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Saúde Pública

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MODELOS ASSITENCIAIS EM SAÚDE UNIDADE CURRICULAR SÁUDE ÚNICA TÓPICO GERADOR DTERMINANTES E CONDICIONANTES DA SAÚDE Vamos recordar Conceito de Determinantes Sociais da Saúde DSS CONCEITO DSS As condições de vida e trabalho dos indivíduos e de grupos da população estão relacionadas com sua situação de saúde Determinantes sociais de saúde são os fatores sociais econômicos culturais étnicosraciais psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população tais como moradia alimentação escolaridade renda e emprego CNDSS São os fatores e mecanismos através dos quais as condições sociais afetam a saúde e que potencialmente podem ser alterados através de ações baseadas em informação KRIEGER 2001 O BRASIL investe cerca de US 385 per capita É o 72º colocado no ranking da OMS em investimento em saúde Fica atrás de países como Argentina Uruguai e Chile Para melhorar esse índice precisaria de mais R 45 bilhões por ano Considerando o setor públicos e privado o investimento chega a US 875 per capita O orçamento do governo do Estado em 2010 em saúde chegou a R 13 bilhão R 424 milhões foram repassados pelo governo federal R 889 milhões do governo do Estado R 45 milhões de outras fontes de financiamento De 2005 para 2010 tanto os investimentos do governo do Estado quanto da união no Espírito Santo mais quedobrou 30 da verba estadual cerca de R 200 milhões foram investidos na compra de leitos em hospitais filantrópicos e particulares Em 2010 a União repassou ao Estado 31 do total investido Este ano até o mês de setembro os repasses representam 28 Doenças crônicas Atingem a 32 da população SUS Em 2008 57 da população do Estado procurou por atendimento em postos ou centros de saúde Médicos Em 2009 o número de médicos por mil habitantes no Estado era de 17 acima da média nacional de 15 Leitos O número de leitos públicos por mil habitantes ficou abaixo da média nacional 179 foi de 16 Cobertura O Programa Saúde da Família já cobria 50 da população em 2009 Envelhecimento Em 2010 cerca de 10 da população brasileira tinha mais de 60 anos A projeção para 2020 é de que esse percentual chegue a 13 e em 2050 a 28 Internações O número de internações pelo SUS subiu de 274 mil em 1998 para 425 mil em 2009 PARA QUE LADO O BARCO TOCA MODELOS ASSISTENCIAIS NO BRASIL DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE O QUE SÃO MODELOS Modelos são tanto representações de uma parte específica da realidade quanto interpretações de teorias que podem ser entendidas como um conjunto de declarações logicamente organizadas com poder de explicação sobre eventos genéricos Referência para orientar nossas ações ou nosso aprendizado Qual a melhor referência para orientar nossas ações ou nosso aprendizado Os relatos de sucessos em assuntos correlatos ao que estamos tentando fazer ou aprender ou assimilar os modelos essências ou as formas inteligíveis dos processos com os quais estamos trabalhando O que devemos fazer Utilizar modelos teóricos ou nos inspirarmos em situações concretas bem resolvidas para orientar nossas ações frente a problemas concretos O que são Modelos de Assistência à Saúde Modelos assistenciais são a forma como a assistência à saúde é organizada Eles podem variar muito ao longo do tempo e espaço em que estão inseridos de acordo com as mudanças que ocorrem na sociedade como um todo Modelos de Assistência a Saúde A utilização de modelos nas ciências da saúde é muito frequente Sua construção se dá das mais variadas formas Uma das mais comuns é a análise de sistemas de saúde existentes ou que já existiram em diferentes países recortados por algumas variáveis ou categorias de análise Modelos de Assistência à Saúde Forma ou modo de produção de serviços de saúde É uma construção concreta de recursos financeiros materiais e de força de trabalho tecnologias e modalidades de atenção articulados de maneira a constituir uma dada estrutura produtiva discussões projetos e políticas que assegurassem a sua reprodução social Paradigmas que permeiam os Modelos Assistenciais à Saúde Para atender às mudanças no perfil epidemiológico observadas no país no século XIX propõese a construção de um novo paradigma o da produção social da saúde orientado pelo conceito positivo de saúde Paradigma Paradigma conjuntos distintos de teorias explicativas sobre um mesmo problema Expressam o conjunto de teorias conceitos e ideias científicas que dão suporte a determinadas práticas ou visões da saúde Como diferentes campos de visões de um mesmo assunto Mudança de Paradigmas No século XIX assistimos à mudança do paradigma miasmático que procurava a causa das doenças em emanações humores e vapores pelo paradigma infeccioso que procurava nas bactérias e agentes infecciosos as causas das doenças Essa mudança ocorreu dentro de um mesmo campo de práticas o campo biomédico Paradigma miasmático Procurava a causa das doenças em emanações humores e vapores Paradigma