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Engenharia Civil ·
Materiais de Construção Civil 1
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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL Concreto Dosagem ABCP UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE ENGENHARIA CIVIL Professor Dr Fernando da Silva Souza Introdução O método de dosagem da Associação Brasileira de Cimento Portland ABCP foi apresentado por Rodrigues 1984 sendo uma adaptação do método do ACI para as condições brasileiras Ele tem como prescrições o seguinte Utilização de agregados britados e areia de rio ABNT NBR 72112009 Trabalhabilidade adequada para moldagem in loco consistência semiplástica à fluida Para concretos com resistência aos 28 dias de 12 a 35 MPa Não se aplica a concreto com agregados leves Introdução O método tem como premissas que a relação águacimento define a resistência à compressão e que existe uma fração máxima de agregados graúdos adequada para a dimensão máxima característica do agregado graúdo e da granulometria da areia MF Para a aplicação do método é necessário o conhecimento prévio das características tanto do projeto 𝑓𝑐𝑘 𝐷𝑚á𝑥 consistência quanto dos materiais Massa específica do cimento Resistência normal à compressão do cimento aos 28 dias de idade Massa específica dos agregados graúdos e miúdos Massa unitária compactada seca dos agregados graúdos Dimensão máxima característica dos agregados Módulo de finura dos agregados miúdos Método de dosagem da ABCP A aplicação do método de dosagem da ABCP segue uma sequência de procedimentos 1º Passo Ajuste da 𝐷𝑚á𝑥 Ajuste da dimensão máxima característica do agregado graúdo 𝐷𝑚á𝑥 em função do projeto estrutural e dos limites definidos na norma ABNT NBR 61182014 que leva em conta a menor distância entre as formas a altura das lajes e o espaçamento entre as armaduras Existe também a limitação do diâmetro da tubulação em concreto bombeado 2º Passo Calcular a resistência de dosagem Dada a resistência característica do concreto 𝑓𝑐𝑘 pelo projeto estrutural determinase a resistência média de dosagem aos j dias 𝑓𝑐𝑗 fcmj resistência média do concreto à compressão prevista para a idade de j dias em MPa fckj resistência característica do concreto à compressão emMPa 165 constante que estabelece o nível de confiança de 95 apenas 5 dos valores de fcmj abaixo do fckj Sd desviopadrão de dosagem em MPa Depende das condições de preparo do concreto de acordo com a NBR 12655 2015 Concreto Preparo controle e Recebimento 𝑓𝑐𝑚𝑗 𝑓𝑐𝑘𝑗 165 x 𝑆𝑑 1 3º Passo Determinação da relação ac A definição da relação ac deve levar em conta os critérios de durabilidade expressos nas normas ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 12655 Para atender à resistência de projeto calculase o valor da resistência de dosagem 𝑓𝑐𝑚𝑗 e com a resistência normal do cimento obtémse o valor da relação ac através da seguinte figura Relação ac em função das resistências do concreto e cimento aos 28 dias 4º Passo Determinação do consumo de água do concreto 𝑪𝒂 O consumo de água por metro cúbico de concreto pode ser estimado em função da dimensão característica máxima do agregado 𝐷𝑚á𝑥 e da consistência requerida conforme valores da Tabela 715 OBS Quando o agregado for seixo rolado podese reduzir o consumo de água de 5 a 15 e para areia muito fina podese aumentar em 10 5º Passo Determinação