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Medicina Veterinária ·

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603 Pesq Vet Bras 317603609 julho 2011 RESUMO Este trabalho teve por objetivo revisar os princi pais aspectos da intoxicação por Senecio spp no Rio Grande do Sul no que se refere à patologia patogenia e epidemiolo gia dessa importante causa de morte em bovinos nesse Esta do Foram abordados também os principais fatores climáti cos e ambientais que aparentemente favorecem a emergên cia e o estabelecimento da planta e a ocorrência da intoxica ção que tem aumentado a sua frequência nos últimos anos no Estado e as possíveis formas de controle da planta incluin do o manejo correto do solo e a utilização de espécies domés ticas menos susceptíveis nas áreas invadidas TERMOS DE INDEXAÇÃO Alcaloides pirrolizidínicos seneciose plantas tóxicas ambiente bovinos intoxicação por planta INTRODUÇÃO A intoxicação por Senecio spp seneciose é a mais frequen te das intoxicações atribuídas a plantas e uma das principais causas de morte entre bovinos no Rio Grande do Sul RS Bar ros et al 2007 Grecco et al 2010 Lucena et al 2010ab Karam Motta 2011 Estimase que no mínimo 5 da população bovina morrem anualmente Méndez RietCorrea 2008 e dados de laboratórios de diagnóstico mostram que 10614 desses casos devemse à intoxicação por plantas RietCor rea et al 2007 No RS com uma população bovina de 13 mi lhões de cabeças as mortes por diferentes causas represen tam 650000 bovinos por ano e podese estimar que as per das anuais em decorrência da ingestão de plantas tóxicas va riam de 68900 a 91000 bovinos Metade dessas mortes é causada por diferentes espécies de Senecio e considerando um preço médio de US 200 por animal as perdas diretas atribuídas à seneciose no RS são de aproximadamente US 75 milhões por ano Méndez RietCorrea 2008 A ocorrência dessa toxicose sua patogenia e sinais clíni cos têm sido amplamente estudados Tokarnia et al 2000 Basile et al 2005 Pedroso et al 2007 RietCorrea et al 2007 Rissi et al 2007 Méndez RietCorrea 2008 Santos et al 2008 Grecco et al 2010 Lucena et al 2010ab No entanto a frequência da seneciose e a ineficácia de medidas terapêuticas ratificam sua importância e têm justificado novos estudos a respeito Este artigo inclui um breve histórico do gênero Senecio a seneciose e as condições ambientais favoráveis à intoxicação no RS e trata das medidas para o controle da intoxicação BREVE HISTÓRICO DO GÊNERO SENECIO O gênero Senecio pertence à família Asteraceae e é cosmo polita mas a maior distribuição do gênero é na América do Tópico de Interesse Geral Intoxicação por Senecio spp em bovinos no Rio Grande do Sul condições ambientais favoráveis e medidas de controle1 Fernando Castilhos Karam2 Ana Lucia Schild3 e João Roberto Braga de Mello4 ABSTRACT Karam FC Schild AL Mello JRB 2011 Poisoning by Senecio spp in cattle in southern Brazil Favorable conditions and control measures Intoxicação por Sene cio spp em bovinos no Rio Grande do Sul condições ambientais favoráveis e medidas de controle Pesquisa Veterinária Brasileira 317603609 Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária Estrada do Conde 6000 Eldorado do Sul RS 92990000 Brazil Email fernandockaramyahoocombr The study aimed to review the main aspects of Senecio spp poisoning in Rio Grande do Sul southern Brazil in relation to the pathology pathogenesis and epidemiology of this important cause of death in cattle in that State The main climatic and environmental factors that apparently favor the emersion and plant establishment were revised The occurrence of poisoning which has increased its frequency in recent years in the state and possible ways to control the plant including the correct handling of soil and the use of less susceptible domestic species in invaded areas were also discussed INDEX TERMS Pyrrolizidine alkaloids seneciosis poisonous plants environment cattle plant poisoning 1 Recebido em 8 de fevereiro de 2011 Aceito para publicação em 22 de março de 2011 2 Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor IPVDF Fepagro Estrada do Conde 6000 Eldorado do Sul RS 92990000 Brasil Autor para correspondência fernandockaramyahoocombr 3 Laboratório Regional de Diagnóstico Faculdade de Veterinária Univer sidade Federal de Pelotas UFPel Campus Universitário sn Pelotas RS 96010900 Brasil 4 Departamento de Farmacologia Instituto de