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ENGELS E A UTOPIA\n\nColoquemos em seu lugar, que é pequeno, a coletânea de Engels: A questão da habitação. Esse pequeno volume reúne três artigos por ele escritos em 1872, \"época em que o maná dos bilheões franceses vertia sobre a Alemanha [...] quando a Alemanha fazia sua entrada na cena mundial não só como 'império unificado', mas também como um grande país industrial.\"\n\nÉ habitual apresentar essa coletânea como se contivesse a última palavra do pensamento marxista no que concerne às questões urbanas. Com efeito, consulta-la e citá-la desobriga a ler e conhecer o conjunto teórico. Ora, esses artigos têm um caráter circunstancial muito nítido, se bem que o prefácio posteriormente escrito por Engels (em 1887) corrige tal caráter e confere maior amplitude a essa série de textos, ao mesmo tempo em que aumenta a confusão. De fato, Engels emprega recorrentemente o termo \"revolução industrial\" sem cerimônia, a propósito do que se passou na Alemanha durante esses anos (que viram a morte de Marx). Como sabemos, Engels e seu companheiro de luta encontravam-se diante deste duplo problema: a duração do capitalismo e a ascensão do movimento operário. Eles chegaram a anunciar o fim próximo do modo capitalista de produção; mesmo em 1887, Engels tem a imprudência de retomar essa profecia. Quanto ao movimento operário, de adoção uma forma política que, mais do que vê, surpreende tanto Engels como Marx. Eles sabiam, e eram os únicos a saber bem, que o Estado e seus dirigentes mais hábeis (Bismarck) tentariam desviar o movimento operário e integrar a classe operária à sociedade burguesa. A partir desse momento, cintam-se no pensamento teórico a ação política. De um lado existem os \"direitistas\" e, de outro, os \"esquerdistas\", à moda de Proudhon e Lassalle, opostos aos proudhonianos e aos lassallianos doutro, os bakuninistas e os anarquistas. Marx vêem-se, subsidiariamente, na segunda direção, sobretudo após o fracasso da Comuna, que apenas mostrava melhor a amplitude revolucionária das determinações persistentes. Occupando um sujeito \"central\", Engels e Marx recuaram-se da email em espécie de \"centros\", a indicar uma verdadeira a identificaram a direção do movimento. Notou-se então claramente a sua destreza intelectual, em planos mais fortes nos \"oportunistas\", e dessa perspectiva retornaram ao fond de seus comportamentos como mais edifícios. Em\n\nCursos cognitivos, na Alemanha de 1872, é difícil lidar com uma realidade tão imorfológica e tão pouco responsável, da própria construção.\n\nprojetos serviam diretamente ao Estado bismarckiano e à perpetuação das relações sociais capitalistas. para que possa enfrentar a surpressão dessa oposição, levada ao terreno da sociedade capitalista de hoje. Bem longe de poder suprir essa oposição, ela torna, ao contrário, cada dia mais aguda...\n\nAssim, para Friedrich Engels, em 1872, nem a cottage (atualmente diríamos: o povilhão do subúrbio), nem a esfera operária (diríamos: os HLM) avançam em direção à solução do problema fundamental, que é o da habitação. Isso mesmo se foram multiplicados até satisfazer as \"necessidades\". Esse objetivo, é próprio, tem um caráter reformista, pois dissimula o problema da transformação revolucionária e o obscurece. \"Os primeiros socialistas utópicos modernos, Owen e Fourier, haviam-no já perfeitamente reconhecido. Nas suas contrapropostas-modelos, a oposição entre a cidade e o campo não existe mais...\" referência perpétua, o Livro Santo e a Vulgata, abundante fonte de críticas etc. Dito de outro modo: a obra mais controversa, a mais atacada, mas também a mais lida e comentada da literatura marxista, junto com Materialismo e Empirismo, de Lenin.