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Cursos Gerais ·
Introdução à Economia
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Revisão de Literatura TCC Economia - Impactos da Pandemia no Crescimento Econômico e Modelos de Crescimento - Solow, Jones e Outros
Introdução à Economia
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Perguntas de Revisao Economia Regional e Urbana - Preparacao para a Prova
Introdução à Economia
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Introdução à Teoria do Crescimento Econômico
Introdução à Economia
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Referencial Teorico TCC Impactos Economicos da Pandemia 2020-2022
Introdução à Economia
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182
Noções Introdutórias em Economia Regional e Urbana
Introdução à Economia
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Economia Regional e Urbana - Perguntas para Revisao da Prova
Introdução à Economia
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1ª parte Nivelamento básico em Economia Monetária a Moeda significados interpretações teóricas mais relevantes 10 pontos dica percepção voltada à confiança base de análise materiais disponíveis na plataforma Teams b Características relacionadas à OFERTA e DEMANDA por moeda 10 pontos materiais disponíveis no Teams e site BCB c Teorias de Política Monetária principais diferenças no contexto de análise econômica keynesiana monetarista e novoclássica 10 pontos materiais disponíveis no Teams Cardim Carvalho capítulos 810 Temas atuais propostos para o desenvolvimento da leitura e análise em Economia Monetária a Autonomia do Banco Central Independência do Banco Central e a formulação das políticas monetárias fontes BCB cap10 Cardim Carvalho texto base da lei promulgada no Brasil Normas para estruturação do trabalho Entrega em PDF as considerações serão feitas em espaço prédeterminado e fora do texto escrito Fonte Arial 11 Espaçamento 15 Margens superior e esquerda 30 Inferior e direita 20 A estrutura proposta para a análise e discussão deverá contemplar 1 INTRODUÇÃO com a apresentação da ideia do que será elaborado bem como a explicitação do objetivo proposto 2 REVISÃO DE LITERATURA aqui é proposta a fundamentação dos conceitos relacionados ao tema escolhido na literatura própria à disciplinacaráter teórico 3 METODOLOGIA um ou dois parágrafos explicando como o objetivo será discutido de onde vem os dados utilizados se há quadros tabelas gráficos Como será feita a discussão que vem na sequência 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO a parte que trata dos dados informações e questões que permitam explicar e discutir o objetivo proposto na introdução é onde se analisam as informações 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS o que foi apresentado Quais são as ideias essenciais Como foi a experiência de elaborar a pesquisa 6 REFERÊNCIAS obrigatória a menção de cada uma das fontes pesquisadas com os referidos endereços eletrônicos e as datas de acesso A Moeda e o Sistema Inflacionário Introdução O presente trabalho aborda importantes questões da economia desde a moeda as teorias econômicas até a autonomia do Banco Central É uma busca pela compreensão do que é a moeda qual sua importância e como ela afeta na oferta e demanda Além disso são abordadas suas influências na inflação e como uma nação deve agir perante esse problema econômico Também será mostrado como o Banco Central pode agir frente ao mercado controlando a moeda e por conseqüência a inflação No demais são analisadas importantes teorias econômicas responsáveis por guiar o mercado atual com ideias que vão desde o liberalismo estatal até o intervencionismo econômico Ou seja o trabalho vai demonstrar a conjuntura de um sistema monetário e sua relação com o mercado além de possíveis causas e soluções para o processo inflacionário assunto de grande debate no Brasil atual Metodologia Este trabalho utilizouse do método de pesquisa bibliográfica A maior parte da pesquisa fundouse em livros de economia e artigos de importantes revistas Além disso foram utilizados dados encontrados no site oficial do Banco Central do Brasil Ele busca explicar as questões propostas por meio de teorias e análises do mesmo gênero Para Fachin 2000 a pesquisa bibliográfica vai demonstrar um problema ou tema publicado em artigos e livros também tratando das contribuições ou problemas resultantes do determinado assunto sobre a necessidade atual Portanto o método utilizado fazse essencial para qualquer pesquisa Revisão Literária O único responsável pela emissão de moedas no Brasil é o Banco Central do Brasil que o faz de acordo com as políticas monetárias implantadas pelo governo federal que leva em conta a oferta e a demanda do mercado em geral tal qual a variação entre oferta e procura Se a oferta é maior o valor é menor Se a procura é maior o valor é maior Para embasar esta pesquisa citaremos autores como Rossetti 1997 que alerta no início dos mercados e mercadoria sobre a altíssima quantidade de produtos disponíveis nos mercados o que praticamente impossibilitou a prática do escambo bem como menciona os diferentes tipos de metais com os quais eram confeccionadas as moedas para se tornarem duráveis e homogêneas Lopes 2002 que salienta o fato de que as moedas mercadoria não conseguiam atender à todas as funções de uma moeda Hugon 1980 que enfatiza a baixa durabilidade das moedas de troca Smith 1996 que em seus livros A Riqueza das Nações e Princípios da economia argumenta sobre as variações no valor da moeda decorrentes de mudanças na oferta de ouro e prata Ricardo 1996 que expõe a relação entre moeda e comércio internacional desequilíbrios da balança comercial e suas possíveis correções CARVALHO et al 2007 elabora teorias sobre especulação financeira Keynes 1982 na Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda desenvolve uma equação de demanda monetária Friedman 1956 que argumenta que a quantidade demandada de moeda é ainda considerada dependente da renda agregada CHUMVICHITRA 1999 CORAZZA KREMER 2003 Baumol 1952 e Tobin 1958 entre outros autores renomados que serão mencionados ao longo do desenvolvimento deste trabalho e listados ao final Resultados e Discussões 1 Moeda A moeda é uma instituição da economia capitalista correspondente a uma necessidade social Ela é uma convenção costumeiramente associada a um sistema jurídico e a um Estado Nacional Um conjunto de ativos usados para comprar bens e serviços de outras pessoas Seu valor é conforme a taxa de câmbio ou da taxa de inflação Ela é de propriedade do mercado não do Estado leis Ela surge conforme uma necessidade social decorrente da divisão do trabalho Os agentes econômicos mediante as unidades de produção especializaram as unidades de produção e os trabalhadores precisando fazer muitas compras e vendas CARVALHO Cadim Cap 1 Mediante essa necessidade de mercado e da precisão de maior