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Cursos Gerais ·

Administração e Organização

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PROFESSOR Me Adriano Aparecido de Oliveira Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais ACESSE AQUI O SEU LIVRO NA VERSÃO DIGITAL EXPEDIENTE Coordenadora de Conteúdo Juliana Moraes da Silva Projeto Gráfico e Capa André Morais Arthur Cantareli e Matheus Silva Editoração Nivaldo Villela de Oliveira Junior Design Educacional Lucimara Bonjorno Curadoria Maíra Vanessa da Rocha Revisão Textual Salen Nascimento Silva Meyre Apa recida Barbosa e Harry Wiese Ilustração Eduardo Aparecido Alves Geison Odlevati Fotos Shutterstock NEAD Núcleo de Educação a Distância Av Guedner 1610 Bloco 4 Jd Aclimação Cep 87050900 Maringá Paraná wwwunicesumaredubr 0800 600 6360 Universidade Cesumar UniCesumar U58 Impresso por Bibliotecária Leila Regina do Nascimento CRB 91722 Núcleo de Educação a Distância Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos peloa autora Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais Adriano Aparecido de Oliveira Indaial SC Arqué 2023 168 p il Graduação EaD 1 Administração o 2 Recursos 3 Gestão 4Adriano Aparecido de Oliveira I Título CDD 5685 FICHA CATALOGRÁFICA AVALIE ESTE LIVRO Acesse o QRCode Criar momentos de aprendizagens inesquecíveis é o nosso objetivo e por isso gostaríamos de saber como foi sua experiência Conta para nós leva menos de 2 minutos Vamos lá Digite o código 02511394 Responda a pesquisa Adriano Aparecido de Oliveira Olá alunoa seja bemvindoa a uma nova jornada do conhecimento Eu sou o professor Adriano Aparecido de Oliveira e juntos iremos conhecer algumas especificidades da disciplina de Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais Sou Mestre em Administração Especialista em Contro ladoria e Gerência Financeira e Graduado em Administra ção além de outras formações em educação a distância Tenho experiência no varejo e na indústria há oito anos Trabalho com diversas disciplinas voltadas para a gestão como formador e conteudista entre elas Empreende dorismo Logística Projetos Teorias da Administração e Sistemas de Informação Nas horas vagas eu gosto de jogar Xbox com alguns amigos da época de faculdade fazer uma boa leitura e também assistir a algumas séries filmes e documentários nas plataformas de Streaming Sou casado e pai de dois filhos Link Lattes httplattescnpqbr0964109064564028 Você estudante provavelmente já se imaginou atuando em uma empresa Ao imagi nar ou até mesmo observar o contexto dos mais diversos tipos de empresas pode ser verificado que elas dependem de uma série de materiais matériasprimas e produtos para que possam desempenhar as suas atividades rotineiras Assim é necessário que tenham uma gestão focada na administração de recursos materiais e também patrimo niais para que elas tenham acesso a tudo que precisam para realizar as suas tarefas Neste sentido caso faltem materiais para as diferentes áreas ou departamentos de uma empresa quais seriam os principais impactos imediatos A gestão de recursos materiais e patrimoniais é um aspecto muito importante para que as empresas possam atender às demandas internas e externas sendo capazes de fornecer produtos e serviços para o seu público alvo Desta forma o objetivo principal é o planejamento organização direção e controle dos recursos necessários para o suprimento dos materiais indispensáveis para o bom funcionamento da empresa isto no tempo certo na quantidade certa e com os requisitos necessários Assim administração de recursos materiais buscará garantir um processo de rea bastecimento contínuo dos itens necessários para que a empresa possa desempenhar as suas atividades Imagine uma indústria automotiva que precisa realizar a montagem de diversos carros e necessita de que os materiais para essa tarefa estejam disponíveis na quantidade certa e no tempo certo para que o carro esteja pronto para ser entregue para o cliente no dia e horário marcado Complexo não Agora saiba que um carro pode conter aproximadamente 30 mil peças desde um pequeno parafuso a um pneu para que você possa andar com segurança pelas ruas e estradas Assim como você organizaria a gestão dos materiais considerando a grande quantidade de itens que são necessários para as atividades de uma empresa ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Como você futuro profissional se vê atuando dentro de uma empresa Já pen sou nisso caro alunoa De que forma pretende fazer a diferença na gestão de estoque e armazenamento Conhece a coisa mais legal deste livro É que ele vai ajudar você a responder à questão acima Afinal preparamos uma jornada com vários temas que vão ajudáloa a entender mais as especificidades dos recursos materiais e patrimoniais No decorrer da disciplina iremos compreender o que é a administração de recursos materiais e patrimoniais vamos conversar também sobre a gestão de estoques e as principais tecnologias aplicadas assim como a logística voltada para a gestão de materiais Vem muita coisa legal pela frente Caro estudante Sugiro que a partir de agora você observe a importância da gestão de recursos materiais e patrimoniais dentro do seu contexto de vida Quais as opor tunidades existentes com uma boa gestão e quais as ameaças pela ausência deste gerenciamento O conteúdo desta disciplina será essencial para a sua vida profissional A partir de agora você terá mais uma ferramenta que vai ajudálo a fazer a diferença na empresa onde já trabalha ou onde almeja trabalhar Por fim espero que seja uma leitura muito proveitosa e que de forma muito efetiva este conteúdo que preparamos cuidadosamente por meio de assuntos atualizados possa contribuir com o desenvolvimento das suas competências profissionais para se destacar no mercado e ser um profissional de referência Seja bemvindoa a uma nova jornada do conhecimento e saiba que juntos iremos mais longe IMERSÃO RECURSOS DE Ao longo do livro você será convida doa a refletir questionar e trans formar Aproveite este momento PENSANDO JUNTOS NOVAS DESCOBERTAS Enquanto estuda você pode aces sar conteúdos online que amplia ram a discussão sobre os assuntos de maneira interativa usando a tec nologia a seu favor Sempre que encontrar esse ícone esteja conectado à internet e inicie o aplicativo Unicesumar Experien ce Aproxime seu dispositivo móvel da página indicada e veja os recur sos em Realidade Aumentada Ex plore as ferramentas do App para saber das possibilidades de intera ção de cada objeto REALIDADE AUMENTADA Uma dose extra de conhecimento é sempre bemvinda Posicionando seu leitor de QRCode sobre o códi go você terá acesso aos vídeos que complementam o assunto discutido PÍLULA DE APRENDIZAGEM OLHAR CONCEITUAL Neste elemento você encontrará di versas informações que serão apre sentadas na forma de infográficos esquemas e fluxogramas os quais te ajudarão no entendimento do con teúdo de forma rápida e clara Professores especialistas e convi dados ampliando as discussões sobre os temas RODA DE CONVERSA EXPLORANDO IDEIAS Com este elemento você terá a oportunidade de explorar termos e palavraschave do assunto discu tido de forma mais objetiva Quando identificar o ícone de QRCODE utilize o aplicativo Unicesumar Experience para ter acesso aos conteúdos online O download do aplicativo está disponível nas plataformas Google Play App Store APRENDIZAGEM CAMINHOS DE 1 2 3 4 5 GESTÃO DE MATERIAIS 9 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS 39 69 AQUISIÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS 99 ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES 133 GESTÃO LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO 1Gestão de Materiais Me Adriano Aparecido de Oliveira Olá alunoa nesta unidade do livro iremos estudar quais são os principais objetivos da gestão de materiais e quais são as principais atividades da administração de materiais Também iremos trabalhar com o planejamento estratégico aplicado à gestão de materiais assim como apresentar a interface com as outras áreas da empresa Espero que sua leitura muito proveitosa UNIDADE 1 10 Podemos pensar de forma muito tradicional que a administração de materiais tem como objetivo atender as necessidades de suprimentos financeiras e operacionais das empresas Muitas empresas discutem o gerenciamento de materiais a partir de uma análise dos custos en volvidos Ao mesmo tempo as empresas buscam sempre a eficiência operacional Neste ponto é que surge o direcionamento da nossa pri meira problemática Como podemos agregar valor aos serviços sem que isso represente mais custos para as empresas Mas para agregar valor aos produtos e serviços as empresas não precisam trabalhar com um nível de estoque que amorteça a demanda Mais estoques não representariam então mais custos E como a gestão de materiais pode ajudar as empresas a buscar a eficiência operacional sem isso representar mais custos Recursos materiais são todos os componentes utilizados pelas empresas no seu fluxo de atividades para produzir um produto ou prestar serviços Os recursos podem ser diferenciados ou classifica dos em materiais auxiliares matériaprima produtos em processo ou produtos acabados Trataremos a significação de cada item um pouco mais adiante Para começarmos os nossos estudos em gestão de recursos mate riais é importante que você aluno a observe alguns dados iniciais sobre os materiais auxiliares Aproximadamente 16 dos processos produtivos não são executados por falta de equipamentos que são destinados à produção entre 30 e 60 dos estoques de ferramentas das empresas estão armazenados de uma forma que não podem ser utilizados pois não estão disponíveis no momento exato em que são necessários os trabalhadores desperdiçam 20 do seu tempo procu rando ferramentas de trabalho Diante dos dados apresentados você pode perceber a importância do processo de gerenciamento de materiais nas empresas seja em empresas públicas ou privadas A gestão dos recursos materiais tem como propósito basicamente diminuir ao máximo os desperdícios nas empresas reduzindo os custos e aumentando a eficiência dos proces sos além é claro do objetivo de atender as necessidades da empresa em termos de materiais 11 Até aqui já vimos que a administração de recursos materiais tem uma ligação direta com as necessidades de estoques de cada empresa Em minha experiência atuando tanto na indústria quan to no comércio posso afirmar que tudo se inicia pela identificação das necessidades de materiais das empresas Primeiramente é ne cessário ter uma lista de tudo o que você vai precisar para produzir um produto ou prestar um serviço Pense na empresa que você trabalha neste momento seja ela pública ou privada Faça uma lista de tudo o que você precisa para poder exercer as suas atividades Faça a sua lista Agora você já tem os materiais necessários O segundo ponto que eu destaco é a organização desses ma teriais Todos os materiais das empresas precisam ser codificados e classificados para que você possa ter o controle Esse aspecto é importante para você saber exatamente qual é o seu volume de es toque daquele item quando comprar mais do item bem como que você tenha um controle financeiro sobre os materiais da empresa O terceiro aspecto é definir o volume de estoques adequado para cada item Estoques elevados representam custos altos e des necessários para as empresas Estoques em volumes baixos repre sentam riscos de interrupção das atividades Portanto é necessário identificar qual é o nível mais adequado Isso ajudará a empresa a ter uma gestão financeira mais eficiente O quarto aspecto que eu destaco para você é a qualidade Esse item é fundamental para qualquer tipo de negócio Muito cuidado com a intuição e a visão empírica das coisas É necessário ter co nhecimento para poder tomar boas decisões adotar boas práticas e priorizar sempre a qualidade do serviço ou do produto Dessa forma considerando os quatro itens listados destacando as necessidades da empresa em que você trabalha faça o seu plane jamento Tudo começa por aqui Caroa alunoa você já pode perceber que a gestão de recur sos materiais tem uma relação direta com a gestão de estoques Assim sendo gostaria que você registrasse no seu diário de bordo quais são as suas primeiras percepções sobre as vantagens e benefí cios de uma gestão de materiais Vamos lá Faça as suas anotações UNICESUMAR UNIDADE 1 12 OBJETIVOS DA GESTÃO DE RECURSOS MATERIAIS Recursos materiais são todos os itens ou componentes que uma empresa pú blica ou privada utiliza no seu cotidiano para produzir determinado produto ou prestar algum tipo de serviço Os materiais são comprados regularmente e quando armazenados são constituídos como estoques Será tarefa do gestor garantir que esses itens nunca faltem e para isso ocorrer a gestão de materiais se torna imprescindível Os estoques nas empresas são classificados conforme a sua finalidade po dendo contemplar os materiais auxiliares que são os itens que não compõem o produto final ou seja materiais de escritórios óleos equipamentos entre outros são também classificados como materiais auxiliares indiretos ou não produtivos As matériasprimas são os componentes que estão diretamente incorporados ao produto final e também podem ser classificados como materiais diretos ou produtivos Os produtos em processo são materiais que estão na etapa de 13 transformação ou seja basicamente estão sendo processados Os produtos acabados são produtos finais que estão prontos para serem entregues para os consumidores finais E assim além de garantir e ter a certeza de que tudo estará disponível para a empresa o trabalho na área de gestão de materiais também se estenderá ao planejamento da empresa no âmbito financeiro e logístico A rotina interna de suprimentos vai proporcionar um equilíbrio econômico adequado para a em presa evitando desperdícios e proporcionando mais eficiência na alocação e utilização dos recursos A administração de materiais acontece no processo de alocação dos recur sos da empresa para que seja possível o alcance de seus objetivos A gestão de materiais tem sido o ponto de preocupação de gerentes supervisores e diretores em atividades que envolvem a produção e também na prestação de serviços como por exemplo a administração pública Os recursos que são administrados por uma empresa é um aspecto muito amplo que poderia ser apresentado em muitas disciplinas diferentes afinal cada um dos tipos de recursos apresenta as suas próprias particularidades e especifi cidades e necessitam de profissionais com a expertise necessária para lidar com tal MARTINS ALT 2009 Assim conforme demonstra a Figura 1 as empresas têm à sua disposição pelo menos cinco tipos de recursos materiais patrimoniais capital ou finan ceiro humanos e tecnológicos Porém neste livro didático o nosso foco será analisar os recursos materiais neste primeiro momento e patrimoniais logo mais adiante por entender que os demais recursos deverão ser trabalhados em outras disciplinas específicas UNICESUMAR UNIDADE 1 14 R e c u r s o s Materiais Patrimoniais Capital Humanos Tecnológicos Instalações Estoques Materiais auxiliares Matéria prima Produto em proceso Produto acabado Equipamento Prédios Terrenos Compras Logística interna Logística externa Fornecedores Clientes PARTE 1 PARTE 3 PARTE 4 PARTE 5 PARTE 2 Descrição da Imagem A figura ilustra um fluxograma o qual se subdivide em partes por meio de linhas tracejadas A primeira denominada como Parte 1 corresponde ao retângulo central que se inicia com a palavra RECURSOS com cinco setas em paralelo apontadas para baixo para os retângulos descritos como Materiais Patrimoniais Capital Humano e Tecnológicos A linha tracejada da Parte 1 en quadra somente as palavras Recursos Materiais e Patrimoniais Abaixo do lado esquerdo encontrase a Parte 3 da qual uma seta sai de Materiais da parte 1 e encontra o retângulo Estoques O retângulo Estoques se ramifica em quatro setas que apontam para os retângulos Materiais auxiliares Matéria prima Produtos em processo e Produto acabado Do lado direito a Parte 4 possui uma seta que sai de Patrimoniais da parte 1 e chega ao retângulo Instalações que se ramifica em duas setas que apontam para os retângulos Equipamento e Prédios terrenos Abaixo e do lado esquerdo a Parte 2 apresenta o retângulo Compras do qual saem setas que se direcionam à Parte 3 nos retângulos Materiais auxiliares e Matériaprima e à Parte 4 nos retângulos Equipamento e Prédios Terrenos Por fim o retângulo Compras na Parte 2 contém uma seta apontada para baixo para Fornecedores Na Parte 5 o retângulo Logística interna liga com setas voltadas para cima na Parte 3 os seguintes retângulos Produto em processo Matériaprima Materiais auxiliares e Produto acabado Na Parte 4 são ligados retângulos Equipamento e Prédios Terrenos ao retângulo Instalações Ainda na Parte 5 o retângulo Logística externa parte uma seta para cima na Parte 3 em Produto acabado e outra seta para baixo na Parte 5 em Clientes Figura 1 Visão geral da administração de recursos materiais e patrimoniais Fonte Martins e Alt 2009 p 22 15 Martins e Alt 2009 explicam que a administração de materiais começa por meio da identificação de possíveis fornecedores para a aquisição dos materiais necessários para a empresa na compra do bem recebimento transporte arma zenamento e distribuição Cada organização possui as suas particularidades e isso precisa ser considerado na estruturação da gestão de materiais A Figura 2 a seguir apresenta o ciclo da administração de materiais Transporte Expedição Clientes Transportar Sinal de denanda Identifcar fornecedor Recebimento de armazenagem Comprar materiais Movimentação interna Armazenagem do produto acabado Descrição da Imagem Temos uma figura que ilustra um fluxograma com conexão em loop no sentido antihorário com quadros ligados às seguintes descrições identificar fornecedor comprar materiais transportar recebimento de armazenagem movimentação interna armazenagem do produto acabado expedição transporte clientes e sinal de demanda este último bloco retorna ao primeiro Figura 2 Ciclo da administração de materiais Fonte Martins e Alt 2009 p 5 Uma gestão de materiais eficiente é sem dúvidas um dos aspectos mais importan tes para que as empresas públicas ou privadas possam encontrar as condições ideais na busca do equilíbrio financeiro e econômico Administrar o suprimento de mate riais assim como o reaproveitamento ajuda a melhorar os resultados financeiros de qualquer empresa Toda organização na verdade almeja um resultado financeiro satisfatório mas sem que isso venha sacrificar a qualidade do seus produtos ou serviços ou os custos por exemplo da redução dos preços ou extensão dos prazos de pagamento junto aos fornecedores Os resultados de uma empresa portanto devem estar pautados em uma gestão de materiais bem estruturada UNICESUMAR UNIDADE 1 16 Se considerarmos o contexto atual você alunoa vai perceber o alto grau de competitividade existente no mercado Isso faz com que as empresas tenham que revisar constantemente os seus custos principalmente em tempos de crise Não é de hoje que as médias e grandes empresas dedicam parte do seu tempo para reduzir os custos e para que isso ocorra é necessário um controle adequado e uma boa gestão de materiais Diferentemente das empresas de pequeno porte que talvez não dediquem o seu tempo para esse tipo de análise às vezes por falta de qualificação dos seus proprietários ou por não ter mão de obra qualificada outras vezes por negligência do gestor Dessa forma toda empresa trabalha com produção seja de produtos ou ser viços Assim ao pensar em custos de produção é necessário pensar também na administração de materiais Talvez o objetivo mais importante da gestão de materiais seja garantir a disponibilidade dos recursos certos na quantidade certa e no momento exato em que ele é necessário no fluxo de atividades da empre sa considerando todas as suas especificidades Para isso ela depende de uma estrutura muito bem articulada no que tange aos seus estoques de materiais Nesse sentido algumas funções do controle de estoques são saber o que deve permanecer em estoque quanto tempo deverá ser reabastecido e quando será necessário o material 17 Uma gestão de materiais que esteja bem estruturada possibilita a obtenção de muitas vantagens competitivas para as empresas por meio da redução dos custos diminuição do volume de estoques melhores condições de compras e da satisfação dos consumidores em relação aos produtos vendidos pela empresa ou pelos serviços prestados DIAS 2019 No processo de gestão de materiais as empresas costumam utilizar um modelo de previsão de demanda para gerenciar melhor os seus estoques Muitos desses modelos são criados a partir de um estudo das previsões de vendas ou de consumo de cada item permitindo uma análise estatística do comportamento de cada material Isso possibilita realizar projeções das demandas de materiais considerando os níveis ade quados para suprir as necessidades da empresa com estoques em um volume menor O estudo do comportamento da demanda da empresa ajuda a projetar inclusive os estoques suplementares ou seja os estoques de segurança DIAS 2019 Outro aspecto importante que podemos destacar referese ao tempo de res suprimento representado pelo tempo entre a necessidade apresentada do ma terial até o seu ponto de consumo Esse tempo é conhecido como leadtime e possui uma importância fundamental nas questões relacionadas ao montante de estoque operacional e adicional também conhecidos como estoques de segurança DIAS 2019 UNICESUMAR UNIDADE 1 18 Nesse sentido podese observar que o desfecho desse processo impactará dire tamente nos investimentos em estoques e consequentemente na redução dos custos operacionais da empresa Entretanto os estudos que envolvem o processo de tomada de decisão para o atendimento das necessidades de estoques serão tratados em um tópico específico pois são fatores possibilitarão uma adequada gestão de estoques reduzindo os seus custos inerentes pois existem pressões tanto para aumentar o volume de estoques quanto para reduzir os volumes de estoques Além disso existem ferramentas para estruturar a gestão de estoques que utilizam um conceito pelo qual é possível priorizar aqueles materiais que são mais importantes para a empresa Esse modelo possibilita uma gestão de esto ques que ajuda a reduzir o volume de componentes que não são tão importantes para a empresa e consequentemente os custos operacionais Essa ferramenta é conhecida como Análise de Pareto ou Análise ABC dos estoques sendo talvez uma das formas mais usuais para se examinar estoques Dentro do contexto da administração de materiais podemos destacar ainda entre seus objetivos a gestão de compras Nesse aspecto as empresas podem criar uma área responsável pela gestão das aquisições ou suprimentos Segundo Dias 2019 tudo começa pelo cadastro de fornecedores que estejam aptos para atender as demandas da empresa e que possam elaborar contratos de forneci mento com estratégias específicas para a realização da aquisição de materiais 19 Para isso poder funcionar perfeitamente é necessário que haja negociação de preços e das condições de fornecimento de materiais Para os fornecedores os contratos permitem um planejamento mais adequado à luz das necessidades do seu cliente Para o comprador os contratos permitem planejar um volume de compras maior envolvendo o preço médio de compras e o tempo de entrega adequado às suas necessidades de reposição De maneira tradicional a gestão de materiais tem o propósito de conciliar os interesses entre as necessidades de materiais e a otimização dos recursos finan ceiros e operacionais das empresas Neste podcast falamos sobre a importância da gestão de materiais no contexto das empresas contemporâneas Portanto antes de avançar na leitura escute o primeiro episódio do podcast do nosso livro Clique e ouça GESTÃO DE MATERIAIS Vivemos em um mundo repleto de organizações Tudo aquilo que é necessário para que sejam atendidas as necessidades das pessoas requer algum tipo de pro duto ou serviço que precisa ser desenvolvido ou prestado por uma empresa As organizações são entidades muito diferentes umas das outras considerando a sua finalidade Existem empresas públicasgovernamentais como ministérios secretarias repartições públicas etc organizações não governamentais que envolvem o terceiro setor representado por entidades filantrópicas como ati vidades sociais culturais e representativas e empresas em geral que fornecem algum tipo de produto ou serviço como indústrias lojas alimentação bancos entretenimento hospitais etc Essas organizações se apresentam em diferen tes portes grandes médias e pequenas empresas em diferentes localidades Por isso podemos afirmar que o mundo das organizações é um local muito complexo para as pessoas Para lidar com as suas particularidades e desafios é necessário conhecêlas UNICESUMAR UNIDADE 1 20 Agora que você conhece os tipos de organizações é importante entender que elas não funcionam de qualquer maneira ou simplesmente a partir de decisões que seguem a intuição Cada passo precisa de planejamento afinal elas não cres cem ou sobrevivem ao mero acaso O sucesso de uma empresa seja ela pública ou privada não está relacionado à sorte mas a uma série de decisões e estratégias executadas para alcançar metas e objetivos cada vez melhores O que faz com que uma empresa atue com excelência não são apenas seus produtos ou serviços mas sim a forma pela qual ela consegue organizar o seu fluxo de atividades Assim podemos dizer que a gestão tem como foco conseguir que as tarefas dentro de uma empresa sejam realizadas de maneira eficiente e por meio das pessoas Na administração tudo começa pelo planejamento organização direção e controle um conceito clássico mas fundamental para qualquer tipo de empresa MARTINS ALT 2009 Nas organizações os gestores precisam desempenhar diferentes papéis como chefes líderes elementos de ligação elementos de infor mação monitores disseminadores portavozes papéis decisórios empreende dores negociadores e alocadores de recursos MAXIMIANO 2011 Assim as empresas modernas são aquelas que adotam as boas práticas e outras formas de administrar os seus recursos Por meio de uma abordagem histórica veremos como as organizações estão se reorganizando frente a um cenário de competição Segundo Maximiano 2011 os conceitos clássicos de gestão se deram por volta do século XIX a partir da Administração Científica A principal preocupa ção centravase no trabalho nas fábricas e nos princípios de eficiência no processo produtivo Taylor foi o principal precursor dessa teoria destacando quatro prin cípios básicos utilizar métodos científicos para encontrar a melhor maneira de desempenhar cada tarefa selecionar pessoas adequadas a cada função treinar as pessoas para assegurar que as atividades sejam cumpridas e monitorar o desem penho dos trabalhadores Na prática podemos dizer que essa forma de adminis trar apesar de muito eficiente acabou tornando o processo muito mecanizado Fayol foi outro importante autor na área de gestão precursor da Teoria Administrativa ele pregava que a administração poderia ser ensinada e que existiam pelo menos quatorze princípios que poderiam ser ensinados a todos os administradores divisão do trabalho autoridade disciplina unidade de comando unidade de direção subordinação remuneração centrali zação linha de autoridade ordem equidade estabilidade e iniciativa 21 As principais funções seriam planejar organizar comandar coordenar e controlar MAXIMIANO 2011 Em seguida tivemos a Teoria da Burocracia elaborada e pensada por Max Weber baseada em um tipo de sistema pautado pela racionalidade autoridade divisão do trabalho hierarquia seleção formal regras e regulamentos impes soalidade e carreiras orientadas MAXIMIANO 2011 Em 1930 iniciase nos estudos organizacionais o movimento das relações humanas Um dos principais estudiosos dessa escola foi Elton Mayo com os es tudos de Hawthorne por meio dos quais demonstrou a importância da organi zação informal normas sociais aceitação e do grupo de trabalho determinando o comportamento individual de cada pessoa Maslow Mcgregor e Herzberg de monstraram também a importância do relacionamento das pessoas nas empresas como fator fundamental para a produtividade MAXIMIANO 2011 Após o surgimento das teorias clássicas de gestão tivemos um momento im portante considerando empresas mais contemporâneas que abrange a Teoria de Sistemas que passou a estudar as empresas como um sistema aberto e a Teoria Contingencial que defende que não existe uma forma mais adequada ou única para gerenciar as empresas afinal isso depende de fatores situacionais ou seja do ambiente em que ela está inserida MAXIMIANO 2011 Dando um salto temporal podemos então compreender o momento atual como a Era do Conhecimento em função da complexidade que envolve as or ganizações da diversidade e da globalização Atualmente a tendência é que as empresas se organizem em diferentes áreas interagindo entre si para conseguir a atenção de um mercado extremamente competitivo e exigente Essas empresas são influenciadas diretamente pela competição global e não só em razão de uma estrutura hierárquica É necessário portanto uma visão estratégica e organizada e podemos então destacar a área de gestão de materiais Uma gestão eficiente permite que a organização alcance resultados excepcio nais e nesse ponto entra a administração de materiais como uma importante área de apoio das empresas para que tudo ocorra de maneira planejada eficiente e organizada bem como para que seja garantida a disponibilidade de materiais no momento certo e na quantidade adequada A gestão de materiais nas empresas como conhecemos no contexto atual com o foco na redução de custos e estoques é um estilo de gestão muito recen UNICESUMAR UNIDADE 1 22 te A administração de materiais ao longo dos anos passou por diferentes fases GURGEL FRANCISCHINI 2013 Na primeira fase todo o controle de materiais era exercido pelo dono da empresa cuja principal estratégia era voltada às compras ou seja a negociação era a essência do negócio Em uma segunda fase as atividades inerentes aos processos de compras passaram a integrar a área produtiva da empresa Em uma terceira fase as atividades relacionadas à gestão de materiais iniciavam com o planejamento das matériasprimas como uma organização independente do setor produtivo da empresa Na quarta fase foi agregada a área logística como apoio e superior à área de marketing da empresa No modelo atual de adminis tração de materiais a área está vinculada à logística da empresa Segundo Dias 2011 em uma empresa com um modelo tradicional podese considerar um sistema de gestão de materiais dividido da seguinte forma esto ques compras almoxarifado planejamento e controle de produção importação transporte e distribuição Dias 2011 apresenta um organograma como sugestão básica para a estru turação da área de gestão de materiais Materiais Compras PCP Estoques Almoxarifado Importação Transportes Distribuição Descrição da Imagem Representação de um organograma Na parte superior há a palavra materiais dentro de um retângulo que se liga a outros seis retângulos distribuídos na horizontal e interligados por linhas Cada um deles identifica a organização do departamento de materiais Compras PCP Esto ques Almoxarifado Importação e Transportesdistribuição Figura 3 Organização do departamento de materiais Fonte Dias 2011 p 5 A gestão de materiais tem um papel importante nas empresas contemplando o planejamento e a alocação dos materiais nas empresas com o foco em três funções gestão de estoques gestão de compras e gestão