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Imunologia
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Quim Nova Vol 45 No 6 760766 2022 httpdxdoiorg10215770100404220170895 email marconeoliveiraufjfedubr TESTES DIAGNÓSTICOS PARA O SARSCOV2 UMA REFLEXÃO CRÍTICA Marcone A L de Oliveiraa Aripuanã S A Watanabeb Dionéia E Cesard João Marcos B Candidoa Nerilson M Limaa Olívia B O Moreiraa e Paula R Chellinic aDepartamento de Química Insituto de Ciências Exatas Universidade Federal de Juiz de Fora 36036900 Juiz de Fora MG Brasil bDepartamento de Parasitologia Microbiologia e Imunologia Instituto de Ciências Biológicas Universidade Federal de Juiz de Fora 36036900 Juiz de Fora MG Brasil cDepartamento de Ciências Farmacêuticas Faculdade de Farmácia Universidade Federal de Juiz de Fora 36036900 Juiz de Fora MG Brasil dDepartamento de Biologia Instituto de Ciências Biológicas Universidade Federal de Juiz de Fora 36036900 Juiz de Fora MG Brasil Recebido em 23122021 aceito em 21032022 publicado na web em 19042022 DIAGNOSTIC TESTS FOR SARSCOV2 A CRITICAL REFLECTION The new coronavirus called Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 SARSCoV2 was discovered in late December 2019 after cases were reported in the city of Wuhan China In January 2020 the World Health Organization WHO officially declared the Coronavirus Disease 2019 COVID19 as a pandemic which has an official record of around 500 million cases and more than 60 million deaths in worldwide An important factor in controlling the pandemic is the development of more effective and efficient diagnostic tests In this context this review has as its main proposal to discuss the effective differences between the possible diagnostic tests the implications of molecular and serological methods available on the market and the analytical and clinical parameters involved in the development and application of these methods Keywords SARSCoV2 COVID19 diagnostic tests INTRODUÇÃO Os primeiros diagnósticos de Coronavirus Disease 2019 COVID19 foram registrados em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan China cujos laudos foram descritos como pneumonia de etiologia desconhecida de origem zoonótica relacionada a um mercado de animais silvestres autóctone1 Após identificar o agente etiológico denominado Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 SARSCoV2 a Organização Mundial da Saúde OMS entendeu que se tratava de uma doença pandêmica e portanto em janeiro de 2020 declarou estado de emergência de saúde global Desde então a COVID19 tem sido um dos maiores desafios epidemiológicos do século sendo considerada mais grave do que a pandemia por gripe espanhola com registro de ocorrência em 191824 É importante destacar que o SARSCoV2 também pertence ao gênero Betacoronavirus da ordem Nidovirales e possuem um genoma caracterizado por alta frequência de mutações e recombinações adquirindo alto potencial para alternar hospedeiros e patogenicidade56 A COVID19 é frequentemente associada a problemas respiratórios cujos sintomas mais comuns incluem febre tosse seca e fadiga Embora classificada como síndrome respiratória relatos recentes sobre a doença a caracterizam como uma doença sistêmica pois envolve o sistema cardiovascular respiratório gastrointestinal neurológico hematopoiético e imunológico17 Contudo outros sintomas menos comuns como a anosmia perda do olfato congestão nasal conjuntivite também conhecida como olhos vermelhos dor de garganta dor de cabeça dores musculares ou articulares diferentes tipos de erupções cutâneas náusea ou vômito diarreia calafrios ou tonturas podem também ser evidenciados No entanto uma pequena parte dos infectados evolui para síndrome do desconforto respiratório agudo e dano alveolar difuso cujos quadros graves de pneumonia podem causar insuficiência respiratória perda de apetite confusão mental dor persistente ou pressão no peito febre alta temperatura acima de 38 C irritabilidade consciência reduzida às vezes associada a convulsões ansiedade depressão distúrbios do sono complicações neurológicas mais graves e raras como acidentes vasculares cerebrais inflamação do cérebro delírio e danos nos nervos Após a exposição ao SARSCoV2 os sintomas aparecem em média de 5 a 6 dias e pode variar de 1 a 14 dias Em função disso é aconselhável permanecer em isolamento por um período mínimo de 14 dias a fim de evitar a propagação do vírus especialmente onde os testes não estão facilmente disponíveis810 Nos casos mais brandos a infecção tende a retroceder sem maiores complicações Porém pacientes portadores de doenças crônicas ou comorbidades ou que em uma semana apresentem piora clínica precisam de acompanhamento e assistência médica mais intensiva pois a doença pode progredir para o estágio mais grave muitas vezes levando a óbito O elevado número de pessoas infectadas assintomáticas e présintomáticas que podem transmitir o vírus associado com a dificuldade em testar toda a população em tempo real é um dos grandes desafios no controle da pandemia de COVID1911 Um dos principais agentes para controlar a pandemia de fato é aplicação de testes efetivos ainda na fase inicial da doença em que os sintomas não são específicos visto que outras doenças como por exemplo a influenza apresentam sintomas similares e acabam contribuindo para a inexatidão do diagnóstico12 A partir de dezembro de 2019 diversos testes diagnósticos foram desenvolvidos para a detecção do SARSCoV2 incluindo os testes diretos para a pesquisa de alvo genético ou proteico do vírus e os testes indiretos para a detecção de anticorpos contra o vírus Portanto o principal objetivo deste artigo de revisão é discutir a eficácia eficiência e acurácia dos atuais testes utilizados para detectar a COVID19 Dentro desse contexto com o intuito de apresentar Assuntos Gerais Testes diagnósticos para o SARSCoV2 uma reflexão crítica 761 Vol 45 No 6 aos leitores o estado da arte envolvendo o tema em epígrafe um esforço crítico e interpretativo envolvendo a busca e investigação bibliográfica foi direcionado MÉTODOS DIAGNÓSTICO Métodos sorológicos Testes rápidos lateral flow imunocromatográficos Atualmente encontrase disponível no mercado dois tipos de testes rápidos aqueles que detectam proteínas na fase ativa da infecção conhecidos como teste de antígeno e aqueles que identificam a presença de anticorpos que são produzidos por uma resposta imunológica do organismo quando exposto ao vírus Apesar de amplamente difundidos os testes rápidos quando realizados fora do período indicado podem apresentar sensibilidade e especificidade muito reduzidas e taxa de erro em torno de 75 de resultados falso negativo acarretando em insegurança e incerteza para interpretação diagnóstica13 Considerando que nem todos os indivíduos infectados pelo vírus apresentam anticorpos detectáveis por esses métodos principalmente indivíduos assintomáticos ou que desenvolvem quadro leve de infecção é importante realizar o diagnóstico por meio de metodologias mais precisas e confiáveis como a reação da transcriptase reversa seguida pela reação em cadeia da polimerase do inglês Reverse transcriptasePolymerase Chain Reaction RTPCR14 Embora esses testes não sejam apropriados para o diagnóstico precoce da infecção pelo SARSCoV2 eles podem auxiliar no diagnóstico de inflamação multissistêmica relacionada a COVID1915 A detecção de anticorpos ou imunoglobulinas A M e G ou seja IgA IgM e IgG em pessoas que foram expostas ao SARSCoV2 é realizada a partir da amostra de sangue do paciente A IgM é identificada a partir do quinto dia de sintomatologia e mais significativamente a partir do oitavo dia enquanto os valores de IgG específica começam a ser detectáveis a partir do décimo dia do início dos sintomas e mais significativamente a partir do 14º dia16 Os exames sorológicos podem ser usados como ferramentas auxiliares para diagnóstico de infecção prévia e para estudos populacionais porém devese avaliar primordialmente alguns parâmetros como validação e acurácia do teste seleção da amostra e a interpretação dos resultados Além disso eles não devem ser utilizados como método diagnóstico preciso na identificação e controle de surtos entre profissionais de saúde pois não fornecem informações no que concerne ao período de infectividade ou transmissibilidade da infecção e também não são recomendados para indicar ou retirar o paciente das precauções respiratórias17 Método de imunoabsorção enzimática e Quimioluminescência Além do teste Lateral Flow apresentado no item anterior a quantificação de IgG e IgM pode ser realizada também pelo método de imunoabsorção enzimática conhecido como ELISA do inglês EnzymeLinked Immunosorbent Assay ELISA o qual assim como o método de Quimioluminescência do inglês Chemiluminescence Immunoassay CLIA são testes sorológicos realizados por técnicas de análise automatizadas e convencionais1718 Métodos mais recentes como Eletroquimioluminescência ECLIA também estão disponíveis