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Notas sobre o ciclo econômico Referência: TG – cap.22 Profª Vanessa Val Disciplina: Macroeconomia I 1 Introdução • Após desenvolver a relação entre as flutuações na propensão a consumir, no estado da preferência pela liquidez e na eficiência marginal do capital e os volumes de emprego, Keynes vai se ocupar no capítulo 22 da TG com o tratamento dos ciclos econômicos. O autor afirma que se sua teoria tinha sido capaz de explicar a determinação do volume de emprego e atividade em qualquer momento, então ela seria capaz de explicar o ciclo dessa mesma atividade. Disciplina: Macroeconomia I 2 Ciclos econômicos • Determinantes do volume de emprego: PMgC, r, EMgK Papel central nos ciclos econômicos • r é relativamente rígida (embora seja um fator vigorizador), bem como a PMgC. Então, é a EMgK que desempenha papel central nos ciclos. • É a instabilidade do investimento, provocada pelas flutuações na eficiência marginal do capital, a responsável pela instabilidade do sistema, e, assim, pelo ciclo econômico. Disciplina: Macroeconomia I 3 Ciclos econômicos • Flutuações da EMgK instabilidade ciclo econômico • Parte-se da propagação de choque exógenos na EMgK. • Mas Keynes não negligencia o fato de que o ciclo se complica e freqüentemente se agrava por modificações que acompanham outras variáveis importantes do sistema econômico no curto prazo. Disciplina: Macroeconomia I 4 Conceito de fenômeno cíclico “(...)quando o sistema evolui, por exemplo, em direção ascendente, as forças que o impelem para cima adquirem inicialmente impulso e produzem efeitos cumulativos de maneira recíproca, mas perdem gradualmente a sua potência até que, em certo momento, tendem a ser substituídas pelas forças que operam em sentido oposto e que, por sua vez, adquirem também intensidade durante certo tempo e fortalecem-se mutuamente, até que, alcançado o máximo desenvolvimento, declinam e cedem lugar às forças contrárias” (TG, p.293). Disciplina: Macroeconomia I 5 Conceito de fenômeno da crise • É um dos momentos constitutivos do próprio ciclo econômico. Trata-se da substituição de uma fase ascendente por outra descendente, que geralmente ocorre de modo repentino e violento; ao passo que, como regra, a transição de uma fase descendente para uma fase ascendente não é tão repentina. • Se Keynes atribui a crise como um elemento do ciclo, as crises são intrínsecas ao próprio funcionamento da economia capitalista. Qualquer flutuação no I, não compensada por uma variação correspondente na PMgC, resulta, necessariamente, numa flutuação no emprego. • As bases para as expectativas relativas ao futuro rendimento dos BK são incertas e sujeitas a variações repentinas e violentas. Disciplina: Macroeconomia I 6 Expansão e crise • Em primeiro lugar é importante ressaltar que a explicação da crise não é primordialmente uma alta taxa de juros, mas um repentino colapso da eficiência marginal do capital. • Expansão → otimismo nas expectativas → I (EMgK alta) → emprego e C → abundância de capital, elevado custo de produção (demanda por bem de K > oferta de bem de K) e rendimentos → aumenta a PPL → alta taxa de juros. Mas, mesmo com a queda da EMgK (a partir da abundância de k), o fluxo Q1, Q2...Qn é alto. • O aumento da taxa de juros também faz cair o preço dos títulos e leva à baixa das cotações da bolsa e queda da PMgC. Disciplina: Macroeconomia I 7 Expansão e crise • A expansão continua até que uma crise estoura de repente. Segundo Keynes, a crise se dá porque há uma reversão das expectativas. O colapso da EMgK pode ser tão completo que nenhuma redução de taxa de juros baste para o contrabalançar. • A desilusão chega porque, de repente, surgem dúvidas quanto à confiança que se pode ter no rendimento esperado, talvez porque o rendimento atual dê sinais de baixa à medida que os estoques de bens duráveis produzidos recentemente aumentem regularmente. Se os custos correntes de produção são mais elevados do que poderão vir a ser futuramente, esta será mais uma razão para a baixa da EMgK. Uma vez surgida, a dúvida propaga-se