dos centros de distribuição 23 Essas três grandes funções da empresa devem trabalhar em sinergia ou seja suas competências se complementam no cumprimento das atividades da em presa em um ciclo contínuo como demonstrado na Figura 4 Em cada um dos setores listados existe a possibilidade por meio de uma gestão adequada de promover a redução de custos Gonçalves 2020 cita algumas atividades que podem melhorar a eficiência dos processos e reduzir os custos com materiais Gestão dos estoques Gestão de compras Gestão dos centros de distribuição Examina os estoques para decidir a necessidade de reposição indica as quantidades a serem repostas e os prazos de entrega Realiza o controle físico dos materiais recebe os materiais dos fornecedores armazena e fornece os materiais etc Realiza as licitações decide as aquisições negocia condições de fornecimento fecha contratos com os fornecedores etc Descrição da Imagem A imagem é formada por um grande círculo que envolve toda a imagem e que liga outros três círculos menores Um deles na parte superior traz a atividade Gestão de estoques e sua descrição examina os estoques para decidir a necessidade de reposição indica as quantidades a serem repostas e os prazos de entrega Na lateral direita é apresentado o círculo da Gestão de compras com sua descrição realiza as licitações decide as aquisições negocia as condições de fornecimento fecha contrato com os fornecedores etc Por fim na lateral esquerda temos o círculo da Gestão dos centros de distribuição e suas funções realiza o controle físico dos materiais recebe os materiais dos fornecedores armazena e fornece os materiais etc Figura 4 Principais atividades da administração de materiais Fonte Gonçalves 2020 UNICESUMAR UNIDADE 1 24 Gestão de estoques Previsão de demanda quando a empresa possui um sistema que consegue antecipar as tendências ou necessidades isso permite um controle adequa do dos níveis de estoques resultando em uma economia para a empresa pois é possível garantir o nível das reservas de segurança sem que essa ação venha a resultar em prejuízos ou perda de oportunidades para a empresa Nesse processo a quantidade de materiais que serão necessários manter em estoque é definida pela empresa Esses materiais podem ser classifica dos como diretos ou indiretos Os materiais diretos são os componentes necessários para produzir um produto ou prestar um serviço enquanto os materiais indiretos são os itens que não estão ligados diretamente ao produto ou serviço como por exemplo artigos necessários à produção ou tarefas mais comuns do dia a dia de uma empresa como materiais de escritório Entretanto em ambas as situações a gestão de materiais é um aspecto muito importante para a empresa Você alunoa pode perceber até agora que tudo começa com uma boa gestão de estoques mas como mencionei anteriormente isso vai de pender também das atividades relacionadas à gestão de compras Gestão de compras Considerando as necessidades da empresa e os requisitos é realizado um planejamento para a reposição de estoques envolvendo cada tipo de item e sua categoria para que sejam iniciadas em seguida as operações de aqui sição por meio da área de compras A área de compras tem como objeti vo manter os níveis de materiais para o processo produtivo prestação de serviços ou para a comercialização Esse setor além da responsabilidade em manter os estoques em quantidade adequada também buscará o pre ço mais favorável já que os custos dos materiais são fundamentais para o custo do produto ou até mesmo dos serviços que serão prestados Em um órgão público por exemplo isso pode significar uma economia maior e uma maneira mais eficiente de utilizar os recursos públicos na prestação 25 de serviços para a sociedade entretanto sempre buscando é claro um produto de qualidade para a população Todas as empresas dependem de fornecedores até mesmo aquelas que dominam a cadeia produtiva como um todo Então tudo se inicia com um cadastro de possíveis fornecedores por meio de critérios e estudo das suas potencialidades no suprimento de materiais afinal o suprimento será um fatorchave nas relações entre empresa e fornecedor Os custos da empresa dependerão de uma boa negociação com os fornecedores Pensando nisso um contrato de longa duração por exemplo de três a cinco anos dá mais segurança no fornecimento de materiais que são consumidos pela empresa e isso trará para a instituição a redução de custos e melhores preços Tratamse dos contratos globais nos quais a ideia principal é basicamente transformar os fornecedores da empresa em parceiros de negócio Após o processo de compras a área responsável pela gestão de materiais também deverá realizar uma avaliação dos materiais para garantir que sejam atendidas as necessidades primeiramente da em presa e em seguida dos clientes Dessa forma podese dizer que o processo de gerenciar materiais envolve todas as atividades relacio nadas aos materiais da empresa e aqui temos o papel também dos almoxarifados O almoxarifado é um depósito armazém ou local no qual os materiais ficam guardados até que sejam solicitados pela área responsável DIAS 2019 O processo de importação compreende a realização de uma compra A importação compreende um procedimento pelo qual as compras são realizadas no exterior Para muitas empresas esse é um processo muito vantajoso entretanto depende de muito co nhecimento e especialização Uma consultoria em importação pode ajudar nesse momento Na gestão de materiais a importação está subordinada também à área de materiais responsável por toda a organização e métodos de importação dos materiais necessários in clusive pelo desembaraço aduaneiro Em algumas empresas pode se ter ainda o processo de exportação cuidando de todo o processo legal e administrativo do envio das mercadorias para o exterior UNICESUMAR UNIDADE 1 26 Gestão dos Centros de Distribuição A entrega dos produtos acabados para os clientes ou matériaprima é de respon sabilidade da área de transportes e distribuição Nessa área da empresa existe toda uma coordenação da frota para o planejamento das entregas Algumas vezes essa frota pode ser terceirizada DIAS 2019 Ainda no que diz respeito a essa re lação de atividades que envolve a administração de materiais Gonçalves 2020 cita os fatores relacionados à distribuição conforme já demonstrado na Figura 4 Uma excelente localização do centro de distribuição de materiais ajuda a reduzir os custos com movimentação e transportes Um arranjo físico ou layout bem elaborado é fundamental para um centro de distribuição Em alguns casos ele possibilitará processos mais eficientes nos fluxos de atividades que envolvem o recebimento armazenamento e expedição Os equipamentos de movimen tação e sua utilização correta são fundamentais para a redução dos custos nas operações dos centros de distribuição Por exemplo a utilização de equipamento de elevação empilhadeiras esteiras e outros possibilita mais eficiência nas ope rações Entretanto o uso inadequado também gera gastos desnecessários que podem impactar diretamente nos custos de operação É importante destacar que durante muito tempo a área de gestão de materiais foi subordinada ao setor de produção por conta de um entendimento de que a produção seria mais complexa e importante Entretanto a partir de uma visão mais contemporânea e pautada em boas práticas de gestão dependendo do porte da empresa a área de materiais encontrase como um setor separado da produção e também posicionada num nível mais estratégico e não tão opera cional como se imaginava A explicação para isso é a de que quando a área de gestão de materiais e lo gística por exemplo está vinculada à produção o foco do gestor de área será a produção e não a gestão dos materiais da empresa que ficará em segundo plano o que pode representar uma elevação nos custos e perda de eficiência operacional Como vimos até aqui a administração de materiais é uma área estratégica para a empresa seja pública ou privada portanto é necessária a presença de profissio nais especialistas e dedicados a esse setor com uma visão estratégica Portanto não é à toa que a administração de materiais se apresenta como uma disciplina 27 específica na matriz curricular do seu curso afinal são necessários profissionais com uma visão sistêmica do processo e não só operacional utilizando ferramen tas e técnicas na busca da eficiência e eficácia organizacional Martins e Alt 2009 explicam que na administração de recursos materiais em grande parte as empresas utilizam técnicas que integram os elementos de tecnologia pessoas materiais instalações e equipamentos Assim podemos conhecer algumas técnicas ligadas à administração de materiais fábricas equi pamentos e pessoas Entretanto o nosso foco será apenas na administração de materiais nesta unidade Nesse sentido de acordo com Martins e Alt 2009 temos algumas técnicas para gerenciar os materiais quais sejam Just in Time JIT nesse processo os fornecedores enviam os suprimen tos necessários para a empresa na medida em que eles serão necessários para a produção O JIT tem como propósito eliminar tudo o que não agrega valor aos produtos e serviços da empresa O volume de estoques desde o fornecedor até o consumidor final é baixo Para isso os fornecedores realizam pequenas entre gas na medida em que elas são necessárias na linha de produção e sempre que possível realizam entregas diretamente para o cliente sem ser necessário passar por um estoque Basicamente esse processo permite a redução do inventário da empresa melhorando de forma contínua a qualidade dos produtos reduzindo os custos de produção e dando celeridade aos prazos de entrega Fornecedor preferencial consiste em uma técnica que possui o objetivo de garantir a qualidade dos materiais a partir da seleção de fornecedores Esse conceito garante que a qualidade do material entregue atenda às necessidades da empresa podendo evoluir para um trabalho que aproxime os fornecedores da empresa Atualmente em cadeias de abastecimento maiores esse conceito já é muito difundido Se antes existia uma tendência de se ter muitos fornecedores para atender as demandas das empresas atualmente o foco se dá em um número reduzido de fornecedores justamente para que ocorra um trabalho mais próximo entre fornecedor e empresa permitindo a ocorrência de itens de fornecimento exclusivo e que não venham a ter nenhum defeito Muitas vezes ambos podem trabalhar juntos no desenvolvimento dos produtos e serviços Programação de fornecedores a empresa poderá manter um sistema de ressuprimento contínuo e controle de produção do fornecedor ajustados às ne UNICESUMAR UNIDADE 1 28 cessidades de materiais da empresa tudo via sistemas automatizados para evitar o vai e vem de papéis por meio do sistema EDI O segmento de supermercados utiliza uma estratégia colaborativa para reduzir os custos e proporcionar valor para o consumidor final Tratase de uma técnica co nhecida como Efficiente consumer response ECR ou resposta rápida ao consumi dor Os produtos possuem uma identificação a partir de um código de barras QR code ou até mesmo tecnologia Radio Frequency Identification RFID utilizando sistemas Eletronic Data Interchange EDI Há uma intensa troca de informações que ajuda a repor rapidamente as necessidades de estoques da empresa eviden ciando uma aliança muito produtiva entre fornecedor e empresa Talvez você alunoa esteja se perguntando o que é um sistema EDI QR code ou RFID São três termos que apareceram até aqui para você Os sistemas EDI Electronic Data In terchange ou intercâmbio eletrônico de dados permitem a troca de informações entre empresas em tempo real O QR code é um código bidimensional que pode ser escaneado para a leitura de informações RFID Radio Frequency Identification ou identificação por radiofrequência são etiquetas inteligentes que possuem um chip com informações arma zenadas e que podem ser lidas mesmo a distância através de um sinal de rádio EXPLORANDO IDEIAS Kanban é uma tecnologia que realiza o controle de fábrica em que necessidades da empresa é que determinarão o volume de estoque no processo O Kamban tem como objetivo controlar a produção ou seja nada será produzido sem haver de fato a necessidade naquele momento Nenhum estoque será mantido sem ser necessário naquele momento É um sistema muito utilizado pela indústria auto mobilística principalmente a japonesa funcionando por exemplo da seguinte forma nenhuma peça da etapa de montagem vai para o processo de pintura sem que a peça de pintura tenha ido para o processo seguinte ou que não tenha sido vendida e assim por diante Assim a produção vai acompanhar o ritmo de consumo A principal característica desse modelo é a eficiência por meio da utilização de forma mais responsável dos recursos da empresa 29 INTERFACE DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS COM AS DEMAIS ÁREAS DA EMPRESA A gestão de materiais em uma empresa é determinada pela sua política de atua ção A maneira como a empresa vai gerenciar os seus materiais é influenciada diretamente pelos setores da organização Assim dentro desse contexto preci samos analisar todos os stakeholders envolvidos ou seja todas as áreas ou pes soas que fazem parte dos processos da empresa Nessa análise restringiremos a observação ao ambiente interno Segundo Gonçalves 2020 a administração de materiais possui interface com muitos setores das empresas entre eles podemos citar Área financeira Setor que faz o aporte necessário para efetivar as compras dos materiais necessários para a empresa e realiza todo o controle das despesas financeiras com materiais e outros serviços Produção É responsável pela previsão direta dos materiais que serão necessários para a produção da em presa Podemos também considerar aquilo que é necessário para prestar serviços Vendas Áreachave para a empresa principalmente para a definição do volume de fabricação e conse quentemente das necessidades de materiais Recursos humanos Servem para atender as necessidades de materiais da empresa e requere a presença de pessoas treinadas e devidamente capacitadas para sua gestão Logística e distribuição Área responsável pela movimentação consi derando as necessidades da empresa e dos clientes Tecnologia da informação Área responsável pela movimentação consi derando as necessidades da empresa e dos clientes Quadro 1 Interface com outros setores Fonte Gonçalves 2020 UNICESUMAR UNIDADE 1 30 Talvez você alunoa esteja se perguntando mas e no caso de uma empresa pública Como ocorre essa interface com as diferentes áreas Veremos a seguir Gestor público Terá que definir uma política de gestão de mate riais Ele elevará ou diminuirá o volume de esto ques considerando todo o tempo que leva um processo de compra ou a própria licitação Como será realizada a conferência dos materiais Existe alguma sanção prevista em caso de descumpri mento de contrato Recursos Humanos No setor público o departamento de recursos hu manos precisa analisar a necessidade de pessoas para desempenhar as tarefas Via concurso públi co são contratadas pessoas que terão que passar por um processo de treinamento e capacitação para o desenvolvimento das suas atividades Informática É muito comum no setor público o uso de siste mas de banco de dados que realizam todos os registros de atividades destinados à gestão de materiais Setor orçamentário Tem como objetivo aprovar os recursos que serão destinados à compra de novos materiais Departamento jurídico É responsável pelos pareceres sobre as despesas do setor público conforme os preceitos legais Auditoria Verifica tudo o que está ocorrendo nos aspectos legais e também as boas práticas Quadro 2 Interface com outros setores na esfera pública Fonte adaptado de Gonçalves 2020 Assim caroa alunoa você teve a oportunidade de conhecer os principais conceitos inerentes à Administração de Recursos Materiais e a sua importância no contexto das organizações Reservada às suas especificidades cada empresa terá que ter um bom gerenciamento de materiais Muitas empresas adotam um sistema de informação gerencial que permite que muitas dessas etapas sejam automatizadas ou seja sem a necessidade de trabalho manual entre elas entrada de materiais saída atualizações e outras demandas da gestão de materiais Ter 31 um sistema ajudará a empresa a realizar um planejamento estratégico adequado como veremos a seguir NOVAS DESCOBERTAS Título Administração de recursos materiais e patrimoniais uma abordagem logística Autor Hamilton Pozo Editora Atlas Sinopse Este livro oferece uma sequência lógica do desdobramento da ma téria no dia a dia das empresas fundamentada em um novo paradigma de mercado globalizado relacionado com a nova dinâmica da cadeia de supri mentos Comentário Excelente livro para quem deseja se aprofundar mais no tema O autor apresenta diversos exemplos práticos PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO DE MATERIAIS Para você alunoa que certamente vai trabalhar de forma direta ou indireta com a gestão de materiais ou suprimentos nas empresas o maior desafio é saber exatamente as necessidades da instituição como por exemplo como produzir ou quando realizar a entrega se for o caso de uma indústria Outras empresas podem se deparar com o desafio de quando realizar compras em grandes volumes ou não mas pautados nas boas práticas de gestão de recursos materiais temos que iniciar a gestão de materiais pelo planejamento aliás o planejamento é a base de sucesso de qualquer tipo de organização Seja qual for a sua finalidade tudo dependerá de um bom planejamento Sapiro e Chiavenato 2016 explicam que o planejamento é o caminho es colhido pela empresa a partir da premissa de que é possível buscar uma situa ção de futuro mais vantajosa para empresa do que ela se encontra no presente A estratégia é portanto uma escolha da própria empresa no campo de ação envolvendo toda a organização e consiste em considerar diferentes hipóteses existentes e selecionar algumas entre as possibilidades a partir de uma análise diagnóstica do ambiente interno e externo Os ganhos e perdas com a escolha estão previstos na estratégia UNICESUMAR UNIDADE 1 32 O diagnóstico estratégico pode ser realizado a partir da análise de Swot No ambiente inter no são analisadas as variáveis que geram pontos fortes ou fracos e no ambiente externo as oportunidades e ameaças A partir do diagnóstico a empresa decide por um caminho com um plano de ação execução e controle em busca da eficiência e eficácia organizacional PENSANDO JUNTOS O planejamento estratégico é portanto um processo pelo qual são formuladas estratégias de atuação da empresa considerando a área em que ela atua Em uma empresa privada um planejamento adequado de compras sem comprometer os recursos da empresa é um tipo de planejamento Em uma empresa pública como em uma prefeitura a compra de materiais escolares e uniformes para as escolas depende de um bom planejamento pois é algo que é necessário planejar com antecedência face às regras e normas existentes no processo de compras Sapiro e Chiavenato 2016 explicam que as empresas que realizam o planeja mento estratégico obtêm em geral um desempenho melhor que as demais Esse tipo de organização está adequada às condições do ambiente interno e externo para então definir a sua estratégia Assim existem pelo menos três níveis dife rentes de planejamento estratégico tático e operacional PLANEJAMENTO Estratégico Tático Operacional Descrição da Imagem Na parte superior da imagem há um retângulo com a palavra Planejamento Logo em seguida três setas direcionamse para a parte inferior da imagem na qual estão os tipos de planejamento também dentro de retângulos Da esquerda para a direita eles estão ordenados Estra tégico Tático e Operacional Figura 5 Tipos de planejamento Fonte adaptado de Sapiro e Chiavenato 2016 33 O planejamento em nível estratégico tem uma abrangência maior pois tratase do planejamento com o foco a longo prazo partindo do nível mais alto da organização ou seja dos sócios proprietários ou alto escalão dos setores públicos por exemplo Sapiro e Chiavenato 2016 destacam algu mas de suas características Horizonte temporal o planejamento é realizado a longo prazo pois as suas consequências se estendem por vários anos Abrangência contempla toda a organização cada departamento busca alcançar os objetivos em nível organizacional inclusive a gestão de recur sos materiais e patrimoniais Definição é a cúpula da organização à qual todos os outros planos ficam de certa forma subordinados O Planejamento tático contempla os setores de uma organização e de acordo com Sapiro e Chiavenato 2016 suas características são Horizonte temporal contempla o exercício anual da empresa normal mente em médio prazo Abrangência envolve cada área da empresa com os seus objetivos es pecíficos Definição nível intermediário na hierarquia organizacional recebem o planejamento do nível estratégico o qual é desdobrado para o nível ope racional UNICESUMAR UNIDADE 1 34 O Planejamento operacional possui foco nas atividades específicas da empresa e segundo Sapiro e Chiavenato 2016 suas principais caracte rísticas são Horizonte temporal as atividades são de curto prazo ou de realização imediata Abrangência contempla metas específicas para cada atividade Definição é definido em nível operacional com atividades que devem ser executadas de forma imediata Podemos citar como um exemplo de planejamento o da Petrobrás que em 2014 apro vou o plano para 2030 conhecido como Planejamento estratégico horizonte 2030 Nesse caso o plano de longo prazo é necessário para um tipo de empresa cujas atividades são muito complexas Por exemplo o processo de participação em um leilão a compra de equipamentos para extração e até mesmo a produção do primeiro litro de petróleo pode durar cerca de sete anos Este é um exemplo de uma empresa pública Fonte Cavalcante 2016 PENSANDO JUNTOS Agora que já conhecemos os diferentes níveis de planejamento em uma empresa podemos trabalhar com um modelo genérico de planejamento estratégico mais amplo como o modelo desenvolvido por Sapiro e Chiavenato 2016 que con templa os seguintes elementos A missão organizacional basicamente deve representar a definição do que é o negócio ou seja delimitar a sua área de atuação A visão organizacional mostra quais são os objetivos da empresa para o futuro Ela pode servir também como uma fonte inspiradora para a empresa O diagnóstico estratégico busca antecipar fatores que impactam o ambiente interno ou externo da empresa para que seja possível concretizar a missão e os objetivos da empresa Os de terminantes de sucesso buscam evidenciar os elementos críticos de sucesso identificados durante o diagnóstico estratégico A definição dos objetivos é aquilo que a empresa vai perseguir em seus diferentes níveis Por outro lado a definição de estratégias é o caminho definido pela empresa na busca dos seus objetivos e a auditoria dos resultados busca validar o que está sendo realizado para manter as estratégias ou reavaliar 35 É importante ainda enfatizar que no manual de boas práticas de gestão exis tem muitas metodologias para realizar um planejamento de sucesso como por exemplo de autores como Ansoff Porter Miles e Snow Certo Cada uma delas com objetivos diferentes como veremos abaixo AUTOR ESTRATÉGIAS SIGNIFICADO ANSOFF Penetração de mercado Exploração de pro dutos tradicionais em mercados tradicionais Desenvolvimento de mercado Produtos tradicionais e novos mercados PORTER Liderança de custos Baixo custo e baixo preço do produto Liderança em foco Atuação em nichos de mercado MILES E SNOW Defesa Permanência no mercado Prospecção Busca de oportunidades Análise Atuação em dois tipos de mercados CERTO Estabilidade Permanência no mesmo mercado Crescimento Busca de novas oportunidades Redução de despesas Eliminação de desperdícios Quadro 3 Tipos de estratégias Fonte Maximiano 2011 p 145 Assim caroa alunoa na gestão de recursos materiais podemos incluir tam bém os recursos patrimoniais e o planejamento estratégico O seu curso de ação dependerá dos objetivos da organização e pode estar relacionado ao controle de qualidade processo de compras gerenciamento de estoques e processo produ UNICESUMAR UNIDADE 1 36 tivo Enfim aspectos específicos nos quais iremos nos aprofundar a partir das próximas unidades O importante aqui é que você pode correlacionar os assuntos para ter uma visão sistêmica e aprofundada e não apenas departamental algo muito comum dos anos 1980 Agora que já conhece um pouco das melhores práticas de gestão de mate riais certamente você alunoa estará aptoa para contribuir com uma gestão eficiente de administração de materiais no cotidiano da sua empresa indepen dentemente se é um empresário ou funcionário de uma organização pública ou privada Diante disso imagine quais serão os principais benefícios para os seus clientes ou públicoalvo com uma empresa bem organizada Então pense como a gestão de materiais pode ser um forte aliado e um grande diferencial frente aos concorrentes ou simplesmente para tornar os processos internos e externos mais eficientes 37 1 Indubitavelmente uma das mais importantes funções da administração de materiais está relacionada ao controle de níveis de estoques Lógica e racionalidade podem ser aplicadas com sucesso nas ações de resolução de problemas que afetam os es toques É notório que todas as organizações de transformação devem se preocupar com o controle de estoques visto que desempenham e afetam de maneira bem definida o resultado da empresa POZO H Administração de recursos materiais e patrimoniais uma abordagem logística São Paulo Atlas 2015 Em relação aos objetivos da gestão de estoques avalie as afirmativas abaixo I Garantir que os materiais estejam disponíveis no momento certo II Garantir o menor volume de estoque possível segundo as necessidades da empresa III Assegurar o menor custo possível com o gerenciamento dos estoques da em presa É correto o que se afirma em a I apenas b II apenas c III apenas d I e III apenas e I II e III 2 Logística é a nova filosofia que começa a ser utilizada aqui no Brasil pois só recen temente a administração de materiais passou efetivamente a integrála Essa relativa negligência com relação à área de materiais ocorreu provavelmente por duas razões Uma delas é a de que os custos da movimentação de materiais das firmas tendem a ser menores que os custos de distribuição sendo em média de 3 a 10 das vendas POZO H Administração de recursos materiais e patrimoniais uma abordagem logística São Paulo Atlas 2015 Sobre a gestão de materiais avalie a relação entre as afirmativas abaixo 38 I A gestão de materiais é um processo de gerenciamento de tudo aquilo que a empresa precisa para garantir o seu pleno funcionamento PORQUE II É uma área distinta da logística considerada com uma subárea da produção uma vez que realiza o controle e gestão dos materiais em estoques Em relação às afirmativas avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas a As asserções I e II são proposições verdadeiras mas a II não é uma justificativa correta da I b As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I c A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa d A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira e As asserções I e II são proposições falsas 3 A gestão de materiais em uma empresa possui um papel fundamental para garantir a disponibilidade de tudo aquilo que ela necessita para garantir a manutenção das suas atividades Nesse sentido aparecem as seguintes atividades gestão dos esto ques gestão dos centros de distribuição e a gestão das compras Sobre a gestão de estoques avalie as afirmativas abaixo I Examina os estoques para compreender quais são as necessidades de materiais da empresa II Indica quais são as quantidades que devem ser respostas e em qual prazo III Negocia as licitações e decide qual é o melhor momento para realizar determi nada compra É correto o que se afirma em a I apenas b II apenas c III apenas d I e II apenas e I II e III 2 Administração de Recursos Patrimoniais Me Adriano Aparecido de Oliveira Olá alunoa Nesta unidade aprenderemos como realizar a classifi cação dos bens patrimoniais Para controlar os recursos patrimoniais da empresa entenderemos como codificálos Também compreen deremos quais os principais aspectos relacionados à depreciação e à vida econômica de um recurso patrimonial E por fim estudaremos os aspectos que envolvem o tombamento supervisão controle patri monial e a realização de inventários Espero que esta seja uma leitura muito proveitosa UNIDADE 2 40 Recursos patrimoniais são instalações utilizadas no dia a dia de uma empresa pública ou privada Tal aparelhagem é adquirida de maneira esporádica ou seja somente quando necessário e pode contemplar ativos como prédios equipa mentos veículos e outros Dependendo do tamanho da empresa ela poderá reali zar novas compras ou até mesmo vender seus bens patrimoniais com frequência Nesse sentido toda empresa vai precisar de recursos patrimoniais para exercer as suas atividades Por exemplo uma indústria pode precisar de equipamentos como máquinas operatrizes caldeiras reatores ferramentas veículos etc Já uma empresa pública pode necessitar de mesas computadores edifícios instalações prediais entre outras possibilidades de acordo com cada realidade Como um empreendimento contempla recursos patrimoniais das mais variadas naturezas é necessário que haja planejamento e controle desses bens É possível portanto gerenciar os bens patrimoniais sem entender como é realizada a sua organização Dependendo das características da empresa os bens patrimoniais são classifi cados em equipamentos ou prédios terrenos e jazidas Os equipamentos são por exemplo as ferramentas necessárias para a empresa executar as atividades Os ati vos classificados como prédios terrenos e jazidas entram na categoria de edifícios O entendimento das mais diferentes classificações dos bens patrimoniais é importante para a compreensão por exemplo de que a organização para a aqui siçãocompra e manutenção de uma nova instalação é muito diferente do que adquirir novos equipamentos Ao comprar bens você lidará diretamente com os recursos financeiros da empresa Essa ação pode ser algo esporádico ou ainda algo muito específico que não pode conter erros como por exemplo a compra ou a construção de um novo prédio processo que envolve muitos detalhes os quais precisam ser cuidadosamente organizados para que a empresa não tenha problemas no futuro 41 Assim caroa aluno a nosso foco nesta unidade do livro será o tratamento dos bens patrimoniais que podem ser compreendidos portanto como instala ções prédios terrenos equipamentos e veículos da empresa Como no ciclo da administração de materiais os recursos patrimoniais têm o seu início na identi ficação de fornecedores passando pela compra do bem que será utilizado pela empresa e seu recebimento ou conferência ações que depois são sucedidas pelo gerenciamento do processo que envolve a sua conservação manutenção ou até mesmo alienação Agora olhe para a empresa em que você trabalha ou conhece Imagine como ela realiza todo esse ciclo de administração de recursos patrimoniais e lida com as suas particularidades Talvez você esteja pensando na complexidade e sendo assim na demanda de profissionais preparados e habilitados para lidar com o planejamento organização direção e controle de todas as atividades Nesse sen tido como você alunoa lidaria com esses desafios Os bens de uma empresa muitas vezes são conhecidos como recursos como por exemplo um veículo e eles podem ser utilizados na prestação de um serviço Portanto pense e anote no seu diário de bordo qual é o valor econômico e a impor tância desse