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Psicologia ·

Psicologia Social

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ygots 1 Contexto contribuições à psicologia e o conceito de zona de desenvolvimento proximal e tlllO d Unlvnlf V UNIVALI 1 ERIDl l DO VA I r D O ITAJA RuJ UrUlU J 1 ª au foual 360 8830220 lta1 Sanu Cuaroni Email ed1rortlun1vil1 br R11or Ed n ollIJ ii e Rrato r foy Suomrr PrCUrador ril Fcft Eu1ruo Rteftrt PróRstor de Puquiu PóiCradui o Enctuio R órco p PróReitora d Enino Sudo lttt d luz PróReitor d Admoninração onolo fdom Comelbo Edjtocjal Edaon c Á vol Grum1il o rttto Gu1lhtrmf Gu1mJ11jc1 SJnunJi Hem1oo Prdro d luz hteu Polll Ovldo Fen ot d Mdo Pruoknt Sydn Scbu d dot S nlos Vldr chonel Folho Vtu Tc1u1nh1 de ua ÚJO Gullo W1gnc1 Tc 1 xcu fr11c1u Coordenador da Edjtoca Osm1 de Souu Z16v Znell Andrú Vieir10 Vy ouki conrexco co1u1bu1ções i piicolo t2 e ocoocciro de zocu d de1nvovmento ptoximal André Voeor Zndb laj i Ed UNIVAU 2001 129p lndu bbHoarfi ISBN 8586447595 1 Psicologi 2 Psicolos H isÓro 3 Visoc1y L S lev rmrnovich 1896 1931 1 Ttulo CDU 1599 J Ficha catalografica eborada pela Bbioteca Cenccal Comoouaria UNIVALI lluunçio da Capa Surl1 Pereoci di Silvi A aostruçi o d o 5ujrito 200 1 ólro sobrr rrl 80 x 60 cm HlíORA DA UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ J os6 l sia s Venera Sucl1 Pere1ri cli Soli lorrln r rtCI lehêln J ul111i Prrwe1 tlr Morii Mor1i111 T 1lr Mdlo tio A11ural r t111í 200 i Vygotski e ttº O tJ J 1 Ó 0 1 C d P psicologia é uma área de conhecimento cujo surgimento enquanto ciência independente data da segunda metade do século XlX caracterizandose já em seus primórdios pela diversidade de orientações teóricometodológicas Tanto isto é verdade que vários autores afirmam não ser possível falar sobre a psicologia o mais adequado 1 o f seria falar sobre as psicologias as diversas teorias e Js lçI sistemas propostos para se tratar os fenômenos psicológicos Figueiredo 1991 b Bock et ali 1993 As primeiras décadas do século seguinte configurnramse enquanto época de consolidação e divulgação dessa nova ciência Não é difícil entender pelo histórico apresentado no capítulo anterior que este período com todas as suas conturbações sociús políticas e artísticas apresentou um terreno profícuo parn a disseminação ele uma ciência cio homem do 57 1 i n r ima da consciéncia co cornJo rtamento rq1m i ª r cni1m 11m a ciéncia que busaEse eplrcar ou deCre h m u1eiro çenénco em selli apectos ma i5 0 c me raríicula res e c2 r2ccen nos Lrn e rraco desse p rcxo ainda que bree sera aqu1 arn tado po5to que 0 05 crmi ie entender a ctnbu10 d ljgotski paíl o de nokimento da c1enc1a psico logica 1 A El 1ERGÉr ICIA DA PSICOLOGIA CIEf ITÍFICA breves apontamentos históricos A histórica da psicologia enquanto ciéncia como já foí apontado dara da segunda metade do século XIX o que a caracteriza como uma ciência jovem cm franco processo de desenvolvimento Mas o pensar psicológico a reflexão sobre os fenômenos desta narureza dara da civilização grega quando esse pcnsimenro fazia parte da filosofia Como esclarece Figueiredo 199 Ia p12 todos os grandes sistemas filosóficos desde a an tiçdiidade incluíam nocões e o conceitos relacionados ao q ue hoje faz parte do domínio da psico logia científica como o compor tnmcnro o espírito ou a alma do homem Devido ao faro de estar inicialmente imbricada com a filosofia a compreensão da situação da psicologia acuai necessita de referências a essa fase mtrior lo seu desen volvimento Para o presente cst11do no se faz d h l necessano retomar to a a istona 1 ps1colo11h v 1 e d s o que tsso po e ser encontrado em vast1 hibliogr1f J 97 r ver R b u tnstein 1972 Japitssú igucrrcdo 199 Ia e 1991 b Sanei 1998 lntcrcsii1nos po d 1 p rr J ts 0 esenvolvimcnto da psicologia ir a conr 1 ri 111ç10 do filósofo rncionalisra I 58 Vygo lski Coºo con bJh Õ fco1og 0 OCrlCo z 011 de ovo1v10 F10 1 l Descartes posto que sua obra marca 0 início da idade i 1 1od no que tange à produção do conhecimento As con tribuições de Descartes ao desenvolvi mento do conhecimento científico são importantes na nledida em q ue favorecem a superação da estagnação das ciências imposta pela lgreja Esta procurava vincular o sab rà cença e consequen temente o conhecimento era tido como uma questão de fé A experimentaçãocientífica acerca do próprio homem ficava impossibilitada posto que este era feito à imagem e semelhança de Deus e portanto inacessível à explicação objetiva A superção desse impasse foi possível a partir 1 da filosofia de Descartes pois este propunha a cisão de todos os fenômenos em dois grandes grupos os A J fenômenos físicos passíveis de explicação causal e Jc X os fenômenos psíquicos inacessíveis às explicações objetivas e sujetos o às descrições sjevas f 9 t t Segundo Lúria 1979 p2 o dualismo cartesiano p implica que 11 todos os processos físicos incluindo Cc 1 t l J 61 V se o comportamento animal estão subordinados às leis da mecâniêa ao passo que os fenômenos psíquicos devem ser coniderados como formas do espírito cuja d fl l f t fonte de conhecimenO pode ser encon apeias i 11 cl na razao ou na 1ntu1çao Constituíase asim um terreno propício para o desenvolvimento de estudos sobre o homem posto d ºd d d h 1ma significativa que a partir a t a e mo en1a ouve t e mudança no que se refere ao lugar que este ocupa no l l adio do hon1em mundo Ha agora uma grane e va Ot lc e ao mõteinpoaídélãde que ele tem que buscar l d Stituir enquanto uma formação e e cvc se con om seu dest1 no humano Se o homem nao nasce c 11 t educar Nnscc ª 11 predestinado ele deve se iormar 19 98 l l ri c 1 1 ci l d d 111 Santa P e ncccssidalc do cuic a o e s1 1 e i e 1 59 i E airn un lida a rrimtira bs duns LClrt11i1 Fnrhb r1lr Fucin1 l 0 la rl rl l suinun t 1 Ja rk1kgia tllllllrt1 lttlUl pnhsa1 nprtcn radas n1 c1ptcuk l dtia dt subjtrhidnd pria ri1h ntrH1J aprentad1 n1 clpirulo nnrcrior rxx slla n com L 1cs c1xlflir1I üciais e cconô lic1 tcirrlmcnro de aninKidndcs ncccsidndc de anlplia11o de territórios defoa de fr1ntcirns tOm1aço de monor5lios sobrep0içc1o da realidade desigllal aos sonhos urópicos enfin1 fatores que desemlxearnm na primeira guerra n1undial engendraram sentimentôi de incertea düv ida insegura n ça e des ilusão Consrituiuse assim um cenário pro fícuo para a crise da subjeriidade segunda condição de acordo CQffi figueiredo I99la leou à emergêncaia ciência psicológica os quais entendemos i ambém cõrno fundamentais para s ua consolidação e reconhecimento É assim estabelecido um campo de saber responsável pelo cuidado pelo restabelecimento no homem das ilJJsões çiueGJ2ern1itam planejar seu fu p propno ruro ive Com relacão àaiversidade d e o rientacões teóricometodológicas que caracteriza a psicologia anteriormente referida esta encontra suporte na separação proposta por Descartes entre fenômenos físicos e psíquicos o que a influenciou profundamente As tentativas de reconhecêla enquanto c iênc ia independen te empurravamna para direções dia1ne tralmente opostas por um lado buscavase aproximá I das c iên cias naturais posto q ue estas eram rcon heciêlas pela objetividãde e precisão na consr d ruçao e seus conhecimentos Por outro laao o fato de cons1d e erarsc as mani1es tações ps1qu1cas enquanto fcnôm bº e eos su Jet1vos enquanto manues taçocs d1 1Jmn ITI t h 1 6 d s n 111 a a ps1co ogia pr xuna a 60 1 e 4 t h Mor Ju 1 1 lCxS filoô fcas devido à natureza lQJçtiva elo sçu l bjlro de csntct9 Como conseqüência a psicologia dividiuse em 1 rJ l J d 1 l li r I oots gran es grupos a stco ogia naturalista ou fJJr vv fisiologista g1e segundQLíniaprocurmare