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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ANÁLISE CONTÁBIL DO FLUXO DE CAIXA E CAPITAL DE GIRO MICHEL TEIXEIRA PEREIRA UNIDADE 03 Unidade 3 Introdução Demonstração do Fluxo de Caixa DFC Demonstração do Valor Adicionado DVA Quais são suas finalidades O que elas indicam Situação Financeira Necessidade de Capital de Giro Unidade 3 Objetivos 1 Contrastar a Demonstração do Fluxo de Caixa DFC 2 Contrastar a Demonstração do Valor Adicionado DVA 3 Identificar os principais índices que constituem a análise financeira de uma empresa 4 Selecionar a necessidade de capital de giro NGC Elaboração e análise do fluxo de caixa Demonstração do Fluxo de Caixa DFC Métodos Direto e Indireto Índices para análise da Demonstração de Fluxo de Caixa DFC DFC Facilita a previsão de fluxos de caixa futuros Regime de caixa Surgiu nos Estados Unidos em 1987 Passou a ser obrigatória e normatizada para as companhias abertas no Brasil em 2008 Substitui a DOAR Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da entidade não classificadas como atividade operacional Métodos de elaboração da Demonstração de Fluxo de Caixa DFC Método Direto são apresentados os componentes dos fluxos por seus valores brutos ao menos para os itens mais significativos dos recebimentos e dos pagamentos Método Indireto é feita por meio da conciliação do Resultado Líquido do Exercício com a efetiva variação do caixa DFC Método Direto em 3112X2 em Atividades Operacionais Recebimentos de Clientes 4796250 Pagamentos a Fornecedores 3620000 Pagamentos de Despesas 753750 Pagamento de Imposto de Renda 97500 Caixa Gerado nas Atividades Operacionais 325000 Atividades de Investimento Compra de Imóveis 50000 Aumento em Investimentos 43750 Caixa Consumido nas Atividades de Investimento 93750 Atividades de Financiamento Aumento de Capital 62500 Pagamento de Dividendos 75000 Captação de Empréstimos 200000 Pagamento de Empréstimos 50000 Caixa Gerado nas Atividades de Financiamento 137500 Aumento das Disponibilidades 368750 Saldo inicial BP X1 168750 Saldo final BP X2 537500 Variação no Caixa 368750 Quadro 1 Método Direto completo Fonte Adaptado de Matarazzo 2010 DFC Método Indireto em 3112X2 em Atividades Operacionais Lucro Líquido DRE 50500 Mais Depreciação 50000 Mais Encargos Financeiros Empréstimos 37000 Mais Variação Cambial 50000 Mais Compensação Tributos Diferidos 15000 Diminuição em Fornecedores 120000 Diminuição em Despesas Antecipadas 1250 Diminuição em Duplicatas a Receber e Títulos Líquido 308750 Diminuição em Impostos a Pagar 67500 Caixa Gerado nas Atividades Operacionais 325000 Atividades de Investimento Compra de Imóveis 50000 Aumento em Investimentos 43750 Caixa Consumido nas Atividades de Investimento 93750 Atividades de Financiamento Aumento de Capital 62500 Pagamento de Dividendos 75000 Captação de Empréstimos 200000 Pagamento de Empréstimos 50000 Caixa Gerado nas Atividades de Financiamento 137500 Aumento das Disponibilidades 368750 Fonte Adaptado de Matarazzo 2010 Quadro 2 Método Indireto completo Elaboração e Análise do Valor Adicionado DVA A DVA evidencia quanto de riqueza uma empresa produziu ou seja quanto ela adicionou de valor a seus fatores de produção e de que forma essa riqueza foi distribuída entre empregados governo acionistas financiadores de capital e quanto ficou retido na companhia Passou a ser obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto a partir do exercício de 2008 É uma demonstração bastante útil inclusive do ponto de vista macroeconômico uma vez que conceitualmente o somatório dos valores adicionados ou valores agregados de um país representa na verdade seu Produto Interno Bruto PIB DESCRIÇÃO 1 RECEITAS 11 Vendas de mercadorias produtos e serviços 12 Outras receitas 13 Receitas relativas à construção de ativos próprios 14 Provisão para créditos de liquidação duvidosa Reversão Constituição 2 INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS inclui os valores dos impostos ICMS IPI PIS e COFINS 21 Custos dos produtos das mercadorias e dos serviços vendidos 22 Materiais energia serviços de terceiros e outros 23 Perda Recuperação de valores ativos 24 Outras especificar 3 VALOR ADICIONADO BRUTO 12 4 DEPRECIAÇÃO AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 5 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 34 6 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 61 Resultado de equivalência patrimonial 62 Receitas financeiras 63 Outras 7 VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 56 Quadro 3 Demonstração do Valor Adicionado Empresas em geral 8 