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Ciências Econômicas ·
História do Pensamento Econômico
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AULA 1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ANÁLISE DO PENSAMENTO ECONOMICO DA FASE PRÉCIENTÍFICA À ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA Prof Emerson Esteves UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA UEL CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS CESA DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DEPECO A História do Pensamento Económico HPE é o campo de conhecimento do economista permanentemente posto em xeque em termos de sua relevância e necessidade TOLIPAN 1989 Segundo Angeli 2014 sua existência só é aceita pela maioria da profissão na medida em que sirva como relato da trajetória prédeterminada teleológica da ciência ao estado atual tido como conhecimento correto verdadeiro O processo de erro e acerto vivenciado pelas gerações anteriores serviria então como a história da imperfeição do passado da trajetória progressista do conhecimento científico em que cada acerto passa a ser incorporado ao estado atual da ciência ANGELI 2014 Neste sentido o estudo do pensamento de um grande economista só se justifica na medida que nele se busquem alternativas ao estado atual da ciência econômica Segundo Tolipan 1989 a HPE deve recuperar para analisar e esquecer ela deve liberar o atual dos sintomas do passado Ela deve ser teórica e orientada pelas dificuldades presentes em um sentido profundo crítico e analítico O Cenário Histórico da Grécia Antiga Formada por várias CidadesEstados Atividade Econômica Formada por grande propriedade latifundiária escravista artesanato e atividades comerciais Classe dominante Formada pela nobreza proprietária de terras e escravos Classe média Formada pelos artesões e comerciantes servidores públicos artistas e filósofos Política e Regimes na Grécia Experiências políticas Visão de Aristóteles e Platão Diferentes formas de organização Assuntos da pólis Cidadesestado Comparações passado x presente Política e Regimes na Grécia As Ideias de Xenofonte Popularizou o conceito de Oikonomikos via livro Homônimo considerado uma espécie de guia de ética educar administrar da época para o senhor patriarcal e seus escravos As Ideias de Platão O foco de Platão não era tanto a unidade familiar mas principalmente a polis A polis foi o resultado natural da evolução da divisão social do trabalho humano na qual se cria um ambiente cooperativo através da produção e troca dos bens e serviços necessários para a vida humana Evolução do Pensamento Econômico Filosofia e Política no Mundo Grego Filosofia Aristóteles e Platão e o seu surgimento Pensamento Socrático Qual é a relação entre a polis e o surgimento da filosofia Filosofia e Política no Mundo Grego Filosofia de Sócrates Pensamento Socrático PARTICIPANDO DA AULA Quais são os fatores que explicam o surgimento da filosofia na Grécia antiga Decadência Grega Teve início a partir do século IV aC pode ser explicada por diferentes fatores Organização Social Falta de consenso politico Guerras entre as cidadesestado Economia e Política em Roma Império Romano Características Do ponto de vista Político Do ponto de vista Econômico Sociedade de Classes Romana Patrícios Plebeus Clientes Escravos Economia e Política em Roma A decadência do Império Romano Economia e Política em Roma O Pensamento Econômico na Teologia Medieval e Mercantilista A ruína do Império Romano não afetou a estrutura da Igreja Católica Apostólica Romana que ao contrário se fortaleceu Durante o período feudal a Igreja Católica funcionou como um SEGUNDO ESTADO CONTROLE IDEOLÓGICO Incluindo nele a validação legal da produção e disseminação do conhecimento científico o qual não podia se confrontar com os dogmas do cristianismo católico A fase inicial do feudalismo marca o pensamento de Santo Agostinho O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA Pensadores à época 1 Santo Agostinho 354430 2 São Tomaz de Aquino 12251274 O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA Pensadores à época 3 Martinho Lutero 14831546 4 João Calvino 15091564 O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA A mais completa avaliação da relação entre a teologia calvinista e o capitalismo foi realizada por MAX WEBER no livro A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA 1700 1725 1750 1775 1800 1825 AS CINCO PERGUNTAS PRINCIPAIS 1 Qual era o cenário histórico da escola 2 Quais eram os principais dogmas da escola 3 Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar 4 Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar 5 Quais dogmas da escola se tornaram contribuições duradouras Qual a importância de estudar a economia e sua História O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA O Cenário Histórico do Mercantilismo O QUE VERMOS NA AULA DE HOJE A escola mercantilista e a visão geral do mercantilismo Autores Thomas Mun Gerard Malynes Cherles Davenant Jean Baptiste Colbert Sir Willian Petty VISÃO GERAL Cenário Histórico 1500 à 1776 Escola mercantilista Autossuficiência do sistema feudal e o surgimento de um novo sistema de capitalismo comercial Crescimento das cidades e descobertas geográficas Produção em pequena escala Aumento da interação produtos consumidor Surgimento dos Estados Nacionais Rivalidade entre nações intensificada Evolução das doutrinas sistema feudal promoveu o nacionalismo e a importância do mercador nas expansões políticas econômicas e militares à época Principais dogmas Escola Mercantilista Dogmas das Escola Mercantilista Quem a escola mercantilista beneficiou ou procurou beneficiar Como a escola mercantilista foi válida útil ou correta em sua época Quais dogmas tornaramse duradouros Quais dogmas tornaramse duradouros Filho de mercador britânico conseguiu sua riqueza e reputação como negocianteno comercio italiano e oriente médio Foi diretor da Cia das Índias Orientais mas teve controvérsias pois afirmava que a saída de moeda de um país não importava se sua exportação excedesse a importação Em 1630 escreveu sua famosa exposição à doutrina mercantilista que no cap 2 afirmava que para um país enriquecer era necessário produzir excedente para exportação com intuito de acumular ouro Argumentava que mesmo que a Inglaterra fosse rica poderia utilizar suas terras desocupadas para produzir bens que importavam e os deixavam mais pobres Sua ênfase era na compra e venda com lucro Seus argumentos chegaram a uma estranha conclusão que o comércio interno não enriquece um país Foi astuto ao incluir itens invisíveis no balanço de pagamentos por exemplo o valor dos fretes navios perdidos seguro etc Nasceu na Bélgica mas filho de ingleses Retornou à Inglaterra e tornouse negiciante no comércio exterior Foi encarregado inglês do comércio na Bélgica Conselheiro do governo em assuntos comerciais e monetários Em sua publicação em 1622 expressou diversas ideias mercantilistas Defendeu mercadores Promoveu a ideia da regulamentação governamental para garantir exportações de qualidade Passou boa parte de sua vida em vários posto do governo que lidavam com impostos importações e exportações Clamava pela regulamentação do negócio pelo governo pois os mercadores não mereciam confiança Representa o coração e alma do mercantilismo que é chamado de colbertismo na França Empenhouse em facilitar o comércio interno A regulamentação governamental do comércio tinha um forte teor feudal Desprezo aos homens de negocio pois eram gananciosos e pensavam só no lucro A favor de uma população grande trabalhadora e mal paga a experiencia sempre mostrou que a ociosidade nos primeiros anos de vida é a fonte real de todas as desordens na vida mais tarde Pais com mais de 10 filhos eram isentos de impostos religiosos não Mercantilista que contribuiu com algumas ideias novas precursoras de economia clássica Antes dos 16 anos ele já dominava o latim grego francês matemática astronomia e navegação Filho de um pobre comerciante de roupas obteve grande fortuna fama e honra Foi marinheiro médico professor inventor pesquisador entre outros Visão Mercantilista Vários trabalhos publicados Comercio exterior livre para evitar o contrabando As importações de matérias primas deveriam ser taxadas levemente Opunha às leis que impediam a exportação de dinheiro A favor da grande população Apoiava o pleno emprego Era contra enforcar ladrões mas não por motivos humanitários deveriam ser escravos Desempregados deveriam ser contratados pelo estado para construir rodovias Sir William Petty 16231687 NA PRÓXIMA AULA A escola Fisiocrática François Quesnay Anne R Jaques Turgot Os precursores da escola clássica Sir Dudley North Richard Cantillon David Hume Precursorr da economia clássica Foi um estatístico pioneiro mas às vezes baseavase em suposições frágeis Expos fragmentos da velocidade de circulação da moeda divisão do trabalho rendimento como excedente da terra importância dos bens de capital e teoria do valor trabalho que foram detalhados pelos Clássicos Exercícios de Revisão 1 Resuma as principais ideias e estabeleça a importância de cada um dos autores mercantilistas estudados 2 Por que os mercantilistas às vezes são chamados de bulionistas Incorpore cada um dos aspectos a seguir em sua resposta comércio internacional colônia guerras tarifas monopólio grandes populações 3 Os mercantilistas perceberam que a um excedente de exportação pode provocar entrada de ouro vindo de outros países e b aumentos no estoque de dinheiro podem elevar os preços de uma nação No longo prazo esses resultados são compatíveis explique A ESCOLA FISIOCRÁTICA Visão Geral e Principais autores O que veremos na aula de hoje e qual o objetivo A escola Fisiocrática Cenário histórico Dogmas Contribuições Principais pensadores VISÃO GERAL DOS FISIOCRATAS Qual o cenário histórico da escola fisiocrática Surgiram na França próximo ao final da época mercantilista Foi datada em 1756 com término em 1776 duas décadas A fisiocracia foi uma reação ao mercantilismo Minuciosa regulamentação do governo Controle do número de fios para tecido Mais qualidade e menos inovação Governo corrupto e extravagante A indústria francesa foi retardada em seu desenvolvimento pelas autoridades Pedágio impostos tarifas A agricultura foi muito taxada e o comércio de grão foi submetido a uma teia de regulamentações Proibido exportar não podia existir transferencias entre províncias sem autorização Camponeses pagavam impostos sobre terra e lucros Consignatários de impostos As guildas impediam a entrada de livre trabalho em certos ofícios Foram regulamentadas pela fisiocracia e perdurou por muito tempo até 1789 As contendas e litígios jurisdicionais continuaram por gerações Alto Custo das batalhas legais durante a metade do sex XVIII Um litígio de 300 anos não havia sido resolvido até 1789 quando a revolução destruiu as guildas Ordem natural As leis da natureza governam as sociedades Na esfera econômica as leis naturais conferiam aos indivíduos usufruir dos frutos do seu trabalho desde que fosse consistente com o direito dos outros Laissezfaire Laissezpasser Gournay Sem interferência do governo A favor do livre comercio Opunhamse a quase todas as restrições impostas pelos regimes feudais mercantilistas e governamentais Ênfase na Agricultura Indústrias comércio e profissões eram úteis mas estéreis Somente a agricultura era produtiva e seu excedente era usado na produção Taxação de proprietário de terras Somente o proprietário de terra devia ser taxado pois só a agricultura gerava excedente Interrelação a economia Analisavam o fluxo circular de bens e dinheiro na economia Os Donos das terras pois suas obrigações comerciais onerosas acabariam Laissezfaire e promoção da indústria Os Camponeses pois tornariam assalariados das grandes fazendas Fazendas capitalistas a imposição de taxas sobre os excedentes reduziu o valor da terra mas beneficiou quem as alugava A Nobreza e o Clero pois os fisiocratas defendiam o direito destes a terra e aluguel A agricultura com seus excedentes ajudou a favorecer o crescimento econômico e desenvolvimento industrial Ao promover o laissezfaire estavam se opondo aos obstáculos ao desenvolvimento capitalista da economia Inconscientemente promoveram a revolução francesa em 1789 Enfatizavam a produção ao invés da troca na produção de riquezas Várias ideias eram incorretas Industria e comercio estéreis Crença que só donos de terras deviam ser taxados pois só eles geravam excedentes Exaltavam erroneamente os fazendeiros capitalistas como principal figura de desenvolvimento Industriais e trabalhadores se tornaram mais importantes enquanto a importância da agricultura caiu Estabeleceram a economia como ciência social Quesnay é precursor do fluxo circular da renda e da contabilidade nacional Turgot é précursor da análise dos retornos decrescentes Originaram as análises de impostos e incidência que são parte da análise microeconômica atual Defender o laissezfaire chamaram a atenção dos economistas para o papel adequado do governo na economia François QUESNAY 16941774 Quesnay e seus seguidores esperavam transformar o rei em um déspota esclarecido como instrumento de reforma pacífica Ele era a favor de grandes fazendas gerenciadas por empresários antecipando portanto os grandes empreendimentos agrícolas que surgiram à época Para Quesnay a sociedade era semelhante ao organismo físico Quesnay acreditava que as leis feitas pelas pessoas deveriam estar em harmonia com as leis naturais Seu famoso trabalho Tableau Economique criado para o rei da França em 1758 e revisto em 1766 mostrou o fluxo circular de bens e dinheiro em uma economia ideal e livremente competitiva Quesnay assume que a terra é de propriedade do senhor mas é cultivada por fazendeiros arrendatários que são portanto a única classe realmente produtiva LER O passado como préâmbulo 31 Quesnay e o Diagrama de Fluxo circular Classe produtiva Fazendeiros Produto bruto total 5 alimentos dos fazendeiros semente e ração animal para o próximo ciclo 2 Disponível para venda 3 Receita com alimentos vendidos para os proprietários de terras Recebe com alimentosmateriais vendidos para a classe estéril O ciclo continua Custos Mercado de recursos Recursos Empresas Bens e serviços Mercado de produtos Receita Renda monetária salários rendimentos juros lucros Famílias Gastos com consumo Quesnay 16941774 Quesnay diz que a produção não agrícola é estéril mas não questionava o direito dos proprietários de receber o rendimento Quesnay era defensor dos direitos dos proprietários de terras Mas taxar somente proprietários de terras era vista como um ataque aos seus interesses Quesnay argumentava que um excesso de luxo na decoração pode rapidamente arruinar uma nação grandiosa e opulenta Anne Robert Jacques TURGOT 17271781 Introduziu medidas antifeudais e anti mercantilistas ao ser partidário das ideias fisiocráticas A liberdade do comércio interno de grãos foi ordenada e as guildas e corporações comerciais privilegiadas foram abolidas Terminou com a coveia opressiva os 12 ou 15 dias de trabalho não pago obrigatório aos camponeses anualmente para manter rodovias pontes e canais Defendia imposto sobre a Nobreza As leis aprovadas por Turgot e seus planos provocaram oposição resoluta de pessoas de todas as classes Turgot se opunha à interferência dos parlamentos na legislação Em uma carta de 1767 a David Hume Turgot afirmou que os impostos aplicados a outros grupos eram ignorados pelo proprietário de terras Na Próxima Aula A Escola Clássica Precursores Contexto histórico Principais dogmas Validade das teorias Principais pensadores Sir Dudley North David Hume A ESCOLA CLÁSSICA Cenários Dogmas Principais autores e contribuições O Cenário Histórico A escola clássica começou em 1776 com a publicação do livro a riqueza das nações de Adam Smith e terminou em 1871 Duas revoluções A revolução científica madura Isaac Newton 16421727 lei da gravitação Confiança na experimentação Via experiência Leis naturais guiam os homens e o universo Visão estática do mundo espaço tempo e matéria independentes Laissezfaire sociedade melhoria com liberdade O Cenário Histórico A revolução Industrial 1776 Amadurecendo Intensificouse no período em que os economistas clássicos mais recentes escreveram A revolução industrial e a economia clássica desenvolveuse primeiro na Inglaterra A Inglaterra beneficiouse amplamente do livre comércio internacional Os empresários não precisavam mais contar com subsídios e monopólios governamentais Os produtos tornaramse de melhor qualidade e mais baratos por causa da livre concorrência O CENÁRIO HISTÓRICO Surgiu a força de trabalho móvel mal paga e vigorosa Camponeses tronaramse empregados Artesãos perdiam a vantagem competitiva Regulamentação governamental não era mais necessária para os empresários e os empregados No entanto essa prática havia acabado em 1762 pois as condições de oferta e demanda de mão de obra estavam ditando baixos salários determinados pelo mercado Leis de cercamento aprovadas pelo Parlamento autoriza o uso de cercas cercas vivas e paredes para delimitar as terras comuns e os campos abertos A doutrina clássica é geralmente chamada de liberalismo econômico É um legado histórico que hoje permite chamar de conservadora a pessoa que defende suas ideias Principais características DOGMAS Envolvimento mínimo do governo Comportamento econômico de auto interesse Harmonia de interesses o indivíduo ao buscar seu interesse alcança o interesse da sociedade Importância de todos os recursos K T L e atividades econômicas comércio agricultura produção etc Leis econômicas lei da vantagem comparativa dos rendimentos decrescentes da população dos mercados da moeda etc A LP atendeu toda a sociedade Acumulação de capital e crescimento econômico Mercadores e industriais tiveram novo status e dignidade como promotor da riqueza da nação Mesmo os assalariados foram beneficiados Transformava pessoas em empreendedores Promoveu a queda das restrições mercantilistas A concorrência foi a grande reguladora Governos esbanjadores e corruptos quanto menos intervenção melhor Livre mercado A economia clássica racionalizava as práticas em que estava envolvida ao transformar as pessoas em empreendedores Ela justificava a queda das restrições mercantilistas que não eram mais úteis A concorrência era um fenômeno crescente e a confiança nela como a grande reguladora da economia era um ponto de vista sustentável Os governos eram notoriamente esbanjadores e corruptos COMO A ESCOLA CLÁSSICA FOI VÁLIDA ÚTIL OU CORRETA EM SUA ÉPOCA Ao ajudar a remover os restos do sistema feudal a economia clássica promovia o empreendedorismo comercial Quando a industrialização estava começando a maior necessidade da sociedade era concentrar recursos na máxima expansão possível da produção A economia clássica e os que a endossavam estendiam o mercado não somente obtendo um comércio internacional mais livre mas também promovendo uma força de trabalho urbana CONTRIBUIÇÕES DURADOURAS Melhor análise econômica à sua época Base da economia moderna como ciência social Várias leis clássicas são usadas em livros de introdução à economia Leis que tornaramse duradouras Rendimentos decrescentes Vantagem comparativa Soberania do consumidor Acúmulo do capital para crescimento econômico O livre mercado CONTRIBUIÇÕES DURADOURAS Problemas da análise clássica Ênfase excessiva no laissezfaire Era ambígua deficiente e errada em várias análises econômicas Errou em não considerar adequadamente a evolução tecnológica e o relacionamento entre o aumento da produtividade e dos salários Não incorporou adequadamente o papel da utilidade e da demanda no valor do produto DUDLEY NORTH 16411691 O tratado Discourses upon trade único trabalho publicado aparecendo anonimamente em 1691 Quando David Ricardo leu uma edição reimpressa escreveu eu não tinha ideia de que uma pessoa tivesse opiniões tão corretas como as expressas nesta publicação e tão prematuramente North dizia que o comércio é um ato de vantagem mútua North repudiou o conceito de que a riqueza deveria ser medida pelo estoque de metais preciosos de um país Ênfase no comércio e no acúmulo Segundo North algumas pessoas não entenderam bem a verdade profunda da frase na realidade não é dinheiro o que ele quer mas pão e outras necessidades básicas da vida Queremos dinheiro somente para nos desfazer dele pois o que realmente queremos são bens e serviços O que então é a riqueza de uma nação North era a favor do laissezfaire e