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Engenharia de Produção ·

Fundamentos da Termodinâmica

· 2020/1

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Universidade Federal de Santa Catarina Cursos de Engenharia Mecânica e de Produção Mecânica Departamento de Engenharia Mecânica Centro Tecnológico Unidade 1: 1a lei da termodinâmica Prof. Júlio César Passos Email: julio.passos@ufsc.br Revisada em 1o de dezembro de 2021. PLANO DA AULA • 1a Lei para sistemas fechados • Trabalho de expansão de um meio elástico • Trabalho de expansão de um gás perfeito • Calor específico • Equação de Mayer • Expansão não resistida • 1a Lei para sistemas abertos • Processo de estrangulamento adiabático • 1a Lei para processos em regime uniforme A 1ª Lei para sistemas fechados Consideremos três experimentos simples. 1o Experimento (tanque isolado) 2o Experimento 3o Experimento E  W 2 1 1 2 W E E E     E  Calor, 2 1 1 2 Q E E E     Q E  Calor, Q W 2 1 2 1 1 2 W Q E E E      gás gás gás W Q dE     1a Lei na forma diferencial: A 1ª Lei para sistemas fechados (cont.) 1a Lei, na forma diferencial: E m e /  W Q dU     g z V u e    2 2 1a Lei na forma específica: U m u /  Desprezando-se as variações de energia cinética e energia potencial macroscópicas: u e U E   ; w q du    Q m q /  W m w /  w q de    Representação esquemática Para a energia interna. In: S.R. Turns (2006) Nível microscópico . . . rot vibr trans U U U U    Cinética Cinética Potencial + Cinética O experimento de Joule O experimento de Joule: determinação do equivalente mecânico do calor W dU   termômetro H M 0,84 m x 0,34 m in Joule (1878) Atrito em líquidos Trabalho de expansão de um meio elástico W PdV   P V           2 1 2 1 2 1 2 1 1 2 PdV A Adx F Fdx W W  V1 V2 F gás Processo de expansão (ou compressão) de um meio elástico (gás ou vapor) 1o caso: Cte PV  V Cte P           1 2 1 1 2 1 1 2 ln V V PV V dV Cte W 2 2 1 1 PV PV Cte   sist P P  em equilíbrio! A: área do pistão 2o caso: Processo politrópico de um meio elástico qualquer Processo politrópico (do grego, várias formas) de um gás ou vapor: Substituindo a equação, acima, na eq. do trabalho, ver Slide anterior, e resolvendo a integral, chega-se a: Cte PV n      n n n n P V PV sendo Cte n V Cte V W 2 2 1 1 1 1 1 2 1 2 ; 1                    1 ; ; 1 1 1 1 2 2 ) 1( 1 1 1 ) 1( 2 2 2 1 2               n n com n PV V P n V PV V P V W n n n n Finalmente, substituindo-se as duas expressões para o termo Cte, na equação anterior, chega-se a: 3o caso: Processo de expansão politrópica de um gás perfeito: Cte PV n  1 ; ; 1 1 1 2 2 1 2         n n com n PV P V W 3.1. mRT PV  1 n 3.2. Outras equações equivalentes também podem ser obtidas, ao se substituir a equação de gás perfeito: na equação do trabalho para um processo politrópico, por exemplo:   1 ; ; ) 1( 1 2 1 2          n n com T T n mR W Cte mRT PV   3.3. Processo de expansão (ou compressão) isotérmica de um gás perfeito. Chega-se à mesma eq. do 1o caso, com n=1. Processo em equilíbrio mecânico W  PdV  PdV dU Q    Definição de entalpia: PV U H   1a Lei Na forma específica: Pv u h   (1) Eq. (1) VdP