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Sociologia
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Um Toque de Clássicos MARX DURKHEIM WEBER 2ª EDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA Tania Quintaneiro Maria Ligia de Oliveira Barbosa Márcia Gardenia Monteiro de Oliveira EDITORA UFMG Copyright 1998 Ivy Tania Quintaneiro Maria Ligia de Oliveira Barbosa e Márcia Gardenia Monteiro de Oliveira 1999 1ª reimpressão 2000 2ª reimpressão 2001 3ª reimpressão 2002 4ª reimpressão 2004 2ª ed ampl Este livro por inteiro não pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização expressa do Editor EDITORADO POR Ana Maria de Moraes REVISÃO DE TEXTO E NORMATIZAÇÃO Olga M A Sousa PROJETO GRÁFICO Glória Campos Marga CAPA Ready Made Multimídia Comunicação revista por Cássio Ribeiro PRODUÇÃO GRÁFICA Graphic Rail Cássio Ribeiro FORMATAÇÃO Cássio Ribeiro Av Antônio Carlos 6627 Ala direita da Biblioteca Central térreo Campus Pampulha 31270901 Belo HorizonteMG Tel 31 34994560 Fax 31 34994768 Email Editoratubufmbr httpwwweditoraufmgbr UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS REITORA Ana Lúcia Almeida Gazzola VICEREITOR Marcos Barro Viana CONSELHO EDITORIAL 56 A taxa de maisvalia que é a razão entre trabalho excedente e trabalho necessário é a expressão do grau de exploração da força de trabalho pelo capital S U M Á R I O INTRODUÇÃO K A R L M A R X Márcia Gardenia Monteiro de Oliveira Tania Quintaneiro Introdução 27 Dialética e materialismo 28 Necessidades produção e reprodução 32 Forças produtivas e relações sociais de produção 34 Estrutura e superestrutura 36 Classes sociais e estrutura social 40 Lutas de classes 43 A economia capitalista 45 O papel revolucionário da burguesia 48 A transitoriedade do modo de produção capitalista 50 Trabalho alienação e sociedade capitalista 51 Revolução 56 Comunismo 58 Conclusões 59 Bibliografia 60 É M I L E D U R K H E I M Tania Quintaneiro 2 Introdução 67 A especificidade do objeto sociológico 68 O método de estudo da sociologia segundo Durkheim 72 A dualidade dos fatos sociais 75 57 MARX O capital v III p 801 A reflexão sobre as origens e a natureza da vida social é quase tão antiga quanto a própria humanidade mas a Sociologia como um campo delimitado do saber científico só emergiu em meados do século 19 na Europa Para melhor entender esse processo é mister referirse ao conjunto das mudanças econômicas políticas e sociais ocorridas principalmente a partir do século 18 e as correntes de pensamento que estabeleceram os alicerces da modernidade europeia o racionalismo o empirismo e o iluminismo A marca da Europa moderna foi sem dúvida a instabilidade expressa na forma de crises nos diversos âmbitos da vida material cultural e moral Foi em meio desses dinâmicos turbulentos que nasceu a Sociologia enquanto ciência sendo interpretada como a explicação de caos através de certo ponto assustador em que a sociedade parecia haverse tomado Passouse a considerar brevemente algumas das dimensões sociais e intelectuais envolvidas nessa trajetória 58 Na Inglaterra as revoluções de 1640 e 1688 encarregaramse de destruir as antigas formas econômicas e as relações sociais e políticas correspondentes As grandes transformações sociais não costumam acontecer de maneira súbita sendo quais imperativas para aqueles que nelas estão imersos Mesmo os sistemas filosóficos e científicos inovadores entrelaçamse a tal ponto que os que os antecedem e cujo efeito pensar em limites não se fazem insignificantes Assim quando a consciência se desenvolveu a Nova organização industrial em consequência de um mundo distinto a qual se chamou Revolução Industrial A dinâmica do desenvolvimento capitalista e as novas forças sociais por ele engendradas provocaram o enfraquecimento ou desaparecimento mais ou menos rápido dos instrumentos tradicionais aristocracia e campesinato e das instituições feudais servidão propriedade comunal organizações corporativas artesanais e comércio A partir da segunda metade do século 18 com a primeira revolução industrial e o nascimento do proletariado cresceram as pressões por uma maior participação política e a urbanização intensificouse 59 MARX ENGELS Manifesto do Partido Comunista p 26 Entre outras coisas a industrialização também modificou profundamente a percepção do tempo entre as populações europeias ajustadas a ritmos naturais em obedecência a costumes milenares Isso se explica porque quanto menos os povos dependem da tecnologia por levar adiante suas atividades produtivas mais um sentido social é regulado pelos fenômenos da natureza as estações as marés a noite e o dia o clima A revolução industrial obrigou as pessoas a viverem na vida social o empresariado passa a comprar força de trabalho e a exigir seus encargos Os trabalhadores impõem uma disciplina até então desconhecida Uma nova moralidade a ser sustentada desde os púlpitos até os organismos organizados ensaios começa a rebelarse contra as exigências excessivas O esforço para entender as causas os prováveis desenvovimentos das novas relações sociais motivou a reflexão que levou a cristalizarse na Sociologia 60 MARX O capital v I p 352 61 MARX O capital v I p 176 produções francesa e inglesa especialmente no que diz respeito à preeminência da sociedade sobre o indivíduo sua crítica às mazelas da sociedade moderna Entre os principais representantes dos que têm sido chamados profetas do passado estão o inglês Edmund Burke 17291797 e os franceses Joseph de Maistre 17531821 e Louis de Bonald 17541840 Em linhas gerais eles ansiavam por uma sociedade estável hierárquica fundada em valores familiares religiosos e comunitários assim como a ordem na coação e na autoridade Esse modelo havia chegado ao fim na sociedades modernas começando a declinar como o Renascimento A nostalgia de uma vida familiar vista então como lídica e o processo artesanal de trabalho ambos destruídos pelo novo modo de produção e pela urbanização da frota traduziramse em críticas à própria modernidade de que eram fruto o homem alienado anímico desprovido de virtudes morais e espirituais Paralelamente a essa rejeição ao moderno tal corrente glorificava a tradição 62 MARX ENGELS Manifesto do Partido Comunista p 25 SaintSimon acreditava no industrialismo como domínio da natureza sendo a história humana o do trabalho material e espiritual ou do esforço coletivo que engloba os avanços da ciência A característica fundamental da sociedade moderna era para ele como o fora para os iluministas o progresso Fazendo eco a seus sucessores ele dizia cientes naturais a ciência que trabalha e constrói chamou de Fisiologia Social Ela deveria tratar de ancho e lógico sendo tática da melhor solução nem um papel como um ideal apropriadoe Sociologia aproveitarse disso para moderadamente a razão A solução se encontraria nos homens e as suas cartas seriam em seu devido local positivo onde era similar ao livre e complexo organizado dentro da base do organismo 63 MARX ENGELS Manifesto do Partido Comunista p 2728 Científico de SaintSimon por algum tempo Auguste Comte 17981857 foi quem cunhou o termo Sociologia que logo veio a se generalizar contribuindo para alguns a perceberem como o fundador da própria ciência Ele foi o grande divulgador do método positivo de conhecimento das sociedades sintetizando um novo desiderato ciência da previdência previdência daí ação Tratarse de conhecer as leis sociais para poder reacionarse aos fenômenos e agir com eficiência explicar e antever combinando a estabilidade e a atividade as necessidades simultâneas de um progresso condições fundamentais da civilização moderna Uma das grandes preocupações de Comte era a crise de sua época causada segundo ele pela desorganização social moral e de ideais A solução se encontraria na construção das ciências a Sociologia a ciência e razão do homem que eliminaria o obscuro o caos da civilização humana não seria moral nem mesmo admirável é um organismo e apresento um crescimento contínuo À medida que ela cresce suas partes tornamse diferentes sua estrutura fica mais complicada e as partes desenvolvem também funções diferentes 64 MARX ENGELS Manifesto do Partido Comunista p 2728 BIBLIOGRAFIA ARIÈS Phillippe História social da criança e da família Tradução de Doris Flaksman Rio de Janeiro Guanabara 1981 65 Numa frase muito conhecida Marx e Engels dizem A burguesia produz sobreduz seus próprios covilhos Sua queda e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis MARX ENGELS Manifesto do Partido Comunista p 34 pessoas Uma espécie de tina esvaidecida pelas manhãs era usada como privada Para um dos seus distritos havia 33 tins servindo a 7000 pessoas ROSEN Uma história da saúde pública p 166167 66 MARX ENGELS Manifesto do Partido Comunista p 32 67 MARX Miséria de la filosofía p 159 O finito deve portanto ser apreendido a partir do seu oposto o infinito o universal e essa relação entre o particular e a totalidade que lhegeli denomina unidade dialética O fenômeno tornase inteligível ao ser articulado à totalidade em que se insere ao ser construído conectivamente Na base desse entendimento reside o sujeito que é quem realiza o esforço conceitual orientado a transcender a simples observação dos fatos estruturandoos em um sistema totalizante Este no entanto será sempre transitório passível de superação devido ao autonovirismo de que reflete a busca pela verdade em que se empenha o pensamento científico e filosófico Apliquei aos fenomenologicamente produzidos a dialética dialética que aponta as contradições constitutivas da vida social que resultam na necessidade de superação de determinada ordem 68 MARX ENGELS A ideologia alemã p 42 Este método de abordagem da vida social foi denominado posteriormente de materialismo histórico De acordo com tal concepção as relações materiais que os homens estabelecem e o modo como produzem seus meios de vida dependem da interação com a natureza e com outros indivíduos dando origem a sua vida material 69 MARX ENGELS A ideologia alemã p 28 O trabalhador é tanto mais pobre quanto mais riqueza produz quanto mais cresce seu produto em potência e em volume O trabalhador convergese numa mercadoria tanto mais barata quanto mais mercadorias produz A desvalorização do mundo humano cresce na razão direta da valorização do mundo dos casos O trabalho não apenas produz mercadorias produz também a si mesmo e o operário como mercadoria e justamente na proporção em que produz mercadorias em geral É certo que também o animal produz Gustouse para si um filho casas como os abelhas os castores os formigas etc Mas produz unicamente o que necessita imediatamente para sua prole produz igualmente por isso que não é um animal livre 70 MARX Manuscritos economia e filosofia p 28 Marx nunca se refere à produção em geral mas à produção num estado determinado do desenvolvimento social igual à produção dos indivíduos vivendo em sociedade Embora a sociedade seja o produto da ação recíproca dos homens ela não é uma obra que esses realizam de acordo com seus desejos particulares 71 MARX Manuscritos economia e filosofia p 54 Segundo a concepção materialista da história na produção da vida os homens geram também outro gênero de produtos que não têm forma