uzitos tt processos pstqu1cos a esquemas reflexos para poder 1 c eHudá 1 objetivan1ente e portanto explicálos e l 2 a psicologia subjetiva de cunho idealista quf U l J propunha que a vida psíquica devia ser entendida lnisrçãõ d Ürn 11undô súbjeio espsJal 1 que podta ser revelado somente na autoobservação sdo in acessível à análise científica objetiva ou à explicação Lúria 1979 p 2 Essa cisão ficou cnhecida como a crise da C psicologia e tentativas foram feitas visando a Y superação desse impasse Apesar de diversas escolas da psicologia terem surgido no final do século XIX e início do século XX propagando uma suposta superação dessa crise nenhuma delas foi capaz de fugir desse esquema dicotômico ou são psicologias que propõem urna análise mecanicista dos processos 1 p s i co lógÍcuperioresnos mo ldsQo esqua f es tímulorespos ta u são psicologia de cun ho idealisraqüe não conseguem dar conta de conjugar à5 suas dêscrições abas n9 lógica maerrd h9mem Esta cisão é admitida por vários epistemólogos como Hilton Japiassú 1977 p 42 a psicologia a inlila entre duas correntes uma mais filosófica utilizando os modelos explicativos hermenêuticos ou interpretativos outra propriamen te científica tomando de empréstimo às ciências naturais seus modelos explicativos Esm situaçfío de diversidade da psicologia j era uma constante portanro no início cio século XX O próprio Wundc criador do primeiro laboratório de 61 1 1 G J j d L t 1 r lt olrY11 nrT n 1 cr1 ifcl r J n71i iponíOIL q11nr d p1bffCfJ IJ1 ttr f n rrodr Ji0 P11c0log1 cm 19 í xini2 3 1 r r dual ps1c0 0g1 11rml p 1 CI 12 rnWT l 2 e e iplic i mcrod0logí8 tqJrimttn 1 psicol0gii ún ÍC2 5nr2dJ cm m fíolrj inrropológico e porrnnio qu e Jçc p roccdimcnro d cíéncízs híÓícncuu 2 ü Fêg11circdo I9kí p 46 Oividindoe enrre rendéncír CJúta psícologia do início do sfculo ZZ tíiha como principais rcprtenrnnte da correnre idsalrao reórícos da Gesrrdr e os fenomef10Iogí5rJ rcndéncía mfteríalísm por ma ez encontrou no osicólouos so1iéricos do fírul do o XIX 05 SélE mais eminentes representante Pertencendo a éSSG rendéncia e pautandose nos avanços do matmo soviético o americano Vvatson desracouse péla criação do Behavíorismo MetcXfofógíco Ia que propunha como objeto de esrudo da pícolri2 a análise do comporwmento hwnanoesrriramene observável Um outro sístema eórico dessa época qce linda hoje SlliCÍta inrerprernções diveras é a PsícanálLe Freudiana o que dificulta qualquer claificação Muitas razões foram apontadas como explicativas para a não superação pela psicologia dessa crise n a qual ainda hoje se depara Os psícôlogos soviéticos que propagam o mériro de rerern conseguido superar esse impasse aponram razões diversas que explicam os malogros anteríores como nos aponra Rubirurein 1972 p 129 a inevírnbilidade do conflíro que continúa a cxi t ir cncrc a psicologia naturalista e a filosófica dcvcsc às posições de parrida da primeira em 0 na turalismo mecanícísta d e uma nem o 62 Vygotski Conllto conl1 1W6 ô fCCJIOQia e o conc91to d Zona de Dclenllolv1tNnlo Prounol idealismo da psicologia filosófica puderam adaptarse à idéi d unidade da natureza e da história humana isto é à verdade ou reaÜdad de que o homem é antes e tudo um ser físico e itural mas gue a natureia do grqprio homemé QRroduto da bltócia Para Rubinstein a crise da Psicologia resulta portanto de uina concepção de natureza humana independente d a história Sua superação em decorrência possíve l com uma fundamentação º lóic gÜeenCndãohomemencuanro l1górico e social Segundo Leontiév 1978 p 151 nem o materialismo mecanicistr nem o l idealism estão em estado de orientar a pesquisa psicor g1ca de maneira a criar uma ciência única da vida psíquica do homem Este problema só pode ser resolvido sobre a base de uma concepção do mundo filosófica que estenda a explicação r científica e materialista tanto aos fenômenos f E f vl 2 naturais como aos enomenos sociais x1ste ua vt única concepção de mundo u respond ªe tfYOY objetivoa filosofia domatenãllsmo d1alet1co O DESENVOLVIMENTO DA PSICOLOGIA RUSSA 10 FINAL DO SÉCULO XIX E INICIO DO SÉCULO XX e A acciração da filosofia tlaterialistn dialética 1 t e 0 de una nova cnqunnro uportc pnrn n con rruç l e URSS pôs os Psico logia ganhou destaque na l b l 19 l 7 Com o ac vento ncontccimcntos de o u111 ro e 63 l Vygotski Ct C nlllJlÓt i1 ptolocau tI lr cf lrol 1º F dl revolução socinlisrn a psicologia social JJrogressi St1 entendida cnqulnto ps1colog1a fundamentada nos pressupostos do materialismo histórico e dialético encontrou um campo profícuo para desenvolverse Antes disso o desenvolvimen to da psicologia sovié tica apresentava características que a aproximavam j l da psicologia ocidental ou seja a separação entre dois grupos distintos de estudos os de caráter mecanicista e os de unho idealista fº l I 1 A psicologia de cunhLfuec2c is tat inha um espaço muito grande no cenário científico soviético devido aos avanços da fisiologia que já no século XIX pesquisava a base materia l da atividade nervosa superior Os fisiológicos soviéticos mundialmente conhecidos como Setchenóv e Pavlóv desenvol veram seus trabalhos seguindo as idéias filosóficas de C hem ishevski considerado por Rubinstein como um materialista prémarxista o significado das suas idéias consiste em que ele que se aproximou da psicologia a partir de posições materialistas não tentou como sucede com freqüência nos representantes do materia lismo vulgar e mecanicista reduzir a psicologia à filsofi a Pelo contrário defendeu abertamente a criação de uma psicologia verdadeiramente científica Rubinstein 1972 p 146 Outro filósofo que influenciou o trabalho de Sctchenóv e Pavlóv foi o revolucionário democrata Dobliúbov q ue bus com ba t r o d ua lismo psicofísico orientando o pensamento social russo para urm1 crcepção deh 1 v izíveeUn1t tc h en6v tornouse conhecido internac10 nalmcnteco11a obrn Os Reflexos do Cérebro I 64 CC t e publicada em 1866 onde buscovinc lar 0 íquico 1 narurca numa tentativa de superar a influência idC1lista que considerava o psíquico corno entidade abstrata inacessível à análise objetiva Cole e cribner na introdução que fizeram à edicão do livro d k A e ygots 1 Formação social da Mente 11 esclareceram a importância do trabalho de Sétchenóv Setchenóv que havia estudado com alguns dos mais eminentes fisiologistas europeus contribuiu para a compreensão dos reflexos sensorimotores simples usando a técnica da preparação neuro muscular isolada Setchenóv estava convencido que os processos por ele observados em tecidos isolados de rã eram em princípio os mesmos que ocorrem no sistema nervoso central dos organis mos intactos inclusive nos seres humanos Mesmo na ausência de evidências diretas para essas especulações as idéias de Setchenóv sugeriram as bases fisiológicas para a ligação entre o estudo científico natural deanimais e os esruâós fiiÕSóficos numanos anterioresTCole e Scribner iYygotsli f9843T A s linhas de investigação apontadas por Sctchcnóv exerceram influência direta sobre as cstigaçõcs experimentais da psicologia russa ncipamcntc após os trbalhos de seu discpulo v Çonhccido no ocidente pela suaa de estímulos condicionados que influenciou fortemente cJccvoÍ incnto da psicologia Pavlóv manteve se ipcsm dissOfie l ao seu projeto de fisiólogo Babkin nl11no de Pavl6v escreve que Pavl6v nunca negou que a psicologia fosse u11a aproximação legítima à compreensão do mundo r 65 i A t J J r I I e ÇÓ u ftolop o O CóX10 f i Do o fo TOI lnrcrno lo homem mas defendeu veem cn rcincnte o d irei to da fisiologia com seus métodos objcrivoi ctudar nos animais a manifestações