agilidade e rapidez surge a moeda para contrapor o antigo sistema de trocas diretas O antigo sistema era eficaz em sociedades onde vigorava o trabalho familiar sem uma divisão de trabalho Naquele momento as pessoas não precisavam fazer transações pois elas mesmas produziam tudo de sua necessidade realizando trocas somente em caso de excedentes não esperados Entretanto em uma economia monetária as remunerações são feitas por meio de moedas não por trocas de bens ou alimentos Assim os agentes recebem por moeda tem liberdade para adquirir o que e quando desejam Nesse sentido a moeda funciona como um intermediário de trocas e meio de pagamento Também é uma unidade de conta Como forma de pagamento ela facilita as transações Já como unidade de conta ela efetiva os contratos possibilitando a determinação das unidades monetárias que irão liquidar as obrigações Ou seja a moeda é uma forma de quitar obrigações contratuais Em geral é aceita em todas transações São aceitos substitutos semelhantes como o cheque e depósitos a vista em bancos capazes de liquidar obrigações Assim a possibilidade de quitar uma dívida futura toma a mesma força de resolvêla no momento presente Nesse sentido a moeda pode ser uma unidade de reserva de valor Quando um agente recebe recursos monetários ele adquire a capacidade de reter o poder de compra contudo em economias hiperinflacionárias a moeda não consegue exercer este valor Para ser uma moeda física ela precisa ter um custo de estocagem e custo de transação negligenciável Também não pode ser perecível assim como o trigo não pode ser uma moeda por poder perder seu valor com o tempo Ela também deve ser divisível durável difícil de falsificar manuseável e transportável Quando possuí essas características dela está habilitada a exercer suas funções típicas de meio de troca unidade de conta e reserva de valor Ainda assim com o desenvolvimento tecnológico essas características podem variar podendo ser de diferentes formas como cartões magnéticos e de microchips de forma a usar o dinheiro eletrônico 11 Teorias de alguns autores sobre a moeda Para Rossetti 1997 quando começou a ocorrer a divisão do trabalho se iniciaram os sistemas de trocas por escambo Não existia um sistema monetário com as trocas sendo feitas de forma direta Era um sistema complicado pois o portador do produto precisava encontrar alguém interessado naquele produto e com algo de seu interesse Também era necessária a concordância entre os valores de troca dos produtos Assim tornouse necessário atribuir valores às mercadorias surgindose as moedas mercadorias as quais deveriam ser raras tendo portanto maior valor Entretanto para Lopes 2002 mesmo com o avanço com relação as transações diretas as moedas mercadoria não atendem a todas finalidades de uma moeda Não havia a possibilidade de reserva de valor devido sua baixa durabilidade indivisibilidade e difícil transporte Mediante a esse problema foram desenvolvidos os sistemas monetários baseados em metais Essa moeda teve grande importância no período mercantil meados do séc XV a XVII Ainda assim Lopes afirma que o transporte de ouro e prata não era fácil tendo surgido as primeiras moedas com seu peso e valor inscritos Mediante as evoluções da moeda Knapp desenvolveu sua interpretação determinando que o dinheiro existe quando o Estado escolhe certa unidade de valor determina sua forma física e promulga sua validade Por meio dessa validação o comércio deve aceitalá pois o próprio Estado força sua utilização como meio de pagamento nos setores privados E para o autor a validade proclamada de uma moeda é independente de seu valor substancial 2 Oferta e Demanda Por Moeda 21 Teoria Quantitativa da Moeda A teoria quantitativa da moela relaciona a inflação à oferta de moeda em uma economia A quantidade de moeda disponível determina os níveis de preços e a taxa de crescimento da quantidade de uma moeda guia a taxa de inflação O Banco Central do Brasil é responsável por ofertar a moeda Ele possui literalmente o poder de imprimir dinheiro Ou seja ele tem a propriedade de mudar a oferta de moeda por meio de políticas monetárias Já a demanda é a quantidade de papelmoeda ou em conta corrente almejado pela população A quantidade de papel moeda não é algo fixo tendo algumas variáveis sendo as mais importantes a taxa de juros e o nível de preços em uma economia A primeira é referente ao fato de se os juros forem altos existem maiores incentivos para serem aplicados em títulos públicos Já o segundo trata da necessidade de dinheiro para realizar compras Diante o exposto é necessário abordar a teoria quantitativa da moeda Se por exemplo uma economia tinha a quantidade de moeda e o Banco Central ofertou mais Nessa situação as pessoas teriam mais moeda para consumir mas a produção continua a mesma O resultado é o aumento de preços tendo uma alta demanda de consumo e baixa produção Ou seja a inflação Contudo ela demanda uma quantidade maior de moeda até voltar o equilíbrio da oferta e demanda de moeda Logo a quantidade de moeda disponível vai guiar seu valor Teoria Quantitativa da Moeda MVPY M Quantidade de Moeda V Velocidade de circulação da moeda P nível absoluto de preços Y quantidade de produtos Ademais a oferta e a demanda determinam os preços do mercado A oferta é a quantidade de produto ou serviço disponível no mercado A demanda é a busca pelos produtos Assim se um produto tiver baixa oferta e tiver demanda seu valor será maior Esse aumento não tem relação com o custo ou margem de lucro mas sim com a regra da oferta e procura Sendo o funcionamento o seguinte Mais demanda que oferta Maior o preço Mais oferta que demanda Redução do preço Oferta e demanda em equilíbrio Equilíbrio econômico Sendo assim a oferta e demanda são reféns do mercado Caso sejam feitas mais moedas o poder aquisitivo das pessoas não irá aumentar mas sim a inflação de forma a causar um grave prejuízo econômico para a sociedade 3 Teorias de Política Monetária 31 Keynesianismo John Maynard Keynes foi um adepto ao intervencionismo do Estado na economia com intuito de prevenir crises de demanda efetiva reféns às forças de mercado Para ele as economias capitalistas são monetárias de produção Ou seja a moeda não age apenas como uma forma de troca mas tem poder de comandar a riqueza social podendo liquidar transações a vista ou futuras Keynes afirmava que o problema das flutuações eram decorrentes de uma economia monetária é essencialmente uma economia em que mudanças de pontos de vista sobre o futuro são capazes de influenciar o volume de emprego 1964 4 grifos inseridos Para solucionar tal fato determinou a influencia do Estado orientando sobre a propensão a consumir seja por meio de tributos fixação de taxa de juros ou outras medidas A principal idéia do economista é um Estado absoluto e fortemente atuante na economia Ainda assim era um capitalista a favor da iniciativa privada Sua teoria foi desenvolvida em meados de 1930 após