bem da empresa como um recurso Reflita sobre os desafios que você terá que encarar para gerenciar todos os recursos patrimoniais de uma empresa UNICESUMAR UNIDADE 2 42 CLASSIFICAÇÃO DOS BENS Patrimônio é um conjunto de recursos que possuem um determinado valor econômico e pertencem a uma empresa ou até mesmo a uma pessoa física RECURSOS Capital Materiais Patrimoniais Humanos Tecnológicos Instalações Equipamentos Prédios terrenos Descrição da Imagem na parte superior temos um retângulo com a palavra recursos que direciona cinco setas paralelas para cinco quadros abaixo contemplando em cada quadro as seguintes palavras da esquerda para a direita Capital Materiais Patrimoniais Humanos e Tecnológicos O quadro dos recursos patrimoniais possui uma seta para baixo que se direciona para o quadro de Instalações O quadro de instalações possui duas setas para baixo que se direcionam para os quadros Equipamentos e Prédios e terrenos Figura 1 Recursos patrimoniais Fonte Cavalcante 2016 p 14 Os bens patrimoniais surgem em nossas conversas do dia a dia de diferentes for mas muito a depender da área em que o assunto está sendo abordado seja por engenheiros contadores gestores economistas ou advogados Não temos como pretensão neste livro discutir essas variações Martins e Alt 2009 explicam que os bens patrimoniais de acordo com as suas especificidades prazos de fabricação ou construção são classificados como prédios terrenos e jazidas Nesse contexto equipamentos são por exemplo os maquinários utilizados pela empresa Já no que tange à classificação de prédios e terrenos temos as instalações em geral Quando se trata de bem público as Normas Brasileiras de Contabilidade citadas por Cavalcante 2016 p 16 trazem a definição de 43 conjunto de bens e direitos tangíveis ou intangíveis onerados ou não adquiridos formados ou mantidos com recursos públicos inte grantes do patrimônio de qualquer entidade pública ou de uso comum que seja portador ou represente um fluxo de benefícios futuros ine rentes à prestação de serviços públicos CAVALCANTE 2016 p 16 Cavalcante 2016 explica que no âmbito da lei 4717 de 29 de junho de 1965 a definição de patrimônio público no seu primeiro artigo apresentase como um conjunto de bens e direitos dotados de valor econômico artístico estético histórico ou turístico que pertence à esfera pública de maneira direta ou indireta Caroa alunoa é importante destacar que na esfera pública os bens patrimoniais são tratados de forma mais complexa quando comparados aos de empresas privadas uma vez que possuem regulamentos bem específicos com deveres e obrigações dos servido res que fazem o seu uso na execução das suas atividades PENSANDO JUNTOS Martins e Alt 2009 bem como Cavalcante 2016 afirmam que os bens recebem várias denominações para podermos classificálos de acordo com a sua finalidade o que inclusive ajuda o gestor no processo que envolve o planejamento das princi pais atividades da empresa Vejamos portanto algumas das principais categorias Bens corpóreos são bens constituídos de matéria ou seja possuem na sua forma uma identificação material São palpáveis como um carro computador mesa entre outros Em contrapartida bens incorpóreos são os bens da empresa que não possuem matéria Tratamse de elementos intangíveis como marcas fórmulas etc mas que possuem valor patrimonial para a empresa Bens móveis são ferramentas ou equipamentos utilizados pelos funcioná rios da empresa na produção de produtos ou prestação de serviços como por exemplo carros computadores máquinas etc Os bens imóveis como o próprio nome sugere são bens estáticos como por exemplo terrenos prédios e jazidas Eles fazem parte portanto dos bens patrimoniais da empresa na produção de produtos ou prestação de serviços mas sem que haja movimentações Os bens tangíveis são os bens que podem ser tocados sentidos ou apalpados São também conhecidos como corpóreos sendo assim podem ser visualizados UNICESUMAR UNIDADE 2 44 facilmente Os bens intangíveis porém são bens que não podem ser tocados como por exemplo as marcas e patentes ou demais recursos visuais da empresa Bens fungíveis são classificados pela sua fungibilidade podendo ser subs tituídos por outro produto da mesma natureza quantidade ou até mesmo qua lidade conforme disposto na legislação pertinente Já os bens infungíveis são aqueles raros e que não podem ser substituídos como por exemplo uma obra prima de Leonardo da Vinci Podemos até conseguir uma obra igual mas jamais será a original que não poderá ser substituída e possui um valor inestimável para a História da humanidade Bens divisíveis podem ser divididos sem perder suas características prin cipais Às vezes um bem se torna indivisível pela vontade da parte proprietária outras vezes por determinação da lei como por exemplo um contrato em que a dívida pode ser divisível entre sócios ou não Em contrapartida os bens indi visíveis não podem ser divididos sem perder suas características iniciais Bens de capital tipicamente correspondem a uma classificação utilizada na gestão que abrange os bens que a empresa utiliza para produzir os bens de consumo ou seja aqui são utilizados equipamentos ou até mesmo instalações para a produção de outros bens como por exemplo bens de consumo Os bens de consumo são bens de consumo final 45 Bens duráveis são bens com duração acima de um ano ou seja possuem um ciclo de vida junto ao seu públicoalvo como uma televisão um computador ou um carro Os bens não duráveis são aqueles que não ultrapassam um período fiscal ou seja um ano Por fim temos ainda algumas classificações que não necessariamente pos suem uma contrapartida como os bens numerários que se apresentam na for ma de títulos ou dinheiro com liquidez imediata os bens semoventes que são constituídos por animais domésticos e os bens dominicais que pertencem ao poder público como as praças e as avenidas Como você pode observar caroa alunoa muitas são as variações das clas sificações dos bens patrimoniais de uma empresa cada uma dentro das suas peculiaridades Essas categorias são importantes e têm como propósito facilitar o processo posterior que é codificálos com um número de identificação e re gistro que facilite a sua localização quanto ao seu tipo uso finalidade data de aquisição propriedade e sequência de aquisição Acrescento ainda a necessidade de manutenção ou manutenção programada fator que é fundamental dentro das boas práticas de gestão POZO 2015 NOVAS DESCOBERTAS Título Administração patrimonial Autor Luis Felipe de Oliveira Cavalcante Editora Cengage Learning Sinopse Todo patrimônio necessita ser bem cuidado Isso envolve um critério apurado de administração de tudo o que pode ser considerado de fato patrimônio Mas afinal o que é patrimônio É o conjunto de bens dotados de valor econômico pertencente a uma pessoa física ou jurídica esse é um conceito bem objetivo E o que é administração Ou o ato de administrar Tratase de um questionamento cuja resposta pode alcançar liames um tanto quanto subjetivos Comentário O livro é excelente para todos os tipos de leitores apresentan do todo conceito de administração patrimonial e também aspectos relacio nados a sua prática por meio de exemplos Vale a pena realizar uma leitura proveitosa da obra UNICESUMAR UNIDADE 2 46 CODIFICAÇÃO Os ativos de uma empresa são gerenciados na maioria das vezes por uma uni dade organizacional denominada de controle do ativo fixo ou imobilizado Ba sicamente sua atribuição é registrar controlar e codificar os bens da empresa que são imobilizados e passíveis de depreciação O controle é realizado por meio de uma ficha de controle individual normalmente em um arquivo do sistema computadorizado no qual é registrada a data de aquisição código valor prazo de depreciação centro de custos localização entre outros MARTINS ALT 2009 Cavalcante 2016 explica que a codificação é uma representação das informa ções que são necessárias para identificar e catalogar por meio de gráficos letras e números de um determinado item por exemplo mesa cadeira computador etc A codificação dos recursos patrimoniais da empresa assim como os seus re cursos que são realizáveis como matériasprimas materiais auxiliares materiais de manutenção produtos em processo ou produtos acabados registrase com uma numeração que facilita seu processo de reconhecimento A identificação por códigos pode ser realizada pode meio de dois sistemas diferentes O primeiro deles usa um sistema alfanumérico e o outro simplesmente numérico O siste ma alfanumérico utiliza um código de letras e números para contemplar todas as possibilidades de identificação Esse procedimento é de difícil memorização sendo assim muito pouco utilizado conforme o modelo apresentado na Figura 2 POZO 2015 47 O sistema numérico de identificação é sem dúvidas o mais utilizado Com uma sequência numérica o ativo traz um código de barras que permite a leitura e controle do ativo da empresa Nas empresas públicas existem normas específicas para realizar a codificação MARTINS ALT 2009 Cavalcante 2016 pontua que para esse tipo de sistema de código de barras existem leitores que fazem a leitura completa do item e permitem identificar rapidamente as suas características No caso dos bens móveis os recursos pos suem ainda plaquetas metálicas fixadas com um código de barras que facilita o seu reconhecimento e identificação Portanto caroa alunoa observe os itens que estão codificados na empresa em que você trabalha Pode ser a sua mesa a cadeira o computador enfim qualquer recurso que você esteja utilizando neste exato momento ou quando estiver nas instalações da empresa Dígito de identifcação do item Digito de identifcação do grupo Dígito de identifcação da classe Dígito de controle Descrição da Imagem Na parte superior da esquerda para a direita temos a letra A com uma seta direcionada para o dígito de controle Na sequência as letras BC direcionam com uma seta para o dígito de identificação de classe Ao lado dessa combinação temos a numeração 201 com uma seta direcionada para dígito de identificação de grupos Em seguida temos ainda o número 010 com uma seta direcionada para o dígito de identificação do item Figura 2 Exemplos de código alfanumérico Fonte Pozo 2015 p 194 UNICESUMAR UNIDADE 2 48 O código de barras possui uma representação com caracteres numéricos que pode ser lido por um scanner com raio infravermelho quando direcionado di retamente no código Diferentemente do que a maioria das pessoas imagina quando o leitor realiza a leitura ele identifica os traços brancos e não as listras pretas Os raios infravermelhos interpretam e codificam para que o computador possa apresentar em dados informações que são importantes para a empresa no processo que envolve tomadas de decisão como por exemplo a manutenção troca ou a compra de um novo item CAVALCANTE 2016 LFCSOLUÇÕES Patrimônio 1223757981 Dígito Verifcador Número Sequencial Subgrupo do bem Grupo do bem Item do plano de contas Descrição da Imagem A imagem demonstra uma etiqueta retangular À esquerda há um perfurado circular pequeno na imagem e um logotipo como se fossem três quadrados sobrepostos com a identifi cação LFC SOLUÇÕES À direita há a palavra PATRIMÔNIO e abaixo dela um retângulo com a numeração 1223757981 De cada grupo de números da esquerda para a direita uma seta direcionada para baixo e virada para a direita indicando as características de Item do plano de contas Grupo do bem Subgrupo do bem Número Sequencial e Dígito Verificador Para finalizar há a imagem de um perfurado também circular à direita Figura 3 Etiqueta patrimonial com número serial Fonte Cavalcante 2016 p 23 49 LFCSOLUÇÕES Patrimônio Descrição da Imagem A imagem demonstra uma etiqueta retangular À esquerda há um perfurado circular pequeno na imagem e um logotipo como se fossem três quadrados sobrepostos com a identi ficação LFC SOLUÇÕES À direita há a palavra PATRIMÔNIO seguida por um código de barras diversos traços na vertical Abaixo vêse o número 7282610899287 e um perfurado também circular à direita Figura 4 Etiqueta patrimonial com código de barras Fonte Cavalcante 2016 p 24 NOVAS DESCOBERTAS No Brasil o órgão responsável pela organização emissão e controle dos códigos de barras é a Associação Brasileira de Automação GS1 Brasil Tratase de uma associação sem fins lucrativos que tem por objetivo implementar e disseminar padrões de identificação de pro dutos como o código de barras O padrão GS1 é utilizado em 150 países Antigamente conhecido por EAN o GS1 é gerado para cada produto de uma empresa Ele contém uma combinação de 13 dígitos em que os nove primeiros referemse ao fabricante os três seguintes compõem o número de referência do produto e o último é o dígito ve rificador Pode acontecer em alguns casos de o número de referência do produto variar de dois a cinco dígitos Para auxiliar na compreen são dos códigos de barra da GS1 convidolhe a acessar o QR code Fonte Cavalcante 2016 p 25 UNICESUMAR UNIDADE 2 50 Além das formas já citadas para a identificação dos recursos patrimoniais da empresa temos a possibilidade ainda do uso das etiquetas inteligentes RFID radio frequency identification Apesar de ainda muito pouco utilizadas pelas empresas essas etiquetas produzem sinais de rádio com informações que podem ser lidas de forma remota A etiqueta possui um transponder com um chip e uma antena que responde a sinais de rádios emitidos por uma base transmissora Como exemplo de seu uso podemos considerar um contêiner com recursos da empresa que está se aproximando de um porto do país No momento de sua chegada a conferência pode ocorrer sem a necessidade do contato visual ou seja não é necessário abrir o contêiner para conferir os produtos pois através do sistema de radiofrequência é possível identificar o item CAVALCANTE 2016 Descrição da Imagem A imagem mostra na palma de uma mão uma figura em formato quadrado representando uma etiqueta na cor azul com a parte central contendo um quadrado com traços mais largos em branco que se repetem por todo o quadrado com linhas mais finas Figura 5 Modelo de etiqueta RFID Para exemplificar a utilização dessa tecnologia podemos destacar um departa mento da empresa que possui computadores ou bens infungíveis Caso o equi pamento esteja dotado da etiqueta RFID ele pode responder remotamente que 51 está presente Caso não esteja presente o controle patrimonial da empresa poderá verificar o que ocorreu com o bem Muitas bibliotecas já possuem livros com esse tipo de etiqueta eletrônica em seus acervos Isso permite encontrar os livros rapidamente bem como qualquer outro tipo de material buscado que contenha a identificação por meio do sistema RFID Olá alunoa Neste episódio do podcast apresentaremos a importância da gestão patrimonial e como a tecnologia pode ser uma ferramenta importante nesse processo Venha comigo e ouça com atenção DEPRECIAÇÃO A depreciação de um bem da empresa ou recursos patrimoniais ocorre quando existe a perda de valor em função da sua utilização obsolescência ou deterio ração A depreciação de um bem é controlada pela Receita Federal por meio de instruções normativas que regulamentam a função do bem e a sua utilização diária Trataremos neste livro a respeito da depreciação do bem da empresa do ponto de vista fiscal e de sua utilização UNICESUMAR UNIDADE 2 52 BENS TAXA DE DEPRECIAÇÃO PRAZO Veículos de passageiros 20 ao ano 5 anos Veículos de carga 25 ao ano 4 anos Caminhões fora de estrada 25 ao ano 4 anos Motociclos 25 ao ano 4 anos Motores 10 ao ano 10 anos Móveis para escritório 10 ao ano 10 anos Aparelhos de fotocópia 10 ao ano 10 anos Máquinas de calcular 10 ao ano 10 anos Caixas registradoras 10 ao ano 10 anos Animais vivos 20 ao ano 5 anos Instalações 10 ao ano 10 anos Edificações 4 ao ano 25 anos Tabela 1 Vida útil de alguns grupos de bens Fonte Cavalcante 2016 p 71 Os bens possuem diferentes percentuais de depreciação e podem ser alterados por meio de instruções normativas da Receita Federal Para o controle da de preciação dos bens temos diferentes métodos e vamos demonstrar os dois mais utilizados o linear e a soma dos dois dígitos Lembrando que um especialista em contabilidade poderá sempre orientarlhe de forma mais eficiente No entanto é importante que enquanto gestores públicos e privados vocês carosas alu nosas entendam a sua aplicabilidade Segundo o artigo 25 da normativa nº 111996 da Secretaria da Receita Federal os bens depreciáveis são a Os bens móveis e imóveis utilizados no desempenho das atividades de contabilidade b Os bens imóveis utilizados como estabelecimento da administração 53 c os bens móveis utilizados nas atividades operacionais instalados em estabelecimento da empresa d os veículos do tipo caminhão caminhoneta de cabine simples ou utili tário utilizados no transporte de mercadorias e produtos adquiridos para revenda de matériaprima produtos intermediários e de embalagem apli cados na produção e os veículos do tipo caminhão caminhoneta de cabine simples ou utilitá rio as bicicletas e motocicletas utilizados pelos cobradores compradores e vendedores nas atividades de cobrança compra e venda f os veículos do tipo caminhão caminhoneta de cabine simples ou utili tário as bicicletas e motocicletas utilizados nas entregas de mercadorias e produtos vendidos g os veículos de transporte coletivo de empregados h os bens móveis e imóveis utilizados em pesquisa e desenvolvimento de produtos ou processos i os bens móveis e imóveis próprios locados pela pessoa jurídica que tenha a locação como objeto de sua atividade j os bens móveis e imóveis objeto de arrendamento mercantil nos termos da lei nº 6099 de 1974 pela pessoa jurídica arrendadora l os veículos utilizados na prestação de serviços de vigilância móvel pela pessoa jurídica que tenha por objeto essa espécie de atividade BRASIL 1996 Pozo 2015 explica que o método de depreciação permitido pela Receita Federal é o linear ou seja aquele em que o bem é depreciado em partes iguais durante o período da sua vida útil A vida útil de um bem depende da quantidade de horas que ele trabalha ou opera por dia Existem empresas que operam oito horas por dia outras 16 ou 24 horas Tudo dependerá das características do negócio Sendo assim podem ocorrer tempos de depreciação diferentes em empresas distintas Assim utilizado o método linear de depreciação sendo T o período de refe rência P o valor do bem VR o valor residual e N a vida útil segundo Martins e Alt 2009 podese calcular a depreciação da seguinte forma UNICESUMAR UNIDADE 2 54 Dt P VR N Para exemplificar o cálculo da depreciação de uma máquina com o valor contá bil de R 25000000 considerando a sua vida útil de dez anos imagine que seu valor residual é zero e que não consideramos os efeitos da correção monetária ou inflação Segundo a Tabela 2 ANO DEPRECIAÇÃO ANUAL DEPRECIAÇÃO ACUMULADA VALOR CONTÁBIL 1 R 2500000 R 2500000 R 22500000 2 R 2500000 R 5000000 R 20000000 3 R 2500000 R 7500000 R 17500000 4 R 2500000 R 10000000 R 15000000 5 R 2500000 R 12500000 R 12500000 6 R 2500000 R 15000000 R 10000000 7 R 2500000 R 17500000 R 7500000 8 R 2500000 R 20000000 R 5000000 9 R 2500000 R 22500000 R 2500000 10 R 2500000 R 25000000 R 000 Tabela 2 Exemplo de depreciação Fonte Cavalcante 2016 p 73 Assim como demonstra a Tabela 2 a depreciação tornase linear e constante dei xando mais simples a verificação de seu antes e depois Existem técnicas na con tabilidade para ajustar a diferença entre o valor residual e o valor considerado de mercado sendo esse conceito foco de outras disciplinas CAVALCANTE 2016 Outro método utilizado é o de depreciação pela soma dos dois dígitos A principal característica desse critério é o valor de depreciação maior no início da vida útil do bem que vai diminuindo até chegar a um valor residual igual a zero Esse método é mais complexo que o linear por isso não é utilizado pela Receita Federal CAVALCANTE 2016 55 Fórmula DnNt1Sd x valor inicial valor residual N é a vida útil do bem T o ano P o preço inicial VR o valor residual e Sd a soma dos dígitos Para ficar mais claro veja o exemplo detalhado por Caval cante 2016 p 74 Uma máquina possui um valor contábil de R 25000000 e a sua vida útil será de dez anos O valor residual é zero por isso não calcularemos também os efeitos sobre a correção monetária ou inflação 1º passo P R 12000000 S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 1º ano N1 N t 1 10 1 1 10 Usando a fórmula Dt NdS x P VR então D1 1055 x 250000 0 R 4545454 O valor depreciado no primeiro ano será o de R 4545454 uma quan tia bem acima da depreciação linear no mesmo período Quadro 1 Exemplo da fórmula dos dois dígitos Fonte adaptado de Cavalcante 2016 p 74 O valor depreciado no primeiro ano será o de R 4545454 uma quantia bem acima da depreciação linear no mesmo período ANO DEPRECIAÇÃO ANUAL DEPRECIAÇÃO ACUMULADA VALOR CONTÁBIL 1 R 4545454 R 4545454 R20454546 2 R4090909 R8636364 R16363636 3 R 3636364 R 12272273 R 12727273 4 R 3181818 R 15454545 R 9545455 5 R 2727273 R 18181818 R 6818182 6 R 2272727 R 20454545 R 4545455 7 R 1818182 R 22227227 R 2727273 8 R 1363636 R 23636364 R 1363636 9 R 909091 R 245454 55 R 454545 10 454545 R 25000000 R 000 Tabela 3 Método da soma dos dígitos valor do bem R 25000000 Fonte Cavalcante 2016 p 73 UNICESUMAR UNIDADE 2 56 VIDA ECONÔMICA DE UM RECURSO PATRIMONIAL A vida econômica de um bem é o período equivalente ao custo de possuílo e operálo Os bens de uma empresa como equipamentos e instalações ao longo dos anos vão se desgastando em razão da sua utilização necessitando cada vez mais de atividades de manutenção Assim é natural que os custos operacionais desses bens aumentem no decorrer dos anos Consequentemente em razão dos desgastes o valor de venda desses bens tendem a diminuir Assim chega um momento em que não é mais interessante para a empresa mantêlos afinal eles alcançaram sua vida econômica MARTINS ALT 2009 Assim a vida útil de um bem é o período de tempo que o bem pode exercer as atividades que se espera dele O tempo de vida útil dependerá da maneira como o bem é utilizado pela empresa É natural que os bens da empresa sofram com os desgastes de utilização e com o tempo no que diz respeito às suas características físicas ou até mesmo tecnologia como é o caso por exemplo dos computadores e demais periféricos Assim com o passar do tempo a produção desses equipa mentos se comparados com outros mais atuais acabam produzindo menos o que impõe às empresas a busca por equipamentos mais evoluídos e com outras tecnologias embarcadas para continuar mantendo a eficiência em suas atividades rotineiras Não há como comparar por exemplo a eficiência de um computador de lá dos anos 2000 com a das máquinas atuais mais modernas e com alta ca pacidade de processamento mesmo que tais equipamentos passassem por uma manutenção ou atualização Nesse sentido chega um momento em que será muito mais vantajoso para a empresa substituir o bem pois os custos de sua manutenção estão elevados compensando a aquisição de um produto novo que ofereça gastos menores com paralisações ou manutenções Para fins de cálculos utilizase a seguinte fórmula segundo Pozo 2015 COA CAB P CAO CAO Custo anual de operação COA Custo operacional acumulado 57 CAB Custo de aquisição do bem P Período no qual se verifica seu custo Para esclarecer o processo Pozo 2015 p197 traz o seguinte exemplo Uma máquina que custou R 20000000 para uma empresa está operando por 16 anos e tem um custo anual de manutenção e operação de R 1000000 desde seu primeiro ano A cada ano seguinte é acrescido a esse valor a quantia de R 200000 a cada ano o valor de R 2000 é somado ao acréscimo do ano anterior no terceiro ano temos R 2000 R 2000 14000 no quarto ano R 2000 R 4000 anterior 16000 e assim por diante Essa empresa deseja saber qual é a vida econômica da máquina considerando uma economia sem inflação Utilizando a fórmula sabemos que no primeiro ano o custo anual de operação foi de CAO1 20000000 1000000 1 R 21000000 No segundo terceiro quarto e anos seguintes sucessivamente o CAO foi CAO2 20000000 2200000 2 R 11100000 CAO3 20000000 3600000 3 R 8533322 CAO4 20000000 5200000 4 R 7866667 CAO5 20000000 7000000 5 R 5400000 CAO6 20000000 9000000 6 R 4833333 CAO7 20000000 11200000 7 R 4457143 CAO8 20000000 13600000 8 R 4200000 CAO9 20000000 16200000 9 R 4022222 CAO10 20000000 19000000 10 R 3900000 CAO11 20000000 22000000 11 R 3818118 UNICESUMAR UNIDADE 2 58 CAO12 20000000 25200000 12 R 3766666 CAO13 20000000 28600000 13 R 3738462 CAO14 20000000 32200000 14 R 3728571 CAO15 20000000 36000000 15 R 3733333 CAO16 20000000 40000000 16 R 3750000 Quadro 2 Exemplo de cálculo da vida econômica Fonte Pozo 2015 p 197 No exemplo citado por Pozo 2015 na Tabela 3 a vida econômica do bem será até o décimo quarto ano portanto sua vida útil teria exatos quatorze anos valor mínimo de operação Depois desse período é muito mais vantajoso para a empresa comprar uma máquina nova pois os gastos com manutenção seriam muito altos É importante destacar que nesse exemplo não considera mos a inflação o que não ocorre na vida real afinal os produtos estão sempre sujeitos a um aumento nos preços mesmo que às vezes muito baixos ou até a outras variações de mercado 59 TOMBAMENTO SUPERVISÃO E CONTROLE PATRIMONIAL Os bens de uma empresa necessitam todos de controle e supervisão para serem preservados Assim existem muitos processos necessários para que a gestão dos ativos da empresa seja realizada de forma eficiente A eficiência do controle sobre o patrimônio da empresa é necessária para que os registros sejam todos atuali zados de forma constante apontando a entrada atualização movimentação e a saída dos itens O tombamento é segundo Cavalcante 2016 uma espécie de formalização e inclusão dos bens No processo é atribuído ao bem um número de tombamento e marcação no sistema de controle patrimonial Os dados e as informações do tombamento devem ser inseridos também no balanço patrimonial da empresa em um plano de conta de acordo com a sua finalidade A inserção via sistema será realizada por meio do valor do registro que é aquele constante na incor poração do bem No processo de tombamento é realizada a identificação de cada bem de for ma permanente recebendo um número que é gerado para o registro patrimonial da empresa Esse registro é conhecido como número do tombamento É impor tante destacar que existem bens da empresa que são praticamente impossíveis de serem identificados em função das suas características pois a colocação das plaquetas identificadoras tornase muito ineficiente como é o caso por exemplo dos celulares corporativos CAVALCANTE 2016 Dependendo do seu nível de conhecimento caroa alunoa você deve estar se perguntando o tombamento não seria para algo transformado em patrimônio público e oficial e que possui um regime especial Na verdade esse tipo de tom bamento é algo relacionado a um tipo de bem que possui valor histórico artístico ou cultural e que seja reconhecido por um órgão que seja competente para tal ato O decreto nº 25 de 30 de novembro de 1937 em seu artigo primeiro es tabelece que UNICESUMAR UNIDADE 2 60 Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público quer por sua vinculação a fatos memoráveis da História do Brasil quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico bibliográfico ou artístico BRASIL 1937 O processo de tombamento pode ser solicitado por uma pessoa em particular ou pela administração pública conforme dispõe o artigo 6º do decreto nº 25 de 30 de novembro de 1937 e que são inscritos no livro do tombo sendo eles 1 no Livro do Tombo Arqueológico Etnográfico e Paisagístico as coisas pertencentes às categorias de arte arqueológica etnográ fica ameríndia e popular e bem assim as mencionadas no 2º do citado art 1º 2 no Livro do Tombo Histórico as coisas de interesse histórico e as obras de arte histórica 3 no Livro do Tombo das Belas Artes as coisas de arte erudita nacional ou estrangeira 4 no Livro do Tombo das Artes Aplicadas as obras que se incluírem na categoria das artes aplicadas nacionais ou estrangeiras BRASIL 1937 No Brasil no âmbito cultural temos vários exemplos de tombamentos os quais são in clusive patrimônios da humanidade São eles Ouro Preto MG Centro Histórico de Olin da PE Ruínas de São Miguel das Missões RS Centro Histórico de Salvador BA Santuá rio do Bom Jesus de Matosinhos MG Brasília DF Parque Nacional da Serra da Capivara PI Centro Histórico de São Luís MA além de inúmeros outros PENSANDO JUNTOS Nas empresas os bens são marcados com uma plaqueta de identificação no bem patrimonial ou por meio de uma etiqueta adesiva código de barras ou qualquer outra forma de preferência da empresa As plaquetas de identificação podem ser feitas de alumínio aço plástico ou papel O tipo de material escolhido é muito 61 importante no controle dos bens para garantir que não haja desgastes que im pactem futuramente na identificação do item Cavalcante 2016 cita alguns tipos de materiais utilizados na produção de tais plaquetas Um deles é o alumínio o mais utilizado pelas empresas e cuja principal vantagem é o seu custobenefício Ele possui entretanto baixa flexibi lidade em determinadas situações extremas O aço é outro exemplo Tratase de um material que produz plaquetas mais resistentes Seu custo é mais alto e em determinados locais não pode ser utilizado O plástico também é outra opção de baixo custo Apesar de ser muito flexível apresenta no entanto baixa resistência Após a incorporação do bem patrimonial a fixação do tipo de plaqueta no modelo escolhido pela empresa deve ocorrer no momento em que a equipe pa trimonial realiza o tombamento Assim Cavalcante 2016 explica alguns pro cedimentos que devem ser adotados no momento do registro dos bens da em presa como a fixação que deve ser realizada em local que facilite a visualização principalmente quando a identificação for realizada pela leitura óptica Segundo o autor o cenário ideal é a fixação de maneira frontal Para facilitar a leitura e pos sibilitar maior durabilidade é importante evitar locais que possuam curvaturas É importante também escolher um local em que se tenha adesão das plaquetas e evitar locais externos que possam influenciar a durabilidade das placas Além disso a fixação deve ser completa não apenas nos lados ou extremidades e ela deve ser realizada em lugar em que não haja nenhuma outra informação Outro aspecto importante na gestão patrimonial é o controle Os procedi mentos de controle físico contemplam as ações realizadas pelo departamento de controle patrimonial com o objetivo de ter o monitoramento e para verificar a real localização de cada bem assim como o seu estado de conservação Todos os bens da empresa necessitam de acompanhamento do seu estado físico uma ati vidade que deve ser contínua no ambiente das organizações Esse procedimento ajuda a monitorar melhor os aspectos financeiros da empresa prevendo inclusive a necessidade de manutenção ou troca de equipamentos Cavalcante 2016 apresenta três tipos de controles O controle de locali zação tem como objetivo realizar a conferência do devido registro no cadastro patrimonial bem como saber exatamente onde está localizado o bem da empresa Nesse tipo de monitoramento qualquer divergência encontrada deve ser corri gida de forma imediata O controle de conservação basicamente é o acom panhamento do bem por meio da verificação de sua integridade processo pelo UNICESUMAR UNIDADE 2 62 qual podem ser estabelecidas políticas para que haja a sua correta manutenção Esse tipo de acompanhamento é realizado juntamente aos inventários realiza dos pelo departamento patrimonial cujos detalhes conheceremos mais à frente Os bens da empresa podem apresentar as seguintes características de