Ciências Biológicas ICBS Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Rua Sarmento Leite 500 sala 202 Porto Alegre RS 90050170 Brasil Pesq Vet Bras 317603609 julho 2011 Fernando Castilhos Karam Ana Lucia Schild e João Roberto Braga de Mello 604 Sul com cerca de 500 espécies É o gênero mais importante da tribo Senecioneae e o maior dentre as fanerógamas que possuem flores com cerca de 3000 espécies distribuídas em todo o mundo Matzenbacher 1998 Somente não ocor rem Senecio spp nas regiões polares e na Amazônia e no Brasil existem 85 espécies Cabrera Klein 1975 Segundo Motidome Ferreira 1966 há 128 espécies deste gênero só no Brasil embora algumas delas sejam pouco comuns No RS a ocorrência de Senecio foi registrada entre 1820 1821 na região do município de Rio Grande SaintHilaire 1887 Matzenbacher 1998 2009 constatou a existência de 26 espécies três variedades uma forma5 e um híbrido do gê nero Senecio no Estado SENECIOSE A intoxicação por Senecio spp especialmente por Senecio brasiliensis comum do estado de São Paulo ao sul do Brasil Tokarnia et al 2000 RietCorrea et al 2007 é considerada das mais importantes nessas regiões e juntamente com ou tras espécies do gênero a causa de expressivo prejuízo na bovinocultura do RS Rissi et al 2007 No RS dentre as diversas espécies do gênero Senecio S brasiliensis S oxyphyllus S heterotrichius e S selloi são fre quentemente associadas com casos de intoxicação em bovi nos Méndez RietCorrea 2008 Há também registro da intoxicação por S tweediei Méndez RietCorrea 1993 e mais recentemente também no RS por S madagascariensis que está em franca expansão pelo Estado com registro de ca sos de intoxicação em função dessa expansão Matzenbacher Schneider 2008 Cruz et al 2010 Karam et al 2011 A intoxicação por Senecio acomete principalmente bovi nos Barros et al 1987 Mendéz et al 1987 Driemeier et al 1991 Barros et al 1992 mas podem ocorrer surtos embo ra com menor frequência em equinos Carvalho Maugé 1946 Curial Guimarães 1958 Gava Barros 1997 ovi nos Ilha et al 2001 Grecco et al 2011b caprinos e suínos Dollahite 1972 e Forsyth 1979 apud Tokarnia et al 2000 e búfalos Corrêa et al 2008 Experimentalmente S brasilien sis também é tóxico para aves Méndez et al 1990 Das espécies de Senecio descritas no mundo aproximada mente 25 têm sido comprovadas como tóxicas para animais domésticos ou para o homem Tokarnia et al 2000 menci onam que doenças enzoóticas caracterizadas por lesão he pática crônica e descritas anteriormente sob outras denomi nações tratavamse de intoxicação por uma ou mais espéci es de Senecio As espécies tóxicas contêm alcaloides pirrolizidínicos APs que são primariamente metabolizados pelos hepatóci tos através do sistema citocromo p450 em grupos pirrois responsáveis pelo dano hepatocelular Spinosa 2008 Cullen 2009 A toxicidade varia em função dos metabólitos forma dos e da espécie animal ter capacidade de detoxificálos ou não Maxie 2007 Os metabólitos ligamse ao ácido desoxirribonucleico DNA inibindo a mitose dos hepatóci tos cujo núcleo segue sintetizando DNA resultando num au mento de tamanho da célula Osweiler 1998 Apesar de o fí gado ser o órgão mais atingido parte dos pirrois sintetizados atinge a circulação geral e pode causar nefrose e pneumonia intersticial uma vez que as enzimas do citocromo p450 es tão presentes e portanto metabolizam APs em pirrois dire tamente nesses órgãos Santos et al 2008 Cullen 2009 As células lesadas têm seu metabolismo diminuído evoluindo até a morte de forma progressiva e irreversível Os animais ma nifestam os sinais clínicos de forma variada de acordo com o grau de comprometimento orgânico e variações biológicas individuais Radostits et al 2002 que podem ser divididas em fatores internos espécie animal fatores genéticos sexo idade prenhez e presença de doenças e externos dieta e am biente Spinosa et al 2008 A lesão hepática produzida pelos APs normalmente cau sa a morte do animal Essa lesão pode determinar edema da substância branca status spongiosus no sistema nervoso central SNC pela hiperamonemia que ocorre devido a sín tese inadequada de uréia no fígado No SNC a amônia é metabolizada por astrócitos eventualmente convertida em glutamina que tem ação neurotóxica determinando o edema Hooper 1972 Barros et al 1992 Summers et al 1995 Radostits et al 2002 Rissi et al 2010 O quadro clínico mais característico é de encefalopatia hepática com