do que comumente se chamava vida psíquica ou parn usar um termo mais moderno su conduta Pavlóv in Siguán 1987 p26 As contribuições de Pavlóv tiveram tratamento diferenciado na psicologia ocidental e na psicologia soviética No oc iden a sua visão de conduta foi absorvida enquanto resultado do pareamento de cstí mulos incondicionados com outros aleatórios que produziam desse modo respostas condicionadas Entre os soviéticos no entanto a teoria de Pavlóv foi difundida de outra forma c229uanto duplo sistema gcs inai Ou seja o cstírnulo condicionado é na vcrdfldc a representação de um evento e nvolve enquanto representação as funções psjcológicas superiores Ressaltar essas diferenças na interpretação dis contribuições de Privlóv é importante na medida cm que possibilita a compreensão dos avanços posrcriorcs la psicolofittica principalmente a introl11çno da idéil d rnediaçiio na conduta humnna Opondo se H cssacõÍrentc materialista dcscnvolvc11sc com grandes repercussões por roda a URSS a corrente idcnlisra cm psicologic1 No nno de 1885 foi f11nladn a Sociedade de Psicologia de c11jos princ1pms representantes crnm Lop1rinc e Trnbzkoi cntrc outros Essn tendência idcaliHa na psicologia russa ace nt110 11 se após os acon1ccimcntos cio Domingo Sangrento cm 1905 quando a pop11liçiio desiludi 11 sc com ns possibilidades de mudanças n1 socicdidc n1ssa e com a fornrn nrravés la qual os dirigcrHcs políticos encaminhavam as rcivindicacs sociiis 1 66 I f 1 f I I I Yygotski Con to fon1 1Li11 b fll1clouu1 n conuto h 7ofVJ dfl n 1lllltJlv 1m1inln í101mut Ressaltasc entretanto que 0 representante mti eminente da corrente idealista na psicologia 1 russa fo 1 C hclpan o catedrat1co da Universidade d l l f d e w scou 1e panov un ou ctn1912 Instituto de dJuLÍ I s1colog1a de M Clçou e ntidade que viria a h l d 1 1L e descmpen ar um pape ecisivo no desenvolvimento l N f f da psico agia soviética a melhor tradição idealista 7 e Chclpano propunha que a sicologia propria Jncnteditadcvia estucJas leis aa alma que se servem do funcionamento cerebral 1nasão se confundem com ele e tcrn cntídàdê própria Para Chelpanov o método fundamentà l da psicologia devia ser a instrospecção experimental Riviére 1985 p 23 Chelpanv e1npregava em seus experimentos J os pressupostos da teoria psicológica alemã do século passado cujo maior representante foi W Wundt Para C helpanov o enfoque materialista da mente era 1 1t1 inútil o que refletia claramente o dualismo psicofisico e na medida em que perpetuava a separação entre cérbro ment Tã l posicionamenta suscitou críticas por parte dos psicólogos in aterialistas A crítica mais acirrada à corrente idealista em psiccrl0a e portant à Chclpanov foi feita p7nkhtcrev acentuando amda mais a polêmica entrrrentcs Bekhterev jH vinha se preocupando cm superar a crise da e pso logia 12roponlo para isso uma nova ctcncm nc 4 reflexologia pautada sct1mdo ele nos pressupostos t clàteouxi s ta A reflexologia propunhase ª cs rla os funClen tos da conduta porém suas explicações sobre as formRs mais complexas ce compor 1amcn 10 crn csqucmí l kí rcca na mcd1da em que d 1 cílcxo Kozulm 1994 os rc uz1a a mera soma e e t r s à rcílcxologm Vhms rcstriçocs o ram ct 1 r1d1 como um na mcd ida cm q ue esta e ra cnc1 67 Vygotski Conlf roHlnl1Jlçf Ô colooo tl n conclo t lorlr1 t Jo o wolvuº fhI materialismo mecanicista e vulgar por 1present ur lltna visão ex tremamente causnl e linear das funçõc psicológicas superiores do homem Apesar de te s prop1gndo a importância cio mlrxismo cnquanc filosofia orientadora da construção de uma nova psicologia as idéias de Bekhtcrev na verdade não davam conta de cxplicnr a complcxidmlc e desenvol v11nento elas funçõcspsicológifns superiores cm uma perspectiva diajét Isto porque a visão ele homem q1c o materialismo mecanicista comporta é a ele ser reativo isto é o homem é e n craelo como orgnnismo q11c meramente reig os estímulos cio 1ncio Esta 1 r I I I concepção col1trnpõcsc portanto à visão de homem enquanto sujeito histórico ativo modificndor cio conrcxto qc o abrig1 ao mesmo rcmpo cm que é 12or cstclnodifiZclõ 1 défcnélidpcla filÕsOia nmtcrialisrn dialética A pós a Revoluçfto Socialista de 1917 o debate entre as difcrentes tendências da psicologia ficou de uma certa fonrn11 latente sem se manifestar A revista la Sociedade de Psicologia de Moscou teve sua p11blicaçfto s11spensa e C hclpanov deixou a dircçiio lo insriruro are 192 1 ano cm que foi reslituíclo no cargo Como conscqíiê1uia dos ideais da Rcvo luiio le J 917 os psic6logos soviéricos 1mss1ram a reavnlim seus ponros de visra principalmcnrc nos aspccros reforenrcs 1plicahilidaclc dos conheciment os que disp1111lrnm Assim critiavam 1m10 o idealismo ele 1 Chclp111ov qw1nro o recl1uionismo de 13ekhrcrcv ilCgando que s11as respectivas abordagens niio indk1v1111 comn lidar com os comp prohk mu sci tis enfrentados pela com1111icladcsoviériq t Em decorrência de 1 nclo esse conrcx to nt é 0 ano de 192 nenhum congresso ele psico logi1 oi 1 60 realizado na URSS Entretanto a p t d d e 1 ar II essa ata os nunos do desen volvimento da psicolo gia sov1et1ca foram dcf1n1ttvamcnte alterados Com a l rcvorzça socialista consolidada oconeu e1n Moscou em 192 º e ol ongresso PanRusso de Psiconeurologia se eventlõfae grande in1portância porque cistiu etn espaço onde a nlanifcstação dos conflitos existentes entre as principais correntes da psicologia pode acontec lstra mais significativa foi proferida pm iscípul d C helpanov Em J 1 seu pronunc1an1enco tntttulado Psicologia Contem orâea e Marxism ºr1lov pôsse à psicologia idealista por seu cara ter 1nd1v1dualista e por não consi I derar a con tribuição da filosofia marxista para a construção de un1a nova psicologia Opôsse conco mitantemente à reflexologia de Bekhterev pela forma 1necanicista con1 que tratava as questões psicológicas 1 reduzindo proçessos psíquicos aos fisiológicos V 1 r e A Psicolo ia Marxropostapor Komilov denominada reacto ogta reconhecia o papel dos 1 piocessos sociais no con1portan1ento individual propunha que a dialética fosse levada ao campo da agia e sugeria que a reação definida con10 a respostãâo organiscno a estín1l1los tanto físicos con10 i sdeveria ser consrâerãâa como unidade dÕIÓglêadainvestigação psicológica Kozulin 1994 p84 1 Komílov enunciou quais seriam em seu entender os princípios de uma psicologia marxista Manter o mo1mo mt erinlism ou seja reconhecer a natureza lusivãne mnterial do homem mas ao mesmo tempõ afirmar aspecifiTdade dprocesos psíquicÕs e sua irrcélutibilitJaJeãos prõêêsosfisiológicos Paralelamente abandonar o iml iViêluãlismÔ 1 típico dn psicÕlogia cldssica e recon hecer 0 papel dos 1irocdsos socrn1sno comportamento individual Siguin1987 p 10 69 11 J 1 r J l I i 1 1u lcJ f t e l l 11t no11111I llcspci ro d1s críricr1s fCitas êt rc1ctologin de 1uc srni propostt ao considerar as reC1ções como sínteses do subjetivo tese com os reflexos 1ntítcsc cm tmrn np lintção formal e artificial ela dinléticél à psicologia Petrovski 1990 o destaque que esta proposrn daa à teoria marxisra valeu ao seu mentor Kon1ilo o cargo de Diretor do Instituto de Psicologia de loscou em substituição CI C helpC1nov Com sua chegada a diretriz de trabalho desse Instituto consistiu na construção de uma nova psicologia fundamentada epistemologicamente nos pressupostos do marerialismo histórico e dialético o qual vinha ao encontro da nova ordem social vigente no país Com a saída de Chelpanov vários de seus colaboradores que p erte nciam ao grupo de pesquisadores do Instituto de Psicologia de Moscou demitiramse em protesto à mudança de direção do