como a maneira de atingir os ganhos máximos tanto do comércio interno como do comércio internacional RICHARD CANTILLON 16801734 Sua única obra foi Essai sur la nature du commerce en général publicado em francês em 1755 Foi o precursor dos fisiócratas de duas maneiras Primeiro ele utilizou o termo empresário enfatizando o seu papel na vida econômica E por desenvolver uma teoria de valor e preço O preço ou valor intrínseco de uma coisa é a medida da quantidade de terra e de trabalho que entra em produção tendo relação com a fertilidade ou produção da terra e com a quantidade de trabalho Lei da oferta x Demanda Fazendeiros produzir mais milho do que o normal o valor real e intrínseco do milho corresponderá à terra e ao trabalho que constituírem sua produção Nunca há uma variação nos valores intrínsecos o que pode ocorrer é uma variação diária e um eterno fluxo e refluxo nos preços de mercado Cantillon antecipou o pensamento da economia clássica de várias outras maneiras Os homens se multiplicam como ratos em um celeiro se tiverem meios ilimitados de subsistência O economista clássico Thomas Malthus tinha um ponto de vista semelhante Cantillon analisava o juro como uma recompensa pelo risco corrido no empréstimo com base nos lucros que os empresários podem auferir ao emprestar e investir Cantillon concentrouse na produtividade dos recursos de uma nação Lamentava que os nobres e monges não trabalhassem para produzir bens Mas os nobres pelo menos emprestavam seus cavalos e cavaleiros para guerras já os Monges não são inúteis cantillon dizia que nos países católicos há muitos dias santos o que reduz o trabalho das pessoas em cerca de uma oitava parte do ano Cantillon tinha ideais mercantis fortes considerava o excedente de exportação uma situação muito boa para o comércio mas não acreditava que o ouro e a prata obtidos em casa servissem para o mesmo objetivo Sua ênfase era na produção de bens e na venda desses bens ao exterior de modo que as empresas prosperassem e que um excesso de exportação não poderia ser mantido indefinidamente Os mercantilistas queriam promover um excedente de exportações para acumular moeda RENDA DA TERRA MEDIDA DA MARGEM EXTENSIVA DE CULTIVO RENDA DA TERRA MEDIDA DA MARGEM INTENSIVA DE CULTIVO A TEORIA DO VALOR DE TROCA E OS PREÇOS RELATIVOS Por David Riucardo CARACTERÍSTICAS DA DISTRIBUIÇÃO DE RICARDO O GRÁFICO ABAIXO ILUSTRA ESSA IDÉIA LucrosK Capital K Variável K ProdutoK Salário K Salário RendaK III PARTE UTILITARISMO MARGINALISMO NEOCLASSICISMO E KEYNESIANISMO ESCOLA UTILITARISTA Os primeiros utilitaristas Bentham Say Sênior Bastiat Utilitaristas reformadores Thompson e Mill O UTILITARISMO 1840 1872 RÁPIDA EXPANSÃO ECONÔMICA NA EUROPA Capital Cartéis Industrialização Concentração Poder Industrial Trustes Riqueza Fusões Eliminação Pequenas Empresas ANTECEDENTES ÂMBITO FINANCEIRO SA única organização Mercado Financ Pequenos Recursos Empresarial organizado N Reduzido em Kptas RELAÇÕES SOCIAIS Hierárquica Integrados Forma Grande Empresa Processos Racional Burocrática Coordenados calculado Objetivo Maximizar Lucro Acumulação de Capital ADAM SMITH Análise da economia composta de várias EMPRESAS PEQUENAS VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 1 Especialização do trabalho isolamento dos produtores Indivíduos como unidades isoladas preocupadas com a própria sobrevivência contra forças impessoais do mercado Outros passam a ser vistos como inimigos e adversários Hobbes O Leviatã VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 2 Indivíduo é competitivo e egoísta por natureza Suas motivações essenciais são aumentar o prazer e evitar a dor UTILITARISMO VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 3 A divisão do trabalho cria dependência completa do funcionamento com êxito do mercado Aceitando o capitalismo como natural e eterno a única condição de melhora para os indivíduos está no bom funcionamento do mercado liberdade econômica VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 4 Bom funcionamento do mercado depende da quantidade e eficácia dos meios de produção Industrialização exige que parte do esforço produtivo seja direcionado dos bens de consumo para os bens de produção Idéia de que os lucros devem aumentar com relação aos salários lucros devem ser suficientes para financiar a industrialização Quem financia realmente a industrialização Depende da grandeza real de salários lucros e produção Ao aceitarmos que a repartição da renda pelo mercado é correta natural temos a ilusão de que quem pagou a industrialização foi o capitalista VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 5 Acirramento da concorrência Sobrevivência em risco lucros dependem de controles acurados Sistemas complexos de apuração e controle contabilidade Atitudes racionais em todos os âmbitos a racionalização do mundo Todos os atos humanos passam a ser vistos como consequências de decisões racionais e calculadas hábitos caprichos acidentes superstições religiões altruísmo emoções etc não contam Indivíduo age como se fosse um contador lucros prazeres e prejuízos dor UTILITARISTAS E a idéia do hedonismo PRIMEIROS UTILITARISTAS Jeremy Bentham 17481832 PRIMEIROS UTILITARISTAS JEANBAPTISTE SAY 17671832 PRIMEIROS UTILITARISTAS Nassau Sênior 17901864 História do Pensamento Econômico Uma perspectiva crítica Hunt e Laustzenheiser 2013 2 3 3 CAPÍTULO 8 UTILITARISMO PURO VERSUS UTILITARISMO ECLÉTICO OS ESCRITOS DE BASTIAT E MILL Fréderic Bastiat 1801 1850 Utilitarismo Puro John Stuart Mill 1806 1873 Utilitarismo Eclético UTILITARISMO PURO DE BASTIAT Fréderic Bastiat 1801 1850 Utilitarismo Puro FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO 2 3 5 Fundamentos e escopo da economia utilitarista Estabelece a santidade da propriedade privada do capital do lucro e da distribuição da riqueza no capitalismo concorrencial laissezfaire com base nos princípios do utilitarismo na teoria econômica teoria do valor utilidade Harmonia social rejeição do conflito de classes existente no capitalismo Desenvolve a economia utilitarista trocas voluntárias no mercado aumenta a utilidade total O próprio fato de ser feita uma troca é prova de que tem de haver lucro para ambas as partes contratantes caso contrário a troca não seria feita Toda troca representa ganhos para a humanidade FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO 2 3 6 Fundamentos e escopo da economia utilitarista Na economia neoclássica utilitarista todas as interações econômicas políticas e sociais dos seres humanos se reduzem a atos de troca A teoria econômica utilitarista reduz ao silogismo forma de raciocínio dedutiva todas as trocas são mutuamente benéficas para as partes todas as interações humanas podem ser reduzidas às trocas Logo todas as interações humanas são benéficas para todos harmonia social A teoria econômica é uma mera análise de troca no mercado e a troca está sob a influência do interesse próprio FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO Utilidade e troca Leis científicas interesse próprio é a mola mestra da ação humana Os desejos e necessidades humanas sãoinsaciáveismas os meios recursos para sua satisfação são limitados escassos Satisfação das necessidades dá prazer gerando utilidade Lei ou princípio universal nosso interesse próprio é tal que constantemente procuramos aumentar toda nossa satisfação em relação ao nosso esforço princípio de Bentham da maximização da utilidade Hunt 2013 p 153 FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO Utilidade e troca Separação da utilidade em dois tipos para tornar os preços dependentes da utilidade e afastar o paradoxo da água e do diamante de Smith mas não formulou o conceito de utilidadade marginal a Utilidade gratuita natureza oferece a água satisfazendo a utilidade sem esforçotrabalho humano b utilidade onerosa utilidade do diamante exige esforço ou dor Este esforço era denominado de serviço trabalho e era um tipo de serviço que diferia dos serviços executados pelos capitalistas Serviço era definido por Bastiat como um esforço de um homem ao passo que a necessidade e a satisfação era de outro na sociedade de troca UTILITARISMO ECLÉTICO MILL John Stuart Mill 1806 1873 Utilitarismo Eclético JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 0 Utilitarismo de Mill Utilitarismo eclético tentativa de integrar a teoria do valor trabalho e a perspectiva utilitarista na obra Princípios de Economia Política 1848 Utiliza os escritos de Bentham e Ricardo com diversas modificações ecletismo poistinha a preocupação de ser correto e justo na apresentação de qualquer doutrina A filosofia social de Mill e sua teoria econômica tornaramse ecléticas e muitas vezes incoerentes Mill e Bastiat são os primeiros representantes da bifurcação da economia utilitarista Bastiat percursor da escola austríaca e da escola de Chicago proponentes de um conservadorismo extremo e defensores rígidos do capitalismo laissezfaire JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 1 Utilitarismo de Mill Mill percursor da escola econômica neoclássica Marshalliana muito mais moderada que quase sempre defende reformas liberais e a intervenção do governo Mill foi superior a Bastiat tanto como teórico quanto como estudioso pois os seus princípios tinham um academismo vasto equivalente à obra a Riqueza das Nações de Adam Smith no entanto Mill era eclético em doutrinas contendo grandes incongruências Bastiat tinha estilo doutrinário arrogante porém coerente às vezes até rude JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO Utilitarismo de Mill Mill começou seus princípios com uma afirmação que contradizia a maioria dos economistas teóricos anteriores a ele e que contradiz a economia neoclássica contemporânea como a produção da riqueza não é evidentemente uma coisa arbitrária Tem condições necessárias As leis das matérias e as consequências materiais de determinadas técnicas físicas de produção eram as mesmas em todas as sociedades Leis de produção técnicas de produção eram as mesmas em todas as sociedades o que não ocorria com as leis da distribuição da riqueza Leis da distribuição são determinadas por uma instituição humana regida por regulamentos sujeitos às mudanças Utilitarismo de Mill A forma de distribuição de riqueza depende das leis de propriedade dos regulamentos e dos usos vigentes nessa sociedades dos quais podem mudar rapidamente Não aceitava que a propriedade privada tinha sido instituída por Deus lei natural e sagrada como afirmava Bastiat mas sim uma convenção humana Com a rejeição da noção de propriedade privada sagrada e de dois axiomas centrais do utilitarismo de Bentham 1 todos os motivos são reduzidos à busca do prazer baseada no interesse próprio e 2 cada pessoa é o único juiz de seus próprios prazeres e por isso é impossível fazer comparações de prazer entre as pessoas JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO Utilitarismo de Mill O segundo axioma expresso por Bentham de que se a quantidade de prazer fosse a mesma apertar parafusos seria tão bom quanto fazer poesia O utilitarismo de Bentham não permite fazer comparações negativas de tipos de prazer qualitativamente diferentes Mill não acreditava que todos os atos fossem motivados pelo interesse próprio Apenas a maioria das pessoas moldadas pela cultura capitalista concorrencial agia com base no interesse próprio em seu comportamento econômico Para Mill em outras sociedades as pessoas agiam com base em motivos mais elevados ou mais nobres contradizendo assim a teoria utilitarista de que todos os motivos se reduzem ao interesse próprio e que são reflexos de julgamentos pessoais e subjetivos 244 JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 5 Utilitarismo de Mill Argumento de Mill Alguns prazes poderiam ser considerados moralmente superiores aos outros Portanto há necessidade de um princípio superior ao princípio do prazer do utilitarismo para fazer julgamentos morais de diferentes prazes sendo a fonte de julgamentos éticos Mill alguns tipos de prazer são mais desejáveis e mais valiosos do que outros Independentemente da quantidade de prazer envolvida alguma atividade pode ser considerada mais desejável e valiosa do que outra contradizendo a ideia do utilitarismo Para Mill o prazer não é o critério normativo final como mostra a sua afirmação era melhor ser um Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito Isso destrói a base sobre a qual os economistas utilitaristas construíram as teorias econômicas normativas e que mostrava a vantagem universal das trocas Mill não era um utilitarista convicto JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 6 A Teoria do valor de Mill Mill como discípulo de Ricardo apresenta a perspectiva da teoria do valor trabalho o valor das mercadorias depende principalmente da quantidade de trabalho necessária para sua produção Hunt 2013 p 161 Mill afirmou que embora o trabalho fosse o determinante mais importante do valor não era o único A teoria do valortrabalho só era válida argumentava Mill quando as razões capitaltrabalho fossem as mesmas em todas as indústrias neste caso os custos de produção seriam proporcionais ao trabalho incorporado às várias mercadorias Isso porém não ocorreria com a maioria das mercadorias JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 7 A TEORIA DO VALOR DE MILL Exemplo O vinho e o tecido produzidos pelas mesmas quantidades de trabalho têm valores diferentes porque o vinho demorava mais a dar lucro do que o tecido Além disso todas mercadorias feitas por máquinas eram semelhantes pelo menos aproximadamente ao vinho no exemplo O que explica a diferença entre preço e valor do trabalho Ricardo tinha consciência das causas dessas diferenças proporcionais entre os preços e os valores do trabalho mas considerava estas diferenças secundárias e que poderiam ser explicadas pela teoria do valortrabalho Mill discorda da teoria do valor trabalho e volta à teoria do custo de produção pela soma de Smith teoria da soma três componentes básicos dos preços salário lucro e aluguel A Teoria do valor de Mill Mill visão de Ricardo os lucros eram simplesmente o produto excedente do trabalho que fosse além do necessário para a manutenção dos trabalhadores A causa do lucro é que o trabalho produz mais do que é necessário para a sua manutenção Para Mill o preço de mercado é determinado pela oferta e demanda com o tempo o preço de mercado se aproxima do preço natural custo de produção que é igual ao somatório do custo preço da terra preço do trabalho e preço do capital Lucro econômico zero taxa média de atratividade da economia Longo prazo Lucro contábil positivo preço de mercado preço natural salário lucro contábil Para a teoria do custo de produção baseada na soma o preço de mercado era determinado pela oferta e demanda Com o tempo o preço de mercado se aproximaria do preço natural teoria do Smith que era igual ao somatório dos três componentes do custo preço da terra preço do trabalho e preço do capital Esta interpretação desta teoria é uma antítese da teoria do trabalho porque suponha que o lucro fosse o preço natural do capital e não um excedente ou um resíduo Além disso o lucro era um preço pago em uma troca por algum serviço de um capitalista A teoria do custo de produção baseada na soma considerava o lucro como gerado pela troca e não pela produção De acordo com esta teoria o lucro é fruto da troca e não da produção o lucro é a remuneração através da troca da abstinência do risco e do esforço dos capitalistas 249 A Teoria do valor de Mill Lucro econômico é a taxa de atratividade que alguma atividade econômica gera acima das demais na economia assim no longo prazo o mesmo capital empregado em todas as atividades econômicas produz a mesma taxa de lucro portanto o lucro econômico é zero não existe atratividade para o capital migrar para outra atividade Antítese da teoria do valor trabalho pois esta supunha que o lucro fosse o preço natural do capital e não um excedente O lucro era um preço pago em troca de algum serviço do capitalista A teoria do custo de produção baseada na soma considerava o lucro como gerado pela troca e não pela produção Mill aceitou a teoria do custo de produção o salário é a remuneração do trabalho o lucro é a remuneração da abstinência do consumo O capitalista exige uma recompensa para absterse do consumo e investir nos meios de produção o lucro é fruto da troca e não da produção Abandona a noção de que o trabalho determinava o valor de troca ou o preço relativo das mercadorias 25 1 No longo prazo todo capital de mesmo valor empregado nas diversas atividades econômicas produz a mesma taxa de lucro porém a relação capitaltrabalho difere entre as atividades econômicas A teoria do valortrabalho capitaltrabalho fosse a seria válida somente se esta razão mesma em todas atividades econômicas consequentemente a parcela do lucro corresponderia ao serviço do capitalista e o salário ao esforço do trabalho no processo de produção Na realidade o que se verifica é que a taxa de lucro é a mesma para mesmo valor do capital em pregado nas diversas atividades enquanto que a razão capitaltrabalho não é a mesma sendo assim a remuneração do capitalista lucro não é proporcional ao serviço prestado na produção Em outras palavras o lucro é fruto da troca demanda e oferta e não da produção Os lucros eram simplesmente o produto excedente do trabalho que fossem além do necessário para a manutenção dos trabalhadores A causa do lucro é que o trabalho produz mais do que é necessário para sua manutenção Mudando a forma do teorema podemos dizer que a razão pela qual o capital gera um lucro é que os alimentos as roupas os materiais e os instrumentos duram mais do que o tempo necessário para sua produção sendo assim se um capitalista fornecer essas coisas a um grupo de trabalhadores com a condição de receber tudo o que eles produzirem eles além de reproduzirem suas próprias necessidades e instrumentos ficarão com parte de seu tempo sobrando para trabalhar para o capitalista Vemos então que o lucro surge não do fenômeno da troca mas da capacidade de produção de trabalho Hunt 2013 p 162 252 A Teoria do valor de Mill TROCA Mill faz duas exceções à regra de que os custos de produção preço natural determinam os preços das mercadorias Preços internacionais é o preço do salário dos trabalhadores preço natural é igual ao preço de mercado no longo e curto prazo no mercado de concorrência perfeita lucro econômico zero Dentro do país os preços são iguais ao custo de produção devido à concorrência equalização da taxa de juros Diferentes países imobilidade dos fatores de produção a concorrência não iguala os salários e lucros em diferentes países portanto os preços internacionais seriam diferentes e determinados exclusivamente pela oferta e demanda e não pelos custos de produção a oferta e demanda internacionais geram o equilíbrio do balanço de pagamento curva de oferecimento A intersecção da curva de oferecimento gera o preço de equilíbrio 256 A Teoria do valor de Mill TROCA JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 25 9 Reserva de Salários A demanda por trabalho constituía o volume de fundos dos salários reservados pelos capitalistas para o pagamento dos trabalhadores salários e os salários dependiam da oferta de trabalho número de trabalhadores para dividirem esse fundo Para aumentar os salários haveria a necessidade da redução do tamanho das famílias Malthus defesa da abstinência sexual Mill afirma que a educação influencia o uso de novos métodos de controle de natalidade 1869 Mill repudia a doutrina do fundo dos salários argumentando que os salários não eram limitados por uma quantia mas sim pelos lucros totais dos capitalistas disputa concorrencial entre trabalhadores e capitalistas luta de classes JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 0 Reserva de Salários Se o capitalista tiver de pagar mais pelo trabalho o pagamento adicional será de sua própria renda o volume do fundo de salários passa a ser determinado pelos salários conseguidos pela luta de classes redistribuição da renda dos lucros para os salários Salários eram determinados mais por fatores sociais e políticos do que por fatores econômicos estritamente definidos Stuart Mill Mill passou a ver as combinações e as greves trabalhistas não só como educacionais mas também como potencialmente importantes na redistribuição da renda dos lucros para os salários Defesa da intervenção do estado como sendo desejável para a sociedade JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 