apatia ou hi perexcitabilidade incoordenação agressividade tenesmo diarréia e ocasionalmente prolapso retal com um curso clí nico geralmente de 2496 horas Alguns animais apresen tam emagrecimento progressivo com diarréia ou não por um período de até três meses podendo manifestar antes da morte encefalopatia hepática ou permanecerem em decúbito até a morte Intoxicação por APs pode cursar tam bém com fotossensibilização e neste caso o curso clínico costuma ser mais prolongado geralmente entre 30 e 60 dias RietCorrea Méndez 2007 Estudos recentes comprovam interferência no desenvol vimento físico e neurocomportamental na prole de ratas ex postas ao extrato de S brasiliensis no período prénatal Dal molin et al 2010 Sandini et al 2010 e talvez futuramente essa interferência deva ser considerada em animais de pro dução incluindo os bovinos Devido à ação cancerígena e mutagênica dos APs há que considerar também os riscos potenciais à saúde humana Méndez Riet Correa 2008 Spinosa et al 2008 Testes de função hepática indicativos da intoxicação as sim como os estudos histológicos de biopsias hepáticas po dem ser eficientes para estabelecer um prognóstico naque les animais não afetados clinicamente O diagnóstico por biopsia hepática é um meio rápido e seguro para detectar se os animais estão afetados ou não e permitir o abate antes que perdas econômicas maiores ocorram Barros et al 2007 No entanto a intoxicação em humanos pela ingestão de car ne de animais intoxicados por plantas no Brasil até o mo mento não é conhecida e sabese que os APs são metaboli zados no fígado em metabólitos pirrólicos e resíduos desses metabólitos podem ser encontrados em diversos tecidos do animal durante longos períodos após cessar a ingestão dos alcaloides Méndez RietCorrea 2008 Em bovinos a morbidade da intoxicação por Senecio spp é variável entre 1 e 30 e a letalidade é praticamente 100 5 Em botânica é uma categoria definida por quem descreve e estabelece categoria inferior à variedade de origem genética geralmente relacionada a uma característica mais sutil como cor e matiz Pesq Vet Bras 317603609 julho 2011 Intoxicação por Senecio spp em bovinos no Rio Grande do Sul condições ambientais favoráveis e medidas de controle 605 O impacto econômico se dá pelas perdas diretas por morte falhas na reprodução baixa produtividade pela manifestação subclínica da doença além de uma maior suscetibilidade para outras doenças devido à depressão imunológica dos animais As perdas econômicas indiretas incluem o custo do controle das plantas nas pastagens a desvalorização dessas pastagens medidas de manejo alternativas gastos com a reposição dos animais perdidos e os custos relacionados com o diagnóstico e tratamento dos animais afetados Méndez RietCorrea 2008 CONDIÇÕES FAVORÁVEIS À INTOXICAÇÃO NO RS CLIMA SOLO MANEJO No RS o maior risco de ingestão de Senecio spp ocorre pelo pastoreio direto em épocas de pouca oferta de pasto uma vez que a planta é pouco palatável e consumida pelos bovi nos somente sob determinadas condições Méndez Riet Correa 2008 Spinosa et al 2008 A superlotação de bovinos e a grande quantidade de Senecio spp favorecem a ingestão e se as plantas novas estão estreitamente associadas ao ca pim o perigo de ingestão pelos bovinos é ainda maior Tokar nia Döbereiner 1984 Schild et al 1989 Driemeier et al 1991 Driemeier Barros 1992 Tokarnia et al 2000 Em um surto diagnosticado em búfalos em Nova Prata RS durante o inverno de 2006 os fatores epidemiológicos associados foram a alta infestação de S brasiliensis no campo e a forte estiagem Corrêa et al 2008 A ingestão pode tam bém ser acidental através do feno silagem ou grãos contami nados Peterson Culvenor 1983 Coombs et al 1997 Radostits et al 2002 Fenos ou silagens contaminados por plantas que contém APs podem resultar em intoxicação dos animais que os consumirem apesar de que na silagem há perda de 20 a 30 no conteúdo dos alcaloides Méndez 1993 Em Santa Catarina em um surto em bovinos leiteiros foi relatado que os animais recebiam feno de alfafa à vontade cujos fardos apresentavam infestação média de 3 de Sene cio spp e no Paraná um surto em bovinos mestiços foi devi do a grande infestação do campo nativo com S brasiliensis sem deficiência de pastagem Basile et al 2005 Toda a espécie tóxica de Senecio contém APs distribuídos por toda a planta O teor de alcaloides é variável entre as espé cies e provavelmente