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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFALMG Discente Data 16072023 AVALIAÇÃO 2 questão única HISTÓRIA DA AMÉRICA I 3His turma 2022 História Licenciatura Prof Raphael Sebrian QUESTÃO ÚNICA E ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA RESPOSTA A partir dos argumentos apresentados nos textos 3A 3B e 3D dos roteiros de acompanhamento das aulas e das exposições e discussões produzam um texto de no mínimo 1 uma página e de no máximo 4 quatro páginas descontadas as referências bibliográficas obrigatórias em que identifiquem apresentem e expliquem a uma 1 característica fundamental de cada tendência interpretativa sobre a Conquista da América discutida no texto 3D b um 1 elemento que permita compreender de que forma as interpretações propostas por Eduardo Natalino dos Santos nos textos 3A e 3B se relacionam com eou problematizam as tendências interpretativas sobre a Conquista da América discutidas no texto 3D Atenção a questão tem duas partes mas a resposta deve ser elaborada em forma de texto não em itens valor 10050 Observação 1 a avaliação deverá ser realizada em DUPLAS em TRIOS ou em QUARTETOS e a resposta deverá ser entregue ao professor digitada em editor de texto por meio do Google Classroom conforme as normas a seguir obrigatoriamente até o dia 16072023 domingo A versão prévia não obrigatória poderá ser entregue via Google Classroom até no máximo o dia 09072023 domingo A versão prévia deverá ser entregue apenas por uma integrante do grupo a versão definitiva deverá ser entregue por todastodos que componham o grupo Observação 2 os aspectos avaliados na resposta são os seguintes desenvolvimento do tema proposto e encadeamento das ideias A subjetividade neste caso deve estar pautada pela proposta do enunciado Fuga ao tema anulará a resposta Observação 3 a resposta não deve ser composta por cópia de trechos dos textos mas por argumentação a partir dos textos Caso haja cópias nas respostas haverá descontos Podese usar citações desde que estejam devidamente referenciadas conforme as normas ABNT Esforcemse para tornar o texto acadêmico com estrutura bem pensada coerente e coesa e com menções devidamente referenciadas aos autores consultados e utilizados para a formulação dos parágrafos Observação 4 as normas para elaboração da avaliação são fonte Times New Roman tamanho 12 para o texto e 10 para citações recuadas e notas de rodapé página formato A4 margens ABNT 3 cm superior e esquerda 2 cm direita e inferior espaçamento 15 entre linhas e 10 para citações e notas as referências bibliográficas no formato ABNT devem ser apresentadas obrigatoriamente no fim do trabalho Todos os demais elementos devem respeitar o estipulado nas normas ABNT Não é necessário apresentar nenhum tipo de capa ou folha de rosto apenas se deve indicar osas autoresas e o nome da disciplina no início do trabalho Observação 5 é permitida somente a consulta aos textos da disciplina às anotações das aulas e a materiais para estudo elaborados individualmente Não será permitida consulta a outros materiais eou a utilização de tais materiais para a elaboração da avaliação e tal procedimento poderá resultar em anulação da avaliação e em atribuição de nota zero Plágios também resultarão em nota zero Portanto cuidado com o uso de outros materiais Repito qualquer tipo de plágio mesmo que em pequena quantidade resultará na atribuição de nota zero 00 sem direito a recurso Segundo Luís Guilherme Assis Kalil e Luiz Estevam de Oliveira Fernandes 2022 existem diferentes perspectivas históricas sobre a Conquista da América Essas interpretações são influenciadas por eventos políticos e sociais marcando cada uma delas com características que as diferenciam uma das outras A primeira tendência destacada pelos autores é o paradigma Prescott Essa tendência recebeu esse nome em homenagem ao historiador norteamericano Willian Prescott Em sua pesquisa sobre a formação do Império Espanhol no século XVI Prescott analisou o processo de conquista da América e apresentou uma interpretação que marcou uma época Prescott afirmava que os índios não possuíam história baseandose em escritos religiosos espanhóis do século XVI Essa visão retratava os indígenas como seres desprovidos de temporalidade marcados por