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Engenharia de Produção ·

Cálculo 1

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Modelo keynesiano Clárison Gamarano Contexto A Grande Depressão Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda J M Keynes MODELO KEYNESIANO E DEMANDA AGREGADA O Modelo Keynesiano observa que no equilíbrio a produção PIB é igual à demanda agregada também chamada de despesa agregada YDA A demanda agregada por sua vez é composta pelo consumo das famílias investimentos das empresas e gastos do governo YDACIGXM Veremos cada um desses componentes da demanda agregada Mas perceba que essa já é uma grande diferença em relação ao Modelo Clássico para o qual a oferta determinava a renda Lei de Say CONSUMO C Para os keynesianos o consumo das famílias C depende da renda disponível YD A renda disponível por sua vez consiste na renda que sobra para as famílias depois do pagamento dos impostos Por definição YDYT Sendo assim a função consumo neste modelo toma a seguinte forma C CA cYD O parâmetro CA é o consumo autônomo é o gasto que as famílias terão independentemente da sua renda O c por outro lado é a parte do consumo que depende da renda por isso é chamado de propensão marginal a consumir por isso também aparece representado por PMgC O que c nos mostra é a proporção da renda que será destinada ao consumo Portanto cYD é o componente variável do consumo Por exemplo se CA for igual a 100 e c for igual a 05 podese afirmar que 100 é o consumo autônomo e a propensão marginal a consumir é de 05 ou 50 da renda A função consumo nesse caso acima seria C 100 05YD CONSUMO C Vou usar esse exemplo numérico para montar o gráfico Observe brevemente e depois acompanhe a explicação subsequente A primeira coisa que quero que perceba é o consumo autônomo como dissemos que a vale 100 quando a renda disponível é zero o consumo é 100 CONSUMO C Segunda coisa a saber perceber do ponto A para o ponto B do gráfico a renda disponível variou em 300 eixo horizontal Com uma propensão marginal a consumir de 05 o consumo aumentou em 150 Se dividirmos a variação do consumo pela variação da renda disponível teremos nosso c 15030005 A propensão marginal a consumir será sempre um número menor do que 1 Isso faz sentido afinal não seria possível aumentar o consumo em montante superior ao aumento da renda Usamos no exemplo uma PMgC de 05 Dessa forma um incremento de 300 na renda significaria um aumento de 150 no consumo E os outros 150 Serão poupados Por isso dizemos que a propensão marginal a poupar PMgP é igual a 1c CCAcYD Assim já conhecemos as principais formas como essas variáveis podem aparecer nas provas POUPANÇA S A poupança S é a parte da renda disponível YD que não é utilizada com consumo C Portanto S YD C Desdobrando consumo nos componentes que conhecemos chegamos a S YD CA cYD Outra forma de definir a poupança é por meio da propensão marginal a poupar 1c S 1c YD CA A conclusão é bem simples a poupança é igual propensão marginal a poupar multiplicada pela renda disponível menos o consumo autônomo A poupança portanto é determinada em função da renda e da propensão marginal a consumir INVESTIMENTO I Enquanto o Consumo é o gasto das famílias o Investimento I é o gasto das empresas Ele é considerado uma variável autônoma em relação à renda isso significa que ele não depende do nível de renda e não varia em função dela como ocorre com o consumo e com a poupança IIA Keynes defendia que o Investimento é determinado principalmente por duas forças as taxas de juros e as expectativas das empresas quanto à rentabilidade de seus projetos Diferentemente dos clássicos Keynes acreditava ser impossível prever o retorno de um projeto de longo prazo e por isso as decisões das empresas eram tomadas com bases em informações precárias Portanto o investimento era o componente mais instável da demanda agregada pois a todo momento