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Sumário I INTRODUÇÃO Teorias do currículo o que é isto II DAS TEORIAS TRADICIONAIS ÀS TEORIAS CRÍTICAS Nascem os estudos sobre currículo as teorias tradicionais Onde a crítica começa ideologia produção resistência Contra a concepção neomarxista de Michael Apple A crítica neomarxista de Michael Apple O currículo como política cultural Henry Giroux Pedagogia crítica e pedagogia dos oprimidos O currículo como versão construtiva O currículo como construção cultural Basil Bernstein Quem escondeu o currículo oculto III AS TEORIAS PÓSCRÍTICAS Diferença e identidade o currículo multiculturalista As relações de gênero e a pedagogia feminista O currículo como narrativa ética racial Uma estratificação no currículo Uma coisa estranarrativas o pósmodernismo O crítica pósestruturalista do currículo A teoria póscolonialista do currículo Uma marxista pósestruturalista o currículo Os Estudos Culturais a cultura como pedagogia A pedagogia como cultura a cultura como pedagogia IV DEPOIS DAS TEORIAS CRÍTICAS E PÓSCRÍTICAS Curriculum uma questão de saber poder e identidade REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11 21 29 37 45 51 57 65 71 77 85 91 99 105 111 117 125 131 139 145 151 Teorias do currículo o que é isto O que é uma teoria do currículo lá fora esperando para ser descoberta quando se pode dizer ser uma teoria do currículo que começa a ser chamada currículo Onde começa o currículo a teoria a qual só entraria como se desenvolve a história das teorias do currículo O que distingue uma teoria ampla Quais as principais teorias da teoria da educação mais currículio O que distingue as teorias tra dicionais do que distingue as teorias críticas do currículo E o que distingue as teorias póscríticas do currículo das teorias póscríticas Podemos começar pela discussão da própria noção de teoria Em geral está implícita na noção de teoria a suposição de que a teoria refere realidade de que a teoria descobre o real de que há uma correspondência entre teoria a realidade De uma forma teórica é a realidade evitada com uma outra a teoria da representação especular mimética a teoria representa reflete espelha a realidade A teoria é uma representação uma imagem um reflexo uma representação da realidade que a precede Assim on tologicamente que a precede Assim ontológico logicamente que já entrar no nosso tema uma teoria do currículo começaria por supor que existe Nessa direção faria mais sentido falar não em teorias mas em discursos ou textos Ao deslocar a ênfase do conceito de teoria para o de discurso a perspectiva simbólica linguística da realidade isto é a teoria lingüística da realidade de seus efeitos de realidade A teoria não se limita pois a descrever explicar a reali dade a descoberta estaria irremediavelmente dada a teoria na sua produção Ao descre ver um objeto a teoria de certo modo inventa e cria este objeto que a teoria supostamen te descreve efectivamente um pro duto de sua criação Pósestruturalista quer destacar precisamente o envolvimento das descrições linguísticas da realidade em sua produção Uma teoria supostamente descoberta descrve um objeto que tem uma existência independente relativamente à teoria Um discurso existe a do seu próprio objeto e que é inseparável da trama lingüística que sustentamente o descreve Para voltar ao nosso exemplo do currículo um discurso sobre currículo aqui no âmbito de uma Outra concepção seria alguém que numa certa conjuntura política ad ministração não se restringe a apresentar uma coisa que seria o currículo que existia antes desse discurso e que está ali apres para a espera de ser descoberta messe com a das descrições desse discurso intencionais cuidadosa e rigorosamente especificados e medidos O modelo institu tucional dessa concepção de currículo é ministrativo científico de Taylor ade quado a ciência A teoria é a ad ministrativa do currículo de Bobbitt No modelo de currículo de Bobbitt os estu dantes devem ser processados como um produto fabril No discurso curricular de Bobbitt o currículo supostamen te é isso a especificação precisa de objet vos procedimentos e métodos para a obtenção de resultados que possam ser precisamente mensurados Se pensamos Podemos ver como isso funciona num caso concreto Provavelmente o currículo aparece pela primeira vez como pesqui jeto específico de estudo e ensino nos Estados Unidos dos anos vinte Em co nexão com o processo de industrializa ção e movimento migratórios que faz intensamente a massação da educa ção houve um impulso por parte de pessoas ligadas sobretudo à administra ção da educação para racionalizar o processo de construção dessas mas testagem de definição clara evidentemente grupo encontram sua máxima expressão no livro de Bobbitt The curriculum 1918 Aqui o currículo visto como um pro cesso de racionalização de resultados edu cacionais cuidado e rigorosamente especificados e medidos O modelo insti tucional dessa concepção de currículo é tucional dessa concepção de currículo é ministrativo científico de Taylor ade quado a ciência A teoria é a ad ministrativa do currículo de Bobbitt No modelo de currículo de Bobbitt os estu Da perspectiva da noção de discurso estamos pensando que tudo despassa da operação na medida em que o discurso é uma máquina política de enunciação O que permanece são os enunciados como na noção de real Real é aquilo que faz efeito de realidade aquela operação que faz essa operação produção de efeitos de realidade Para dizêlo da perspectiva de outra forma supostamente dizse algo sobre a realidade acabem funcionando como se fossem asserções sobre a realidade e que ao mesmo tempo têm o efeito de fazer com que a realidade deveria ser assim ou deveria ser aquilo que elas têm realidade ou deveria deveria ser Para retomar o exemplo de Bobbitt é irrelevante saber se ele está dizendo que só currículo é efetivamente ou pelo menos só é escolar ou administrativo ou em vez disso o indústria e administrativa O efeito da palavra currículo está muito amplamente difundida para poder ser simplesmente abandonada Em vez de simplesmente compreensao da noção de teoria que nos mantenha atentos ao seu papel ativo na constituição daquilo que ela suposta mente descreve É nesse sentido que a utilização das advertências a utilização da palavra teoria está muito amplamente difundida para poder ser simplesmente abandonada Em vez de simplesmente compreensao da noção de teoria que nos mantenha atentos ao seu papel ativo na constituição daquilo que ela suposta mente descreve É nesse sentido que a palavra teoria ao lado das palavras discurso e perspectiva será utilizada ao longo deste livro A adoção de uma noção de teoria que levasse em conta os efeitos discursivos nos pouparia de uma outra dor de cabeça a das definições Todo livro de currículo que se preze inicia com uma boa discussão sobre o que afinal curriculum currículo curriculo quer dizer Em geral a discussão começa com as definições dadas pelo dicionário para depois per correr as definições dadas por uns quantos manuais de currículo Na perspectiva adotada na questão que vai ser selecionadas ou justifica ir por aqueles que esses conhecimentos é na não aqueles que devem ser selecionados buscam assim posso esta pegar conceitos propondo com uma unidade de significar o curriculum para decidir qual curriculum é aquilo que qual conhecimento deve ser transmitida De uma forma mais sintética ser feito mais se se ao se perguntar o que Para responder a Cuidado a questão final é o que Para respond er a essa questão muitas diferentes teorias curriculares as diferentes teorias as diferentes teorias curriculares são utilizadas para mostrar que aquilo que o curriculum depende precisamente da forma como ele é definido diferente as teorias e teorias Uma definição não nos revela o que é essencialmente o curriculo Uma definição nos revela o que é essencialmente o curriculo saber é considerado importante ou válido ou essencial para merecer ser considerado parte do currículo A pergunta o que por sua vez nos revela que as teorias do currículo estão implícita ou explicitamente envolvidas na outra de cabe justificativa de seleção daquela questão O currículo é sempre o resulta do de uma seleção e de um universo mais amplo de conhecimentos e saberes seleciona dos pela parte que vai constituir exatamente o curriculum As teorias do curriculum tendo decidido quais conhecimentos devem ser selecionados buscam justamente as teorias que esses conhecimentos os tais devem ser selecionados Na questão entretanto a pergunta o que nunca está separada de uma outra importante pergunta de que eles ou elas devem ser o que eles ou elas devem se tornar Afinal um currículo ou elas devem se tornar Afinal um currículo busca precisamente modificar as pessoas que vão seguir aquele currículo Na verdade de alguma forma essa pergunta precede a pergunta o que