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AULA 1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ANÁLISE DO PENSAMENTO ECONOMICO DA FASE PRÉCIENTÍFICA À ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA Prof Emerson Esteves UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA UEL CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS CESA DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DEPECO 1 Fase précientífica até 1750 2 Fase Científica 1750 a 1870 3 Marxismo 4 Escola Neoclássica 5 Escola Keynesiana 6 Atualidade 7 Novos Clássicos CONCEITO DE HPE A História do Pensamento Econômico HPE é o campo de conhecimento do economista permanentemente posto em xeque em termos de sua relevância e necessidade TOLIPAN 1989 Segundo Angeli 2014 sua existência só é aceita pela maioria da profissão na medida em que sirva como relato da trajetória pré determinada teleológica da ciência ao estado atual tido como conhecimento correto verdadeiro CONCEITO DE HPE O processo de erro e acerto vivenciado pelas gerações anteriores serviria então como a história da imperfeição do passado da trajetória progressista do conhecimento científico em que cada acerto passa a ser incorporado ao estado atual da ciência ANGELI 2014 Foley 2009 observa que os principais teóricos da ciência econômica quando se aventuram a escrever sobre HPE acabam por fazer Whig history o tipo de história que na sua definição acaba revisando as presunções dos estudos atuais nos textos antigos CONCEITO DE HPE Neste sentido o estudo do pensamento de um grande economista só se justifica na medida que nele se busquem alternativas ao estado atual da ciência econômica Segundo Tolipan 1989 a HPE deve recuperar para analisar e esquecer ela deve liberar o atual dos sintomas do passado Ela deve ser teórica e orientada pelas dificuldades presentes em um sentido profundo crítico e analítico EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO O Cenário Histórico da Grécia Antiga Formada por várias CidadesEstados Atividade Econômica Formada por grande propriedade latifundiária escravista artesanato e atividades comerciais Classe dominante Formada pela nobreza proprietária de terras e escravos Classe média Formada pelos artesões e comerciantes servidores públicos artistas e filósofos 6 Política e Regimes na Grécia Experiências políticas Visão de Aristóteles e Platão Diferentes formas de organização Assuntos da pólis Cidadesestado Comparações passado x presente Política e Regimes na Grécia EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO As Ideias de Xenofonte Popularizou o conceito de Oikosnomikos via livro Homônimo considerado uma espécie de guia de ética educar administrar da época para o senhor patriarcal e seus escravos As Ideias de Platão O foco de Platão não era tanto a unidade familiar mas principalmente a polis A polis foi o resultado natural da evolução da divisão social do trabalho humano na qual se cria um ambiente cooperativo através da produção e troca dos bens e serviços necessários para a vida humana EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO As Ideias de Aristóteles Aristóteles defendia as ideias de Platão referente o papel das polis como promotora do bemestar social tratou do surgimento das cidades do cidadão das formas de governo Reflexões econômicas entre os Romanos antigos II aC V dC A criação da República Romana alterou o papel da cidade proposto por Aristóteles mudando idéia de bem comum para um pragmatismo que primava o individualismo do capitalismo moderno que potencializa a soberania dos indivíduos Filosofia e Política no Mundo Grego Filosofia Aristóteles e Platão e o seu surgimento Pensamento Socrático Qual é a relação entre a polis e o surgimento da filosofia Filosofia e Política no Mundo Grego Filosofia de Sócrates Pensamento Socrático PARTICIPANDO DA AULA Quais são os fatores que explicam o surgimento da filosofia na Grécia antiga Decadência Grega Teve início a partir do século IV aC pode ser explicada por diferentes fatores Organização Social Falta de consenso politico Guerras entre as cidadesestado Economia e Política em Roma Império Romano Características Do ponto de vista Político Do ponto de vista Econômico Sociedade de Classes Romana Patrícios Plebeus Clientes Escravos Economia e Política em Roma A decadência do Império Romano Economia e Política em Roma O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA O Cenário Histórico Medieval O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA A ruina do Império Romano não afetou a estrutura da Igreja Católica Apostólica Romana que ao contrário se fortaleceu Durante o período feudal a Igreja Católica funcionou como um SEGUNDO ESTADO CONTROLE IDEOLÓGICO Incluindo nele a validação legal da produção e disseminação do conhecimento científico o qual não podia se confrontar com os dogmas do cristianismo católico A fase inicial do feudalismo marca o pensamento de Santo Agostinho O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA As Cruzadas realizadas ao longo dos séculos XI a XIII contribuíram bastante para a ampliação do comércio Essas transformações provocaram mudanças no pensamento teológico econômico de São Tomás de Aquino As Grandes Navegações e o processo de colonização da América África Ásia e Oceania proporcionaram um grande aumento nas atividades comerciais e nos fortalecimentos das cidades e ajudaram a reforma protestante liderada por Lutero e Calvino O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA Pensadores à época 1 Santo Agostinho 354430 2 São Tomaz de Aquino 12251274 O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA Pensadores à época 3 Martinho Lutero 14831546 4 João Calvino 15091564 O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA A mais completa avaliação da relação entre a teologia calvinista e o capitalismo foi realizada por MAX WEBER no livro A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA Contribuições Duradoras Preço justo Economia solidária Alfabetização dos trabalhadores Enquanto a visão de Agostinho era favorável ao modo de produção feudal a de Aquino e Lutero mostram um período de transição com aspectos prófeudalismo e outros pró capitalismo a de Calvino é amplamente favorável à lógica capitalista A partir de 1500 Mercantilismo MUN MALYNES DAVENANT COLBERT PETTY Fisiocracia QUESNAY TURGOT Precursores NORTH CANTILLON HUME Classicismo SMITH MALTHUS RICARDO BENTHAM SAY SENIOR MILL Socialismo utópico OWEN FOURIER SAINTSIMON Precursor SISMONDI Marxismo e socialismo MARX BLANC KINGSLEY Precursores COURNOT DUPUIT VON THÜNEN Concorrência imperfeita SRAFFA CHAMBERLIN ROBINSON Novo classicismo FRIEDMAN LUCAS BECKER Marginalismo e neoclassicismo JEVONS MENGER VON WIESER VON BÖHMBAWERK EDGEWORTH CLARK MARSHALL Economia matemática WALRAS LEONTIEF VON NEUMANN MORGENSTERN HICKS Economia Keynesiana KEYNES HANSEN SAMUELSON Pós keynesianos Novos keynesianos Economia monetária WICKSELL FISHER HAWTREY Economia do bemestar PARETO PIGOU VON MISES LANGE ARROW BUCHANAN SEN Institucionalismo VEBLEN MITCHELL GALBRAITH Precursor LIST Historicismo alemão ROSCHER SCHMOLLER WEBER Linha do tempo das ideias econômicas As caixas no diagrama indicam escolas ou grupos de pensamento que abordam tópicos comuns Os nomes acima das caixas são precursores de escolas As setas de conexão representam o tipo de influência de uma escola ou de um grupo sobre o outro Escolas e grupos essencialmente receptivos em relação aos seus predecessores Escolas e grupos essencialmente contrários em relação aos seus predecessores Grupos nos quais alguns contribuintes são receptivos em relação aos seus predecessores mas outros são contrários Precursores outras escolas Crescimento e desenvolvimento HARROD DOMAR SOLOW SCHUMPETER NURKSE LEWIS SEN AS CINCO PERGUNTAS PRINCIPAIS 1 Qual era o cenário histórico da escola 2 Quais eram os principais dogmas da escola 3 Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar 4 Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar 5 Quais dogmas da escola se tornaram contribuições duradouras Qual a importância de estudar a economia e sua História MERCANTILISMO O Cenário Histórico do Mercantilismo O QUE VEREMOS NA AULA DE HOJE A escola mercantilista e a visão geral do mercantilismo Autores Thomas Mun Gerard Malynes Cherles Davenant Jean Baptiste Colbert Sir Willian Petty VISÃO GERAL Cenário Histórico 1500 à 1776 Escola mercantilista Autossuficiência do sistema feudal e o surgimento de um novo sistema de capitalismo comercial Crescimento das cidades e descobertas geográficas Produção em pequena escala Aumento da interação produtos consumidor Surgimento dos Estados Nacionais Rivalidade entre nações intensificada Evolução das doutrinas sistema feudal promoveu o nacionalismo e a importância do mercador nas expansões politicas econômicas e militares à época PRINCIPAIS DOGMAS ESCOLA MERCANTILISTA Ouro e prata como a forma mais desejável de riqueza Nacionalismo os países não podiam importar mais do que exportavam Importação isenta de taxas de matériasprimas que não podiam ser produzidas internamente Colonização e monopolização do comércio mundial Oposição aos pedágios 60 pra 6 DOGMAS DAS ESCOLA MERCANTILISTA Forte CONTROLE CENTRAL para promover metas mercantilistas Nacionalismo Protecionismo Colonialismo Liberdade ao comércio externo Importância de uma população numerosa e trabalhadora Mãodeobra alta e salários baixos Ociosidade e mendicância eram tratadas sem perdão QUEM A ESCOLA MERCANTILISTA BENEFICIOU OU PROCUROU BENEFICIAR Capitalistas mercadores os Reis e os funcionários do governo As atividades de procura por rendimento são simplesmente tentativas de partes privadas de aumentar seus lucros garantindo leis e regulamentações favoráveis do governo Os funcionários do governo no poder LER O passado como preâmbulo 21 O mercantilismo e a Oferta de mão de obra COMO A ESCOLA MERCANTILISTA FOI VÁLIDA ÚTIL OU CORRETA EM SUA ÉPOCA Argumentos ao acúmulo de ouro e prata exagerados fazem algum sentido em um período de transição Economia autossuficiente para economia do dinheiro O acumulo favorecia em tempos de guerra pois contratavase soldados construíase navios comprava aliados etc O comércio com as índias orientais exigiam liquidez internacional via metais preciosos A entrada de metais facilitava a cobrança de impostos Aumento da ouro e prata reduzia juros e fomentava o comércio Preferência pela Liquidez QUAIS DOGMAS TORNARAMSE DURADOUROS Ênfase na importância do comércio internacional Noção econômica e de contabilidade atualmente temos a balança de pagamentos entre uma nação e o resto do mundo Contribuíram indiretamente para a economia e para o desenvolvimento econômico A aristocracia medieval classificava os mercadores como desprezíveis mas os mercantilistas deram respeitabilidade e importância aos mesmos Contribuições de Petty e Mun são as mais relevante QUAIS DOGMAS TORNARAMSE DURADOUROS Impacto indireto na economia promovendo o nacionalismo tema muito atual A regulamentação do governo foi importante em um mercado que estava em seus passos iniciais As empresas de comércio ajudaram a transformar a organização econômica europeia No desenvolvimento econômico promoveu a expansão do mercado interno livre transporte leis e impostos uniformes protegendo as pessoas e os bens em trânsito THOMAS MUN 15711641 Filho de mercador britânico conseguiu sua riqueza e reputação como negociante no comercio italiano e oriente médio Foi diretor da Cia das Índias Orientais mas teve controvérsias pois afirmava que a saída de moeda de um país não importava se sua exportação excedesse a importação Em 1630 escreveu sua famosa exposição à doutrina mercantilista que no cap 2 afirmava que para um país enriquecer era necessário produzir excedente para exportação com intuito de acumular ouro THOMAS MUN 15711641 Argumentava que mesmo que a Inglaterra fosse rica poderia utilizar suas terras desocupadas para produzir bens que importavam e os deixavam mais pobres Sua ênfase era na compra e venda com lucro Seus argumentos chegaram a uma estranha conclusão que o comércio interno não enriquece um país Foi astuto ao incluir itens invisíveis no balanço de pagamentos por exemplo o valor dos fretes navios perdidos seguro etc GERARD MALYNES 15861641 Nasceu na Bélgica mas filho de ingleses Retornou à Inglaterra e tornouse negociante no comércio exterior Foi encarregado inglês do comércio na Bélgica Conselheiro do governo em assuntos comerciais e monetários Em sua publicação em 1622 expressou diversas ideias mercantilistas Defendeu mercadores Promoveu a ideia da regulamentação governamental para garantir exportações de qualidade CHARLES DAVENANT 16561714 Passou boa parte de sua vida em vários posto do governo que lidavam com impostos importações e exportações Tem sido chamado de mercantilista esclarecido pois tentou misturar o velho e o novo previu mais argumentos do laissezfaire do que qualquer outro mercantilista Bulionista descreveu o argumento do enterro em Lã Expressou sua preferência por guerras internas do que entre países CHARLES DAVENANT 16561714 Clamava pela regulamentação do negócio pelo governo pois os mercadores não mereciam confiança Era esclarecido para dizer que a riqueza de um país é o que ele produz não o ouro e a prata Era a favor de um excedente do comércio pois quando o dinheiro aumentava caia as taxas de juros elevavamse os valores das terras e os impostos subiam Argumentava que sempre que possível deveria acontecer comercio bilateral entre colônia e nação JEAN B COLBERT 16191683 Representa o coração e alma do mercantilismo que é chamado de colbertismo na França Teve origem modesta chegou a posição de grande poder por meios inescrupulosos Era bulionista acreditava que a força de um estado depende de suas finanças A favor do aumento das exportações e redução das importações Afirmava que devese restringir as profissões àquelas que possam servir para grandes propósitos JEAN B COLBERT 16191683 Empenhouse em facilitar o comércio interno A regulamentação governamental do comércio tinha um forte teor feudal Desprezo aos homens de negócio pois eram gananciosos e pensavam só no lucro A favor de uma população grande trabalhadora e mal paga a experiencia sempre mostrou que a ociosidade nos primeiros anos de vida é a fonte real de todas as desordens na vida mais tarde Pais com mais de 10 filhos eram isentos de impostos religiosos não SIR WILLIAM PETTY 16231687 Mercantilista que contribuiu com algumas ideias novas precursoras de economia clássica Antes dos 16 anos ele já dominava o latim grego francês matemática astronomia e navegação Filho de um pobre comerciante de roupas obteve grande fortuna fama e honra Foi marinheiro médico professor inventor pesquisador entre outros SIR WILLIAM PETTY 16231687 Visão Mercantilista Vários trabalhos publicados Comercio exterior livre para evitar o contrabando As importações de matérias primas deveriam ser taxadas levemente Opunha às leis que impediam a exportação de dinheiro A favor da grande população Apoiava o pleno emprego Era contra enforcar ladrões mas não por motivos humanitários deveriam ser escravos Desempregados deveriam ser contratados pelo estado para construir rodovias SIR WILLIAM PETTY 16231687 Precursor da economia clássica Foi um estatístico pioneiro mas as vezes baseava se em suposições frágeis Expos fragmentos da velocidade de circulação da moeda divisão do trabalho rendimento como excedente da terra importância dos bens de capital e teoria do valor trabalho que foram detalhados pelos Clássicos NA PRÓXIMA AULA A escola Fisiocrática François Quesnay Anne R Jaques Turgot Os precursores da escola clássica Sir Dudley North Richard Cantillon David Hume EXERCÍCIOS DE REVISÃO 1 Resuma as principais ideias e estabeleça a importância de cada um dos autores mercantilistas estudados 2 Por que os mercantilistas as vezes são chamados de bulionistas Incorpore cada um dos aspectos a seguir em sua resposta comércio internacional colônia guerras tarifas monopólio grandes populações 3 Os mercantilistas perceberam que a um excedente de exportação pode provocar entrada de ouro vindo de outros países e b aumentos no estoque de dinheiro podem elevar os preços de uma nação No longo prazo esses resultados são compatíveis explique A ESCOLA FISIOCRÁTICA Visão Geral e Principais autores O QUE VEREMOS NA AULA DE HOJE E QUAL O OBJETIVO A escola Fisiocrática Cenário histórico Dogmas Contribuições Principais pensadores VISÃO GERAL DOS FISIOCRATAS Qual o cenário histórico da escola fisiocrática A ESCOLA FISIOCRÁTICA O CENÁRIO HISTÓRICO Surgiram na França próximo ao final da época mercantilista Foi datada em 1756 com término em 1776 duas décadas A fisiocracia foi uma reação ao mercantilismo Minuciosa regulamentação do governo Controle do número de fios para tecido Mais qualidade e menos inovação A ESCOLA FISIOCRÁTICA O CENÁRIO HISTÓRICO Governo corrupto e extravagante A indústria francesa foi retardada em seu desenvolvimento pelas autoridades Pedágio impostos tarifas A agricultura foi muito taxada e o comércio de grão foi submetido a uma teia de regulamentações Proibido exportar não podia existir transferencias entre províncias sem autorização Camponeses pagavam impostos sobre terra e lucros Consignatários de impostos A ESCOLA FISIOCRÁTICA O CENÁRIO HISTÓRICO As guildas impediam a entrada de livre trabalho em certos ofícios Foram regulamentadas pela fisiocracia e perdurou por muito tempo até 1789 As contendas e litígios jurisdicionais continuaram por gerações Alto Custo das batalhas legais durante a metade do sex XVIII Um litigio de 300 anos não havia sido resolvido até 1789 quando a revolução destruiu as guildas PRINCIPAIS DOGMAS DA ESCOLA FISIOCRÁTICA Ordem natural As leis da natureza governam as sociedades Na esfera econômica as leis naturais conferiam aos indivíduos usufruir dos frutos do seu trabalho desde que fosse consistente com o direito dos outros Laissezfaire Laissezpasser Gournay Sem interferência do governo A favor do livre comercio Opunhamse a quase todas as restrições impostas pelos regimes feudais mercantilistas e governamentais PRINCIPAIS DOGMAS DA ESCOLA FISIOCRÁTICA Ênfase na Agricultura Industrias comércio e profissões eram úteis mas estéreis Somente a agricultura era produtiva e seu excedente era usado na produção Taxação de proprietário de terras Somente o proprietário de terra devia ser taxado pois só a agricultura gerava excedente Interrelação a economia Analisavam o fluxo circular de bens e dinheiro na economia QUEM A ESCOLA FISIOCRÁTICA BENEFICIOU OU TENTOU BENEFICIAR Os Donos das terras pois suas obrigações comerciais onerosas acabariam Laissezfaire e promoção da indústria Os Camponeses pois tornariam assalariados das grandes fazendas Fazendas capitalistas a imposição de taxas sobre os excedentes reduziu o valor da terra mas beneficiou quem as alugava A Nobreza e o Clero pois os fisiocratas defendiam o direito destes a terra e aluguel VALIDADE DA FISIOCRACIA À SUA ÉPOCA A agricultura com seus excedentes ajudou a favorecer o crescimento econômico e desenvolvimento industrial Ao promover o laissezfaire estavam se opondo aos obstáculos ao desenvolvimento capitalista da economia Inconscientemente promoveram a revolução francesa em 1789 Enfatizavam a produção ao invés da troca na produção de riquezas CONTRIBUIÇÕES DURADOURAS DA FISIOCRACIA Várias ideias eram incorretas Industria e comercio estéreis Crença que só donos de terras deviam ser taxados pois só eles geravam excedentes Exaltavam erroneamente os fazendeiros capitalistas como principal figura de desenvolvimento Industriais e trabalhadores se tornaram mais importantes enquanto a importância da agricultura caiu CONTRIBUIÇÕES DURADOURAS DA FISIOCRACIA Estabeleceram a economia como ciência social Quesnay é precursor do fluxo circular da renda e da contabilidade nacional Turgot é pré cursor da análise dos retornos decrescentes Originaram as análises de impostos e incidência que são parte da análise microeconômica atual Defender o laissezfaire chamaram a atenção dos economistas para o papel adequado do governo na economia PRINCIPAIS PENSADORES François QUESNAY 16941774 Quesnay e seus seguidores esperavam transformar o rei em um déspota esclarecido como instrumento de reforma pacífica Ele era a favor de grandes fazendas gerenciadas por empresários antecipando portanto os grandes empreendimentos agrícolas que surgiram à época Para Quesnay a sociedade era semelhante ao organismo físico Quesnay acreditava que as leis feitas pelas pessoas deveriam estar em harmonia com as leis naturais PRINCIPAIS PENSADORES Seu famoso trabalho Tableau Economique criado para o rei da França em 1758 e revisado em 1766 mostrou o fluxo circular de bens e dinheiro em uma economia ideal e livremente competitiva Quesnay assume que a terra é de propriedade do senhor mas é cultivada por fazendeiros arrendatários que são portanto a única classe realmente produtiva LER O passado como preâmbulo 31 Quesnay e o Diagrama de Fluxo circular Classe produtiva Fazendeiros Produto bruto total 5 alimentos dos fazendeiros semente e ração animal para o próximo ciclo 2 Disponível para venda 3 Receita com alimentos vendidos para os proprietários de terras Classe proprietária Proprietários de terras Arrendamento do último período 2 Classe estéril Fabricantes e mercadores Exporta metade de seus alimentos e importa bens manufaturados Estoque de manufaturados do último período 2 Receita de bens manufaturados vendidos para os proprietários de terras Receita com alimentosmateriais vendidos para a classe estéril Receita de bens manufaturados vendidos para os fazendeiros Receita de arrendamento dos fazendeiros O ciclo continua Custos Mercado de recursos Renda monetária salários rendimentos juros lucros Recursos Terra mão de obra capital habilidade empresarial Empresas Famílias Bens e serviços Bens e serviços Mercado de produtos Gastos com consumo Receita QUESNAY 16941774 Quesnay diz que a produção não agrícola é estéril mas não questionava o direito dos proprietários de receber o rendimento Quesnay era defensor dos direitos dos proprietários de terras Mas taxar somente proprietários de terras era vista como um ataque aos seus interesses Quesnay argumentava que um excesso de luxo na decoração pode rapidamente arruinar uma nação grandiosa e opulenta PRINCIPAIS PENSADORES Anne Robert Jacques TURGOT 17271781 Introduziu medidas antifeudais e anti mercantilistas ao ser partidário das ideias fisiocráticas A liberdade do comércio interno de grãos foi ordenada e as guildas e corporações comerciais privilegiadas foram abolidas Terminou com a corveia opressiva os 12 ou 15 dias de trabalho não pago obrigatório aos camponeses anualmente para manter rodovias pontes e canais Defendia imposto sobre a Nobreza PRINCIPAIS PENSADORES As leis aprovadas por Turgot e seus planos provocaram oposição resoluta de pessoas de todas as classes Luís XVI demitiu Turgot por causa dos protestos da corte de Maria Antonieta e de outras pessoas poderosas que estavam perdendo privilégios por causa de suas políticas Suas reformas foram canceladas de uma vez para não serem mais reintroduzidas até a revolução Francesa de 1789 PRINCIPAIS PENSADORES Turgot se opunha à interferência dos parlamentos na legislação Um plano que ele submeteu ao rei teria permitido que somente os proprietários de terras formassem o eleitorado Contudo o regime francês reacionário não tolerou suas reformas Turgot desenvolveu uma teoria sobre salários Fazendeiros arrendatários capitalistas são os mais capazes de fazer uma agricultura eficiente PRINCIPAIS PENSADORES Em uma carta de 1767 a David Hume Turgot afirmou que os impostos aplicados a outros grupos eram ignorados pelo proprietário de terras Turgot era um persistente defensor da economia no governo A maior contribuição de Turgot para a área da teoria econômica foi apresentar corretamente a lei dos retornos decrescentes NA PRÓXIMA AULA A Escola Clássica Precursores Contexto histórico Principais dogmas Validade das teorias Principais pensadores Sir Dudley North David Hume A ESCOLA CLÁSSICA Cenários Dogmas Principais autores e contribuições O CENÁRIO HISTÓRICO A escola clássica começou em 1776 com a publicação do livro a riqueza das nações de Adam Smith e terminou em 1871 Duas revoluções A revolução científica madura Isaac Newton 16421727 lei da gravitação Confiança na experimentação Via experiência Leis naturais guiam os homens e o universo Visão estática do mundo espaço tempo e materia independentes Laissezfaire sociedade melhoria com liberdade O CENÁRIO HISTÓRICO A revolução Industrial 1776 Amadurecendo Intensificouse no período em que os economistas clássicos mais recentes escreveram A revolução industrial e a economia clássica desenvolveuse primeiro na Inglaterra A Inglaterra beneficiouse amplamente do livre comércio internacional Os empresários não precisavam mais contar com subsídios e monopólios governamentais Os produtos tornaramse de melhor qualidade e mais baratos por causa da livre concorrência O CENÁRIO HISTÓRICO Surgiu a força de trabalho móvel mal paga e vigorosa Camponeses tronaramse empregados Artesãos perdiam a vantagem competitiva Regulamentação governamental não era mais necessária para os empresários e os empregados No entanto essa prática havia acabado em 1762 pois as condições de oferta e demanda de mão de obra estavam ditando baixos salários determinados pelo mercado Leis de cercamento aprovadas pelo Parlamento autoriza o uso de cercas cercas vivas e paredes para delimitar as terras comuns e os campos abertos PRINCIPAIS DOGMAS A doutrina clássica é geralmente chamada de liberalismo econômico É um legado histórico que hoje permite chamar de conservadora a pessoa que defende suas ideias Principais características DOGMAS Envolvimento mínimo do governo Comportamento econômico de auto interesse Harmonia de interesses o indivíduo ao buscar seu interesse alcança o interesse da sociedade Importância de todos os recursos K T L e atividades econômicas comércio agricultura produção etc Leis econômicas lei da vantagem comparativa dos rendimentos decrescentes da população dos mercados da moeda etc QUEM A ESCOLA BENEFICIOU OU TENTOU BENEFICIAR A LP atendeu toda a sociedade Acumulação de capital e crescimento econômico Mercadores e industriais tiveram novo status e dignidade como promotor da riqueza da nação Mesmo os assalariados foram beneficiados Transformava pessoas em empreendedores Promoveu a queda das restrições mercantilistas A concorrência foi a grande reguladora Governos esbanjadores e corruptos quanto menos intervenção melhor Livre mercado COMO A ESCOLA CLÁSSICA FOI VÁLIDA ÚTIL OU CORRETA EM SUA ÉPOCA A economia clássica racionalizava as práticas em que estava envolvida ao transformar as pessoas em empreendedores Ela justificava a queda das restrições mercantilistas que não eram mais úteis A concorrência era um fenômeno crescente e a confiança nela como a grande reguladora da economia era um ponto de vista sustentável Os governos eram notoriamente esbanjadores e corruptos COMO A ESCOLA CLÁSSICA FOI VÁLIDA ÚTIL OU CORRETA EM SUA ÉPOCA Ao ajudar a remover os restos do sistema feudal a economia clássica promovia o empreendimento comercial Quando a industrialização estava começando a maior necessidade da sociedade era concentrar recursos na máxima expansão possível da produção A economia clássica e os que a endossavam estendiam o mercado não somente obtendo um comércio internacional mais livre mas também promovendo uma força de trabalho urbana CONTRIBUIÇÕES DURADOURAS Melhor análise econômica à sua época Base da economia moderna como ciência social Várias leis clássicas são usadas em livros de introdução à economia Leis que tornaramse duradouras Rendimentos decrescentes Vantagem comparativa Soberania do consumidor Acúmulo do capital para crescimento econômico O livre mercado CONTRIBUIÇÕES DURADOURAS Problemas da análise clássica Ênfase excessiva no laissezfaire Era ambígua deficiente e errada em várias análises econômicas Errou em não considerar adequadamente a evolução tecnológica e o relacionamento entre o aumento da produtividade e dos salários Não incorporou adequadamente o papel da utilidade e da demanda no valor do produto PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS DUDLEY NORTH 16411691 O tratado Discourses upon trade único trabalho publicado aparecendo anonimamente em 1691 Quando David Ricardo leu uma edição reimpressa escreveu eu não tinha ideia de que uma pessoa tivesse opiniões tão corretas como as expressas nesta publicação e tão prematuramente North dizia que o comércio é um ato de vantagem mútua PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS North repudiou o conceito de que a riqueza deveria ser medida pelo estoque de metais preciosos de um país Ênfase no comércio e no acúmulo Golpe na Teoria em vez de dar diretamente nas práticas mercantilistas mas neste ato ele não incluiu a fabricação em sua lista de atividades produtivas A fabricação era relativamente insignificante no século XVII PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Segundo North algumas pessoas não entenderam bem a verdade profunda da frase na realidade não é dinheiro o que ele quer mas pão e outras necessidades básicas da vida Queremos dinheiro somente para nos desfazer dele pois o que realmente queremos são bens e serviços O que então é a riqueza de uma nação PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS North era a favor do laissezfaire como a maneira de atingir os ganhos máximos tanto do comércio interno como do comércio internacional North não harmonizava a ideia de livre comércio com a doutrina de rendimentos declarada por Smith E por fim sobre a frase por pagamento ao exterior North discordava do conceito mercantilista de que a guerra e a conquista enriquecem um país PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS RICHARD CANTILLON 16801734 Sua única obra foi Essai sur la nature du commerce en général publicado em francês em 1755 Foi o precursor dos fisiocratas de duas maneiras Primeiro ele utilizou o termo empresário enfatizando o seu papel na vida econômica E por desenvolver uma teoria de valor e preço PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS O preço ou valor intrínseco de uma coisa é a medida da quantidade de terra e de trabalho que entra em produção tendo relação com a fertilidade ou produção da terra e com a quantidade de trabalho Lei da oferta x Demanda Fazendeiros produzir mais milho do que o normal o valor real e intrínseco do milho corresponderá à terra e ao trabalho que constituírem sua produção Nunca há uma variação nos valores intrínsecos o que pode ocorrer é uma variação diária e um eterno fluxo e refluxo nos preços de mercado PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Cantillon antecipou o pensamento da economia clássica de várias outras maneiras Os homens se multiplicam como ratos em um celeiro se tiverem meios ilimitados de subsistência O economista clássico Thomas Malthus tinha um ponto de vista semelhante Cantillon analisava o juro como uma recompensa pelo risco corrido no empréstimo com base nos lucros que os empresários podem auferir ao emprestar e investir PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Cantillon concentrouse na produtividade dos recursos de uma nação Lamentava que os nobres e monges não trabalhassem para produzir bens Mas os nobres pelo menos emprestavam seus cavalos e cavaleiros para guerras já os Monges não são inúteis cantillon dizia que nos países católicos há muitos dias santos o que reduz o trabalho das pessoas em cerca de uma oitava parte do ano PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Cantillon tinha ideais mercantis fortes considerava o excedente de exportação uma situação muito boa para o comércio mas não acreditava que o ouro e a prata obtidos em casa servissem para o mesmo objetivo Sua ênfase era na produção de bens e na venda desses bens ao exterior de modo que as empresas prosperassem e que um excesso de exportação não poderia ser mantido indefinidamente PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS DAVID HUME 17111776 Sua fama como historiador deuse no trabalho History of England Sua reputação como economista foi estabelecida por seus ensaios econômicos em Political discourses publicado em 1752 A maior contribuição de Hume como economista foi apresentar o mecanismo de preçofluxo de moeda M x V P x T Teoria da quantidade da moeda de John Locke Os mercantilistas queriam promover um excedente de exportações para acumular moeda PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Hume não acreditava que esses ajustes de nível de preço para cima ou para baixo ocorreriam instantaneamente Para ele as alterações no nível do preço inicialmente seriam inferiores às alterações no dinheiro O mecanismo de preçofluxo de moeda de Hume é o pensamento da lei natural pensamento provinha da suposição de um equilíbrio PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Hume sabia que um segundo fator promoveria o equilíbrio no comércio internacional ou sejam um fator que precede as alterações de preço e os movimentos do ouro Quando as taxas de câmbio entre as moedas das nações são livres para flutuar o desequilíbrio no comércio tende a se corrigir Hume discutiu o conceito mercantilista de que os estados comerciantes são rivais com um ganhando apenas à custa do outro PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Na linguagem da teoria dos jogos Hume está dizendo que o comércio internacional é um jogo de soma positiva em que os pagamentos se somam para obter um número positivo Isso deve ser contrastado com o jogo de soma zero dos mercantilistas onde o ganho de uma das partes é exatamente contrabalançado pela perda da outra Mas o comércio internacional não perpetuará simplesmente as vantagens que as nações ricas desfrutam em relação às nações pobres PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Hume disse que se os impostos sobre o vinho fossem reduzidos o governo coletaria mais receita Supondo que o aumento na receita com maior venda no exterior excederia a perda de receita do menor preço por unidade ideia não ampliada para o equilíbrio internacional Em uma carta a turgot em 1766 Hume se opôs à ideia fisiocrática de que os impostos aplicados aos trabalhadores são transferidos para o proprietário de terras na forma de maiores salários e arrendamento reduzido ATIVIDADE SÍNCRONA DE APRENDIZAGEM Resuma os pensamentos de cada um dos seguintes pensadores Sir Dudley North Richard Cantillon David Hume Leia o texto o passado como preambulo da página 63 do livro texto e tente responder o que é a teoria dos jogos Utilize na sua explicação o dilema dos prisioneiros A ESCOLA CLÁSSICA Adam Smith DETALHES BIOGRÁFICOS Adam Smith 17231790 Em 1759 publicou a obra The theory of moral sentiments Concentrou mais na jurisprudência e na economia política do que nas doutrinas éticas Smith passou mais de dois anos no cargo tutor do enteado de charles townsend ministro das finanças na França onde estabeleceu laços de amizade com os fisiocratas incluindo Quesnay e Turgot Em 1776 smith publicou sua obra An inquiry into the nature and causes of the wealth of nations A riqueza das nações que tinha iniciado na França INFLUÊNCIAS IMPORTANTES O clima intelectual geral de sua época Iluminismo A habilidade de raciocínio das pessoas e o conceito da ordem natural A revolução científica associada a newton estabeleceu que a ordem e a harmonia caracterizam o universo físico Por meio do raciocínio sistemático as pessoas poderiam descobrir não apenas essas leis físicas mas também aquelas que governavam a sociedade Fisiocratas especialmente de Quesnay e Turgot INFLUÊNCIAS IMPORTANTES Sob essa influência da época Smith descreveu O tema da riqueza como sendo os bens de consumo reproduzidos anualmente pelo trabalho da sociedade Interferência mínima do governo na economia O conceito do processo circular de produção e de distribuição Francis H Instrutor de SmithGlasgow College Hutcheson acreditava que as próprias pessoas poderiam descobrir o que era eticamente bom a vontade de deus ao descobrir as ações que servem para o bem da humanidade A TEORIA DOS SENTIMENTOS MORAIS The theory of moral sentiments foi publicado 17 anos antes de A riqueza das nações Enquanto Moral sentiments discutia as forças morais que restringiam o egoísmo e uniam as pessoas em uma sociedade factível Pessoas são convenientes Sistema de justiça como é requerido A riqueza das nações supunha a existência de uma sociedade justa e mostrava como o indivíduo é guiado e limitado pelas forças econômicas O x D Os ricos tendem a economizar e a reinvestir portanto consomem menos do que os trabalhadores Smith então considerou ser egoísta e tentava restringir e controlar seus ímpetos A RIQUEZA DAS NAÇÕES A Divisão do Trabalho DT Aumento da produtividade técnica habilidade e julgamento Ex Fabrica de alfinetes Ênfase na produção manufaturada e na produtividade do trabalho A riqueza das nações era uma quebra das principais noções de economia então existentes A harmonia dos interesses e o governo limitado escondida no aparente caos da atividade econômica está a ordem natural A RIQUEZA DAS NAÇÕES Ordem Natural Há uma mão invisível que direciona o comportamento do interesse próprio para um tal caminho que o bem social emerge Essa harmonia de interesses significa que a intromissão do governo na economia é desnecessária e indesejável A RIQUEZA DAS NAÇÕES Smith propagou sua crença na harmonia dos interesses e no laissezfaire para o comércio internacional Crítica ao mercantilismo A riqueza de uma nação vizinha embora perigosa na guerra e na política é certamente vantajosa no comércio As nações como os indivíduos e as famílias deveriam especializarse na produção de bens para os quais elas têm uma vantagem e negociá los por bens para os quais outras nações têm uma vantagem vantagens absolutas Smith fala como o mercado internacional pode promover maior DT para expandir o comércio nacional A RIQUEZA DAS NAÇÕES Smith viu um significativo mas limitado papel para o estado e ponderou 3 três funções principais do governo 1 proteger a sociedade do ataque estrangeiro 2 estabelecer a administração da justiça e 3 elevar e manter os trabalhos e as instituições públicas a fim de que os empresários privados não possam tentar obter lucros excessivos A lei deveria fazer cumprir a execução dos contratos locatário agrícola Invest na Terra O controle sobre a emissão do papelmoeda O controle legal sobre as taxas de juros A RIQUEZA DAS NAÇÕES Smith aprovou as patentes e os direitos autorais de duração limitada favoreceu dois tipos de tarifas protecionistas 1 aquelas que protegem uma indústria nacional essencial para a defesa da nação e 2 aquelas que igualam a carga tributária sobre uma indústria nacional específica ao impor uma tarifa na importação daquele bem Mas se o comércio livre for introduzido depois de um longo período de protecionismo isso deveria ser feito gradualmente para evitar o desemprego e a falência dos empresários Smith pondera que o governo intervenha Impostos AS LEIS ECONÔMICAS DE UMA ECONOMIA COMPETITIVA PROXIMA AULA Valor Preço de mercado Salários Lucro Renda A função da moeda e da dívida O desenvolvimento econômico AS LEIS ECONÔMICAS DE UMA ECONOMIA COMPETITIVA Valor Paradoxo águadiamante valor de uso o outro valor de troca Smith não solucionou o problema do paradoxo de valor Economistas posteriores entraram na discussão sobre a diferença entre uma utilidade total UT do bem e sua utilidade marginal Umg AS LEIS ECONÔMICAS DE UMA ECONOMIA COMPETITIVA Smith direcionou sua atenção para o valor de troca Preço natural esta ligado aos custos necessários ou seja custo da produção Preço relativo esta ligado ao valor de troca Isso é discutido até hoje entre economista de correntes ideológicas diferentes as pérolas têm valor porque as pessoas mergulham para achálas ou as pessoas mergulham para achálas porque elas têm valor AS LEIS ECONÔMICAS DE UMA ECONOMIA COMPETITIVA Smith analisou primeiro o valor de troca em uma economia em estado recente e primário O trabalho teoria do valor trabalho é o único recurso escasso o capital e a terra são inexistentes ou são bens livres Logo depois desenvolveu uma teoria de valor para uma economia desenvolvida Em que o capital tinha acumulado e ambos capital e terra levaram a um preço positivo AS LEIS ECONÔMICAS DE UMA ECONOMIA COMPETITIVA Teoria do valor em uma economia desenvolvida O crescimento de capital K invalidaria a teoria do valor do custo do trabalho Suponha que duas mercadorias sejam produzidas com as mesmas técnicas de trabalho Cultivo da batata x fio de algodão Em duas horas de produção o fio de algodão poderia ser trocada no mercado a 1 libra e a Batata a 10 libras Qual as pessoas produziriam para vender no mercado AS LEIS ECONÔMICAS DE UMA ECONOMIA COMPETITIVA Em uma sociedade que os investimentos de capital e os recursos da terra são importantes existem trocas de Bens x Bens x Dinheiro x Trabalho e os preços compactuados devem ser alto para cobrir os salários aluguéis e lucros ficando o lucro dependente do valor total do capital adiantado pelo empreendedor para ponderálo Neste contexto o valor real das mercadorias não pode mais ser medido pelo valortrabalho A demanda de acordo com Smith não influencia o valor das mercadorias o custo de produção os salários o rendimento e os lucros não são os únicos determinantes do valor no longo prazo PREÇO DE MERCADO Smith fez a distinção entre o preço intrínseco ou natural de um bem e seu preço de mercado no curto prazo O preço natural é o preço no longo prazo abaixo do qual os empresários não continuariam a vender seus bens O preço atual ou preço de mercado são valores de preços que podem estar acima abaixo ou exatamente igual ao seu preço natural O preço de mercado depende dos desvios da oferta e da demanda e tenderá a flutuar em torno do preço natural Smith distinguiu o preço real de um produto do seu valor monetário ou do preço nominal SALÁRIOS Smith discutiu três facetas de salários O nível global de salários O crescimento de salários no tempo O crescimento de salários na estrutura de salário Essa reserva é determinada no curto período mas pode ser aumentada de um ano para o outro A média do salário anual depende do tamanho da reserva de salários em relação ao número de trabalhadores SALÁRIOS Se a riqueza de um país fosse grande mas fixa a população oferta de trabalho se multiplicariam além das oportunidades de emprego e os salários diminuiriam Smith defendia que aumento dos salários deveria ser indexado ao crescimento da economia portanto se opôs à doutrina do baixo salário do mercantilismo Essa melhoria nas condições econômicas das classes sociais mais pobres deve ser considerada uma vantagem ou uma inconveniência para a sociedade Veja O passado como preâmbulo 51 SALÁRIOS Smith defende que altos salários aumentam a saúde a força dos trabalhadores e consequente sua produtividade pois esse estimulo dão esperanças de uma vida melhor Economias dos altos salários ou salários de eficiência Smith reconhece a barganha uma função importante no processo de determinação dos salários Smith assumiu a existência de uma sociedade com liberdade perfeita uma sociedade em que todos eram livres para escolher e trocar seu emprego Pois as vantagens e desvantagens de cada tipo de emprego seriam iguais ou tendiam em direção à igualdade Equalização das diferenças ou Diferenciais de Salário de compensação SALÁRIOS O valor real dos salários para diferentes empregos bem como a estrutura do salário variaria de acordo com cinco fatores Agradabilidade do trabalho Custo da aquisição do conhecimento e das técnicas necessárias Regularidade do emprego Grau de confiabilidade e responsabilidade Probabilidade ou improbabilidade de sucesso LUCRO Para Smith devido à exposição ao risco da perda de cada investimento a taxa mais baixa de lucro deve ser alta o suficiente para compensar tais perdas e ainda deixar um excedente aos empresários Lucro Bruto compensação por qualquer perda e um excedente Lucro líquido Excedente exclusivo ou receita líquida do negócio Observase que nos países que estão avançando rapidamente na riqueza a competitividade entre os negócios diminui o valor do lucro RENDA Smith não apresenta uma teoria da renda concluída ou totalmente precisa Smith aderiu à perspectiva de Petty e Hume de que os preços da produção agrícola determinam o aluguel que o locador pode cobrar A renda disse Smith é o preço pago pelo uso da terra É o preço mais alto que o locatário consegue pagar depois da dedução dos salários do uso e do desgaste do capital dos lucros médios e outros gastos de produção A renda portanto é um excedente ou um residual A FUNÇÃO DA MOEDA E DA DÍVIDA Smith estabeleceu a tradição clássica de enfatizar a importância da moeda Pondera que ela é vital como um meio de pagamento se não teríamos um sistema de mercado de trocas escambo mas a moeda nada acrescenta aos produtos ou à riqueza de uma sociedade facilita a circulação mas é a produção deles que constitui a riqueza Os pontos de vista de Smith sobre a moeda são claramente opostos aos dos mercantilistas Smith condenou o crescimento da dívida pública e os valores exigidos para pagar os juros sobre ela Assumiu a idéia de Pleno emprego O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Smith viu a economia como um crescimento e um desenvolvimento econômico global e acentuado O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Como uma pessoa comum pode ter êxito nesse processo O acúmulo de capital amplia as reservas de salários pelas quais a mão de obra é paga caso o crescimento nas reservas de salários exceda o crescimento no número de trabalhadores a média dos salários aumenta Salários mais altos podem melhorar a saúde e a vitalidade dos trabalhadores e aumentar sua produtividade seta i Posteriormente os economistas clássicos presumiram que os trabalhadores tendem a receber o mínimo de subsistência e portanto não têm nada a ganhar com o desenvolvimento da economia O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Smith falou de um fator adicional que poderia dar um incremento ao aumento da produtividade e ao crescimento Distribuição mais correta de emprego Distinção entre o trabalho produtivo e improdutivo De acordo com Smith trabalhadores improdutivos incluem reis soldados sacerdotes advogados doutores escritores jogadores palhaços músicos cantores de ópera dançarinos e assim por diante Entre os trabalhadores produtivos estão os artesãos os fabricantes e os mercadores acúmulo de capital e no crescimento econômico Para Smith os bens materiais podem ser acumulados e portanto são meios potenciais do aumento da riqueza O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Os ciclos econômicos a superprodução o desemprego e o capital excedente ainda ficarão no futuro a harmonia dos interesses dominou com um mercado livre e competitivo forçando cada indivíduo a servir a sociedade enquanto serve a si mesmo Smith foi claramente mais otimista sobre o futuro do que Thomas Malthus DAVID RICARDO 17721823 VIDA DE RICARDO David Ricardo 17721823 nasceu em Londres filho de imigrantes judeus Homem de negócios operador da bolsa enriqueceu ainda jovem Vivendo em uma época bastante conturbada em meio a grandes mudanças políticas sociais e tecnológicas ele era defensor de idéias liberais Em 1799 iniciase no campo da Economia Política com a leitura da obra de Smith Em 1808 já participa do debate público em torno de questões monetárias VIDA DE RICARDO Utilizava o método abstrato de raciocínio para formular as teorias econômicas Investigação econômica para a distribuição de renda Idéias Neoclássicas DISCUTINDO INFLAÇÃO A QUESTÃO DA MOEDA Em jornais da época discute a suspensão ocorrida na Inglaterra em 1797 da conversibilidade da moeda em ouro Interpreta a causa da inflação da época nas emissões descontroladas de moeda ouro ou produto e não no aumento do preço dos cereais como se supunha Esboça uma versão da teoria quantitativa da moeda na qual dados os hábitos de pagamento da comunidade os preços guardariam proporcionalidade com o volume de moeda visàvis a quantidade de bens e serviços transacionados A inflação tinha sido criada pela guerras napoleônicas e não havia até então um referencial teórico para uma análise monetária BULIONISTA Ricardo ao lado de Thornton e Malthus era rotulado de bulionista e acreditava que a volta do padrãoouro traria a almejada estabilidade dos preços Havia também o campo dos que pensavam de modo diferente Para banqueiros ministros e antibulionistas em geral a moeda era gerada endogenamente no sistema de crédito e assim não poderia ocorrer emissão em excesso Explicavam a inflação pelo lado real localizando sua causa nos gastos públicos desenfreados e na queda das exportações O ALTO PREÇO DO OURO Um ano após o primeiro artigo versando sobre a queda da libra no Morning Chronicle em 1809 Ricardo refuta os críticos em O alto preço do ouro exposição teórica abstrata que faz uma análise de longo prazo No mesmo ano apresenta o ensaio Propostas para um numerário seguro PROPOSTAS PARA UM NUMERÁRIO SEGURO Em 1810 Ricardo apresenta o ensaio Propostas para um Numerário Seguro de grande impacto na opinião pública e que serviu de base para a criação de um comitê de especialistas que decidiria pela volta da conversibilidade uma década depois O regime de padrãoouro duraria até a Primeira Guerra Mundial Ricardo também se envolveu na discussão sobre a Lei dos Cereais que proibia a importação de trigo pela Inglaterra Ricardo contestou que havia evidências de que fora o papel e não o ouro que tinha mudado de valor A inflação dos preços se dava em termos de moeda THE HIGH PRICE OF BULLION A PROOF OF THE DEPRECIATION OF BANK NOTES BY DAVID RICARDO LONDON PUBLISHED FOR JOHN MURRAY ALBEMARLE STREET AND SAMUEL BAGSTER HOLBORN HILL 1810 EXPLICAÇÃO MONETARISTA Ricardo popularizou a explicação monetarista para o problema da inflação mas a análise de Thornton era mais sutil sobre as relações entre a moeda e o lado real da economia As teses de Thornton deram origem à influente escola monetária na qual variações da moeda bancária deveriam acompanhar os estoques de ouro Em 1844 a Lei Bancária estabelece o controle das emissões monetárias com flexibilidade para acompanhar os fluxos de ouro A TEORIA DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES E DA RENDA DA TERRA Sobre a Influência do Baixo Preço do Trigo sobre os Lucros do Capital Na exposição de suas idéias sobre a Lei dos Cereais Ricardo desenvolve em 1815 o ensaio analítico Sobre a