·
Ciências Econômicas ·
Formação Econômica do Brasil
· 2023/2
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Respostas 1) Celso Furtado, ao abordar a história econômica do Brasil, destacou a importância de diversos fatores estruturais e conjunturais na formação da economia brasileira. Embora suas análises tenham enfatizado a dependência econômica do país e as desigualdades estruturais, é possível que ele tenha reconhecido a complexidade das crises econômicas, considerando múltiplos fatores em suas análises. Portanto, é verdadeiro afirmar que a crise cambial de 1952 resultou da conjunção de diferentes fatores, incluindo aspectos não previstos na conjuntura internacional, a má condução da política de controle de importações e uma taxa de câmbio sobrevalorizada, entre outros elementos econômicos e políticos que podem ter contribuído para esse episódio específico da história econômica brasileira. O contexto internacional desempenhou um papel importante, especialmente após a Segunda Guerra Mundial. O Brasil, assim como outros países, enfrentou desequilíbrios comerciais devido à escassez de divisas e à necessidade de importação de bens de capital e insumos para a reconstrução pós- guerra. A política de controle de importações, em certa medida, poderia ter contribuído para a crise, pois a restrição excessiva das importações limitou o acesso a bens essenciais para a produção, afetando negativamente a atividade econômica enquanto a taxa de câmbio sobrevalorizada também é apontada como um fator que contribuiu para a crise, por ter levado a um desequilíbrio nas contas externas, tornando as exportações menos competitivas e aumentando o déficit comercial. 2) o trecho apresenta uma visão alinhada com a análise de Celso Furtado sobre a economia brasileira, destacando a importância da agricultura em diferentes momentos históricos, mas também apontando as limitações e desafios associados à concentração excessiva nesses setores, que podem ter prejudicado o desenvolvimento econômico mais amplo do Brasil. O Autor observa semelhanças entre esses dois períodos econômicos importantes na história do Brasil. Ambos foram baseados em atividades agrícolas (café e açúcar) que demandavam grande quantidade de mão de obra e vastas extensões de terra. Essas semelhanças ressaltam a dependência histórica do país em setores específicos da agricultura para sua economia.Furtado argumenta que, apesar da significativa contribuição econômica desses setores agrícolas, eles possuíam limitações intrínsecas. Ambos não tinham uma grande capacidade de impulsionar um dinamismo interno mais amplo na economia brasileira. Ou seja, apesar de serem importantes para a geração de riqueza em seus respectivos períodos, essas atividades não contribuíram tanto para o desenvolvimento de outros setores da economia. Celso Furtado critica a persistência excessiva na atividade agrícola como um dos problemas do Brasil no século XIX. haja vista que, segundo o autor, esses ciclos agrícolas, apesar de sua importância econômica, enfrentavam restrições que dificultavam o avanço geral da economia e desequilibraram a formação de uma estrutura econômica mais diversificada. Por fim, a dependência excessiva na agricultura pode ter inibido o progresso de outras esferas econômicas, uma questão criticada por Furtado como um dos desafios do Brasil no século XIX. 3) Celso Furtado, em sua obra "Formação Econômica do Brasil", discute o atraso econômico do país, destacando elementos importantes que contribuíram para essa condição ao longo de sua história. Celso Furtado aponta que o atraso econômico brasileiro durante a primeira metade do século XIX estava associado à estrutura agroexportadora herdada do período colonial, enquanto na segunda metade do século XIX, a dependência na produção cafeeira e a ausência de um desenvolvimento industrial robusto foram fatores-chave que contribuíram para a estagnação econômica do país. Na primeira metade do século XIX, se caracteriza pela economia colonial e agroexportadora. Durante esse período, o Brasil era uma colônia de Portugal, e sua economia estava centrada na produção agrícola voltada para exportação, especialmente o açúcar no período anterior e, mais tarde, o café. Esse modelo econômico gerava riquezas para Portugal, mas limitava o desenvolvimento de outras atividades econômicas mais diversificadas no país. A Herança colonial e estrutura agrária, portanto, herdada do período colonial, persistia, caracterizada pela concentração de terras, mão de obra escrava e baixo desenvolvimento de infraestrutura e indústrias. Isso resultava em uma economia pouco dinâmica, com pouca capacidade de inovação e crescimento autossustentável. Já na segunda metade do século XIX, a expansão cafeeira e dependência externa do café, que havia tornado o principal produto de exportação do Brasil, formatou uma economia altamente dependente das exportações desse produto, o que criava uma forte interdependência com o mercado internacional. Essa dependência limitava a autonomia econômica do país e o tornava vulnerável às flutuações dos preços internacionais. 