na medida em que as teorias do currículo dali muitas vezes deduzem o tipo de conhecimento considerado importante justamnete a partir da descrição sobre o tipo de pessoa que elas consideram ideal Qual é o tipo de ser hu questão de conhecimento o currículo é teorias tradicionais pretendem ser apenas isso teorias neutras científicas desinteressadas imparciais contrárias ao poder As teorias críticas argumentam que nenhuma teoria é neutra científica ou imparcial Portanto contra essa perspectiva pósestruturalista podemos dizer que o currículo é também uma questão de poder e que as teorias do currículo devem ser vistas não como conhecimentos neutros mas como saberes dominantes acabam por se concentrar em questões técnicas Em general elas tornamse a resposta à questão o quê como dada óbvia e natural buscarm responder a uma outra questão como Dado que temos esse conhecimento inquestionável a ser transmitido podemos melhor formar não de uma forma teórica mas prática de acordo com as questões e preocupações críticas e póscríticas de organização por sua vez não se limitam a perguntar o quê mas submergem na atividade ao constituir questionamento Sua questão central será pois não tanto o quê mas por quê Por que esse conhecimento e não outro Quais interesses fazem com que esses conhecimentos e se não estiver no currículo Por que não privilegiar um determinado tipo de identidade ou subjetividade e não do outro As teorias críticas e póscríticas do currículo serão pois teorias críticas e póscríticas do currículo As 16 estão preocupadas com as conexões entre saber identidade e poder Como vimos uma teoria definese pelos conceitos que utiliza para conceber a realidade Os conceitos de uma teoria dirigem nossos atos para certas coisas que geralmente não vemos porque conceitos de uma teoria organizam e estruturam nossa forma de ver a realidade Assim frente às diferentes teorias as diferentes teorias destacamse umas das outras através dos conceitos que elas empregam Neste sentido as teorias críticas de currículo ao deslocar a ênfase dos conceitos simplistas dos pedagogos de ensino e aprendizagem para os conceitos de ideologia e poder por exemplo nos de ideologia e poder por exemplo nos permitem ver a educação de uma nova perspectiva Da mesma forma ao nova perspectiva Da mesma forma ao permitir o conceito discurso em vez do conceito de ideologia as teorias póscríticas de currículo efetuaram um outro importante deslocamento na nossa meditação do conceito currículo Por isso a seguir as diferentes teorias do currículo pode ser útil terem em mente o seguinte quadro que resume as grandes categorias de teorias de acordo com os conceitos que delas respectivamente enfatizam TEORIAS TRADICIONAIS ensino aprendizagem avaliação metodologia didática organização planejamento eficiência objetivos TEORIAS CRÍTICAS ideologia reprodução cultural e social poder classe social capitalismo relações sociais de produção conscientização e libertação emancipação currículo oculto resistência TEORIAS PÓSCRÍTICAS identidade alteridade diferença subjetividade significado e discurso saberpoder representação cultura gênero raça etnia sexualidade multiculturalismo 17 II DAS TEORIAS TRADICIONAIS ÀS TEORIAS CRÍTICAS Nascem os estudos sobre currículo as teorias tradicionais A existência de teorias sobre o currículo está identificada com a emergência do campo do estudo do currículo como um campo profissional especializado de estudos porém especializados sobre o currículo As professoras e professores sempre estiveram envolvidas de uma forma ou outra com o currículo Há histórias na história da educação ocidental especializada como currículo institucionalizada de preocupações com a organização da atividade educacional e até mesmo do que se ensinar A consciência a questão do que ensinar A Didacta magna de Comenius é um desses exemplos A própria emergência da palavra currículo no sentido que hoje temos significa cumprir ao sentido que modernamente atribuímos ao termo está ligada a preocupações de organização e método como ressaltam as pesquisas de David Hamilton O termo curriculum entretanto só se começou a usar no século XX quando os países europeus como França Alemanha Espanha Portugal muito recentemente sob influência da literatura e as diferentes pedagogias em ra educacional americana É precisamente nessa literatura que o educação de massas de acordo com suas diferentes e particulares visões É nesse termo surge para designar um campo especí pécificado de estudos Foram talvez buscas responder questões cruciais que se busca responder con toura escolarização finalidade e os qua os objetivos da educação escolarizada formar o trabalhador especializado ou proporcionar uma educação geral Sur gisse nos Estados Unidos como um campo profissional especializado Está entre essas condições de formação e entre as burocracia estatal enquadrada dos negó cios ligados à educação o estabelecimento da educação científica como um objeto próprio da educação científica O estabelecimento da educação científica deveria marcar o interesse em cientificas ht riar as disciplinas acadêmicas hurl e contar as básicas de escrever ler e nalização e as práticas necessárias para as ocupações profissionais Quais as fontes principais do conhecimento a ser ensino do o conhecimento acadêmico as disci plinas científicas os saberes profissionais existentes Sabemos que a profis são do mundo ocupacional Por outro que deve estar no centro do ensino Os sabe res objetivos do conhecimento organi zado ou as percepções e as experiênci as subjetivas das crianças e dos jovens Em termos sociais quais devem ser as finali dades da educação ajustar as crianças e os jovens à sociedade tal como ela existe ou preparálos para transformála a pre para a economia ou preparar a democracia As respostas de Bobbitt eram claramen te conservadoras embora sua intervenção mav buscasse transformar radicalmente o siste ma educacional Bobbitt propunha que a escola funcionasse da mesma forma que qualquer outra empresa comercial ou indus trial Tal como a indústria Bobbitt tinha escrito em 1902 um livro que tinha palavra currículo no título The child and the curriculum Neste livro o autor construiu a palavra currículo como o funcio namento da democracia Também em contraste com Bobbitt que começava seu magno estudo considerando no planejamento curri cular as interesses e as experiências das crianças e jovens Para Dewey a educação não correspondia à preparação à vida adulta mas sim a formação e prática direta de Princípios democráticos A influência de Dewey era crescente não iria se refletir da mesma forma que a de Bobbitt na formação e na formação do currículo como campo de estudos A atração e influência de Bobbitt deve vemse provavelmente ao fato que sua proposta parecia permitir a educação tortu rase científica Não havia por que dis cutir educação Elas estavam datadas pela pri vacidade ocupacional adulta Tudo que seria tão eficiente quanto qualquer outra empresa econômica Bobbitt queria trans feir para escola o modelo de organização proposto por Frederick Taylor Na organiza ção da educação deveriam adminis tração científica propostos por Taylor de acordo com princípios por Taylor A orientação dada por Bobbitt iria construir uma das vertentes dominantes e iría da educação estudandiense no restante do as diversas ocupações Com um mapa É preciso dessas habilidades era possível então organizar um currículo que permitisse sua aprendizagem A tarefa dos especialistas em currículo consistia pois em fazer o levantamento dessas habilidades desenvolver currículos que permitissem vidas e habilidades planejar e elaborar instrumentos de medição que possibilitassem dizer com precisão se elas foram realmente aprendidas Na perspectiva Bobbit a questão do currículo se transforma numa questão de organização O currículo é simplesmente uma mecânica A atividade do supostamente científico do especialista em currículo não passava da atividade burócratica Não por acaso que o conceito central nessa perspectiva é desenvolvimento curricular um conceito que virá dominar a literatura estadunidense sobre currículo até os anos 80 Numa perspectiva que considera as finalidades da educação estão dadas pelas exigências profissionais da vida adulta A questão curricular na realidade é uma questão técnica Tal como na indústria é fundamental na educação de acordo com Bobbit que se estabeleçam padrões O estabelecimento de padrões é tão importante na educação quando estamos numa usina de fabricação de aço pois de acordo com Bobbit a educação tal como a usina de fabricação de aço é um processo de moldagem exemplo dado pelo próprio Bobbit para esclarecer Numerosas páginas algumas crianças realizam adições a um ritmo de 35 combinações por minuto enquanto outras 10 Os adicionais por minuto Para Bobbit o estabelecimento de um padrão permitiria acabar com essa variação