conser vação o bem novo apresenta características ideais de conservação contendo os aspectos fundamentais para a sua utilização o bem bom contém boa forma de utilização o bem ocioso é aquele que não está sendo usado pela empresa e que precisa de um direcionamento o bem recuperável é aquele que pode ser utilizado de uma outra forma ou em uma outra área o bem antieconômico é aquele que está gerando custos desnecessários para a empresa ele pode ser substituído ou passar por uma manutenção quando este último for o caso e irrecuperável é o bem cuja vida útil terminou e ele não apresenta mais as características ideais de uso A partir das premissas analisadas anteriormente é necessário registrar e manter atualizado o sistema de monitoramento dos bens É também importante verificar regularmente as condições de uso desses bens contemplando aspectos como análise de como o bem está sendo utilizado considerando todas as suas especificidades controle na utilização e finalidade mantendo o cuidado com as normas de utilização considerando o manual técnico do fabricante para operar o bem e análise da compatibilidade entre o uso e a finalidade do bem 63 INVENTÁRIO O inventário contempla a contagem dos bens e estoques Caso exista alguma diferença entre os bens e os registros de controle da empresa é necessário que sejam realizados os ajustes conforme recomendações contábeis e tributárias Nas instituições públicas existe uma comissão de inventário que é composta por no mínimo três servidores os quais anualmente realizam o levantamento dos bens e estoques Outros funcionários ou até mesmo prestadores de serviços podem participar da comissão de inventários mediante a supervisão do presidente da comissão responsável pelas atividades Segundo Cavalcante 2016 a comissão de inventário possui competência para realizar processos administrativos que se iniciam por meio da solicitação ao responsável da empresa dos controles e documentos necessários para a realização do inventário Em seguida são solicitados os recursos necessários para que a comissão de inventários realize as atividades designadas São também realizados os relatórios gerenciais para informar a situação de cada item patrimonial assim como o seu estado de conservação e a necessidade de eventuais descartes Além disso é necessário fazer o registro das falhas e a comunicação aos superiores imediatos para que sejam apuradas as falhas no inventário realizado É impor tante ainda identificar os bens da empresa que não possuem registro para que os itens sejam regularizados e as providências cabíveis sejam tomadas assim como é necessário solicitar o acesso aos departamentos da empresa para que seja viabilizado o levantamento do inventário UNICESUMAR UNIDADE 2 64 Ao final do inventário os responsáveis pela comissão deverão elaborar e apre sentar o relatório de inventário anual contendo de maneira detalhada todas as irregularidades e outros aspectos importantes para análise O relatório deve rá contemplar ainda uma lista analítica com os bens patrimoniais da empresa trazendo um resumo com os valores para o registro contábil do exercício Os relatórios deverão possuir os registros com os responsáveis por sua elaboração assim como as depreciações correções monetárias valorizações obsolescência ou perda de valores etc Após a realização do inventário talvez seja necessário realizar alguma baixa patrimonial na qual um determinado bem da empresa por algum motivo justi ficado não figura mais entre os bens da organização Cavalcante 2016 apresenta alguns tipos de baixas como veremos a seguir No término de cessão de uso a baixa patrimonial é realizada quando um determinado bem foi utilizado pela empresa e precisa ser devolvido a terceiros ou a proprietários A devolução deverá ocorrer por meio contratual ou algum documento que venha registrar a baixa nos bens da empresa Na devolução de bens em comodato quando o contrato ou acordo de co modato é encerrado é necessário dar a baixa dos bens do contrato de comodato Se for renovado é necessária a inclusão dos bens É bem comum por exemplo que fornecedores das empresas realizem o comodato de produtos para a empresa como expositores ferramentas e outros itens Quando erros de tombamento ocorrerem ou quando um bem é tombado de forma errada o departamento responsável deverá proceder com os devidos ajus tes para fins de registro patrimonial Existem situações em que a empresa realiza a doação do seu bem para uma outra empresa setor ou filial sendo assim é ne cessário realizar a baixa patrimonial para que o procedimento fique devidamente registrado Pode ocorrer também nas empresas a perda do bem patrimonial ou extravio sendo necessário neste caso avisar as autoridades competentes e o setor da empresa que realiza o controle patrimonial para que seja dada a baixa no bem No caso não apenas de uma perda e sim de um roubo ou seja ação seguida de furto é necessário realizar a comunicação para as autoridades e em seguida a baixa patrimonial Quando ocorrer também o sinistro do bem patrimonial é necessário primei ramente identificar quais foram as causas comunicar as autoridades acionar o 65 seguro para em seguida dar a baixa no produto como por exemplo um aciden te de carro em que o bem é irrecuperável ou seja não é passível de conserto Se um bem não estiver mais em suas condições plena de uso ou seja não está mais disponível ele se torna um bem inservível Nesse caso também será necessário realizar a baixa patrimonial por meio do departamento responsável Muitas empresas realizam a troca de um bem por outro como por exem plo a permuta de um equipamento ou recurso Nessa situação é necessário dar baixa e entrada patrimonial e em seguida realizar os devidos registros Em al gumas situações erros podem ocorrer Se um bem for incorporado de forma in correta por exemplo será necessário realizar a baixa patrimonial com o registro em um tipo de documento específico Algumas empresas se desfazem dos seus equipamentos ou recursos patrimoniais por meio de leilão ou venda direta Nesse caso no setor público será necessário observar as regras e procedimentos con templados na Lei de Licitação Existe também a baixa de animais que também podem sim ser considerados bens da empresa Nesse caso o procedimento é o mesmo usado para os bens móveis Caroa aluno a você pode perceber o quão importante é ter um planeja mento para o gerenciamento dos recursos patrimoniais de uma empresa afinal eles sempre precisarão de acompanhamento manutenção ou até mesmo subs tituição Para que isso possa ocorrer é necessário ter controle e compreender o processo A gestão patrimonial de uma empresa é fundamental para controlar os recursos Com um bom gerenciamento é mais fácil controlar a durabilidade dos itens e monitorar o patrimônio da empresa Porém muitos gestores não realizam qualquer tipo de controle seguindo muitas vezes a sua intuição principalmente nos casos em que esse procedimento nunca não havia sido realizado na empresa Então como tudo na vida tem um começo você precisa iniciar esse moni toramento por meio da implementação de um sistema de controle patrimonial que permita realizar todos os registros Em seguida seria importante realizar o inventário para registro e identificação dos itens da empresa A partir dos regis tros você enquanto gestora terá acesso às informações necessárias para avaliar os ativos existentes atualizar valores e manter a organizaçãocontrole patrimonial da sua empresa Por fim você precisará conciliar o físico e o contábil para os devidos registros de ordem legal UNICESUMAR 66 1 Cada empresa possui as suas especificidades Não importa o segmento de atuação Porém independentemente da área de atuação todas terão um elemento em co mum que é o conjunto de bens patrimoniais Assim cada empresa precisa fazer a classificação dos seus bens para o seu controle financeiro e organização Considerando algumas classificações dos bens das empresas avalie as afirmativas abaixo I Bens corpóreos Os bens de uma empresa quando constituídos de matéria são denominados bens corpóreos ou seja eles possuem na sua forma uma identificação material sendo palpáveis como um carro computador ou mesa II Bem incorpóreos Em contrapartida os bens incorpóreos são aqueles que não possuem matéria ou seja são intangíveis como marcas fórmulas III Bens móveis São os equipamentos ou ferramentas utilizados pelos funcionários da empresa por exemplo carros computadores máquinas etc IV Bens imóveis os bens imóveis como o próprio nome sugere são bens estáticos por exemplo terrenos prédios e jazidas É correto o que se afirma em a I apenas b I e II apenas c II e III apenas d III e IV apenas e I II III e IV 2 Os bens patrimoniais das empresas são as suas principais atividades as quais pos suem uma finalidade específica e colaboram para o funcionamento da empresa ou seja para a execução das suas rotinas de trabalho Os bens patrimoniais são itens que contemplam o patrimônio da empresa para determinar a sua condição real de utilização Considerando os recursos patrimoniais avalie as afirmativas abaixo I Capital financeiro e recursos em espécie II Instalações terrenos e jazidas III Recursos humanos IV Recursos materiais 67 É correto o que se afirma em a II apenas b I e II apenas c II e III apenas d III e IV apenas e I II III e IV 3 Um dos processos mais importantes da gestão dos bens patrimoniais de qualquer empresa está diretamente ligado ao registro de todos os seus bens assim como a descrição de cada item e a sua real localização Assim é natural que pelo menos uma vez por ano toda empresa faça o levantamento dos seus bens patrimoniais para registro e controle Considerando o processo supracitado assinale a alternativa correta a É necessário realizar o controle mensal dos estoques da empresa b É necessário realizar anualmente o inventário da empresa c É necessário realizar o controle das necessidades da empresa d É importante se desfazer rapidamente dos recursos obsoletos MEU ESPAÇO 3 Aquisição de Recursos Materiais e Patrimoniais Me Adriano Aparecido de Oliveira Olá aluno nesta unidade abordaremos quais são as principais eta pas do processo de compras assim como a sua função na gestão de materiais Trabalharemos também com os modelos de parceria ou contratos de fornecimento Também abordaremos uma nova forma de compra conhecida como Eprocurement E por fim compreende remos quais são as principais etapas de uma licitação ou processo de compras na esfera pública Aproveite a sua jornada bons estudos UNIDADE 3 70 Quando trabalhamos com a gestão de recursos materiais e patri moniais a gestão de aquisições mais conhecida como função de compras detém um papel fundamental nos negócios muito em função do volume de recursos financeiros envolvidos deixando para trás aquela visão que a área de compras é somente uma ati vidade burocrática e rotineira como um centro que cuida das despesas da empresa e não um centro de lucros Superada essa visão muito dos anos noventa como a área de compras nas em presas públicas ou privadas podem assumir um papel que seja verdadeiramente estratégico nos negócios Os gastos com as compras de matériaprima na indústria seja para produzir um projeto ou outras vezes até mesmo pres tar um serviço podem variar entre 50 a 80 das receitas brutas da empresa Diante desses percentuais é simples até de perceber que pequenos ganhos nas compras podem representar mais lu cros para as empresas ou se pensarmos nas empresas públicas melhor utilização dos recursos públicos Por isso a área nas em presas passou por uma grande revolução nos últimos anos pas sando por um processo de reestruturação no qual as empresas adotaram novos modelos de compras novas tecnologias e um relacionamento mais próximo e colaborativo com fornecedores evidenciando ainda mais a importância estratégica das pessoas que trabalham nessa área De forma estratégica podemos perceber que a área de com pras possui uma interface direta com a manutenção dos níveis de estoques das empresas embora grandes volumes de estoques possam representar mais segurança para o processo produtivo do ponto de vista financeiro isto representa um custo exagerado com manutenção dos estoques Esse alto custo é proveniente de despesas com o espaço dedicado custo do estoque recursos hu manos e demais controle Por outro lado na minha experiência com compras e estoques posso dizer também para você alunoa que baixos volumes de estoques podem fazer com que a empresa venha trabalhar em um ambiente arriscado Qualquer detalhe por menor que de fato 71 seja pode acabar prejudicando a empresa e parar a produção e a consequência direta disso certamente será um custo maior e clientes insatisfeitos Portanto caroa aluno a equalizar os interesses de ambos os lados não é uma tarefa das mais fáceis mas você terá que colocar as mãos na massa para identificar quais são os níveis de segurança para a empresa atuar Faça um exercício de reflexão planejando o que você faria para equalizar os interesses entre os que defendem grandes volumes de estoques e os que defendem baixo volume de estoques Diante da importância da área de compras para as empresas quais estratégias as empresas podem adotar para reduzir os seus custos e ganhar competitividade no mercado Anote em seu Diário de Bordo UNICESUMAR UNIDADE 3 72 FUNÇÃO COMPRAS As empresas dificilmente dominam a cadeia de fornecimento de suprimentos por completo mesmo quando elas produzem matériaprima para a própria linha de produção precisarão de materiais de outras empresas para poder ter um fluxo de atividades que venha cumprir o seu propósito de existência ou seja produzir um produto ou serviço de interesse da sociedade ou de seus clientes Assim caroa alunoa entra em cena a área de compras nas empresas com foco em garantir que as mais diferentes áreas da empresa estejam abastecidas com os recursos materiais e patrimoniais que são necessários para desempenhar as suas atividades reduzir os custos e manter a lucratividade da empresa Para você ter uma ideia mais clara da importância da gestão de compras na lucratividade de uma empresa veremos um exemplo citado por Gonçalves 2020 Imagine uma empresa com faturamento anual de 100 milhões de reais O custo total dessas vendas foi de R 95 milhões dos quais R 50 milhões foram direta mente relacionados à compra de matériasprimas O processo de compra e venda possibilita um lucro de R 5 milhões para a empresa ou uma margem de lucro de 5 sobre as vendas Certo Agora vamos imaginar o outro lado da história A mesma empresa trabalha com R 10 milhões de estoque em ativos totais de R 50 milhões Ao calcular o giro do ativo a conclusão é que ele gira duas vezes ao ano Certo Ou seja metade dos 100 milhões de reais descritos anteriormente Com o lucro descrito podemos concluir que o retorno sobre os ativos é de 10 o dobro do seu valor ao ano pois o estoque é girado duas vezes para atingir um giro de R 100 milhões Observamos então os resultados considerando uma situação hipotética em que a negociação permite um desconto de 6 sobre o valor total de compra da empresa ou seja uma redução de R 3 milhões no valor de aquisi ção Com isso o lucro dessa compra passou de R 5 milhões para R 8 milhões aumentando a margem de lucro sobre as vendas de 5 para 8 Portanto se antes tínhamos um estoque de R 10 milhões agora são de R 94 milhões Esta redução impactou nos ativos embora as vendas tenham permane cido em R 100 milhões Considerando que a margem de lucro aumentou de 5 para 8 devido ao bom fornecimento de materiais o estoque aumentou 22 por ano levando a concluir que a produtividade aumentou para 1619 Tratase de um aumento significativo que só ocorreu devido à boa negociação com os fornece dores GONÇALVES 2020 A figura a seguir demonstra este processo completo Figura 1Imapact das negociações de compras no retorno dos ativos Fonte Gonçalves 2020 p 25 O exemplo apresentado mostra com exatidão a importância da área de compras para as empresas obviamente que tudo dependerá dos objetivos estratégicos da organização assim como das suas próprias especificidades pois em se tratando de compras elas nem sempre operam da mesma maneira Portanto não existe uma fórmula mágica para resolver os problemas da empresa mas boas práticas que podem ser adotadas e operacionalizadas em todos os níveis de uma empresa Os objetivos da área de compras precisam necessariamente estar alinhados com a política estratégica da empresa como um todo com o propósito de garantir o melhor atendimento das demandas internas e também externas em termos de recursos materiais e patrimoniais Este tipo de preocupação torna a função de compras extremamente importante principalmente no que tange a utilização de tecnologias que cada vez mais são sofisticadas As estratégias de gestão de compras dos recursos materiais e patrimoniais de uma empresa está diretamente ligada aos seus objetivos organizacionais Desta forma uma empresa que atua por exemplo no varejo o foco estará na compra e na venda de mercadorias diferente de uma empresa industrial que compra matériaprima agrega valor e posteriormente vende o produto diretamente para o consumidor ou intermediários MARTINS ALT 2009 COMPRAS COMPRAS DE RECURSOS MATERIAIS COMPRAS DE RECURSOS PATRIMONIAIS Figura 2 Classificação das compras Fonte Martins e Alt 2009 p 87 75 Todas as empresas no cumprimento dos seus objetivos precisam atuar em siner gia com todos os departamentos e seus processos Esta interação precisa ocorrer da forma mais eficiente possível para que os esforços de diferentes áreas se so mem Assim a área de compras precisará atuar intensamente com outros depar tamentos da empresa recebendo e enviando informações que sejam importantes para o processo de tomada de decisão O quadro a seguir apresenta este tipo de interação quando as principais informações são recebidas e enviadas pela área de compras em contato com os outros departamentos que normalmente existem nas empresas MARTINS ALT 2009 JURÍDICO Entradas contratos assinados pareceres sobre o pro cesso de compra assessoria jurídica Saídas solicitações de pareceres informações de cam po sobre fornecedores INFORMÁTICA Entradas informações sobre novas tecnologias asses soria na utilização de EDI email intranets extranets software de compras Saídas informações sobre fornecedores cópias de solicitações de compras e pedidos de compra cópia de contratos de fornecimento de serviços MARKETING E VENDAS Entrada condições do mercado de compradores no vos concorrentes novos produtos novas tecnologias de produtos e processos Saídas custos de promoções condições de mercado fornecedor CONTABILIDADE E FINANÇAS QUALIDADE Entradas custos das compras disponibilidade de caixa assessoria nas negociações sobre condições de pagamento Saídas orçamento de compras compromissos de pa gamentos custos dos itens comprados informações para subsidiar estudos da relação benefícios sobre custos UNICESUMAR UNIDADE 3 76 ENGENHARIA DE PRODUTOS E PROCESSOS Entradas especificações de novos materiais produ tos a serem pesquisados e comprados solicitações de levantamentos preliminares sobre fornecedores e preços Saídas informações sobre fornecedores preços e condições de fornecimentos FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO Entradas necessidades de materiais eou componen tes do processo produtivo informações sobre estoque disponível Saída prazo de entrega dos pedidos recebimentos previstos JURÍDICO Entradas contratos assinados pareceres sobre o pro cesso de compra assessoria jurídica Saídas solicitações de pareceres informações de cam po sobre fornecedores QUALIDADE Entradas informações sobre qualidade especificações de produtos a serem comprados Saídas histórico sobre qualidade dos fornecimentos Quadro 1 Interface do Departamento de Compras com as Outras Áreas da Empresa Fonte adaptado de Martins e Alt 2009 Olá alunoa nesta unidade explicaremos como ocorre o processo de compras em um modelo tradicional Então clique no link disponível e ouça tudo com muita atenção 77 PROCESSO DE COMPRAS O processo de compras costuma ser uma atividade cíclica e repetitiva pois contempla um conjunto de etapas que necessariamente precisam ser cum pridas cada uma no seu tempo etapa após etapa Se torna uma atividade repetitiva pois o ciclo é acionado sempre que é necessário adquirir algum material O ressuprimento ocorre repetitivamente de acordo com as neces sidades da empresa entretanto sempre se aperfeiçoando para se tornar um processo mais eficiente CHIAVENATO 2014 O processo de compras considerando um modelo genérico e tradicional ocorre em pelo menos cinco etapas segundo Chiavenato 2014 análise de ordens de compras recebidas pesquisa de fornecedores negociação com o for necedor acompanhamento do pedido e o controle do recebimento Veremos detalhadamente cada uma das fases A primeira etapa de um processo de compras inicia com o recebimento das ordens de compras ou a partir da programação de materiais da empresa O departamento responsável pelas compras realiza uma análise das ordens rece bidas para compreender todas as suas especificidades e seus requisitos Quando as compras dos materiais são recorrentes o departamento de compras já recebe uma lista na qual consta o fornecedor indicado e as quantidades necessárias CHIAVENATO 2014 Ainda na primeira etapa o departamento de compras organiza suas atividades de forma a atender às ordens de compras recebidas de diferentes departamentos A fim de agilizar as compras futuras todas as compras e cotações ficam registradas em um banco de dados Este histórico permitirá mais rapidez em futuras compras ou negociações UNICESUMAR UNIDADE 3 78 Segundo o mesmo autor a segunda etapa do ciclo de compras é o levantamento dos fornecedores empresa que fornece materiais insumos etc Dificilmente uma empresa não precisará de fornecedores mesmo que domine boa parte da cadeia de suprimento Isso faz com que a empresa dependa de outros fornece dores para exercer as suas atividades seja ela uma indústria varejo prestadora de serviço seja uma empresa pública por exemplo O departamento de compras deverá ter um registro com diversos fornecedores cadastrados contendo todas as condições de cada um como tempo de entrega quantidade preço caracterís ticas do produto e uma avaliação conhecida em muitas empresas como o score do fornecedor Este tipo de cadastro facilita as cotações e as compras futuras inclusive permitindo uma avaliação do mercado fornecedor para cada tipo de material utilizado a fim de comparar com as necessidades da empresa Essa se gunda etapa portanto pode ser dividida em duas partes distintas pesquisa e a seleção de fornecedores Na pesquisa de fornecedores o departamento de compras buscará possíveis fornecedores para os materiais que são requisitados pela empresa Este tipo de pesquisa é realizado por meio da verificação de fornecedores que já possuem cadastro com a empresa Muitas vezes os próprios fornecedores são quem pro curam as empresas por meio dos seus representantes comerciais para se quali ficarem para possíveis consultas Existem situações em que a empresa precisará de fornecedores ainda des conhecidos para a empresa e assim será necessário avaliar os fornecedores de forma cuidadosa antes de ir para o processo de negociação Costumo sempre dizer para meusminhas alunosa que a relação com fornecedores é como um casamento precisa ser bom para ambos os lados e ser pautado em muita confian ça pois a partir do momento em que não for para um dos lados a relação pode ficar estremecida e comprometer o atendimento das necessidades da empresa como tempo de entrega a quantidade a frequência a qualidade etc No âmbito público o processo de compras é longo e demorado em função do processo licitatório Qualquer problema no recebimento deste produto compromete o cumprimento dos serviços destinados à população como compra de materiais hospitalares materiais escolares além de outros Sendo assim utilizaremos um modelo estruturado por Martins e Alt 2009 que permite avaliar um fornecedor antes de qualquer negociação 79 Ponderações Peso relativo Produto Custo 10 Qualidade 14 Embalagem 7 Garantia 4 SERVIÇOS Pontualidade na entrega 10 Presteza no atendimento 5 Cortesia no relacionamento 2 Qualidade na expedição e transporte 3 Assistência pósvenda 5 ENGENHARIA Pesquisa 2 Grau de inovação 9 Flexibilidade 4 INSTALAÇÕES Equipamentos 9 Prédios 3 Adequação e layout 3 ADMINISTRAÇÃO FINANÇAS Relações humanas 5 Relacionamento comercial 3 Capacidade financeira 2 Quadro 2 Critério de Avaliação Fonte Martins e Alt 2009 p 140 UNICESUMAR UNIDADE 3 80 Critérios de avaliação 1 Ruim 2 Regular 3 Bom 4 Excelente Multipliquese então para cada item a nota obtida em cada quesito com o seu peso conforme o Quadro 2 Ponderações Peso relativo 4 3 2 1 Produto Custo 10 X Qualidade 14 X Embalagem 7 X Garantia 4 X SERVIÇOS Pontualidade na entrega 10 X Presteza no atendimento 5 X Cortesia no rela cionamento 2 X Qualidade na expedição e transporte 3 X Assistência pós venda 5 X ENGENHARIA Pesquisa 2 X Grau de inovação 9 X 81 Flexibilidade 4 X INSTALAÇÕES Equipamentos 9 X Prédios 3 X Adequação e layout 3 X ADMINISTRAÇÃO FINANÇAS Relações humanas 5 X Relacionamento comercial 3 X Capacidade financeira 2 X TOTAL 301 Quadro 3 Avaliação dos quesitos Fonte Martins e Alt 2009 p 140 Aceitável como fornecedor Acima de 350 pontos Segunda chance após melhorias 300349 pontos Incapaz 0299 pontos Quadro 4 Pontuação que os fornecedores devem alcançar Fonte Martins e Alt 2009 p 140 Observação Os critérios estabelecidos para análise dos fornecedores foram ela borados pelos autores o que poderá ser alterado de acordo com as especificidades do negócio ou grau de importância dos critérios citados A seleção de fornecedores pelo comprador ocorrerá com aquele que melhor se enquadra nos requisitos da empresa Neste tipo de seleção você poderá escolher o fornecedor por meio de diferentes critérios como uma análise geral como demons trados nos quadros anteriores poderá observar critérios específicos como preço qualidade tempo condições de pagamento descontos etc Em um modelo de com pras tradicional o preço costuma ser o critério mais utilizado pelas empresas UNICESUMAR UNIDADE 3 82 Após a definição do fornecedor ideal para a empresa entra em cena a terceira etapa do processo de compras a negociação Neste momento o departamento de compras passa da negociação a compras dos materiais solicitados nas con dições ideais para a empresa ou seja de acordo com as suas necessidades Este professor que escreve já executou esse processo de compras centenas de vezes e a decisão de compra ocorreu por diversos motivos diferentes como preço mais baixo tempo de entrega quantidade mínima qualidade do material etc Então na escolha do fornecedor não existe uma fórmula mágica será necessário ana lisar as necessidades do momento portanto é um processo que também precisa ter flexibilidade Assim a negociação é importante neste processo para que seja feita a emissão do pedido de compra junto ao fornecedor que foi escolhido Após a negociação a quarta etapa do processo de compras envolve o acom panhamento do pedido Assim o departamento de compras precisa garantir que a entrega dos materiais comprados e negociados sejam feitos dentro dos critérios estabelecidos O acompanhamento deve ser realizado por meio de contato com o fornecedor a fim de garantir que tudo ocorra sem eventualidades Muitas em presas principalmente de grande porte executam esse processo dentro de um conceito conhecido como Followup que significa seguir acompanhar agendar etc Este acompanhamento é importante para que a empresa consiga evitar ante cipadamente possíveis problemas ou surpresas podendo gerenciar por exemplo problemas com atrasos das entregas CHIAVENATO 2014 A quinta etapa do processo é quando o departamento de compras faz o recebimento dos materiais comprados Nesta fase será necessário realizar uma conferência e uma inspeção para verificar se todos os materiais recebidos estão em conformidade com o pedido negociado e realizado Confirmado os requisitos do material recebido o departamento de compras aciona o almoxarifado da empresa para receber o material a Análise das OC recebidas Quais Materiais Quais Qualidades Prazos de entrega b Localização e seleção dos fornecedores Quais os fornecedores Quais os preços e condições c Negociação com os fornecedores Quais os preços Quais as condiçõesQualidadePrazos Emissão do PC d Acompanhamento do pedido Como o fornecedor está processando o pedido e Controle do recebimento do material comprado O material está de acordo com o pedido Figura 3 As cinco etapas do ciclo de compras Fonte Chiavenato 2014 p 99 UNIDADE 3 84 É importante destacar que no âmbito dos recursos patrimoniais podemos ter a compra de prédios terrenos e jazidas A organização do processo de compras para este tipo de recurso é muito diferente por exemplo do que a compra de equipamentos ou recursos materiais Este processo envolve também aspectos documentais e regulatórios portanto não será objeto de estudo neste momento Como você alunoa pode ter observado em sua leitura até agora a área de compras precisa de um intenso contato com outras áreas da empresa assim como com os fornecedores fazendo a mediação entre os interesses da empresa com os fornecedores Contudo é necessário destacar que o processo descrito nas cinco fases contempla um modelo de compras tradicional e existem visões mais modernas e abrangentes e um tanto complexas cujos fornecedores se tornam verdadeiros parceiros da empresa que veremos logo mais adiante O sistema do caixeiro viajante consiste no fato de o vendedor ir visitar os clientes in loco e verificar se tem alguma mercadoria faltando para o cliente para que ele possa fazer o pedido A falta de mercadoria neste caso é identificada pelo vendedor caixeiro viajante Atualmente com a revolução nos meios de compras este sistema está praticamente desaparecendo PENSANDO JUNTOS SISTEMA DE COMPRAS COM CONTRATOS DE FORNECIMENTOS OU PARCERIAS Nos últimos anos o sistema de compras e suprimentos de mercadorias trouxe novas abordagens uma verdadeira revolução que vem sendo introduzida no âmbito global No modo tradicional as empresas tinham os fornecedores quase como um adversário ou seja existia sempre uma disputa entre quem conseguia fechar a compra com as melhores condições ou seja quase sempre existia um poder de barganha de um dos lados Na verdade também existia a ideia retrógrada de que um fornecedor estava sempre buscando levar vanta gem em cima do cliente ou seja quase sempre malintencionado buscando sempre a maior margem de lucro Para garantir que a empresa não seja prejudicada uma forma comum de evitar ser prejudicada por um fornecedor a empresa busca sempre realizar várias 85 cotações com diferentes fornecedores e tomava muito cuidado no momento de receber as mercadorias para evitar problemas futuros Assim podese dizer que as relações clientefornecedor eram quase sempre de curto prazo ocorrendo quase sempre o mínimo contato possível Talvez você alunoa esteja pensando que isso ainda ocorra na empresa em que você trabalhe mas estas situações estão se tornando cada vez mais raras Atualmente o cliente empresa tem buscado desenvolver uma relação com o for necedor pautado no clima de confiança para que ambos possam sair ganhando Neste tipo de relação temos então as famosas parcerias desta forma o fornecedor passa também a exercer um papel de destaque no projeto do pro duto analisando melhorias que podem ser implementadas nos processos do seu cliente de tal forma que isto venha representar mais qualidade menores preços além de outras vantagens Em contrapartida o fornecedor recebe um contrato de fornecimento durante toda a vida útil do