a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 ou seja durante a maior crise financeira do mundo Nesse momento a economia sofria uma recessão tendo como foco o desemprego e a falta de confiança para investir Logo a economia keynesiana veio contrapor esse momento afirmando a necessidade de criar uma demanda artificial para romper o ciclo vicioso da década de 30 Diante o exposto são bases do keynesianismo o maior foco para a demanda em relação à oferta ação anticíclica do Estado e a criação de mecanismos de bem estar social Ele também defendia o papel do Estado para alcançar o Pleno Emprego o desemprego estar na faixa de normalidade Sua teoria foi base para o New Deal programa dos EUA para estimular a economia no período pós crise de 29 32 Monetarismo O Monetarismo é uma teoria responsável por enfatizar o papel de política monetária para a estabilidade macroeconômica da economia de mercado por meio da alteração da oferta de moeda e outros meios de pagamento A primeira hipótese dessa teoria é da demanda por moeda ser insensível a taxa de juros Ela é contra a idéia de Keynes o qual entende a taxa de juros responsável por alterar a demanda por moeda a partir da especulação Ou seja a moeda é um meio de pagamento no qual a demanda é em função do produto e do nível de preços A desincronização entre a oferta nominal de moeda e produto causa a variação no nível de preços Nesse sentido a velocidade da moeda e os preços são rígidos em curto prazo com um possível aumento na oferta monetária resulta em um aumento no produto a curto prazo Em longo prazo a política monetária expansionista é causadora de inflação Os monetaristas entendem que não há espaço de manobra para alcançar efeitos expansivos na demanda pela via monetária 33 Neoclássica A corrente neoclássica trás uma reconciliação entre as correntes clássica e keynesiana a partir de uma releitura das ideias de Keynes Ela busca uma estrutura analítica abandonando as divergências entre as duas escolas considerando a oferta e a elasticidade da demanda de moeda às variações das taxas de juros A demanda da moeda deve ser formulada de forma a incorporar a armadilha da liquidez Nesse sentido com a flexibilização de preços e salários o nível de produção será capaz de caminhar em direção ao Pleno Emprego A economia neoclássica designa diversas correntes de pensamento econômico responsáveis por estudar a formação dos preços a produção e a distribuição da renda por meio da oferta e demanda dos Estados Os adeptos a essa teoria podem ser divididos em grupos como a escola Walrasiana a escola de Chicago e a escola Austríaca Como já citado os modelos macroeconômicos tem fortes influências do pensamento keynesiano Ela adota teorias de maximização de funções em função da renda ou dos custos de indivíduos ou firmas considerando os fatores de produção além das informações disponíveis no mercado Suas principais características são o foco na prática da administração a reafirmação dos postulados clássicos a ênfase nos princípios gerais de administração a ênfase nos objetivos e nos resultados e o ecletismo nos conceitos Ênfase na departamentalização Ela compreende as pessoas com expectativas racionais de forma a maximizar sua utilidade Os economistas dessa corrente acreditam no equilíbrio constante do mercado com a concentração da macroeconomia no crescimento dos fatores de oferta e na influência da oferta monetária sobre os níveis de preço 4 Autonomia do Banco Central e a formulação das políticas monetárias O Banco Central tem sua autonomia ligada a possibilidade de tomar e manter decisões tendo a liberdade de escolher sua forma de atuação para atingir as metas e objetivos Nesse sentido existem três hipóteses a Independência Total o banco pode definir suas metas e objetivos e suas decisões não podem ser contrapostas por governantes Ele também define como irá agir para alcançar as metas b Independência Operacional o banco tem pode escolher a forma de atuação para atingir metas e objetivos que lhe foram impostos de forma externa pela sociedade Poder Legislativo Poder Executivo As decisões não podem ser contrapostas por governantes c Dependência o banco não tem liberdade de definir suas atuações Atualmente o maior exemplo de banco com independência é o Banco Central Europeu Essa liberdade é importante mediante a falta de imediatismo das decisões políticas acerca da produção e inflação O Banco Central conforme a política monetária precisa de um horizonte do longo prazo Nesse contexto os processos de desinflações possuem um custo inicial e tem um lento retorno Além disso a autonomia do Banco é necessária para o controle da inflação Conforme estudos empíricos apresentados no próprio site do Banco do Brasil os países industrializados com Bancos Centrais de maior autonomia têm um índice médio de inflação mais baixo Ou seja essa autonomia aumenta em 50 as chances de inflação manterse baixa Banqueiros centrais e economistas qualificam a independência dos bancos centrais como de grande importância para se estabelecer e manter a credibilidade Blinder 2000 Também nos países emergentes em desenvolvimento o aumento no grau de autonomia dos BCs nos anos de 1992 a 2003 foi um dos fatores resultantes da redução na taxa de inflação do período sendo possível a redução do financiamento dos déficits fiscais do governo Ademais o debate acerca do tema da autonomia de BC começou no século XX com relações com a execução da política monetária Contudo em termos gerais não significa que o próprio Banco define seus objetivos Muitos dos objetivos são definidos externamente com a possibilidade do BC de definir como atingilos conforme seu grau de liberdade de Autonomia Monetária Ou seja sua independência é de instrumentos não de objetivos O processo de autonomia do Banco Central costuma envolver três estágios estabelecimento de um marco legal para a autonomia desenvolvimento da autonomia operacional e aprofundamento da autonomia política Quando ele exerce sua autonomia deve sujeitarse a questões de responsabilização e governança Esse Banco mais autônomo vai ter uma limitação de objetivos e funções metas precisas e específicas uma base estatutária para autonomia garantias institucionais pelo Executivo uma diretoria financiamento de suas atividades e formas de controle externo Esse Banco Central autônomo tem alguns objetivos específicos como salvaguardar a moeda BCE e buscar preços estáveis FED No Brasil o Sistema de Metas para Inflação foi um dos objetivos do BCB Além disso são características dos BCs autônomos a irreversibilidade de decisões a política monetária a longo prazo a responsabilidade formal na condução da política monetária Tratandose do território nacional a Constituição Federal de 1988 estabelece a competência do Congresso Nacional mediante a sanção do Presidente da República a dispor acerca de matéria financeira cambial e monetária instituições financeiras e suas operações e moeda seus limites