dH Q    Pdv du q    vdP dh q    (2) (3) (4) As Eqs. (3) e (4) são formas equivalentes para a 1a Lei. Importante: no equilíbrio mecânico: P=Psist Capacidade térmica e calor específico   C J K ou J C dT Q o/ / ;    C Capacidade térmica, C (kJ/K): Definição: É a quantidade de energia necessária para aumentar de 1 oC (ou 1 K) a temperatura de uma determinada quantidade de massa de um corpo. Calor específico, c (kJ/(kg K)) ou (kJ/(kg oC)) : o que equivale a uma capacidade térmica específica.   J kg K ou J kg C c dT Q m m C c o sist sist / / ; 1     dT q c m Q q sist       (5)  1  2 T mc T U Q v v     v v T u c        Calor específico, a volume constante: vc cte V U  Qv   T c T c T u q v v v       1 2 = Cte ou valor médio vc Valor médio: v v dT du c      Valor instantâneo: Da Eq. (1), após integração: Calor específico, a volume constante: (cont.) dv v u dT T u du T v               Partindo da relação funcional para a energia interna específica: Logo, ( , ) u T v u  v v T u dT du        Da 1a Lei, v v v v T u dT du dT q c Da Eq Pdv du q                   5), .( Eq. (6) vc Pdv du qP    P P T h c        Calor específico, à pressão constante: P c P = Cte ou valor médio c Valor médio: P P dT dh c      Valor instantâneo: P v u qP     Após integração: Da 1a Lei:     2 1 1 2 1 2 ; P P v P v u u qP          h h h Pv u P v u qP         1 2 1 1 1 2 2 2 h ; T c q p P     cte P U  QP F W Po Da Eq. (5): Calor específico, à pressão constante: dP p h dT T h dh T p                 Partindo da relação functional para a entalpia específica: Logo, ( , ) h T P h  P P T h dT dh        Da 1a Lei, P P P P T h dT dh dT q c Da Eq vdP dh q                   5), .( Eq. (7) cP cp e cv para Líquidos e Sólidos Da definição de entalpia: pv u h   Sendo muito pequeno, tem-se: c c c v P   v v P c c du dh u h      Exemplo: Água líquida a 25 oC Na tabela de propriedades da água saturada, com entrada em temperatura. kJ kg h kJ kg u kg m kg m v l l l l / ,83 104 / ,83 104 / 1000 / 0,001003 3 3       kJ kg c c v P /  ,418  Equação de Mayer: Da definição de entalpia: pv u h     d(RT) du d pv du dh     Das definições de cv, Eq. (6), e cp, Eq. (7):   R c c R c c R c c R dT c c d RT c dT dT c v P v P v P v P v P               0 0 ) ( (Equação de Mayer) para um gás perfeito: cp – cv = R v P c c k  , varia pouco com a temperatura. p/ Gases Monoatômicos, k=1,667 p/ Gases Diatômicos e o Ar, k=1,4 (8) R c c v P   (Equação de Mayer na base molar) Curiosidade: para o CO2 próximo à temperatura crítica cp Observam-se picos altos para o cp, em função da temperatura, na vizinhança da temperatura crítica. O valor do pico diminui à medida que a pressão aumenta. Processo de expansão não resistida Lucien Borel, chama este problema de experimento de Gay-Lussac - Joule 2 - estado final 1 - estado inicial Tanques rígidos (A e B), bem isolados e fechados      0 dU W dU Q   1a lei para sistemas fechados (A+B): 0 ;0   W Q   2 1 U U  1 1 1 1 A A A m u U U        2 2 2 2 2 2 2 B B A A B A m u m u U U U 2 2 2 1 2 A B A A sist m m m m m      2 1 2 1 T T u u A A    gás perfeito vácuo absoluto B A Da equação de gás perfeito 1 ; 