de ano para ano entre regiões e con dições ambientais diferentes Kingsbury 1964 Hirschmann et al 1987 Habermehl et al 1988 Méndez et al 1990 Méndez 1993 Tokarnia et al 2000 Na espécie madagascariensis o conteúdo de APs é maior nas flores especialmente durante a primavera assim como no conjunto das partes aéreas Karam et al 2011 A variedade de alcaloides presentes e a variação no teor de cada um podem interferir diretamente no efeito tóxico do agente MacLachlan Cullen 1998 e consequen temente na manifestação da doença A manifestação clínica da doença pode ser observada em todas as épocas do ano existindo alguma variação entre as diferentes regiões do Estado provavelmente devido às dife renças ambientais Grecco et al 2010 Karam Motta 2011 Uma vez que a lesão desenvolvese lentamente Bull 1955 é provável que os animais ingiram a planta em estações de ca rência de forragem e no caso de surtos na primavera as es tações anteriores outonoinverno coincidem com a época de maior emergência de Senecio spp e de maior concentra ção de APs nas espécies estudadas no RS Karam et al 2004 Condições de maior demanda fisiológica por situações estres santes comuns na primavera como parição feiras e trans porte podem desencadear a intoxicação latente Dickinson 1980 Johnson Smart 1983 já que na ausência de maior exigência do organismo o dano hepático pode não se mani festar Peterson Culvenor 1983 Em propriedades com casos de intoxicação observase em geral infestação de Senecio spp em diferentes estágios vegetativos e com bom vigor e sempre pouca oferta de pasto em relação ao número de animais no estabelecimento Karam et al 2004 O ciclo de vida e o comportamento de plantas estão direta mente ligados aos fatores ambientais especialmente preci pitação fotoperíodo temperatura do ar e do solo pois regu lam os fenômenos biológicos Borgignon Piccolo 1981 Beskow 1995 Madanes et al 1996 No RS S brasiliensis é considerada uma espécie perene enquanto S oxyphyllus S heterotrichius e S selloi são anuais Matzenbacher 1998 Essas espécies comportamse como anuais e monocárpicas com algumas variações individuais Karam et al 2002 Con forme os danos sofridos como pisoteio excessivo corte etc as plantas podem comportarse como anuais bianuais ou até mesmo perenes Se os danos forem intensos eou frequen tes uma porção de plantas apresentará um ciclo bianual com a maioria precisando de dois ou mais anos para florescer Se as condições de crescimento são sempre favoráveis algumas plantas podem florescer no primeiro ano comportandose como anuais Beskow 1995 S madagascariensis compor tase como anual e pluricárpica Karam 2010 dados não pu blicados Portanto se as condições ambientais são favorá veis à emergência e ao desenvolvimento pode haver dispo nibilidade da planta em qualquer época do ano e consequen temente a ingestão e a intoxicação em diferentes épocas Fatores ambientais como frio excessivo no inverno ou dé ficit hídrico no verão e formas inadequadas de manejo como fogo carga animal excessiva entre outros determinam as condições das pastagens naturais Crawshaw et al 2007 Overbeck et al 2007 Em um estudo na região Sudoeste do RS esses fatores favoreceram o aparecimento de manchas de solo desnudo entre a vegetação remanescente e o estabele cimento de plantas indesejáveis Gonçalves GirardiDeiro 1986 GirardiDeiro et al 1992 Um pastoreio pesado no in verno ou em época de alta precipitação contribui para a di minuição da camada de cobertura vegetal aumentando a in cidência de luz no solo e consequentemente a temperatura o que favorece a germinação das sementes ali presentes Em fanerógamas a germinação de sementes responde às flutua ções diurnas de temperatura e essa resposta varia de acordo com a amplitude dessa flutuação e a presença ou ausência de luz Thompson et al 1977 Coombs et al 1991 Beskow 1995 No RS a grande amplitude térmica pode ser um dos fatores que favorece a ocorrência de Senecio spp Karam Jarenkow 2011 Há correlação positiva entre a vegetação de cobertu ra principalmente para espécies perenes e o banco de se mentes no solo BSS indicando que o BSS pode possuir im portante papel na dinâmica da vegetação natural campestre Pesq Vet Bras 317603609 julho 2011 Fernando Castilhos Karam Ana Lucia Schild e João Roberto Braga de Mello 606 Maia et al 2003 2004 Plantas consideradas daninhas po dem ser disseminadas via seminífera ou vegetativa especial mente nas espécies