material as ideologias políticas concepções religiosas códigos morais e estéticos sistemas legais de ensino de comunicação 72 MARX Trabalhou assalariado e capital p 75 Coube a Engels numa longa carta esclarecer alguns equívocos que já se anunciavam então a respeito da relação entre a estrutura e a superestrutura 73 MARX Manuscritos economia e filosofia p 156 E ainda afasta definitivamente a ideia segundo a qual as classes se definiriam a partir do nível de renda ou da origem dos rendimentos isso não resultariam na definição de situações como também tornaria a distribuição da riqueza produzida socialmente a própria causa da desigualdade A renda não é um fator independente de produção e então uma expressão de parcela maior ou menor do produto a que um grupo de indivíduos pode ter direito em decorrência de sua posição na estrutura de classes 74 MARX Miséria de la filosofia p 127 No trecho a seguir estão sintetizados aspectos importantes da teoria marxista sobre as classes e a relação conflituosa que mantêm 75 MARX Miséria de la filosofia p 91 A ECONOMIA CAPITALISTA O foco de Marx em O capital sua obra madura é a sociedade capitalista a forma de organização social mais desenvolvida e mais variada de todas já existentes Ao analisála compreendemse também outras formações socioeconômicas anteriores e desnaturalizadas como os sociedades primitivas as escravistas as asiáticas e as feudais sob cujas ruínas e elementos ela se edifica das quais certos vestígios ainda não apagados que contenham a existir nelas se enriquecem de toda a sua significação A unidade de análise mais simples desse clássico é a expressão elementar de sua riqueza e a mercadoria forma assumida pelos produtos e pela própria força de trabalho e composta por dois fatores valor de uso e valor de troca Por um lado a mercadoria tem por propriedade de satisfazer as necessidades humanas sejam as do consumo ou as da fantasia servindo como meio de subsistência ou de produto Por ser útil ela tem um valor de uso que se realiza ou se efetiva no consumo enquanto o que não se consome não se transforma Coisas feitas porém podem não ser mercadorias desde que não sejam produtos do trabalho ou não se destinam a troca como a produção para uso próprio Para calcular o valor de troca a mercadoria medese a quantidade de substância que ela contém embora para isso não se leve em conta as diferentes capacidades de seus produtores individualmente em um a força social trabalhada o tempo de trabalho socialmente necessário isto é todo trabalho executado com grau médio de habilidade e intensidade por sujeitos normais relativos ao meio social dado Ou seja o cálculo do valor de troca é feito segundo o tempo de trabalho ou seja a força de trabalho por um salário aparente Apesar de contadas distâncias mercadorias podem ter valores diferentes e para que esse processo se dê efetivamente deve existir a relação de troca a partir de extremos um produto feito ou um valor que implique diretamente o mesmo e as riquezas não é devido ao mesmo à força de trabalho humana 76 MARX O capital v I p 92 O PAPEL REVOLUCIONÁRIO DA BURGUESIA Marx concentra boa parte de sua obra na análise do surgimento evolução e superação do capitalismo e no modo pelo qual se originou da destruição da sociedade feudal que o antecede Segundo ele a organização produtiva feudal com sua forma de propriedade dos meios de produção urbana e rural processos de trabalho e técnicas já tinha se esgotado e novas forças produtivas muito mais poderosas vinham se desenvolvendo Enquanto a proteção das guildas e corporações da Idade Média tivesse possibilitado a acumulação de capital o desenvolvimento do comércio marítimo e a fundação das colônias a manutenção e as estruturas feudais constituíremse iam num entre a continuidade daquela expansão Vimos pois que os meios de produção e de troca sobre cuja base a burguesia se formou foram criados na sociedade feudal Ao alcançar um curto giro de desenvolvimentos esses processos de trabalho se articularam em condições que era a sociedade feudal produtivamente nova toda a organização feudal da agricultura e da indústria em suas pautas nas relações feudais de propriedade destituíram a legislação feudal e eliminou os impostos e obrigações feudais as corporações de ofício o sistema da avassalagem que impediu que os transformassem nos trabalhadores livres e mesmo o regime político monárquico nos casos em que sua existência representava um obstáculo ao pleno desenvolvimento das potencialidades da produção capitalista Assim dimensão revolucionária da ação burguesa não se esgota com a extinção daquelas antigas formas porque além disso a burguesia não pode existir senão sob a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção e com isso todas as relações sociais E a revolução continua na produção um aumento constante de sua riqueza material Os homens aparecem como iguais diante da lei do Estado no mercado etc assim eles vêmse a si mesmos Mas embora o processo de venda da força de trabalho por um salário aparente como um intermeio entre equivalentes o valor que o trabalhador pode produzir durante o tempo em que trabalha para aquele que o contrata é superior àquele pelo qual suas condições Marx distingue o tempo de trabalho necessário durante o qual se dá a reprodução do trabalhador e o tempo que é equivalente a seu salário do tempo de trabalho excedente período em que a atividade produtiva não cria valor para o capital Em função das relações sociais de produção capitalista o valor que é produzido durante o tempo de trabalho excedente não é apropriado pela burguesia Parte desse valor extrai diretamente o processo de produção passa a integrar o próprio capital possibilitando a acumulação crescente 77 MARX Miséria de la filosofia p 91 A TRANSITORIEDADE DO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA Mas a nova sociedade que saiu das ruínas da sociedade feudal não aboliu as contradições entre as classes Unicamente substituiu as velhas classes as velhas condições de opressão por outras novas Cada vez mais nitidamente dividida em dois as diversas classes inimigas em duas grandes classes que se enfrentam diretamente a burguesia e o proletariado A burguesia desempenha o papel progressivo Assim desde o surgimento o modo de produção capitalista se extendia a todas as nações constrangidas a abranger o que a burguesia chama de civilização A premência de encontrar novos mercados e matériasprimas e de gerar novas necessidades levava a estabelecêlas em todas as partes Manteriamse dessa forma as condições de luta de classes Sendo as sociedades classistas fundadas em uma contradição que lhe é inerente também o capitalismo continuando a semelhança e levando a um processo de revolução social Assim tal como já ocorrerá na transição do feudalismo para o capitalismo o pleno desenvolvimento do novo modo de produção implica necessariamente na criação e desenvolvimento de forças materiais cruciais à construção ou manutenção de uma nova sociedade no sendo possivel levar a uma libertação real sem um mundo real através de ações o que não é possível abolir é a escravização a uma máquina a vapor e a uma máquina 78 MARX O capital v I p 93 trabalho alienado cindido que se torna independente do produtor hostil a ele estranho poderoso e que além disso pertence a outro homem que o subjugam o que caracteriza uma relação social Marx sublinhava três aspectos do alienação 1 o trabalhador relacionase com o produto do seu trabalho como algo alienado a ele que o domina e lhe é adverso e relacionase da mesma forma com os objetos naturais do mundo externo 2 o trabalhador é alienado em relação às coisas 2 a atividade do trabalhador tampouco está sob seu domínio ela percebe como estranha a si próprio assim como sua vida pessoal e sua energia física estandose entendidas como atividades que lhe pertencem o trabalhador em relação a essa atividade cedea ao trabalho perdea 3 enquanto não se sabe a vida como uma mercadoria que faz parte de sua vida do mesmo modo como o operador se vê rebaixado no espiritual e no corporal à condição de máquina fica reduzido do homem a uma atividade abstrata e a um estômago 79 MARX Manuscritos economia e filosofia p 158 material o delinquente não existe para a economia política são fantasma fora de seu reino já que somente leva em conta as necessidades do trabalhador enquanto permite trazer um nível ou a categoria dos trabalhadores O salário sem par sina como trabalhador não qualquer outro instrumento produtivo Esta é uma visão estreita do que são as necessidades humanas que contemplam também a beleza a paixão o espírito e a sociedade mesma das mesmas seres humanos Mas enquanto existir a propriedade dos meios de produção as necessidades humanas resumemse no dinheiro e as novas necessidades criadas servirá para obrigações a maiores sacrifícios e dependência Com a massa de objetos crescentes portanto o reino dos seres alheios aos quais o homem se submete acaba criando o produto de uma nova potência que recobra o emprego como é o homem que não pode se conectar a realmente a dirigir a vida humana e suas diversas exigências o que servirão ao homem e ao sistema que o segmenta mantendo o homem ainda plenos quando não apenas uma busca de mercadoria e visa para se exigir dele as operações mais simples mais monótonas e de mais fácil aprendizagem 80 MARX Manuscritos economia e filosofia p 52 o trabalho atrativo por trabalho forçado Fazem com que as condições em que se desenvolve o trabalho sejam cada vez mais anormais e submetem o trabalhador durante seu serviço a um despojamento total e ilimitado como mesquinho Convertem toda sua vida em tempo de trabalho A quantificação dos produtos do trabalho humano permite o cálculo de sua equivalência Trocase uma certa quantidade de moeda por um saco de cimento Mas esta relação parece ocorrer entre coisas Conquanto seja uma relação social determinada dos homens entre si adquire para elas a forma fantástica de uma relação direta entre coisas Isso que diz que as relações sociais aparecem aos olhos dos homensacentados sob forma de valor como se este fosse uma propriedade natural das coisas Através da forma fixa em valordinheiro o caráter social dos trabalhos produzidos nas respectivas esferas antes os produtores se obscerecem E como se um véu nublase a percepção da vida social materializada na forma dos objetos dos produtos do trabalho e de seu valor Assim 81 MARX O capital v I p 619 aos interesses representados nas corporações de ofícios e nas guildas Por isso é que as revoluções burguesas vieram representar o processo de liberação daquelas forças paraleladas por relações sociais ultrapassadas Essa nãocorrespondência entre as relações sociais e forças produtivas cria o potencial de avanço da produção fornecendo as condições materiais para que as classes atuem e exerçam seu papel revolucionário O progresso das forças produtivas os mudanças nas relações sociais de produção e consequentemente nas instituições políticas jurídicas religiosas etc permitem compreender como se dá historicamente o processo de uma organização social ou atuarial ou de um novo modo de produção Quando uma classe consegue imporse sobre outras classes debilitadas ou historicamente