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 81 Pessoal 811 Remuneração direta 812 Benefícios 813 FGTS 82 Impostos taxas e contribuições 821 Federais 822 Estaduais 823 Municipais 83 Remuneração de capitais de terceiros 831 Juros 832 Aluguéis 833 Outras 84 Remuneração de capitais próprios 841 Juros sobre o capital próprio 842 Dividendos 843 Lucros retidos Prejuízo do exercício 844 Participação dos não controladores nos lucros retidos só p consolidação Fonte Adaptado de CFC 2008 Índices para Análise da Demonstração do Valor Adicionado DVA Potencial do Ativo em Gerar Riqueza Valor Adicionado Ativo Total Retenção da Receita Valor Adicionado Receita Operacional Valor Adicionado per capita Valor Adicionado Número de funcionários média Empregados Valor Adicionado Juros Valor Adicionado Dividendos Valor Adicionado Impostos Valor Adicionado Lucro Reinvestido Valor Adicionado Índices para Análise da Demonstração do Valor Adicionado DVA Indicadores de atividade ou rotatividade prazos médios RECEBIMENTOS PAGAMENTOS Caixa Fornecedores Bancos Custos Indiretos Mão de obra direta ESTOCAGEM PRODUTOS EM PROCESSO Matériaprima inclui custos de produção Produtos intermediários Produtos acabados Mercadorias para revenda Compra à vista Compra a prazo VENDAS Vendas à vista Vendas a prazo COMPRAS Matériaprima Mercadorias para revenda Figura 1 Fluxo econômicofinanceiro de uma empresa industrial Fonte Adaptado de Silva 2000 Mensuração dos ciclos operacionais e financeiros a partir das demonstrações contábeis PMRE Estoque ou Estoque Médio CMV x 360 DP Alto índice de rotação pode ser sinal de baixo investimento em estoques Baixo índice de rotação pode estar sinalizando um investimento excessivo nos estoques PMRV Duplicatas a Receber ou média dos períodos Receita Líquida de Vendas x 360 DP Quanto maior o prazo de recebimento pior será para a empresa PMPC Fornecedores ou média dos períodos Compras x 360 DP O prazo médio para pagamento das compras deverá ser superior aos prazos concedidos aos clientes Avaliação dos Ciclos Operacionais Ciclo Operacional Superavitário COS COS PMRE PMRV PMPC 1 Compra Vende Recebe Paga PMRE PMRV Folga Financeira 35 dias 40 dias 5 dias PMPC 80 dias CICLO OPERACIONAL Figura 2 Ciclo operacional superavitário Fonte Adaptado de Silva 2000 Avaliação dos Ciclos Operacionais Ciclo Operacional Deficitário COD COD PMRE PMRV PMPC 1 Compra Vende Recebe PMRE 49 dias Paga Dias Financiados 26 dias 80 dias PMPC 54 dias CICLO OPERACIONAL PMRV 31 dias Fonte Adaptado de Silva 2000 Figura 3 Ciclo operacional deficitário Análise da Necessidade de Capital de Giro NCG Como compreendêlo como interpretálo suas implicações e exemplos práticos Necessidade de Capital de Giro NCG Principal determinante da situação financeira de uma empresa A NCG representa a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante Um método de análise mais coerente com a realidade operacional brasileira seria NCG Ativo Circulante Operacional Passivo Circulante Operacional O Ativo Circulante Operacional ACO é o investimento que decorre automaticamente das atividades de compraproduçãoestocagemvenda Passsivo Circulante Operacional PCO é o financiamento também automático que decorre dessas atividades Necessidade de capital de giro NCG ACO PCO Situação normal na maioria das empresas Há uma NCG para a qual a empresa pode recorrer a fontes de financiamentos ACO PCO Esta é uma situação de equilíbrio não muito comum Aqui em razão de a NCG ser igual a zero a empresa não tem necessidade de financiamento para giro ACO PCO Nesta situação a empresa tem mais financiamentos operacionais do que investimentos operacionais Isso evidencia sobra de recursos das atividades operacionais os quais poderão ser aplicados no mercado financeiro ou para expansão de suas instalações Quadro 4 Critérios de avaliação da Necessidade de Capital de Giro NCG Fonte Adaptado de Matarazzo 2010 Efeito Tesoura Incapaz de financiar adequadamente seus investimentos operacionais em giro Operando com recursos de maturidade incompatível com suas efetivas necessidades financeiras Forte indicativo de que a empresa está trilhando o caminho para sua insolvência Exige dos gestores uma rápida intervenção nos prazos operacionais R CCL NCG Anos Figura 4 Efeito Tesoura Fonte Adaptado de Silva 2000 Capital de Giro Próprio CGP CGP Patrimônio Líquido Ativo Permanente Se uma companhia sustenta com capital próprio o investimento poderá estar livre de descapitalizarse ou de criar custos elevados derivados de empréstimos ou financiamentos Dependerá diretamente da maturidade da utilidade das funções em que investiu ou aplicou