o fator de crescimento GMCSF leva a uma maior produçao de granulocitos macrofagos e de celulas dendrıticas pela medula ossea Graças a produçao dessa variedade de citocinas os linfocitos CD8 efetores ou linfocitos T citolıticos que se encontram nos orgaos linfoides e sao capazes de sair e ao se depararem com uma celula infectada que apresenta o antıgeno via MHC de classe I induzem a apoptose dessa celula Para que somente a celula infectada sofra apoptose morte celular programada os linfocitos T citolıticos induzem essa morte via liberaçao de granulos contendo granzimas e perforinas Os granulos sao liberados somente no local de contato entre a celula infectada e o linfocito T citolıtico Primeiramente e liberada a perforina que abre um buraco na membrana plasmatica da celula infectada e logo apos a liberaçao da perforina sao liberadas as granzimas que desencadeiam a apoptose da celula infectada H H 06062022 1939 Mecanismos de Agressão e Defesa httpsstudentulifecombrContentPlayerIndexlcw23L2bC3tm5HwQi7vLxQ7CA3d3dlAGYp2D7wKBr2EOX5CRCFpw3d3dcd 1222 As celulas da resposta imune inata responsaveis por combater as infecçoes virais sao as celulas NKs ou natural killers Elas matam todas as celulas que nao possuem em sua superfıcie o MHC de classe I Figura 4 A apoptose e induzida via a liberaçao de granzimas e perforinas pelas celulas T citotoxicas Fonte Designua Shutterstock 2019 Figura 5 Mecanismo de ação das células NK natural killer Elas reconhecem entre outros fatores a ausência de MHC I na superfície de células infectadas Fonte Ellepigràfica Shutterstock 2019 Alguns vírus podem alterar a expressão de MHC de classe I da célula infectada Isso seria uma estratégia de evasão imunológica em que o vírus tenta enganar o sistema imune do hospedeiro pois evitaria assim que os linfócitos T CD8 atacassem a célula infectada MURPHY 2014 323 Anticorpos Os anticorpos só têm a capacidade de reconhecer e agir sobre uma partícula viral no momento em que ela não esteja no interior da célula hospedeira Figura 6 Os anticorpos em branco identificam e neutralizam o agente patogênico Na imagem o anticorpo se liga ao norovírus para eliminálo Fonte Juan Gaertner Shutterstock 2019 No momento que as partículas virais estão no espaço extracelular podem ser reconhecidas por meio do BCR dos linfócitos B Após o reconhecimento a partícula viral é internalizada processada e os antígenos são apresentados à célula T CD4 Os linfócitos T helper produzem citocinas que disparam o processo de diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos Os plasmócitos iniciam a produção e secreção de anticorpos específicos àquele vírus fagocitado ABBAS LICHTMAN PILLAI 2012 VOCÊ QUER VER O filme Contágio lançado em 2011 e dirigido por Steven Soderbergh trata de uma epidemia provocada por um vírus que é facilmente transmitido pelo ar De forma bem clara e didática é possível ver nesse filme como a ciência atua no combate aos vírus altamente patogênicos As mucosas são locais onde os anticorpos da classe IgA têm uma importante participação atuando na defesa contra infecções virais pois neutralizam antígenos virais Esses anticorpos podem ser transportados por meio da barreira epitelial impedindo dessa forma a proliferação do vírus ABBAS LICHTMAN PILLAI 2012 33 Soros e vacinas aplicados a prevençãotratamento de doenças humanas Vimos anteriormente que através dos mecanismos da resposta imune adaptativa celular e humoral e inata somos capazes de nos proteger dos patógenos Entretanto é possível ajudar o sistema imunológico pela administração de componentes individuais da resposta imune como os anticorpos ou pela exposição do sistema imune a determinado antígeno de modo a estimular a resposta imune adquirida a gerar memória um procedimento designado como vacinação Um dos grandes triunfos da medicina foi a capacidade de aproveitar esses mecanismos por meio da imunização com o objetivo de proteger o indivíduo contra um grande número de doenças infecciosas O termo imunização se refere estabelecimento de uma resposta imune adaptativa por meio de inoculação de antígenos ou anticorpos no hospedeiro de modo a tornálo resistente a um processo infeccioso ou patológico Existem dois tipos de imunização a ativa e a passiva Na imunização ativa há o inóculo do antígeno a fim de desencadear uma resposta adaptativa com geração de memória imunológica que garantirá uma proteção ao indivíduo Um exemplo de sucesso da imunização ativa são as vacinas Na imunização passiva não há a formação de memória imunológica pois os anticorpos já são introduzidos no organismo prontos Um exemplo de imunização passiva são os anticorpos passados da mãe para o filho durante a gestação e aleitamento e os soros antiofídicos que combatem toxinas presentes no veneno de cobras 331 Vacina Como mencionado anteriormente a vacinação