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Enfermagem ·

Parasitologia Humana

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CID10 B651 CARACTERISTICAS GERAIS DESCRICAO Doenga parasitaria de evolugao crénica cuja magnitude da prevaléncia severidade das formas clinicas e a evolugao a caracterizam como um importante problema de saude publica no Pais Conhecida também como xistose barrigadagua e doenga dos caramujos AGENTE ETIOLOGICO Schistosoma mansoni um helminto pertencente a classe Trematoda a familia Schistossomatidae e ao género Schistosoma Sao vermes digenéticos delgados de coloragao branca e sexos separados A fémea adulta mais alongada encontrase alojada em uma fenda do corpo do macho denominada canal ginecdforo BRASIL 2014 HOSPEDEIROS E RESERVATORIOS Hospedeiro definitivo O ser humano 0 principal hospedeiro definitivo do S mansoni E nele que o parasita desenvolve a forma adulta e se reproduz sexuadamente gerando ovos que sao disseminados no meio ambiente por meio das fezes ocasionando a contaminagao das colecées hidricas Os primatas marsupiais gamba ruminantes roedores e lagomorfos lebres e coelhos sao considerados hospedeiros permissivos ou reservatérios no entanto nao esta bem definida a participagao desses animais na transmissao e na epidemiologia da doenga apesar da capacidade de todos em eliminar ovos nas fezes Hospedeiro intermediario O ciclo biolégico do S mansoni depende da presenga do hospedeiro intermediario no ambiente Os caramujos gastrépodes aquaticos pertencentes a familia Planorbidae e ao género Biomphalaria sao os organismos que possibilitam a reprodugao assexuada do helminto Os planorbideos sao caramujos pulmonados e hermafroditas que habitam colegdes de agua doce com pouca correnteza ou parada como riachos e cérregos BRASIL 2008 CARVALHO 2020 No Brasil as espécies Biomphalaria glabrata B straminea e B tenagophila estao envolvidas na transmissao da esquistossomose Ha registros da distribuigao geografica das principais espécies em 24 estados localizados principalmente nas Regides Nordeste Sudeste e CentroOeste BRASIL 2008 BRASIL 2014 CARVALHO 2020 875 o me a S MODO DE TRANSMISSAO oO e O ser humano adquire a esquistossomose por meio da penetragao ativa da cercaria na pele Sau a Apos a infecgao as cercarias se desenvolvem para uma forma parasitaria primaria denominada a esquistossémulo que inicia 0 processo de migracao via circulagao sanguinea e linfatica até atingir o x 0 coragao e em seguida os pulmées alcangando o figado em que evoluem para as formas adultas O Nos vasos portais mesentéricos ocorre a acomodagao da fémea no canal ginecéforo do macho me sow 3 com reproducao sexuada e consequente oviposigao Uma parte desses ovos alcangam o lumen do ep i intestino e sao eliminados com as fezes e r No ambiente aquatico acontece a eclosdo do miracideo dos ovos que a forma ativa infectante do a van i hospedeiro intermediario Essa forma apresenta locomogao direcionada aos moluscos a sua garantia de sobrevivéncia esta diretamente relacionada ao encontro com o hospedeiro intermediario Algumas horas apés a penetragao dos miracidios no caramyujo iniciase um complexo processo de alteragées morfoldgicas que darao origem as cercarias Essas cercarias sao liberadas dos moluscos na agua sob estimulo de luz e aumento de temperatura que ocorre naturalmente no perfodo de meiodia O contato com agua contaminada por cercarias durante atividades profissionais ou de lazer como banhos pescas lavagem de roupa e louga ou plantio de culturas irrigadas constitui risco de se adquirir a esquistossomose PERIODO DE INCUBACAO E de duas a seis semanas apés a infeccao e compreende desde a penetracao das cercarias até 0 aparecimento dos primeiros sintomas Corresponde a fase de penetragao das cercarias seu desenvolvimento até a instalagdo dos vermes adultos no interior do hospedeiro