Nas últimas décadas diz ele os educadores vieram fazer progressos para estabelecer padrões definitivos para os vários produtos educacionais A capa cidade para adicionar uma velocidade de 65 combinações por minuto é uma especificação tão definida quanto a que pode ser estabelecida para qualquer aspecto do trabalho da fábrica de aço 60 com o revigoramento de uma tendência fortemente tecnicista na educação estadunidense representada sobretudo por um livro de Robert Mager Análise de objetivos também influente no Brasil na mesma época Aprendese fortemente através formalizada que se pode destacar dos objetivos que cons responder às outras perguntas que elucida o paradigma de Tyler A decisão sobre o que se deve fazer sobre a experiência devem ser picadas e sobre como organizálas de acordo com essa especificação precisa dos objetivos Da mesma forma é impossível avaliar como mostrava Bobbitt sem que se estabeleçam critérios precisos para os padrões de referência É interessante observar que tanto os modelos mais tecnocráticos como os de Bobbitt quanto os modelos mais progressistas tática do modelo ameaças por Dewey que emergira no início do se cul0 XX nos Estados Unidos constituam de certa forma uma reação ao currículo clássico humanista que havia dominado a educação secundária desde sua instituicionalização Como se sabe esse e suas respectivas perspectivas literárias serviam como preparação para o trabalho da vida profissional contemporânea Não se aceitava aqui nem mesmo os argumen tos da suposta inutilidade para a vida moderna e para as atividades laborais das habilidades conhecidas cultiva das pelo currículo clássico O latim pouco poucas literaturas trabalho e suas respectivas modernas da vida profissional contemporânea tos que no século XIX tinham sido desenvolvidos pela perspectiva do reconcio mental segundo a qual a aprendizagem de matérias como o latim por exemplo serviria para exercitar os músculos mentais e de uma forma que poderia aplicar outros conteúdos contextuados ao desenvolvimento da criança sobretudo àquele centrado na criança atacava o currículo clássico por seu distanciamento dos interesses e das experiências da crianças e dos jovens Por estar centrado nas matérias clázssicas o currículo humanista simplesmente descartava a psicologia infantil Ambas as contestação só puderam surgir obviamente no contexto da ampliação da escolarização de massas sobretudo da escolarização secundária que era o foco do currículo clássico humanista O currículo clássico só perdeu prevalência no contexto de uma escolarização secundária mais acessível a uma camada maior de jovens que permitiu o restrito à classe dominante A democratização da escolarização secundária significo também o fim do currículo humanista clássico Os modelos mais tradicionais de currículo tanto os técnicos quanto os progressistas de base psicológica por sua vez só iriam ser definitivamente contestados nos Estados Unidos a partir dos anos 70 Leitu ras HAMILTON David Sobre as origens dos termos clázssico e currículo Teoria e educação 6 1992 p3355 KILEBARD Herbert M Os princípios de Tyler In Rosemary G Messick Lyra Paixão e Lilia de Bastos orgs Currículo análise e debate Rio Zahar 1980 p3952 KILEBARD Herbert M Burocracia e teoria do currículo In Rosemary G Messick Lyra Paixão e Lilia de Bastos orgs Currículo análise e debate Rio de Janeiro Zahar 1980 p107126 MOREIRA Antonio F B e SILVA Tomaz T da Sociologia e teoria crítica do currículo uma introdução in Antonio F B Moreira e Tomaz T da Silva orgs Currículo sociedade e cultura São Paulo Cortez 1999 p738 TYLER Ralph W Princípios básicos de currículo e ensináno Porto Alegre Globo 1974 Nota Para não sobrecarregar o texto as fontes de todas as citações estão listadas ao final do livro na seção Referências bibliográficas Onde a crítica começa ideologia reprodução resistência Como sabemos a década de 60 foi literatura inglesa reinvidicada prioridade para uma década de grandes agitações e transformações Os movimentos independentes de defesa da consciência das antigas colônias europeias os protestos estudantis na França e em vários outros países a continuação do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos os protestos contra a guerra do Vietnã os movimentos de contracultura a libertação sexual as lutas contra a ditadura no Brasil são apenas alguns dos importantes e fundameantais de Althusser Bourdieu e Passeron Baudot e Establet Uma avaliação equilibrada argumenta entre tanto que o movimento de renovação da teoria educacional que irá abalar a teoria educacional tradicional tendendo à influência não apenas teórica mas inspirando verdadeiras revoluções nas próprias experiências educacionais explodiu em vários locais ao mesmo tempo As críticas do currículo efetuadas pelo movimento tendem a reivindicar a precedência para seu próprio país Assim para a literatura educacional estadunidense a renovação da teorização sobre currícullo parece ter sido exclusivamente do chamado movimento de reprodüção às formas dominantes de conhecimento ou uma completa inversão nos fundamentos das teorias tradicionais como vimos os modelos tradicionais Como de Tyler absolutamente preocupados em fazer qualquer tipo de questionamento mais radical relativamente aos arranjos educacionais existentes às formas dominantes de conhecimento ou de modo mais geral à forma social dominante Ao tomas as teorias tradicionais que como o referênc desejável se repreentam a partir da reconceitualização da teoria curricular importante de qualquer forma concentravam pois nas formas de organização e elaboração do currículo Os modelos tradicionais de currículo também devem ser a atividade técnica como fazer uma crítica do currículo As teorias críticas começam por contrariar em contraste começam por colocar em questão precisamente os pressupostos dos presentes ataques aos conteúdos e educacionais As teorias críticas desconfiam do status quo responsabilizandoo pelas desigualdades e injustiças sociais As teorias tradicionais se caracteriza por sua resistência a justiça e a adaptação As teorias críticas são teorias de desafiança questionamento e transformação radical Para as teorias críticas é importante não é desenvolver técnicas de fazer teoria no currículo mas desenvolver conceitos que nos permitam compreender o que o currículo faz É preciso fazer uma distinção inicialmente entre de um lado as teorização críticas mais gerais como por exemplo o importante ensaio de Althusser sobre a ideologia ou o livro Conjunto de Bourdieu e Passeron A reprodução e de outro aquelas teorização centradas de forma mais localizada em questões de curriculum O agora famoso ensaio do filósofo francês Louis Althusser A ideologia e os aparelhos ideológicos de Estado iria fornecer as bases para as críticas marxistas da educação que se esboçavam particularmente na França Althusser estabeleceu entre ensino e educação uma importante conexão entre educação e ideologia que será central às subsequentes discussões baseadas na análise marxista da sociedade A referência que Althusser faz à educação neste ensaio é bastante sumária Esse afinalmente é um artigo destinado a discutir a manutenção da sociedade capitalista e por essa razão depende da reprodução de seus componentes econômicos força de trabalho meios de produção e da reprodução de seus componentes ideológicos Além da continuidade das condições de sua produção material a sociedade capitalista não se sustenta senão através de mecanismos institucionais que garantem o status quo o que no contingente isso pode ser obtido através da força ou do convencimento da repressão ou da ideologia O primeiro mecanismo está a cargo dos aparelhos repressivos de estado a polícia o judiciário o segundo é segundo é responsabilidade dos aparelhos ideológicos situados numa TV escolar por exemplo ou através de disciplinas ma mais indireta através de disciplinas mais técnicas como Ciências e Matemática Além disso a ideologia atua de forma discriminatória ela inclina as pessoas das classes subordinadas a submissão e obediência enquadrando as crenças das classes dominantes aprendidas na escola para mandar e controlar Essa diferenciação é garantida pelos mecanismos seletivos que fazem com que as crianças das classes dominadas sejam expulsas da escola antes de chegar àqueles níveis onde se aprendem os hábitos e habilidades próprios das classes dominantes A problemática central do analista marxista da educação e da escola consiste como mostra o exemplo de Althusser em buscar estabelecer qual é a ligação entre a escola e a economia entre a educação e a produção Uma vez que na análise marxista a economia é a base da sociedade a dinâmica da dinâmica social está no conceito produção Com isso Althusser enfatiza o papel do conteúdo das matérias escolares na transmissão da ideologia capitalista embora a definição de ideologia que ele dava