para detecção de anticorpos totais ou apenas para IgG Esses métodos apresentam sensibilidade superior ao teste rápido na detecção dos anticorpos porém assim como o teste rápido a acurácia destes ensaios é dependente da época em que a coleta foi realizada cujas recomendações são a partir do 10º dia do início dos sintomas para IgM e IgA e após 15º dia para IgG19 O método ELISA tem sido amplamente utilizado em alguns países da Europa e nos Estados Unidos para a avaliação da soroprevalência dos anticorpos IgG em populações suscetíveis cujos resultados concluíram que muitas populações possuíam níveis significativos de anticorpos contra o vírus SARSCoV2 Esses resultados podem ajudar a entender a probabilidade de infecções assintomáticas ou infecções com sintomas leves20 Esse método é um ensaio valioso em elucidação de diagnósticos virais uma vez que ele fornece informações qualitativas e quantitativas a partir de amostras de sangue total plasma ou soro Esse ensaio utiliza uma placa revestida com proteína viral onde as amostras são incubadas e quando na presença de anticorpos ocorre uma ligação destes anticorpos com uma proteína específica formando um complexo proteínaanticorpo e dessa forma pode ser detectado por ligação a um novo lote de anticorpos fluorescentes21 Informações da agência reguladora americana FDA do inglês Food and Drug Administration indicam que esse teste é um auxílio no diagnóstico de pacientes com suspeita de COVID19 em conjunto com a apresentação clínica e os resultados de outros testes laboratoriais Portanto não devem ser usados como única base para o diagnóstico de pacientes com infecção aguda por COVID19 O Teste de Anticorpo IgG pelo método ELISA consiste em dois ensaios diretos e em série o primeiro é realizado contra o domínio de ligação ao receptor recombinante de SARSCoV2 no soro e plasma o segundo é realizado para amostra contendo o anticorpo e é empregado um ensaio ELISA confirmatório contra a proteína Spike do SARSCoV2 de comprimento total no soro e plasma22 Uma importante variável na aplicação de testes sorológicos em diagnósticos virais é o tempo médio de soroconversão para os anticorpos avaliados Um estudo transversal desenvolvido a partir de 1942514 notificações de registros de casos de síndrome gripal contendo resultados de testes diagnósticos para o SARSCoV2 nas capitais brasileiras e no Distrito Federal mostrou que o método ELISA IgM foi realizado em tempo adequado para 588 isso é em mais da metade dos casos o teste foi realizado dentro do período recomendado o qual é maior ou igual a 8 dias para o ELISA IgM23 Uma pesquisa realizada na China com mais de 200 amostras resultou na informação de que o teste ELISA IgM combinado com RTPCR aumentou substancialmente na detecção da infecção causada pelo SARSCoV2 986 quando comparada com único teste de RTPCR 51824 Entretanto ao que tange à especificidade ainda existem algumas preocupações em relação a reatividade cruzada com o vírus da CPVID19 e outros coronavírus como SARSCoV e Middle East respiratory syndrome coronavirus MERSCoV Dessa forma foram desenvolvidos testes pelo método ELISA capazes de detectar anticorpos contra as proteínas N RBD e SS1 que são as principais proteínas imunológicas do coronavírus cujos resultados evidenciam que a proteína N compartilha 92 de sua sequência de aminoácidos com o SARSCoV e a RBD compartilha 73 foram mais específicas para o SARSCoV2 do que a proteína S Assim esses resultados podem ser úteis em elucidar resultados falsonegativos2526 O método CLIA que também é utilizado na detecção de títulos de anticorpos IgM e IgG em pessoas expostas ao SARSCoV2 apresenta sensibilidade relativamente menor que o RTPCR Esse método é caracterizado como uma tecnologia de alto rendimento e baixa complexidade e fornece informações sobre níveis de anticorpos e cinética de tempo da resposta humoral que podem ser aplicadas no diagnóstico da COVID1927 Embora ainda tenha muitas limitações muita pesquisa tem sido investida nesta tecnologia visando obter maior sensibilidade para aplicação no diagnóstico da COVID19 Nessa vertente Grossberg e colaboradores desenvolveram uma tecnologia baseada no método de Quimioluminescência e validaram em mais de 7 mil amostras obtendo resultados promissores os quais comprovam a capacidade de detectar uma pluralidade de respostas de anticorpos incluindo 12 combinações de anticorpoantígeno IgM de Oliveira et al 762 Quim Nova IgA e IgG contra a proteína Spike 1 SP S1 SP receptor do domínio de ligação RBD Spike 2 SP SP S2 SP e NP de SARSCoV2 A partir dos resultados desse estudo foi possível obter informações confiáveis de que a tecnologia desenvolvida pode ser usada para o diagnóstico da COVID19 sendo suficientemente sensível para detectar os anticorpos IgA IgG ou IgM para pelo menos um antígeno contra SARSCoV2 em 9967 dos casos positivos confirmados por RTPCR Além disso pôdese constatar a elevada especificidade da abordagem ao se confirmar que 9977 dos pacientes negativados por RTPCR também apresentaram resultado negativo para todas as combinações anticorpo e antígeno28 Métodos moleculares O diagnóstico molecular ou baseado em ácido nucleico de doen ças humanas pode ser compreendido como a detecção de variações genéticas em amostras de DNA ou RNA29 Considerando esse tipo diagnóstico os testes de amplificação de ácidos nucléicos TAANs aqueles que realizam a identificação de sequências específicas do material genético do patógeno nas amostra dos pacientes suspeitos30 são recomendados para o diagnóstico da COVID19 conforme as diretrizes da OMS e atualmente o método padrão ouro é o conhe cido RTqPCR3 Reação em Cadeia da Polimerase quantitativa em Tempo Real do inglês realtime reverse transcription polymerase chain reaction devido a sua alta sensibilidade e especificidade31 RTqPCR O uso da reação em cadeia da polimerase do inglês polymerase chain reaction PCR no monitoramento em tempo real da amplificação do DNA através da medida do sinal da fluorescência está entre as suas principais aplicações porém ainda nos dias atuais diferentes terminologias para identificar esta metodologia ainda são utlizadas o que pode ser um fator confundidor É preciso salientar que RTPCR é uma abreviação transcriptase reversa da reação em cadeia da polimerase do inglês reverse transcription PCR e não de PCR em tempo real do inglês real time PCR também chamado de quantitative PCR qPCR Logo a sigla RTqPCR simboliza a transcriptase reversa seguida da reação em cadeia da polimerase em tempo real do inglês Reverse Transcription RealTime PCR ou também Reverse Transcription quantitative sendo essas terminologias utilizadas neste artigo32 Assim RTqPCR e real time RTPCR são sinônimos De maneira pragmática a distinção entre RTqPCR RTPCR em tempo real e RTPCR semiquantitativo é a maneira em que ocorre o monitoramento da elevação no número de cópias do gene de interesse visto que a primeira realiza a detecção concomitantemente a amplificação do material genético em tempo real enquanto que na segunda metodologia a análise dos transcritos só é feita mediante a conclusão da etapa de amplificação33 Concernente à sensibilidade dos testes de detecção de anticorpos no diagnóstico do SARSCoV2 independente da presença ou ausência destes anticorpos no indivíduo devese avaliar as características das técnicas utilizadas como desempenho do teste sensibilidade analítica limite de detecção e a especificidade analítica menor interferência de outras substâncias ou antígenos tendo em vista que muitas variáveis provenientes da fase préanalítica como o método de coleta conservação e transporte da amostra podem influenciar diretamente no resultado do exame Dessa forma a fase de verificação analítica destes exames constitui uma etapa crítica uma vez que os testes empregados nos laboratórios clínicos fazem de uso de kits de exames provenientes de diferentes fabricantes não são padronizados e muitas vezes possuem amostragem baixa para confiabilidade dos resultados34 No tocante ao RTqPCR o limite de detecção LOD menor concentração viral detectada dos ensaios varia de acordo com os kits de diagnósticos para detecção de SARS CoV2 disponíveis em cada laboratório clínico No âmbito dos testes de diagnósticos para COVID19 utilizando o RTqPCR o primeiro protocolo foi criado pela OMS no início de 2020 Esse protocolo consistia em três etapas cuja etapa inicial permitia identificar o gene E proteína de pequeno envelope com um limite de detecção de 52 cópias de RNAreação e um intervalo de confiança IC de 95 de 3796 As próximas etapas consistiam de testes confirmatórios visando detectar o gene RNApolimerase dependente de RNA Limite de detecção de 38 cópias de RNA reação e IC de 95 de 2776 e o gene N Limite de detecção de 83 cópias de RNAreação e IC de 95 de 611633537 LAMP Loopmediated isothermal amplification Uma alternativa ao RTqPCR em tempo real é a abordagem para detecção consideravelmente rápida do SARSCoV2 conhecida como amplificação