1 RT m PV A  sist      2 2 RT m V P V sist B A 5,0 1 2    B A A V V V P P B A B A V V Exemplo 1: Sistemas fechados (P. 4.116, 5a ed., Çengel e Boles) Um tanque rígido (A) contendo 0,4 m3 de ar a 400 kPa e 30 oC está conectado por uma válvula a um arranjo cilindro e pistão (B) com zero de espaço morto. A massa do pistão é tal que é necessária uma pressão de 200 kPa para elevar o pistão. A válvula é, então, ligeiramente aberta e é permitido o escoamento de ar para o cilindro até que a pressão, no tanque, caia a 200 kPa. Durante o processo, calor é cedido pela vizinhança ao tanque de tal modo que todo o ar é mantido a 30 oC durante todo o tempo. Determine o calor transferido ao ar. ECE: Da Eq. (1): RT P V m m m A A A sist Ar 1 1 .    W dU Q     Ar T const. Q A B VA=0,4 m3 PA= 400 kPa TAr= 30 oC=Cte Pressão para movimentar o pistão= 200 kPa Podemos tratar o ar como gás perfeito (GP). Cálculo da massa do Sistema (=massa de ar) kg msist ,1839 303,15 ,287 0 0,4 400 .     2 1 2 1 W U Q    ) ( 1 2 . u u m U sist    Como TAr=Cte= 30 oC e para um GP u=u(T), então 0 1 2    U u u 3 . 0,8 200 303,15 0,287 ,1839 m P RT m V Ar sist Ar      3 2 0,4 0,4 0,8 m VB    Considerando um processo isobárico em quase equilíbrio, no setor B. 2 1 2 1 W Q  2 0 1 2 200 2 B V V PdV W B    No estado final, todo o sistema estará a 200 kPa e 30 oC kJ V W B 80 0,4 200 200 2 2 1      kJ Q 80 2 1  Admitindo-se que a hipótese de “quase equilíbrio, no setor B”, seja muito forte, poderemos considerar p=200 kPa como sendo a pressão externa sobre o pistão. 2 1 2 . ,4 0 . 0 0 . 1 2 80 0,4 200 . 2 2 Q kJ V P dV P dV P W B ext V ext V ext B B           1a Lei para Sistemas Abertos (ou Volume de Controle) Aplicando-se o Teorema de Transporte de Reynolds para se obter a: ( ) ( ) t m m t m VC e sist   Equação de Conservação da massa (ECM) (ou da Continuidade): Por definição, a massa do sistema é constante: ) ( ) ( t t m m t t m VC s sist       Cte msist  s e VC VC m m t m t t m      ( ) ) ( ( t), e aplicando o limite de   t  0 s e VC m m dt dm  . . (9) Equação de Conservação da massa (cont.) Para volumes de controle, com N entradas e M saídas:       M i s N i e VC m m dt dm 1 1 . . Caso particular importante: regime permanente:  0; dt dmVC .     M i s N i e m m 1 1. (10) (11) Equação de Conservação da Energia (ECE) Para volumes de controle, com várias entradas e saídas: EVC (t) ) ( t EVC t   Q Q W W  mee  s me gz V u e    2 2 1a Lei para sistemas fechados: 1 2 E E E W Q      No instante inicial: ( ) ) 2 ( ) ( 2 1 t E gz V m u E t E VC e e      No instante final: s s VC gz V m u t t E t E t E ) 2 ( ) ( ) ( 2 2          (12) Substituindo E1 e E2, na Eq. (12), e Equação de Conservação da Energia (cont.) W Q gz V m u gz V m u dt dE s s e e VC             ) 2 ( ) 2 ( 2 2 . . . . Fazendo W=WVC+Wesc . . . e e e e esc esc e m Pv W dt dW    ., , s s s esc s esc s m P v W dt dW   ., , . . ; . . (13) Substituindo as Eqs. (14), (15’) e (15’’) em (13), chega-se a: (14) (15’) (15’’) VC s s e e VC W Q gz V Pv m u gz V Pv m u dt dE               ) 2 ( ) 2 ( 2 2  h h  VC s s e e VC W Q gz V m h gz V m h dt dE             ) 2 ( ) 2 ( 2 2 . . . . . . . . (17) (16) Equação de Conservação da Energia (cont.) . . . . VC s M s e N e VC W Q gz V m h gz V m h dt dE                 ) 2 ( ) 2 ( 2 1 1 2 1 1 No regime permanente: 0 ) 2 ( ) 2 ( ; 0 2 1 1 2 1 1              VC s M s e N e VC W Q gz V m h gz V m h dt dE No regime permanente, com Q=0 e W=0:, Trocador de calor adiabático: s M s e N e gz V m h gz V m h ) 2 ( ) 2 ( 2 1 1 2 1 1          Desprezando-se as variações de energia cinética e potencial, chega-se a: s M s e N e m h m h      1 1 1 1 . . . . . . . . (18) (19) (19’) (19’’) . . Processo de estrangulamento adiabático s M s e N e V m h V h m 2 ) ( 2 ) ( 2 1 1 2 1 1        EC  0 Desprezando-se as variações de energia cinética: . (N=M=1) Válvula fechada Válvula aberta Simplificações: Regime permanente:  0 EP  0 dt dEVC Escoamento horizontal, variação de energia potencial nula: Processo adiabático:  0 Q O escoamento por uma válvula, ou filtro, etc. pode ser considerado adiabático. ; Sem trabalho: WVC  0 . . . s e m  m ;. . 2 2 2 2 s s e e V h V h     s e  h  h Trocador de calor (TC) com mistura  0 EC TC com mistura das correntes 1 e 2 Simplificações: Regime permanente;  0 EP Processo adiabático;  0 Q VC  0 W . e 3 3 2 2 1 1 m h m h m h   ECE ECM 3 2 1 m m m   . . . . . . 1 2 3 .. . s M s e N e m h m h      1 1 1 1 . . Trocador de calor (TC) sem mistura EC  0  0 EP Processo adiabático;  0 Q VC  0 W . e ECM .. . 1 3 2 4 Regime permanente . . . 2 1 m m  4 3 m m  . 1a Lei, Eq. (19’) 4 4 2 2 3 3 1 1 m h m h m h m h    s s e e m h m h    . ) ( ) ( 3 4 3 2 1 1 h m h h m h    . . . . . . . Imagens de trocador de calor do tipo casco e tubo (sem mistura) Trocador de calor (TC) do tipo casco e tubo (shell and tube), com uma passagem pelo casco e duas pelos tubos.. TC do tipo casco e tubo (shell and tube), com uma passagem pelo casco e uma pelos tubos. Chicanas (ou defletores do escoamento) (Baffles, em inglês) Exemplo 2: Trocador de calor sem mistura 0,5 kg/s de vapor d’água, à pressão de 2 bar e título de 95%, deve ser condensado em um trocador de calor sem mistura, bem isolado. O fluido de resfriamento é a água extraída de um rio que, por questões ambientais, não pode sofrer aquecimento superior a 3 oC, e que entra, no TC, à 15 oC. Esboce o processo de condensação do vapor em um diagrama T-v. Calcular a vazão de água e a taxa de calor cedido pelo vapor à água. Propriedades termodinâmicas: Vapor saturado (tabela com entrada em pressão): P3=2 bar=2x105 Pa=200 kPa, T3=T4=Tsat(200 kPa)= 120,21 oC, hl= 504,71 kJ/kg, hlv= 2201,6 kJ/kg, h3= hl+x3hlv= 504,71 +0,95X2201,6= 2596,23 kJ/kg, h4= hl= 504,71 kJ/kg Água (líquido saturado, tabela com entrada em temperatura): T1=15 oC, h1= 62,98 kJ/kg; T2=18 oC, (interpolando) h2= 75,54 kJ/kg; cpl= 4,18 kJ/kgK Água T2= 18 oC Vapor, x3=95% (condensado) Líquido Saturado, x4=0 T3= 120,21 oC T4= 120,21 oC TC: Condensador ECM ECE: Da Eq. (19’), ver slide anterior. ? 2 1 m.  m  .    s s e e m h m. h . kg s m m / 0,5 4 3  .  . 4 4 2 2 3 3 1 1 m h m h m h m h    . . . . ) ( ) ( 4 3 3 1 2 1 h m h h m h    . . .     