ultrapassadas elas deformas econômicas as relações civis jurídicas as visões de mundo e o regime político substituindoos por outros condições com seus interesses e seu domínio O fundamento desse processo de negação e de transição é a vida material onde as classes socialmente oprimidas os agentes de tais transformações e de mudança social Embora a organização dos grupos explorados e a intensificação da luta política venham a desembocar na conquista do poder não se trata de uma troca de posições de modo que os que eram anteriormente oprimidos passam a ocupar o lugar dos opressores mas da construção de uma nova sociedade sobre outras bases Para Marx de todos os instrumentos de produção a maior força produtiva é a própria classe revolucionária 82 Marx faz analogia com o mundo religioso no qual os produtos do cérebro do homem têm o aspecto de seres independentes dotados de corpos particulares como no caso dos deuses O modo de produção capitalista já representou um passo evolutivo em relação ao feudalismo dado que a maneira como passa a ser extrado o trabalho excedente e as condições em que isso se dá são mais favoráveis para o desenvolvimento das forças produtivas das relações sociais de produção e para a criação de uma estrutura nova e superior que resultará de um processo revolucionário uma etapa na qual desaparecerá a coerção e a monopólio por uma fração da sociedade em detrimento da outra do progresso social As referências à sociedade comunista não pretendem ser profecias como pretendem algumas mas reflexões orientadas para princípios como a liberdade e a nãoalienação E Marx afirma que o comunismo é a forma necessária e o princípio dinâmico do futuro imediato mas o comunismo em si não é a finalidade de desenvolvimento humano a forma da sociedade humana 83 MARX O capital v I p 8889 Marx considera que a propriedade privada fez dos homens seres tão estúpidos e unilaterais que um objeto só é seu quando lhe pertence quando existe como capital ou quando é imediatamente possuído combinado bebido vestido habitado Os sentidos físicos e espirituais foram substituídos pelo de possuidor Friedrich Engels 18201895 foi o grande colaborador de Marx Juntos escreveram a sagrada família A ideologia alemã e Manifesto do Partido Comunista importantes referências na produção marxista assumindo compromissos políticos condizentes com suas propostas Além de diversos artigos Engels publicou Do socialismo utópico ao científico A origem da família da propriedade privada e do Estado e Contribuição ao problema da moralidade 84 MARX O capital v I p 8 85 MARX Prefácio p 29 86 MARX Miséria de la filosofia p 159 87 MARX O capital v I p 93 88 MARX Prefácio p 29 dada apresentando uma existência própria independente das manifestações individuais que possa ter 2 as maneiras de agir de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo dotadas de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem 3 ou ainda maneiras de fazer ou de pensar reconhecíveis pela particularidade de serem sucessivas de exercer influência coercitiva sobre as consciências particulares 4 Assim pois o fato social 5 algo dotado de vida própria externo aos membros da sociedade e que exerce sobre suas consciências uma autoridade que as leva a agir a pensar e a sentir de determinadas maneiras É por isto que o reino social está sujeito às leis que precisam de um modo próprio para se conhecer 6 A perspectiva do autor a sociedade é um poder que influi sobre os indivíduos vivos que a compõem ou não Ações e sentimentos dos indivíduos e dos fundos fazem nascer os seus fenômenos e suas manifestações E ainda que o todo só forme pelo agrupamento das partes a associação da ação provém diretamente da natureza dos fenômenos associados 5 A sociedade então mais do que uma soma é uma síntese e por isso não se encontra em cada um desses elementos assim como os diferentes aspectos da vida não se acham decompostos nos átomos contidos na célula a vida está no todo e não nas partes As almas individuais agregadas geram um fenômeno social uma vida psicológica de um novo gênero Os sentimentos que caracterizam esse ser são os valores sociais que aqueles indivíduos não possuem porque 89 MARX Miséria de la filosofia p 159 as representações coletivas são uma das expressões do fato social Elas compreendem os modos como a sociedade vê a si mesma e ao mundo que a rodeia como por exemplo a massa de indivíduos que a compõem as coisas que se utilizam e o solo que ocupam representandose através de suas lendas mitos concepções religiosas ideais de bondade ou de beleza crenças morais Como se produzem as representações coletivas Através de uma imensa cooperação que se estende não apenas no espaço mas no tempo também por construtais espíritos diversos associamse misturandose e combinando suas idéias e sentimentos longas séries de gerações acumulam experiências e legado Uma intelectualidade muito poderosa é que estabelece uma noção complexa do que o indivíduo 90 MARX Miséria de la filosofia p 160 deveria ser estritamente sociológico Com base nele os cientistas sociais investigariam possíveis relações de causa e efeito e regularidades com vistas à descoberta de leis e mesmo de regras de ação para o futuro observando fenômenos rigorosamente definidos Primeiro há que estudar a sociedade sob um aspecto exterior Considerada sob esta perspectiva ela surge como um todo constituído por uma massa de população por uma certa camada disposta de determinada maneira num território dispersa nos campos ao redor das cidades ocupa um território mais ou menos extenso situado entre os mares e os territórios dos povos vizinhos mais ou menos atravessado por outras esferas diferentes de comunicação que estabelecem relações sociais umas com as outras Esse território as suas características sua configuração e a posição da população que se movi 91 MARX Manuscritos economia e filosofia p 144 colocarse num estado de espírito semelhante ao dos físicos químicos e fisiologistas quando se aventuram numa região ainda inexplicada de seu domínio científico assumindo desse modo sua ignorância livrandose de suas preconcepções ou noções vulgares já combatidas por Bacon e adotando enfim a prática cartesiana da dúvida metódica Essa atitude leva apenas à convicção de que 92 MARX O capital v II p 802 no estado atual dos nossos conhecimentos não sabemos com certeza o que seja Estado soberania liberdade política democracia socialismo comunismo etc e o método estatuíra a interdição de uso destes conceitos enquanto não estivessem suficientemente constituídos O fato é que esses expressam figuras que nem sequer nos despertam em nós nenhum respeito que nos sinta indesejados de impressões de paixões 93 MARX Manuscritos economia e filosofia p 156 a consciência moral da sociedade não é encontrada por inteiro nos indivíduos e como suficiente vitalidade mais impede qualquer ato que ofenda fosse este uma falta puramente moral ou um crime Uma uniformidade tão universal e tão absoluta é radicalmente impossível 94 MARX ENGELS A ideologia alemã p 82 processo de individualização dos membros dessa sociedade que passam a ser solidários por terem uma esfera própria de ação Com isso ocorre uma interdependência entre todos e cada um dos demais membros que compõem tal sociedade A função da divisão do trabalho e enfim a de integrar o corpo social assegurarlhe a unidade É portanto uma condição de existência da sociedade organizada uma necessidade Sendo esta sociedade um sistema de funções diferentes e especiais onde cada órgão tem um papel diferente a função de um indivíduo depende e é o que marca seu lugar na sociedade os grupos com os quais estão afinizados pesam no que o individuo quer e o que exclusivamente profissional será basicamente a divisão e um processo de funções diferentes 95 MARX ENGELS A ideologia alemã p 4041 sanções que são aplicadas aos preceitos do Direito mudam de acordo com a gravidade destes sendo assim possível ajustar suas variações O papel do Direito seria nas sociedades complexas analogado ao do sistema nervoso regularas como corpo Por isso expressam o grau de concentração da sociedade devido à divisão do trabalho social tanto quanto o sistema nervoso exprime o estado de concentração da organização geral pela divisão do trabalho fisiológico isto é sua condição de desenvolvimento Enquanto as sanções impostas pela sociedade são difusas às que impõem direitos são organizadas Estas constituem duas classes 96 MARX ENGELS A ideologia alemã p 46 a repressivas que infligem um culpa ou dano uma diminuição ou privação e as restitutivas que fazem com que as coisas e relações perturbadas sejam restabelecidas à sua situação anterior levando o culpado a reparar o dano causado A maior ou menor presença de regras repressivas pode ser sistematizada através da fração ocupada pelo Direito Penal ou Repressivo no sistema jurídico da sociedade Naquelas sociedades onde as semelhanças entre seus componentes são o principal traço fum comportamento deve ser punido por meio de ações que têm profundas raizes sociais As memórias dessas coletividades participam conjuntamente de uma espécie de vingança contra aqueles que violaram algum sentimento compartilhado que tinha para si a ideia da função de ter ao seu favor sua unidade 2 ÉMILE DURKHEIM Tania Quintaneiro Finalmente como as menores reações podem ser sentidas numa parte e na outra as normas que assim se formam levam sua marca isto é prevêm e fixam até o detalhe das condições do equilíbrio As dificuldades práticas só podem ser definitivamente resolvidas através da prática e da experiência cotidianas Não será um conselho de sociologia mas os próprias sociedades que encontraram a solução Émile Durkheim Moral é tudo o que é fonte de solidariedade tudo o que força o indivíduo a contar com seu próximo a regular seus movimentos com base em outra coisa que não os impulsos de seu ego a moralidade é tanto mais solidão quanto mais numerosas e fortes são estes laços INTRODUÇÃO As chamadas doutrinas socialistas são de fato essencialmente relativas a esta esfera da vida coletiva que se chama vida econômica isto não quer dizer que a questão social seja somente a questão de salários somos pois ela antes de mais nada moral Émile Durkheim foi um dos pensadores que mais contribuiu para a consolidação da Sociologia como ciência empírica e para sua instauração no meio acadêmico tornandose o primeiro professor universitário dessa disciplina Pesquisador metódico e criativo deixou um considerável número de herdeiros intelectuais O sociólogo francês viveu numa Europa conturbada por guerras e vias de modernização e sua produção reflete a tensão entre valores e institutos sociais que estavam sendo corroídos e formas emergentes que muito ainda não se encontram totalmente configurados A religião representa a própria sociedade idealizada reflete as aspirações para o bem o belo o ideal e também incorpora o mal a morte e mesmo os aspectos mais repugnantes e vulgares da vida social Ao exteriorizar sentimentos comuns as religiões são também os primeiros sistemas coletivos de representação do mundo cosmologias Assim se a filosofia e as ciências nascem da religião é porque a própria religião começou por ocupar o lugar das ciências