isotérmica mediada por loop do inglês loopmediated isothermal amplification Possui maior custo benefício quando comparado as técnicas convencionais de amplificação de ácidos nucléicos como PCR e o PCR em tempo real38 tendo em vista a redução do custo envolvido considerando os reagentes e instrumentos utilizados no processo39 Neste método o processo de amplificação do DNA ocorre à temperatura constante cerca de 6065 C em uma hora suprimindo o uso de termocicladores Desde o seu desenvolvimento nos anos 2000 este método de amplificação isotérmica de ácido nucleico já era capaz de gerar cópias do DNA na escala de 109 com alta especificidade40 Desde então inúmeras reações baseadas em LAMP foram desenvolvidas para a detecção de diversos patógenos visando o diagnóstico clínico de doenças infecciosas41 A detecção de RNA viral do SARSCoV2 através da RTLAMP do inglês reverse transcriptionLAMP foi avaliada em diversos estudos4245 Possuem como contraprova os testes por RTqPCR e tem demonstrando uma sensibilidade superior a 97 e alta especificidade evidenciada pelo uso de alguns primers que permitem a distinção de maneira síncrona de seis diferentes regiões do DNA46 Metodologias utilizando biomarcadores e detecção baseada em nanomateriais A comunidade científica segue em constante trabalho para desenvolvimento de novas tecnologias para diagnóstico mais rápido confiável cômodo e com menor custo para o paciente Uma vez que grande parte da pesquisa mundial está voltada para assuntos relacionados à recente pandemia hoje temos acesso há um grande volume de dados e informações importantes que estão sendo compartilhados por toda comunidade Neste sentido dados clínicos e experimentais aliados a estatística e inteligência artificial vêm sendo uma estratégia utilizada47 Por exemplo tecnologias baseadas em nanomateriais são uma boa alternativa visto que podem em alguns casos promover uma detecção viral precisa Recentemente pesquisadores desenvolveram nanopartículas magnéticas que facilitam a extração do DNA viral útil nas etapas de análises clínicas Um sensor contendo tecnologia de nanoplasma também foi desenvolvido especificamente para detecção da proteína S sem a necessidade de preparo de amostras extensos considerando que se trata de amostras biológicas essa é uma característica vantajosa4849 Shan e colaboradores desenvolveram um sensor híbrido constituído por nanomaterial a base de nanopartículas de ouro associado a ligantes orgânicos para diagnóstico de COVID19 através da respiração do paciente Uma vez que o paciente exala em frente ao sensor o dispositivo é capaz de detectar compostos orgânicos voláteis relacionados à infeção ainda em seu estágio inicial4950 Testes diagnósticos para o SARSCoV2 uma reflexão crítica 763 Vol 45 No 6 Assim como nesse último exemplo e em vários outros casos os testes de COVID19 ou qualquer outra doença viral são baseados na detecção de componentes do próprio vírus ou podese ainda detectar uma doença a partir de biomoléculas que indicam que nosso organismo está em inconformidade são os chamados biomarcadores Em geral o comportamento desses biomarcadores apresenta um padrão para cada enfermidade que quando identificado pode ser transformado em um meio de diagnóstico51 No Brasil de acordo com reportagens de jornais eletrônicos nacionais grupos de pesquisa diversificados também vêm trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias nesse sentido Há pesquisas cujo o foco é o desenvolvimento de um método para detecção de sequenciamento de genoma do vírus em saliva de pacientes Alguns pesquisadores também tem voltado esforços para realização de análises quantitativas o que por sua vez aumenta a especificidade e exatidão de testes diagnósticos e em fabricação de dispositivos portáteis que futuramente poderão ser acoplados a um smartphone Figura 1 Muitas destas pesquisas já estão em fase de pedido de patente e ou liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA e demais órgãos competentes ou ainda já está sendo aplicada em paciente em capitais e alguns locais restritos Alguns grupos estão ainda em fase de negociação para que testes mais simples e cômodos para o paciente sejam distribuídos pelo SUS5259 SENSIBILIDADE CLÍNICA E ANALÍTICA DOS TESTES DE DIAGNÓSTICOS ERROS NA FASE PRÉANALÍTICA A execução de um exame laboratorial passa por várias etapas e podem ser divididas em três fases préanalítica analítica e pósanalítica Estimase que os erros préanalíticos correspondem aproximadamente a 75 dos erros no ambiente laboratorial cuja fase envolve todas as etapas iniciais que antecedem a realização do exame como o preparo do paciente os procedimentos de coleta o acondicionamento o transporte e o preparo da amostra biológica60 Em adição outros fatores como o tempo em que foi realizado o exame bem como a metodologia de coleta de amostras e a coinfecção com outros vírus podem influenciar a precisão dos testes diagnósticos Os principais fatores que influenciam na acurácia de um teste de diagnóstico são a sensibilidade e a especificidade clínicas e analíticas uma vez que o parâmetro sensibilidade reflete a fração de indivíduos infectados com o agente etiológico que quando testados o resultado de teste é positivo Enquanto a especificidade indica a proporção de indivíduos certificados sem doença que quando testados o resultado do teste é negativo61 Contudo a especificidade e sensibilidade de um teste pode variar dentro de uma amostragem populacional significativa uma vez que os fabricantes dos kits de diagnósticos reportam a sensibilidade e especificidade em um conjunto de amostras com resultados positivos e negativos colhidas de indivíduos admitidos em hospitais os quais possuem carga viral mais elevada do que indivíduos assintomáticos376263 Em adição o desempenho e resultado do teste também pode variar dependendo de outras circunstâncias como armazenamento ou transporte da amostra soro conversão e declínio do título de anticorpos Assim obter testes de diagnósticos com sensibilidade e especificidade elevadas aliado às devidas condições analíticas de coleta e tratamento das amostras evita uma alta frequência de resultados falsos negativos que podem influenciar nas estratégias de controle da infecção Durante o curso da pandemia novas tecnologias foram desenvolvidas visando a aquisição de kits de diagnósticos mais sensíveis baseados nas características genômicas do vírus Um deles é o teste que rastreia o gene N usando o gene ORF1b como confirmação cujo ensaio possui alta sensibilidade e especificidade para o vírus da COVID19356465 Inerente aos testes de diagnósticos empregados no Brasil e com registros na ANVISA Verotti e colaboradores realizaram um levantamento de mais de 200 registros Dentre eles incluindo ensaios imunocromatograficos 135 RTPCR 34 anticorpos 15 e Imunoensaios fluorescente 11 cujos resultados mostraram que a sensibilidade IgGIgM variou de 72 até 100 e especificidade de 32 até 100 para os testes imunocromatográficos e 9705 alegaram possuir sensibilidade igual ou maior a 95 para os testes RTPCR18 CUSTO DO TESTE Em 29 de abril de 2020 a ANVISA publicou no Diário Oficial da União a autorização para utilização de testes rápidos ensaios imunocromatográficos para pesquisa de anticorpos ou antígeno do novo coronavírus66 Com isso os testes rápidos são oferecidos em farmácias drogarias e laboratórios devidamente regularizados São os testes mais acessíveis aos consumidores e o preço para o teste rápido para pesquisa de anticorpos varia de R 8000 a R 14000 já para o teste rápido para pesquisa de antígeno o valor encontrado foi entre R 9000 e R 20000 conforme apresentado na Figura 2 O diagnóstico da COVID19 não deve ser feito por uma avaliação isolada dos resultados dos testes rápidos além do que no estágio inicial da infecção falsos negativos são esperados Cabe ainda Figura 1 Pesquisas realizadas no Brasil para o desenvolvimento de testes de diagnóstico alternativo para o SARSCoV2 de Oliveira et al 764 Quim Nova ressaltar que a medida perde a validade assim que o Ministério da Saúde suspender o estado de emergência em saúde pública de importância nacional Além dos testes rápidos os outros testes disponíveis em laboratórios de análises clínicas ao consumidor são o teste sorológico o RTLAMP e o RTqPCR Diferentes laboratórios oferecem diferentes serviços com relação ao teste sorológico estão disponíveis sorologias para determinação de IgA IgM eou IgG e assim podem ser utilizadas as técnicas de ELISA CLIA e ECLIA Como podem ser realizadas as determinações das imunoglobulinas separadamente ou IgM e IgG no mesmo exame os valores podem variar de R 13000 a R 36000 Os resultados dos testes rápidos podem ser obtidos em um curto período de tempo aproximadamente 20 min a partir da análise de algumas gotas de sangue e como dito anteriormente é um serviço amplamente oferecido por farmácias laboratórios e clínicas habilitadas Porém apresentam baixa especificidade3467 Por outro