Influência em que mostra a inconveniência de restrições à importação O ensaio inspirou o livro Princípios de Economia Política e Tributação de 1817 a principal obra de Ricardo Ainda no ensaio Ricardo argumenta que barreiras à importação beneficiam produtores menos eficientes aumenta a proporção dos rendimentos destinada ao pagamento de renda da terra e dos salários neste último caso porque cresce o preço da cesta básica As transferências para os setores menos dinâmicos da economia debilitam o crescimento econômico em prejuízo da nação Em suma o aumento no preço do trigo e o consequente aumento nos salários reduzem as taxas de lucros retardando o crescimento As ideias contidas no ensaio não convenceram os opositores e levaram Ricardo a debater com James Mill e Malthus os principais economistas da época Já famoso Ricardo foi eleito representante na Câmara dos Comuns SOBRE A INFLUÊNCIA DO BAIXO PREÇO DO TRIGO SOBRE OS LUCROS DO CAPITAL A TEORIA DA RENDA DA TERRA A teoria da renda da terra é mais sofisticada e merece uma consideração detalhada Na hipótese de livre concorrência onde a mesma taxa de lucro se impõe em diferentes propriedades rurais a renda da terra deviase à escassez de terras e à diferenciação das produtividades entre elas No capítulo 2 dos Princípios Ricardo começa definindo a renda da terra como A porção do produto da terra paga ao seu proprietário pelo uso das forças originais e indestrutíveis do solo Que não deve ser confundida com a parcela paga pela utilização do capital empregado para melhorar a qualidade da terra As leis da renda e do lucro são muito diferentes Em um país dotado de terras disponíveis ricas e férteis não seriam cobradas rendas da terra A diferença de qualidades das terras dá origem à renda regulada pela intensidade dessa diferença Supondose a existência de três faixas de terras em que o emprego da mesma quantidade de fatores produtivos dá ensejo á produção de 100 90 e 80 unidades de cereais A TEORIA DA RENDA DA TERRA 100 90 80 A renda da terra é o excedente acima dos custos básicos de produção na terra de pior qualidade das que foram ocupadas O produtor da terra marginal que produziu apenas 80 unidades vende o cereal a um preço que deve cobrir salários e lucros normais Este mesmo preço regula o valor nas vendas do produto das outras faixas mais internas A TEORIA DA RENDA DA TERRA 100 90 80 A idéia de homogeneidade de salários lucros e preços entre as diferentes terras assegurada pela hipótese de livre concorrência e intensa arbitragem entre mercados leva ao aparecimento de um resíduo excedente nas terras de qualidade superior Tal resíduo dá origem ao pagamento da renda da terra que equivale exatamente ao seu valor in natura Assim pagase 20 de renda na faixa central e 10 na faixa intermediária A terra marginal não percebe renda A TEORIA DA RENDA DA TERRA RENDA DA TERRA MEDIDA DA MARGEM EXTENSIVA DE CULTIVO RENDA DA TERRA MEDIDA DA MARGEM INTENSIVA DE CULTIVO A TEORIA DA RENDA DA TERRA Note que a renda da terra é um rendimento diferencial e um excedente acima dos custos da mão de obra e do capital A renda da terra é determinada pelo preço mas não é determinante de preço Isto é as rendas da terra altas são explicadas pelos preços altos dos grãos os preços altos não podem ser explicados pelas rendas da terra altas Esses pontos importantes precisam ser mantidos em mente enquanto examinamos as teorias do valor de troca e da distribuição de Ricardo O PROBLEMA CENTRAL DA ECONOMIA POLÍTICA Quais as leis que regulam a distribuição do produto nacional entre renda lucro e salários LUCRO COMO RESÍDUO Ricardo tem em mente que o lucro é a variável que regula o crescimento econômico mas não se contenta com a análise de Smith Para Smith ao longo do tempo os salários crescem mais que os preços finais e no processo de acumulação de capital oportunidades de investimento lucrativo ficam cada vez menores Ricardo constata que a relação entre aumento de capitais e queda nos lucros não vinha acontecendo A TEORIA DO VALOR DE TROCA E OS PREÇOS RELATIVOS Por David Riucardo A TEORIA DO VALOR DE RICARDO O passo inicial é investigar a questão do valor Na seção I do capítulo 1 Ricardo começa citando a observação smithiana do paradoxo do valor Conclui dizendo que a utilidade não é a medida do valor de troca já que estão em relação inversa mas ela é essencial para que haja valor Existindo utilidade o valor de troca ou é derivado da escassez da disponibilidade em face da demanda caso de bens raros como estátuas e pinturas famosas ou advém da quantidade de trabalho Incorporado na mercadoria caso da imensa maioria dos bens que são reproduzíveis QUAL O FUNDAMENTO DO VALOR Ricardo critica Smith quando este considera como fundamento do valor A quantidade relativa de trabalho incorporado nas sociedades primitivas A quantidade de trabalho comandado ou encomendado nas sociedades avançadas Trabalho incorporado e comandado não são a mesma coisa VARIAÇÕES NA PRODUTIVIDADE No exemplo smithiano se um castor é trocado por dois cervos é porque o castor requer por exemplo um dia de trabalho e o cervo apenas a metade disto Se houver mudanças na produtividade relativa como aumento na eficiência em que o cervo é apanhado então o mesmo castor é agora trocado por digamos quatro cervos Equiparandose o trabalho de lado a lado a antiga proporção 12 é agora 14 TRABALHO COMANDADO X TRABALHO INCORPORADO 1 hora 1 Castor 1 Castor 1 1 hora 2 Cervos 4 Cervos 4 Aumento de produtividade relativa na caça dos cervos ou seja um aumento do trabalho comandado Observase que o trabalho incorporado na caça de ambos permanecem o mesmo O VERDADEIRO FUNDAMENTO DO VALOR Ricardo afirma que o trabalho comandado depende de uma medida a ela mesma variável cujos valores flutuam com a oferta e a demanda O montante de trabalho comandado depende de tudo o que afeta os salários Variações no preço do trigo por exemplo podem provocar variações no trabalho comandado Já o trabalho incorporado é um padrão invariável ele sim o verdadeiro fundamento do valor COMO COMPARAR TRABALHO Ricardo discute como o trabalho incorporado poderia ser quantificado numa unidade comum diante da heterogeneidade do trabalho Valores de diferentes categorias de trabalho são acertados no mercado em função da destreza relativa e das horas de trabalho A teoria não precisa se preocupar em determinar esses valores pois as dificuldades em se comparar trabalho são automaticamente resolvidas no mercado O TRABALHO INCORPORADO NO CAPITAL Ricardo argumenta que mesmo na sociedade primitiva estágio inicial de desenvolvimento é imprescindível o uso de algum capital Mesmo que um castor e dois cervos sejam apanhados no mesmo tempo a proporção que iguala valores não será 12 se considerarmos o trabalho passado de construção da arma digamos maior no caso do castor Então a teoria do valortrabalho incorporado deve ter em conta o trabalho incorporado no capital Como o capital tem uma certa durabilidade em cada período em que é empregado ele transfere apenas uma parcela do seu valor pois quanto menos durável o instrumento em questão maior a parcela de seu valor transferida no cômputo do valor do bem final Ricardo de início argumenta que a relação entre salários e lucros não afeta o valor relativo dos bens pois influencia de igual modo todas as atividades O TRABALHO INCORPORADO NO CAPITAL O QUE DETERMINA O VALOR RELATIVO O valor relativo das mercadorias só dependeria das proporções entre o trabalho comandado total incluindo transporte e comercialização Sempre que dado bem economiza na utilização de trabalho comandado cai o seu valor relativo Ricardo nota ainda que redução de trabalho em edifícios máquinas e meios de transportes afeta não somente um único bem Uma parte se reflete no valor dele mas o restante é distribuído por todos os bens para os quais igualmente contribuem aqueles capitais Os capitais têm diferentes durabilidades e utilizam na sua fabricação distintas quantidades de trabalho Alguns tipos de capitais apoiam diretamente a mão de obra envolvida na obtenção de um bem de consumo final Outros tipos de capitais são mais intensos na fabricação de ferramentas implementos edificações e maquinarias que somente em período futuro irão contribuir para o produto final O QUE DETERMINA O VALOR RELATIVO CAPITAL FIXO E CAPITAL CIRCULANTE Constatada a heterogeneidade do capital Ricardo define os conceitos de capital fixo e capital circulante A diferença entre eles leva em conta o tempo de retorno financeiro do capital O capital circulante é rapidamente consumido e perece precisando ser reproduzido em intervalos pequenos Já o capital fixo é consumido lentamente e atende a muitas rodadas de fabricação EXCEÇÃO À LEI FUNDAMENTAL DO VALOR Podese ter o mesmo montante de capital em valor mas diferentes composições entre capital fixo e circulante Quando se levam em conta as diferenças no grau de duração do capital fixo e a variedade na proporção entre esses dois tipos de capitais o valor relativo dos bens finais passa a depender não apenas da proporção entre os trabalhos incorporados mas também do próprio salário ou como Ricardo refere do valor do trabalho Onde se tem capitais com diferente composição Uma subida de salários não pode deixar de afetar desigualmente os bens produzidos em tão diferentes circunstâncias Ano 1 f pTrigo K r 100L w f pMáq K r 100L w Ano 1 Valor f ptrigo 100 e f pMáq 100 Ano 2 f ptrigo K r 100L w f pLã ou Algodão K r 200L w Ano 2 Valor f ptrigo 100 e f pMáq 200 Ricardo conclui o exemplo dizendo que o valor do bem manufaturado deve exceder o valor do trigo ou 200 trabalhadores por ano Para compensar o prazo maior que deve transcorrer até que o produto de maior valor chegue ao mercado Já que o trigo é consumido em bases anuais e a manufatura somente a cada dois anos Então os valores diferem também pela quantidade de capital fixo ou trabalho previamente acumulado O valor do produto manufaturado deve incorporar os 200 trabalhadoresano mais a parcela que corresponde ao lucro sobre investimento em maquinaria É claro que mudanças nas taxas de lucro afetariam novamente os valores relativos entre manufatura e trigo EXEMPLOS RICARDIANOS EM QUE A TAXA DE LUCRO AFETA VALORES RELATIVOS A RELAÇÃO ENTRE SALÁRIO E LUCRO A relação entre salário e taxa de lucro no longo prazo depende de uma série de suposições segundo Ricardo No curto prazo não pode haver um aumento no valor do trabalho sem uma diminuição nos lucro Assim um aumento de salários deprime os lucros e portanto a relação entre valores fica no exemplo menos favorável à manufatura O preço do bem com maior proporção de capital fixo diminui em relação aos que contém menos dele CAPITAIS COM DIFERENTE DURAÇÃO Ricardo ao analisar o caso de bens com mesma composição do capital mas cujos capitais apresentam diferente duração Ricardo raciocina logicamente que o bem com capital de menor duração se comporta como o trigo isto é como um produto com pouco capital fixo A conclusão imediata é que o valor de troca relativo de bens produzidos com capital mais durável cai com aumento de salários ao mesmo tempo em que o valor de troca de bens com capital mais perecível é favorecido Vejamos a hipótese subjacente de que as máquinas não ficarão mais caras com aumento de salários já que tal aumento não poderia ser repassado a preços uma vez que se isso ocorresse o aumento no lucro atrairia capitais de outros setores com o efeito de reduzir preço e lucro do maquinário CAPITAIS COM DIFERENTE DURAÇÃO DO QUE DEPENDE O VALOR O valor depende do trabalho incorporado da composição do capital e da duração Por conseguinte os valores de troca relativos passam a depender de salário e lucro em contradição com o que o próprio Ricardo afirmava Qualquer mercadoria em comparação a outras está sujeita a oscilação em seu valor mesmo que tenha empregado uma quantidade fixa de trabalhadores em certo período COMO É POSSÍVEL UMA MEDIDA DE VALOR INVARIÁVEL Ricardo escreve Quando o valor relativo dos bens se altera seria interessante dispor de meios que indicassem quais os que descem e quais os que sobem em valor real POR UMA MEDIDA INVARIÁVEL DO VALOR O ouro não é produzido com a mesma composição de capital dos outros bens nem utiliza capital fixo de igual duração e nem leva o mesmo tempo para ser colocado no mercado Assim a importante questão da necessidade de uma régua inflexível para se mensurar valores independentemente da divisão do produto social fica em aberto Ela só seria resolvida de modo consistente muito tempo depois por Piero Sraffa em pleno século XX NOVAMENTE A RELAÇÃO ENTRE SALÁRIO E LUCRO A seção VII discute algo mais sobre a natureza do dinheiro e argumenta que como o valor dele é variável não se pode estabelecer uma relação mecânica direta e inversa entre variações de salários e de lucros A DISTRIBUIÇÃO DOS RENDIMENTOS Estabelecida a teoria do valor Ricardo se lança a examinar diretamente a questão central de como os rendimentos são distribuídos na sociedade O lucro é determinado como resíduo e assim o problema da distribuição é atacado como um problema de determinação de salários e renda da terra CARACTERÍSTICAS DA DISTRIBUIÇÃO DE RICARDO A TEORIA DE SALÁRIOS DE RICARDO Ricardo empresta a teoria da população de Malthus argumentando que o salário real de equilíbrio deve se manter no nível mínimo de subsistência Não há muito o que comentar desta hipótese Ela foi muito contestada na época e era uma ideia algo solta Ricardo falava que esse mínimo de subsistência não era o mínimo fisiológico para a sobrevivência mas correspondia a um certo padrão de vida das classes subalternas estipulado pelas condições históricas locais dependente de fatores ligados ao hábito e ao costume Função demanda por trabalho Função oferta de trabalho Nível de emprego Um aumento de salário acima deste mínimo elevaria a população trabalhadora e reduziria os lucros O efeito seria duplamente perverso ao mesmo tempo em que cresce a oferta de trabalho se reduz a demanda de mão de obra o que só pode resultar em queda de salário trazendoo para o nível inicial de subsistência A TEORIA DE SALÁRIOS DE RICARDO RENDA POR DIFERENÇAS NA APLICAÇÃO DO CAPITAL As diferenças entre as forças produtivas da terra também regulam a renda no caso em que a mesma faixa de terra é usada em quantidades cada vez maiores de capital Indose de k a 2k unidades de capital aplicado o produto aumenta 85 na primeira unidade de capital aumentara 100 pagase uma renda de 15 do produto associado ao primeiro lote de capital O retornos decrescentes nas aplicações de capital fazem com que terras com cultivo menos intensivo com maior retorno por unidade de capital paguem uma renda pelo critério explicitado anteriormente A RENDA É COMPONENTE E NÃO RESÍDUO Em qualquer caso o fenômeno que se observa é o de que com terras de pior qualidade ou de uso mais intensivo o produto se torna mais caro já que a produtividade dos fatores diminui Neste sentido é a elevação de preço com a progressão no uso da terra que resulta no pagamento da renda da terra O trigo não encarece por causa do pagamento de renda mas ao contrário a renda é paga porque o trigo tornase mais caro COMO EVOLUEM OS RENDIMENTOS A distribuição da renda com o processo de acumulação de capital pode ser vista na dimensão temporal a partir da articulação das teorias básicas de salário e renda da terra À medida que novas inversões de capital são feitas os preço dos alimentos tende a crescer pela queda na produtividade dos fatores Com isso os salários por unidade de capital crescem mesmo que os salários reais permaneçam constantes no nível de subsistência A renda também medida em unidade de capital cresce acompanhando o volume ampliado de excedentes nas condições inframarginais nas quais o capital é mais produtivo Já que os lucros são obtidos como resíduo dada a diferença entre o produto total e os custos em salários e renda da terra os lucros por unidade de capital decrescem porque parcelas dos custos estão se ampliando e o produto por unidade de capital é decrescente pela fertilidade inferior das terras marginais e pela lei da produtividade marginal decrescente no cultivo intensivo Lucro Residual Produto Total Custos wr Lucro Residual PQ Custos Salários Renda da Terra COMO EVOLUEM OS RENDIMENTOS O GRÁFICO ABAIXO ILUSTRA ESSA IDÉIA LucrosK Capital K Variável K ProdutoK SalárioK Salário RendaK VISÃO PESSIMISTA O lucro por unidade de capital tenderia a zero com o avanço na acumulação de capital A taxa de lucro agrícola determinaria a taxa geral de lucro por arbitragem e sendo assim também haveria a queda na taxa de lucro na indústria A queda do lucro leva ao estado estacionário no qual a economia deixaria de crescer K constante Tal situação poderia ser adiada pelas inovações tecnológicas na agricultura ou pela abertura ao comércio internacional que baratearia os preços dos cereais argumento teórico também usado por Ricardo contra a Lei dos Cereais CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES Desta forma relatase a teoria básica de Ricardo do crescimento econômico e da distribuição da renda Como indica o título completo da obra Princípios de Economia Política e Tributação questões de política tributária são bastante discutidas ao longo do livro Ele estava preocupado com o efeito da incidência de impostos O IMPOSTO depende do valor monetário do rendimento de cada cidadão e do valor monetário das mercadorias que ele habitualmente consome TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS Ricardo é autor da conhecida Teoria das Vantagens Comparativas que demonstra serem vantajosas as trocas internacionais mesmo numa situação em que determinado país tivesse maior produtividade que o outro na produção de todas as mercadorias Esta teoria parte da premissa de que os valores nas trocas internacionais não são determinados pela quantidade de trabalho dos bens envolvidos já que não há mobilidade de mão de obra entre países Assim duas mercadorias intercambiadas podem não representar a mesma quantidade de trabalho Ricardo explicitamente assumia em sua prova teórica dos ganhos de mercado que o capital e o trabalho não circulavam entre os países E implicitamente assumia que os custos ficavam constantes à medida que os produtos aumentavam TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS Ricardo supõe que no comércio entre Inglaterra e Portugal uma certa quantidade de vinho é transferida em troca de outro montante de tecido Em cada caso é requerida determinada quantidade de mão de obra representada por horas de trabalho como na tabela a seguir PAÍS HORAS DE TRABALHO POR UNIDADE DE TECIDO HORAS DE TRABALHO POR UNIDADE DE VINHO intercambiável Portugal 90 80 Inglaterr a 100 120 TABELA 73 Ilustração das vantagens comparativas Saídas hipotéticas por unidade de trabalho utilizada Vinho Tecido Portugal 3 6 Inglaterra 1 5 Total 4 11 TABELA 74 Os ganhos da especialização e do mercado Produção hipotética por unidade de trabalho utilizada Vinho Tecido Portugal 3 6 Inglaterra 2 10 Total 1 4 O DESEMPREGO SEGUNDO RICARDO Ricardo concordou que um excesso de oferta temporário poderia ocorrer mas argumentou que a produção total e o emprego geralmente prevalecem A superprodução de uma mercadoria específica poderia ocorrer devido à má previsão mas tal circunstância automaticamente se corrigiria O produto seria vendido com perda e os recursos seriam transferidos para a produção de outras mercadorias para as quais agora haveria evidentemente uma maior demanda O DESEMPREGO SEGUNDO RICARDO Ricardo declarou que havia se enganado em sustentar a concepção de que a introdução do maquinário ajudaria todas as três classes principais de receptores de renda Suas rendas monetárias pensou seriam as mesmas enquanto suas rendas reais aumentariam pois os bens poderiam ser produzidos com menor custo com o maquinário OUTRAS TESES RICARDIANAS Ricardo discute outros pontos importantes do comércio internacional como as dificuldade de transferência de capitais entre países os problemas do equilíbrio automático no padrão ouro e o efeito da abertura ao comércio mundial sobre as taxas de lucro de um país Ele argumenta que o comércio exterior de fato não afeta as taxas de lucro mas beneficia o país pelo aumento no volume de bens obtidos e também do nível de emprego doméstico III PARTE UTILITARISMO MARGINALISMO NEOCLASSICISMO E KEYNESIANISMO SUGESTÕES PARA LEITURA Historia do Pensamento Econômico Stanley L Brue traducao Luciana Penteado Miquelino Sao Paulo Thomson Learning 2006 Cap 8 A escola clássica Bentham Sênior e Mill pg 122 147 História do Pensamento Econômico Grant Stanley L Brue Randy R Cengage Learning Brasil 2016 Cap 8 A Escola Clássica Bentham Sênior e Mill pg 135 162 SUGESTÕES PARA LEITURA COMPLEMENTAR História do Pensamento Econômico E K Hunt Mark Lautzenheiser tradução de André Arruda Villela Rio de Janeiro Elsevier 2013 Cap 6 O subjetivismo racionalista A Economia de Bentham e Sênior pg 187 223 Cap 7 A Economia Política dos Pobres As Ideias de William Thompson pg 227 252 Cap 8 Utilitarismo Puro Versus Utilitarismo Eclético Os Escritos de Bastiat e Mill pg 256 292 ESCOLA UTILITARISTA Os primeiros utilitaristas Bentham Say Sênior Bastiat Utilitaristas reformadores Thompson e Mill O UTILITARISMO 1840 1872 RÁPIDA EXPANSÃO ECONÔMICA NA EUROPA Capital Cartéis Industrialização Concentração Poder Industrial Trustes Riqueza Fusões Eliminação Pequenas Empresas ANTECEDENTES ÂMBITO FINANCEIRO SA única organização Mercado Financ Pequenos Recursos Empresarial organizado N Reduzido em Kptas RELAÇÕES SOCIAIS Hierárquica Integrados Forma Grande Empresa Processos Racional Burocrática Coordenados calculado Objetivo Maximizar Lucro Acumulação de Capital ADAM SMITH Análise da economia composta de várias EMPRESAS PEQUENAS BENTHAM SAY E SÊNIOR O SUBJETIVISMO RACIONALISTA Busca do lucro maior divisão social do trabalho maior interdependência entre as pessoas Interdependência não era vista como dependência de pessoas mas de forças impessoais o mercado Idéia de que ninguém pode controlar o mercado capitalista coletivo controla Forças de mercado são imutáveis e naturais agem como forças da natureza ORIGENS SOCIAIS DAS PREMISSAS DO VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS Condições humanas no Capitalismo são específicas ao próprio modo de produção Generalização dessas condições como se fossem naturais do ser humano em todos os tempos e sociedades VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 1 Especialização do trabalho isolamento dos produtores Indivíduos como unidades isoladas preocupadas com a própria sobrevivência contra forças impessoais do mercado Outros passam a ser vistos como inimigos e adversários Hobbes O Leviatã VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 2 Indivíduo é competitivo e egoísta por natureza Suas motivações essenciais são aumentar o prazer e evitar a dor UTILITARISMO VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 3 A divisão do trabalho cria dependência completa do funcionamento com êxito do mercado Aceitando o capitalismo como natural e eterno a única condição de melhora para os indivíduos está no bom funcionamento do mercado liberdade econômica VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 4 Bom funcionamento do mercado depende da quantidade e eficácia dos meios de produção Industrialização exige que parte do esforço produtivo seja direcionado dos bens de consumo para os bens de produção Idéia de que os lucros devem aumentar com relação aos salários lucros devem ser suficientes para financiar a industrialização Quem financia realmente a industrialização Depende da grandeza real de salários lucros e produção Ao aceitarmos que a repartição da renda pelo mercado é correta natural temos a ilusão de que quem pagou a industrialização foi o capitalista VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 5 Acirramento da concorrência Sobrevivência em risco lucros dependem de controles acurados Sistemas complexos de apuração e controle contabilidade Atitudes racionais em todos os âmbitos a racionalização do mundo Todos os atos humanos passam a ser vistos como consequências de decisões racionais e calculadas hábitos caprichos acidentes superstições religiões altruísmo emoções etc não contam Indivíduo age como se fosse um contador lucros prazeres e prejuízos dor UTILITARISTAS E a idéia do hedonismo HEDONISMO PSICOLÓGICO O hedonismo é uma doutrina ética ou filosofia de vida que defende a busca por prazer como finalidade da vida humana Buscar prazer é o que move as paixões os desejos e todo o mecanismo da vida sendo portanto na visão de hedonistas a primeira e mais completa ponte para a finalidade última da vida a felicidade Para Bentham as ações humanas deveriam ser orientadas por um princípio de utilidade ou seja de promover atitudes que resultem em uma felicidade duradoura Para os utilitaristas a felicidade é equivalente ao prazer pensado na filosofia hedonista TIPOS DE HEDONISMO PRAZER X DOR Hedonismo cirenaico Hedonismo epicurista Hedonismo utilitarista Hedonismo psicológico QUIZ Na sua visão a contemporaneidade é hedonista Justifique Somos consumidores hedonistas Porque PRIMEIROS UTILITARISTAS Jeremy Bentham 17481832 JEREMY BENTHAM 17481832 UTILIDADE Propriedade de qualquer objeto que tenda a produzir algum benefício vantagem prazer bem ou felicidade ou impedir danos dor mal ou infelicidade Utilidade mais prazer menos dor 2 princípios soberanos Toda motivação humana em qualquer época e lugar se baseia no desejo de maximizar a utilidade Valorutilidade chave para uma ciência do bemestar e da felicidade humana QUANTIFICAÇÃO DA UTILIDADE DO PRAZER Intensidade Duração Certeza ou incerteza Proximidade ou afastamento Fecundidade Pureza Extensão JEREMY BENTHAM 17481832 No curso geral da vida em todo coração humano o interesse próprio predomina sobre todos os interesses em conjunto A preferência por si mesmo tem lugar em toda parte Todo valor se baseia na utilidade O TRABALHO Trabalho penoso Evita a dor e aumenta o prazer Crítica ao valortrabalho O paradoxo da água e do diamante Água não tem valor a quem não precisa o prazer do diamante UTILIDADEMARGINAL JEREMY BENTHAM 17481832 No início Concorda com Smith quanto a capacidade reguladora do mercado liberdade econômica Aceita a idéia de que a produção gera sua demanda todos aceitavam exceto Malthus Depois Favorável à intervenção do governo Reduções no consumo queda na produção desemprego Utilidade do dinheiro é maior nas mãos dos pobres Distribuição da renda aumenta a utilidade geral da sociedade Governo deveria ser imparcial o Reifilósofo Governo pessoas egoísta pensa nos seus próprios interesses PRIMEIROS UTILITARISTAS JEANBAPTISTE SAY 17671832 JEANBAPTISTE SAY 17671832 Discípulo de Smith corrigindo erros O preço é a medida do valor e o valor é a medida da utilidade Capitalismo leva à harmonia social mercado livre Classes sociais agentes de produção Propriedade fruto da abstenção do consumo Salários e lucros determinados pela contribuição relativa de cada um utilidade Valor não é definido na produção e sim na circulação mercado Desaparecem os conflitos de classe JEANBAPTISTE SAY PRINCIPAIS IDEIAS E CONTRIBUIÇÕES Teoria do valor Em oposição a teoria do valor de outros clássicos propôs a ofertademanda como determinante do valor Oferta a oferta é determinada pelos custos de produção despesas com os fatores terra trabalho capital empreendedorismo Demanda pela utilidade Perdas do monopólio peso morto A lei dos mercados Lei de Say Mercado livre sempre se ajusta automaticamente num equilíbrio em que todos os recursos inclusive o trabalho estariam plenamente utilizados Equilíbrio com o pleno emprego Oferta cria demanda da mesma magnitude Moeda é apenas um facilitador das trocas Se houver excesso de determinada mercadoria é porque outras não foram produzidas em quantidade suficiente Superprodução temporária JEANBAPTISTE SAY PRINCIPAIS IDEIAS E CONTRIBUIÇÕES PRIMEIROS UTILITARISTAS Nassau Sênior 17901864 NASSAU SÊNIOR 17901864 Primeiro mestre de Economia Política em Oxford 1825 A tarefa de um economista político não é recomendar nem dissuadir mas declarar o princípio geral Economia positiva como é x normativa como deveria ser Objetivista x Prescritivas METODOLOGIA TEÓRICA SÊNIOR Economistas não deveriam se preocupar com o bem estar social mas com a análise da riqueza A questão da Ética Economia Política despida de valores subjetividade Ciência Pura Economistas políticos deveria preocuparse com fatos relevantes Análise da produção e distribuição da riqueza e não a busca da felicidade NASSAU SÊNIOR 17901864 Conflitos trabalhistas Salário subsistência x utilidade Salários determinados pela produtividade fundo de salários OS 4 POSTULADOS DE SÊNIOR Principio da renda ou maximização da utilidade Maior riqueza com menor sacrifício utilidade Sênior x Bentham Distribuição da renda Todos têm desejos insatisfeitos Superprodução impossível Somente ocorreria quando todos estivessem saciados desejo de riqueza é insaciável OS 4 POSTULADOS DE SÊNIOR Príncipio da população Limitada por males morais ou físicos criar hábitos de prudência autorrespeito e autolimitação A importância do medo da escassez redução da segurança dos seus artigos de riqueza ou seja melhoramos com o sofrimento A natureza decretou que o caminho para o bem é através do mal OS 4 POSTULADOS DE SÊNIOR Príncipio do acumulo de capital Que os poderes do trabalho MO e de outros instrumentos que ajudam a produzir riqueza possam ser aumentados indefinitivamente ao usar tal produto como meios de se produzir ainda mais Trocas Você quer o produto e não o dinheiro OS 4 POSTULADOS DE SÊNIOR Príncipio dos rendimentos decrescentes Sendo mantida uma técnica agricola um trabalho adicional empregado em uma terra produz rendimentos cada vez menos proporcionais Embora para cada aumento do trabalho o rendimento agregado seja maior esse aumento não é proporcional ao aumento do trabalho ACUMULAÇÃO E ABSTINÊNCIA SÊNIOR Produtos do trabalho e do capital devem ser direcionados para acréscimo dos bens de capital riqueza aumenta Salário recompensa pelo trabalho penoso Lucro recompensa para a dor de não consumir no imediato um dos atos mais penosos da vontade humana Só a acumulação de capital abstinência do capitalista garantiria o crescimento da riqueza acima do crescimento populacional SÊNIOR E A IDEIA DE ABSTINÊNCIA O valor de troca dos bens Depende da demanda e oferta Demanda básica é o conceito da utilidade marginal decrescenteinsight que posteriormente foi expandido pelos marginalistas A oferta depende dos Custos É soma de sacrifícios exigida para o uso dos agentes fatores da natureza para produzir bens úteis subjetivo Os custos de produção são o trabalho dos trabalhadores e a abstinência dos capitalistas ABSTINÊNCIA EM SÊNIOR Tratase da conduta de uma pessoa que se priva do uso não produtivo daquilo que ela pode controlar ou que prefere propositalmente a produção futura àquela de resultados imediatos Pela palavra abstinência desejamos expressar aquele agente diferente do trabalho e da ação da natureza cuja cooperação é necessária para a existência do capital e que está na mesma relação para com o lucro quanto o trabalho para os salários A tal abstinência capitalista implica em juízo de valor sobre os sacrifícios assumidos no adiamento ou na renúncia definitiva do consumo da riqueza SÊNIOR E A IDEIA DE ABSTINÊNCIA Questão chave o sacrifício não é uma soma total de economias Um milionário provavelmente economizaria 10000 com menos sacrifícios por dólar que um homem pobre ao economizar 100 É o sacrifício na margem isto é na fronteira em que decide se economiza uma quantia extra ou gasta no consumo Nessas margens de 10000 e de 100 os sacrifícios do adiamento podem ser iguais E podem ser suficientemente grandes para exigir uma remuneração recompensa na forma de Juros UMA APLICAÇÃO DA IDEIA DE ABSTINÊNCIA A economia é a atividade que produz nova despesa com investimento Principalmente quando a recompensa a abstinência ou adiamento do consumo que é o juro i aumentalogo ocorre mais economia S S f i A despesa com investimento é a compra de bens de capital I Que depende do que Do custo de oportunidade de investir à taxa de juros i I g i SURGE ENTÃO UMA EXTENSÃO DA LEI DE SAY Como a economia é uma função positiva da taxa de juros e o investimento uma função negativa da taxa de juros a taxa se ajustará a um nível em que todas as economias poupanças serão investidas Se as economias agregadas poupança aumentar os bens de consumo tendem a cair e o equilíbrio da taxa de juros cairá O que acarretará no aumento dos empréstimos e a compra de bens de capital SURGE ENTÃO UMA EXTENSÃO DA LEI DE SAY O declínio na despesa sobre os bens de consumo será exatamente compensado pelo aumento da despesa sobre os bens de capital Dessa perspectiva clássica nenhuma deficiência da demanda total ocorrerá O que valida a lei de Say MÃO DE OBRA PRODUTIVA Sênior discordou de Smith que pensava que os produtores de serviços são todos não produtivos Os advogados doutores e os professores são produtivos pois promovem o aumento da riqueza Onde um soldado deve proteger os fazendeiros ambos são produtivos Para sênior a distinção apropriada não estava entre o trabalho produtivo e o não produtivo mas entre o consumo produtivo e o não produtivo e AS POSIÇÕES POLÍTICA DE SÊNIOR Sênior não prestou atenção em sua própria prescrição de que os economistas jamais deveriam oferecer uma simples sílaba de conselho Ao longo de sua carreira na vida pública ele fez numerosos pronunciamentos sobre as questões políticas nunca explicando se suas recomendações eram oferecidas com todo o peso de suas teorias econômicas ou não LEI DA POBREZA SÊNIOR Trabalhadores devem aceitar qualquer trabalho que lhes for oferecido independente das condições e da remuneração Qualquer pessoa que não encontre trabalho deve receber apenas o suficiente para não morrer de fome Essa pessoa deve receber bem menos que um salário mínimo e sua condição deve ser tão miserável que ela deve sentirse motivada a procurar trabalho em qualquer condição e remuneração COMO GOVERNAR UM PAÍS EM QUE OS POBRES SEJAM MAIORIA SÊNIOR Excluílos da vida política Forçálos a uma dedicação cega às leis e aos costumes Armar e disciplinar as classes superiores apoiandoas com um exército regular ATOS DE FÁBRICA DE SÊNIOR 1837 Ao calcular o efeito econômico de uma jornada de trabalho menor ele não fez nenhuma concessão aos gastos reduzidos de matéria prima aquecimento iluminação depreciação e assim por diante Ignorou a probabilidade de aumentar a produção por hora que poderia resultar de uma jornada de trabalho menor Seu raciocínio confuso e errôneo o levou a conclusões de que todo o lucro é derivado da última hora de trabalho Se um dia de trabalho fosse reduzido por mais uma hora os capitalistas não teriam lucros e a Inglaterra seria prejudicada na concorrência com os produtores estrangeiros QUIZZZ Porque o valor de troca dos bens segundo Sênior depende da oferta e demanda Justifique Porque a lei de Say não é invalidada pelo ato de economizar Justifique sua resposta Na sua visão porque o raciocínio de Sênior era confuso e errôneo sobre a última hora de trabalho Explique História do Pensamento Econômico Uma perspectiva crítica Hunt e Laustzenheiser 2013 2 3 3 CAPÍTULO 8 UTILITARISMO PURO VERSUS UTILITARISMO ECLÉTICO OS ESCRITOS DE BASTIAT E MILL Fréderic Bastiat 1801 1850 Utilitarismo Puro John Stuart Mill 1806 1873 Utilitarismo Eclético UTILITARISMO PURO DE BASTIAT Fréderic Bastiat 1801 1850 Utilitarismo Puro FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO 2 3 5 Fundamentos e escopo da economia utilitarista Estabelece a santidade da propriedade privada do capital do lucro e da distribuição da riqueza no capitalismo concorrencial laissezfaire com base nos princípios do utilitarismo na teoria econômica teoria do valor utilidade Harmonia social rejeição do conflito de classes existente no capitalismo Desenvolve a economia utilitarista trocas voluntárias no mercado aumenta a utilidade total O próprio fato de ser feita uma troca é prova de que tem de haver lucro para ambas as partes contratantes caso contrário a troca não seria feita Toda troca representa ganhos para a humanidade FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO 2 3 6 Fundamentos e escopo da economia utilitarista Na economia neoclássica utilitarista todas as interações econômicas políticas e sociais dos seres humanos se reduzem a atos de troca A teoria econômica utilitarista reduz ao silogismo forma de raciocínio dedutiva todas as trocas são mutuamente benéficas para as partes todas as interações humanas podem ser reduzidas às trocas Logo todas as interações humanas são benéficas para todos harmonia social A teoria econômica é uma mera análise de troca no mercado e a troca está sob a influência do interesse próprio FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO Utilidade e troca Leis científicas interesse próprio é a mola mestra da ação humana Os desejos e necessidades humanas são insaciáveis mas os meios recursos para sua satisfação são limitados escassos Satisfação das necessidades dá prazer gerando utilidade Lei ou princípio universal nosso interesse próprio é tal que constantemente procuramos aumentar toda nossa satisfação em relação ao nosso esforço princípio de Bentham da maximização da utilidade Hunt 2013 p 153 FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO Utilidade e troca Separação da utilidade em dois tipos para tornar os preços dependentes da utilidade e afastar o paradoxo da água e do diamante de Smith mas não formulou o conceito de utilidadade marginal a Utilidade gratuita natureza oferece a água satisfazendo a utilidade sem esforçotrabalho humano b utilidade onerosa utilidade do diamante exige esforço ou dor Este esforço era denominado de serviço trabalho e era um tipo de serviço que diferia dos serviços executados pelos capitalistas Serviço era definido por Bastiat como um esforço de um homem ao passo que a necessidade e a satisfação era de outro na sociedade de troca UTILITARISMO ECLÉTICO MILL John Stuart Mill 1806 1873 Utilitarismo Eclético JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 0 Utilitarismo de Mill Utilitarismo eclético tentativa de integrar a teoria do valor trabalho e a perspectiva utilitarista na obra Princípios de Economia Política 1848 Utiliza os escritos de Bentham e Ricardo com diversas modificações ecletismo pois tinha a preocupação de ser correto e justo na apresentação de qualquer doutrina A filosofia social de Mill e sua teoria econômica tornaramse ecléticas e muitas vezes incoerentes Mill e Bastiat são os primeiros representantes da bifurcação da economia utilitarista Bastiat percursor da escola austríaca e da escola de Chicago proponentes de um conservadorismo extremo e defensores rígidos do capitalismo laissezfaire JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 1 Utilitarismo de Mill Mill percursor da escola econômica neoclássica Marshalliana muito mais moderada que quase sempre defende reformas liberais e a intervenção do governo Mill foi superior a Bastiat tanto como teórico quanto como estudioso pois os seus princípios tinham um academismo vasto equivalente à obra a Riqueza das Nações de Adam Smith no entanto Mill era eclético em doutrinas contendo grandes incongruências Bastiat tinha estilo doutrinárioarroganteporém coerente às vezes até rude JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO Utilitarismo de Mill Mill começou seus princípios com uma afirmação que contradizia a maioria dos economistas teóricos anteriores a ele e que contradiz a economia neoclássica contemporânea como a produção da riqueza não é evidentemente uma coisa arbitrária Tem condições necessárias As leis das matérias e as consequências materiais de determinadas técnicas físicas de produção eram as mesmas em todas as sociedades Leis de produção técnicas de produção eram as mesmas em todas as sociedades o que não ocorria com as leis da distribuição da riqueza Leis da distribuição são determinadas por uma instituição humana regida por regulamentos sujeitos às mudanças Utilitarismo de Mill A forma de distribuição de riqueza depende das leis de propriedade dos regulamentos e dos usos vigentes nessa sociedades dos quais podem mudar rapidamente Não aceitava que a propriedade privada tinha sido instituída por Deus lei natural e sagrada como afirmava Bastiat mas sim uma convenção humana Com a rejeição da noção de propriedade privada sagrada e de dois axiomas centrais do utilitarismo de Bentham 1 todos os motivos são reduzidos à busca do prazer baseada no interesse próprio e 2 cada pessoa é o único juiz de seus próprios prazeres e por isso é impossível fazer comparações de prazer entre as pessoas JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO Utilitarismo de Mill O segundo axioma expresso por Bentham de que se a quantidade de prazer fosse a mesma apertar parafusos seria tão bom quanto fazer poesia O utilitarismo de Bentham não permite fazer comparações negativas de tipos de prazer qualitativamente diferentes Mill não acreditava que todos os atos fossem motivados pelo interesse próprio Apenas a maioria das pessoas moldadas pela cultura capitalista concorrencial agia com base no interesse próprio em seu comportamento econômico Para Mill em outras sociedades as pessoas agiam com base em motivos mais elevados ou mais nobres contradizendo assim a teoria utilitarista de que todos os motivos se reduzem ao interesse próprio e que são reflexos de julgamentos pessoais e subjetivos 244 JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 5 Utilitarismo de Mill Argumento de Mill Alguns prazes poderiam ser considerados moralmente superiores aos outros Portanto há necessidade de um princípio superior ao princípio do prazer do utilitarismo para fazer julgamentos morais de diferentes prazes sendo a fonte de julgamentos éticos Mill alguns tipos de prazer são mais desejáveis e mais valiosos do que outros Independentemente da quantidade de prazer envolvida alguma atividade pode ser considerada mais desejável e valiosa do que outra contradizendo a ideia do utilitarismo Para Mill o prazer não é o critério normativo final como mostra a sua afirmação era melhor ser um Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito Isso destrói a base sobre a qual os economistas utilitaristas construíram as teorias econômicas normativas e que mostrava a vantagem universal das trocas Mill não era um utilitarista convicto JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 6 A Teoria do valor de Mill Mill como discípulo de Ricardo apresenta a perspectiva da teoria do valor trabalho o valor das mercadorias depende principalmente da quantidade de trabalho necessária para sua produção Hunt 2013 p 161 Mill afirmou que embora o trabalho fosse o determinante mais importante do valor não era o único A teoria do valortrabalho só era válida argumentava Mill quando as razões capitaltrabalho fossem as mesmas em todas as indústrias neste caso os custos de produção seriam proporcionais ao trabalho incorporado às várias mercadorias Isso porém não ocorreria com a maioria das mercadorias JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 7 A TEORIA DO VALOR DE MILL Exemplo O vinho e o tecido produzidos pelas mesmas quantidades de trabalho têm valores diferentes porque o vinho demorava mais a dar lucro do que o tecido Além disso todas mercadorias feitas por máquinas eram semelhantes pelo menos aproximadamente ao vinho no exemplo O que explica a diferença entre preço e valor do trabalho Ricardo tinha consciência das causas dessas diferenças proporcionais entre os preços e os valores do trabalho mas considerava estas diferenças secundárias e que poderiam ser explicadas pela teoria do valortrabalho Mill discorda da teoria do valor trabalho e volta à teoria do custo de produção pela soma de Smith teoria da soma três componentes básicos dos preços salário lucro e aluguel A Teoria do valor de Mill Mill visão de Ricardo os lucros eram simplesmente o produto excedente do trabalho que fosse além do necessário para a manutenção dos trabalhadores A causa do lucro é que o trabalho produz mais do que é necessário para a sua manutenção Para Mill o preço de mercado é determinado pela oferta e demanda com o tempo o preço de mercado se aproxima do preço natural custo de produção que é igual ao somatório do custo preço da terra preço do trabalho e preço do capital Lucro econômico zero taxa média de atratividade da economia Longo prazo Lucro contábil positivo preço de mercado preço natural salário lucro contábil Para a teoria do custo de produção baseada na soma o preço de mercado era determinado pela oferta e demanda Com o tempo o preço de mercado se aproximaria do preço natural teoria do Smith que era igual ao somatório dos três componentes do custo preço da terra preço do trabalho e preço do capital Esta interpretação desta teoria é uma antítese da teoria do trabalho porque suponha que o lucro fosse o preço natural do capital e não um excedente ou um resíduo Além disso o lucro era um preço pago em uma troca por algum serviço de um capitalista A teoria do custo de produção baseada na soma considerava o lucro como gerado pela troca e não pela produção De acordo com esta teoria o lucro é fruto da troca e não da produção o lucro é a remuneração através da troca da abstinência do risco e do esforço dos capitalistas 249 A Teoria do valor de Mill Lucro econômico é a taxa de atratividade que alguma atividade econômica gera acima das demais na economia assim no longo prazo o mesmo capital empregado em todas as atividades econômicas produz a mesma taxa de lucro portanto o lucro econômico é zero não existe atratividade para o capital migrar para outra atividade Antítese da teoria do valor trabalho pois esta supunha que o lucro fosse o preço natural do capital e não um excedente O lucro era um preço pago em troca de algum serviço do capitalista A teoria do custo de produção baseada na soma considerava o lucro como gerado pela troca e não pela produção Mill aceitou a teoria do custo de produção o salário é a remuneração do trabalho o lucro é a remuneração da abstinência do consumo O capitalista exige uma recompensa para absterse do consumo e investir nos meios de produção o lucro é fruto da troca e não da produção Abandona a noção de que o trabalho determinava o valor de troca ou o preço relativo das mercadorias 25 1 No longo prazo todo capital de mesmo valor empregado nas diversas atividades econômicas produz a mesma taxa de lucro porém a relação capitaltrabalho difere entre as atividades econômicas A teoria do valortrabalho capitaltrabalho fosse a seria válida somente se esta razão mesma em todas atividades econômicas consequentemente a parcela do lucro corresponderia ao serviço do capitalista e o salário ao esforço do trabalho no processo de produção Na realidade o que se verifica é que a taxa de lucro é a mesma para mesmo valor do capital em pregado nas diversas atividades enquanto que a razão capitaltrabalho não é a mesma sendo assim a remuneração do capitalista lucro não é proporcional ao serviço prestado na produção Em outras palavras o lucro é fruto da troca demanda e oferta e não da produção Os lucros eram simplesmente o produto excedente do trabalho que fossem além do necessário para a manutenção dos trabalhadores A causa do lucro é que o trabalho produz mais do que é necessário para sua manutenção Mudando a forma do teorema podemos dizer que a razão pela qual o capital gera um lucro é que os alimentos as roupas os materiais e os instrumentos duram mais do que o tempo necessário para sua produção sendo assim se um capitalista fornecer essas coisas a um grupo de trabalhadores com a condição de receber tudo o que eles produzirem eles além de reproduzirem suas próprias necessidades e instrumentos ficarão com parte de seu tempo sobrando para trabalhar para o capitalista Vemos então que o lucro surge não do fenômeno da troca mas da capacidade de produção de trabalho Hunt 2013 p 162 252 A Teoria do valor de Mill TROCA A TROCA O preço expressa o valor de uma coisa em relação ao dinheiro O valor de uma mercadoria é medido pelo seu poder geral para comprar outras mercadorias Pode haver um aumento dos preços mas não um aumento geral dos valores pois em períodos relativos todas as coisas não podem aumentar no valor simultaneamente O valor de uma mercadoria não pode aumentar mais do que seu valor de uso estimado para o comprador A demanda eficaz o desejo mais a capacidade de compra é portanto um determinante do valor REFLITA Se a demanda depende parcialmente do valor e o valor depende da demanda não será isso uma contradição CLASSIFICAÇÃO DOS BENS TRÊS CATEGORIAS A primeira é das coisas absolutamente limitadas na quantidade Chamaríamos a isso de uma oferta perfeitamente inelástica Mudanças de preço não resultam nas mudanças na quantidade oferecida A segunda categoria de bens é aquela pela qual a oferta é perfeitamente elástica A maioria de todas as coisas compradas e vendidas se enquadra nessa categoria a produção pode ser expandida sem o limite no custo constante por unidade do produto e os valores de tais bens dependem da oferta ou custos de produção A terceira categoria de bens é aquela com uma oferta relativamente elástica Aqueles que se situam entre os dois extremos apenas uma quantidade limitada pode ser produzida a um determinado custo se for necessário mais deve ser produzido a um custo maior Mill faz duas exceções à regra de que os custos de produção preço natural determinam os preços das mercadorias Preços internacionais é o preço do salário dos trabalhadores preço natural é igual ao preço de mercado no longo e curto prazo no mercado de concorrência perfeita lucro econômico zero Dentro do país os preços são iguais ao custo de produção devido à concorrência equalização da taxa de juros Diferentes países imobilidade dos fatores de produção a concorrência não iguala os salários e lucros em diferentes países portanto os preços internacionais seriam diferentes e determinados exclusivamente pela oferta e demanda e não pelos custos de produção a oferta e demanda internacionais geram o equilíbrio do balanço de pagamento curva de oferecimento A intersecção da curva de oferecimento gera o preço de equilíbrio 256 A Teoria do valor de Mill TROCA A LEI DO VALOR INTERNACIONAL Mill endossou a defesa de Ricardo do mercado internacional livre baseado na lei dos custos comparativos Contudo para essa lei Mill acrescentou uma lei de valores internacionais uma de suas importantes e legítimas contribuições para a análise da economia A elasticidade da