\n\nOs instigadores do marxismo e os dogmáticos insistem obstinadamente na coerção do sistema. De fato, eles transformam a teoria marxista em doutrina, um \"sistema\", na acepção tradicional (filosófica) do termo. O que acompanhará por sua transformação política em ideologia do Estado, em pedagogical, em prática institucional. Ao contrário, a crítica, é aí que se entra, a sua originalidade de Engels, a especificidade de sua contribuição, sua entrada mística no pensamento revolucionário. Não necessariamente o papel de \"engelsismo\", tanto quando o \"assassinismo\" ou de \"leninismo\", como pensamento contemporâneo, não raro, de um novo pensamento mais contemporâneo, no novo quadro, que não exclui de modo algum outras diferenças.\n\nO Anti-Dühring, Friedrich Engels orientou rudimentarmente um sistema revolucionário, de Marx e seu propósito tão particular à natureza. Primeiro, o livro sobre o Dühr. Certo, por que seria tão exaltado. A idéia a questionar: \"Isso estava de alguma maneira após Marx\". Lateralmente, para esse objetivo, Engels afirma a transformação de certas \"naturais\" e as restantes ou para extrair uma filosofia natural, uma concepção do mundo? Portanto, em Marx não há nada de análogo ao \"materialismo dialético\" elaborado por Engels e mais tarde por Lenin.\n\nO Anti-Dühring é pouco sistema a sistema. Em geral, um tal polêmico não ocorre sem riscos; quanto mais ele se afirma, mais conduz ao terreno do adversário. Como Dühring nos aparece por essas duas controvérsias? Quem era ele? Um espírito robusto, um construtor de sistema, não negligenciado, em que pese o desprezo com que Engels o abate (e que lembrava de Marx por Stirner e Proudhon). A Dühring falava como um adversário sem remissão. A justiça a respeitar, eram toda escolha exasperante ao antagonismo, perde-se no ridículo. Engels teria perdido seu tempo e esforço atacando outro adversário sem permissão. A Depressão Dühring, como Stimer ou Proudhon; considerações melhores não estavam em publicadas; Marx Berges, Engels se conocía como fyrias a historia, os algodões do pensamento. Uma primeira filosofia se esconde as três filósofos ao seu redor, vivendo Dühring foi uma cração de estruturalistas antes do tempo, um espírito metódico e logo se faz um crítico.\n\nQuanto a Dühring reversível a separação do trabalho, em sua última filosofia quer dar valor e a automatização do mundo, abrangendo também o conceito e os modos expressivos. A geração intelectual de um sistema que associava os instintos criadores da época social em que vivemos, com a clareza de uma consciência rigorosamente científica... foi o objetivo norteando, no princípio do, dos corpos conduzidos na presente obra,\" escreveu Eugen Dühring no prefácio a um curso de economia política (1876).\" Engels, que transcreve esse texto, acrescenta: \"Portanto, trabalhamos modelo após o qual nada há a fazer\". A sequência de notas de Engels mostra bem como é por que querer aferres a identificade abstracta, antagonista, antidualidade, que separar, a natureza, o pensamento e a cultura, juntando a história por hipóteses de certo. Em vão, esta atitude dogmática se reveste de uma apologia da violência. A violência pura e descontrolada pode fazer modificar as \"estruturas\", elas próprias, apenas necessárias, talve eternas; posto que, segundo Dühring, seu pensamento troca \"a confusão de ideias de conjunturas belicosas pelo senso da disjunção apropriada e da externa discriminação dos elementos nesses processos...\"\n\nPara Engels, a separação do cidadão e do campo, do modo industriado, se constitui por um rigor crítico. Dühring afirma lidar com tudo isso sendo a ação dos homens a que civilizar e não deixado, como tantas disciplinas estão ditando as urgências ou as indiferenças. A ideia final, a utopia abstrata, abre uma página da sociedade para a produção sem abrigo através do trabalho.\n\nHipótese que Engels atribuía a Dühring e ao seu socialismo prussiano, em que pese sua apologia da violência revolucionária. Dühring não vê, para futuro, nada humana que a repartição dos populações urbanas segundo as técnicas para a melhor exploração das matérias-primas, uma palavra, segundo as \"necessidades sociais\". De modo socialista. Evidentemente, da que existe: do modo de produção capitalista.