de emissão e o montante da dívida mobiliária federal Ou seja o BCB tem independência frente ao Executivo e para definir taxas e juros Entretanto existem algumas vedações O BCB não pode conceder empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira conforme colocado constitucionalmente Ele também só poderá comprar títulos com intuito de política monetária Com relação às liberdades do Banco Central do Brasil ele tem o monopólio de emissão monetária Também ele executa a condução da política cambial a administração das reservas internacionais e as demais atribuições na área externa sob a responsabilidade do Conselho Monetário Nacional Esse Banco não tem positivado em lei sua autonomia Contudo na prática ele opera com autonomia desde meados de 1990 após sua atuação para estabilizar a inflação Ainda assim seu presidente é nomeado pelo Presidente da República mediante aprovação do Senado Federal a demissão pode ser feita ad nutum O Banco central deve ter sua integridade financeira Isso o protege de influências governamentais por meio de direcionamentos das despesas ou procedimentos para apropriação de seus recursos Nessa autonomia financeira o Banco pode ajustar salários podendo atrair e manter profissionais de alto nível conforme suas necessidades Com relação ao orçamento institucional ele é elaborado pelo próprio BC mas tem de ser homologado pelo Congresso Nacional Já o orçamento operacional de receitas e Encargos de Operações de Autoridade Monetária é aprovado pelo CMN Ainda assim existe um controle externo nas contas do BCB Ele deve prestar contas mesmo tendo autonomia e independência Isso garante o uso eficiente da autonomia delegada ao Banco No Brasil a fiscalização feita pelo CN com participação do Tribunal de Contas da União A Secretaria do Executivo faz o controle interno Além disso o Presidente do BCB comparece regularmente ao Congresso Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal para prestar contas 5 Políticas Monetárias A política monetária tratase de medidas adotadas pelo governo visando controlar a oferta da moeda na economia a liquidez Ela pode impactar na inflação e na taxa de juros do país Sua importância reside na possibilidade do Estado gerir a economia sendo uma forma de conter e superar crises Mas se não for bem utilizada pode causar crises O principal objetivo dessa política é controlar a inflação utilizandose de metas Para um ano é fixada uma meta para a inflação devendo ser cumprida com o uso dos instrumentos de política monetária pelo Banco Central A Política Monetária pode ser Restritiva ou Expansionista A primeira ocorre quando o país está em um período de crescimento porém sem controle de sua inflação tendo de adotar uma política restritiva para controlar a disponibilidade de moeda na economia A tendência é a redução do consumo por meio do aumento das taxas de juros O governo tenta reduzir a disponibilidade de dinheiro aumentando os depósitos compulsórios sendo mais restritivo quanto aos redescontos cobrando taxas maiores ou reduzindo os prazos Já a política monetária expansionista tem função quando a economia está em um momento de recessão sendo necessário estimular seu crescimento No Brasil devido a sua volatilidade econômica há uma oscilação entre políticas expansionistas e restritivas Como entre os anos de 2016 e 2018 tendo essa variação das políticas De 2014 a 2016 o país teve uma alta na inflação Por meio das políticas monetárias foi possível controlar a inflação visto que em 2017 sua taxa ficou abaixo dos 3 A partir do final de 2016 o país começou uma política expansionista com a taxa Selic sendo a mais baixa da história brasileira voltando a subir somente em 2021 Os principais instrumentos de política monetária são três Dentre eles o open market trata de um mercado mais aberto com a possibilidade dos bancos realizarem operações de compra e venda de títulos públicos federais Há uma forte atuação do Banco central gerando impactos a curto prazo Outro é a taxa de redesconto sendo um empréstimo do Banco Central para as instituições financeiras Se as instituições estiverem em baixa liquidez o BC poderá ter caráter punitivo cobrando taxas acima do mercado E por fim o depósito compulsório sendo um recolhimento pelos bancos seguindo uma política do Banco Central de um percentual dos valores depositados Ou seja é uma taxa que os bancos pagam ao BC responsável por limitar a quantidade de recurso disponível para os bancos fornecerem Conclusão A moeda tem uma grande relação com os problemas econômicos de uma nação Ela é de responsabilidade do Banco Central o qual pode imprimir o dinheiro e afetar as ofertas de moeda por meio de políticas monetárias O BC precisa ter sua autonomia para poder atuar de forma a controlar a economia do país Ele age através de políticas monetárias para controlar a inflação Ainda assim essa questão pode variar conforma a oferta e demanda do mercado Perante os estudos acerca da moeda e sua interação no mercado percebese que não existe uma atuação solitária de nenhuma instituição A oferta e a demanda o Banco Central e a moeda estão correlacionados O mercado não pode agir sozinho precisando ser regulado para não causar desequilíbrios na inflação Portanto o maior entendimento a ser extraído é da necessidade de intervenções econômicas vindas do governo do Banco Central ou da própria oferta e demanda para manter o equilíbrio econômico de uma sociedade O capital é feroz e se desequilibrar pode gerar uma alta na inflação questão de grande problema não somente econômico mas também social Referencial Bibliográfico FACHIN O Fundamentos de metodologia 3 ed São Paulo Saraiva 2001 CARVALHO Fernando J Cardim de et al Economia monetária e financeira teoria e política Rio de Janeiro Elsevier 2000 LOPES J do C Economia Monetária 8º Ed São Paulo Atlas 2002 ROSSETTI JP Introdução á Economia 17º Ed São Paulo Atlas 1997 BLINDER A 2000 Central Banking in Theory and Practice MIT Press Cambridge Mass MENDONÇA Mario Jorge Uma análise crítica da teoria quantitativa da moeda Economia Tecnologia Ano 07 Vol 25 AbrilJunho de 2011 Disponível em httpsrevistasufprbrretarticleview2683617801 Acesso em 17 de março de 2022 COELHO André Luiz Cardoso Demanda por moeda no Brasil no período 1996 a 2008 uma estimação em séries temporais Disponível em httpsrepositorioufbabrbitstreamri119641ANDRc38920LUIZ20CARDOSO 20COELHOpdf Acesso em 17 de março de 2022 REIS Thiago Teoria quantitativa da moeda a inflação pelo excesso de oferta de moeda Disponível em httpswwwsunocombrartigosteoriaquantitativadamoeda Acesso em 17 de março de 2022 MESQUITA Márcio Política monetária demanda por moeda Disponível em httpsadministradorescombrartigospoliticamonetariademandapormoeda Acesso em 17 de março de 2022 SCHULTZ Felix Oferta e demanda tudo o que você precisa saber sobre essa lei da economia Disponível em httpsblogbomcontrolecombrofertademanda Acesso em 17 de março de 2022 Teoria Quantitativa da Moeda Disponível em httpsmaisretornocomportaltermostteoria quantitativadamoeda Acesso em 18 de março de 2022 RESENDE André Lara A teoria da política monetária reflexões sobre um percurso sinuoso e inconclusivo Disponível em httpsiepecdgcombrwpcontentuploads2016070725CapAndreLimpopdf Acesso em 18 de março de 2022 TERRA Fábio Henrique Bittes FILHO Fernando Ferrari As políticas econômicas em keynes reflexões para a economia brasileira no período 19952011 Disponível em httpswwwanpecorgbrencontro2012inscricaofilesIi1 d438465bfaa8b2ce2f08060bb4eaa4aepdf Acesso em 18 de março de 2022 REIS Thiago Keynesianismo o que diz essa teoria econômica defendida por Keynes Disponível em httpswwwsunocombrartigoskeynesianismo Acesso em 18 de março de 2022 BERRIEL Thiago Autonomia do Banco Central do Brasil uma agenda necessária Disponível em httpswwwbcbgovbrconteudohomeptbrTextosApresentacoesApresentacacaoDiretor Tiago20AutonomiaBCB24042019pdf Acesso em 18 de março de 2022