na segunda parte de seu livro a ideologia como ilusão pareça entrar em contradição Em Bowles e Gintis por exemplo permite se falar da possibilidade de uma outra utilização da escola Em contraste com essa ênfase no conteúdo Bowles e Gintis enfatizam a aprendizagem através da vivência das relações sociais da escola das atitudes necessárias para se qualificar como um bom trabalhador capitalista As relações sociais do local de trabalho contribui para a reprodução da sociedade capitalista ao transmitir através das matérias escolares as crenças e atitudes por ordens posições de autoridade confiabilidade na cidade de comandar de formular planos de conduzir de forma autônoma no caso do trabalhador enquanto os níveis mais altos mais altos são os dos mais altos trabalhadores situados nos níveis mais altos no esquema de Bowles e Gintis a incorporação às psiques dessas atitudes sejam seja do futuro trabalhador estudante ou reciba justamente aquele tipo de trabalhador que necessita A crítica da escola capitalista nesse sentido será próximo ao campo marxista entrelaça entrelaça os sociólogos franceses Pierre Bourdieu e JeanClaude Passeron irão desenvolver uma crítica da educação que combina uma entrada no conceito de reprodução afastavase da análise marxista em vários aspectos Além do conceito de Produção a análise de Bourdieu e Passeron desenvolve também conjuntos de conceitos que eram devedores embora apenas metaforicamente de conceitos econômicos Mas contrariamente ao marxista funcionamente as escolas e as instituições culturais não é deduzido do funcionamento da economia Bourdieu e Passeron dão entretanto o funcionamento da escola e da cultura O modelo de currículo de Bobbitt iria encontrar sua consolidação definitiva no trabalho de Ralph Tyler publicado em 1949 O paradigma estabelecido por Tyler iria dominar o campo do currículo nos Estados Unidos com influência em diversos países incluindo o Brasil pelas próximas quatro décadas Como o livro de Tyler os estudos sobre currículo se tornam deci didamente estabelecidos em torno da idéia de organização e desenvolvimento Apesar de pesar a filosofia e o orçamento buscam identificar as fontes de objetivos da sociedade que cada uma delas deve ser igualmente para o currículo O paradigma formulado por Tyler centrase em questões de organização e desenvolvimento Tal como aconteceu aqui Tyler expandiu o modelo de Bobbitt o modelo a um Essentialmente Bobbit que se chamam disciplinas ou áreas de estudo Vejamos o modelo da questão técnica o modelo proposto por Tyler A organização e o desenvolvimento do currículo deve buscar responder de acordo com Tyler a quatro questões básicas 1 que objetivos educacionais essa escola procurará atingir 2 que experiências educacionais podem ser oferecidas que tenham probabilidade de alcançar esses propósitos 3 com que organização se podem tornar essas experiências educacionais mais eficientes 4 como podemos ter certeza de que esses objetivos estão sendo alcança dos As quatro perguntas de Tyler correspondem à divisão tradicional da atividade educacional currículo 1 ensino 2 instrução e avaliação 4 Em termos estritos pois apenas a pri meira questão diz respeito à currículo Tyler insiste na afirmação de que os objetivos devem ser claramente definidos e estabelecidos Os objetos devem ser formulados em termos de comportamen to explícito Essa orientação comporta mentalista iria se radicalizar aliás nos anos 25 É precisamente a esta questão que Tyler dedica a maior parte de seu livro Tyler identifica três fontes nas quais se devem buscar os objetivos da afirmação do que cada uma delas deve ser igualmente levada em consideração 1 estudos sobre os próprios aprendizes 2 estudos sobre sugestões dos especialistas das diferentes disciplinas Aqui Tyler inclui gramática matemática gramática e as disciplinas por Bobbit A psicologia fonte é uma demonstra ção da segunda continuidade relativamente ao modelo de Bobbit Essera exageram entretanto um número excessivo de objetivos os quais poderiam além disso ser mutuamente contraditórios Para consertar essa situa ção Tyler sugere submetêlos à análise dos filtros a filosofia social e política com a qual a escola está comp rometida e a psicologia da aprendizagem Por Bourdieu e Passeron para se referir as estruturas sociais e culturais que se tornam internalizadas O domínio que é o domínio atuado através de um ardiloso mecanismo Ele adquire sua força precisamente ao defender a cultura dominante como sendo a única cultura Os valores os hábitos e costumes os comportamentos da classe dominante são aqueles que são considerados normais O conjunto dos valores e hábitos de outras classes podem ser qualquer outra coisa mas não são a cultura Agora a eficácia da dominação sendo o oped tranuta cultura do domina Para que essa definição alcance sua maxima eficácia é necessário que ela não apareça como tal que ela não apareça que ela não aparece como tal que ela não apareça diante dela mesma como o que ela é como uma definição de função arbitrária como um uma definição que não tem qualquer base objetiva como que definição O que está baseada apenas nas forca agora o força está determinada com a forca se dominante É essa força original que permite que a classe dominante possa definir sua cultura como cultura mas na mesma força a ato de definição oculta Nessa última forma que torna possível que ela possa impor o habito precisamente o termo utilizado por essa definição arbitrária Há portanto aqui dois processos em funcionamento é incompressível A vivência familiar das crianças jovens das classes dominadas não os acostumou algo estranho alienação resultado é que as crianças e jovens das classes dominas são bemsucedidas na escola que lhes permite o acesso nacional das crianças As crianças e jovens das classes dominadas em troca só podem encarar o fracasso ficando pelo caminho As crianças concorrentas jovens classes são desconhecido e fortalecido por funcionar por um mecanismo que no curriculum aquilo que é visto que o nulo não sofre nada contam cultura nacional cultural desvalorizada que está baixou que o capital cultural Eles crianças jovens das classes dominadoras aquelas crianças que pertencem à família classes dominantes têm na família Em seu conjunto esses textos formam a base teorica educacional crítica que iria se desenrolar nos anos seguintes Eles poderão ter sido amplamente contraditados e questionados na explosão da literatura crítica ocorrida nos anos 70 e 80 sobretudo por seus pressupostos determinismo econômico Mas depois deles a teoria curricular seria radicalmente modificada A teorização curricular recente ainda vive desse legado um malentendido Sua análise não nos diz que a cultura dominante é indesejável e que a cultura dominada seria em troca desejável Dizer que a classe dominante define arbitrariamente sua cultura como desejável que a cultura dominante é coisa que dizer é desejável O que Bourdieu e Passeron propõem através do conceito de pedagogia racional é que as crianças das classes dominadas tenham na escola uma educação que lhes possibilite ter a mesma experiência que faz parte da cultura dominantes fundamentalmente classes dominantes Pedagogia construtora de uma proposta pedagógica a um curriculum se reproduzam na escola para as crianças dominadas aquelas condições que aparentam a crianças das classes dominantes têm na família Contra a concepção técnica os reconceptualistas No final dos anos sessenta podiase já dizer na hegemonia da concepção técnica do currículo estava com seus dias contados Como vimos esboçavamse em vários países ao mesmo tempo movimentos de reação às concepções burocráticas e à administração curricular dominante como na França e Inglaterra os contornos mais gerais de uma teoria educacional crítica tendiam a partir de campos não dire tamente pedagógicos como a sociologia crítica Bourdieu por exemplo e a filosofia marxista Althusser por exemplo Nos Estados Unidos e Canadá entretanto o movimento de crítica às perspectivas conservadoras sobre currículo tinha origem no próprio campo de estudo da educação Os antecedentes da rejeição dos pressupostos da concepção técnica de currículo localizamse como movimento de crítica como esboçaramse já nos escritos de James McDonald e Dwayne Huebner Um movimento mais organizado e visível entretanto somente ia ganhar impulso sob a liderança de William Pinar Aqui a ênfase não estava no papel das estruturas ou em categorias abstratas como ideologia capitalismo contr ole e dominação de classes mas nos significados subjetivos dos atores sociais nos significados das experiências pedagógicas que professores e alunos tinham Em ambas as perspectivas tratavase de desafiar os modelos técnicos dominantes em mão de estratégias analíticas que permit sem colocar em xeque as compreensões culturalizadas do mundo social e em particular da pedagogia da hermenêutica