rapidamente. Disciplina: Macroeconomia I 8 Crise e expansão • Reversão das expectativas → desestímulo ao I → abundância de bens de K → elevação de custos → alta taxa de juros (devido à crescente PPL e queda dos preços dos títulos) → aumenta o custo de reposição dos bens de K no futuro → escassez de K → aumenta o fluxo Q1, Q2...Qn → aumenta a EMgK → fase de crescimento econômico. • Ademais, na contração se reduz a demanda por moeda para negócios, o que leva à uma redução da taxa de juros e aumento da EMgK, gerando a fase de expansão. Disciplina: Macroeconomia I 9 Remédio do ciclo econômico • Uma taxa de juros elevada é muito mais eficaz contra o auge da expansão do que uma taxa de juros baixa o é contra uma depressão. • Quando a economia está na fase de expansão haverá necessariamente um momento em que a desilusão chegará, levando ao pessimismo. Assim, Keynes vai aventar a necessidade de se manter baixa a taxa de juros para abolir a depressão e manter permanentemente um quase boom. • Aqui é importante o papel da política monetária que pode baixar a taxa de juros, mas para a retomada do investimento e da expansão é necessária uma retomada da confiança nos negócios. Disciplina: Macroeconomia I 10 Duração da fase descendente i. Tempo de deterioração e obsolescência dos bens de capital, que leva necessariamente a uma escassez dos mesmos. ii. Tempo de absorção do excesso de valores (depende dos custos de conservação dos estoques excelentes). iii. Tempo requerido para absorção do excesso de mercadorias. Disciplina: Macroeconomia I 11 Multiplicador e ciclo • Variação anticíclica do multiplicador do investimento: diminuição do multiplicador em tempos de expansão elevação em tempos de contração. • A propensão a consumir é maior em tempos de depressão e, assim, o multiplicador é maior. • À medida que o rendimento se eleva, a magnitude absoluta da diferença entre o rendimento e o consumo se eleva, e à medida que o rendimento diminui a magnitude absoluta da diferença entre o rendimento e o consumo diminui. Disciplina: Macroeconomia I 12
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Notas sobre o ciclo econômico Referência: TG – cap.22 Profª Vanessa Val Disciplina: Macroeconomia I 1 Introdução • Após desenvolver a relação entre as flutuações na propensão a consumir, no estado da preferência pela liquidez e na eficiência marginal do capital e os volumes de emprego, Keynes vai se ocupar no capítulo 22 da TG com o tratamento dos ciclos econômicos. O autor afirma que se sua teoria tinha sido capaz de explicar a determinação do volume de emprego e atividade em qualquer momento, então ela seria capaz de explicar o ciclo dessa mesma atividade. Disciplina: Macroeconomia I 2 Ciclos econômicos • Determinantes do volume de emprego: PMgC, r, EMgK Papel central nos ciclos econômicos • r é relativamente rígida (embora seja um fator vigorizador), bem como a PMgC. Então, é a EMgK que desempenha papel central nos ciclos. • É a instabilidade do investimento, provocada pelas flutuações na eficiência marginal do capital, a responsável pela instabilidade do sistema, e, assim, pelo ciclo econômico. Disciplina: Macroeconomia I 3 Ciclos econômicos • Flutuações da EMgK instabilidade ciclo econômico • Parte-se da propagação de choque exógenos na EMgK. • Mas Keynes não negligencia o fato de que o ciclo se complica e freqüentemente se agrava por modificações que acompanham outras variáveis importantes do sistema econômico no curto prazo. Disciplina: Macroeconomia I 4 Conceito de fenômeno cíclico “(...)quando o sistema evolui, por exemplo, em direção ascendente, as forças que o impelem para cima adquirem inicialmente impulso e produzem efeitos cumulativos de maneira recíproca, mas perdem gradualmente a sua potência até que, em certo momento, tendem a ser substituídas pelas forças que operam em sentido oposto e que, por sua vez, adquirem também intensidade durante certo tempo e fortalecem-se mutuamente, até que, alcançado o máximo desenvolvimento, declinam e cedem lugar às forças contrárias” (TG, p.293). Disciplina: Macroeconomia I 5 Conceito de fenômeno da crise • É um