Instituto Devido a esse fato Kornilov precisou buscar a ajuda de novos colaboradores Estes por sua vez estavam dispostos a concretizar o sonho revoluci9 nárionocampodapsicologia atribindo ãstãdêpcia um caráter social que viria a contribuir com a busca desõwÇões para os problemas diversos com os quais a maioria da populaçã0sqviética se debatia 0 Em jarieiro dealizouse em Leningrao o II Congresso PanRusso de Psiconeurolorua Reufilcrãs as mais ã ltas expressões da psicologia soviética todos debatendose com as dificuldades para criar uma psicologia marxista causa furor o pronunciamento de um jovem vindo de uma distante província da Bielorússia Esse jovem Lev Scmionovitch Vygotski escolhe corno tema para sua corn11ni crição 110 fyf todo de Invest igação Hcflcógicn e Psicológisa11Vygotsli escava confrontandose portanto com a nova direção d1 70 f1 05 rc cxo so como ladrilho 0 ele mento CCJm o qu3ís se constrói o comportamento Mas 5 G3r8ctrÍEti cas mais típicas do comportamento hummo on hecím ento abstrato e consciente no po dem ser ex pli cados por uma reducão mecanicista que os reduza a uma 50ma de reíl eos A explicação psicológica tem de respeitar a complexidade qualittya dos processos superiores i sto só po d e ser feito por uma explicacãd autícãm ente dialética que mostre a oênesdo o h mcm e â a consc1ênc1a a artir da inte ção ocial Siguán 1987 p 11 A pós o impacto ocasionado pela via aberta à psicologia nesta primeira comunicação científica pública Vygorski foi convidado a fazer parte da equipe de investigadores do Instituto de Psicologiªcle Moscou onde empenhouse na construção de uma nova ciência psicológica segundo os princípios da filosofia marxista A psicologia de Vygotski foi f 1 partir daanálise detalhada que este fez da crise da psicologia o que o possibilitou entender os ipasses com que até então essa ciência vinha se1 debatendo e visualizar uma possível solução A filosofia ma rxista a despeito da forma tota litária como foi assumida pelos novos dirigentes soviéticos principalmente após a morte de Lênin em 1924 continha em seu bojo elementos suficientes que I 71 Vygotski Ccº coni11lu1çfi1 à r1lloo n cnnCltlo J ZnniJ ººº fto11tllll indiivnm 0 crnninho pnra a construção de uma nova psicologia fundada sobre uma concepção verdridciramente histórica do psiquismo humano da mesma forma como Marx desenvolveu uma análise da sociedade cnpitalista como produto de um processo histórico Duarte 2000 p15 Essa perspectiva histórica está no cerne da psicologin de Vygotski Para este autor o homem é um ser Leminentçrnentc social pois é a partir das relações estabelecidas com outros que paulatinamente ci suãscãracterístiçã sing1lares e constituise 1 enquanto sujeito ou seja enquanto alguém que ao nsmo tempo em que é marcadó pelo contexto social e histórico em que se insere é capaz de regular sua Piépria coduta e ntade de reconhece rse rJ enqanto ser resultante da história e ao mesmo tempo seu produtor 3 A PSICOLOGIA DE VYGOTSKI Em outubro de 1924 após o I12 Congresso Pan Russo de Psiconeurologia Vygotski apresentou no r r l f Instituto de Psicologia de Moscou uma conferência intitulada A Consciência como Problema da Psicologia da Conduta Esta conferência teve um importante papel na história da psicologia soviética porque apresentava uma atitude bem mais crítica e irônica quanto às pretensões reducionistas dos i rcflexólogos e ao mesmo tempo aproximavase 1 1 aramente de uma idéia que terminaria por se t converter no núcleo principal da psicologia vigotskiana o erincípio da gênese soiaLda consciência Riviérc 1985 p 29 I 1 1 72 Vyo c11k1 t t 1 tk t1n1 t f l f t i1 1 uJ 0 l i J u n11mc1Hc com Liírii e l Í I I conr 1cv Jvcns pcsqu1sac ore do l nsrituto de I 1 J M k SICO 0g11 C OSCOll ygots 1 rncrnnbiusc da rnrcfo cJ 1 l 1 I r CCJOr1rumanova c ps1co ogm lllndamcntada cpistc 1 J 1 mo og1crimcntc nos nnc1p1os uo m CJterialismo h1stod Es rico e 1a et1co sa tCJrcfa transfo rmouse em seu projeto de vidH Pessoas como Vygotski e seus colegas dedicavam cada hora de suas vidas a tomar real o novo estado socialista que o primeiro grande experimento baseado nos princípios marxistaleninisras triun fasse A inda que a psicologia soviética padecesse mais tarde a imersão em um clima políticodoQrná tico Vygotski morreu antes que essa situaço se convertesse em um fato que impregnasse sua vida Sua crença nos princípios marxistas era honesta e profunda Wertsch 1988 p 28 A partir de sua chegada no Instituto de Psico logia de M oscou Vygotski assumiu uma posição de liderança perante seus integrantes Tal fato remete à situação de crise que a psicologia enfrentava na época e à n ecessidade de cria r um novo pensamento psicológico devido à sua formação diversificada e o conhecimento profundo da filosofia marxista Vygotski foi reconhecido como o investigador capaz 3 1c1 de apontar tdiretrize que levariam à construção de uma terceira via ern ps io lÕgia A foríi1a cõmo tentou trazer para o seio da psicologia os p ressupostos do materialismo histórico e dialético diferiu sobremaneira de como até então isso vi nla sendo feito Todo o seu tmbalho pautouse numa nnnlisc crírica e profunda do método mnrxisrn para que fosse possível supcmr os m9dêlos 11ccanic itn e idcalisla vigc11cs na época Vygotski relata assim o seu prop6sito 73 Vygotski CutrC1 ru1t 1 lll1çór1 e l lCr1loao O CC11U IO 1l lono J Dotnrº Íou1iof que im pode ser buscado 1xcvim u ente n mestres do mnrx1smo não é a solução da os qucstao e nem mesmo uma h1potese de trabalho est1s são obtidas sobre a baseda própria cie mas o n1étodo de construção Não quero b rece er de lamuJa pescinao aqui e ali algumas citações o que e i psique o que desejo é apreender na globalidade do método de Marx como se constrói a ciência como enfocar a análise da psique Vygotski 1996 p395 1 Í Parn Vygotski a ps ico lgia deveria consistir na 1 ciência capaz de explicar como as carac terft J 1 e r J r s1ngulares humnsÕs prOCeLQsgs ico lógiçQs produziaos a partir das re laçs sociaisist0é do convívio com outros ii1di íduda esgéciehumm1a cpazes de elaborar cuiturâ efazer história A análise da psicologia do seu temio Ó etanto não o satisfez posto a forma dicotômica com que estas trabalhavam a relação sujeitosociedãde priorizando ora um ou ora outro pólo que para o autor stão ll1exorave21t relacionados m uma pers12ectiva dialética1 a cultura reilllta da atividade humana conjunta por sua vez as características singulares de cada indivíduo em 1 ticulsamoÇ rsu lÇSn 9 atiyieiós ilÕsto que Pºirsermédiqo hoJl Q21et1ªe ancomitantc menLubj ou sejaçonslli 1 se enquanto su1e1to O conceito de atividadeação utilizado por Vygotcki está diretamente relacionado ao conceito de trabalho humano tal como proposto na teoria J L mirxisrn 1 f 1 d 1 1 o rrnbalho é para Mnrx uma arivic a e que t I f 1 í V distingue o ser socinl do ser natural isto é de ine r J 1 V 1 t J 1 1 J I 1 74 l t Lr c e l1 e a ae clle J z t2 2ae e arere 2 a ê s e a a e se uma eaê le7lcs e a 2 te Zêiei21a eri u o 1 i o e e tt o w w e e e o ite G i l l io 11 J t 1 20 o Teiecrai ID21 ct2 reentamEe o os fundamen ai ca aiidade V LG à l l L 26 2 o 2to 2e r orien tada pt um objerio ée e uo LLumenr 2e medi2cão e c de o rci2ioquesecpnr ít1Jicomo elmeoro da aLra 3 C2GCHri2o ço r uma exisréncia física I Ç rcSÍC2 e aue conire na objeri2ção do ser L n2 da caracrerüríca5 que d emarcam a eséeifícíhde da ariickde h umana o Eeu caráter i2o apccro de crucial importância em roda a ot r2 ce got3ki que merece ser aqui de5en ohido Isso porque ia ariidade iruuumental o homem ao n 211form2r o meio físico e social em que se enconrra também trafuforma A atil