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Cartografia tematica e ee e e e Unidade 2 Variaveis visuais e e oe geoprocessamento em ca rtografia tematica Introducgao Agora que vocé ja conhece a Cartografia Tematica e suas bases vamos comegar a aprofundar os estudos dessa disciplina e aprender como de fato se faz um mapa tematico Todo producao de um mapa tematico se inicia com a escolha das variaveis visuais a serem utilizadas Abordaremos nesta unidade como se da a escolha das cores para uma legenda por exemplo Serdo apresentados também alguns dos métodos de representagao como o corocromatico 0 das figuras geométricas proporcionais e o dos pontos de contagem Alem disso serdo abordados conceitos ligados ao geoprocessamento que sdo fundamentais para a elaboracgdao dos mapas Bons estudos eo e e e e 1 As variaveis visuais e a teoria das cores As variaveis visuais sao recursos utilizados pelo cartografo para imprimir informagdes relacionadas ao tema a ser mapeado O mapa é uma representagdo grafica com uma linguagem de comunicacdo visual Assim os fendmenos mapeados devem ser facilmente visualizaveis e compreensiveis para o leitor Cada elemento bidimensional a ser representado no plano de um mapa constitui uma variavel visual O plano do mapa possui duas dimensdes X e Y e a variavel visual deve ser alocada na posiao correta dentro deste plano conforme mostrado na figura 1 As duas posigdes do plano X e Y correspondem a posicdo do lugar latitude e longitude e indicam portanto o componente locacional da variavel visual representada no mapa manent enoalto la X Figura 1 As duas dimensées X e Y de um plano e o posicionamento de uma variavel visual Fonte MARTINELLI M Cartografia Tematica caderno de mapas Sdo Paulo Edusp 2003 p 14 Os mapas tematicos no entanto devem mostrar mais do que a simples posicao do lugar Eles devem trazer também caracteristicas desses lugares representadas pelas variaveis visuais As variaveis visuais podem apresentar seis modulagdes tamanho valor granulagdo cor orientagao e forma Elas serdo escolhidas de acordo com as propriedades do fenémeno a ser mapeado para melhor transcrevélo ou seja elas devem ser perceptivamente intrinsecas diante do olhar do leitor A partir do nosso olhar as variaveis visuais podem ter diferentes percepcoes seletiva quantitativa e ordenada A primeira percepcdo responde a pergunta o qué indicando qualitativamente o tema que esta sendo mapeado e a relagdo de diversidade entre os lugares A percepcdo quantitativa responde a questdo quanto mostrando relacdes de proporcionalidade entre lugares Ja a pergunta em que ordem indica a percepcao ordenada Assim temos Na figura 2 que apresentamos a seguir vocé podera conferir as seis variaveis visuais que podem aparecer num mapa a fim de construir essas nossas percepcoes a respeito da representacdo aa Tamanho on fae jel oa Seca ae he eae Valor Lied Gy se Claro médio escuro sap ott ake wintieeS Granulagio IU UTI TT Textura fina média grossa fas e et me Figura 2 As seis diferentes variaveis visuais tamanho valor granulagdo cor orientagdo e forma e exemplos de como elas podem ser apresentadas em um mapa Fonte MARTINELLI M Cartografia Tematica caderno de mapas Sdo Paulo Edusp 2003 p 14 A variavel visual tamanho é representada no mapa por circulos quadrados ou qualquer outra forma que varie de tamanho conforme a quantidade do tema que esta sendo representado A variavel forma também é bem abrangente e pode ser escolhida qualquer forma que se associe ao tema mapeado Quanto mais facil for a associagado do tema mapeado a forma escolhida para sua representacdo mais direta fica a comunicagdo visual e a compreensdao por parte do leitor Quanto a variavel cor preciso conhecer o circulo das cores para melhor escolha na hora de se elaborar um mapa irculo d 11 Circulo das cores O circulo das cores ou circulo cromatico composto por 12 cores 3 primarias amarelo vermelho e azul 3 secundarias laranja verde e roxo e 6 terciarias As cores primarias nao se fragmentam e