Análise Conceitual do Orientalismo e Conflitos no Oriente

ORIENTE ORIENTALISMO CONFLITO E GUERRA ANÁLISE CONCEITUAL ANALISAR E DISCUTIR OS CONCEITOS E TIPOS CONFLITO E GUERRA GUERRA REGULARIRREGULAR GUERRA JUSTA CIBERNÉTICA GUERRA LOCAL NACIONAL REGIONAL GLOBAL Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 1 EDWARD W SAID Orientalismo O Oriente como invenção do Ocidente Orientalism can be discussed and analyzed as the corporate institution for dealing with the Orientdealing with it by making statements about it authorizing views of it describing it by teaching it settling it ruling over it in short Orientalism as a Western style for dominating restructuring and having authority over the Orient Edward Said EDWARD WADIE SAID nasceu em Jerusalém na Palestina na época província britânica em 1935 De família árabe cristã rica viveu também no Cairo em 1947 e depois foi estudar nos Estados Unidos em 1951 na cidade Massachusetts No ano de 1978 Edward Said publica sua principal obra intitulada O ORIENTALISMO Em 1988 Said mostrouse a favor da criação de um estado binacional envolvendo Israel Cisjordânia e a Faixa de Gaza no qual judeus e árabes pudessem viver harmonicamente gozando dos mesmos direito ORIENTE E O ORIENTALISMO Com o israelita Daniel Barenboim em 1999 fundou a WestEastern Divan Orchestra cujo principal objetivo era unir músicos israelenses e árabes Em 2002 Said uniuse a Haidar AbdelShafi Ibrahim Dakak e Mustapha Barghouti para desenvolver a criação da Iniciativa Nacional Palestina AlMubadara para tornála uma terceira força política palestina como nova alternativa à Autoridade Nacional Palestina e ao Hamas Edward Said faleceu vítima de leucemia aos 67 anos em Nova Yorque setembro de 2003 ORIENTE E O ORIENTALISMO Edward W Said discute em sua introdução a As questões metodológicas que cercaram a produção de suas obra b Suas motivações escolhas e c As características principais de Orientalismo apresentando como esse humanista como se auto define observa esse fenômeno ocidental chamado orientalismo ORIENTE não apenas como um espaço geográfico mas como uma geografia imaginativa construídarepresentada pelo Ocidente mas precisamente por franceses ingleses e estadunidenses Uma visão que representa o oriental como sendo o exótico o inferior o misterioso o outro que precisa ser dominado Esse conceito pode ser usado em três situações diferentes mas que terminam por se complementarem ORIENTE E O ORIENTALISMO 1Os escritos sobre o oriente 2O estilo de pensamento baseado numa distinção entre o ocidente e o oriente e 3As instituições autorizadas a lidar com o oriente ORIENTE E O ORIENTALISMO O ORIENTE não está apenas adjacente á Europa é também onde estão localizadas as maiores mais ricas e mais antigas colônias europeias a fonte das suas civilizações e línguas seu concorrente cultural e urna das suas mais profundas e recorrentes imagens do Outro O Oriente é parte integrante da civilização e da cultura materiais da Europa O oriente expressa e representa esse papel cultural e até mesmo ideologicamente como um discurso com o apoio de instituições vocabulário erudição imagística doutrina e até burocracia e estilos coloniais SAID 2007 A designação mais prontamente aceita para o orientalismo é académica e com efeito essa etiqueta ainda é adequada em algumas instituições académicas ORIENTE E O ORIENTALISMO ORIENTALISMO PODE SIGNIFICAR DIVERSAS COISAS 1 A designação mais prontamente aceita para o orientalismo é académica e com efeito essa etiqueta ainda é adequada em algumas instituições académicas 2 O orientalismo é um estilo de pensamento baseado em uma distinção ontológica e epistemológica feita entre o Oriente e a maior parte do tempo o Ocidente 3 O terceiro sentido do orientalismo que é algo mais histórica e materialmente definido que qualquer dos outros dois Tomando ofinal do século xv como um ponto de partida grosseiramente definido o orientalismo pode ser discutido e analisado como a instituição organizada para negociar com o Oriente ORIENTE E O ORIENTALISMO O primeiro uso apresentado designa quem escreve pesquisa ou ensina sobre o oriente que é orientalista logo o que produz é orientalismo O segundo remete a um estilo de pensamento baseado numa distinção fundamental feita entre o oriente e o ocidente said 2007 p 29 A terceira utilização desse conceito é voltada para as instituições autorizadas a lidar com o oriente em suma é o estilo ocidental para dominar reestruturar e ter autoridade sobre o oriente ORIENTE E O ORIENTALISMO O Orientalismo tenta mostrar que a cultura europeia ganhou força e identidade ao se contrapor com o Oriente já que as limitações a que se propõe investigar valorizavam as diferenças em detrimentos da semelhanças entre ocidentais e orientais SAID 2007 p 30 ORIENTE E O ORIENTALISMO Além de discutir essas limitações Said reafirma sua ideia que falar em orientalismo é falar como os franceses