as empresas estariam mudando suas expectativas GASTOS DO GOVERNO Mais uma variável autônoma da função de Demanda Agregada os gastos do governo G não dependem do nível da renda pois são decididos pelos políticos e formuladores de políticas econômicas Isso significa que GGA TRIBUTAÇÃO T A tributação T é a arrecadação do governo e admitese que ela pode ser autônoma ou dependente da renda Quando for autônoma teremos simplesmente TTA Quando for dependente da renda além da parte autônoma haverá uma propensão marginal a tributar t multiplicando a renda da economia TTAtY EXPORTAÇÃO X IMPORTAÇÃO M As exportações X são os gastos do resto do mundo com os produtos nacionais Portanto também não têm relação com o nível de renda XXA As importações M por fim também são definidas em função da renda com um componente autônomo MA e outro variável m MMAmY Com isso conhecemos todos os componentes da demanda agregada no modelo keynesiano bem como sabemos como eles são determinados RESUMO Consumo C CAcYD CAcYT Poupança S 1cYDCA Investimento I IA Gastos do Governo G GA Tributação T TAtY Exportação X XA Importação M MAmY O quadro acima no ensina que DA C I G XM Pode ser escrito de forma mais detalhada como DA CA cYTAtY IA GA XA MAmY EXERCÍCIO Seja uma economia hipotética caracterizada pelas seguintes equações Consumo das famílias C 40 09 Y Gastos do governo 0 Investimento 30 Exportações Líquidas X M 30 01 Y Com base nos dados acima analise as afirmativas a seguir I O PIB dessa economia é igual a 500 II O consumo das famílias é igual a 490 III As exportações líquidas são iguais a 20 Mais um EXERCÍCIO Considere os seguintes dados Consumo autônomo 500 Investimento 300 Gastos do Governo 200 Exportações 200 Importações 100 Renda agregada 5500 Com base nessas informações e considerando uma função consumo keynesiana linear podese afirmar que o valor da propensão marginal a consumir é de a 060 b 070 c 072 d 080 e 088 Renda de equilíbrio Cruz Keynesiana Renda de equilíbrio Cruz Keynesiana Basta traçar uma linha diagonal 45º e ver em qual ponto a curva da demanda agregada irá cruzála Usase 45º pois dessa forma as distâncias A e B da figura que medem respectivamente a renda produto demanda efetiva e a demanda agregada serão iguais atendendo à condição de equilíbrio da equação YCIG O nome dessa representação é cruz keynesiana Multiplicador Keynesiano De acordo com a Teoria Keynesiana a demanda agregada determina a renda da economia Contudo vimos que o consumo é determinado pela renda Isso significa que um aumento por exemplo nos gastos do governo provoca aumento na renda que provoca aumento no consumo que provoca aumento na renda que provoca aumento no consumo que provoca aumento da renda e por aí vai Claro que isso não ocorrerá indefinidamente pois nem todo aumento da renda é utilizado para o consumo E é aí que entra o multiplicador keynesiano que nos informa quanto aumenta a renda da economia diante do aumento de um gasto autônomo Situação hipotética Quantas vezes se aumenta a renda de equilíbrio Y diante de um aumento de gastos autônomos IAGACAXA Suponha que nossa função consumo seja C10008Y Além disso os investimentos são I500 Agora vamos aumentar os investimentos I de 500 para 1000 Situação hipotética O que acabou de acontecer aqui Um aumento de apenas 500 nos investimentos aumentou a renda de equilíbrio em 2500 ou seja 5 vezes maior Esse é um ponto crucial do modelo keynesiano e tem um nome o multiplicador keynesiano representado por k Cenário 1 Y3000 Cenário 2 Y5500 MULTIPLICADOR KEYNESIANO nos mostra quantas vezes aumenta a renda de equilíbrio diante de um aumento nos gastos autônomos aqueles que não dependem da renda Multiplicador Keynesiano Lembrase que o c é a propensão marginal a consumir Portanto quanto maior for a propensão marginal a consumir maior será o multiplicador keynesiano pois isso resultará num denominador cada vez menor