4 A tendência decrescente da taxa de lucro Queda da taxa de lucro no longo prazo o efeito da acumulação do capital é aumentar o valor e o preço dos alimentos aumentar a renda e baixar os lucros Ricardo Duas forças contrárias à tendência decrescente da taxa de lucro exportação de capitais e as crises comerciais periódicas 1 Exportação de capitais O fluxo de capitais para outros países em busca de mais lucros do que podem ser conseguidos no próprio país Hunt 2013 p165 2 Crises comerciais desperdício do capital na época de expansão dos negócios rejeição da lei de Say geração de pleno emprego JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 5 A tendência decrescente da taxa de lucro Nos períodos de ciclos de expansão dos negócios aplicavase capital em atividades de lucro incerto e além das necessidades do mercado e do número de pessoas que poderiam manterse empregadas Assim haveria tanto capital adicional que não mais seria possível investilo para obter os lucros habituais saturação dos mercados quando os lucros caíam os estabelecimentos eram fechados ou ficavam funcionando sem lucros e operários demitidos A depressão e crises ocorreriam em decorrência da taxa decrescente do lucro mesmo assim Mill ainda defendia a lei de Say devido a dois pontos um de definição e o outro teórico JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 6 A tendência decrescente da taxa de lucro 1 Definição A superprodução que é o excesso de oferta de bens em relação às necessidades ou desejos humanos demanda mas para defender a LEI DE SAY utiliza outro conceito para superprodução que é o excesso de oferta de bens em relação à demanda por moeda o que não contribui para esclarecer a incoerência nítida 2 Teórico no longo prazo o capitalismo de mercado automaticamente sairia das depressões e acabaria atingindo o pleno emprego Esses desequilíbrios do mercado era um mal social mas era temporários Resposta de Keynes à lei de Say A longo prazo todos nós estaremos mortos Hunt 2013 p 166 enquanto isso disse Mill cada crise deixava muitas pessoas em condição de maior pobreza JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 7 Socialismo segundo Mill Não defende a propriedade privada como sendo sagrada porque esta foi adquirida pela conquista e violência faltando com a justiça e também condenava a concentração da propriedade na mãos de uma pequena classe capitalista Rejeitava moralmente a estrutura capitalista com as grandes desigualdades sociais e de renda Segundo ele o capitalismo evoluiria para alguma forma de sociedade socialista ou comunista Considerava que o socialismo ou comunismo era moralmente preferível ao capitalismo apesar de suas deficiências JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 8 O reformismo intervencionista de Mill Apesar de suasimpatia pelo socialismo o seuobjetivo era promover a reforma do capitalismo Contrário à inviolabilidade da propriedade privada a sociedade temtodo direito de retirar ou modificar qualquer direito de propriedade desde que ela seja prejudicial ao bem comum Papel do governo modificar os efeitos socialmente adversos do livre mercado do capitalismo JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 27 0 Monopólios implica obtenção de lucros elevados visto que poucos capitalistas podem fixar um valor preço muito acima do desejo demanda mediante a limitação da oferta do produto no mercado Para Mill o laissezfaire é a prática geral e os desvios dele que não gerassem um bem maior seria um mal e somente nesse último caso a intervenção ativa do governo seria aceita O reformismo intervencionista de Mill MARGINALISTA NEOCLÁSSICO Ênfase na microeconomia O SÉCULO XIX VIU GERMINAR DE MODO GRADUAL E NÃO MUITO APARENTE AO PÚBLICO DA ÉPOCA IDEIAS QUE PROPÕE O USO DO CÁLCULO MARGINAL EM TEORIA E O CONCEITO DE UTILIDADE NA QUESTÃO DO VALOR IDEIAS MARGINALISTAS SERIAM PAULATINAMENTE PLANTADAS E A TEORIA SUBJETIVA DO VALOR RESGATADA PASSOS NESSE SENTIDO FORAM DADOS POR AUTORES QUE PERTENCEM A DIFERENTES PAÍSES A MAIORIA NÃO ERA ECONOMISTA DESCONHECIA OS CLÁSSICOS DA DISCIPLINA E VIVEU ISOLADA ENTRE SI Precursores do marginalismo VISÃO GERAL DA ESCOLA MARGINALISTA O cenário histórico da escola marginalista A ESCOLA MARGINALISTA PRECURSORES Antoine Cournot e Jules Dupuit na França Johann Von Thünen na Alemanha Condição de receita máxima Outros feitos de Cournot Rendimentos de escala Monopólio Duopólio hipótese em que um dos participantes imagina que o concorrente não reagirá às variações de preço pela oferta de novas quantidades Modelo de n produtores em concorrência Constrói curvas de oferta e demanda para o mercado envolvendo a agregação das curvas individuais e em sua intersecção determina o preço de equilíbrio JULES DUPUIT 18041866 Utilidade marginal e demanda Excedente dos consumidores Diferenciação de preços no monopólio TEORIA DA DEMANDA DE DUPUIT Identifica a utilidade marginal com a curva de demanda Curva de demanda Qd fp obtida empiricamente Pontos à esquerda e abaixo correspondem a situações de desequilíbrio onde a utilidade marginal é maior que o preço É sempre possível deslocarse para algum ponto situado na curva de demanda com ganho nas utilidades A área a esquerda da curva de demanda entre zero e uma certa quantidade Qd determina a utilidade total no consumo de Qd unidades O EXCEDENTE UNE ESPÈCE DE BÉNEFICE É A PARTE DA UTILIDADE TOTAL QUE EXCEDE A MULTIPLICAÇÃO DA UTILIDADE MARGINAL PELO NÚMERO DE UNIDADES DA MERCADORIA OU SEJA COMO A CURVA DE UTILIDADE MARGINAL PARA ELE É IDÊNTICA À CURVA DE DEMANDA O EXCEDENTE DO CONSUMIDOR É A ÁREA A ESQUERDA DA CURVA DE DEMANDA ENTRE ZERO E QD MENOS A DESPESA COM A MERCADORIA P QD UMGQD TEORIA DA DEMANDA DE DUPUIT ERROS DE DUPUIT Interpreta as funções de demanda como funções de utilidade marginal Utilidade igual ao preço associado a cada nível de quantidade ao longo da curva de demanda Faz comparações interpessoais de utilidade sob a hipótese de que a utilidade é mensurável por meios monetários Dupuit não percebeu estar assumindo que utilidade total e renda movemse proporcionalmente Johann Heinrich von Thünen 17831850 O Estado Solitário publicada postumamente em 1850 Tratamento clássico em alguns aspectos Não se preocupou com a demanda empregando o marginalismo apenas na esfera da produção particularmente na agricultura Renda máxima do agricultor o acréscimo marginal de renda obtida por meio do último fator empregado tornase igual ao preço do fator Preços e salários são determinados basicamente pelos custos de produção Teorias de salário e juro são importantes historicamente pelo método que empregam O Estado Solitário A obra está dividida em dois volumes Em 1826 foi publicado o primeiro volume no qual o autor desenvolve sua famosa teoria da localização espacial das atividades econômicas em círculos concêntricos ao mercado em que o produto é vendido A data 1850 corresponde à publicação do volume 2 em que Thünen esboça sua teoria da produtividade marginal sobre salário e capital Hipóteses de Thünen Economia espacial Solo homogêneo centro urbano no ponto central e atividades econômicas distribuídas em torno dele ao longo de círculos concêntricos No círculo vizinho à cidade produzse vegetais e leite com cultivo e pecuária intensiva usando técnicas como fertilizantes e rações especiais A localização espacial de outras atividades dependerá do custo de transporte As pastagens ficam nos círculos mais externos e florestas cobrem o entorno Nas vizinhanças da cidade produzemse produtos frágeis de jardinagem e horticultura como morango alface couveflor etc Os fazendeiros também criam vacas alimentadas em celeiros para a produção de leite Porque o custo de transporte do leite é difícil e caro Florestas cultivadas aparecem no círculo mais próximo das cidades depois do cinturão de vegetais e leite Tais florestas fornecem à cidade combustível e materiais de construção Esses itens são cultivados próximos à cidade porque são pesados em relação ao seu preço Depois desses dois anéis começa o cinturão de cereais ora de cultivo mais intensivo ora intercalados temporariamente com o descanso da terra e o seu uso como pastagem A floresta externa é usada como área de caça Teoria de preços e renda da terra Renda da terra não depende da qualidade do solo por hipótese homogêneo mas da localização e da intensidade do cultivo O preço do bem de consumo final vendido nas cidades é igual à soma do custo de produção mais o custo de transporte Este último é crescente para lugares cada vez mais distantes O custo de produção depende de salário w e juro i As terras de melhor localização economizam custo de transporte A economia de transporte é paga na forma de renda da terra ao proprietário das terras mais bem situadas A renda também surge dos retornos decrescentes associados ao cultivo intensivo como em Ricardo Quando toda terra é utilizável as terras intramarginais produzem um excedente de valor sobre os custos de produção pago na forma de renda Teoria da Localização de Von Thünen Johann Von Thünen explicou que à medida que a intensificação da produção agrícola nos cinturões aumenta os rendimentos decrescentes fazem que aquilo que chamamos de custos marginais aumente Isso leva a um aumento nos preços do mercado que por sua vez torna lucrativo o cultivo de novas áreas mais distantes do mercado Modelo Básico de Thünen Pressupostos Grande país tropical rico em recursos naturais e favorecido pelo clima Comunidade isolada com terras homogêneas e adquiridas sem custo Conhecimento tecnológico distribuído uniformemente entre os trabalhadores Os trabalhadores empregam sua força de trabalho como assalariados Se possuem capital suficiente tocam o negócio por conta própria Se donos do negócio contratam outros trabalhadores sempre que o salário pago ao último contratado supere a variação da produção proporcionada por ele descontado os juros do capital adiantado ao trabalhador contratado Juros do capital contrapartida a compensação pela espera prêmio de risco e salário da gerência A produtividade marginal para Thünen O cuidadoso pensamento de Johann von thünen sobre a localização de vários tipos de agricultura o levou a desenvolver uma teoria de produtividade marginal sobre o emprego Tendo como princípio de que unidades extras de mão de obra levam a aumentos sucessivamente menores no produto agrícola total Em termos contemporâneos Von Thünen estava sugerindo que o empregador deveria adicionar unidades de mão de obra até que o produto de mão de obra da receita marginal a receita extra proveniente da maior produção seja igual à despesa com salários do trabalhador contratado É o produto marginal do último trabalhador empregado que estabelece o salário natural recebido pelos trabalhadores 100c Quantidade anual para a subsistência da família em unidades físicas c é a centésima parte deste montante Anualmente é produzido por cada família um excedente de 10c O Salário anual em trigo é a y no qual a é o nível de subsistência e y o excedente que pode ser acumulado ano a ano q capital para explorar a terra por conta própria expresso em unidades do produto anual da família O salário e o juro na orla periférica determinam o salário e o juro em todo o sistema Demonstração Capital k para explorar a nova terra k qay q está em unidades do trigo anual da família ay p ay qayz z p ayqay Max zy Críticas Resultado pouco convincente mas representa importante etapa na evolução das teorias de salário O modelo é errôneo com excesso de abstração mas ele é bastante inovador e sofisticado para a época O salário já não depende apenas do nível de subsistência a como nos clássicos e há agora a ligação do salário com o produto anual médio O modelo expressa a unidade de capital em salário anual como se todos os itens de custo se resumissem a salário O modelo maximiza o retorno do excedente anual zy mas deveria levar em conta todo o capital acumulado até um certo ano MARGINALISTASNEOCLÁSSICO Ênfase na Microeconomia CONTEXTO ECONÔMICO 18401873 rápida expansão na Europa e Estados Unidos surto do crescimento industrial Concentração de capital eliminação dos concorrentes pequenos e fracos economicamente mercados imperfeitos cartéis trustes e fusões Mudanças revolucionárias nos transportes e comunicações concentração industrial atendimento de mercados cada vez mais amplos por pequeno número de firmas gigantescas surgimento das sociedades anônimas como meio de controlar grandes volumes de capital América do Norte e Europa desenvolvimento do mercado financeiro grande e bem organizado de forma a canalizar os recursos para as grandes sociedades anônimas SA 1870 Surgimento de nova forma de capitalismo Relações sociais na nova forma do capitalismo Nas grandes empresas as relações sociais assumiam uma forma hierárquica e burocrática organizações sociais piramidais topo da pirâmide donos ou administradores controle econômico e administrativo por meio de métodos científicos administração científica e sistema de controle contabilidade O objetivo dos capitalistas permanecia inalterado maximização do lucro e a acumulação de mais capital Neste contexto histórico mercado imperfeito abandono da mão invisível da Adam Smith e da análise de uma economia composta por várias pequenas empresas não influências destas empresas sobre o mercado Na economia competitiva mercado perfeito os atos dos produtores firmas estavam submetidos às leis do mercado tomadores de preços MERCADO AUTORREGULADOR CONTEXTO ECONÔMICO CONTEXTO ECONÔMICO Em 1870 tendência da concentração econômica do capitalismo empresarial instigou a publicação de três obras Teoria de Economia Política William Stanley Jevons Princípios de Economia e Economia Política Carl Menger e Elementos de Economia Política Pura Léon Walrás Estes autores deram prosseguimento à perspectiva individualista e utilitarista de Say solucionando o paradoxo da água e do diamante que levou Smith a concluir que não haveria uma relação direta entre utilidade e valor de troca Segundo estes autores o determinante do valor de troca é a utilidade teoria do valor utilidade Walrás amplia o conceito de equilíbrio econômico equilíbrio parcial versus equilíbrio geral de Walrás essa revolução no pensamento econômico cria a separação entre a economia clássica antiquada e a economia neoclássica moderna e científica CONTEXTO ECONÔMICO 3 2 5 O significado do Marginalismo introduzido na teoria econômica dá um rigor lógico e matemático na teoria econômica A noção de Utilidade marginal decrescente permitiu mostrar como a utilidade determinava os valores O marginalismo permitiu que a visão utilitarista da natureza humana que era considerada somente uma maximização racional e calculista da utilidade fosse formulada em termos de cálculo diferencial emprego da matemática PARA JEVONS Erro dos Economistas Incapacidade de distinguir a UTILIDADE TOTAL extraída por uma pessoa através do consumo e o grau final de Utilidade UTIL MARGINAL extraído pelo consumidor até o último incremento desta mercadoria UTILIDADE MARGINAL ANÁLISE BÁSICO DA DECRESCENTE ESCOLA NEOCLÁSSICA Portanto Utilidade dependia da quantidade consumida UT f Q onde UMg f Q Utilidade Máxima Umg O LEI DA UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE DE JEVONS Antes do Utilitarismo Um indivíduo comprava e vendia desde que o que comprasse lhe desse mais utilidade que a utilidade perdida com o que estivesse vendendo Livre troca Harmonização dos interesses PJevons Formulação matemática UT E Umg A natureza da riqueza e do valor é explicada pela consideração de quantidades infinitamente pequenas de prazer e de dor Todos os autores sobre economia tem que ser matemáticos para poder ser científicos JEVONS demonstrou que os consumidores faziam em suas trocas uma vez conhecidos os preços para maximizar suas utilidades marginais LIMITAÇÃO DA ANÁLISE Comparações interpessoais da utilidade da riqueza eram impossíveis por que o prazer era uma experiência puramente subjetiva e pessoal Toda pessoa é uma incógnita para outra pessoa e não parece haver um denominador comum História do Pensamento Econômico Uma perspectiva crítica Hunt e Laustzenheiser 2013 Capítulo 10 O Triunfo do Utilitarismo A economia de Jevons Menger e Walras 3 3 1 O TRIUNFO DO UTILITARISMO A economia de Jevons A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS 33 3 Ponto de referência da teoria de Jevons Utilidade as ideias de Bentham Para Jevons o Utilitarismo era a única base teórica possível para a econômica científica mas discordava que o valor depende inteiramente da utilidade valor este referese ao valor de troca ou preço e não o trabalho incorporado a uma mercadoria Ricardo Jevons não discute as relações sociais entre as pessoas superioridade ou inferioridade apenas cita 2 características que as define como agentes econômicos 1ª característica era que os indivíduos extraíam utilidade do consumo de mercadorias qualquer coisa que um individuo deseje esta deve ser vista por ele como possuidora de utilidade A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS 33 4 2ª característica as pessoas são maximizadoras racionais e calculistas O comportamento de maximização racional e calculista era o único elemento da ação humana a ser estudo em economia satisfazer as nossas necessidades ao máximo possível com o mínimo de esforço maximizar o prazer Extração da utilidade do consumo de mercadorias o erro dos economistas estavam na incapacidade de distinguirem a Utilidade Total extraída do consumo de certa quantidade de mercadoria e o grau final de utilidadeutilidade marginal extraído pelo consumidor até o último consumo dessa mercadoria Embora muitas vezes fosse verdade que a Utilidade Total UT poderia continuar aumentando à medida que fosse consumida uma quantidade maior de mercadoria o grau final de utilidade acabaria diminuindo com o aumento da quantidade consumida EQUILÍBRIO DE JEVONS ENTRE O ESFORÇO DO TRABALHO E O PRAZER DOS GANHOS LEI DA UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE DE JEVONS UT Ux Uy Custos Px X Py Y Py 340 Px y x Py y x y y x X y x UM UM ƛ UM UM ƛ P 0 Y ƛ UM UT X UT UT U U ƛ P X P Y y x UM ƛ P 0 Px A teoria da Utilidade e da troca de Jevons A FUNÇÃO UTILIDADE Utilidade U U1 X1 X2 Δ X Δ U Δ X Δ U X3 X4 Δ X Δ U U4 U3 U2 Quantidade do bem Bens X1 X2 X3 X4 Xn UT U1 U2 U3 U4 Un Umg ΔU ΔX ΔU1 ΔX1 ΔU 2 ΔX 2 ΔU3 ΔX 3 ΔU 4 ΔX 4 ΔUn ΔX n 34 1 Quando o bem aumenta X A utilidade total UT aumenta A utilidade marginal Umg diminui Quando o bem diminui X A utilidade total UT diminui A utilidade marginal Umg aumenta Δ U Comparação entre a utilidade o indivíduo poderia obter utilidade trocando uma parte de y por dá o grau de utilidade adicional obtido do que se abriria mão caso se comprasse ou vendesse mais um dólar da mercadoria x Jevons afirma que doisindivíduos comprariam ou venderiam as troca poisum dólar de x ou de y proporcionaria o mesmo aumento da utilidade total para o indivíduo P y y x UM UM P x UM x Px UM y Py y x UM Py uma parte de x e a troca continua até que UM Px A razão x UM y UM Px Py mercadorias até que as utilidades marginais de cada uma delas variar a ponto de igualar UM x UM y Neste ponto não se poderia mais ocorrer a A teoria da Utilidade e da troca de Jevons venderia Y e compraria X perdendo assim menos utilidade ao desistir de Y do que a utilidade obtida com mais um dólar de X Entretanto à medida que fosse desistindo de y e obtendo x o princípio da utilidade marginal decrescente faria com que a Umy aumentasse e Umx diminuísse até que Neste ponto não poderia obter qualquer ganho adicional com a troca Teria ocorrido o processo inverso porém idêntico se Teóricos anteriores do utilitarismo tinham voluntária um indivíduo comprava ou vendia desde que o que estivesse comprando lhe desse mais utilidade do que a utilidade perdida com que estivesse vendendo defesa da livre troca e que a troca harmoniza os interesses de todos Py Py UM x UMY Px Py UM x UM Y Py Px percebido que na troca 34 4 UMY UM x A teoria da Utilidade e da troca de Jevons 34 5 Formulação matemática da teoria da utilidade e distinção entre utilidade total e utilidade marginal Mostrou como a utilidade marginal determinava os preços e ao fazêlo mostrou como dois agentes de troca chegavam a preços de equilíbrio de duas mercadorias Não possuía uma base teórica apenas demonstrou que os consumidores fazem suas trocas uma vez conhecidos os preços para maximizar suas utilidades individuais Jevons afirma que não é possível comparar utilidades porque o prazer é uma experiência puramente subjetiva