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1ª parte Nivelamento básico em Economia Monetária a Moeda significados interpretações teóricas mais relevantes 10 pontos dica percepção voltada à confiança base de análise materiais disponíveis na plataforma Teams b Características relacionadas à OFERTA e DEMANDA por moeda 10 pontos materiais disponíveis no Teams e site BCB c Teorias de Política Monetária principais diferenças no contexto de análise econômica keynesiana monetarista e novoclássica 10 pontos materiais disponíveis no Teams Cardim Carvalho capítulos 810 Temas atuais propostos para o desenvolvimento da leitura e análise em Economia Monetária a Autonomia do Banco Central Independência do Banco Central e a formulação das políticas monetárias fontes BCB cap10 Cardim Carvalho texto base da lei promulgada no Brasil Normas para estruturação do trabalho Entrega em PDF as considerações serão feitas em espaço prédeterminado e fora do texto escrito Fonte Arial 11 Espaçamento 15 Margens superior e esquerda 30 Inferior e direita 20 A estrutura proposta para a análise e discussão deverá contemplar 1 INTRODUÇÃO com a apresentação da ideia do que será elaborado bem como a explicitação do objetivo proposto 2 REVISÃO DE LITERATURA aqui é proposta a fundamentação dos conceitos relacionados ao tema escolhido na literatura própria à disciplinacaráter teórico 3 METODOLOGIA um ou dois parágrafos explicando como o objetivo será discutido de onde vem os dados utilizados se há quadros tabelas gráficos Como será feita a discussão que vem na sequência 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO a parte que trata dos dados informações e questões que permitam explicar e discutir o objetivo proposto na introdução é onde se analisam as informações 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS o que foi apresentado Quais são as ideias essenciais Como foi a experiência de elaborar a pesquisa 6 REFERÊNCIAS obrigatória a menção de cada uma das fontes pesquisadas com os referidos endereços eletrônicos e as datas de acesso A Moeda e o Sistema Inflacionário Introdução O presente trabalho aborda importantes questões da economia desde a moeda as teorias econômicas até a autonomia do Banco Central É uma busca pela compreensão do que é a moeda qual sua importância e como ela afeta na oferta e demanda Além disso são abordadas suas influências na inflação e como uma nação deve agir perante esse problema econômico Também será mostrado como o Banco Central pode agir frente ao mercado controlando a moeda e por conseqüência a inflação No demais são analisadas importantes teorias econômicas responsáveis por guiar o mercado atual com ideias que vão desde o liberalismo estatal até o intervencionismo econômico Ou seja o trabalho vai demonstrar a conjuntura de um sistema monetário e sua relação com o mercado além de possíveis causas e soluções para o processo inflacionário assunto de grande debate no Brasil atual Metodologia Este trabalho utilizouse do método de pesquisa bibliográfica A maior parte da pesquisa fundouse em livros de economia e artigos de importantes revistas Além disso foram utilizados dados encontrados no site oficial do Banco Central do Brasil Ele busca explicar as questões propostas por meio de teorias e análises do mesmo gênero Para Fachin 2000 a pesquisa bibliográfica vai demonstrar um problema ou tema publicado em artigos e livros também tratando das contribuições ou problemas resultantes do determinado assunto sobre a necessidade atual Portanto o método utilizado fazse essencial para qualquer pesquisa Revisão Literária O único responsável pela emissão de moedas no Brasil é o Banco Central do Brasil que o faz de acordo com as políticas monetárias implantadas pelo governo federal que leva em conta a oferta e a demanda do mercado em geral tal qual a variação entre oferta e procura Se a oferta é maior o valor é menor Se a procura é maior o valor é maior Para embasar esta pesquisa citaremos autores como Rossetti 1997 que alerta no início dos mercados e mercadoria sobre a altíssima quantidade de produtos disponíveis nos mercados o que praticamente impossibilitou a prática do escambo bem como menciona os diferentes tipos de metais com os quais eram confeccionadas as moedas para se tornarem duráveis e homogêneas Lopes 2002 que salienta o fato de que as moedas mercadoria não conseguiam atender à todas as funções de uma moeda Hugon 1980 que enfatiza a baixa durabilidade das moedas de troca Smith 1996 que em seus livros A Riqueza das Nações e Princípios da economia argumenta sobre as variações no valor da moeda decorrentes de mudanças na oferta de ouro e prata Ricardo 1996 que expõe a relação entre moeda e comércio internacional desequilíbrios da balança comercial e suas possíveis correções CARVALHO et al 2007 elabora teorias sobre especulação financeira Keynes 1982 na Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda desenvolve uma equação de demanda monetária Friedman 1956 que argumenta que a quantidade demandada de moeda é ainda considerada dependente da renda agregada CHUMVICHITRA 1999 CORAZZA KREMER 2003 Baumol 1952 e Tobin 1958 entre outros autores renomados que serão mencionados ao longo do desenvolvimento deste trabalho e listados ao final Resultados e Discussões 1 Moeda A moeda é uma instituição da economia capitalista correspondente a uma necessidade social Ela é uma convenção costumeiramente associada a um sistema jurídico e a um Estado Nacional Um conjunto de ativos usados para comprar bens e serviços de outras pessoas Seu valor é conforme a taxa de câmbio ou da taxa de inflação Ela é de propriedade do mercado não do Estado leis Ela surge conforme uma necessidade social decorrente da divisão do trabalho Os agentes econômicos mediante as unidades de produção especializaram as unidades de produção e os trabalhadores precisando fazer muitas compras e vendas CARVALHO Cadim Cap 1 Mediante essa necessidade de mercado e da precisão de maior agilidade e