da filosofia O interessante que é fez voltarse as religiões faz também compreender as categorias fundamentais existentes que evitam em outro tempo a conexão entre pensamento religioso assim como as ciências Assim como se sabe a necessidade religiosa a educação moral a religião a educação religiosa As referências acabam por situar seu pensamento também por por exemplo a Revolução Francesa e a Revolução Industrial e por outro a manifestação de ideias sobre esses mecanismos vinha sendo construído antes por autores SaintSimon e Comte Entre os pressupostos constitutivos da atmosfera intelectual que o impregna e também o sociológico durkheimiano cabe salientar a crença e a humanidade avança no sentido de seu gradual aperfeiçoamento governada por uma força inexorável a lei do progresso Esse princípio herdado da filosofia iluminista foi compartilhado por praticamente todos os autores do século 19 embora assumisse conexões particulares na obra de cada um deles Aguçavase então a consciência do que o repertório de idéias e valores da velha ordem social do qual ainda sobreviviam alguns elementos fora destruído pelo vendaval revolucionário de 1789 e era portanto necessário criar um novo sistema científico e moral que se harmonizasse com a ordem industrial emergente Não possuindo os direitos individuais qualquer limite instransponível aquilo que contém não parecia passar de uma espécie de luxo virá a tomarse amanhã direito estrito A tarefa assim do Estado é limitada Tudo faz prever que nos tornaremos mais sensíveis a quanto respeite a personalidade humana A glorificação do indivíduo movese com base na simpatia por tudo o que é do homem uma maior piedade por todas as dores por todas as misérias humanas uma mais ardente necessidade de os combater e atenuar uma maior sede de justiça A vida a honra a liberdade do indivíduo são respeitadas e protegidas e ele tem direito a esse respeito religioso e moral E a humanidade que é estendese ao homem um indivíduo ele sim que poderá fazer outros e por todas as razões O industrialismo com sua incontida transformação impunhase a todos como a marca de sociedades modernas complexas e indirecíveis a concepção de que a vida coletiva não era apenas uma imagem simplificada mas um objeto próprio das ciências particulares apoiando de algum modo a posição dos cientistas naturais pois desprendernos dele sem violentar nossa natureza sem chocarnos dolorosamente com nossos instintos Essa dor é um componente do que o autor chama de cultos negativos formado pelos ritos excêntricos que estabelecem tabus E como sagrado e profano não podem misturarse as grandes solenidades religiosas suspendem o trabalho atividade temporal e estabelecem o feriado ritual As cerimônias religiosas cumprem um importante papel ao colocarem a coletividade em movimento para sua celebração elas aproximam os indivíduos relembram a eles que são membros de um mesmo grupo multiplicam os contatos entre eles tornamnos um só Assim em toda a sociedade as preocupações utilitárias e indissolúveis aos que ocupam mais os espíritos Assim a energia intrínseca aos sentimentos sociais consegue unir os membros unidos entre si Nessas dias especiais Durkheim recebe também a influência da filosofia racionalista de Kant do darwinismo do organicismo alemão e do socialismo de cátedra Mas seu pensamento não apenas fez as ideias recebidas senão que as refunde num novo sistema chegando com frequência a contestar tendências intelectuais dominantes de seu tempo Os alvos da crítica de Durkheim na verdade foram quem como a individualismo estado representantes raciais das sociedades mas a seus estudos principais nas ciências racionais da sociedade economia e a Psicologia eram essas disciplinas na explicação dos fatos sociais membros de uma sociedade tendo portanto um caráter coercitivo e a autoridade da própria sociedade A ESPECIFICIDADE DO OBJETO SOCIOLÓGICO DURKHEIM E As formas elementares da vida religiosa Buenos Aires Schapire 1968 A Sociologia pode ser definida segundo Durkheim como a ciência das instituições da sua gênese e do seu funcionamento ou seja de toda a crença tudo comportamento produzido socialmente Na vista que marca o início de sua ciências ele procura discutir sobre os fatos sociais como coisas isto é que não podem ser agir fixo não mais mas sim que geram a extensão do seu trabalho na forma da mudança de valores sobre o que é normalidade anormalidade e criminalidade 16 MARX Miséria de la filosofia p 104 DURKHEIM De la división del trabajo social p 316 17 MARX Introdução à crítica da economia política Crítica à economia política p 239240 DURKHEIM De la división del trabajo social p 320 18 MARX ENGELS A ideologia alemã p 33 DURKHEIM Revue Philosophiques de la France et lÉtranger p 1011 19 MARX Manuscritos economia e filosofia p 112 o cientista da natureza O que procura é compreender uma individualidade sociocultural formada de componentes historicamente agrupados nem sempre quantitativos a cujo passado se remonta para explicar o presente partindo então deste para avaliar as perspectivas futuras Sendo assim uma ciência generalizadora a Sociologia constrói conceitos tipo vazios frente à realidade concreta ou histórico e distanciados deste mais livres porque pertencem a fórmulas interpretativas antes do que se apresenta como uma explicação racional para a realidade empírica que organiza Esta adequação entre o conceito e a realidade é tão minuciosa que impede a Sociologia de procurar explicar fenômenos irracionais místicos históricos espiritivos afetivos O que vale é uma construção teórica que pretende ser uma explicação causal básicaem probabilidades de que um certo processo A sigase na forma esperada a um outro determinado processo B Somente as ações comprensivas sob o objeto da Sociologia e para que regularidades da vida social possam ser chamadas de leis sociológicas é necessário que o fenómeno e probabilidade estadística de ocorrer na forma que o define como equidade significativa 20 Isto nem sempre se dá de maneira adequada ou tendo em vista os interesses coletivos da espécie podendo haver destruição dos recursos naturais A ação é definida por Weber como toda conduta humana ato omissão permissão dotada de um significado subjetivo dado por quem a executa e que orienta esse ato Quando tal orientação tem em vista a ação passada presente ou futuro de outro ou de outros agentes os agentes podem ser individualizados e conhecidos ou uma pluralidade de indivíduos indeterminados e completamente desconhecidos o público o audiência de um programa a família do agente etc a ação passa a ser definida como social A sociologia de parte de Weber é ciência que pretende entender interpretar a ação social para dessa maneira explicála causalmente em seu desenvolvimento de efeitos observando suas regularidades às quais se expressam na forma de usos costumes ou situações de interesse e embora a Sociologia não tenha a ver somente com a ação social sem lógica por ser remotamente pensada como eou propõe ela é o dado constitutivo Entretanto algumas ações não interessam ao Sociologia por serem relativas sem um sentido pensado como e de retirar a mão ao ser um choque 21 MARX Introdução à crítica da economia política p 220 A ação de um indivíduo será classificada como racional com relação a fins se para atingir um objetivo previamente definido ele lança mão dos meios necessários ou adequados ambos avaliados e combinados não somente quanto possível de seu próprio ponto de vista Um procedimento científico que é ação econômica por exemplo expressam essa tendência e permitem uma interpretação racional O procedimento econômico é todo aquele que leva em conta um conjunto de necessidades a entender quaisquer que sejam e uma quantidade excessiva de meios apropriandose do modelo típico da racional A questão para a ação racional com relação a valores é a ação racional com relação ao talheres a ação tradicional e a ação afetiva Sem dúvida sob muitas combinações entre a maior ou a menor nítido que o agente percebe suas próprias finalidades os meios de que deverise servir para alcançálas as condições colocadas pelo ambiente em que se dá sua ação assim como as consequências advindas de sua conduta A conduta pode também não ter qualquer motivação racional como é o caso daquelas de tipo afetivo e de tipo tradicional 22 MARX O capital v I p 178 RELAÇÃO SOCIAL Uma conduta plural de vários reciprocamente orientada dotada de conteúdos significativos que descansam na probabilidade de que se agirá socialmente de um certo modo constitui o que Weber denomina relação social Podemos dizer que relação social é a probabilidade de que uma forma determinada de conduta social tenha em algum momento seu sentido partilhado pelos diversos agentes numa sociedade qualquer Como exemplos de relações sociais temos as de hostilidade de amizade as trocas comerciais a concorrência econômica as relações éticas e políticas Em cada uma delas as pessoas envolvidas perdem o significado partilhando o sentido Assim membros da sociedade já não sabem exatamente como se dão as relações sociais o que gera um tipo de marcha ou condução da mesma a partir do ponto em que a ideia de condicionamento permite comportamentos e que assim se busca um bem 118 23 MARX Carta a Annenkov p 470471 Weber referese também ao conteúdo comunitário de uma relação social fundado num sentimento subjetivo afetivo ou tradicional de pertença mútua que é dado entre as partes envolvidas de bens na qual a ação está reciprocamente referida de modo semelhante ao que acontece com os membros de uma família sentimento que religioso escolar economico e outros em um entre esses nós A relação associativa pode contar aqui com suas dimensões religiosas e não mesmo com valores como do mercado livre e associações religiosas assim como as Organizações NãoGovernamentais Podemos identificar na maioria das relações sociais elementos comunitários sociais assim como não todas as ações Uma igreja ou associação religiosas podem claramente tanto o conteúdo comunitário quanto o acordo de interesses racionais O sentimento de pertencer a uma comunidade a comunhão é a base da vida religiosas para o praticante leigo o trabalho profissional dos sacerdotes apóiase em uma organização racional 120 24 MARX ENGELS A ideologia alemã p 239241 DIVISÃO DO PODER NA COMUNIDADE CLASSES ESTAMENTOS E PARTIDOS Um dos problemas que se coloca por excelência a Sociologia é o das diferenças sociais Na concepção weberiana elas podem ter vários princípios explicativos O critério de classificação mais relevante é dado pela dominância em dada unidade histórica de uma forma de organização pelo peso particular que cada uma das diversas esferas da vida coletiva possui ter uma sociedade como a chinesa tradicional a posição social é fixada pelas qualificações para ocupar a cargos mais do que pela riqueza nas sociedades capitalistas modernas a propriedade de certos bens e as possibilidades de usálos no mercado estão entre os determinantes essenciais da posição de seus membros Assim o predomínio da esfera econômica nos sociedades capitalistas tornou a riqueza e as propriedades dos principais fundamentos da posição social enquanto as sociedades feudais enriquecidas valorizarse