do consumo de cimento 𝑪𝒄 Com o consumo de água especificado 𝐶𝑎 e a relação águacimento ac definida determinase o consumo de cimento 𝐶𝑐 por metro cúbico pela Equação 2 𝐶𝑐 𝐶𝑎 𝑎𝑐 2 Onde 𝐶𝑐 é o consumo de cimento por m³ 𝐶𝑎 é o consumo de água por m³ ac é a relação águacimento 6º Passo Determinação do consumo de agregado graúdo 𝑪𝒈 A premissa do método é buscar o teor ótimo de agregado graúdo em função da 𝐷𝑚á𝑥 e do módulo de finura do agregado miúdo Para a determinação do consumo de agregados graúdos com a equação 3 necessitase conhecer a massa unitária compactada do agregado graúdo M𝑢 𝐶𝑔 𝑉𝑐 x M𝑢 3 Em que 𝑉𝑐 é o volume compactado por metro cúbico de concreto obtido na tabela 716 e M𝑢 é a massa unitária compactada do agregado graúdo obtida em ensaio de laboratório 6º Passo Determinação do consumo de agregado graúdo 𝑪𝒈 6º Passo Determinação do consumo de agregado graúdo 𝑪𝒈 Composição com dois agregados graúdos Distribuição granulométrica x volume de pasta Menor volume de vazios Maior massa unitária compactada 7º Passo Determinação do consumo de agregado miúdo 𝑪𝒎 Na determinação do consumo de agregado miúdo basta calcular o volume que falta para completar um metro cúbico de concreto considerando que o cimento o agregado graúdo e a água ocupam o restante conforme a equação abaixo No caso de ser necessário considerar o ar aprisionado basta substituir na equação o valor 1 por 1 volume de ar aprisionado por m³ 𝑉𝑚 1 𝐶𝑐 ɣ𝑐 𝐶𝑔 ɣ𝑔 𝐶𝑎 ɣ𝑎 4 Em que 𝑉𝑚 é o volume por metro cúbico de agregado miúdo ɣ𝑐 é igual à massa específica do cimento ɣ𝑔 é a massa específica do agregado graúdo ɣ𝑎 é a massa específica da água 7º Passo Determinação do consumo de agregado miúdo 𝑪𝒎 O consumo em massa de agregado miúdo por metro cúbico de concreto 𝐶𝑚 pode ser obtido pela equação 5 𝐶𝑚 𝑉𝑚 x ɣ𝑚 5 Em que 𝐶𝑚 é o consumo em massa de agregado miúdo por metro cúbico 𝑉𝑚 é o volume por metro cúbico de agregado miúdo ɣ𝑚 é a massa específica do agregado miúdo 8º Passo Apresentação do traço de concreto O traço em massa será obtido dividindose os consumos de materiais pelo consumo de cimento conforme a equação que se segue 1 𝐶𝑚 𝐶𝑐 𝐶𝑔 𝐶𝑐 𝐶𝑎 𝐶𝑐 6 Traço em massa 1 𝐴𝑚 𝐴𝑔 ac 7 8º Passo Apresentação do traço de concreto Para transformar o traço em volume referente a um quilo de cimento basta dividir os agregados por seus respectivos valores de massa unitária Equação 8 1 𝐴𝑚 ρ𝑚 𝐴𝑔 ρ𝑔 ac 8 Traço em volume 8º Passo Apresentação do traço de concreto Na dosagem em volume o cimento é medido em sacos inteiros e a água em recipientes graduados Desta forma obtemos boa precisão nas medidas desses materiais Para medir os agregados após a sua transformação em volumes correspondentes a um saco de cimento o usual é providenciar padiolas O volume da caixa deve corresponder ao volume do agregado Considerandose que as padiolas são transportadas por dois homens não convém que a massa total ultrapasse 60 kg Medidas usuais são largura 35 cm e comprimento 45 cm com altura variando Traço em volume OBSERVAÇÕES A colocação da água deve ser gradativa até a obtenção da consistência desejada Quantidade de água 𝐶𝑎𝑟 𝐶𝑎𝑖 𝑎𝑟 𝑎𝑖 01 Onde 𝐶𝑎𝑟 é o consumo de água requerida lm³ 𝐶𝑎𝑖 é o consumo de água inicial lm³ 𝑎𝑟 é o abatimento requerido 𝑎𝑖 é o abatimento inicial OBSERVAÇÕES Falta de argamassa acrescentar areia mantendo a relação ac constante Excesso de argamassa acrescentar brita mantendo a relação ac constante Agregados com alta absorção de água acrescentar no consumo de água Agregados com umidade superficial retirar do consumo de água Correções nas quantidades de material