sao conhecidas como as cores puras a partir da qual todas as outras cores serdo formadas As cores secundarias resultam da mistura entre duas cores primarias Ja as terciarias se formam da mistura das cores primarias com as cores secundarias Assim temos amarelo vermelho cores primarias laranja cor secundaria amarelo azul cores primarias verde cor secundaria vermelho azul roxo cor secundaria As cores terciarias sao a jungao de uma cor primaria com uma secundaria As nomenclaturas das cores podem variar Azul roxo azul arroxeado Azul verde azul esverdeado vermelho roxo carmin ou vinho e Vermelho laranja laranja avermelhado e Amarelo laranja amarelo cromo e Verde amarelo verde primavera Com base nessas 12 cores possivel criar uma infinidade de outras cores a partir da mistura entre elas Quanto menos mistura de cores houver mais saturada ela sera e portanto mais intensa e luminosa Quanto mais misturada for a cor entao menos saturada e mais esmaecida ela sera O circulo das cores é apresentado na figura 3 Note que as cores primarias estado em lados opostos Entre elas ficam as cores secundarias E entre as cores primarias e secundarias temos as terciarias Primaria Oem a ou Secundaria Figura 3 O circulo das cores Fonte elaborado pelo autor 2020 Quando elaboramos um mapa e utilizamos a variavel visual cor devemos considerar o circulo das cores para representar fen6menos ordenados Por exemplo um mapa hipsométrico de altitudes deve considerar a gradacgao de cores para indicar as areas mais baixas até as mais altas Assim partese da cor mais fria para indicar a area mais baixa até a mais quente para indicar as areas mais altas Uma gradacao que atenderia a esse critério seria verde para as altitudes menores amarelo laranja vermelho e marrom para as maiores altitudes Dessa maneira o leitor consegue perceber uma gradacao natural entre as cores tornando a sua percepao sobre as altitudes mapeadas mais claras Essa gradacdo nao poderia no entanto terminar na cor roxo que considerada fria e tiraria a percepcao do leitor sobre a altitude maior Dai usarmos 0 marrom que se da pela mistura entre outras cores A figura a seguir auxilia na percepcao sobre as cores consideradas frias e aquelas ditas quentes Figura 4 cores frias e cores quentes Fonte elaborado pelo autor 2020 Essa concepao de cores frias e quentes também deve ser levada em conta ao elaborarmos mapas tematicos ordenados Ao fazer um mapa de temperaturas por exemplo devemos usar as cores mais frias como O roxo e oO azul para as temperaturas baixas e as cores quentes como o laranja e o vermelho para representar as altas temperaturas Dessa maneira o leitor consegue perceber rapidamente as areas com maiores e menores temperaturas pois a escolha das cores favoreceu a Sua percepcao visual sobre o tema Ainda saibamos dessas recomendacées quanto a cores e Sua percepao visual comum vermos mapas de temperatura e altitude que empregam de forma equivoca sua gradacao Continuando no exemplo da cor roxa sendo utilizada para o tema de maior valor maior temperatura ou maior altitude Apesar de vir na sequéncia da cor vermelha 0 roxo é considerado uma cor fria e podera levar a uma interpretacgdao contraria do fendmeno por parte do leitor Quando elaboramos mapas ndoordenados ou seja em que nao haja uma sequéncia logica entre os temas 0 ideal é utilizar cores opostas para nado dar ao leitor a falsa ilusao de continuidade Por exemplo em um mapa de macrorregides uma regido nao tera mais importancia que a outra Se usarmos uma sequéncia coroplética traremos ao leitor a ideia de que a regido pintada de verde claro menos importante que a de amarelo que por sua vez menos importante que a de laranja que finalmente tem menos importancia que a pintada em vermelho Assim 0 ideal representarmos cada uma com uma cor oposta a outra por exemplo azul e verde amarelo e magenta Dessa maneira as cores ndo se complementam e indicam que o fendmeno é fragmentado sem continuidade no espaco duca 2 Introducgao ao Por geoprocessamento entendese