profecias e superstição vivendo em uma sociedade dominada por sacerdotes Assim a conquista da América pelos europeus representava a vitória da civilização sobre a barbárie No entanto a interpretação de Prescott não foi bem aceita no México Devido à crescente rivalidade entre o país e os Estados Unidos no século XIX uma historiografia com tons nacionalistas enxergou elementos na visão do historiador norteamericano que inferiorizavam os mexicanos Como resultado historiadores como Vicente Riva Palacio e Ignacio Manuel Altamirano iniciaram uma segunda tendência marcada por uma inversão interpretativa Para eles as sociedades americanas caminhavam em direção à formação de nações como o México mas a invasão espanhola interrompeu esse progresso Nessa interpretação o conquistador espanhol Cortez foi tratado como um vilão e a mestiçagem resultante de sua conquista foi apontada como uma marca do embrionário nacionalismo mexicano A terceira tendência apontada pelos autores do capítulo analisado surgiu em meados do século XX Um dos seus grandes expoentes é o livro Visión de los Vencidos escrito por Miguel LeónPortilla Essa obra e a tendência historiográfica se destacam por apresentar uma História vista de baixo na qual a Conquista do México é narrada sem a dependência exclusiva de documentos espanhóis utilizando fontes mestiças ou nativas e dando destaque aos vencidos Além das tendências mencionadas anteriormente Kalil e Fernandes 2022 também discutem tendências mais recentes Primeiramente é interessante notar como a visão dos vencidos mencionada no parágrafo anterior recebeu uma importante contribuição de Tzvetan Todorov Com uma perspectiva antropológica Todorov investigou a Conquista como um 1 processo mais cultural e social do que militar e político expondo as concepções e experiências tanto dos espanhóis quanto dos nativos americanos Outras tendências desenvolvidas no final do século XIX buscam dar mais voz aos nativos Kalil e Fernandes 2022 observam que com o surgimento de movimentos por direitos civis de negros indígenas mulheres e outros grupos houve um interesse crescente pelos personagens envolvidos na Conquista tornando os estudos históricos muito mais complexos e plurais Um exemplo disso é a análise dos africanos no exército de Cortez ou do papel desempenhado pelas mulheres indígenas Outra interpretação que vem ganhando espaço são os estudos relacionados ao conceito de etnogênese Esses estudos buscam entender como o contato entre indígenas e europeus gerou a formação de uma nova sociedade e identidade marcada pela mistura dessas culturas Um interessante exemplo dessa historiografia é a análise das obras produzidas por nativos que ocuparam posições no clero espanhol após a Conquista Eduardo Natalino dos Santos 2011 mostra que com a absorção de indígenas nas fileiras clericais espanholas surgiram obras escritas em castelhano ou até mesmo em línguas nativas que mesclavam e adaptavam a história nativa com concepções cristãs Essas obras caracterizadas por suas concepções históricas e pela mestiçagem cultural e intelectual apresentaram interessantes adaptações feitas por esses autores É importante notar que a própria tradição histórica indígena não pode ser homogeneizada Em outro trabalho Santos 2004 demonstra que existiam diferentes tradições históricas indígenas como a nahua e a inca por exemplo Em conclusão é interessante observar como as tendências históricas citadas por Kalil e Fernandes 2022 mudaram ao longo do tempo em resposta às mudanças contextuais Nesse sentido a obra de Santos 2011 2004 relacionase com essas mudanças na historiografia Conforme observado por Kalil e Fernandes uma das tendências históricas mais influentes do final do século XX é aquela que utiliza o conceito de etnogênese e se preocupa com as misturas e relações culturais e sociais entre indígenas e espanhóis Santos por sua vez em um de seus trabalhos 2011 analisa justamente as adaptações e narrativas presentes nas obras escritas por nativos americanos absorvidos pelo clero espanhol Referências KALIL Luís Guilherme Assis FERNANDES Luiz Estevam de Oliveira As muitas conquistas do México como um mesmo conflito do século XVI foi narrado ao longo do 2 tempo In BARROS José DAssunção A historiografia como fonte histórica Petrópolis Editora Vozes 2022 SANTOS Eduardo Natalino dos As tradições históricas indígenas diante da conquista e colonização da América transformações e continuidades entre nahuas e incas Revista de História v150 n1 2004 157207 História e cosmogonia nativocristã na Nova Espanha e no Peru Chimalpahin Cuauhtlehuanitzin e Guamán Poma de Ayala In AGNOLIN Adone ZERON Carlos Alberto de Moura Ribeiro WISSENBACH Maria Cristina Cortez SOUZA Marina de Mello e Contextos missionários religião e poder no Império Português São Paulo Editora HUCITEC 2011 3