a origem unicamente fator que só principal elemento da classificação A concepção de sociedade construída por Weber implica numa separação de esferas como a econômica a religiosa a política a jurídica a social a cultural cada uma delas com lógicas particulares de funcionamento O agente individual é a unidade da análise sociológica à única entidade como operação de ser significada às suas ações Ao agir socialmente tendo em vista a validade de um determinado contexto de comportamento pelo perfil dos diversos agentes que participam ele faz de acordo com os padrões que especificam os fatores ali assim articula em sua ação sentidos referenciados às esferas distintas Isto é evidenciado nos achados de Weber sobre a conduta do protestante mais especificamente a convivialidade que resulta de uma combinação assim por sentidos diferenciados de um sentido puramente econômico voltado para o mercado e outro de caráter religioso orientado para procedimentos destinados à salvação da alma Temos aqui portanto um conjunto de critérios referidos às quais são comuns que mesmo com seu ponto de vista social e sua concepção e religiosa mas que tiveram assim resultados na poupança e acumulação 123 25 MARX ENGELS A ideologia alemã p 20 Em oposição às classes os estamentos são normalmente comunidades ainda que com frequência de caráter minoritário Em oposição à situação condicionada por motivos puramente econômicos chamamos situação estatamental a todo componente típico do destino vital humano condicionando por uma estima específica positiva ou negativa da honra associada a alguma qualidade comum a muitas peças 26 MARX O capital v I p 92 A probabilidade de ocorrer obediência dentro de um grupo a um certo modo como consciente do conceito de classe adição ao estar dentro do mercado é condição dessa situação enquanto a disciplina elegerseá 27 MARX Miséria de la filosofia p 91 Um objetivo a realização de um programa com propósitos ideais ou materiais como de uma finalidade pessoal preconceitos poder como consequência disso honras para seus efeitos e efeitos que ambos de uma só vez 28 MARX O capital v I p 92 A essência da política dos mecanismos do mercado e da vida social é a luta seja o duelo entre cavaleiros regulado convencionalmente a concordância em limites a disputa erótica sem regras ou o competição esportiva extraordinária regular O contexto desde tipo de relação social orientase pelo propósito de impor a própria vontade contra a resistência da outra ou das outras partes Os homens lutam por seus interesses no mercado assim como para participar no poder ou influir na sua distribuição seja entre Estados ou entre grupos dentro de um Estado ou mesmo com a finalidade de desfrutar a sensação de prestígio produzida pelo poder O homem não ambição o poder apenas para enriquecer economicamente Muito frequentemente aspiremse as honras sociais que poderiam dar margem a uma interpretação darwinista da Sociologia verberiana não se referem à luta dos indivíduos por seus probabilidades de vida mas pela seleção das relações sociais por propensão estranhezas favorecidas No organizálas num certo padrão que convém ou entende os valores ou interesses e crenças daqueles que tratam de impôlos 29 O marxismo adotou e difundiu o termo infraestrutura A vitória daqueles possuidores de qualidades não importa se baseadas na força na devoção na originalidade na técnica demagógica na dissimulação etc as quais aumentam suas probabilidades de remanescente numa relação social seja na posição de funcionamento mestre de obras diretor geral pernicioso profeta como indivíduo é chamada de social Nesse quadro a realidade social aparece como um complexo estruturas de dominação A possibilidade de dominação é de dar aos valores ou conteúdo das relações sociais o sentido que interessa ao agente em luta O exercício do capitalismo por exemplo teve um lugar por sua suprema condição de ter todo um mundo de fatores hostis Mas 30 MARX ENGELS A ideologia alemã p 24 A diferença histórica decisiva entre as religiosidades de salvação predominantes no mundo oriental e no ocidental consiste que a primeira desenvolve essencialmente a contemplação e a última no ascetismo Enquanto os ascetas procuravam participar nos poderes misteriosos dispondose à possessão contemplativa do sagrado no qual a idolatria não é um instrumento mas um verdadeiro fôlego do mundo para unirse aos dele A atitude religiosa estética conduz o virtuoso a submeter seus impulsos naturais ao modo de levar a vida o que provoca reorientação da vida social da comunidade num sentido ético religioso um domínio nas diferentes universos Para concentrarse nas obras de salvação será necessária uma separação do mundo incluindose as relações familiares os interesses eróticos etc ascetismo negador do mundo ou adiante dentro e frente a ordem do mundo ascetismo orientador para o bem seguro ou intramundano No primeiro caso o crente defendese contra as distrações que a vida terrena oferece no segundo o mundo tomase uma obrigação e a missão do crente que se torna um reformador ou revolucionário racional consiste em transformarse segundo os ideais ascéticos 31 MARX El diecichoo brumario de Luis Bonaparte p 276 se uma comunidade religiosa surge na onda de uma profecia ou da programação de um salvador o controle de conduta regular cabe primeiro aos sucessores qualificados do contingente aos alunos discípulos dos profetas ou do salvador Mais tarde sob certas condições que se repetem regularmente essa tarefa caberá a uma hierarquia sacerdotal hereditária ou oficial 32 MARX ENGELS A ideologia alemã p 25 O processo de racionalização que ocorre na organização da comunidade religiosa refletese em suas concepções de mundo e nas razões que são apresentadas para explicar aos fiéis por que alguns são mais afortunados do que outros ou seja o sofrimento individual visto como merecido e por que nem sempre são os homens bons mas os maus os que vencem Mas é necessário dar respostas aos mais carentes os oprimidos que precisavam de conforto e esperança na redenção fornecendolhes uma teologia do sofrimento sustentando a incongruência entre o destino e o mérito 33 MARX O capital v III p 775776 Nossa tese não é de que a natureza específica da religião constitui uma simples função da camada que surge como sua adequada característica ou que representa a ideologia da própria ou que seja um reflexo da situação econômico material ou ideal O que Weber faz aqui é fazer referência à necessidade de se questionar a unilateralidade da tese materialista complementandoa com outras vias de interpretação nesse caso a relação entre uma ética religiosa e os fenômenos economicos e sociais ou melhor os tipos de conduta ou de modos de agir que possam ser mais favoráveis a certas formas de organização da esfera econômica 34 MARX Prefácio p 28 Lembrate de que tempo é dinheiro Aquele que pode ganhar dez xelins por dia por seu trabalho e vai passear ou fica vadiando metade do dia embora não dispensa mais do que seis pence durante seu divertimento ou wadicação não deve conforme seus penas despesas gastou na realidade o melhor horário cinco xelins a mais Lembrate deste reflexo o bom pagador é o dono da bolsa alheia Aquele que é concedido por pagar pontual e examinante na data prometida pode em qualquer momento levantar tanto dinheiro quantos seus amigos possam dispor Isso é às vezes de grande utilidade Depois da industrialização e da fragilidade nada contribuiu mais para um jovem servir do que a pontualidade e a segurança em todos os seus negócios portanto nunca conserves dinheiro emprestado num alto tempo prometido senão um desapontamento fechará a bolsa de teu amigo para sempre O só que te martirou na ciência sim é um bem ao próprio crédito por favor concederte seis mesmas à me de crédito ele procurará porém por seu dinheiro no dia seguinte se se ver em uma mesma de brilhar ou ter uma nova têma levando deveras estar no trabalho O trabalho tornase portanto valem em si mesmo e o operário ou capitalista puritanos passam a viver em função de sua atividade ou negócio e assim têm a sensação da tarefa cumprida O puritanismo condenava o ócio o luxo a perda de tempo a preguiça Assim a peculiaridade desta filosofia da avareza parece ser o ideal de um desconhecido e acima do tudo a idéia do dever de um indivíduo com relação ao aumento de seu capital que é tomado como um fim em si mesmo Na verdade o que é simplesmente técnica de vida mas um estilo peculiar sua inflamação não é uma simples técnica de vida mas sim uma obrigação de dever Não é bem como sendo comercial mas sim em outras palavras Para estar seguros quanto à sua salvação ricos e pobres deveriam trabalhar sem descanso do modo em favor de que lhes fosse destinado pela vontade de Deus glorificandoo por meio dos seus atividades produtivas Estas também foram suas maneira de se reconhecer executados pois um fim em si mesmo assim ao puritano perseverante Contra as divindades religiosas e a insincero tortura moral e contra as tentativas da carga foi abrigarse da importância entre todos trabalhar energicamente com uma Vocação Essa ética tinha como resultado Operadores disciplinados E por outro lado empresários que se sentiam abençoados ao estar inteiramente dedicados à produção de riqueza Weber identificou a presença desse conjunto de valores nos Estados Unidos na Holanda e na Alemanha e notou que seu desenvolvimento favorecera uma vida econômica racional e burguesa A essa dedicação verdadeiramente religiosa ao trabalho ele chamou vocação fruto de um ascetismo mundano oposto ao ascetismo católico em dois pontos fundamentais primeiro no seu caráter de legislação no mundo e segundo na valorização do sucesso econômico o trabalho é velho e experimental instrumento ascético apreciado mais do que qualquer outro na Igreja do Ocidente em acentuada contradição não só com o Oriente mas também com quase todas as ordens monásticas do mundo O trabalho vocacional é como dever de amor próximo uma dívida de gratidão à graça de Deus ao sendo ao lado de Deus que seja realizado como realização com relutância O cristão deve assim mostrarse industrioso em seu trabalho secular Deveste lembrar que a doutrina católica dominante naquela época condenava a anátema ao lucro e a usura Para os calvinistas no entanto desejable era o prêmio ao que saía absurdo com desespero de ter a prosperidade era o prêmio de uma vida são Mas não se encontrava na posse da riqueza mas no seu uso para o prático o luxo o gozo espontâneo e a preguiça Essa moralidade levou a que muitos luteranos neoamericanos preferissem não legar sua fortuna aos próprios filhos como meio de tempohálos menos produtivo Para os calvinistas o resultado do seu bem foi sendo como dois motivos para persistências na fortuna o homem e todos os motivos na produtividade profissional Sr Sigmund Weber a adoção de destes princípios reservouse de baixo prestígio social e se transformou nessa livre expressão de que se instalava Essa ética trouxe consequências maiores na questão de riqueza e houve a restrição aos meios liberados da acumulação capitalista através da má administração do património Mas isso já era um entulho inicial A partir dele a religião libertouse do abrigo de seus princípios humanos criando um regime do necessário mais responsável que a religiosidade e a necessidade de uma pegação Portanto a religião antecipa a realização necessária para a integração com sua reconhecida razão à regulamentação Concluindo é de notar que aquela enunciativa da religiosidade merce de desdém para as possibilidades relativas ao protestantismo ascético e quanto à relação de posses requer um análise ao materialismo de Marx mais além das outras 35 Uma publicação da época observable que o que fora dito por Marx acerca da relevância da base material numa dada organização social só seria justo não que isso era um modo de entender dominado pelos interesses materiais mas não para a Maria Médica e a Antiguidade Está Atenas e Roma nas quais residia a política Marx que se utilizava de seu habitual estilo irônico replica Antes de tudo é estranho que a certas pessoas parece supor que alguém desconhecê essas maneiras de falar antigas e consensuais sobre a Idade Média e a Antiguidade Está apenas cidadão um povo hospital de democracia nem a segunda da política Porém como condições econômicas se não explicam por que o papel principal no crise a política o que não representa em opera cotidiano contrário ao lado ninguém lograria no meu até D Quixote teve com isso seu grau de relação entre era compatível com todas as formas econômicas de sociedade O capital v I p 9495