lado os testes sorológicos convencionais como ELISA são realizados apenas em laboratórios clínicos e demandam um prazo maior para a liberação dos resultados fornecem uma análise qualitativa ou semi quantitativa dos anticorpos IgG IgM IgA eou totais Além disso eles podem ser utilizados para reavaliação de eventual viragem sorológica ou aumento do título do anticorpo IgG quando os resultados estão muito próximos do ponto de corte34 O RTLAMP não é um método muito oferecido pelos laboratórios porém é possível encontrar o kit para venda em algumas redes de drogarias assim o próprio paciente faz a coleta do material e envia ao laboratório para análise Como abordado anteriormente o RT qPCR é o padrão ouro para o diagnóstico de COVID19 porém é o exame de maior custo para o paciente foram encontrados valores entre R 22000 e R 42000 Essa variação é devido à região do país e à urgência do paciente com relação ao resultado ou seja alguns laboratórios têm preços variados para o mesmo exame dependendo do tempo de espera do resultado 24 48 ou 72 horas CONCLUSÕES A situação pandêmica causada pelo SARSCovV2 trouxe a necessidade de utilização adaptação e desenvolvimento de técnicas e metodologia específicas para a identificação e quantificação do vírus ou da resposta imunológica Métodos sorológicos imunoabsorção quimioluminescência moleculares e utilizando biomarcadores possuem custos e sensibilidade clínica e analítica distintas Maior sensibilidade do teste implica na maioria das vezes em maior custo A expectativa é de aumento nas ofertas de novos métodos com menor custo maior confiabilidade e rapidez nos resultados AGRADECIMENTOS Este estudo foi financiado em parte pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Brasil CAPES Finance Code 001 CNPq 30335520174 42403220180 Schorlaship 14250220200 Finep CTINFRA 012013REF 063313 RQMG CEXRED 0001014 INCTBio FAPESP 2014508673 CNPq 46538920147 e Fapemig Processo APQ0058521 REFERÊNCIAS 1 Rothan H A Byrareddy S N J Autoimmun 2020 109 102433 Crossref 2 Hasan S M Al Saulam J Kanda K Hirao Tomohiro Bull W H O Crossref 3 httpsappswhointirishandle10665331329 acessada em abril 2022 4 Zand M Wang J OSF Preprints Crossref 5 De Sabato L Lelli D Faccin F Canziani S Di Bartolo I Vaccari G Moreno A Virus Res 2019 260 60 Crossref 6 Guo L Ren L Yang S Xiao M Chang D Yang F Dela Cruz C S Wang Y Wu C Xiao Y Zhang L Han L Dang S Xu Y Yang QW Xu SY Zhu HD Xu YC Jin Q Sharma L Wang L Wang J Clin Infect Dis 2020 71 778 Crossref 7 Mehta P McAuley D F Brown M Sanchez E Tattersall R S Manson J J Lancet 2020 395 1033 Crossref 8 httpscovid19whoint acessada em Dezembro 2021 9 Mahase E BMJ 2020 368 m265 Crossref 10 Guan W Ni Z Hu Y Liang W Ou C He J Liu L Shan H Lei C Hui D S C Du B Li L Zeng G Yuen KY Chen R Tang C Wang T Chen P Xiang J Li S Wang J Liang Z Peng Figura 2 Custo dos exames para o consumidor na qual o preço mais alto encontrase na base Testes diagnósticos para o SARSCoV2 uma reflexão crítica 765 Vol 45 No 6 Y Wei L Liu Y Hu Y Peng P Wang J Liu J Chen Z Li G Zheng Z Qiu S Luo J Ye C Zhu S Zhong N N Engl J Med 2020 382 1708 Crossref 11 Oran D P Topol E J Ann Intern Med 2020 173 362 Crossref 12 Fleury M K Rev Bras Anal Clin 2020 52 131 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Control 2020 9 90 18 Verotti M P Ramos M C Henriques C M P Elias F T S Camargo E B Revista Comunicação em Ciências da Saúde 2020 31 217 19 Hoffman T Nissen K Krambrich J Rönnberg B Akaberi D Esmaeilzadeh M Salaneck E Lindahl J Lundkvist Å Infection ecology epidemiology 2020 10 1711576 Crossref 20 Levesque J Maybury D W medRXiv 2020 Crossref 21 httpswwwcenterforhealthsecurityorgcovid19TestingToolkit serologySerologybasedtestsforCOVID19html acessada em abril 2022 22 httpswwwfdagovnewseventspressannouncementscoronavirus covid19updatefdaissuesemergencyuseauthorizationyaleschool publichealth acessada em abril 2022 23 Lima F E T Albuquerque N L S de Florencio S de S G Fontenele M G M Queiroz A P O Lima G A Figueiredo L M de Amorim S M C Barbosa L P Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde 2021 30 1 Crossref 24 Ren LL Wang YM Wu ZQ Xiang ZC Guo L Xu T Jiang YZ Xiong Y Li YJ Li XW Li H Fan GH Gu X Y Xiao Y Gao H Xu JY Yang F Wang XM Wu C Chen L Liu YW Liu B Yang J Wang XR Dong J Li L Huang CL 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Academic Press Cambridge 2017 30 Taleghani N Taghipour F Biosens Bioelectron 2021 174 112830 Crossref 31 Ratre Y K Kahar N Bhaskar L V K S Bhattacharya A Verma H K 3 Biotech 2021 11 94 Crossref 32 Kralik P Ricchi M Frontiers in Microbiology 2017 8 108 Crossref 33 Gonçalves J O Dissertação de Mestrado Universidade de São Paulo Brasil 2014 34 Sociedade Brasileira de Patologia ClínicaMedicina Laboratorial Revista Notícias Medicina Laboratorial 2020 105 16 35 Sinha N Balayla G Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões 2020 47 1 Crossref 36 Udugama B Kadhiresan P Kozlowski H N Malekjahani A Osborne M Li V Y C Chen H Mubareka S Gubbay J B Chan W C W ACS Nano 2020 14 3822 Crossref 37 Corman V M Landt O Kaiser M Molenkamp R Meijer A Chu D K W Bleicker T Brünink S Schneider J Schmidt M L Mulders D G J C Haagmans B L van der Veer B van den Brink S Wijsman L Goderski G Romette JL Ellis J Zambon M Peiris M Goossens H Reusken C Koopmans M P G Drosten C Eurosurveillance 2020 25 Crossref 38 Fu S Qu G Guo S Ma L Zhang N Zhang S Gao S Shen Z Appl Biochem Biotechnol 2011 163 845 Crossref 39 Kashir J Yaqinuddin A Med Hypotheses 2020 141 109786 Crossref 40 Notomi T Nucleic Acids Res 2000 28 e63 Crossref 41 Mori Y Kanda H Notomi T J Infect Chemother 2013 19 404 Crossref 42 Kidd S P Burns D Armson B Beggs A D Howson E L A Williams A Snell G Wise E L Goring A VincentMistiaen Z Grippon S Sawyer J Cassar C Cross D Lewis T Reid S M Rivers S James J Skinner P Banyard A Davies K Ptasinska A Whalley C Ferguson J Bryer C Poxon C Bosworth A Kidd M Richter A Burton J Love H Fouch S Tillyer C Sowood A Patrick H Moore N Andreou M Morant N Houghton R Parker J SlaterJefferies J Brown I Gretton C Deans Z Porter D Cortes N J Douglas A Hill S L Godfrey K M Fowler V L J Mol Diagn 2022 no prelo Crossref 43 Huang X Tang G Ismail N Wang X EBioMedicine 2022 75 Crossref 44 Jamwal V L Kumar N Bhat R Jamwal P S Singh K Dogra S Kulkarni A Bhadra B Shukla M R Saran S Dasgupta S Vishwakarma R A Gandhi S G Virol J 2021 18 178 Crossref 45 Huang W E Lim B Hsu C Xiong D Wu W Yu Y Jia H Wang Y Zeng Y Ji M Chang H Zhang X Wang H Cui Z Microb Biotechnol 2020 13 950 Crossref 46 Sharma B Shahanshah M F H Gupta S Gupta V Expert Rev Mol Diagn 2021 21 475 Crossref 47 Vandenberg O Martiny D Rochas O van Belkum A Kozlakidis Z Nat Rev Microbiol 2021 19 171 Crossref 48 Huang S Yang J Fong S Zhao Q Int J Biol Sci 2021 17 1581 Crossref 49 Kevadiya B D Machhi J Herskovitz J Oleynikov M D Blomberg W R Bajwa N Soni D Das S Hasan M Patel M Senan A M Gorantla S McMillan J Edagwa B Eisenberg R Gurumurthy C B Reid S P M Punyadeera C Chang L Gendelman H E Nat Mater 2021 20 593 Crossref de Oliveira et al 766 Quim Nova 50 Shan B Broza Y Y Li W Wang Y Wu S Liu Z Wang J Gui S Wang L Zhang Z Liu W Zhou S Jin W Zhang Q Hu D Lin L Zhang Q Li W Wang J Liu H Pan Y Haick H ACS Nano 2020 14 12125 Crossref 51 Caruso F P Scala G Cerulo L Ceccarelli M Brief Bioinform 2021 22 701 Crossref 52 httpsjornaluspbrcienciasuspdisponibilizatesteparadiagnosticar covid19pelasaliva acessada em abril 2022 53 httpswwwfleurycombrnoticiasnovotestecovid19 acessada em abril 2022 54 httpswww2ufscarbrnoticiacodigo13800 acessada em abril 2022 55 httpsagenciabrasilebccombrsaudenoticia202107ufrjdesenvolve testedebaixocustoparadeteccaodecovid19 acessada em abril 2022 56 httpsg1globocomgogoiasnoticia20210607maisrapidoebarato testedecovid19desenvolvidopelaufgcomecaaseraplicadopor laboratorioemgoianiaghtml acessada em abril 2022 57 httpsufmgbrcomunicacaonoticiaslaboratoriodaufmgtestausode amostrassalivaresparaodiagnosticodacovid19 acessada em abril 2022 58 httpswwwcnnbrasilcombrsaude20210715testedecovid 19desenvolvidopelaufrjdadiagnosticoemmenosdeumahora acessada em abril 2022 59 httpswwwufgbrn140571ufgassinacontratosdetransferencia tecnologicadotestertlamp acessada em Dezembro 2021 60 Santos P C J de L Hematologia Métodos e Interpretação Série Análises Clínicas e Toxicológicas 1a ed Roca São Paulo 2012 61 Martins M Matos A C Coelho P Rodrigues F HIGEIA Revista Científica da Escola Superior de Saúde Dr Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco 2021 Edição Especial COVID19 19 62 Watson J Whiting P F Brush J E BMJ 2020 369 m1808 Crossref 63 Surkova E Nikolayevskyy V Drobniewski F Lancet Respir Med 2020 8 1167 Crossref 64 To K KW Tsang O TY Yip C CY Chan KH Wu TC Chan J MC Leung WS Chik T SH Choi C YC Kandamby D H Lung D C Tam A R Poon R WS Fung A YF Hung I FN Cheng V CC Chan J FW Yuen KY Clin Infect Dis 2020 71 841 Crossref 65 Li Y Yao L Li J Chen L Song Y Cai Z Yang C J Med Virol 2020 92 903 Crossref 66 BRASIL Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC n 377 de 28 de abril de 2020 Autoriza em caráter temporário e excepcional a utilização de testes rápidos ensaios imunocromatográficos para a COVID19 em farmácias suspende os efeitos do 2º do art 69 e do art 70 da Resolução de Diretoria Colegiada RDC nº 44 de 17 de agosto de 2009 Brasília Diário Oficial da União 2020 67 Beeching N J Fletcher T E Beadsworth M B J BMJ 2020 369 1 Crossref This is an openaccess article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License