rapidez surge a moeda para contrapor o antigo sistema de trocas diretas O antigo sistema era eficaz em sociedades onde vigorava o trabalho familiar sem uma divisão de trabalho Naquele momento as pessoas não precisavam fazer transações pois elas mesmas produziam tudo de sua necessidade realizando trocas somente em caso de excedentes não esperados Entretanto em uma economia monetária as remunerações são feitas por meio de moedas não por trocas de bens ou alimentos Assim os agentes recebem por moeda tem liberdade para adquirir o que e quando desejam Nesse sentido a moeda funciona como um intermediário de trocas e meio de pagamento Também é uma unidade de conta Como forma de pagamento ela facilita as transações Já como unidade de conta ela efetiva os contratos possibilitando a determinação das unidades monetárias que irão liquidar as obrigações Ou seja a moeda é uma forma de quitar obrigações contratuais Em geral é aceita em todas transações São aceitos substitutos semelhantes como o cheque e depósitos a vista em bancos capazes de liquidar obrigações Assim a possibilidade de quitar uma dívida futura toma a mesma força de resolvêla no momento presente Nesse sentido a moeda pode ser uma unidade de reserva de valor Quando um agente recebe recursos monetários ele adquire a capacidade de reter o poder de compra contudo em economias hiperinflacionárias a moeda não consegue exercer este valor Para ser uma moeda física ela precisa ter um custo de estocagem e custo de transação negligenciável Também não pode ser perecível assim como o trigo não pode ser uma moeda por poder perder seu valor com o tempo Ela também deve ser divisível durável difícil de falsificar manuseável e transportável Quando possuí essas características dela está habilitada a exercer suas funções típicas de meio de troca unidade de conta e reserva de valor Ainda assim com o desenvolvimento tecnológico essas características podem variar podendo ser de diferentes formas como cartões magnéticos e de microchips de forma a usar o dinheiro eletrônico 11 Teorias de alguns autores sobre a moeda Para Rossetti 1997 quando começou a ocorrer a divisão do trabalho se iniciaram os sistemas de trocas por escambo Não existia um sistema monetário com as trocas sendo feitas de forma direta Era um sistema complicado pois o portador do produto precisava encontrar alguém interessado naquele produto e com algo de seu interesse Também era necessária a concordância entre os valores de troca dos produtos Assim tornouse necessário atribuir valores às mercadorias surgindose as moedas mercadorias as quais deveriam ser raras tendo portanto maior valor Entretanto para Lopes 2002 mesmo com o avanço com relação as transações diretas as moedas mercadoria não atendem a todas finalidades de uma moeda Não havia a possibilidade de reserva de valor devido sua baixa durabilidade indivisibilidade e difícil transporte Mediante a esse problema foram desenvolvidos os sistemas monetários baseados em metais Essa moeda teve grande importância no período mercantil meados do séc XV a XVII Ainda assim Lopes afirma que o transporte de ouro e prata não era fácil tendo surgido as primeiras moedas com seu peso e valor inscritos Mediante as evoluções da moeda Knapp desenvolveu sua interpretação determinando que o dinheiro existe quando o Estado escolhe certa unidade de valor determina sua forma física e promulga sua validade Por meio dessa validação o comércio deve aceitalá pois o próprio Estado força sua utilização como meio de pagamento nos setores privados E para o autor a validade proclamada de uma moeda é independente de seu valor substancial 2 Oferta e Demanda Por Moeda 21 Teoria Quantitativa da Moeda A teoria quantitativa da moela relaciona a inflação à oferta de moeda em uma economia A quantidade de moeda disponível determina os níveis de preços e a taxa de crescimento da quantidade de uma moeda guia a taxa de inflação O Banco Central do Brasil é responsável por ofertar a moeda Ele possui literalmente o poder de imprimir dinheiro Ou seja ele tem a propriedade de mudar a oferta de moeda por meio de políticas monetárias Já a demanda é a quantidade de papelmoeda ou em conta corrente almejado pela população A quantidade de papel moeda não é algo fixo tendo algumas variáveis sendo as mais importantes a taxa de juros e o nível de preços em uma economia A primeira é referente ao fato de se os juros forem altos existem maiores incentivos para serem aplicados em títulos públicos Já o segundo trata da necessidade de dinheiro para realizar compras Diante o exposto é necessário abordar a teoria quantitativa da moeda Se por exemplo uma economia tinha a quantidade de moeda e o Banco Central ofertou mais Nessa situação as pessoas teriam mais moeda para consumir mas a produção continua a mesma O resultado é o aumento de preços tendo uma alta demanda de consumo e baixa produção Ou seja a inflação Contudo ela demanda uma quantidade maior de moeda até voltar o equilíbrio da oferta e demanda de moeda Logo a quantidade de moeda disponível vai guiar seu valor Teoria Quantitativa da Moeda MVPY M Quantidade de Moeda V Velocidade de circulação da moeda P nível absoluto de preços Y quantidade de produtos Ademais a oferta e a demanda determinam os preços do mercado A oferta é a quantidade de produto ou serviço disponível no mercado A demanda é a busca pelos produtos Assim se um produto tiver baixa oferta e tiver demanda seu valor será maior Esse aumento não tem relação com o custo ou margem de lucro mas sim com a regra da oferta e procura Sendo o funcionamento o seguinte Mais demanda que oferta Maior o preço Mais oferta que demanda Redução do preço Oferta e demanda em equilíbrio Equilíbrio econômico Sendo assim a oferta e demanda são reféns do mercado Caso sejam feitas mais moedas o poder aquisitivo das pessoas não irá aumentar mas sim a inflação de forma a causar um grave prejuízo econômico para a sociedade 3 Teorias de Política Monetária 31 Keynesianismo John Maynard Keynes foi um adepto ao intervencionismo do Estado na economia com intuito de prevenir crises de demanda efetiva reféns às forças de mercado Para ele as economias capitalistas são monetárias de produção Ou seja a moeda não age apenas como uma forma de troca mas tem poder de comandar a riqueza social podendo liquidar transações a vista ou futuras Keynes afirmava que o problema das flutuações eram decorrentes de uma economia monetária é essencialmente uma economia em que mudanças de pontos de vista sobre o futuro são capazes de influenciar o volume de emprego 1964 4 grifos inseridos Para solucionar tal fato determinou a influencia do Estado orientando sobre a propensão a consumir seja por meio de tributos fixação de taxa de juros ou outras medidas A principal idéia do economista é um Estado absoluto e fortemente atuante na economia Ainda assim era um capitalista a favor da iniciativa privada Sua teoria foi desenvolvida em meados de 1930 após