idade irutrumental é entendida po rtanto como unidade que prerYa as J prürieddes do rodoluma çrha dialérica isto f C comprecndetanto o indivíduo quanto o meio físico ccial em ínreracão recíprcxa Cma dic u5o mm apro fundad desta questão pode ser enntrda em Zanella d 75 I r c cL c L lc c c e ê e r L V LCi C c c t i L c toct ci rc2yfu as cs 1 e oc0 ttc r L caâ 1 r e 5c L2c UJ cc o cs r e ra e C2 o e C t e e od G tc G z a r ili e a fr aa 0 5 J C orc c10 c cro 12 l r r 1 r Y V O de5C2aue dado p0r Vraorkí 20 5ios o enqumto md da ari iÍ2de e cocriruát das C2r2crerícíca epecíficamenre humana5 é reco nhCiCo como couribuição ímpar para a pé cologia Eces C2racccriame pelo faro de reprncarem alguma coísa em uma relação conen cional cclmence etahdecida o que posíbilira ao homem conferir ao real o utra forma de cxísrência a 76 Vygolski Ccvlfln cot1f1 1liu1ç1 ô ºJ1 o cnnc ru l or1n c1 opnvotw1rr1tm ln fttournnl existência simbólica Pino 1995 p33 Como destaca Pino 1991 p34 os signos são sinais que remetem ao objeto sinalizado em virtude unicamente da relação artificial e variável que o homem estabelece entre eles Os siglos portanto são produções iOciais cJtC e f crie se caracterizam pela generlização no caso da e td e linguagem oral por exemplo esta só se constitui CJ enquanto signo se fizer sentido para o outro se for Partilhada Essas características diferenciam o signo y do sinal este mantém uma relação invariante entre o objeto sinalizado e o que o homem interpreta o que pode ser exemplificado com o ditado onde há fumaça sinal há fogo A atividade caractris ticamente humana pois r 1 é sempre e necessariamente mediada o que demarca 1 a relação indireta que estabelecemos com a realidade 1 de acordo com a perspectiva vygotskiana o nosso contato com o mundo físico e social não é direto é na verdade marcado por aquilo que significamos desse R0pno unc1osignific1fçãess igümftecada IãSi1oSsasexper iêncis possibilidades enfim pela J i 0 J llossa história de vida J t t A significação entendida enquantopropne dade do signo aquilo que o signo significa para os sujeitos em relaçãoete aos sentidos e significados J este veiculado A diferença entre estes é explicada por Vygotski 1991 b p333 da seguinte fonTÍa o sentido da palavraé a soma de todos os eventos PÉo lógicosevocados Qsa conçiênciagmças à plavrn O significado é só uma dessas zonas do fc eº sentido a tnlis estável coerente e precisa J r Sendo o significado a zora mais csnicl dos sentidos dcprccnclcsc o seu clrntcr compartilhado Jt v o que possibilita n comunicnção hunrnna A dimensão P dos sc1nidos porém é livre plural liberta de qualquer 77 r Vygotsb 10 1 r 11111rrt ainda que so i a lmeote produzida posto que os homens rraem inexoravelmente a marca d h o conrcxto sócio istórico econômicQtpolírico no qual se inserem e participam ativamnte José Saram1go nos apresenta um retrato poético das diferenças entreséntidõ e s iificado que vale a pena aqui apresentar sentido e 5Ígnificado nunca foram a mesma coisa o 5ignificado ficase logo por aí é direto literal explícito fechado em si me5mo unívoco por a55im dizer ao passo que o sentido não é capaz de permanecer quieto fervilha de 5entidos 5egun do5 terceiro5 e quartos de direçõe5 irradiante5 que 5e vão dividindo e subdividindo em ramo5 e ramilhos até 5e perderem de vi5ta o 5entido de cada palavra pareceme com uma estrela quando se põe a projectar marés vivas pelo espaço fora ventos cósmicos perturbaçõe5 magnética5 aflições Saramago 1997 É pois a atividade instrumental ou seja ativi dade mediada pelo uso de ferramentas sejam estas de natureza material ou represnticional que se cons titui para Vygotski como a categoria de mediação que possibilira ao homem partindo de sua base maierial filogenéiica constituir o seu psiquismo as suas funções psicológicas superiores Vygotski utiliza a expressão funções psicoló gicas superiores para designar as funções caracteristicamente humanas como o pensamento dclibcrndo a atenção voluntária a linguagem as quais se diferenciam das funções psicológicas elementares prcscnrcs prcdominanremente nos momentos iniciais lo desenvolvimento humano Para este autor o concciro F1inção Psicol6gica Superior está relacionado 78 vyyu1s 111 Cnnh to etm1 r 1bu1i 1 rrnolu 0 COC to Ô lofIO J Ottnvolin r0 j 1 l ao e cscn vo v1mento cultural o que conhecemos como o 9omínio de meios externos da conduta cetural e êlo pensrimento ou o desenvolvimento da lnguage1 do cálculo da escrita da pin turqtç Vygotsk1 199 l c p34 Através da apropriação da cultura são modificadas as funções psicológicas e suas intcrrelações o que permite ao homem modificar sign ificativa1nen te as relações que estabelece com a realidade física e social bem como consigo mesmo Os p mentais superiores portanto resultam de ativiôades humanas sign ificativas Kozulin 1994 p114 e a diferença destes em relação Jll j às funões psicológicas elementares re ide no fato de J od serem mexoravelmentiadqs semioticamen te1 pfÍJ Somamse ao uso de signos mediadores outras Vj características das fun ões sicológicas superiores s estas obedece à autoregulaçã diferenciamse J pois das funções elementares sujeitas ao controle do CD t meio são conscientemente ativadas e tem uma C natureza e1ninente1nen te social posto que pressupõemg7 çr e a existência de ferramentas psicológicas utilizadas para o contro le da ativ idade tanto do s uj e ito t empreendedor da ação quando dos demais sujeitos 1 V envolvidos e O processo de formação das funções ps ico lógicas 1 superiores e da consciência que resulta domõVfmento entre as esferas interpsicológica e intrapsicológica esclarece o vetor do desenvolvimento humano na concepção de Vygotski indivíduo já nasce um ser social e paulatinament a ptir dá ª29Priação das lgnificaçõcs pfÕcl 1zidas nas relações sociais constitui Ci1qrni 11Wujc ito ou seja a lgu11 cnpaz de relnr Ohtntariamcntc sua cond11ra o vetor funda m1ta l élodvo l v im c nto é o definido pela intcriorizaçfío elos insrnuncntos e dos signos pela J t Jv 79 l Vyootski 1 10 cn11111huçô O pi 1corugir1 o cunct 1lu 1 I l clllll cJ Dwolv1mtriln Í r1tr1ol CtHl versão cios sistemas de regulação externa instrumentos signos cm meios de reguk1ção interna r de m1torguh1ã iv i é re 1985 P 42 1 A mtenonzaçao consiste assim na apropriação pelo sujeito das conquistas e conhecimentos historicnmentc produzidos apropriação esta que se d1 1rns e pelas relações sociais o que possibilita ao r sujeito consti tu ssomoçiSEe Necessário t se faz esclarecer que Vygotski utiliza em seus textos 0 conceito de para referiise ao movimento de reconstrução inten1a de umn operação cxtcn1a movimento pelo qual as funções psicológicas superiores originariamente partilhadas singularizam se pelo sujeira à medida em que este pnssa a utilizar os signos com9 elementos egu aªr suas ações3 Esse conceito porém vem sendo questionado no que se refere à sua terminologia pelo fato de veicular uma dicotomia entre interno externo que no meu entender é superada pelo próprio Vygotski em razo da conceição ele homem e mundo em que se sustentn Em decorrência outros conceitos vêm sendo utilizados como apropriação conversão ln esse respeito vide Pino 1992 Molon 1999 e Smolkn 2000 r 1 r r A essC respeito Vygotski 1996 p 112 esclarece Toda fonna superior de comportamento aparece em cena duas vees durante seu desenvo lvimento primeiro como forma coletiva do mesmo co rno forma interpsicológica um procedimento extemo do comportamento Não nos dunos conti desse foto porque sua cotidianlade 1os cga O cxenp l o 11ais claro dsto é a OJngian No pnnc1p10 é um rnem de v111culo das crianças e aquele que a rodeiam