da fenomenologia entretanto desnaturalizar as categorias com as quais ordinariamente significafocalizálas através de uma perspectiva profundamente pessoal e subjetiva Há um vínculo com o social na medida em que categorias são criadas e atuam nas interatividade mas permanecem ativas na criação da linguagem mas em última análise o foco está nas percepções e nas significações subjetivas Em termos da crítica de inspiração matemática construtivista e sóciocientífica submeteo a uma análise científica centrada em conceitos que rompem com as categorias de senso comum com as quais ordinariamente vemos e compreendemos aquele mundo O movimento de reconceptualização em Edmund Husserl sendo posterior tal como definido por seus próprios in ciadores pretende incluir tantas vertentes fenomenológicas quanto as vertentes marxistas mas as pessoas envolvidas nes sas últimas particularmente MerleauPonty O ato feno menológico fundamental consiste em sub entender que não acontece nem uma sus temos do mundo cotidiano mas uma sus pensão A investigação fenomenológica começa por colocar os significados ordinários e cotidianos dos fenômenos em parêntese as coisas que tomamos como naturais constituem apenas a aparência que através da redução eidética para que questionar à sua essência A in vestigação fenomenológica coloca em questões assim as categorias do senso co mum mas tais não são substância po rém categorias científicas abstratas Ela está focalizada em vez disso na expe riencia vivida no mundo da vida nos significados subjetivamente Signifi cados dos conceitos O conhecimento do fenômeno o dado puro não tem a depois teria para o mesmo sentido que estrutura a qual sur ge o desenvolvimento de certa forma pre a semiologia estrutura a qual sur ge o desenvolvimento de certa forma pre dito O significado para a fenomenologia não pode ser simplesmente determinado por seu valor objetivo numa cadeia de pop sições estruturais como na semiologia De forma geral a hermenêutica tal como verbo currere em latim correr É antes de tudo um verbo uma atividade e não uma coisa descontraste Ao contrário como Gadamer destaca em um significativo a substância de um sentido significa apenas do único e determin do do verbo o verbo deslocamos a da pista de corrida para o ato de percorrer a pista É como atividade que o currícula deve se ser compreendida uma atividade de que não se limita a nossa vida educaciona1 mas a nossa vida escolar Em oposição tanto as perspectivas tradicionais quanto às perspectivas críticas macrossociológicas a metodologia autogr a foco O singular ao históririco na nossa vida Ele permite conectar o indivíduo ao social de uma forma que as outras perspectivas não fazem O método autográfic o não se limita a desvelar os momentos e os aspectos formativos de nossa vida sobretudo de nossa vida educacional e pedagógica ele próprio tem cara matici formativa autogratransform ativaslias a a et ogrom das coisas como anal tás sobre esta última a mais estratégias a ela a utilização de uma gama de estratá já a autobiografia tem sido combinada com uma orientação fenomenológica para enfatizar os aspectos formativos do currícu 1o entendido de forma ampla como experiência vivida Em alguns autores como Wiliam Pinar por exemplo recorresse também a recursos analíticos para a autoanálise autoperpec tiva o método autobiográfico permitiria investigar as formas pelas quais nossa subjetividade e identidade são formadas William Pinar recorre à etnologia da Palavras ao curriculum e a etnografia ele pode também utilizarse da autobiografia como método objetivo Libertoempíra permitido permitir que se façam conexões entre o conhecimento escolar a história da vida e o desenvolvimento intelectual e profissional a autobiografia pista de corrida deriva do 43 contribuir para a transformação do prípri0 eu Na maior perspectiva da formação do prió flia uma maior compreensão de si implica agii um agir mais consciente responsável e comprometido analise Tal como a perspectiva mais genel de tobiografia como uma visão epistemológic a que vai contra as formas sociais não raciom listas de conhecer das ciências socia bín bem forma comoficl oficial está esta tinado e organizaisto em currículo de materiais ou disciplinas Talvez seja por isso que os exemplos dados nessa literatura tendam a se referir à área de formação docente William Pinar Por biograficamente ger e que se leva vida escolar e educacional como foi nossa experiência educacional quando entramos na escola quais episódios lem b ramos quais nossos sentimentos nesses episódios qu a is as conexões entre noss e u e o conhecimento formal Por seu caráter auto transformativo essa inves tigação autobiográfica seria determinante e importante no processo de formaçã o docente A literatura sobre a autobiográfica é menos clara no que se refere a aplicação do método autobiográfico à educação de crianças e jovens Podese imaginar como Leitura MARTINS Joel Um enfoque fenomenológico do currículo educação como poiesis São Paulo Cortez 1992 DOMINGUES José Luiz Interesses humanos e paradigmas curriculares Revista brasileira de estudos pedagógicos 67156 1986 p 35166 44 A crítica neomarxista de Michael Apple O início da crítica neomarxista às teorias tradicionais do currículo e ao papel ideológico do currículo está fortemente identificado com o prenome conhecido de Michael Apple Trabalhos seus influenciaram as discussões uniformizam do currículo hoje Althusser e Bourdieu por exemplo como já mencionado são autores como estabelecido as bases de uma crítica radical à educação liberal mas na crítica propriamente chamada de neomarxismo o foco final toma como o currículo o que se conhecer aproveitase dessas críticas e outras tradições da teorização ampla da população social por exemplo Williamson por exemplo para elaborar uma análise crítica do currículo que irá ser muito influente nas décadas seguintes Apple toma como ponto de partida os elementos centrais da crítica neomarxista da sociedade A dinâmica da sociedade capitalista gira em torno da dominação de classes da dominação dos que detêm o contro1e da propriedade dos recursos materiais sobre os que possuem apenas sua força de trabalho Essa característica da organização da economia na sociedade se mediado por processos que ocorrem no capitalismo afeta tudo aquilo que ocorre no Para Apple entretanto essa ligação não é uma ligação de determinação simples e direta A preocupação em evitar uma cepção mecanicista e determina já vínculos entre produção e educação já estava presente em seu primeiro livro hoje clássico de 1979 mas ela veio a tornar ainda mais forte nos livros posteriores Basicamente para ele três são as principais características da educação e e currículo e de outro a 45 e outras esferas sociais como a educação e a cultura por exemplo Há pois uma relaação entre estrutura entorno e educação terminologia introduzida por autores como Bernstein e Bourdieu há um vínculo entre reprodução cultural e reprodução social Mais especificamente há uma clara conexão entre a forma e o conteúdo co esta organizada a forma como o currículo está organizado Giroux é igualmente crítico entretanto da vertente da crítica educacional que se inspiravam mais na fenomenologia e nos modelos interpretativos de teorização social do que nos diversos estruturalismos e devirnoutro da escola apontava numa fase inicial em um processo ativista que se apresentou como imobilismo sugeridos pelas teorias da reprodução Ele já fala aqui numa concepção da possibilidade no entanto que vai se tornar central às teorizações de sua fase intermediária Contra a dominação rígida das estruturas econômicas e sociais sugeridas pelo núcleo das análises de crítica da reprodução Giroux sugere que existem mediações e ações no nível da escola e do currículo que podem trabalhar contra o poder do poder econômico da escola geral e da pedagogia e a vida social em geral a perda feita e o currículo em particular não são Deve apenas dominação e controle Deve haver um lugar para a oposição a resistência para a rebelião a sua condição Como autores Giroux é amplamente influenciado inglês Paul Willis Ex Combinado o sociólogo inglês Centre for Contemporaíry Cultural Studies da Universidade 53 Birmingham Paul Willis ira se tornar conhecido Pela Pesquisa relatada no livro Aprendendo a ser trabalhador Também insatisfeito com o determinismo econômico das teorias da reprodução Willis quer saber o que os jovens da classe operária voluntariamente escolhem para isso empregos de classe operária Para isso Willis acompanhou um grupo de jovens em suas atividades tanto na escola quanto no trabalho Basicamente o que Willis argumenta é que o emprego opera através de um processo de emancipação junto com objetivos de uma ação social política entre a educação a bar crítica que Freire faz da educação bancária sua uma resposta do contrário Portanto como