que é O geoprocessamento entendido como uma técnica que utilizando um SIG busca a realizacdo de levantamentos andlises e cruzamentos de informacées georreferenciadas visando a realizacdo do planejamento manejo eou gerenciamento de um espaco especifico apdiase na cartografia digital para realizar essa manipulagdo de dados FITZ 2008 p 108 Assim podemos simplificar esse conceito ao dizer que geoprocessamento reune um conjunto de tecnologias utilizadas na confecgado de mapas Tais tecnologias sao aquelas capazes de coletar e tratar informacoes georreferenciadas tais como o Sensoriamento Remoto SR os Sistemas de Informacgdes Geograficas SIGs e o Sistema de Posicionamento Global GPS na sigla em inglés O geoprocessamento utiliza técnicas matematicas e computacionais para o tratamento da informacdo geografica O uso das tecnologias na cartografia permitiu ao cartografo realizar analises mais complexas ao integrar dados de diversas fontes e criar bancos de dados georreferenciados especialmente com o uso de SIGs Dentro das tecnologias abrangidas em geoprocessamento o Sensoriamento Remoto é aquela responsavel pela obtengdo de imagens e outros tipos de dados por meio do monitoramento da superficie terrestre e da captacdo eou registro da energia eletromagnética refletida ou emitida da superficie As imagens de satélites e as fotografias aéreas sao exemplos de ferramentas trabalhadas pelo SR Essas imagens sdo tratadas digitalmente e sao muito utilizadas para elaboragao de mapasbase e mapas tematicos como de uso do solo por exemplo As imagens trabalhadas em Sensoriamento Remoto devem ser tratadas em programas de computador especificos para este fim Um exemplo é o Sistema de Processamento de Informagoes Georreferenciadas SPRING um software brasileiro e gratuito desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE Outro exemplo bastante popular 0 Google Earth O programa gratuito permite fazer sobrevoos por todos os locais do planeta por meio das imagens de satélite nele inseridas Ja os Sistemas de Informacgdes Geograficas representam o processamento de dados graficos mapas e alfanuméricos tabelas com o objetivo de desenvolver modelagens da superficie e andlises espaciais E apenas uma parte do geoprocessamento Os SIGs também sao trabalhados por meio de programas especificos como o SPRING e o Sistema de Analise GeoAmbiental SAGA Por fim o GPS um sistema de posicionamento utilizado para determinar a posicgdo de pontos da superficie terrestre Esse posicionamento é obtido por satélites e se da por meio das coordenadas geograficas longitude e latitude além da altitude Esse sistema foi desenvolvido pelos Estados Unidos Ha no entanto outros sistemas similares porém menos conhecidos desenvolvidos na Europa como o GALILEO e na Russia como o GLONASS O geoprocessamento ao integrar diversas tecnologias permitiu automatizar a producao de documentos cartograficos Dessa maneira passamos a fazer melhores analises de recursos naturais existentes em determinados lugares aprimorando os sistemas de transportes com uso mapas de trdansito e GPS por exemplo e comunicagées via satélites facilitamos oO planejamento urbano e regional dentre muitas outras vantagens e 3 Geoprocessamento e cartografia temati Por permitir avancos no desenvolvimento de mapas 0 geoprocessamento tornouse uma ferramenta chave para a cartografia incluindo a tematica Tal mudana insere a tecnologia como instrumento central das atividades e adentramos na era da Cartografia Assistida por Computador CAC Da mesma forma viabilizamos Desenhos Assistidos por Computador CAD da sigla em inglés que utilizam programas para a confeccao de desenhos em meio digital incluindo mapas Para se criar mapas com uso de ferramentas digitais preciso seguir alguns procedimentos A base do mapa sdo os dados do terreno obtidos por levantamentos topograficos com uso de GPS de fotografias aéreas ou imagens de satélites Os dados topograficos obtidos por GPS entram no sistema por meio de planilhas ou banco de dados