demanda pelos bens entrou mais uma vez em sua teoria Ricardo fracassou ao demonstrar como o lucro do comércio é dividido entre os países negociantes Mill mostrou que os termos de troca atuais de mercado dependem não apenas dos custos internos mas também do modelo da demanda Os termos da troca internacional dependem da resistência e da elasticidade da demanda por cada produto no país estrangeiro DEMANDA MÚTUA Mill ele iniciou apontando que o valor de um bem importado é o valor da mercadoria exportada para pagar por ele As coisas que uma nação tem disponíveis para vender no exterior constituem os meios para comprar os bens de outras nações Assim a oferta das mercadorias produzidas disponíveis para exportação poderia ser lembrada como a demanda para a importação Mill se referiu a essa ideia como a demanda mútua Mill explicitamente assumiu que sob quaisquer condições tecnológicas o produto pode ser trocado sem alterar os custos de unidade de produção EXEMPLO INGLATERRA LÃ E ALEMANAHA LINHO JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 25 9 Reserva de Salários A demanda por trabalho constituía o volume de fundos dos salários reservados pelos capitalistas para o pagamento dos trabalhadores salários e os salários dependiam da oferta de trabalho número de trabalhadores para dividirem esse fundo Para aumentar os salários haveria a necessidade da redução do tamanho das famílias Malthus defesa da abstinência sexual Mill afirma que a educação influencia o uso de novos métodos de controle de natalidade 1869 Mill repudia a doutrina do fundo dos salários argumentando que os salários não eram limitados por uma quantia mas sim pelos lucros totais dos capitalistas disputa concorrencial entre trabalhadores e capitalistas luta de classes JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 0 Reserva de Salários Se o capitalista tiver de pagar mais pelo trabalho o pagamento adicional será de sua própria renda o volume do fundo de salários passa a ser determinado pelos salários conseguidos pela luta de classes redistribuição da renda dos lucros para os salários Salários eram determinados mais por fatores sociais e políticos do que por fatores econômicos estritamente definidos Stuart Mill Mill passou a ver as combinações e as greves trabalhistas não só como educacionais mas também como potencialmente importantes na redistribuição da renda dos lucros para os salários Defesa da intervenção do estado como sendo desejável para a sociedade AS RESERVAS DE SALÁRIOS SEGUNDO MILL Seguese então de acordo com mill que o governo não pode aumentar o total dos pagamentos do salário ao fixar um saláriomínimo acima do nível do equilíbrio Determinada uma reserva de salários de um tamanho fixo a renda salarial mais alta que alguns trabalhadores receberiam seria compensada inteiramente pela renda salarial perdida daqueles que ficaram desempregados Para corrigir essa condição o governo pode aumentar a reserva de salários ao instituir a economia forçada por meio da taxação usando os rendimentos para superar o desemprego criado pelas leis do saláriomínimo O conceito da reserva de salários era errôneo pois não há uma porcentagem de capital predeterminada que deva seguir para o trabalho AS RESERVAS DE SALÁRIOS SEGUNDO MILL Uma vez estabelecido um negócio os salários não são pagos da reserva adiantada do capital de giro mas especialmente do fluxo atual da receita derivada da venda do produto Posteriormente os economistas apontaram que a decisão para contratar um trabalhador não está baseada na disponibilidade da receita passada mas especialmente na receita prevista que a empresa receberá por vender o produto que o trabalhador ajudou a produzir IDÉIAS ADICIONAIS DE MILL O lucro ele disse é separado em três partes os juros a garantia e os salários de direção Essas são as recompensas pela abstinência pelo risco e pelo esforço implicado no emprego de capital Levando em conta as diferenças no risco na atração de diferentes empregos e nos monopólios naturais ou artificiais a taxa de lucro em todas as áreas do emprego do capital tende em direção à igualdade E os gastos com formação Mill notou que os gastos com formação e treinamento representavam em parte investimentos presentes justificados por retornos salariais posteriores Atualmente referimonos a esses gastos como os investimentos em capital humano JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 4 A tendência decrescente da taxa de lucro Queda da taxa de lucro no longo prazo o efeito da acumulação do capital é aumentar o valor e o preço dos alimentos aumentar a renda e baixar os lucros Ricardo Duas forças contrárias à tendência decrescente da taxa de lucro exportação de capitais e as crises comerciais periódicas 1 Exportação de capitais O fluxo de capitais para outros países em busca de mais lucros do que podem ser conseguidos no próprio país Hunt 2013 p165 2 Crises comerciais desperdício do capital na época de expansão dos negócios rejeição da lei de Say geração de pleno emprego JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 5 A tendência decrescente da taxa de lucro Nos períodos de ciclos de expansão dos negócios aplicavase capital em atividades de lucro incerto e além das necessidades do mercado e do número de pessoas que poderiam manterse empregadas Assim haveria tanto capital adicional que não mais seria possível investilo para obter os lucros habituais saturação dos mercados quando os lucros caíam os estabelecimentos eram fechados ou ficavam funcionando sem lucros e operários demitidos A depressão e crises ocorreriam em decorrência da taxa decrescente do lucro mesmo assim Mill ainda defendia a lei de Say devido a dois pontos um de definição e o outro teórico JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 6 A tendência decrescente da taxa de lucro 1 Definição A superprodução que é o excesso de oferta de bens em relação às necessidades ou desejos humanos demanda mas para defender a LEI DE SAY utiliza outro conceito para superprodução que é o excesso de oferta de bens em relação à demanda por moeda o que não contribui para esclarecer a incoerência nítida 2 Teórico no longo prazo o capitalismo de mercado automaticamente sairia das depressões e acabaria atingindo o pleno emprego Esses desequilíbrios do mercado era um mal social mas era temporários Resposta de Keynes à lei de Say A longo prazo todos nós estaremos mortos Hunt 2013 p 166 enquanto isso disse Mill cada crise deixava muitas pessoas em condição de maior pobreza JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 7 Socialismo segundo Mill Não defende a propriedade privada como sendo sagrada porque esta foi adquirida pela conquista e violência faltando com a justiça e também condenava a concentração da propriedade na mãos de uma pequena classe capitalista Rejeitava moralmente a estrutura capitalista com as grandes desigualdades sociais e de renda Segundo ele o capitalismo evoluiria para alguma forma de sociedade socialista ou comunista Considerava que o socialismo ou comunismo era moralmente preferível ao capitalismo apesar de suas deficiências JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 8 O reformismo intervencionista de Mill Apesar de sua simpatia pelo socialismo o seu objetivoera promover a reforma do capitalismo Contrário à inviolabilidade da propriedade privada a sociedade tem todo direito de retirar ou modificar qualquer direito de propriedade desde que ela seja prejudicial ao bem comum Papel do governo modificar os efeitos socialmente adversos do livre mercado do capitalismo JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 9 O reformismo intervencionista de Mill Papel do governo modificar os efeitos socialmente adversos do livre mercado do capitalismo em três áreas Maioria estava condenada a uma vida de trabalho duro e ininterrupto em troca de um salário de subsistência extrema pobreza Ao contrário da extrema pobreza uma pequena minoria da humanidade gozava de direitos riqueza sem mérito ou qualquer esforço Muitos empreendimentos que exigiam muito capital limitava o número de pessoas a entrar no negócio de modo a manter uma taxa de lucro acima do nível geral Um ramo do negócio pela sua natureza estar restritos a pouco que os lucros poderiam ser mantidos em nível elevado formação do monopólio JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 27 0 Monopólios implica obtenção de lucros elevados visto que poucos capitalistas podem fixar um valor preço muito acima do desejo demanda mediante a limitação da oferta do produto no mercado Para Mill o laissezfaire é a prática geral e os desvios dele que não gerassem um bem maior seria um mal e somente nesse último caso a intervenção ativa do governo seria aceita O reformismo intervencionista de Mill MARGINALISTA NEOCLÁSSICO Ênfase na microeconomia O S É C U L O X I X V I U G E R M I N A R D E M O D O G R A D U A L E N Ã O M U I T O A P A R E N T E A O P Ú B L I C O D A É P O C A I D E I A S Q U E P R O P Õ E O U S O D O C Á L C U L O M A R G I N A L E M T E O R I A E O C O N C E I T O D E U T I L I D A D E N A Q U E S T Ã O D O V A L O R I D E I A S M A R G I N A L I S T A S S E R I A M P A U L A T I N A M E N T E P L A N T A D A S E A T E O R I A S U B J E T I V A D O V A L O R R E S G A T A D A P A S S O S N E S S E S E N T I D O F O R A M D A D O S P O R A U T O R E S Q U E P E R T E N C E M A D I F E R E N T E S P A Í S E S A M A I O R I A N Ã O E R A E C O N O M I S T A D E S C O N H E C I A O S C L Á S S I C O S D A D I S C I P L I N A E V I V E U I S O L A D A E N T R E S I Precursores do marginalismo VISÃO GERAL DA ESCOLA MARGINALISTA O cenário histórico da escola marginalista O CENÁRIO HISTÓRICO DA ESCOLA MARGINALISTA 1871Graves problemas econômicos e sociais permaneceram sem solução até um século após o início da revolução industrial a pobreza espalhavase embora a produtividade estivesse aumentando drasticamente A distribuição extremamente injusta de riqueza e de renda criava muito descontentamento embora o padrão geral de vida estivesse crescendo As flutuações comerciais afetavam muitas pessoas de maneira adversa os indivíduos não podiam mais depender exclusivamente de suas próprias iniciativas e capacidade de superar condições que lhes eram impostas O CENÁRIO HISTÓRICO DA ESCOLA MARGINALISTA A tendência do século XIX na Europa era desenvolver três métodos de ataque pressionando os problemas sociais e todos os três ignoravam os preceitos da economia clássica Esses métodos deveriam promover o socialismo apoiar o sindicalismo ou exigir do governo uma ação para melhorar as condições controlando a economia eliminando abusos e redistribuindo renda Os marginalistas repudiavam todas as três soluções Para os primeiros marginalistas as teorias clássicas sobre o valor e a distribuição erraram ao concluir que o rendimento da terra é uma renda postergada e que o valor de troca se baseia no tempo de trabalho envolvido no processo de produção PRINCIPAIS DOGMAS DA ESCOLA MARGINALISTA As ideias básicas da escola marginalista estão listadas a seguir Foco na margem Comportamento econômico racional Ênfase na microeconomia O uso do método abstrato e dedutivo A ênfase na livre concorrência Teoria do preço orientado pela Demanda Ênfase na utilidade subjetiva Enfoque no equilíbrio Fusão de terra e bens de capital Mínimo envolvimento do governo QUEM OS MARGINALISTAS BENEFICIARAM OU PROCURARAM BENEFICIAR Os marginalistas procuraram favorecer os interesses de toda a humanidade promovendo um melhor entendimento de como um sistema de mercado aloca os recursos com eficiência e promove a liberdade econômica Os marginalistas mostraram que em circunstâncias competitivas o pagamento recebido pelos trabalhadores seria igual à sua contribuição ao valor da produção os marginalistas ajudaram a rejeitar a chamada marxista para a revolução do proletariado O marginalismo beneficiou aqueles cujo interesse era simplesmente a manutenção do status quo COMO A ESCOLA MARGINALISTA FOI VÁLIDA ÚTIL OU CORRETA NA SUA ÉPOCA A escola marginalista desenvolveu novas e poderosas ferramentas de análise especialmente diagramas geométricos e técnicas matemáticas Graças a esses pensadores a economia tornouse uma ciência social mais exata As condições de demanda receberam sua devida importância como um conjunto de determinantes para preços tanto dos produtos finais quanto dos fatores de produção A escola enfatizou as forças que determinam as decisões dos indivíduos isso era válido em um mundo em que tais decisões eram significativas para determinar o curso das atividades econômicas COMO EXEMPLOS CITAMOS O SEGUINTE Certos grupos de pessoas podem se tornar cada vez mais empobrecidos embora a renda per capita real média da nação possa estar aumentando O ciclo comercial é de suma importância para a lucratividade de uma grande empresa automobilística mas para o proprietário de uma loja de conveniência o ciclo econômico é relativamente menos importante do que a abertura de uma loja concorrente na mesma rua A análise agregada mostranos que os investimentos em algumas formas de capital humano por exemplo a educação universitária pagam maiores retornos do que alguns investimentos no capital físico A ESCOLA MARGINALISTA PRECURSORES Antoine Cournot e Jules Dupuit na França Johann Von Thünen na Alemanha Antoine Augustin Cournot 1801 1877 Princípios Matemáticos da Teoria das Riquezas 1838 Livro pioneiro no uso da matemática na teoria do preço de equilíbrio O estudo da demanda pode partir diretamente de relações empíricas entre preços e quantidades sem a necessidade de uma fundamentação na subjetividade do agente Ele foi o primeiro economista a desenvolver modelos matemáticos concisos sobre monopólio duopólio e livre concorrência Cournot também desenvolveu o primeiro modelo completo daquilo que hoje conhecemos como a demanda derivada por recursos A TEORIA DO MONOPÓLIO DE COURNOT Cournot é reconhecido como o primeiro economista a descrever o argumento de que uma empresa pode maximizar seus lucros definindo um preço em que a receita marginal seja equivalente ao custo marginal Exemplo Imagine que um homem seja proprietário de uma nascente de água mineral que somente agora se descobriu que possui propriedades saudáveis que não existem em nenhuma outra Ele poderia sem dúvida fixar o preço de um litro dessa água em 100 francos mas logo perceberia pela escassa demanda quantidade demandada que essa não seria a forma de aproveitar ao máximo a sua propriedade A TEORIA DO MONOPÓLIO DE COURNOT Portanto ele reduzirá o preço do litro até o ponto em que obtenha o máximo de lucro possível isto é se Fp representa a lei da demanda quantidade demandada ele acabará após várias tentativas adotando o valor de ppreço que lhe pague o máximo do pFp rendimento total do produto Aqui cournot está assumindo que o custo total e portanto o custo marginal para obter a água mineral é zero Como esse é o caso os lucros totais serão maximizados na quantidade de produção em que a receita total preço quantidade é a maior GRAFICAMENTE A TEORIA DE COURNOT Quantidade litros a Curvas de demanda e receita marginal Quantidade litros b Curvas de receita total Função de demanda em Cournot D Fp função contínua e diferenciável dFdp 0 O formato de F dependeria da utilidade do tipo de serviço dos hábitos e costumes do povo da riqueza média e da distribuição de riqueza Também seria afetado por causas morais Condição de receita máxima Condição de lucro máximo Função custo φ D Maximizar pDp φ D derivar em relação a p e igualar a zero Derivada do primeiro termo Dp pdDdp Rmg dpDdD Rmg dpdDD p dpdD D dDdpp Dp pdDdp RmgdDdp 1 Derivada do segundo termo dφdDdDdp CmgdDdp 2 De 1 e 2 dpDp φ Ddp RmgdDdp CmgdDdp Igualando a zero temos demonstrada a condição receita marginal igual a custo marginal para o lucro máximo Outros feitos de Cournot Rendimentos de escala Monopólio Duopólio hipótese em que um dos participantes imagina que o concorrente não reagirá às variações de preço pela oferta de novas quantidades Modelo de n produtores em concorrência Constrói curvas de oferta e demanda para o mercado envolvendo a agregação das curvas individuais e em sua intersecção determina o preço de equilíbrio TEORIA DO DUOPÓLIO DE COURNOT A teoria do duopólio de cournot representa um mercado em que duas empresas são concorrentes foi a primeira tentativa formal de um economista analisar a conduta e o desempenho de vendedores em uma estrutura de mercado oligopolística Para tornar compreensível a ideia abstrata imaginamos uma nascente e um proprietário Vamos agora imaginar dois proprietários e duas nascentes de qualidades idênticas e que por causa de suas posições semelhantes abasteçam o mesmo mercado em concorrência Sendo assim para começar omitindo o custo de produção os rendimentos dos proprietários serão pD1 e pD2 respectivamente e cada um deles de forma independente procurará aumentar esse rendimento ao máximo possível TEORIA DO DUOPÓLIO DE COURNOT Na formulação de sua teoria do duopólio cournot assumiu que os compradores especificam o preço e que os dois vendedores ajustam suas vendas a esses preços Cada duopolista estima a demanda total para o produto e define o próprio volume de produção e de vendas presumindo que o resultado do seu concorrente permaneça fixo Cournot elaborou seu caso de duopólio por meio da matemática e da representação geométrica mostrada na Figura seguinte O MODELO DO DUOPÓLIO DE COURNOT Vendas do proprietário 2 D2 Curva de reação do proprietário 1 Curva de reação do proprietário 2 Vendas do proprietário 1 D1 JULES DUPUIT 18041866 Utilidade marginal e demanda Excedente dos consumidores Diferenciação de preços no monopólio COMO MENSURAR A UTILIDADE DE BENS PÚBLICOS O NÍVEL DE BEM ESTAR SOCIAL PROPORCIONADO POR ELES Conceitos de utilidade marginal utilidade total demanda e excedente do consumidor Análise do monopólio com técnicas de discriminação de preços O preço dos bens públicos deve estar relacionado ao custo marginal de produzilos UTILIDADE MARGINAL NA ANÁLISE DA DEMANDA No problema da distribuição de água Cada incremento na oferta de água satisfaz a uma necessidade menos essencial A necessidade menos essencial atendida pelo bem define o valor de troca do estoque dele como um todo UTILIDADE MARGINAL E DEMANDA Dupuit afirmava que o valor fixado para um bem a água do sistema municipal de água varia de indivíduo para indivíduo Além disso o nível de satisfação ou a utilidade que um indivíduo obtém de uma unidade específica de água depende de como essa unidade em particular é usada Sabemos que as ideias de utilidade marginal subjetiva e utilidade marginal decrescente não eram novas lembrese de que Bentham as discutira 60 anos antes Dupuit superou Bentham ao ligar diretamente a utilidade marginal decrescente às curvas de consumo individual e do mercado Pois se o preço de um bem cai as pessoas compram mais desse bem para satisfazer às necessidades menos urgentes e de menor utilidade marginal TEORIA DA DEMANDA DE DUPUIT Identifica a utilidade marginal com a curva de demanda Curva de demanda Qd fp obtida empiricamente Pontos à esquerda e abaixo correspondem a situações de desequilíbrio onde a utilidade marginal é maior que o preço É sempre possível deslocarse para algum ponto situado na curva de demanda com ganho nas utilidades A área a esquerda da curva de demanda entre zero e uma certa quantidade Qd determina a utilidade total no consumo de Qd unidades UTILIDADE MARGINAL E DEMANDA Preço francos utilidade marginal Curva de consumo Quantidade unidades de água O EXCEDENTE UNE ESPÈCE DE BÉNEFICE É A PARTE DA UTILIDADE TOTAL QUE EXCEDE A MULTIPLICAÇÃO DA UTILIDADE MARGINAL PELO NÚMERO DE UNIDADES DA MERCADORIA OU SEJA COMO A CURVA DE UTILIDADE MARGINAL PARA ELE É IDÊNTICA À CURVA DE DEMANDA O EXCEDENTE DO CONSUMIDOR É A ÁREA A ESQUERDA DA CURVA DE DEMANDA ENTRE ZERO E QD MENOS A DESPESA COM A MERCADORIA P QD UMGQD TEORIA DA DEMANDA DE DUPUIT p Qd excedente do consumidor Preços ou utilidade marginal Quantidades p Qd excedente do consumidor Preços ou utilidade marginal Quantidades p Qd excedente do consumidor Preços ou utilidade marginal Quantidades p Qd excedente do consumidor Preços ou utilidade marginal Quantidades p Qd Umg Qd ERROS DE DUPUIT Interpreta as funções de demanda como funções de utilidade marginal Utilidade igual ao preço associado a cada nível de quantidade ao longo da curva de demanda Faz comparações interpessoais de utilidade sob a hipótese de que a utilidade é mensurável por meios monetários Dupuit não percebeu estar assumindo que utilidade total e renda movemse proporcionalmente Max U dada a restrição orçamentária aos preços p1 p2 pn de n bens e renda R Escolha de n bens x1 x2 xn Função de Lagrange U x1 x2 xn R x1 p1 xn pn Na condição de máximo 0 e xi 0 1 i n Ui xi pi Se xi é o numerário pi 1 e Ui xi É a utilidade marginal do numerário da moeda GOSSEN UTILIDADE E FAMA TARDIA A primeira lei de Gossen era sobre rendimentos decrescentes a utilidade adicional de um bem diminui quanto mais ele é consumido Entre outras coisas essa lei explica de que forma a troca voluntária produz ganhos mútuos em utilidade Fazendeiro carne x Padeiro pão A segunda lei de Gossen referese ao equilíbrio das utilidades marginais por meio do consumo racional para garantir a máxima satisfação DIFERENCIAÇÃO DE PREÇOS NO MONOPÓLIO Muitas das estradas pontes e sistemas de água projetados por DUPUIT eram monopólios do governo dupuit quis então saber que preço se aplicável o governo deveria cobrar por esses bens ou serviços monopolizados se o objetivo fosse maximizar a utilidade total afirmava DUPUIT então o preço deveria ser zero A um preço acima de zero duas coisas acontecem 1 Primeiro alguma utilidade é transferida do consumidor para o vendedor A utilidade líquida no entanto não cai como resultado dessa transferência 2 Segundo alguma utilidade é perdida Na terminologia de hoje há uma perda do peso morto DIFERENCIAÇÃO DE PREÇOS NO MONOPÓLIO Dupuit reconheceu o óbvio um preço zero não permitirá que o fornecedor cubra os custos de fornecer o bem ou o serviço Portanto Dupuit sugeriu que o vendedor do governo deve definir um preço em que os custos do serviço sejam recuperados e a perda da utilidade total seja minimizada Johann Heinrich von Thünen 17831850 O Estado Solitário publicada postumamente em 1850 Tratamento clássico em alguns aspectos Não se preocupou com a demanda empregando o marginalismo apenas na esfera da produção particularmente na agricultura Renda máxima do agricultor o acréscimo marginal de renda obtida por meio do último fator empregado tornase igual ao preço do fator Preços e salários são determinados basicamente pelos custos de produção Teorias de salário e juro são importantes historicamente pelo método que empregam O Estado Solitário A obra está dividida em dois volumes Em 1826 foi publicado o primeiro volume no qual o autor desenvolve sua famosa teoria da localização espacial das atividades econômicas em círculos concêntricos ao mercado em que o produto é vendido A data 1850 corresponde à publicação do volume 2 em que Thünen esboça sua teoria da produtividade marginal sobre salário e capital Hipóteses de Thünen Economia espacial Solo homogêneo centro urbano no ponto central e atividades econômicas distribuídas em torno dele ao longo de círculos concêntricos No círculo vizinho à cidade produzse vegetais e leite com cultivo e pecuária intensiva usando técnicas como fertilizantes e rações especiais A localização espacial de outras atividades dependerá do custo de transporte As pastagens ficam nos círculos mais externos e florestas cobrem o entorno Nas vizinhanças da cidade produzemse produtos frágeis de jardinagem e horticultura como morango alface couve flor etc Os fazendeiros também criam vacas alimentadas em celeiros para a produção de leite Porque o custo de transporte do leite é difícil e caro Florestas cultivadas aparecem no círculo mais próximo das cidades depois do cinturão de vegetais e leite Tais florestas fornecem à cidade combustível e materiais de construção Esses itens são cultivados próximos à cidade porque são pesados em relação ao seu preço Depois desses dois anéis começa o cinturão de cereais ora de cultivo mais intensivo ora intercalados temporariamente com o descanso da terra e o seu uso como pastagem A floresta externa é usada como área de caça Teoria de preços e renda da terra Renda da terra não depende da qualidade do solo por hipótese homogêneo mas da localização e da intensidade do cultivo O preço do bem de consumo final vendido nas cidades é igual à soma do custo de produção mais o custo de transporte Este último é crescente para lugares cada vez mais distantes O custo de produção depende de salário w e juro i As terras de melhor localização economizam custo de transporte A economia de transporte é paga na forma de renda da terra ao proprietário das terras mais bem situadas A renda também surge dos retornos decrescentes associados ao cultivo intensivo como em Ricardo Quando toda terra é utilizável as terras intramarginais produzem um excedente de valor sobre os custos de produção pago na forma de renda Teoria da Localização de Von Thünen Johann Von Thünen explicou que à medida que a intensificação da produção agrícola nos cinturões aumenta os rendimentos decrescentes fazem que aquilo que chamamos de custos marginais aumente Isso leva a um aumento nos preços do mercado que por sua vez torna lucrativo o cultivo de novas áreas mais distantes do mercado Teoria da Localização de Von Thünen Mercado de jardinagem e horticultura Florestamento Rotação de colheitas Terra plantadapastagem Terra plantada Terra não cultivada Lavoura estocada Caça Plantio de cereais Modelo Básico de Thünen Pressupostos Grande país tropical rico em recursos naturais e favorecido pelo clima Comunidade isolada com terras homogêneas e adquiridas sem custo Conhecimento tecnológico distribuído uniformemente entre os trabalhadores Os trabalhadores empregam sua força de trabalho como assalariados Se possuem capital suficiente tocam o negócio por conta própria Se donos do negócio contratam outros trabalhadores sempre que o salário pago ao último contratado supere a variação da produção proporcionada por ele descontado os juros do capital adiantado ao trabalhador contratado Juros do capital contrapartida a compensação pela espera prêmio de risco e salário da gerência A produtividade marginal para Thünen O cuidadoso pensamento de Johann von thünen sobre a localização de vários tipos de agricultura o levou a desenvolver uma teoria de produtividade marginal sobre o emprego Tendo como princípio de que unidades extras de mão de obra levam a aumentos sucessivamente menores no produto agrícola total Em termos contemporâneos Von Thünen estava sugerindo que o empregador deveria adicionar unidades de mão de obra até que o produto de mão de obra da receita marginal a receita extra proveniente da maior produção seja igual à despesa com salários do trabalhador contratado É o produto marginal do último trabalhador empregado que estabelece o salário natural recebido pelos trabalhadores 100c Quantidade anual para a subsistência da família em unidades físicas c é a centésima parte deste montante Anualmente é produzido por cada família um excedente de 10c O Salário anual em trigo é a y no qual a é o nível de subsistência e y o excedente que pode ser acumulado ano a ano q capital para explorar a terra por conta própria expresso em unidades do produto anual da família O salário e o juro na orla periférica determinam o salário e o juro em todo o sistema A cada ano o assalariado recebe duas formas de rendimentos O salário anual e os juros anuais a taxa z que incidem no capital previamente acumulado por ele Ele decide explorar nova terra por conta própria sempre que o produto anual da terra periférica p quando empregadas q unidades de capital for maior que o custo de oportunidade em permanecer como assalariado ou seja o salário w e os juros do capital acumulado zk Na condição de equilíbrio p w zk e w na hipótese comportamental de que o indivíduo busca maximizar a renda gerada pelo excedente anual zy a p Demonstração Capital k para explorar a nova terra k qay q está em unidades do trigo anual da família ay p ay qayz z p ayqay Max zy Max zy dp a yyqa ydy 0 dpayyqaydy 0 dpy ay y²qaydy 0 p a 2yqa y py ay y²q 0 pqa y aqa y 2qya y pqy aqy qy² 0 pqa qa² 2qay qy² 0 Note ap Críticas Resultado pouco convincente mas representa importante etapa na evolução das teorias de salário O modelo é errôneo com excesso de abstração mas ele é bastante inovador e sofisticado para a época O salário já não depende apenas do nível de subsistência a como nos clássicos e há agora a ligação do salário com o produto anual médio O modelo expressa a unidade de capital em salário anual como se todos os itens de custo se resumissem a salário O modelo maximiza o retorno do excedente anual zy mas deveria levar em conta todo o capital acumulado até um certo ano MARGINALISTAS NEOCLÁSSICO Ênfase na Microeconomia 1871 MarginalistasNeoclássico Ênfase na Microeconomia Teoria de Economia Política William Stanley Jevons Escola inglesa Princípios de Economia Carl Menger Escola austríaca Elementos de Economia Política Pura León Walras Escola Suíça Economia 1870 Economia Neoclássica Clássica moderna e científica MARGINALISMO 1 Na economia como a utilidade marginal determina os valores 2Visão utilitarista do comportamento humano formulado em termos de cálculo diferencial Teoria Valor Utilidade CONTEXTO ECONÔMICO 18401873 rápida expansão na Europa e Estados Unidos surto do crescimento industrial Concentração de capital eliminação dos concorrentes pequenos e fracos economicamente mercados imperfeitos cartéis trustes e fusões Mudanças revolucionárias nos transportes e comunicações concentração industrial atendimento de mercados cada vez mais amplos por pequeno número de firmas gigantescas surgimento das sociedades anônimas como meio de controlar grandes volumes de capital América do Norte e Europa desenvolvimento do mercado financeiro grande e bem organizado de forma a canalizar os recursos para as grandes sociedades anônimas SA 1870 Surgimento de nova forma de capitalismo Relações sociais na nova forma do capitalismo Nas grandes empresas as relações sociais assumiam uma forma hierárquica e burocrática organizações sociais piramidais topo da pirâmide donos ou administradores controle econômico e administrativo por meio de métodos científicos administração científica e sistema de controle contabilidade O objetivo dos capitalistas permanecia inalterado maximização do lucro e a acumulação de mais capital Neste contexto histórico mercado imperfeito abandono da mão invisível da Adam Smith e da análise de uma economia composta por várias pequenas empresas não influências destas empresas sobre o mercado Na economia competitiva mercado perfeito os atos dos produtores firmas estavam submetidos às leis do mercado tomadores de preços MERCADO AUTORREGULADOR CONTEXTO ECONÔMICO CONTEXTO ECONÔMICO Em 1870 tendência da concentração econômica do capitalismo empresarial instigou a publicação de três obras Teoria de Economia Política William Stanley Jevons Princípios de Economia e Economia Política Carl Menger e Elementos de Economia Política Pura Léon Walrás Estes autores deram prosseguimento à perspectiva individualista e utilitarista de Say solucionando o paradoxo da água e do diamante que levou Smith a concluir que não haveria uma relação direta entre utilidade e valor de troca Segundo estes autores o determinante do valor de troca é a utilidade teoria do valor utilidade Walrás amplia o conceito de equilíbrio econômico equilíbrio parcial versus equilíbrio geral de Walrás essa revolução no pensamento econômico cria a separação entre a economia clássica antiquada e a economia neoclássica moderna e científica CONTEXTO ECONÔMICO 3 2 5 O significado do Marginalismo introduzido na teoria econômica dá um rigor lógico e matemático na teoria econômica A noção de Utilidade marginal decrescente permitiu mostrar como a utilidade determinava os valores O marginalismo permitiu que a visão utilitarista da natureza humana que era considerada somente uma maximização racional e calculista da utilidade fosse formulada em termos de cálculo diferencial emprego da matemática JEVONS 1855 1882 TEORIA DE ECONOMIA POLÍTICA Teoria Da Utilidade Marginal e da Troca Bentham como ponto de partida Utilitarismo como a base da Teoria Econômica Científica Valor depende inteiramente da utilidade VALOR PARA Jevons Valor de Troca ou Preço Qtds maiores Preços baixos Interessado apenas nos preços Marx Trabalho incorporado a uma mercadoria Analisa as relações sociais Jevons Análise Abstrata 1 Extraiam utilidade do consumo de mercadorias Qualquer coisa produz utilidade 2 Pessoas maximizadoras racionais e calculistas Utilidade é o único elemento da ação humana a ser estudado na economia Satisfazer nossas necessidades ao máximo possível Maximizar o prazer é o problema da economia PARA JEVONS Erro dos Economistas Incapacidade de distinguir a UTILIDADE TOTAL extraída por uma pessoa através do consumo e o grau final de Utilidade UTIL MARGINAL extraído pelo consumidor até o último incremento desta mercadoria UTILIDADE MARGINAL ANÁLISE BÁSICO DA DECRESCENTE ESCOLA NEOCLÁSSICA Portanto Utilidade dependia da quantidade consumida UT f Q onde UMg f Q Utilidade Máxima Umg O LEI DA UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE DE JEVONS Antes do Utilitarismo Um indivíduo comprava e vendia desde que o que comprasse lhe desse mais utilidade que a utilidade perdida com o que estivesse vendendo Livre troca Harmonização dos interesses PJevons Formulação matemática UT E Umg A natureza da riqueza e do valor é explicada pela consideração de quantidades infinitamente pequenas de prazer e de dor Todos os autores sobre economia tem que ser matemáticos para poder ser científicos JEVONS demonstrou que os consumidores faziam em suas trocas uma vez conhecidos os preços para maximizar suas utilidades marginais LIMITAÇÃO DA ANÁLISE Comparações interpessoais da utilidade da riqueza eram impossíveis por que o prazer era uma experiência puramente subjetiva e pessoal Toda pessoa é uma incógnita para outra pessoa e não parece haver um denominador comum P Jevons Estado natural do Harmonia Capitalismo de mercado Social Fraternidade Social Devemos considerar todos os homens como irmãos TEORIA DO CAPITAL Refuta a teoria de Ricardo Capital vs Trabalho antagonismo Lucro Salários No caso Produção Lucro Salários Muitos ramos industriais exigem grandes despesas antes de se obter qualquer resultado Os capitalistas tem que correr riscos quando não são conhecidos os lucros Daí que Quantidade de Capital depende do volume dos lucros previstos Por isso Concorrência para conseguir os operários certos assegura dos operários sua participação legítima na produção final Consequência Sindicalista e Capitalista tornarseiam aliados Acumulação de Capital beneficiava aos operários Capitalista usava o capital para o bem dos outros e seu próprio bem História do Pensamento Econômico Uma perspectiva crítica Hunt e Laustzenheiser 2013 Capítulo 10 O Triunfo do Utilitarismo A economia de Jevons Menger e Walras 3 3 1 O TRIUNFO DO UTILITARISMO A economia de Jevons A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS 33 3 Ponto de referência da teoria de Jevons Utilidade as ideias de Bentham Para Jevons o Utilitarismo era a única base teórica possível para a econômica científica mas discordava que o valor depende inteiramente da utilidade valor este referese ao valor de troca ou preço e não o trabalho incorporado a uma mercadoria Ricardo Jevons não discute as relações sociais entre as pessoas superioridade ou inferioridade apenas cita 2 características que as define como agentes econômicos 1ª característica era que os indivíduos extraíam utilidade do consumo de mercadorias qualquer coisa que um individuo deseje esta deve ser vista por ele como possuidora de utilidade A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS 33 4 2ª característica as pessoas são maximizadoras racionais e calculistas O comportamento de maximização racional e calculista era o único elemento da ação humana a ser estudo em economia satisfazer as nossas necessidades ao máximo possível com o mínimo de esforço maximizar o prazer Extração da utilidade do consumo de mercadorias o erro dos economistas estavam na incapacidade de distinguirem a Utilidade Total extraída do consumo de certa quantidade de mercadoria e o grau final de utilidadeutilidade marginal extraído pelo consumidor até o último consumo dessa mercadoria Embora muitas vezes fosse verdade que a Utilidade Total UT poderia continuar aumentando à medida que fosse consumida uma quantidade maior de mercadoria o grau final de utilidade acabaria diminuindo com o aumento da quantidade consumida A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS Lembrese de que Jevons defendia a UTILIDADE como sendo o DETERMINANTE DO VALOR DE TROCA OU PREÇO Explique na visão de JEVONS por que o custo de produção não determina o valor ou preço REFUTA A TEORIA DO VALOR TRABALHO para VALOR UTILIDADE Mão de Obra não pode ser regulador do valor ou preço porque ela possui valores diferentes e são variáveis qualidade x eficiência Para Jevons o valor da mão de obra deve ser determinado pelo valor do produto e não o valor do produto ser determinado pelo valor da mão de obra EQUILÍBRIO DE JEVONS ENTRE O ESFORÇO DO TRABALHO E O PRAZER DOS GANHOS A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS Esse grau final de utilidade ou utilidade marginal era o ponto central na explicação do valor dos bens Esse princípio da utilidade marginal decrescente é a pedra fundamental da redefinição neoclássica do utilitarismo Jevons expressa a utilidade na forma matemática a utilidade total UT do bem consumo de uma mercadoria depende da quantidade consumida Q Função matemática UT fQ A primeira derivada desta função fQ diz até que ponto a variável dependente UT varia em decorrência de uma variação infinitesimal da variável independente quantidade consumida utilidade marginal Maximização da utilidade total quando a quantidade era aumentada a ponto de a utilidade marginal ser igual a zero dUdQ0 LEI DA UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE DE JEVONS A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS 33 9 Quando o consumo não envolve custos dUdQ 0 maximizar a utilidade seria consumir a mercadoria não houvesse custos até ficar saciado não poder mais obter utilidade de outro pequeno incremento da mercadoria Quando o consumo envolve custos exemplo caso se possuísse uma mercadoria Y e se fosse possível conseguir apenas outra mercadoria X abrindo mão de parte da mercadoria Y poderseia comparar as razões entre as utilidades marginais obtidas com as duas mercadorias UMxUMy e os preços das duas mercadorias PxPy UT Ux Uy Custos PxQxX PyQyY UT Ux Uy Custos Px X Py Y Py 340 Px y x Py y x y y x X y x UM UM ƛ UM UM ƛ P 0 Y ƛ UM UT X UT UT U U ƛ P X P Y y x UM ƛ P 0 Px A teoria da Utilidade e da troca de Jevons A FUNÇÃO UTILIDADE Utilidade U U1 X1 X2 Δ X Δ U Δ X Δ U X3 X4 Δ X Δ U U4 U3 U2 Quantidade do bem Bens X1 X2 X3 X4 Xn UT U1 U2 U3 U4 Un Umg U X U1 X1 U 2 X 2 U3 X 3 U 4 X 4 Un X n 34 1 Quando o bem aumenta X A utilidade total UT aumenta A utilidade marginal Umg diminui Quando o bem diminui X A utilidade total UT diminui A utilidade marginal Umg aumenta Δ U UTILIDADE TOTAL E MARGINAL Utilidade total Utilidade total Quantidade Quantidade Utilidade Marginal Utilidade Marginal Quantidade Q Comparação entre a utilidade o indivíduo poderia obter utilidade trocando uma parte de y por dá o grau de utilidade adicional obtido do que se abriria mão caso se comprasse ou vendesse mais um dólar da mercadoria x Jevons afirma que dois indivíduos comprariam ou venderiam as troca pois um dólar de x ou de y proporcionaria o mesmo aumento da utilidade total para o indivíduo P y y x UM UM P x UM x Px UM y Py y x UM Py uma parte de x e a troca continua até que UM Px A razão x UM y UM Px Py mercadorias até que as utilidades marginais de cada uma delas variar a ponto de igualar UM x UM y Neste ponto não se poderia mais ocorrer a A teoria da Utilidade e da troca de Jevons venderia Y e compraria X perdendo assim menos utilidade ao desistir de Y do que a utilidade obtida com mais um dólar de X Entretanto à medida que fosse desistindo de y e obtendo x o princípio da utilidade marginal decrescente faria com que a Umy aumentasse e Umx diminuísse até que Neste ponto não poderia obter qualquer ganho adicional com a troca Teria ocorrido o processo inverso porém idêntico se Teóricos anteriores do utilitarismo tinham voluntária um indivíduo comprava ou vendia desde que o que estivesse comprando lhe desse mais utilidade do que a utilidade perdida com que estivesse vendendo defesa da livre troca e que a troca harmoniza os interesses de todos Py Py UM x UMY Px Py UM x UM Y Py Px percebido que na troca 34 4 UMY UM x A teoria da Utilidade e da troca de Jevons 34 5 Formulação matemática da teoria da utilidade e distinção entre utilidade total e utilidade marginal Mostrou como a utilidade marginal determinava os preços e ao fazêlo mostrou como dois agentes de troca chegavam a preços de equilíbrio de duas mercadorias Não possuía uma base teórica apenas demonstrou que os consumidores fazem suas trocas uma vez conhecidos os preços para maximizar suas utilidades individuais Jevons afirma que não é possível comparar utilidades porque o prazer é uma experiência puramente subjetiva e pessoal A suscetibilidade da utilidade de uma pessoa poder ser mil vezes maior do que de outra implica uma incógnita visto que não há denominador comum Contribuições de Jevons 34 6 Todo trabalhador tem de ser considerado como proprietário de terra e capitalista pois ele também é um agente que traz uma parte dos componentes da sua riqueza para tentar conseguir a maior participação na produção que as condições do mercado lhes permitam exigir Quem paga preço alto tem de estar precisando muito do que está comprando ou precisando muito pouco do dinheiro que paga qualquer que seja o caso existe um ganho na troca Ninguém compra a não ser que espere obter uma vantagem com essa compra portanto a perfeita liberdade de troca tende a maximizar a utilidade Teoria do capital de Jevons refutava a conclusão de Ricardo de que a taxa de lucro variava em sentido inverso ao salário o que determinava antagonismo entre capital e trabalho havia era harmonia social no capitalismo Contribuições de Jevons CONTRIBUIÇÕES DE JEVONS Para Jevons os sucessivos investimentos em capital são menos produtivos que os anteriores dado o número fixo de trabalhadores em uma indústria por isso o total de capital empregado determina o resultado por unidade de capital Esse resultado por unidade de capital era o que determinava o pagamento de juros ao capital Juro é um dos três componentes do LUCRO LUCRO SALARIO RISCO JURO CONTRIBUIÇÕES DE JEVONS POLITICA PUBLICA Gratuidade de museus concertos bibliotecas e educação Trabalho infantil deveria ser restringido por lei e que as condições de saúde e de segurança nas fábricas deveriam ser regularizadas Aprovava os sindicatos dos operários dada as suas funções de segurança mas não aprovava a interferência na taxa salarial isso segundo Jevons deve ficar a cargo das leis naturais Se eles obtêm aumentos salariais é à custa de outros trabalhadores ou da população em geral por meio de preços mais elevados Harmonia social é o estado do capitalismo sendo o conflito do trabalho com o conflito do capital uma mera ilusão pois o conflito real é entre produtores e consumidores O TRIUNFO DO UTILITARISMO A economia de Menger A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Carl Menger 18401921 Princípios de Economia obra rejeitou o uso de equações matemáticas e expressou suas teorias verbalmente com auxílio de exemplos numéricos tabela numérica para descrever a utilidade total e a utilidade marginal Utilidade marginal da mercadoria II coluna 2 valor correspondente ao número de unidades consumidas 6 unidades da mercadoria II a utilidade marginal da 6ª unidade é 4 A utilidade total é a soma das utilidades marginais 6 unidades da mercadoria II utilidade total de 39 utis 987654 Representação gráfica da relação entre a utilidade total e marginal função contínua unidades das mercadorias podem ser subdivididas Essa relação entre quantidades totais e quantidades marginais sempre está presente na economia neoclássica maximização da utilidade do consumidor 35 0 A TEORIA DO VALOR DE MENGER Assim como Jevons Menger baseou sua teoria do valor no conceito de utilidade no entanto diferentemente de Jevons ele deliberadamente não fez uso da matemática ao formular sua teoria e evitou construíla sobre a base de Bentham Sua exposição sobre a utilidade marginal decrescente e o equilíbrio das utilidades marginais incluiu um exemplo reproduzido na tabela a seguir Mostra os valores hipotéticos da utilidade marginal para vários números de unidades de dez mercadorias ou classes de mercadorias I até X os números sequentes abaixo de cada coluna representam sucessivas adições à satisfação total resultante do aumento de consumo da mercadoria especificada 35 2 Coluna I da tabela expressa a importância para um indivíduo da satisfação da sua necessidade de alimentos essa importância diminui de acordo com o grau de satisfação já atingido e a coluna V expressa a necessidade de fumo A satisfação da necessidade de alimentos até um certo grau de saciedade tem uma importância maior para o indivíduo analisado do que a satisfação de sua necessidade de fumo Alimento e fumo o alimento dá uma satisfação maior do que o fumo até em 4 unidades de alimentos na 5ª unidade de alimentos Umg 6 a utilidade marginal de 6 é igual a utilidade marginal da 1ª unidade de fumo Umg6 o consumo de fumo começa a ter a mesma importância do alimento a partir deste ponto o indivíduo se esforçará para equilibrar a satisfação de sua necessidade de fumo e a satisfação de sua necessidade de alimento A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER O CONCEITO DE MENGER SOBRE A UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE 353 354 A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Com o mesmo denominador e a igualdade das razões marginais fossem iguais resulta em Exigiria que os numeradores utilidades Menger O equilíbrio no qual o indivíduo maximizava sua utilidade era atingido quando o indivíduo igualasse a utilidade marginal obtida através de cada uma das outras mercadorias por ele consumidas Essa condição de maximização é inferior a de Jevons porque Menger não considerou os preços A solução maximizadora de Menger só seria válida se o preço unitário de cada um dos seus tipos de mercadorias fosse igual ao preço unitário de todos os demais tipos a equação de Jevons Umg X Px Umg Y PY Px PY UMgX UMgY A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER 35 6 A explicação de Menger sobre a determinação dos preços com base na oferta e demanda os preços de mercado a curto prazo são determinados com base na oferta e demanda consenso entre todos os economistas Divergência encontrar explicações para a origem da renda da terra lucros e salários Smith e Ricardo origem fora da esfera do preço sendo componentes da distribuição da renda entre as classes sociais e do custo de produção da firma preço natural salários lucros aluguel O equilíbrio ocorre quando preço de mercado preço natural formação de preços sob a perspectiva da teoria do valor trabalho A determinação da renda era independente dos preços A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Perspectiva da utilidade formação de preços determinada pela oferta e demanda explicada pela utilidade Utilidade é o último determinante dos preços dos bens Os preços dos fatores de produção terra trabalho e capital são determinados pela oferta e demanda Oferta de trabalho determinada por cálculos de utilidade trabalho e lazer Demanda de trabalho proprietários demandam mãodeobra de acordo com a produtividade marginal na geração dos bens e pela utilidade obtida pelos consumidores consumo maior utilidade maior consumo maior receita e maior emprego Menger explicou a demanda por bens pela lei da demanda se o preço do bem é superior a utilidade marginal que a maioria dos consumidores poderiam obter então parte dos consumidores conseguiriam mais utilidade ficando com mais dinheiro do que gastando na compra do bem 35 7 A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Queda no preço do bem mais consumidores achariam que a utilidade marginal obtida no consumo do bem tornavase maior do que a utilidade perdida com o gasto do dinheiro desutilidade quando os preços iam declinando a maximização da utilidade exigia que uma quantidade maior do bem fosse comprada Pelo princípio da utilidade marginal decrescente Menger deduziu a lei da demanda Lei da demanda a quantidade de uma mercadoria que as pessoas estavam dispostas a comprar dependia do preço da mercadoria e a quantidade demandada e o preço eram inversamente relacionados 35 8 A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER TEORIA DO VALOR UTILIDADE Preço s Q1 Q2 Quantidade do bem Demanda P1 P2 MENGER SATISFAÇÕES ORDINAL E CARDINALMENTE outra suposição implícita da tabela de Menger é que a economia individual é capaz de classificar as satisfações tanto ordinal quanto cardinalmente A classificação ordinal permite que uma pessoa diga que o primeiro dólar gasto com alimento em um dia oferecerá mais satisfação do que o segundo dólar gasto com alimento no mesmo dia tal afirmação relativa indica que um item é classificado acima ou abaixo de outros itens em relação ao seu valor utilidade MENGER SATISFAÇÕES ORDINAL E CARDINALMENTE Com valores cardinais podese afirmar que o primeiro dólar gasto com alimento dá exatamente o dobro de utilidade que o sexto dólar gasto com alimento ou o segundo dólar gasto com tabaco logo a validade dessas comparações precisas é obviamente questionável Veremos que os economistas posteriores substituíram a utilidade ordinal pela utilidade cardinal ao desenvolver suas teorias sobre a escolha racional do consumidor 36 2 O produtor resolvia quais quantidades seriam vendidas a cada preço dada a combinação dos desejos de comprar e vender ambos provenientes da utilidade isso determinava os preços Monopolistas vendem uma quantidade menor e cobra preços mais altos do que na concorrência perfeita por isso Menger exaltava os benefícios da livre concorrência A produção dos bens finais bens de 1ª ordem necessita de uma combinação de fatores de produção