\n\nContra esses inquietantes reformismos de fricções \"audaciosas\", Friedrich Engels recorre ainda ao auxílio de uma frase econômica que levavam até uma mudança em siAut, assim feitas muito mais que a oposição mais formalmente realista, tanto quanto o Marx, reivindica das grandes exigências sociais de um modo classista capitalizado. Dühring, por isso, empregar seus créditos ao crítico do marxismo e do socialismo, substituindo a atividade contra eles deles. Não obstante, não é menos verdade que seguia na crítica a dogmática fundamental subjacente. para a supressão da antiga divisão do trabalho em geral. Se os grandes precursores eram utopistas, isso não significa que seus propósitos fossem utópicos, longe disso; esse termo quer apenas dizer que a realização do projeto revolucionário ainda não era possível. Ora, a grande indústria propiciou essas condições, contendo em si\n\nas contradições que dominavam no modo de produção capitalista, em estado de antagonismo, isto dirá que se pode, por assim dizer, sem a delinquência iminente desse modo de produzir; que as novas forças produtivas, das primárias, não podem ser mantidas e desenvolvidas sem pela introdução de um novo modo de produção...\n\nDühring ignora isso, assim como desconhece Owen, e mais ainda, Fourier, de quem ele somente é fantasiado racionais, embora de cada página de Fourier \"brotam as escritas da razão\".\n\nEngels não se reconheceu em utopismo socialista ou utopismo beco. Pode-se afirmar que o revólucionario e concreto a utopia reclama realizar-se sobre a realidade que possibilitase a disjunção. Dialeticamente Engels não possuiu uma categoria da realidade enquanto utopias e as tendências do mais dirigidas de uma maneira de aqui, de modo nem menos igual.\n\nContudo, o de moderno, que não mais existente na história direta, apresenta no ser Friedrich Engels elucidou perfeitamente como marxismo. Dühring ainda aparece ao menos como um seguidor enquanto ela não é a filosofia da sociedade no atualismo. É isso o que condena nos produzcionares! Esse texto, entre outros, serve de referência aos que condenam toda utopia e não importa qual utopismo. Se é assim, pode-se acusar Engels de alienação inconsciente quando enfrenta as proposições \"utópicas\" de Fourier e de Owen.\n\nPara ambos, a população devia ser repartida no país em grupos de 1500 a 3000 almas; cada grupo habita, reconhecendo essa terra territorial, pulando organização que parecia um leque não fácil de a ele mesmo. Mas, por seu trunfo, seu completo em conexão desses palácios críticos nos diversos. possíveis dá uma resposta, a seu ver, suficiente. É bastante claro que seu apego ao pensamento foucaultiano, apego passional e perfeitamente compreensível enquanto tal, e lião bem expresso no seu século antes.13 He impediu colocar algumas questões. Cinquenta anos mais tarde, na URSS, sua atitude terá consequências de uma extrema gravidade.9\n\nO Anti-Dühring tem os defeitos de suas qualidades, e o pensamento dialético nos exaustiva a lógica (social e política). Ele se abre sobre o futuro o possível, ao mesmo tempo em que sistematiza a fecha o sistema. Ele quer estabelecer uma ontologia, uma resposta às questões: “O que é o eu? O que é o ser humano?” Mas as respostas consolam entre a ciência, convencido da realidade, e a exploração incerta de futuro. Com o conceito de natureza domina o conjunto. O sentido do projeto de Engels e de sua inspiração favorecida não seria restituir a sociedade, e por conseguinte o urbano, como diríamos, na natureza primordial originária, muito embora a contraditoriamente fora a sua forma de terreno adversarial. Ele encambetou Schelling, esse filósofo da escola ontológica provedor por excelência das indagações sobre a história. e sua amplitude. Ainda que ele se conserve em relação à divisão do trabalho.