mas no momento em que a criança começa a falar 1x111 si pode se conside 11r como a rmnsposiçiio 1la forma coletiva de comportamen to pura a prática do comportamenlo individual 80 Vygosi Ccrft cb1 O n ccl9l O CCl C lrO Cci ro Fr rQ Com relação consciência esta é entendida por VOtskil enquadnto llosocialEonsigo 1 r esu tant a apropriação das ferramentas e ps1co log1cas ut ilizadas na atividade humana r ferramentas estas e vão permitir ao sujeito 0 controle sobre a própria conduta4 A dimenã social cfa consc1ênciae exphcaâa por Vygotski da seguinte 1 forma O mecanismo da consciência de si mesmo autoconhecimento e do reconhecimento dos demais 1 é idêntico emas consciência de nós mesmos porque e amos dos demais e pelo mesmo rneéãiUSmõ porque somos em relação a nós mesmos o mesmoqs dmrelayão a nósVygütsli 996 p18 Considerando que as ferramentas semióticas mais poderosas no contato social e na regulação inter humana da conduta são as palavras Riviére 1985 l p 82 consciência tem para Vygotski urna estrutura Lc e 1 s Nesse sentído a unicladedearrálise que permite explicar o desenvo0mento da consciência humana reside papi o autorno significado aa pala y Í nf l d LI Y Esta e ase na ia a enquanto me iaçao e no D r significado d palavra enquantoIlidadedeanálise tem gerado polêmica entre pesquisadores atuais r P Wertsch 1988 Pino 1991 Smolka 1995 Na realidade temse observado que a mediação semiótica não se reduz ao significado da palavra Ao contrário 1 1 l L J este é apenas um aspecto convenc10na mente 4 Importante ressaltar que para Vygocski a psique é 11 parte integrante de um processo complexo que não se limita em ahsoluto a sua vertente consciente por isso consideramos que cm psicologia é complemmente lícito folar do psicologicamente consciente e inconsciente o inconsciente é potencia lmente consciente Vygotski 1996pTS6 81 I I 1 Vygotski Coni 1o co1f 11l1U1cO n r1co lou10 1 o 0fCº diJ l oro do ºtYnlvtfnnfo í mcJI ctabdccido de rnl mcdiaçno A palavra na verdade a dcpcito de conter um significado mais estável compreende vfrios sentidos conforme anteriorrnent referido por vezes ligados às diversidades lingüísticas C SOClatS Quanto à essa polêmica cabe ressaltar que para Vygotski os signos constituemse como categoria de mediação na transformação das funções psicológicas elementares em funções psicológicas superiores na medida em que estão incorporados à atividade prática Mesmo antes de se apropriar da linguagem esta constituise como categoria de mediação na medida em que a criança desde que nasce está inserida em um contexto sirnbólico pois constituise como objeto do discurso do outro Desde o início ela é sujeito de ações significantes para o outro o que a insere irremediavelmente no circuito do simbólico I Pino 1992 p 36 Portanto na perspectiva de Vygotski a consciência é semioticamente estrlrturada pois resulta da apropriação das significações produzidas em contextos interpsicológicos a partir da atividade instn1mental dos sujeitos em relação As significações por sua vez referemse a o que as coisas querem dizer aquilo que alguma coisa significa Como as coisas não significam por si só e nem tão pouco significam a mesma coisa para indivíduos diferentes depreende se que a significação é fenômeno das interações sendo pois social e historicamente produzida Zanella e 1997 p67 Propagando que os principais signos utilizados pelos homens cm suas diferentes atividades são os linguísticos Vygotski estabelece uma ponte entre a líng11agcm e a consciência que encontra clarns referências na filosofia marxista 82 Vygolski Conlofo cont11boçoo 0 Jllcofogo ft o coneo1to J Zoo Llc Dnvolv 1lo lromof ingiagm tão anti Clilf1nto a consciência ª linguagem é a consciência real t pra 1ca que existe para os outros homens e portanto existe também para mim mesmo e a linguagem nasce como a consciência d a carência da necessidade de intercâmbio comoutros homens A consciên cia portanto é desde o início um produto social e continuará sendo enquanto existirem homens Marx e Engels 1989 p 43 r I º A ss im ao p ostular a gên ese social da r onsciênc ia Vygotski fundamentase na concepção 1 0enomem do materialismo histórico e dialético o homem en tendido enquanto sujeito da história determinante e determinado pelo contexto que o cerca Na con cepção dialética marxista os indivíduos fazemse uns aos outros tanto física quanto espiritualmente mas não se fazem a si mesmos as c irc unstân c ias fazem os h o men s assim como os homens fazem as circunstâncias ibid p 55 Com essa perspectiva Vygo tski procurava c la ramente superar tentativas de redução da con sciência a simples conexões de reflexos que uma vez instalados assim permaneciam Por outro lado contrapunhase às perspetivas idealistas que cindiam a consciência de sua base material pois no seu entender a psique não deve ser considerada como ua série de processos especiais que existem em ap nn lugar na qualidaâe ae complementos acima e aparte dõScerêoraisffias comq2mresãQ subjççivª CfeSses mmos prço uma faceta especial uma caractcrí st ica q ua liça ti v epeciél das funções suecriores cio cérebro Vygotski 199 l a p l 00 O cst11clo ela consciência assim concebido 1 A deveria pc rn r a nrn1lisc de furçõcs psicológcas ladas visto préssupor a presença ele intcrrelação 1 83 J Vygolski tl c14 t U nDOIJ o C110 doo ltoO d r Pc dinílmia e di1lérica entre estas assiiu como a b e ase nfctivovolitiva que as origina e transforma A análise por e lementos isto é de funções isoladas não permitiria ao pesquisador compreender o caráter dinâmico do funcionamento psicológico humano Para romper com essas fragmentações Yygorski propunha que os fenô me nos fosse m estudados conjuntamente para que fosse possível observar sua interação no processo de desenvolvimento humano Desse modo Yygorski visava superar a forma tradi cional de análise dos fenômenos ou seja aquela que os via como partes es tanques de uma estrutura organizadora estática Todas essas contribuições de Vygotski para o campo da psicologia inegavelmente originais no contexto científico da sua época o levaram a criar um novo método de investigação deviclo à sua concepção âeerca do processo de constituição do sujeito o estudo histórico significa simplesmente a utilização da categoria de desenvolvimento na investigação dos fenômenos Estudar algo historicamente que dizer3tud á loeLrngvi mento Esta é a exigência fundamental do método dialéticol5arcar na investigação o processo de desenvolimeritõâealmisa em todas as suas fãses e muõaoças desde que surge até que desapareça é o que significa em essência descobrir sua natureza descobrir sua essência já que só em movimento o corpo mostra o que f7 Vygotski 1987b p 74 Para estudar portanto a gênese social da consciênc ia e das funções psicológicas superiores Vygotski criou o método genéricoexperimental ou 84 p Vygoliki C o 11lnIO VJr1h 1 I M JÇfJ l ººtfJ n CJ trHf ltla J 701 W1 dt 01Al lWtl lY lllNllO ft lr1Vll mérodo da dupla cstimulaçno O objetivo desse método consistia cm reconstruir experimentalmente i y os processos de gênese formação e transformação das çõcs Pjicológl êla consciênciapara então poder explicar cientificamente a origem social e 1 histórica do homem Nesse sentido Vygotski tentava claramente trazer para o campo da psicologia a perspectiva dialética pois a abordagem dialética admitindo a influência da natureza sobre o homem afirma que o homem por sua vez age sobre a natureza e cria através das 1nudanças provóéadas por ele na natureza novas c içõesl1aturais para sua existênc1aEngl in Tygõtski 1984 p 70f As funções psicológicas superiores só poderiam ser explicadas