insumos ou bens de ordem superior e o preços dos insumos de acordo com Menger eram determinados pelo valor potencial dos bens finais contrariando a teoria do valor trabalho O preço do insumo refletia seu grau de contribuição na produção não o tempo de trabalho OFERTA SEGUNDO MENGER QUANTIDADE DE BENS PRÉEXISTENTES CONTROLADA PELO VENDEDOR GUIADA PELA MAXIMIZAÇÃO DA UTILIDADE 36 3 Exigência de que os insumos fossem pelo menos em parte substituíveis exame do efeito sobre a produção de um pequeno aumento marginal do insumo teoria da produtividade marginal Os insumos são remunerados pagos de acordo com a sua produtividade Quando cada insumo custava o equivalente ao valor de sua contribuição para produção o valor da produção total seria completamente formado pelos insumos Portanto não haveria qualquer excedente a ser expropriado por qualquer pessoa ou classe A TEORIA DA FORMAÇÃO DOS PREÇOS DOS INSUMOS SEGUNDO A PERSPECTIVA UTILITARISTA 36 4 Menger não via a necessidade de justificar os lucros dizendo que os capitalistas tinham um comportamento de abstinência mas é a harmonia das necessidades de cada família na procura de sua satisfação reflete em sua propriedade bens para satisfação são denominados de propriedades Propriedade não é a quantidade arbitrária de mercadorias e sim um reflexo direto das necessidades Justificativa da existência da propriedade a quantidade de bens disponíveis é menor do que a quantidade de bens necessários para a satisfação das necessidades dos homens recursos limitados e necessidades ilimitadas ou não saciedade Não haveria necessidade de justificar a renda da terra e o lucro segundo Menger pois estes representam o retorno da propriedade da terra e do capital sendo portanto uma renda inevitável e necessária A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Vídeos sobre o Utilitarismo Introdução geral ao utilitarismo ver aqui Video de Michael Sandel sobre o utilitarismo ver aqui Ver depois sem FALTA Um dilema ético ver aqui Sobre a qualidade dos prazeres ver aqui O TRIUNFO DO UTILITARISMO A economia de Walrás MARIEÉSPRIT LÉON WALRAS 18341910 Teoricamente todas as incógnitas do problema econômico dependem de todas as equações do equilíbrio econômico Entretanto mesmo do ponto de vista estático e teórico algumas dessas incógnitas podem ser consideradas mais essencialmente dependentes das equações que são com elas introduzidas no problema para as determinar E com mais forte razão ainda temos esse direito quando se passa do ponto de vista estático ao ponto de vista dinâmico e sobretudo do ponto de vista da teoria pura ao ponto de vista da teoria aplicada e ao da prática já que então as variações das incógnitas são quantidades de primeira ou de segunda ordem isto é quantidades nãonegligenciáveis ou negligenciáveis segundo provenham de variações nos dados gerais ou de variações nos dados particulares WALRAS L Compêndio dos Elementos de Economia Política Pura Série Os Economistas São Paulo Editora Nova Cultural 1996 pg 228 Haddad E A Equilíbrio Geral Teoria Pura Teoria Aplicada e Práticas Operacionais São Paulo FEAUSP 2008 Formulação da teoria da utilidade marginal decrescente e da equação que maximiza a utilidade do consumidor por meio da troca Contribuição mais importante para a teoria econômica a teoria do equilíbrio econômico geral multiplicidade de mercados Walrás percebeu que as forças da oferta e da demanda em qualquer mercado dependiam em maior ou menor grau dos preços vigentes em inúmeros outros mercados A demanda de um consumidor por um determinado bem dependia das utilidades marginais obtidas com o consumo de várias quantidades de bens e de seus preços Condição de maximização da utilidade razão entre a utilidade marginal do bem e do seu preço teria que igualar a mesma razão de todos os outros bens A demanda do consumidor por esse bem também dependia dos preços de todos os outros bens de consumo A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS 36 8 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Preços dos bens eram determinados pela oferta e demanda deste bem mas a demanda por qualquer bem era determinada não só pelas utilidades obtidas de todos os consumidores do bem com também pelos preços de todos os bens de consumo determinar os preços dos outros bens para determinar o preço do bem considerado A demanda pelos outros bens e os seus preços dependia do preço do bem em questão TEORIA GERAL DA DETERMINAÇÃO DE PREÇOS Determinação simultânea dos preços com base na utilidade dos consumidores pelas interrelações entre todos os mercados As interrelações no mercado não eram apenas na demanda dos bens mas também na oferta com a demanda e oferta de outros tipos de mercadorias ou nos próprios bens trocados WALRÁS formulação de uma estrutura teórica geral para mostrar através das interrações de todos os mercados todos os preços podiam ser determinados ao mesmo tempo 36 9 Requisito da teoria do equilíbrio geral era que o número de variáveis desconhecidas fosse igual ao número de equações independentes a serem usadas na determinação das variáveis Sistema de equações simultâneas solução única análise do equilíbrio geral na economia Diferença entre a teoria do equilíbrio geral e a teoria do equilíbrio parcial Equilíbrio Geral procura explicar todos os preços e quantidades trocadas em uma economia como um todo no período de tempo León Walrás Equilíbrio Parcial considera todos os preços e quantidades trocados como dados analisa apena um produto mantendo os demais constantes Alfred Marshall 37 0 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Equilíbrio Geral de Walrás todos os preços e as quantidades trocadas deveriam ser explicados preços e quantidades variáveis dependentes e a forma exata das equações refletia a verdadeira relação econômica que Walrás julgava existir entre as características dadas pelo meio socioeconômico variáveis independentes e os preços e quantidades trocadas no mercado variáveis dependentes Meio socioeconômico capitalismo concorrencial proprietários de terra trabalhadores e capitalistas mercado de fatores de produção terra capital e trabalho oferta de trabalhoserviços Mercado de produtos finais consumidores demanda pelos produtos nesse mercado o elemento mais importante para Walrás era os desejos subjetivos dos agentes econômicos curvas de utilidade marginais 37 1 Fatores importantes na teoria de Walrás a lei de propriedade e a distribuição da renda correta b economia constituída por firmas pequenas e relativamente sem poder concorrência perfeita c Pressuposto da mensuração das curvas de utilidade marginal dos indivíduos utilidade fixa e não considerava modificações no decorrer do tempo Walrás ideias utilistarista os preços de equilíbrio refletiam com exatidão as necessidades ou utilidades das pessoas maximizando com isso a satisfação humana 37 2 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS 37 3 Sistema de equações de Walrás determinação das quantidades e preços Ele chamou os serviços produtivos de n fatores de produção e os bens de consumo de m usou n preços de serviços produtivos e m 1 preços dos bens de consumo 1 é um bem de consumo usado como numerário com o preço igual a 1 havia mn QUANTIDADES de serviços produtivos e bens de consumo trocados e n m 1 PREÇOS pelos quais eles eram trocados total de variáveis dependentes 2m 2n 1 mnmn1 Quatro conjunto de equações para resolver os valores das variáveis dependentes oferta de n serviços produtivos Oferta n serviços produtivos dependia dos preços de todos serviços produtivos e dos bens de consumo n equações relacionando a quantidade oferecida dos serviços produtivos com os preços WALRAS E A TEORIA DO EQUILÍBRIO GERAL O equilíbrio do consumidor ocorre quando a utilidade da última unidade consumida de um bem for igual a seu preço Nesse caso não se considera a influência da utilidade e preços dos bens concorrentes para atender as mesmas necessidades Havendo porém interdependência entre as utilidades marginais e os preços dos diferentes bens o equilíbrio parcial será alterado A demanda fica então determinada pela lei da utilidade marginal decrescente e pelas utilidades marginais dos outros bens WALRÁS Qd fP MARSHAL P fQd Eq Geral x Eq Parcial Paradigma Walrasiano de Equilíbrio Geral m fatores de produção cujas quantidades disponíveis são R1Rm n produtos cujas quantidades produzidas são X1Xn p1pn são os preços dos produtos v1vm são os preços dos fatores aij i1m j1n são coeficientes técnicos de produção O MODELO DE EQUILÍBRIO GERAL LEÓN WALRÁS PARADIGMA WALRASIANO DE EQUILÍBRIO GERAL CONT am2 X 2 amn Xn Rm am1 X1 a22 X 2 a2 n Xn R2 a12 X 2 a1n Xn R1 a11 X1 a21 X1 pj a1 jv1 a2 jv2 amjvm j 1 n 2 2 1 2 n 1 2 n Xn fn p1 p2 pn v1 v2 vn X f p p p v v v X1 f1 p1 p2 pn v1 v2 v n Pleno emprego dos fatores de produção serviços produtivos Preços dos produtos equivalem a seus preços de custo em serviços produtivos Quantidades produzidas correspondem às quantidades procuradas pelos consumidores m fatores de produção cujas quantidades disponíveis são R1Rm n produtos cujas quantidades produzidas são X1Xn p1pn são os preços dos produtos v1vm são os preços dos fatores aij i1m j1n são coeficientes técnicos de produção LEI DE WALRAS PROVA QUE SE TODOS OS MERCADOS MENOS UM 1 ESTIVEREM EM EQUILÍBRIO O ÚLTIMO MERCADO TAMBÉM TERÁ DE ESTAR EM EQUILÍBRIO ISSO SIGNIFICA QUE UMA DAS EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO DE WALRAS NÃO ERA UMA EQUAÇÃO INDEPENDENTE PORQUE SE TODA AS DEMAIS EQUAÇÕES FOSSEM RESOLVIDAS AO MESMO TEMPO ELA TAMBÉM SERIA AUTOMATICAMENTE RESOLVIDA A LEI DE WALRAS É NA REALIDADE UMA IDENTIDADE DE DEFINIÇÃO A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS 37 8 4 CONJUNTOS DE EQUAÇÕES QUE WALRÁS DESENVOLVEU PARA SOLUCIONAR OS VALORES DAS VARIÁVEIS DEPENDENTES 1º conjunto oferta n serviços produtivos dependia dos preços de todos serviços produtivos e de todos bens de consumo n equações relacionando a quantidade oferecida de cada serviço produtivo com todos os preços do sistema A forma matemática específica de cada equação dependia das curvas de utilidade marginal de todos os proprietários de serviços produtivos O conjunto dos mn1 preços permite fazer os cálculos da utilidade e decidir a quantidade vendida dos bens de serviços para comprar os bens de consumo maximizar utilidade uma equação independente relacionando as quantidades oferecidas dos n fatores serviços de produção a todos os possíveis conjuntos de preços 2º conjunto demanda m bens de consumo depende de todos os mn1 preços Temos m equações 3º conjunto economia em equilíbrio demanda igual a oferta pleno emprego dos recursos como condição de equilíbrio equação da igualdade de demanda e oferta para os n serviços produtivos 4º conjunto de equações de Walrás concorrência perfeita preço de cada bem de consumo igual ao seu custo de produção O custo de produção dependeria dos coeficientes técnicos de produção e do preços dos serviços produtivos Walrás tinha um sistema de equações 2m 2n equações m do 2º conjunto e do 4º conjunto de equações e n equações do 1º e do 3º conjunto para resolver a solução de 2m 2n 1 incógnitas Lei de Walrás 37 9 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A lei de Walras é uma consequência da definição de oferta e demanda porque em um determinado conjunto de preços a vontade de troca implica em termos definição a vontade de adquirir algo àqueles preços demanda desistindo de algo oferta do mesmo valor Lei de Walrás e lei de Say Lei de Say implica que haja uma demanda por todas as novas mercadorias produzidas o que não é decorrência da lei de Walrás A oferta cria sua própria demanda Say oferta é principal Walrás a demanda é principal oferta é consequência da demanda As pessoas poderiam produzir a fim de trocar essa produção por quantidade limitada de bens já existentes por exemplo a moeda 38 0 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Lei de Say pode não haver tanta moeda quanto as pessoas queiram considerando o conjunto de preços em vigor Nesse caso haveria um excesso de oferta de produtos equivalente a uma demanda excessiva por moeda Haveria uma superprodução geral de mercadorias No entanto a lei de Walrás é válida Em qualquer conjunto de preços a lei de Walrás é válida mesmo quando todos os mercados estejam individualmente em desequilíbrio Pela definição a lei de Walrás prova que em qualquer desequilíbrio o total do excesso de demanda demanda oferta tem de ser exatamente igual ao total do excesso de oferta em todos os mercados em que a oferta seja maior que a demanda 38 1 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Lei de Walras A demanda ou a oferta efetiva de uma mercadoria em troca de outra é igual respectivamente ao valor do oferecimento efetivo ou ao valor da demanda da segunda mercadoria multiplicado por seu preço em termos da primeira Na verdade a demanda deveria ser considerada o principal fator e o oferecimento oferta um fato acessório quando duas mercadorias são trocadas Ninguém faz um oferecimento pelo simples fato de fazêlo a razão pela qual se oferece alguma coisa é que não se pode demandar algo sem se oferecer algo O oferecimento é apenas uma consequência da demanda É obvio que a lei de Walras é verdadeira por definição Hunt 2005 p 256 e 257 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A lei dos mercados de Say Say argumentava que ninguém produziria se não quisesse trocar o que produzisse pela produção de outra pessoa Portanto uma oferta cria uma demanda de mesma magnitude Produção abre caminho para produção Hunt 2005 p 130 e 131 Com base nas leis de Walras e de Say mencionadas acima analise a afirmação A lei de Say implica que haja uma demanda por todas as novas mercadorias produzidas o que não é uma decorrência da lei de Walras A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Preços que equilibram a oferta e a demanda da mercadoria a EDa 0 EDa 0 Pb1 Pb2 Sa fPb1 Sa fPb2 Da fPb2 Da fPb1 Pa1 Pa2 Pa1 Pa2 EDa 0 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS As variações de preços reestabeleciam automaticamente o equilíbrio realocação de recursos das indústrias com excesso de oferta para as indústrias com excesso de demanda processo de tâtoment tatear Problemas na solução de Walras para resolver a teoria necessitava da hipótese de concorrência perfeita em que os neoclássicos afirmam que toda firma é tomadora de preços Primeiro os preços são estabelecidos nos mercados e depois as firmas reagem a eles Como se estabelecem os preços Os economistas clássicos não respondiam a questão Walras supõe um leiloeiro leilão que anunciasse todos os preços a todas pessoas A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Mercados bem organizados do ponto de vista da concorrência leiloeiro imaginário anuncia os preços e assim ocorrem as trocas Se esse conjunto de preços não fosse de equilíbrio excesso de demanda e oferta nos mercados o conjunto seguinte de preços anunciados pelo leiloeiro fazer com que os agentes atingissem o equilíbrio em termos de novos preços e corrigir os desequilíbrios cometidos com base nos preços errados anunciados anteriormente O novo conjunto de preço poderia ser de desequilíbrio e isso resultaria em trocas cada vez mais distantes do equilíbrio Walras tinha duas escolhas leiloeiro onisciente Deus sabendo o conjunto de preço de equilíbrio ou um órgão de planejamento central socialista em que o leiloeiro controlava todos os preços e trocas por meio de computadores de alta velocidade O órgão central calculava a demanda e oferta em cada mercado determinando assim um conjunto de preços de equilíbrio A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Equilíbrio geral de Walras variações de preços em qualquer mercado afetam a oferta e a demanda em muito outros mercados O desequilíbrio inicial de um preço em determinado mercado difundiria para muitos mercados e os preços dos demais mercados começavam a variar deslocando os curvas de oferta e demanda Como reestabelecia o equilíbrio Walras evitou solucionar esse problema afirmando que uma variação de preço só teria um efeito primário no mercado da mercadoria afetada Seus efeitos sobre os demais mercados seriam secundários e que esses efeitos secundários seriam menos significativos que os primários se houvesse grande quantidade de mercadorias Discípulos posteriores de Walras mostraram se os efeitos secundários fossem suficientemente pequenos o mercado atingiria o equilíbrio automaticamente A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Walras pensava concorrência perfeita em que as firmas reagem a situação de excesso de oferta e demanda alterando os preços mas na realidade o mercado já era composto de firmas grandes que controlavam preços excesso de oferta redução da produção e manutenção dos preços estáveis A queda da produção implica diminuição de renda e redução da demanda por outros produtos Se os produtores reagem ao excesso de oferta reduzindo a produção superprodução crise econômica ou depressão A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A ESCOLA INGLESA ALFRED MARSHALL A TEORIA DO VALOR OS TRÊS TEOREMAS DA TEORIA DO VALOR A EscoLa NeocLÁssica ALFred MarsHaLL A ESCOLA NEOCLÁSSICA ALFRED MARSHALL Podemos perceber três diferenças entre os primeiros marginalistas e os últimos economistas neoclássicos Primeiro o pensamento neoclássico salientava a oferta e a demanda para determinar os preços de bens serviços e recursos no mercado enquanto os primeiros marginalistas tendiam a reforçar somente a demanda Segundo muitos dos economistas neoclássicos por exemplo Wicksell e Fisher demonstraram maior interesse no papel da moeda na economia do que os antigos marginalistas Finalmente os economistas neoclássicos expandiram a análise marginal para as estruturas do mercado além da livre concorrência do monopólio e do duopólio INTRODUÇÃO Para Marshall a análise do funcionamento do sistema de mercado para a determinação dos preços começava com o estudo do comportamento dos produtores e dos consumidores chave para analisar a determinação dos preços de mercado a demanda e as condições que os produtores estariam dispostos a vender os seus bens e serviços Marshall foi o grande sintetizador procurando combinar o melhor da economia clássica com o pensamento marginalista produzindo assim a economia neoclássica ABORDAGEM E DEFINIÇÕES DE MARSHALL As leis econômicas não são leis naturais necessariamente benéficas embora seja desejável não é imperativo que elas sejam trabalhadas sem alguma mão dominadora As relações entre oferta demanda e preço tendem a produzir certos resultados quando podem trabalhar sozinhas mas a sociedade pode influenciar no resultado se desejar TEORIA DO VALOR As coisas não têm valor os indivíduos é que dão valor ás coisas mediante as suas próprias necessidades e a sua quantidade Quanto maior for a quantidade menor será o valor das coisas e quanto menor for a quantidade maior será o valor ou seja o valor de algo é a utilidade o interesse que cada coisa tem para as pessoas Esta dualidade é muito importante para a Economia pois uma decisão não tem só benefícios nem só custos POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO Devido aos recursos limitados uma sociedade tem que escolher as quantidades de bens e serviços a produzir mais comboios e menos automóveis mais café e menos chá etc As possibilidades de escolha são imensas Segundo Marshall a oferta é controlada pelo custo da produção Marshall concebeu a ideia da oferta não como uma quantidade simples mas como uma curva Para fins de esclarecimento Marshall dividiu o tempo em três períodos 1 o presente imediato 2 o curto prazo e 3 o longo prazo LEI DA PROCURA E DA OFERTA É a lei que estabelece a relação entre a demanda de um produto ou a procura de um produto e a quantidade que pode ser oferecida ou que o produtor deseja oferecer Mas ao contrário do que pode parecer a princípio esse comportamento não é sempre influenciado apenas pelos preços através da oferta e procura Existem outros elementos a serem considerados Os desejos e necessidades das pessoas O poder de compra A disponibilidade dos serviços A capacidade das empresas de produzirem determinadas mercadorias com o nível tecnológico desejado Então a demanda só vai acontecer se um consumidor tiver um desejo ou necessidade se ele tiver condições financeiras para suprir essa necessidade ou desejo e se ele tiver intenção de satisfazêlos Sendo assim Marshall utilizou um instrumento da Economia para estudar o funcionamento economico um gráfico onde se cruzam as duas curvas da oferta e da procura em resultado da relação entre duas variáveis preço e quantidade assumindo que os restantes determinantes da oferta função da oferta e da procura função da procura permanecem constantes LEI DA PROCURA E DA OFERTA DETERMINAÇÃO DO EQUILÍBRIO DE MARSHALL LEI DA PROCURA E DA OFERTA Marshall colocou a quantidade no eixo horizontal porque a considerava como a variável independente Hoje os economistas consideram a quantidade como a variável dependente Q fP embora continuem a colocar o preço no eixo vertical e a quantidade no eixo horizontal com efeito eles se curvam à tradição de Marshall em vez de à convenção matemática Marshall indicava que o excedente do produtor existe tanto para o trabalhador que recebe um excedente do trabalhador como para o proprietário do bem acumulado que recebe o excedente do poupador ELASTICIDADE DA DEMANDA A única lei universal que pertence ao desejo de uma pessoa em relação a uma mercadoria dizia Marshall é que com outras coisas sendo iguais ele diminui a cada aumento em seu fornecimento dessa mercadoria Seguese portanto que quanto menor o preço mais o consumidor vai comprar isso ocorre porque a curva da demanda apresenta uma inclinação à direita A elasticidade da demanda nos diz se a diminuição do desejo utilidade marginal é lenta ou rápida conforme a quantidade aumenta ABORDAGEM E DEFINIÇÕES DE MARSHALL O tratamento de Marshall ao elemento do tempo na discussão sobre o preço de mercado foi uma de suas contribuições mais importantes ao pensamento econômico Como regra geral afirmava ele quanto menor o período maior a influência da demanda sobre o valor O motivo é que a influência do custo de produção demora mais para mostrar seu efeito do que a influência das alterações na demanda Marshall definiu o preço normal a longo prazo como aquele que realmente equilibra a quantidade ofertada e a quantidade demandada e aquele que seria igual ao custo médio de produção a longo prazo O preço normal alterase a cada mudança na eficiência da produção Existem movimentos muito graduais ou seculares de preço normal causados pelo crescimento gradual do conhecimento da população do capital e pelas condições variáveis da oferta e da demanda de uma geração a outra ABORDAGEM E DEFINIÇÕES DE MARSHALL TEOREMAS DA ESCOLHA DA TEORIA DO VALOR PRIMEIRO TEOREMA DA TEORIA DO VALOR O Agente deve escolher a alternativa com maior benefício líquido ou seja com maior benefício ao menor custo Essa escolha deve ser feita tendo em conta a dualidade benefícioscustos ou seja a melhor escolha deve ser a que apresenta um benefício maior que o custo SEGUNDO TEOREMA DA TEORIA DO VALOR A escolha racional leva a selecionar a quantidade em que o benefício marginal é igual ao custo marginal O segundo teorema da escolha diznos que ao adicionarse uma nova unidade a uma determinada alternativa esta vai ter um certo benefício e custo adicional dando origem a um novo benefício líquido total A estes benefícios e custos adicionais vãose designar como benefício marginal e custo marginal Com o tempo o benefício marginal tende a decrescer pois de acordo com a Lei da produtividade marginal decrescente ou lei dos rendimentos decrescentes á medida que o consumo de um bem aumenta menor será o benefício total pois o aumento do consumo de um bem vai provocar uma redução do prazer em consumir esse bem logo o benefício marginal será cada vez menor TERCEIRO TEOREMA DA TEORIA DO VALOR Devese consumir uma quantidade de cada um dos bens disponíveis para que o benefício marginal da última unidade do recurso gasto em cada um deles seja igual em todos eles A escolha de determinados bens deve ser feita mediante os recursos existentes ou seja mediante um determinado recurso este deve ser usado em varias alternativas diferentes cada uma com o seu ganho e o seu custo com vista a obtenção de uma maior satisfação Para um indivíduo obter máxima satisfação deve gastar cada unidade do recurso naquilo que num determinado instante lhe dá mais prazer DISTRIBUIÇÃO DE RENDA A distribuição de renda em uma economia competitiva é determinada pelos preços dos fatores de produção Marshall afirmava que os empresários devem constantemente comparar a eficiência relativa de cada agente de produção que eles empregam Devem considerar as possibilidades de substituir um agente por outro a tração a vapor substituiu a tração manual e a tração térmica substituiu a tração a vapor Na margem das indiferenças entre dois fatores de produção que podem ser substituídos seus preços devem ser proporcionais ao valor monetário que eles agregam ao produto total SALÁRIOS PARA MARSHALL Os salários dizia Marshall não são determinados apenas pela produtividade marginal do trabalho a produtividade marginal é a base para a demanda pelo trabalho que é uma demanda derivada que depende da demanda dos consumidores pelos produtos finais No entanto é correto afirmar que os salários medem e são iguais à produtividade marginal com uma determinada oferta de trabalho Para cada empregador a taxa salarial é fixada de acordo com o salário de mercado QUATRO LEIS DA DEMANDA DE PIGOU Marshall não apenas identificou corretamente a demanda por trabalho como uma demanda derivada mas também discutiu os determinantes da elasticidade da demanda de trabalho em relação aos salários Mais tarde Pigou resumiu esses itens como as quatro leis da demanda derivada de Marshall 1 Outras coisas mantendose inalteradas quanto maior a capacidade de substituição de outros fatores por trabalho maior será a elasticidade da demanda pelo trabalho QUATRO LEIS DA DEMANDA DE PIGOU 2 Outras coisas mantendose inalteradas quanto maior a elasticidade do preço da demanda por produtos maior será a elasticidade da demanda pelo trabalho 3 Outras coisas mantendose inalteradas quanto maior a participação do trabalho nos custos de produção total maior será a elasticidade da demanda pelo trabalho 4 Outras coisas mantendose inalteradas quanto maior a elasticidade da oferta de outros insumos maior será a elasticidade da demanda por trabalho PRONTOS PARA A 3 AVALIAÇÃO CONTÉUDOS Cap 7 8 12 13 15 18376378 BRUE Cap 5 6 8 10 HUNT Lista 30 Avaliação 70 Avaliação 08042002 19 às 21 Sala 466 a lista pode ser entregue até 13042022 Cap 9 HUNT Cap10 BRUE KARL MARX E O MARXISMO 18181883 O SOCIALISMO MARXISTA SOCIALISMO CIENTÍFICO Karl Heinrich Marx 18181883 nasceu em Trier Prússia região então desenvolvida e com moderna indústria fabril ao sul da Alemanha Filho de uma família relativamente abastada de origem judaica e convertida ao cristianismo Estudou direito história e filosofia nas Universidades de Bonn Berlim e Jena e aos 23 anos recebeu o grau de doutor em filosofia dois anos depois casouse com Jenny von Westphalen filha de um barão que ocupava um alto cargo no governo ela foi a companheira devota de Marx durante todas as vicissitudes de sua carreira Em 1849 Marx foi mandado para o exílio em Londres onde passou dias e anos na sala de leitura do museu Britânico explorando as complexas ramificações da economia política Em 1867 publicou o primeiro volume de sua obra mais importante Das Kapital o capital Após a morte de Marx Engels editou seus manuscritos e publicou os volumes 2 e 3 de sua obra INFLUÊNCIAS INTELECTUAIS Além de Engels vários outros intelectuais influenciaram Marx A influência ricardiana Estudou as obras de Smith e Ricardo e ficou intrigado com a teoria do valor trabalho de Ricardo O papel dos socialistas Compartilhava sua indignação contra o capitalismo contemporâneo Marx sentia que o socialismo não aconteceria até que as condições da classe trabalhadora se deteriorassem a ponto de uma rebelião aberta tentava mostrar que deterioração era inevitável no capitalismo A conexão darwiniana as variações favoráveis tendiam a ser preservadas e as desfavoráveis destruídas o resultado dessa seleção natural foi a evolução das espécies INFLUÊNCIAS INTELECTUAIS A influência hegeliana O conhecimento e o progresso histórico ocorrem por meio de um processo de conflito de ideias Uma ideia já existente ou tese é confrontada por uma ideia contrária a antítese A luta resultante entre as ideias transforma cada uma delas em uma nova ideia ou síntese que por sua vez se torna a nova tese Marx modificou a noção de Hegel sobre o processo dialético utilizandoa para formular sua própria teoria sobre o materialismo histórico INFLUÊNCIAS INTELECTUAIS O materialismo de Feuerbach O materialismo filosófico referese à ênfase à matéria às coisas reais ou ao mundo da realidade em oposição ao campo das ideias idealismo Feuerbach diferenciou o ideal irreal do real Divindades irreais o conhecimento e o entendimento perfeitos o poder de fazer mudanças para o bem de todos Para Feuerbach a história consiste no processo por meio do qual as pessoas conhecem e aceitam a realidade utilizando as percepções dos sentidos Marx ela a religião é o ópio do povo É preciso combater a religião como a felicidade ilusória das pessoas em nome da felicidade real Marx enfatizava o materialismo a importância das realidades materiais em oposição ao idealismo de Hegel A TEORIA DA HISTÓRIA DE MARX Para desenvolver sua teoria da história Marx combinou a dialética de Hegel e o materialismo de Feuerbach Os métodos predominantes ou as forças de produção produzem um conjunto de relações de produção que os suportam Porém as forças materiais de produção tecnologia tipos de capital nível de habilidade da mão de obra são dinâmicas ou seja estão em constante mudança Essas forças contrastam com as relações materiais de produção regras relações sociais entre as pessoas relações de propriedade que são estáticas e reforçadas pela superestrutura A superestrutura consiste em arte filosofia religião literatura música pensamento político logo todos os elementos da superestrutura mantêm o status quo Para Marx a história é um processo por meio do qual as relações estáticas de produção a tese entram em conflito com as forças dinâmicas de produção a antítese Qual resultado Relação de produção social x modo de produção da vida material Em determinada fase de seu desenvolvimento as forças materiais de produção na sociedade entram em conflito com as relações de produção existentes assim surge o período de revolução social Esperase a mudança da base econômica onde a superestrutura é transformada com maior ou menor rapidez REFLEXÃO A TEORIA DA HISTÓRIA DE MARX Marx via a sociedade envolvida em estágios No estágio inicial que ele chamou de comunismo primitivo A eficiência da produção chegou ao nível em que os trabalhadores podiam produzir mais do que o necessário para a própria subsistência O feudalismo no sistema feudal os servos tinham permissão para trabalhar algumas horas da semana nas terras que lhes foram designadas mas eram forçados a trabalhar na terra do senhor durante os outros dias Os servos tinham mais incentivo para trabalhar bem do que os escravos e o feudalismo trouxe maior desenvolvimento para as forças produtivas da sociedade como consequência o sistema limitou o progresso e foi substituído pelo capitalismo A TEORIA DA HISTÓRIA DE MARX No capitalismo as técnicas de produção tornamse cada vez mais concentradas e centralizadas e o sistema de propriedade privada de capital tornase um obstáculo ao progresso Tornamse evidentes o aumento do desemprego e o empobrecimento da classe trabalhadora provocando a revolta dos trabalhadores O estado tornase um instrumento de força utilizado pelo sistema contra os trabalhadores Mas a classe trabalhadora leva a melhor derruba o estado burguês e estabelece a própria ditadura do proletariado Nesse socialismo a propriedade privada das mercadorias é permitida mas o capital e a terra pertencem ao governo central às autoridades locais ou a cooperativas promovidas e controladas pelo estado A LEI DE MOVIMENTO DA SOCIEDADE CAPITALISTA Marx procurou expor a lei de movimento econômico da sociedade moderna sua ideia não era desenhar um socialismo ele apenas quis determinar o processo por meio do qual as forças de produção no capitalismo produziriam sua antítese e inevitável queda assim como aconteceu com a escravidão e o feudalismo no passado Marx utilizou seis importantes conceitos inter relacionados para construir a teoria do capitalismo a teoria do valor trabalho a teoria da exploração o acúmulo de capital e a queda da taxa de lucro o acúmulo de capital e a crise a centralização de capital e a concentração de riqueza e o conflito de classes A TEORIA DO VALOR TRABALHO O ponto de partida de Marx foi a análise de mercadorias na sociedade capitalista Uma mercadoria disse Marx é algo produzido para obtenção de lucro e capaz de satisfazer às necessidades humanas independentemente de as necessidades surgirem do estômago ou da fantasia Essa mercadoria pode satisfazer essas necessidades diretamente como meio de subsistência ou indiretamente como meio de produção Os valores de uso constituem a essência de toda a riqueza Além do valor de uso ou utilidade uma mercadoria possui um valor de troca normalmente denominado simplesmente valor O que determina o valor de uma mercadoria A TEORIA DO VALOR TRABALHO O tempo de trabalho socialmente necessário embutido na mercadoria considerandose as condições normais de produção a competência média e a intensidade do trabalho no tempo O tempo de trabalho socialmente necessário inclui O trabalho direto na produção da mercadoria O trabalho embutido no equipamento e na matériaprima utilizados durante o processo de produção e O valor transferido à mercadoria durante esse processo Suponha o tempo de trabalho médio contido em um par de sapatos é 10 horas Esse trabalho socialmente necessário determina o valor dos sapatos Se um trabalhador for incompetente e precisar de 20 horas para produzir um par de sapatos esse valor ainda será de 10 horas A TEORIA DO VALOR TRABALHO O mercado de trabalho nivela o tempo de trabalho de diferentes capacidades a um denominador comum do trabalho não especializado O mercado também determina os preços que se baseiam no custo do trabalho básico Uma mercadoria como o ouro por exemplo tornase o equivalente universal que reflete todos os valores Um casaco seria trocado por 50 gramas de ouro porque ambos exigem a mesma quantidade de tempo de trabalho socialmente necessário na sua produção Se 50 gramas de ouro forem cunhados em duas unidades monetárias então um casaco será vendido por duas unidades monetárias As flutuações temporárias de oferta e demanda provocariam o desvio dos preços em relação ao valor real às vezes elevando o valor outras vezes reduzindo o A TEORIA DO VALOR TRABALHO A teoria do valor trabalho de Marx difere da teoria de Ricardo em um ponto importante Para Marx o tempo de trabalho determina o valor absoluto de produtos e serviços Para Ricardo os valores relativos de diferentes mercadorias eram proporcionais ao tempo de trabalho embutido em cada uma delas Neste sentido Marx acreditava que sua teoria do trabalho descartava a ilusão materialismo de que os proprietários de terras e de capital contribuíam para o valor de uma mercadoria Sua teoria abriu as portas para a teoria da exploração do trabalho A TEORIA DA EXPLORAÇÃO No volume 1 de O capital Marx assumiu que todas as mercadorias são vendidas por seus respectivos valores REFLEXÃO de que forma então o capitalista obtém lucro Para Marx é comprando aquela mercadoria que possa criar um valor maior do que o seu próprio valor Essa mercadoria é a força de trabalho Força de trabalho versus tempo de trabalho Força de trabalho referese à habilidade de um indivíduo em trabalhar e produzir mercadorias Tempo de trabalho é o processo e a duração reais do trabalho A força de trabalho é uma mercadoria comprada e vendida no mercado ou seja é do que o capitalista precisa para obter lucro O que determina o valor da força de trabalho A TEORIA DA EXPLORAÇÃO O que determina o valor da força de trabalho O tempo de trabalho socialmente necessário para produzir as necessidades culturais de vida consumidas pelos trabalhadores e sua família Se essas necessidades pudessem ser produzidas em quatro horas por dia o valor da força de trabalho da mercadoria seria quatro horas de trabalho por dia Se a produtividade do trabalhador dobrasse esses artigos de subsistência poderiam ser produzidos em duas horas por dia e o valor da força de trabalho cairia 50 4 24 Os empregadores pagam aos trabalhadores salários equivalentes à força de trabalho do trabalhador isto é eles pagam o salário de mercado vigente Esse salário de mercado é suficiente apenas para comprar a subsistência cultural necessária para a sobrevivência e perpetuação da força de trabalho A TEORIA DA EXPLORAÇÃO Para marx o motivo desse salário de subsistência não é o crescimento excessivo da população Rejeitou enfaticamente a lei da população de malthus Marx achava que o capitalismo produz um grande exército de desempregados e que esse excesso de força de trabalho impõe ao longo do tempo que o salário médio permaneça próximo ao nível cultural de subsistência Maisvalia A exploração dos trabalhadores De acordo com Marx a exploração da mão de obra aumenta somente quando os trabalhadores podem produzir mais em um dia do que eles precisam consumir para sua sobrevivência e a de sua família A TEORIA DA EXPLORAÇÃO Marx ilustrou essas ideias com um exemplo numérico A TEORIA DA EXPLORAÇÃO Não importa que parte do lucro do capitalista volte ao banqueiro em forma de juros parte ao senhorio em forma de aluguel e parte ao capitalista negociante em forma de lucros comerciais Todo o rendimento da propriedade surge da exploração inconsciente da mão de obra no processo produtivo dado que no capitalismo afirmou Marx a ideia de todo trabalho ser remunerado é uma ilusão Os capitalistas não são pessoas más que roubam os trabalhadores eles pagam aos trabalhadores o salário de mercado mas não conseguem entender a verdade crucial de que a origem de seus lucros é a exploração da mão de obra A TEORIA DA EXPLORAÇÃO A TAXA DA MAISVALIA Marx considerou a parte do capital investida em equipamento e matériaprima como capital constante c O valor desse capital é transferido ao produto final sem nenhum aumento O capital destinado aos salários para a compra da força de trabalho é o capital variável v O valor extra que o trabalhador produz que o capitalista toma sem compensar o trabalhador é a maisvalia s A taxa da maisvalia s ou a taxa de exploração é fornecida na equação A TEORIA DA EXPLORAÇÃO Qual é a duração adequada para o dia de trabalho Entre direitos iguais a força decide Assim na história da produção capitalista a determinação do que é um dia de trabalho é resultado de uma luta a luta entre o capital coletivo isto é a classe de capitalistas e o trabalho coletivo isto é a classe trabalhadora Mesmo que o dia de trabalho não fosse estendido a maisvalia poderia ser aumentada melhorandose a eficiência da produção e portanto reduzindo o valor da força de trabalho do trabalhador Se as necessidades do trabalhador pudessem ser produzidas em um espaço de tempo menor uma parcela maior do novo valor iria para o capitalista Mais Valia Relativa x Mais valia Absoluta A TEORIA DA EXPLORAÇÃO A TAXA DE LUCRO A taxa de lucro p na fórmula de Marx é a razão entre a maisvalia e o total de capital investido ou A equação acima ajuda a esclarecer a grande contradição ou o problema da transformação de Marx Se as taxas de lucro são uniformes e a razão entre capital e mão de obra varia entre as indústrias então as mercadorias não serão vendidas por seus respectivos valores conforme assumiu Marx no volume 1 Essa parece ser uma contradição significativa na análise de Marx Marx concluiu que os preços de venda de mercadorias produzidas em indústrias de custos constantes e capital intenso ficam acima de seus valores enquanto as mercadorias relacionadas a um grande volume de mão de obra serão vendidas a preços abaixo de seus valores ACÚMULO DE CAPITAL E QUEDA TX DE LUCRO De acordo com Marx a taxa de lucro p recebida pelos capitalistas tenderá a cair com o decorrer do tempo o motivo é a pressão em relação ao aumento da eficiência por meio da mecanização e das invenções que reduzem o uso da mão de obra Tal fato provoca o que Marx chama de composição orgânica do capital indicada na equação abaixo como Q Observe que esta é a razão entre o capital constante c e o capital total c v Uma equação alternativa para a taxa de lucro pode ser apresentada abaixo ACÚMULO DE CAPITAL E QUEDA TX DE LUCRO Marx observou certas forças ligadas à queda da taxa de lucro A intensidade da exploração de s pode ser aumentada forçando os trabalhadores a aumentar o ritmo de trabalho ou estendendo o dia de trabalho Os salários podem ser temporariamente reduzidos abaixo de seu valor O capital constante pode ser barateado pois à medida que os equipamentos e as matériasprimas se tornam mais baratos o aumento na composição orgânica do capital e a queda na taxa de lucro tornamse mais lentos O aumento da população em relação a empregos e o aumento do desemprego tecnológico contribui na definição de novos mercados que utilizam mais mão de obra e menos capital O comércio exterior aumenta a taxa de lucro barateando os elementos do capital constante e das necessidades da vida A taxa de exploração aumenta com a redução do valor da força de trabalho por meio do aumento da eficiência da produção ACÚMULO DE CAPITAL E A CRISE De acordo com Marx a queda da taxa de lucro é um dos problemas insolúveis do capitalismo assim como a tendência de crises econômicas sérias Marx atacou a Lei de Say afirmando ela se aplicava somente à produção de mercadorias simples O tecelão do linho o vende e usa o dinheiro para comprar alimentos com processo representado por CLMRCA Esses bens possuem valor de troca semelhante e valores de uso diferentes O dinheiro M é apenas um meio de troca Na produção capitalista de larga escala o processo de troca é representado por MCM em que as pessoas compram para vender em vez de vender para comprar O dinheiro é trocado por mercadorias como força de trabalho matériaprima e equipamentos ACÚMULO DE CAPITAL E A CRISE Assim a representação correta do processo capitalista é M C M em que M é maior que M pelo total da maisvalia obtida com os trabalhadores produtivos Esse é o processo de investimento expandido acumule acumule Lei de Moisés e dos profetas O investimento rápido em capital e mão de obra aumenta temporariamente a demanda e eleva os salários que os capitalistas devem pagar Mas esses salários mais altos reduzem as taxas de maisvalia e de lucro encerrando a expansão e enviando a economia para a direção oposta A depressão destrói o valor monetário do capital fixo permitindo que os capitalistas maiores monopolistas e oligopolistas adquiram todas as empresas menores a preço de barganha A CENTRALIZAÇÃO DE CAPITAL E A CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA A dinâmica do acúmulo de capital e a tendência a recorrentes crises econômicas centralizam a propriedade do capital e concentram a riqueza nas mãos de menos pessoas Com o desenvolvimento do modo de produção capitalista há um aumento no total mínimo de capital individual necessário para que a comercialização e a negociação ocorram em condições normais O aumento da produção capitalista leva ao aparecimento de uma nova força dentro do sistema o crédito No início o sistema de crédito aparece como um modesto ajudante do acúmulo e consumo Posteriomente se torna uma nova arma na luta da concorrência transformando em um imenso mecanismo social para a centralização de capital O CONFLITO DE CLASSES A concentração de riqueza nas mãos de cada vez menos capitalistas e o empobrecimento absoluto e relativo dos trabalhadores definem o estágio para o conflito de classes Os crescentes estados de miséria opressão escravidão degradação exploração dos trabalhadores aumentam seu senso de solidariedade e disposição para se revoltar As relações de produção no capitalismo entram em conflito com as forças de produção e as primeiras são rapidamente transformadas Os trabalhadores derrubam os capitalistas e estabelecem uma ditadura do proletariado A propriedade estatal dos meios de produção substitui a propriedade particular a taxa de expansão de capital fica estabilizada e a exploração dos trabalhadores é eliminada Os trabalhadores de certo modo tornamse proprietários do capital A LEI DE MOVIMENTO DO CAPITALISMO Teoria do valor do trabalho a Teoria da exploração b Acúmulo de capital c d e Queda da taxa de lucro Crises comerciais Desemprego tecnológico g h f j Centralização de capital e concentração de riqueza Reserva de desempregados e empobrecimento do proletariado k l Conflito de classes AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX CONTRIBUIÇÕES Marx teve uma participação importante na luta para estabelecer uma teoria adequada sobre o valor na economia Os problemas associados à teoria do trabalho proporcionaram um incentivo para os economistas explorarem outros caminhos a fim de entender os valores de troca Marx foi um dos primeiros economistas a observar que os ciclos econômicos são um fato comum na economia capitalista Lembrese de que Malthus havia descrito a possibilidade de superprodução geral mas não desenvolveu a ideia de ciclos econômicos AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX CONTRIBUIÇÕES Marx previu com precisão o crescimento em larga escala da força das empresas e dos monopólios caiu por terra o mercado competitivo de SMITH Forçou os economistas desenvolver novas teorias de comportamento comercial alocação de recursos e distribuição de renda Marx destacou o efeito da substituição quando aplicado ao capital da economia da mão de obra ou seja o capital novo pode substituir a mão de obra Discutiu a ideia da inovação da economia da mão de obra com mais detalhes do que seus antecessores Marx contribuiu para a economia ao enfatizar a análise dinâmica em vez da estática Abordagem dinâmica foi reforçada por economistas institucionais teóricos do crescimento e economistas austríacos AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX FALHAS ANALÍTICAS FALHAS NA TEORIA DO VALOR DO TRABALHO Economistas contemporâneos contestam que os trabalhadores sejam a origem de todo o valor de troca A terra e os recursos de capital também são produtivos independentemente e além do valor da mão de obra necessária preparandoa para a produção Os proprietários de terras e de recursos de mão de obra merecem um rendimento que seja suficiente para manter esses recursos empregados na produção de uma mercadoria específica Uma crítica mais técnica é o problema da transformação mencionado anteriormente e associado à teoria do trabalho de marx Marx assumiu uma taxa uniforme de maisvalia para todas as indústrias a fim de sustentar que a mão de obra é a origem de todo o valor AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX FALHAS ANALÍTICAS PROBLEMAS COM A TEORIA DA EXPLORAÇÃO DE MARX Grandes períodos de desemprego em massa têm sido uma exceção e não a regra nas nações capitalistas Em condições de um índice relativamente alto de emprego os empregadores precisam competir entre si para atrair trabalhadores qualificados da mesma forma que os trabalhadores competem entre si para obter as melhores posições A competição entre empregadores eleva os salários força as empresas a melhorar as condições de trabalho faz que os patrões diminuam as horas de trabalho ou produzam qualquer combinação desses três fatos Os salários reais aumentaram significativamente desde as publicações de Marx e a parcela de mão de obra da renda nacional aumentou ou mantevese relativamente constante na maioria dos países industriais AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX FALHAS ANALÍTICAS FALHAS NA ANÁLISE DE MARX SOBRE O ACÚMULO DE CAPITAL Marx acreditava que o acúmulo de capital gera a queda da taxa de lucro agravando as crises econômicas e o desemprego tecnológico economistas modernos discordam pois é verdade que o fortalecimento do capital ou seja o crescimento do capital a uma taxa mais rápida que a da mão de obra por ora reduz o retorno do capital Porém outras forças são exercidas bem como as novas tecnologias que aumentam a produtividade do capital reforçando a tendência da queda da taxa de lucro Historicamente a taxa de retorno de capital e a taxa de lucro têm oscilado dentro do ciclo econômico mas não apresentam tendência de queda pois durante muitos períodos o investimento cresce a um ritmo consistente com um crescimento econômico regular em vez de com crises econômicas ameaçadoras AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX FALHAS ANALÍTICAS PROBLEMAS COM A IDEIA DE CONFLITO DE CLASSES O prognóstico de Marx sobre a inevitabilidade do conflito de classes baseiase em suas teorias sobre a exploração e o acúmulo de capital que leva uma queda na taxa de lucro agravamento de crises e desemprego tecnológico A história aponta para uma polarização dos trabalhadores e dos capitalistas em duas classes opostas isso não ocorreu de fato pelo contrário uma classe média proprietários de pequenas empresas profissionais autônomos cientistas engenheiros professores vendedores publicitários administradores e outros assalariados desenvolveuse na maioria dos países capitalistas Marx não percebeu que os interesses de toda a classe capitalista não coincidem necessariamente com os interesses de cada indivíduo pertencente a ela AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX FALHAS ANALÍTICAS PROBLEMAS COM A IDEIA DE CONFLITO DE CLASSES A bemsucedida revolução de Marx não ocorreu em países capitalistas desenvolvidos como Inglaterra França e Alemanha onde Marx esperava Os países em que ela ocorreu Rússia China tiveram uma angustiante falta de acúmulo de capital na época da revolução além disso o colapso dramático do marxismo na europa oriental e na União soviética evidenciou uma repulsa ao marxismo pelo menos na forma como ele se manifestou historicamente mesmo entre o proletariado A evidência histórica simplesmente não sustenta a teoria de conflito de classes desenvolvida por Marx ACABOU POR HOJE Até a proxima aula KEYNES E O KEYNESIANISMO Cap 15 HUNT e Cap 21 e 22 BRUE
