·

Ciências Econômicas ·

Macroeconomia 1

· 2022/1

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Fazer Pergunta

Texto de pré-visualização

Capítulo 5 - O modelo IS/LM (Blanchard) - Definimos a demanda como a soma de consumo, investimento e gastos do governo. O consumo era a função da renda disponível (renda - impostos) e tomamos gastos com investimentos, gastos do governo e impostos como dados. Y = C(Y-T) + I + G (Y-T) = Yd - A principal simplificação deste modelo foi a de que a taxa de juros não afeta a demanda por bens. Vamos remover essa simplificação. Investimento, vendas e taxa de juros - O investimento depende basicamente de dois fatores: Nível de vendas: Se uma empresa vende mais, precisa produzir mais, e, consequentemente, precisa investir mais. Caso as vendas sejam menores, a produção será menor e o investimento também. Taxa de juros: Quanto maior a taxa de juros, mais caro será tomar empréstimos para investir, ou seja, o investimento diminui. Se a taxa de juros for menor, será menos custoso tomar empréstimos e o investimento aumenta. I=I(Y,i) + - - O investimento, (I), depende da produção, (Y), e da taxa de juros, (i). - Consideramos investimento em estoques = 0. - Substituindo a nova relação de investimento no equilíbrio do mercado de bens, temos: Y = C(Y-T) + I(Y,i) + G - Essa relação também é chamada de IS expandida. - Um aumento do produto leva, por meio de seus efeitos sobre o consumo e o investimento, a um aumento da demanda por bens. Recuo da IS: Consideremos um aumento nos impostos (T), para dada taxa de juros (i), a renda disponível diminui, levando a uma diminuição do consumo, que leva a uma diminuição da demanda por bens e a uma diminuição do produto. Uma diminuição dos gastos do governo também causa isso. Neste caso, a IS recua para a esquerda (IS'). Expansão da IS: Uma diminuição nos impostos (T) ou aumento nos gastos do governo (G), ocorre o efeito contrário, aumentando o nível de produto. Neste caso, a IS se expande para a direita (IS'). Mercados financeiros e a relação LM. M=($Y)L(i) - Equação cap. anterior. - A variável (M) do lado esquerdo é o estoque nominal de moeda. O lado direito nos dá a demanda por moeda, que é função da renda nominal ($Y), e da taxa nominal de juros (i). - Dividindo os dois lados da equação (1) por P, temos uma relação entre moeda real, renda real e taxa de juros. M/P = YL(i) (2) - A oferta real de moeda (M/P) é igual a demanda real por moeda, que depende da renda real (Y), e da taxa de juros (i). LM Recuo Expansão Sabemos que a oferta de moeda é dada. Quando o produto aumenta, a demanda por moeda aumenta e, consequentemente a taxa de juros. Um nível de atividade econômica maior pressiona as taxas de juros. - As mudanças em M/P, sejam elas causadas por mudanças no estoque nominal da moeda (M), ou por mudanças no nível de preços (P), deslocarão a curva LM. Expansão da LM: Supondo que há um aumento na oferta de moeda (M), a relação M/P fica maior, fazendo com que a LM se expanda. O aumento da oferta de moeda faz com que a taxa de juros diminua. Recuo da LM: Supondo uma diminuição na oferta de moeda (M), a relação M/P fica menor, recuando a LM (LM'). A diminuição da oferta