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Um Toque de Clássicos MARX DURKHEIM WEBER 2ª EDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA Tania Quintaneiro Maria Ligia de Oliveira Barbosa Márcia Gardenia Monteiro de Oliveira EDITORA UFMG Copyright 1998 Ivy Tania Quintaneiro Maria Ligia de Oliveira Barbosa e Márcia Gardenia Monteiro de Oliveira 1999 1ª reimpressão 2000 2ª reimpressão 2001 3ª reimpressão 2002 4ª reimpressão 2004 2ª ed ampl Este livro por inteiro não pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização expressa do Editor EDITORADO POR Ana Maria de Moraes REVISÃO DE TEXTO E NORMATIZAÇÃO Olga M A Sousa PROJETO GRÁFICO Glória Campos Marga CAPA Ready Made Multimídia Comunicação revista por Cássio Ribeiro PRODUÇÃO GRÁFICA Graphic Rail Cássio Ribeiro FORMATAÇÃO Cássio Ribeiro Av Antônio Carlos 6627 Ala direita da Biblioteca Central térreo Campus Pampulha 31270901 Belo HorizonteMG Tel 31 34994560 Fax 31 34994768 Email Editoratubufmbr httpwwweditoraufmgbr UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS REITORA Ana Lúcia Almeida Gazzola VICEREITOR Marcos Barro Viana CONSELHO EDITORIAL 56 A taxa de maisvalia que é a razão entre trabalho excedente e trabalho necessário é a expressão do grau de exploração da força de trabalho pelo capital S U M Á R I O INTRODUÇÃO K A R L M A R X Márcia Gardenia Monteiro de Oliveira Tania Quintaneiro Introdução 27 Dialética e materialismo 28 Necessidades produção e reprodução 32 Forças produtivas e relações sociais de produção 34 Estrutura e superestrutura 36 Classes sociais e estrutura social 40 Lutas de classes 43 A economia capitalista 45 O papel revolucionário da burguesia 48 A transitoriedade do modo de produção capitalista 50 Trabalho alienação e sociedade capitalista 51 Revolução 56 Comunismo 58 Conclusões 59 Bibliografia 60 É M I L E D U R K H E I M Tania Quintaneiro 2 Introdução 67 A especificidade do objeto sociológico 68 O método de estudo da sociologia segundo Durkheim 72 A dualidade dos fatos sociais 75 57 MARX O capital v III p 801 A reflexão sobre as origens e a natureza da vida social é quase tão antiga quanto a própria humanidade mas a Sociologia como um campo delimitado do saber científico só emergiu em meados do século 19 na Europa Para melhor entender esse processo é mister referirse ao conjunto das mudanças econômicas políticas e sociais ocorridas principalmente a partir do século 18 e as correntes de pensamento que estabeleceram os alicerces da modernidade europeia o racionalismo o empirismo e o iluminismo A marca da Europa moderna foi sem dúvida a instabilidade expressa na forma de crises nos diversos âmbitos da vida material cultural e moral Foi em meio desses dinâmicos turbulentos que nasceu a Sociologia enquanto ciência sendo interpretada como a explicação de caos através de certo ponto assustador em que a sociedade parecia haverse tomado Passouse a considerar brevemente algumas das dimensões sociais e intelectuais envolvidas nessa trajetória 58 Na Inglaterra as revoluções de 1640 e 1688 encarregaramse de destruir as antigas formas econômicas e as relações sociais e políticas correspondentes As grandes transformações sociais não costumam acontecer de maneira súbita sendo quais imperativas para aqueles que nelas estão imersos Mesmo os sistemas filosóficos e científicos inovadores entrelaçamse a tal ponto que os que os antecedem e cujo efeito pensar em limites não se fazem insignificantes Assim quando a consciência se desenvolveu a Nova organização industrial em consequência de um mundo distinto a qual se chamou Revolução Industrial A dinâmica do desenvolvimento capitalista e as novas forças sociais por ele engendradas provocaram o enfraquecimento ou desaparecimento mais ou menos rápido dos instrumentos tradicionais aristocracia e campesinato e das instituições feudais servidão propriedade comunal organizações corporativas artesanais e comércio A partir da segunda metade do século 18 com a primeira revolução industrial e o nascimento do proletariado cresceram as pressões por uma maior participação política e a urbanização intensificouse 59 MARX ENGELS Manifesto do Partido Comunista p 26 Entre outras coisas a industrialização também modificou profundamente a percepção do tempo entre as populações europeias ajustadas a ritmos naturais em obedecência a costumes milenares Isso se explica porque quanto menos os povos dependem da tecnologia por levar adiante suas atividades produtivas mais um sentido social é regulado pelos fenômenos da natureza as estações as marés a noite e o dia o clima A revolução industrial obrigou as pessoas a viverem na vida social o empresariado passa a comprar força de trabalho e a exigir seus encargos Os trabalhadores impõem uma disciplina até então desconhecida Uma nova moralidade a ser sustentada desde os púlpitos até os organismos organizados ensaios começa a rebelarse contra as exigências excessivas O esforço para entender as causas os prováveis desenvovimentos das novas relações sociais motivou a reflexão que levou a cristalizarse na Sociologia 60 MARX O capital v I p 352 61 MARX O capital v I p 176 produções francesa e inglesa especialmente no que diz respeito à preeminência da sociedade sobre o indivíduo sua crítica às mazelas da sociedade moderna Entre os principais representantes dos que têm sido chamados profetas do passado estão o inglês Edmund Burke 17291797 e os franceses Joseph de Maistre 17531821 e Louis de Bonald 17541840 Em linhas gerais eles ansiavam por uma sociedade estável hierárquica fundada em valores familiares religiosos e comunitários assim como a ordem na coação e na autoridade Esse modelo havia chegado ao fim na sociedades modernas começando a declinar como o Renascimento A nostalgia de uma vida familiar vista então como lídica e o processo artesanal de trabalho ambos destruídos pelo novo modo de produção e pela urbanização da frota traduziramse em críticas à própria modernidade de que eram fruto o homem alienado anímico desprovido de virtudes morais e espirituais Paralelamente a essa rejeição ao moderno tal corrente glorificava a tradição 62 MARX ENGELS Manifesto do Partido Comunista p 25 SaintSimon acreditava no industrialismo como domínio da natureza sendo a história humana o do trabalho material e espiritual ou do esforço coletivo que engloba os avanços da ciência A característica fundamental da sociedade moderna era para ele como o fora para os iluministas o progresso Fazendo eco a seus sucessores ele dizia cientes naturais a ciência que trabalha e constrói chamou de Fisiologia Social Ela deveria tratar de ancho e lógico sendo tática da melhor solução nem um papel como um ideal apropriadoe Sociologia aproveitarse disso para moderadamente a razão A solução se encontraria nos homens e as suas cartas seriam em seu devido local positivo onde era similar ao livre e complexo organizado dentro da base do organismo 63 MARX ENGELS Manifesto do Partido Comunista p 2728 Científico de SaintSimon por algum tempo Auguste Comte 17981857 foi quem cunhou o termo Sociologia que logo veio a se generalizar contribuindo para alguns a perceberem como o fundador da própria ciência Ele foi o grande divulgador do método positivo de conhecimento das sociedades sintetizando um novo desiderato ciência da previdência previdência daí ação Tratarse de conhecer as leis sociais para poder reacionarse aos fenômenos e agir com eficiência explicar e antever combinando a estabilidade e a atividade as necessidades simultâneas de um progresso condições fundamentais da civilização moderna Uma das grandes preocupações de Comte era a crise de sua época causada segundo ele pela desorganização social moral e de ideais A solução se encontraria na construção das ciências a Sociologia a ciência e razão do homem que eliminaria o obscuro o caos da civilização humana não seria moral nem mesmo admirável é um organismo e apresento um crescimento contínuo À medida que ela cresce suas partes tornamse diferentes sua estrutura fica mais complicada e as partes desenvolvem também funções diferentes 64 MARX ENGELS Manifesto do Partido Comunista p 2728 BIBLIOGRAFIA ARIÈS Phillippe História social da criança e da família Tradução de Doris Flaksman Rio de Janeiro Guanabara 1981 65 Numa frase muito conhecida Marx e Engels dizem A burguesia produz sobreduz seus próprios covilhos Sua queda e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis MARX ENGELS Manifesto do Partido Comunista p 34 pessoas Uma espécie de tina esvaidecida pelas manhãs era usada como privada Para um dos seus distritos havia 33 tins servindo a 7000 pessoas ROSEN Uma história da saúde pública p 166167 66 MARX ENGELS Manifesto do Partido Comunista p 32 67 MARX Miséria de la filosofía p 159 O finito deve portanto ser apreendido a partir do seu oposto o infinito o universal e essa relação entre o particular e a totalidade que lhegeli denomina unidade dialética O fenômeno tornase inteligível ao ser articulado à totalidade em que se insere ao ser construído conectivamente Na base desse entendimento reside o sujeito que é quem realiza o esforço conceitual orientado a transcender a simples observação dos fatos estruturandoos em um sistema totalizante Este no entanto será sempre transitório passível de superação devido ao autonovirismo de que reflete a busca pela verdade em que se empenha o pensamento científico e filosófico Apliquei aos fenomenologicamente produzidos a dialética dialética que aponta as contradições constitutivas da vida social que resultam na necessidade de superação de determinada ordem 68 MARX ENGELS A ideologia alemã p 42 Este método de abordagem da vida social foi denominado posteriormente de materialismo histórico De acordo com tal concepção as relações materiais que os homens estabelecem e o modo como produzem seus meios de vida dependem da interação