perenes muitas vezes por ação do ho mem Do ponto de vista morfofisiológico a fixação de plantas envolve complexos aspectos morfogênicos e edafoclimáticos Condições ambientais favoráveis como adequado suprimento hídrico temperatura concentração de oxigênio e presença ou ausência de luz conforme ela seja fotoblástica positiva ou negativa determinam o processo de germinação Silva Sil va 2009 Na espécie S jacobaea a emergência de mudas é mais alta no solo descoberto do que em locais com vegetação de cober tura densa e é maior no solo úmido no inverno quando a tem peratura está baixa A germinação de sementes é impedida no verão pela falta de umidade e em qualquer época do ano pela presença da cobertura de pastagem Não há influência direta pelo pisoteio à emergência de mudas O pisoteio ge ralmente estimula a germinação através do dano que causa à vegetação de cobertura O pisoteio é determinante para for mação de solo nu no inverno quando as plantas são mais se veramente danificadas A emergência de S jacobaea foi mí nima onde a pastagem de cobertura não foi perturbada A presença de S jacobaea e S aquaticus aumenta à medida que diminui a cobertura da vegetação e além disso solos mais ricos em fósforo têm menor infestação de S jacobaea Um baixo pH do solo parece favorecer o seu aparecimento Beskow 1995 McClements et al 1998 Baixo pH e baixo teor de fósforo são fatores comuns em solos de várias regiões do RS Macedo 1984 Portanto esses fatores devem ser consi derados também na ocorrência de Senecio spp no Estado A ocorrência da seneciose é maior do que o número de registros em laboratórios de diagnóstico Grecco et al 2010 Karam Motta 2011 e o crescente aumento de casos em bovinos no RS pode ser atribuído em parte ao declínio acen tuado da ovinocultura no Estado e consequentemente ao au mento da população da planta Karam et al 2004 semelhante ao que ocorreu na GrãBretanha nos anos de 1940 Harper Wood 1957 Alguns autores sugerem que o aumento da ocorrência em bovinos e a mudança no padrão da intoxica ção com apresentação subaguda da doença podem estar re lacionados às mudanças climáticas Grecco et al 2011a Embora os ovinos possam adoecer espontaneamente Ilha et al 2001 Grecco et al 2011b a intoxicação não é comum nessa espécie por ser mais resistente à ação dos alcaloides e por isso podem ser usados como controladores naturais da planta No RS nas áreas onde há ovinos em pastoreio geral mente não há Senecio spp Méndez RietCorrea 2008 Deve considerarse porém pelo menos no caso da espécie S jacobaea que a dispersão de sementes pode ocorrer pelo es trume de ovinos que se alimentaram com a planta na frutificação cujas sementes não são danificadas no trato di gestivo e podem germinar Harper Wood 1957 MEDIDAS DE CONTROLE Não existe tratamento específico nem sintomático que per mita recuperar os animais com sinais clínicos da doença Riet Correa et al 2007 Há experimentalmente tentativas de con trole da intoxicação alterandose o processo de biotransfor mação hepática dos APs Para tanto são utilizados aminoáci dos de forma a suprir os radicais sulfidrila para a conjugação com os pirrois como por exemplo a cisteína Spinosa et al 2008 Devese levar em conta que a maioria das intoxicações por plantas acontece em animais que pelo menos em algum período do ano ou até no ano anterior passaram por um pe ríodo de restrição alimentar No RS essa situação é comum de ocorrer no outono e inverno quando a disponibilidade de for ragem diminui consideravelmente Méndez RietCorrea 2008 especialmente em regiões onde o frio é mais rigoroso e também por excesso de chuvas ou em casos de seca Exces so de plantas indesejáveis normalmente em campos muito alterados decorrentes de um desequilíbrio na biocenose as sociação entre a macro meso e micro vida de uma área es pecialmente a alimentar Romero 1998 dificulta a seleção no pastoreio Deve ser considerado ainda que os bovinos não são hábeis em fazer essa seleção Portanto manter uma ade quada oferta de pasto de boa qualidade em relação à lotação animal especialmente nas épocas críticas do ano no sul do RS é fundamental para evitar a ingestão de Senecio no perío do em que as espécies têm maior teor de APs Karam et al 2004 Nas áreas mais invadidas pela planta devem ser colo cadas as categorias que irão permanecer menor tempo no estabelecimento ou fazer rodízio das diferentes categorias nos diferentes campos Méndez