Crise de Gestão no SUS durante a Pandemia de Covid-19

Pandemia por Covid19 expõe crise de gestão no Sistema Único de Saúde Na formação de uma frente de defesa do SUS deve ser reconhecida a potência da força de trabalho em saúde que faz acontecer o Sistema mas que sofre os efeitos decorrentes das condições de formação tanto na academia quanto em serviço da precarização das relações de trabalho baixa remuneração sobrecarga de trabalho baixa fixação e o dimensionamento inadequado do quadro de pessoal entre outros aspectos Além disso as formas de contratação de pessoal por meio de parcerias públicoprivadas e OSS podem representar a situação de profissionais cuja fragilidade de vínculo repercute em problemas de identidade e que mesmo sendo contratados por um respaldo financeiro público do SUS sua imagem é de representação de empresa que os admitiu e consequentemente segue sob esse domínio É possível constatar na história que não há uma deliberada opção pelo SUS dentro dos governos Nenhum governo ainda abraçou totalmente o SUS alguns foram melhores sem dúvida mas é preciso pontuar essa questão Há no Brasil uma política de Estado que não é totalmente defendida pelos governos que mesclam os seus interesses com os interesses públicos É preciso ter uma verdadeira opção dos governos pelo SUS universal equânime e integral e uma mobilização nacional que permita à sociedade em geral conhecêlo melhor para poder defendêlo Tratase de missão árdua que possui interface com quem é colocado na gestão Vale a pena parar as intensas lutas travadas para organizar estruturar e colocar esse sistema de saúde em funcionamento nos 27 estados e 5570 municípios brasileiros O SUS configurase como uma fortaleza disseminada em todos os municípios e se não fosse tal estrutura como enfrentarseia essa pandemia Ou seja a pandemia evidencia a importância dos sistemas universais em saúde mas exige do SUS uma gestão propositiva éticopolítica que seja obediente aos princípios constitucionais e exercida em cada esfera de governo por gestores que compreendam a dinâmica e responsabilidade na condução de um sistema de saúde fundado em um processo democrático e sob princípios de solidariedade social em respeito à cidadania para o alcance dos direitos humanos Por isso cabe repensar qual é o tipo de gestão em saúde e de gestores que melhor se conformam enquanto agentes sociais da gestão em face do modelo assistencial proposto para o SUS quais os conhecimentos e habilidades necessários e as melhores práticas a serem transmitidas no espaço da gestão colegiada Utilizar dos reflexos que uma crise provoca em uma sociedade é uma oportunidade de promover mudanças estratégicas para a ruptura de problemas que alimentam a crise No entanto se a condição dos problemas não for corrigida uma calamitosas reação em cadeia acontecerá na qual o Estado e o governo ao invés de reduzirem as causas alimentam a situação Nesse sentido o atual cenário revela a necessidade de realinhar propostas refazer as alianças capazes de