constituindo a estrutura vetorial Essa estrutura é formada por pontos linhas e poligonos com base em um sistema de coordenadas X e Y Ja as imagens digitais de satélites ou fotografias aéreas constituem a estrutura raster pois SAO armazenadas em uma estrutura matricial raster structure A estrutura raster se apresenta por uma matriz com linhas e colunas Cada célula dessa matriz chamada de pixel e apresenta um valor Na figura 5 apresentada a seguir podemos comparar o modelo raster com os de imagem vetoriais Ja na figura 6 vocé podera comparar a estrutura e resolucgao dos dois tipos fovola 7 3 7 TOTO lola a444fofo Baa COR EIEIRI ENE DOMHHHHE lolofola taj tao lololofol41Tofo Vector Raster Figura 5 As imagens vetoriais esquerda entram no sistema como linhas pontos ou poligonos jd as imagens raster entram como uma matriz de dados direita Fonte UFPR 2020 Estrutura vetorial 84 ir x Rio Jacul wei 4 4 oN j e eee e Pf 2 a 1 in aw pz 2 g 7 Figura 6 Além do formato de entrada as imagens vetorial e raster também se diferenciam na estrutura e consequentemente na sua resolucdo Fonte FITZ 2008 p 101 O mapeamento digital é elaborado a partir de varios niveis ou camadas de informacées seja ele feito de modo matricial raster ou vetorial Cada uma dessas camadas possui a sua propria base de dados e sao denominadas de ayers Os layers nada mais sao do que uma sobreposicdo de informagées para compor um mapa final Por exemplo em um mapa de uso do solo possivel se fazer inicialmente um Jayer contendo apenas as estradas outro contendo os rios um terceiro com as areas urbanas outra camada com as areas florestadas e uma ultima com as areas de lavouras Juntando se todas essas camadas temse uma sobreposido de informacoes gerando um mapa de uso do solo Na figura 7 vocé podera ver ilustrada a maneira de sobreposido de informagdes em um mapa favorecendo a visualizagao final a intidn Sobreposicdo dos planos de informacoes Composicao final 5 Estradas gs Areas urbanas Lavouras a P Areas lorestadas Figura 7 Sobreposido de layers para composicdo de mapas Fonte FITZ 2008 p 101 Ao adicionarmos os ayers teremos um mapa que resulta em uma imagem digital A qualidade desta imagem estara diretamente relacionada a quantidade de pixels de cada layer 0 que resulta na qualidade ou resolucdo desta imagem Os arquivos trabalhados em geoprocessamento podem ser apresentados em uma infinidade de formatos dependendo do programa ou software utilizado Os arquivos podem ser apresentados em formatos como PDF ou de imagens como JPEG ou em formatos especificos do programa utilizado como CAD ou Arc Para exportar para outros programas é possivel transformar os mapas finais em arquivos de imagens ou outros formatos editaveis e rw 31 Geoprocessamento e projecoes cartograficas Como vocé ja estudou em cartografia sistematica para se fazer um mapa é preciso utilizar uma projecao cartografica Isto ndo é diferente na cartografia digital geoprocessamento A projecao cartografica é a adaptacdo feita ao formato da Terra que é geoidal para que ela Seja passivel de representagdo em um plano 0 mapa no caso O transporte do formato geoidal da Terra para um plano nado pode ser feito sem que haja distorgées ou deformacgées Assim preciso escolher a projegdo que melhor se adequa aos objetivos do cartografo em seu mapeamento Uma boa quantidade de projegdes possiveis de serem utilizadas apresentada na figura 8 a seguir ne CO A A Vm yx a are f N Sh a7 ed a CD ep egaras peso Repco Sia erereniaoel eames VOX 7 i 7 NS ZA es Poke nga Se JC 20 oS nope a romper swerinons Figura 8 projecdes cartograficas e a posido e situacdo da superficie de projecdo Fonte FITZ 2008 p 46 O mapeamento sistematico no Brasil é feito principalmente com base na projecao UTM Universal Transversa de Mercator sendo os principais mapas topograficos nas escalas 1250000 1100000 150000 e 125000 A cartografia tematica se desenvolve como vimos a partir de um mapabase Assim a escolha pela projegado UTM acaba sendo comum seguindo a base de dados préexistente