e pessoal A suscetibilidade da utilidade de uma pessoa poder ser mil vezes maior do que de outra implica uma incógnita visto que não há denominador comum Contribuições de Jevons 34 6 Todo trabalhador tem de ser considerado como proprietário de terra e capitalista pois ele também é um agente que traz uma parte dos componentes da sua riqueza para tentar conseguir a maior participação na produção que as condições do mercado lhes permitam exigir Quem paga preço alto tem de estar precisando muito do que está comprando ou precisando muito pouco do dinheiro que paga qualquer que seja o caso existe um ganho na troca Ninguém compra a não ser que espere obter uma vantagem com essa compraportanto a perfeita liberdade de troca tende a maximizar a utilidade Teoria do capital de Jevons refutava a conclusão de Ricardo de que a taxa de lucro variava em sentido inverso ao salário o que determinava antagonismo entre capital e trabalho havia era harmonia social no capitalismo Contribuições de Jevons O TRIUNFO DO UTILITARISMO A economia de Menger A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Carl Menger 18401921 Princípios de Economia obra rejeitou o uso de equações matemáticas e expressou suas teorias verbalmente com auxílio de exemplos numéricos tabela numérica para descrever a utilidade total e a utilidade marginal Utilidade marginal da mercadoria II coluna 2 valor correspondente ao número de unidades consumidas 6 unidades da mercadoria II a utilidade marginal da 6ª unidade é 4 A utilidade total é a soma das utilidades marginais 6 unidades da mercadoria II utilidade total de 39 utis 987654 Representação gráfica da relação entre a utilidade total e marginal função contínua unidades das mercadorias podem ser subdivididas Essa relação entre quantidades totais e quantidades marginais sempre está presente na economia neoclássica maximização da utilidade do consumidor 35 0 35 2 Coluna I da tabela expressa a importância para um indivíduo da satisfação da sua necessidade de alimentos essa importância diminui de acordo com o grau de satisfação já atingido e a coluna V expressa a necessidade de fumo A satisfação da necessidade de alimentos até um certo grau de saciedade tem uma importância maior para o indivíduo analisado do que a satisfação de sua necessidade de fumo Alimento e fumo o alimento dá uma satisfação maior do que o fumo até em 4 unidades de alimentos na 5ª unidade de alimentos Umg 6 a utilidade marginal de 6 é igual a utilidade marginal da 1ª unidade de fumo Umg6 o consumo de fumo começa a ter a mesma importância do alimento a partir deste ponto o indivíduo se esforçará para equilibrar a satisfação de sua necessidade de fumo e a satisfação de sua necessidade de alimento A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER O CONCEITO DE MENGER SOBRE A UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE 353 354 A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER 35 6 A explicação de Menger sobre a determinação dos preços com base na oferta e demanda os preços de mercado a curto prazo são determinados com base na oferta e demanda consenso entre todos os economistas Divergência encontrar explicações para a origem da renda da terra lucros e salários Smith e Ricardo origem fora da esfera do preço sendo componentes da distribuição da renda entre as classes sociais e do custo de produção da firma preço natural salários lucros aluguel O equilíbrio ocorre quando preço de mercado preço natural formação de preços sob a perspectiva da teoria do valor trabalho A determinação da renda era independente dos preços A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Perspectiva da utilidade formação de preços determinada pela oferta e demanda explicada pela utilidade Utilidade é o último determinante dos preços dos bens Os preços dos fatores de produção terra trabalho e capital são determinados pela oferta e demanda Oferta de trabalho determinada por cálculos de utilidade trabalho e lazer Demanda de trabalho proprietários demandam mãodeobra de acordo com a produtividade marginal na geração dos bens e pela utilidade obtida pelos consumidores consumo maior utilidade maior consumo maior receita e maior emprego Menger explicou a demanda por bens pela lei da demanda se o preço do bem é superior a utilidade marginal que a maioria dos consumidores poderiam obter então parte dos consumidores conseguiriam mais utilidade ficando com mais dinheiro do que gastando na compra do bem 35 7 A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Queda no preço do bem mais consumidores achariam que a utilidade marginal obtida no consumo do bem tornavase maior do que a utilidade perdida com o gasto do dinheiro desutilidade quando os preços iam declinando a maximização da utilidade exigia que uma quantidade maior do bem fosse comprada Pelo princípio da utilidade marginal decrescente Menger deduziu a lei da demanda Lei da demanda a quantidade de uma mercadoria que as pessoas estavam dispostas a comprar dependia do preço da mercadoria e a quantidade demandada e o preço eram inversamente relacionados 35 8 A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER TEORIA DO VALOR UTILIDADE Preços Q1 Q2 Quantidade do bem Demanda P1 P2 36 2 O produtor resolvia quais quantidades seriam vendidas a cada preço dada a combinação dos desejos de comprare vender ambos provenientes da utilidade isso determinava os preços Monopolistas vendem uma quantidade menor e cobra preços mais altos do que na concorrência perfeita por isso Menger exaltava os benefícios da livre concorrência A produção dos bens finais bens de 1ª ordem necessita de uma combinação de fatores de produção insumos ou bens de ordem superior e o preços dos insumos de acordo com Menger eram determinados pelo valor potencial dos bens finais contrariando a teoria do valor trabalho O preço do insumo refletia seu grau de contribuição na produção não o tempo de trabalho OFERTA SEGUNDO MENGER QUANTIDADE DE BENS PRÉEXISTENTES CONTROLADA PELO VENDEDOR GUIADA PELA MAXIMIZAÇÃO DA UTILIDADE 36 3 Exigência de que os insumos fossem pelo menos em parte substituíveis exame do efeito sobre a produção de um pequeno aumento marginal do insumo teoria da produtividade marginal Os insumos são remunerados pagos de acordo com a sua produtividade Quando cada insumo custava o equivalente ao valor de sua contribuição para produção o valor da produção total seria completamente formado pelos insumos Portanto não haveria qualquer excedente a ser expropriado por qualquer pessoa ou classe A TEORIA DA FORMAÇÃO DOS PREÇOS DOS INSUMOS SEGUNDO A PERSPECTIVA UTILITARISTA 36 4 Menger não via a necessidade de justificar os lucros dizendo que os capitalistas tinham um comportamento de abstinência mas é a harmonia das necessidades de cada família na procura de sua satisfação reflete em sua propriedade bens para satisfação são denominados de propriedades Propriedade não é a quantidade arbitrária de mercadorias e sim um reflexo direto das necessidades Justificativa da existência da propriedade a quantidade de bens disponíveis é menor do que a quantidade de bens necessários para a satisfação das necessidades dos homens recursos limitados e necessidades ilimitadas ou não saciedade Não haveria necessidade de justificar a renda da terra e o lucro segundo Menger pois estes representam o retorno da propriedade da terra e do capital sendo portanto uma renda inevitável e necessária A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Vídeos sobre o Utilitarismo Introdução geral ao utilitarismo ver aqui Video de Michael Sandel sobre o utilitarismo ver aqui Ver depois sem FALTA Um dilema ético ver aqui Sobre a qualidade dos prazeres ver aqui 365 57 O TRIUNFO DO UTILITARISMO A economia de Walrás MARIEÉSPRIT LÉON WALRAS 18341910 Teoricamente todas as incógnitas do problema econômico dependem de todas as equações do equilíbrio econômico Entretanto mesmo do ponto de vista estático e teórico algumas dessas incógnitas podem ser consideradas mais essencialmente dependentes das equações que são com elas introduzidas no problema para as determinar E com mais forte razão ainda temos esse direito quando se passa do ponto de vista estático ao ponto de vista dinâmico e sobretudo do ponto de vista da teoria pura ao ponto de vista da teoria aplicada e ao da prática já que então as variações das incógnitas são quantidades de primeira ou de segunda ordem isto é quantidades nãonegligenciáveis ou negligenciáveis segundo provenham de variações nos dados gerais ou de variações nos dados particulares WALRAS L Compêndio dos Elementos de Economia Política Pura Série Os Economistas São Paulo Editora Nova Cultural 1996 pg 228 Haddad E A Equilíbrio Geral Teoria Pura Teoria Aplicada e Práticas Operacionais São Paulo FEAUSP 2008 Formulação da teoria da utilidade marginal decrescente e da equação que maximiza a utilidade do consumidor por meio da troca Contribuição mais importante para a teoria econômica a teoria do equilíbrio econômico geral multiplicidade de mercados Walrás percebeu que as forças da oferta e da demanda em qualquer mercado dependiam em maior ou menor grau dos preços vigentes em inúmeros outros mercados A demanda de um consumidor por um determinado bem dependia das utilidades marginais obtidas com o consumo de várias quantidades de bens e de seus preços Condição de maximização da utilidade razão entre a utilidade marginal do bem e do seu preço teria que igualar a mesma razão de todos os outros bens A demanda do consumidor por esse bem também dependia dos preços de todos os outros bens de consumo A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS 36 8 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Preços dos bens eram determinados pela oferta e demanda deste bem mas a demanda por qualquer bem era determinada não só pelas utilidades obtidas de todos os consumidores do bem com também pelos preços de todos os bens de consumo determinar os preços dos outros bens para determinar o preço do bem considerado A demanda pelos outros bens e os seus preços dependia do preço do bem em questão TEORIA GERAL DA DETERMINAÇÃO DE PREÇOS Determinação simultânea dos preços com base na utilidade dos consumidores pelas interrelações entre todos os mercados As interrelações no mercado não eram apenas na demanda dos bens mas também na oferta com a demanda e oferta de outros tipos de mercadorias ou nos próprios bens trocados WALRÁS formulação de uma estrutura teórica geral para mostrar através das interrações de todos os mercados todos os preços podiam ser determinados ao mesmo tempo 36 9 Requisito da teoria do equilíbrio geral era que o número de variáveis desconhecidas fosse igual ao número de equações independentes a serem usadas na determinação das variáveis Sistema de equações simultâneas solução única análise do equilíbrio geral na economia Diferença entre a teoria do equilíbrio geral e a teoria do equilíbrio parcial Equilíbrio Geral procura explicar todos os preços e quantidades trocadas em uma economia como um todo no período de tempo León Walrás Equilíbrio Parcial considera todos os preços e quantidades trocados como dados analisa apena um produto mantendo os demais constantes Alfred Marshall 37 0 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Equilíbrio Geral de Walrás todos os preços e as quantidades trocadas deveriam ser explicados preços e quantidades variáveis dependentes e a forma exata das equações refletia a verdadeira relação econômica que Walrás julgava existir entre as características dadas pelo meio socioeconômico variáveis independentes e os preços e quantidades trocadas no mercado variáveis dependentes Meio socioeconômico capitalismo concorrencial proprietários de terra trabalhadores e capitalistas mercado de fatores de produção terra capital e trabalho oferta de trabalhoserviços Mercado de produtos finais consumidores demanda pelos produtos nesse mercado o elemento mais importante para Walrás era os desejos subjetivos dos agentes econômicos curvas de utilidade marginais 37 1 Fatores importantes na teoria de Walrás a lei de propriedade e a distribuição da renda correta b economia constituída por firmas pequenas e relativamente sem poder concorrência perfeita c Pressuposto da mensuração das curvas de utilidade marginal dos indivíduos utilidade fixa e não considerava modificações no decorrer do tempo Walrás ideias utilistarista os preços de equilíbrio refletiam com exatidão as necessidades ou utilidades das pessoas maximizando com isso a satisfação humana 37 2 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS LEI DE WALRAS PROVA QUE SE TODOS OS MERCADOS MENOS UM 1 ESTIVEREM EM EQUILÍBRIO O ÚLTIMO MERCADO TAMBÉM TERÁ DE ESTAR EM EQUILÍBRIO ISSO SIGNIFICA QUE UMA DAS EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO DE WALRAS NÃO ERA UMA EQUAÇÃO INDEPENDENTE PORQUE SE TODA AS DEMAIS EQUAÇÕES FOSSEM RESOLVIDAS AO MESMO TEMPO ELA TAMBÉM SERIA AUTOMATICAMENTE RESOLVIDA A LEI DE WALRAS É NA REALIDADE UMA IDENTIDADE DE DEFINIÇÃO A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS 37 8 4 CONJUNTOS DE EQUAÇÕES QUE WALRÁS DESENVOLVEU PARA SOLUCIONAR OS VALORES DAS VARIÁVEIS DEPENDENTES 1º conjunto oferta n serviços produtivos dependia dos preços de todos serviços produtivos e de todos bens de consumo n equações relacionando a quantidade oferecida de cada serviço produtivo com todos os preços do sistema A forma matemática específica de cada equação dependia das curvas de utilidade marginal de todos os proprietários de serviços produtivos O conjunto dos mn1 preços permite fazer os cálculos da utilidade e decidir a quantidade vendida dos bens de serviços para comprar os bens de consumo maximizar utilidade uma equação independente relacionando as quantidades oferecidas dos n fatores serviços de produção a todos os possíveis conjuntos de preços 2º conjunto demanda m bens de consumo depende de todos os mn1 preços Temos m equações 3º conjunto economia em equilíbrio demanda igual a oferta pleno emprego dos recursos como condição de equilíbrio equação da igualdade de demanda e oferta para os n serviços produtivos 4º conjunto de equações de Walrás concorrência perfeita preço de cada bem de consumo igual ao seu custo de produção O custo de produção dependeria dos coeficientes técnicos de produção e do preços dos serviços produtivos Walrás tinha um sistema de equações 2m 2n equações m do 2º conjunto e do 4º conjunto de equações e n equações do 1º e do 3º conjunto para resolver a solução de 2m 2n 1 incógnitas Lei de Walrás 37 9 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A lei de Walras é uma consequência da definição de oferta e demanda porque em um determinado conjunto de preços a vontade de troca implica em termos definição a vontade de adquirir algo àqueles preços demanda desistindo de algo oferta do mesmo valor Lei de Walrás e lei de Say Lei de Say implica que haja uma demanda por todas as novas mercadorias produzidas o que não é decorrência da lei de Walrás A oferta cria sua própria demanda Say oferta é principal Walrás a demanda é principal oferta é consequência da demanda As pessoas poderiam produzir a fim de trocar essa produção por quantidade limitada de bens já existentes por exemplo a moeda 38 0 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Lei de Say pode não haver tanta moeda quanto as pessoas queiram considerando o conjunto de preços em vigor Nesse caso haveria um excesso de oferta de produtos equivalente a uma demanda excessiva por moeda Haveria uma superprodução geral de mercadorias No entanto a lei de Walrás é válida Em qualquer conjunto de preços a lei de Walrás é válida mesmo quando todos os mercados estejam individualmente em desequilíbrio Pela definição a lei de Walrás prova que em qualquer desequilíbrio o total do excesso de demanda demanda oferta tem de ser exatamente igual ao total do excesso de oferta em todos os mercados em que a oferta seja maior que a demanda 38 1 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Lei de Walras A demanda ou a oferta efetiva de uma mercadoria em troca de outra é igual respectivamente ao valor do oferecimento efetivo ou ao valor da demanda da segunda mercadoria multiplicado por seu preço em termos da primeira Na verdade a demanda deveria ser considerada o principal fator e o oferecimento oferta um fato acessório quando duas mercadorias são trocadas Ninguém faz um oferecimento pelo simples fato de fazêlo a razão pela qual se oferece alguma coisa é que não se pode demandar algo sem se oferecer algo O oferecimento é apenas uma consequência da demanda É obvio que a lei de Walras é verdadeira por definição Hunt 2005 p 256 e 257 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A lei dos mercados de Say Say argumentava que ninguém produziria se não quisesse trocar o que produzisse pela produção de outra pessoa Portanto uma oferta cria uma demanda de mesma magnitude Produção abre caminho para produção Hunt 2005 p 130 e 131 Com base nas leis de Walras e de Say mencionadas acima analise a afirmação A lei de Say implica que haja uma demanda por todas as novas mercadorias produzidas o que não é uma decorrência da lei de Walras A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Preços que equilibram a oferta e a demanda da mercadoria a EDa 0 EDa 0 P b1 P b2 Sa fPb1 Sa fPb2 Da fPb2 Da fPb1 Pa1 P a2 Pa1 P a2 EDa 0 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS As variações de preços reestabeleciam automaticamente o equilíbrio realocação de recursos das indústrias com excesso de oferta para as indústrias com excesso de demanda processo de tâtoment tatear Problemas na solução de Walras para resolver a teoria necessitava da hipótese de concorrência perfeita em que os neoclássicos afirmam que toda firma é tomadora de preços Primeiro os preços são estabelecidos nos mercados e depois as firmas reagem a eles Como se estabelecem os preços Os economistas clássicos não respondiam a questão Walras supõe um leiloeiro leilão que anunciasse todos os preços a todas pessoas A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Mercados bem organizados do ponto de vista da concorrência leiloeiro imaginário anuncia os preços e assim ocorrem as trocas Se esse conjunto de preços não fosse de equilíbrio excesso de demanda e oferta nos mercados o conjunto seguinte de preços anunciados pelo leiloeiro fazer com que os agentes atingissem o equilíbrio em termos de novos preços e corrigir os desequilíbrios cometidos com base nos preços errados anunciados anteriormente O novo conjunto de preço poderia ser de desequilíbrio e isso resultaria em trocas cada vez mais distantes do equilíbrio Walras tinha duas escolhas leiloeiro onisciente Deus sabendo o conjunto de preço de equilíbrio ou um órgão de planejamento central socialista em que o leiloeiro controlava todos os preços e trocas por meio de computadores de alta velocidade O órgão central calculava a demanda e oferta em cada mercado determinando assim um conjunto de preços de equilíbrio A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Equilíbrio geral de Walras variações de preços em qualquer mercado afetam a oferta e a demanda em muito outros mercados O desequilíbrio inicial de um preço em determinado mercado difundiria para muitos mercados e os preços dos demais mercados começavam a variar deslocando os curvas de oferta e demanda Como reestabelecia o equilíbrio Walras evitou solucionar esse problema afirmando que uma variação de preço só teria um efeito primário no mercado da mercadoria afetada Seus efeitos sobre os demais mercados seriam secundários e que esses efeitos secundários seriam menos significativos que os primários se houvesse grande quantidade de mercadorias Discípulos posteriores de Walras mostraram se os efeitos secundários fossem suficientemente pequenos o mercado atingiria o equilíbrio automaticamente A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Walras pensava concorrência perfeita em que as firmas reagem a situação de excesso de oferta e demanda alterando os preços mas na realidade o mercado já era composto de firmas grandes que controlavam preços excesso de oferta redução da produção e manutenção dos preços estáveis A queda da produção implica diminuição de renda e redução da demanda por outros produtos Se os produtores reagem ao excesso de oferta reduzindo a produção superprodução crise econômica ou depressão A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A ESCOLA INGLESA ALFRED MARSHALL A TEORIA DO VALOR OS TRÊS TEOREMAS DA TEORIA DO VALOR A EscoLa NeocLÁssica ALFred MarsHaLL DETERMINAÇÃO DO EQUILÍBRIO DE MARSHALL O SOCIALISMO MARXISTA SOCIALISMO CIENTÍFICO