dos momentos constitutivos do próprio ciclo econômico. Trata-se da substituição de uma fase ascendente por outra descendente, que geralmente ocorre de modo repentino e violento; ao passo que, como regra, a transição de uma fase descendente para uma fase ascendente não é tão repentina. • Se Keynes atribui a crise como um elemento do ciclo, as crises são intrínsecas ao próprio funcionamento da economia capitalista. Qualquer flutuação no I, não compensada por uma variação correspondente na PMgC, resulta, necessariamente, numa flutuação no emprego. • As bases para as expectativas relativas ao futuro rendimento dos BK são incertas e sujeitas a variações repentinas e violentas. Disciplina: Macroeconomia I 6 Expansão e crise • Em primeiro lugar é importante ressaltar que a explicação da crise não é primordialmente uma alta taxa de juros, mas um repentino colapso da eficiência marginal do capital. • Expansão → otimismo nas expectativas → I (EMgK alta) → emprego e C → abundância de capital, elevado custo de produção (demanda por bem de K > oferta de bem de K) e rendimentos → aumenta a PPL → alta taxa de juros. Mas, mesmo com a queda da EMgK (a partir da abundância de k), o fluxo Q1, Q2...Qn é alto. • O aumento da taxa de juros também faz cair o preço dos títulos e leva à baixa das cotações da bolsa e queda da PMgC. Disciplina: Macroeconomia I 7 Expansão e crise • A expansão continua até que uma crise estoura de repente. Segundo Keynes, a crise se dá porque há uma reversão das expectativas. O colapso da EMgK pode ser tão completo que nenhuma redução de taxa de juros baste para o contrabalançar. • A desilusão chega porque, de repente, surgem dúvidas quanto à confiança que se pode ter no rendimento esperado, talvez porque o rendimento atual dê sinais de baixa à medida que os estoques de bens duráveis produzidos recentemente aumentem regularmente. Se os custos correntes de produção são mais elevados do que poderão vir a ser futuramente, esta será mais uma razão para a baixa da EMgK. Uma vez surgida, a dúvida propaga-se rapidamente. Disciplina: Macroeconomia I 8 Crise e expansão • Reversão das expectativas → desestímulo ao I → abundância de bens de K → elevação de custos → alta taxa de juros (devido à crescente PPL e queda dos preços dos títulos) → aumenta o custo de reposição dos bens de K no futuro → escassez de K → aumenta o fluxo Q1, Q2...Qn → aumenta a EMgK → fase de crescimento econômico. • Ademais, na contração se reduz a demanda por moeda para negócios, o que leva à uma redução da taxa de juros e aumento da EMgK, gerando a fase de expansão. Disciplina: Macroeconomia I 9 Remédio do ciclo econômico • Uma taxa de juros elevada é muito mais eficaz contra o auge da expansão do que uma taxa de juros baixa o é contra uma depressão. • Quando a economia está na fase de expansão haverá necessariamente um momento em que a desilusão chegará, levando ao pessimismo. Assim, Keynes vai aventar a necessidade de se manter baixa a taxa de juros para abolir a depressão e manter permanentemente um quase boom. • Aqui é importante o papel da política monetária que pode baixar a taxa de juros, mas para a retomada do investimento e da expansão é necessária uma retomada da confiança nos negócios. Disciplina: Macroeconomia I 10 Duração da fase descendente i. Tempo de deterioração e obsolescência dos bens de capital, que leva necessariamente a uma escassez dos mesmos. ii. Tempo de absorção do excesso de valores (depende dos custos de conservação dos estoques excelentes). iii. Tempo requerido para absorção do excesso de mercadorias. Disciplina: Macroeconomia I 11 Multiplicador e ciclo • Variação anticíclica do multiplicador do investimento: diminuição do multiplicador em tempos de expansão elevação em tempos de contração. • A propensão a consumir é maior em tempos de depressão e, assim, o multiplicador é maior. • À medida que o rendimento se eleva, a magnitude absoluta da diferença entre o rendimento e o consumo se eleva, e à medida que o rendimento diminui a magnitude absoluta da diferença entre o rendimento e o consumo diminui. Disciplina: Macroeconomia I 12