Em geoprocessamento os programas permitem escolher uma entrada de dados onde se indica o sistema geodésico a ser utilizado geralmente o SAD69 e apos o tipo de projecao dessa base geralmente UTM Outras projegdes também podem ser utilizadas em mapas tematicos As mais comuns sao a de Albers de Lambert e a Polic6nica Sempre que inserimos um ayer em um software de mapeamento é preciso verificar qual o sistema de coordenadas dessa camada para poder ajustar 0 datum e a projecao aos demais ayers O ideal que sempre que se adicionar um novo ayer ao programa ja se faga inserindoo com a projegao e o datum dos demais evitando problemas de composido stodos d a 4 Metodos de apresentaao na rtografia tematica Todo mapa tematico é constituido por alguns elementos sdo eles titulo base mapabase e banco de dados referéncias fonte data etc orientagao indicagao do Norte escala sistema de projecdo sistema de coordenadas e as convencées utilizadas legenda A definigao das convengdes depende do método utilizado para a produgdo do mapa Os mapas tematicos podem ser confeccionados a partir da utilizagao de um método que Sseja O mais apropriado A escolha do método de apresentagdo deve considerar as caracteristicas e formas de manifestagao do fenémeno em linhas areas pontos podendo este fenédmeno ser qualitativo quantitativo ou ordenado Além disso o método escolhido deve considerar se o fendmeno a se mapear estatico ou dinamico Com base nessa analise é possivel escolher entre quatro métodos Métodos para representagées qualitativas Métodos para representagdes quantitativas Métodos para representagdes ordenadas Métodos para representagdes dinamicas Tambeém preciso considerar se o fendmeno sera analisado de forma analitica ou sintética O mapa analitico atenta para um unico fendmeno Ja o sintético aborda diversos temas em um unico mapa constituindo a cartografia de sintese ja brevemente trabalhada na unidade 1 A partir do exposto apresentaremos a seguir alguns dos métodos mais comumente utilizados em cartografia tematica Oe e e 41 Metodos corocromaticos qualitativo e ordinal As representacgoes coropléticas ou cromaticas sao aquelas que se utilizam das cores para representar um determinado fendmeno ou tema As cores podem ser usadas para representacdes qualitativas ou ordinais Em mapas as representagdes qualitativas sao utilizadas quando se pretende mostrar a presenga localizagdo ou extensao das ocorréncias dos fendmenos Usamos o método coropletico quando o fendmeno qualitativo se expressa em area manifestacgdo zonal Nas representacgées qualitativas as cores nao precisam ser utilizadas de acordo com a Sequéncia ou gradacao do circulo das cores Sua utilizagdo visa apenas diferenciar fendmenos Por exemplo em um mapa geologico cada feido apresenta um aspecto distinto ou seja cada unidade espacial é diferente uma da outra sem uma conexdo ou continuismo entre elas Por esse motivo as cores também ndo serao sequenciadas facilitando ao leitor a percepcdo de que se tratam de areas distintas Ja nas representacdes ordenadas os fendmenos admitem uma classificagao de acordo com uma determinada ordem com categorias deduzidas de interpretacdes qualitativas quantitativas ou de datacdes Se este fendmeno ordenado se manifestar de forma zonal em areas podemos novamente utilizar as cores para representalo No caso das representagdes corocromaticas ordinais devemos considerar o circulo das cores e Sua sequéncia para melhor representagdo do fendmeno Um exemplo é na elaboragao de um mapa de hierarquia urbana As cidades consideradas metrdopoles regionais e que portanto estado no topo da hierarquia devem ter sua area pintada com uma cor mais quente indicando para o leitor Se tratar de uma cidade mais importante Cores como o marrom ou vermelho por exemplo atraem a vista por serem quentes dando a sensaGdao visual de importancia para aquela area Em contrapartida cidades de menor poder hierarquico como os centros zonais devem apresentar cores mais frias como o verde indicando sua