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Ciências Econômicas ·
Formação Econômica do Brasil
· 2023/2
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4. Os argumentos apresentados por Furtado sobre o fim da escravidão no Brasil tentam explicar por que a população anteriormente escravizada instalada ao redor do Vale do Paraíba não se converteu em nova oferta de mão de obra para a economia cafeeira em expansão rumo ao Oeste Paulista. Apresente uma síntese do argumento do autor, explicando seus pontos mais controversos. (2,5 pontos) RESPOSTA A região do Vale do Paraíba, composta pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, se destacou na produção agrícola devido as características do seu clima e solo. A produção de café ganhou destaque, com grande produtividade. Inicialmente, o modo de produção era escravista, entretanto com o fim da escravidão, essa mão de obra não foi aproveitada nas plantações por diversos motivos. Com o fim oficial da escravidão, imposta pela Lei Aurea de 1888, os escravos estariam livres, embora a transição tenha sido feita de forma lenta, existia muita pressão internacional contra a escravidão e por substituição por trabalho assalariado. Vale ressaltar que a produção cafeeira já apresentava problemas com relação a mão de obra, bem antes da Lei Aurea. Havia problemas de mortalidade elevada dos escravos. Além disso, o custo de aquisição de um escravo estava mais caro que inicialmente. Então foi decidido como solução para o problema da mão de obra, a utilização dos imigrantes nas lavouras de café. Com o avanço industrial, muitas fazendas se modernizaram, fato importante também na substituição do trabalho. A mão de obra dos imigrantes era mais qualificada, lidando melhor com as maquinas que foram adquiridas para a produção de café. Muitos escravos acabavam indo para longe das fazendas de café, para aproveitar sua liberdade e não procuravam trabalho nas fazendas. Segundo FURTADO, muitos escravos preferiam o ócio, ao invés de trabalhar com salário, pois não estavam acostumados a uma vida social, familiar e com acumulação de riquezas. Em outros casos, os próprios fazendeiros descontentes com o fim da escravidão negavam trabalho aos ex escravos. Além disso, Também havia incentivo governamental, onde arcavam com parte dos custos a chegada dos imigrantes europeus. Houve um grande surto imigratório no país, com milhares de europeus entrando no Brasil, muitos procurando fugir das regiões de conflitos militares na Europa. Então já existia imigrantes no Brasil durante a escravidão. FURTADO afirmava que a abolição dos escravos seria um processo semelhante a reforma agrária. Neste ponto não haveria perdas de riquezas mas sim apenas a redistribuição da força do trabalho. Com a abolição dos escravos, o trabalho dos imigrantes passou a ser mais rentável para os proprietários de terras. Então podemos resumir que o financiamento do governo para chegada dos imigrantes, a sua qualidade mais técnica que o ex-escravo, o custo salarial baixo, pressão social e decisão dos próprios escravos, em sair da zona cafeeira, são elementos que explicam com o fim da abolição, ao não aproveitamento da mão de obra escrava nos cafezais na região do Vale do Paraíba.
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