de moeda faz com que a taxa nominal de juros aumente. Combinação das relações IS e LM - A relação IS vem da condição de que a oferta de bens deve ser igual à demanda por bens. Ela nos mostra como a taxa de juros afeta o produto. - A relação LM vem da condição de que a oferta de moeda deve ser igual à demanda por moeda. Ela nos mostra como o produto, por sua vez, afeta a taxa de juros. Relação IS: Y = C(Y-T) + I(Y,i) + G Relação LM: M/P = YL(i) O equilíbrio entre o mercado de bens e o mercado financeiro está no ponto A. POLÍTICA FISCAL → POLÍTICA FISCAL CONTRACIONISTA: PODE SER PROVOCADA POR UM AUMENTO DOS IMPOSTOS OU DIMINUIÇÃO NOS GASTOS DO GOVERNO. → POLÍTICA FISCAL EXPANSIONISTA: PODE SER PROVOCADA POR UM AUMENTO NOS GASTOS DO GOVERNO OU DIMINUIÇÃO DE IMPOSTOS. - VAMOS AGORA RETRATAR O EFEITO DE UMA POLÍTICA FISCAL CONTRACIONISTA, PROVOCADA POR UM AUMENTO DE IMPOSTOS. - UM AUMENTO NOS IMPOSTOS FARÁ COM QUE A IS RECUE. POR QUE? - UM AUMENTO DOS IMPOSTOS FAZ COM QUE A RENDA DISPONÍVEL (Y-T) DIMINUA. UMA MENOR RENDA FAZ COM QUE O CONSUMO DIMINUA E, POR CONTA DO MULTIPLICADOR (1 / 1-C1) O PRODUTO DIMINUI, INDO DE YA PARA YB. A CURVA VAI DE IS PARA IS’. NO MOMENTO, A TAXA DE JUROS PERMANECE A MESMA. - A QUALQUER TAXA DE JUROS, IMPOSTOS MAIS ALTOS LEVAM A UM PRODUTO MENOR. - O AUMENTO DOS IMPOSTOS AFETA A LM? NÃO, VEREMOS O PORQUÊ: Y = L(i) COMO OS IMPOSTOS NÃO APARECEM NA RELAÇÃO LM, ELES NÃO AFETAM A CURVA LM. - O PONTO (A) DENOTA O EQUILÍBRIO INICIAL, TENDO O (Y) COMO PRODUTO E (i) COMO TAXA DE JUROS. COM O AUMENTO DOS TRIBUTOS, A IS SE DESLOCA P’Á ESQUERDA (IS’). DE INÍCIO, A TAXA DE JUROS PERMANECE A MESMA, PORÉM TEMOS QUE VER ONDE A CURVA LM ESTÁ SE CRUZANDO COM A NOVA IS PARA DESCOBRIRMOS O EQUILÍBRIO FINAL, NESTE CASO, NO PONTO (C). RESUMINDO: UM AUMENTO NOS TRIBUTOS REDUZ A RENDA DISPONÍVEL, REDUZINDO O CONSUMO. ESSA REDUÇÃO DO CONSUMO LEVA A UMA DIMINUIÇÃO DA DEMANDA, QUE DIMINUI O PRODUTO. A DIMINUIÇÃO DA RENDA DIMINUI A DEMANDA POR MOEDA, REDUZINDO ASSIM A TAXA DE JUROS. POR ISSO NOS MOVEMOS SOBRE A CURVA LM. IMPORTANTE: UMA REDUÇÃO DO DÉFICIT PODE DIMINUIR O INVESTIMENTO NO CURTO PRAZO. POLÍTICA MONETÁRIA - UM AUMENTO DA OFERTA DE MOEDA É CHAMADO DE EXPANSÃO MONETÁRIA. UMA DIMINUIÇÃO DA OFERTA DE MOEDA É CHAMADA DE CONTRAÇÃO MONETÁRIA - VAMOS ANALISAR O CASO DE UMA EXPANSÃO MONETÁRIA: - UM AUMENTO DA OFERTA DE MOEDA NÃO AFETA DIRETAMENTE A IS E A DEMANDA POR BENS. QUANDO A OFERTA DE MOEDA AUMENTA, A LM SE EXPANDE (LM’). A TAXA DE JUROS DIMINUI E A ECONOMIA SE MOVE PELA CURVA IS INDO PARA O NOVO PONTO DE EQUILÍBRIO (B’). A TAXA DE JUROS MAIS BAIXA LEVA A UM AUMENTO DO INVESTIMENTO E, POR SUA VEZ, A UM AUMENTO DA DEMANDA E DO PRODUTO. → AO RESPONDER UMA QUESTÃO SOBRE POLÍTICAS, TEMOS QUE SEGUIR OS PASSOS: - DESCREVER OS DESLOCAMENTOS; - MOSTRAR O EFEITO SOBRE O EQUILÍBRIO; - DESCREVER A HISTÓRIA COM PALAVRAS. COMBINAÇÃO DE POLÍTICAS - É COMUM UTILIZARMOS POLÍTICA FISCAL E MONETÁRIA EM CONJUNTO, MAS SEMPRE OPOSÍTAS (UMA CONTRACIONISTA E UMA EXPANSIVA). EX: PARA REDUZIR O DÉFICIT DO GOVERNO, PODERÍAMOS UTILIZAR UMA FISCAL CONTRACIONISTA. PORÉM, CASO NÃO QUEIRA AFETAR A DEMANDA, PODE-SE UTILIZAR UMA MONETÁRIA EXPANSIONISTA.