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Filosofia

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CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS Texto base MARX Karl Grundrisse São Paulo Boitempo Editorial 2021 O pressuposto elementar da sociedade burguesa é que o trabalho produz imediatamente valor de troca por conseguinte dinheiro e então igualmente que o dinheiro compra imediatamente o trabalho e por isso o trabalhador tão somente na medida em que ele próprio aliena sua atividade na troca p 169 O dinheiro como capital é uma determinação do dinheiro que vai além da sua determinação simples como dinheiro p 193 O capital provém inicialmente da circulação na verdade do dinheiro como seu ponto de partida o dinheiro que entra na circulação e ao mesmo tempo retorna a si é a última forma em que o dinheiro supera a si mesmo p 195 TRECHOS BÁSICOS DA DISCUSSÃO I pp 90120 Toda mercadoria produto ou instrumento de produção a objetivação de um determinado tempo de trabalho O seu valor a relação na qual se troca por outra mercadoria ou na qual outra mercadoria é trocada por ela o quantum de tempo de trabalho nela realizado Se p ex a mercadoria 1 hora de tempo de trabalho ela se troca então com todas as outras mercadorias que são produto de 1 hora de tempo de trabalho Todo esse raciocínio sob o pressuposto de que o valor de troca o valor de mercado o valor real o preço O valor da mercadoria é diferente da própria mercadoria O valor valor de troca é a mercadoria somente na troca efetiva ou imaginada o valor não é só a permutabilidade dessa mercadoria em geral mas sua permutabilidade específica O valor é ao mesmo tempo o expoente da relação na qual a mercadoria se troca com outras mercadorias e o expoente da relação na qual a mercadoria já se trocou com outras mercadorias na produção tempo de trabalho materializado é permutabilidade determinada quantitativamente As mercadorias p ex uma vara de algodão e uma medida de óleo consideradas como algodão e óleo são naturalmente diferentes possuem qualidades distintas são medidas por medidas diferentes são incomensuráveis Como valores todas as mercadorias são qualitativamente idênticas e apenas quantitativamente diferentes portanto todas se medem reciprocamente e se substituem se trocam são mutuamente convertíveis em relações quantitativas determinadas O valor é sua relação social sua qualidade econômica Um livro de um valor determinado e um pão com o mesmo valor trocamse mutuamente são o mesmo valor só que em materiais diferentes Como valor a mercadoria é simultaneamente equivalente para todas as outras mercadorias em uma determinada proporção Como valor a mercadoria é equivalente como equivalente todas as suas qualidades naturais são nela extintas não mantém mais qualquer relação qualitativa particular com as outras mercadorias ao contrário é tanto a medida universal como a representante universal como o meio de troca universal de todas as outras mercadorias Como valor é dinheiro No entanto dado que a mercadoria ou melhor dizendo o produto ou o instrumento de produção é diferente de si como valor como valor é diferente de si como produto A sua propriedade como valor não somente pode como deve adquirir simultaneamente uma existência diferente de sua existência natural Por quê Porque como valores as mercadorias são diferentes entre si apenas quantitativamente cada mercadoria tem de ser qualitativamente diferente de seu próprio valor Por isso o seu valor deve possuir igualmente uma existência qualitativamente dela diferenciável e na troca efetiva essa separabilidade tem de devir separação efetiva porque a diversidade natural das mercadorias tem de entrar em contradição com sua equivalência econômica e ambas só podem coexistir porque a mercadoria adquire uma dupla existência ao lado de sua existência natural adquire uma existência puramente econômica na qual a mercadoria é simples signo uma letra para uma relação de produção um simples signo para seu próprio valor Como valor toda mercadoria é igualmente divisível não o é em sua existência natural Como valor a mercadoria permanece a mesma quantas sejam as metamorfoses e formas de existência que percorra na realidade as mercadorias só são trocadas porque são heterogêneas e correspondem a diferentes sistemas de necessidades Como valor a mercadoria é universal como mercadoria efetiva é uma particularidade Os produtos ou atividades trocamse somente como mercadorias as mercadorias na própria troca existem só como valores somente enquanto tais elas se comparam Para determinar o peso de pão que posso trocar por uma vara de linho primeiro faço a vara de linho seu valor de troca ie 1x tempo de trabalho Da mesma forma faço a libra de pão seu valor de troca 1x ou 2x etc tempo de trabalho Faço cada uma das mercadorias um terceiro termo ie desiguais de si mesmas Esse terceiro termo diferente de ambas uma vez que expressa uma relação existe de início na cabeça na representação da única maneira enfim que relações podem ser pensadas se têm de ser fixadas diferentemente dos termos Subjekten em que se relacionam Quando um produto atividade devém valor de troca é transformado não só em uma relação quantitativa determinada em uma proporção a saber em um número que expressa qual quantidade de outras mercadorias é igual a ele seu equivalente ou em qual relação é o equivalente de outras mercadorias mas deve ao mesmo tempo ser transformado qualitativamente ser convertido em um outro elemento