definitivo Neste periodo em raras ocasiées ha 0 relato de sintomas tipo astenia cefaleia anorexia malestar e nausea PERIODO DE TRANSMISSIBILIDADE A pessoa infectada pode eliminar ovos viaveis de S mansoni a partir de cinco semanas apés a infecgao e por um periodo de seis a dez anos podendo chegar a até mais de 20 anos Os hospedeiros inter medidarios comecam a eliminar cercarias apds quatro a sete semanas da infecgao pelos miracidios Os caramujos infectados eliminam cercarias por toda a vida que aproximadamente de um ano SUSCETIBILIDADE VULNERABILIDADE E IMUNIDADE Toda pessoa é suscetivel embora existam variagoes individuais Ha evidéncias de que certo grau de resisténcia a esquistossomose se faz presente na maioria dos individuos expostos em areas hiperendémicas Essa resisténcia em grau variavel faz com que grande parte das pessoas continuamente expostas nao desenvolva infecgdes com grandes cargas parasitarias Por isso o numero de pessoas com manifestagdes clinicas severas 6 reduzido em relagdo ao total de portadores BRASIL 2017 876 e 3 Ww Ss Zz oO MANIFESTACOES CLINICAS E 1 wn 3 CLASSIFICACAO CLINICA a fe fe As manifestacoées clinicas correspondem ao estagio de desenvolvimento do parasito no hospedeiro 2 hye oy A maioria das pessoas infectadas pode permanecer assintomatica dependendo da intensidade da ri infecgao A esquistossomose pode ser classificada conforme a fase temporal inicial e tardia bem como em diferentes formas clinicas BRASIL 2006 BRASIL 2014 Fase inicial Penetragao das cercarias através da pele originando lesdes logo apds o contato ainda dentro do perfodo de incubagao Predominam as manifestacoes alérgicas sendo mais intensas nos individuos hipersensiveis e nas reinfeccdes Além das alteragdes dermatolégicas ocorrem também manifestagdes gerais devido ao comprometimento em outros tecidos e orgaos e Forma aguda assintomatica a maioria dos portadores nao apresenta sintomas da doenga As vezes a infecgdo em sua forma assintomatica é diagnosticada a partir das alteracdes dos exames laboratoriais de rotina eosinofilia e ovos viaveis de S mansoni nas fezes e Forma aguda sintomatica logo apés a infecgao ocorrem manifestagdes pruriginosas na pele semelhantes a picadas de inseto que podem durar até cinco dias apds a infecgao conhecidas como dermatite cercariana A febre de Katayama pode ocorrer apés trés a sete semanas de exposicao E caracterizada por alteragdes gerais que compreendem linfodenopatia febre cefaleia anorexia dor abdominal e com menor frequéncia 0 paciente pode referir diarreia nauseas vomitos e tosse seca Ao exame fisico pode ser encontrada hepatoesplenomegalia O achado laboratorial de eosinofilia elevada é bastante sugestivo quando associado a dados epidemioldgicos Fase tardia Iniciase a partir dos seis meses apés a infecgado e pode durar varios anos Podem surgir os sinais de progressao da doenga em diversos orgaos chegando a atingir graus extremos de severidade como hipertensao pulmonar e portal ascite ruptura de varizes do eséfago As manifestacées clinicas variam de acordo com a localizagao e a intensidade do parasitismo da capacidade de resposta do individuo ou do tratamento institufdo Apresentamse nas seguintes formas crénicas e Hepatointestinal e Hepatica e Hepatoesplénica compensada e Hepatoesplénica descompensada e Vasculopulmonar e Forma pseudoneoplasica e Outras localizagdes nos orgaos genitais femininos nos testiculos na pele na retina na tireoide e no coragao podendo aparecer em qualquer érgao ou tecido do corpo humano e Neuroesquistossomose mielorradiculite esquistossomotica uma forma grave capaz de produzir paralisias especialmente dos membros inferiores e que pode ocorrer até a fase inicial mesmo quando a produgao de ovos pequena 877 o me a iS Mais informagdes estao disponiveis no Guia de Vigilancia Epidemioldgica e Controle da co a Mielorradiculopatia