produto Assim um depende do outro Existem casos em que inclusive os fornecedores mudam toda a sua instalação para perto do seu cliente isto para melhor atendêlo Assim a relação passa a ser planejada com o foco no longo prazo MARTINS ALT 2009 Assim quando uma relação de compras alcançar este grau de maturidade e evolução a partir de parcerias essa relação ganha o nome de Comarkeship É importante explicar que este tipo de relacionamento entre cliente e fornecedor não é algo que acontece do dia para a noite pois requer um tempo de amadure cimento até que seja estabelecido um elo de capacidade do cliente e de confiança no fornecedor Neste modelo de compras o cliente buscará quase sempre uma atuação em aspectos que possam de fato representar vantagens competitivas portanto não podemos romantizar o termo e achar que tudo ocorre de forma natural pois existe sempre também o jogo de interesse de ambos os lados Por isso a relação terá que ser pautada no sistema ganhaganha sendo bom para ambos os lados a todo momento Desta forma assim como o cliente avaliará os fornecedores para estabelecer este tipo de relação o fornecedor também realizará a contrapartida para chegar à fase de negociação de uma parceria que seja bom para ambos MARTINS ALT 2009 Este tipo de relacionamento passará por pelo menos quatro fases diferentes segundo Martins e Alt 2009 sendo elas UNICESUMAR UNIDADE 3 86 Abordagem convencional primeiro são analisados os preços Nesta fase ambas as partes se enxergam como adversários e quem for o mais forte nesta relação vai impor as primeiras condições da negociação Melhoria na qualidade primeiro é analisada a qualidade do produto É o começo de uma relação de longo prazo com o início de uma confiança mú tua É natural que neste processo aconteça uma redução do número de fornecedores ficando apenas aquelas que possuem os requisitos mínimos Integração operacional nesta fase ocorre o controle dos processos con siderando a capacidade de cada um Aqui surge uma participação mais efetiva do fornecedor nas decisões que envolvem o projeto do cliente realizando investimentos em pesquisa e desenvolvimento Integração estratégica nesta etapa já temos a parceria nos negócios Os processos são gerenciados de forma conjunta incluindo todos os des dobramentos necessários Paralelamente ao desenvolvimento da parceria estratégica e de certa forma co laborativa começa também a negociação de um contrato com um escopo de fornecimento mais amplo O contrato materializará a integração existente entre cliente e fornecedor inclusive podendo ocorrer entre eles a exclusividade no fornecimento durante o ciclo de vida do produto inclusive com a forma de co municação que poderá ser utilizada como Eletronic data interchange EDI Com o avanço das novas tecnologias muitas formas de comprar têm surgido de maneira totalmente automatizada As empresas atualmente realizam compras de fornecedores ao nível mundial fazendo com que o processo tenha que buscar o máximo de eficiência possível principalmente quando existe o relacionamento pautado nas parcerias entre fornecedor e cliente Um dos sistemas que mais cresce atualmente utilizando uma tecnologia embarcada para otimizar as compras é o EDI sendo um tipo de tecnologia para envio e recebimento de dados eletronicamente Utilizando um computador co nectado à internet e com um software específico para comunicação o sistema da empresa é conectado diretamente ao fornecedor Os pedidos de compras como também outros documentos são enviados e recebidos de forma eletrônica sem a necessidade de manusear nenhum tipo de papel A figura a seguir mostra o esquema e o funcionamento do sistema EDI MARTINS ALT 2009 87 Nesta forma de comunicação as informações se movem de um sistema compu tacional da empresa para outra organização Os padrões de EDI definem a ordem das informações e a localização em um modelo de documento Com esse sistema automatizado as informações podem ser transmitidas e recebidas rapidamen te em vez de dias e horas que seriam necessários por meio de outros métodos Atualmente os mercados utilizam o sistema EDI para compartilhar uma varie dade muito grande de documentos Em boa parte dos casos essas empresas são verdadeiras parceiras comerciais que trocam mercadorias constantemente por meio das suas cadeias de abastecimentos A empresa global Saint Gobain explica a partir da implantação do sistema EDI que a empresa passou a economizar cerca de 92 com os pedidos sendo realizados online e agora os documentos são recebidos e enviados 24 horas por dia todos os dias da semana em processos de compras que antes eram realizados de maneira manual IBM 2023 Segundo dados da IBM 2023 uma das maiores empresas que fornece este tipo de tecnologia no mercado o EDI será um dos principais recursos tecnológicos na troca de documentos e que oferecerá suporte às inovações que estão surgindo como por exemplo internet das coisas blockchain e a inteligência artificial Descrição da Imagem a imagem é um esquema que se inicia à direita com um quadrado identificado como Sistema de compras do cliente Do lado direito desse quadrado sai uma seta horizontal que aponta para um quadrado menor identificado como Converte informação do pedido de compra para o formato ANSL X12 Da parte de cima desse quadrado sai uma seta diagonal que aponta para a inscrição Satélite Rede de comunicação da parte de baixo dessa inscrição sai uma seta diagonal que aponta para um quadrado do mesmo tamanho do anterior identificado como Converte informação do pedido de compra do formato ANSLX12 do lado direito desse quadrado sai uma seta horizontal que aponta para um quadrado maior identificado como Sistema de entrada ordens de compras fornecedor Figura 4 Esquema de Funcionamento do EDI Fonte adaptada de Martins e Alt 2009 UNICESUMAR UNIDADE 3 88 Assim a IBM 2023 explica que os sensores de internet das coisas que estão incorporados aos produtos poderão melhorar e muito a visibilidade das condições dos produtos em tempo real Já no que tange a tecnologia Blockchain os fluxos de informações serão sustentados pelo sistema para resolver de forma rápida os transtornos ou até mesmo resolver os conflitos Na inteligência ar tificial será possível monitorar as informações em tempo real as remessas para identificação não conformidades Comprar ou vender um produto ou material é uma atividade básica para qualquer tipo de empresa Na era medieval o sistema predominante que resultava na troca de mer cadoria era o escambo que posteriormente evoluiu para o pagamento em moedas Atualmente já existe um grande número de empresas que utilizam formas eletrônicas para realizar suas compras e vendas Esse formato de compras por exemplo ajuda a empresa a reduzir consideravelmente os seus custos dando muito mais agilidade ao processo Viva a modernidade PENSANDO JUNTOS 89 NOVAS PRÁTICAS EPROCUREMENT No contexto atual em que vivemos dispensa até de certa forma mais detalhes sobre como a tecnologia se tornou importante para as empresas Digo mais de talhes porque de importante a tecnologia passou a ser essencial e no que tange a compras isto não poderia ser diferente Softwares para todos os tipos de processos estão presentes nas empresas Entre os mais utilizados temos por exemplo o ERP Enterprise Resource Planning que realiza a integração de todas as áreas da empresa produzindo relatórios instantâneos para o processo de tomada de decisão As empresas abandonaram o modo analógico para atuarem de forma quase que totalmente digital nos seus processos tendo mais performance e eficiência econômica Atualmente o comércio eletrônico atua com o compartilhamento de informações do negócio em tempo real realizando muitas transações por minu to utilizando muitos recursos tecnológicos Assim é neste contexto que segundo Gonçalves 2020 surgiu o Eprocurement que pode ser compreendido como um processo de negócio onde compradores e vendedores realizam transações comerciais de compra e venda Esse processo funciona totalmente pela internet e em alguns casos conta com o apoio de intermediários que auxiliam no fluxo de informações entre comprador e vendedor Esses intermediários são importantes para realizar as cotações de compras junto aos fornecedores em vez de a própria empresa ficar buscando fornecedores para realizar este procedimento de compra Em muitos casos os intermediários realizam todo o atendimento por meio de portais virtuais operando sistemas que podem ser acessados de qualquer lu gar pela internet sendo assim um serviço online que atua no modelo Bs2 Bu siness to Business Assim eprocurement é um tipo de serviço que apresenta soluções para que as empresas consigam reduzir os seus custos em transações de compras de materiais e serviços pois este processo passa a ser gerenciado por um portal na internet GONÇALVES 2020 Assim nestes sistemas é possível por exemplo comprar produtos e serviços como materiais de informática escritório produtos alimentícios materiais de manutenção recorrente entre outros com muito mais agilidade Este procedi mento adotado por muitas empresas reduz a burocracia de uma negociação pois permite que seja realizada a cotação com fornecedores de forma automati zada inclusive com o suporte do sistema ERP GONÇALVES 2020 UNICESUMAR UNIDADE 3 90 O processo de implantação do eprocurement demandará muitos esforços como a realização de um estudo detalhado do processo que envolve as compras da empresa e mapeando todas as suas especificidades Além disso também será necessário que os fornecedores possam aderir ao modelo de compras viabili zando a possibilidade de realizar compras em modalidades totalmente online Tudo isto com o suporte de ferramentas tecnológicas como a integração com sistema de gestão integrada ERP eliminando uma série de tarefas repetitivas e que não agregam valor ao processo possibilitando mais eficiência operacional GONÇALVES 2020 NOVAS DESCOBERTAS Título Administração de Materiais Autor Paulo Sérgio Gonçalves Editora Atlas Sinopse Administração de Materiais na prática Com base em mo dernas técnicas de gestão Paulo Sérgio Gonçalves aborda três áreas críticas de atuação de Administração de Materiais gestão dos estoques administra ção de compras e gestão de centros de distribuição Comentário este livro possui muitos exemplos práticos e é um dos meus prefe ridos pois aborda o conteúdo de forma muito didática e de fácil entendimento LICITAÇÕES Quando a área de comprassuprimentos de uma empresa pública ou privada define a quantidade que será adquirida diante das necessidades de assegurar o fluxo de produção ou prestação de serviço caberá ao departamento realizar a solicitação dos materiais necessários à luz da solicitação dos clientes internos Em boa parte dos casos este tipo de solicitação ocorre por meio de uma requisição de compras enviada por uma área específica da empresa com prazos quantidades e tempo de entrega GONÇALVES 2020 Com essas informações em mãos caberá ao departamento de compras rea lizar a solicitação Para isso será necessário utilizar o cadastro de fornecedores e 91 então buscar o fornecedor escolhido considerando aquele que possui os requi sitos necessários Sendo assim quando recebidas as propostas dos fornecedores especialmente no caso das licitações o processo deverá conter certas formalidades NOVAS DESCOBERTAS Caroa alunoa as compras públicas devem seguir uma série de nor mas e procedimentos previstos em lei Não é nossa intenção trabalhar os aspectos jurídicos mas destacar os principais aspectos elencados na lei Sempre é importante buscar o apoio da área jurídica no setor público que possui a expertise necessária para dar andamento às ações de compras na esfera pública o que exige também atualiza ções constantes Por isso convido você a acessar o QR Code e conhe cer a Lei 86661993 que estabelece muitas especificidades para as compras públicas Na Administração pública os procedimentos que envolvem a licitação de compras são contemplados na Lei 8666 BRASIL 1993 online que trata das regras e normas Assim caberá à área de compras analisar os orçamentos e buscar aquela que melhor apresenta algumas condições que podem estar relacionadas a preço a prazo de pagamento a descontos a seguros e a fretes embalagens etcGONÇALVES 2020 Assim de acordo com Brasil 1993 online a Lei 8666 estabelece que normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras serviços inclusive de publicidade compras alienações e locações no âmbito dos Poderes da União dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios Além disso segundo o mesmo autor em um parágrafo único do mesmo artigo de lei é estabelecido que Subordinamse ao regime desta Lei além dos órgãos da administra ção direta os fundos especiais as autarquias as fundações públicas as empresas públicas as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União Estados Distrito Federal e Municípios BRASIL 1993 online UNICESUMAR UNIDADE 3 92 Assim a Lei 8666 BRASIL 1993 online estabelece algumas modalidades de licitação concorrência tomada de preço carta convite leilão concurso e pregão Esta última modalidade foi regulamentada pela Lei 10520 BRASIL 2002 on line Assim na esfera pública para escolher a modalidade de compras deverá obedecer a pelo menos dois critérios a qualitativo a modalidade será escolhida em função das características do objetivo b critérios quantitativos essa moda lidade será definida em função do valor CARTA CONVITE A lei define como modalidade de licitação entre interessados em domínio relevante para a sua matéria inscritos ou não sele cionados e convidados por pelo menos 3 três direitos que o estabelecerão em local adequado cópia do convite à apre sentação de propostas e alargoando a outras pessoas inscritas no respectivo curso que manifestem o seu interesse 24 horas antes da apresentação da proposta TOMADA DE PREÇO Tratase de uma modalidade de licitação entre interessados inscritos válidos ou que reúnam todas as condições necessárias para inscrição até ao terceiro dia anterior à data de recessão da proposta CONCORRÊNCIA Tratase de um tipo de licitação entre todos os interessados que demonstrem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no anúncio público da sua realização Prestase à adju dicação de contratos de obras serviços e compras de qualquer valor Além disso como regra geral é obrigatório para a compra e a venda de bens públicos para a transmissão de direitos reais de uso para licitações internacionais para a execução de servi ços públicos e contratos de parceria públicoprivada CONCURSO Um método de licitação entre todos os interessados para selecionar uma obra técnica científica ou artística mediante a organização de um prêmio ou remuneração para o vencedor de acordo com os critérios constantes do anúncio público na imprensa oficial LEILÃO Tratase de uma licitação entre todos os interessados para venda ao maior lance igual ou superior ao valor do bem Quadro 5 Modalidades de licitação Fonte adaptado de Sebrae 2017 93 A Lei 8666 BRASIL1993 online estabelece ainda alguns critérios de ava liação e julgamento da licitação exceto para concurso segundo os seus tipos descritos no Quadro 5 TIPO DESCRIÇÃO Menor Preço O vencedor será o licitante com o lance mais baixo entre os licitantes conside rados elegíveis A classificação será em ordem crescente do preço oferecido Melhor Técnica As características técnicas das propostas serão avaliadas Técnica e Preço O vencedor será determinado de acordo com critérios técnicos e valores contidos na proposta Maior Lance ou Oferta O vencedor será o licitante com maior oferta entre os licitantes qualificados A classificação será em ordem decrescente dos preços oferecidos Quadro 6 Modalidades de licitação Fonte adaptado de Sebrae 2017 Segundo o Sebrae 2017 as modalidades de concorrência a tomada de preço e o convite possuem uma hierarquia considerando a complexidade dos pro cedimentos e nos contratos a serem celebrados principalmente no que tange aos valores que são envolvidos Sendo assim a concorrência é a modalidade mais complexa de licitação posteriormente a tomada de preço e por último o convite sendo esta última a mais simples modalidade de licitação utilizada especialmente em contratos de menor valor Ainda de acordo com o Sebrae 2017 estas modalidades são utilizadas para contratos de obras públicas prestação de serviços à administração e compras de bens Importante ainda destacar quando a compra for de valores menores existe ainda a possibilidade de a compra dispensar licitação situação esta pre vista nos incisos I e II do artigo 24 Segundo o Manual de Licitação e Contratos do Tribunal de Contas da União BRASIL 2010 p142 na fase interna do procedimento de licitação será obser vada a seguinte sequência de atos preparatórios UNICESUMAR Manual de Licitações e Contratos do Tribunal de Contas da União TCU 2018 p142 1 SOLICITAÇÃO quando o órgão ou entidade governamental formaliza a necessidade 2 APROVAÇÃO com manifestação do órgão que consente e autoriza o procedimento licitatório 3 ATRIBUIÇÃO do poder de proceder à realização 4 ELABORAÇÃO da documentação básica de licitação e dos termos de referência 5 ELABORAÇÃO do projeto básico de solução escolhida para o objeto da licitação 6 ELABORAÇÃO do termo de referência e parâmetros para contratar 7 ESTIMATIVA do valor do objeto considerando a pesquisa de preços 8 INDICAÇÃO dos sujeitos com responsabilidade para executar o processo 9 VERIFICAÇÃO da adequaçãopertinência da proposta em relação ao objeto solicitado 10 ELABORAÇÃO do edital que conterá a necessidade de execução do objeto licitado 11 DEFINIÇÃO da modalidade e da número de licitações a serem realizadas 12 DETALHAMENTO que justifica a escolha do segmento ou quando for caso 13 PARECER jurídico que atesta os seus trâmites 95 Desta forma caroa alunoa chegou o momento de colocar em prática o conteúdo compreendido nesta unidade do livro afinal o processo de compras está presente em todos os tipos de organizações sejam elas públicas sejam pri vadas O que diferenciará o processo será a natureza do negócio pois em uma empresa privada existe todo um processo de negociação e compra com um pouco mais de flexibilidade Entretanto na esfera pública como vimos nesta unidade existe uma série de procedimentos que obrigatoriamente precisam ser adotados para que o processo seja válido Então vamos lá Chegou aquele momento que você precisa analisar se o contexto prático no processo de com pras que você atua segue estes padrões de compras se não o que poder ser implementado ou melhorado na empresa em que você trabalha Como você organizaria o planejamento de compras em uma empresa de pequeno médio ou grande porte caso fosse delegado a você esta tarefa Descrição da Imagem a imagem é composta por um círculo central que contém o texto Manual de Licitação e Contratos do Tribunal de Contas da União dois mil e dezoito página cento e quarenta e dois A partir deste círculo central há uma série de círculos conectados por linhas que representam as etapas envolvidas no pro cesso de licitação e contratação A primeira etapa é a solicitação expressa do setor requisitante interessado com indicação de sua necessidade conectada ao círculo central por uma linha Em seguida há o círculo da aprovação da autoridade competente para início do processo licitatório devidamente motivada e analisada sob a ótica da oportunidade conveniência e relevância para o interesse público Este círculo está conectado ao primeiro círculo por uma linha O terceiro círculo é o da autuação do processo correspondente que deverá ser protocolizado e numerado Ele está conectado ao segundo círculo por uma linha A partir deste círculo há uma sequência de círculos contemplando as próximas etapas todos conectados por linhas que representam as próximas etapas do processo de licitação e contratação Esses círculos são Quarto Elaboração da especi ficação do objeto de forma precisa clara e sucinta com base em projeto básico ou em termo de referência apresentado quinto elaboração de projeto básico prévio e obrigatório nas licitações para contratação de obras e serviços em caso de concorrência tomada de preços e convite sexto elaboração de termo de refe rência prévio e obrigatório nas licitações para contratação de bens e serviços comuns em caso de pregão sétima estimativa do valor da contratação por comprovada pesquisa de mercado em pelo menos três fornecedores do ramo correspondente ao objeto da licitação oitavo indicação dos recursos orçamentários para fazer face à despesa nono verificação da adequação orçamentária e financeira em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal quando for o caso décimo elaboração de projeto executivo que pode ser concomitante com a realização da obra ou do serviço décimo primeiro definição da modalidade e do tipo de licitação a serem adotados décimo segundo edital ou convite e respectivos anexos quando for o caso parecer jurídico sobre o edital e seus anexos parecer jurídico sobre o edital e seus anexos Cada um desses círculos está conectado ao círculo anterior por uma linha culminando com o décimo terceiro círculo que representa o parecer jurídico final sobre o edital e seus anexos Em conjunto esses círculos representam um processo de realização de licitações e contratos no âmbito do Tribunal de Contas da União Figura 5 Manual de licitação e Contratos Fonte Brasil 2010 p142 UNICESUMAR 96 1 As compras de materiais em uma empresa pública ou privada são fundamentais para garantir o pleno funcionamento das atividades A falta de material pode acarretar uma paralisação das atividades Em contrapartida materiais em excesso podem gerar custos desnecessários para a empresa Assim todas as empresas precisam ter um processo de compras Sendo assim considerando os processos de compras avalie as afirmativas a seguir I Análise de ordens de compras recebidas ou seja aquilo que precisa ser de fato comprado II Pesquisa de fornecedores que se enquadrem nas necessidades da empresa III Negociação com o fornecedor os pedidos de compras considerando preço prazo e demais condições IV Acompanhamento do pedido realizado para verificar se estão dentro do prazo e requisito estabelecidos V Controle do recebimento para a conferência daquilo que foi solicitado É correto o que se afirma em a I e II apenas b II e III apenas c III e IV apenas d I II e III apenas e I II III IV e V 2 No processo de compras muitas empresas adotam um modelo pautado pela par ceria e colaboração entre empresa e fornecedor Este modelo de compras divide a responsabilidade entre todos os integrantes do processo mas só funciona de fato se tiver um sistema que facilite a troca de informações Muitas empresas utilizam o sistema Eletronic data interchange EDI para esta finalidade Sobre o sistema EDI avalie as asserções seguintes I Nesta forma de comunicação as informações se movem de um sistema compu tacional da empresa para outra organização PORQUE II A troca de informações em tempo real entre empresa e fornecedor dá muito mais agilidade e confiabilidade ao processo agrega valor e reduz os custos 97 Em relação às afirmativas avalie a relação proposta entre elas a As asserções I e II são proposições verdadeiras mas a II não é justificativa correta da I b As asserções I e II são proposições verdadeiras a II é justificativa correta da I c A asserção I é proposição verdadeira e a II é proposição falsa d A asserção I é proposição falsa e a II é proposição verdadeira e As asserções I e II são proposições falsas 3 O processo de compras em uma empresa pública é um pouco mais complexo do que nas empresas privadas isto porque existe uma série de normas e regras que precisam ser seguidas dando origem ao processo licitatório para compras dos ma teriais que são necessários para as repartições públicas Assim na esfera pública para escolher a modalidade de compras deverá obedecer a alguns critérios Avalie as afirmativas a seguir I A modalidade de compra será escolhida em função do objetivo da compra II A modalidade de compra será escolhida em função do preço de compra III A modalidade de compra dependerá se é um produto ou serviço que será comprado É correto o que se afirma em a I apenas b II apenas c III apenas d I e II apenas e I II e III MEU ESPAÇO 4 Administração de Estoques Me Adriano Aparecido de Oliveira O foco neste momento será na formação dos estoques de materiais Assim nós vamos estudar qual é a importância e os tipos dos esto ques Iremos ainda abordar o dimensionamento e os custos de esto ques assim como os aspectos que envolvem estoques mais elevados e estoques mais baixo UNIDADE 4 100 O estudo dos estoques nas empresas é tão antigo quanto os estudos da própria ad ministração Seja qual for o tipo de empresa pública ou privada estoques sempre serão um ponto de atenção dos gestores Na indústria ou comércio os estoques de materiais possuem um papel fundamental no gerenciamento das atividades da empresa afinal se faltar matériaprima a indústria pode sofrer com paralisa ções se faltar produto no comércio os clientes buscarão outras opções Na esfera pública se faltar algum tipo de estoque de material então a situação fica até mais complicada em função da complexidade que é o processo de compras por meio de uma licitação por exemplo Assim as empresas utilizam no contexto atual o estoque como um recurso estratégico e competitivo Neste sentido meu caro alunoa como as empresas podem obter vantagens por meio dos estoques tendo o máximo de retorno sobre o valor investido sem comprometer o atendimento das suas necessidades de materiais A função de compras começa a partir da identificação das necessidades da empresa e posteriormente a seleção dos fornecedores para atender aos requisi tos referentes a prazos quantidade e qualidade Após o processo de compras temos a partir daqui a geração de estoques daquilo que foi comprado seja de matériaprima ou até dos produtos produzidos a partir dos materiais Veremos mais adiante os diferentes tipos de estoques Mas o fato é que os estoques existem em razão de alguns fatores por exemplo atender às demandas dos clientes da empresa dando suporte às estratégias mercadológicas para concretizar as vendas ganhar economia de escala principalmente quando um produto é fabricado em grandes quantidades proteger a empresa contra mudanças não previstas no pla nejamento da empresa proteger a empresa em relação a demandas inconstantes e dar proteção quanto à contingência Afinal por mais que uma empresa tenha planejamento em relação aos estoques tudo pode ocorrer como vimos durante a pandemia com início em 2020 com muitos materiais faltando e indústrias sendo paralisadas por falta de estoques 101 Talvez você alunoa esteja pensando que a pandemia de 2020 foi uma si tuação apenas de momento mas não na minha experiência tanto na indústria quanto no varejo isto acaba ocorrendo até com certa frequência por exemplo se acontecer aumento súbito na demanda toda a cadeia pode ser comprometida se esta demanda não estiver prevista pela empresa Inúmeras vezes na indústria eu tive problemas com a compra de materiais que teoricamente não deveria estar em falta naquele momento mas em função de situações não previstas acabou acon tecendo e comprometendo o atendimento dos clientes da empresa Mas o ponto principal que eu quero que você alunoa saiba é que é necessário ter um plano de contingência ou plano B em mente para situações como o relatado portanto faça uma lista de ações que você enquanto gestora faria caso ocorresse uma interrupção no fornecimento de materiais do seu fornecedor comprometendo a necessidade de estoques Anote no seu diário de bordo Assim estimadoa alunoa o que as empresas podem fazer para definir um nível de segurança para os seus estoques Mas antes disso saiba que para um problema complexo sempre vai existir em nossa mente uma solução re lativamente simples e fácil porém completamente errada Portanto reflita com mais profundidade pois a resposta não será fácil e muitos menos simples UNICESUMAR UNIDADE 4 102 IMPORTÂNCIA DOS ESTOQUES Os estoques são compostos de matériaprima estoques em processo produtos acabados ou semiacabados em trânsito em consignação materiais diretos e indiretos Manter estoques em volumes elevados é interessante para as empresas princi palmente as que possuem um sistema produtivo A contra partida disto é que os estoques representam um investimento financeiro muito alto Entretanto os estoques contemplam um ativo circulante que é importante para que a empresa possa produzir e vender sem riscos de paralisações Assim os esto ques representam uma forma de investimento de recursos da empresa que representa uma parcela considerável dos ativos totais demandando assim muita atenção A gestão dos estoques segundo Chiavenato 2014 apre senta alguns elementos financeiros que demandam uma relação muito próxima com as finanças da empresa pois enquanto os materiais têm como função principal o abastecimento das ne cessidades da empresa a área financeira tem como ponto de preocupação o lucro a liquidez e um adequado gerenciamento da aplicação dos recursos que a empresa possui no seu portfólio 103 Dias 2019 apresenta também um ponto de atenção em relação ao investimento realizado em estoques explicando que quanto mais estoques houver maior terá que ser a responsabilidade de cada departamento da empresa Para a área finan ceira da empresa a redução dos estoques é um dos principais objetivos prioritá rios sendo portanto necessário maximizar esses investimentos potencializando o uso eficiente com o foco na redução das necessidades de capital investidos O autor entende que se não pressionar as áreas para que a redução dos estoques seja um objetivo é natural que os departamentos da empresa aumentem o seu volume de estoques para reduzir as incertezas Portanto isto gera uma situação conflitante na empresa como podemos ver no quadro a seguir Depto de Compras Depto Financeiro Matériaprima Altoestoque Desconto sobre as quantidades a serem compradas Capital investido Juros perdidos Depto de Produção Depto Financeiro Matériaprima Altoestoque Nenhum risco de falta de material Grandes lotes de fabricação Maior risco de perdas e obsolescência Aumento do custo de armazenagem Depto de Vendas Depto Financeiro Produto acabado Altoestoque Entregas rápidas Boa imagem melhores vendas Capital investido Maior custo de armazenagem Quadro 1 Conflitos interdepartamentais quanto a estoques Fonte Dias 2019 p 16 Assim será tarefa do gestora conciliar de forma eficiente os diferentes objetivos dos departamentos de uma empresa sem que isto venha representar insegurança operacional definindo uma política de estoques adequada às necessidades finan ceiras e operacionais da empresa portanto a responsabilidade pelos estoques pode ficar sob responsabilidade de um único departamento para que os outros mantenham o foco nas suas atividades principais DIAS 2019 UNICESUMAR UNIDADE 4 104 Assim meu caro alunoa talvez você se pergunte neste instante cabe a quem tomar as decisões relacionadas aos estoques A resposta correta será departamento de gestão de materiais Esse departamento vai ela borar as estratégias pautados nas políticas de estoques de acordo com as estratégias de atuação da empresa Desta forma podemos destacar a importância dos estoques de materiais de uma empresa considerando algumas funções bem específicas de atuação como ga rantir que sejam abastecidos os materiais necessários à empresa minimizado os efeitos que possam ocorrer oriundos de atrasos sazonalidade de materiais ou riscos de fornecimento outro ponto importante que merece destaque está rela cionado com o ganho de escala pois muitas empresas podem optar pela compra em lotes econômicos ou seja grandes quantidades Essa