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Texto de pré-visualização
AULA 1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ANÁLISE DO PENSAMENTO ECONOMICO DA FASE PRÉCIENTÍFICA À ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA Prof Emerson Esteves UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA UEL CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS CESA DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DEPECO 1 Fase précientífica até 1750 2 Fase Científica 1750 a 1870 3 Marxismo 4 Escola Neoclássica 5 Escola Keynesiana 6 Atualidade 7 Novos Clássicos CONCEITO DE HPE A História do Pensamento Econômico HPE é o campo de conhecimento do economista permanentemente posto em xeque em termos de sua relevância e necessidade TOLIPAN 1989 Segundo Angeli 2014 sua existência só é aceita pela maioria da profissão na medida em que sirva como relato da trajetória pré determinada teleológica da ciência ao estado atual tido como conhecimento correto verdadeiro CONCEITO DE HPE O processo de erro e acerto vivenciado pelas gerações anteriores serviria então como a história da imperfeição do passado da trajetória progressista do conhecimento científico em que cada acerto passa a ser incorporado ao estado atual da ciência ANGELI 2014 Foley 2009 observa que os principais teóricos da ciência econômica quando se aventuram a escrever sobre HPE acabam por fazer Whig history o tipo de história que na sua definição acaba revisando as presunções dos estudos atuais nos textos antigos CONCEITO DE HPE Neste sentido o estudo do pensamento de um grande economista só se justifica na medida que nele se busquem alternativas ao estado atual da ciência econômica Segundo Tolipan 1989 a HPE deve recuperar para analisar e esquecer ela deve liberar o atual dos sintomas do passado Ela deve ser teórica e orientada pelas dificuldades presentes em um sentido profundo crítico e analítico EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO O Cenário Histórico da Grécia Antiga Formada por várias CidadesEstados Atividade Econômica Formada por grande propriedade latifundiária escravista artesanato e atividades comerciais Classe dominante Formada pela nobreza proprietária de terras e escravos Classe média Formada pelos artesões e comerciantes servidores públicos artistas e filósofos 6 Política e Regimes na Grécia Experiências políticas Visão de Aristóteles e Platão Diferentes formas de organização Assuntos da pólis Cidadesestado Comparações passado x presente Política e Regimes na Grécia EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO As Ideias de Xenofonte Popularizou o conceito de Oikosnomikos via livro Homônimo considerado uma espécie de guia de ética educar administrar da época para o senhor patriarcal e seus escravos As Ideias de Platão O foco de Platão não era tanto a unidade familiar mas principalmente a polis A polis foi o resultado natural da evolução da divisão social do trabalho humano na qual se cria um ambiente cooperativo através da produção e troca dos bens e serviços necessários para a vida humana EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO As Ideias de Aristóteles Aristóteles defendia as ideias de Platão referente o papel das polis como promotora do bemestar social tratou do surgimento das cidades do cidadão das formas de governo Reflexões econômicas entre os Romanos antigos II aC V dC A criação da República Romana alterou o papel da cidade proposto por Aristóteles mudando idéia de bem comum para um pragmatismo que primava o individualismo do capitalismo moderno que potencializa a soberania dos indivíduos Filosofia e Política no Mundo Grego Filosofia Aristóteles e Platão e o seu surgimento Pensamento Socrático Qual é a relação entre a polis e o surgimento da filosofia Filosofia e Política no Mundo Grego Filosofia de Sócrates Pensamento Socrático PARTICIPANDO DA AULA Quais são os fatores que explicam o surgimento da filosofia na Grécia antiga Decadência Grega Teve início a partir do século IV aC pode ser explicada por diferentes fatores Organização Social Falta de consenso politico Guerras entre as cidadesestado Economia e Política em Roma Império Romano Características Do ponto de vista Político Do ponto de vista Econômico Sociedade de Classes Romana Patrícios Plebeus Clientes Escravos Economia e Política em Roma A decadência do Império Romano Economia e Política em Roma O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA O Cenário Histórico Medieval O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA A ruina do Império Romano não afetou a estrutura da Igreja Católica Apostólica Romana que ao contrário se fortaleceu Durante o período feudal a Igreja Católica funcionou como um SEGUNDO ESTADO CONTROLE IDEOLÓGICO Incluindo nele a validação legal da produção e disseminação do conhecimento científico o qual não podia se confrontar com os dogmas do cristianismo católico A fase inicial do feudalismo marca o pensamento de Santo Agostinho O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA As Cruzadas realizadas ao longo dos séculos XI a XIII contribuíram bastante para a ampliação do comércio Essas transformações provocaram mudanças no pensamento teológico econômico de São Tomás de Aquino As Grandes Navegações e o processo de colonização da América África Ásia e Oceania proporcionaram um grande aumento nas atividades comerciais e nos fortalecimentos das cidades e ajudaram a reforma protestante liderada por Lutero e Calvino O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA Pensadores à época 1 Santo Agostinho 354430 2 São Tomaz de Aquino 12251274 O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA Pensadores à época 3 Martinho Lutero 14831546 4 João Calvino 15091564 O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA A mais completa avaliação da relação entre a teologia calvinista e o capitalismo foi realizada por MAX WEBER no livro A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA Contribuições Duradoras Preço justo Economia solidária Alfabetização dos trabalhadores Enquanto a visão de Agostinho era favorável ao modo de produção feudal a de Aquino e Lutero mostram um período de transição com aspectos prófeudalismo e outros pró capitalismo a de Calvino é amplamente favorável à lógica capitalista A partir de 1500 Mercantilismo MUN MALYNES DAVENANT COLBERT PETTY Fisiocracia QUESNAY TURGOT Precursores NORTH CANTILLON HUME Classicismo SMITH MALTHUS RICARDO BENTHAM SAY SENIOR MILL Socialismo utópico OWEN FOURIER SAINTSIMON Precursor SISMONDI Marxismo e socialismo MARX BLANC KINGSLEY Precursores COURNOT DUPUIT VON THÜNEN Concorrência imperfeita SRAFFA CHAMBERLIN ROBINSON Novo classicismo FRIEDMAN LUCAS BECKER Marginalismo e neoclassicismo JEVONS MENGER VON WIESER VON BÖHMBAWERK EDGEWORTH CLARK MARSHALL Economia matemática WALRAS LEONTIEF VON NEUMANN MORGENSTERN HICKS Economia Keynesiana KEYNES HANSEN SAMUELSON Pós keynesianos Novos keynesianos Economia monetária WICKSELL FISHER HAWTREY Economia do bemestar PARETO PIGOU VON MISES LANGE ARROW BUCHANAN SEN Institucionalismo VEBLEN MITCHELL GALBRAITH Precursor LIST Historicismo alemão ROSCHER SCHMOLLER WEBER Linha do tempo das ideias econômicas As caixas no diagrama indicam escolas ou grupos de pensamento que abordam tópicos comuns Os nomes acima das caixas são precursores de escolas As setas de conexão representam o tipo de influência de uma escola ou de um grupo sobre o outro Escolas e grupos essencialmente receptivos em relação aos seus predecessores Escolas e grupos essencialmente contrários em relação aos seus predecessores Grupos nos quais alguns contribuintes são receptivos em relação aos seus predecessores mas outros são contrários Precursores outras escolas Crescimento e desenvolvimento HARROD DOMAR SOLOW SCHUMPETER NURKSE LEWIS SEN AS CINCO PERGUNTAS PRINCIPAIS 1 Qual era o cenário histórico da escola 2 Quais eram os principais dogmas da escola 3 Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar 4 Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar 5 Quais dogmas da escola se tornaram contribuições duradouras Qual a importância de estudar a economia e sua História MERCANTILISMO O Cenário Histórico do Mercantilismo O QUE VEREMOS NA AULA DE HOJE A escola mercantilista e a visão geral do mercantilismo Autores Thomas Mun Gerard Malynes Cherles Davenant Jean Baptiste Colbert Sir Willian Petty VISÃO GERAL Cenário Histórico 1500 à 1776 Escola mercantilista Autossuficiência do sistema feudal e o surgimento de um novo sistema de capitalismo comercial Crescimento das cidades e descobertas geográficas Produção em pequena escala Aumento da interação produtos consumidor Surgimento dos Estados Nacionais Rivalidade entre nações intensificada Evolução das doutrinas sistema feudal promoveu o nacionalismo e a importância do mercador nas expansões politicas econômicas e militares à época PRINCIPAIS DOGMAS ESCOLA MERCANTILISTA Ouro e prata como a forma mais desejável de riqueza Nacionalismo os países não podiam importar mais do que exportavam Importação isenta de taxas de matériasprimas que não podiam ser produzidas internamente Colonização e monopolização do comércio mundial Oposição aos pedágios 60 pra 6 DOGMAS DAS ESCOLA MERCANTILISTA Forte CONTROLE CENTRAL para promover metas mercantilistas Nacionalismo Protecionismo Colonialismo Liberdade ao comércio externo Importância de uma população numerosa e trabalhadora Mãodeobra alta e salários baixos Ociosidade e mendicância eram tratadas sem perdão QUEM A ESCOLA MERCANTILISTA BENEFICIOU OU PROCUROU BENEFICIAR Capitalistas mercadores os Reis e os funcionários do governo As atividades de procura por rendimento são simplesmente tentativas de partes privadas de aumentar seus lucros garantindo leis e regulamentações favoráveis do governo Os funcionários do governo no poder LER O passado como preâmbulo 21 O mercantilismo e a Oferta de mão de obra COMO A ESCOLA MERCANTILISTA FOI VÁLIDA ÚTIL OU CORRETA EM SUA ÉPOCA Argumentos ao acúmulo de ouro e prata exagerados fazem algum sentido em um período de transição Economia autossuficiente para economia do dinheiro O acumulo favorecia em tempos de guerra pois contratavase soldados construíase navios comprava aliados etc O comércio com as índias orientais exigiam liquidez internacional via metais preciosos A entrada de metais facilitava a cobrança de impostos Aumento da ouro e prata reduzia juros e fomentava o comércio Preferência pela Liquidez QUAIS DOGMAS TORNARAMSE DURADOUROS Ênfase na importância do comércio internacional Noção econômica e de contabilidade atualmente temos a balança de pagamentos entre uma nação e o resto do mundo Contribuíram indiretamente para a economia e para o desenvolvimento econômico A aristocracia medieval classificava os mercadores como desprezíveis mas os mercantilistas deram respeitabilidade e importância aos mesmos Contribuições de Petty e Mun são as mais relevante QUAIS DOGMAS TORNARAMSE DURADOUROS Impacto indireto na economia promovendo o nacionalismo tema muito atual A regulamentação do governo foi importante em um mercado que estava em seus passos iniciais As empresas de comércio ajudaram a transformar a organização econômica europeia No desenvolvimento econômico promoveu a expansão do mercado interno livre transporte leis e impostos uniformes protegendo as pessoas e os bens em trânsito THOMAS MUN 15711641 Filho de mercador britânico conseguiu sua riqueza e reputação como negociante no comercio italiano e oriente médio Foi diretor da Cia das Índias Orientais mas teve controvérsias pois afirmava que a saída de moeda de um país não importava se sua exportação excedesse a importação Em 1630 escreveu sua famosa exposição à doutrina mercantilista que no cap 2 afirmava que para um país enriquecer era necessário produzir excedente para exportação com intuito de acumular ouro THOMAS MUN 15711641 Argumentava que mesmo que a Inglaterra fosse rica poderia utilizar suas terras desocupadas para produzir bens que importavam e os deixavam mais pobres Sua ênfase era na compra e venda com lucro Seus argumentos chegaram a uma estranha conclusão que o comércio interno não enriquece um país Foi astuto ao incluir itens invisíveis no balanço de pagamentos por exemplo o valor dos fretes navios perdidos seguro etc GERARD MALYNES 15861641 Nasceu na Bélgica mas filho de ingleses Retornou à Inglaterra e tornouse negociante no comércio exterior Foi encarregado inglês do comércio na Bélgica Conselheiro do governo em assuntos comerciais e monetários Em sua publicação em 1622 expressou diversas ideias mercantilistas Defendeu mercadores Promoveu a ideia da regulamentação governamental para garantir exportações de qualidade CHARLES DAVENANT 16561714 Passou boa parte de sua vida em vários posto do governo que lidavam com impostos importações e exportações Tem sido chamado de mercantilista esclarecido pois tentou misturar o velho e o novo previu mais argumentos do laissezfaire do que qualquer outro mercantilista Bulionista descreveu o argumento do enterro em Lã Expressou sua preferência por guerras internas do que entre países CHARLES DAVENANT 16561714 Clamava pela regulamentação do negócio pelo governo pois os mercadores não mereciam confiança Era esclarecido para dizer que a riqueza de um país é o que ele produz não o ouro e a prata Era a favor de um excedente do comércio pois quando o dinheiro aumentava caia as taxas de juros elevavamse os valores das terras e os impostos subiam Argumentava que sempre que possível deveria acontecer comercio bilateral entre colônia e nação JEAN B COLBERT 16191683 Representa o coração e alma do mercantilismo que é chamado de colbertismo na França Teve origem modesta chegou a posição de grande poder por meios inescrupulosos Era bulionista acreditava que a força de um estado depende de suas finanças A favor do aumento das exportações e redução das importações Afirmava que devese restringir as profissões àquelas que possam servir para grandes propósitos JEAN B COLBERT 16191683 Empenhouse em facilitar o comércio interno A regulamentação governamental do comércio tinha um forte teor feudal Desprezo aos homens de negócio pois eram gananciosos e pensavam só no lucro A favor de uma população grande trabalhadora e mal paga a experiencia sempre mostrou que a ociosidade nos primeiros anos de vida é a fonte real de todas as desordens na vida mais tarde Pais com mais de 10 filhos eram isentos de impostos religiosos não SIR WILLIAM PETTY 16231687 Mercantilista que contribuiu com algumas ideias novas precursoras de economia clássica Antes dos 16 anos ele já dominava o latim grego francês matemática astronomia e navegação Filho de um pobre comerciante de roupas obteve grande fortuna fama e honra Foi marinheiro médico professor inventor pesquisador entre outros SIR WILLIAM PETTY 16231687 Visão Mercantilista Vários trabalhos publicados Comercio exterior livre para evitar o contrabando As importações de matérias primas deveriam ser taxadas levemente Opunha às leis que impediam a exportação de dinheiro A favor da grande população Apoiava o pleno emprego Era contra enforcar ladrões mas não por motivos humanitários deveriam ser escravos Desempregados deveriam ser contratados pelo estado para construir rodovias SIR WILLIAM PETTY 16231687 Precursor da economia clássica Foi um estatístico pioneiro mas as vezes baseava se em suposições frágeis Expos fragmentos da velocidade de circulação da moeda divisão do trabalho rendimento como excedente da terra importância dos bens de capital e teoria do valor trabalho que foram detalhados pelos Clássicos NA PRÓXIMA AULA A escola Fisiocrática François Quesnay Anne R Jaques Turgot Os precursores da escola clássica Sir Dudley North Richard Cantillon David Hume EXERCÍCIOS DE REVISÃO 1 Resuma as principais ideias e estabeleça a importância de cada um dos autores mercantilistas estudados 2 Por que os mercantilistas as vezes são chamados de bulionistas Incorpore cada um dos aspectos a seguir em sua resposta comércio internacional colônia guerras tarifas monopólio grandes populações 3 Os mercantilistas perceberam que a um excedente de exportação pode provocar entrada de ouro vindo de outros países e b aumentos no estoque de dinheiro podem elevar os preços de uma nação No longo prazo esses resultados são compatíveis explique A ESCOLA FISIOCRÁTICA Visão Geral e Principais autores O QUE VEREMOS NA AULA DE HOJE E QUAL O OBJETIVO A escola Fisiocrática Cenário histórico Dogmas Contribuições Principais pensadores VISÃO GERAL DOS FISIOCRATAS Qual o cenário histórico da escola fisiocrática A ESCOLA FISIOCRÁTICA O CENÁRIO HISTÓRICO Surgiram na França próximo ao final da época mercantilista Foi datada em 1756 com término em 1776 duas décadas A fisiocracia foi uma reação ao mercantilismo Minuciosa regulamentação do governo Controle do número de fios para tecido Mais qualidade e menos inovação A ESCOLA FISIOCRÁTICA O CENÁRIO HISTÓRICO Governo corrupto e extravagante A indústria francesa foi retardada em seu desenvolvimento pelas autoridades Pedágio impostos tarifas A agricultura foi muito taxada e o comércio de grão foi submetido a uma teia de regulamentações Proibido exportar não podia existir transferencias entre províncias sem autorização Camponeses pagavam impostos sobre terra e lucros Consignatários de impostos A ESCOLA FISIOCRÁTICA O CENÁRIO HISTÓRICO As guildas impediam a entrada de livre trabalho em certos ofícios Foram regulamentadas pela fisiocracia e perdurou por muito tempo até 1789 As contendas e litígios jurisdicionais continuaram por gerações Alto Custo das batalhas legais durante a metade do sex XVIII Um litigio de 300 anos não havia sido resolvido até 1789 quando a revolução destruiu as guildas PRINCIPAIS DOGMAS DA ESCOLA FISIOCRÁTICA Ordem natural As leis da natureza governam as sociedades Na esfera econômica as leis naturais conferiam aos indivíduos usufruir dos frutos do seu trabalho desde que fosse consistente com o direito dos outros Laissezfaire Laissezpasser Gournay Sem interferência do governo A favor do livre comercio Opunhamse a quase todas as restrições impostas pelos regimes feudais mercantilistas e governamentais PRINCIPAIS DOGMAS DA ESCOLA FISIOCRÁTICA Ênfase na Agricultura Industrias comércio e profissões eram úteis mas estéreis Somente a agricultura era produtiva e seu excedente era usado na produção Taxação de proprietário de terras Somente o proprietário de terra devia ser taxado pois só a agricultura gerava excedente Interrelação a economia Analisavam o fluxo circular de bens e dinheiro na economia QUEM A ESCOLA FISIOCRÁTICA BENEFICIOU OU TENTOU BENEFICIAR Os Donos das terras pois suas obrigações comerciais onerosas acabariam Laissezfaire e promoção da indústria Os Camponeses pois tornariam assalariados das grandes fazendas Fazendas capitalistas a imposição de taxas sobre os excedentes reduziu o valor da terra mas beneficiou quem as alugava A Nobreza e o Clero pois os fisiocratas defendiam o direito destes a terra e aluguel VALIDADE DA FISIOCRACIA À SUA ÉPOCA A agricultura com seus excedentes ajudou a favorecer o crescimento econômico e desenvolvimento industrial Ao promover o laissezfaire estavam se opondo aos obstáculos ao desenvolvimento capitalista da economia Inconscientemente promoveram a revolução francesa em 1789 Enfatizavam a produção ao invés da troca na produção de riquezas CONTRIBUIÇÕES DURADOURAS DA FISIOCRACIA Várias ideias eram incorretas Industria e comercio estéreis Crença que só donos de terras deviam ser taxados pois só eles geravam excedentes Exaltavam erroneamente os fazendeiros capitalistas como principal figura de desenvolvimento Industriais e trabalhadores se tornaram mais importantes enquanto a importância da agricultura caiu CONTRIBUIÇÕES DURADOURAS DA FISIOCRACIA Estabeleceram a economia como ciência social Quesnay é precursor do fluxo circular da renda e da contabilidade nacional Turgot é pré cursor da análise dos retornos decrescentes Originaram as análises de impostos e incidência que são parte da análise microeconômica atual Defender o laissezfaire chamaram a atenção dos economistas para o papel adequado do governo na economia PRINCIPAIS PENSADORES François QUESNAY 16941774 Quesnay e seus seguidores esperavam transformar o rei em um déspota esclarecido como instrumento de reforma pacífica Ele era a favor de grandes fazendas gerenciadas por empresários antecipando portanto os grandes empreendimentos agrícolas que surgiram à época Para Quesnay a sociedade era semelhante ao organismo físico Quesnay acreditava que as leis feitas pelas pessoas deveriam estar em harmonia com as leis naturais PRINCIPAIS PENSADORES Seu famoso trabalho Tableau Economique criado para o rei da França em 1758 e revisado em 1766 mostrou o fluxo circular de bens e dinheiro em uma economia ideal e livremente competitiva Quesnay assume que a terra é de propriedade do senhor mas é cultivada por fazendeiros arrendatários que são portanto a única classe realmente produtiva LER O passado como preâmbulo 31 Quesnay e o Diagrama de Fluxo circular Classe produtiva Fazendeiros Produto bruto total 5 alimentos dos fazendeiros semente e ração animal para o próximo ciclo 2 Disponível para venda 3 Receita com alimentos vendidos para os proprietários de terras Classe proprietária Proprietários de terras Arrendamento do último período 2 Classe estéril Fabricantes e mercadores Exporta metade de seus alimentos e importa bens manufaturados Estoque de manufaturados do último período 2 Receita de bens manufaturados vendidos para os proprietários de terras Receita com alimentosmateriais vendidos para a classe estéril Receita de bens manufaturados vendidos para os fazendeiros Receita de arrendamento dos fazendeiros O ciclo continua Custos Mercado de recursos Renda monetária salários rendimentos juros lucros Recursos Terra mão de obra capital habilidade empresarial Empresas Famílias Bens e serviços Bens e serviços Mercado de produtos Gastos com consumo Receita QUESNAY 16941774 Quesnay diz que a produção não agrícola é estéril mas não questionava o direito dos proprietários de receber o rendimento Quesnay era defensor dos direitos dos proprietários de terras Mas taxar somente proprietários de terras era vista como um ataque aos seus interesses Quesnay argumentava que um excesso de luxo na decoração pode rapidamente arruinar uma nação grandiosa e opulenta PRINCIPAIS PENSADORES Anne Robert Jacques TURGOT 17271781 Introduziu medidas antifeudais e anti mercantilistas ao ser partidário das ideias fisiocráticas A liberdade do comércio interno de grãos foi ordenada e as guildas e corporações comerciais privilegiadas foram abolidas Terminou com a corveia opressiva os 12 ou 15 dias de trabalho não pago obrigatório aos camponeses anualmente para manter rodovias pontes e canais Defendia imposto sobre a Nobreza PRINCIPAIS PENSADORES As leis aprovadas por Turgot e seus planos provocaram oposição resoluta de pessoas de todas as classes Luís XVI demitiu Turgot por causa dos protestos da corte de Maria Antonieta e de outras pessoas poderosas que estavam perdendo privilégios por causa de suas políticas Suas reformas foram canceladas de uma vez para não serem mais reintroduzidas até a revolução Francesa de 1789 PRINCIPAIS PENSADORES Turgot se opunha à interferência dos parlamentos na legislação Um plano que ele submeteu ao rei teria permitido que somente os proprietários de terras formassem o eleitorado Contudo o regime francês reacionário não tolerou suas reformas Turgot desenvolveu uma teoria sobre salários Fazendeiros arrendatários capitalistas são os mais capazes de fazer uma agricultura eficiente PRINCIPAIS PENSADORES Em uma carta de 1767 a David Hume Turgot afirmou que os impostos aplicados a outros grupos eram ignorados pelo proprietário de terras Turgot era um persistente defensor da economia no governo A maior contribuição de Turgot para a área da teoria econômica foi apresentar corretamente a lei dos retornos decrescentes NA PRÓXIMA AULA A Escola Clássica Precursores Contexto histórico Principais dogmas Validade das teorias Principais pensadores Sir Dudley North David Hume A ESCOLA CLÁSSICA Cenários Dogmas Principais autores e contribuições O CENÁRIO HISTÓRICO A escola clássica começou em 1776 com a publicação do livro a riqueza das nações de Adam Smith e terminou em 1871 Duas revoluções A revolução científica madura Isaac Newton 16421727 lei da gravitação Confiança na experimentação Via experiência Leis naturais guiam os homens e o universo Visão estática do mundo espaço tempo e materia independentes Laissezfaire sociedade melhoria com liberdade O CENÁRIO HISTÓRICO A revolução Industrial 1776 Amadurecendo Intensificouse no período em que os economistas clássicos mais recentes escreveram A revolução industrial e a economia clássica desenvolveuse primeiro na Inglaterra A Inglaterra beneficiouse amplamente do livre comércio internacional Os empresários não precisavam mais contar com subsídios e monopólios governamentais Os produtos tornaramse de melhor qualidade e mais baratos por causa da livre concorrência O CENÁRIO HISTÓRICO Surgiu a força de trabalho móvel mal paga e vigorosa Camponeses tronaramse empregados Artesãos perdiam a vantagem competitiva Regulamentação governamental não era mais necessária para os empresários e os empregados No entanto essa prática havia acabado em 1762 pois as condições de oferta e demanda de mão de obra estavam ditando baixos salários determinados pelo mercado Leis de cercamento aprovadas pelo Parlamento autoriza o uso de cercas cercas vivas e paredes para delimitar as terras comuns e os campos abertos PRINCIPAIS DOGMAS A doutrina clássica é geralmente chamada de liberalismo econômico É um legado histórico que hoje permite chamar de conservadora a pessoa que defende suas ideias Principais características DOGMAS Envolvimento mínimo do governo Comportamento econômico de auto interesse Harmonia de interesses o indivíduo ao buscar seu interesse alcança o interesse da sociedade Importância de todos os recursos K T L e atividades econômicas comércio agricultura produção etc Leis econômicas lei da vantagem comparativa dos rendimentos decrescentes da população dos mercados da moeda etc QUEM A ESCOLA BENEFICIOU OU TENTOU BENEFICIAR A LP atendeu toda a sociedade Acumulação de capital e crescimento econômico Mercadores e industriais tiveram novo status e dignidade como promotor da riqueza da nação Mesmo os assalariados foram beneficiados Transformava pessoas em empreendedores Promoveu a queda das restrições mercantilistas A concorrência foi a grande reguladora Governos esbanjadores e corruptos quanto menos intervenção melhor Livre mercado COMO A ESCOLA CLÁSSICA FOI VÁLIDA ÚTIL OU CORRETA EM SUA ÉPOCA A economia clássica racionalizava as práticas em que estava envolvida ao transformar as pessoas em empreendedores Ela justificava a queda das restrições mercantilistas que não eram mais úteis A concorrência era um fenômeno crescente e a confiança nela como a grande reguladora da economia era um ponto de vista sustentável Os governos eram notoriamente esbanjadores e corruptos COMO A ESCOLA CLÁSSICA FOI VÁLIDA ÚTIL OU CORRETA EM SUA ÉPOCA Ao ajudar a remover os restos do sistema feudal a economia clássica promovia o empreendimento comercial Quando a industrialização estava começando a maior necessidade da sociedade era concentrar recursos na máxima expansão possível da produção A economia clássica e os que a endossavam estendiam o mercado não somente obtendo um comércio internacional mais livre mas também promovendo uma força de trabalho urbana CONTRIBUIÇÕES DURADOURAS Melhor análise econômica à sua época Base da economia moderna como ciência social Várias leis clássicas são usadas em livros de introdução à economia Leis que tornaramse duradouras Rendimentos decrescentes Vantagem comparativa Soberania do consumidor Acúmulo do capital para crescimento econômico O livre mercado CONTRIBUIÇÕES DURADOURAS Problemas da análise clássica Ênfase excessiva no laissezfaire Era ambígua deficiente e errada em várias análises econômicas Errou em não considerar adequadamente a evolução tecnológica e o relacionamento entre o aumento da produtividade e dos salários Não incorporou adequadamente o papel da utilidade e da demanda no valor do produto PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS DUDLEY NORTH 16411691 O tratado Discourses upon trade único trabalho publicado aparecendo anonimamente em 1691 Quando David Ricardo leu uma edição reimpressa escreveu eu não tinha ideia de que uma pessoa tivesse opiniões tão corretas como as expressas nesta publicação e tão prematuramente North dizia que o comércio é um ato de vantagem mútua PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS North repudiou o conceito de que a riqueza deveria ser medida pelo estoque de metais preciosos de um país Ênfase no comércio e no acúmulo Golpe na Teoria em vez de dar diretamente nas práticas mercantilistas mas neste ato ele não incluiu a fabricação em sua lista de atividades produtivas A fabricação era relativamente insignificante no século XVII PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Segundo North algumas pessoas não entenderam bem a verdade profunda da frase na realidade não é dinheiro o que ele quer mas pão e outras necessidades básicas da vida Queremos dinheiro somente para nos desfazer dele pois o que realmente queremos são bens e serviços O que então é a riqueza de uma nação PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS North era a favor do laissezfaire como a maneira de atingir os ganhos máximos tanto do comércio interno como do comércio internacional North não harmonizava a ideia de livre comércio com a doutrina de rendimentos declarada por Smith E por fim sobre a frase por pagamento ao exterior North discordava do conceito mercantilista de que a guerra e a conquista enriquecem um país PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS RICHARD CANTILLON 16801734 Sua única obra foi Essai sur la nature du commerce en général publicado em francês em 1755 Foi o precursor dos fisiocratas de duas maneiras Primeiro ele utilizou o termo empresário enfatizando o seu papel na vida econômica E por desenvolver uma teoria de valor e preço PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS O preço ou valor intrínseco de uma coisa é a medida da quantidade de terra e de trabalho que entra em produção tendo relação com a fertilidade ou produção da terra e com a quantidade de trabalho Lei da oferta x Demanda Fazendeiros produzir mais milho do que o normal o valor real e intrínseco do milho corresponderá à terra e ao trabalho que constituírem sua produção Nunca há uma variação nos valores intrínsecos o que pode ocorrer é uma variação diária e um eterno fluxo e refluxo nos preços de mercado PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Cantillon antecipou o pensamento da economia clássica de várias outras maneiras Os homens se multiplicam como ratos em um celeiro se tiverem meios ilimitados de subsistência O economista clássico Thomas Malthus tinha um ponto de vista semelhante Cantillon analisava o juro como uma recompensa pelo risco corrido no empréstimo com base nos lucros que os empresários podem auferir ao emprestar e investir PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Cantillon concentrouse na produtividade dos recursos de uma nação Lamentava que os nobres e monges não trabalhassem para produzir bens Mas os nobres pelo menos emprestavam seus cavalos e cavaleiros para guerras já os Monges não são inúteis cantillon dizia que nos países católicos há muitos dias santos o que reduz o trabalho das pessoas em cerca de uma oitava parte do ano PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Cantillon tinha ideais mercantis fortes considerava o excedente de exportação uma situação muito boa para o comércio mas não acreditava que o ouro e a prata obtidos em casa servissem para o mesmo objetivo Sua ênfase era na produção de bens e na venda desses bens ao exterior de modo que as empresas prosperassem e que um excesso de exportação não poderia ser mantido indefinidamente PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS DAVID HUME 17111776 Sua fama como historiador deuse no trabalho History of England Sua reputação como economista foi estabelecida por seus ensaios econômicos em Political discourses publicado em 1752 A maior contribuição de Hume como economista foi apresentar o mecanismo de preçofluxo de moeda M x V P x T Teoria da quantidade da moeda de John Locke Os mercantilistas queriam promover um excedente de exportações para acumular moeda PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Hume não acreditava que esses ajustes de nível de preço para cima ou para baixo ocorreriam instantaneamente Para ele as alterações no nível do preço inicialmente seriam inferiores às alterações no dinheiro O mecanismo de preçofluxo de moeda de Hume é o pensamento da lei natural pensamento provinha da suposição de um equilíbrio PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Hume sabia que um segundo fator promoveria o equilíbrio no comércio internacional ou sejam um fator que precede as alterações de preço e os movimentos do ouro Quando as taxas de câmbio entre as moedas das nações são livres para flutuar o desequilíbrio no comércio tende a se corrigir Hume discutiu o conceito mercantilista de que os estados comerciantes são rivais com um ganhando apenas à custa do outro PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Na linguagem da teoria dos jogos Hume está dizendo que o comércio internacional é um jogo de soma positiva em que os pagamentos se somam para obter um número positivo Isso deve ser contrastado com o jogo de soma zero dos mercantilistas onde o ganho de uma das partes é exatamente contrabalançado pela perda da outra Mas o comércio internacional não perpetuará simplesmente as vantagens que as nações ricas desfrutam em relação às nações pobres PRINCIPAIS PENSADORES E IDEAIS Hume disse que se os impostos sobre o vinho fossem reduzidos o governo coletaria mais receita Supondo que o aumento na receita com maior venda no exterior excederia a perda de receita do menor preço por unidade ideia não ampliada para o equilíbrio internacional Em uma carta a turgot em 1766 Hume se opôs à ideia fisiocrática de que os impostos aplicados aos trabalhadores são transferidos para o proprietário de terras na forma de maiores salários e arrendamento reduzido ATIVIDADE SÍNCRONA DE APRENDIZAGEM Resuma os pensamentos de cada um dos seguintes pensadores Sir Dudley North Richard Cantillon David Hume Leia o texto o passado como preambulo da página 63 do livro texto e tente responder o que é a teoria dos jogos Utilize na sua explicação o dilema dos prisioneiros A ESCOLA CLÁSSICA Adam Smith DETALHES BIOGRÁFICOS Adam Smith 17231790 Em 1759 publicou a obra The theory of moral sentiments Concentrou mais na jurisprudência e na economia política do que nas doutrinas éticas Smith passou mais de dois anos no cargo tutor do enteado de charles townsend ministro das finanças na França onde estabeleceu laços de amizade com os fisiocratas incluindo Quesnay e Turgot Em 1776 smith publicou sua obra An inquiry into the nature and causes of the wealth of nations A riqueza das nações que tinha iniciado na França INFLUÊNCIAS IMPORTANTES O clima intelectual geral de sua época Iluminismo A habilidade de raciocínio das pessoas e o conceito da ordem natural A revolução científica associada a newton estabeleceu que a ordem e a harmonia caracterizam o universo físico Por meio do raciocínio sistemático as pessoas poderiam descobrir não apenas essas leis físicas mas também aquelas que governavam a sociedade Fisiocratas especialmente de Quesnay e Turgot INFLUÊNCIAS IMPORTANTES Sob essa influência da época Smith descreveu O tema da riqueza como sendo os bens de consumo reproduzidos anualmente pelo trabalho da sociedade Interferência mínima do governo na economia O conceito do processo circular de produção e de distribuição Francis H Instrutor de SmithGlasgow College Hutcheson acreditava que as próprias pessoas poderiam descobrir o que era eticamente bom a vontade de deus ao descobrir as ações que servem para o bem da humanidade A TEORIA DOS SENTIMENTOS MORAIS The theory of moral sentiments foi publicado 17 anos antes de A riqueza das nações Enquanto Moral sentiments discutia as forças morais que restringiam o egoísmo e uniam as pessoas em uma sociedade factível Pessoas são convenientes Sistema de justiça como é requerido A riqueza das nações supunha a existência de uma sociedade justa e mostrava como o indivíduo é guiado e limitado pelas forças econômicas O x D Os ricos tendem a economizar e a reinvestir portanto consomem menos do que os trabalhadores Smith então considerou ser egoísta e tentava restringir e controlar seus ímpetos A RIQUEZA DAS NAÇÕES A Divisão do Trabalho DT Aumento da produtividade técnica habilidade e julgamento Ex Fabrica de alfinetes Ênfase na produção manufaturada e na produtividade do trabalho A riqueza das nações era uma quebra das principais noções de economia então existentes A harmonia dos interesses e o governo limitado escondida no aparente caos da atividade econômica está a ordem natural A RIQUEZA DAS NAÇÕES Ordem Natural Há uma mão invisível que direciona o comportamento do interesse próprio para um tal caminho que o bem social emerge Essa harmonia de interesses significa que a intromissão do governo na economia é desnecessária e indesejável A RIQUEZA DAS NAÇÕES Smith propagou sua crença na harmonia dos interesses e no laissezfaire para o comércio internacional Crítica ao mercantilismo A riqueza de uma nação vizinha embora perigosa na guerra e na política é certamente vantajosa no comércio As nações como os indivíduos e as famílias deveriam especializarse na produção de bens para os quais elas têm uma vantagem e negociá los por bens para os quais outras nações têm uma vantagem vantagens absolutas Smith fala como o mercado internacional pode promover maior DT para expandir o comércio nacional A RIQUEZA DAS NAÇÕES Smith viu um significativo mas limitado papel para o estado e ponderou 3 três funções principais do governo 1 proteger a sociedade do ataque estrangeiro 2 estabelecer a administração da justiça e 3 elevar e manter os trabalhos e as instituições públicas a fim de que os empresários privados não possam tentar obter lucros excessivos A lei deveria fazer cumprir a execução dos contratos locatário agrícola Invest na Terra O controle sobre a emissão do papelmoeda O controle legal sobre as taxas de juros A RIQUEZA DAS NAÇÕES Smith aprovou as patentes e os direitos autorais de duração limitada favoreceu dois tipos de tarifas protecionistas 1 aquelas que protegem uma indústria nacional essencial para a defesa da nação e 2 aquelas que igualam a carga tributária sobre uma indústria nacional específica ao impor uma tarifa na importação daquele bem Mas se o comércio livre for introduzido depois de um longo período de protecionismo isso deveria ser feito gradualmente para evitar o desemprego e a falência dos empresários Smith pondera que o governo intervenha Impostos AS LEIS ECONÔMICAS DE UMA ECONOMIA COMPETITIVA PROXIMA AULA Valor Preço de mercado Salários Lucro Renda A função da moeda e da dívida O desenvolvimento econômico AS LEIS ECONÔMICAS DE UMA ECONOMIA COMPETITIVA Valor Paradoxo águadiamante valor de uso o outro valor de troca Smith não solucionou o problema do paradoxo de valor Economistas posteriores entraram na discussão sobre a diferença entre uma utilidade total UT do bem e sua utilidade marginal Umg AS LEIS ECONÔMICAS DE UMA ECONOMIA COMPETITIVA Smith direcionou sua atenção para o valor de troca Preço natural esta ligado aos custos necessários ou seja custo da produção Preço relativo esta ligado ao valor de troca Isso é discutido até hoje entre economista de correntes ideológicas diferentes as pérolas têm valor porque as pessoas mergulham para achálas ou as pessoas mergulham para achálas porque elas têm valor AS LEIS ECONÔMICAS DE UMA ECONOMIA COMPETITIVA Smith analisou primeiro o valor de troca em uma economia em estado recente e primário O trabalho teoria do valor trabalho é o único recurso escasso o capital e a terra são inexistentes ou são bens livres Logo depois desenvolveu uma teoria de valor para uma economia desenvolvida Em que o capital tinha acumulado e ambos capital e terra levaram a um preço positivo AS LEIS ECONÔMICAS DE UMA ECONOMIA COMPETITIVA Teoria do valor em uma economia desenvolvida O crescimento de capital K invalidaria a teoria do valor do custo do trabalho Suponha que duas mercadorias sejam produzidas com as mesmas técnicas de trabalho Cultivo da batata x fio de algodão Em duas horas de produção o fio de algodão poderia ser trocada no mercado a 1 libra e a Batata a 10 libras Qual as pessoas produziriam para vender no mercado AS LEIS ECONÔMICAS DE UMA ECONOMIA COMPETITIVA Em uma sociedade que os investimentos de capital e os recursos da terra são importantes existem trocas de Bens x Bens x Dinheiro x Trabalho e os preços compactuados devem ser alto para cobrir os salários aluguéis e lucros ficando o lucro dependente do valor total do capital adiantado pelo empreendedor para ponderálo Neste contexto o valor real das mercadorias não pode mais ser medido pelo valortrabalho A demanda de acordo com Smith não influencia o valor das mercadorias o custo de produção os salários o rendimento e os lucros não são os únicos determinantes do valor no longo prazo PREÇO DE MERCADO Smith fez a distinção entre o preço intrínseco ou natural de um bem e seu preço de mercado no curto prazo O preço natural é o preço no longo prazo abaixo do qual os empresários não continuariam a vender seus bens O preço atual ou preço de mercado são valores de preços que podem estar acima abaixo ou exatamente igual ao seu preço natural O preço de mercado depende dos desvios da oferta e da demanda e tenderá a flutuar em torno do preço natural Smith distinguiu o preço real de um produto do seu valor monetário ou do preço nominal SALÁRIOS Smith discutiu três facetas de salários O nível global de salários O crescimento de salários no tempo O crescimento de salários na estrutura de salário Essa reserva é determinada no curto período mas pode ser aumentada de um ano para o outro A média do salário anual depende do tamanho da reserva de salários em relação ao número de trabalhadores SALÁRIOS Se a riqueza de um país fosse grande mas fixa a população oferta de trabalho se multiplicariam além das oportunidades de emprego e os salários diminuiriam Smith defendia que aumento dos salários deveria ser indexado ao crescimento da economia portanto se opôs à doutrina do baixo salário do mercantilismo Essa melhoria nas condições econômicas das classes sociais mais pobres deve ser considerada uma vantagem ou uma inconveniência para a sociedade Veja O passado como preâmbulo 51 SALÁRIOS Smith defende que altos salários aumentam a saúde a força dos trabalhadores e consequente sua produtividade pois esse estimulo dão esperanças de uma vida melhor Economias dos altos salários ou salários de eficiência Smith reconhece a barganha uma função importante no processo de determinação dos salários Smith assumiu a existência de uma sociedade com liberdade perfeita uma sociedade em que todos eram livres para escolher e trocar seu emprego Pois as vantagens e desvantagens de cada tipo de emprego seriam iguais ou tendiam em direção à igualdade Equalização das diferenças ou Diferenciais de Salário de compensação SALÁRIOS O valor real dos salários para diferentes empregos bem como a estrutura do salário variaria de acordo com cinco fatores Agradabilidade do trabalho Custo da aquisição do conhecimento e das técnicas necessárias Regularidade do emprego Grau de confiabilidade e responsabilidade Probabilidade ou improbabilidade de sucesso LUCRO Para Smith devido à exposição ao risco da perda de cada investimento a taxa mais baixa de lucro deve ser alta o suficiente para compensar tais perdas e ainda deixar um excedente aos empresários Lucro Bruto compensação por qualquer perda e um excedente Lucro líquido Excedente exclusivo ou receita líquida do negócio Observase que nos países que estão avançando rapidamente na riqueza a competitividade entre os negócios diminui o valor do lucro RENDA Smith não apresenta uma teoria da renda concluída ou totalmente precisa Smith aderiu à perspectiva de Petty e Hume de que os preços da produção agrícola determinam o aluguel que o locador pode cobrar A renda disse Smith é o preço pago pelo uso da terra É o preço mais alto que o locatário consegue pagar depois da dedução dos salários do uso e do desgaste do capital dos lucros médios e outros gastos de produção A renda portanto é um excedente ou um residual A FUNÇÃO DA MOEDA E DA DÍVIDA Smith estabeleceu a tradição clássica de enfatizar a importância da moeda Pondera que ela é vital como um meio de pagamento se não teríamos um sistema de mercado de trocas escambo mas a moeda nada acrescenta aos produtos ou à riqueza de uma sociedade facilita a circulação mas é a produção deles que constitui a riqueza Os pontos de vista de Smith sobre a moeda são claramente opostos aos dos mercantilistas Smith condenou o crescimento da dívida pública e os valores exigidos para pagar os juros sobre ela Assumiu a idéia de Pleno emprego O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Smith viu a economia como um crescimento e um desenvolvimento econômico global e acentuado O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Como uma pessoa comum pode ter êxito nesse processo O acúmulo de capital amplia as reservas de salários pelas quais a mão de obra é paga caso o crescimento nas reservas de salários exceda o crescimento no número de trabalhadores a média dos salários aumenta Salários mais altos podem melhorar a saúde e a vitalidade dos trabalhadores e aumentar sua produtividade seta i Posteriormente os economistas clássicos presumiram que os trabalhadores tendem a receber o mínimo de subsistência e portanto não têm nada a ganhar com o desenvolvimento da economia O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Smith falou de um fator adicional que poderia dar um incremento ao aumento da produtividade e ao crescimento Distribuição mais correta de emprego Distinção entre o trabalho produtivo e improdutivo De acordo com Smith trabalhadores improdutivos incluem reis soldados sacerdotes advogados doutores escritores jogadores palhaços músicos cantores de ópera dançarinos e assim por diante Entre os trabalhadores produtivos estão os artesãos os fabricantes e os mercadores acúmulo de capital e no crescimento econômico Para Smith os bens materiais podem ser acumulados e portanto são meios potenciais do aumento da riqueza O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Os ciclos econômicos a superprodução o desemprego e o capital excedente ainda ficarão no futuro a harmonia dos interesses dominou com um mercado livre e competitivo forçando cada indivíduo a servir a sociedade enquanto serve a si mesmo Smith foi claramente mais otimista sobre o futuro do que Thomas Malthus DAVID RICARDO 17721823 VIDA DE RICARDO David Ricardo 17721823 nasceu em Londres filho de imigrantes judeus Homem de negócios operador da bolsa enriqueceu ainda jovem Vivendo em uma época bastante conturbada em meio a grandes mudanças políticas sociais e tecnológicas ele era defensor de idéias liberais Em 1799 iniciase no campo da Economia Política com a leitura da obra de Smith Em 1808 já participa do debate público em torno de questões monetárias VIDA DE RICARDO Utilizava o método abstrato de raciocínio para formular as teorias econômicas Investigação econômica para a distribuição de renda Idéias Neoclássicas DISCUTINDO INFLAÇÃO A QUESTÃO DA MOEDA Em jornais da época discute a suspensão ocorrida na Inglaterra em 1797 da conversibilidade da moeda em ouro Interpreta a causa da inflação da época nas emissões descontroladas de moeda ouro ou produto e não no aumento do preço dos cereais como se supunha Esboça uma versão da teoria quantitativa da moeda na qual dados os hábitos de pagamento da comunidade os preços guardariam proporcionalidade com o volume de moeda visàvis a quantidade de bens e serviços transacionados A inflação tinha sido criada pela guerras napoleônicas e não havia até então um referencial teórico para uma análise monetária BULIONISTA Ricardo ao lado de Thornton e Malthus era rotulado de bulionista e acreditava que a volta do padrãoouro traria a almejada estabilidade dos preços Havia também o campo dos que pensavam de modo diferente Para banqueiros ministros e antibulionistas em geral a moeda era gerada endogenamente no sistema de crédito e assim não poderia ocorrer emissão em excesso Explicavam a inflação pelo lado real localizando sua causa nos gastos públicos desenfreados e na queda das exportações O ALTO PREÇO DO OURO Um ano após o primeiro artigo versando sobre a queda da libra no Morning Chronicle em 1809 Ricardo refuta os críticos em O alto preço do ouro exposição teórica abstrata que faz uma análise de longo prazo No mesmo ano apresenta o ensaio Propostas para um numerário seguro PROPOSTAS PARA UM NUMERÁRIO SEGURO Em 1810 Ricardo apresenta o ensaio Propostas para um Numerário Seguro de grande impacto na opinião pública e que serviu de base para a criação de um comitê de especialistas que decidiria pela volta da conversibilidade uma década depois O regime de padrãoouro duraria até a Primeira Guerra Mundial Ricardo também se envolveu na discussão sobre a Lei dos Cereais que proibia a importação de trigo pela Inglaterra Ricardo contestou que havia evidências de que fora o papel e não o ouro que tinha mudado de valor A inflação dos preços se dava em termos de moeda THE HIGH PRICE OF BULLION A PROOF OF THE DEPRECIATION OF BANK NOTES BY DAVID RICARDO LONDON PUBLISHED FOR JOHN MURRAY ALBEMARLE STREET AND SAMUEL BAGSTER HOLBORN HILL 1810 EXPLICAÇÃO MONETARISTA Ricardo popularizou a explicação monetarista para o problema da inflação mas a análise de Thornton era mais sutil sobre as relações entre a moeda e o lado real da economia As teses de Thornton deram origem à influente escola monetária na qual variações da moeda bancária deveriam acompanhar os estoques de ouro Em 1844 a Lei Bancária estabelece o controle das emissões monetárias com flexibilidade para acompanhar os fluxos de ouro A TEORIA DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES E DA RENDA DA TERRA Sobre a Influência do Baixo Preço do Trigo sobre os Lucros do Capital Na exposição de suas idéias sobre a Lei dos Cereais Ricardo desenvolve em 1815 o ensaio