Esquistossomdatica BRASIL 2006 e no Manual de Vigilancia da Esquistossomose mansoni diretrizes técnicas BRASIL 2014 D a Zz oO DIAGNOSTICO 3 O hoa oe O diagnéstico de esquistossomose mansoni definico principalmente por meio de exames laboratoriais RS O histérico da pessoa investigada e sua origem ou ter vivido ou frequentado ambientes reconhecidamente Oo 2 endémicos e os diagnésticos sindrémicos das diferentes formas clinicas orientam o diagnéstico me Re 5 i DIAGNOSTICO LABORATORIAL S O diagnéstico confirmado Figura 1 é feito pela detecgao de ovos nas fezes O método KatoKatz KK é recomendado para inquéritos de rotina nas areas endémicas e investigacdes epidemiolégicas Esse método possibilita a visualizagao e a contagem dos ovos por grama de fezes o que permite avaliar a intensidade da infeccao e pode servir como controle de cura O método de sedimentagao espontanea também chamado de método de Lutz ou método Hoffman Pons e Janer HPJ uma alternativa para detecao de ovos Em areas nao endémicas eou de baixa prevaléncia diante de achados clinicos sugerem que a esquis tossomose com busca negativa de ovos nas fezes cabe a investigacao laboratorial por sorologia para deteccgao de anticorpos IgM na reagao de imunofluorescéncia indireta IFI ou de anticorpos IgG por ensaio imunoenzimatico ELISA do inglés enzymelinked immunosorbent assay com antigeno de superficie de ovos SEA métodos disponiveis na rede de Laboratério Central de Saude Publica Lacen Especialmente nas areas de baixa endemicidade esses métodos sorolégicos indiretos tém utilidade pela limitagao de sensibilidade dos métodos para detecgao de ovos FIGURA 1 Fluxo para diagnostico laboratorial e desfecho de caso de esquistossomose Parasitoldgico de fezes L v Realiza tratamento Sener wee v Sorologia ELISA Parasitoldgico seriado Fonte DeidtSVSMS Preconizase também a realizagao de amostragem adicional seriada de fezes com pesquisa de ovos nos casos inicialmente negativos pelo KK que foram positivos pela sorologia E recomendavel ainda a cuidadosa revisao da investigagao epidemiolégica nos casos clinicamente suspeitos com risco identificado de exposigao a esquistossomose sem confirmagao pelo encontro de ovos e com 878 e g iS sorologia positiva Outros métodos tais como as sorologias com outros antigenos os métodos de deteccao de DNA PCR ou detecgao de antigenos no sangue ou urina necessitam de avaliagées i criteriosas de desempenho antes da inclusao no fluxo atualmente recomendado na rotina tanto de 5 diagndéstico individual quanto em inquéritos epidemioldgicos ou de monitoramento 8 a A bidpsia retal ou hepatica apesar de nao indicada na rotina para detecgao de ovos pode ser util a em casos suspeitos e na presenga de exame parasitoldgico de fezes negativo BRASIL 2014 METODOS DE EXAME POR IMAGEM Ultrassonografia ressonancia magnética RM e endoscopia sao de grande auxilio no diagnéstico da fibrose de Symmers e nos casos de hepatoesplenomegalia varizes esofagicas associadas a hipertensao porta e na mielite da neuroesquistossomose DIAGNOSTICO DIFERENCIAL A esquistossomose pode ser confundida com diversas doengas em fungao das diferentes manifestagdes que ocorrem durante sua evolucao Dermatite cercariana pode ser confundida com doengas exantematicas como dermatite por migragao de larvas de helmintos Ancylostoma duodenale Necator americanus Strongyloides stercoralis Ancilostoma brasiliensis por produtos quimicos langados nas colegées hidricas ou ainda por cercarias de parasitas de aves e Esquistossomose aguda o diagnéstico diferencial deve ser feito com outras doengas infecciosas agudas tais como febre tifoide malaria hepatites virais anictéricas Ae B estron giloidiase amebiase mononucleose tuberculose miliar e ancilostomiase aguda brucelose e doenga de Chagas aguda e Esquistossomose crénica nessa fase a doenga pode ser confundida com outras parasitoses