4) Celso Furtado analisa que a economia cafeeira do Brasil no final do século XIX enfrentava diversos riscos e fragilidades no âmbito externo. Embora o regime de trabalho assalariado pudesse ter influenciado essa dinâmica, não foi o único fator determinante para as crises e fragilidades enfrentadas pelo setor do café. Ele destaca a conexão entre o aumento da renda e o crescimento do setor cafeeiro. O aumento na produção de café resultou em um considerável desenvolvimento econômico, mas essa expansão estava diretamente relacionada às condições do mercado internacional, como variações nos preços do café, demanda externa e condições climáticas em áreas produtoras. Furtado ressalta que a excessiva dependência do café como principal produto de exportação e a falta de diversificação econômica foram fundamentais para a vulnerabilidade do setor externo. As oscilações nos preços internacionais do café e a instabilidade nos mercados estrangeiros influenciaram diretamente a economia brasileira, levando-a a enfrentar riscos consideráveis de crises e instabilidades econômicas. Dessa forma, ele contesta a afirmação de que os riscos de crises no setor externo estavam apenas associados à dinâmica do regime de trabalho, enfatizando a complexidade e interdependência de vários fatores, inclusive a dependência de um único produto de exportação e a instabilidade do mercado internacional. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROVA FINAL – FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL 2023.2. Professor: Rodrigo Siqueira Rodriguez Leia atentamente as questões abaixo e entregue a folha de respostas da prova em texto manuscrito escaneado por e-mail (uerj.rodriguez@gmail.com) até as 23h59 do dia 15/12. Certifique-se de que o trabalho é autoral. Cada questão pode ser respondida com até 500 palavras 1. “A crise cambial de 1952 é uma unidade de diferentes fatores, incluindo fatos não previstos na conjuntura internacional, má condução da política de controle de importações e taxa de câmbio sobrevalorizada”. Essa afirmação é verdadeira ou falsa? Explique. (2,5 pontos) 2. Leia com atenção as seguintes afirmações (2,5 pontos): (1) A economia cafeeira da segunda metade do século XIX e a economia açucareira do século XVIII guardam algumas semelhanças. (2) Além de serem atividades agrícolas com uso intensivo de mão de obra e uso extensivo de terras, ambas possuíam uma baixa capacidade de ampliar o dinamismo interno da economia brasileira. (3) Assim, é evidente no argumento de Celso Furtado que o problema do Brasil no século XIX foi persistir na atividade agrícola. Com base na leitura de Formação Econômica do Brasil, avalie as três afirmações. 3. Explique os principais elementos do atraso brasileiro segundo Celso Furtado. Sua resposta deve contemplar um panorama da evolução da economia brasileira durante (a) a primeira metade do século XIX; (b) a segunda metade do século XIX. (4 pontos) 4. “Segundo Furtado, os riscos de crises no setor externo observados na economia cafeeira da segunda metade do século XIX estão associados à dinâmica econômica criada pelo regime de trabalho assalariado, mas não ao crescimento da renda”. Com base na leitura de Celso Furtado em Formação Econômica do Brasil, essa afirmação é verdadeira ou falsa? Justifique. (2,5 pontos)
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O Brasil, assim como outros países, enfrentou desequilíbrios comerciais devido à escassez de divisas e à necessidade de importação de bens de capital e insumos para a reconstrução pós- guerra. A política de controle de importações, em certa medida, poderia ter contribuído para a crise, pois a restrição excessiva das importações limitou o acesso a bens essenciais para a produção, afetando negativamente a atividade econômica enquanto a taxa de câmbio sobrevalorizada também é apontada como um fator que contribuiu para a crise, por ter levado a um desequilíbrio nas contas externas, tornando as exportações menos competitivas e aumentando o déficit comercial. 2) o trecho apresenta uma visão alinhada com a análise de Celso Furtado sobre a economia brasileira, destacando a importância da agricultura em diferentes momentos históricos, mas também apontando as limitações e desafios associados à concentração excessiva nesses setores, que podem ter prejudicado o desenvolvimento econômico mais amplo do Brasil. O Autor observa semelhanças entre esses dois períodos econômicos importantes na história do Brasil. 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A Herança colonial e estrutura agrária, portanto, herdada do período colonial, persistia, caracterizada pela concentração de terras, mão de obra escrava e baixo desenvolvimento de infraestrutura e indústrias. Isso resultava em uma economia pouco dinâmica, com pouca capacidade de inovação e crescimento autossustentável. Já na segunda metade do século XIX, a expansão cafeeira e dependência externa do café, que havia tornado o principal produto de exportação do Brasil, formatou uma economia altamente dependente das exportações desse produto, o que criava uma forte interdependência com o mercado internacional. Essa dependência limitava a autonomia econômica do país e o tornava vulnerável às flutuações dos preços internacionais. 4) Celso Furtado analisa que a economia cafeeira do Brasil no final do século XIX enfrentava diversos riscos e fragilidades no âmbito externo. 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(2,5 pontos) 2. Leia com atenção as seguintes afirmações (2,5 pontos): (1) A economia cafeeira da segunda metade do século XIX e a economia açucareira do século XVIII guardam algumas semelhanças. (2) Além de serem atividades agrícolas com uso intensivo de mão de obra e uso extensivo de terras, ambas possuíam uma baixa capacidade de ampliar o dinamismo interno da economia brasileira. (3) Assim, é evidente no argumento de Celso Furtado que o problema do Brasil no século XIX foi persistir na atividade agrícola. Com base na leitura de Formação Econômica do Brasil, avalie as três afirmações. 3. Explique os principais elementos do atraso brasileiro segundo Celso Furtado. Sua resposta deve contemplar um panorama da evolução da economia brasileira durante (a) a primeira metade do século XIX; (b) a segunda metade do século XIX. 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