para que ambas as mercadorias devenham magnitudes concretas com a mesma unidade logo devenham comensuráveis A mercadoria tem de ser convertida primeiro em tempo de trabalho portanto em algo qualitativamente dela diferente 1 porque ela não é tempo de trabalho como tempo de trabalho mas tempo de trabalho materializado tempo de trabalho não sob a forma de movimento mas de repouso não sob a forma de processo mas de resultado 2 porque ela não é a objetivação do tempo de trabalho em geral que existe apenas na representação que é ele próprio apenas trabalho separado de sua qualidade trabalho só quantitativamente diferente mas o resultado determinado de um trabalho determinado naturalmente determinado qualitativamente diferente de outros trabalhos para poder então ser comparada como quantum determinado de tempo de trabalho magnitude de trabalho determinada com outros quanta de tempo de trabalho outras magnitudes de trabalho Para uma simples comparação avaliação dos produtos para a determinação ideal de seu valor é suficiente realizar mentalmente tal transformação uma transformação em que o produto existe simplesmente como expressão de relações de produção quantitativas Na comparação das mercadorias essa abstração é suficiente na troca efetiva a abstração deve ser por sua vez objetivada simbolizada realizada por um signo Essa necessidade se dá porque 1 como já dissemos as mercadorias em troca são ambas transformadas na cabeça em relações de mesma grandeza em valores de troca e são desse modo avaliadas uma em relação à outra No entanto caso tenham de ser efetivamente trocadas as suas determinações como valores de troca e simples números concretos Elas não são divisíveis à vontade etc 2 na troca efetiva mercadorias particulares são constantemente trocadas por mercadorias particulares e a permutabilidade de cada mercadoria bem como a relação em que é permutável depende de condições locais temporais etc Mas a transformação da mercadoria em valor de troca não a equipara a uma outra mercadoria particular mas a expressa como equivalente expressa sua relação de permutabilidade com todas as outras mercadorias O processo portanto é simplesmente o seguinte o produto devém mercadoria ie simples momento da troca A mercadoria é transformada em valor de troca Para se equiparar a si mesma como valor de troca a mercadoria é trocada por um signo que a representa como valor de troca enquanto tal Como tal valor de troca simbolizado a mercadoria pode então ser trocada em proporções determinadas por qualquer outra mercadoria Pelo fato de que o produto devém mercadoria e a mercadoria devém valor de troca o produto adquire primeiro na cabeça uma dupla existência Essa duplicação ideal acontece e tem de acontecer de modo que a mercadoria aparece duplicada na troca efetiva de um lado como produto natural de outro como valor de troca Em outras palavras seu valor de troca adquire uma existência material dela separada A determinação do produto em valor de troca implica necessariamente portanto que o valor de troca adquire uma existência separada e desprendida do produto O valor de troca desprendido das próprias mercadorias e ele próprio existente junto delas como mercadoria é dinheiro Todas as propriedades da mercadoria como valor de troca aparecem no dinheiro como um objeto diferente dela como uma forma de existência social desprendida de sua forma de existência natural Provar mais isso na medida em que forem enumeradas as propriedades usuais do dinheiro O material no qual esse símbolo é expresso não é de modo algum indiferente por mais diferente que apareça historicamente O desenvolvimento da sociedade elabora além do símbolo o material que lhe é mais e mais adequado e do qual ela tenta em seguida se desvencilhar um símbolo se não é arbitrário requer certas condições do material em que é representado Assim p ex os signos para palavras têm uma história Estilo dos caracteres etc O valor de troca do produto engendra por conseguinte o dinheiro ao lado do produto Como é impossível suprimir as complicações e contradições derivadas da existência do dinheiro ao lado das mercadorias particulares por meio da modificação da forma do dinheiro muito embora as dificuldades pertencentes a uma forma inferior possam ser evitadas por uma forma superior é igualmente impossível suprimir o próprio dinheiro enquanto o valor de troca permanecer a forma social dos produtos É preciso compreender isso claramente para não se colocar tarefas impossíveis e para conhecer os limites no interior dos quais as reformas monetárias e as transformações da circulação podem fornecer uma nova configuração para as relações de produção e as relações sociais sobre elas fundadas o simples fato de que a mercadoria existe duplamente uma vez como produto determinado que contém idealmente contém de modo latente seu valor de troca em sua forma de existência natural e depois como valor de troca manifesto dinheiro que removeu por sua vez todo nexo com a forma natural de existência do produto essa dupla existência distinta tem de continuar até a diferença a antítese e a contradição uma vez que o valor de troca da mercadoria existe duplamente como a mercadoria determinada e como dinheiro o ato de troca decompõese em dois atos mutuamente independentes troca das mercadorias por dinheiro troca de dinheiro por mercadorias compra e venda Como esses atos adquiriram agora formas de existência espacial e temporalmente separadas uma da outra indiferentes entre