menor importancia dentro da logica da hierarquia urbana O ideal neste caso é seguir a Sequéncia corocromatica d d fi e 42 Metodo das figuras geometricas e e As representagdes quantitativas sao representadas exclusivamente com o uso da variavel visual tamanho Um dos métodos utilizados para se mostrar a quantidade é o das figuras geomeétricas proporcionais Nesse tipo de representagdo é possivel perceber a relagdo de proporcionalidade entre objetos quantas vezes A é maior que B por exemplo Os fenémenos quantitativos podem se manifestar em pontos linhas ou areas Esses pontos ou linhas no mapa devem ser visualmente proporcionais ao tamanho do fendmeno representado Uma maneira simples de se mostrar a proporcdao entre pontos é escolhendo uma figura geometrica para representalo como um circulo ou um tridngulo que terao tamanhos maiores ou menores de acordo com o tema A esse método damos o nome de figuras geometricas proporcionais Um exemplo de mapa tematico confeccionado a partir desse método é o de populacgao absoluta por regides administrativas por exemplo Utilizando a figura geométrica circulo as sedes mais populosas sdo marcadas por um circulo maior enquanto as de menor populacgdo apresentardo um circulo proporcionalmente menor stodo d d 43 Metodo dos pontos de contagem Outra maneira de se representar dados quantitativos é utilizando 0 método dos pontos de contagem Essa representagdo considera o numero de pontos presentes no mapa proporcionais a uma determinada quantidade do fendmeno mapeado Em um mapa de recursos minerais por exemplo a quantidade de pontos que indica a presenga de minério de ferro em um lugar proporcional ao tamanho daquela jazida Entao se em um local ha quatro vezes mais ferro que em outro haverdo quatro vezes mais pontos sobre ele no mapa Cada ponto indicara uma determinada quantidade daquele fendmeno que ficara evidenciada na legenda e e 44 Metodo isaritmico Quando representamos ocorréncias passiveis de serem quantificadas e que apresentam uma manifestacdo zonal em area podemos utilizar o método isaritmico Este método consiste no uso de isolinhas linhas de mesmo valor para representagdo do fendmeno Um exemplo sao os mapas altimétricos de altitude onde cada curva de nivel uma isolinha Pintandose os espacgos entre as curvas de nivel a partir de uma sequéncia corocromatica temse um mapa feito a partir do método isaritmico Outro exemplo sdo os mapas de temperatura ou de chuvas comumente veiculado nos noticiarios na previsao do tempo Cada faixa de temperatura ou de precipitagdo é representada por uma isolinha O tragado de isolinhas considera uma interpolagdo ou seja entre cada par de pontos do mapa com intensidade do fendmeno conhecida tragase uma isolinha com o valor determinado A legenda deste tipo de mapa é organizada em caixas dispostas na vertical e juntas uma das outras Cada contato entre as caixas indica uma isolinha E cada caixa pintada com a cor que representa os valores entre uma isolinha e outra we e A e 45 Representacoes dinamicas Quando mapeamos fenémenos com dinamismo no tempo ou no espacgo utilizamos o metodo das representacgdes dinamicas No tempo o dinamismo pode ser traduzido pela transformagdo de fenédmenos que tém uma sucessdo cronoldgica ou pelas suas variacdes quantitativas aumento ou redugdo Ja no espago 0 dinamismo se manifesta pelos deslocamentos ou movimentos tais como os fluxos migratorios por exemplo Uma possivel abordagem dinamica é a producdo de varios mapas de diferentes periodos historicos que utilizem uma mesma variavel visual e permitam ao leitor comparalos e analisar a evolugdo daquele fendmeno ao longo do tempo Um exemplo sao os mapas de vegetagao um indicando a vegetacao original do pais em um determinado periodo 1500 por exemplo que indica a vegetagdo original e outro atual Comparandose os dois mapas é possivel perceber quanto e quais foram os biomas Outra representagdo dinamica comumente utilizada sdo a representagao de fendmenos por meio de setas indicando fluxos ponto de