RietCorrea 2008 Para controle da população da planta devem ser evitadas práticas que resultem em diminuição da cobertura vegetal e a permanência de solo desprovido de vegetação especialmen te importantes para a germinação de sementes e o estabele cimento de plantas fotoblásticas positivas como Senecio spp Karam Jarenkow 2011 Arrancar a planta com raiz em dias de solo úmido antes da floração que no RS se concentra de setembro a dezembro para a maioria das espécies é bastante eficaz porém não é uma medida prática para grandes extensões e ainda pode haver rebrote dos restos de raízes que ficam no solo Essa medida não é recomendada por Beskow 1995 pela capaci dade de propagação vegetativa Silva Silva 2009 no en tanto tem sido recomendada para as espécies em que a roçada é ineficiente como S madagascariensis Amaro 2005 Roçadas podem ser feitas também antes da floração sem pre evitando a produção e dispersão de sementes Essa práti ca deve ser repetida quando os rebrotes atingem 1015 cm de altura a fim de esgotar as reservas nutritivas da planta até seu desaparecimento Amaro 2005 Essas roçadas podem ser associadas ao pastoreio com ovinos Esse método tem sido adotado com sucesso por alguns produtores rurais que mencionam que na passagem da fase vegetativa para repro dutiva de Senecio spp pouco antes da floração o campo foi roçado e isso diminuiu cerca de 90 o porte da planta Quan do a mesma rebrotou e atingiu a fase adulta novamente flo resceu rente ao chão foram colocados os cordeiros da pro priedade e notouse que os animais comiam Senecio mesmo quando havia no potreiro ainda bom pasto Foi observado também que num período de três anos de seca houve uma troca na composição botânica dos campos e que dentre as espécies de herbáceas que apareceram uma das principais foi Senecio porém em campos com ovinos não se encontra va um único exemplar da planta Kluwe 2008 Pesq Vet Bras 317603609 julho 2011 Intoxicação por Senecio spp em bovinos no Rio Grande do Sul condições ambientais favoráveis e medidas de controle 607 O pastoreio com ovinos pode ser feito conjuntamente com os bovinos já que aqueles consomem e controlam a planta no entanto deve ser considerada a possibilidade de que os ovinos introduzidos em áreas muito infestadas por Senecio spp possam intoxicarse Ilha et al 2001 Allan et al 2005 Méndez RietCorrea 2008 Grecco et al 2011b Uma lota ção de ovinos igual ou maior que 043 animais por hectare em pastoreio contínuo por no mínimo 30 dias controlou a ocorrência de Senecio spp Soares et al 2000 A prática de fazer feno ou silagem de áreas invadidas por Senecio spp deve ser desestimulada A dessecação da planta reduz seu potencial tóxico porém impossibilita os bovinos de selecionar as plantas as quais podem tornarse também mais palatáveis assim como se tornam mais palatáveis quan do são cortadas arrancadas ou pulverizadas com herbicidas Beskow 1995 O controle químico tem sido indicado para espécies que possuem capacidade de propagação vegetativa mas deve ser feito como método auxiliar dentro de um manejo integrado Silva Silva 2009 Para o controle de S jacobaea os herbici das podem ser usados na brotação desde que seja estimulado o crescimento da pastagem ao redor Beskow 1995 Para a espécie S madagascariensis recomendamse aplicações lo calizadas de herbicidas pósemergentes pouco residuais quando as plantas têm cerca de cinco folhas de modo que seja eficiente a dose mínima o que também diminui custos O her bicida não atua sobre as sementes de modo que esse método deverá ser repetido por alguns anos até o esgotamento do BSS Tanto o controle mecânico como o químico devem ser feitos no inverno até 10 de agosto se as condições climáticas não anteciparem a floração Amaro 2005 Devese considerar que S madagascariensis tem várias florações durante um ano e especialmente nesta espécie os controles mecânicos têm sido pouco eficientes A simultaneidade das fenofases vege tativas e reprodutivas em uma mesma planta e na população de plantas assim como o curto período entre emergência e floração 610 semanas são determinantes de uma baixa efi ciência de um ou outro método e sugerem a necessidade de múltiplas operações de controle Allan et al 2005 Villalba Fernández 2005 Alguns países como Nova Zelândia NZ possuem legis lação específica sobre prevenção controle e erradicação de plantas nocivas à saúde eou economia incluindo Senecio spp e faz parte de ações