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Enfermagem ·

Bioestatística

· 2020/1

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro Biomédico Faculdade de Enfermagem Pós-Graduação Lato Sensu Residência em Enfermagem Disciplina: Bioestatística, Epidemiologia e Vigilância em Saúde Professora: Tatiana Eleuterio Atividade Considerando a leitura dos artigos sugeridos e dos seus conhecimentos sobre as diversas frentes de atuação da Vigilância em Saúde, disserte sobre as ações de vigilância que você identificou, nos níveis nacional, regional e local (UBS) para o enfrentamento da pandemia. Programa de Residência em Clínica Cirúrgica Residentes do Programa: Amanda Rangel de Freitas; Andreza Alves de Mendonça; Bernardo Nunes Ferreira; Jose Cardoso Jordão Neto; Layla Viana Rodrigues Lima; Raianne Cavalcanti Cardoso Mendonça; Rayane Vieira da Silva. Sistemas de agregação de dados, painéis de controle e a vigilância sanitária digital são fontes de dados que foram cada vez mais integradas no cenário de vigilância da Covid-19. Esses modelos de monitoramento articulam-se a ações que visam controlar os determinantes, riscos e danos à saúde das populações dos territórios determinados, garantindo a integralidade da atenção, tanto individualmente, quanto coletiva, dos problemas de saúde (PRADO, 2021). De maneira geral, as ações abrangem a vigilância em saúde pública, ativa e passiva ou um misto dos dois tipos, a depender dos arranjos tecnológicos possíveis na organização das práticas. Entre as abordagens de vigilância, a ativa abarca o monitoramento regular para buscar informações sobre as condições de saúde da população e fatores de risco comportamentais. É realizada pelos profissionais de saúde, com ou sem a participação comunitária, ou, ainda, com o apoio de Tecnologias de Informação e Cuidado em Saúde (TICS) e/ou intervenção mediada por canais de comunicação. Já a vigilância passiva constitui um sistema pelo qual uma jurisdição de saúde recebe relatórios enviados por hospitais, clínicas, unidades de saúde pública ou outras fontes e os Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro Biomédico Faculdade de Enfermagem Pós-Graduação Lato Sensu Residência em Enfermagem examina, bem como a história, rumores e outros dados sobre eventos de saúde, por meio de estratégias baseadas em unidades de saúde sentinelas, métodos agregados ou vigilância digital, mediante rastreamento de contatos e monitoramento passivo de dados de mídias sociais, para medir a atividade da doença. I - Vigilância ativa: 1- Vigilância comunitária: Participação da comunidade no monitoramento de sinais e sintomas de COVID-19, rastreamento de contatos e investigação de cluster. A vigilância popular da saúde não visa substituir o papel do Estado, mas ser a expressão da necessidade de uma maior participação da comunidade na vigilância, como está destacado na Política Nacional de Vigilância da Saúde (Brasil, 2018). - Gabinetes de crise, - Comitês populares, Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro Biomédico Faculdade de Enfermagem Pós-Graduação Lato Sensu Residência em Enfermagem - Articulações solidárias, - Plataformas e observatórios acadêmico populares, - Barreiras sanitárias populares, - Portais na internet de monitoramento participativo 2- Vigilância pública participativa: Autorrelato de sinais ou sintomas, sem teste de laboratório ou avaliação por um provedor de saúde. Nesse quesito, houve descaso por parte das autoridades responsáveis pelo combate à pandemia. Não há ainda a participação direta da população quanto ao: - Direito de notificar, - Acompanhar as investigações, - Saber dos desfechos dos casos notificados (CORRÊA, 2022) 3- Vigilância na Atenção Primária: Monitoramento em territórios para detectar clusters (análise por conglomerados) e casos na comunidade por meio de testes sorológicos em clínicas de AP ou em instalações de teste da comunidade, agregando dados de sintomas no ambiente ambulatorial e via teles saúde. 4- Vigilância Sentinela: Utilização do Sistema Global de Vigilância e abordagens adicionais, como linhas diretas de telefone disponíveis ao público que podem fornecer uma indicação precoce da propagação da doença em uma comunidade. - Sistema de Teleatendimento do Estado para Orientações sobre Coronavírus (Governo do Estado do Rio de Janeiro). Além deste canal, a população também pode esclarecer dúvidas nos sites oficiais da SES: www.coronavirus.rj.gov.br e www.saude.rj.gov.br. Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro Biomédico Faculdade de Enfermagem Pós-Graduação Lato Sensu Residência em Enfermagem - Serviço de atendimento do 1746 da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. - TeleSUS (Ministério da Saúde): Tecnologias para o atendimento pré-clínico remoto (Aplicativo Corona vírus; Chat Online; Disque Saúde 136; WhatsApp. - Em alguns municípios do Rio de Janeiro, tínhamos também o Teleatendimento as escolas para orientação sobre possíveis Casos de Covid-19, onde era possível realizar a marcação para que os alunos e funcionários da instituição pudessem realizar o teste de Swab Nasofaringe para SARS-CoV-2, onde se ele fosse constatado o resultado positivo era necessário afastar todos os seus contactantes. II – Vigilância Passiva: 1- Vigilância baseada em informações em canais de comunicação, formais e informais: Monitoramento do acesso a conteúdo online, transmissões de rádio e mídia impressa sobre a doença e aconselhamento e projeção de séries temporais de atividade de pesquisa online em casos confirmados de COVID-19 ou mortes, a partir de padrões de consultas online. Informações de alerta precoce. - Consórcio de Veículos de Impressa; - Painel Covid-19 do Centro de Informações Estratégicas para a Gestão Estadual do SUS (CIEGES) mantido pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS); - Secretarias Estaduais de Saúde; 2- Vigilância de amostras ambientais de águas residuais: detecção da presença do vírus nas águas residuais domiciliares ou hospitais, em territórios com grandes números de casos confirmados da Covid-19 - A incidência da doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV2, a COVID-19 encontra-se também associada a menor porcentagem da população atendida por rede de esgoto e por rede de água. Cálculos estatísticos demonstraram forte correlação das variáveis. Também ficou demonstrado que a mortalidade da doença está fortemente associada a menor Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro Biomédico Faculdade de Enfermagem Pós-Graduação Lato Sensu Residência em Enfermagem porcentagem da população atendida por rede de esgoto e de água, indicando assim relação com a teoria de Vazios Institucionais (VASCONCELOS, 2021). 3 – Vigilância de fatores de risco comportamentais: Sistema ativo de pesquisas que medem comportamentos que são conhecidos por causar a doença e projetar modelos matemáticos para estimar a propagação e outros resultados de saúde do COVID-19, bem como a carga da doença. 4- Vigilância digital: Monitoramento dos deslocamentos das populações com o uso de aplicativos, leitura de códigos ‘QR’ de identificação padrão por telefone celulares, centralizando informações e análise de dados. Lembrando que toda essa finalidade de investigação com as abordagens tanto da Vigilância Ativa quanto a Vigilância Passiva só poderia dar certo com a ajuda dos sintomáticos, em procurar o serviço e principalmente em identificar seus sinais e sintomas. Todo esse trabalho foi realizado para o bem de toda a população até a vinda da Vacina. A vigilância epidemiológica é responsável por proporcionar o conhecimento e detecção de mudanças nos fatores determinantes relacionados a saúde, com isso o trabalho dessa equipe foi extremamente importante para que hoje em dia pudéssemos estar com o número de sintomáticos muito reduzido. Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro Biomédico Faculdade de Enfermagem Pós-Graduação Lato Sensu Residência em Enfermagem REFERÊNCIAS  BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução MS/CNS n. 588, de 12 de julho de 2018. Fica instituída a Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS), aprovada por meio desta resolução. Diário Oficial da República Federativa do Brasil: Seção 1, Brasília, DF, n. 13, p. 87, ago. 2018.  CARNEIRO, Fernando F.; PESSOA, Vanira M. Iniciativas de organização comunitária e Covid-19: esboços para uma vigilância popular da saúde e do ambiente. Trabalho, Educação e Saúde, v. 18, n. 3, 2020, e00298130. DOI: 10.1590/1981-7746- sol00298. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tes/a/QL8wS8krxQ8p8qgjxqrP87D/? lang=pt&format=pdf#:~:text=Gabinetes%20de%20crise%2C%20comit%C3%AAs% 20populares,povos%20tradicionais%20para%20dar%20conta. Acesso em: 31 abr. 2022  CORRÊA, Heleno Rodrigues e Segall-Corrêa, Ana Maria. Lockdown ou vigilância participativa em saúde? Lições da Covid-19. Saúde em Debate [online]. 2020, v. 44, n. 124 [Acessado 3 Maio 2022], pp. 5-10. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0103-1104202012400>. Epub 08 Maio 2020. ISSN 2358- 2898. https://doi.org/10.1590/0103-1104202012400.  PLANO De Retorno Às Atividades Presenciais Pós-covid-19. [S. l.], 19 jan. 2021. Disponível em: https://www.petropolis.rj.gov.br/pmp/phocadownload/destaques/2021/janeiro/plano- de-retorno-as-atividades-presenciais-pos-covid-19.pdf. Acesso em: 1 maio 2022.  PRADO, Nilia Maria de Brito Lima et al. Ações de vigilância à saúde integradas à Atenção Primária à Saúde diante da pandemia da COVID-19: contribuições para o debate. Ciência & Saúde Coletiva [online]. v. 26, n. 07. Disponível em: https://scielosp.org/article/csc/2021.v26n7/2843-2857. Acesso em: 30 abr. 2022.  VASCONCELOS, Ieda Maria Pereira; MUYLDER, Cristiana Fernandes De. Os Vazios Institucionais, Saneamento e Déficit de Água e os Primeiros Números COVID-19 no Brasil. Rev. Adm. UFSM, Santa Maria , v. 14, n. spe, p. 1221-1238, 2021. Disponível em: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983- 46592021000501221&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 30 Abr. 2022.  VIRCHES, Renato Souto. Como os vazios institucionais influenciam o investimento direto externo brasileiro em Angola. Dissertação- Centro Universitário da FEI - São Paulo, 2015. Disponível em: https://repositorio.fei.edu.br/bitstream/FEI/256/1/fulltext.pdf. Acesso em: 30 Abr. 2022