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Quim Nova Vol 45 No 6 760766 2022 httpdxdoiorg10215770100404220170895 email marconeoliveiraufjfedubr TESTES DIAGNÓSTICOS PARA O SARSCOV2 UMA REFLEXÃO CRÍTICA Marcone A L de Oliveiraa Aripuanã S A Watanabeb Dionéia E Cesard João Marcos B Candidoa Nerilson M Limaa Olívia B O Moreiraa e Paula R Chellinic aDepartamento de Química Insituto de Ciências Exatas Universidade Federal de Juiz de Fora 36036900 Juiz de Fora MG Brasil bDepartamento de Parasitologia Microbiologia e Imunologia Instituto de Ciências Biológicas Universidade Federal de Juiz de Fora 36036900 Juiz de Fora MG Brasil cDepartamento de Ciências Farmacêuticas Faculdade de Farmácia Universidade Federal de Juiz de Fora 36036900 Juiz de Fora MG Brasil dDepartamento de Biologia Instituto de Ciências Biológicas Universidade Federal de Juiz de Fora 36036900 Juiz de Fora MG Brasil Recebido em 23122021 aceito em 21032022 publicado na web em 19042022 DIAGNOSTIC TESTS FOR SARSCOV2 A CRITICAL REFLECTION The new coronavirus called Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 SARSCoV2 was discovered in late December 2019 after cases were reported in the city of Wuhan China In January 2020 the World Health Organization WHO officially declared the Coronavirus Disease 2019 COVID19 as a pandemic which has an official record of around 500 million cases and more than 60 million deaths in worldwide An important factor in controlling the pandemic is the development of more effective and efficient diagnostic tests In this context this review has as its main proposal to discuss the effective differences between the possible diagnostic tests the implications of molecular and serological methods available on the market and the analytical and clinical parameters involved in the development and application of these methods Keywords SARSCoV2 COVID19 diagnostic tests INTRODUÇÃO Os primeiros diagnósticos de Coronavirus Disease 2019 COVID19 foram registrados em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan China cujos laudos foram descritos como pneumonia de etiologia desconhecida de origem zoonótica relacionada a um mercado de animais silvestres autóctone1 Após identificar o agente etiológico denominado Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 SARSCoV2 a Organização Mundial da Saúde OMS entendeu que se tratava de uma doença pandêmica e portanto em janeiro de 2020 declarou estado de emergência de saúde global Desde então a COVID19 tem sido um dos maiores desafios epidemiológicos do século sendo considerada mais grave do que a pandemia por gripe espanhola com registro de ocorrência em 191824 É importante destacar que o SARSCoV2 também pertence ao gênero Betacoronavirus da ordem Nidovirales e possuem um genoma caracterizado por alta frequência de mutações e recombinações adquirindo alto potencial para alternar hospedeiros e patogenicidade56 A COVID19 é frequentemente associada a problemas respiratórios cujos sintomas mais comuns incluem febre tosse seca e fadiga Embora classificada como síndrome respiratória relatos recentes sobre a doença a caracterizam como uma doença sistêmica pois envolve o sistema cardiovascular respiratório gastrointestinal neurológico hematopoiético e imunológico17 Contudo outros sintomas menos comuns como a anosmia perda do olfato congestão nasal conjuntivite também conhecida como olhos vermelhos dor de garganta dor de cabeça dores musculares ou articulares diferentes tipos de erupções cutâneas náusea ou vômito diarreia calafrios ou tonturas podem também ser evidenciados No entanto uma pequena parte dos infectados evolui para síndrome do desconforto respiratório agudo e dano alveolar difuso cujos quadros graves de pneumonia podem causar insuficiência respiratória perda de apetite confusão mental dor persistente ou pressão no peito febre alta temperatura acima de 38 C irritabilidade consciência reduzida às vezes associada a convulsões ansiedade depressão distúrbios do sono complicações neurológicas mais graves e raras como acidentes vasculares cerebrais inflamação do cérebro delírio e danos nos nervos Após a exposição ao SARSCoV2 os sintomas aparecem em média de 5 a 6 dias e pode variar de 1 a 14 dias Em função disso é aconselhável permanecer em isolamento por um período mínimo de 14 dias a fim de evitar a propagação do vírus especialmente onde os testes não estão facilmente disponíveis810 Nos casos mais brandos a infecção tende a retroceder sem maiores complicações Porém pacientes portadores de doenças crônicas ou comorbidades ou que em uma semana apresentem piora clínica precisam de acompanhamento e assistência médica mais intensiva pois a doença pode progredir para o estágio mais grave muitas vezes levando a óbito O elevado número de pessoas infectadas assintomáticas e présintomáticas que podem transmitir o vírus associado com a dificuldade em testar toda a população em tempo real é um dos grandes desafios no controle da pandemia de COVID1911 Um dos principais agentes para controlar a pandemia de fato é aplicação de testes efetivos ainda na fase inicial da doença em que os sintomas não são específicos visto que outras doenças como por exemplo a influenza apresentam sintomas similares e acabam contribuindo para a inexatidão do diagnóstico12 A partir de dezembro de 2019 diversos testes diagnósticos foram desenvolvidos para a detecção do SARSCoV2 incluindo os testes diretos para a pesquisa de alvo genético ou proteico do vírus e os testes indiretos para a detecção de anticorpos contra o vírus Portanto o principal objetivo deste artigo de revisão é discutir a eficácia eficiência e acurácia dos atuais testes utilizados para detectar a COVID19 Dentro desse contexto com o intuito de apresentar Assuntos Gerais Testes diagnósticos para o SARSCoV2 uma reflexão crítica 761 Vol 45 No 6 aos leitores o estado da arte envolvendo o tema em epígrafe um esforço crítico e interpretativo envolvendo a busca e investigação bibliográfica foi direcionado MÉTODOS DIAGNÓSTICO Métodos sorológicos Testes rápidos lateral flow imunocromatográficos Atualmente encontrase disponível no mercado dois tipos de testes rápidos aqueles que detectam proteínas na fase ativa da infecção conhecidos como teste de antígeno e aqueles que identificam a presença de anticorpos que são produzidos por uma resposta imunológica do organismo quando exposto ao vírus Apesar de amplamente difundidos os testes rápidos quando realizados fora do período indicado podem apresentar sensibilidade e especificidade muito reduzidas e taxa de erro em torno de 75 de resultados falso negativo acarretando em insegurança e incerteza para interpretação diagnóstica13 Considerando que nem todos os indivíduos infectados pelo vírus apresentam anticorpos detectáveis por esses métodos principalmente indivíduos assintomáticos ou que desenvolvem quadro leve de infecção é importante realizar o diagnóstico por meio de metodologias mais precisas e confiáveis como a reação da transcriptase reversa seguida pela reação em cadeia da polimerase do inglês Reverse transcriptasePolymerase Chain Reaction RTPCR14 Embora esses testes não sejam apropriados para o diagnóstico precoce da infecção pelo SARSCoV2 eles podem auxiliar no diagnóstico de inflamação multissistêmica relacionada a COVID1915 A detecção de anticorpos ou imunoglobulinas A M e G ou seja IgA IgM e IgG em pessoas que foram expostas ao SARSCoV2 é realizada a partir da amostra de sangue do paciente A IgM é identificada a partir do quinto dia de sintomatologia e mais significativamente a partir do oitavo dia enquanto os valores de IgG específica começam a ser detectáveis a partir do décimo dia do início dos sintomas e mais significativamente a partir do 14º dia16 Os exames sorológicos podem ser usados como ferramentas auxiliares para diagnóstico de infecção prévia e para estudos populacionais porém devese avaliar primordialmente alguns parâmetros como validação e acurácia do teste seleção da amostra e a interpretação dos resultados Além disso eles não devem ser utilizados como método diagnóstico preciso na identificação e controle de surtos entre profissionais de saúde pois não fornecem informações no que concerne ao período de infectividade ou transmissibilidade da infecção e também não são recomendados para indicar ou retirar o paciente das precauções respiratórias17 Método de imunoabsorção enzimática e Quimioluminescência Além do teste Lateral Flow apresentado