visão foi utilizada até a década de 1990 mas que pode ser utilizada como estratégia dependendo do poder financeiro da empresa ou do segmento em que ela atua Hoje temos muitos modelos de parcerias entre clientes e fornecedores que podem fazer com essa estratégia utilizada em lotes econômicos de compras caia completamente Os estoques de acordo com Chiavenato 2014 possuem um vínculo direto com o processo de compra e venda ou no processo de comercialização entre 105 empresas comerciais Em todos os tipos de processos adotados entre empresas os estoques vão possuir um papel importante na operação da organização Possuem como função e propósito amortecer as entradas e saídas entre a co mercialização e a fase de produção podemos inclusive minimizar os erros de planejamento ou eventualidades inesperadas que envolvem a oferta e a procura ou outros fatores ambientais que fogem do controle da empresa Dias 2019 explica que um controle inadequado dos estoques poderá ge rar algumas deficiências encontradas em situações como aumento no prazo de entregas e também na reposição de matériasprimas grande quantidade de estoques enquanto as vendas permanecem lineares aumento do cancelamento de pedidos variação muito grande na quantidade produzida parada frequente na produção por falta de materiais e baixa rotação dos estoques Essas situações podem variar dependendo do tipo de negócio da empre sa ou até mesmo se for uma empresa pública De qualquer forma a atenção é necessária para que a empresa consiga atender aos seus clientes na hora certa afinal a entrega de mercadorias possui um papel estratégico na obtenção de uma vantagem competitiva com o foco no longo prazo ou simplesmente na eficiência das atividades prestadas por exemplo no setor público UNICESUMAR UNIDADE 4 106 TIPOS DE ESTOQUES Os recursos materiais ou melhor dizendo os estoques segundo Martins e Alt 2009 podem ser classificados em demanda dependente ou independente Os materiais independentes são os itens que a empresa vende diretamente para os clientes externos por exemplo produtos acabados e itens internos mas que demandados pelo escritório da empresa Um estoque de material dependente necessita diretamente da quantidade a ser utilizada por exemplo um automóvel em uma linha de montagem precisa exatamente de cinco pneus para ser monta do considerando é claro o estepe Os estoques de uma empresa constituem uma parcela considerável dos ativos e recebem um cuidado especial da área contábil Assim de acordo com Martins e Alt 2009 no âmbito contábil podemos considerar cinco tipos de estoques Primeiramente temos os estoques de materiais que basicamente são to dos os itens utilizados em uma linha de produção ou na prestação de serviços Todos os itens armazenados que a empresa compra para produzir um produto ou prestar um serviço fazem parte dos estoques de materiais algumas vezes classificados como materiais diretos e outras vezes como indiretos neste último caso não tendo uma ligação direta com o produto final da empresa Assim um material pode ser uma peça de alta tecnologia por exemplo um computador de bordo de um carro ou até mesmo um pedaço de madeira que será utilizado na embalagem de um produto Podese considerar também como estoques os materiais auxiliares que pouco se relacionam com a atividade fim da empresa como materiais de limpeza Neste Podcast vamos falar da importância dos estoques para a empresa trazendo a minha experiência na indústria e no comércio com o foco nos resultados da empresa Clique e ouça 107 Temos também outra classificação de estoque denominada estoques de produtos em processo Neste caso os itens ou componentes já fazem parte do processo produtivo mas ainda não são considerados produtos acabados São materiais que estão sofrendo algum tipo de transformação contudo sem neces sariamente de estar concluído Em alguns lugares as pessoas podem chamar essa categoria de produtos de meio de fábrica para identificálos Os estoques de produtos acabados são os itens em uma etapa posterior dos estoques em processo ou seja são os itens e componentes que estão no seu estado final e consequentemente prontos para serem utilizados pelo usuário fi nal Como produtos acabados podemos considerar centenas de produtos que utilizamos em nosso cotidiano Estoques em trânsito contemplam os estoques que estão em pleno movimento podendo ser de uma unidade para outra até que cheguem a seu destino final Outro tipo de estoques que precisamos considerar é o estoque em con signação São os materiais que são fornecidos pelo fornecedor sem necessa riamente que haja uma transferência de dono isto porque o material poderá ficar em posse do cliente até que seja utilizado vendido ou devolvido Este tipo de situação ocorre principalmente quando o produto tem alto valor ou quando o fornecedor é novo no mercado assim para ganhar mercado ele deixa o produto com o seu cliente até que seja utilizado e com uma garantia sem ônus em caso de não utilização UNICESUMAR UNIDADE 4 108 TIPOS DE ESTOQUE DETERMINANTES BENEFÍCIOS Estoque de matéria prima ou materiais Aquisição do material dos diversos fornece dores Aquisição em lotes eco nômicos de compras reduzindo os custos da compra dos materiais Estoque de material semiacabado Lead time de produção e planejamento e con trole de produção Aumento na utilização do equipamento redução de investimentos em capacidade adicional Estoque de produtos acabado Demanda e lead time incerto incertezas no processo e frequência de setup dos equipa mentos Redução da quantidade de setups aumento no nível de serviço Estoque em trânsito Tempo de transporte Redução nos custos de transporte Estoque de segurança Demanda e lead time incerto e incertezas no processo Aumento no nível de serviço redução de custos devido a en tregas emergenciais e perda de vendas Quadro 2 Tipos de estoque determinantes e seus benefícios Fonte Caxito 2019 p 166 As empresas estão sempre em busca do número ideal no que tange ao controle do volume de estoques Essa busca reflete um cuidado que as empresas possuem para que elas estejam protegidas contra variáveis externas que ela não possui controle Assim para que a empresa não tenha problemas ela buscará manter o estoque de segurança para garantir a sequência das suas atividades DIMENSIONAMENTO DE ESTOQUES A gestão de materiais em uma empresa estará sempre pautada na previsão de utilização dos materiais A previsão de consumo ou da demanda de um material é estabelecido com base em estimativas futuras definindo portanto quais desses 109 itens deverão permanecer em estoque seja porque serão comprados pelos clien tes ou para atender à necessidade da empresa Assim a previsão será o ponto de início para todo o planejamento organizacional Estabelecer a dimensão dos estoques portanto tem como objetivo definir os níveis de estoques adequados às necessidades da empresa sem se aproximar de dois extremos estoques excessivos ou estoque deficiente Um estoque elevado pode levar a empresa aos desperdícios ou perdas financeiras decorrentes dos altos custos para se manter os estoques Estoques baixos podem gerar riscos de interrupções por falta de materiais o que também implicará prejuízos Assim ambas as situações devem ser evitadas pelos gestores de materiais Dias 2019 explica que o dimensionamento dos estoques de uma empresa normalmente é realizado com base em informações qualitativas e quantitativas As informações quantitativas levam em consideração o histórico das vendas ou da necessidade de matérias no passado variáveis ligadas a fatores externos como a previsão econômica PIB renda da população ou até mesmo a influência de uma estratégia publicitária da empresa no qual se espera um aumento da de manda em razão da propaganda realizada Já para as informações qualitativas neste caso é utilizada toda a expertise ou conhecimento de causa dos gerentes opinião dos vendedores opinião dos compradores ou até mesmo pesquisa de mercado Cada tipo de empresa vai utilizar projeção dos estoques com base nas suas próprias características de atuação por exemplo uma empresa pública leva em consideração os serviços prestados para a população já em uma empresa privada ela vai considerar as necessidades dos seus clientes Desta forma as empresas devem utilizar técnicas para dimensionar os esto ques ou de previsão de consumo fundamentas segundo Chiavenato 2014 em alguns pressupostos Primeiro quais materiais são de fato necessários manter em estoques ou seja quais serão os itens indispensáveis O segundo fato está ligado ao volume ou seja qual será o montante necessário para um determinado período de tempo Terceiro quando os estoques deverão ser reabastecidos ou seja qual será a periodicidade das compras e o giro de estoques Esses três pressupostos imputam no desafio em saber quais materiais quantos e quando deverão estar disponíveis na empresa Cada item no estoque será um tipo de material Quanto mais materiais em estoques maior será a complexidade da gestão de materiais O método mais comum para determinar os níveis de esto ques está amparado quase sempre na previsão de consumo dos materiais ou seja UNICESUMAR UNIDADE 4 110 com base na previsão de demanda sendo uma estimativa ou hipótese que estipula a quantidade de material que será necessário para um certo período de tempo Neste sentido Chiavenato 2014 explica algumas técnicas quantitativas que podem ajudar os gestores a calcular a previsão de demanda sendo elas método do consumo do último período método da média móvel e método da média móvel ponderada Assim vamos analisar cada uma delas a seguir Método do consumo do último período este é um método simples basi camente a previsão de consumo do próximo período tem por base o consumo do período anterior Algumas vezes segundo Chiavenato 2014 podese adicionar um percentual crescente de um período para outro Consumo do último ano Previsão de consumo do próximo ano 1000 1100 Tabela 1 Método de consumo do último período Fonte Chiavenato 2014 p 70 Método da média móvel é muito semelhante ao método anterior entretanto com algumas melhorias A previsão do período seguinte é calculada por meio das médias de consumo dos períodos anteriores A tendência é que se o consu mo for crescente a média futura será menor Se a tendência for menor a média futura será maior Consumo crescente Consumo decrescente 2017 100000 2017 500000 2018 200000 2018 400000 2019 300000 2019 300000 2020 400000 2020 200000 2021 500000 2021 100000 Acumulado 1500000 Acumulado 30000 Média móvel 300000 Média móvel 300000 Tabela 2 Previsão de consumo pelo método da média móvel com duas alternativas consumo crescente e consumo decrescente Fonte adaptada de Chiavenato 2014 111 Método da média móvel ponderada este método possui uma variação em relação ao método anterior Os valores dos períodos que são mais recentes pos suem um peso maior se comparado com os valores mais antigos ANO QUANTIDADE PESO VALORES 2017 100000 1 100000 2018 200000 2 400000 2019 300000 3 900000 2020 400000 4 1600000 2021 500000 5 2500000 MÉDIA PONDERADA 1500000 366666 Tabela 3 Previsão de consumo pelo método da média móvel ponderada Fonte adaptada de Chiavenato 2014 Desta forma os métodos citados são os mais comuns existem outros métodos que podem ser adotados considerando as especificidades que envolvem os estoques das empresas por exemplo o método da média móvel com ponde ração exponencial e os métodos dos mínimos quadrados Veja mais detalhes na sugestão de leitura a seguir NOVAS DESCOBERTAS Título Administração de Materiais e Logística Autor Marco Aurélio Dias Editora Altas Sinopse Este livro tem como objetivos principais reunir os funda mentos da Administração de Materiais e apresentar sua importância dentro da empresa Comentário Esta obra apresenta diversos exemplos práticos no controle de materiais Vale a pena uma leitura complementar UNICESUMAR CUSTOS E ANÁLISE DE ESTOQUES Quem nunca ouviu a celebre frase estoque é dinheiro parado A frase de fato é verdadeira são muitos os riscos que as empresas correm se optarem por manter elevados volumes de estoques Os custos são diretamente proporcionais ao volume de estoques ou seja os custos aumentam ou diminuem conforme a quantidade estocada em função do armazenamento do manuseio das perdas da obsolescência e dos furtos e roubos Vejamos os exemplos no infográfico a seguir adaptado de Martins e Alt 2009 Figura 1 Custos de Estoques Fonte adaptado de Martins e Alt 2009 113 Existe ainda o valor financeiro com viés subjetivo e intangível pois podem ocor rer custos inerentes aos estoques tais como juros e oportunidades de mercados na qual a empresa está inserida Ainda de acordo com Caxito 2019 existe tam bém o custo dos serviços de estocagem que contempla o cálculo dos seguros e impostos dos materiais armazenados de acordo com a quantidade armazenada Assim quanto maior a quantidade de itens estocados maiores serão os valores que deverão ser pagos Já os custos relacionados aos riscos como obsolescência ou perdas e roubos normalmente esses custos são estimados nas empresas como uma perda direta em função da mercadoria armazenada Assim meu caro alunoa não tenho a pretensão de esgotar todas as possibilidades em razão da manutenção de altos níveis de estoques pois ainda assim depende de muitas variáveis como quan tidade em estoque e o tempo de estocagem Veremos como realizar os cálculos do custo de estoques Chiavenato 2014 explica que o custo de estoques é a soma dos dois custos O custo de armazenamento CA e o custo do pedido CP Vamos às equações Custo de armazenamento CA 1 2 CA Q xTxPx Em que Q quantidade de material em estoque no período considerado T tempo de armazenamento P preço unitário do material 1 taxa de armazenamento expressa em porcentagem do preço unitário Entretanto Chiavenato 2014 pondera que no cálculo do custo de armazena mento existe uma parte variável e outra fixa que são influenciados por diversos fatores Assim segundo o autor é prudente utilizar outra fórmula mais abran gente à Taxa de Armazenamento TA que constitui a soma das seguintes taxas todas expressas em porcentagens como veremos a seguir Ta taxa de armazenamento físico UNICESUMAR UNIDADE 4 114 100 AxCa Ta x CxP Em que A área ocupada pelo estoque Ca custo anual do metro quadrado de armazenamento C consumo anual do material P preço unitário do material Tb taxa de retorno do capital empatado em estoque lucro Tb QxP Em que Q P valor dos produtos estocados Tc taxa de seguro do material estocado 100 custoanualdoseguro Tc x QxP Td taxa de transporte manuseio e distribuição do material 100 depreciaçãoanualdoequipamento Td x QxP Te taxa de obsolescência do material 100 perdasanuaisporobsolêscencia Te x QxP 115 Tf outras taxas como mão de obra água luz etc 100 Despesasanuais Tf x QxP Quadro 3 Custo de estoques Fonte adaptado de Chiavenato 2014 Em resumo a TA é a soma de todas as taxas anteriormente explicadas Ta Ta Tb Tc Td Te Tf ou seja o custo de armazenagem é a soma de custos de capital custos de seguro custos de transportes custos de obsoles cência custos de despesas diversas Dias 2019 explica que os valores que são aplicados nestas fórmulas podem ser obtidos por meio da contabilidade da em presa Para determinar o valor da taxa de armazenamento é importante conside rar os tipos de materiais que são estocados pela empresa Em algumas empresas a taxa de retorno de capital e seguro poderão ser mais importantes como por exemplo em uma relojoaria Entretanto para outros tipos de empresas os espaços ocupados podem pesar mais nos custos Outras empresas podem considerar a segurança mais importante Sendo assim antes de uma ir adotando uma fórmula sem nenhum critério é importante analisar as especificidades de cada empresa No caso do Custo do Pedido Chiavenato 2014 explica que cada pedido realizado tem o seu preço de processamento representado pelo cálculo a seguir Custoanualdospedidos Cp Númerosdepedidosnoano Sendo portanto o custo anual dos pedidos calculados considerando as seguintes despesas mão de obra material utilizado e custos indiretos CE CA CP Sendo Custo de Estoques CE Custo de Armazenamento CA Custo do Pedido CP UNICESUMAR UNIDADE 4 116 Calculados os Custos de Armazenamento e o Custo dos Pedidos obtémse o Custo de estoques ou os custos totais CHIAVENATO 2014 Não esgotando todas as possiblidades pois ainda assim considerando as características da empresa outros custos podem ser adicionados como juros depreciação encargos entre outros MÉTODOS DE CONTROLE DE ESTOQUE Na classificação ABC a classificação dos estoques de materiais de uma empre sa com base no método ABC ou também denominada de curva de Pareto tem como princípio de que a maior parte dos investimentos dos estoques estão con centradas em um número baixo de itens A conclusão dos estudos de Pareto pode verificar que a maior parte da riqueza de uma economia 80 está quase sempre nas mãos de um número pequeno de pessoas 20 Assim utilizando o conceito de Pareto nos estoques podese classificar os estoques em quantidade ou grau de importância em três classificações diferentes A B e C CHIAVENATO 2014 Classe A é constituída com poucos itens entre 15 a 20 que são respon sáveis pela maior parte do valor dos estoques Como são poucos itens mas com um alto valor monetário esses materiais merecem uma atenção especial Classe B é constituída em média entre 35 e 40 do total dos materiais representando aproximadamente 15 do valor dos estoques São materiais in termediários que possuem sua relativa importância para a empresa Classe C é constituída com uma grande quantidade de itens entre 40 e 50 e que representa um entre 5 e 10 do valor dos estoques São muitos itens entretanto em termos de representatividade eles possuem pouca im portância para a empresa Assim meu caro estudante fica claro que não podemos direcionar os mesmos esforços para os diferentes tipos de estoques de materiais afinal eles possuem um grau de relevância diferente e isso incorreria em custos altos e desnecessários para a empresa Neste sentido na classificação dos materiais A B e C a atenção da empresa passa a contemplar os estoques mais importantes para a empresa neste caso os itens classe A pois o valor monetário é muito alto e pode chegar a 80 do valor total Os itens de classe intermediária denominado de B passam então a ter uma atenção menor enquanto os itens C serão tratados em um sis 117 tema quase que semiautomático pois não existem muito tempo de decisão e o seu valor representativo é pequeno CHIAVENATO 2014 Desta forma a classificação A B e C é transformada utilizando os conceitos de Pareto ou seja colocandoos em uma posição decrescente de importância ou seja dos mais importantes materiais para a empresa para os menos importantes Em seguida são colocados os seus valores e o seu percentual em relação ao valor total A soma das porcentagens de cada item vai apresentar até onde vai a classe A B ou C Assim em uma empresa com os materiais classificados de forma de crescentes os itens com maior valor para a empresa vêm antes seguidos até os itens como menor valor Vejamos um exemplo citado por Chiavenato 2014 na qual se acumula tanto os valores monetários quanto em porcentagens Classifica ção Código do item Valor do estoque do item Porcen tagem do item Valor do estoque acumula do Porcenta gem acu mulada 1 012 360000 360 360000 360 2 025 280000 280 640000 640 3 011 100000 100 740000 740 4 015 70000 70 810000 810 5 009 55000 55 865000 865 6 014 28000 28 893000 893 7 016 22000 22 915000 915 8 005 20000 20 935000 935 9 017 15000 15 950000 950 10 018 10000 10 960000 960 Demais itens 40000 40 1000000 1000 Tabela 4 Acumulação dos estoques para composição da Classificação ABC Fonte Chiavenato 2014 p 74 UNICESUMAR Observando a tabela anterior é possível então classificar os itens em A B ou C os itens que acumulam 81 do valor total estão entre 1 a 4 e são classificados como itens classe A os itens de classe B estão entre 5 a 10 e a acumulam 15 do valor total Todos os demais itens acumulam 4 do valor total e estão classificados como C Assim podese transformar essas classificações em Curva ABC ou curva de Pareto em um gráfico cartesiano Figura 2 Curva ABC de estoques Fonte Chiavenato 2014 p 74 119 Nos Sistemas de Duas Gavetas o método de controle de estoque baseado na metodologia de duas gavetas é um método muito simples Em função da sua simplicidade é muito aplicado principalmente para produtos de classe C Os estoques são armazenados em duas caixas A primeira caixa contém uma quantidade de materiais considerando um determinado período previsto Assim todas as demandas da empresa para esses itens são atendidas primeiramente con siderando a caixa A Quando o nível de estoque da caixa A termina um pedido de compra é solicitado enquanto ocorre a reposição da caixa A as demandas da empresa passam a ser atendidas pela caixa B pois ela possui uma quantidade suficiente para atender às demandas durante o período de reposição de estoques Este método é muito simples de ser aplicado mas quando os estoques estão em diferentes locais isto pode ser um problema DIAS 2019 Vimos a classificação ABC para o controle de estoques e falamos dos valores monetários para realizar essa classificação Mas imagine uma máquina parada por falta de uma peça que possui um custo irrisório para a empresa Portanto muito cuidado e siga sempre pelo caminho da criticidade ou seja ordem de importância PENSANDO JUNTOS UNICESUMAR UNIDADE 4 120 No Sistema dos máximos mínimos o controle de estoques também é conhe cido como sistema de quantidades fixas Esse sistema é muito utilizado quando existe muita dificuldade para determinar o consumo dos materiais Assim o sistema estima o volume máximo e o volume mínimo para cada item em estoque para que se tenha uma expectativa previsto para um determinado período O estoque neste caso terá uma variação entre o mínimo e o máximo DIAS 2019 O Sistema das revisões periódicas atua de forma que exista um período de tempo estabelecido para realizar o pedido de cada item minimizando os custos de estocagens Nesse sistema existem datas programadas para realizar a reposi ção e os intervalos são iguais Assim considerase também o estoque existente o consumo no período tempo de reposição e o saldo do pedido A dificuldade deste método é determinar o período entre revisões para minimizar os riscos de estoques muito alto ou baixos DIAS 2019 Já no Planejamento das Necessidades de Materiais MRP o sistema das necessidades de materiais do inglês material requirements planning MRP é um método que combina as previsões de vendas produção materiais compras custos e controle de produção Assim o MRP contempla um programa que é operado através de um computador O sistema ajudará a determinar as necessi dades de compras de materiais necessários para manter as atividades da empresa O MRP funciona com base na lista de materiais que são necessários para atender à determinada demanda O sistema calcula as necessidades de materiais que serão necessárias e verifica se existem aqueles materiais em estoque Se não têm estoques o sistema emite uma ordem de compras daquilo que é necessário para a empresa DIAS 2019 Projeção da demanda Plano de produção Software MRP Lista de materiais Lista de necessidades de materiais Consulta de estoques Há disponibilidade Libera fabricação Libera fabricação do item Fábrica Libera compra Fornecedor UNIDADE 4 122 Desta forma um MRP ajuda a empresa a calcular melhor a quantidade adequada de materiais para que seja evitado a falta ou estoque em excesso Com o desenvolvimento da tecnologia o conceito de MRP ampliouse e passou a envolver além dos materiais ou insumos equipamentos instalações pessoal áreas de estocagem passando a se denominar MRP II ou seja manufacturing resources planning Mais recente mente com o aumento da capacidade de computação o conceito sofreu nova ampliação para ERP enterprise resource planning abrangendo os recursos empresariais envolvidos Fonte Chiavenato 2014 p 80 PENSANDO JUNTOS Avaliar os estoques pelos métodos Peps e Ueps com profundidade não será o objetivo desta disciplina por entender que se trata de um assunto com foco em disciplinas da área contábil Entretanto é necessário conhecêlos pois a sua correta avaliação impacta diretamente nos resultados financeiros da empresa O método Peps avalia os estoques pelos primeiros materiais a entrar será sempre o primeiro a sair assim os estoques são analisados em ordem cronoló gica de entrada Assim sai o material que entrou no estoque primeiro sendo também substituído pela mesma ordem cronológica em que foi recebido pela empresa Este método é importante porque os estoques são mantidos em preços similares ao praticado pelo mercado Em contrapartida o método UEPS utilizase do conceito de controle pelo método do último a entrar será o primeiro a sair assim os estoques são avaliados pelo preço atual de mercado Em períodos inflacionários este método é o mais utilizado pois unitiza os produtos em estoques nos mesmos valores Podemos considerar ainda a avaliação pelo custo médio ou seja basear o preço considerando o preço médio do total do item em estoque Assim a saída será calculada pelo custo médio assim como o restante dos itens da mesma ca tegoria que irá permanecer em estoque A utilização do método mais adequado vai depender do tipo de empresa pois a avaliação dos estoques vai impactar diretamente nos custos da empresa 123 LOTES ECONÔMICOS Quando trabalhamos dentro de uma disciplina com estoques não temos como deixar de apresentar um conceito muito importante para as empresas que é o lote econômico Basicamente o conceito de lotes econômicos está relacionado ao fato que quanto maior for a compra de materiais ou até mesmo a fabricação menores serão os custos para a empresa Basta você observar que ainda hoje muitas empresas realizam compras em grandes volumes para obter melhores negociações isto significa que ocorreram ganhos de escala fazendo com que a empresa consiga ser mais competitiva no mercado em termos de preço Entre tanto essa prática impacta diretamente na empresa uma vez que se você tem um volume de materiais já em estoque e realiza novas compras o volume médio de estoque aumenta para a empresa e isto acaba impactando em mais custos diretos e indiretos Em contrapartida o custo do pedido de compra diminui Essa é uma ideia muito difundida principalmente nos 1980 até meados de 2000 Neste período o principal foco na verdade era proteger a empresa con tra as oscilações de mercado Se você parar para pensar na rotina dos nossos pais até um tempo atrás era natural que os mantimentos para a casa fossem comprados para um período de trinta dias A lógica é quase a mesma no que tange à proteção contra oscilações de mercado UNICESUMAR UNIDADE 4 124 No ambiente de uma empresa o resultado disso é que de fato teremos sempre uma disputa entre dois lados nesta história Teremos a pressão da área financeira e dos acionistas para ter menos estoques e pressão da área operacional para manter altos volumes de estoques como iremos ver logo mais adiante Porém com o advento da globalização que não é novidade nos dias atuais aliada ao avanço da tecnologia este cenário de compra em lotes econômicos alteraram a cena Modelos de gestão mais modernos com a implantação de ferramentas de gestão novas formas de gerenciar os estoques de materiais passaram então a fazer frente ao modelo tradicio nalista Neste caso estou me referindo a sistemas pautados no Just in time gestão da qualidade entre outros que possuem como foco a redução dos desperdícios no ambiente das empresas pois em uma visão moderna de gestão o lote ideal é de fato aquele que possui uma única peça E isto realmente é uma tendência pois muitas empresas estão investindo muito alto justamente para melhorar o seu esquema de distribuição para que elas possam consequentemente trabalhar com um volume menor de estoques de materiais Além disso tivemos muitos avanços na área de logística de distribui ção o que antes por exemplo uma entrega demorava aproximadamente trinta dias para ser feita as empresas estão conseguindo atender em pou quíssimos dias eliminando quase que completamente a necessidade de estoques de materiais afinal o fluxo de informações bens e produtos se tornaram muito mais ágeis e rápidos Assim meu caro estudante não podemos generalizar as opções exis tentes Sempre vão existir cenários que dependerão de uma análise cuida dosa por parte do gestor para tomar esse tipo de decisão como comprar ou não grandes volumes de estoques Entretanto dada a experiência e es tudo de mercado além de muitas pesquisas realizadas posso afirmar que dentro de um novo contexto mundial é natural que as empresas adquiram lotes cada vez menores pois um dos principais pontos no estudo da ad ministração de recursos materiais e patrimoniais é justamente a redução de custos Atualmente existem muitos sistemas que permitem controlar estoques com muita precisão e em tempo real permitindo mais assertivi dade nas decisões de estoques da empresa até mesmo na esfera pública 125 PRESSÃO PARA TER MENOS ESTOQUES Falamos em diversos momentos deste livro que os estoques impactam as em presas de muitas formas sobretudo quando existem estoques elevados gerando inúmeros desperdícios e que o objetivo de uma empresa no que tange aos seus estoques de materiais deverá sempre ser pautado no propósito de redução ao menor nível possível Essa é uma discussão constante no ambiente das empresas principalmente para aqueles que defendem o método de just in time com a eliminação de es toques até que se chegue ao fluxo de trabalho com uma única peça Mas o que as empresas podem realmente realizar para poder reduzir os seus estoques de materiais Na verdade existem muitas medidas que podem ser adotadas para que esse problema seja realmente resolvido se isto é claro for encarado na empresa como um problema Martins e Alt 2009 explicam que as empresas podem adotar um sistema para dar mais eficiência no planejamento das necessidades e ter um prazo mais apurado mas isto começa desde planejamento das vendas redução dos ciclos de produção e buscar parcerias com fornecedores para buscar melhores condições de preço prazo e qualidade daquilo que será entregue Atualmente existem muitas metodologias que ajudam as empresas na busca pelo estoque em nível ideal O Housekepping e o modelo dos 5s por exemplo podem colaborar com o alcance deste objetivo para manter o local de trabalho mais organizado Martins e Alt 2009 citam também outras me didas por exemplo negociar os prazos de ressupri mento com parte dos fornecedores melhorar a pro dutividade em todos os departamentos da empresa inclusive da própria diretoria eliminar funções ou atividades nas empresas que não agregam valor ao pro duto ou serviço prestado estabelecer um volume de segurança que de fato represente a realidade da empresa é necessário ter UNICESUMAR UNIDADE 4 126 um controle apurado para sempre corrigir as possíveis distorções no inventário permanente utilizar ferramentas de gerenciamento de atividades reengenharia de processos entre outros e o balanceamento entre empresa e fornecedor bus cando a otimização dos custos Porém essa tarefa nem sempre será fácil pois existem muitas variáveis que precisam ser cuidadosamente analisadas e que dependerá da expertise do profissional que gerencia os materiais da empresa No Brasil por exem plo a maior parte das empresas são de pequeno porte isto significa que nem sempre será possível manter um canal seguro de ressuprimento assim o gestor vai buscar a segurança no volume de estoques ao invés da eficiência A boa notícia é que até os fornecedores têm buscado melhorar o seu canal de ressuprimento uma vez que eles conseguem diminuir a quantidade de