analítico Sobre a Influência em que mostra a inconveniência de restrições à importação O ensaio inspirou o livro Princípios de Economia Política e Tributação de 1817 a principal obra de Ricardo Ainda no ensaio Ricardo argumenta que barreiras à importação beneficiam produtores menos eficientes aumenta a proporção dos rendimentos destinada ao pagamento de renda da terra e dos salários neste último caso porque cresce o preço da cesta básica As transferências para os setores menos dinâmicos da economia debilitam o crescimento econômico em prejuízo da nação Em suma o aumento no preço do trigo e o consequente aumento nos salários reduzem as taxas de lucros retardando o crescimento As ideias contidas no ensaio não convenceram os opositores e levaram Ricardo a debater com James Mill e Malthus os principais economistas da época Já famoso Ricardo foi eleito representante na Câmara dos Comuns SOBRE A INFLUÊNCIA DO BAIXO PREÇO DO TRIGO SOBRE OS LUCROS DO CAPITAL A TEORIA DA RENDA DA TERRA A teoria da renda da terra é mais sofisticada e merece uma consideração detalhada Na hipótese de livre concorrência onde a mesma taxa de lucro se impõe em diferentes propriedades rurais a renda da terra deviase à escassez de terras e à diferenciação das produtividades entre elas No capítulo 2 dos Princípios Ricardo começa definindo a renda da terra como A porção do produto da terra paga ao seu proprietário pelo uso das forças originais e indestrutíveis do solo Que não deve ser confundida com a parcela paga pela utilização do capital empregado para melhorar a qualidade da terra As leis da renda e do lucro são muito diferentes Em um país dotado de terras disponíveis ricas e férteis não seriam cobradas rendas da terra A diferença de qualidades das terras dá origem à renda regulada pela intensidade dessa diferença Supondose a existência de três faixas de terras em que o emprego da mesma quantidade de fatores produtivos dá ensejo á produção de 100 90 e 80 unidades de cereais A TEORIA DA RENDA DA TERRA 100 90 80 A renda da terra é o excedente acima dos custos básicos de produção na terra de pior qualidade das que foram ocupadas O produtor da terra marginal que produziu apenas 80 unidades vende o cereal a um preço que deve cobrir salários e lucros normais Este mesmo preço regula o valor nas vendas do produto das outras faixas mais internas A TEORIA DA RENDA DA TERRA 100 90 80 A idéia de homogeneidade de salários lucros e preços entre as diferentes terras assegurada pela hipótese de livre concorrência e intensa arbitragem entre mercados leva ao aparecimento de um resíduo excedente nas terras de qualidade superior Tal resíduo dá origem ao pagamento da renda da terra que equivale exatamente ao seu valor in natura Assim pagase 20 de renda na faixa central e 10 na faixa intermediária A terra marginal não percebe renda A TEORIA DA RENDA DA TERRA RENDA DA TERRA MEDIDA DA MARGEM EXTENSIVA DE CULTIVO RENDA DA TERRA MEDIDA DA MARGEM INTENSIVA DE CULTIVO A TEORIA DA RENDA DA TERRA Note que a renda da terra é um rendimento diferencial e um excedente acima dos custos da mão de obra e do capital A renda da terra é determinada pelo preço mas não é determinante de preço Isto é as rendas da terra altas são explicadas pelos preços altos dos grãos os preços altos não podem ser explicados pelas rendas da terra altas Esses pontos importantes precisam ser mantidos em mente enquanto examinamos as teorias do valor de troca e da distribuição de Ricardo O PROBLEMA CENTRAL DA ECONOMIA POLÍTICA Quais as leis que regulam a distribuição do produto nacional entre renda lucro e salários LUCRO COMO RESÍDUO Ricardo tem em mente que o lucro é a variável que regula o crescimento econômico mas não se contenta com a análise de Smith Para Smith ao longo do tempo os salários crescem mais que os preços finais e no processo de acumulação de capital oportunidades de investimento lucrativo ficam cada vez menores Ricardo constata que a relação entre aumento de capitais e queda nos lucros não vinha acontecendo A TEORIA DO VALOR DE TROCA E OS PREÇOS RELATIVOS Por David Riucardo A TEORIA DO VALOR DE RICARDO O passo inicial é investigar a questão do valor Na seção I do capítulo 1 Ricardo começa citando a observação smithiana do paradoxo do valor Conclui dizendo que a utilidade não é a medida do valor de troca já que estão em relação inversa mas ela é essencial para que haja valor Existindo utilidade o valor de troca ou é derivado da escassez da disponibilidade em face da demanda caso de bens raros como estátuas e pinturas famosas ou advém da quantidade de trabalho Incorporado na mercadoria caso da imensa maioria dos bens que são reproduzíveis QUAL O FUNDAMENTO DO VALOR Ricardo critica Smith quando este considera como fundamento do valor A quantidade relativa de trabalho incorporado nas sociedades primitivas A quantidade de trabalho comandado ou encomendado nas sociedades avançadas Trabalho incorporado e comandado não são a mesma coisa VARIAÇÕES NA PRODUTIVIDADE No exemplo smithiano se um castor é trocado por dois cervos é porque o castor requer por exemplo um dia de trabalho e o cervo apenas a metade disto Se houver mudanças na produtividade relativa como aumento na eficiência em que o cervo é apanhado então o mesmo castor é agora trocado por digamos quatro cervos Equiparandose o trabalho de lado a lado a antiga proporção 12 é agora 14 TRABALHO COMANDADO X TRABALHO INCORPORADO 1 hora 1 Castor 1 Castor 1 1 hora 2 Cervos 4 Cervos 4 Aumento de produtividade relativa na caça dos cervos ou seja um aumento do trabalho comandado Observase que o trabalho incorporado na caça de ambos permanecem o mesmo O VERDADEIRO FUNDAMENTO DO VALOR Ricardo afirma que o trabalho comandado depende de uma medida a ela mesma variável cujos valores flutuam com a oferta e a demanda O montante de trabalho comandado depende de tudo o que afeta os salários Variações no preço do trigo por exemplo podem provocar variações no trabalho comandado Já o trabalho incorporado é um padrão invariável ele sim o verdadeiro fundamento do valor COMO COMPARAR TRABALHO Ricardo discute como o trabalho incorporado poderia ser quantificado numa unidade comum diante da heterogeneidade do trabalho Valores de diferentes categorias de trabalho são acertados no mercado em função da destreza relativa e das horas de trabalho A teoria não precisa se preocupar em determinar esses valores pois as dificuldades em se comparar trabalho são automaticamente resolvidas no mercado O TRABALHO INCORPORADO NO CAPITAL Ricardo argumenta que mesmo na sociedade primitiva estágio inicial de desenvolvimento é imprescindível o uso de algum capital Mesmo que um castor e dois cervos sejam apanhados no mesmo tempo a proporção que iguala valores não será 12 se considerarmos o trabalho passado de construção da arma digamos maior no caso do castor Então a teoria do valortrabalho incorporado deve ter em conta o trabalho incorporado no capital Como o capital tem uma certa durabilidade em cada período em que é empregado ele transfere apenas uma parcela do seu valor pois quanto menos durável o instrumento em questão maior a parcela de seu valor transferida no cômputo do valor do bem final Ricardo de início argumenta que a relação entre salários e lucros não afeta o valor relativo dos bens pois influencia de igual modo todas as atividades O TRABALHO INCORPORADO NO CAPITAL O QUE DETERMINA O VALOR RELATIVO O valor relativo das mercadorias só dependeria das proporções entre o trabalho comandado total incluindo transporte e comercialização Sempre que dado bem economiza na utilização de trabalho comandado cai o seu valor relativo Ricardo nota ainda que redução de trabalho em edifícios máquinas e meios de transportes afeta não somente um único bem Uma parte se reflete no valor dele mas o restante é distribuído por todos os bens para os quais igualmente contribuem aqueles capitais Os capitais têm diferentes durabilidades e utilizam na sua fabricação distintas quantidades de trabalho Alguns tipos de capitais apoiam diretamente a mão de obra envolvida na obtenção de um bem de consumo final Outros tipos de capitais são mais intensos na fabricação de ferramentas implementos edificações e maquinarias que somente em período futuro irão contribuir para o produto final O QUE DETERMINA O VALOR RELATIVO CAPITAL FIXO E CAPITAL CIRCULANTE Constatada a heterogeneidade do capital Ricardo define os conceitos de capital fixo e capital circulante A diferença entre eles leva em conta o tempo de retorno financeiro do capital O capital circulante é rapidamente consumido e perece precisando ser reproduzido em intervalos pequenos Já o capital fixo é consumido lentamente e atende a muitas rodadas de fabricação EXCEÇÃO À LEI FUNDAMENTAL DO VALOR Podese ter o mesmo montante de capital em valor mas diferentes composições entre capital fixo e circulante Quando se levam em conta as diferenças no grau de duração do capital fixo e a variedade na proporção entre esses dois tipos de capitais o valor relativo dos bens finais passa a depender não apenas da proporção entre os trabalhos incorporados mas também do próprio salário ou como Ricardo refere do valor do trabalho Onde se tem capitais com diferente composição Uma subida de salários não pode deixar de afetar desigualmente os bens produzidos em tão diferentes circunstâncias Ano 1 f pTrigo K r 100L w f pMáq K r 100L w Ano 1 Valor f ptrigo 100 e f pMáq 100 Ano 2 f ptrigo K r 100L w f pLã ou Algodão K r 200L w Ano 2 Valor f ptrigo 100 e f pMáq 200 Ricardo conclui o exemplo dizendo que o valor do bem manufaturado deve exceder o valor do trigo ou 200 trabalhadores por ano Para compensar o prazo maior que deve transcorrer até que o produto de maior valor chegue ao mercado Já que o trigo é consumido em bases anuais e a manufatura somente a cada dois anos Então os valores diferem também pela quantidade de capital fixo ou trabalho previamente acumulado O valor do produto manufaturado deve incorporar os 200 trabalhadoresano mais a parcela que corresponde ao lucro sobre investimento em maquinaria É claro que mudanças nas taxas de lucro afetariam novamente os valores relativos entre manufatura e trigo EXEMPLOS RICARDIANOS EM QUE A TAXA DE LUCRO AFETA VALORES RELATIVOS A RELAÇÃO ENTRE SALÁRIO E LUCRO A relação entre salário e taxa de lucro no longo prazo depende de uma série de suposições segundo Ricardo No curto prazo não pode haver um aumento no valor do trabalho sem uma diminuição nos lucro Assim um aumento de salários deprime os lucros e portanto a relação entre valores fica no exemplo menos favorável à manufatura O preço do bem com maior proporção de capital fixo diminui em relação aos que contém menos dele CAPITAIS COM DIFERENTE DURAÇÃO Ricardo ao analisar o caso de bens com mesma composição do capital mas cujos capitais apresentam diferente duração Ricardo raciocina logicamente que o bem com capital de menor duração se comporta como o trigo isto é como um produto com pouco capital fixo A conclusão imediata é que o valor de troca relativo de bens produzidos com capital mais durável cai com aumento de salários ao mesmo tempo em que o valor de troca de bens com capital mais perecível é favorecido Vejamos a hipótese subjacente de que as máquinas não ficarão mais caras com aumento de salários já que tal aumento não poderia ser repassado a preços uma vez que se isso ocorresse o aumento no lucro atrairia capitais de outros setores com o efeito de reduzir preço e lucro do maquinário CAPITAIS COM DIFERENTE DURAÇÃO DO QUE DEPENDE O VALOR O valor depende do trabalho incorporado da composição do capital e da duração Por conseguinte os valores de troca relativos passam a depender de salário e lucro em contradição com o que o próprio Ricardo afirmava Qualquer mercadoria em comparação a outras está sujeita a oscilação em seu valor mesmo que tenha empregado uma quantidade fixa de trabalhadores em certo período COMO É POSSÍVEL UMA MEDIDA DE VALOR INVARIÁVEL Ricardo escreve Quando o valor relativo dos bens se altera seria interessante dispor de meios que indicassem quais os que descem e quais os que sobem em valor real POR UMA MEDIDA INVARIÁVEL DO VALOR O ouro não é produzido com a mesma composição de capital dos outros bens nem utiliza capital fixo de igual duração e nem leva o mesmo tempo para ser colocado no mercado Assim a importante questão da necessidade de uma régua inflexível para se mensurar valores independentemente da divisão do produto social fica em aberto Ela só seria resolvida de modo consistente muito tempo depois por Piero Sraffa em pleno século XX NOVAMENTE A RELAÇÃO ENTRE SALÁRIO E LUCRO A seção VII discute algo mais sobre a natureza do dinheiro e argumenta que como o valor dele é variável não se pode estabelecer uma relação mecânica direta e inversa entre variações de salários e de lucros A DISTRIBUIÇÃO DOS RENDIMENTOS Estabelecida a teoria do valor Ricardo se lança a examinar diretamente a questão central de como os rendimentos são distribuídos na sociedade O lucro é determinado como resíduo e assim o problema da distribuição é atacado como um problema de determinação de salários e renda da terra CARACTERÍSTICAS DA DISTRIBUIÇÃO DE RICARDO A TEORIA DE SALÁRIOS DE RICARDO Ricardo empresta a teoria da população de Malthus argumentando que o salário real de equilíbrio deve se manter no nível mínimo de subsistência Não há muito o que comentar desta hipótese Ela foi muito contestada na época e era uma ideia algo solta Ricardo falava que esse mínimo de subsistência não era o mínimo fisiológico para a sobrevivência mas correspondia a um certo padrão de vida das classes subalternas estipulado pelas condições históricas locais dependente de fatores ligados ao hábito e ao costume Função demanda por trabalho Função oferta de trabalho Nível de emprego Um aumento de salário acima deste mínimo elevaria a população trabalhadora e reduziria os lucros O efeito seria duplamente perverso ao mesmo tempo em que cresce a oferta de trabalho se reduz a demanda de mão de obra o que só pode resultar em queda de salário trazendoo para o nível inicial de subsistência A TEORIA DE SALÁRIOS DE RICARDO RENDA POR DIFERENÇAS NA APLICAÇÃO DO CAPITAL As diferenças entre as forças produtivas da terra também regulam a renda no caso em que a mesma faixa de terra é usada em quantidades cada vez maiores de capital Indose de k a 2k unidades de capital aplicado o produto aumenta 85 na primeira unidade de capital aumentara 100 pagase uma renda de 15 do produto associado ao primeiro lote de capital O retornos decrescentes nas aplicações de capital fazem com que terras com cultivo menos intensivo com maior retorno por unidade de capital paguem uma renda pelo critério explicitado anteriormente A RENDA É COMPONENTE E NÃO RESÍDUO Em qualquer caso o fenômeno que se observa é o de que com terras de pior qualidade ou de uso mais intensivo o produto se torna mais caro já que a produtividade dos fatores diminui Neste sentido é a elevação de preço com a progressão no uso da terra que resulta no pagamento da renda da terra O trigo não encarece por causa do pagamento de renda mas ao contrário a renda é paga porque o trigo tornase mais caro COMO EVOLUEM OS RENDIMENTOS A distribuição da renda com o processo de acumulação de capital pode ser vista na dimensão temporal a partir da articulação das teorias básicas de salário e renda da terra À medida que novas inversões de capital são feitas os preço dos alimentos tende a crescer pela queda na produtividade dos fatores Com isso os salários por unidade de capital crescem mesmo que os salários reais permaneçam constantes no nível de subsistência A renda também medida em unidade de capital cresce acompanhando o volume ampliado de excedentes nas condições inframarginais nas quais o capital é mais produtivo Já que os lucros são obtidos como resíduo dada a diferença entre o produto total e os custos em salários e renda da terra os lucros por unidade de capital decrescem porque parcelas dos custos estão se ampliando e o produto por unidade de capital é decrescente pela fertilidade inferior das terras marginais e pela lei da produtividade marginal decrescente no cultivo intensivo Lucro Residual Produto Total Custos wr Lucro Residual PQ Custos Salários Renda da Terra COMO EVOLUEM OS RENDIMENTOS O GRÁFICO ABAIXO ILUSTRA ESSA IDÉIA LucrosK Capital K Variável K ProdutoK SalárioK Salário RendaK VISÃO PESSIMISTA O lucro por unidade de capital tenderia a zero com o avanço na acumulação de capital A taxa de lucro agrícola determinaria a taxa geral de lucro por arbitragem e sendo assim também haveria a queda na taxa de lucro na indústria A queda do lucro leva ao estado estacionário no qual a economia deixaria de crescer K constante Tal situação poderia ser adiada pelas inovações tecnológicas na agricultura ou pela abertura ao comércio internacional que baratearia os preços dos cereais argumento teórico também usado por Ricardo contra a Lei dos Cereais CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES Desta forma relatase a teoria básica de Ricardo do crescimento econômico e da distribuição da renda Como indica o título completo da obra Princípios de Economia Política e Tributação questões de política tributária são bastante discutidas ao longo do livro Ele estava preocupado com o efeito da incidência de impostos O IMPOSTO depende do valor monetário do rendimento de cada cidadão e do valor monetário das mercadorias que ele habitualmente consome TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS Ricardo é autor da conhecida Teoria das Vantagens Comparativas que demonstra serem vantajosas as trocas internacionais mesmo numa situação em que determinado país tivesse maior produtividade que o outro na produção de todas as mercadorias Esta teoria parte da premissa de que os valores nas trocas internacionais não são determinados pela quantidade de trabalho dos bens envolvidos já que não há mobilidade de mão de obra entre países Assim duas mercadorias intercambiadas podem não representar a mesma quantidade de trabalho Ricardo explicitamente assumia em sua prova teórica dos ganhos de mercado que o capital e o trabalho não circulavam entre os países E implicitamente assumia que os custos ficavam constantes à medida que os produtos aumentavam TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS Ricardo supõe que no comércio entre Inglaterra e Portugal uma certa quantidade de vinho é transferida em troca de outro montante de tecido Em cada caso é requerida determinada quantidade de mão de obra representada por horas de trabalho como na tabela a seguir PAÍS HORAS DE TRABALHO POR UNIDADE DE TECIDO HORAS DE TRABALHO POR UNIDADE DE VINHO intercambiável Portugal 90 80 Inglaterr a 100 120 TABELA 73 Ilustração das vantagens comparativas Saídas hipotéticas por unidade de trabalho utilizada Vinho Tecido Portugal 3 6 Inglaterra 1 5 Total 4 11 TABELA 74 Os ganhos da especialização e do mercado Produção hipotética por unidade de trabalho utilizada Vinho Tecido Portugal 3 6 Inglaterra 2 10 Total 1 4 O DESEMPREGO SEGUNDO RICARDO Ricardo concordou que um excesso de oferta temporário poderia ocorrer mas argumentou que a produção total e o emprego geralmente prevalecem A superprodução de uma mercadoria específica poderia ocorrer devido à má previsão mas tal circunstância automaticamente se corrigiria O produto seria vendido com perda e os recursos seriam transferidos para a produção de outras mercadorias para as quais agora haveria evidentemente uma maior demanda O DESEMPREGO SEGUNDO RICARDO Ricardo declarou que havia se enganado em sustentar a concepção de que a introdução do maquinário ajudaria todas as três classes principais de receptores de renda Suas rendas monetárias pensou seriam as mesmas enquanto suas rendas reais aumentariam pois os bens poderiam ser produzidos com menor custo com o maquinário OUTRAS TESES RICARDIANAS Ricardo discute outros pontos importantes do comércio internacional como as dificuldade de transferência de capitais entre países os problemas do equilíbrio automático no padrão ouro e o efeito da abertura ao comércio mundial sobre as taxas de lucro de um país Ele argumenta que o comércio exterior de fato não afeta as taxas de lucro mas beneficia o país pelo aumento no volume de bens obtidos e também do nível de emprego doméstico III PARTE UTILITARISMO MARGINALISMO NEOCLASSICISMO E KEYNESIANISMO SUGESTÕES PARA LEITURA Historia do Pensamento Econômico Stanley L Brue traducao Luciana Penteado Miquelino Sao Paulo Thomson Learning 2006 Cap 8 A escola clássica Bentham Sênior e Mill pg 122 147 História do Pensamento Econômico Grant Stanley L Brue Randy R Cengage Learning Brasil 2016 Cap 8 A Escola Clássica Bentham Sênior e Mill pg 135 162 SUGESTÕES PARA LEITURA COMPLEMENTAR História do Pensamento Econômico E K Hunt Mark Lautzenheiser tradução de André Arruda Villela Rio de Janeiro Elsevier 2013 Cap 6 O subjetivismo racionalista A Economia de Bentham e Sênior pg 187 223 Cap 7 A Economia Política dos Pobres As Ideias de William Thompson pg 227 252 Cap 8 Utilitarismo Puro Versus Utilitarismo Eclético Os Escritos de Bastiat e Mill pg 256 292 ESCOLA UTILITARISTA Os primeiros utilitaristas Bentham Say Sênior Bastiat Utilitaristas reformadores Thompson e Mill O UTILITARISMO 1840 1872 RÁPIDA EXPANSÃO ECONÔMICA NA EUROPA Capital Cartéis Industrialização Concentração Poder Industrial Trustes Riqueza Fusões Eliminação Pequenas Empresas ANTECEDENTES ÂMBITO FINANCEIRO SA única organização Mercado Financ Pequenos Recursos Empresarial organizado N Reduzido em Kptas RELAÇÕES SOCIAIS Hierárquica Integrados Forma Grande Empresa Processos Racional Burocrática Coordenados calculado Objetivo Maximizar Lucro Acumulação de Capital ADAM SMITH Análise da economia composta de várias EMPRESAS PEQUENAS BENTHAM SAY E SÊNIOR O SUBJETIVISMO RACIONALISTA Busca do lucro maior divisão social do trabalho maior interdependência entre as pessoas Interdependência não era vista como dependência de pessoas mas de forças impessoais o mercado Idéia de que ninguém pode controlar o mercado capitalista coletivo controla Forças de mercado são imutáveis e naturais agem como forças da natureza ORIGENS SOCIAIS DAS PREMISSAS DO VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS Condições humanas no Capitalismo são específicas ao próprio modo de produção Generalização dessas condições como se fossem naturais do ser humano em todos os tempos e sociedades VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 1 Especialização do trabalho isolamento dos produtores Indivíduos como unidades isoladas preocupadas com a própria sobrevivência contra forças impessoais do mercado Outros passam a ser vistos como inimigos e adversários Hobbes O Leviatã VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 2 Indivíduo é competitivo e egoísta por natureza Suas motivações essenciais são aumentar o prazer e evitar a dor UTILITARISMO VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 3 A divisão do trabalho cria dependência completa do funcionamento com êxito do mercado Aceitando o capitalismo como natural e eterno a única condição de melhora para os indivíduos está no bom funcionamento do mercado liberdade econômica VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 4 Bom funcionamento do mercado depende da quantidade e eficácia dos meios de produção Industrialização exige que parte do esforço produtivo seja direcionado dos bens de consumo para os bens de produção Idéia de que os lucros devem aumentar com relação aos salários lucros devem ser suficientes para financiar a industrialização Quem financia realmente a industrialização Depende da grandeza real de salários lucros e produção Ao aceitarmos que a repartição da renda pelo mercado é correta natural temos a ilusão de que quem pagou a industrialização foi o capitalista VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 5 Acirramento da concorrência Sobrevivência em risco lucros dependem de controles acurados Sistemas complexos de apuração e controle contabilidade Atitudes racionais em todos os âmbitos a racionalização do mundo Todos os atos humanos passam a ser vistos como consequências de decisões racionais e calculadas hábitos caprichos acidentes superstições religiões altruísmo emoções etc não contam Indivíduo age como se fosse um contador lucros prazeres e prejuízos dor UTILITARISTAS E a idéia do hedonismo HEDONISMO PSICOLÓGICO O hedonismo é uma doutrina ética ou filosofia de vida que defende a busca por prazer como finalidade da vida humana Buscar prazer é o que move as paixões os desejos e todo o mecanismo da vida sendo portanto na visão de hedonistas a primeira e mais completa ponte para a finalidade última da vida a felicidade Para Bentham as ações humanas deveriam ser orientadas por um princípio de utilidade ou seja de promover atitudes que resultem em uma felicidade duradoura Para os utilitaristas a felicidade é equivalente ao prazer pensado na filosofia hedonista TIPOS DE HEDONISMO PRAZER X DOR Hedonismo cirenaico Hedonismo epicurista Hedonismo utilitarista Hedonismo psicológico QUIZ Na sua visão a contemporaneidade é hedonista Justifique Somos consumidores hedonistas Porque PRIMEIROS UTILITARISTAS Jeremy Bentham 17481832 JEREMY BENTHAM 17481832 UTILIDADE Propriedade de qualquer objeto que tenda a produzir algum benefício vantagem prazer bem ou felicidade ou impedir danos dor mal ou infelicidade Utilidade mais prazer menos dor 2 princípios soberanos Toda motivação humana em qualquer época e lugar se baseia no desejo de maximizar a utilidade Valorutilidade chave para uma ciência do bemestar e da felicidade humana QUANTIFICAÇÃO DA UTILIDADE DO PRAZER Intensidade Duração Certeza ou incerteza Proximidade ou afastamento Fecundidade Pureza Extensão JEREMY BENTHAM 17481832 No curso geral da vida em todo coração humano o interesse próprio predomina sobre todos os interesses em conjunto A preferência por si mesmo tem lugar em toda parte Todo valor se baseia na utilidade O TRABALHO Trabalho penoso Evita a dor e aumenta o prazer Crítica ao valortrabalho O paradoxo da água e do diamante Água não tem valor a quem não precisa o prazer do diamante UTILIDADEMARGINAL JEREMY BENTHAM 17481832 No início Concorda com Smith quanto a capacidade reguladora do mercado liberdade econômica Aceita a idéia de que a produção gera sua demanda todos aceitavam exceto Malthus Depois Favorável à intervenção do governo Reduções no consumo queda na produção desemprego Utilidade do dinheiro é maior nas mãos dos pobres Distribuição da renda aumenta a utilidade geral da sociedade Governo deveria ser imparcial o Reifilósofo Governo pessoas egoísta pensa nos seus próprios interesses PRIMEIROS UTILITARISTAS JEANBAPTISTE SAY 17671832 JEANBAPTISTE SAY 17671832 Discípulo de Smith corrigindo erros O preço é a medida do valor e o valor é a medida da utilidade Capitalismo leva à harmonia social mercado livre Classes sociais agentes de produção Propriedade fruto da abstenção do consumo Salários e lucros determinados pela contribuição relativa de cada um utilidade Valor não é definido na produção e sim na circulação mercado Desaparecem os conflitos de classe JEANBAPTISTE SAY PRINCIPAIS IDEIAS E CONTRIBUIÇÕES Teoria do valor Em oposição a teoria do valor de outros clássicos propôs a ofertademanda como determinante do valor Oferta a oferta é determinada pelos custos de produção despesas com os fatores terra trabalho capital empreendedorismo Demanda pela utilidade Perdas do monopólio peso morto A lei dos mercados Lei de Say Mercado livre sempre se ajusta automaticamente num equilíbrio em que todos os recursos inclusive o trabalho estariam plenamente utilizados Equilíbrio com o pleno emprego Oferta cria demanda da mesma magnitude Moeda é apenas um facilitador das trocas Se houver excesso de determinada mercadoria é porque outras não foram produzidas em quantidade suficiente Superprodução temporária JEANBAPTISTE SAY PRINCIPAIS IDEIAS E CONTRIBUIÇÕES PRIMEIROS UTILITARISTAS Nassau Sênior 17901864 NASSAU SÊNIOR 17901864 Primeiro mestre de Economia Política em Oxford 1825 A tarefa de um economista político não é recomendar nem dissuadir mas declarar o princípio geral Economia positiva como é x normativa como deveria ser Objetivista x Prescritivas METODOLOGIA TEÓRICA SÊNIOR Economistas não deveriam se preocupar com o bem estar social mas com a análise da riqueza A questão da Ética Economia Política despida de valores subjetividade Ciência Pura Economistas políticos deveria preocuparse com fatos relevantes Análise da produção e distribuição da riqueza e não a busca da felicidade NASSAU SÊNIOR 17901864 Conflitos trabalhistas Salário subsistência x utilidade Salários determinados pela produtividade fundo de salários OS 4 POSTULADOS DE SÊNIOR Principio da renda ou maximização da utilidade Maior riqueza com menor sacrifício utilidade Sênior x Bentham Distribuição da renda Todos têm desejos insatisfeitos Superprodução impossível Somente ocorreria quando todos estivessem saciados desejo de riqueza é insaciável OS 4 POSTULADOS DE SÊNIOR Príncipio da população Limitada por males morais ou físicos criar hábitos de prudência autorrespeito e autolimitação A importância do medo da escassez redução da segurança dos seus artigos de riqueza ou seja melhoramos com o sofrimento A natureza decretou que o caminho para o bem é através do mal OS 4 POSTULADOS DE SÊNIOR Príncipio do acumulo de capital Que os poderes do trabalho MO e de outros instrumentos que ajudam a produzir riqueza possam ser aumentados indefinitivamente ao usar tal produto como meios de se produzir ainda mais Trocas Você quer o produto e não o dinheiro OS 4 POSTULADOS DE SÊNIOR Príncipio dos rendimentos decrescentes Sendo mantida uma técnica agricola um trabalho adicional empregado em uma terra produz rendimentos cada vez menos proporcionais Embora para cada aumento do trabalho o rendimento agregado seja maior esse aumento não é proporcional ao aumento do trabalho ACUMULAÇÃO E ABSTINÊNCIA SÊNIOR Produtos do trabalho e do capital devem ser direcionados para acréscimo dos bens de capital riqueza aumenta Salário recompensa pelo trabalho penoso Lucro recompensa para a dor de não consumir no imediato um dos atos mais penosos da vontade humana Só a acumulação de capital abstinência do capitalista garantiria o crescimento da riqueza acima do crescimento populacional SÊNIOR E A IDEIA DE ABSTINÊNCIA O valor de troca dos bens Depende da demanda e oferta Demanda básica é o conceito da utilidade marginal decrescenteinsight que posteriormente foi expandido pelos marginalistas A oferta depende dos Custos É soma de sacrifícios exigida para o uso dos agentes fatores da natureza para produzir bens úteis subjetivo Os custos de produção são o trabalho dos trabalhadores e a abstinência dos capitalistas ABSTINÊNCIA EM SÊNIOR Tratase da conduta de uma pessoa que se priva do uso não produtivo daquilo que ela pode controlar ou que prefere propositalmente a produção futura àquela de resultados imediatos Pela palavra abstinência desejamos expressar aquele agente diferente do trabalho e da ação da natureza cuja cooperação é necessária para a existência do capital e que está na mesma relação para com o lucro quanto o trabalho para os salários A tal abstinência capitalista implica em juízo de valor sobre os sacrifícios assumidos no adiamento ou na renúncia definitiva do consumo da riqueza SÊNIOR E A IDEIA DE ABSTINÊNCIA Questão chave o sacrifício não é uma soma total de economias Um milionário provavelmente economizaria 10000 com menos sacrifícios por dólar que um homem pobre ao economizar 100 É o sacrifício na margem isto é na fronteira em que decide se economiza uma quantia extra ou gasta no consumo Nessas margens de 10000 e de 100 os sacrifícios do adiamento podem ser iguais E podem ser suficientemente grandes para exigir uma remuneração recompensa na forma de Juros UMA APLICAÇÃO DA IDEIA DE ABSTINÊNCIA A economia é a atividade que produz nova despesa com investimento Principalmente quando a recompensa a abstinência ou adiamento do consumo que é o juro i aumentalogo ocorre mais economia S S f i A despesa com investimento é a compra de bens de capital I Que depende do que Do custo de oportunidade de investir à taxa de juros i I g i SURGE ENTÃO UMA EXTENSÃO DA LEI DE SAY Como a economia é uma função positiva da taxa de juros e o investimento uma função negativa da taxa de juros a taxa se ajustará a um nível em que todas as economias poupanças serão investidas Se as economias agregadas poupança aumentar os bens de consumo tendem a cair e o equilíbrio da taxa de juros cairá O que acarretará no aumento dos empréstimos e a compra de bens de capital SURGE ENTÃO UMA EXTENSÃO DA LEI DE SAY O declínio na despesa sobre os bens de consumo será exatamente compensado pelo aumento da despesa sobre os bens de capital Dessa perspectiva clássica nenhuma deficiência da demanda total ocorrerá O que valida a lei de Say MÃO DE OBRA PRODUTIVA Sênior discordou de Smith que pensava que os produtores de serviços são todos não produtivos Os advogados doutores e os professores são produtivos pois promovem o aumento da riqueza Onde um soldado deve proteger os fazendeiros ambos são produtivos Para sênior a distinção apropriada não estava entre o trabalho produtivo e o não produtivo mas entre o consumo produtivo e o não produtivo e AS POSIÇÕES POLÍTICA DE SÊNIOR Sênior não prestou atenção em sua própria prescrição de que os economistas jamais deveriam oferecer uma simples sílaba de conselho Ao longo de sua carreira na vida pública ele fez numerosos pronunciamentos sobre as questões políticas nunca explicando se suas recomendações eram oferecidas com todo o peso de suas teorias econômicas ou não LEI DA POBREZA SÊNIOR Trabalhadores devem aceitar qualquer trabalho que lhes for oferecido independente das condições e da remuneração Qualquer pessoa que não encontre trabalho deve receber apenas o suficiente para não morrer de fome Essa pessoa deve receber bem menos que um salário mínimo e sua condição deve ser tão miserável que ela deve sentirse motivada a procurar trabalho em qualquer condição e remuneração COMO GOVERNAR UM PAÍS EM QUE OS POBRES SEJAM MAIORIA SÊNIOR Excluílos da vida política Forçálos a uma dedicação cega às leis e aos costumes Armar e disciplinar as classes superiores apoiandoas com um exército regular ATOS DE FÁBRICA DE SÊNIOR 1837 Ao calcular o efeito econômico de uma jornada de trabalho menor ele não fez nenhuma concessão aos gastos reduzidos de matéria prima aquecimento iluminação depreciação e assim por diante Ignorou a probabilidade de aumentar a produção por hora que poderia resultar de uma jornada de trabalho menor Seu raciocínio confuso e errôneo o levou a conclusões de que todo o lucro é derivado da última hora de trabalho Se um dia de trabalho fosse reduzido por mais uma hora os capitalistas não teriam lucros e a Inglaterra seria prejudicada na concorrência com os produtores estrangeiros QUIZZZ Porque o valor de troca dos bens segundo Sênior depende da oferta e demanda Justifique Porque a lei de Say não é invalidada pelo ato de economizar Justifique sua resposta Na sua visão porque o raciocínio de Sênior era confuso e errôneo sobre a última hora de trabalho Explique História do Pensamento Econômico Uma perspectiva crítica Hunt e Laustzenheiser 2013 2 3 3 CAPÍTULO 8 UTILITARISMO PURO VERSUS UTILITARISMO ECLÉTICO OS ESCRITOS DE BASTIAT E MILL Fréderic Bastiat 1801 1850 Utilitarismo Puro John Stuart Mill 1806 1873 Utilitarismo Eclético UTILITARISMO PURO DE BASTIAT Fréderic Bastiat 1801 1850 Utilitarismo Puro FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO 2 3 5 Fundamentos e escopo da economia utilitarista Estabelece a santidade da propriedade privada do capital do lucro e da distribuição da riqueza no capitalismo concorrencial laissezfaire com base nos princípios do utilitarismo na teoria econômica teoria do valor utilidade Harmonia social rejeição do conflito de classes existente no capitalismo Desenvolve a economia utilitarista trocas voluntárias no mercado aumenta a utilidade total O próprio fato de ser feita uma troca é prova de que tem de haver lucro para ambas as partes contratantes caso contrário a troca não seria feita Toda troca representa ganhos para a humanidade FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO 2 3 6 Fundamentos e escopo da economia utilitarista Na economia neoclássica utilitarista todas as interações econômicas políticas e sociais dos seres humanos se reduzem a atos de troca A teoria econômica utilitarista reduz ao silogismo forma de raciocínio dedutiva todas as trocas são mutuamente benéficas para as partes todas as interações humanas podem ser reduzidas às trocas Logo todas as interações humanas são benéficas para todos harmonia social A teoria econômica é uma mera análise de troca no mercado e a troca está sob a influência do interesse próprio FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO Utilidade e troca Leis científicas interesse próprio é a mola mestra da ação humana Os desejos e necessidades humanas são insaciáveis mas os meios recursos para sua satisfação são limitados escassos Satisfação das necessidades dá prazer gerando utilidade Lei ou princípio universal nosso interesse próprio é tal que constantemente procuramos aumentar toda nossa satisfação em relação ao nosso esforço princípio de Bentham da maximização da utilidade Hunt 2013 p 153 FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO Utilidade e troca Separação da utilidade em dois tipos para tornar os preços dependentes da utilidade e afastar o paradoxo da água e do diamante de Smith mas não formulou o conceito de utilidadade marginal a Utilidade gratuita natureza oferece a água satisfazendo a utilidade sem esforçotrabalho humano b utilidade onerosa utilidade do diamante exige esforço ou dor Este esforço era denominado de serviço trabalho e era um tipo de serviço que diferia dos serviços executados pelos capitalistas Serviço era definido por Bastiat como um esforço de um homem ao passo que a necessidade e a satisfação era de outro na sociedade de troca UTILITARISMO ECLÉTICO MILL John Stuart Mill 1806 1873 Utilitarismo Eclético JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 0 Utilitarismo de Mill Utilitarismo eclético tentativa de integrar a teoria do valor trabalho e a perspectiva utilitarista na obra Princípios de Economia Política 1848 Utiliza os escritos de Bentham e Ricardo com diversas modificações ecletismo pois tinha a preocupação de ser correto e justo na apresentação de qualquer doutrina A filosofia social de Mill e sua teoria econômica tornaramse ecléticas e muitas vezes incoerentes Mill e Bastiat são os primeiros representantes da bifurcação da economia utilitarista Bastiat percursor da escola austríaca e da escola de Chicago proponentes de um conservadorismo extremo e defensores rígidos do capitalismo laissezfaire JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 1 Utilitarismo de Mill Mill percursor da escola econômica neoclássica Marshalliana muito mais moderada que quase sempre defende reformas liberais e a intervenção do governo Mill foi superior a Bastiat tanto como teórico quanto como estudioso pois os seus princípios tinham um academismo vasto equivalente à obra a Riqueza das Nações de Adam Smith no entanto Mill era eclético em doutrinas contendo grandes incongruências Bastiat tinha estilo doutrinárioarroganteporém coerente às vezes até rude JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO Utilitarismo de Mill Mill começou seus princípios com uma afirmação que contradizia a maioria dos economistas teóricos anteriores a ele e que contradiz a economia neoclássica contemporânea como a produção da riqueza não é evidentemente uma coisa arbitrária Tem condições necessárias As leis das matérias e as consequências materiais de determinadas técnicas físicas de produção eram as mesmas em todas as sociedades Leis de produção técnicas de produção eram as mesmas em todas as sociedades o que não ocorria com as leis da distribuição da riqueza Leis da distribuição são determinadas por uma instituição humana regida por regulamentos sujeitos às mudanças Utilitarismo de Mill A forma de distribuição de riqueza depende das leis de propriedade dos regulamentos e dos usos vigentes nessa sociedades dos quais podem mudar rapidamente Não aceitava que a propriedade privada tinha sido instituída por Deus lei natural e sagrada como afirmava Bastiat mas sim uma convenção humana Com a rejeição da noção de propriedade privada sagrada e de dois axiomas centrais do utilitarismo de Bentham 1 todos os motivos são reduzidos à busca do prazer baseada no interesse próprio e 2 cada pessoa é o único juiz de seus próprios prazeres e por isso é impossível fazer comparações de prazer entre as pessoas JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO Utilitarismo de Mill O segundo axioma expresso por Bentham de que se a quantidade de prazer fosse a mesma apertar parafusos seria tão bom quanto fazer poesia O utilitarismo de Bentham não permite fazer comparações negativas de tipos de prazer qualitativamente diferentes Mill não acreditava que todos os atos fossem motivados pelo interesse próprio Apenas a maioria das pessoas moldadas pela cultura capitalista concorrencial agia com base no interesse próprio em seu comportamento econômico Para Mill em outras sociedades as pessoas agiam com base em motivos mais elevados ou mais nobres contradizendo assim a teoria utilitarista de que todos os motivos se reduzem ao interesse próprio e que são reflexos de julgamentos pessoais e subjetivos 244 JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 5 Utilitarismo de Mill Argumento de Mill Alguns prazes poderiam ser considerados moralmente superiores aos outros Portanto há necessidade de um princípio superior ao princípio do prazer do utilitarismo para fazer julgamentos morais de diferentes prazes sendo a fonte de julgamentos éticos Mill alguns tipos de prazer são mais desejáveis e mais valiosos do que outros Independentemente da quantidade de prazer envolvida alguma atividade pode ser considerada mais desejável e valiosa do que outra contradizendo a ideia do utilitarismo Para Mill o prazer não é o critério normativo final como mostra a sua afirmação era melhor ser um Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito Isso destrói a base sobre a qual os economistas utilitaristas construíram as teorias econômicas normativas e que mostrava a vantagem universal das trocas Mill não era um utilitarista convicto JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 6 A Teoria do valor de Mill Mill como discípulo de Ricardo apresenta a perspectiva da teoria do valor trabalho o valor das mercadorias depende principalmente da quantidade de trabalho necessária para sua produção Hunt 2013 p 161 Mill afirmou que embora o trabalho fosse o determinante mais importante do valor não era o único A teoria do valortrabalho só era válida argumentava Mill quando as razões capitaltrabalho fossem as mesmas em todas as indústrias neste caso os custos de produção seriam proporcionais ao trabalho incorporado às várias mercadorias Isso porém não ocorreria com a maioria das mercadorias JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 7 A TEORIA DO VALOR DE MILL Exemplo O vinho e o tecido produzidos pelas mesmas quantidades de trabalho têm valores diferentes porque o vinho demorava mais a dar lucro do que o tecido Além disso todas mercadorias feitas por máquinas eram semelhantes pelo menos aproximadamente ao vinho no exemplo O que explica a diferença entre preço e valor do trabalho Ricardo tinha consciência das causas dessas diferenças proporcionais entre os preços e os valores do trabalho mas considerava estas diferenças secundárias e que poderiam ser explicadas pela teoria do valortrabalho Mill discorda da teoria do valor trabalho e volta à teoria do custo de produção pela soma de Smith teoria da soma três componentes básicos dos preços salário lucro e aluguel A Teoria do valor de Mill Mill visão de Ricardo os lucros eram simplesmente o produto excedente do trabalho que fosse além do necessário para a manutenção dos trabalhadores A causa do lucro é que o trabalho produz mais do que é necessário para a sua manutenção Para Mill o preço de mercado é determinado pela oferta e demanda com o tempo o preço de mercado se aproxima do preço natural custo de produção que é igual ao somatório do custo preço da terra preço do trabalho e preço do capital Lucro econômico zero taxa média de atratividade da economia Longo prazo Lucro contábil positivo preço de mercado preço natural salário lucro contábil Para a teoria do custo de produção baseada na soma o preço de mercado era determinado pela oferta e demanda Com o tempo o preço de mercado se aproximaria do preço natural teoria do Smith que era igual ao somatório dos três componentes do custo preço da terra preço do trabalho e preço do capital Esta interpretação desta teoria é uma antítese da teoria do trabalho porque suponha que o lucro fosse o preço natural do capital e não um excedente ou um resíduo Além disso o lucro era um preço pago em uma troca por algum serviço de um capitalista A teoria do custo de produção baseada na soma considerava o lucro como gerado pela troca e não pela produção De acordo com esta teoria o lucro é fruto da troca e não da produção o lucro é a remuneração através da troca da abstinência do risco e do esforço dos capitalistas 249 A Teoria do valor de Mill Lucro econômico é a taxa de atratividade que alguma atividade econômica gera acima das demais na economia assim no longo prazo o mesmo capital empregado em todas as atividades econômicas produz a mesma taxa de lucro portanto o lucro econômico é zero não existe atratividade para o capital migrar para outra atividade Antítese da teoria do valor trabalho pois esta supunha que o lucro fosse o preço natural do capital e não um excedente O lucro era um preço pago em troca de algum serviço do capitalista A teoria do custo de produção baseada na soma considerava o lucro como gerado pela troca e não pela produção Mill aceitou a teoria do custo de produção o salário é a remuneração do trabalho o lucro é a remuneração da abstinência do consumo O capitalista exige uma recompensa para absterse do consumo e investir nos meios de produção o lucro é fruto da troca e não da produção Abandona a noção de que o trabalho determinava o valor de troca ou o preço relativo das mercadorias 25 1 No longo prazo todo capital de mesmo valor empregado nas diversas atividades econômicas produz a mesma taxa de lucro porém a relação capitaltrabalho difere entre as atividades econômicas A teoria do valortrabalho capitaltrabalho fosse a seria válida somente se esta razão mesma em todas atividades econômicas consequentemente a parcela do lucro corresponderia ao serviço do capitalista e o salário ao esforço do trabalho no processo de produção Na realidade o que se verifica é que a taxa de lucro é a mesma para mesmo valor do capital em pregado nas diversas atividades enquanto que a razão capitaltrabalho não é a mesma sendo assim a remuneração do capitalista lucro não é proporcional ao serviço prestado na produção Em outras palavras o lucro é fruto da troca demanda e oferta e não da produção Os lucros eram simplesmente o produto excedente do trabalho que fossem além do necessário para a manutenção dos trabalhadores A causa do lucro é que o trabalho produz mais do que é necessário para sua manutenção Mudando a forma do teorema podemos dizer que a razão pela qual o capital gera um lucro é que os alimentos as roupas os materiais e os instrumentos duram mais do que o tempo necessário para sua produção sendo assim se um capitalista fornecer essas coisas a um grupo de trabalhadores com a condição de receber tudo o que eles produzirem eles além de reproduzirem suas próprias necessidades e instrumentos ficarão com parte de seu tempo sobrando para trabalhar para o capitalista Vemos então que o lucro surge não do fenômeno da troca mas da capacidade de produção de trabalho Hunt 2013 p 162 252 A Teoria do valor de Mill TROCA A TROCA O preço expressa o valor de uma coisa em relação ao dinheiro O valor de uma mercadoria é medido pelo seu poder geral para comprar outras mercadorias Pode haver um aumento dos preços mas não um aumento geral dos valores pois em períodos relativos todas as coisas não podem aumentar no valor simultaneamente O valor de uma mercadoria não pode aumentar mais do que seu valor de uso estimado para o comprador A demanda eficaz o desejo mais a capacidade de compra é portanto um determinante do valor REFLITA Se a demanda depende parcialmente do valor e o valor depende da demanda não será isso uma contradição CLASSIFICAÇÃO DOS BENS TRÊS CATEGORIAS A primeira é das coisas absolutamente limitadas na quantidade Chamaríamos a isso de uma oferta perfeitamente inelástica Mudanças de preço não resultam nas mudanças na quantidade oferecida A segunda categoria de bens é aquela pela qual a oferta é perfeitamente elástica A maioria de todas as coisas compradas e vendidas se enquadra nessa categoria a produção pode ser expandida sem o limite no custo constante por unidade do produto e os valores de tais bens dependem da oferta ou custos de produção A terceira categoria de bens é aquela com uma oferta relativamente elástica Aqueles que se situam entre os dois extremos apenas uma quantidade limitada pode ser produzida a um determinado custo se for necessário mais deve ser produzido a um custo maior Mill faz duas exceções à regra de que os custos de produção preço natural determinam os preços das mercadorias Preços internacionais é o preço do salário dos trabalhadores preço natural é igual ao preço de mercado no longo e curto prazo no mercado de concorrência perfeita lucro econômico zero Dentro do país os preços são iguais ao custo de produção devido à concorrência equalização da taxa de juros Diferentes países imobilidade dos fatores de produção a concorrência não iguala os salários e lucros em diferentes países portanto os preços internacionais seriam diferentes e determinados exclusivamente pela oferta e demanda e não pelos custos de produção a oferta e demanda internacionais geram o equilíbrio do balanço de pagamento curva de oferecimento A intersecção da curva de oferecimento gera o preço de equilíbrio 256 A Teoria do valor de Mill TROCA A LEI DO VALOR INTERNACIONAL Mill endossou a defesa de Ricardo do mercado internacional livre baseado na lei dos custos comparativos Contudo para essa lei Mill acrescentou uma lei de valores internacionais uma de suas importantes e legítimas contribuições para a análise da economia A