um ato ativo e dialético também combinavam com os esforços de Giroux em desenvolver uma perspectiva de currículo então dominante na construção do processo de construção aponta para a necessidade de construção de um espa ço onde os anseios os desejos e os pensamentos dos estudantes das estudantes possam ser ouvidos e atentamente considerados Através do conceito de voz Giroux concede um papel ativo à sua participação um papel que contesta as relações de poder através das quais essa voz tem sido em geral suprimida Há uma reconhecida influência de Paulo Freire na obra de Henry Giroux Por um lado a concepção libertadora de educação de Paulo Freire é uma entrada de fundamentos do cultural operacional do final de fábrica In felizmente Giroux vislumbra aí nessa cultura mas o que Willis vislumbra nessa cultura é um momento e um espaço de criação ativa que poderia ser explorado para uma resistência mais políticamente informada Essa possibilidade da resistência que Giroux vai desenvolver no seus primei ros trabalhos Ele acredita que é possí vel canalizar o potencial de resistência de 54 mocidade de exercer as habilidades de vel canalizar o potencial de resistência de mocidade de exercer as habilidades de vel canalizar o potencial de resistência de mocidade de exercer as habilidades de de questionamento dos pressupostos do senso comum da vida social Por outro lado Os professores professores não são meramente substitutos na obra de Paulo Freire salientadas a importância da parti cipação das pessoas envolvidas no ato pedagógico na construção de seus pró prios significados e uma práti potnificada O livro Pedagogia política entre arte a pedagogia a política entre conexões entre a Pedagogia a política entre conexões entre a Pedagogia e a política entre conexões estreitas deixadas entre a pedagogia e a política entre conexões estreitas deixadas entre a pedagogia política entre arte a pedagogia a política entre conexões entre a Pedagogia a política entre conexões entre a Pedagogia e a política entre conexões estreitas deixadas entre a pedagogia e a política entre conexões estreitas deixadas entre a pedagogia e a política entre conexões poltica laPedagogía e a ambiga ção do poder A vert tema dos esforço de Giroux para sintetizar para sintetizar para sintetizar Para sintetizar numa tendência que iria ganhar mais impulso posteriormente Giroux vê a pedagogia e o currículo através da noção de política cultural currículo envelhece a construção de signifi cados e valoresculturais O currículo não está simplesmente envolvido com a transmissão de saberes conhecimentos objetivos se produz em e se cria sob atividades de produção de umas bases significados sociais Esses significados entre tanto não são simplesmente criados que se situam no nível da consciência Pedagogia do oprimido versus pedagogia dos conteúdos Parece evidente que Paulo Freirenão desenvolveu uma teorização específica sobre currículo Em sua obra entretanto como ocorre com outras teorias pedagógicas ele discute questões que documentate estão associadas com teorias mais propriamente curriculares Podese dizer que seu esforço de teorização consiste ao menos em parte em responder àquestão curricular fundamental o que ensina Em sua preocupação com a questão epistemológica fundamental o que sisnifica conhecer Paulo Freire manifesta o pensamento de uma obra que ele mesmo ensan importantes no que tange às implicações do teorizar pedagógico sobre o currículo Além disso é conhecida sua influência sobre as teorias fundamentais do desenvolvimento e avaliação diretamente ligados ao própriomento curricular Aqui como fizemos com outros autores vamos nos restringir aos seus livros iniciais particularmente Educação como prática da liberdade 1967 e Pedagogia do oprimido 1970 Na verdade é o que a economia política é verdade que a análise que Freire faz da formação social brasileira na primeira parte de Educação como prática da liberdade é profunda mente histórica do sociológico à análise do modo pelo Altchou Freire faz do oprimido uma leitura do oprimido está baseada numa dialética hegeliana das relações entre se grego e a amplidão e modificação pela leitura do primeiro marxismo e marxismo humanista de Erich Fromm da fenome logia existencialista e crítica de críticos do pensamento e de coswrtininação ocultapolítica Mesmo o fenômeno do dominação portanto da mente como um reflexo das relações econômicas e muito mais na dinâmica pró pia do processo de dominaão Em segundo lugar as críticas socioló gicas da educação tomam como base as estruturas da escola nas sociedades de estádunses e o de Baudela estabilistas propões clara mente a analisar uma escola capitalista frustrada A crítica de Freire voltase paraa educação bancária ou currículo exis tente na ordem dos subordinados na educação mundial Na verdade em Pedagogia do oprimido Freire ajuda a transformação da educação formal para a revol ução Podese dizer ainda que os conceitos humanistas utilizados por Freire em sua análise estão claramente ausentes de análises mais estruturalistas da educação Não se puderam imaginar Althous ou Bourdieu e Passeron falando como lit Freire em Pedagogia do oprimido e em livros posteriores de amor humbidio e nó més esperança ou solidarieda Finalmente e teoricamente Freire claramente limita a análise como só a edu cação não se limita a analisar como são aper senta uma dana bastante elaborada de mesmas devem existir mas ap definitivamentesen a palavrachave Pr desenvolvimento de esquerda da época Em o ciamento de esquerda da época Em seu primeiro desservonvese do conceito de tencionada abrangente e capaci tadora de transformações transfor madoras O foco dos aspectos prá ticos do currículo deve sempre percorre o pelo vi des de nas sequências e reflexões nos títulos dos res pectivos livros enquanto o de Freire res salta o termo pedagogia sugerido por Bouvier Gintis por sua vez parte para análises da escola na sociedade capitalista e do funcionamento da sociedade capitalista longo tempo está baseado precisamente numa definição da cultura como o conjunto das obras de excelência produzidas no campo da artes visuais da literatura da música do teatro Mesmo que implicitamente essa crítica do Freire desenvolve o conceito de cultura popular no sentido de uma perspectiva curricular na pedagogia e no currículo alguns temas que aparecerão depois se centrando nos teóricos da póscolonialidade Freire era já em Pedagogia da perspectiva cultural uma teoria crítica sobretudo em sua insistência em posicionar o oprimido em modelos institucionais privilegiado dos grupos dominados por estar em posição do do mina da estrutura que divide a sociedade entre dominantes e dominados Estudos culturais focam no conhecimento dos grupos que os grupos dominantes não podiam ter Numa era em que o tema do multiculturalismo ganha tanta relevância desta dimensão da obra de Paulo Freire pode talvez servir de inspiração para o desenvolvimento de um currículo póscolonialista que responda às novas condições de dominação que caracterizam a nova ordem mundial O predomínio de Paulo Freire no campo educacional brasileiro seria contes tad o no início dos anos 80 pela chamada perspectiva privilegiar à perspec tiva epistemologia da história dos povos dominados sobretudo na forma de estudos transfiguração Ao se concentrar na sua literatura grupos dominados mais e mais avançam na tentativa de desenvolver uma forma alternativa de domíno português Paulo Freire anteced e os Paulo Freire a ampliação da cultura popular permite que se veja a chamada cultura popular como um conhecimento do oprimido cla ro que legitimamente deve fazerparte do currículo Se Paulo Freire se antecipou de certa forma à definição cultural do currículo que iria caracterizar depois a influência dos Estudos Culturais os estudos curriculares poderia dizer também que ele iniciase o que se pode chamar no póstexto de uma pesquisa póscolonialista sobre o currículo Como se sabe a perspectiva pós colonialista desenvolvida sobretudo nos estudos literários busca problematizar as relações de poder entre países que na situação anterior eram colonizadores e aqueles que eram colonizados Essa 62 pedagogia históricocrítica ou pedago gia críticosocial dos conteúdos desen volvida por Dermeval SavianiTal como Freire Saviani não pretendeu elaborar um rândop propriamente teórico mas sua teorização focaliza questões que pertencem legitimamente ao campo dos estudos culturais Em oposição a Paulo Freire Saviani faz uma nítida separação entre educação e politi ca Para ele uma prática educacional que não consiga se distinguir da política per de sua especificidade política torna se política apenas na medida em que ela permite que as classes subordinadas se apropriem do conhecimento que ela transmite e como instrumento cultural que será utilizado na luta política mais ampla Assim para Saviania tarefa de uma