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AULA 1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ANÁLISE DO PENSAMENTO ECONOMICO DA FASE PRÉCIENTÍFICA À ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA Prof Emerson Esteves UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA UEL CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS CESA DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DEPECO A História do Pensamento Económico HPE é o campo de conhecimento do economista permanentemente posto em xeque em termos de sua relevância e necessidade TOLIPAN 1989 Segundo Angeli 2014 sua existência só é aceita pela maioria da profissão na medida em que sirva como relato da trajetória prédeterminada teleológica da ciência ao estado atual tido como conhecimento correto verdadeiro O processo de erro e acerto vivenciado pelas gerações anteriores serviria então como a história da imperfeição do passado da trajetória progressista do conhecimento científico em que cada acerto passa a ser incorporado ao estado atual da ciência ANGELI 2014 Neste sentido o estudo do pensamento de um grande economista só se justifica na medida que nele se busquem alternativas ao estado atual da ciência econômica Segundo Tolipan 1989 a HPE deve recuperar para analisar e esquecer ela deve liberar o atual dos sintomas do passado Ela deve ser teórica e orientada pelas dificuldades presentes em um sentido profundo crítico e analítico O Cenário Histórico da Grécia Antiga Formada por várias CidadesEstados Atividade Econômica Formada por grande propriedade latifundiária escravista artesanato e atividades comerciais Classe dominante Formada pela nobreza proprietária de terras e escravos Classe média Formada pelos artesões e comerciantes servidores públicos artistas e filósofos Política e Regimes na Grécia Experiências políticas Visão de Aristóteles e Platão Diferentes formas de organização Assuntos da pólis Cidadesestado Comparações passado x presente Política e Regimes na Grécia As Ideias de Xenofonte Popularizou o conceito de Oikonomikos via livro Homônimo considerado uma espécie de guia de ética educar administrar da época para o senhor patriarcal e seus escravos As Ideias de Platão O foco de Platão não era tanto a unidade familiar mas principalmente a polis A polis foi o resultado natural da evolução da divisão social do trabalho humano na qual se cria um ambiente cooperativo através da produção e troca dos bens e serviços necessários para a vida humana Evolução do Pensamento Econômico Filosofia e Política no Mundo Grego Filosofia Aristóteles e Platão e o seu surgimento Pensamento Socrático Qual é a relação entre a polis e o surgimento da filosofia Filosofia e Política no Mundo Grego Filosofia de Sócrates Pensamento Socrático PARTICIPANDO DA AULA Quais são os fatores que explicam o surgimento da filosofia na Grécia antiga Decadência Grega Teve início a partir do século IV aC pode ser explicada por diferentes fatores Organização Social Falta de consenso politico Guerras entre as cidadesestado Economia e Política em Roma Império Romano Características Do ponto de vista Político Do ponto de vista Econômico Sociedade de Classes Romana Patrícios Plebeus Clientes Escravos Economia e Política em Roma A decadência do Império Romano Economia e Política em Roma O Pensamento Econômico na Teologia Medieval e Mercantilista A ruína do Império Romano não afetou a estrutura da Igreja Católica Apostólica Romana que ao contrário se fortaleceu Durante o período feudal a Igreja Católica funcionou como um SEGUNDO ESTADO CONTROLE IDEOLÓGICO Incluindo nele a validação legal da produção e disseminação do conhecimento científico o qual não podia se confrontar com os dogmas do cristianismo católico A fase inicial do feudalismo marca o pensamento de Santo Agostinho O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA Pensadores à época 1 Santo Agostinho 354430 2 São Tomaz de Aquino 12251274 O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA Pensadores à época 3 Martinho Lutero 14831546 4 João Calvino 15091564 O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA A mais completa avaliação da relação entre a teologia calvinista e o capitalismo foi realizada por MAX WEBER no livro A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA 1700 1725 1750 1775 1800 1825 AS CINCO PERGUNTAS PRINCIPAIS 1 Qual era o cenário histórico da escola 2 Quais eram os principais dogmas da escola 3 Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar 4 Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar 5 Quais dogmas da escola se tornaram contribuições duradouras Qual a importância de estudar a economia e sua História O PENSAMENTO ECONÔMICO NA TEOLOGIA MEDIEVAL E MERCANTILISTA O Cenário Histórico do Mercantilismo O QUE VERMOS NA AULA DE HOJE A escola mercantilista e a visão geral do mercantilismo Autores Thomas Mun Gerard Malynes Cherles Davenant Jean Baptiste Colbert Sir Willian Petty VISÃO GERAL Cenário Histórico 1500 à 1776 Escola mercantilista Autossuficiência do sistema feudal e o surgimento de um novo sistema de capitalismo comercial Crescimento das cidades e descobertas geográficas Produção em pequena escala Aumento da interação produtos consumidor Surgimento dos Estados Nacionais Rivalidade entre nações intensificada Evolução das doutrinas sistema feudal promoveu o nacionalismo e a importância do mercador nas expansões políticas econômicas e militares à época Principais dogmas Escola Mercantilista Dogmas das Escola Mercantilista Quem a escola mercantilista beneficiou ou procurou beneficiar Como a escola mercantilista foi válida útil ou correta em sua época Quais dogmas tornaramse duradouros Quais dogmas tornaramse duradouros Filho de mercador britânico conseguiu sua riqueza e reputação como negocianteno comercio italiano e oriente médio Foi diretor da Cia das Índias Orientais mas teve controvérsias pois afirmava que a saída de moeda de um país não importava se sua exportação excedesse a importação Em 1630 escreveu sua famosa exposição à doutrina mercantilista que no cap 2 afirmava que para um país enriquecer era necessário produzir excedente para exportação com intuito de acumular ouro Argumentava que mesmo que a Inglaterra fosse rica poderia utilizar suas terras desocupadas para produzir bens que importavam e os deixavam mais pobres Sua ênfase era na compra e venda com lucro Seus argumentos chegaram a uma estranha conclusão que o comércio interno não enriquece um país Foi astuto ao incluir itens invisíveis no balanço de pagamentos por exemplo o valor dos fretes navios perdidos seguro etc Nasceu na Bélgica mas filho de ingleses Retornou à Inglaterra e tornouse negiciante no comércio exterior Foi encarregado inglês do comércio na Bélgica Conselheiro do governo em assuntos comerciais e monetários Em sua publicação em 1622 expressou diversas ideias mercantilistas Defendeu mercadores Promoveu a ideia da regulamentação governamental para garantir exportações de qualidade Passou boa parte de sua vida em vários posto do governo que lidavam com impostos importações e exportações Clamava pela regulamentação do negócio pelo governo pois os mercadores não mereciam confiança Representa o coração e alma do mercantilismo que é chamado de colbertismo na França Empenhouse em facilitar o comércio interno A regulamentação governamental do comércio tinha um forte teor feudal Desprezo aos homens de negocio pois eram gananciosos e pensavam só no lucro A favor de uma população grande trabalhadora e mal paga a experiencia sempre mostrou que a ociosidade nos primeiros anos de vida é a fonte real de todas as desordens na vida mais tarde Pais com mais de 10 filhos eram isentos de impostos religiosos não Mercantilista que contribuiu com algumas ideias novas precursoras de economia clássica Antes dos 16 anos ele já dominava o latim grego francês matemática astronomia e navegação Filho de um pobre comerciante de roupas obteve grande fortuna fama e honra Foi marinheiro médico professor inventor pesquisador entre outros Visão Mercantilista Vários trabalhos publicados Comercio exterior livre para evitar o contrabando As importações de matérias primas deveriam ser taxadas levemente Opunha às leis que impediam a exportação de dinheiro A favor da grande população Apoiava o pleno emprego Era contra enforcar ladrões mas não por motivos humanitários deveriam ser escravos Desempregados deveriam ser contratados pelo estado para construir rodovias Sir William Petty 16231687 NA PRÓXIMA AULA A escola Fisiocrática François Quesnay Anne R Jaques Turgot Os precursores da escola clássica Sir Dudley North Richard Cantillon David Hume Precursorr da economia clássica Foi um estatístico pioneiro mas às vezes baseavase em suposições frágeis Expos fragmentos da velocidade de circulação da moeda divisão do trabalho rendimento como excedente da terra importância dos bens de capital e teoria do valor trabalho que foram detalhados pelos Clássicos Exercícios de Revisão 1 Resuma as principais ideias e estabeleça a importância de cada um dos autores mercantilistas estudados 2 Por que os mercantilistas às vezes são chamados de bulionistas Incorpore cada um dos aspectos a seguir em sua resposta comércio internacional colônia guerras tarifas monopólio grandes populações 3 Os mercantilistas perceberam que a um excedente de exportação pode provocar entrada de ouro vindo de outros países e b aumentos no estoque de dinheiro podem elevar os preços de uma nação No longo prazo esses resultados são compatíveis explique A ESCOLA FISIOCRÁTICA Visão Geral e Principais autores O que veremos na aula de hoje e qual o objetivo A escola Fisiocrática Cenário histórico Dogmas Contribuições Principais pensadores VISÃO GERAL DOS FISIOCRATAS Qual o cenário histórico da escola fisiocrática Surgiram na França próximo ao final da época mercantilista Foi datada em 1756 com término em 1776 duas décadas A fisiocracia foi uma reação ao mercantilismo Minuciosa regulamentação do governo Controle do número de fios para tecido Mais qualidade e menos inovação Governo corrupto e extravagante A indústria francesa foi retardada em seu desenvolvimento pelas autoridades Pedágio impostos tarifas A agricultura foi muito taxada e o comércio de grão foi submetido a uma teia de regulamentações Proibido exportar não podia existir transferencias entre províncias sem autorização Camponeses pagavam impostos sobre terra e lucros Consignatários de impostos As guildas impediam a entrada de livre trabalho em certos ofícios Foram regulamentadas pela fisiocracia e perdurou por muito tempo até 1789 As contendas e litígios jurisdicionais continuaram por gerações Alto Custo das batalhas legais durante a metade do sex XVIII Um litígio de 300 anos não havia sido resolvido até 1789 quando a revolução destruiu as guildas Ordem natural As leis da natureza governam as sociedades Na esfera econômica as leis naturais conferiam aos indivíduos usufruir dos frutos do seu trabalho desde que fosse consistente com o direito dos outros Laissezfaire Laissezpasser Gournay Sem interferência do governo A favor do livre comercio Opunhamse a quase todas as restrições impostas pelos regimes feudais mercantilistas e governamentais Ênfase na Agricultura Indústrias comércio e profissões eram úteis mas estéreis Somente a agricultura era produtiva e seu excedente era usado na produção Taxação de proprietário de terras Somente o proprietário de terra devia ser taxado pois só a agricultura gerava excedente Interrelação a economia Analisavam o fluxo circular de bens e dinheiro na economia Os Donos das terras pois suas obrigações comerciais onerosas acabariam Laissezfaire e promoção da indústria Os Camponeses pois tornariam assalariados das grandes fazendas Fazendas capitalistas a imposição de taxas sobre os excedentes reduziu o valor da terra mas beneficiou quem as alugava A Nobreza e o Clero pois os fisiocratas defendiam o direito destes a terra e aluguel A agricultura com seus excedentes ajudou a favorecer o crescimento econômico e desenvolvimento industrial Ao promover o laissezfaire estavam se opondo aos obstáculos ao desenvolvimento capitalista da economia Inconscientemente promoveram a revolução francesa em 1789 Enfatizavam a produção ao invés da troca na produção de riquezas Várias ideias eram incorretas Industria e comercio estéreis Crença que só donos de terras deviam ser taxados pois só eles geravam excedentes Exaltavam erroneamente os fazendeiros capitalistas como principal figura de desenvolvimento Industriais e trabalhadores se tornaram mais importantes enquanto a importância da agricultura caiu Estabeleceram a economia como ciência social Quesnay é precursor do fluxo circular da renda e da contabilidade nacional Turgot é précursor da análise dos retornos decrescentes Originaram as análises de impostos e incidência que são parte da análise microeconômica atual Defender o laissezfaire chamaram a atenção dos economistas para o papel adequado do governo na economia François QUESNAY 16941774 Quesnay e seus seguidores esperavam transformar o rei em um déspota esclarecido como instrumento de reforma pacífica Ele era a favor de grandes fazendas gerenciadas por empresários antecipando portanto os grandes empreendimentos agrícolas que surgiram à época Para Quesnay a sociedade era semelhante ao organismo físico Quesnay acreditava que as leis feitas pelas pessoas deveriam estar em harmonia com as leis naturais Seu famoso trabalho Tableau Economique criado para o rei da França em 1758 e revisto em 1766 mostrou o fluxo circular de bens e dinheiro em uma economia ideal e livremente competitiva Quesnay assume que a terra é de propriedade do senhor mas é cultivada por fazendeiros arrendatários que são portanto a única classe realmente produtiva LER O passado como préâmbulo 31 Quesnay e o Diagrama de Fluxo circular Classe produtiva Fazendeiros Produto bruto total 5 alimentos dos fazendeiros semente e ração animal para o próximo ciclo 2 Disponível para venda 3 Receita com alimentos vendidos para os proprietários de terras Recebe com alimentosmateriais vendidos para a classe estéril O ciclo continua Custos Mercado de recursos Recursos Empresas Bens e serviços Mercado de produtos Receita Renda monetária salários rendimentos juros lucros Famílias Gastos com consumo Quesnay 16941774 Quesnay diz que a produção não agrícola é estéril mas não questionava o direito dos proprietários de receber o rendimento Quesnay era defensor dos direitos dos proprietários de terras Mas taxar somente proprietários de terras era vista como um ataque aos seus interesses Quesnay argumentava que um excesso de luxo na decoração pode rapidamente arruinar uma nação grandiosa e opulenta Anne Robert Jacques TURGOT 17271781 Introduziu medidas antifeudais e anti mercantilistas ao ser partidário das ideias fisiocráticas A liberdade do comércio interno de grãos foi ordenada e as guildas e corporações comerciais privilegiadas foram abolidas Terminou com a coveia opressiva os 12 ou 15 dias de trabalho não pago obrigatório aos camponeses anualmente para manter rodovias pontes e canais Defendia imposto sobre a Nobreza As leis aprovadas por Turgot e seus planos provocaram oposição resoluta de pessoas de todas as classes Turgot se opunha à interferência dos parlamentos na legislação Em uma carta de 1767 a David Hume Turgot afirmou que os impostos aplicados a outros grupos eram ignorados pelo proprietário de terras Na Próxima Aula A Escola Clássica Precursores Contexto histórico Principais dogmas Validade das teorias Principais pensadores Sir Dudley North David Hume A ESCOLA CLÁSSICA Cenários Dogmas Principais autores e contribuições O Cenário Histórico A escola clássica começou em 1776 com a publicação do livro a riqueza das nações de Adam Smith e terminou em 1871 Duas revoluções A revolução científica madura Isaac Newton 16421727 lei da gravitação Confiança na experimentação Via experiência Leis naturais guiam os homens e o universo Visão estática do mundo espaço tempo e matéria independentes Laissezfaire sociedade melhoria com liberdade O Cenário Histórico A revolução Industrial 1776 Amadurecendo Intensificouse no período em que os economistas clássicos mais recentes escreveram A revolução industrial e a economia clássica desenvolveuse primeiro na Inglaterra A Inglaterra beneficiouse amplamente do livre comércio internacional Os empresários não precisavam mais contar com subsídios e monopólios governamentais Os produtos tornaramse de melhor qualidade e mais baratos por causa da livre concorrência O CENÁRIO HISTÓRICO Surgiu a força de trabalho móvel mal paga e vigorosa Camponeses tronaramse empregados Artesãos perdiam a vantagem competitiva Regulamentação governamental não era mais necessária para os empresários e os empregados No entanto essa prática havia acabado em 1762 pois as condições de oferta e demanda de mão de obra estavam ditando baixos salários determinados pelo mercado Leis de cercamento aprovadas pelo Parlamento autoriza o uso de cercas cercas vivas e paredes para delimitar as terras comuns e os campos abertos A doutrina clássica é geralmente chamada de liberalismo econômico É um legado histórico que hoje permite chamar de conservadora a pessoa que defende suas ideias Principais características DOGMAS Envolvimento mínimo do governo Comportamento econômico de auto interesse Harmonia de interesses o indivíduo ao buscar seu interesse alcança o interesse da sociedade Importância de todos os recursos K T L e atividades econômicas comércio agricultura produção etc Leis econômicas lei da vantagem comparativa dos rendimentos decrescentes da população dos mercados da moeda etc A LP atendeu toda a sociedade Acumulação de capital e crescimento econômico Mercadores e industriais tiveram novo status e dignidade como promotor da riqueza da nação Mesmo os assalariados foram beneficiados Transformava pessoas em empreendedores Promoveu a queda das restrições mercantilistas A concorrência foi a grande reguladora Governos esbanjadores e corruptos quanto menos intervenção melhor Livre mercado A economia clássica racionalizava as práticas em que estava envolvida ao transformar as pessoas em empreendedores Ela justificava a queda das restrições mercantilistas que não eram mais úteis A concorrência era um fenômeno crescente e a confiança nela como a grande reguladora da economia era um ponto de vista sustentável Os governos eram notoriamente esbanjadores e corruptos COMO A ESCOLA CLÁSSICA FOI VÁLIDA ÚTIL OU CORRETA EM SUA ÉPOCA Ao ajudar a remover os restos do sistema feudal a economia clássica promovia o empreendedorismo comercial Quando a industrialização estava começando a maior necessidade da sociedade era concentrar recursos na máxima expansão possível da produção A economia clássica e os que a endossavam estendiam o mercado não somente obtendo um comércio internacional mais livre mas também promovendo uma força de trabalho urbana CONTRIBUIÇÕES DURADOURAS Melhor análise econômica à sua época Base da economia moderna como ciência social Várias leis clássicas são usadas em livros de introdução à economia Leis que tornaramse duradouras Rendimentos decrescentes Vantagem comparativa Soberania do consumidor Acúmulo do capital para crescimento econômico O livre mercado CONTRIBUIÇÕES DURADOURAS Problemas da análise clássica Ênfase excessiva no laissezfaire Era ambígua deficiente e errada em várias análises econômicas Errou em não considerar adequadamente a evolução tecnológica e o relacionamento entre o aumento da produtividade e dos salários Não incorporou adequadamente o papel da utilidade e da demanda no valor do produto DUDLEY NORTH 16411691 O tratado Discourses upon trade único trabalho publicado aparecendo anonimamente em 1691 Quando David Ricardo leu uma edição reimpressa escreveu eu não tinha ideia de que uma pessoa tivesse opiniões tão corretas como as expressas nesta publicação e tão prematuramente North dizia que o comércio é um ato de vantagem mútua North repudiou o conceito de que a riqueza deveria ser medida pelo estoque de metais preciosos de um país Ênfase no comércio e no acúmulo Segundo North algumas pessoas não entenderam bem a verdade profunda da frase na realidade não é dinheiro o que ele quer mas pão e outras necessidades básicas da vida Queremos dinheiro somente para nos desfazer dele pois o que realmente queremos são bens e serviços O que então é a riqueza de uma nação North era a favor do laissezfaire e como a maneira de atingir os ganhos máximos