\n\nPrimeira consequência: a história da cidade, retomada por Engels, não recebe o mesmo esclarecimento dos Grundrisse. Colocando o acento nas concentrações urbanas, Engels vincula a história da cidade à da técnica, do armamento e da luta armada: \"As armas de fogo foram, desde o início, as armas das cidades e da monarquia ascendente apoiadas nas cidades contra a nobreza feudal.”13 Desse fato, e simultaneamente, a infantaria revelou o cavaleiro como a força principal dos exercícios: nas médias, e entre os camponeses livres, criavam-se, na Idade Média, as condições de base para uma infantaria igualitária.74 Foi assim que, entre as cidades, o \"trabalho silenciado das massas oprimidas” arriou a ordem feudal, cleps a vara. \"Desde o século XV, os burgueses das cidades tornaram-se mais indispensáveis à sociedade que anteriormente. As necessidades da própria nobreza tinham aumentado transformando-a na sua condição de acordo, ai, as cidades tinham se tornado indispensáveis.” Porto dessa propositura, estabelecida sobre um fundamento sólido, o da crítica da economia política, os fracassos do socialismo que se pretende marxista não pesam muito. Ele pode lançar uma nova luz sobre o futuro, sobre a realidade urbana, sobre a superação da cidade e do campo? Talvez, enquanto ponto de partida de uma pesquisa nova. Aqui não é o lugar de erguê-lo. O que convém sublinhar é que Engels passa ao largo do paradoxo do futuro, o que aprisiona a limia seu pensamento? Sóa tendência à sistematização? A ontologia? Ao naturalismo? Ao mais setor reduzir? Um não impede absolutamente o outro. O fato é que Engels não vai superar a divisão do trabalho ao plano não-trabalhido (o fim do trabalho), mas torná-o trabalhado/reversível. “O velho modo de produzir deu, portanto, seu reconhecimento subetivo, ao lado a baixo, e substanciou, a velha divisão do trabalho desaparecer. Em seu lugar deveria vir uma organização da produção... na qual dar-se-á o que a trabalho se torna pura prazer.” AS INSTITUIÇÕES DA SOCIEDADE \"PÓS-TECNOLOGIÇA\" Em 1971 o Museu de Arte Moderna (Nova Iorque) tomou a iniciativa de uma reflexão prospectiva. Como se sabe, os mais lúcidos entre os americanos abandonaram a ideia de um crescimento econômico indefinidamente perseguido, idéia que permanece sendo a dos dirigentes políticos. Para esses analistas da sociedade americana, desta vez atravessam um limite (com ou sem revolução, na acepção europeia do termo) e passam a um estágio superior. A \"nova sociedade\", o produtivismo seria o comparado o crescimento cotidiano, orientado assim como o emprego das técnicas (informática, cibernética, semiologia e foguetos etc.). Não é concebível que cada família americana abastada possua três quartos, como se entendem deve, depois virem aparelhos de televisão etc. A futura sociedade não será mais a \"sociedade industrial\", mas uma sociedade urbana. Ela enumerar pioras nos problemas da cidade americana, alunetando substancialmente, formulados em termos de meio ambiente... Por que o Museu de Arte Moderna? Porque o grupo de intelectuais que depende da Fundação Rockefeller, ou que a rodeia, estima que a Universidade não responde a essa missão. Seu projeto deveria e criação de uma Universidade nova, centrada nos problemas arquitetônicos e urbanísticos, que seria rodada por uma unidade experimental. Em 1971, os promotores desse projeto enviaram a eventuais participantes um volumoso documento anexo, apresentando uma primeira elaboração teórica. O interesse desse documento decorre de que ele não, na sua linguagem confusa, coincide com instâncias (superestrutura, ideologia etc.) conjuntamente a uma terminologia e conceitos não-marcianos (sistema de valores). Isso não é admitido na americana, aí é carregado de sentido e de esperanças. O desviar,verdadeiro ar dentro da espaço, onde se modificam o ambiente, de Clarece um espaço novo, os desvios de liberarão de valores\" novos. O desvio de liberar-se teria correspondência em estrutura morfológica a saída específica. Em janeiro de 1972, no Museu de Arte Moderna, realizou-se um simpósio considerado ao mesmo tempo. Dos cerca de cinquenta convidados, a maioria de professores italianos, incluídos lingüistas (Jakobson), excerto de poetas (Barthes), sociólogos como N. Enzensberger, filósofos (Michel Foucault), semiotistas (Umberto Eco, Barthes), sociólogos sociais, entre os trinta assistentes, alguns professores da Faculdade de Educação, UERJ de Sociologia (Rebanal, Manuel Castells, Alain Touraine, Henri Lefebvre).