e britânicos construíram a ideia de Oriente Ora segundo o autor o Oriente não é um fato inerte da natureza Tanto o Oriente como o Ocidente são criações humanas são entidades geográficas mas sobretudo histórico culturais ORIENTE E O ORIENTALISMO O Oriente não é imaginado apenas por desejos de imaginar mas também expressa relações de poder de dominação de graus variados de uma hegemonia complexa estabelecidas do Ocidente para com o Oriente não se deve supor que a estrutura do Orientalismo não passa de uma estrutura de mentiras ou de mitos que simplesmente se dissiparia no ar se a verdade ao seu respeito fosse contada O ORIENTALISMO portanto não é uma visionária fantasia europeia sobre o Oriente mas um corpo elaborado de teorias e práticas em que por muitas gerações temse feito um grande investimento material para a sua manutenção SAID 2007 p 33 ORIENTE E O ORIENTALISMO Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA O alcance do orientalismo Estruturas e reestruturas orientalistas Orientalismo hoje ORIENTE E O ORIENTALISMO ORIENTE E O ORIENTALISMO COMO QUE ISSO AFETA OU INFLUENCIA A FORMAÇÃO DAS ENTIDADES POLÍTICAS NO ORIENTE MÉDIO GUERRA E PAZ PANORAMA DAS GUERRAS E CONFLITOS O MUNDO Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 1 GREGOPERSA 2 Alexandre o Grande 3 Púnicas 4 As invasões barbaras 5 As conquistas Muçulmanas 6 A RECONQUISTA 7221492 7 Normanda 10661071 8 as cruzadas10951291 9 Mongóis 12061281 10 Guerra dos cem anos1337 1521 11 A Conquista do México 1519 1521 12 Trinta anos 16181648 13 Sete anos 17561763 14 A revolução americana 1775 1783 15 Guerras Revolucionarias da França 17921802 16 Napoleônicas 180318015 17 A rebelião Taiping18511864 18 A guerra civil americana1861 1865 19 A 1ª GM 19141918 20 A Guerra Civil Russa 1918 1921 21 A Guerra Civil Chinesa1927 1949 22 A 2ªGM 19391945 23 A guerra ÁrabeIsraelense 19481948 24 A Guerra do Vietnã 19551975 25 A Guerra da URSS contra Afeganistão 19791989 16 GUERRA PERMANENTE Os anos 18891890 foram de júbilo e esperança Uma nova ordem Internacional parecia tomar forma construída a partir do respeito à paz à democracia e aos direitos humanos O momento pareceu tão transformador que muitos pensadores previram nada menos que o advento do fim da Guerra A desilusão no entanto veio com velocidade cruel Os anos seguinte não trouxeram paz e sim uma violência ininterrupta que as potências dominantes descobriram ser infelizmente difícil de conter Rapidamente a expectativa generalizada de fim de guerra deu lugar à igualmente difundida convicção de que uma era de conflito apocalíptico havia começado Bell 2012p13 A PAZ DURA POUCO Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 17 GUERRA É PERMANENTE De fato argumentouse amplamente que para derrotar adversários malignos agora era necessário travar guerras demoradas e de grandes proporções com medidas outrora condenadas como barbaras O curioso dessa descrição é que ela se aplica bem a dois séculos diferentes Mais obviamente para nós aplicase ao período que iniciou em 19891990 Mesmo antes de os alicerces apodrecidos da URSS terminarem de cair por terra cientistas políticos renomados defendiam que o fim das guerras estava próximos Fim da História Bell 2012p1314 A PAZ DURA POUCO Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 18 GUERRA Continuação da política por outros meios Clausewitz A Guerra da 1ª geração tratado de 1648 até 1860 A Guerra de 2ª Geração no período de 1860 à I Guerra Mundial atrito A Guerra de 3ª Geração blindadosde manobra1 GM 31era guerras árabe israelenses Coreia A Guerra de 4ª geração e Guerra Assimétricas QUATRO GERAÇÕES Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 19 PARTE 2 CONFLITO X GUERRA Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 20 CONFLITO E GUERRA CONFLITO Oposição de interesses Luta por valores Status poder ou recursos OBJETIVO neutralizar e prejudicar rivais GUERRA um fenómeno orgânico humano e da civilização Uma disputa entre dois ou mais Estados através de suas forças armadas com o propósito de dominar um ao outro Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 21 CONFLITO A era moderna da classificação de conflitos começou em 1949 com a adoção das quatro Convenções de Genebra Foram definidos quatros categorias de conflitos GUERRA Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 22 QUATRO CATEGORIAS DE CONFLITOS 1 Conflito aramado internacional entre Estados 2 Conflito armado internacional envolvendo movimentos de libertação nacional 3 Conflito armado não internacional entre um Estado e um grupo armado organizado ou entre grupos armados organizados 4 Conflito armado não internacional Fonte Williams2014 Kipré P2011 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 23 GUERRA IRREGULAR Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 24 GUERRA Convencional travada entre exércitos com Estados organizados e estáveis e uma clara