elasticidade da demanda pelos bens entrou mais uma vez em sua teoria Ricardo fracassou ao demonstrar como o lucro do comércio é dividido entre os países negociantes Mill mostrou que os termos de troca atuais de mercado dependem não apenas dos custos internos mas também do modelo da demanda Os termos da troca internacional dependem da resistência e da elasticidade da demanda por cada produto no país estrangeiro DEMANDA MÚTUA Mill ele iniciou apontando que o valor de um bem importado é o valor da mercadoria exportada para pagar por ele As coisas que uma nação tem disponíveis para vender no exterior constituem os meios para comprar os bens de outras nações Assim a oferta das mercadorias produzidas disponíveis para exportação poderia ser lembrada como a demanda para a importação Mill se referiu a essa ideia como a demanda mútua Mill explicitamente assumiu que sob quaisquer condições tecnológicas o produto pode ser trocado sem alterar os custos de unidade de produção EXEMPLO INGLATERRA LÃ E ALEMANAHA LINHO JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 25 9 Reserva de Salários A demanda por trabalho constituía o volume de fundos dos salários reservados pelos capitalistas para o pagamento dos trabalhadores salários e os salários dependiam da oferta de trabalho número de trabalhadores para dividirem esse fundo Para aumentar os salários haveria a necessidade da redução do tamanho das famílias Malthus defesa da abstinência sexual Mill afirma que a educação influencia o uso de novos métodos de controle de natalidade 1869 Mill repudia a doutrina do fundo dos salários argumentando que os salários não eram limitados por uma quantia mas sim pelos lucros totais dos capitalistas disputa concorrencial entre trabalhadores e capitalistas luta de classes JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 0 Reserva de Salários Se o capitalista tiver de pagar mais pelo trabalho o pagamento adicional será de sua própria renda o volume do fundo de salários passa a ser determinado pelos salários conseguidos pela luta de classes redistribuição da renda dos lucros para os salários Salários eram determinados mais por fatores sociais e políticos do que por fatores econômicos estritamente definidos Stuart Mill Mill passou a ver as combinações e as greves trabalhistas não só como educacionais mas também como potencialmente importantes na redistribuição da renda dos lucros para os salários Defesa da intervenção do estado como sendo desejável para a sociedade AS RESERVAS DE SALÁRIOS SEGUNDO MILL Seguese então de acordo com mill que o governo não pode aumentar o total dos pagamentos do salário ao fixar um saláriomínimo acima do nível do equilíbrio Determinada uma reserva de salários de um tamanho fixo a renda salarial mais alta que alguns trabalhadores receberiam seria compensada inteiramente pela renda salarial perdida daqueles que ficaram desempregados Para corrigir essa condição o governo pode aumentar a reserva de salários ao instituir a economia forçada por meio da taxação usando os rendimentos para superar o desemprego criado pelas leis do saláriomínimo O conceito da reserva de salários era errôneo pois não há uma porcentagem de capital predeterminada que deva seguir para o trabalho AS RESERVAS DE SALÁRIOS SEGUNDO MILL Uma vez estabelecido um negócio os salários não são pagos da reserva adiantada do capital de giro mas especialmente do fluxo atual da receita derivada da venda do produto Posteriormente os economistas apontaram que a decisão para contratar um trabalhador não está baseada na disponibilidade da receita passada mas especialmente na receita prevista que a empresa receberá por vender o produto que o trabalhador ajudou a produzir IDÉIAS ADICIONAIS DE MILL O lucro ele disse é separado em três partes os juros a garantia e os salários de direção Essas são as recompensas pela abstinência pelo risco e pelo esforço implicado no emprego de capital Levando em conta as diferenças no risco na atração de diferentes empregos e nos monopólios naturais ou artificiais a taxa de lucro em todas as áreas do emprego do capital tende em direção à igualdade E os gastos com formação Mill notou que os gastos com formação e treinamento representavam em parte investimentos presentes justificados por retornos salariais posteriores Atualmente referimonos a esses gastos como os investimentos em capital humano JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 4 A tendência decrescente da taxa de lucro Queda da taxa de lucro no longo prazo o efeito da acumulação do capital é aumentar o valor e o preço dos alimentos aumentar a renda e baixar os lucros Ricardo Duas forças contrárias à tendência decrescente da taxa de lucro exportação de capitais e as crises comerciais periódicas 1 Exportação de capitais O fluxo de capitais para outros países em busca de mais lucros do que podem ser conseguidos no próprio país Hunt 2013 p165 2 Crises comerciais desperdício do capital na época de expansão dos negócios rejeição da lei de Say geração de pleno emprego JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 5 A tendência decrescente da taxa de lucro Nos períodos de ciclos de expansão dos negócios aplicavase capital em atividades de lucro incerto e além das necessidades do mercado e do número de pessoas que poderiam manterse empregadas Assim haveria tanto capital adicional que não mais seria possível investilo para obter os lucros habituais saturação dos mercados quando os lucros caíam os estabelecimentos eram fechados ou ficavam funcionando sem lucros e operários demitidos A depressão e crises ocorreriam em decorrência da taxa decrescente do lucro mesmo assim Mill ainda defendia a lei de Say devido a dois pontos um de definição e o outro teórico JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 6 A tendência decrescente da taxa de lucro 1 Definição A superprodução que é o excesso de oferta de bens em relação às necessidades ou desejos humanos demanda mas para defender a LEI DE SAY utiliza outro conceito para superprodução que é o excesso de oferta de bens em relação à demanda por moeda o que não contribui para esclarecer a incoerência nítida 2 Teórico no longo prazo o capitalismo de mercado automaticamente sairia das depressões e acabaria atingindo o pleno emprego Esses desequilíbrios do mercado era um mal social mas era temporários Resposta de Keynes à lei de Say A longo prazo todos nós estaremos mortos Hunt 2013 p 166 enquanto isso disse Mill cada crise deixava muitas pessoas em condição de maior pobreza JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 7 Socialismo segundo Mill Não defende a propriedade privada como sendo sagrada porque esta foi adquirida pela conquista e violência faltando com a justiça e também condenava a concentração da propriedade na mãos de uma pequena classe capitalista Rejeitava moralmente a estrutura capitalista com as grandes desigualdades sociais e de renda Segundo ele o capitalismo evoluiria para alguma forma de sociedade socialista ou comunista Considerava que o socialismo ou comunismo era moralmente preferível ao capitalismo apesar de suas deficiências JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 8 O reformismo intervencionista de Mill Apesar de sua simpatia pelo socialismo o seu objetivoera promover a reforma do capitalismo Contrário à inviolabilidade da propriedade privada a sociedade tem todo direito de retirar ou modificar qualquer direito de propriedade desde que ela seja prejudicial ao bem comum Papel do governo modificar os efeitos socialmente adversos do livre mercado do capitalismo JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 9 O reformismo intervencionista de Mill Papel do governo modificar os efeitos socialmente adversos do livre mercado do capitalismo em três áreas Maioria estava condenada a uma vida de trabalho duro e ininterrupto em troca de um salário de subsistência extrema pobreza Ao contrário da extrema pobreza uma pequena minoria da humanidade gozava de direitos riqueza sem mérito ou qualquer esforço Muitos empreendimentos que exigiam muito capital limitava o número de pessoas a entrar no negócio de modo a manter uma taxa de lucro acima do nível geral Um ramo do negócio pela sua natureza estar restritos a pouco que os lucros poderiam ser mantidos em nível elevado formação do monopólio JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 27 0 Monopólios implica obtenção de lucros elevados visto que poucos capitalistas podem fixar um valor preço muito acima do desejo demanda mediante a limitação da oferta do produto no mercado Para Mill o laissezfaire é a prática geral e os desvios dele que não gerassem um bem maior seria um mal e somente nesse último caso a intervenção ativa do governo seria aceita O reformismo intervencionista de Mill MARGINALISTA NEOCLÁSSICO Ênfase na microeconomia O S É C U L O X I X V I U G E R M I N A R D E M O D O G R A D U A L E N Ã O M U I T O A P A R E N T E A O P Ú B L I C O D A É P O C A I D E I A S Q U E P R O P Õ E O U S O D O C Á L C U L O M A R G I N A L E M T E O R I A E O C O N C E I T O D E U T I L I D A D E N A Q U E S T Ã O D O V A L O R I D E I A S M A R G I N A L I S T A S S E R I A M P A U L A T I N A M E N T E P L A N T A D A S E A T E O R I A S U B J E T I V A D O V A L O R R E S G A T A D A P A S S O S N E S S E S E N T I D O F O R A M D A D O S P O R A U T O R E S Q U E P E R T E N C E M A D I F E R E N T E S P A Í S E S A M A I O R I A N Ã O E R A E C O N O M I S T A D E S C O N H E C I A O S C L Á S S I C O S D A D I S C I P L I N A E V I V E U I S O L A D A E N T R E S I Precursores do marginalismo VISÃO GERAL DA ESCOLA MARGINALISTA O cenário histórico da escola marginalista O CENÁRIO HISTÓRICO DA ESCOLA MARGINALISTA 1871Graves problemas econômicos e sociais permaneceram sem solução até um século após o início da revolução industrial a pobreza espalhavase embora a produtividade estivesse aumentando drasticamente A distribuição extremamente injusta de riqueza e de renda criava muito descontentamento embora o padrão geral de vida estivesse crescendo As flutuações comerciais afetavam muitas pessoas de maneira adversa os indivíduos não podiam mais depender exclusivamente de suas próprias iniciativas e capacidade de superar condições que lhes eram impostas O CENÁRIO HISTÓRICO DA ESCOLA MARGINALISTA A tendência do século XIX na Europa era desenvolver três métodos de ataque pressionando os problemas sociais e todos os três ignoravam os preceitos da economia clássica Esses métodos deveriam promover o socialismo apoiar o sindicalismo ou exigir do governo uma ação para melhorar as condições controlando a economia eliminando abusos e redistribuindo renda Os marginalistas repudiavam todas as três soluções Para os primeiros marginalistas as teorias clássicas sobre o valor e a distribuição erraram ao concluir que o rendimento da terra é uma renda postergada e que o valor de troca se baseia no tempo de trabalho envolvido no processo de produção PRINCIPAIS DOGMAS DA ESCOLA MARGINALISTA As ideias básicas da escola marginalista estão listadas a seguir Foco na margem Comportamento econômico racional Ênfase na microeconomia O uso do método abstrato e dedutivo A ênfase na livre concorrência Teoria do preço orientado pela Demanda Ênfase na utilidade subjetiva Enfoque no equilíbrio Fusão de terra e bens de capital Mínimo envolvimento do governo QUEM OS MARGINALISTAS BENEFICIARAM OU PROCURARAM BENEFICIAR Os marginalistas procuraram favorecer os interesses de toda a humanidade promovendo um melhor entendimento de como um sistema de mercado aloca os recursos com eficiência e promove a liberdade econômica Os marginalistas mostraram que em circunstâncias competitivas o pagamento recebido pelos trabalhadores seria igual à sua contribuição ao valor da produção os marginalistas ajudaram a rejeitar a chamada marxista para a revolução do proletariado O marginalismo beneficiou aqueles cujo interesse era simplesmente a manutenção do status quo COMO A ESCOLA MARGINALISTA FOI VÁLIDA ÚTIL OU CORRETA NA SUA ÉPOCA A escola marginalista desenvolveu novas e poderosas ferramentas de análise especialmente diagramas geométricos e técnicas matemáticas Graças a esses pensadores a economia tornouse uma ciência social mais exata As condições de demanda receberam sua devida importância como um conjunto de determinantes para preços tanto dos produtos finais quanto dos fatores de produção A escola enfatizou as forças que determinam as decisões dos indivíduos isso era válido em um mundo em que tais decisões eram significativas para determinar o curso das atividades econômicas COMO EXEMPLOS CITAMOS O SEGUINTE Certos grupos de pessoas podem se tornar cada vez mais empobrecidos embora a renda per capita real média da nação possa estar aumentando O ciclo comercial é de suma importância para a lucratividade de uma grande empresa automobilística mas para o proprietário de uma loja de conveniência o ciclo econômico é relativamente menos importante do que a abertura de uma loja concorrente na mesma rua A análise agregada mostranos que os investimentos em algumas formas de capital humano por exemplo a educação universitária pagam maiores retornos do que alguns investimentos no capital físico A ESCOLA MARGINALISTA PRECURSORES Antoine Cournot e Jules Dupuit na França Johann Von Thünen na Alemanha Antoine Augustin Cournot 1801 1877 Princípios Matemáticos da Teoria das Riquezas 1838 Livro pioneiro no uso da matemática na teoria do preço de equilíbrio O estudo da demanda pode partir diretamente de relações empíricas entre preços e quantidades sem a necessidade de uma fundamentação na subjetividade do agente Ele foi o primeiro economista a desenvolver modelos matemáticos concisos sobre monopólio duopólio e livre concorrência Cournot também desenvolveu o primeiro modelo completo daquilo que hoje conhecemos como a demanda derivada por recursos A TEORIA DO MONOPÓLIO DE COURNOT Cournot é reconhecido como o primeiro economista a descrever o argumento de que uma empresa pode maximizar seus lucros definindo um preço em que a receita marginal seja equivalente ao custo marginal Exemplo Imagine que um homem seja proprietário de uma nascente de água mineral que somente agora se descobriu que possui propriedades saudáveis que não existem em nenhuma outra Ele poderia sem dúvida fixar o preço de um litro dessa água em 100 francos mas logo perceberia pela escassa demanda quantidade demandada que essa não seria a forma de aproveitar ao máximo a sua propriedade A TEORIA DO MONOPÓLIO DE COURNOT Portanto ele reduzirá o preço do litro até o ponto em que obtenha o máximo de lucro possível isto é se Fp representa a lei da demanda quantidade demandada ele acabará após várias tentativas adotando o valor de ppreço que lhe pague o máximo do pFp rendimento total do produto Aqui cournot está assumindo que o custo total e portanto o custo marginal para obter a água mineral é zero Como esse é o caso os lucros totais serão maximizados na quantidade de produção em que a receita total preço quantidade é a maior GRAFICAMENTE A TEORIA DE COURNOT Quantidade litros a Curvas de demanda e receita marginal Quantidade litros b Curvas de receita total Função de demanda em Cournot D Fp função contínua e diferenciável dFdp 0 O formato de F dependeria da utilidade do tipo de serviço dos hábitos e costumes do povo da riqueza média e da distribuição de riqueza Também seria afetado por causas morais Condição de receita máxima Condição de lucro máximo Função custo φ D Maximizar pDp φ D derivar em relação a p e igualar a zero Derivada do primeiro termo Dp pdDdp Rmg dpDdD Rmg dpdDD p dpdD D dDdpp Dp pdDdp RmgdDdp 1 Derivada do segundo termo dφdDdDdp CmgdDdp 2 De 1 e 2 dpDp φ Ddp RmgdDdp CmgdDdp Igualando a zero temos demonstrada a condição receita marginal igual a custo marginal para o lucro máximo Outros feitos de Cournot Rendimentos de escala Monopólio Duopólio hipótese em que um dos participantes imagina que o concorrente não reagirá às variações de preço pela oferta de novas quantidades Modelo de n produtores em concorrência Constrói curvas de oferta e demanda para o mercado envolvendo a agregação das curvas individuais e em sua intersecção determina o preço de equilíbrio TEORIA DO DUOPÓLIO DE COURNOT A teoria do duopólio de cournot representa um mercado em que duas empresas são concorrentes foi a primeira tentativa formal de um economista analisar a conduta e o desempenho de vendedores em uma estrutura de mercado oligopolística Para tornar compreensível a ideia abstrata imaginamos uma nascente e um proprietário Vamos agora imaginar dois proprietários e duas nascentes de qualidades idênticas e que por causa de suas posições semelhantes abasteçam o mesmo mercado em concorrência Sendo assim para começar omitindo o custo de produção os rendimentos dos proprietários serão pD1 e pD2 respectivamente e cada um deles de forma independente procurará aumentar esse rendimento ao máximo possível TEORIA DO DUOPÓLIO DE COURNOT Na formulação de sua teoria do duopólio cournot assumiu que os compradores especificam o preço e que os dois vendedores ajustam suas vendas a esses preços Cada duopolista estima a demanda total para o produto e define o próprio volume de produção e de vendas presumindo que o resultado do seu concorrente permaneça fixo Cournot elaborou seu caso de duopólio por meio da matemática e da representação geométrica mostrada na Figura seguinte O MODELO DO DUOPÓLIO DE COURNOT Vendas do proprietário 2 D2 Curva de reação do proprietário 1 Curva de reação do proprietário 2 Vendas do proprietário 1 D1 JULES DUPUIT 18041866 Utilidade marginal e demanda Excedente dos consumidores Diferenciação de preços no monopólio COMO MENSURAR A UTILIDADE DE BENS PÚBLICOS O NÍVEL DE BEM ESTAR SOCIAL PROPORCIONADO POR ELES Conceitos de utilidade marginal utilidade total demanda e excedente do consumidor Análise do monopólio com técnicas de discriminação de preços O preço dos bens públicos deve estar relacionado ao custo marginal de produzilos UTILIDADE MARGINAL NA ANÁLISE DA DEMANDA No problema da distribuição de água Cada incremento na oferta de água satisfaz a uma necessidade menos essencial A necessidade menos essencial atendida pelo bem define o valor de troca do estoque dele como um todo UTILIDADE MARGINAL E DEMANDA Dupuit afirmava que o valor fixado para um bem a água do sistema municipal de água varia de indivíduo para indivíduo Além disso o nível de satisfação ou a utilidade que um indivíduo obtém de uma unidade específica de água depende de como essa unidade em particular é usada Sabemos que as ideias de utilidade marginal subjetiva e utilidade marginal decrescente não eram novas lembrese de que Bentham as discutira 60 anos antes Dupuit superou Bentham ao ligar diretamente a utilidade marginal decrescente às curvas de consumo individual e do mercado Pois se o preço de um bem cai as pessoas compram mais desse bem para satisfazer às necessidades menos urgentes e de menor utilidade marginal TEORIA DA DEMANDA DE DUPUIT Identifica a utilidade marginal com a curva de demanda Curva de demanda Qd fp obtida empiricamente Pontos à esquerda e abaixo correspondem a situações de desequilíbrio onde a utilidade marginal é maior que o preço É sempre possível deslocarse para algum ponto situado na curva de demanda com ganho nas utilidades A área a esquerda da curva de demanda entre zero e uma certa quantidade Qd determina a utilidade total no consumo de Qd unidades UTILIDADE MARGINAL E DEMANDA Preço francos utilidade marginal Curva de consumo Quantidade unidades de água O EXCEDENTE UNE ESPÈCE DE BÉNEFICE É A PARTE DA UTILIDADE TOTAL QUE EXCEDE A MULTIPLICAÇÃO DA UTILIDADE MARGINAL PELO NÚMERO DE UNIDADES DA MERCADORIA OU SEJA COMO A CURVA DE UTILIDADE MARGINAL PARA ELE É IDÊNTICA À CURVA DE DEMANDA O EXCEDENTE DO CONSUMIDOR É A ÁREA A ESQUERDA DA CURVA DE DEMANDA ENTRE ZERO E QD MENOS A DESPESA COM A MERCADORIA P QD UMGQD TEORIA DA DEMANDA DE DUPUIT p Qd excedente do consumidor Preços ou utilidade marginal Quantidades p Qd excedente do consumidor Preços ou utilidade marginal Quantidades p Qd excedente do consumidor Preços ou utilidade marginal Quantidades p Qd excedente do consumidor Preços ou utilidade marginal Quantidades p Qd Umg Qd ERROS DE DUPUIT Interpreta as funções de demanda como funções de utilidade marginal Utilidade igual ao preço associado a cada nível de quantidade ao longo da curva de demanda Faz comparações interpessoais de utilidade sob a hipótese de que a utilidade é mensurável por meios monetários Dupuit não percebeu estar assumindo que utilidade total e renda movemse proporcionalmente Max U dada a restrição orçamentária aos preços p1 p2 pn de n bens e renda R Escolha de n bens x1 x2 xn Função de Lagrange U x1 x2 xn R x1 p1 xn pn Na condição de máximo 0 e xi 0 1 i n Ui xi pi Se xi é o numerário pi 1 e Ui xi É a utilidade marginal do numerário da moeda GOSSEN UTILIDADE E FAMA TARDIA A primeira lei de Gossen era sobre rendimentos decrescentes a utilidade adicional de um bem diminui quanto mais ele é consumido Entre outras coisas essa lei explica de que forma a troca voluntária produz ganhos mútuos em utilidade Fazendeiro carne x Padeiro pão A segunda lei de Gossen referese ao equilíbrio das utilidades marginais por meio do consumo racional para garantir a máxima satisfação DIFERENCIAÇÃO DE PREÇOS NO MONOPÓLIO Muitas das estradas pontes e sistemas de água projetados por DUPUIT eram monopólios do governo dupuit quis então saber que preço se aplicável o governo deveria cobrar por esses bens ou serviços monopolizados se o objetivo fosse maximizar a utilidade total afirmava DUPUIT então o preço deveria ser zero A um preço acima de zero duas coisas acontecem 1 Primeiro alguma utilidade é transferida do consumidor para o vendedor A utilidade líquida no entanto não cai como resultado dessa transferência 2 Segundo alguma utilidade é perdida Na terminologia de hoje há uma perda do peso morto DIFERENCIAÇÃO DE PREÇOS NO MONOPÓLIO Dupuit reconheceu o óbvio um preço zero não permitirá que o fornecedor cubra os custos de fornecer o bem ou o serviço Portanto Dupuit sugeriu que o vendedor do governo deve definir um preço em que os custos do serviço sejam recuperados e a perda da utilidade total seja minimizada Johann Heinrich von Thünen 17831850 O Estado Solitário publicada postumamente em 1850 Tratamento clássico em alguns aspectos Não se preocupou com a demanda empregando o marginalismo apenas na esfera da produção particularmente na agricultura Renda máxima do agricultor o acréscimo marginal de renda obtida por meio do último fator empregado tornase igual ao preço do fator Preços e salários são determinados basicamente pelos custos de produção Teorias de salário e juro são importantes historicamente pelo método que empregam O Estado Solitário A obra está dividida em dois volumes Em 1826 foi publicado o primeiro volume no qual o autor desenvolve sua famosa teoria da localização espacial das atividades econômicas em círculos concêntricos ao mercado em que o produto é vendido A data 1850 corresponde à publicação do volume 2 em que Thünen esboça sua teoria da produtividade marginal sobre salário e capital Hipóteses de Thünen Economia espacial Solo homogêneo centro urbano no ponto central e atividades econômicas distribuídas em torno dele ao longo de círculos concêntricos No círculo vizinho à cidade produzse vegetais e leite com cultivo e pecuária intensiva usando técnicas como fertilizantes e rações especiais A localização espacial de outras atividades dependerá do custo de transporte As pastagens ficam nos círculos mais externos e florestas cobrem o entorno Nas vizinhanças da cidade produzemse produtos frágeis de jardinagem e horticultura como morango alface couve flor etc Os fazendeiros também criam vacas alimentadas em celeiros para a produção de leite Porque o custo de transporte do leite é difícil e caro Florestas cultivadas aparecem no círculo mais próximo das cidades depois do cinturão de vegetais e leite Tais florestas fornecem à cidade combustível e materiais de construção Esses itens são cultivados próximos à cidade porque são pesados em relação ao seu preço Depois desses dois anéis começa o cinturão de cereais ora de cultivo mais intensivo ora intercalados temporariamente com o descanso da terra e o seu uso como pastagem A floresta externa é usada como área de caça Teoria de preços e renda da terra Renda da terra não depende da qualidade do solo por hipótese homogêneo mas da localização e da intensidade do cultivo O preço do bem de consumo final vendido nas cidades é igual à soma do custo de produção mais o custo de transporte Este último é crescente para lugares cada vez mais distantes O custo de produção depende de salário w e juro i As terras de melhor localização economizam custo de transporte A economia de transporte é paga na forma de renda da terra ao proprietário das terras mais bem situadas A renda também surge dos retornos decrescentes associados ao cultivo intensivo como em Ricardo Quando toda terra é utilizável as terras intramarginais produzem um excedente de valor sobre os custos de produção pago na forma de renda Teoria da Localização de Von Thünen Johann Von Thünen explicou que à medida que a intensificação da produção agrícola nos cinturões aumenta os rendimentos decrescentes fazem que aquilo que chamamos de custos marginais aumente Isso leva a um aumento nos preços do mercado que por sua vez torna lucrativo o cultivo de novas áreas mais distantes do mercado Teoria da Localização de Von Thünen Mercado de jardinagem e horticultura Florestamento Rotação de colheitas Terra plantadapastagem Terra plantada Terra não cultivada Lavoura estocada Caça Plantio de cereais Modelo Básico de Thünen Pressupostos Grande país tropical rico em recursos naturais e favorecido pelo clima Comunidade isolada com terras homogêneas e adquiridas sem custo Conhecimento tecnológico distribuído uniformemente entre os trabalhadores Os trabalhadores empregam sua força de trabalho como assalariados Se possuem capital suficiente tocam o negócio por conta própria Se donos do negócio contratam outros trabalhadores sempre que o salário pago ao último contratado supere a variação da produção proporcionada por ele descontado os juros do capital adiantado ao trabalhador contratado Juros do capital contrapartida a compensação pela espera prêmio de risco e salário da gerência A produtividade marginal para Thünen O cuidadoso pensamento de Johann von thünen sobre a localização de vários tipos de agricultura o levou a desenvolver uma teoria de produtividade marginal sobre o emprego Tendo como princípio de que unidades extras de mão de obra levam a aumentos sucessivamente menores no produto agrícola total Em termos contemporâneos Von Thünen estava sugerindo que o empregador deveria adicionar unidades de mão de obra até que o produto de mão de obra da receita marginal a receita extra proveniente da maior produção seja igual à despesa com salários do trabalhador contratado É o produto marginal do último trabalhador empregado que estabelece o salário natural recebido pelos trabalhadores 100c Quantidade anual para a subsistência da família em unidades físicas c é a centésima parte deste montante Anualmente é produzido por cada família um excedente de 10c O Salário anual em trigo é a y no qual a é o nível de subsistência e y o excedente que pode ser acumulado ano a ano q capital para explorar a terra por conta própria expresso em unidades do produto anual da família O salário e o juro na orla periférica determinam o salário e o juro em todo o sistema A cada ano o assalariado recebe duas formas de rendimentos O salário anual e os juros anuais a taxa z que incidem no capital previamente acumulado por ele Ele decide explorar nova terra por conta própria sempre que o produto anual da terra periférica p quando empregadas q unidades de capital for maior que o custo de oportunidade em permanecer como assalariado ou seja o salário w e os juros do capital acumulado zk Na condição de equilíbrio p w zk e w na hipótese comportamental de que o indivíduo busca maximizar a renda gerada pelo excedente anual zy a p Demonstração Capital k para explorar a nova terra k qay q está em unidades do trigo anual da família ay p ay qayz z p ayqay Max zy Max zy dp a yyqa ydy 0 dpayyqaydy 0 dpy ay y²qaydy 0 p a 2yqa y py ay y²q 0 pqa y aqa y 2qya y pqy aqy qy² 0 pqa qa² 2qay qy² 0 Note ap Críticas Resultado pouco convincente mas representa importante etapa na evolução das teorias de salário O modelo é errôneo com excesso de abstração mas ele é bastante inovador e sofisticado para a época O salário já não depende apenas do nível de subsistência a como nos clássicos e há agora a ligação do salário com o produto anual médio O modelo expressa a unidade de capital em salário anual como se todos os itens de custo se resumissem a salário O modelo maximiza o retorno do excedente anual zy mas deveria levar em conta todo o capital acumulado até um certo ano MARGINALISTAS NEOCLÁSSICO Ênfase na Microeconomia 1871 MarginalistasNeoclássico Ênfase na Microeconomia Teoria de Economia Política William Stanley Jevons Escola inglesa Princípios de Economia Carl Menger Escola austríaca Elementos de Economia Política Pura León Walras Escola Suíça Economia 1870 Economia Neoclássica Clássica moderna e científica MARGINALISMO 1 Na economia como a utilidade marginal determina os valores 2Visão utilitarista do comportamento humano formulado em termos de cálculo diferencial Teoria Valor Utilidade CONTEXTO ECONÔMICO 18401873 rápida expansão na Europa e Estados Unidos surto do crescimento industrial Concentração de capital eliminação dos concorrentes pequenos e fracos economicamente mercados imperfeitos cartéis trustes e fusões Mudanças revolucionárias nos transportes e comunicações concentração industrial atendimento de mercados cada vez mais amplos por pequeno número de firmas gigantescas surgimento das sociedades anônimas como meio de controlar grandes volumes de capital América do Norte e Europa desenvolvimento do mercado financeiro grande e bem organizado de forma a canalizar os recursos para as grandes sociedades anônimas SA 1870 Surgimento de nova forma de capitalismo Relações sociais na nova forma do capitalismo Nas grandes empresas as relações sociais assumiam uma forma hierárquica e burocrática organizações sociais piramidais topo da pirâmide donos ou administradores controle econômico e administrativo por meio de métodos científicos administração científica e sistema de controle contabilidade O objetivo dos capitalistas permanecia inalterado maximização do lucro e a acumulação de mais capital Neste contexto histórico mercado imperfeito abandono da mão invisível da Adam Smith e da análise de uma economia composta por várias pequenas empresas não influências destas empresas sobre o mercado Na economia competitiva mercado perfeito os atos dos produtores firmas estavam submetidos às leis do mercado tomadores de preços MERCADO AUTORREGULADOR CONTEXTO ECONÔMICO CONTEXTO ECONÔMICO Em 1870 tendência da concentração econômica do capitalismo empresarial instigou a publicação de três obras Teoria de Economia Política William Stanley Jevons Princípios de Economia e Economia Política Carl Menger e Elementos de Economia Política Pura Léon Walrás Estes autores deram prosseguimento à perspectiva individualista e utilitarista de Say solucionando o paradoxo da água e do diamante que levou Smith a concluir que não haveria uma relação direta entre utilidade e valor de troca Segundo estes autores o determinante do valor de troca é a utilidade teoria do valor utilidade Walrás amplia o conceito de equilíbrio econômico equilíbrio parcial versus equilíbrio geral de Walrás essa revolução no pensamento econômico cria a separação entre a economia clássica antiquada e a economia neoclássica moderna e científica CONTEXTO ECONÔMICO 3 2 5 O significado do Marginalismo introduzido na teoria econômica dá um rigor lógico e matemático na teoria econômica A noção de Utilidade marginal decrescente permitiu mostrar como a utilidade determinava os valores O marginalismo permitiu que a visão utilitarista da natureza humana que era considerada somente uma maximização racional e calculista da utilidade fosse formulada em termos de cálculo diferencial emprego da matemática JEVONS 1855 1882 TEORIA DE ECONOMIA POLÍTICA Teoria Da Utilidade Marginal e da Troca Bentham como ponto de partida Utilitarismo como a base da Teoria Econômica Científica Valor depende inteiramente da utilidade VALOR PARA Jevons Valor de Troca ou Preço Qtds maiores Preços baixos Interessado apenas nos preços Marx Trabalho incorporado a uma mercadoria Analisa as relações sociais Jevons Análise Abstrata 1 Extraiam utilidade do consumo de mercadorias Qualquer coisa produz utilidade 2 Pessoas maximizadoras racionais e calculistas Utilidade é o único elemento da ação humana a ser estudado na economia Satisfazer nossas necessidades ao máximo possível Maximizar o prazer é o problema da economia PARA JEVONS Erro dos Economistas Incapacidade de distinguir a UTILIDADE TOTAL extraída por uma pessoa através do consumo e o grau final de Utilidade UTIL MARGINAL extraído pelo consumidor até o último incremento desta mercadoria UTILIDADE MARGINAL ANÁLISE BÁSICO DA DECRESCENTE ESCOLA NEOCLÁSSICA Portanto Utilidade dependia da quantidade consumida UT f Q onde UMg f Q Utilidade Máxima Umg O LEI DA UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE DE JEVONS Antes do Utilitarismo Um indivíduo comprava e vendia desde que o que comprasse lhe desse mais utilidade que a utilidade perdida com o que estivesse vendendo Livre troca Harmonização dos interesses PJevons Formulação matemática UT E Umg A natureza da riqueza e do valor é explicada pela consideração de quantidades infinitamente pequenas de prazer e de dor Todos os autores sobre economia tem que ser matemáticos para poder ser científicos JEVONS demonstrou que os consumidores faziam em suas trocas uma vez conhecidos os preços para maximizar suas utilidades marginais LIMITAÇÃO DA ANÁLISE Comparações interpessoais da utilidade da riqueza eram impossíveis por que o prazer era uma experiência puramente subjetiva e pessoal Toda pessoa é uma incógnita para outra pessoa e não parece haver um denominador comum P Jevons Estado natural do Harmonia Capitalismo de mercado Social Fraternidade Social Devemos considerar todos os homens como irmãos TEORIA DO CAPITAL Refuta a teoria de Ricardo Capital vs Trabalho antagonismo Lucro Salários No caso Produção Lucro Salários Muitos ramos industriais exigem grandes despesas antes de se obter qualquer resultado Os capitalistas tem que correr riscos quando não são conhecidos os lucros Daí que Quantidade de Capital depende do volume dos lucros previstos Por isso Concorrência para conseguir os operários certos assegura dos operários sua participação legítima na produção final Consequência Sindicalista e Capitalista tornarseiam aliados Acumulação de Capital beneficiava aos operários Capitalista usava o capital para o bem dos outros e seu próprio bem História do Pensamento Econômico Uma perspectiva crítica Hunt e Laustzenheiser 2013 Capítulo 10 O Triunfo do Utilitarismo A economia de Jevons Menger e Walras 3 3 1 O TRIUNFO DO UTILITARISMO A economia de Jevons A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS 33 3 Ponto de referência da teoria de Jevons Utilidade as ideias de Bentham Para Jevons o Utilitarismo era a única base teórica possível para a econômica científica mas discordava que o valor depende inteiramente da utilidade valor este referese ao valor de troca ou preço e não o trabalho incorporado a uma mercadoria Ricardo Jevons não discute as relações sociais entre as pessoas superioridade ou inferioridade apenas cita 2 características que as define como agentes econômicos 1ª característica era que os indivíduos extraíam utilidade do consumo de mercadorias qualquer coisa que um individuo deseje esta deve ser vista por ele como possuidora de utilidade A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS 33 4 2ª característica as pessoas são maximizadoras racionais e calculistas O comportamento de maximização racional e calculista era o único elemento da ação humana a ser estudo em economia satisfazer as nossas necessidades ao máximo possível com o mínimo de esforço maximizar o prazer Extração da utilidade do consumo de mercadorias o erro dos economistas estavam na incapacidade de distinguirem a Utilidade Total extraída do consumo de certa quantidade de mercadoria e o grau final de utilidadeutilidade marginal extraído pelo consumidor até o último consumo dessa mercadoria Embora muitas vezes fosse verdade que a Utilidade Total UT poderia continuar aumentando à medida que fosse consumida uma quantidade maior de mercadoria o grau final de utilidade acabaria diminuindo com o aumento da quantidade consumida A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS Lembrese de que Jevons defendia a UTILIDADE como sendo o DETERMINANTE DO VALOR DE TROCA OU PREÇO Explique na visão de JEVONS por que o custo de produção não determina o valor ou preço REFUTA A TEORIA DO VALOR TRABALHO para VALOR UTILIDADE Mão de Obra não pode ser regulador do valor ou preço porque ela possui valores diferentes e são variáveis qualidade x eficiência Para Jevons o valor da mão de obra deve ser determinado pelo valor do produto e não o valor do produto ser determinado pelo valor da mão de obra EQUILÍBRIO DE JEVONS ENTRE O ESFORÇO DO TRABALHO E O PRAZER DOS GANHOS A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS Esse grau final de utilidade ou utilidade marginal era o ponto central na explicação do valor dos bens Esse princípio da utilidade marginal decrescente é a pedra fundamental da redefinição neoclássica do utilitarismo Jevons expressa a utilidade na forma matemática a utilidade total UT do bem consumo de uma mercadoria depende da quantidade consumida Q Função matemática UT fQ A primeira derivada desta função fQ diz até que ponto a variável dependente UT varia em decorrência de uma variação infinitesimal da variável independente quantidade consumida utilidade marginal Maximização da utilidade total quando a quantidade era aumentada a ponto de a utilidade marginal ser igual a zero dUdQ0 LEI DA UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE DE JEVONS A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS 33 9 Quando o consumo não envolve custos dUdQ 0 maximizar a utilidade seria consumir a mercadoria não houvesse custos até ficar saciado não poder mais obter utilidade de outro pequeno incremento da mercadoria Quando o consumo envolve custos exemplo caso se possuísse uma mercadoria Y e se fosse possível conseguir apenas outra mercadoria X abrindo mão de parte da mercadoria Y poderseia comparar as razões entre as utilidades marginais obtidas com as duas mercadorias UMxUMy e os preços das duas mercadorias PxPy UT Ux Uy Custos PxQxX PyQyY UT Ux Uy Custos Px X Py Y Py 340 Px y x Py y x y y x X y x UM UM ƛ UM UM ƛ P 0 Y ƛ UM UT X UT UT U U ƛ P X P Y y x UM ƛ P 0 Px A teoria da Utilidade e da troca de Jevons A FUNÇÃO UTILIDADE Utilidade U U1 X1 X2 Δ X Δ U Δ X Δ U X3 X4 Δ X Δ U U4 U3 U2 Quantidade do bem Bens X1 X2 X3 X4 Xn UT U1 U2 U3 U4 Un Umg U X U1 X1 U 2 X 2 U3 X 3 U 4 X 4 Un X n 34 1 Quando o bem aumenta X A utilidade total UT aumenta A utilidade marginal Umg diminui Quando o bem diminui X A utilidade total UT diminui A utilidade marginal Umg aumenta Δ U UTILIDADE TOTAL E MARGINAL Utilidade total Utilidade total Quantidade Quantidade Utilidade Marginal Utilidade Marginal Quantidade Q Comparação entre a utilidade o indivíduo poderia obter utilidade trocando uma parte de y por dá o grau de utilidade adicional obtido do que se abriria mão caso se comprasse ou vendesse mais um dólar da mercadoria x Jevons afirma que dois indivíduos comprariam ou venderiam as troca pois um dólar de x ou de y proporcionaria o mesmo aumento da utilidade total para o indivíduo P y y x UM UM P x UM x Px UM y Py y x UM Py uma parte de x e a troca continua até que UM Px A razão x UM y UM Px Py mercadorias até que as utilidades marginais de cada uma delas variar a ponto de igualar UM x UM y Neste ponto não se poderia mais ocorrer a A teoria da Utilidade e da troca de Jevons venderia Y e compraria X perdendo assim menos utilidade ao desistir de Y do que a utilidade obtida com mais um dólar de X Entretanto à medida que fosse desistindo de y e obtendo x o princípio da utilidade marginal decrescente faria com que a Umy aumentasse e Umx diminuísse até que Neste ponto não poderia obter qualquer ganho adicional com a troca Teria ocorrido o processo inverso porém idêntico se Teóricos anteriores do utilitarismo tinham voluntária um indivíduo comprava ou vendia desde que o que estivesse comprando lhe desse mais utilidade do que a utilidade perdida com que estivesse vendendo defesa da livre troca e que a troca harmoniza os interesses de todos Py Py UM x UMY Px Py UM x UM Y Py Px percebido que na troca 34 4 UMY UM x A teoria da Utilidade e da troca de Jevons 34 5 Formulação matemática da teoria da utilidade e distinção entre utilidade total e utilidade marginal Mostrou como a utilidade marginal determinava os preços e ao fazêlo mostrou como dois agentes de troca chegavam a preços de equilíbrio de duas mercadorias Não possuía uma base teórica apenas demonstrou que os consumidores fazem suas trocas uma vez conhecidos os preços para maximizar suas utilidades individuais Jevons afirma que não é possível comparar utilidades porque o prazer é uma experiência puramente subjetiva e pessoal A suscetibilidade da utilidade de uma pessoa poder ser mil vezes maior do que de outra implica uma incógnita visto que não há denominador comum Contribuições de Jevons 34 6 Todo trabalhador tem de ser considerado como proprietário de terra e capitalista pois ele também é um agente que traz uma parte dos componentes da sua riqueza para tentar conseguir a maior participação na produção que as condições do mercado lhes permitam exigir Quem paga preço alto tem de estar precisando muito do que está comprando ou precisando muito pouco do dinheiro que paga qualquer que seja o caso existe um ganho na troca Ninguém compra a não ser que espere obter uma vantagem com essa compra portanto a perfeita liberdade de troca tende a maximizar a utilidade Teoria do capital de Jevons refutava a conclusão de Ricardo de que a taxa de lucro variava em sentido inverso ao salário o que determinava antagonismo entre capital e trabalho havia era harmonia social no capitalismo Contribuições de Jevons CONTRIBUIÇÕES DE JEVONS Para Jevons os sucessivos investimentos em capital são menos produtivos que os anteriores dado o número fixo de trabalhadores em uma indústria por isso o total de capital empregado determina o resultado por unidade de capital Esse resultado por unidade de capital era o que determinava o pagamento de juros ao capital Juro é um dos três componentes do LUCRO LUCRO SALARIO RISCO JURO CONTRIBUIÇÕES DE JEVONS POLITICA PUBLICA Gratuidade de museus concertos bibliotecas e educação Trabalho infantil deveria ser restringido por lei e que as condições de saúde e de segurança nas fábricas deveriam ser regularizadas Aprovava os sindicatos dos operários dada as suas funções de segurança mas não aprovava a interferência na taxa salarial isso segundo Jevons deve ficar a cargo das leis naturais Se eles obtêm aumentos salariais é à custa de outros trabalhadores ou da população em geral por meio de preços mais elevados Harmonia social é o estado do capitalismo sendo o conflito do trabalho com o conflito do capital uma mera ilusão pois o conflito real é entre produtores e consumidores O TRIUNFO DO UTILITARISMO A economia de Menger A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Carl Menger 18401921 Princípios de Economia obra rejeitou o uso de equações matemáticas e expressou suas teorias verbalmente com auxílio de exemplos numéricos tabela numérica para descrever a utilidade total e a utilidade marginal Utilidade marginal da mercadoria II coluna 2 valor correspondente ao número de unidades consumidas 6 unidades da mercadoria II a utilidade marginal da 6ª unidade é 4 A utilidade total é a soma das utilidades marginais 6 unidades da mercadoria II utilidade total de 39 utis 987654 Representação gráfica da relação entre a utilidade total e marginal função contínua unidades das mercadorias podem ser subdivididas Essa relação entre quantidades totais e quantidades marginais sempre está presente na economia neoclássica maximização da utilidade do consumidor 35 0 A TEORIA DO VALOR DE MENGER Assim como Jevons Menger baseou sua teoria do valor no conceito de utilidade no entanto diferentemente de Jevons ele deliberadamente não fez uso da matemática ao formular sua teoria e evitou construíla sobre a base de Bentham Sua exposição sobre a utilidade marginal decrescente e o equilíbrio das utilidades marginais incluiu um exemplo reproduzido na tabela a seguir Mostra os valores hipotéticos da utilidade marginal para vários números de unidades de dez mercadorias ou classes de mercadorias I até X os números sequentes abaixo de cada coluna representam sucessivas adições à satisfação total resultante do aumento de consumo da mercadoria especificada 35 2 Coluna I da tabela expressa a importância para um indivíduo da satisfação da sua necessidade de alimentos essa importância diminui de acordo com o grau de satisfação já atingido e a coluna V expressa a necessidade de fumo A satisfação da necessidade de alimentos até um certo grau de saciedade tem uma importância maior para o indivíduo analisado do que a satisfação de sua necessidade de fumo Alimento e fumo o alimento dá uma satisfação maior do que o fumo até em 4 unidades de alimentos na 5ª unidade de alimentos Umg 6 a utilidade marginal de 6 é igual a utilidade marginal da 1ª unidade de fumo Umg6 o consumo de fumo começa a ter a mesma importância do alimento a partir deste ponto o indivíduo se esforçará para equilibrar a satisfação de sua necessidade de fumo e a satisfação de sua necessidade de alimento A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER O CONCEITO DE MENGER SOBRE A UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE 353 354 A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Com o mesmo denominador e a igualdade das razões marginais fossem iguais resulta em Exigiria que os numeradores utilidades Menger O equilíbrio no qual o indivíduo maximizava sua utilidade era atingido quando o indivíduo igualasse a utilidade marginal obtida através de cada uma das outras mercadorias por ele consumidas Essa condição de maximização é inferior a de Jevons porque Menger não considerou os preços A solução maximizadora de Menger só seria válida se o preço unitário de cada um dos seus tipos de mercadorias fosse igual ao preço unitário de todos os demais tipos a equação de Jevons Umg X Px Umg Y PY Px PY UMgX UMgY A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER 35 6 A explicação de Menger sobre a determinação dos preços com base na oferta e demanda os preços de mercado a curto prazo são determinados com base na oferta e demanda consenso entre todos os economistas Divergência encontrar explicações para a origem da renda da terra lucros e salários Smith e Ricardo origem fora da esfera do preço sendo componentes da distribuição da renda entre as classes sociais e do custo de produção da firma preço natural salários lucros aluguel O equilíbrio ocorre quando preço de mercado preço natural formação de preços sob a perspectiva da teoria do valor trabalho A determinação da renda era independente dos preços A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Perspectiva da utilidade formação de preços determinada pela oferta e demanda explicada pela utilidade Utilidade é o último determinante dos preços dos bens Os preços dos fatores de produção terra trabalho e capital são determinados pela oferta e demanda Oferta de trabalho determinada por cálculos de utilidade trabalho e lazer Demanda de trabalho proprietários demandam mãodeobra de acordo com a produtividade marginal na geração dos bens e pela utilidade obtida pelos consumidores consumo maior utilidade maior consumo maior receita e maior emprego Menger explicou a demanda por bens pela lei da demanda se o preço do bem é superior a utilidade marginal que a maioria dos consumidores poderiam obter então parte dos consumidores conseguiriam mais utilidade ficando com mais dinheiro do que gastando na compra do bem 35 7 A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Queda no preço do bem mais consumidores achariam que a utilidade marginal obtida no consumo do bem tornavase maior do que a utilidade perdida com o gasto do dinheiro desutilidade quando os preços iam declinando a maximização da utilidade exigia que uma quantidade maior do bem fosse comprada Pelo princípio da utilidade marginal decrescente Menger deduziu a lei da demanda Lei da demanda a quantidade de uma mercadoria que as pessoas estavam dispostas a comprar dependia do preço da mercadoria e a quantidade demandada e o preço eram inversamente relacionados 35 8 A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER TEORIA DO VALOR UTILIDADE Preço s Q1 Q2 Quantidade do bem Demanda P1 P2 MENGER SATISFAÇÕES ORDINAL E CARDINALMENTE outra suposição implícita da tabela de Menger é que a economia individual é capaz de classificar as satisfações tanto ordinal quanto cardinalmente A classificação ordinal permite que uma pessoa diga que o primeiro dólar gasto com alimento em um dia oferecerá mais satisfação do que o segundo dólar gasto com alimento no mesmo dia tal afirmação relativa indica que um item é classificado acima ou abaixo de outros itens em relação ao seu valor utilidade MENGER SATISFAÇÕES ORDINAL E CARDINALMENTE Com valores cardinais podese afirmar que o primeiro dólar gasto com alimento dá exatamente o dobro de utilidade que o sexto dólar gasto com alimento ou o segundo dólar gasto com tabaco logo a validade dessas comparações precisas é obviamente questionável Veremos que os economistas posteriores substituíram a utilidade ordinal pela utilidade cardinal ao desenvolver suas teorias sobre a escolha racional do consumidor 36 2 O produtor resolvia quais quantidades seriam vendidas a cada preço dada a combinação dos desejos de comprar e vender ambos provenientes da utilidade isso determinava os preços Monopolistas vendem uma quantidade menor e cobra preços mais altos do que na concorrência perfeita por isso Menger exaltava os benefícios da livre concorrência A produção dos bens finais bens de 1ª ordem necessita de uma combinação de fatores