intestinais como amebiase estrongiloidiase giardiase além de outras doengas do aparelho digestivo como as afecgdes que cursam com hepatoesplenomegalia calazar ou leishimaniose visceral leucemia linfomas hepatoma salmonelose prolongada forma hiperreativa da malaria esplenomegalia tropical e cirrose hepatica BRASIL 2008 O medicamento especifico preconizado pelo Ministério da Saude para o tratamento da esquis tossomose mansoni 0 praziquantel conforme orientagdes descritas no Quadro 1 e mediante o diagndstico comprovado pela deteccao de ovos O praziquantel integra o Componente Estratégico da Assisténcia Farmacéutica sendo 0 unico farmaco disponivel e distribufdo gratuitamente pelo Ministério da Saude aos estados e aos municipios O fracionamento dos comprimidos expde um sabor amargo que dificulta 0 tratamento das criancas Esta em desenvolvimento uma formula cao pediatrica do praziquantel por meio de um consércio internacional com a participagao do Instituto de Tecnologia em Farmacos da Fundagaéo Oswaldo Cruz FarmanguinhosFiocruz e do Ministério da Satide que devera facilitar a administragao e o ajuste de dose para criangas Informagoes adicionais acerca do diagnéstico e do tratamento estado disponiveis na Nota Informativa n 11 de 2017CGHDEDevitSVSMS BRASIL 2017 879 0 xe Ss a s QUADRO 1 Esquema terapéutico para tratamento da esquistossomose mansoni 2 y EFEITOS COLATERAIS 5 a MEDICAMENTO APRESENTAGAO DOSAGEM Baer Uinta ORIENTAGAO Ko a e Adultos 50 mgkg de peso Predominancia 2 Criangas de diarreia e dor Repouso por pelo 60 mgkg de peso abdominal menos 3 horas 2 Comorimidos 7 a apds a ingestao do i Cr 500 m Via oral Nao ha evidéncias medicamento para io g preferencialmente de provocar les6es prevenir nauseas e ro em dose Unica toxicas graves no tonturas sintomas 2 e Casos especiais figado ou em outros passageiros i ficam a critério orgaos médico Fonte DeidtSVSMS CONTRAINDICACOES DO PRAZIQUANTEL De maneira geral recomendase nao adotar o medicamento nas seguintes situagdes e Durante a gestagao e Durante a fase de amamentagao A lactante sera tratada em caso de uma forma grave da esquistossomose sob supervisao médica e Criangas menores de 2 anos a critério médico e Insuficiéncia hepatica grave fase descompensada da forma hepatoesplénica e Insuficiéncia renal ou outras situagdes graves de descompensagao clinica a critério médico OBJETIVOS e Estimar a magnitude da morbidade e da mortalidade da esquistossomose e Identificar grupos e areas de maior risco e Detectar precocemente casos e instituir tratamento oportuno e Adotar medidas de controle em tempo oportuno e Reduzir a prevaléncia e a intensidade da infecgao a ocorréncia de formas graves e de dbitos e Investigar autoctonia de caso para promover medidas de controle e intervengdes necessarias nas areas e Manter a vigilancia ativa com o intuito de evitar a instalagdo de focos onde a transmissao esta interrompida CLASSIFICACAO DAS AREAS DE TRANSMISSAO e Area endémica corresponde a um conjunto de localidades continuas ou contiguas em que a transmissao da esquistossomose esta estabelecida E a area onde a doenga obedece a um padrao epidemiolégico decorrente da combinagao de caracteristicas ambientais relacionadas ao agente etioldgico e aos hospedeiros intermediario e definitivo 880 3 Ww 5 e Area de foco 6 uma area endémica circunscrita dentro de uma 4rea até entdo indene em a A 1 geral como consequéncia de alteragdes ambientais ou socioeconémicas que tornaram 4 possivel a transmissao da doenga Pode ser classificada em ativa com transmissao ou 5 inativa transmissao interrompida is LY e Area indene é aquela em que nao ha registro de transmissao da esquistossomose a e Area vulneravel é aquela originalmente indene com a presencga natural ou introduzida do hospedeiro intermediario nas quais as modificagdes ambientais que possibilitam o assentamento de populagdes