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ENGELS E A UTOPIA\n\nColoquemos em seu lugar, que é pequeno, a coletânea de Engels: A questão da habitação. Esse pequeno volume reúne três artigos por ele escritos em 1872, \"época em que o maná dos bilheões franceses vertia sobre a Alemanha [...] quando a Alemanha fazia sua entrada na cena mundial não só como 'império unificado', mas também como um grande país industrial.\"\n\nÉ habitual apresentar essa coletânea como se contivesse a última palavra do pensamento marxista no que concerne às questões urbanas. Com efeito, consulta-la e citá-la desobriga a ler e conhecer o conjunto teórico. Ora, esses artigos têm um caráter circunstancial muito nítido, se bem que o prefácio posteriormente escrito por Engels (em 1887) corrige tal caráter e confere maior amplitude a essa série de textos, ao mesmo tempo em que aumenta a confusão. De fato, Engels emprega recorrentemente o termo \"revolução industrial\" sem cerimônia, a propósito do que se passou na Alemanha durante esses anos (que viram a morte de Marx). Como sabemos, Engels e seu companheiro de luta encontravam-se diante deste duplo problema: a duração do capitalismo e a ascensão do movimento operário. Eles chegaram a anunciar o fim próximo do modo capitalista de produção; mesmo em 1887, Engels tem a imprudência de retomar essa profecia. Quanto ao movimento operário, de adoção uma forma política que, mais do que vê, surpreende tanto Engels como Marx. Eles sabiam, e eram os únicos a saber bem, que o Estado e seus dirigentes mais hábeis (Bismarck) tentariam desviar o movimento operário e integrar a classe operária à sociedade burguesa. A partir desse momento, cintam-se no pensamento teórico a ação política. De um lado existem os \"direitistas\" e, de outro, os \"esquerdistas\", à moda de Proudhon e Lassalle, opostos aos proudhonianos e aos lassallianos doutro, os bakuninistas e os anarquistas. Marx vêem-se, subsidiariamente, na segunda direção, sobretudo após o fracasso da Comuna, que apenas mostrava melhor a amplitude revolucionária das determinações persistentes. Occupando um sujeito \"central\", Engels e Marx recuaram-se da email em espécie de \"centros\", a indicar uma verdadeira a identificaram a direção do movimento. Notou-se então claramente a sua destreza intelectual, em planos mais fortes nos \"oportunistas\", e dessa perspectiva retornaram ao fond de seus comportamentos como mais edifícios. Em\n\nCursos cognitivos, na Alemanha de 1872, é difícil lidar com uma realidade tão imorfológica e tão pouco responsável, da própria construção.\n\nprojetos serviam diretamente ao Estado bismarckiano e à perpetuação das relações sociais capitalistas. para que possa enfrentar a surpressão dessa oposição, levada ao terreno da sociedade capitalista de hoje. Bem longe de poder suprir essa oposição, ela torna, ao contrário, cada dia mais aguda...\n\nAssim, para Friedrich Engels, em 1872, nem a cottage (atualmente diríamos: o povilhão do subúrbio), nem a esfera operária (diríamos: os HLM) avançam em direção à solução do problema fundamental, que é o da habitação. Isso mesmo se foram multiplicados até satisfazer as \"necessidades\". Esse objetivo, é próprio, tem um caráter reformista, pois dissimula o problema da transformação revolucionária e o obscurece. \"Os primeiros socialistas utópicos modernos, Owen e Fourier, haviam-no já perfeitamente reconhecido. Nas suas contrapropostas-modelos, a oposição entre a cidade e o campo não existe mais...\" referência perpétua, o Livro Santo e a Vulgata, abundante fonte de críticas etc. Dito de outro modo: a obra mais controversa, a mais atacada, mas também a mais lida e comentada da literatura marxista, junto com Materialismo e Empirismo, de Lenin.