a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 ou seja durante a maior crise financeira do mundo Nesse momento a economia sofria uma recessão tendo como foco o desemprego e a falta de confiança para investir Logo a economia keynesiana veio contrapor esse momento afirmando a necessidade de criar uma demanda artificial para romper o ciclo vicioso da década de 30 Diante o exposto são bases do keynesianismo o maior foco para a demanda em relação à oferta ação anticíclica do Estado e a criação de mecanismos de bem estar social Ele também defendia o papel do Estado para alcançar o Pleno Emprego o desemprego estar na faixa de normalidade Sua teoria foi base para o New Deal programa dos EUA para estimular a economia no período pós crise de 29 32 Monetarismo O Monetarismo é uma teoria responsável por enfatizar o papel de política monetária para a estabilidade macroeconômica da economia de mercado por meio da alteração da oferta de moeda e outros meios de pagamento A primeira hipótese dessa teoria é da demanda por moeda ser insensível a taxa de juros Ela é contra a idéia de Keynes o qual entende a taxa de juros responsável por alterar a demanda por moeda a partir da especulação Ou seja a moeda é um meio de pagamento no qual a demanda é em função do produto e do nível de preços A desincronização entre a oferta nominal de moeda e produto causa a variação no nível de preços Nesse sentido a velocidade da moeda e os preços são rígidos em curto prazo com um possível aumento na oferta monetária resulta em um aumento no produto a curto prazo Em longo prazo a política monetária expansionista é causadora de inflação Os monetaristas entendem que não há espaço de manobra para alcançar efeitos expansivos na demanda pela via monetária 33 Neoclássica A corrente neoclássica trás uma reconciliação entre as correntes clássica e keynesiana a partir de uma releitura das ideias de Keynes Ela busca uma estrutura analítica abandonando as divergências entre as duas escolas considerando a oferta e a elasticidade da demanda de moeda às variações das taxas de juros A demanda da moeda deve ser formulada de forma a incorporar a armadilha da liquidez Nesse sentido com a flexibilização de preços e salários o nível de produção será capaz de caminhar em direção ao Pleno Emprego A economia neoclássica designa diversas correntes de pensamento econômico responsáveis por estudar a formação dos preços a produção e a distribuição da renda por meio da oferta e demanda dos Estados Os adeptos a essa teoria podem ser divididos em grupos como a escola Walrasiana a escola de Chicago e a escola Austríaca Como já citado os modelos macroeconômicos tem fortes influências do pensamento keynesiano Ela adota teorias de maximização de funções em função da renda ou dos custos de indivíduos ou firmas considerando os fatores de produção além das informações disponíveis no mercado Suas principais características são o foco na prática da administração a reafirmação dos postulados clássicos a ênfase nos princípios gerais de administração a ênfase nos objetivos e nos resultados e o ecletismo nos conceitos Ênfase na departamentalização Ela compreende as pessoas com expectativas racionais de forma a maximizar sua utilidade Os economistas dessa corrente acreditam no equilíbrio constante do mercado com a concentração da macroeconomia no crescimento dos fatores de oferta e na influência da oferta monetária sobre os níveis de preço 4 Autonomia do Banco Central e a formulação das políticas monetárias O Banco Central tem sua autonomia ligada a possibilidade de tomar e manter decisões tendo a liberdade de escolher sua forma de atuação para atingir as metas e objetivos Nesse sentido existem três hipóteses a Independência Total o banco pode definir suas metas e objetivos e suas decisões não podem ser contrapostas por governantes Ele também define como irá agir para alcançar as metas b Independência Operacional o banco tem pode escolher a forma de atuação para atingir metas e objetivos que lhe foram impostos de forma externa pela sociedade Poder Legislativo Poder Executivo As decisões não podem ser contrapostas por governantes c Dependência o banco não tem liberdade de definir suas atuações Atualmente o maior exemplo de banco com independência é o Banco Central Europeu Essa liberdade é importante mediante a falta de imediatismo das decisões políticas acerca da produção e inflação O Banco Central conforme a política monetária precisa de um horizonte do longo prazo Nesse contexto os processos de desinflações possuem um custo inicial e tem um lento retorno Além disso a autonomia do Banco é necessária para o controle da inflação Conforme estudos empíricos apresentados no próprio site do Banco do Brasil os países industrializados com Bancos Centrais de maior autonomia têm um índice médio de inflação mais baixo Ou seja essa autonomia aumenta em 50 as chances de inflação manterse baixa Banqueiros centrais e economistas qualificam a independência dos bancos centrais como de grande importância para se estabelecer e manter a credibilidade Blinder 2000 Também nos países emergentes em desenvolvimento o aumento no grau de autonomia dos BCs nos anos de 1992 a 2003 foi um dos fatores resultantes da redução na taxa de inflação do período sendo possível a redução do financiamento dos déficits fiscais do governo Ademais o debate acerca do tema da autonomia de BC começou no século XX com relações com a execução da política monetária Contudo em termos gerais não significa que o próprio Banco define seus objetivos Muitos dos objetivos são definidos externamente com a possibilidade do BC de definir como atingilos conforme seu grau de liberdade de Autonomia Monetária Ou seja sua independência é de instrumentos não de objetivos O processo de autonomia do Banco Central costuma envolver três estágios estabelecimento de um marco legal para a autonomia desenvolvimento da autonomia operacional e aprofundamento da autonomia política Quando ele exerce sua autonomia deve sujeitarse a questões de responsabilização e governança Esse Banco mais autônomo vai ter uma limitação de objetivos e funções metas precisas e específicas uma base estatutária para autonomia garantias institucionais pelo Executivo uma diretoria financiamento de suas atividades e formas de controle externo Esse Banco Central autônomo tem alguns objetivos específicos como salvaguardar a moeda BCE e buscar preços estáveis FED No Brasil o Sistema de Metas para Inflação foi um dos objetivos do BCB Além disso são características dos BCs autônomos a irreversibilidade de decisões a política monetária a longo prazo a responsabilidade formal na condução da política monetária Tratandose do território nacional a Constituição Federal de 1988 estabelece a competência do Congresso Nacional mediante a sanção do Presidente da República a dispor acerca de matéria financeira cambial e monetária instituições financeiras e suas operações e moeda seus limites de emissão e o