entregas será possível aumentar o portfólio de clientes entretanto terá que investir em uma infraestrutura de distribuição segura para que seus clientes se sintam confortáveis com esse tipo de planejamento Na minha experiência tanto no comércio quanto na indústria eu digo que com alguns fornecedores será possível manter este tipo de estratégia entretanto com outros não será possível por isso a adoção de baixos volumes de estoques é uma estratégia que dependerá de cada caso Outro ponto importante que cabe aqui destacar é o caso das empresas pú blicas pois o processo de compras é um processo razoavelmente burocrático portanto para alguns tipos de compras isso nem sempre será possível pois na esfera pública tudo precisa acontecer com muito planejamento e antecedência em relação à necessidade mas o fato é que menos estoques proporcionam um melhor gerenciamento dos recursos Outro aspecto que eu destaco é a volatilidade do mercado existem produtos que possuem uma variação de preço considerando inclusive o mercado internacional por exemplo o barril de petróleo e nestes casos muitas vezes é melhor não arriscar Assim são muitos os detalhes que precisam ser analisados uma visão geral do micro e macroambiente ajudará no diagnóstico para o processo de tomada de decisão pois em alguns momentos é uma boa estratégia e em outros pode ser que não haja vista o que vimos no mercado nos últimos anos com a falta de microchips e outros eletrônicos 127 PRESSÃO PARA TER ESTOQUES MAIS ALTOS Um volume de estoques mais elevado dá mais segurança de um modo geral e dá garantias de atendimento das demandas dos clientes Se você alunoa con versar com as pessoas que trabalham com vendas eles diriam que o seu desejo é que sempre os estoques estivessem altos pois desta maneira é possível ter mais flexibilidade no momento da venda permitindo inclusive menores prazos de entrega pois de certa forma isto não dependeria do fornecedor Quando uma empresa não consegue atender às necessidades de um cliente isto gera um prejuízo muito grande para a empresa primeiro porque o cliente pode trocar a compra por um produto não tão lucrativo ou que não tenha qualidade segundo porque o cliente poderá desistir da compra Na esfera pública então a coisa fica muito mais séria pois existe uma pressão muito grande para o atendimento das necessidades em serviços públicos no instante em que o mesmo é buscado afinal o gestor público está lá justamente para garantir que a falta não venha a ocorrer Assim embora essas situações sejam de difícil mensuração em termos de prejuízo existem muitas pesquisas publicadas em revistas renomadas que ava liam melhor essas perdas Segundo Martins e Alt 2009 os principais materiais responsáveis pelos estoques elevados são matériaprima e material em pro cesso que não são necessários ao balanceamento do ciclo de produção além de produto acabado que não pode ser vendido Ainda segundo os autores o departamento de marketing nas empresas sempre busca trabalhar com uma estimativa de vendas muito otimista face às estratégias de marketing adotadas por isso as ações também vão depender diretamente dos esforços da área de vendas no cumprimento daquilo que foi planejado pela área de marketing O aumento do volume de estoques também pode ocorrer se a empresa rea lizar o processo de compra considerando um prazo de entrega maior do que realmente é necessário para o fornecedor acumulando estoques na entrada ou atrasando a saída MARTINS ALT 2009 A área de suprimentos ou de compras também poderá ser responsabilizada pelo excesso de estoques se não conseguir negociar os materiais em condições de preço e qualidade adequadas permitindo também que ocorram as entregas UNICESUMAR UNIDADE 4 128 antes do prazo ou em uma quantidade não adequada ou não realista e aceitando também ofertas especiais dos fornecedores este último é sempre uma decisão difícil que representa uma tradeoff isto porque o gestor deverá tomar uma de cisão em uma situação de conflito pois mais estoques geram mais custos para a empresa porém é vantajoso em situações que envolvem descontos especiais MARTINS ALT 2009 Eu mesmo já me deparei com este tipo de situação por diversas situações algumas vezes a compra ocorreu e outras vezes não pois tudo depende do momento da empresa por isso o conhecimento é fundamental no processo de tomada de decisão e não simplesmente seguir a intuição e o conhe cimento empírico pois o conhecimento ajudará você alunoa sempre encontrar qual de fato é a melhor solução Os gerentes da empresa também podem ser responsabilizados pelo grande volume de materiais Isto poderá ocorrer principalmente quando eles não acei tam correr riscos calculados ou melhor dizendo riscos planejados a empresa poderá acumular estoques altos e desnecessários Na minha experiência profis sional com este tipo de situação se o gestor seguir por esse caminho a empresa poderá ter materiais obsoletos ou materiais que não se enquadram mais nas condições buscadas pelos clientes Na esfera pública existe sempre uma limitação de recursos e regras a ser se guida em certas condições previstas no processo de compras Portanto o gestor deverá realizar o planejamento sempre à luz das regras estabelecidas e previstas Os estoques de materiais nas empresas vão sempre atuar como um elemen to regulador do fluxo de materiais por exemplo a velocidade que os materiais chegam é muito diferente da velocidade que saem assim existe há necessidade do estoque de segurança em uma certa quantidade para que seja possível amor tecer as demandas Manter estoques como visto anteriormente traz vantagens e desvantagens para as empresas a vantagem está relacionada ao atendimento das necessidades a desvantagem está ligada aos custos inerentes Assim cabe você alunoa como gestora de materiais buscar o ponto de equilíbrio considerando o momento da empresa muito embora os benefícios da manutenção de estoques elevados sejam mais difíceis de serem mensurados do que seus custos proporcio nais É neste momento que você alunoa precisará colocar em funcionamento as ações propostas diante dos problemas que foram apresentados 129 1 Os estoques têm como objetivo regular as necessidades da empresa Algumas vezes será necessário manter um volume de estoque elevado outras vezes a pressão será para manter estoques mais baixos Assim existem diferentes tipos de estoques em uma empresa pública ou privada Sobre os tipos de estoques avalie as afirmativas a seguir I Estoques de materiais são todos itens utilizados na produção ou prestação de serviços de uma empresa II Estoques de produtos em processo são estoques que já possuem a sua arte final ou seja estão prontos III Estoques de produtos acabados estão em trânsito dentro de uma empresa sendo necessário a qualquer momento a sua entrega aos consumidores finais É correto o que se afirma em a I apenas b II apenas c III apenas d I e III apenas e I II e III 2 Existem várias técnicas que ajudam os gestores a realizar uma previsão da necessi dade de se ter estoques técnicas que são qualitativas e que facilitam o processo de tomada de decisão Talvez a técnica mais comumente utilizada é quando se tem por base o consumo do período anterior Considerando o método supracitado assinale a alternativa correta a Método do consumo do último período b Método da média móvel c Método da média móvel ponderada d Metodológica ABC e Metodologia MRP 130 3 Existe um método de controle de estoque que utiliza os conceitos de Pareto Basica mente os estoques de uma empresa podem ser divididos considerando o seu grau de importância no cenário de uma empresa ou o seu grau de criticidade Assim os es toques podem ser divididos em três grupos diferentes Grupo A Grupo B e Grupo C Sobre o método ABC avalie as afirmativas a seguir I Os estoques mais importantes de uma empresa são classificados como estoques no grupo C afinal estão sempre em um volume maior II Os estoques presentes no grupo B são estoques intermediários em termos de importância para a empresa III Os estoques presentes no grupo A na verdade são os estoques mais importan tes para a empresa representando algo entre 15 e 20 do total É correto o que se afirma em a I apenas b II apenas c III apenas d II e III apenas e I II e III MEU ESPAÇO MEU ESPAÇO 5 Gestão Logística de Distribuição Me Adriano Aparecido de Oliveira Olá estudante Neste momento nós vamos focar nas atividades vol tadas para a logística de materiais e as principais tecnologias dispo níveis Os aspectos relacionados à movimentação armazenagem e distribuição assim como as principais características dos modais de transporte Bons estudos UNIDADE 5 134 Quando estamos trabalhando com gestão de materiais não temos como deixar de tratar também da logística Eu tinha um profes sor na época de graduação que dizia movimentou é logística portanto a gestão de recursos materiais e patrimoniais possui uma proximidade muito forte com a logística que pode ser confundida com o processo logístico em si Hoje as empresas já perceberam um enorme potencial nas atividades integradas de logística dentro de uma estrutura organizacional pois considerando os produtos e serviços disponibilizados pelas empresas elas estão cada vez mais parecidas umas com as outras Assim a logística se apresenta como um diferencial competitivo muito forte entre as empresas Sabendo disto como podemos utilizar a estrutura logística para agregar valor dentro de um sistema de gestão de materiais A logística é responsável por todo o planejamento e controle do fluxo de mercadorias materiais e informações desde o fornecedor até o consumidor final Assim dentro de um contexto moderno de empresa mesmo na esfera pública o foco e o propósito da logística sempre será o atendimento das necessidades do seu público alvo iniciando desde o momento em que surge uma necessidade ou um desejo do cliente O fato é que quando precisamos de algo seja den tro de uma empresa ou fora dela o material ou produto precisa estar disponível na quantidade certa e no momento certo Por exemplo se você depender de um recurso material dentro de uma empresa para executar um processo e o mesmo não estiver disponível pode ocorrer uma paralisação nas atividades da empresa Se for uma em presa de varejo o consumidor pode optar por comprar o produto de outra marca ou ir a outra empresa Na esfera pública os usuários podem não ter acesso a serviços básicos Desta forma a logística precisa necessariamente trabalhar vinte e quatro horas por dia todos os dias da semana e em todos os dias do ano para que tenhamos acesso a produtos e serviços que são fundamentais em nosso cotidiano seja dentro de uma empresa ou fora dela ou seja tudo depende do processo logístico Agora imagine a seguinte situação hipotética Em um determi nado dia de sol você acorda com a firme decisão de comprar um 135 carro novo Assim você vai até uma concessionária e encontra um vendedor que o atende Quando você é atendido pelo vendedor ele mostra todas as op ções que o carro poderá ter dentro de uma realidade virtual Assim que você se mostra interessado pela compra e efetiva a transação de fato o próprio sistema da concessionária aciona a indústria com todos os detalhes do carro para que a produção possa ser processada O sistema MRP Manufacturing Resource Plan ning Planejamento de Recursos de Produção da montadora já realiza vários cálculos considerando tudo que ela possui em estoque e tudo aquilo que precisa ser comprado e já passa instantaneamente uma previsão de entrega consideran do inclusive a logística de entrega no dia e horário agendado para a entrega do seu carro novo Assim meu caro estudante faça um exercício apontando todos os principais pontos de um sistema logístico integrado que você conseguiu identificar neste caso hipotético Um contexto que envolva o cliente área comercial indústria gestão de materiais transporte e o cliente novamente Vamos lá Mãos na massa Um dos principais objetivos da logística de materiais é atender às necessida des do nosso cliente de forma rápida É importante entender que dentro de uma estrutura organizacional temos os clientes internos que demandam materiais para exercerem as suas atividades e os clientes externos que demandam os pro dutos e serviços ofertados pela empresa Para alcançar esse objetivo reflita sobre qual é a importância de analisar a localização da empresa proximidade com os fornecedores sistemas de armazenamento e da estrutura de transportes Anote suas percepções no seu diário de bordo UNICESUMAR UNIDADE 5 136 MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS Em qualquer tipo de empresa sempre existirá um fluxo constante de materiais Esse fluxo vai percorrer as diferentes áreas da empresa da mesma forma que o sangue percorre o corpo humano para alimentar as células e órgãos Assim den tro de uma empresa pública ou privada de produtos ou serviços sempre existirá uma sequência constante de movimentação de materiais Para que uma empresa tenha uma operação eficiente os materiais devem estar disponíveis no dia e horário marcado e na quantidade exata em que se faz neces sário seja ela matériaprima componentes ou demais itens o conceito de material sempre será praticamente o mesmo Podemos dizer que tudo em uma empresa é baseado em tempo e portanto se existe algo que possa comprometer o tempo e interromper o fluxo de materiais isto deve ser visto como um problema a ser estudado e eliminado pela empresa sempre é claro se for possível afinal existem situações que fogem completamente do controle Neste sentido problemas como paradas de máquinas espera de materiais documentos à espera de uma simples assinatura ou lotes à espera de inspeção são atividades que podem ser conside radas problemáticas para a empresa e que merecem atenção para que recebam as melhores soluções necessárias para que o seu fluxo transcorra normalmente Quando olhamos para dentro de uma indústria principalmente nos sistemas de produção os materiais são os elementos que se movimentam Dependendo do tipo de empresa ou dos produtos produzidos e serviços ofertados a movimen tação segundo Chiavenato 2014 pode alcançar cerca de 15 a 70 do custo total de produção portanto é muito dinheiro sendo movimentado pela empresa assim a gestão de materiais do ponto de vista da logística merece também um ponto de atenção em nossos estudos 137 A movimentação de materiais foi vista muitas vezes dentro de uma empresa como uma atividade que não agrega valor e acaba gerando perda de tempo e dinheiro Entretanto nos últimos anos a gestão de materiais tem sido o foco de muitos investimentos que foram realizados pelas empresas como uma for ma de obter retornos significativos pois na verdade quando a movimentação de materiais é bem gerenciada ela poderá proporcionar excelentes resultados e grande economia para as empresas segundo Chiavenato 2014 De acordo com o mesmo autor a movimentação de materiais tem três finalidades distintas 1 Melhorar a capacidade produtiva da empresa A movimentação ade quada de materiais possibilita a utilização mais eficiente da capacidade produtiva da empresa e até potencializála O aumento da capacidade de produção poderá ser alcançado quando houver a redução no tempo de fabricação ou prestação de serviços pela empresa quando houver a in tensificação do ressuprimento de materiais para os setores que deman dam os componentes e quando ocorrer a utilização de forma racional da capacidade de armazenamento da empresa utilizando de forma plena os espaços e aumentando a sua área útil 2 Melhorando as condições de trabalho Neste tipo de atividade po demos considerar que a movimentação de materiais poderá contribuir enormemente para melhorar o fluxo de trabalho realizado pelas pessoas Assim alguns aspectos podem ser considerados como melhor segurança e redução de acidentes durante as atividades que envolvem a movimenta ção de materiais e redução da fadiga Afinal a busca constante por méto dos mais avançados na movimentação de materiais deve ser um objetivo proporcionando mais conforto para os funcionários pois isto ajudará a diminuir os esforços no manuseio dos materiais considerando que essa atividade consome muita energia esforço das pessoas gerando fadiga e cansaço aumento da produtividade da mão de obra afinal o trabalho operacional se torna mais eficiente e produtivo quando os materiais per correm um fluxo eficiente proporcionando uma economia de tempo e esforço por parte das pessoas envolvidas UNICESUMAR 139 O transporte rodoviário é o modal que possui mais flexibilidade sendo muito utilizado em função da sua mobilidade para entrar ou sair dos locais ou até mesmo para chegar diretamente à empresa Esse tipo de transporte é conhecido como transporte de porta a porta CHIAVENATO 2014 No Brasil o transporte rodoviário é o mais utilizado segundo Pozo 2019 aproximadamente 60 das cargas são movimentadas pelas rodovias justamente em função da flexibilidade que essa modalidade permite entretanto seus custos operacionais são altos pois cada carreta ou caminhão utilizado consegue levar apenas uma quantidade limitada de carga além de depender diretamente de rodovias em boas condições congestionamentos pedágios combustível assaltos e outras variáveis que podem encarecer ainda mais as entregas CHIAVENATO 2014 O modal rodoviário é o mais indicado para entregas com um volume menor ou cargas com um prazo de entrega relativamente curto O transporte ferroviário aparece em segundo lugar na matriz de transporte brasileira considerando a sua utilização Pozo 2019 explica que vinte e um por cento das movimentações no país utilizam a malha ferroviária existente no Brasil A movimentação pode ser realizada por trens com tração elétrica a diesel ou a vapor Os vagões de um trem pode contemplar diferentes formas e formações para abrigar os mais variados tipos de materiais ou cargas sólidas a granel ou mesmo líquida Segundo Chiavenato 2014 uma estrutura de transporte por meio da malha ferroviária pode conter vários vagões o que ajuda a reduzir o custo de transporte e ajudando o frete se tornar mais barato O principal aspecto que chama a aten ção nesta modalidade é a velocidade pois se movimenta em baixa velocidade entretanto de forma homogênea ou seja dificilmente em seu percurso existirão situações que exijam interrupções Contudo como depende de uma infraestru tura muito específica não tem a flexibilidade que o transporte rodoviário possui e assim quase sempre dependerá da combinação com outros modais para que a entrega chegue ao seu ponto final O transporte ferroviário é muito utilizado para movimentar grandes volumes de mercadorias em longas distâncias O transporte hidroviário utiliza vias aquáticas Pode ser dividido em marítimo fluvial e lacustre Basicamente as movimentações são realizadas utilizando mares rios ou lagos UNICESUMAR UNIDADE 5 140 O transporte marítimo entra em cena ligando países e outras vezes percor rem continentes Existem diferentes navios para todos os tipos de cargas e até mesmo de passageiros possuindo características de acordo com a neces sidade da operação de transporte DIAS 2019 O transporte hidroviário é mais indicado para cargas em grandes volumes e com baixo custo unitário e quando o tempo é apenas um fator secundário Assim possui como ca racterística principal o seu custo porém depende muito de infraestruturas de apoio e a combinação com outros modais de transporte na boa parte das vezes que ele é utilizado CHIAVENATO 2014 O transporte aéreo é um modal relativamente novo é indicado para volumes pequenos com baixo peso e que exige certa sofisticação na sua movimentação em que o fator tempo é um aspecto fundamental Em razão da infraestrutura necessá ria é um dos transportes mais caros entre modais pois depende de uma estrutura de ponta e alta tecnologia para que seja operacionalizado fator que é compensado pela velocidade das entregas das mercadorias Depende também da combinação com outros modais de transportes na maioria das vezes CHIAVENATO 2014 O modal dutoviário é muito utilizado para realizar a movimentação prin cipalmente de produtos líquidos e gasosos em longas distâncias Em razão da frequência e quantidade movimentada seus custos são baixos Entretanto a lista 141 de produtos que podem utilizar esse tipo de transporte é muito limitada face as suas características e infraestrutura necessária POZO 2019 Conhecendo cada uma das principais características de cada um dos mo dais de transportes você enquanto gestor terá muito mais expertise para tomar decisões que envolvam a escolha mais adequada para realizar a movimentação das mercadorias É fato que não é tão simples assim pois além das próprias ca racterísticas dos modais existem outros aspectos que precisam necessariamente serem analisados como por exemplo a disponibilidade que tem relação com a capacidade do modal alcançar diretamente um local de entrega neste caso o modal rodoviário se sobressai em razão da sua flexibilidade além dos demais dependerem de uma infraestrutura muito específica Outro ponto importante se refere à confiabilidade que possui uma interface direta com a frequência e programação de entregas neste caso os dutos possuem uma ligeira vantagem entretanto não está disponível para todos os tipos de produtos A capacidade é outro requisito que precisa ser analisado ou seja existem entregas que deman dam uma capacidade grande e neste caso o modal hidroviário é o mais indicado principalmente para longas distâncias Também é necessário analisar a disponibilidade de cada modal do ponto de vista dos custos fixos e variáveis de transportes assim como as características operacionais de cada um deles Para isso vamos analisar os Quadros 1 e 2 Ferroviário alto custo fixo de equipamentos terminais trilhos etc baixo custo variável Rodoviário baixo custo fixo estradas prontas e fornecidas pelo dinheiro público Custo variável médio combustível manutenção etc Hidroviário custo fixo médio navios e equipamentos Baixo custo variável capacidade de transportar grande quantidade de carga Dutoviário custo fixo mais alto de todos Dutos faixas de domínio constru ção necessidades de estações de controle e capacidade de bombeamento Custo variável mais baixo de todos não há custo de mão de obra significativa Aéreo baixo custo fixo aeronave e sistema de manuseio e carga Alto custo variável combustível mão de obra manutenção etc Quadro 1 Estrutura de custos de cada modal Fonte Bowersox et al 2014 p 210 UNICESUMAR UNIDADE 5 142 E agora vamos conhecer o Quadro 2 com as características operacionais de cada modal de transporte Característi cas opera cionais Ferroviário Rodoviário Aquaviário Dutoviário Aéreo Velocidade 3 2 4 5 1 Disponibili dade 2 1 4 5 3 Confiabili dade 3 2 4 1 5 Capacidade 2 3 1 5 4 Frequência 4 2 5 1 3 Resultado 14 10 18 17 16 Quadro 2 Características operacionais Fonte Bowersox et al 2014 p 210 Ao analisar o Quadro 2 no que tange aos custos operacionais tenha em mente que a classificação mais baixa é a menor Analisando os detalhes podemos per ceber que o transporte rodoviário aparece em primeiro ou sem segundo lugar em quase todas as categorias exceto no aspecto que envolve a capacidade algo que foi melhorado nos últimos anos mas não suficiente para se comparar com outros modais mais eficientes como o ferroviário ou hidroviário por exemplo No Brasil existe uma infraestrutura de transporte muito deficiente quando consideramos a utilização de diferentes modais de transportes por isso mui tas vezes o transporte rodoviário tornase o modal mais utilizado mesmo que em muitas situações por exemplo o modal mais indicado para aquele tipo de transporte fosse o transporte ferroviário como acontece com boa parte da safra brasileira que poderia ser escoada pelo transporte ferroviário mas acaba sendo movimentado via transporte rodoviário A falta de eficiência nesse processo aumenta significativamente os custos de transportes principalmente quando comparado a outros países 143 Um aspecto importante que podemos ainda considerar no âmbito dos trans portes é a decisão em adotar uma frota própria ou contratar empresas terceiri zadas para realizar essas operações Na prática sempre que a empresa conseguir utilizar mais de 60 da sua própria capacidade operacional é mais interessante utilizar a frota própria todavia mesmo assim é necessária uma análise cuida dosa de todos os custos envolvidos além de outros aspectos Quando se utiliza a frota própria você tem o poder de decisão sobre a cadeia de distribuição como um todo conseguindo implementar melhorias em tempo real Entretanto uma empresa terceirizada de transportes muitas vezes consegue ser mais eficiente em termos de custos pois consegue combinar diferentes entregas além de possuir toda uma expertise na área Portanto cada caso precisa ser analisado com muita atenção veremos mais detalhes no Quadro Frota própria Terceirização do transporte Envolve investimentos em veículos Não exige aquisição de veículos Requer motoristas com salários pagamento de encargos sociais e benefícios Dispensa contratação de motoris tas de salários encargos sociais e benefícios Exige manutenção da frota Não requer manutenção da frota Requer planejamento do tráfego Não requer planejamento do tráfe go Permite o controle absoluto da frota A empresa perde o controle da frota O desafio é da empresa O desafio fica com a empresa tercei rizada Divide decisões da empresa A empresa se livra do problema de transporte Envolve custos trabalhistas Envolve um custo contratado e pro gramado Quadro 3 Comparação entre frota própria e frota terceirizada Fonte Chiavenato 2014 p 137 UNICESUMAR UNIDADE 5 144 ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO Como explicado anteriormente embora não desejado em muitas ocasiões os materiais são armazenados à espera da sua utilização por exemplo medicamen tos para um hospital ou merenda para uma escola pública ocupando espaços de distribuição com a finalidade de atender a públicos diversos Nas indústrias os locais de armazenamento são conhecidos como almoxarifados com o principal objetivo de armazenar materiais ou produtos que serão destinados a seus usuários Gonçalves 2020 apresenta algumas funções dos gestores de materiais no que tange ao armazenamento e a movimentação dos materiais Recebimento dos materiais identificação dos materiais transporte e movimentação física dos materiais para as áreas de armazenagem armazenagem dos materiais controle de localização física dos materiais fornecimento dos materiais O objetivo principal deste processo será sempre reduzir os custos operacionais e os almoxarifados devem ser dimensionados para atender às necessidades da empre sa quanto ao armazenamento provisório dos materiais dentro de um arranjo físico layout que permita maximizar a movimentação dos produtos e ter um fluxo rápido nos processos de recebimento armazenamento e distribuição GONÇALVES 2020 O recebimento de materiais envolve atividades que incluem a recepção dos itens enviados pelos fornecedores O processo de recebimento inclui o desem barque dos materiais e uma análise dos requisitos solicitados no processo de compras Resumindo é um processo de conferência algumas vezes de forma manual ou outras vezes de forma automatizada O processo de armazenamento basicamente é a estocagem dos materiais por meio de técnica e controle de esto ques tais como abordamos em unidades anteriores A expedição é uma atividade com a finalidade de despacho dos materiais de acordo com as especificações a Olá estudante Neste podcast vamos apresentar mais características marcantes de cada um dos modais de trans portes e porque nem sempre é possível escolher os modais mais adequados de transportes Clique e ouça 145 serem atendidas dos clientes Entenda por clientes distribuição física dentro de uma mesma empresa com as suas filiais ou até mesmo de uma prefeitura com as suas secretarias por exemplo Dentro desses processos existe uma infinidade de equipamentos que podem ser utilizados com consonância com esquemas de movimentação Os esquemas de movimentação juntamente com os equipamentos necessários são definidos de acordo com o arranjo físico da empresa Segundo Chiavenato 2014 os prin cipais equipamentos de movimentação podem ser 1 Veículos industriais são equipamentos utilizados na movimentação de materiais entre os pontos de recebimento e expedição Esses equipamentos são versáteis pois possuem poucos limites de movimentação por exemplo carretas carrinhos empilhadeiras tratores ou trailers 2 Transportadores contínuos são equipamentos utilizados de forma contínua entre um ponto e outro Em empresas de mineração terminais de cargas e outros utilizam essa ferramenta por meio de uma esteira rolante e de fluxo contínuo Outros tipos de indústrias também utilizam esse equipamento como indústria de refrigerantes cervejas alimentos etc São exemplos de equipamentos correias transportadoras esteiras transportadoras roletes transportadores transportes de fitas metálicas e outros UNICESUMAR UNIDADE 5 146 3 Guindastes talhas e elevadores são equipamentos de movimentação de materiais agrupados para manuseio em áreas muito específicas e restritas Muitas vezes esses equipamentos são utilizados para a elevação de cargas ou na recepção de cargas de grandes proporções São exemplos guindastes e elevadores 4 Contêineres e estruturas de suporte fazem parte de uma categoria que não possui mobilidade própria Eles são equipamentos auxiliares na movimentação de materiais servindo como suporte para que outros equipamentos executem tais ações São exemplos tanques vasos plataformas contêineres entre outros 5 Equipamentos diversos e plataformas fazem parte de uma categoria que envolve o posicionamento pesagem controle e transferência de materiais Sua principal função será auxiliar no posicionamento dos materiais e controle São exemplos equipamentos de posicionamento equipamento de pesagem equi pamento de controle plataformas rampas e equipamentos de transferências A distribuição é um dos principais desafios das empresas afinal o principal ob jetivo da logística é atingir rapidamente os seus clientes sejam eles internos ou externos Para que esse objetivo seja de fato alcançado é necessário analisar a localização das instalações da empresa fornecedores depósitos e toda a estrutura de transportes MARTINS ALT 2009 Para Pozo 2019 a distribuição é uma parte da logística que recebe muita aten ção e importância afinal o resultado direto das ações da empresa dependerá da eficiência deste processo A entrega dos materiais produtos matériaprima enfim tudo aquilo que será levado ao seu destino final seja ele o consumidor final ou não requer muita atenção para que as necessidades sejam plenamente atendidas É normal que os principais autores da área de logística sempre deem maior foco nas suas atenções para empresas privadas que atendem os seus clientes finais En tretanto não podemos esquecer as empresas públicas que debaixo do seu leque de atividades precisa abastecer toda a sua cadeia de atividades inseridas em serviços públicos disponibilizados para as pessoas Então meu caroa alunoa muda o tipo de empresa mas a importância e ações são as mesmas compreenda isso 147 No contexto atual a gestão logística possibilita que exista a integração entre todas as áreas que interagem diretamente com o seu cliente administração de materiais vendas controle de produção recebimento e transportes A área de transporte é muitas vezes confundida com a própria logística mas para fins de esclarecimento é apenas uma das atividades ligadas à logística Uma das principais funções da área de transporte é de atender ao processo produtivo da empresa ou suprimir as necessidades de serviços das empresas no momento e lugar certo na quantidade