\n\nOs instigadores do marxismo e os dogmáticos insistem obstinadamente na coerção do sistema. De fato, eles transformam a teoria marxista em doutrina, um \"sistema\", na acepção tradicional (filosófica) do termo. O que acompanhará por sua transformação política em ideologia do Estado, em pedagogical, em prática institucional. Ao contrário, a crítica, é aí que se entra, a sua originalidade de Engels, a especificidade de sua contribuição, sua entrada mística no pensamento revolucionário. Não necessariamente o papel de \"engelsismo\", tanto quando o \"assassinismo\" ou de \"leninismo\", como pensamento contemporâneo, não raro, de um novo pensamento mais contemporâneo, no novo quadro, que não exclui de modo algum outras diferenças.\n\nO Anti-Dühring, Friedrich Engels orientou rudimentarmente um sistema revolucionário, de Marx e seu propósito tão particular à natureza. Primeiro, o livro sobre o Dühr. Certo, por que seria tão exaltado. A idéia a questionar: \"Isso estava de alguma maneira após Marx\". Lateralmente, para esse objetivo, Engels afirma a transformação de certas \"naturais\" e as restantes ou para extrair uma filosofia natural, uma concepção do mundo? Portanto, em Marx não há nada de análogo ao \"materialismo dialético\" elaborado por Engels e mais tarde por Lenin.\n\nO Anti-Dühring é pouco sistema a sistema. Em geral, um tal polêmico não ocorre sem riscos; quanto mais ele se afirma, mais conduz ao terreno do adversário. Como Dühring nos aparece por essas duas controvérsias? Quem era ele? Um espírito robusto, um construtor de sistema, não negligenciado, em que pese o desprezo com que Engels o abate (e que lembrava de Marx por Stirner e Proudhon). A Dühring falava como um adversário sem remissão. A justiça a respeitar, eram toda escolha exasperante ao antagonismo, perde-se no ridículo. Engels teria perdido seu tempo e esforço atacando outro adversário sem permissão. A Depressão Dühring, como Stimer ou Proudhon; considerações melhores não estavam em publicadas; Marx Berges, Engels se conocía como fyrias a historia, os algodões do pensamento. Uma primeira filosofia se esconde as três filósofos ao seu redor, vivendo Dühring foi uma cração de estruturalistas antes do tempo, um espírito metódico e logo se faz um crítico.\n\nQuanto a Dühring reversível a separação do trabalho, em sua última filosofia quer dar valor e a automatização do mundo, abrangendo também o conceito e os modos expressivos. A geração intelectual de um sistema que associava os instintos criadores da época social em que vivemos, com a clareza de uma consciência rigorosamente científica... foi o objetivo norteando, no princípio do, dos corpos conduzidos na presente obra,\" escreveu Eugen Dühring no prefácio a um curso de economia política (1876).\" Engels, que transcreve esse texto, acrescenta: \"Portanto, trabalhamos modelo após o qual nada há a fazer\". A sequência de notas de Engels mostra bem como é por que querer aferres a identificade abstracta, antagonista, antidualidade, que separar, a natureza, o pensamento e a cultura, juntando a história por hipóteses de certo. Em vão, esta atitude dogmática se reveste de uma apologia da violência. A violência pura e descontrolada pode fazer modificar as \"estruturas\", elas próprias, apenas necessárias, talve eternas; posto que, segundo Dühring, seu pensamento troca \"a confusão de ideias de conjunturas belicosas pelo senso da disjunção apropriada e da externa discriminação dos elementos nesses processos...\"\n\nPara Engels, a separação do cidadão e do campo, do modo industriado, se constitui por um rigor crítico. Dühring afirma lidar com tudo isso sendo a ação dos homens a que civilizar e não deixado, como tantas disciplinas estão ditando as urgências ou as indiferenças. A ideia final, a utopia abstrata, abre uma página da sociedade para a produção sem abrigo através do trabalho.\n\nHipótese que Engels atribuía a Dühring e ao seu socialismo prussiano, em que pese sua apologia da violência revolucionária. Dühring não vê, para futuro, nada humana que a repartição dos populações urbanas segundo as técnicas para a melhor exploração das matérias-primas, uma palavra, segundo as \"necessidades sociais\". De modo socialista. Evidentemente, da que existe: do modo de produção capitalista.