no item anterior a quantificação de IgG e IgM pode ser realizada também pelo método de imunoabsorção enzimática conhecido como ELISA do inglês EnzymeLinked Immunosorbent Assay ELISA o qual assim como o método de Quimioluminescência do inglês Chemiluminescence Immunoassay CLIA são testes sorológicos realizados por técnicas de análise automatizadas e convencionais1718 Métodos mais recentes como Eletroquimioluminescência ECLIA também estão disponíveis para detecção de anticorpos totais ou apenas para IgG Esses métodos apresentam sensibilidade superior ao teste rápido na detecção dos anticorpos porém assim como o teste rápido a acurácia destes ensaios é dependente da época em que a coleta foi realizada cujas recomendações são a partir do 10º dia do início dos sintomas para IgM e IgA e após 15º dia para IgG19 O método ELISA tem sido amplamente utilizado em alguns países da Europa e nos Estados Unidos para a avaliação da soroprevalência dos anticorpos IgG em populações suscetíveis cujos resultados concluíram que muitas populações possuíam níveis significativos de anticorpos contra o vírus SARSCoV2 Esses resultados podem ajudar a entender a probabilidade de infecções assintomáticas ou infecções com sintomas leves20 Esse método é um ensaio valioso em elucidação de diagnósticos virais uma vez que ele fornece informações qualitativas e quantitativas a partir de amostras de sangue total plasma ou soro Esse ensaio utiliza uma placa revestida com proteína viral onde as amostras são incubadas e quando na presença de anticorpos ocorre uma ligação destes anticorpos com uma proteína específica formando um complexo proteínaanticorpo e dessa forma pode ser detectado por ligação a um novo lote de anticorpos fluorescentes21 Informações da agência reguladora americana FDA do inglês Food and Drug Administration indicam que esse teste é um auxílio no diagnóstico de pacientes com suspeita de COVID19 em conjunto com a apresentação clínica e os resultados de outros testes laboratoriais Portanto não devem ser usados como única base para o diagnóstico de pacientes com infecção aguda por COVID19 O Teste de Anticorpo IgG pelo método ELISA consiste em dois ensaios diretos e em série o primeiro é realizado contra o domínio de ligação ao receptor recombinante de SARSCoV2 no soro e plasma o segundo é realizado para amostra contendo o anticorpo e é empregado um ensaio ELISA confirmatório contra a proteína Spike do SARSCoV2 de comprimento total no soro e plasma22 Uma importante variável na aplicação de testes sorológicos em diagnósticos virais é o tempo médio de soroconversão para os anticorpos avaliados Um estudo transversal desenvolvido a partir de 1942514 notificações de registros de casos de síndrome gripal contendo resultados de testes diagnósticos para o SARSCoV2 nas capitais brasileiras e no Distrito Federal mostrou que o método ELISA IgM foi realizado em tempo adequado para 588 isso é em mais da metade dos casos o teste foi realizado dentro do período recomendado o qual é maior ou igual a 8 dias para o ELISA IgM23 Uma pesquisa realizada na China com mais de 200 amostras resultou na informação de que o teste ELISA IgM combinado com RTPCR aumentou substancialmente na detecção da infecção causada pelo SARSCoV2 986 quando comparada com único teste de RTPCR 51824 Entretanto ao que tange à especificidade ainda existem algumas preocupações em relação a reatividade cruzada com o vírus da CPVID19 e outros coronavírus como SARSCoV e Middle East respiratory syndrome coronavirus MERSCoV Dessa forma foram desenvolvidos testes pelo método ELISA capazes de detectar anticorpos contra as proteínas N RBD e SS1 que são as principais proteínas imunológicas do coronavírus cujos resultados evidenciam que a proteína N compartilha 92 de sua sequência de aminoácidos com o SARSCoV e a RBD compartilha 73 foram mais específicas para o SARSCoV2 do que a proteína S Assim esses resultados podem ser úteis em elucidar resultados falsonegativos2526 O método CLIA que também é utilizado na detecção de títulos de anticorpos IgM e IgG em pessoas expostas ao SARSCoV2 apresenta sensibilidade relativamente menor que o RTPCR Esse método é caracterizado como uma tecnologia de alto rendimento e baixa complexidade e fornece informações sobre níveis de anticorpos e cinética de tempo da resposta humoral que podem ser aplicadas no diagnóstico da COVID1927 Embora ainda tenha muitas limitações muita pesquisa tem sido investida nesta tecnologia visando obter maior sensibilidade para aplicação no diagnóstico da COVID19 Nessa vertente Grossberg e colaboradores desenvolveram uma tecnologia baseada no método de Quimioluminescência e validaram em mais de 7 mil amostras obtendo resultados promissores os quais comprovam a capacidade de detectar uma pluralidade de respostas de anticorpos incluindo 12 combinações de anticorpoantígeno IgM de Oliveira et al 762 Quim Nova IgA e IgG contra a proteína Spike 1 SP S1 SP receptor do domínio de ligação RBD Spike 2 SP SP S2 SP e NP de SARSCoV2 A partir dos resultados desse estudo foi possível obter informações confiáveis de que a tecnologia desenvolvida pode ser usada para o diagnóstico da COVID19 sendo suficientemente sensível para detectar os anticorpos IgA IgG ou IgM para pelo menos um antígeno contra SARSCoV2 em 9967 dos casos positivos confirmados por RTPCR Além disso pôdese constatar a elevada especificidade da abordagem ao se confirmar que 9977 dos pacientes negativados por RTPCR também apresentaram resultado negativo para todas as combinações anticorpo e antígeno28 Métodos moleculares O diagnóstico molecular ou baseado em ácido nucleico de doen ças humanas pode ser compreendido como a detecção de variações genéticas em amostras de DNA ou RNA29 Considerando esse tipo diagnóstico os testes de amplificação de ácidos nucléicos TAANs aqueles que realizam a identificação de sequências específicas do material genético do patógeno nas amostra dos pacientes suspeitos30 são recomendados para o diagnóstico da COVID19 conforme as diretrizes da OMS e atualmente o método padrão ouro é o conhe cido RTqPCR3 Reação em Cadeia da Polimerase quantitativa em Tempo Real do inglês realtime reverse transcription polymerase chain reaction devido a sua alta sensibilidade e especificidade31 RTqPCR O uso da reação em cadeia da polimerase do inglês polymerase chain reaction PCR no monitoramento em tempo real da amplificação do DNA através da medida do sinal da fluorescência está entre as suas principais aplicações porém ainda nos dias atuais diferentes terminologias para identificar esta metodologia ainda são utlizadas o que pode ser um fator confundidor É preciso salientar que RTPCR é uma abreviação transcriptase reversa da reação em cadeia da polimerase do inglês reverse transcription PCR e não de PCR em tempo real do inglês real time PCR também chamado de quantitative PCR qPCR Logo a sigla RTqPCR simboliza a transcriptase reversa seguida da reação em cadeia da polimerase em tempo real do inglês Reverse Transcription RealTime PCR ou também Reverse Transcription quantitative sendo essas terminologias utilizadas neste artigo32 Assim RTqPCR e real time RTPCR são sinônimos De maneira pragmática a distinção entre RTqPCR RTPCR em tempo real e RTPCR semiquantitativo é a maneira em que ocorre o monitoramento da elevação no número de cópias do gene de interesse visto que a primeira realiza a detecção concomitantemente a amplificação do material genético em tempo real enquanto que na segunda metodologia a análise dos transcritos só é feita mediante a conclusão da etapa de amplificação33 Concernente à sensibilidade dos testes de detecção de anticorpos no diagnóstico do SARSCoV2 independente da presença ou ausência destes anticorpos no indivíduo devese avaliar as características das técnicas utilizadas como desempenho do teste sensibilidade analítica limite de detecção e a especificidade analítica menor interferência de outras substâncias ou antígenos tendo em vista que muitas variáveis provenientes da fase préanalítica como o método de coleta conservação e transporte da amostra podem influenciar diretamente no resultado do exame Dessa forma a fase de verificação analítica destes exames constitui uma etapa crítica uma vez que os testes empregados nos laboratórios clínicos fazem de uso de kits de exames provenientes de diferentes fabricantes não são padronizados e muitas vezes possuem amostragem baixa para confiabilidade dos resultados34 No tocante ao RTqPCR o limite de detecção LOD menor concentração viral detectada dos ensaios varia de acordo com os kits de diagnósticos para detecção de SARS CoV2 disponíveis em cada laboratório clínico No âmbito dos testes de diagnósticos para COVID19 utilizando o RTqPCR o primeiro protocolo foi criado pela OMS no início de 2020 Esse protocolo consistia em três etapas cuja etapa inicial permitia identificar o gene E proteína de pequeno envelope com um limite de detecção de 52 cópias de RNAreação e um intervalo de