de produção insumos ou bens de ordem superior e o preços dos insumos de acordo com Menger eram determinados pelo valor potencial dos bens finais contrariando a teoria do valor trabalho O preço do insumo refletia seu grau de contribuição na produção não o tempo de trabalho OFERTA SEGUNDO MENGER QUANTIDADE DE BENS PRÉEXISTENTES CONTROLADA PELO VENDEDOR GUIADA PELA MAXIMIZAÇÃO DA UTILIDADE 36 3 Exigência de que os insumos fossem pelo menos em parte substituíveis exame do efeito sobre a produção de um pequeno aumento marginal do insumo teoria da produtividade marginal Os insumos são remunerados pagos de acordo com a sua produtividade Quando cada insumo custava o equivalente ao valor de sua contribuição para produção o valor da produção total seria completamente formado pelos insumos Portanto não haveria qualquer excedente a ser expropriado por qualquer pessoa ou classe A TEORIA DA FORMAÇÃO DOS PREÇOS DOS INSUMOS SEGUNDO A PERSPECTIVA UTILITARISTA 36 4 Menger não via a necessidade de justificar os lucros dizendo que os capitalistas tinham um comportamento de abstinência mas é a harmonia das necessidades de cada família na procura de sua satisfação reflete em sua propriedade bens para satisfação são denominados de propriedades Propriedade não é a quantidade arbitrária de mercadorias e sim um reflexo direto das necessidades Justificativa da existência da propriedade a quantidade de bens disponíveis é menor do que a quantidade de bens necessários para a satisfação das necessidades dos homens recursos limitados e necessidades ilimitadas ou não saciedade Não haveria necessidade de justificar a renda da terra e o lucro segundo Menger pois estes representam o retorno da propriedade da terra e do capital sendo portanto uma renda inevitável e necessária A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Vídeos sobre o Utilitarismo Introdução geral ao utilitarismo ver aqui Video de Michael Sandel sobre o utilitarismo ver aqui Ver depois sem FALTA Um dilema ético ver aqui Sobre a qualidade dos prazeres ver aqui O TRIUNFO DO UTILITARISMO A economia de Walrás MARIEÉSPRIT LÉON WALRAS 18341910 Teoricamente todas as incógnitas do problema econômico dependem de todas as equações do equilíbrio econômico Entretanto mesmo do ponto de vista estático e teórico algumas dessas incógnitas podem ser consideradas mais essencialmente dependentes das equações que são com elas introduzidas no problema para as determinar E com mais forte razão ainda temos esse direito quando se passa do ponto de vista estático ao ponto de vista dinâmico e sobretudo do ponto de vista da teoria pura ao ponto de vista da teoria aplicada e ao da prática já que então as variações das incógnitas são quantidades de primeira ou de segunda ordem isto é quantidades nãonegligenciáveis ou negligenciáveis segundo provenham de variações nos dados gerais ou de variações nos dados particulares WALRAS L Compêndio dos Elementos de Economia Política Pura Série Os Economistas São Paulo Editora Nova Cultural 1996 pg 228 Haddad E A Equilíbrio Geral Teoria Pura Teoria Aplicada e Práticas Operacionais São Paulo FEAUSP 2008 Formulação da teoria da utilidade marginal decrescente e da equação que maximiza a utilidade do consumidor por meio da troca Contribuição mais importante para a teoria econômica a teoria do equilíbrio econômico geral multiplicidade de mercados Walrás percebeu que as forças da oferta e da demanda em qualquer mercado dependiam em maior ou menor grau dos preços vigentes em inúmeros outros mercados A demanda de um consumidor por um determinado bem dependia das utilidades marginais obtidas com o consumo de várias quantidades de bens e de seus preços Condição de maximização da utilidade razão entre a utilidade marginal do bem e do seu preço teria que igualar a mesma razão de todos os outros bens A demanda do consumidor por esse bem também dependia dos preços de todos os outros bens de consumo A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS 36 8 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Preços dos bens eram determinados pela oferta e demanda deste bem mas a demanda por qualquer bem era determinada não só pelas utilidades obtidas de todos os consumidores do bem com também pelos preços de todos os bens de consumo determinar os preços dos outros bens para determinar o preço do bem considerado A demanda pelos outros bens e os seus preços dependia do preço do bem em questão TEORIA GERAL DA DETERMINAÇÃO DE PREÇOS Determinação simultânea dos preços com base na utilidade dos consumidores pelas interrelações entre todos os mercados As interrelações no mercado não eram apenas na demanda dos bens mas também na oferta com a demanda e oferta de outros tipos de mercadorias ou nos próprios bens trocados WALRÁS formulação de uma estrutura teórica geral para mostrar através das interrações de todos os mercados todos os preços podiam ser determinados ao mesmo tempo 36 9 Requisito da teoria do equilíbrio geral era que o número de variáveis desconhecidas fosse igual ao número de equações independentes a serem usadas na determinação das variáveis Sistema de equações simultâneas solução única análise do equilíbrio geral na economia Diferença entre a teoria do equilíbrio geral e a teoria do equilíbrio parcial Equilíbrio Geral procura explicar todos os preços e quantidades trocadas em uma economia como um todo no período de tempo León Walrás Equilíbrio Parcial considera todos os preços e quantidades trocados como dados analisa apena um produto mantendo os demais constantes Alfred Marshall 37 0 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Equilíbrio Geral de Walrás todos os preços e as quantidades trocadas deveriam ser explicados preços e quantidades variáveis dependentes e a forma exata das equações refletia a verdadeira relação econômica que Walrás julgava existir entre as características dadas pelo meio socioeconômico variáveis independentes e os preços e quantidades trocadas no mercado variáveis dependentes Meio socioeconômico capitalismo concorrencial proprietários de terra trabalhadores e capitalistas mercado de fatores de produção terra capital e trabalho oferta de trabalhoserviços Mercado de produtos finais consumidores demanda pelos produtos nesse mercado o elemento mais importante para Walrás era os desejos subjetivos dos agentes econômicos curvas de utilidade marginais 37 1 Fatores importantes na teoria de Walrás a lei de propriedade e a distribuição da renda correta b economia constituída por firmas pequenas e relativamente sem poder concorrência perfeita c Pressuposto da mensuração das curvas de utilidade marginal dos indivíduos utilidade fixa e não considerava modificações no decorrer do tempo Walrás ideias utilistarista os preços de equilíbrio refletiam com exatidão as necessidades ou utilidades das pessoas maximizando com isso a satisfação humana 37 2 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS 37 3 Sistema de equações de Walrás determinação das quantidades e preços Ele chamou os serviços produtivos de n fatores de produção e os bens de consumo de m usou n preços de serviços produtivos e m 1 preços dos bens de consumo 1 é um bem de consumo usado como numerário com o preço igual a 1 havia mn QUANTIDADES de serviços produtivos e bens de consumo trocados e n m 1 PREÇOS pelos quais eles eram trocados total de variáveis dependentes 2m 2n 1 mnmn1 Quatro conjunto de equações para resolver os valores das variáveis dependentes oferta de n serviços produtivos Oferta n serviços produtivos dependia dos preços de todos serviços produtivos e dos bens de consumo n equações relacionando a quantidade oferecida dos serviços produtivos com os preços WALRAS E A TEORIA DO EQUILÍBRIO GERAL O equilíbrio do consumidor ocorre quando a utilidade da última unidade consumida de um bem for igual a seu preço Nesse caso não se considera a influência da utilidade e preços dos bens concorrentes para atender as mesmas necessidades Havendo porém interdependência entre as utilidades marginais e os preços dos diferentes bens o equilíbrio parcial será alterado A demanda fica então determinada pela lei da utilidade marginal decrescente e pelas utilidades marginais dos outros bens WALRÁS Qd fP MARSHAL P fQd Eq Geral x Eq Parcial Paradigma Walrasiano de Equilíbrio Geral m fatores de produção cujas quantidades disponíveis são R1Rm n produtos cujas quantidades produzidas são X1Xn p1pn são os preços dos produtos v1vm são os preços dos fatores aij i1m j1n são coeficientes técnicos de produção O MODELO DE EQUILÍBRIO GERAL LEÓN WALRÁS PARADIGMA WALRASIANO DE EQUILÍBRIO GERAL CONT am2 X 2 amn Xn Rm am1 X1 a22 X 2 a2 n Xn R2 a12 X 2 a1n Xn R1 a11 X1 a21 X1 pj a1 jv1 a2 jv2 amjvm j 1 n 2 2 1 2 n 1 2 n Xn fn p1 p2 pn v1 v2 vn X f p p p v v v X1 f1 p1 p2 pn v1 v2 v n Pleno emprego dos fatores de produção serviços produtivos Preços dos produtos equivalem a seus preços de custo em serviços produtivos Quantidades produzidas correspondem às quantidades procuradas pelos consumidores m fatores de produção cujas quantidades disponíveis são R1Rm n produtos cujas quantidades produzidas são X1Xn p1pn são os preços dos produtos v1vm são os preços dos fatores aij i1m j1n são coeficientes técnicos de produção LEI DE WALRAS PROVA QUE SE TODOS OS MERCADOS MENOS UM 1 ESTIVEREM EM EQUILÍBRIO O ÚLTIMO MERCADO TAMBÉM TERÁ DE ESTAR EM EQUILÍBRIO ISSO SIGNIFICA QUE UMA DAS EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO DE WALRAS NÃO ERA UMA EQUAÇÃO INDEPENDENTE PORQUE SE TODA AS DEMAIS EQUAÇÕES FOSSEM RESOLVIDAS AO MESMO TEMPO ELA TAMBÉM SERIA AUTOMATICAMENTE RESOLVIDA A LEI DE WALRAS É NA REALIDADE UMA IDENTIDADE DE DEFINIÇÃO A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS 37 8 4 CONJUNTOS DE EQUAÇÕES QUE WALRÁS DESENVOLVEU PARA SOLUCIONAR OS VALORES DAS VARIÁVEIS DEPENDENTES 1º conjunto oferta n serviços produtivos dependia dos preços de todos serviços produtivos e de todos bens de consumo n equações relacionando a quantidade oferecida de cada serviço produtivo com todos os preços do sistema A forma matemática específica de cada equação dependia das curvas de utilidade marginal de todos os proprietários de serviços produtivos O conjunto dos mn1 preços permite fazer os cálculos da utilidade e decidir a quantidade vendida dos bens de serviços para comprar os bens de consumo maximizar utilidade uma equação independente relacionando as quantidades oferecidas dos n fatores serviços de produção a todos os possíveis conjuntos de preços 2º conjunto demanda m bens de consumo depende de todos os mn1 preços Temos m equações 3º conjunto economia em equilíbrio demanda igual a oferta pleno emprego dos recursos como condição de equilíbrio equação da igualdade de demanda e oferta para os n serviços produtivos 4º conjunto de equações de Walrás concorrência perfeita preço de cada bem de consumo igual ao seu custo de produção O custo de produção dependeria dos coeficientes técnicos de produção e do preços dos serviços produtivos Walrás tinha um sistema de equações 2m 2n equações m do 2º conjunto e do 4º conjunto de equações e n equações do 1º e do 3º conjunto para resolver a solução de 2m 2n 1 incógnitas Lei de Walrás 37 9 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A lei de Walras é uma consequência da definição de oferta e demanda porque em um determinado conjunto de preços a vontade de troca implica em termos definição a vontade de adquirir algo àqueles preços demanda desistindo de algo oferta do mesmo valor Lei de Walrás e lei de Say Lei de Say implica que haja uma demanda por todas as novas mercadorias produzidas o que não é decorrência da lei de Walrás A oferta cria sua própria demanda Say oferta é principal Walrás a demanda é principal oferta é consequência da demanda As pessoas poderiam produzir a fim de trocar essa produção por quantidade limitada de bens já existentes por exemplo a moeda 38 0 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Lei de Say pode não haver tanta moeda quanto as pessoas queiram considerando o conjunto de preços em vigor Nesse caso haveria um excesso de oferta de produtos equivalente a uma demanda excessiva por moeda Haveria uma superprodução geral de mercadorias No entanto a lei de Walrás é válida Em qualquer conjunto de preços a lei de Walrás é válida mesmo quando todos os mercados estejam individualmente em desequilíbrio Pela definição a lei de Walrás prova que em qualquer desequilíbrio o total do excesso de demanda demanda oferta tem de ser exatamente igual ao total do excesso de oferta em todos os mercados em que a oferta seja maior que a demanda 38 1 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Lei de Walras A demanda ou a oferta efetiva de uma mercadoria em troca de outra é igual respectivamente ao valor do oferecimento efetivo ou ao valor da demanda da segunda mercadoria multiplicado por seu preço em termos da primeira Na verdade a demanda deveria ser considerada o principal fator e o oferecimento oferta um fato acessório quando duas mercadorias são trocadas Ninguém faz um oferecimento pelo simples fato de fazêlo a razão pela qual se oferece alguma coisa é que não se pode demandar algo sem se oferecer algo O oferecimento é apenas uma consequência da demanda É obvio que a lei de Walras é verdadeira por definição Hunt 2005 p 256 e 257 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A lei dos mercados de Say Say argumentava que ninguém produziria se não quisesse trocar o que produzisse pela produção de outra pessoa Portanto uma oferta cria uma demanda de mesma magnitude Produção abre caminho para produção Hunt 2005 p 130 e 131 Com base nas leis de Walras e de Say mencionadas acima analise a afirmação A lei de Say implica que haja uma demanda por todas as novas mercadorias produzidas o que não é uma decorrência da lei de Walras A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Preços que equilibram a oferta e a demanda da mercadoria a EDa 0 EDa 0 Pb1 Pb2 Sa fPb1 Sa fPb2 Da fPb2 Da fPb1 Pa1 Pa2 Pa1 Pa2 EDa 0 A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS As variações de preços reestabeleciam automaticamente o equilíbrio realocação de recursos das indústrias com excesso de oferta para as indústrias com excesso de demanda processo de tâtoment tatear Problemas na solução de Walras para resolver a teoria necessitava da hipótese de concorrência perfeita em que os neoclássicos afirmam que toda firma é tomadora de preços Primeiro os preços são estabelecidos nos mercados e depois as firmas reagem a eles Como se estabelecem os preços Os economistas clássicos não respondiam a questão Walras supõe um leiloeiro leilão que anunciasse todos os preços a todas pessoas A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Mercados bem organizados do ponto de vista da concorrência leiloeiro imaginário anuncia os preços e assim ocorrem as trocas Se esse conjunto de preços não fosse de equilíbrio excesso de demanda e oferta nos mercados o conjunto seguinte de preços anunciados pelo leiloeiro fazer com que os agentes atingissem o equilíbrio em termos de novos preços e corrigir os desequilíbrios cometidos com base nos preços errados anunciados anteriormente O novo conjunto de preço poderia ser de desequilíbrio e isso resultaria em trocas cada vez mais distantes do equilíbrio Walras tinha duas escolhas leiloeiro onisciente Deus sabendo o conjunto de preço de equilíbrio ou um órgão de planejamento central socialista em que o leiloeiro controlava todos os preços e trocas por meio de computadores de alta velocidade O órgão central calculava a demanda e oferta em cada mercado determinando assim um conjunto de preços de equilíbrio A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Equilíbrio geral de Walras variações de preços em qualquer mercado afetam a oferta e a demanda em muito outros mercados O desequilíbrio inicial de um preço em determinado mercado difundiria para muitos mercados e os preços dos demais mercados começavam a variar deslocando os curvas de oferta e demanda Como reestabelecia o equilíbrio Walras evitou solucionar esse problema afirmando que uma variação de preço só teria um efeito primário no mercado da mercadoria afetada Seus efeitos sobre os demais mercados seriam secundários e que esses efeitos secundários seriam menos significativos que os primários se houvesse grande quantidade de mercadorias Discípulos posteriores de Walras mostraram se os efeitos secundários fossem suficientemente pequenos o mercado atingiria o equilíbrio automaticamente A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Walras pensava concorrência perfeita em que as firmas reagem a situação de excesso de oferta e demanda alterando os preços mas na realidade o mercado já era composto de firmas grandes que controlavam preços excesso de oferta redução da produção e manutenção dos preços estáveis A queda da produção implica diminuição de renda e redução da demanda por outros produtos Se os produtores reagem ao excesso de oferta reduzindo a produção superprodução crise econômica ou depressão A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A ESCOLA INGLESA ALFRED MARSHALL A TEORIA DO VALOR OS TRÊS TEOREMAS DA TEORIA DO VALOR A EscoLa NeocLÁssica ALFred MarsHaLL A ESCOLA NEOCLÁSSICA ALFRED MARSHALL Podemos perceber três diferenças entre os primeiros marginalistas e os últimos economistas neoclássicos Primeiro o pensamento neoclássico salientava a oferta e a demanda para determinar os preços de bens serviços e recursos no mercado enquanto os primeiros marginalistas tendiam a reforçar somente a demanda Segundo muitos dos economistas neoclássicos por exemplo Wicksell e Fisher demonstraram maior interesse no papel da moeda na economia do que os antigos marginalistas Finalmente os economistas neoclássicos expandiram a análise marginal para as estruturas do mercado além da livre concorrência do monopólio e do duopólio INTRODUÇÃO Para Marshall a análise do funcionamento do sistema de mercado para a determinação dos preços começava com o estudo do comportamento dos produtores e dos consumidores chave para analisar a determinação dos preços de mercado a demanda e as condições que os produtores estariam dispostos a vender os seus bens e serviços Marshall foi o grande sintetizador procurando combinar o melhor da economia clássica com o pensamento marginalista produzindo assim a economia neoclássica ABORDAGEM E DEFINIÇÕES DE MARSHALL As leis econômicas não são leis naturais necessariamente benéficas embora seja desejável não é imperativo que elas sejam trabalhadas sem alguma mão dominadora As relações entre oferta demanda e preço tendem a produzir certos resultados quando podem trabalhar sozinhas mas a sociedade pode influenciar no resultado se desejar TEORIA DO VALOR As coisas não têm valor os indivíduos é que dão valor ás coisas mediante as suas próprias necessidades e a sua quantidade Quanto maior for a quantidade menor será o valor das coisas e quanto menor for a quantidade maior será o valor ou seja o valor de algo é a utilidade o interesse que cada coisa tem para as pessoas Esta dualidade é muito importante para a Economia pois uma decisão não tem só benefícios nem só custos POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO Devido aos recursos limitados uma sociedade tem que escolher as quantidades de bens e serviços a produzir mais comboios e menos automóveis mais café e menos chá etc As possibilidades de escolha são imensas Segundo Marshall a oferta é controlada pelo custo da produção Marshall concebeu a ideia da oferta não como uma quantidade simples mas como uma curva Para fins de esclarecimento Marshall dividiu o tempo em três períodos 1 o presente imediato 2 o curto prazo e 3 o longo prazo LEI DA PROCURA E DA OFERTA É a lei que estabelece a relação entre a demanda de um produto ou a procura de um produto e a quantidade que pode ser oferecida ou que o produtor deseja oferecer Mas ao contrário do que pode parecer a princípio esse comportamento não é sempre influenciado apenas pelos preços através da oferta e procura Existem outros elementos a serem considerados Os desejos e necessidades das pessoas O poder de compra A disponibilidade dos serviços A capacidade das empresas de produzirem determinadas mercadorias com o nível tecnológico desejado Então a demanda só vai acontecer se um consumidor tiver um desejo ou necessidade se ele tiver condições financeiras para suprir essa necessidade ou desejo e se ele tiver intenção de satisfazêlos Sendo assim Marshall utilizou um instrumento da Economia para estudar o funcionamento economico um gráfico onde se cruzam as duas curvas da oferta e da procura em resultado da relação entre duas variáveis preço e quantidade assumindo que os restantes determinantes da oferta função da oferta e da procura função da procura permanecem constantes LEI DA PROCURA E DA OFERTA DETERMINAÇÃO DO EQUILÍBRIO DE MARSHALL LEI DA PROCURA E DA OFERTA Marshall colocou a quantidade no eixo horizontal porque a considerava como a variável independente Hoje os economistas consideram a quantidade como a variável dependente Q fP embora continuem a colocar o preço no eixo vertical e a quantidade no eixo horizontal com efeito eles se curvam à tradição de Marshall em vez de à convenção matemática Marshall indicava que o excedente do produtor existe tanto para o trabalhador que recebe um excedente do trabalhador como para o proprietário do bem acumulado que recebe o excedente do poupador ELASTICIDADE DA DEMANDA A única lei universal que pertence ao desejo de uma pessoa em relação a uma mercadoria dizia Marshall é que com outras coisas sendo iguais ele diminui a cada aumento em seu fornecimento dessa mercadoria Seguese portanto que quanto menor o preço mais o consumidor vai comprar isso ocorre porque a curva da demanda apresenta uma inclinação à direita A elasticidade da demanda nos diz se a diminuição do desejo utilidade marginal é lenta ou rápida conforme a quantidade aumenta ABORDAGEM E DEFINIÇÕES DE MARSHALL O tratamento de Marshall ao elemento do tempo na discussão sobre o preço de mercado foi uma de suas contribuições mais importantes ao pensamento econômico Como regra geral afirmava ele quanto menor o período maior a influência da demanda sobre o valor O motivo é que a influência do custo de produção demora mais para mostrar seu efeito do que a influência das alterações na demanda Marshall definiu o preço normal a longo prazo como aquele que realmente equilibra a quantidade ofertada e a quantidade demandada e aquele que seria igual ao custo médio de produção a longo prazo O preço normal alterase a cada mudança na eficiência da produção Existem movimentos muito graduais ou seculares de preço normal causados pelo crescimento gradual do conhecimento da população do capital e pelas condições variáveis da oferta e da demanda de uma geração a outra ABORDAGEM E DEFINIÇÕES DE MARSHALL TEOREMAS DA ESCOLHA DA TEORIA DO VALOR PRIMEIRO TEOREMA DA TEORIA DO VALOR O Agente deve escolher a alternativa com maior benefício líquido ou seja com maior benefício ao menor custo Essa escolha deve ser feita tendo em conta a dualidade benefícioscustos ou seja a melhor escolha deve ser a que apresenta um benefício maior que o custo SEGUNDO TEOREMA DA TEORIA DO VALOR A escolha racional leva a selecionar a quantidade em que o benefício marginal é igual ao custo marginal O segundo teorema da escolha diznos que ao adicionarse uma nova unidade a uma determinada alternativa esta vai ter um certo benefício e custo adicional dando origem a um novo benefício líquido total A estes benefícios e custos adicionais vãose designar como benefício marginal e custo marginal Com o tempo o benefício marginal tende a decrescer pois de acordo com a Lei da produtividade marginal decrescente ou lei dos rendimentos decrescentes á medida que o consumo de um bem aumenta menor será o benefício total pois o aumento do consumo de um bem vai provocar uma redução do prazer em consumir esse bem logo o benefício marginal será cada vez menor TERCEIRO TEOREMA DA TEORIA DO VALOR Devese consumir uma quantidade de cada um dos bens disponíveis para que o benefício marginal da última unidade do recurso gasto em cada um deles seja igual em todos eles A escolha de determinados bens deve ser feita mediante os recursos existentes ou seja mediante um determinado recurso este deve ser usado em varias alternativas diferentes cada uma com o seu ganho e o seu custo com vista a obtenção de uma maior satisfação Para um indivíduo obter máxima satisfação deve gastar cada unidade do recurso naquilo que num determinado instante lhe dá mais prazer DISTRIBUIÇÃO DE RENDA A distribuição de renda em uma economia competitiva é determinada pelos preços dos fatores de produção Marshall afirmava que os empresários devem constantemente comparar a eficiência relativa de cada agente de produção que eles empregam Devem considerar as possibilidades de substituir um agente por outro a tração a vapor substituiu a tração manual e a tração térmica substituiu a tração a vapor Na margem das indiferenças entre dois fatores de produção que podem ser substituídos seus preços devem ser proporcionais ao valor monetário que eles agregam ao produto total SALÁRIOS PARA MARSHALL Os salários dizia Marshall não são determinados apenas pela produtividade marginal do trabalho a produtividade marginal é a base para a demanda pelo trabalho que é uma demanda derivada que depende da demanda dos consumidores pelos produtos finais No entanto é correto afirmar que os salários medem e são iguais à produtividade marginal com uma determinada oferta de trabalho Para cada empregador a taxa salarial é fixada de acordo com o salário de mercado QUATRO LEIS DA DEMANDA DE PIGOU Marshall não apenas identificou corretamente a demanda por trabalho como uma demanda derivada mas também discutiu os determinantes da elasticidade da demanda de trabalho em relação aos salários Mais tarde Pigou resumiu esses itens como as quatro leis da demanda derivada de Marshall 1 Outras coisas mantendose inalteradas quanto maior a capacidade de substituição de outros fatores por trabalho maior será a elasticidade da demanda pelo trabalho QUATRO LEIS DA DEMANDA DE PIGOU 2 Outras coisas mantendose inalteradas quanto maior a elasticidade do preço da demanda por produtos maior será a elasticidade da demanda pelo trabalho 3 Outras coisas mantendose inalteradas quanto maior a participação do trabalho nos custos de produção total maior será a elasticidade da demanda pelo trabalho 4 Outras coisas mantendose inalteradas quanto maior a elasticidade da oferta de outros insumos maior será a elasticidade da demanda por trabalho PRONTOS PARA A 3 AVALIAÇÃO CONTÉUDOS Cap 7 8 12 13 15 18376378 BRUE Cap 5 6 8 10 HUNT Lista 30 Avaliação 70 Avaliação 08042002 19 às 21 Sala 466 a lista pode ser entregue até 13042022 Cap 9 HUNT Cap10 BRUE KARL MARX E O MARXISMO 18181883 O SOCIALISMO MARXISTA SOCIALISMO CIENTÍFICO Karl Heinrich Marx 18181883 nasceu em Trier Prússia região então desenvolvida e com moderna indústria fabril ao sul da Alemanha Filho de uma família relativamente abastada de origem judaica e convertida ao cristianismo Estudou direito história e filosofia nas Universidades de Bonn Berlim e Jena e aos 23 anos recebeu o grau de doutor em filosofia dois anos depois casouse com Jenny von Westphalen filha de um barão que ocupava um alto cargo no governo ela foi a companheira devota de Marx durante todas as vicissitudes de sua carreira Em 1849 Marx foi mandado para o exílio em Londres onde passou dias e anos na sala de leitura do museu Britânico explorando as complexas ramificações da economia política Em 1867 publicou o primeiro volume de sua obra mais importante Das Kapital o capital Após a morte de Marx Engels editou seus manuscritos e publicou os volumes 2 e 3 de sua obra INFLUÊNCIAS INTELECTUAIS Além de Engels vários outros intelectuais influenciaram Marx A influência ricardiana Estudou as obras de Smith e Ricardo e ficou intrigado com a teoria do valor trabalho de Ricardo O papel dos socialistas Compartilhava sua indignação contra o capitalismo contemporâneo Marx sentia que o socialismo não aconteceria até que as condições da classe trabalhadora se deteriorassem a ponto de uma rebelião aberta tentava mostrar que deterioração era inevitável no capitalismo A conexão darwiniana as variações favoráveis tendiam a ser preservadas e as desfavoráveis destruídas o resultado dessa seleção natural foi a evolução das espécies INFLUÊNCIAS INTELECTUAIS A influência hegeliana O conhecimento e o progresso histórico ocorrem por meio de um processo de conflito de ideias Uma ideia já existente ou tese é confrontada por uma ideia contrária a antítese A luta resultante entre as ideias transforma cada uma delas em uma nova ideia ou síntese que por sua vez se torna a nova tese Marx modificou a noção de Hegel sobre o processo dialético utilizandoa para formular sua própria teoria sobre o materialismo histórico INFLUÊNCIAS INTELECTUAIS O materialismo de Feuerbach O materialismo filosófico referese à ênfase à matéria às coisas reais ou ao mundo da realidade em oposição ao campo das ideias idealismo Feuerbach diferenciou o ideal irreal do real Divindades irreais o conhecimento e o entendimento perfeitos o poder de fazer mudanças para o bem de todos Para Feuerbach a história consiste no processo por meio do qual as pessoas conhecem e aceitam a realidade utilizando as percepções dos sentidos Marx ela a religião é o ópio do povo É preciso combater a religião como a felicidade ilusória das pessoas em nome da felicidade real Marx enfatizava o materialismo a importância das realidades materiais em oposição ao idealismo de Hegel A TEORIA DA HISTÓRIA DE MARX Para desenvolver sua teoria da história Marx combinou a dialética de Hegel e o materialismo de Feuerbach Os métodos predominantes ou as forças de produção produzem um conjunto de relações de produção que os suportam Porém as forças materiais de produção tecnologia tipos de capital nível de habilidade da mão de obra são dinâmicas ou seja estão em constante mudança Essas forças contrastam com as relações materiais de produção regras relações sociais entre as pessoas relações de propriedade que são estáticas e reforçadas pela superestrutura A superestrutura consiste em arte filosofia religião literatura música pensamento político logo todos os elementos da superestrutura mantêm o status quo Para Marx a história é um processo por meio do qual as relações estáticas de produção a tese entram em conflito com as forças dinâmicas de produção a antítese Qual resultado Relação de produção social x modo de produção da vida material Em determinada fase de seu desenvolvimento as forças materiais de produção na sociedade entram em conflito com as relações de produção existentes assim surge o período de revolução social Esperase a mudança da base econômica onde a superestrutura é transformada com maior ou menor rapidez REFLEXÃO A TEORIA DA HISTÓRIA DE MARX Marx via a sociedade envolvida em estágios No estágio inicial que ele chamou de comunismo primitivo A eficiência da produção chegou ao nível em que os trabalhadores podiam produzir mais do que o necessário para a própria subsistência O feudalismo no sistema feudal os servos tinham permissão para trabalhar algumas horas da semana nas terras que lhes foram designadas mas eram forçados a trabalhar na terra do senhor durante os outros dias Os servos tinham mais incentivo para trabalhar bem do que os escravos e o feudalismo trouxe maior desenvolvimento para as forças produtivas da sociedade como consequência o sistema limitou o progresso e foi substituído pelo capitalismo A TEORIA DA HISTÓRIA DE MARX No capitalismo as técnicas de produção tornamse cada vez mais concentradas e centralizadas e o sistema de propriedade privada de capital tornase um obstáculo ao progresso Tornamse evidentes o aumento do desemprego e o empobrecimento da classe trabalhadora provocando a revolta dos trabalhadores O estado tornase um instrumento de força utilizado pelo sistema contra os trabalhadores Mas a classe trabalhadora leva a melhor derruba o estado burguês e estabelece a própria ditadura do proletariado Nesse socialismo a propriedade privada das mercadorias é permitida mas o capital e a terra pertencem ao governo central às autoridades locais ou a cooperativas promovidas e controladas pelo estado A LEI DE MOVIMENTO DA SOCIEDADE CAPITALISTA Marx procurou expor a lei de movimento econômico da sociedade moderna sua ideia não era desenhar um socialismo ele apenas quis determinar o processo por meio do qual as forças de produção no capitalismo produziriam sua antítese e inevitável queda assim como aconteceu com a escravidão e o feudalismo no passado Marx utilizou seis importantes conceitos inter relacionados para construir a teoria do capitalismo a teoria do valor trabalho a teoria da exploração o acúmulo de capital e a queda da taxa de lucro o acúmulo de capital e a crise a centralização de capital e a concentração de riqueza e o conflito de classes A TEORIA DO VALOR TRABALHO O ponto de partida de Marx foi a análise de mercadorias na sociedade capitalista Uma mercadoria disse Marx é algo produzido para obtenção de lucro e capaz de satisfazer às necessidades humanas independentemente de as necessidades surgirem do estômago ou da fantasia Essa mercadoria pode satisfazer essas necessidades diretamente como meio de subsistência ou indiretamente como meio de produção Os valores de uso constituem a essência de toda a riqueza Além do valor de uso ou utilidade uma mercadoria possui um valor de troca normalmente denominado simplesmente valor O que determina o valor de uma mercadoria A TEORIA DO VALOR TRABALHO O tempo de trabalho socialmente necessário embutido na mercadoria considerandose as condições normais de produção a competência média e a intensidade do trabalho no tempo O tempo de trabalho socialmente necessário inclui O trabalho direto na produção da mercadoria O trabalho embutido no equipamento e na matériaprima utilizados durante o processo de produção e O valor transferido à mercadoria durante esse processo Suponha o tempo de trabalho médio contido em um par de sapatos é 10 horas Esse trabalho socialmente necessário determina o valor dos sapatos Se um trabalhador for incompetente e precisar de 20 horas para produzir um par de sapatos esse valor ainda será de 10 horas A TEORIA DO VALOR TRABALHO O mercado de trabalho nivela o tempo de trabalho de diferentes capacidades a um denominador comum do trabalho não especializado O mercado também determina os preços que se baseiam no custo do trabalho básico Uma mercadoria como o ouro por exemplo tornase o equivalente universal que reflete todos os valores Um casaco seria trocado por 50 gramas de ouro porque ambos exigem a mesma quantidade de tempo de trabalho socialmente necessário na sua produção Se 50 gramas de ouro forem cunhados em duas unidades monetárias então um casaco será vendido por duas unidades monetárias As flutuações temporárias de oferta e demanda provocariam o desvio dos preços em relação ao valor real às vezes elevando o valor outras vezes reduzindo o A TEORIA DO VALOR TRABALHO A teoria do valor trabalho de Marx difere da teoria de Ricardo em um ponto importante Para Marx o tempo de trabalho determina o valor absoluto de produtos e serviços Para Ricardo os valores relativos de diferentes mercadorias eram proporcionais ao tempo de trabalho embutido em cada uma delas Neste sentido Marx acreditava que sua teoria do trabalho descartava a ilusão materialismo de que os proprietários de terras e de capital contribuíam para o valor de uma mercadoria Sua teoria abriu as portas para a teoria da exploração do trabalho A TEORIA DA EXPLORAÇÃO No volume 1 de O capital Marx assumiu que todas as mercadorias são vendidas por seus respectivos valores REFLEXÃO de que forma então o capitalista obtém lucro Para Marx é comprando aquela mercadoria que possa criar um valor maior do que o seu próprio valor Essa mercadoria é a força de trabalho Força de trabalho versus tempo de trabalho Força de trabalho referese à habilidade de um indivíduo em trabalhar e produzir mercadorias Tempo de trabalho é o processo e a duração reais do trabalho A força de trabalho é uma mercadoria comprada e vendida no mercado ou seja é do que o capitalista precisa para obter lucro O que determina o valor da força de trabalho A TEORIA DA EXPLORAÇÃO O que determina o valor da força de trabalho O tempo de trabalho socialmente necessário para produzir as necessidades culturais de vida consumidas pelos trabalhadores e sua família Se essas necessidades pudessem ser produzidas em quatro horas por dia o valor da força de trabalho da mercadoria seria quatro horas de trabalho por dia Se a produtividade do trabalhador dobrasse esses artigos de subsistência poderiam ser produzidos em duas horas por dia e o valor da força de trabalho cairia 50 4 24 Os empregadores pagam aos trabalhadores salários equivalentes à força de trabalho do trabalhador isto é eles pagam o salário de mercado vigente Esse salário de mercado é suficiente apenas para comprar a subsistência cultural necessária para a sobrevivência e perpetuação da força de trabalho A TEORIA DA EXPLORAÇÃO Para marx o motivo desse salário de subsistência não é o crescimento excessivo da população Rejeitou enfaticamente a lei da população de malthus Marx achava que o capitalismo produz um grande exército de desempregados e que esse excesso de força de trabalho impõe ao longo do tempo que o salário médio permaneça próximo ao nível cultural de subsistência Maisvalia A exploração dos trabalhadores De acordo com Marx a exploração da mão de obra aumenta somente quando os trabalhadores podem produzir mais em um dia do que eles precisam consumir para sua sobrevivência e a de sua família A TEORIA DA EXPLORAÇÃO Marx ilustrou essas ideias com um exemplo numérico A TEORIA DA EXPLORAÇÃO Não importa que parte do lucro do capitalista volte ao banqueiro em forma de juros parte ao senhorio em forma de aluguel e parte ao capitalista negociante em forma de lucros comerciais Todo o rendimento da propriedade surge da exploração inconsciente da mão de obra no processo produtivo dado que no capitalismo afirmou Marx a ideia de todo trabalho ser remunerado é uma ilusão Os capitalistas não são pessoas más que roubam os trabalhadores eles pagam aos trabalhadores o salário de mercado mas não conseguem entender a verdade crucial de que a origem de seus lucros é a exploração da mão de obra A TEORIA DA EXPLORAÇÃO A TAXA DA MAISVALIA Marx considerou a parte do capital investida em equipamento e matériaprima como capital constante c O valor desse capital é transferido ao produto final sem nenhum aumento O capital destinado aos salários para a compra da força de trabalho é o capital variável v O valor extra que o trabalhador produz que o capitalista toma sem compensar o trabalhador é a maisvalia s A taxa da maisvalia s ou a taxa de exploração é fornecida na equação A TEORIA DA EXPLORAÇÃO Qual é a duração adequada para o dia de trabalho Entre direitos iguais a força decide Assim na história da produção capitalista a determinação do que é um dia de trabalho é resultado de uma luta a luta entre o capital coletivo isto é a classe de capitalistas e o trabalho coletivo isto é a classe trabalhadora Mesmo que o dia de trabalho não fosse estendido a maisvalia poderia ser aumentada melhorandose a eficiência da produção e portanto reduzindo o valor da força de trabalho do trabalhador Se as necessidades do trabalhador pudessem ser produzidas em um espaço de tempo menor uma parcela maior do novo valor iria para o capitalista Mais Valia Relativa x Mais valia Absoluta A TEORIA DA EXPLORAÇÃO A TAXA DE LUCRO A taxa de lucro p na fórmula de Marx é a razão entre a maisvalia e o total de capital investido ou A equação acima ajuda a esclarecer a grande contradição ou o problema da transformação de Marx Se as taxas de lucro são uniformes e a razão entre capital e mão de obra varia entre as indústrias então as mercadorias não serão vendidas por seus respectivos valores conforme assumiu Marx no volume 1 Essa parece ser uma contradição significativa na análise de Marx Marx concluiu que os preços de venda de mercadorias produzidas em indústrias de custos constantes e capital intenso ficam acima de seus valores enquanto as mercadorias relacionadas a um grande volume de mão de obra serão vendidas a preços abaixo de seus valores ACÚMULO DE CAPITAL E QUEDA TX DE LUCRO De acordo com Marx a taxa de lucro p recebida pelos capitalistas tenderá a cair com o decorrer do tempo o motivo é a pressão em relação ao aumento da eficiência por meio da mecanização e das invenções que reduzem o uso da mão de obra Tal fato provoca o que Marx chama de composição orgânica do capital indicada na equação abaixo como Q Observe que esta é a razão entre o capital constante c e o capital total c v Uma equação alternativa para a taxa de lucro pode ser apresentada abaixo ACÚMULO DE CAPITAL E QUEDA TX DE LUCRO Marx observou certas forças ligadas à queda da taxa de lucro A intensidade da exploração de s pode ser aumentada forçando os trabalhadores a aumentar o ritmo de trabalho ou estendendo o dia de trabalho Os salários podem ser temporariamente reduzidos abaixo de seu valor O capital constante pode ser barateado pois à medida que os equipamentos e as matériasprimas se tornam mais baratos o aumento na composição orgânica do capital e a queda na taxa de lucro tornamse mais lentos O aumento da população em relação a empregos e o aumento do desemprego tecnológico contribui na definição de novos mercados que utilizam mais mão de obra e menos capital O comércio exterior aumenta a taxa de lucro barateando os elementos do capital constante e das necessidades da vida A taxa de exploração aumenta com a redução do valor da força de trabalho por meio do aumento da eficiência da produção ACÚMULO DE CAPITAL E A CRISE De acordo com Marx a queda da taxa de lucro é um dos problemas insolúveis do capitalismo assim como a tendência de crises econômicas sérias Marx atacou a Lei de Say afirmando ela se aplicava somente à produção de mercadorias simples O tecelão do linho o vende e usa o dinheiro para comprar alimentos com processo representado por CLMRCA Esses bens possuem valor de troca semelhante e valores de uso diferentes O dinheiro M é apenas um meio de troca Na produção capitalista de larga escala o processo de troca é representado por MCM em que as pessoas compram para vender em vez de vender para comprar O dinheiro é trocado por mercadorias como força de trabalho matériaprima e equipamentos ACÚMULO DE CAPITAL E A CRISE Assim a representação correta do processo capitalista é M C M em que M é maior que M pelo total da maisvalia obtida com os trabalhadores produtivos Esse é o processo de investimento expandido acumule acumule Lei de Moisés e dos profetas O investimento rápido em capital e mão de obra aumenta temporariamente a demanda e eleva os salários que os capitalistas devem pagar Mas esses salários mais altos reduzem as taxas de maisvalia e de lucro encerrando a expansão e enviando a economia para a direção oposta A depressão destrói o valor monetário do capital fixo permitindo que os capitalistas maiores monopolistas e oligopolistas adquiram todas as empresas menores a preço de barganha A CENTRALIZAÇÃO DE CAPITAL E A CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA A dinâmica do acúmulo de capital e a tendência a recorrentes crises econômicas centralizam a propriedade do capital e concentram a riqueza nas mãos de menos pessoas Com o desenvolvimento do modo de produção capitalista há um aumento no total mínimo de capital individual necessário para que a comercialização e a negociação ocorram em condições normais O aumento da produção capitalista leva ao aparecimento de uma nova força dentro do sistema o crédito No início o sistema de crédito aparece como um modesto ajudante do acúmulo e consumo Posteriomente se torna uma nova arma na luta da concorrência transformando em um imenso mecanismo social para a centralização de capital O CONFLITO DE CLASSES A concentração de riqueza nas mãos de cada vez menos capitalistas e o empobrecimento absoluto e relativo dos trabalhadores definem o estágio para o conflito de classes Os crescentes estados de miséria opressão escravidão degradação exploração dos trabalhadores aumentam seu senso de solidariedade e disposição para se revoltar As relações de produção no capitalismo entram em conflito com as forças de produção e as primeiras são rapidamente transformadas Os trabalhadores derrubam os capitalistas e estabelecem uma ditadura do proletariado A propriedade estatal dos meios de produção substitui a propriedade particular a taxa de expansão de capital fica estabilizada e a exploração dos trabalhadores é eliminada Os trabalhadores de certo modo tornamse proprietários do capital A LEI DE MOVIMENTO DO CAPITALISMO Teoria do valor do trabalho a Teoria da exploração b Acúmulo de capital c d e Queda da taxa de lucro Crises comerciais Desemprego tecnológico g h f j Centralização de capital e concentração de riqueza Reserva de desempregados e empobrecimento do proletariado k l Conflito de classes AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX CONTRIBUIÇÕES Marx teve uma participação importante na luta para estabelecer uma teoria adequada sobre o valor na economia Os problemas associados à teoria do trabalho proporcionaram um incentivo para os economistas explorarem outros caminhos a fim de entender os valores de troca Marx foi um dos primeiros economistas a observar que os ciclos econômicos são um fato comum na economia capitalista Lembrese de que Malthus havia descrito a possibilidade de superprodução geral mas não desenvolveu a ideia de ciclos econômicos AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX CONTRIBUIÇÕES Marx previu com precisão o crescimento em larga escala da força das empresas e dos monopólios caiu por terra o mercado competitivo de SMITH Forçou os economistas desenvolver novas teorias de comportamento comercial alocação de recursos e distribuição de renda Marx destacou o efeito da substituição quando aplicado ao capital da economia da mão de obra ou seja o capital novo pode substituir a mão de obra Discutiu a ideia da inovação da economia da mão de obra com mais detalhes do que seus antecessores Marx contribuiu para a economia ao enfatizar a análise dinâmica em vez da estática Abordagem dinâmica foi reforçada por economistas institucionais teóricos do crescimento e economistas austríacos AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX FALHAS ANALÍTICAS FALHAS NA TEORIA DO VALOR DO TRABALHO Economistas contemporâneos contestam que os trabalhadores sejam a origem de todo o valor de troca A terra e os recursos de capital também são produtivos independentemente e além do valor da mão de obra necessária preparandoa para a produção Os proprietários de terras e de recursos de mão de obra merecem um rendimento que seja suficiente para manter esses recursos empregados na produção de uma mercadoria específica Uma crítica mais técnica é o problema da transformação mencionado anteriormente e associado à teoria do trabalho de marx Marx assumiu uma taxa uniforme de maisvalia para todas as indústrias a fim de sustentar que a mão de obra é a origem de todo o valor AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX FALHAS ANALÍTICAS PROBLEMAS COM A TEORIA DA EXPLORAÇÃO DE MARX Grandes períodos de desemprego em massa têm sido uma exceção e não a regra nas nações capitalistas Em condições de um índice relativamente alto de emprego os empregadores precisam competir entre si para atrair trabalhadores qualificados da mesma forma que os trabalhadores competem entre si para obter as melhores posições A competição entre empregadores eleva os salários força as empresas a melhorar as condições de trabalho faz que os patrões diminuam as horas de trabalho ou produzam qualquer combinação desses três fatos Os salários reais aumentaram significativamente desde as publicações de Marx e a parcela de mão de obra da renda nacional aumentou ou mantevese relativamente constante na maioria dos países industriais AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX FALHAS ANALÍTICAS FALHAS NA ANÁLISE DE MARX SOBRE O ACÚMULO DE CAPITAL Marx acreditava que o acúmulo de capital gera a queda da taxa de lucro agravando as crises econômicas e o desemprego tecnológico economistas modernos discordam pois é verdade que o fortalecimento do capital ou seja o crescimento do capital a uma taxa mais rápida que a da mão de obra por ora reduz o retorno do capital Porém outras forças são exercidas bem como as novas tecnologias que aumentam a produtividade do capital reforçando a tendência da queda da taxa de lucro Historicamente a taxa de retorno de capital e a taxa de lucro têm oscilado dentro do ciclo econômico mas não apresentam tendência de queda pois durante muitos períodos o investimento cresce a um ritmo consistente com um crescimento econômico regular em vez de com crises econômicas ameaçadoras AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX FALHAS ANALÍTICAS PROBLEMAS COM A IDEIA DE CONFLITO DE CLASSES O prognóstico de Marx sobre a inevitabilidade do conflito de classes baseiase em suas teorias sobre a exploração e o acúmulo de capital que leva uma queda na taxa de lucro agravamento de crises e desemprego tecnológico A história aponta para uma polarização dos trabalhadores e dos capitalistas em duas classes opostas isso não ocorreu de fato pelo contrário uma classe média proprietários de pequenas empresas profissionais autônomos cientistas engenheiros professores vendedores publicitários administradores e outros assalariados desenvolveuse na maioria dos países capitalistas Marx não percebeu que os interesses de toda a classe capitalista não coincidem necessariamente com os interesses de cada indivíduo pertencente a ela AVALIAÇÃO DA ECONOMIA DE MARX FALHAS ANALÍTICAS PROBLEMAS COM A IDEIA DE CONFLITO DE CLASSES A bemsucedida revolução de Marx não ocorreu em países capitalistas desenvolvidos como Inglaterra França e Alemanha onde Marx esperava Os países em que ela ocorreu Rússia China tiveram uma angustiante falta de acúmulo de capital na época da revolução além disso o colapso dramático do marxismo na europa oriental e na União soviética evidenciou uma repulsa ao marxismo pelo menos na forma como ele se manifestou historicamente mesmo entre o proletariado A evidência histórica simplesmente não sustenta a teoria de conflito de classes desenvolvida por Marx ACABOU POR HOJE Até a proxima aula KEYNES E O KEYNESIANISMO Cap 15 HUNT e Cap 21 e 22 BRUE