com a natureza e com outros indivíduos dando origem a sua vida material 69 MARX ENGELS A ideologia alemã p 28 O trabalhador é tanto mais pobre quanto mais riqueza produz quanto mais cresce seu produto em potência e em volume O trabalhador convergese numa mercadoria tanto mais barata quanto mais mercadorias produz A desvalorização do mundo humano cresce na razão direta da valorização do mundo dos casos O trabalho não apenas produz mercadorias produz também a si mesmo e o operário como mercadoria e justamente na proporção em que produz mercadorias em geral É certo que também o animal produz Gustouse para si um filho casas como os abelhas os castores os formigas etc Mas produz unicamente o que necessita imediatamente para sua prole produz igualmente por isso que não é um animal livre 70 MARX Manuscritos economia e filosofia p 28 Marx nunca se refere à produção em geral mas à produção num estado determinado do desenvolvimento social igual à produção dos indivíduos vivendo em sociedade Embora a sociedade seja o produto da ação recíproca dos homens ela não é uma obra que esses realizam de acordo com seus desejos particulares 71 MARX Manuscritos economia e filosofia p 54 Segundo a concepção materialista da história na produção da vida os homens geram também outro gênero de produtos que não têm forma material as ideologias políticas concepções religiosas códigos morais e estéticos sistemas legais de ensino de comunicação 72 MARX Trabalhou assalariado e capital p 75 Coube a Engels numa longa carta esclarecer alguns equívocos que já se anunciavam então a respeito da relação entre a estrutura e a superestrutura 73 MARX Manuscritos economia e filosofia p 156 E ainda afasta definitivamente a ideia segundo a qual as classes se definiriam a partir do nível de renda ou da origem dos rendimentos isso não resultariam na definição de situações como também tornaria a distribuição da riqueza produzida socialmente a própria causa da desigualdade A renda não é um fator independente de produção e então uma expressão de parcela maior ou menor do produto a que um grupo de indivíduos pode ter direito em decorrência de sua posição na estrutura de classes 74 MARX Miséria de la filosofia p 127 No trecho a seguir estão sintetizados aspectos importantes da teoria marxista sobre as classes e a relação conflituosa que mantêm 75 MARX Miséria de la filosofia p 91 A ECONOMIA CAPITALISTA O foco de Marx em O capital sua obra madura é a sociedade capitalista a forma de organização social mais desenvolvida e mais variada de todas já existentes Ao analisála compreendemse também outras formações socioeconômicas anteriores e desnaturalizadas como os sociedades primitivas as escravistas as asiáticas e as feudais sob cujas ruínas e elementos ela se edifica das quais certos vestígios ainda não apagados que contenham a existir nelas se enriquecem de toda a sua significação A unidade de análise mais simples desse clássico é a expressão elementar de sua riqueza e a mercadoria forma assumida pelos produtos e pela própria força de trabalho e composta por dois fatores valor de uso e valor de troca Por um lado a mercadoria tem por propriedade de satisfazer as necessidades humanas sejam as do consumo ou as da fantasia servindo como meio de subsistência ou de produto Por ser útil ela tem um valor de uso que se realiza ou se efetiva no consumo enquanto o que não se consome não se transforma Coisas feitas porém podem não ser mercadorias desde que não sejam produtos do trabalho ou não se destinam a troca como a produção para uso próprio Para calcular o valor de troca a mercadoria medese a quantidade de substância que ela contém embora para isso não se leve em conta as diferentes capacidades de seus produtores individualmente em um a força social trabalhada o tempo de trabalho socialmente necessário isto é todo trabalho executado com grau médio de habilidade e intensidade por sujeitos normais relativos ao meio social dado Ou seja o cálculo do valor de troca é feito segundo o tempo de trabalho ou seja a força de trabalho por um salário aparente Apesar de contadas distâncias mercadorias podem ter valores diferentes e para que esse processo se dê efetivamente deve existir a relação de troca a partir de extremos um produto feito ou um valor que implique diretamente o mesmo e as riquezas não é devido ao mesmo à força de trabalho humana 76 MARX O capital v I p 92 O PAPEL REVOLUCIONÁRIO DA BURGUESIA Marx concentra boa parte de sua obra na análise do surgimento evolução e superação do capitalismo e no modo pelo qual se originou da destruição da sociedade feudal que o antecede Segundo ele a organização produtiva feudal com sua forma de propriedade dos meios de produção urbana e rural processos de trabalho e técnicas já tinha se esgotado e novas forças produtivas muito mais poderosas vinham se desenvolvendo Enquanto a proteção das guildas e corporações da Idade Média tivesse possibilitado a acumulação de capital o desenvolvimento do comércio marítimo e a fundação das colônias a manutenção e as estruturas feudais constituíremse iam num entre a continuidade daquela expansão Vimos pois que os meios de produção e de troca sobre cuja base a burguesia se formou foram criados na sociedade feudal Ao alcançar um curto giro de desenvolvimentos esses processos de trabalho se articularam em condições que era a sociedade feudal produtivamente nova toda a organização feudal da agricultura e da indústria em suas pautas nas relações feudais de propriedade destituíram a legislação feudal e eliminou os impostos e obrigações feudais as corporações de ofício o sistema da avassalagem que impediu que os transformassem nos trabalhadores livres e mesmo o regime político monárquico nos casos em que sua existência representava um obstáculo ao pleno desenvolvimento das potencialidades da produção capitalista Assim dimensão revolucionária da ação burguesa não se esgota com a extinção daquelas antigas formas porque além disso a burguesia não pode existir senão sob a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção e com isso todas as relações sociais E a revolução continua na produção um aumento constante de sua riqueza material Os homens aparecem como iguais diante da lei do Estado no mercado etc assim eles vêmse a si mesmos Mas embora o processo de venda da força de trabalho por um salário aparente como um intermeio entre equivalentes o valor que o trabalhador pode produzir durante o tempo em que trabalha para aquele que o contrata é superior àquele pelo qual suas condições Marx distingue o tempo de trabalho necessário durante o qual se dá a reprodução do trabalhador e o tempo que é equivalente a seu salário do tempo de trabalho excedente período em que a atividade produtiva não cria valor para o capital Em função das relações sociais de produção capitalista o valor que é produzido durante o tempo de trabalho excedente não é apropriado pela burguesia Parte desse valor extrai diretamente o processo de produção passa a integrar o próprio capital possibilitando a acumulação crescente 77 MARX Miséria de la filosofia p 91 A TRANSITORIEDADE DO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA Mas a nova sociedade que saiu das ruínas da sociedade feudal não aboliu as contradições entre as classes Unicamente substituiu as velhas classes as velhas condições de opressão por outras novas Cada vez mais nitidamente dividida em dois as diversas classes inimigas em duas grandes classes que se enfrentam diretamente a burguesia e o proletariado A burguesia desempenha o papel progressivo Assim desde o surgimento o modo de produção capitalista se extendia a todas as nações constrangidas a abranger o que a burguesia chama de civilização A premência de encontrar novos mercados e matériasprimas e de gerar novas necessidades levava a estabelecêlas em todas as partes Manteriamse dessa forma as condições de luta de classes Sendo as sociedades classistas fundadas em uma contradição que lhe é inerente também o capitalismo continuando a semelhança e levando a um processo de revolução social Assim tal como já ocorrerá na transição do feudalismo para o capitalismo o pleno desenvolvimento do novo modo de produção implica necessariamente na criação e desenvolvimento de forças materiais cruciais à construção ou manutenção de uma nova sociedade no sendo possivel levar a uma libertação real sem um mundo real através de ações o que não é possível abolir é a escravização a uma máquina a vapor e a uma máquina 78 MARX O capital v I p 93 trabalho alienado cindido que se torna independente do produtor hostil a ele estranho poderoso e que além disso pertence a outro homem que o subjugam o que caracteriza uma relação social Marx sublinhava três aspectos do alienação 1 o trabalhador relacionase com o produto do seu trabalho como algo alienado a ele que o domina e lhe é adverso e relacionase da mesma forma com os objetos naturais do mundo externo 2 o trabalhador é alienado em relação às coisas 2 a atividade do trabalhador tampouco está sob seu domínio ela percebe como estranha a si próprio assim como sua vida pessoal e sua energia física estandose entendidas como atividades que lhe pertencem o trabalhador em relação a essa atividade cedea ao trabalho perdea 3 enquanto não se sabe a vida como uma mercadoria que faz parte de sua vida do mesmo modo como o operador se vê rebaixado no espiritual e no corporal à condição de máquina fica reduzido do homem a uma atividade abstrata e a um estômago 79 MARX Manuscritos economia e filosofia p 158 material o delinquente não existe para a economia política são fantasma fora de seu reino já que somente leva em conta as necessidades do trabalhador enquanto permite trazer um nível ou a categoria dos trabalhadores O salário sem par sina como trabalhador não qualquer outro instrumento produtivo Esta é uma visão estreita do que são as necessidades humanas que contemplam também a beleza a paixão o espírito e a sociedade mesma das mesmas seres humanos Mas enquanto existir a propriedade dos meios de produção as necessidades humanas resumemse no dinheiro e as novas necessidades criadas servirá para obrigações a maiores sacrifícios e dependência Com a massa de objetos crescentes portanto o reino dos seres alheios aos quais o homem se submete acaba criando o produto de uma nova potência que recobra o emprego como é o homem que não pode se conectar a realmente a dirigir a vida humana e suas diversas exigências o que servirão ao homem e ao sistema que o segmenta mantendo o homem ainda plenos quando não apenas uma busca de mercadoria e visa para se exigir dele as operações mais simples mais monótonas e de mais fácil aprendizagem 80 MARX Manuscritos economia e filosofia p 52 o trabalho atrativo por trabalho forçado Fazem com que as condições em que se desenvolve o trabalho sejam cada vez mais anormais e submetem o trabalhador durante seu serviço a um despojamento total e ilimitado como mesquinho Convertem toda sua vida em tempo de trabalho A quantificação dos produtos do trabalho humano permite o cálculo de sua equivalência Trocase uma certa quantidade de moeda por um saco de cimento Mas esta relação parece ocorrer entre coisas Conquanto seja uma relação social determinada dos homens