humanas infectadas tornam provavel o estabelecimento da transmissao BRASIL 2014 As agoes de vigilancia da esquistossomose sao desenvolvidas a partir da classificagdo das areas de transmissao Figura 2 FIGURA 2 Algoritmo do Sistema de Vigilancia da Esquistossomose Sistema de Vigilancia da Esquistossomose Diagnéstico positivo a ara Shistossoma Educacao Inquerito Demande Mapeamento Diagndstico de eon em saude censitario sPontanea de colegdes casos da forma busca ativa SOISS Todos os portadores e solicitacao hidricas grave e surtos incluindo os casos de médica forma grave e surto Percentual de Percentual de Percentual de positividade positividade positividade Tratamento Notificacao 15 15a 25 25 oportuno aan Investigagao sae mS ata Controle loca 0s casos pone coletivamente de cura provavel positivos conviventes Sede dalinfeccae Verificagdo Registro das atividades no Sistema da de informagao do Programa Trata o autoctonia de Vigilancia e Controle da caso EsquistossomoseSISPCE Controle Notificagao de cura no Sinan Fonte DeidtSVSMS 881 me i fs S DEFINICAO DE CASO oO E SUSPEITO cy Individuo residente eou procedente de area endémica com quadro clinico sugestivo das formas a assintomatica aguda ou crénica com histéria de contato com as colegoées hidricas nas quais existam caramujos eliminando cercarias Constituem critérios clfnicos de suspeita todas as manifestagdes o soe 4 a na g clinicas compativeis especialmente das formas mais graves forma toxémica aguda hepatoesplénica is soe no v hipertensao portal vasculhopulmonar neuroesquistossomose mielite nefropatia ginecoldgica intestinal pseudotumoral Todo caso suspeito deve ser submetido a exame parasitoldgico de fezes x Exames sorolégicos e por detecgao de antigenos ou acidos nucleicos PCR sao elementos de Ww iS suspeicdo mas nao sao confirmatérios CONFIRMADO Todo individuo que apresente ovos de S mansoni em amostra de fezes tecidos ou outros materiais organicos DESCARTADO Caso suspeito ou notificado sem confirmagao laboratorial Conforme a Figura 3 nas areas endémicas 0 registro dos dados operacionais e epidemiolégicos de rotina deve ser realizado por meio do Sistema de Informagao do Programa de Vigilancia e Controle da Esquistossomose SISPCE e os casos graves ou hospitalizados devem ser notificados no Sistema de Informagao de Agravos de Notificagao Sinan Todos os casos de esquistossomose provenientes de areas nao endémicas e focais sao de notificagao compulsdria e devem ser registrados no Sinan por meio do preenchimento da Ficha de Investigagao de Esquistossomose 882 e 3 Ww o FIGURA 3 Algoritmo do Sistema de Informagao para Esquistossomose is endémica in 2 Todos os portadores Sao notificados B A de esquistossomose no Sinan Tee com S focos isolados eerie edo Os portadores esquistossomose e esquistossomose detectados em SA ificad inquérito demanda Go peepee Os espontanea ne busca ativa ou por Areas endémicas e focais solicitagao médica com SISPCE instalado Fomtadores de Sao notificados esquistossomose nas no Sinan formas graves e surtos da doenga Fonte DeidtSVSMS Consiste na coleta detalhada de dados do caso mediante o preenchimento da Ficha de Investigagao de Esquistossomose com 0 objetivo de determinar os localais de risco e onde possivelmente ocorreu a transmissao com vistas ao direcionamento das acoes de vigilancia epidemioldgica e ambiental A investigacao deve ser realizada em todos os casos notificados no Sinan Uma vez concluida a investigacgao o caso devera ser classificado como e Autéctone se a transmissao ocorreu no mesmo municipio onde foi investigado importado se a transmissao ocorreu em municipio diferente daquele em que foi investigado e Indeterminado se 0 local da transmissao é inconclusivo ou desconhecido Descartado se 0 caso notificado nao tiver confirmacao laboratorial ROTEIRO DA INVESTIGACAO EPIDEMIOLOGICA Identificacao do paciente