tanto do comércio interno como do comércio internacional RICHARD CANTILLON 16801734 Sua única obra foi Essai sur la nature du commerce en général publicado em francês em 1755 Foi o precursor dos fisiócratas de duas maneiras Primeiro ele utilizou o termo empresário enfatizando o seu papel na vida econômica E por desenvolver uma teoria de valor e preço O preço ou valor intrínseco de uma coisa é a medida da quantidade de terra e de trabalho que entra em produção tendo relação com a fertilidade ou produção da terra e com a quantidade de trabalho Lei da oferta x Demanda Fazendeiros produzir mais milho do que o normal o valor real e intrínseco do milho corresponderá à terra e ao trabalho que constituírem sua produção Nunca há uma variação nos valores intrínsecos o que pode ocorrer é uma variação diária e um eterno fluxo e refluxo nos preços de mercado Cantillon antecipou o pensamento da economia clássica de várias outras maneiras Os homens se multiplicam como ratos em um celeiro se tiverem meios ilimitados de subsistência O economista clássico Thomas Malthus tinha um ponto de vista semelhante Cantillon analisava o juro como uma recompensa pelo risco corrido no empréstimo com base nos lucros que os empresários podem auferir ao emprestar e investir Cantillon concentrouse na produtividade dos recursos de uma nação Lamentava que os nobres e monges não trabalhassem para produzir bens Mas os nobres pelo menos emprestavam seus cavalos e cavaleiros para guerras já os Monges não são inúteis cantillon dizia que nos países católicos há muitos dias santos o que reduz o trabalho das pessoas em cerca de uma oitava parte do ano Cantillon tinha ideais mercantis fortes considerava o excedente de exportação uma situação muito boa para o comércio mas não acreditava que o ouro e a prata obtidos em casa servissem para o mesmo objetivo Sua ênfase era na produção de bens e na venda desses bens ao exterior de modo que as empresas prosperassem e que um excesso de exportação não poderia ser mantido indefinidamente Os mercantilistas queriam promover um excedente de exportações para acumular moeda RENDA DA TERRA MEDIDA DA MARGEM EXTENSIVA DE CULTIVO RENDA DA TERRA MEDIDA DA MARGEM INTENSIVA DE CULTIVO A TEORIA DO VALOR DE TROCA E OS PREÇOS RELATIVOS Por David Riucardo CARACTERÍSTICAS DA DISTRIBUIÇÃO DE RICARDO O GRÁFICO ABAIXO ILUSTRA ESSA IDÉIA LucrosK Capital K Variável K ProdutoK Salário K Salário RendaK III PARTE UTILITARISMO MARGINALISMO NEOCLASSICISMO E KEYNESIANISMO ESCOLA UTILITARISTA Os primeiros utilitaristas Bentham Say Sênior Bastiat Utilitaristas reformadores Thompson e Mill O UTILITARISMO 1840 1872 RÁPIDA EXPANSÃO ECONÔMICA NA EUROPA Capital Cartéis Industrialização Concentração Poder Industrial Trustes Riqueza Fusões Eliminação Pequenas Empresas ANTECEDENTES ÂMBITO FINANCEIRO SA única organização Mercado Financ Pequenos Recursos Empresarial organizado N Reduzido em Kptas RELAÇÕES SOCIAIS Hierárquica Integrados Forma Grande Empresa Processos Racional Burocrática Coordenados calculado Objetivo Maximizar Lucro Acumulação de Capital ADAM SMITH Análise da economia composta de várias EMPRESAS PEQUENAS VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 1 Especialização do trabalho isolamento dos produtores Indivíduos como unidades isoladas preocupadas com a própria sobrevivência contra forças impessoais do mercado Outros passam a ser vistos como inimigos e adversários Hobbes O Leviatã VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 2 Indivíduo é competitivo e egoísta por natureza Suas motivações essenciais são aumentar o prazer e evitar a dor UTILITARISMO VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 3 A divisão do trabalho cria dependência completa do funcionamento com êxito do mercado Aceitando o capitalismo como natural e eterno a única condição de melhora para os indivíduos está no bom funcionamento do mercado liberdade econômica VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 4 Bom funcionamento do mercado depende da quantidade e eficácia dos meios de produção Industrialização exige que parte do esforço produtivo seja direcionado dos bens de consumo para os bens de produção Idéia de que os lucros devem aumentar com relação aos salários lucros devem ser suficientes para financiar a industrialização Quem financia realmente a industrialização Depende da grandeza real de salários lucros e produção Ao aceitarmos que a repartição da renda pelo mercado é correta natural temos a ilusão de que quem pagou a industrialização foi o capitalista VALOR UTILIDADE FUNDAMENTOS 5 Acirramento da concorrência Sobrevivência em risco lucros dependem de controles acurados Sistemas complexos de apuração e controle contabilidade Atitudes racionais em todos os âmbitos a racionalização do mundo Todos os atos humanos passam a ser vistos como consequências de decisões racionais e calculadas hábitos caprichos acidentes superstições religiões altruísmo emoções etc não contam Indivíduo age como se fosse um contador lucros prazeres e prejuízos dor UTILITARISTAS E a idéia do hedonismo PRIMEIROS UTILITARISTAS Jeremy Bentham 17481832 PRIMEIROS UTILITARISTAS JEANBAPTISTE SAY 17671832 PRIMEIROS UTILITARISTAS Nassau Sênior 17901864 História do Pensamento Econômico Uma perspectiva crítica Hunt e Laustzenheiser 2013 2 3 3 CAPÍTULO 8 UTILITARISMO PURO VERSUS UTILITARISMO ECLÉTICO OS ESCRITOS DE BASTIAT E MILL Fréderic Bastiat 1801 1850 Utilitarismo Puro John Stuart Mill 1806 1873 Utilitarismo Eclético UTILITARISMO PURO DE BASTIAT Fréderic Bastiat 1801 1850 Utilitarismo Puro FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO 2 3 5 Fundamentos e escopo da economia utilitarista Estabelece a santidade da propriedade privada do capital do lucro e da distribuição da riqueza no capitalismo concorrencial laissezfaire com base nos princípios do utilitarismo na teoria econômica teoria do valor utilidade Harmonia social rejeição do conflito de classes existente no capitalismo Desenvolve a economia utilitarista trocas voluntárias no mercado aumenta a utilidade total O próprio fato de ser feita uma troca é prova de que tem de haver lucro para ambas as partes contratantes caso contrário a troca não seria feita Toda troca representa ganhos para a humanidade FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO 2 3 6 Fundamentos e escopo da economia utilitarista Na economia neoclássica utilitarista todas as interações econômicas políticas e sociais dos seres humanos se reduzem a atos de troca A teoria econômica utilitarista reduz ao silogismo forma de raciocínio dedutiva todas as trocas são mutuamente benéficas para as partes todas as interações humanas podem ser reduzidas às trocas Logo todas as interações humanas são benéficas para todos harmonia social A teoria econômica é uma mera análise de troca no mercado e a troca está sob a influência do interesse próprio FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO Utilidade e troca Leis científicas interesse próprio é a mola mestra da ação humana Os desejos e necessidades humanas sãoinsaciáveismas os meios recursos para sua satisfação são limitados escassos Satisfação das necessidades dá prazer gerando utilidade Lei ou princípio universal nosso interesse próprio é tal que constantemente procuramos aumentar toda nossa satisfação em relação ao nosso esforço princípio de Bentham da maximização da utilidade Hunt 2013 p 153 FRÉDERIC BASTIAT 1801 1850 UTILITARISMO PURO Utilidade e troca Separação da utilidade em dois tipos para tornar os preços dependentes da utilidade e afastar o paradoxo da água e do diamante de Smith mas não formulou o conceito de utilidadade marginal a Utilidade gratuita natureza oferece a água satisfazendo a utilidade sem esforçotrabalho humano b utilidade onerosa utilidade do diamante exige esforço ou dor Este esforço era denominado de serviço trabalho e era um tipo de serviço que diferia dos serviços executados pelos capitalistas Serviço era definido por Bastiat como um esforço de um homem ao passo que a necessidade e a satisfação era de outro na sociedade de troca UTILITARISMO ECLÉTICO MILL John Stuart Mill 1806 1873 Utilitarismo Eclético JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 0 Utilitarismo de Mill Utilitarismo eclético tentativa de integrar a teoria do valor trabalho e a perspectiva utilitarista na obra Princípios de Economia Política 1848 Utiliza os escritos de Bentham e Ricardo com diversas modificações ecletismo poistinha a preocupação de ser correto e justo na apresentação de qualquer doutrina A filosofia social de Mill e sua teoria econômica tornaramse ecléticas e muitas vezes incoerentes Mill e Bastiat são os primeiros representantes da bifurcação da economia utilitarista Bastiat percursor da escola austríaca e da escola de Chicago proponentes de um conservadorismo extremo e defensores rígidos do capitalismo laissezfaire JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 1 Utilitarismo de Mill Mill percursor da escola econômica neoclássica Marshalliana muito mais moderada que quase sempre defende reformas liberais e a intervenção do governo Mill foi superior a Bastiat tanto como teórico quanto como estudioso pois os seus princípios tinham um academismo vasto equivalente à obra a Riqueza das Nações de Adam Smith no entanto Mill era eclético em doutrinas contendo grandes incongruências Bastiat tinha estilo doutrinário arrogante porém coerente às vezes até rude JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO Utilitarismo de Mill Mill começou seus princípios com uma afirmação que contradizia a maioria dos economistas teóricos anteriores a ele e que contradiz a economia neoclássica contemporânea como a produção da riqueza não é evidentemente uma coisa arbitrária Tem condições necessárias As leis das matérias e as consequências materiais de determinadas técnicas físicas de produção eram as mesmas em todas as sociedades Leis de produção técnicas de produção eram as mesmas em todas as sociedades o que não ocorria com as leis da distribuição da riqueza Leis da distribuição são determinadas por uma instituição humana regida por regulamentos sujeitos às mudanças Utilitarismo de Mill A forma de distribuição de riqueza depende das leis de propriedade dos regulamentos e dos usos vigentes nessa sociedades dos quais podem mudar rapidamente Não aceitava que a propriedade privada tinha sido instituída por Deus lei natural e sagrada como afirmava Bastiat mas sim uma convenção humana Com a rejeição da noção de propriedade privada sagrada e de dois axiomas centrais do utilitarismo de Bentham 1 todos os motivos são reduzidos à busca do prazer baseada no interesse próprio e 2 cada pessoa é o único juiz de seus próprios prazeres e por isso é impossível fazer comparações de prazer entre as pessoas JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO Utilitarismo de Mill O segundo axioma expresso por Bentham de que se a quantidade de prazer fosse a mesma apertar parafusos seria tão bom quanto fazer poesia O utilitarismo de Bentham não permite fazer comparações negativas de tipos de prazer qualitativamente diferentes Mill não acreditava que todos os atos fossem motivados pelo interesse próprio Apenas a maioria das pessoas moldadas pela cultura capitalista concorrencial agia com base no interesse próprio em seu comportamento econômico Para Mill em outras sociedades as pessoas agiam com base em motivos mais elevados ou mais nobres contradizendo assim a teoria utilitarista de que todos os motivos se reduzem ao interesse próprio e que são reflexos de julgamentos pessoais e subjetivos 244 JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 5 Utilitarismo de Mill Argumento de Mill Alguns prazes poderiam ser considerados moralmente superiores aos outros Portanto há necessidade de um princípio superior ao princípio do prazer do utilitarismo para fazer julgamentos morais de diferentes prazes sendo a fonte de julgamentos éticos Mill alguns tipos de prazer são mais desejáveis e mais valiosos do que outros Independentemente da quantidade de prazer envolvida alguma atividade pode ser considerada mais desejável e valiosa do que outra contradizendo a ideia do utilitarismo Para Mill o prazer não é o critério normativo final como mostra a sua afirmação era melhor ser um Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito Isso destrói a base sobre a qual os economistas utilitaristas construíram as teorias econômicas normativas e que mostrava a vantagem universal das trocas Mill não era um utilitarista convicto JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 6 A Teoria do valor de Mill Mill como discípulo de Ricardo apresenta a perspectiva da teoria do valor trabalho o valor das mercadorias depende principalmente da quantidade de trabalho necessária para sua produção Hunt 2013 p 161 Mill afirmou que embora o trabalho fosse o determinante mais importante do valor não era o único A teoria do valortrabalho só era válida argumentava Mill quando as razões capitaltrabalho fossem as mesmas em todas as indústrias neste caso os custos de produção seriam proporcionais ao trabalho incorporado às várias mercadorias Isso porém não ocorreria com a maioria das mercadorias JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 24 7 A TEORIA DO VALOR DE MILL Exemplo O vinho e o tecido produzidos pelas mesmas quantidades de trabalho têm valores diferentes porque o vinho demorava mais a dar lucro do que o tecido Além disso todas mercadorias feitas por máquinas eram semelhantes pelo menos aproximadamente ao vinho no exemplo O que explica a diferença entre preço e valor do trabalho Ricardo tinha consciência das causas dessas diferenças proporcionais entre os preços e os valores do trabalho mas considerava estas diferenças secundárias e que poderiam ser explicadas pela teoria do valortrabalho Mill discorda da teoria do valor trabalho e volta à teoria do custo de produção pela soma de Smith teoria da soma três componentes básicos dos preços salário lucro e aluguel A Teoria do valor de Mill Mill visão de Ricardo os lucros eram simplesmente o produto excedente do trabalho que fosse além do necessário para a manutenção dos trabalhadores A causa do lucro é que o trabalho produz mais do que é necessário para a sua manutenção Para Mill o preço de mercado é determinado pela oferta e demanda com o tempo o preço de mercado se aproxima do preço natural custo de produção que é igual ao somatório do custo preço da terra preço do trabalho e preço do capital Lucro econômico zero taxa média de atratividade da economia Longo prazo Lucro contábil positivo preço de mercado preço natural salário lucro contábil Para a teoria do custo de produção baseada na soma o preço de mercado era determinado pela oferta e demanda Com o tempo o preço de mercado se aproximaria do preço natural teoria do Smith que era igual ao somatório dos três componentes do custo preço da terra preço do trabalho e preço do capital Esta interpretação desta teoria é uma antítese da teoria do trabalho porque suponha que o lucro fosse o preço natural do capital e não um excedente ou um resíduo Além disso o lucro era um preço pago em uma troca por algum serviço de um capitalista A teoria do custo de produção baseada na soma considerava o lucro como gerado pela troca e não pela produção De acordo com esta teoria o lucro é fruto da troca e não da produção o lucro é a remuneração através da troca da abstinência do risco e do esforço dos capitalistas 249 A Teoria do valor de Mill Lucro econômico é a taxa de atratividade que alguma atividade econômica gera acima das demais na economia assim no longo prazo o mesmo capital empregado em todas as atividades econômicas produz a mesma taxa de lucro portanto o lucro econômico é zero não existe atratividade para o capital migrar para outra atividade Antítese da teoria do valor trabalho pois esta supunha que o lucro fosse o preço natural do capital e não um excedente O lucro era um preço pago em troca de algum serviço do capitalista A teoria do custo de produção baseada na soma considerava o lucro como gerado pela troca e não pela produção Mill aceitou a teoria do custo de produção o salário é a remuneração do trabalho o lucro é a remuneração da abstinência do consumo O capitalista exige uma recompensa para absterse do consumo e investir nos meios de produção o lucro é fruto da troca e não da produção Abandona a noção de que o trabalho determinava o valor de troca ou o preço relativo das mercadorias 25 1 No longo prazo todo capital de mesmo valor empregado nas diversas atividades econômicas produz a mesma taxa de lucro porém a relação capitaltrabalho difere entre as atividades econômicas A teoria do valortrabalho capitaltrabalho fosse a seria válida somente se esta razão mesma em todas atividades econômicas consequentemente a parcela do lucro corresponderia ao serviço do capitalista e o salário ao esforço do trabalho no processo de produção Na realidade o que se verifica é que a taxa de lucro é a mesma para mesmo valor do capital em pregado nas diversas atividades enquanto que a razão capitaltrabalho não é a mesma sendo assim a remuneração do capitalista lucro não é proporcional ao serviço prestado na produção Em outras palavras o lucro é fruto da troca demanda e oferta e não da produção Os lucros eram simplesmente o produto excedente do trabalho que fossem além do necessário para a manutenção dos trabalhadores A causa do lucro é que o trabalho produz mais do que é necessário para sua manutenção Mudando a forma do teorema podemos dizer que a razão pela qual o capital gera um lucro é que os alimentos as roupas os materiais e os instrumentos duram mais do que o tempo necessário para sua produção sendo assim se um capitalista fornecer essas coisas a um grupo de trabalhadores com a condição de receber tudo o que eles produzirem eles além de reproduzirem suas próprias necessidades e instrumentos ficarão com parte de seu tempo sobrando para trabalhar para o capitalista Vemos então que o lucro surge não do fenômeno da troca mas da capacidade de produção de trabalho Hunt 2013 p 162 252 A Teoria do valor de Mill TROCA Mill faz duas exceções à regra de que os custos de produção preço natural determinam os preços das mercadorias Preços internacionais é o preço do salário dos trabalhadores preço natural é igual ao preço de mercado no longo e curto prazo no mercado de concorrência perfeita lucro econômico zero Dentro do país os preços são iguais ao custo de produção devido à concorrência equalização da taxa de juros Diferentes países imobilidade dos fatores de produção a concorrência não iguala os salários e lucros em diferentes países portanto os preços internacionais seriam diferentes e determinados exclusivamente pela oferta e demanda e não pelos custos de produção a oferta e demanda internacionais geram o equilíbrio do balanço de pagamento curva de oferecimento A intersecção da curva de oferecimento gera o preço de equilíbrio 256 A Teoria do valor de Mill TROCA JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 25 9 Reserva de Salários A demanda por trabalho constituía o volume de fundos dos salários reservados pelos capitalistas para o pagamento dos trabalhadores salários e os salários dependiam da oferta de trabalho número de trabalhadores para dividirem esse fundo Para aumentar os salários haveria a necessidade da redução do tamanho das famílias Malthus defesa da abstinência sexual Mill afirma que a educação influencia o uso de novos métodos de controle de natalidade 1869 Mill repudia a doutrina do fundo dos salários argumentando que os salários não eram limitados por uma quantia mas sim pelos lucros totais dos capitalistas disputa concorrencial entre trabalhadores e capitalistas luta de classes JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 0 Reserva de Salários Se o capitalista tiver de pagar mais pelo trabalho o pagamento adicional será de sua própria renda o volume do fundo de salários passa a ser determinado pelos salários conseguidos pela luta de classes redistribuição da renda dos lucros para os salários Salários eram determinados mais por fatores sociais e políticos do que por fatores econômicos estritamente definidos Stuart Mill Mill passou a ver as combinações e as greves trabalhistas não só como educacionais mas também como potencialmente importantes na redistribuição da renda dos lucros para os salários Defesa da intervenção do estado como sendo desejável para a sociedade JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 4 A tendência decrescente da taxa de lucro Queda da