kg s h h h m h m / 83,26 -62,98 75,54 2596,23-504,71 ,5 0 ) ( ) ( 1 2 4 3 3 1       . T(oC) v (m3/kg) x 0 1 0,95 x x 4 3 120,21 T(oC) 120,21 15 18 vapor comprimento do TC Cálculo da variação de entalpia da água, utilizando o calor específico médio: kJ kg T T c h h h pl / 12,54 4,18 (18 15) ) ( 1 2 1 2          Neste caso: kg s m / 1  83,39 . O que equivale a uma diferença muito pequena, de apenas 0,15%. O comprimento do TC poderia ser obtido por meio dos procedimentos, equações e correlações empíricas da disciplina de Transmissão de Calor. Cálculo da taxa de calor cedido pelo vapor à água: 2596,23) 0,5 (504,71   vaporágua  Q Neste caso, o calor é positivo pois o VC que contém a corrente de água fria, recebe calor. Observação: A vazão da água de resfriamento foi calculada utilizando-se um único volume de controle envolvendo todo o trocador de calor, ou seja, as duas correntes de fluido: quente (vapor) e frio (água). Para se calcular a taxa de calor que é transferido do vapor à água, deve-se utilizar um volume de controle envolvendo a corrente quente (vapor) ou a corrente fria (água), conforme mostrado no esquema da figura, abaixo. Qvapor-água água vapor 3 4 2 1 ) ( 3 4 3 h m h W Q VC    . . . ) ( 1 2 1 h m h W Q VC    . . . Da Eq. (19), para uma só corrente: kW Q água vapor  1045,76  O sinal negativo é coerente com a convenção de sinais quando o calor sai do VC vapor. Utilizando-se um volume de controle que envolve a corrente de água: kW h m h Qágua 1045,75 62,98) (75,54 83,26 ) ( 1 2 1       É interessante observar que na nossa primeira solução, com um único VC envolvendo as correntes de fluido quente e frio, . De fato, . . . .  0 Q.  0  água vapor Q Q. . Propriedades do CO2; Tab. A20 ) ( e s VC h m h W Q    . . . Da Eq. (19), para uma só corrente: Exemplo 3: Compressão de CO2 (P. 5.52, 5a ed., Çengel e Boles) Dióxido de carbono entra em um compressor adiabático a 100 kPa e 300 K, com vazão de 0,5 kg/s, e sai a 600 kPa e 450 K. Despreze as variações de energia cinética e determine: a) a vazão volumétrica de dióxido de carbono, na entrada do compressor; b) a potência consumida. Comp. W. Pe= 100 kPa Te= 300 K, Ps= 600 kPa Ts= 450 K, Compressor de CO2 he= 9431 kJ/mol, Massa molar: M=44,01 kg/kmol hs=15483 kJ/mol, R=0,1889 kJ/kg.K kW WComp 68,77 9431) (15483 ,01 44 1 0,5       a) e e  mv kg m P RT v e e / 0,5667 100 300 0,1889 ; 3     b) . . kW WComp 68,77  s m e / 0,28 0,5667 0,50 3    . Processos em regime (transiente) uniforme Integrando as equações de conservação: da Massa, Eq. (9), e da Energia, Eq.(17). Exemplo de aplicação: carregamento (ou enchimento) de um tanque  VC t t VC m m dt dt dm 1 2 2 1        ECM, caso geral: e t t e m dt dt dm       2 1 s t t s m dt dt dm       2 1 ;   s e VC m m m m    1 2 (20)          M i i s N i e i VC m m m m 1 , 1 , 1 2 (21) Para um volume de controle com N entradas e M saídas: Processos em regime (transiente) uniforme (cont.)    