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFALMG Discente Data 16072023 AVALIAÇÃO 2 questão única HISTÓRIA DA AMÉRICA I 3His turma 2022 História Licenciatura Prof Raphael Sebrian QUESTÃO ÚNICA E ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA RESPOSTA A partir dos argumentos apresentados nos textos 3A 3B e 3D dos roteiros de acompanhamento das aulas e das exposições e discussões produzam um texto de no mínimo 1 uma página e de no máximo 4 quatro páginas descontadas as referências bibliográficas obrigatórias em que identifiquem apresentem e expliquem a uma 1 característica fundamental de cada tendência interpretativa sobre a Conquista da América discutida no texto 3D b um 1 elemento que permita compreender de que forma as interpretações propostas por Eduardo Natalino dos Santos nos textos 3A e 3B se relacionam com eou problematizam as tendências interpretativas sobre a Conquista da América discutidas no texto 3D Atenção a questão tem duas partes mas a resposta deve ser elaborada em forma de texto não em itens valor 10050 Observação 1 a avaliação deverá ser realizada em DUPLAS em TRIOS ou em QUARTETOS e a resposta deverá ser entregue ao professor digitada em editor de texto por meio do Google Classroom conforme as normas a seguir obrigatoriamente até o dia 16072023 domingo A versão prévia não obrigatória poderá ser entregue via Google Classroom até no máximo o dia 09072023 domingo A versão prévia deverá ser entregue apenas por uma integrante do grupo a versão definitiva deverá ser entregue por todastodos que componham o grupo Observação 2 os aspectos avaliados na resposta são os seguintes desenvolvimento do tema proposto e encadeamento das ideias A subjetividade neste caso deve estar pautada pela proposta do enunciado Fuga ao tema anulará a resposta Observação 3 a resposta não deve ser composta por cópia de trechos dos textos mas por argumentação a partir dos textos Caso haja cópias nas respostas haverá descontos Podese usar citações desde que estejam devidamente referenciadas conforme as normas ABNT Esforcemse para tornar o texto acadêmico com estrutura bem pensada coerente e coesa e com menções devidamente referenciadas aos autores consultados e utilizados para a formulação dos parágrafos Observação 4 as normas para elaboração da avaliação são fonte Times New Roman tamanho 12 para o texto e 10 para citações recuadas e notas de rodapé página formato A4 margens ABNT 3 cm superior e esquerda 2 cm direita e inferior espaçamento 15 entre linhas e 10 para citações e notas as referências bibliográficas no formato ABNT devem ser apresentadas obrigatoriamente no fim do trabalho Todos os demais elementos devem respeitar o estipulado nas normas ABNT Não é necessário apresentar nenhum tipo de capa ou folha de rosto apenas se deve indicar osas autoresas e o nome da disciplina no início do trabalho Observação 5 é permitida somente a consulta aos textos da disciplina às anotações das aulas e a materiais para estudo elaborados individualmente Não será permitida consulta a outros materiais eou a utilização de tais materiais para a elaboração da avaliação e tal procedimento poderá resultar em anulação da avaliação e em atribuição de nota zero Plágios também resultarão em nota zero Portanto cuidado com o uso de outros materiais Repito qualquer tipo de plágio mesmo que em pequena quantidade resultará na atribuição de nota zero 00 sem direito a recurso Segundo Luís Guilherme Assis Kalil e Luiz Estevam de Oliveira Fernandes 2022 existem diferentes perspectivas históricas sobre a Conquista da América Essas interpretações são influenciadas por eventos políticos e sociais marcando cada uma delas com características que as diferenciam uma das outras A primeira tendência destacada pelos autores é o paradigma Prescott Essa tendência