taxa de lucro no longo prazo o efeito da acumulação do capital é aumentar o valor e o preço dos alimentos aumentar a renda e baixar os lucros Ricardo Duas forças contrárias à tendência decrescente da taxa de lucro exportação de capitais e as crises comerciais periódicas 1 Exportação de capitais O fluxo de capitais para outros países em busca de mais lucros do que podem ser conseguidos no próprio país Hunt 2013 p165 2 Crises comerciais desperdício do capital na época de expansão dos negócios rejeição da lei de Say geração de pleno emprego JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 5 A tendência decrescente da taxa de lucro Nos períodos de ciclos de expansão dos negócios aplicavase capital em atividades de lucro incerto e além das necessidades do mercado e do número de pessoas que poderiam manterse empregadas Assim haveria tanto capital adicional que não mais seria possível investilo para obter os lucros habituais saturação dos mercados quando os lucros caíam os estabelecimentos eram fechados ou ficavam funcionando sem lucros e operários demitidos A depressão e crises ocorreriam em decorrência da taxa decrescente do lucro mesmo assim Mill ainda defendia a lei de Say devido a dois pontos um de definição e o outro teórico JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 6 A tendência decrescente da taxa de lucro 1 Definição A superprodução que é o excesso de oferta de bens em relação às necessidades ou desejos humanos demanda mas para defender a LEI DE SAY utiliza outro conceito para superprodução que é o excesso de oferta de bens em relação à demanda por moeda o que não contribui para esclarecer a incoerência nítida 2 Teórico no longo prazo o capitalismo de mercado automaticamente sairia das depressões e acabaria atingindo o pleno emprego Esses desequilíbrios do mercado era um mal social mas era temporários Resposta de Keynes à lei de Say A longo prazo todos nós estaremos mortos Hunt 2013 p 166 enquanto isso disse Mill cada crise deixava muitas pessoas em condição de maior pobreza JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 7 Socialismo segundo Mill Não defende a propriedade privada como sendo sagrada porque esta foi adquirida pela conquista e violência faltando com a justiça e também condenava a concentração da propriedade na mãos de uma pequena classe capitalista Rejeitava moralmente a estrutura capitalista com as grandes desigualdades sociais e de renda Segundo ele o capitalismo evoluiria para alguma forma de sociedade socialista ou comunista Considerava que o socialismo ou comunismo era moralmente preferível ao capitalismo apesar de suas deficiências JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 26 8 O reformismo intervencionista de Mill Apesar de suasimpatia pelo socialismo o seuobjetivo era promover a reforma do capitalismo Contrário à inviolabilidade da propriedade privada a sociedade temtodo direito de retirar ou modificar qualquer direito de propriedade desde que ela seja prejudicial ao bem comum Papel do governo modificar os efeitos socialmente adversos do livre mercado do capitalismo JOHN STUART MILL 1806 1873 UTILITARISMO ECLÉTICO 27 0 Monopólios implica obtenção de lucros elevados visto que poucos capitalistas podem fixar um valor preço muito acima do desejo demanda mediante a limitação da oferta do produto no mercado Para Mill o laissezfaire é a prática geral e os desvios dele que não gerassem um bem maior seria um mal e somente nesse último caso a intervenção ativa do governo seria aceita O reformismo intervencionista de Mill MARGINALISTA NEOCLÁSSICO Ênfase na microeconomia O SÉCULO XIX VIU GERMINAR DE MODO GRADUAL E NÃO MUITO APARENTE AO PÚBLICO DA ÉPOCA IDEIAS QUE PROPÕE O USO DO CÁLCULO MARGINAL EM TEORIA E O CONCEITO DE UTILIDADE NA QUESTÃO DO VALOR IDEIAS MARGINALISTAS SERIAM PAULATINAMENTE PLANTADAS E A TEORIA SUBJETIVA DO VALOR RESGATADA PASSOS NESSE SENTIDO FORAM DADOS POR AUTORES QUE PERTENCEM A DIFERENTES PAÍSES A MAIORIA NÃO ERA ECONOMISTA DESCONHECIA OS CLÁSSICOS DA DISCIPLINA E VIVEU ISOLADA ENTRE SI Precursores do marginalismo VISÃO GERAL DA ESCOLA MARGINALISTA O cenário histórico da escola marginalista A ESCOLA MARGINALISTA PRECURSORES Antoine Cournot e Jules Dupuit na França Johann Von Thünen na Alemanha Condição de receita máxima Outros feitos de Cournot Rendimentos de escala Monopólio Duopólio hipótese em que um dos participantes imagina que o concorrente não reagirá às variações de preço pela oferta de novas quantidades Modelo de n produtores em concorrência Constrói curvas de oferta e demanda para o mercado envolvendo a agregação das curvas individuais e em sua intersecção determina o preço de equilíbrio JULES DUPUIT 18041866 Utilidade marginal e demanda Excedente dos consumidores Diferenciação de preços no monopólio TEORIA DA DEMANDA DE DUPUIT Identifica a utilidade marginal com a curva de demanda Curva de demanda Qd fp obtida empiricamente Pontos à esquerda e abaixo correspondem a situações de desequilíbrio onde a utilidade marginal é maior que o preço É sempre possível deslocarse para algum ponto situado na curva de demanda com ganho nas utilidades A área a esquerda da curva de demanda entre zero e uma certa quantidade Qd determina a utilidade total no consumo de Qd unidades O EXCEDENTE UNE ESPÈCE DE BÉNEFICE É A PARTE DA UTILIDADE TOTAL QUE EXCEDE A MULTIPLICAÇÃO DA UTILIDADE MARGINAL PELO NÚMERO DE UNIDADES DA MERCADORIA OU SEJA COMO A CURVA DE UTILIDADE MARGINAL PARA ELE É IDÊNTICA À CURVA DE DEMANDA O EXCEDENTE DO CONSUMIDOR É A ÁREA A ESQUERDA DA CURVA DE DEMANDA ENTRE ZERO E QD MENOS A DESPESA COM A MERCADORIA P QD UMGQD TEORIA DA DEMANDA DE DUPUIT ERROS DE DUPUIT Interpreta as funções de demanda como funções de utilidade marginal Utilidade igual ao preço associado a cada nível de quantidade ao longo da curva de demanda Faz comparações interpessoais de utilidade sob a hipótese de que a utilidade é mensurável por meios monetários Dupuit não percebeu estar assumindo que utilidade total e renda movemse proporcionalmente Johann Heinrich von Thünen 17831850 O Estado Solitário publicada postumamente em 1850 Tratamento clássico em alguns aspectos Não se preocupou com a demanda empregando o marginalismo apenas na esfera da produção particularmente na agricultura Renda máxima do agricultor o acréscimo marginal de renda obtida por meio do último fator empregado tornase igual ao preço do fator Preços e salários são determinados basicamente pelos custos de produção Teorias de salário e juro são importantes historicamente pelo método que empregam O Estado Solitário A obra está dividida em dois volumes Em 1826 foi publicado o primeiro volume no qual o autor desenvolve sua famosa teoria da localização espacial das atividades econômicas em círculos concêntricos ao mercado em que o produto é vendido A data 1850 corresponde à publicação do volume 2 em que Thünen esboça sua teoria da produtividade marginal sobre salário e capital Hipóteses de Thünen Economia espacial Solo homogêneo centro urbano no ponto central e atividades econômicas distribuídas em torno dele ao longo de círculos concêntricos No círculo vizinho à cidade produzse vegetais e leite com cultivo e pecuária intensiva usando técnicas como fertilizantes e rações especiais A localização espacial de outras atividades dependerá do custo de transporte As pastagens ficam nos círculos mais externos e florestas cobrem o entorno Nas vizinhanças da cidade produzemse produtos frágeis de jardinagem e horticultura como morango alface couveflor etc Os fazendeiros também criam vacas alimentadas em celeiros para a produção de leite Porque o custo de transporte do leite é difícil e caro Florestas cultivadas aparecem no círculo mais próximo das cidades depois do cinturão de vegetais e leite Tais florestas fornecem à cidade combustível e materiais de construção Esses itens são cultivados próximos à cidade porque são pesados em relação ao seu preço Depois desses dois anéis começa o cinturão de cereais ora de cultivo mais intensivo ora intercalados temporariamente com o descanso da terra e o seu uso como pastagem A floresta externa é usada como área de caça Teoria de preços e renda da terra Renda da terra não depende da qualidade do solo por hipótese homogêneo mas da localização e da intensidade do cultivo O preço do bem de consumo final vendido nas cidades é igual à soma do custo de produção mais o custo de transporte Este último é crescente para lugares cada vez mais distantes O custo de produção depende de salário w e juro i As terras de melhor localização economizam custo de transporte A economia de transporte é paga na forma de renda da terra ao proprietário das terras mais bem situadas A renda também surge dos retornos decrescentes associados ao cultivo intensivo como em Ricardo Quando toda terra é utilizável as terras intramarginais produzem um excedente de valor sobre os custos de produção pago na forma de renda Teoria da Localização de Von Thünen Johann Von Thünen explicou que à medida que a intensificação da produção agrícola nos cinturões aumenta os rendimentos decrescentes fazem que aquilo que chamamos de custos marginais aumente Isso leva a um aumento nos preços do mercado que por sua vez torna lucrativo o cultivo de novas áreas mais distantes do mercado Modelo Básico de Thünen Pressupostos Grande país tropical rico em recursos naturais e favorecido pelo clima Comunidade isolada com terras homogêneas e adquiridas sem custo Conhecimento tecnológico distribuído uniformemente entre os trabalhadores Os trabalhadores empregam sua força de trabalho como assalariados Se possuem capital suficiente tocam o negócio por conta própria Se donos do negócio contratam outros trabalhadores sempre que o salário pago ao último contratado supere a variação da produção proporcionada por ele descontado os juros do capital adiantado ao trabalhador contratado Juros do capital contrapartida a compensação pela espera prêmio de risco e salário da gerência A produtividade marginal para Thünen O cuidadoso pensamento de Johann von thünen sobre a localização de vários tipos de agricultura o levou a desenvolver uma teoria de produtividade marginal sobre o emprego Tendo como princípio de que unidades extras de mão de obra levam a aumentos sucessivamente menores no produto agrícola total Em termos contemporâneos Von Thünen estava sugerindo que o empregador deveria adicionar unidades de mão de obra até que o produto de mão de obra da receita marginal a receita extra proveniente da maior produção seja igual à despesa com salários do trabalhador contratado É o produto marginal do último trabalhador empregado que estabelece o salário natural recebido pelos trabalhadores 100c Quantidade anual para a subsistência da família em unidades físicas c é a centésima parte deste montante Anualmente é produzido por cada família um excedente de 10c O Salário anual em trigo é a y no qual a é o nível de subsistência e y o excedente que pode ser acumulado ano a ano q capital para explorar a terra por conta própria expresso em unidades do produto anual da família O salário e o juro na orla periférica determinam o salário e o juro em todo o sistema Demonstração Capital k para explorar a nova terra k qay q está em unidades do trigo anual da família ay p ay qayz z p ayqay Max zy Críticas Resultado pouco convincente mas representa importante etapa na evolução das teorias de salário O modelo é errôneo com excesso de abstração mas ele é bastante inovador e sofisticado para a época O salário já não depende apenas do nível de subsistência a como nos clássicos e há agora a ligação do salário com o produto anual médio O modelo expressa a unidade de capital em salário anual como se todos os itens de custo se resumissem a salário O modelo maximiza o retorno do excedente anual zy mas deveria levar em conta todo o capital acumulado até um certo ano MARGINALISTASNEOCLÁSSICO Ênfase na Microeconomia CONTEXTO ECONÔMICO 18401873 rápida expansão na Europa e Estados Unidos surto do crescimento industrial Concentração de capital eliminação dos concorrentes pequenos e fracos economicamente mercados imperfeitos cartéis trustes e fusões Mudanças revolucionárias nos transportes e comunicações concentração industrial atendimento de mercados cada vez mais amplos por pequeno número de firmas gigantescas surgimento das sociedades anônimas como meio de controlar grandes volumes de capital América do Norte e Europa desenvolvimento do mercado financeiro grande e bem organizado de forma a canalizar os recursos para as grandes sociedades anônimas SA 1870 Surgimento de nova forma de capitalismo Relações sociais na nova forma do capitalismo Nas grandes empresas as relações sociais assumiam uma forma hierárquica e burocrática organizações sociais piramidais topo da pirâmide donos ou administradores controle econômico e administrativo por meio de métodos científicos administração científica e sistema de controle contabilidade O objetivo dos capitalistas permanecia inalterado maximização do lucro e a acumulação de mais capital Neste contexto histórico mercado imperfeito abandono da mão invisível da Adam Smith e da análise de uma economia composta por várias pequenas empresas não influências destas empresas sobre o mercado Na economia competitiva mercado perfeito os atos dos produtores firmas estavam submetidos às leis do mercado tomadores de preços MERCADO AUTORREGULADOR CONTEXTO ECONÔMICO CONTEXTO ECONÔMICO Em 1870 tendência da concentração econômica do capitalismo empresarial instigou a publicação de três obras Teoria de Economia Política William Stanley Jevons Princípios de Economia e Economia Política Carl Menger e Elementos de Economia Política Pura Léon Walrás Estes autores deram prosseguimento à perspectiva individualista e utilitarista de Say solucionando o paradoxo da água e do diamante que levou Smith a concluir que não haveria uma relação direta entre utilidade e valor de troca Segundo estes autores o determinante do valor de troca é a utilidade teoria do valor utilidade Walrás amplia o conceito de equilíbrio econômico equilíbrio parcial versus equilíbrio geral de Walrás essa revolução no pensamento econômico cria a separação entre a economia clássica antiquada e a economia neoclássica moderna e científica CONTEXTO ECONÔMICO 3 2 5 O significado do Marginalismo introduzido na teoria econômica dá um rigor lógico e matemático na teoria econômica A noção de Utilidade marginal decrescente permitiu mostrar como a utilidade determinava os valores O marginalismo permitiu que a visão utilitarista da natureza humana que era considerada somente uma maximização racional e calculista da utilidade fosse formulada em termos de cálculo diferencial emprego da matemática PARA JEVONS Erro dos Economistas Incapacidade de distinguir a UTILIDADE TOTAL extraída por uma pessoa através do consumo e o grau final de Utilidade UTIL MARGINAL extraído pelo consumidor até o último incremento desta mercadoria UTILIDADE MARGINAL ANÁLISE BÁSICO DA DECRESCENTE ESCOLA NEOCLÁSSICA Portanto Utilidade dependia da quantidade consumida UT f Q onde UMg f Q Utilidade Máxima Umg O LEI DA UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE DE JEVONS Antes do Utilitarismo Um indivíduo comprava e vendia desde que o que comprasse lhe desse mais utilidade que a utilidade perdida com o que estivesse vendendo Livre troca Harmonização dos interesses PJevons Formulação matemática UT E Umg A natureza da riqueza e do valor é explicada pela consideração de quantidades infinitamente pequenas de prazer e de dor Todos os autores sobre economia tem que ser matemáticos para poder ser científicos JEVONS demonstrou que os consumidores faziam em suas trocas uma vez conhecidos os preços para maximizar suas utilidades marginais LIMITAÇÃO DA ANÁLISE Comparações interpessoais da utilidade da riqueza eram impossíveis por que o prazer era uma experiência puramente subjetiva e pessoal Toda pessoa é uma incógnita para outra pessoa e não parece haver um denominador comum História do Pensamento Econômico Uma perspectiva crítica Hunt e Laustzenheiser 2013 Capítulo 10 O Triunfo do Utilitarismo A economia de Jevons Menger e Walras 3 3 1 O TRIUNFO DO UTILITARISMO A economia de Jevons A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS 33 3 Ponto de referência da teoria de Jevons Utilidade as ideias de Bentham Para Jevons o Utilitarismo era a única base teórica possível para a econômica científica mas discordava que o valor depende inteiramente da utilidade valor este referese ao valor de troca ou preço e não o trabalho incorporado a uma mercadoria Ricardo Jevons não discute as relações sociais entre as pessoas superioridade ou inferioridade apenas cita 2 características que as define como agentes econômicos 1ª característica era que os indivíduos extraíam utilidade do consumo de mercadorias qualquer coisa que um individuo deseje esta deve ser vista por ele como possuidora de utilidade A TEORIA DA UTILIDADE E DA TROCA DE JEVONS 33 4 2ª característica as pessoas são maximizadoras racionais e calculistas O comportamento de maximização racional e calculista era o único elemento da ação humana a ser estudo em economia satisfazer as nossas necessidades ao máximo possível com o mínimo de esforço maximizar o prazer Extração da utilidade do consumo de mercadorias o erro dos economistas estavam na incapacidade de distinguirem a Utilidade Total extraída do consumo de certa quantidade de mercadoria e o grau final de utilidadeutilidade marginal extraído pelo consumidor até o último consumo dessa mercadoria Embora muitas vezes fosse verdade que a Utilidade Total UT poderia continuar aumentando à medida que fosse consumida uma quantidade maior de mercadoria o grau final de utilidade acabaria diminuindo com o aumento da quantidade consumida EQUILÍBRIO DE JEVONS ENTRE O ESFORÇO DO TRABALHO E O PRAZER DOS GANHOS LEI DA UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE DE JEVONS UT Ux Uy Custos Px X Py Y Py 340 Px y x Py y x y y x X y x UM UM ƛ UM UM ƛ P 0 Y ƛ UM UT X UT UT U U ƛ P X P Y y x UM ƛ P 0 Px A teoria da Utilidade e da troca de Jevons A FUNÇÃO UTILIDADE Utilidade U U1 X1 X2 Δ X Δ U Δ X Δ U X3 X4 Δ X Δ U U4 U3 U2 Quantidade do bem Bens X1 X2 X3 X4 Xn UT U1 U2 U3 U4 Un Umg ΔU ΔX ΔU1 ΔX1 ΔU 2 ΔX 2 ΔU3 ΔX 3 ΔU 4 ΔX 4 ΔUn ΔX n 34 1 Quando o bem aumenta X A utilidade total UT aumenta A utilidade marginal Umg diminui Quando o bem diminui X A utilidade total UT diminui A utilidade marginal Umg aumenta Δ U Comparação entre a utilidade o indivíduo poderia obter utilidade trocando uma parte de y por dá o grau de utilidade adicional obtido do que se abriria mão caso se comprasse ou vendesse mais um dólar da mercadoria x Jevons afirma que doisindivíduos comprariam ou venderiam as troca poisum dólar de x ou de y proporcionaria o mesmo aumento da utilidade total para o indivíduo P y y x UM UM P x UM x Px UM y Py y x UM Py uma parte de x e a troca continua até que UM Px A razão x UM y UM Px Py mercadorias até que as utilidades marginais de cada uma delas variar a ponto de igualar UM x UM y Neste ponto não se poderia mais ocorrer a A teoria da Utilidade e da troca de Jevons venderia Y e compraria X perdendo assim menos utilidade ao desistir de Y do que a utilidade obtida com mais um dólar de X Entretanto à medida que fosse desistindo de y e obtendo x o princípio da utilidade marginal decrescente faria com que a Umy aumentasse e Umx diminuísse até que Neste ponto não poderia obter qualquer ganho adicional com a troca Teria ocorrido o processo inverso porém idêntico se Teóricos anteriores do utilitarismo tinham voluntária um indivíduo comprava ou vendia desde que o que estivesse comprando lhe desse mais utilidade do que a utilidade perdida com que estivesse vendendo defesa da livre troca e que a troca harmoniza os interesses de todos Py Py UM x UMY Px Py UM x UM Y Py Px percebido que na troca 34 4 UMY UM x A teoria da Utilidade e da troca de Jevons 34 5 Formulação matemática da teoria da utilidade e distinção entre utilidade total e utilidade marginal Mostrou como a utilidade marginal determinava os preços e ao fazêlo mostrou como dois agentes de troca chegavam a preços de equilíbrio de duas mercadorias Não possuía uma base teórica apenas demonstrou que os consumidores fazem suas trocas uma vez conhecidos os preços para maximizar suas utilidades individuais Jevons afirma que não é possível comparar utilidades porque o prazer é uma experiência puramente subjetiva e pessoal A suscetibilidade da utilidade de uma pessoa poder ser mil vezes maior do que