si sua identidade imediata deixa de existir Podem se corresponder ou não se corresponder podem coincidir ou não Como a própria troca cindese em dois atos mutuamente independentes o próprio movimento total da troca separase dos trocadores dos produtores das mercadorias A troca pela troca separase da troca por mercadorias Um estamento mercantil se interpõe entre os produtores um estamento que só compra para vender e só vende para novamente comprar e que nessa operação não tem por finalidade a posse das mercadorias como produtos mas unicamente a obtenção de valores de troca enquanto tais de dinheiro No simples escambo pode se constituir um estamento mercantil Mas como só tem à disposição o excedente da produção dos dois lados a sua influência sobre a própria produção bem como a sua importância como um todo permanece completamente secundária À autonomização do valor de troca no dinheiro destacado dos produtos corresponde a autonomização da troca do comércio como função destacada dos trocadores O valor de troca era a medida da troca de mercadorias mas sua finalidade era a posse direta da mercadoria trocada seu consumo quer esse consumo consistisse no fato de que a mercadoria como produto servia diretamente à satisfação de necessidades ou mesmo novamente como instrumento de produção A finalidade do comércio não é diretamente o consumo mas o ganhar dinheiro valor de troca Com essa duplicação da troca a troca para o consumo e a troca pela troca tem origem uma nova desproporção O negociante em sua troca é determinado simplesmente pela diferença entre compra e venda das mercadorias mas o consumidor precisa repor definitivamente o valor de troca da mercadoria que compra A circulação a troca no âmbito do estamento mercantil e no final da circulação a troca entre o estamento mercantil e os consumidores por mais que tenham enfim de se condicionar reciprocamente são determinados por leis e motivos muito diferentes e podem cair na maior das contradições uma com a outra Nessa separação já reside a possibilidade de crises comerciais Entretanto como a produção trabalha imediatamente para o comércio e só mediatamente para o consumo da mesma forma que tem de ser capturada por essa incongruência entre comércio e troca para consumo ela tem por sua vez de gerála No dinheiro o valor das coisas está separado de sua substância O dinheiro é originariamente o representante de todos os valores na práxis as coisas se invertem e todos os produtos e trabalhos reais devêm os representantes do dinheiro A dissolução de todos os produtos e atividades em valores de troca pressupõe a dissolução de todas as relações fixas históricas de dependência pessoal na produção bem como a dependência multilateral dos produtores entre si A produção de todo indivíduo singular é dependente da produção de todos os outros bem como a transformação de seu produto em meios de vida para si próprio tornase dependente do consumo de todos os outros Os preços são antigos a troca também mas a crescente determinação dos primeiros pelos custos de produção assim como a predominância da última sobre todas as relações de produção só se desenvolvem completamente e continuam a desenvolverse cada vez mais completamente na sociedade burguesa a sociedade da livre concorrência Aquilo que Adam Smith em autêntico estilo do século XVIII situa no período préhistórico no período que antecede a história é ao contrário um produto da história Essa dependência recíproca se expressa na permanente necessidade da troca e no valor de troca como mediador geral Os economistas expressam isso do seguinte modo cada um persegue seu interesse privado e apenas seu interesse privado e serve assim sem sabêlo ou desejálo ao interesse privado de todos ao interesse geral A piada não consiste em que à medida que cada um persegue seu interesse privado a totalidade dos interesses privados e portanto o interesse geral é alcançado Dessa frase abstrata poderia ser deduzido ao contrário que cada um obstaculiza reciprocamente a afirmação do interesse do outro e que desta bellum ommium contra omnes em lugar de uma afirmação universal resulta antes uma negação universal A moral da história reside ao contrário no fato de que o próprio interesse privado já é um interesse socialmente determinado e que só pode ser alcançado dentro das condições postas pela sociedade e com os meios por ela proporcionados logo está vinculado à reprodução de tais condições e meios É o interesse das pessoas privadas mas seu conteúdo assim como a forma e os meios de sua efetivação está dado por condições sociais independentes de todos A dependência recíproca e multilateral dos indivíduos mutuamente indiferentes forma sua conexão social Essa conexão social é expressa no valor de troca e somente nele a atividade própria ou o produto de cada indivíduo devêm uma atividade ou produto para si o indivíduo tem de produzir um produto universal o valor de troca ou este último por si isolado individualizado dinheiro De outro lado o poder que cada indivíduo exerce sobre a atividade dos outros ou sobre as riquezas sociais existe nele como o proprietário de valores de troca de dinheiro Seu poder social assim como seu nexo com a sociedade o indivíduo traz consigo no bolso A atividade qualquer que seja sua forma de manifestação individual e o produto da atividade qualquer que seja sua qualidade particular é o valor de troca ie um universal em que toda individualidade peculiaridade é negada e apagada Na verdade essa é uma