recebeu esse nome em homenagem ao historiador norteamericano Willian Prescott Em sua pesquisa sobre a formação do Império Espanhol no século XVI Prescott analisou o processo de conquista da América e apresentou uma interpretação que marcou uma época Prescott afirmava que os índios não possuíam história baseandose em escritos religiosos espanhóis do século XVI Essa visão retratava os indígenas como seres desprovidos de temporalidade marcados por profecias e superstição vivendo em uma sociedade dominada por sacerdotes Assim a conquista da América pelos europeus representava a vitória da civilização sobre a barbárie No entanto a interpretação de Prescott não foi bem aceita no México Devido à crescente rivalidade entre o país e os Estados Unidos no século XIX uma historiografia com tons nacionalistas enxergou elementos na visão do historiador norteamericano que inferiorizavam os mexicanos Como resultado historiadores como Vicente Riva Palacio e Ignacio Manuel Altamirano iniciaram uma segunda tendência marcada por uma inversão interpretativa Para eles as sociedades americanas caminhavam em direção à formação de nações como o México mas a invasão espanhola interrompeu esse progresso Nessa interpretação o conquistador espanhol Cortez foi tratado como um vilão e a mestiçagem resultante de sua conquista foi apontada como uma marca do embrionário nacionalismo mexicano A terceira tendência apontada pelos autores do capítulo analisado surgiu em meados do século XX Um dos seus grandes expoentes é o livro Visión de los Vencidos escrito por Miguel LeónPortilla Essa obra e a tendência historiográfica se destacam por apresentar uma História vista de baixo na qual a Conquista do México é narrada sem a dependência exclusiva de documentos espanhóis utilizando fontes mestiças ou nativas e dando destaque aos vencidos Além das tendências mencionadas anteriormente Kalil e Fernandes 2022 também discutem tendências mais recentes Primeiramente é interessante notar como a visão dos vencidos mencionada no parágrafo anterior recebeu uma importante contribuição de Tzvetan Todorov Com uma perspectiva antropológica Todorov investigou a Conquista como um 1 processo mais cultural e social do que militar e político expondo as concepções e experiências tanto dos espanhóis quanto dos nativos americanos Outras tendências desenvolvidas no final do século XIX buscam dar mais voz aos nativos Kalil e Fernandes 2022 observam que com o surgimento de movimentos por direitos civis de negros indígenas mulheres e outros grupos houve um interesse crescente pelos personagens envolvidos na Conquista tornando os estudos históricos muito mais complexos e plurais Um exemplo disso é a análise dos africanos no exército de Cortez ou do papel desempenhado pelas mulheres indígenas Outra interpretação que vem ganhando espaço são os estudos relacionados ao conceito de etnogênese Esses estudos buscam entender como o contato entre indígenas e europeus gerou a formação de uma nova sociedade e identidade marcada pela mistura dessas culturas Um interessante exemplo dessa historiografia é a análise das obras produzidas por nativos que ocuparam posições no clero espanhol após a Conquista Eduardo Natalino dos Santos 2011 mostra que com a absorção de indígenas nas fileiras clericais espanholas surgiram obras escritas em castelhano ou até mesmo em línguas nativas que mesclavam e adaptavam a história nativa com concepções cristãs Essas obras caracterizadas por suas concepções históricas e pela mestiçagem cultural e intelectual apresentaram interessantes adaptações feitas por esses autores É importante notar que a própria tradição histórica indígena não pode ser homogeneizada Em outro trabalho Santos 2004 demonstra que existiam diferentes tradições históricas indígenas como a nahua e a inca por exemplo Em conclusão é interessante observar como as tendências históricas citadas por Kalil e Fernandes 2022 mudaram ao longo do tempo em resposta às mudanças contextuais Nesse sentido a obra de Santos 2011 2004 relacionase com essas mudanças na historiografia Conforme observado por Kalil e Fernandes uma das tendências históricas mais influentes do final do século XX é aquela que utiliza o conceito de etnogênese e se preocupa com as misturas e 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