portanto através da análise do curso do desenvolvimento destas Para estudálo faziase necessário criar situações experimentais onde Üito se dctiontasse com prblemas ae affí ciesolução que o obrigassem a fazer uso de elementos neutros enquanto signos mediadores da sua atividade Nesse sentido para se estudar o curso do desenvolvimento de uma função psicológica superior qualquer que fosse ela asituação investigada deveria oferecer ao sujeito o mAm d 02ortuniaaoes para que este se envol vce cm atividades as mais variadas possíveis 12osto qu ÕfõCõo eanálise centrase na atividade do sujeito e em se s sign qmed L9ores l 0 método genéticoexperimental pode ser 2 1 1 melhor compreendido a partir dos seus três princípfos l 1r básicos a saber 1 Analisar processos e não objetos ênfase em que rn funções psicológicas superiores sejam analisadas no processo do seu desenvolvimento pois são resul rari tes deste e não npenas em termos de resultados de possibilidades de atuação independente do sujeito r 85 J 1 y f L I F Vygotski Cnnº co tçõ e colnogio I OMtOJ or J º fWOlv1nnlo Q nnol J 1 Explicaçfio x descrição buscar a cxplic açao da formas superiores do comportnmento human deixando de lado práticas rneramentc descritivas p º 1 O IS cgundo Vygotski estas não revelam as relações qirnmicas subjacentes ao fenômi1ô tjestá sei1do iivesrigado explicar significa es tabe lec a conexão entre vários fatos ou vários grupos de fotos explicar é re fer i uma série de fenômenos a outra Vygotski 1996 p216 III O problema do comportamento fossilizado a pesquisa psicológica constantemente se defronta com o problema da análise de comportamentos fossilizados isto é comportamentos que perderam sua aparência original e sua aparência externa nada L nos diz sobre a sua natureza interna Vygotski 1984 p73 A análise das funções psicológicas superiores requer portanto que o pesquisador transforme a coisa em movimento a fossilização em proces soVygotski 1987b p113 para que estas possam ser explicadas Posto que o método genéticoexperimen tal procura traçar a origem e o desenvolvimento dos processos psicolgicos suiores azse necessário considerar que q desenvolvimento do indivíduo na perspectiva de Vyiiado pelo uso de signos instrumentos estes que o permitem regular a sua própria conduta e a dos outros Através do método genéticoexperimental o investigador procurará portanto is são e como o sujeito faz r uso de variados s 1os na execuçao de tarefas li vcrs íficalas Os signos estão presentes no contexto social a posição ativa cio sujeito perante situações variadas foz 86 1 o o cc brr ô l cctCO o ocoodol Zo O D01 ro t con que estes cn1 suêl função de sigrüficação sejam apropriados No entanto n1ais do que se apropriar das 1ncdiações socialn1ente produzidas o h ome1n é produtor ativo de novas incciações o que remete ao lJ papl ti v iC2e ito J v Por sua vez conceber a origem social dos signo I r renlete à concepção de ciência de Vygotski onde é rejeitada a possibilidade de neutralidade por parte do experin1entador bem como d o a mbiente de investigação As possíveis contribuições do experi n1entador ben1 con10 os estímulos do an1biente de investigação pÕden1 ser utilizados pelo sujeito com9 instrun1entos que pern1item a este exercitar o 9omíµio sobre si mesn10 e consequenteeflte desenvolver clirã forn1as mais cmplexas de atuacão e interacão com o n1eio En1 sun1a Vygotski trouxe para o cerne da psicologia a n oção de h on1en1 hisJóJiço que se con stitui enquanto sujeito a partir das relações que estabelece con1 outros hon1ens Pautado na filosofia marxista o autor teUêxplic8 con10 as funções pquicas suQerores dohÕIen1 se originan e desen volvem em contextos sociais específicos p sendo a característica defidora destaeêllaço senipticà Muitas das contribuições de Vygotski para a psicologia não se apresentam de fornla acabada e necessário destacar a leitura de seu legado requer o conhecimento do contexto etn que sua obra foi cunhada considerando seus interlocutores e o léxico que a caracteriza Não são poucas as leituras de Vygotski que ao desconsiderar esses aspectos cac1u c1n um discurso n1arcado por expressões próprias da reflexologia e atravessadas por un1a co1np1ccn são mecanic ista de seus pressup os to Seguindo outrn 87 Vygotski c0l nml11l1u1çl1c b lct1louh1 1oot1tlCt1IO l i 7 0111 1 o rwllvmº 1tu111w1f verte nt e h rambé m l e ir11ra da perspectiva vygorkitnl que a 1proximmn ele 1eorias liberais e pós moderna como analisa Duarte 2000 Com leituras mecanic istas o u idealistas ele Vygotski perdese o que muitos estudiosos de sua obrn reconhecem como relevante contribuição para 0 desenvolvimento da psicologia a saber dimensão histórica que explica a constituição do psiquismo humano e suas transformações e m decorrência das nudançl5 11os contextos socia is o mais importante é que introduziu na investigação psicológicos concreta a idéia da historicidade da natureza do psiquismo humano e da reorganização dos mecanismos naturais dos processos psíquicos no decurso da evolução sócio histórica e ontogênica Vygotski interpretava essa reorganização como o resultado necessário da apropriação pelo homem dos produtos da cultura humana no decurso dos seus contatos com os seus semelhantes Leontiév 1978 p 153 Sob a base dessa perspectiva encontrase a concepção de homem co1no social e hitórico o que significa um importante pressuposto para investi gações e intervenções que partam do princípio de que a realidade resúlta da ação de sujeitos concretos que coletivamente organizam o seu viver Desse modo o que hoje spresenta é resultado da históriaçlos prónrlqsJ1omens sendo que estes tem por sua vez a responsabilidade de manter ou transformar o contexto no quril se inserem A esse respeito Pino 2000 esclarece Eqiiídistantc tnnro de umn v1sno idealista antropocêntricn quanto de uma vis5o materialista 88 Vygolski Conlt11 C 111h 1livuOl b fflt1jlll l u COfti fO rio l onn M Uflolv1mnll f rn11I mecanicista o h01nem que Vigotski nos apresenta é um ser concrct que criando suas próprias ndições de extstenêia tizse na história ao 1nesmo terQQQÇtuefazessa hLstória Um hmem que am dodom ín ioda tecnologiaedopoder1 lvra ãssume parã bef su par o rral 0 d sprópria evolLção Por isso msmo essa visão do homem veicula também uma o nepção ética um a vez que implica a responsabilidade de construir uma ordem social C2az de assegÜrar a tods OS homens U Qsente e um futursdsse mesmo hoem Pio 2àbo8 Por fim cabe destacar que os trabalhos de Vygo tski ao a brirem caminho para uma série de pesquisas n a área da psicologia fazem com que este autor seja reconhecido como fundadorde uma nova psicologia eomj119çla históricoculturã A despeito J do debate atual acerca da concretização ou não de uma terceira via em psicologia pelos russos via esta que supera o dualismo psicofísico vários estudiosos reconhecem que a contribuição de Vygotski no campo da psicologia é de fundamental importância Na verdade ela con stitui uma das mais relevan tes aplicações da teoria marxista ao estudo da gênese e desenvolvimento d as funçõ p s i col9g ica caracter isticamen te hu manã qtposs ibi ljta a conp reenã das relações sujeito e soc iedadm mutuaménte c onstitutivas 89 Diagnóstico de câncer Qual é o impacto no desenvolvimento infantil Ter alguém na família ou receber a notícia que está diagnosticado com câncer é um processo difícil e doloroso para as pessoas que passam por essa situação Porém se tratando da descoberta desse diagnóstico na fase infantil pode colaborar para um medo ainda maior em vista que questões relacionadas a criança ainda estar no começo da vida e ser frágil para uma doença