situação muito distinta daquela em que o indivíduo ou o indivíduo natural ou historicamente ampliado na família ou tribo mais tarde comunidade reproduzse diretamente com base na natureza ou em que sua atividade produtiva e sua participação na produção são dependentes de uma determinada forma do trabalho e do produto e sua relação com os outros é determinada da mesma forma O caráter social da atividade assim como a forma social do produto e a participação do indivíduo na produção aparece aqui diante dos indivíduos como algo estranho como coisa não como sua conduta recíproca mas como sua subordinação a relações que existem independentemente deles e que nascem do entrechoque de indivíduos indiferentes entre si A troca universal de atividades e produtos que deveio condição vital para todo indivíduo singular sua conexão recíproca aparece para eles mesmos como algo estranho autônomo como uma coisa No valor de troca a conexão social entre as pessoas é transformada em um comportamento social das coisas o poder Vermögen pessoal em poder coisificado A troca quando mediada pelo valor de troca e pelo dinheiro pressupõe certamente a dependência multilateral dos produtores entre si mas ao mesmo tempo o completo isolamento dos seus interesses privados e uma divisão do trabalho social cuja unidade e mútua complementaridade existem como uma relação natural externa aos indivíduos independente deles A pressão da demanda e da oferta universais uma sobre a outra medeia a conexão de pessoas reciprocamente indiferentes A própria necessidade de primeiro transformar o produto ou a atividade dos indivíduos na forma de valor de troca no dinheiro e o fato de que só nessa forma coisal adquirem e comprovam seu poder social demonstra duas coisas 1 que os indivíduos produzem tão somente para a sociedade e na sociedade 2 que sua produção não é imediatamente social não é o resultado de associação que reparte o trabalho entre si Os indivíduos estão subsumidos à produção social que existe fora deles como uma fatalidade mas a produção social não está subsumida aos indivíduos que a utilizam como seu poder comum Caso se considere relações sociais que geram um sistema não desenvolvido de troca de valores de troca e de dinheiro ou às quais corresponde um grau pouco desenvolvido destes últimos é desde logo claro que os indivíduos embora suas relações apareçam mais pessoais só entram em relação uns com os outros como indivíduos em uma determinabilidade como suserano e vassalo senhor e servo etc ou como membros de uma casta etc ou ainda como integrantes de um estamento etc Na relação monetária no sistema de trocas desenvolvido e essa aparência seduz a democracia são de fato rompidos dilacerados os laços de dependência pessoal as diferenças de sangue as diferenças de cultura etc todos os laços pessoais aparecem ao menos como relações pessoais e os indivíduos parecem independentes essa independência que aliás não passa de mera ilusão e mais justamente significa apatia no sentido de indiferença livres para colidirem uns contra os outros e nessa liberdade trocar mas assim parecem apenas para aquele que abstrai das condições das condições de existência sob as quais esses indivíduos entram em contato e essas condições por sua vez são independentes dos indivíduos e aparecem apesar de geradas pela sociedade como condições naturais ie incontroláveis pelos indivíduos A determinabilidade que no primeiro caso aparece como uma limitação pessoal do indivíduo por parte de um outro aparece no segundo caso desenvolvida como uma limitação coisal do indivíduo por relações dele independentes e que repousam sobre si mesmas Como o indivíduo singular não pode se despojar de sua determinabilidade pessoal mas pode muito bem superar relações externas e subordinálas a si sua liberdade parece maior no caso 2 Entretanto uma análise mais precisa dessas relações externas dessas condições mostra a impossibilidade dos indivíduos de uma classe etc de superálas em massa sem as abolir O indivíduo singular pode casualmente ser capaz de fazê lo a massa de indivíduos dominados por tais relações não pode uma vez que sua mera existência expressa a subordinação a necessária subordinação dos indivíduos a elas Essas relações externas tampouco são uma supressão das relações de dependência dado que são apenas a sua resolução em uma forma universal são ao contrário a elaboração do fundamento universal das relações pessoais de dependência Também aqui os indivíduos só entram em relação entre si como indivíduos determinados Essas relações de dependência coisal por oposição às relações de dependência pessoal a relação de dependência coisal nada mais é do que as relações sociais autônomas contrapostas a indivíduos aparentemente independentes ie suas relações de produção recíprocas deles próprios autonomizadas aparecem de maneira tal que os indivíduos são agora dominados por abstrações ao passo que antes dependiam uns dos outros O dinheiro não nasce por convenção como tampouco sucede com o Estado Nasce da troca e na troca espontânea e naturalmente é um produto dela Originalmente servirá como dinheiro a mercadoria ie será permutada não como objeto da necessidade e do consumo mas para ser trocada outra vez por outras mercadorias que mais é trocada como objeto de necessidade que mais circula logo a mercadoria que com máxima segurança pode ser trocada de novo por outras mercadorias particulares que portanto na organização social dada representa a riqueza por excelência