governamentais regulares sendo as pro priedades passíveis de fiscalização Baseado em um estudo sobre dispersão de sementes em plantas da família Asterace ae uma lei na NZ proíbe a existência de S jacobaea na faixa de 20m da divisa da propriedade e proíbe que o produtor te nha plantas em flor na sua fazenda Beskow 1998 MAF 2010 No RS a Associação RioGrandense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural Emater juntamente com a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária e sua unidade em saúde animal o Instituto de Pesquisas Veteriná rias Desidério Finamor IPVDF produziu um folder sobre seneciose dentro do Programa Pecuária Familiar alertando sobre o problema e indicando algumas medidas de controle Esse material teve repercussão positiva na cadeia produtiva o que demonstra a carência e potencialidades de trabalho nessa área Emater 2008 Estão em desenvolvimento trabalhos com o uso de ovinos de acordo com a infestação da planta para que se possa reco mendar medidas práticas seguras e eficazes de controle da população de Senecio spp sempre considerando a importân cia de um manejo adequado do campo e pastagens para evi tar o solo descoberto Karam 2010 estudos associando o pastoreio com ovinos e bovinos Cruz 2010 e também es tudos visando o controle pela utilização de insetos especial mente de Phaedon confinis em S brasiliensis a exemplo do que já foi feito com sucesso em outros países Coombs et al 1991 1996 1997 McEvoy et al 1991 Mendes et al 2005 Milléo et al 2006 Solera et al 2007 Diante dos graves prejuízos causados pela seneciose jus tificase a busca de alternativas de controle dessa importante causa de morte em bovinos no RS Medidas que aliam con trole biológico de Senecio spp ao manejo correto da terra são menos agressivas ao ambiente natural e se constituem numa forma de redução de prejuízos econômicos a médio prazo Agradecimentos Ao INCTCNPq Procnº57353420080 REFERÊNCIAS Allan H Launders T Walker K 2005 Fireweed Primefact 12618 State of New South Waleswwwdpinswgovau Amaro C 2005 Maleza invasora y de cuidado para el pastoreo el Senecio p49 In Lechuza Roja 39 set 2005 Publicación de Laboratorios San ta Elena SA Montevideo Uruguay Barros CSL Driemeier D Pilati C Barros SS Castilhos LML 1992 Senecio spp poisoning in cattle in southern Brazil Vet Hum Toxicol 343241246 Barros CSL Castilhos LML Rissi DR Kommers GD Rech RR 2007 Biópsia hepática no diagnóstico da intoxicação por Senecio brasiliensis Asteraceae em bovinos Pesq Vet Bras 2715360 Basile JR Diniz JMF Okano W Cirio SM Leite LC 2005 Intoxicação por Senecio spp Compositae em bovinos no sul do Brasil Acta Scient Vet 335762 Beskow WB 1995 A study of the factors influencing the emergence and establishment of ragwort Senecio jacobaea L seedlings in pastures MSc Dissertation Massey University New Zealand 116p Beskow WB 1998 Comunicação pessoal Massey University New Zealand Borgignon OJ Piccolo ALG 1981 Fenologia de Hydrocotyle leucocephala Cham Rodriguésia 33569199 Bull LB 1955 The histological evidence of liver damage from pyrrolizidine alkaloids Megalocytosis of the liver cells and inclusion globules Aust Vet J 313340 Bull LB Culvenor CCJ Dick AT 1968 The pyrrolizidine alkaloids Their chemistry pathogenicity and other biological properties NorthHolland Publ Co Amsterdam 293p Cabrera AL Klein RM 1975 Compostas 2 Tribo Senecioneae p126 222 In Reitz R Ed Flora Ilustrada Catarinense Itajaí Carvalho GST Maugé GC 1946 Ação tóxica de Senecio brasiliensis Lessing fam Compositae Revta Fac Med Vet São Paulo 33131136 Curial O Guimarães JP 1958 Cirrose hepática enzoótica no cavalo Mem Inst Oswaldo Cruz Rio de J 562635644 Coombs EM Radtke H Isaacson DL Snyder SP 1996 Economic and regional benefits from the biological control of tansy ragwort Senecio jacobaea in Oregon Proc IX International Symposium on Biological Control of Weeds University of Cape Town Stellenbosch p489494 Coombs EM Bedell TE McEvoy PB 1991 Tansy ragwort Senecio jacobaea Importance distribution and control in Oregon p419428 In James LF Evans JO Ralphs MH Child RD Eds Noxious Range Weeds Westview Press San Francisco Coombs E MallorySmith LC Burrill RH Callihan R Parker Radtke H Pesq Vet Bras 317603609 julho 2011 Fernando Castilhos Karam Ana Lucia Schild e João Roberto Braga de Mello 608 1997 Tansy ragwort Senecio jacobaea L Pacific Northwest Extension Publication 17517 Corrêa AMR Junior PSB Pavarini