confiança IC de 95 de 3796 As próximas etapas consistiam de testes confirmatórios visando detectar o gene RNApolimerase dependente de RNA Limite de detecção de 38 cópias de RNA reação e IC de 95 de 2776 e o gene N Limite de detecção de 83 cópias de RNAreação e IC de 95 de 611633537 LAMP Loopmediated isothermal amplification Uma alternativa ao RTqPCR em tempo real é a abordagem para detecção consideravelmente rápida do SARSCoV2 conhecida como amplificação isotérmica mediada por loop do inglês loopmediated isothermal amplification Possui maior custo benefício quando comparado as técnicas convencionais de amplificação de ácidos nucléicos como PCR e o PCR em tempo real38 tendo em vista a redução do custo envolvido considerando os reagentes e instrumentos utilizados no processo39 Neste método o processo de amplificação do DNA ocorre à temperatura constante cerca de 6065 C em uma hora suprimindo o uso de termocicladores Desde o seu desenvolvimento nos anos 2000 este método de amplificação isotérmica de ácido nucleico já era capaz de gerar cópias do DNA na escala de 109 com alta especificidade40 Desde então inúmeras reações baseadas em LAMP foram desenvolvidas para a detecção de diversos patógenos visando o diagnóstico clínico de doenças infecciosas41 A detecção de RNA viral do SARSCoV2 através da RTLAMP do inglês reverse transcriptionLAMP foi avaliada em diversos estudos4245 Possuem como contraprova os testes por RTqPCR e tem demonstrando uma sensibilidade superior a 97 e alta especificidade evidenciada pelo uso de alguns primers que permitem a distinção de maneira síncrona de seis diferentes regiões do DNA46 Metodologias utilizando biomarcadores e detecção baseada em nanomateriais A comunidade científica segue em constante trabalho para desenvolvimento de novas tecnologias para diagnóstico mais rápido confiável cômodo e com menor custo para o paciente Uma vez que grande parte da pesquisa mundial está voltada para assuntos relacionados à recente pandemia hoje temos acesso há um grande volume de dados e informações importantes que estão sendo compartilhados por toda comunidade Neste sentido dados clínicos e experimentais aliados a estatística e inteligência artificial vêm sendo uma estratégia utilizada47 Por exemplo tecnologias baseadas em nanomateriais são uma boa alternativa visto que podem em alguns casos promover uma detecção viral precisa Recentemente pesquisadores desenvolveram nanopartículas magnéticas que facilitam a extração do DNA viral útil nas etapas de análises clínicas Um sensor contendo tecnologia de nanoplasma também foi desenvolvido especificamente para detecção da proteína S sem a necessidade de preparo de amostras extensos considerando que se trata de amostras biológicas essa é uma característica vantajosa4849 Shan e colaboradores desenvolveram um sensor híbrido constituído por nanomaterial a base de nanopartículas de ouro associado a ligantes orgânicos para diagnóstico de COVID19 através da respiração do paciente Uma vez que o paciente exala em frente ao sensor o dispositivo é capaz de detectar compostos orgânicos voláteis relacionados à infeção ainda em seu estágio inicial4950 Testes diagnósticos para o SARSCoV2 uma reflexão crítica 763 Vol 45 No 6 Assim como nesse último exemplo e em vários outros casos os testes de COVID19 ou qualquer outra doença viral são baseados na detecção de componentes do próprio vírus ou podese ainda detectar uma doença a partir de biomoléculas que indicam que nosso organismo está em inconformidade são os chamados biomarcadores Em geral o comportamento desses biomarcadores apresenta um padrão para cada enfermidade que quando identificado pode ser transformado em um meio de diagnóstico51 No Brasil de acordo com reportagens de jornais eletrônicos nacionais grupos de pesquisa diversificados também vêm trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias nesse sentido Há pesquisas cujo o foco é o desenvolvimento de um método para detecção de sequenciamento de genoma do vírus em saliva de pacientes Alguns pesquisadores também tem voltado esforços para realização de análises quantitativas o que por sua vez aumenta a especificidade e exatidão de testes diagnósticos e em fabricação de dispositivos portáteis que futuramente poderão ser acoplados a um smartphone Figura 1 Muitas destas pesquisas já estão em fase de pedido de patente e ou liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA e demais órgãos competentes ou ainda já está sendo aplicada em paciente em capitais e alguns locais restritos Alguns grupos estão ainda em fase de negociação para que testes mais simples e cômodos para o paciente sejam distribuídos pelo SUS5259 SENSIBILIDADE CLÍNICA E ANALÍTICA DOS TESTES DE DIAGNÓSTICOS ERROS NA FASE PRÉANALÍTICA A execução de um exame laboratorial passa por várias etapas e podem ser divididas em três fases préanalítica analítica e pósanalítica Estimase que os erros préanalíticos correspondem aproximadamente a 75 dos erros no ambiente laboratorial cuja fase envolve todas as etapas iniciais que antecedem a realização do exame como o preparo do paciente os procedimentos de coleta o acondicionamento o transporte e o preparo da amostra biológica60 Em adição outros fatores como o tempo em que foi realizado o exame bem como a metodologia de coleta de amostras e a coinfecção com outros vírus podem influenciar a precisão dos testes diagnósticos Os principais fatores que influenciam na acurácia de um teste de diagnóstico são a sensibilidade e a especificidade clínicas e analíticas uma vez que o parâmetro sensibilidade reflete a fração de indivíduos infectados com o agente etiológico que quando testados o resultado de teste é positivo Enquanto a especificidade indica a proporção de indivíduos certificados sem doença que quando testados o resultado do teste é negativo61 Contudo a especificidade e sensibilidade de um teste pode variar dentro de uma amostragem populacional significativa uma vez que os fabricantes dos kits de diagnósticos reportam a sensibilidade e especificidade em um conjunto de amostras com resultados positivos e negativos colhidas de indivíduos admitidos em hospitais os quais possuem carga viral mais elevada do que indivíduos assintomáticos376263 Em adição o desempenho e resultado do teste também pode variar dependendo de outras circunstâncias como armazenamento ou transporte da amostra soro conversão e declínio do título de anticorpos Assim obter testes de diagnósticos com sensibilidade e especificidade elevadas aliado às devidas condições analíticas de coleta e tratamento das amostras evita uma alta frequência de resultados falsos negativos que podem influenciar nas estratégias de controle da infecção Durante o curso da pandemia novas tecnologias foram desenvolvidas visando a aquisição de kits de diagnósticos mais sensíveis baseados nas características genômicas do vírus Um deles é o teste que rastreia o gene N usando o gene ORF1b como confirmação cujo ensaio possui alta sensibilidade e especificidade para o vírus da COVID19356465 Inerente aos testes de diagnósticos empregados no Brasil e com registros na ANVISA Verotti e colaboradores realizaram um levantamento de mais de 200 registros Dentre eles incluindo ensaios imunocromatograficos 135 RTPCR 34 anticorpos 15 e Imunoensaios fluorescente 11 cujos resultados mostraram que a sensibilidade IgGIgM variou de 72 até 100 e especificidade de 32 até 100 para os testes imunocromatográficos e 9705 alegaram possuir sensibilidade igual ou maior a 95 para os testes RTPCR18 CUSTO DO TESTE Em 29 de abril de 2020 a ANVISA publicou no Diário Oficial da União a autorização para utilização de testes rápidos ensaios imunocromatográficos para pesquisa de anticorpos ou antígeno do novo coronavírus66 Com isso os testes rápidos são oferecidos em farmácias drogarias e laboratórios devidamente regularizados São os testes mais acessíveis aos consumidores e o preço para o teste rápido para pesquisa de anticorpos varia de R 8000 a R 14000 já para o teste rápido para pesquisa de antígeno o valor encontrado foi entre R 9000 e R 20000 conforme apresentado na Figura 2 O diagnóstico da COVID19 não deve ser feito por uma avaliação isolada dos resultados dos testes rápidos além do que no estágio inicial da infecção falsos negativos são esperados Cabe ainda Figura 1 Pesquisas realizadas no Brasil para o desenvolvimento de testes de diagnóstico alternativo para o SARSCoV2 de Oliveira et al 764 Quim Nova ressaltar que a medida perde a validade assim que o Ministério da Saúde suspender o estado de emergência em saúde pública de importância nacional Além dos testes rápidos os outros testes disponíveis em laboratórios de análises clínicas ao consumidor são o teste sorológico o RTLAMP e o RTqPCR Diferentes laboratórios oferecem diferentes serviços com relação ao teste sorológico estão disponíveis sorologias para determinação de IgA IgM eou IgG e assim podem ser utilizadas as técnicas de ELISA CLIA e ECLIA Como