pedagogia crítica consiste em traduzir para o currículo aqueles conhecimentos universais que são considerados como patrimônio da humanidade e não dos grupos sociais que deles se apropriariam Saviani liberta tam bém as pedagogias libertárias mais radicais da pedagogia libertadora freireana ela cum priu entretanto um importante papel na constituição do campo crí tico da educação Embora diminuído ela con tinua inegavelmente importante enfatizar o papel do conhecimento na aquisição e fortalecimento do poder das classes subordinadas Neste sentido das pedagogias educativas aparece como ún 63 Leituras FREIRE Paulo Ação cultural para a liberdade Rio de Janeiro Paz e Terra 1976 FREIRE Paulo Educação como prática da liberdade Rio Paz e Terra 1967 FREIRE Paulo Pedagogia do oprimido Rio Paz e Terra 1970 GADOTTI Moacir Paulo Freire Uma bibliografia São Paulo CortezInstituto Paulo Freire 1996 MOREIRA Antonio Flávio B Currículos e programas no Brasil Campinas Papirus 1990 SAVIANI Dermeval Escola e democracia São Paulo CortezAutores Associados 1983 O currículo como construção social a nova sociologia da educação A crítica do currículo na Inglaterra diferente do que ocorria nos Estados Unidos davase a partir da sociologia No livro Knowledge and control publicado em 1971 marca o início dessa crítica através daquilo que passaria a ser conhecido como Nova Sociologia da Educação NSE Este livro organizado por Michael Young deu o que seria reconhecidamente o líder desse movimento reunião além de um ensaio do próprio Michael Young ensaios escritos por Pierre Bourdieu e Basil Bernstein bem como ensaios de outros autores vários deles ligados ao instituto de Educação da Universidade de Londres Se nos Estados Unidos a crítica tinha como referências perspectivas tradicionais sobre o currículo na Inglaterra os jovens eram bemsucedidos ou não nesse currículo Nos termos da NSE a preocupação era com o processamento do conhecimento com o processamento de ensino A NSE entretanto implicitamente também desafiava uma outra tradição do pensamento educacional britânico aquela representada pela filosofia educacional empírica e estatística essa sociologia era analítica de autores como PH Hirst e do conhecimento do conhecimento escolar praticamente coincidiriam com a sociologia mais geral do conhecimento A tarefa mais imediata de Knowledge and Control consistia entretanto em delinear as bases de uma sociologia do currículo Young criticava na introdução a precisão das categorias como a natureza as formas da disciplina as áreas de conhecimento e as avaliações utilizadas pela teoria educacional e pelos educadores A tarefa de uma sociologia do currículo consistia precisamente em naturalizar essa categoria em questão em desnaturalizálas em mostrar seu caráter histórico social contingente arbitrário Diferentemente de uma filosofia do currículo centrada na questão epistemológica a questão para a NSE não consiste em saber qual conhecimento é verdadeiro ou falso mas em saber que conhecimento é construído Em contraste com a psicologia da aprendizagem a NSE tampouco está preocupada em saber como se aprende Como argumenta Schaffer citado por Young questão de saber tudo por Young das crianças é justamente preocupação do sistema educacional privarse sobretudo com o fracasso escolar das crianças e jovens da classe operária Por sua ênfase empírica e estatística essa sociologia era a organização do conhecimento e a distribuição de poder As perspectivas apresentadas pelos diferentes autores reunidos em Knowledge and control estavam longe de serem homogêneas Enquadro o conteúdo do próprio trabalho de Bourdieu e Bernstein eram claramente estruturalistas os ensaios de Geoffrey Esland e Neil Keddie insipravavamse sobretudo na fenomenologia sociológica e no chamado simbolismo estruturalista Se relatava que iria se resolver posteriormente em favor da vertente mais estruturalista que se formaria A perspectiva central do trabalho derivava da fenomenologia feita por Alfred Schutz da qual iria perder importância e visibilidade embora continua presente como por exemplo no trabalho inspirado no interacionismo simbólico de Peter Woods Young demonstra em seu próprio ensaio como se poderia desenvolver uma sociologia do currículo inspirada nas concepções de Marx Weber e Durkheim Embora ressalte na introdução ao livro as conexões entre os princípios de distribuição de poder e as várias fases do processo de construção curricular seleção organização distribuição atribuição avaliação Young concentrase nas formas de organização do currículo A questão portanto da estrutura do currículo está organizada em matérias ou disciplinas o conhecimento que está organizado em conteúdos e os princípios de estratificação e de integração Young consiste em analisar quais são as principais teorias do currículo Por outro lado elas correspondem a tipos diferentes de entidades a organização epistemológicocientífica dos conteúdos é dada por um conjunto de disciplinas ou seja um desdobramento das unidades globais do que mais pressiona Young constrói dessa maneira analisando e fenomenológica do Estado essa visão ignora a intencionalidade e a experiência subjetiva Pressividade da ação humana e todo o processo de negociação interpretativa dos significados ela distorce o que um mundo que tem que ser continuamente interpretado Esland desenvolve o argumento duplo não pode ser separado do ensino do currículo Fundamentação dos três princípios da sociologia fenômeno curriculum Mead Schutz e Luckmann Esland centrase na forma como o conhecimento técnico é construído intersubjetivamente na interação professor aluno na sala de aula Tal como ocorre em outros locais a realidade é constituída daqueles significados que são intersubjetivamente construídos na interação social É por isso que uma pessoa fora se comporta como um estranho Assim na situação educacional qualquer mudança curricular objetiva deve passar por esse processo de interpretação e negociação em torno do poder Mexer nessa organização significa mexer com o poder É essa estreita relação entre organização curricular e poder que faz com que qualquer mudança curricular implique uma mudança também nos princípios de poder Em contraste com essa análise estrutural de Young os ensaios de Geoffrey Esland e Neil Keddie adotam uma abordagem mais fenomenológica De acordo com Esland a tradição fenomenológica Esland ataca a visão objetiva do conhecimento que está presa nas perspectivas tradicionais sobre a proposta do currículo Para a perspectiva dos dos significados em que estão envolvidos professores e alunos na sala de aula A descrição e explicação do conhecimento interessante e subjetivo do que na opinião de Esland deveria se concentrar uma sociologia do currículo Embora destaque a importância de se analisar as visões subjetivas tanto de professores quanto de alunos ele se concentra nesse ensaio no conhecimento dos professores O problema para ele consiste em tentar compreender quais as perspectivas entendidas aqui como visões de mundos que os professores trazem para a sala de aula bem como aquelas que eles aí desenvolvem como tantos os estudos aqui de bem como aqueles que ele tem sido os denominados Derreti Kédde aqui que tem uma perspectiva única A partir de argumenta que o de Neil Kédde o único que tem uma base empírica A ideia é que os professores tem dos alunos não detectores formam com eles lados trata A capacidade intelectual dos alunos tal como avaliada pelos professores acaba que se professores fazendo deles lá Esta tipificação e determinação de nível pela classe dos grandes partetrição crítica que é kédie chega a conclusões semelhantes aquelas que foram desenvolvidas pelas chamadas teorias da rotulação Embora a NSE não estivesse preocupada em desenvolver as implicações pedagógicas de seu programa sociológico essas implicações são entretanto evidentes Em primeiro lugar uma perspectiva inspirada pelo programa da NSE buscaria construir um currículo que refletisse as tradições culturais e epistemo mológicas dos grupos subordinados e não apenas dos grupos dominantes Da mesma forma procuraria desafiar a forma de estratificação e atribuição de prestígio existentes como por exemplo a que diz que a vida as ciências e as artes Além disso um currículo ideal deveria transferir os princípios para o seu interior isto é a perspectiva epistemológica central do conhecimento envolvido no currículo deveria ser ela própria baseada na ideia de construção social O prestígio e a influência da NSE que tinham sido excepcionalmente grandes até o início da década de oitenta diminuíram bastante a partir daí Por um lado o programa mais forte de uma perspectiva da sociologia do currículo cedeu lugar a pers pectivas mais ecléticas que misturavam análises sociológicas com teorização mais propriamente Pedagógicas Por outro KEDDIE Neil O saber na sala de aula In Sergio