que é objeto da oferta e demanda mais gerais e que possui um valor de uso particular Assim sal peles gado escravos Do fato de que a mercadoria devém valor de troca universal resulta que o valor de troca devém uma mercadoria particular pode fazêlo só porque uma mercadoria particular adquire o privilégio perante todas as demais de representar de simbolizar o seu valor de troca ie de devir dinheiro Que a propriedade de dinheiro de todas as mercadorias se apresenta como uma mercadoria particular na qualidade de sujeitodinheiro isso resulta da própria essência do valor de troca No curso do desenvolvimento o valor de troca do dinheiro pode adquirir de novo uma existência separada de sua matéria de sua substância como ocorre no papel moeda sem suprimir entretanto o privilégio dessa mercadoria particular porquanto a existência particularizada tem de continuar recebendo sua denominação da mercadoria particular O tempo de trabalho determinado é objetivado em uma mercadoria determinada particular de qualidades particulares e particulares relações com as necessidades mas objetivado em uma mercadoria que expressa somente sua quotidade ou quantidade que é indiferente às suas propriedades naturais e por isso pode ser metamorfoseada ie trocada em qualquer outra mercadoria que objetive o mesmo tempo de trabalho Como objeto deve possuir esse caráter universal que contradiz sua particularidade natural Essa contradição só pode ser resolvida na medida em que ela própria é objetivada ie na medida em que a mercadoria é posta duplamente uma vez em sua forma natural imediata depois em sua forma mediada como dinheiro Essa última operação só é possível porque uma mercadoria particular devém por assim dizer a substância universal dos valores de troca ou porque o valor de troca das mercadorias é identificado a uma substância particular a uma mercadoria particular distinta de todas as demais Ie porque a mercadoria tem de ser trocada primeiro por essa mercadoria universal pelo produto ou pela objetivação universal simbólica do tempo de trabalho para ser em seguida como valor de troca permutável à vontade e indiferenciadamente por todas as outras mercadorias para nelas ser metamorfoseável O dinheiro é o tempo de trabalho como objeto universal ou a objetivação do tempo de trabalho universal o tempo de trabalho como mercadoria universal Se parece muito simples por essa razão que o tempo de trabalho porque regula os valores de troca é de fato não só sua medida inerente mas sua própria substância pois como valores de troca as mercadorias não possuem qualquer outra substância nenhuma qualidade natural e que pode também servir diretamente como seu dinheiro ie suprir o elemento no qual os valores de troca se realizam enquanto tais essa aparência de simplicidade ilude Pressuposta a produção coletiva a determinação do tempo permanece naturalmente essencial Quanto menos tempo a sociedade precisa para produzir trigo gado etc tanto mais tempo ganha para outras produções materiais ou espirituais Da mesma maneira que para um indivíduo singular a universalidade de seu desenvolvimento de seu prazer e de sua atividade depende da economia de tempo Economia de tempo a isso se reduz afinal toda economia Da mesma forma a sociedade tem de distribuir apropriadamente seu tempo para obter uma produção em conformidade com a totalidade de suas necessidades do mesmo modo como para o indivíduo singular tem de distribuir o seu tempo de forma correta para adquirir conhecimentos em proporções apropriadas ou para desempenhar suficientemente as variadas exigências de sua atividade Economia de tempo bem como distribuição planificada do tempo de trabalho entre os diferentes ramos de produção continua sendo também a primeira lei econômica sobre a base da produção coletiva Permanece lei até mesmo em grau muito mais elevado Todavia isto é essencialmente distinto da mensuração dos valores de troca trabalhos ou produtos de trabalho pelo tempo de trabalho Os trabalhos dos indivíduos singulares em um mesmo ramo de trabalho e os diversos tipos de trabalho são diferentes não só quantitativamente mas também qualitativamente O que pressupõe a diferença puramente quantitativa das coisas A uniformidade Dieselbigkeit de sua qualidade Logo a mensuração quantitativa dos trabalhos pressupõe a igualdade a uniformidade Dieselbigkeit de sua qualidade TRECHOS BÁSICOS DA DISCUSSÃO II pp 183 291 O que torna especialmente difícil a compreensão do dinheiro em sua determinabilidade plena como dinheiro dificuldade da qual a Economia Política procura se esquivar esquecendo ora uma ora outra de suas determinações e apelando a uma quando é confrontada pela outra é que aqui uma relação social uma determinada relação dos indivíduos entre si aparece como um metal uma pedra uma coisa puramente corpórea fora deles coisa que enquanto tal é encontrada na natureza e na qual também não subsiste mais nenhuma determinação formal para distinguila de sua existência natural Ouro e prata em si e por si mesmos não são dinheiro A natureza não produz nenhum dinheiro da mesma maneira que não produz taxa de câmbio ou banqueiros mas na terceira determinação ie em sua completude em que ser medida e moeda aparecem somente como funções do dinheiro toda a determinação formal desaparece ou coincide imediatamente com seu ser metálico Nele não aparece em absoluto que a determinação de ser dinheiro é simples resultado do processo social ele é dinheiro E isso é tanto mais difícil compreender