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TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO PARA DETECÇÃO DE INIBIDOR DE FATOR VON WILLEBRAND Camila VAZ João Lorenzo de MEDEIROS e Gabriela VAGHETTI RESUMO A doença de Von Willebrand DVW é um distúrbio hemorrágico no qual o sangue não coagula adequadamente devido aos níveis baixos ou alteração constitucional do fator von Willebrand FVW uma glicoproteína que ajuda na coagulação do sangue Na maioria dos pacientes é uma doença hereditária vinda de uma mutação no braço curto do cromossomo 12 mas em casos raros pode ser adquirida ao longo da vida muitas vezes como resultado de uma doença autoimune O FVW é uma proteína que se liga ao colágeno dos vasos sanguíneos e à plaquetas formando uma rede que permite a coagulação além de se vincular com o FVIII para estabilizarlo sendo esse outra proteína importante para a coagulação ocorrer de forma correta Atualmente a DVW é classificada em três tipos No tipo 1 pacientes apresentam uma produção moderadamente baixa de FVW e de FVIII sendo um defeito quantitativo O tipo 2 é um defeito qualitativo pois nesse caso há uma alteração num dos sítios de ligação do FVW o que afeta a sua habilidade de funcionar normalmente existem subtipos para cada sítio de ligação afetado No tipo 3 os níveis de FVW no sangue são quase indetectáveis 1 O tratamento de escolha para pacientes com DVW tipo 2A 2B e 3 é o uso de infusões de concentrado de FVW de forma a suprir o que o corpo dele não consegue naturalmente produzir Porém o problema ocorre quando em cerca de 1015 dos pacientes com DVW tipo 3 começa a produção de aloanticorpos contra fator uma vez que o sistema imune desses pacientes não reconhece o FVW como sendo algo próprio Estes anticorpos ligamse ao FVW e o impedem de exercer sua função sendo são chamados de anticorpos inibidores ou simplesmente inibidores de FVW Assim esses pacientes se tornam não responsivos às infusões de anticorpos e podem também apresentar reações alérgicas severas choque anafilático ao entrar em contato com o FVW Quando isso ocorre é recomendado mudar o tratamento para o uso de desmopressina porém muitos pacientes do tipo 3 não respondem a esse medicamento Assim notase a importância de detectar anticorpos antiFVW nos pacientes antes que aconteça uma resposta alérgica grave e para que se possa mudar o método de tratamento especialmente em pacientes que irão passar por cirurgias Seguindo esse pensamento esse trabalho propõe a criação de um teste imunocromatográfico de fluxo lateral para monitorar de forma prática a presença de antiFVW O teste constituirá de uma membrana de nitrocelulose com almofadas absorventes em uma base de plástico envolto por uma cassete de plástico Uma das almofadas é destinada para a amostra a ser testada outra das almofadas contém o antiIgG humano conjugado com ouro coloidal O complexo IgGantiIgG migra pela membrana até a linha teste T na qual está fixado a proteína FVW de forma que se o paciente testado apresentar IgG antiFVW essas IgG irão se ligar a elas O resto da amostra continuará com outros IgG se ligando aos antiIgG da linha de controle C O conjugado usado será o produto A31565 e o antiIgG da linha C o será o MA516929 ambos da Thermo Fisher Scientific A proteína FVW será adquirida da Abbexa código abx166830 É impossível saber com certeza o custo do desenvolvimento do produto mas o investimento necessário para o projeto é estimado em R7500000 demorando cerca de 4 meses O Av Ipiranga 6681 Prédio 81 7 andar Sala 705 CEP 90619900 Porto Alegre RS Brasil Fone 51 33203545 Email saudepucrsbr wwwpucrsbrsaude objetivo é manter o valor final de comercialização relativamente barato para democratizar o acesso ao teste Palavraschave Doença de von Willebrand teste imunocromatográfico fator de von Willebrand anticorpos neutralizantes REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL Departamento de Atenção Especializada Ministério da Saúde Manual de diagnóstico e tratamento da doença de von Willebrand Brasília Editora do Ministério da Saúde 2008 44 p Série A Normas e Manuais Técnicos Disponível em httpsbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmanualtratamentowillebrandpdf Acesso em 20 out 2023 CATARINO C RODRIGUES F PEREIRA A PEIXOTO C PARUSNIKOVA L PESTANA J CAMPANIÇO S LUCAS J AFONSO P Inhibitors in 3 patients with type 3 von Willebrand disease in a Portuguese Centre management of bleeding and surgeries In International Society of Thrombosis and Haemostasis Congress 2022 Londres PB0807 Disponível em httpsabstractsisthorgabstractinhibitorsin3patientswithtype3vonwillebranddiseaseinap ortuguesecentremanagementofbleedingandsurgeries Acesso em 20 out 2023 LÓPEZFERNÁNDEZ M F MARTIN R LÓPEZBERGES C RAMOS F BOSCH N BATLLE J Further specificity characterization of von Willebrand factor inhibitors developed in two patients with severe von Willebrand disease Blood v 72 n 1 p 116120 1988 ROSEN S Market Trends in Lateral Flow Immunoassays Lateral Flow Immunoassay p 115 6 nov 2008 RUGGERI Z M CIAVARELLA N MANNUCCI P M MOLINARI A DAMMACCO F LAVERGNE J M MEYER D Familial incidence of precipitating antibodies in von Willebrands disease a study of four cases The Journal of laboratory and clinical medicine v 94 n 1 p 6075 1979 TAN FenLai GINSBURG David What a polyclonal antibody sees in von Willebrand factor Thrombosis Research v 121 n 4 p 519526 jan 2008 Elsevier BV httpdxdoiorg101016jthromres200705015 TOUT H OBERT B A HOULLIER FRESSINAUD E ROTHSCHILD C MEYER D GIRMA J P Mapping and functional studies of two alloantibodies developed in patients with type 3 von Willebrand disease Thrombosis And Haemostasis v 83 n 2 p 274281 2000 ZHOU H HE C LI Z HUO J XUE Y XU X QI M CHEN L HAMMOCK B D ZHANG J Development of a Rapid Gold Nanoparticle Immunochromatographic Strip Based on the Nanobody for Detecting 24DichloRophenoxyacetic Acid Biosensors v 12 n 2 p 8497 30 jan 2022 MDPI AG httpdxdoiorg103390bios12020084 Av Ipiranga 6681 Prédio 81 7 andar Sala 705 CEP 90619900 Porto Alegre RS Brasil Fone 51 33203545 Email saudepucrsbr wwwpucrsbrsaude