de outra implica uma incógnita visto que não há denominador comum Contribuições de Jevons 34 6 Todo trabalhador tem de ser considerado como proprietário de terra e capitalista pois ele também é um agente que traz uma parte dos componentes da sua riqueza para tentar conseguir a maior participação na produção que as condições do mercado lhes permitam exigir Quem paga preço alto tem de estar precisando muito do que está comprando ou precisando muito pouco do dinheiro que paga qualquer que seja o caso existe um ganho na troca Ninguém compra a não ser que espere obter uma vantagem com essa compraportanto a perfeita liberdade de troca tende a maximizar a utilidade Teoria do capital de Jevons refutava a conclusão de Ricardo de que a taxa de lucro variava em sentido inverso ao salário o que determinava antagonismo entre capital e trabalho havia era harmonia social no capitalismo Contribuições de Jevons O TRIUNFO DO UTILITARISMO A economia de Menger A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Carl Menger 18401921 Princípios de Economia obra rejeitou o uso de equações matemáticas e expressou suas teorias verbalmente com auxílio de exemplos numéricos tabela numérica para descrever a utilidade total e a utilidade marginal Utilidade marginal da mercadoria II coluna 2 valor correspondente ao número de unidades consumidas 6 unidades da mercadoria II a utilidade marginal da 6ª unidade é 4 A utilidade total é a soma das utilidades marginais 6 unidades da mercadoria II utilidade total de 39 utis 987654 Representação gráfica da relação entre a utilidade total e marginal função contínua unidades das mercadorias podem ser subdivididas Essa relação entre quantidades totais e quantidades marginais sempre está presente na economia neoclássica maximização da utilidade do consumidor 35 0 35 2 Coluna I da tabela expressa a importância para um indivíduo da satisfação da sua necessidade de alimentos essa importância diminui de acordo com o grau de satisfação já atingido e a coluna V expressa a necessidade de fumo A satisfação da necessidade de alimentos até um certo grau de saciedade tem uma importância maior para o indivíduo analisado do que a satisfação de sua necessidade de fumo Alimento e fumo o alimento dá uma satisfação maior do que o fumo até em 4 unidades de alimentos na 5ª unidade de alimentos Umg 6 a utilidade marginal de 6 é igual a utilidade marginal da 1ª unidade de fumo Umg6 o consumo de fumo começa a ter a mesma importância do alimento a partir deste ponto o indivíduo se esforçará para equilibrar a satisfação de sua necessidade de fumo e a satisfação de sua necessidade de alimento A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER O CONCEITO DE MENGER SOBRE A UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE 353 354 A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER 35 6 A explicação de Menger sobre a determinação dos preços com base na oferta e demanda os preços de mercado a curto prazo são determinados com base na oferta e demanda consenso entre todos os economistas Divergência encontrar explicações para a origem da renda da terra lucros e salários Smith e Ricardo origem fora da esfera do preço sendo componentes da distribuição da renda entre as classes sociais e do custo de produção da firma preço natural salários lucros aluguel O equilíbrio ocorre quando preço de mercado preço natural formação de preços sob a perspectiva da teoria do valor trabalho A determinação da renda era independente dos preços A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Perspectiva da utilidade formação de preços determinada pela oferta e demanda explicada pela utilidade Utilidade é o último determinante dos preços dos bens Os preços dos fatores de produção terra trabalho e capital são determinados pela oferta e demanda Oferta de trabalho determinada por cálculos de utilidade trabalho e lazer Demanda de trabalho proprietários demandam mãodeobra de acordo com a produtividade marginal na geração dos bens e pela utilidade obtida pelos consumidores consumo maior utilidade maior consumo maior receita e maior emprego Menger explicou a demanda por bens pela lei da demanda se o preço do bem é superior a utilidade marginal que a maioria dos consumidores poderiam obter então parte dos consumidores conseguiriam mais utilidade ficando com mais dinheiro do que gastando na compra do bem 35 7 A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Queda no preço do bem mais consumidores achariam que a utilidade marginal obtida no consumo do bem tornavase maior do que a utilidade perdida com o gasto do dinheiro desutilidade quando os preços iam declinando a maximização da utilidade exigia que uma quantidade maior do bem fosse comprada Pelo princípio da utilidade marginal decrescente Menger deduziu a lei da demanda Lei da demanda a quantidade de uma mercadoria que as pessoas estavam dispostas a comprar dependia do preço da mercadoria e a quantidade demandada e o preço eram inversamente relacionados 35 8 A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER TEORIA DO VALOR UTILIDADE Preços Q1 Q2 Quantidade do bem Demanda P1 P2 36 2 O produtor resolvia quais quantidades seriam vendidas a cada preço dada a combinação dos desejos de comprare vender ambos provenientes da utilidade isso determinava os preços Monopolistas vendem uma quantidade menor e cobra preços mais altos do que na concorrência perfeita por isso Menger exaltava os benefícios da livre concorrência A produção dos bens finais bens de 1ª ordem necessita de uma combinação de fatores de produção insumos ou bens de ordem superior e o preços dos insumos de acordo com Menger eram determinados pelo valor potencial dos bens finais contrariando a teoria do valor trabalho O preço do insumo refletia seu grau de contribuição na produção não o tempo de trabalho OFERTA SEGUNDO MENGER QUANTIDADE DE BENS PRÉEXISTENTES CONTROLADA PELO VENDEDOR GUIADA PELA MAXIMIZAÇÃO DA UTILIDADE 36 3 Exigência de que os insumos fossem pelo menos em parte substituíveis exame do efeito sobre a produção de um pequeno aumento marginal do insumo teoria da produtividade marginal Os insumos são remunerados pagos de acordo com a sua produtividade Quando cada insumo custava o equivalente ao valor de sua contribuição para produção o valor da produção total seria completamente formado pelos insumos Portanto não haveria qualquer excedente a ser expropriado por qualquer pessoa ou classe A TEORIA DA FORMAÇÃO DOS PREÇOS DOS INSUMOS SEGUNDO A PERSPECTIVA UTILITARISTA 36 4 Menger não via a necessidade de justificar os lucros dizendo que os capitalistas tinham um comportamento de abstinência mas é a harmonia das necessidades de cada família na procura de sua satisfação reflete em sua propriedade bens para satisfação são denominados de propriedades Propriedade não é a quantidade arbitrária de mercadorias e sim um reflexo direto das necessidades Justificativa da existência da propriedade a quantidade de bens disponíveis é menor do que a quantidade de bens necessários para a satisfação das necessidades dos homens recursos limitados e necessidades ilimitadas ou não saciedade Não haveria necessidade de justificar a renda da terra e o lucro segundo Menger pois estes representam o retorno da propriedade da terra e do capital sendo portanto uma renda inevitável e necessária A TEORIA DA UTILIDADE MARGINAL DOS PREÇOS E DA CONTRIBUIÇÃO DA RENDA CARL MENGER Vídeos sobre o Utilitarismo Introdução geral ao utilitarismo ver aqui Video de Michael Sandel sobre o utilitarismo ver aqui Ver depois sem FALTA Um dilema ético ver aqui Sobre a qualidade dos prazeres ver aqui 365 57 O TRIUNFO DO UTILITARISMO A economia de Walrás MARIEÉSPRIT LÉON WALRAS 18341910 Teoricamente todas as incógnitas do problema econômico dependem de todas as equações do equilíbrio econômico Entretanto mesmo do ponto de vista estático e teórico algumas dessas incógnitas podem ser consideradas mais essencialmente dependentes das equações que são com elas introduzidas no problema para as determinar E com mais forte razão ainda temos esse direito quando se passa do ponto de vista estático ao ponto de vista dinâmico e sobretudo do ponto de vista da teoria pura ao ponto de vista da teoria aplicada e ao da prática já que então as variações das incógnitas são quantidades de primeira ou de segunda ordem isto é quantidades nãonegligenciáveis ou negligenciáveis segundo provenham de variações nos dados gerais ou de variações nos dados particulares WALRAS L Compêndio dos Elementos de Economia Política Pura Série Os Economistas São Paulo Editora Nova Cultural 1996 pg 228 Haddad E A Equilíbrio Geral Teoria Pura Teoria Aplicada e Práticas Operacionais São Paulo FEAUSP 2008 Formulação da teoria da utilidade marginal decrescente e da equação que maximiza a utilidade do consumidor por meio da troca Contribuição mais importante para a teoria econômica a teoria do equilíbrio econômico geral multiplicidade de mercados Walrás percebeu que as forças da oferta e da demanda em qualquer mercado dependiam em maior ou menor grau dos preços vigentes em inúmeros outros mercados A demanda de um consumidor por um determinado bem dependia das utilidades marginais obtidas com o consumo de várias quantidades de bens e de seus preços Condição de maximização da utilidade razão entre a utilidade marginal do bem e do seu preço teria que igualar a mesma razão de todos os outros bens A demanda do consumidor por esse bem também dependia dos preços de todos os outros bens de consumo A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS 36 8 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Preços dos bens eram determinados pela oferta e demanda deste bem mas a demanda por qualquer bem era determinada não só pelas utilidades obtidas de todos os consumidores do bem com também pelos preços de todos os bens de consumo determinar os preços dos outros bens para determinar o preço do bem considerado A demanda pelos outros bens e os seus preços dependia do preço do bem em questão TEORIA GERAL DA DETERMINAÇÃO DE PREÇOS Determinação simultânea dos preços com base na utilidade dos consumidores pelas interrelações entre todos os mercados As interrelações no mercado não eram apenas na demanda dos bens mas também na oferta com a demanda e oferta de outros tipos de mercadorias ou nos próprios bens trocados WALRÁS formulação de uma estrutura teórica geral para mostrar através das interrações de todos os mercados todos os preços podiam ser determinados ao mesmo tempo 36 9 Requisito da teoria do equilíbrio geral era que o número de variáveis desconhecidas fosse igual ao número de equações independentes a serem usadas na determinação das variáveis Sistema de equações simultâneas solução única análise do equilíbrio geral na economia Diferença entre a teoria do equilíbrio geral e a teoria do equilíbrio parcial Equilíbrio Geral procura explicar todos os preços e quantidades trocadas em uma economia como um todo no período de tempo León Walrás Equilíbrio Parcial considera todos os preços e quantidades trocados como dados analisa apena um produto mantendo os demais constantes Alfred Marshall 37 0 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Equilíbrio Geral de Walrás todos os preços e as quantidades trocadas deveriam ser explicados preços e quantidades variáveis dependentes e a forma exata das equações refletia a verdadeira relação econômica que Walrás julgava existir entre as características dadas pelo meio socioeconômico variáveis independentes e os preços e quantidades trocadas no mercado variáveis dependentes Meio socioeconômico capitalismo concorrencial proprietários de terra trabalhadores e capitalistas mercado de fatores de produção terra capital e trabalho oferta de trabalhoserviços Mercado de produtos finais consumidores demanda pelos produtos nesse mercado o elemento mais importante para Walrás era os desejos subjetivos dos agentes econômicos curvas de utilidade marginais 37 1 Fatores importantes na teoria de Walrás a lei de propriedade e a distribuição da renda correta b economia constituída por firmas pequenas e relativamente sem poder concorrência perfeita c Pressuposto da mensuração das curvas de utilidade marginal dos indivíduos utilidade fixa e não considerava modificações no decorrer do tempo Walrás ideias utilistarista os preços de equilíbrio refletiam com exatidão as necessidades ou utilidades das pessoas maximizando com isso a satisfação humana 37 2 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS LEI DE WALRAS PROVA QUE SE TODOS OS MERCADOS MENOS UM 1 ESTIVEREM EM EQUILÍBRIO O ÚLTIMO MERCADO TAMBÉM TERÁ DE ESTAR EM EQUILÍBRIO ISSO SIGNIFICA QUE UMA DAS EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO DE WALRAS NÃO ERA UMA EQUAÇÃO INDEPENDENTE PORQUE SE TODA AS DEMAIS EQUAÇÕES FOSSEM RESOLVIDAS AO MESMO TEMPO ELA TAMBÉM SERIA AUTOMATICAMENTE RESOLVIDA A LEI DE WALRAS É NA REALIDADE UMA IDENTIDADE DE DEFINIÇÃO A TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS 37 8 4 CONJUNTOS DE EQUAÇÕES QUE WALRÁS DESENVOLVEU PARA SOLUCIONAR OS VALORES DAS VARIÁVEIS DEPENDENTES 1º conjunto oferta n serviços produtivos dependia dos preços de todos serviços produtivos e de todos bens de consumo n equações relacionando a quantidade oferecida de cada serviço produtivo com todos os preços do sistema A forma matemática específica de cada equação dependia das curvas de utilidade marginal de todos os proprietários de serviços produtivos O conjunto dos mn1 preços permite fazer os cálculos da utilidade e decidir a quantidade vendida dos bens de serviços para comprar os bens de consumo maximizar utilidade uma equação independente relacionando as quantidades oferecidas dos n fatores serviços de produção a todos os possíveis conjuntos de preços 2º conjunto demanda m bens de consumo depende de todos os mn1 preços Temos m equações 3º conjunto economia em equilíbrio demanda igual a oferta pleno emprego dos recursos como condição de equilíbrio equação da igualdade de demanda e oferta para os n serviços produtivos 4º conjunto de equações de Walrás concorrência perfeita preço de cada bem de consumo igual ao seu custo de produção O custo de produção dependeria dos coeficientes técnicos de produção e do preços dos serviços produtivos Walrás tinha um sistema de equações 2m 2n equações m do 2º conjunto e do 4º conjunto de equações e n equações do 1º e do 3º conjunto para resolver a solução de 2m 2n 1 incógnitas Lei de Walrás 37 9 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A lei de Walras é uma consequência da definição de oferta e demanda porque em um determinado conjunto de preços a vontade de troca implica em termos definição a vontade de adquirir algo àqueles preços demanda desistindo de algo oferta do mesmo valor Lei de Walrás e lei de Say Lei de Say implica que haja uma demanda por todas as novas mercadorias produzidas o que não é decorrência da lei de Walrás A oferta cria sua própria demanda Say oferta é principal Walrás a demanda é principal oferta é consequência da demanda As pessoas poderiam produzir a fim de trocar essa produção por quantidade limitada de bens já existentes por exemplo a moeda 38 0 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Lei de Say pode não haver tanta moeda quanto as pessoas queiram considerando o conjunto de preços em vigor Nesse caso haveria um excesso de oferta de produtos equivalente a uma demanda excessiva por moeda Haveria uma superprodução geral de mercadorias No entanto a lei de Walrás é válida Em qualquer conjunto de preços a lei de Walrás é válida mesmo quando todos os mercados estejam individualmente em desequilíbrio Pela definição a lei de Walrás prova que em qualquer desequilíbrio o total do excesso de demanda demanda oferta tem de ser exatamente igual ao total do excesso de oferta em todos os mercados em que a oferta seja maior que a demanda 38 1 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Lei de Walras A demanda ou a oferta efetiva de uma mercadoria em troca de outra é igual respectivamente ao valor do oferecimento efetivo ou ao valor da demanda da segunda mercadoria multiplicado por seu preço em termos da primeira Na verdade a demanda deveria ser considerada o principal fator e o oferecimento oferta um fato acessório quando duas mercadorias são trocadas Ninguém faz um oferecimento pelo simples fato de fazêlo a razão pela qual se oferece alguma coisa é que não se pode demandar algo sem se oferecer algo O oferecimento é apenas uma consequência da demanda É obvio que a lei de Walras é verdadeira por definição Hunt 2005 p 256 e 257 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A lei dos mercados de Say Say argumentava que ninguém produziria se não quisesse trocar o que produzisse pela produção de outra pessoa Portanto uma oferta cria uma demanda de mesma magnitude Produção abre caminho para produção Hunt 2005 p 130 e 131 Com base nas leis de Walras e de Say mencionadas acima analise a afirmação A lei de Say implica que haja uma demanda por todas as novas mercadorias produzidas o que não é uma decorrência da lei de Walras A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Preços que equilibram a oferta e a demanda da mercadoria a EDa 0 EDa 0 P b1 P b2 Sa fPb1 Sa fPb2 Da fPb2 Da fPb1 Pa1 P a2 Pa1 P a2 EDa 0 A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS As variações de preços reestabeleciam automaticamente o equilíbrio realocação de recursos das indústrias com excesso de oferta para as indústrias com excesso de demanda processo de tâtoment tatear Problemas na solução de Walras para resolver a teoria necessitava da hipótese de concorrência perfeita em que os neoclássicos afirmam que toda firma é tomadora de preços Primeiro os preços são estabelecidos nos mercados e depois as firmas reagem a eles Como se estabelecem os preços Os economistas clássicos não respondiam a questão Walras supõe um leiloeiro leilão que anunciasse todos os preços a todas pessoas A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Mercados bem organizados do ponto de vista da concorrência leiloeiro imaginário anuncia os preços e assim ocorrem as trocas Se esse conjunto de preços não fosse de equilíbrio excesso de demanda e oferta nos mercados o conjunto seguinte de preços anunciados pelo leiloeiro fazer com que os agentes atingissem o equilíbrio em termos de novos preços e corrigir os desequilíbrios cometidos com base nos preços errados anunciados anteriormente O novo conjunto de preço poderia ser de desequilíbrio e isso resultaria em trocas cada vez mais distantes do equilíbrio Walras tinha duas escolhas leiloeiro onisciente Deus sabendo o conjunto de preço de equilíbrio ou um órgão de planejamento central socialista em que o leiloeiro controlava todos os preços e trocas por meio de computadores de alta velocidade O órgão central calculava a demanda e oferta em cada mercado determinando assim um conjunto de preços de equilíbrio A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Equilíbrio geral de Walras variações de preços em qualquer mercado afetam a oferta e a demanda em muito outros mercados O desequilíbrio inicial de um preço em determinado mercado difundiria para muitos mercados e os preços dos demais mercados começavam a variar deslocando os curvas de oferta e demanda Como reestabelecia o equilíbrio Walras evitou solucionar esse problema afirmando que uma variação de preço só teria um efeito primário no mercado da mercadoria afetada Seus efeitos sobre os demais mercados seriam secundários e que esses efeitos secundários seriam menos significativos que os primários se houvesse grande quantidade de mercadorias Discípulos posteriores de Walras mostraram se os efeitos secundários fossem suficientemente pequenos o mercado atingiria o equilíbrio automaticamente A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS Walras pensava concorrência perfeita em que as firmas reagem a situação de excesso de oferta e demanda alterando os preços mas na realidade o mercado já era composto de firmas grandes que controlavam preços excesso de oferta redução da produção e manutenção dos preços estáveis A queda da produção implica diminuição de renda e redução da demanda por outros produtos Se os produtores reagem ao excesso de oferta reduzindo a produção superprodução crise econômica ou depressão A TEORIADO EQUILÍBRIO ECONÔMICO GERAL LEÓN WALRÁS A ESCOLA INGLESA ALFRED MARSHALL A TEORIA DO VALOR OS TRÊS TEOREMAS DA TEORIA DO VALOR A EscoLa NeocLÁssica ALFred MarsHaLL DETERMINAÇÃO DO EQUILÍBRIO DE MARSHALL O SOCIALISMO MARXISTA SOCIALISMO CIENTÍFICO