tão arrebatadora acaba causando uma desestruturação do núcleo familiar e no próprio desenvolvimento daquela criança Nos dias atuais concordando com o apontamento de Malta et al 2009 apesar do progresso da ciência e tecnologia em relação aos procedimentos realizados para o diagnóstico e tratamento das doenças crônicas o estigma do câncer permanece pois é visto como um processo irreversível estando quase sempre associado a uma sentença de morte Quando esse sentimento de impossibilidade de reversão da doença é tomado em relação a criança acometida pela doença o sofrimento da família acaba refletindo diretamente naquela criança a levando a crer que aquele é o seu final e que está ali apenas para gerar sofrimento Conhecer o impacto da doença e do tratamento na vida dos portadores de câncer é essencial para o planejamento de ações que visem ao adequado atendimento de suas necessidades GOMES et al 2013 Essas necessidades não se dão unicamente para aquelas voltadas à doença e o seu tratamento mas também para o bemestar mental necessidade social e outros quesitos importantes no desenvolvimento pessoal da criança e adolescente acometido pelo câncer Gomes et al 2013 também levantou a questão do entendimento de estudiosos nesse campo de que para as crianças e adolescentes com câncer algumas questões são importantes como solidão isolamento e perda de uma infância normal falta de apetite desconforto físico e incapacidade alterações da autoimagem entre outras e que isso leva a rupturas do cotidiano O câncer infantil no Brasil apresenta taxas alarmantes segundo o Instituto Nacional de Câncer INCA 2010 são registrados cerca de 12 mil novos casos de câncer infantil por ano Os tipos mais comuns apontados pelo INCA 2010 são as leucemias tumores do sistema nervoso central linfomas e tumores sólidos como o neuroblastoma sarcomas e o tumor de Wilms O psicólogo pode sim fornecer um papel crucial no processo de assistência à criança diagnosticada com câncer em vista que é até mesmo um dos profissionais responsáveis por buscar métodos de interventivos para as questões apontadas anteriormente como a solidão isolamento entre outros encontrados nessas crianças O psicólogo se encontra nesse quesito como profissional de um método paliativo em relação ao câncer e de acordo com o INCA por ser uma doença crônica que ameaça a vida o câncer é uma doença com grande indicação para o cuidado paliativo O psicólogo também deve estar presente na equipe de cuidados paliativos segundo a Academia Nacional de Cuidados Paliativos Maciel et al 2006 Cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares diante de uma doença que ameace a vida por meio da prevenção e alívio do sofrimento da identificação precoce avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos sociais psicológicos e espirituais OMS 2002 A atuação do psicólogo nesse contexto deve ser dada desde a chegada da família ao hospital lembrando que sua atenção não estará apenas voltada para a criança diagnosticada mas também para os familiares que ao sofrer pela notícia podem transmitir uma mensagem negativa mesmo que inconsciente ao paciente dificultando o processo de tratamento O psicólogo durante os atendimentos é capaz de interpretar os significados e a partir disso trabalhar com o paciente um maior comprometimento e uma melhor compreensão da doença GURGEL 2013 Quando abordamos o desenvolvimento infantil da criança acometida com o câncer podemos identificar diversos fatores que irão fugir dos padrões do desenvolvimento desde os aspectos físicos afetados pelas medicações e tratamentos e dependendo do tipo e grau do câncer daquela criança será privada de atividades básicas como ir à escola e ter um grupo de amigos para brincar por exemplo Essa criança estará frequentemente sendo hospitalizada e sendo privada de esforços físicos perdendo processos básicos da infância De acordo com o Manual MSD as consequências que a doença e seu tratamento podem acometer a criança ao longo de sua vida mesmo após estar livre da doença são Infertilidade Déficit de crescimento Lesões no coração Desenvolvimento de cânceres secundários ocorre em 3 a 12 das crianças que sobrevivem ao câncer Problemas psicológicos e sociais Problemas neurológicos ou de desenvolvimento ou ambos GRESH 2021 Quando estudado sobre as questões sociais do câncer um tópico que se mantém em destaque é a diferença de classe social e como pode afetar nesse processo de tratamento e bom sucedimento dele Infelizmente no cenário nacional àqueles que não podem pagar pelo tratamento particular dependem unicamente do SUS que ainda enfrenta filas falta de medicamentos e equipamentos além de algumas baixas no número de profissionais Com isso os mais pobres muitas vezes têm o tratamento interrompido ou acaba tendo uma espera longa que afeta o seu processo de cura além de ainda possuir um atendimento incompleto dos cuidados paliativos Para garantir a diminuição dos riscos do desenvolvimento daquela criança acometida com o câncer é necessário que a equipe multidisciplinar seja especializada no cuidado de crianças garantindo que suas necessidades básicas sejam cumpridas a fornecendo o melhor conforto e bemestar possível e para favorecer as questões sociais muitos dos centros de tratamento de câncer infantil buscam integrar os pacientes uns com os outros para que um vínculo social seja gerado Em nível mundial e nacional o tratamento do câncer infantil e os métodos agregados a esse processo estão cada vez mais evoluído buscando profissionais cada vez mais capacitados e focados nos cuidados também para as famílias porém a maior questão que levanta críticas é quanto a realidade social sendo esta uma preocupação recorrente que deixa várias crianças sem o tratamento adequado e a família sem o acompanhamento psicológico também necessário tudo isso devido à baixa classe econômica que afeta diretamente nas opções disponíveis para se buscar o melhor tratamento e além disso colabora para que o câncer na criança seja encontrado em um estágio já avançado diminuindo as chances do sucesso do tratamento REFERÊNCIAS Gomes Isabelle Pimentel et al Do diagnóstico à sobrevivência do câncer infantil perspectiva de crianças Texto Contexto Enfermagem online 2013 v 22 n 3 Acessado 29 Outubro 2022 pp 671679 Disponível em httpsdoiorg101590S010407072013000300013 Epub 01 Out 2013 ISSN 1980 265X httpsdoiorg101590S010407072013000300013 Gurgel L A Lage A M V 1 Atuação psicológica na assistência à criança com câncer da prevenção aos cuidados paliativos Revista De Psicologia 41 8396 Recuperado de httpwwwperiodicosufcbrpsicologiaufcarticleview793 GESH Renee DO Nemours AI duPont Hospital for Children Considerações gerais sobre o câncer na infância Manual MSD 2021 Disponível em Considerações gerais sobre o câncer na infância Problemas de saúde infantil Manual MSD Versão Saúde para a Família msdmanualscom INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER Brasil Tipos de câncer Brasília DF Instituto Nacional do Câncer 2010 Disponível em httpwww2incagovbr wpswcmconnecttiposdecancersitehomeestomagodefinicao Maciel M G S et al 2006 Critérios de qualidade para os cuidados paliativos no Brasil Documento elaborado pela Academia Nacional de Cuidados Paliativos Rio de Janeiro Rio de Janeiro Diagraphic Malta JDS Schall VT Reis JC Modena CM Quando falar é difícil a narrativa de crianças com câncer Pediatr Mod 2009 SetOut 4551948 Organização Mundial de Saúde 1996 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde CID10 Décima revisão Trad do Centro Colaborador da OMS para a classificação de Doenças em português 3 ed São Paulo EDUSP