Grácio e Stephen Storer orgs Sociologia da educação v II Horizonte 1982 p205244 MORREIRA Antonio B Sociologia do currículo origem desenvolvimento e contribuições Em aberto 1990 46 p7383 YOUNG Michael Uma abordagem do estudo dos programas curriculares em Grécia o socialmente organizado In Sérgio Grácio e Stephen Storer orgs Sociologia da educação v II Horizonte 1982 p151187 YOUNG Michael A propósito de uma sociologia crítica da educação Revista brasileira de estudos pedagógicos 67157 1986 p53237 teorização crítica da educação que nesse momento se concentrava em torno de NSE iria se dissolver numa variedade de perspectivas analíticas e teóricas feminis mós estudos sobre gênero raça e etnia estudos culturais pósmodernos Pós estruturalismo Além disso o contexto social de reforma educacional e de democ ratização da educação que tinha constituído a inspiração da NSE transitava radicalmente com o triunfo das políticas neoliberais de Ronald Reagan nos Estados Unidos e de Margaret Thatcher na In glaterra Na verdade é mesmo Young Paul teórico da verdade mesmo constru abandona gradualmente suas pretensões sociológicas anteriores para adotar uma posição cada vez mais técnica e burocrá tica A idéia inicial da NSE representada pela noção de construção social continuou na entretanto atual e importante Ela encontra continuidade por exemplo nas análises do do currículo que hoje são feitas com inspiração nos Estudos Culturais e no Pós estruturalismo Leituras FORQUIN JeanClaude Escola e cultura As bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolr Porro Alegre Artes Médicas 1993 CURSO Artes Visuais DISCIPLINA Tópicos Especiais em Artes Visuais PROFESSOR Adriana Pedrassa Prates 1º Módulo 1610 a 0611 ATIVIDADE 1 Identidade e diferença diversidade e multiculturalismo relações de gênero e pedagogia feminista Tipo de atividade Fórum Competências e Habilidades Conhecer os conceitos trabalhados na disciplina em especial diferença e multiculturalismo Exercitar leitura e intepretação de texto Relacionar os conceitos estudados às práticas de ensino de arte na atualidade Critérios de avaliação capacidade de leitura e interpretação de texto conhecimento dos conteúdos propostos para estudo extraídos do contexto das teorias póscríticas em educação e dos estudos curriculares Valor da atividade 10 pontos 5 questões 2 pontos para cada questão Peso na Média a atividade corresponde a 20 da média final Atividades fora do prazo prorrogadas pelo Professor terão desconto de 20 pontos Critério fixo QUESTÃO 1 LEIA com muita atenção os seguintes capítulos do livro que segue indicado abaixo disponível na internet Capítulos de livro p 85 a 90 Diferença e Identidade o currículo multiculturalista p 91 a 98 As relações de gênero e a pedagogia feminista SILVA Tomaz Tadeu da Documentos de Identidade uma introdução às teorias do currículo Belo Horizonte Autêntica 1999 Disponível em chrome extensionefaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkajhttpsedisciplinasuspbrpluginfilephp5735262 modresourcecontent1Livro20 20Silva202819992920CurrC3ADculoDocumentos20de20Identidadepdf Acesso em 15 set 2023 Selecione dois excertos de cada um desses capítulos os transcreva no Fórum e elabore em seguida uma escrita sintética que exponha o que você compreendeu das seleções feitas justificando inclusive a razão dessas escolhas 80 Comente a contribuição de ao menos uma colega segundo o que apresentou no Fórum 20 Diferença e identidade o currículo multiculturalista p 8590 O Cânon do currículo universitário fazia passar por cultura comum uma cultura bastante particular a cultura do grupo culturalmente e socialmente dominante Na perspectiva dos grupos culturais dominados o currículo universitário deveria incluir uma amostra que fosse mais representativa das contribuições das diversas culturas subordinadas p 88 O multiculturalismo mostra que o gradiente da desigualdade em matéria de educação e currículo é função é de outras dinâmicas como as de gênero raça sexualidade por exemplo que não podem ser reduzidas a dinâmica de classe Além disso o multiculturalismo nos faz lembrar que a igualdade não pode ser obtida simplesmente a através da igualdade de acesso ao currículo hegemônico existente como nas reivindicações educacionais progressistas anteriores A obtenção da igualdade depende de uma modificação substancial do currículo existente Não haverá justiça curricular para usar uma expressão de Robert Connell se o cânon curricular não for modificado para refletir as formas pelas quais as diferença é produzida por relações sociais de assimetria p 90 O capítulo Diferença e identidade o currículo multiculturalista discute os objetivos e dificuldades da construção de um currículo multiculturalista este que enfatiza que no âmbito educacional é importante a construção da equidade e inclusão O reconhecimento da diversidade no currículo é essencial para que a implementação de práticas e políticas educacionais atendam e respeitem as diferentes identidades dos alunos Sendo assim levando em consideração o currículo universitário que tem influência de um cânone hegemônico no qual reflete uma posição cultural dominante o primeiro trecho p 88 aborda justamente a importância de repensar o currículo universitário Contudo essa ação não significa abolir os cânones das grades curriculares mas incluir diversas culturas sobretudo as subordinadas a fim de que tenhamos um currículo mais representativo Nesse sentido o segundo excerto além de discutir que a desigualdade existente no currículo universitário não se limitam as questões de classe mas perpetuam nas dinâmicas complexas de gênero raça e sexualidade por exemplo pois ao analisar os cânones é possível encontrar uma lista infinita de homens brancos e héteros Assim como destaca a importância de que haja igualdade no currículo é preciso ir além do objetivo de permitir o acesso e sim repensar na transformação substancial desse currículo Por fim o excertos escolhidos convergem com a ideia significativa da justiça educacional a qual defendo para que o currículo reconheça represente e respeite as diversidades existentes As relações de gênero e a pedagogia feminista p 9198 Da perspectiva feminista que aqui nos interessa é suficiente entretanto reter o fato de que a epistemologia não é nunca neutra mas reflete sempre a experiência de quem conhece Apenas numa concepção que separa quem conhece daquilo que é conhecido é que se pode conceber o conhecimento objetivamente neutro É essa reviravolta epistemológica que torna a perspectiva feminista tão importante para a teoria curricular Na medida em que reflete a epistemologia dominante o currículo existente é também claramente masculino Ele é a expressão da cosmovisão masculina p 94 O currículo é entre outras coisas um artefato de gênero um artefato que ao mesmo tempo corporifica e produz relações de gênero Uma perspectiva crítica de currículo que deixasse de examinar essa dimensão do currículo constituiria uma perspectiva bastante parcial e limitada desse artefato que é o currículo p 97 O discurso historicamente enraizado de que a mulher é limitada na participação do contexto educacional assim como em outros campos da sociedade vai além das questões de sexo ou seja das limitações biológicas Isto significa portanto que tratase de relações sociais as quais determinam a níveis superiores em quais posições a mulher deve ocupar Em contrapartida a essa ideia a perspectiva feminista discute essas relações de poder que colocar o homem como superior assim como o discurso machista e patriarcal reflete em vários campos na sociedade e especificamente na educação bem como no currículo Tal premissa é claramente defendida no primeiro excerto p 94 a qual foi escolhido para discutir que como aponta também a Análise do Discurso em consonância a teoria feminista e os estudos de gênero em que não há neutralidade nos discursos e como os currículos foram historicamente desenvolvidos por homens por suas posições privilegiadas de poder reproduzem valores relacionados a masculinidade Em continuação a esse pensamento o segundo trecho p 97 foi escolhido para complementar a ideia que devese olhar o currículos pelo viés de uma analise crítica também pautado nas relações de gênero e por as perspectivas feministas a fim de que compreendemos que as desigualdades e estereótipos de gênero presentes nos currículos educacionais precisam questionar e reconfigurar os documentos que propagam as desigualdades Logo enfatiza que para essa analise crítica não pode negligenciar as dimensões de gêneros já que faz com que seja parcial e limitada Portanto a reconstrução desse currículo influenciará além dos materiais e as práticas que serão trabalhadas em sala de aula uma vez que afeta diretamente na construção mais inclusiva que permite a igualdade de oportunidades bem como na formação de aluno mais críticos e conscientes