porque seu valor de uso imediato para o indivíduo não tem qualquer relação com tal função e porque nele como encarnação do valor de troca puro já está de fato completamente apagada a memória do valor de uso em contraste com o valor de troca Por essa razão aqui se apresenta em toda a sua pureza a contradição fundamental contida no valor de troca e no modo de produção da sociedade que lhe corresponde É somente no capital que o valor de troca é posto como valor de troca pelo fato de que se conserva na circulação ie nem devém insubstancial mas se efetiva sempre em outras substâncias em uma totalidade delas nem perde sua determinação formal mas conserva em cada uma das diferentes substâncias sua identidade consigo mesmo Portanto permanece sempre dinheiro e sempre mercadoria Ele é em cada momento ambos os momentos que na circulação desaparecem um no outro Mas o é apenas porque ele próprio é um circuito de trocas que se renova continuamente Sob esse aspecto sua circulação é diferente da circulação simples do valor de troca enquanto tal A circulação simples só é circulação na verdade desde o ponto de vista do observador ou em si O valor de troca era originariamente de acordo com seu conteúdo quantum objetivado de trabalho ou de tempo de trabalho enquanto tal ele continuou em sua objetivação por meio da circulação até a sua existência como dinheiro dinheiro tangível Agora ele próprio tem de pôr novamente o ponto de partida da circulação o qual se situa fora dela que lhe era pressuposto e para o qual ela própria aparecia como um movimento que se apodera do valor de troca a partir do exterior e o transforma no interior dela mesma a saber o trabalho agora contudo não mais como simples equivalente ou simples objetivação do trabalho mas como o valor de troca objetivado e autonomizado que só se entrega ao trabalho só devém seu material para renovar se a si mesmo e para começar a circulação a partir de si mesmo Com isso também não se trata mais da simples equiparação da preservação de sua identidade como na circulação mas de multiplicação de si mesmo O valor de troca só se põe como valor de troca à medida que se valoriza que portanto aumenta o seu valor Como capital o dinheiro que da circulação regressa a si mesmo perdeu sua rigidez e de coisa tangível deveio um processo O valor de uso ou mercadoria que se contrapõe ao capital ou ao valor de troca posto não é mais a mercadoria tal como aparecia perante o dinheiro cuja determinabilidade formal era tão indiferente quanto seu conteúdo e que só se apresentava como uma substância absolutamente qualquer 1 Em primeiro lugar como valor de uso para o capital ie como um objeto pela troca com o qual o capital não perde sua determinação de valor como ocorre com o dinheiro p ex ao ser trocado por uma determinada mercadoria Sob tal aspecto o contrário do capital não pode ser de novo uma mercadoria particular porque enquanto tal ela não constitui uma oposição ao capital pois a substância do próprio capital é valor de uso não é essa ou aquela mercadoria mas é qualquer mercadoria A substância comum a todas as mercadorias ie sua substância dessa vez não como seu substrato material determinação física portanto mas sua substância em comum como mercadorias e por isso valores de troca é a de que são trabalho objetivado A única coisa distinta do trabalho objetivado é o trabalho não objetivado mas ainda se objetivando o trabalho como subjetividade Ou ainda o trabalho objetivado ie como trabalho presente no espaço pode ser contraposto como trabalho passado ao trabalho presente no tempo Como deve existir como trabalho no tempo vivo só pode existir como sujeito vivo no qual existe como capacidade como possibilidade logo como trabalhador Por isso o único valor de uso que pode constituir uma antítese ao capital é o trabalho mais precisamente trabalho criador de valor ie trabalho produtivo O valor de uso que confronta o capital como o valor de troca posto é o trabalho O capital se troca ou está nessa determinabilidade só em relação com o não capital a negação do capital e só é capital relativamente a esta última o não capital efetivo é o trabalho Quando consideramos a troca entre capital e trabalho descobrimos que ela se decompõe em dois processos não apenas formal mas qualitativamente diferentes e até mesmo opostos 1 O trabalhador troca sua mercadoria o trabalho o valor de uso que como mercadoria também tem um preço como todas as outras mercadorias por uma determinada soma de valores de troca determinada soma de dinheiro que o capital lhe cede 2 O capitalista recebe em troca o próprio trabalho o trabalho como atividade que põe valor como trabalho produtivo ie recebe a força produtiva que conserva e multiplica o capital e que com isso devém força produtiva e força reprodutiva do capital uma força pertencente ao próprio capital A separação desses dois processos é tão evidente que eles podem dissociarse no tempo e não têm absolutamente de coincidir O primeiro processo pode estar concluído e na maioria das vezes o está em certo grau antes de começar o segundo A consumação do segundo ato presume a finalização do produto O pagamento do salário não pode esperar que isso aconteça Veremos que o próprio fato de não esperar a finalização do produto é uma determinação essencial da relação Na troca simples na circulação esse duplo processo não tem lugar Se a mercadoria a é trocada pelo dinheiro b e este em seguida pela mercadoria c destinada ao consumo o objeto original