certa e no tempo certo ao menor custo possível eliminando custos desnecessários e agregando valor aos serviços POZO 2019 Em função da evolução tecnologia nos últimos anos já existem softwares que ajudam a simular cenários para buscar uma solução eficiente considerando os recursos disponíveis para a empresa bem como a possibilidade de utilizálas Assim através da distri buição é possível realizar a transferência ou movimentação dos materiais desde a sua origem até o ponto de consumo utilizando ou não intermediários A venda direta é uma forma de distribuição que não utiliza intermediários ou seja a própria empresa ficará responsável pela entrega dos produtos mercadorias ou materiais diretamente para o consumidor final utilizando os recursos que ela possui à sua disposição No caso da venda indireta a distribuição vai passar por intermediários até alcançar o consumidor final Neste caso empresas terceiriza das formam os canais de distribuição CHIAVENATO 2014 UNICESUMAR O processo de distribuição é muito complexo isto é deve contemplar necessariamente um conjunto de atividades integradas para fazer com que o material chegue ao consumidor final ou industrial O consumidor final é aquele que compra o produto ou material para atender as suas próprias necessidades pessoais e não para revenda ou outra finalidade comercial O consumidor industrial é uma empresa que utiliza o material para produzir ou prestar algum tipo de serviço comercial CHIAVENATO 2014 Muitas vezes o sistema de distribuição da empresa vai requerer um canal de distribuição Esses canais de distribuição são basicamente os intermediários que têm como função adquirir e revender um determinado produto Independentemente da forma de distribuição o objetivo será sempre o atendimento das necessidades do consumidor final Vejamos alguns exemplos de sistemas de distribuição segundo Chiavenato 2014 O intermediário agente que é muito conhecido nos meios empresariais como representante comercial pois ele não compra ou adquire os produtos mas tem como objetivo revender A sua remuneração é comissionada em função da quantidade vendida Já o intermediário comerciante compra a mercadoria realiza o armazenamento e depois a revende assumindo todos os riscos do negócio Em regra geral os intermediários agentes não são considerados canais de distribuição em contrapartida os intermediários comerciantes em função da aquisição do produto assumem o risco de compra venda e entrega da mercadoriamaterial UNIDADE 5 150 Assim vamos analisar cada uma das formas básica de distribuição segundo Chiavenato 2014 na distribuição direta do produtor ao consumidor ba sicamente a distribuição da empresa ocorre diretamente para o consumidor final sem que haja a necessidade de intermediários Neste caso a empresa vai precisar ter um grande volume de estoques e arcar com os custos inerentes a eles Na distribuição por meio de varejistas a empresa acaba tendo interme diários que fazem o processo de venda e o contato direto com os consumidores finais Esta é uma opção viável principalmente para muitas indústrias pois todo o investimento em vendas e em estocagem acaba sendo de responsabilidade do varejista Na distribuição através de atacadistas neste caso a empresa passa a se concentrar apenas na distribuição e todo o processo de comercialização fica por conta dos atacadistas e varejistas Assim a logística de distribuição é uma forma de lidar com os materiais ou produtos acabados em direção ao consumidor final Caberá a você enquanto gestor logístico ou de materiais realizar um planejamento e controle de eficiência diante de todo o fluxo de materiais desde o fornecedor ao ponto de consumo com o objetivo principal de atender às necessidades dos clientes ou usuários na ponta final do fluxo Desta forma a logística acaba sendo uma atividade muito complexa e com um viés estratégico para as empresas pois antes a logística era vista apenas como uma área operacional de transportes visão superada com o surgimento de muitos métodos para controles de distribuição movimentação bem como a própria gestão de materiais e suprimentos 3 Reduzir os custos de produção Uma movimentação adequada dos materiais proporciona a redução dos custos por meio de ações como redução da mão de obra braçal através da utilização adequada de equipamentos de movimentação e transportes mais automatizados e que envolva menos transportes manuais redução dos custos de materiais utilizando um tipo de armazenamento que possibilite a redução de perdas de materiais redução de custos gerais por meio de um menor nível de estoques de materiais armazenados e em trânsito Desta forma a movimentação de materiais deve proporcionar para a empresa o menor valor possível nos custos Afinal este aspecto será sempre um importante indicador de desempenho para avaliar a eficiência dentro de um sistema que envolva a gestão e a movimentação de materiais TRANSPORTES Para transportar os materiais as empresas utilizam a matriz de transportes por meio de cinco modais ferroviários hidroviário aéreo dutoviário e rodoviário Transportar significa basicamente que existirá uma movimentação de um lugar para outro utilizando algum dos modais de transportes 151 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS A gestão da cadeia de suprimentos revolucionou a logística na sua totalidade Com os sistemas pautados na tecnologia da informação avançando cada vez mais a cadeia de suprimentos passou por uma revolução em áreas como a ad ministração de materiais sendo responsável pela redução do período de armaze nagem dos materiais redução do número de fornecedores e consequentemente mais clientes satisfeitos com os serviços prestados Até mesmo na esfera pública foi possível perceber mais eficiência no processo como um todo reduzindo as ne cessidades de grandes estoques para amortecer a demanda dos serviços públicos A cadeia de suprimentos ou como é conhecido no mundo dos negócios su pply chain management nada mais é do que um processo integrado de logís tica amparado por muitas tecnologias via sistemas que possibilitam o melhor gerenciamento das informações e integrando a cadeia de suprimentos desde o fornecedor até o consumidor final NOVAS DESCOBERTAS Título Logística um enfoque prático Autor Fabiano Caxito Editora Saraiva Sinopse este livro chega à 3ª edição totalmente atualizado preser vando o enfoque prático e didático dos principais temas que envolvem a logística brasileira e internacional Evidencia a realidade das operações logís ticas no Brasil com todos os assuntos relacionados à gestão planejamento infraestrutura legislação atual tendências tecnologia e desafios logísticos do mercado Comentário excelente livro para aqueles que buscam um enfoque prático da disciplina com uma linguagem de fácil compreensão e está disponível no Studeo em minha biblioteca UNICESUMAR UNIDADE 5 152 Para você estudante entender melhor este conceito basta observar que muitas empresas trabalham com um grande número de fornecedores para atender as suas demandas de materiais considerando os requisitos de compras por exemplo tempo de entrega preço qualidade e outros fatores que podem ser decisivos no momento da negociação No caso de um sistema voltado para a gestão da ca deia de suprimentos a empresa buscará reduzir o seu número de fornecedores e procurar relações de colaboração cooperação e parcerias para encontrar a forma mais eficiente de movimentar os materiais com o propósito de reduzir os custos e agregar valor à cadeia Assim podemos dizer que a gestão da cadeia de suprimen tos é um modelo superado do modelo tradicional de compras pois é estabelecido um relacionamento permanente entre fornecedor e cliente não só no processo de compra e venda mas também no desenvolvimento das estratégias em conjunto Descrição da Imagem a imagem apresenta um fluxo de uma cadeia de suprimentos São apresentados lado a lado seis integrantes que se direcionam sequencialmente por meio de uma seta para a direita Da esquerda para a direita temse fornecedor de segunda camada Second Tier Supplier Fornecedor de primeira camada First Tier Supplier Empresa Foco ou Focal Distribuidor Cliente de Primeira Camada Varejista Cliente de Segunda Camada e por fim o Cliente final Abaixo dos integrantes da cadeia há uma seta horizontal que indica tanto para a esquerda quanto para a direita e é dividida bem ao meio por uma reta vertical localizada abaixo da Empresa Foco ou Focal Partindo deste ponto central a parte que se direciona para a esquerda referese ao sentido montante Upstream e a parte que se direciona para a direita referese ao sentido jusante Downstream Figura 5 Representação de uma Supply Chain SC Fonte Pires 2016 p 37 153 Para que isto se torne de fato realidade é necessário um alto grau de integração e troca de informações em tempo real entre fornecedor e cliente lembrando que por cliente podemos destacar não só o consumidor final mas as empresas que fazem parte deste processo Martins e Alt 2009 explicam alguns objetivos da cadeia de suprimentos sendo eles atender às necessidades rapidamente dos clientes bus cando um diferencial competitivo em relação à concorrência reduzir os custos financeiros por meio da utilização e menos capital de giro redução dos desperdí cios através da redução de atividades que não geram valor aos produtos e serviços Desta forma os integrantes da cadeia de suprimentos juntos vão se organizar para melhorar o desempenho logístico e se adaptar rapidamente às necessidades do ambiente em que estão inseridas Porém isto só é possível se houver um alto grau de integração entre o fornecedor e o cliente que enquanto verdadeiros parceiros de negócios consigam diminuir os custos logísticos e melhorar o de sempenho da cadeia de suprimentos Assim em uma perspectiva colaborativa entre os membros da cadeia de su primentos os arranjos logísticos deixam de ter ligações independentes entre os fornecedores e as empresas para ter uma integração coordenada melhorando a eficiência nos três níveis estratégicos da empresa estratégico tático e operacional Descrição da Imagem temos uma sequência de itens que indica o que comprar fazer mover armazenar e vender Abaixo ao nível estratégico temos a análise e decisões sobre a cadeia de suprimentos em anos Abaixo ao nível tático e operacional temos o planejamento da produção demanda e desenvolvimento otimização planejamento de transportes entre instalações otimização dos transportes e itinerários da frota em semanas e meses ou dias Em um nível abaixo temos o sistema transacional com o ERP sistema de gestão operacional gerenciamento da distribuição e o gerenciamento do sistema de transporte em minutos e horas Figura 6 A Supply Chain representada Fonte Martins e Alt 2009 p 378 UNICESUMAR UNIDADE 5 154 Assim para que a integração ocorra de forma eficiente Pozo 2019 apresenta cinco etapas que são fundamentais no processo de integração no canal de distribuição Passos Descrição 1 Integração da infraestrutura com clientes e fornecedores A integração dos sistemas de infor mações principalmente computacio nais e o crescente uso de sistemas como o EDI Electronic Data Inter change entre fornecedores clientes e operadores logísticos têm permiti do a flexibilização do atendimento ao cliente e a forte redução de custos Essas práticas têm proporcionado trabalhar com entregas JustInTime e diminuir os níveis gerais de esto ques 2 Reestruturação do número de fornecedores e clientes O envolvimento dos fornecedores desde os estágios iniciais do desen volvimento de novos produtos Early Supplier Involvement tem proporcio nado principalmente uma redução no tempo e nos custos de desenvol vimento dos produtos e principal mente atendendo os requisitos reais do cliente 3 Desenvolvimento integrado do produto Permite que a concepção dos produ tos seja projetada visando a seu de sempenho logístico dentro da cadeia de suprimentos e as reduções de custo em todo seu processo e facili dades de atendimento do cliente 155 4 Desenvolvimento logístico dos produtos É a estruturação estratégica e a com patibilização dos fluxos da cadeia de suprimentos da empresa e controle das medidas de desempenho atrela das aos objetivos da cadeia produti va como um todo 5 Cadeia estratégica produtiva Significa reestruturar normalmente por meio da redução do número de fornecedores e clientes construindo e aprofundando as relações de par ceria com o conjunto de empresas com as quais realmente se deseja desenvolver um relacionamento colaborativo e forte que proporcione uma ação sinergética Quadro 4 Os cinco passos para o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos SCM Fonte Pozo 2019 p 95 Assim esse conceito de gestão da cadeia suprimentos de buscar mais competi tividade e manter um relacionamento mais próximo e colaborativo entre clien te e fornecedor faz com que muitas empresas buscassem aplicar esse conceito gerando mais eficiência afinal por meio da colaboração entre os integrantes da cadeia de suprimentos é possível aumentar a eficiência dos processos logísticos Quando estou ministrando disciplinas na área de logística nesta etapa de explicação da ca deia de suprimentos costumo dizer que a cadeia de suprimentos é como um casamento isto porque é necessário que seja algo bom para ambos os lados pois a partir do momen to que não for bom o suficiente para um dos lados a relação poderá apresentar proble mas A explicação da cadeia de suprimentos comparando com um casamento acontece porque em ambas as situações sempre existirá o propósito de uma relação de longo prazo e muita colaboração e ambos precisam estar satisfeitos com a relação ou seja precisa ser algo ganhaganha portanto bom para todos Portanto na cadeia de suprimento sempre deverá ter uma integração com o compartilhamento de responsabilidades afinal o suces so de um vai depender diretamente do que o outro está fazendo também EXPLORANDO IDEIAS UNICESUMAR UNIDADE 5 156 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA GESTÃO DE MATERIAIS E LOGÍSTICA Muitas empresas possuem o desafio de gerenciar de maneira adequada os seus materiais eliminando os desperdícios e potencializando a lucratividade Esse processo só é possível quando existe tecnologia embarcada neste processo além da própria experiência dos profissionais que é importante para tomar decisões baseadas em dados e informações Ao longo deste tópico vamos apresentar al gumas dessas tecnologias que podem auxiliar os gestores sejam públicos ou privados no processo de tomada de decisão A tecnologia é o alicerce que muitas empresas possuem para melhorar a ges tão de materiais Da mesma maneira os sistemas de gestão se tornaram mais modernos e viabilizaram um acompanhamento dos materiais em tempo real melhorando a performance e identificando falhas nas atividades da empresa que podem eventualmente prejudicar o andamento das operações Assim uma gestão eficiente de materiais requer coleta de dados em tempo real ajudando os profissionais e gestores a tomarem decisões rapidamente por exemplo quais materiais precisam de uma reposição rápida Assim vamos conhecer algumas dessas tecnologias Talvez para você estudante que já trabalha na área ou até mesmo em outros segmentos o sistema mais conhecido é o famoso ERP Enterprise Resource 157 Planning Esse sistema de gestão integrada empresarial certamente é o mais utilizado nas empresas Segundo Gonçalves 2013 um sistema ERP possibilita o registro integrado de todas as informações da empresa monitorando em tempo real os estoques de materiais compras vendas produção etc Este tipo de inte gração dividido em módulos ajuda os gestores a terem uma visão panorâmica da empresa inclusive compartilhando dados e informações entre as diferentes áreas em tempo real O sistema WMS Warehouse Management System ou SGA Sistemas de Gestão de Armazéns basicamente tem como objetivo gerenciar todos os aspec tos de um armazém ou depósito como entrada e gerenciamento de estoques processamento e expedição de materiais As atividades inerentes a esse sistema vai depender da complexidade e do tipo de negócio BALLOU 2006 Outro sistema muito utilizado na logística é o TMS Transportation Manage ment System ou SGT Sistemas de Gerenciamento de Transportes Esse sistema ajusta as empresas a gerenciar a área de transporte realizando o monitoramento de cargas entregas auditorias roteirização entre outros NOGUEIRA 2018 As sim este sistema ajudará a planejar todas as atividades inerentes aos transportes selecionando o modal mais adequado calculando fretes processando pedidos e até realizando o faturamento Assim saindo um pouco da parte de sistemas que apoiam o sistema lo gístico de materiais de uma empresa também temos sistemas que ajudam no controle e na operação Dentro das empresas talvez o sistema de controle mais utilizado seja o Código de Barras representado por uma sequência de barras que possuem informações e características do produto Para interpretar os dados que estão representados nas barras existe um aparelho para decodificar as informações chamado de Scanner que possui um raio laser que converte a representação gráfica em letras legíveis CAXITO 2019 O custo de implantação e utilização desta ferramenta é relativa mente baixo por isso é um sistema muito utilizado pelas empresas para registros de entrada processamento e saída de informações produtos e materiais Assim fica mais fácil controlar todo o fluxo de materiais da empresa em tempo real Rfid Sistemas de Identificação por Radiofrequência é um tipo de tecnologia que vem sendo cada vez mais utilizado pelas empresas Tratase de uma etiqueta que possui um microchip que emite um sinal via rádio permitindo controlar produtos e materiais a distância sem a necessidade de nenhum contato visual UNICESUMAR UNIDADE 5 158 Caxito 2019 explica que este formato de tecnologia permite controlar e rastrear materiais e produtos em movimentação ao longo da cadeia de abastecimento As etiquetas inteligentes são colocadas nos itens e permitem o armazenamento de informações que serão enviadas por meio de transmissores e que respondem a sinais de frequência Assim é possível controlar quase de forma instantânea os estoques da empresa com todas as informações necessárias Um outro recurso tecnológico utilizado pelas empresas que facilita a troca de dados de forma instantânea é o famoso EDI Eletronic Data Interchange Um computador da empresa por meio de uma conexão via internet com um software específico estabelece um canal de comunicação direto entre empresa e fornecedor enviando e recebendo pedidos de compras A ideia por trás deste sistema é relativamente simples Ao invés das empresas realizarem as comunica ções de forma manual o sistema realiza o envio de dados eletronicamente com informações de compras direto do computador da empresa para o computador do fornecedor O EDI é um sistema de troca de informações automatizada de um computador para outro NOGUEIRA 2018 Desta forma meu caro estudante agora que você conheceu um pouco das principais aplicações tecnológicas na gestão de materiais podemos também elencar vários benefícios da sua utilização De forma geral o principal benefício é estar am parado pela tecnologia da informação e pela transformação digital sempre buscan do novas práticas e tendências de mercado que vão possibilitar benefícios como Elevação da produtividade por meio da tecnologia da informação tarefas mais operacionais podem ser executadas via sistema permitindo aos colaboradores desempenhar outras atividades que venham agregar valor para a empresa Em outras palavras o sistema vai fazer o trabalho repetitivo e manual com mais agili dade no controle e no processo e o colaborador conseguirá analisar e interpretar cenários estratégicos do setor buscando sempre mais produtividade Eliminação dos desperdícios quando um material fica muito tempo parado no estoque da empresa isso pode levar a inúmeros desperdícios de recursos Assim um sistema poderá auxiliar o departamento de compras para trabalhar de modo mais eficiente com as necessidades de estoques da empresa Na prática o sistema vai trabalhar com dados precisos para iniciar o processo de reposição de estoques sempre que necessário com uma margem segura 159 Tomada de decisão os dados dos materiais da empresa ficam à disposição sem pre em tempo real Assim ajudará o setor de compras a pensar em compras mais estratégicas considerando as necessidades a médio e a longo prazo Agilidade o sistema vai realizar todo o monitoramento necessário para identificar itens que são necessários com certa urgência Assim existe uma integração direta e rápida com o departamento de compras evitando que a empresa fique sem os materiais que são necessários para as suas atividades Além disso a comunicação tornase mais ágil entre as equipes de vendas e financeiro compartilhando infor mações dando mais fluidez e reduzindo a burocracia pois não será necessário todo aquele processo formal pois os sistemas muitas vezes são automatizados Segurança da informação este é um ponto importante pois tivemos recen temente a implantação da Lei Geral de Proteção de Dados LGPD Assim é necessário acompanhar e assegurar as conformidades estipuladas em lei ou seja como tratar os dados particulares das pessoas Podemos observar que a partir da utilização da tecnologia a gestão de materiais se torna mais eficiente possibilitando inúmeros benefícios Tais soluções tecno lógicas podem ajudar em pelo menos dois pilares diferentes reduzindo os des perdícios e aumentando a produtividade Assim vale a pena buscar também outras soluções que estão em alta e que podem ajudar na gestão de materiais por exemplo a internet das coisas que possibilita a comunicação e conectividade en tre diferentes objetos por exemplo em uma empresa que trabalha com produtos controlados por determinada temperatura os sensores podem ajudar a controlar tanto o resfriamento quanto o aquecimento Outro exemplo é realizar o controle de estoques através de câmeras captando as imagens e compartilhandoas com o sistema de gestão de materiais UNICESUMAR 160 1 A movimentação de materiais pelas empresas é um aspecto muito importante para o atendimento das necessidades da empresa e também na redução dos seus cus tos operacionais A movimentação inclui os estoques de produtos e materiais que a empresa utiliza para garantir o seu fluxo de atividades Sobre os principais objetivos da movimentação de materiais avalie as afirmativas a seguir I As empresas estão em busca do aumento de eficiência utilizando os seus espa ços por exemplo de forma racional a fim de evitar desperdícios II A movimentação de materiais também precisa ocorrer dentro de um limite de segurança melhorando as condições de trabalho III Reduzir ou aumentar a quantidade de materiais estocados dando mais fluidez aos processos da empresa É correto o que se afirma em a I apenas b II apenas c III apenas d I e II apenas e I II e III 2 É muito fácil perceber no Brasil que a maior parte dos transportes de materiais é realizado pelo modal rodoviário ou seja as mercadorias são transportadas por meio de rodovias e estradas mesmo que muitas vezes não seja o transporte mais eficiente em termos de custos Sobre a principal característica do modal rodoviário assinale a alternativa correta 161 a É um modal que possui muita flexibilidade e consegue chegar a lugares que outros modais não dão conta de entregar b É um modal que consegue entregar uma grande quantidade de produtos de forma muito eficiente reduzindo muitos os custos de transportes c O modal rodoviário é vantajoso no Brasil principalmente pela infraestrutura exis tente de transporte d A principal desvantagem do modal rodoviário está no custo do ativo afinal o custo de aquisição dos caminhões é muito alto e O modal rodoviário é um meio de transporte muito rápido principalmente con siderando a sua frequência e em comparação com outros modais de transporte existentes 3 Existem muitas formas diferentes que as empresas podem utilizar para fazer a dis tribuição dos seus produtos ou seja garantir que cheguem ao seu consumidor final Cada caso dependerá dos próprios objetivos da empresa e das especificidades de mercado Assim considerando as diferentes formas de distribuição avalie as afirmativas a seguir I A distribuição direta do produtor ao consumidor é essencialmente a distribuição da empresa ao consumidor final com a necessidade de intermediários Nesse caso a empresa deve ter um grande estoque e deve ser responsável pelos custos decorrentes II Ao distribuir por meio de distribuidores a empresa alcança intermediários que realizam o processo de venda e que não estão em contato direto com o con sumidor final III Ao distribuir por meio de atacadistas a empresa nesse caso passa a focar ape nas na distribuição e todo o processo de negócios fica por conta de atacadistas e varejistas É correto o que se afirma em a I apenas b II apenas c III apenas d I e III apenas e I II e III 162 Unidade 1 CAVALCANTE L F O Administração patrimonial São Paulo Cengage Learning Brasil 2016 DIAS M A P Administração de materiais uma abordagem logística São Paulo Atlas 2019 DIAS M A P Administração de materiais princípios conceitos e gestão São Paulo Atlas 2011 GONÇALVES P S Administração de materiais São Paulo Atlas 2020 GURGEL F A FRANCISCHINI P G Administração de materiais e do patrimônio São Paulo Cengage Learning 2013 MARTINS P G ALT P R Administração de materiais e recursos patrimoniais São Paulo Saraiva 2009 MAXIMIANO A C A Introdução a administração São Paulo Atlas 2011 POZO H Administração de recursos materiais e patrimoniais uma abordagem logística São Paulo Atlas 2015 SAPIRO A CHIAVENATO I Planejamento estratégico São Paulo Elsevier 2016 Unidade 2 BRASIL Decretolei nº 25 de 30 de novembro de 1937 Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional Brasília Presidência da República 1937 Disponível em https wwwplanaltogovbrccivil03decretoleidel0025htm Acesso em 16 dez 2022 BRASIL Instrução normativa nº 11 de 21 de fevereiro de 1996 Dispõe sobre a apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas a partir do anocalendário de 1996 Brasília Secretaria da Receita Federal 1996 Disponível em http normasreceitafazendagovbrsijut2consultalinkactionvisaoanotadoidAto13034 Aces so em 16 dez 2022 BRASIL Lei nº 4717 de 29 de junho de 1965 Regula a ação popular Brasília Presidência da República 1965 Disponível em httpswwwplanaltogovbrccivil03leisl4717htm Acesso em 16 dez 2022 CAVALCANTE L F O Administração patrimonial São Paulo Cengage Learning Brasil 2016 MARTINS P G ALT P R Administração de materiais e recursos patrimoniais São Paulo Saraiva 2009 POZO H Administração de recursos materiais e patrimoniais uma abordagem logística São Paulo Atlas 2015 163 Unidade 3 BRASIL Lei nº 8666 de 21 de junho de1993 Regulamenta o art 37 inciso XXI da Constitui ção Federal institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências Brasília D O U 1993 Disponível em httpswwwplanaltogovbrccivil03leis l8666conshtm Acesso em 11 fev 2022 BRASIL Lei n 10520 de 17 de julho de 2002 Institui no âmbito da União Estados Distrito Federal e Municípios nos termos do art 37 inciso XXI da Constituição Federal modalidade de licitação denominada pregão para aquisição de bens e serviços comuns e dá outras providên cias Brasília D O U 2002 Disponível em httpswwwplanaltogovbrccivil03leis2002 l10520htm Acesso em 11 fev 2022 BRASIL Licitações e contratos orientações e jurisprudência do TCU 4 ed rev atual e ampl Brasília TCU SecretariaGeral da Presidência Senado Federal Secretaria Especial de Editora ção e Publicações 2010 Disponível em httpswwwcjfjusbrcjfunidadescontroleinterno normatizacaomanualdelicitacoesecontratosorientacoesdotcu Acesso em 11 fev 2023 CHIAVENATO I Gestão de materiais uma abordagem introdutória Barueri Manole 2014 GONÇALVES P S Administração de materiais São Paulo Atlas 2020 IBM Compreenda seu impacto IBM 2023 Disponível em httpswwwibmcombrpttopi csedielectronicdatainterchange Acesso em 11 fev 2023 MARTINS P G ALT P R Administração de materiais e recursos patrimoniais São Paulo Saraiva 2009 SEBRAE Compras Públicas um bom negócio para a sua empresa Brasília Sebrae 2017 Dis ponível em httpswwwgovbrcomprasptbrfornecedormidiacompraspblicaspdf Acesso e 11 fev 2023 Unidade 4 CAXITO F Logística um enfoque prático São Paulo Saraiva Educação 2019 CHIAVENATO I Gestão de materiais uma abordagem introdutória Barueri SP Manole 2014 DIAS M A P Administração de materiais uma abordagem logística São Paulo Atlas 2019 MARTINS P G ALT P R Administração de materiais e recursos patrimoniais São Paulo Saraiva 2009 164 Unidade 5 BALLOU R H Gerenciamento da cadeia de suprimentos logística empresarial São Paulo Prentice Hall 2006 BOWERSOX D J et al Gestão logística da cadeia de suprimentos São Paulo Bookman 2014 CHIAVENATO I Gestão de materiais uma abordagem introdutória Barueri SP Manole 2014 CAXITO F Logística um enfoque prático São Paulo Saraiva Educação 2019 DIAS M A P Administração de materiais uma abordagem logística São Paulo Atlas 2019 GONÇALVES P S Logística e cadeia de suprimentos o essencial Barueri São Paulo Manole 2013 GONÇALVES P S Administração de materiais São Paulo Atlas 2020 MARTINS P G ALT P R Administração de materiais e recursos patrimoniais São Paulo Saraiva 2009 NOGUEIRA A S Logística empresarial um guia prático de operações logísticas São Paulo Atlas 2018 PIRES S R I Gestão da cadeia de suprimentos Supply chain management conceitos estra tégias práticas e casos São Paulo Atlas 2016 POZO H Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos uma introdução São Paulo Atlas 2019 165 Unidade 1 1 Letra E Todas as alternativas são atividades fundamentais para a gestão de estoques 2 Letra C A afirmativa II está incorreta pois a área de compras faz parte da área de logística 3 Letra D A afirmativa III está incorreta pois as atividades de negociação são determi nadas pela área de compras Unidade 2 1 Resposta Letra E Todas as classificações mencionadas estão corretas 2 Resposta Letra B Apenas os ativos fazem parte dos recursos patrimoniais da empresa 3 Resposta Letra B O processo que envolve o registro e controle dos recursos da em presa é conhecido como inventário Unidade 3 1 E Todas as alternativas contemplam fases do processo de compras 2 B Com este sistema automatizado as informações podem ser transmitidas e recebi das rapidamente em vez de dias e horas que seriam necessários por meio de outros métodos Com isso existe uma redução de custos e agrega valor aos processos em função da agilidade 3 D Assim na esfera pública para escolher a modalidade de compras deverá obedecer a pelo menos dois critérios a qualitativo a modalidade será escolhida em função das características do objetivo b critérios quantitativos essa modalidade será definida em função do valor 166 Unidade 4 1 A apenas essa alternativa apresenta o conceito adequado ou seja os materiais são os itens necessários para a empresa exercer as suas atividades 2 A pois essa alternativa representa o método supracitado no enunciado ou seja com base na última compra realizada 3 A pois as alternativas II e III apresentam o conceito correto dos grupos B e A ou seja itens A são mais importantes seguidos por B menos importantes e pelos itens C que possuem baixa importância para a empresa Unidade 5 1 D As estratégias relacionadas à redução ou aumento dos materiais de estoque fazem parte das estratégias mercadológicas 2 A A principal atratividade do modal rodoviário é justamente a sua flexibilidade po dendo chegar quase sempre ao ponto final de entrega 3 C Na distribuição direta não temos intermediários E os intermediários muitas vezes têm o contato direto com o consumidor final MEU ESPAÇO MEU ESPAÇO