permite a formação de células de memória que conferem uma proteção ao indivíduo vacinado As vacinas podem utilizar somente um fragmento do patógeno ou o patógeno inteiro na sua forma atenuada ou inativa A diferença em se utilizar os patógenos inteiros na forma inativada é que eles estão mortos e quando estão atenuados eles ainda estão vivos porém com a patogenicidade reduzida As vacinas que utilizam os microrganismos na sua forma atenuada são capazes de ativar diversos mecanismos efetores do sistema imunológico São considerados três grandes tipos de vacinas Tipo de vacina Produção Exemplo Vacinas vivas atenuadas Os vírus ou bactérias são enfraquecidos por meio de passagens por um hospedeiro não natural Esses patógenos continuam com a capacidade de se reproduzir dentro da célula hospedeira e de mantêla suficientemente antigênica a ponto de induzir uma resposta imunológica do indivíduo que receberá a vacina VAP vacina oral contra o vírus da poliomielite vacina da febre amarela vacina contra a varicelazoster Vacinas mortasinativadas O vírus ou bactéria encontrase inativado ou morto por meio de processos que utilizam o calor ou processos químicos VIP vacina inativada contra o vírus da poliomielite vacina contra a raiva vacina da hepatite A Vacinas subunitárias Nesse tipo de vacina utilizamse frações ou subunidades dos patógenos São selecionadas as frações ou subunidades capazes de produzir uma resposta imune específica Vacina contra o Haemophilus influenza do sorotipo b Quadro 2 Os diferentes tipos de vacinas capazes de iniciar uma resposta imunológica do indivíduo Fonte Elaborado pelo autor baseado em IMUNIZAÇÕES 2009 Para a produção das vacinas que se utilizam de fragmentos de antígenos os laboratórios purificam partes que possam ser reconhecidas pelos BCRs ou TCRs Essas vacinas muitas vezes possuem uma baixa capacidade de desencadear a resposta imune Para ter certeza que a resposta imune adaptativa seja ativada os laboratórios administram junto com o antígeno um adjuvante sais de alumínio são os mais utilizados hoje em dia capaz de aumentar a imunogenicidade do antígeno Dessa forma a formação de memória imunológica está garantida VAMOS PRATICAR Como vimos as vacinas são de extrema importância na proteção da sc contra a disseminação de várias doenças causadas por vírus e algumas b Ao longo dos anos com a descoberta das vacinas contra determinados v possível exterminar ou declarar que uma determinada doença foi exti algum país ou mesmo no mundo todo Nesta atividade você vai exercitar sua capacidade de pensar sobre uma relacionada à erradicação de uma determinada doença Situaçãoproblema No primeiro semestre de 2019 acompanhamos o retorno de algumas que já haviam sido consideradas extintas Um exemplo atual é o s Algumas causas são consideradas para esse retorno sendo elas a baixa aa campanhas de vacinas os movimentos antivacinas e o medo que algumas têm das possíveis reações que as vacinas podem causar Tendo isso em considere a seguinte situação Você tem uma viagem agendada para um eo país que está enfrentando um surto de uma determinada doença que p prevenida com a vacina Você não se recorda de ter se vacinado e tamb encontra a sua carteira de vacinação Qual medida tomaria nesse caso Os linfócitos T e B são de extrema importância para o sucesso dos protocolos de vacinação Os linfócitos B serão ativados contra o antígeno ofertado na vacina e produzirão os anticorpos neutralizantes para combater esse antígeno e os linfócitos T vão auxiliar na produção dos anticorpos pelas células B Os protocolos de vacinação têm especial interesse na ativação dos linfócitos T CD8 pois eles são eficientes na eliminação de células infectadas por vírus CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO 2019 RECOMENDAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA IDADE Ao nascer 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses 7 meses 12 meses 15 meses 18 meses 4 a 6 anos 11 anos 14 anos BCG ID1 Hepatite B1 DTPDEPa3 dTdTpa4 Hib5 VIPVOP5 Pneumocócita conjugada7 Meningocócica C e A C W Y conjugadas8 Meningocócica B recombinante9 Rotavírus10 Influenza11 SCRVaricelaSCRV12 Hepatite A13 Febre amarela14 A partir dos 9 meses de idade HPV15 Meninos e Meninas a partir dos 9 anos de idade Dengue16 Para crianças e adolescentes a partir de 9 anos de idade com infecção prévia soropositivo Quadro 3 Calendário vacinal proposto pela Sociedade Brasileira de Pediatria para crianças e adolescentes do nascimento até os 19 anos de idade Fonte SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA 2019 Seguindo o calendário vacinal recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria SBP as vacunas obrigatórias são BCG ID Bacilo de CalmetteGuérin contra a tuberculose Hepatite B DTPDTPa difteria tétano e pertussis tríplice bacterianaDTPa acelular