da troca para a a utilização da mercadoria c seu consumo se dá totalmente fora da circulação não diz respeito à forma da relação está situada fora da própria circulação e é um interesse puramente material que só expressa uma relação do indivíduo A em sua naturalidade com um objeto de sua necessidade singular O que ele faz com a mercadoria c é uma questão que está fora da relação econômica Aqui inversamente o valor de uso do que é trocado por dinheiro aparece como relação econômica particular e a utilização determinada do que é trocado por dinheiro constitui a finalidade última de ambos os processos Por conseguinte isso já diferencia formalmente a troca entre capital e trabalho da troca simples dois processos distintos A troca do trabalhador com o capitalista é uma troca simples cada um obtém um equivalente um um dinheiro outro uma mercadoria cujo preço é exatamente igual ao dinheiro pago por ela o que o capitalista obtém nessa troca simples é um valor de uso disposição sobre trabalho alheio Do lado do trabalhador e essa é a troca na qual ele aparece como vendedor é evidente que o uso que faz o comprador da mercadoria por ele cedida a determinação formal da relação lhe interessa tão pouco quanto ao vendedor de qualquer outra mercadoria de um valor de uso O que ele vende é a disposição sobre o seu trabalho que é um trabalho determinado habilidade determinada etc É completamente indiferente o que o capitalista faz com o seu trabalho não obstante só possa utilizálo naturalmente de acordo com a sua determinabilidade e sua própria disposição sobre o trabalho se limite apenas a um trabalho determinado e a um comando sobre ele temporalmente determinado tanto ou quanto de tempo de trabalho O sistema de pagamento do trabalho por peça dá certamente a aparência de que o trabalhador recebe uma parte determinada do produto Entretanto tratase apenas de uma outra forma de medir o tempo em lugar de dizer você trabalha durante 12 horas dizse você recebe tanto por peça ie nós medimos o tempo que você trabalha pelo número de produtos isso não nos interessa aqui na consideração da relação geral Se o capitalista se satisfez com a simples capacidade de dispor do trabalho sem fazer o trabalhador trabalhar efetivamente p ex para ter o seu trabalho como reserva etc ou para privar seus concorrentes da capacidade de dispor do trabalho como por exemplo diretores de teatro que contratam cantoras para uma temporada não para fazêlas cantar mas para que não cantem em um teatro concorrente a troca se realizou de forma plena No dinheiro o trabalhador recebe evidentemente o valor de troca a forma universal da riqueza em quantum determinado e o mais ou menos que recebe lhe proporciona uma cota maior ou menor na riqueza geral Como é determinado esse a mais ou a menos como é medida a quantidade de dinheiro que recebe tem tão pouco a ver com a relação geral que não pode ser desenvolvido a partir dela enquanto tal Considerado em termos gerais o valor de troca de sua mercadoria não pode ser determinado pela maneira como o comprador usa sua mercadoria mas somente pela quantidade de trabalho objetivado que existe nela mesma nesse caso portanto pelo quantum de trabalho que custa produzir o próprio trabalhador Pois o valor de uso que oferece existe somente como aptidão capacidade de sua constituição corpórea não tem existência fora dela O maisvalor que o capital tem ao final do processo de produção um maisvalor que como preço mais elevado do produto só é realizado na circulação como todos os preços nela realizados que sendo já idealmente pressupostos à circulação são determinados antes de nela ingressarem tal maisvalor significa expresso de acordo com o conceito geral do valor de troca que o tempo de trabalho objetivado no produto ou quantum de trabalho expressa estaticamente a magnitude do trabalho aparece como quantidade espacial mas expressa em movimento só é mensurável pelo tempo é maior do que o tempo de trabalho presente nos componentes originais do capital Agora isso somente é possível se o trabalho objetivado no vivo que é comprado com ele O tempo de trabalho objetivado no capital aparece como já vimos como uma soma composta de três partes a o tempo de trabalho objetivado na matéria prima b o tempo de trabalho objetivado no instrumento c o tempo de trabalho objetivado no preço do trabalho Agora as partes a e b permanecem inalteradas como componentes do capital muito embora alterem sua figura no processo seus modos de existência material permanecem inalteradas como valores É só c que o capital troca por alguma coisa qualitativamente diferente um quantum dado de trabalho objetivado por um quantum de trabalho vivo Na medida em que o tempo de trabalho vivo só reproduzisse o tempo de trabalho objetivado no preço do trabalho tal reprodução também seria puramente formal assim como no que diz respeito ao valor teria ocorrido apenas uma troca por trabalho vivo como outro modo de existência do mesmo valor da mesma maneira que no que diz respeito ao valor do material de trabalho e do instrumento teve lugar somente uma alteração de seu modo de existência material Caso o capitalista tivesse pago ao trabalhador um preço um dia de trabalho e o dia de trabalho do trabalhador só tivesse acrescentado um dia de trabalho à matériaprima e ao instrumento o capitalista teria simplesmente trocado o valor de troca em uma forma pelo valor de troca em uma outra Não teria atuado como capital Por outro lado o trabalhador não teria