VC VC t t VC m e m e E E dt dt dE 1 1 2 2 1 2 2 1          ECE, caso geral: 1 2 1 1 1 2 gz V u e    Com: 2 2 2 2 2 2 gz V u e     VC e e s s VC m e m e gz V m h gz V m h W Q 1 1 2 2 2 2 ) 2 ( ) 2 (            (22) Processos em regime (transiente) uniforme Tanque vazio, no instante inicial: 2 2 0 ; u e EP     Processo adiabático:  0 Q Exemplo de aplicação: carregamento de um tanque, inicialmente, vazio, termicamente bem isolado. VC  0 W  0 EC ECM 0 0; 1 1   E m e VC m m  , 2 Processo de carregamento: s  0 m ECE   VC e VC e e u h m u m h 2, 2 2    Exemplo 4: Regime uniforme. (P. 5.122, 5a ed., Çengel e Boles) Uma linha transportando vapor d’água superaquecido, a 400 oC, está conectada por meio de uma válvula a um tanque rígido e bem isolado, contendo 2 m3 de vapor saturado a 1 MPa. A válvula é aberta, e assim permanece, até que a pressão e temperatura do vapor no tanque atingem 2 MPa e 300 oC, respectivamente. Determinar a massa de vapor que entrou no tanque e a pressão da linha de vapor. Vapor superaquecido: P2=2 MPa (Tsat=212,38 oC), T2= 300 oC: v2= 0,12551 m3/kg, u2=2773,2 kJ/kg. Propriedades termodinâmicas: Vapor saturado: P1=1 MPa, T1=Tsat= 179,88 oC: v1=vv= 0,19436 m3/kg, u1=uv=2582,8 kJ/kg, kg v V m 10,29 19436 ,0 2 1 1    Solução kg v V m 15,93 12551 ,0 2 2 2    ECM Da Eq. (20):   kg m m m VC e ,5 64 1 2      s e VC m m m m    1 2 400 oC 1 MPa Vapor sat. Estado inicial 1 1 2 2 m u m u m h e e   ECE Da Eq. (22):  VC e e s s VC m e m e gz V m h gz V m h W Q 1 1 2 2 2 2 ) 2 ( ) 2 (            Como 2 2 1 1 ; 0 ;0 u e u e EP EC          linha e e h m m u m u h     1 1 2 2   kJ kg he / 3120 6, 64 ,5 15,93 2773,2 10,29 2582,8      Procurando nas tabelas de vapor superaquecido, para C Tlinha 400  verifica-se que a pressão está próxima de 9 MPa. Mediante interpolação linear, chega-se a: MPa Plinha  ,8 94 Procurando a pressão da linha de vapor superaquecido, nas tabelas de vapor superaquecido (Tabelas A6, in Çengel, 5a ed.). Como a pressão da linha de vapor deverá ser maior ou igual à pressão final no tanque, vamos começar a análise a partir da pressão de 2 MPa. Na tabela, abaixo, são apresentados os valores de entalpia do vapor superaquecido da água, à 400 oC, para valores crescentes de pressão, até se chegar ao valor de entalpia menor do que 3120,6 kJ/kg. Verifica-se, portanto, que a pressão da linha deve estar entre 8 e 9 MPa. Por meio de uma interpolação linear, chega-se à pressão de 8,94 MPa. ? ; 400 / 6, 3120     linha Linha e P C T kJ kg h h  MPa Plinha ,8 94  P (MPa) h (kJ/kg) 2 3248,4 3 3231,7 5 3196,7 8 3139,4 9 3118,8 3120,6 Falta demonstrar que a entalpia do vapor que entra no tanque é igual à da linha. Na válvula, não havendo acúmulo de massa, também não haverá de energia. Tem-se um processo de estrangulamento isoentálpico. Ver simplicações da ECE, Eqs. (19, 19’ e 19’’), transparências 24 e 25. e linha h h  Referências Bejan, A., 2006, Advanced engineering thermodynamics, 3rd ed., John Wiley & Sons. Borel, L., 1991, Thermodynamique et Energétique, 3ème ed., Presse Polytechniques et Universitaires Romandes, Lausanne, Suiça.. Çengel, Y.A., Boles, M.A., 2006, Termodinâmica, 5a ed., McgrawHill, Capítulos 1-5. Cole, S., Lições de Termodinâmica Clássica. Faires, V.M., 1966, Termodinâmica, Ao Livro Técnico, Rio de Janeiro. 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