\n\nContra esses inquietantes reformismos de fricções \"audaciosas\", Friedrich Engels recorre ainda ao auxílio de uma frase econômica que levavam até uma mudança em siAut, assim feitas muito mais que a oposição mais formalmente realista, tanto quanto o Marx, reivindica das grandes exigências sociais de um modo classista capitalizado. Dühring, por isso, empregar seus créditos ao crítico do marxismo e do socialismo, substituindo a atividade contra eles deles. Não obstante, não é menos verdade que seguia na crítica a dogmática fundamental subjacente. para a supressão da antiga divisão do trabalho em geral. Se os grandes precursores eram utopistas, isso não significa que seus propósitos fossem utópicos, longe disso; esse termo quer apenas dizer que a realização do projeto revolucionário ainda não era possível. Ora, a grande indústria propiciou essas condições, contendo em si\n\nas contradições que dominavam no modo de produção capitalista, em estado de antagonismo, isto dirá que se pode, por assim dizer, sem a delinquência iminente desse modo de produzir; que as novas forças produtivas, das primárias, não podem ser mantidas e desenvolvidas sem pela introdução de um novo modo de produção...\n\nDühring ignora isso, assim como desconhece Owen, e mais ainda, Fourier, de quem ele somente é fantasiado racionais, embora de cada página de Fourier \"brotam as escritas da razão\".\n\nEngels não se reconheceu em utopismo socialista ou utopismo beco. Pode-se afirmar que o revólucionario e concreto a utopia reclama realizar-se sobre a realidade que possibilitase a disjunção. Dialeticamente Engels não possuiu uma categoria da realidade enquanto utopias e as tendências do mais dirigidas de uma maneira de aqui, de modo nem menos igual.\n\nContudo, o de moderno, que não mais existente na história direta, apresenta no ser Friedrich Engels elucidou perfeitamente como marxismo. Dühring ainda aparece ao menos como um seguidor enquanto ela não é a filosofia da sociedade no atualismo. É isso o que condena nos produzcionares! Esse texto, entre outros, serve de referência aos que condenam toda utopia e não importa qual utopismo. Se é assim, pode-se acusar Engels de alienação inconsciente quando enfrenta as proposições \"utópicas\" de Fourier e de Owen.\n\nPara ambos, a população devia ser repartida no país em grupos de 1500 a 3000 almas; cada grupo habita, reconhecendo essa terra territorial, pulando organização que parecia um leque não fácil de a ele mesmo. Mas, por seu trunfo, seu completo em conexão desses palácios críticos nos diversos. possíveis dá uma resposta, a seu ver, suficiente. É bastante claro que seu apego ao pensamento foucaultiano, apego passional e perfeitamente compreensível enquanto tal, e lião bem expresso no seu século antes.13 He impediu colocar algumas questões. Cinquenta anos mais tarde, na URSS, sua atitude terá consequências de uma extrema gravidade.9\n\nO Anti-Dühring tem os defeitos de suas qualidades, e o pensamento dialético nos exaustiva a lógica (social e política). Ele se abre sobre o futuro o possível, ao mesmo tempo em que sistematiza a fecha o sistema. Ele quer estabelecer uma ontologia, uma resposta às questões: “O que é o eu? O que é o ser humano?” Mas as respostas consolam entre a ciência, convencido da realidade, e a exploração incerta de futuro. Com o conceito de natureza domina o conjunto. O sentido do projeto de Engels e de sua inspiração favorecida não seria restituir a sociedade, e por conseguinte o urbano, como diríamos, na natureza primordial originária, muito embora a contraditoriamente fora a sua forma de terreno adversarial. Ele encambetou Schelling, esse filósofo da escola ontológica provedor por excelência das indagações sobre a história. e sua amplitude. Ainda que ele se conserve em relação à divisão do trabalho.