separação entre civis e soldados Irregularassimétrica a mais antigas das Guerras forma primitiva de condução da Guerra Guerra Justa Guerra Sujas REGULAR IRREGULAR Fonte Visacro 2009 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 25 GUERRAS IRREGULARES DO SÉCULO XX África e Oriente Médio palcos de campanhas irregulares Revolta árabes 19161918 Tito e a Resistencia na Iugoslávia Vietnam Revolta ChinesaMao e a Guerra popular Fonte Visacro 2009 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 26 GUERRAS IRREGULARES DO SÉCULO XX As Guerra de Argélia 19541962 Palestinos e Israelenses Revolução IslâmicaIrã A resistência afgã 19791989 A revolução Cubana Fonte Visacro 2009 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 27 GUERRA CIVIL GUERRA DE RESISTENCIA Conflito armado de caráter não internacional que envolve segmento distintos de uma sociedade por razoes politicoideológicas religiosas ou étnicas Visacro 2009p223 Conflito armado conduzido por nacionais contra uma força de ocupação estrangeira OBJETIVO Restabelecer as garantias de sobrevivência da população a integridade territorial A unidade política a soberania eou a independência Fonte Visacro 2009 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 28 GUERRA REVOLUCIONARIA Forma peculiar de luta armada que compreende as ações no campo militar de um fenômeno políticosocial bem mais amplo OBJETIVO Conquistar o poder Transformar de forma violenta a ordem vigentes e implantar um novo sistema calcado em preceitos revolucionários Fonte Visacro 2009p224 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 29 INSURREIÇÃO Subversão popular desprovido de motivações ideológicas fundamentada apenas em reivindicações políticas sociais e ou econômicas especificas e limitadas Fonte Visacro 2009 p224 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 30 AMBIENTE FAVORÁVEL Fatores de ordem históricas culturais econômicas e psicológicas determinam a natureza e a amplitude a dinâmica os protagonistas motivações e perspectiva de vitória dos conflitos irregulares Visacro 2009p225 Quais condições favorecem Guerras irregularescivil resistência revolucionarias e insurrecionais Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 31 GUERRA HIBRIDAS Podese cogitar pela existência de um conflito no qual os atores estatais e nãoestatais exploraram todos os modos de guerra simultaneamente empregando armas convencionais avançadas táticas irregulares tecnologias agressivas terrorismo e criminalidade visando desestabilizar a ordem vigente é o que se denomina por Guerra Híbrida FREDERICO ARANHAGuerra Híbrida Breve Ensaio Defesa net Brasília 30 abr 2015 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 32 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 33 Fonte Reis Friede 2019 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 34 PARTE 3 GUERRAS E CONFLITOS A BUSCA DA PAZ Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 35 GUERRA LOCAIS Aqui local referese à relação entre indivíduos e seu contexto político geográfico imediato complexo Estado sociedade de Cox Em termos espaciais este contexto imediato é definido como subestado para separálo da dinâmica de nível nacional Williams 2014p38 tradução nossa Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 36 GUERRA NACIONAIS Nos Estados Frageis como na África e no OM os regimes tem problema de estender efetivamente o poder muito além da capital e de outros locais estratégicos Ora entender as lutas para o controle das instituições do Estado é crucial para entender qualquer política de conflitos Clapham 1996 O lugar para começar a tentar entender qualquer crise política é sempre com o governo no poder A famosa luta pelo poder Fonte Clapham 1996 Williams 2014 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 37 GUERRA REGIONAI A dimensão regional dos conflitos armados constitui um terceiro cenário de guerra Especialmente a disjunção entre os processos de guerra e as fronteiras políticas da África ajudou a partir de uma série de complexos regionais de segurança caracterizados por padrões duradouros de amizade e inimizade assumindo a forma de padrões subglobais e geograficamente coerentes de interdependência de segurança Fonte Williams 2014p4041 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 38 GUERRA GLOBAIS Os processos internacionais têm desempenhado por muito tempo um papel crucial na perpetuação muitas vezes crescente dos conflitos de três maneiras Fonte Williams 2014p4041 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 39 GUERRA GLOBAIS 1 eles afetaram a dinâmica do comportamento dos estados e da guerra civil ao conferir um Estado a algumas entidades e não a outras 2 sustentando modelos particulares de estruturas estatais apropriadas 3 pela difusão de roteiros culturais que informaram e orientaram o comportamento do Estado Fonte Williams 2014p4041 Prof Dr Diallo Mamadou Alpha UNILA 40