Preencher todos os campos dos itens Ficha de Investigagao de Esquistossomose relativos aos dados do paciente de residéncia e complementares Coleta de dados clinicos e epidemioldgicos Apresentase em uma sequéncia de informagées do paciente referentes aos dados de identificacao exames fisico e laboratorial local de residéncia e meio ambiente que devem ser descritas na Ficha de Investigagao de Esquistossomose do Sinan 883 884 Ministério da Saúde Guia de Vigilância em Saúde Para confirmar a suspeita diagnóstica Anotar na fcha de investigação os resultados laboratoriais verifcados Para identificação da área de transmissão Verifcar o local de procedência da pessoa realizar exame coproscópico dos conviventes e pesquisa malacológica para identifcação dos caramujos nas coleções hídricas existentes e verifcação da infecção Para determinação da extensão da área de transmissão Observar descrever e registrar as coordenadas geográfcas dos locais que favorecem a instalação de focos de transmissão da doença a distribuição geográfca dos caramujos hospedeiros intermediários B glabrata B straminea e B tenagophila e os movimentos migratórios de caráter transitório ou permanente de pessoas oriundas das áreas endêmicas Tanto em áreas rurais quanto urbanas a investigação deve ser conduzida para identifcar os locais de transmissão com vista à eliminação dos fatores de risco Coleta e remessa de material para exames As amostras coletadas devem ser encaminhadas ao laboratório das Secretarias Municipais de Saúde SMS para realização do diagnóstico para o S mansoni Encerramento de casos Confrmado por critério laboratorial todo caso suspeito que apresente ovos de S mansoni nas fezes em tecidos ou outros materiais orgânicos Óbito se não houver confrmação pelo exame parasitológico de fezes considerar como caso confrmado aquele com achado de ovos de S mansoni no exame histopatológico pré ou post mortem necrópsia Caso descartado caso notifcado cujo resultado laboratorial não foi confrmado ou teve como diagnóstico outra doença Controle de cura deve ser realizado no quarto mês após o primeiro tratamento realizado por meio de métodos de detecção de ovos em três amostras de fezes de dias diferentes Diante das limitações de sensibilidade dos métodos parasitológicos o melhor método para fazer controle de cura é ainda uma questão em aberto Nessa situação seria importante examinar em cada amostra o maior volume de fezes possível seja utilizando o método de sedimentação espontânea Lutz ou HPJ ou número maior de lâminas pelo método KatoKatz Avaliações extensas precisam ser feitas para demonstrar a utilidade de outros métodos como controle de cura em substituição aos métodos parasitológicos O método de eclosão de miracídeos que foi considerado uma boa opção como controle de cura não teve esse papel confrmado em estudos mais detalhados BORGES et al 2013 Relatório final Deve ser realizado com avaliação fnal da situação e encerramento da investigação e g a o VIGILANCIA SOBRE FATORES AMBIENTAIS 3 s SANEAMENTO AMBIENTAL 5 O saneamento ambiental visa atingir niveis de salubridade para proteger e melhorar as condigdes 3 de vida das populagoées urbanas e rurais Inclui abastecimento de agua potavel coleta e disposigdo ul sanitaria dos residuos lfquidos e sdlidos uso e ocupagao adequada do solo drenagem controle de vetores e reservatdérios de doengas transmissiveis No controle da esquistossomose 0 saneamento ambiental cria condigdes que reduzem a proliferagao e a contaminacgao dos hospedeiros intermediarios com consequente diminuigao do contato do ser humano com 0 agente patogénico As principais medidas de saneamento ambiental que podem contribuir para o alcance desse objetivo sao e Aterro drenagem ou retificagao de colegées hidricas e Revestimento e canalizagao de cursos dagua e Limpeza e remocgao da vegetagao marginal e flutuante e Abastecimento