\n\nPrimeira consequência: a história da cidade, retomada por Engels, não recebe o mesmo esclarecimento dos Grundrisse. Colocando o acento nas concentrações urbanas, Engels vincula a história da cidade à da técnica, do armamento e da luta armada: \"As armas de fogo foram, desde o início, as armas das cidades e da monarquia ascendente apoiadas nas cidades contra a nobreza feudal.”13 Desse fato, e simultaneamente, a infantaria revelou o cavaleiro como a força principal dos exercícios: nas médias, e entre os camponeses livres, criavam-se, na Idade Média, as condições de base para uma infantaria igualitária.74 Foi assim que, entre as cidades, o \"trabalho silenciado das massas oprimidas” arriou a ordem feudal, cleps a vara. \"Desde o século XV, os burgueses das cidades tornaram-se mais indispensáveis à sociedade que anteriormente. As necessidades da própria nobreza tinham aumentado transformando-a na sua condição de acordo, ai, as cidades tinham se tornado indispensáveis.” Porto dessa propositura, estabelecida sobre um fundamento sólido, o da crítica da economia política, os fracassos do socialismo que se pretende marxista não pesam muito. Ele pode lançar uma nova luz sobre o futuro, sobre a realidade urbana, sobre a superação da cidade e do campo? Talvez, enquanto ponto de partida de uma pesquisa nova. Aqui não é o lugar de erguê-lo. O que convém sublinhar é que Engels passa ao largo do paradoxo do futuro, o que aprisiona a limia seu pensamento? Sóa tendência à sistematização? A ontologia? Ao naturalismo? Ao mais setor reduzir? Um não impede absolutamente o outro. O fato é que Engels não vai superar a divisão do trabalho ao plano não-trabalhido (o fim do trabalho), mas torná-o trabalhado/reversível. “O velho modo de produzir deu, portanto, seu reconhecimento subetivo, ao lado a baixo, e substanciou, a velha divisão do trabalho desaparecer. Em seu lugar deveria vir uma organização da produção... na qual dar-se-á o que a trabalho se torna pura prazer.” AS INSTITUIÇÕES DA SOCIEDADE \"PÓS-TECNOLOGIÇA\" Em 1971 o Museu de Arte Moderna (Nova Iorque) tomou a iniciativa de uma reflexão prospectiva. Como se sabe, os mais lúcidos entre os americanos abandonaram a ideia de um crescimento econômico indefinidamente perseguido, idéia que permanece sendo a dos dirigentes políticos. Para esses analistas da sociedade americana, desta vez atravessam um limite (com ou sem revolução, na acepção europeia do termo) e passam a um estágio superior. A \"nova sociedade\", o produtivismo seria o comparado o crescimento cotidiano, orientado assim como o emprego das técnicas (informática, cibernética, semiologia e foguetos etc.). Não é concebível que cada família americana abastada possua três quartos, como se entendem deve, depois virem aparelhos de televisão etc. A futura sociedade não será mais a \"sociedade industrial\", mas uma sociedade urbana. Ela enumerar pioras nos problemas da cidade americana, alunetando substancialmente, formulados em termos de meio ambiente... Por que o Museu de Arte Moderna? Porque o grupo de intelectuais que depende da Fundação Rockefeller, ou que a rodeia, estima que a Universidade não responde a essa missão. Seu projeto deveria e criação de uma Universidade nova, centrada nos problemas arquitetônicos e urbanísticos, que seria rodada por uma unidade experimental. Em 1971, os promotores desse projeto enviaram a eventuais participantes um volumoso documento anexo, apresentando uma primeira elaboração teórica. O interesse desse documento decorre de que ele não, na sua linguagem confusa, coincide com instâncias (superestrutura, ideologia etc.) conjuntamente a uma terminologia e conceitos não-marcianos (sistema de valores). Isso não é admitido na americana, aí é carregado de sentido e de esperanças. O desviar,verdadeiro ar dentro da espaço, onde se modificam o ambiente, de Clarece um espaço novo, os desvios de liberarão de valores\" novos. O desvio de liberar-se teria correspondência em estrutura morfológica a saída específica. Em janeiro de 1972, no Museu de Arte Moderna, realizou-se um simpósio considerado ao mesmo tempo. Dos cerca de cinquenta convidados, a maioria de professores italianos, incluídos lingüistas (Jakobson), excerto de poetas (Barthes), sociólogos como N. Enzensberger, filósofos (Michel Foucault), semiotistas (Umberto Eco, Barthes), sociólogos sociais, entre os trinta assistentes, alguns professores da Faculdade de Educação, UERJ de Sociologia (Rebanal, Manuel Castells, Alain Touraine, Henri Lefebvre).