permanecido no processo de troca simples ele teria de fato recebido o produto de seu trabalho em pagamento só que o capitalista lhe teria feito o obséquio de pagar lhe antecipadamente o preço do produto antes de sua realização O que o trabalhador troca com o capital é seu próprio trabalho na troca a disponibilidade sobre ele ele o aliena O que ele recebe como preço é o valor dessa alienação O trabalhador troca a atividade ponente de valor por um valor predeterminado independentemente do resultado de sua atividade O maisvalor é no fundo valor para além do equivalente O equivalente segundo sua determinação é somente a identidade do valor consigo mesmo O maisvalor consequentemente jamais pode brotar do equivalente portanto tampouco pode brotar originariamente da circulação tem de brotar do próprio processo de produção do capital A coisa também pode ser expressa da seguinte maneira se o trabalhador precisa de somente meia jornada de trabalho para viver uma jornada inteira então só precisa trabalhar meia jornada para perpetuar sua existência como trabalhador A segunda metade da jornada de trabalho é trabalho forçado trabalho excedente O que aparece do ponto de vista do capital como maisvalor aparece do ponto de vista do trabalhador exatamente como maistrabalho acima de sua necessidade como trabalhador acima portanto de sua necessidade imediata para a conservação de sua vitalidade O tempo de trabalho vivo nada mais reproduz do que a parte do tempo de trabalho objetivado do capital que aparece como equivalente para dispor da capacidade de trabalho viva e que por isso tem de repor como equivalente o tempo de trabalho objetivado nessa capacidade de trabalho vale dizer tem de manter vivos os trabalhadores como trabalhadores O que o tempo de trabalho vivo produz a mais não é reprodução mas criação nova na verdade nova criação de valor porque é objetivação de novo tempo de trabalho em um valor de uso O fato de que o tempo de trabalho contido na matériaprima e no instrumento é simultaneamente conservado não é resultado da quantidade do trabalho mas de sua qualidade como trabalho enquanto tal e sua qualidade universal que não é nenhuma qualificação particular do trabalho não é trabalho especificamente determinado mas significa que o trabalho como trabalho é trabalho não é especificamente paga porque o capital comprou esta qualidade na troca com o trabalhador Mas o equivalente para essa qualidade do valor de uso específico do trabalho é medido simplesmente pelo quantum de tempo de trabalho que a produziu É o trabalho vivo que conserva o valor de uso do produto do trabalho inacabado porque faz dele o material de um trabalho ulterior Mas só o conserva ie só o preserva da inutilidade ou da deterioração porque o elabora de acordo com sua finalidade porque enfim o faz objeto de novo trabalho vivo Tal conservação do valor de uso antigo não é um processo que tem lugar paralelamente ao seu aumento ou à sua finalização pelo novo trabalho ao contrário ela se dá pelo próprio trabalho novo de aumento do valor de uso O quantum de trabalho objetivado é conservado à medida que sua qualidade como valores de uso para trabalho posterior é conservada pelo contato com o trabalho vivo O valor de uso do algodão bem como seu valor de uso como fio são conservados pelo fato de que como fio é tecido pelo fato de que existe como um dos momentos objetivos juntamente com a roda de fiar86 na tecelagem Dessa maneira portanto também se conserva o quantum de tempo de trabalho que estava contido no algodão e no fio de algodão O que aparece no processo de produção simples como conservação da qualidade do trabalho precedente e em consequência também do material em que está posto aparece no processo de valorização como conservação do quantum do trabalho já objetivado Para o capital essa conservação é a conservação do quantum do trabalho objetivado pelo processo de produção para o próprio trabalho vivo é somente a conservação do valor de uso já existente existente para o trabalho O trabalho vivo adiciona um novo quantum de trabalho porém ele não conserva o quantum de trabalho já objetivado por essa adição quantitativa mas por sua qualidade como trabalho vivo ou pelo fato de que relacionase como trabalho com os valores de uso em que existe o trabalho passado Todavia o trabalho vivo também não é pago por essa qualidade que possui como trabalho vivo A superação da separação que se dá efetivamente no processo de produção porque caso contrário não se poderia trabalhar de modo algum o capital não paga Por conseguinte fica patente que por meio do processo de troca com o trabalhador o capitalista pagando efetivamente ao trabalhador um equivalente pelos custos de produção contidos em sua capacidade de trabalho ie dandolhe os meios para conservar sua capacidade de trabalho mas apropriandose do trabalho vivo recebe grátis duas coisas primeiro o trabalho excedente que aumenta o valor do seu capital segundo e ao mesmo tempo a qualidade do trabalho vivo que conserva o trabalho passado materializado nos componentes do capital e dessa maneira conserva o valor do capital antes existente No entanto essa conservação não se dá porque o trabalho vivo aumenta a quantidade do trabalho objetivado pois cria valor mas simplesmente porque o trabalho ao adicionar novo quantum de trabalho existe como trabalho vivo na relação imanente com o material e o instrumento de trabalho posta pelo processo de produção portanto por sua qualidade como trabalho vivo