SP Santos AS Sonne L Zlotowski P Gomes G Driemeier D 2008 Senecio brasiliensis Asteraceae poiso ning in Murrah buffaloes in Rio Grande do Sul Pesq Vet Bras 283187 189 Crawshaw D DallAgnol M Cordeiro JLP Hasenack H 2007 Caracteri zação dos campos sulriograndenses uma perspectiva da ecologia da paisagem Boletim Gaúcho de Geografia 33233252 Cruz CEF 2010 Comunicação pessoal Faculdade de Veterinária Univer sidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Cruz CEF Karam FC Dalto AC Pavarini SP Bandarra PM Driemeier D 2010 Fireweed Senecio madagascariensis poisoning in cattle Pesq Vet Bras 3011012 Cullen JM 2009 Doenças do fígado e do sistema biliar p418455 In McGavin MD Zachary JF Eds Bases da Patologia em Veterinária 4ª ed Elsevier Rio de Janeiro Dalmolin DP Ricci EL Telloli CS Spinosa HS Górniak SL 2010 Efei tos da exposição ao Senecio brasiliensis durante a gestação no desenvol vimento físico e reflexológico da prole de ratas Anais 4ª Semana Científi ca Benjamin Eurico Malucelli p112113 Resumo Dickinson JO 1980 Release of pyrrolizidine alkaloids into milk Proc West Pharmacol Soc 23377379 Driemeier D Barros CSL Pilati C 1991 Seneciose em bovinos Hora Vet 592330 Driemeier D Barros CSL 1992 Intoxicação 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como possível agente controlador desta planta tóxica Publ UEPG Ciências Exatas e da Terra Ciências Agrárias e Enge nharias 114553 Méndez MC 1993 Intoxicação por Senecio spp p4357 In RietCorrea F Méndez MC Schild AL Eds Intoxicações por Plantas e Micotoxi coses em Animais Domésticos Editorial Agropecuaria Hemisferio Sur Montevideo Méndez MC RietCorrea F 1993 Intoxication by Senecio tweediei in cattle in southern Brazil Vet Human Toxicol 35155 Méndez MC RietCorrea F 2008 Plantas Tóxicas e Micotoxicoses 2ª ed Editora e Gráfica Universitária Pelotas 298p Méndez MC RietCorrea F Schild AL Martz W 1990 Intoxicação expe rimental por cinco espécies de Senecio em bovinos e aves Pesq Vet Bras 10346369 Milléo J Corrêa GH Leite ML PedrosaMacedo JH 2006 Comporta mento e ciclo de vida de Phaedon confinis Coleoptera Chrysomelidae em condições de laboratório Revta Bras Entomol 503419422 Motidome M Ferreira PC 1966 Alcalóides de Senecio brasileinsis Less Revta Fac Farm Bioquím São Paulo 411344 Osweiler 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Brum JS Kommers GC Barros CSL 2007 Intoxicações por plantas e micotoxinas associ adas a plantas em bovinos no Rio Grande do Sul 461 casos Pesq Vet Bras 27261268 Rissi DR Pierezan F OliveiraFilho JC Lucena RB Carmo PMS Bar ros CSL 2010 Abordagem diagnóstica das principais doenças do siste ma nervoso de ruminantes e equinos no Brasil Pesq Vet Bras 3011 958967 Romero NF 1998 Manejo Fisiológico dos Pastos Nativos Melhorados Li vraria e Editora Agropecuária Ltda Guaíba RS 110p SaintHilaire A de 1887 Voyage à Rio Grande do Sul Brésil Tradução de Leonam de Azeredo Penna 1974 Viagem ao Rio Grande do Sul Itatiaia Belo Horizonte 215p Sandini TM Udo MSB Spinosa HS 2010 Interferência no desenvolvi mento físico e neurocomportamental da prole de ratas causada pela expo sição ao extrato de Senecio brasiliensis durante o período prénatal Anais 4ª Semana Científica Benjamin Eurico Malucelli Departamento de Análi ses Clínicas e Toxicológicas Universidade de São Paulo p3536 Resumo Silva AA Silva JF 2009 Tópicos em Manejo de Plantas Daninhas Edito ra UFV Universidade Federal de Viçosa 367p Soares MP RietCorrea F Méndez MC Rosa FG Carreira EG 2000 Con trole biológico de Senecio spp com pastoreio de ovinos Anais II Reunión Argentina de Patologia Veterinaria Faculdad de Ciencias Veterinarias Universidad Nacional del Nordeste Corrientes Argentina p79 Resumo Solera M Hefler SM de Paula MCZ 2007 Estudo das interações entre insetos e Senecio brasiliensis Less Asteraceae em área experimental no campus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Toledo Brasil Estud Biol 29668187 Spinosa HS Górniak SL PalermoNeto J 2008 Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária Editora Manole São Paulo 942p Summers BA Cummings JF deLahunta A 1995 Degenerative diseases of the central nervous system p208350 In Summers BA Cummings JF de Lahunta A Eds Veterinary Neuropathology Mosby St Louis Thompson K Grime JP Mason G 1977 Seed germination in response to diurnal fluctuations of temperature Nature 267147149 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