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resistência característica do concreto à compressão emMPa 165 constante que estabelece o nível de confiança de 95 apenas 5 dos valores de fcmj abaixo do fckj Sd desviopadrão de dosagem em MPa Depende das condições de preparo do concreto de acordo com a NBR 12655 2015 Concreto Preparo controle e Recebimento 𝑓𝑐𝑚𝑗 𝑓𝑐𝑘𝑗 165 x 𝑆𝑑 1 3º Passo Determinação da relação ac A definição da relação ac deve levar em conta os critérios de durabilidade expressos nas normas ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 12655 Para atender à resistência de projeto calculase o valor da resistência de dosagem 𝑓𝑐𝑚𝑗 e com a resistência normal do cimento obtémse o valor da relação ac através da seguinte figura Relação ac em função das resistências do concreto e cimento aos 28 dias 4º Passo Determinação do consumo de água do concreto 𝑪𝒂 O consumo de água por metro cúbico de concreto pode ser estimado em função da dimensão característica máxima do agregado 𝐷𝑚á𝑥 e da consistência requerida conforme valores da Tabela 715 OBS Quando o 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agregado graúdo 𝑪𝒈 Composição com dois agregados graúdos Distribuição granulométrica x volume de pasta Menor volume de vazios Maior massa unitária compactada 7º Passo Determinação do consumo de agregado miúdo 𝑪𝒎 Na determinação do consumo de agregado miúdo basta calcular o volume que falta para completar um metro cúbico de concreto considerando que o cimento o agregado graúdo e a água ocupam o restante conforme a equação abaixo No caso de ser necessário considerar o ar aprisionado basta substituir na equação o valor 1 por 1 volume de ar aprisionado por m³ 𝑉𝑚 1 𝐶𝑐 ɣ𝑐 𝐶𝑔 ɣ𝑔 𝐶𝑎 ɣ𝑎 4 Em que 𝑉𝑚 é o volume por metro cúbico de agregado miúdo ɣ𝑐 é igual à massa específica do cimento ɣ𝑔 é a massa específica do agregado graúdo ɣ𝑎 é a massa específica da água 7º Passo Determinação do consumo de agregado miúdo 𝑪𝒎 O consumo em massa de agregado miúdo por metro cúbico de concreto 𝐶𝑚 pode ser obtido pela equação 5 𝐶𝑚 𝑉𝑚 x ɣ𝑚 5 Em que 𝐶𝑚 é o consumo em massa de agregado miúdo por metro cúbico 𝑉𝑚 é o volume por metro cúbico de agregado miúdo ɣ𝑚 é a massa específica do agregado miúdo 8º Passo Apresentação do traço de concreto O traço em massa será obtido dividindose os consumos de materiais pelo consumo de cimento conforme a equação que se segue 1 𝐶𝑚 𝐶𝑐 𝐶𝑔 𝐶𝑐 𝐶𝑎 𝐶𝑐 6 Traço em massa 1 𝐴𝑚 𝐴𝑔 ac 7 8º Passo Apresentação do traço de concreto Para transformar o traço em volume referente a um quilo de cimento basta dividir os agregados por seus respectivos valores de massa unitária Equação 8 1 𝐴𝑚 ρ𝑚 𝐴𝑔 ρ𝑔 ac 8 Traço em volume 8º Passo Apresentação do traço de concreto Na dosagem em volume o cimento é medido em sacos inteiros e a água em recipientes graduados Desta forma obtemos boa precisão nas medidas desses materiais Para medir os agregados após a sua transformação em volumes correspondentes a um saco de cimento o usual é providenciar padiolas O volume da caixa deve corresponder ao volume do agregado Considerandose que as padiolas são transportadas por dois homens não convém que a massa 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