saida e de chegada As setas também podem ser maiores ou menores indicando proporcionalidade entre fendmenos Ao se fazer um mapa de trdansito por exemplo pode se utilizar setas indicando as rodovias com maior fluxo de veiculos e qual o sentido desse deslocamento As setas podem apresentar tamanhos ou cores seguindo a sequéncia corocromatica indicando também a proporcionalidade do fendmeno Sintese Nesta Unidade estudamos as variaveis visuais utilizadas na elaboragao de mapas tematicos tais como cor forma tamanho linhas pontos etc Dentre as variaveis visuais as cores merecem uma atencao especial pois existe uma gradacao visual corocromatica que precisa ser pensada quando elaboramos as legendas Essa gradacdo é perceptivel quando utilizamos o circulo das cores definindo aquelas que sdo primarias secundarias e terciarias alem daquelas consideradas quentes ou frias Trabalhamos também questées ligadas ao geoprocessamento e a confecdo de mapas de modo digital As novas tecnologias trouxeram ganhos para a Cartografia Tematica com o uso de SIGs GPS Sensoriamento Remoto e outras facilidades ligadas ao geoprocessamento Trabalhamos também questoes ligadas ao geoprocessamento e a confeccdo de mapas de modo digital As novas tecnologias trouxeram ganhos para a cartografia tematica com o uso de SIGs GPS sensoriamento remoto e outras facilidades ligadas ao geoprocessamento Porém quando trabalhamos essas novas ferramentas devemos nos atentar as informacgoes geograficas que estado sendo incorporadas ao sistema se elas sao apresentadas em formato vetorial ou matricial raster qual a resolucdo das imagens trabalhadas quais formatos de arquivos sao compativeis com o programa utilizado se os layers estado georreferenciados e na mesma projecao cartografica e datum dentre outros cuidados Por fim para se elaborar mapas tematicos é preciso se escolher um método de representacgdao que seja mais adequado ao fenémeno representado Ha diversos métodos que podem ser utilizados e Ocorocromatico utiliza cores e serve para representar fendmenos qualitativos e ordinais Ja o método das figuras geométricas proporcionais e o dos pontos de contagem atendem representagées quantitativas Quando um mapa é feito a partir de isolinhas 0 ideal usar o método isaritmico e Por fim quando 0 fenédmeno mapeado apresenta variagdes no tempo ou no espaco fazemos uso de métodos de representacdes dinamicas comparando mapas ou utilizando setas por exemplo ARCHELA R S Analise da cartografia brasileira bibliografia da cartografia na geografia no periodo de 19351997 2000 Tese Doutorado em Geografia Fisica Faculdade de Filosofia Letras e Ciéncias Humanas Universidade de Sdo Paulo Sado Paulo 2000 CAMARA G et al Introducao a Ciéncia da Geoinformacdo Disponivel em httpwwwdpiinpebrgilbertolivrointrod Acesso em fev2020 FITZ P R Cartografia basica Oficina de textos 2008 HARLEY B Mapas saber e poder In Peter Gould e Antoine Bailly Le pouvoir des cartes et la cartographie Paris Antropos 1995 p 1951 GIRARDI E P Cartografia Geografica Critica uma proposta teoricometodologica Disponivel em httpwww2fctunespbrneraatlascgcahtm Acesso em jan 2020 JOLY F Acartografia Campinas Papirus editora 1990 MARTINELLI M Cartografia tematica caderno de mapas Edusp 2004 MARTINELLI M Mapas graficos e redes Sdo Paulo Oficina de textos 2014 OLIVEIRA P J de Cartografia Tematica EFSE CESAD 2009 PONTUSCHKA N N Geografia na sala de aula resenha Sado Paulo Revista GEOUSP n6 1999 p 123QUEIROZ FILHO A P e MARTINELLI M Cartografia de analise e de sintese na geografia Boletim Paulista de Geografia 2007 Vol 87 ROSA Flavio S Impactos da informatica na cartografia In simposio internacional sobre novas tecnologias digitais em geografia e cartografia 1996 Sao Paulo Anais Sao Paulo LEMADI 1996 p 3439VIALI L Estatistica basica correlagdo e regressdo Disponivel em httpwwwpucrsbrcienciasvialigraduacaoengenhariasmaterialapostilasApostila5pdf Acesso em jan2020 Referéncias Imagéticas Figura 5 UFPR Dados Matriciais e Dados Vetoriais Disponivel em