montante da dívida mobiliária federal Ou seja o BCB tem independência frente ao Executivo e para definir taxas e juros Entretanto existem algumas vedações O BCB não pode conceder empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira conforme colocado constitucionalmente Ele também só poderá comprar títulos com intuito de política monetária Com relação às liberdades do Banco Central do Brasil ele tem o monopólio de emissão monetária Também ele executa a condução da política cambial a administração das reservas internacionais e as demais atribuições na área externa sob a responsabilidade do Conselho Monetário Nacional Esse Banco não tem positivado em lei sua autonomia Contudo na prática ele opera com autonomia desde meados de 1990 após sua atuação para estabilizar a inflação Ainda assim seu presidente é nomeado pelo Presidente da República mediante aprovação do Senado Federal a demissão pode ser feita ad nutum O Banco central deve ter sua integridade financeira Isso o protege de influências governamentais por meio de direcionamentos das despesas ou procedimentos para apropriação de seus recursos Nessa autonomia financeira o Banco pode ajustar salários podendo atrair e manter profissionais de alto nível conforme suas necessidades Com relação ao orçamento institucional ele é elaborado pelo próprio BC mas tem de ser homologado pelo Congresso Nacional Já o orçamento operacional de receitas e Encargos de Operações de Autoridade Monetária é aprovado pelo CMN Ainda assim existe um controle externo nas contas do BCB Ele deve prestar contas mesmo tendo autonomia e independência Isso garante o uso eficiente da autonomia delegada ao Banco No Brasil a fiscalização feita pelo CN com participação do Tribunal de Contas da União A Secretaria do Executivo faz o controle interno Além disso o Presidente do BCB comparece regularmente ao Congresso Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal para prestar contas 5 Políticas Monetárias A política monetária tratase de medidas adotadas pelo governo visando controlar a oferta da moeda na economia a liquidez Ela pode impactar na inflação e na taxa de juros do país Sua importância reside na possibilidade do Estado gerir a economia sendo uma forma de conter e superar crises Mas se não for bem utilizada pode causar crises O principal objetivo dessa política é controlar a inflação utilizandose de metas Para um ano é fixada uma meta para a inflação devendo ser cumprida com o uso dos instrumentos de política monetária pelo Banco Central A Política Monetária pode ser Restritiva ou Expansionista A primeira ocorre quando o país está em um período de crescimento porém sem controle de sua inflação tendo de adotar uma política restritiva para controlar a disponibilidade de moeda na economia A tendência é a redução do consumo por meio do aumento das taxas de juros O governo tenta reduzir a disponibilidade de dinheiro aumentando os depósitos compulsórios sendo mais restritivo quanto aos redescontos cobrando taxas maiores ou reduzindo os prazos Já a política monetária expansionista tem função quando a economia está em um momento de recessão sendo necessário estimular seu crescimento No Brasil devido a sua volatilidade econômica há uma oscilação entre políticas expansionistas e restritivas Como entre os anos de 2016 e 2018 tendo essa variação das políticas De 2014 a 2016 o país teve uma alta na inflação Por meio das políticas monetárias foi possível controlar a inflação visto que em 2017 sua taxa ficou abaixo dos 3 A partir do final de 2016 o país começou uma política expansionista com a taxa Selic sendo a mais baixa da história brasileira voltando a subir somente em 2021 Os principais instrumentos de política monetária são três Dentre eles o open market trata de um mercado mais aberto com a possibilidade dos bancos realizarem operações de compra e venda de títulos públicos federais Há uma forte atuação do Banco central gerando impactos a curto prazo Outro é a taxa de redesconto sendo um empréstimo do Banco Central para as instituições financeiras Se as instituições estiverem em baixa liquidez o BC poderá ter caráter punitivo cobrando taxas acima do mercado E por fim o depósito compulsório sendo um recolhimento pelos bancos seguindo uma política do Banco Central de um percentual dos valores depositados Ou seja é uma taxa que os bancos pagam ao BC responsável por limitar a quantidade de recurso disponível para os bancos fornecerem Conclusão A moeda tem uma grande relação com os problemas econômicos de uma nação Ela é de responsabilidade do Banco Central o qual pode imprimir o dinheiro e afetar as ofertas de moeda por meio de políticas monetárias O BC precisa ter sua autonomia para poder atuar de forma a controlar a economia do país Ele age através de políticas monetárias para controlar a inflação Ainda assim essa questão pode variar conforma a oferta e demanda do mercado Perante os estudos acerca da moeda e sua interação no mercado percebese que não existe uma atuação solitária de nenhuma instituição A oferta e a demanda o Banco Central e a moeda estão correlacionados O mercado não pode agir sozinho precisando ser regulado para não causar desequilíbrios na inflação Portanto o maior entendimento a ser extraído é da necessidade de intervenções econômicas vindas do governo do Banco Central ou da própria oferta e demanda para manter o equilíbrio econômico de uma sociedade O capital é feroz e se desequilibrar pode gerar uma alta na inflação questão de grande problema não somente econômico mas também social Referencial Bibliográfico FACHIN O Fundamentos de metodologia 3 ed São Paulo Saraiva 2001 CARVALHO Fernando J Cardim de et al Economia monetária e financeira teoria e política Rio de Janeiro Elsevier 2000 LOPES J do C Economia Monetária 8º Ed São Paulo Atlas 2002 ROSSETTI JP Introdução á Economia 17º Ed São Paulo Atlas 1997 BLINDER A 2000 Central Banking in Theory and Practice MIT Press Cambridge Mass MENDONÇA Mario Jorge Uma análise crítica da teoria quantitativa da moeda Economia Tecnologia Ano 07 Vol 25 AbrilJunho de 2011 Disponível em httpsrevistasufprbrretarticleview2683617801 Acesso em 17 de março de 2022 COELHO André Luiz Cardoso Demanda por moeda no Brasil no período 1996 a 2008 uma 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TERRA Fábio Henrique Bittes FILHO Fernando Ferrari As políticas econômicas em keynes reflexões para a economia brasileira no período 19952011 Disponível em httpswwwanpecorgbrencontro2012inscricaofilesIi1 d438465bfaa8b2ce2f08060bb4eaa4aepdf Acesso em 18 de março de 2022 REIS Thiago Keynesianismo o que diz essa teoria econômica defendida por Keynes Disponível em httpswwwsunocombrartigoskeynesianismo Acesso em 18 de março de 2022 BERRIEL Thiago Autonomia do Banco Central do Brasil uma agenda necessária Disponível em httpswwwbcbgovbrconteudohomeptbrTextosApresentacoesApresentacacaoDiretor Tiago20AutonomiaBCB24042019pdf Acesso em 18 de março de 2022