infeccioso Procurava nas bactérias e agentes infecciosos as causas das doenças Paradigma Médico No início do século XX o médico polonês Ludwig Fleck criou a ideia de paradigma médico Essa ideia consistia em identificar um conjunto de conceitos princípios e teorias que dessem suporte a um determinado modo de ver os problemas Explicar como as diferentes teorias ou procedimentos médicos encontravam suporte justificativa e racionalidade na sua aplicação Paradigma Médico Clínico biológico BIOMÉDICO Paradigma Científico Kuhn 1982 ampliou consideravelmente essa visão criando o conceito de paradigma científico Um conjunto de teorias princípios argumentos que se sustentam reciprocamente Em sua concepção uma comunidade científica produzia hipóteses ideias explicações e sugeriam práticas tendo como referência esse conjunto Modelos Assistenciais Combinação de tecnologias utilizadas pela organização dos serviços de saúde em determinados espaços populações incluindo ações sobre o ambiente grupos populacionais equipamentos comunitários e usuários de diferentes unidades prestadoras de serviço de saúde Modo de intervenção em saúde Paim 2003 Modo como são produzidas ações de saúde e maneira como os serviços de saúde e o Estado se organizam para produzilas e distribuílas Campos et al 1989 Noções Gerais Tipos de Modelos Assistenciais No Brasil ao longo da história devido às transformações sociais históricas e políticas vários modelos assistenciais tiveram ascensão e declínio No período da República em meio às epidemias existentes como febre amarela peste e varíola foram realizadas campanhas contra essas doenças que por fim acabaram se tornando uma política de saúde Já na década de 1930 houve instalação de centros e postos de saúde para atender algumas demandas específicas da população como prénatal vacinação infecções sexualmente transmissíveis tuberculose e hanseníase Logo percebese a presença de dois modelos assistenciais médico Hegemônico atendimento a demandas específicas e o Sanitarista Campanhista campanhas de saúde para algumas demandas Hegemônico Este modelo privilegia as demandas espontâneas da população com atendimento médico unicamente Tem como características principais individualismo saúdedoença da mercadoria a história da prática médica medicalização dos problemas privilégio da medicina curativa estímulo ao consumismo médico Modelo Assistencial Sanitarista Campanhista Saúde Pública Tradicional Ação sobre certos agravos ou grupos em risco Campanhas vacinação combate a dengue e Programas Especiais controle da tuberculose hanseníase saúde da criança saúde da mulher É centralizador Adotado nas instituições públicas de saúde Não contempla a totalidade da situação de saúde Não enfatiza a integralidade da atenção Rouquayrol Almeida Filho 2003 Modelo MédicoAssistencial Privatista Mais conhecido e prestigiado Dominante no Brasil Demanda espontânea Procura ao serviço de saúde por doença Quem não tem doença não é alcançado pelo sistema de saúde Caráter curativo Não tem atendimento integral à comunidade Não tem compromisso com o impacto sobre o nível de saúde da população Alocação de recursos segundo a demanda desordenada Usado no setor privado e público Rouquayrol Almeida Filho 2003 Modelos Assistenciais ALTERNATIVOS MODELO EM DEFESA DO SUS Integralidade da atenção e impacto sobre os problemas de saúde Acesso universal e igualitário às ações e serviços Rede regionalizada e hierarquizada Descentralização Atendimento integral Participação comunitária Considera as necessidades de saúde da população Proporciona reorientação da demanda Caracteriza o distrito sanitário Rouquayrol Almeida Filho 2003 AÇÕES PROGRAMÁTICAS EM SAÚDE Demanda organizada Programas definidos por ciclos da vida Articulação por equipes multiprofissionais Fluxograma de atividades e condutas terapêuticas Sistema de informação Regionalização e hierarquização SISTEMAS LOCAIS DE SAÚDE SILOS Planejamento local baseado na situação de saúde Estratégias para atender à demanda epidemiologicamen te identificada e captar os usuários da demanda espontânea Operacionalizada principalmente no Ceará e na Bahia CIDADES SAUDÁVEIS OMS Cidades capazes de promover a saúde e melhorar o ambiente Saúde como qualidade de vida Políticas públicas promoção da saúde Participação da comunidade Autorresponsabilidade Reorientação dos serviços de saúde Intersetorialidade como estratégia principal VIGILÂNCIA DA SAÚDE Intervenções sobre a situação de saúde Riscos e danos Necessidades Determinantes da saúde Controle de danos de riscos e de causas Desenvolvimento de oferta organizada em Unidades de Saúde Orienta intervenções sobre o coletivo Inclusão da promoção da saúde Vigilância da saúde como análise de situações de saúde Vigilância da saúde como tentativa de integração institucional Figura 1 Vigilância da Saúde VIGILÂNCIA DA SAÚDE POLÍTICAS PÚBLICAS PROMOÇÃO À SAÚDE CIDADE SAUDÁVEL ATENÇÃO PRIMÁRIA SAÚDE DA FAMÍLIA PACS PSF CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL ATENÇÃO SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA Condições Crônicas de Saúde São aquelas condições de saúde de curso mais ou menos longo ou permanente que exigem respostas e ações contínuas proativas e integradas do sistema de atenção à saúde dos profissionais de saúde e das pessoas usuárias para o seu controle efetivo eficiente e com qualidade Condições crônicas portanto não são o mesmo que DCNT Condições Crônicas de Saúde Todas as doenças crônicas são condições crônicas contudo há outras condições crônicas como os fatores de risco individuais biopsicológicos as doenças transmissíveis de curso longo como HIVAIDS hanseníase e certas hepatites virais as condições maternas e perinatais a manutenção da saúde por ciclos de vida como puericultura os distúrbios mentais de longo prazo e as deficiências físicas e estruturais contínuas como amputações e deficiências motoras persistentes MENDES 2018 O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS Tipo de Atenção POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO CRÔNICA MUITO COMPLEXA POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO CRÔNICA DE ALTO OU MUITO ALTO RISCOS POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO CRÔNICA DE BAIXO OU MÉDIO RISCOS POPULAÇÃO EM RISCO POPULAÇÃO TOTAL Gestão de Caso nível 5 Gestão da Condição de Saúde Nível 4 Gestão da Condição de Saúde Nível 3 Nível 2 Intervenções de Prevenções das Condições de Saúde Nível 1 Intervenções de Promoção da Saúde Fonte Mendes 2007a Os modelos SILOS Vigilância à Saúde Cidades Saudáveis são similares Importância dos determinantes sociais em saúde Propõem intervenções sistêmicas e intersetoriais na saúde coletiva Baseadas no diagnóstico e no monitoramento da situação de saúde dos territórios Modelos tecno assistenciais em saúde da pirâmide ao círculo Pirâmide fluxos ascendentes e descendentes de usuários acessando níveis diferenciados de complexidade tecnológica perspectiva racionalizadora eficiência na utilização dos recursos universalização do acesso e equidade Cecílio L C O Cad Saúde Pública RJ 1997 Modelos tecno assistenciais em saúde da pirâmide ao círculo na prática é diferente O sistema de saúde seria mais adequadamente pensado como um círculo com múltiplas portas de entrada localizadas em vários pontos do sistema e não mais em uma suposta base hierarquia tecnológica com o hospital no vértice x organização do sistema de saúde a partir da lógica do usuário oferecer a tecnologia certa no espaço certo e na ocasião mais adequada ORGANIZAÇÃO PIRAMIDAL ORGANIZAÇÃO EM REDE Alta Complexidade Média Complexidade Atenção Básica Sistema Hierarquizado e Fragmentado Fonte Mendes 2011 Poliárquia sistema que se organiza em Rede horizontal de Atenção à Saúde RAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE RAS ORGANIZAÇÃO PIRAMIDAL ORGANIZAÇÃO EM REDE Atenção Hospitalar Especializada Atenção Ambulatorial Atenção Primária SISTEMA FRAGMENTADO E HIERARQUIZADO Essa concepção hierárquica e piramidal deve ser substituída por uma outra a das redes poliarquicas de atenção à saúde em que respeitandose as diferenças nas densidades tecnológicas rompemse as relações verticalizadas conformandose redes policêntricas horizontais MENDES 2011 Modelos de Assistência no Contexto Brasileiro Atual O processo de construção do Sistema Único de Saúde SUS tem o propósito central de racionalizar formas de financiamento e gestão dos sistemas estaduais e municipais de saúde a partir de uma proposta de gerar maior autonomia política dos municípios Hoje o sistema de saúde brasileiro é uma relação entre os mais diversos modelos assistenciais com maior vinculação aos modelos hegemônicos bem como o modelo médico assistencial privatista e o modelo assistencial sanitarista Em contrapartida também busca a construção de modelos alternativos As dificuldades do financiamento do modelo de saúde vinculado na doença exige o estabelecimento de novas estratégias que visem a qualidade de vida e desenvolvimento das comunidades com participação dos cidadãos A relevância da área da saúde na economia do país Políticas de saúde vale a pena ver esse vídeo httpswwwyoutubecomwatchvwoUs1wHWepE Atividade Entrevista 1ª Etapa Individual Elabore um roteiro de entrevista para conhecer como era a assistência a saúde que seus pais e avós tiveram acesso Preferencialmente busque alguém mais idoso para que responda suas perguntas e compare com as de alguém mais jovem Tente descobrir o que era feito em termos de prevenção de doença como eram os encaminhamentos o acesso as especialidades médicas o tempo de espera para exames e consultas e a assistência hospitalar Lembrese de investigar a assistência ao parto no seu nascimento e no dos seus pais Registre as dificuldades e facilidades da época Atividade 1 Entrevista 2ª Etapa Em grupo Compare as respostas obtidas entre os colegas destaque as semelhanças e as diferenças Para apresentação elabore de forma criativa um painel com o comparativo entre as respostas de jovens e idosos passado e presente Tempo e apresentação 10 minutos