dTdTpa difteria tétano e coqueluchedifteria e tétano Hib Haemophilus influenzae tipo b VIPVOP vacina inativada poliomielitevacina oral poliomielite Pneumocócica conjugada Meningocócica C e A C W Y conjugadas Rotavírus Influenza SCRVaricelaSCRV sarampo caxumba rubéola e varicela Hepatite A Febre amarela HPV papilomavírus humano Para profissionais de saúde é particularmente importante manter a carteira de vacinação em dia Além de estarmos mais suscetíveis ao encontro com um desses patógenos há certos acidentes ocupacionais que podem transmitir doenças preveníveis por meio de vacinas como tétano ou hepatite B por exemplo 332 Soro A soroterapia é considerada uma imunização passiva pois não tem a formação de memória imunológica Isso acontece pois o soro que será inoculado não contém o antígeno a ser combatido Na verdade o soro já contém os anticorpos responsáveis por combater o antígeno gerando uma resposta imediata VAMOS PRATICAR Já sabemos que a soroterapia é considerada uma imunização passiva i tem a formação de memória imunológica Os soros são utilizados em vári específicos em que não se pode utilizar vacinas Nesta atividade você vai e sua capacidade de pensar sobre uma situação relacionada à utilização para o tratamento de um possível acidente com um animal peçonhento Ministério da Saúde poderá auxiliálo a refletir sobre o problema p Acesse httpwwwsaudegovbrsaudedeazacidentespor peconhentos Situaçãoproblema Você está passeando e curtindo suas férias em um local remoto Em um n de distração em uma trilha você sente uma picada de aranha Sem saber aranha é venenosa qual a providência você tomaria Ao ligar para pedir baseado na situação quais informações são consideradas importantes par repassadas para os socorristas Os soros são utilizados principalmente em casos de picadas de animais peçonhentos como as cobras Quando ocorre um acidente com uma cobra o indivíduo recebe uma dose de soro antiofídico Outros soros ainda são utilizados como antirrábico antibutulínico antitetânico antidiftérico entre outros INSTITUTO BUTANTAN 2019 VOCÊ O CONHECE O médico e sanitarista Vital Brazil liderou na virada do século XIX para o XX grandes campanhas contra epidemias de febre amarela varíola peste bubônica e cólera Vital Brazil foi o descobridor da soroterapia em 1898 Suas pesquisas foram as pioneiras em produção de soros específicos contra venenos de animais como as cobras Até hoje utilizamos o soro para salvar inúmeras vidas Os soros contra venenos de animais peçonhentos são produzidos a partir do próprio veneno Após a sua extração ele é processado diluído e filtrado O antígeno então é inoculado em um cavalo que fica de quarentena tempo suficiente para a produção de anticorpos pelo sistema imunológico do animal Depois desse tempo o sangue é coletado e as hemácias são separadas do plasma o qual é necessário para a produção do soro Conclusão Você chegou ao final deste estudo Nele abordamos os principais agentes patogênicos relacionados às doenças infecciosas humanas Nesta unidade você teve a oportunidade de conhecer as infecções bacterianas identificar as principais células e moléculas envolvidas nas respostas imunológicas contra as infecções causadas por agentes patogênicos conhecer as infecções virais compreender como a resposta imunológica combate as infecções causadas por agentes patogênicos identificar o papel do sistema complemento frente às infecções conhecer os tipos de imunizações aplicados à prevençãotratamento de doenças humanas Bibliografia ABBAS A K LICHTMAN A H PILLAI S Imunologia celular e molecular 7 ed Rio de Janeiro Elsevier 2012 560 p BROOKS F G et al Microbiologia médica de Jawetz Melnick e Adelberg Lange 26 ed Rio de Janeiro AMGH 2014 CHAPEL H et al Essentials of clinical immunology 6 ed Oxford WileyBlackwell 2014 CONTÁGIO Direção Steven Soderbergh Califórnia Estados Unidos Warner Bros 2011 Duração 106 min INSTITUTO BUTANTAN Soros Disponível em httpwwwbutantangovbrsorosevacinassoros httpwwwbutantangovbrsorosevacinassoros Acesso em 21 ago 2019 MURPHY K Imunobiologia de Janeway 8 ed Porto Alegre Artmed 2014 IMUNIZAÇÕES Publicação da associação brasileira de imunizações São Paulo Segmento Farma Editores v 2 n 4 jan 2009 Disponível em httpssbimorgbrimagesrevistasrevistaimunizsbimv2n42009pdf httpssbimorgbrimagesrevistasrevistaimunizsbimv2n42009pdf Acesso em 19 fev 2020 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA Calendário de vacinação da SBP 2019 Disponível em httpswwwsbpcombrfileadminuserupload21273mDocCientCalendarioVacinacao2019ok1pdf httpswwwsbpcombrfileadminuserupload21273mDocCientCalendarioVacinacao2019ok1pdf Acesso em 2 ago 2019 UJVARI S C A história da humanidade contada pelos vírus bactérias parasitas e outros microrganismos 1 ed São Paulo Contexto 2009 202 p

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