de agua para consumo humano e Esgotamento sanitario Controle do represamento de aguas Correcao de sistemas de irrigacao e Melhoria da infraestrutura sanitaria A selegao dessas medidas deve levar em conta os condicionantes locais e regionais quanto ao uso das colegées hidricas e os costumes da populagao A medida selecionada deve ser aquela que provoque o menor impacto no meio ambiente observandose a legislagdo ambiental em vigor MEDIDAS DE PREVENGAO E CONTROLE OBJETIVOS e Eliminar a esquistossomose como problema de sauide publica e Diminuir a carga parasitaria da doenga nas populagées e Detectar e reduzir as condigdes que favorecem a instalagao de focos de transmissao e expansao da doenga ESTRATEGIAS Controle dos portadores como estratégia de prevengado e Identificar os portadores por meio de inquéritos coproscépicos bianuais e Realizar tratamento dos portadores para reduzir a carga parasitaria e impedir o aparecimento de formas graves e Tratar os portadores de acordo com a prevaléncia encontrada na localidade 885 o me Ss a Ee prevaléncia menor que 15 tratar somente os casos positivos co Fs prevaléncia entre 15 e 25 tratar os casos positivos e os conviventes S00 D prevaléncia superior a 25 tratar toda a localidade BRASIL 2014 S so Para 0 diagnéstico e 0 tratamento dos portadores da infeccao 6 necessario 0 trabalho conjunto das 2 equipes de saude da Atengao Basica AB das esquipes da Estratégia Saude da Familia ESF entre my outros atores envolvidos para garantir uma cobertura de tratamento satisfatéria me SI B Nos ultimos anos a Organizagao Mundial da Saude OMS incentiva o desenvolvimento de estratégias i integradas de intervengao com outras doengas tropicais negligenciadas DTNs para otimizar recursos e ampliar a cobertura das agoes de vigilancia e controle dessas doengas A esquistossomose é Ww re considerada pela OMS uma DTN com metas globais de eliminagao como problema de sauide publica e fazem parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentavel ODS Controle de hospedeiros intermediarios Sao agoes de natureza complementar indicadas nas situagdes de levantamento de areas ainda nao trabalhadas investigacgao e controle de focos e em areas com registro de altas prevaléncias Consideramse as seguintes acées e Pesquisa de colecdes hidricas para determinagao do seu potencial de transmissao Quando indicado tratamento quimico de criadouros de importancia epidemioldgica Outras informagdes podem ser consultadas no documento Vigilancia da Esquistossomose Mansoni diretrizes técnicas BRASIL 2014 Educagao em saude As atividades de educagado em satide e de mobilizagao comunitaria devem preceder e acompanhar todas as atividades de busca de casos com o objetivo de promover atitudes e praticas que modifiquem as condigdes favorecedoras e mantenedoras da transmissao A orientagao da populagao quanto as maneiras pelas quais se previne a esquistossomose um fator indispensavel para o sucesso da intervengao Deve ser realizada pelos agentes de saude por profissionais das unidades basicas e de forma integrada com o setor da educagao com 0 objetivo de alcangar os escolares residentes nas areas endémicas BRASIL 2014 REFERENCIAS BRASIL Ministério da Saude Secretaria de Vigilancia em Saude Guia de vigilancia epidemioldgica e controle da mielorradiculopatia esquistossomotica Brasilia DF MS 2006 28 p Disponivel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes070061Mpdf Acesso em 18 jan 2021 BRASIL Ministério da Saude Secretaria de Vigilancia em Saude Departamento de Vigilancia Epidemioldgica Vigilancia e controle de moluscos de importancia epidemioldgica diretrizes técnicas Programa de Vigilancia e Controle da Esquistossomose PCE 2 ed Brasilia DF MS 2008 178 p Disponivel em httpsportalarquivos2saudegovbrimagespdf20 15agosto14 vigilanciacontrolemoluscosimportepidemio2edpdf Acesso em 18 jan 2021 886