podem ser realizadas as determinações das imunoglobulinas separadamente ou IgM e IgG no mesmo exame os valores podem variar de R 13000 a R 36000 Os resultados dos testes rápidos podem ser obtidos em um curto período de tempo aproximadamente 20 min a partir da análise de algumas gotas de sangue e como dito anteriormente é um serviço amplamente oferecido por farmácias laboratórios e clínicas habilitadas Porém apresentam baixa especificidade3467 Por outro lado os testes sorológicos convencionais como ELISA são realizados apenas em laboratórios clínicos e demandam um prazo maior para a liberação dos resultados fornecem uma análise qualitativa ou semi quantitativa dos anticorpos IgG IgM IgA eou totais Além disso eles podem ser utilizados para reavaliação de eventual viragem sorológica ou aumento do título do anticorpo IgG quando os resultados estão muito próximos do ponto de corte34 O RTLAMP não é um método muito oferecido pelos laboratórios porém é possível encontrar o kit para venda em algumas redes de drogarias assim o próprio paciente faz a coleta do material e envia ao laboratório para análise Como abordado anteriormente o RT qPCR é o padrão ouro para o diagnóstico de COVID19 porém é o exame de maior custo para o paciente foram encontrados valores entre R 22000 e R 42000 Essa variação é devido à região do país e à urgência do paciente com relação ao resultado ou seja alguns laboratórios têm preços variados para o mesmo exame dependendo do tempo de espera do resultado 24 48 ou 72 horas CONCLUSÕES A situação pandêmica causada pelo SARSCovV2 trouxe a necessidade de utilização adaptação e desenvolvimento de técnicas e metodologia específicas para a identificação e quantificação do vírus ou da resposta imunológica Métodos sorológicos imunoabsorção quimioluminescência moleculares e utilizando biomarcadores possuem custos e sensibilidade clínica e analítica distintas Maior sensibilidade do teste implica na maioria das vezes em maior custo A expectativa é de aumento nas ofertas de novos métodos com menor custo maior confiabilidade e rapidez nos resultados AGRADECIMENTOS Este estudo foi financiado em parte pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Brasil CAPES Finance Code 001 CNPq 30335520174 42403220180 Schorlaship 14250220200 Finep CTINFRA 012013REF 063313 RQMG CEXRED 0001014 INCTBio FAPESP 2014508673 CNPq 46538920147 e Fapemig Processo APQ0058521 REFERÊNCIAS 1 Rothan H A Byrareddy S N J Autoimmun 2020 109 102433 Crossref 2 Hasan S M Al Saulam J Kanda K Hirao Tomohiro Bull W H O Crossref 3 httpsappswhointirishandle10665331329 acessada em abril 2022 4 Zand M Wang J OSF Preprints Crossref 5 De Sabato L Lelli D Faccin F Canziani S Di Bartolo I Vaccari G Moreno A Virus Res 2019 260 60 Crossref 6 Guo L Ren L Yang S Xiao M Chang D Yang F Dela Cruz C S Wang Y Wu C Xiao Y Zhang L Han L Dang S Xu Y Yang QW Xu SY Zhu HD Xu YC Jin Q Sharma L Wang L Wang J Clin Infect Dis 2020 71 778 Crossref 7 Mehta P McAuley D F Brown M Sanchez E Tattersall R S Manson J J Lancet 2020 395 1033 Crossref 8 httpscovid19whoint acessada em Dezembro 2021 9 Mahase E BMJ 2020 368 m265 Crossref 10 Guan W Ni Z Hu Y Liang W Ou C He J Liu L Shan H Lei C Hui D S C Du B Li L Zeng G Yuen KY Chen R Tang C Wang T Chen P Xiang J Li S Wang J Liang Z Peng Figura 2 Custo dos exames para o consumidor na qual o preço mais alto encontrase na base Testes diagnósticos para o SARSCoV2 uma reflexão crítica 765 Vol 45 No 6 Y Wei L Liu Y Hu Y Peng P Wang J Liu J Chen Z Li G Zheng Z Qiu S Luo J Ye C Zhu S Zhong N N Engl J Med 2020 382 1708 Crossref 11 Oran D P Topol E J Ann Intern Med 2020 173 362 Crossref 12 Fleury M K Rev Bras Anal Clin 2020 52 131 httpdxdoi org10218772448387720200003 13 httpswwwgovbrsaudeptbr acessada em Dezembro 2021 14 Long QX Tang XJ Shi QL Li Q Deng HJ Yuan J Hu JL Xu W Zhang Y Lv FJ Su K Zhang F Gong J Wu B Liu XM Li JJ Qiu JF Chen J Huang AL Nat Med 2020 26 1200 Crossref 15 RiollanoCruz M Akkoyun E BricenoBrito E Kowalsky S Reed J Posada R Sordillo E M Tosi M Trachtman R PanizMondolfi A J Med Virol 2021 93 424 Crossref 16 Deeks J J Dinnes J Takwoingi Y Davenport C Spijker R TaylorPhillips S Adriano A Beese S Dretzke J Ferrante di Ruffano L Harris I M Price M J Dittrich S Emperador D Hooft L Leeflang M M G Van den Bruel A Cochrane Database of Systematic Reviews 2020 CD013652 Crossref 17 Dias V M de C H Carneiro M Michelin L Vidal C F de L Costa L A T J da C Ferreira C E dos S RossetoWelter E A Lins R S Kfouri R Costa S F Cunha C A da Chebabo A Rocha J L L Bahten L C Von Silva L E da Cohen R V Moura Neto J A Nascimento M M do Oliveira A F Ribeiro H S de C Ribeiro R Carrilho C M D de M Journal of Infection 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Zhao JP Hu Y Cheng ZS Liu LL Qian ZH Qin C Jin Q Cao B Wang JW Chin Med J Beijing China Engl Ed 2020 133 1015 Crossref 25 Lv H Wu N C Tsang O TY Yuan M Perera R A P M Leung W S So R T Y Chan J M C Yip G K Chik T S H Wang Y Choi C Y C Lin Y Ng W W Zhao J Poon L L M Peiris J S M Wilson I A Mok C K P Cell Rep 2020 31 httpdxdoi org101016jcelrep2020107725 26 Zhou P Yang XL Wang XG Hu B Zhang L Zhang W Si HR Zhu Y Li B Huang CL Chen HD Chen J Luo Y Guo H Jiang RD Liu MQ Chen Y Shen XR Wang X Zheng XS Zhao K Chen QJ Deng F Liu LL Yan B Zhan FX Wang YY Xiao GF Shi ZL Nature 2020 579 270 Crossref 27 Infantino M Grossi V Lari B Bambi R Perri A Manneschi M Terenzi G Liotti I Ciotta G Taddei C Benucci M Casprini P Veneziani F Fabbri S Pompetti A Manfredi M J Med Virol 2020 92 1671 Crossref 28 Grossberg A N Koza L A Ledreux A Prusmack C Krishnamurthy H K Jayaraman V Granholm AC Linseman D A Nat Commun 2021 12 740 Crossref 29 Patrinos G P Danielson P B Ansorge W J Molecular Diagnostics 3rd ed Academic Press Cambridge 2017 30 Taleghani N Taghipour F Biosens Bioelectron 2021 174 112830 Crossref 31 Ratre Y K Kahar N Bhaskar L V K S Bhattacharya A Verma H K 3 Biotech 2021 11 94 Crossref 32 Kralik P Ricchi M Frontiers in Microbiology 2017 8 108 Crossref 33 Gonçalves J O Dissertação de Mestrado Universidade de São Paulo Brasil 2014 34 Sociedade Brasileira de Patologia ClínicaMedicina Laboratorial Revista Notícias Medicina Laboratorial 2020 105 16 35 Sinha N Balayla G Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões 2020 47 1 Crossref 36 Udugama B Kadhiresan P Kozlowski H N Malekjahani A Osborne M Li V Y C Chen H Mubareka S Gubbay J B Chan W C W ACS Nano 2020 14 3822 Crossref 37 Corman V M Landt O Kaiser M Molenkamp R Meijer A Chu D K W Bleicker T Brünink S Schneider J Schmidt M L Mulders D G J C Haagmans B L van der Veer B van den Brink S Wijsman L Goderski G Romette JL Ellis J Zambon M Peiris M Goossens H Reusken C Koopmans M P G Drosten C Eurosurveillance 2020 25 Crossref 38 Fu S Qu G Guo S Ma L Zhang N Zhang S Gao S Shen Z Appl Biochem Biotechnol 2011 163 845 Crossref 39 Kashir J Yaqinuddin A Med Hypotheses 2020 141 109786 Crossref 40 Notomi T Nucleic Acids Res 2000 28 e63 Crossref 41 Mori Y Kanda H Notomi T J Infect Chemother 2013 19 404 Crossref 42 Kidd S P Burns D Armson B Beggs A D Howson E L A Williams A Snell G Wise E L Goring A VincentMistiaen Z Grippon S Sawyer J Cassar C Cross D Lewis T Reid S M Rivers S James J Skinner P Banyard A Davies K Ptasinska A Whalley C Ferguson J Bryer C Poxon C Bosworth A Kidd M Richter A Burton J Love H Fouch S Tillyer C Sowood A Patrick H Moore N Andreou M Morant N Houghton R Parker J SlaterJefferies J Brown I Gretton C Deans Z Porter D Cortes N J Douglas A Hill S L Godfrey K M Fowler V L J Mol Diagn 2022 no prelo Crossref 43 Huang X Tang G Ismail N Wang X EBioMedicine 2022 75 Crossref 44 Jamwal V L Kumar N Bhat R Jamwal P S Singh K Dogra S Kulkarni A Bhadra B Shukla M R Saran S Dasgupta S Vishwakarma R A Gandhi S G Virol J 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2012 61 Martins M Matos A C Coelho P Rodrigues F HIGEIA Revista Científica da Escola Superior de Saúde Dr Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco 2021 Edição Especial COVID19 19 62 Watson J Whiting P F Brush J E BMJ 2020 369 m1808 Crossref 63 Surkova E Nikolayevskyy V Drobniewski F Lancet Respir Med 2020 8 1167 Crossref 64 To K KW Tsang O TY Yip C CY Chan KH Wu TC Chan J MC Leung WS Chik T SH Choi C YC Kandamby D H Lung D C Tam A R Poon R WS Fung A YF Hung I FN Cheng V CC Chan J FW Yuen KY Clin Infect Dis 2020 71 841 Crossref 65 Li Y Yao L Li J Chen L Song Y Cai Z Yang C J Med Virol 2020 92 903 Crossref 66 BRASIL Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC n 377 de 28 de abril de 2020 Autoriza em caráter temporário e excepcional a utilização de testes rápidos ensaios imunocromatográficos para a COVID19 em farmácias suspende os efeitos do 2º do art 69 e do art 70 da Resolução de Diretoria Colegiada RDC nº 44 de 17 de agosto de 2009 Brasília Diário Oficial da União 2020 67 Beeching N J Fletcher T E Beadsworth M B J BMJ 2020 369 1 Crossref This is an openaccess article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License