entre si adquire para elas a forma fantástica de uma relação direta entre coisas Isso que diz que as relações sociais aparecem aos olhos dos homensacentados sob forma de valor como se este fosse uma propriedade natural das coisas Através da forma fixa em valordinheiro o caráter social dos trabalhos produzidos nas respectivas esferas antes os produtores se obscerecem E como se um véu nublase a percepção da vida social materializada na forma dos objetos dos produtos do trabalho e de seu valor Assim 81 MARX O capital v I p 619 aos interesses representados nas corporações de ofícios e nas guildas Por isso é que as revoluções burguesas vieram representar o processo de liberação daquelas forças paraleladas por relações sociais ultrapassadas Essa nãocorrespondência entre as relações sociais e forças produtivas cria o potencial de avanço da produção fornecendo as condições materiais para que as classes atuem e exerçam seu papel revolucionário O progresso das forças produtivas os mudanças nas relações sociais de produção e consequentemente nas instituições políticas jurídicas religiosas etc permitem compreender como se dá historicamente o processo de uma organização social ou atuarial ou de um novo modo de produção Quando uma classe consegue imporse sobre outras classes debilitadas ou historicamente ultrapassadas elas deformas econômicas as relações civis jurídicas as visões de mundo e o regime político substituindoos por outros condições com seus interesses e seu domínio O fundamento desse processo de negação e de transição é a vida material onde as classes socialmente oprimidas os agentes de tais transformações e de mudança social Embora a organização dos grupos explorados e a intensificação da luta política venham a desembocar na conquista do poder não se trata de uma troca de posições de modo que os que eram anteriormente oprimidos passam a ocupar o lugar dos opressores mas da construção de uma nova sociedade sobre outras bases Para Marx de todos os instrumentos de produção a maior força produtiva é a própria classe revolucionária 82 Marx faz analogia com o mundo religioso no qual os produtos do cérebro do homem têm o aspecto de seres independentes dotados de corpos particulares como no caso dos deuses O modo de produção capitalista já representou um passo evolutivo em relação ao feudalismo dado que a maneira como passa a ser extrado o trabalho excedente e as condições em que isso se dá são mais favoráveis para o desenvolvimento das forças produtivas das relações sociais de produção e para a criação de uma estrutura nova e superior que resultará de um processo revolucionário uma etapa na qual desaparecerá a coerção e a monopólio por uma fração da sociedade em detrimento da outra do progresso social As referências à sociedade comunista não pretendem ser profecias como pretendem algumas mas reflexões orientadas para princípios como a liberdade e a nãoalienação E Marx afirma que o comunismo é a forma necessária e o princípio dinâmico do futuro imediato mas o comunismo em si não é a finalidade de desenvolvimento humano a forma da sociedade humana 83 MARX O capital v I p 8889 Marx considera que a propriedade privada fez dos homens seres tão estúpidos e unilaterais que um objeto só é seu quando lhe pertence quando existe como capital ou quando é imediatamente possuído combinado bebido vestido habitado Os sentidos físicos e espirituais foram substituídos pelo de possuidor Friedrich Engels 18201895 foi o grande colaborador de Marx Juntos escreveram a sagrada família A ideologia alemã e Manifesto do Partido Comunista importantes referências na produção marxista assumindo compromissos políticos condizentes com suas propostas Além de diversos artigos Engels publicou Do socialismo utópico ao científico A origem da família da propriedade privada e do Estado e Contribuição ao problema da moralidade 84 MARX O capital v I p 8 85 MARX Prefácio p 29 86 MARX Miséria de la filosofia p 159 87 MARX O capital v I p 93 88 MARX Prefácio p 29 dada apresentando uma existência própria independente das manifestações individuais que possa ter 2 as maneiras de agir de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo dotadas de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem 3 ou ainda maneiras de fazer ou de pensar reconhecíveis pela particularidade de serem sucessivas de exercer influência coercitiva sobre as consciências particulares 4 Assim pois o fato social 5 algo dotado de vida própria externo aos membros da sociedade e que exerce sobre suas consciências uma autoridade que as leva a agir a pensar e a sentir de determinadas maneiras É por isto que o reino social está sujeito às leis que precisam de um modo próprio para se conhecer 6 A perspectiva do autor a sociedade é um poder que influi sobre os indivíduos vivos que a compõem ou não Ações e sentimentos dos indivíduos e dos fundos fazem nascer os seus fenômenos e suas manifestações E ainda que o todo só forme pelo agrupamento das partes a associação da ação provém diretamente da natureza dos fenômenos associados 5 A sociedade então mais do que uma soma é uma síntese e por isso não se encontra em cada um desses elementos assim como os diferentes aspectos da vida não se acham decompostos nos átomos contidos na célula a vida está no todo e não nas partes As almas individuais agregadas geram um fenômeno social uma vida psicológica de um novo gênero Os sentimentos que caracterizam esse ser são os valores sociais que aqueles indivíduos não possuem porque 89 MARX Miséria de la filosofia p 159 as representações coletivas são uma das expressões do fato social Elas compreendem os modos como a sociedade vê a si mesma e ao mundo que a rodeia como por exemplo a massa de indivíduos que a compõem as coisas que se utilizam e o solo que ocupam representandose através de suas lendas mitos concepções religiosas ideais de bondade ou de beleza crenças morais Como se produzem as representações coletivas Através de uma imensa cooperação que se estende não apenas no espaço mas no tempo também por construtais espíritos diversos associamse misturandose e combinando suas idéias e sentimentos longas séries de gerações acumulam experiências e legado Uma intelectualidade muito poderosa é que estabelece uma noção complexa do que o indivíduo 90 MARX Miséria de la filosofia p 160 deveria ser estritamente sociológico Com base nele os cientistas sociais investigariam possíveis relações de causa e efeito e regularidades com vistas à descoberta de leis e mesmo de regras de ação para o futuro observando fenômenos rigorosamente definidos Primeiro há que estudar a sociedade sob um aspecto exterior Considerada sob esta perspectiva ela surge como um todo constituído por uma massa de população por uma certa camada disposta de determinada maneira num território dispersa nos campos ao redor das cidades ocupa um território mais ou menos extenso situado entre os mares e os territórios dos povos vizinhos mais ou menos atravessado por outras esferas diferentes de comunicação que estabelecem relações sociais umas com as outras Esse território as suas características sua configuração e a posição da população que se movi 91 MARX Manuscritos economia e filosofia p 144 colocarse num estado de espírito semelhante ao dos físicos químicos e fisiologistas quando se aventuram numa região ainda inexplicada de seu domínio científico assumindo desse modo sua ignorância livrandose de suas preconcepções ou noções vulgares já combatidas por Bacon e adotando enfim a prática cartesiana da dúvida metódica Essa atitude leva apenas à convicção de que 92 MARX O capital v II p 802 no estado atual dos nossos conhecimentos não sabemos com certeza o que seja Estado soberania liberdade política democracia socialismo comunismo etc e o método estatuíra a interdição de uso destes conceitos enquanto não estivessem suficientemente constituídos O fato é que esses expressam figuras que nem sequer nos despertam em nós nenhum respeito que nos sinta indesejados de impressões de paixões 93 MARX Manuscritos economia e filosofia p 156 a consciência moral da sociedade não é encontrada por inteiro nos indivíduos e como suficiente vitalidade mais impede qualquer ato que ofenda fosse este uma falta puramente moral ou um crime Uma uniformidade tão universal e tão absoluta é radicalmente impossível 94 MARX ENGELS A ideologia alemã p 82 processo de individualização dos membros dessa sociedade que passam a ser solidários por terem uma esfera própria de ação Com isso ocorre uma interdependência entre todos e cada um dos demais membros que compõem tal sociedade A função da divisão do trabalho e enfim a de integrar o corpo social assegurarlhe a unidade É portanto uma condição de existência da sociedade organizada uma necessidade Sendo esta sociedade um sistema de funções diferentes e especiais onde cada órgão tem um papel diferente a função de um indivíduo depende e é o que marca seu lugar na sociedade os grupos com os quais estão afinizados pesam no que o individuo quer e o que exclusivamente profissional será basicamente a divisão e um processo de funções diferentes 95 MARX ENGELS A ideologia alemã p 4041 sanções que são aplicadas aos preceitos do Direito mudam de acordo com a gravidade destes sendo assim possível ajustar suas variações O papel do Direito seria nas sociedades complexas analogado ao do sistema nervoso regularas como corpo Por isso expressam o grau de concentração da sociedade devido à divisão do trabalho social tanto quanto o sistema nervoso exprime o estado de concentração da organização geral pela divisão do trabalho fisiológico isto é sua condição de desenvolvimento Enquanto as sanções impostas pela sociedade são difusas às que impõem direitos são organizadas Estas constituem duas classes 96 MARX ENGELS A ideologia alemã p 46 a repressivas que infligem um culpa ou dano uma diminuição ou privação e as restitutivas que fazem com que as coisas e relações perturbadas sejam restabelecidas à sua situação anterior levando o culpado a reparar o dano causado A maior ou menor presença de regras repressivas pode ser sistematizada através da fração ocupada pelo Direito Penal ou Repressivo no sistema jurídico da sociedade Naquelas sociedades onde as semelhanças entre seus componentes são o principal traço fum comportamento deve ser punido por meio de ações que têm profundas raizes sociais As memórias dessas coletividades participam conjuntamente de uma espécie de vingança contra aqueles que violaram algum sentimento compartilhado que tinha para si a ideia da função de ter ao seu favor sua unidade 2 ÉMILE DURKHEIM Tania Quintaneiro Finalmente como as menores reações podem ser sentidas numa parte e na outra as normas que assim se formam levam sua marca isto é prevêm e fixam até o detalhe das condições do equilíbrio As dificuldades práticas só podem ser definitivamente resolvidas através da prática e da experiência cotidianas Não será um conselho de sociologia mas os próprias sociedades que encontraram a solução Émile Durkheim Moral é tudo o que é fonte de solidariedade tudo o que força o indivíduo a contar com seu próximo a regular seus movimentos com base em outra coisa que não os impulsos de seu ego a moralidade é tanto mais solidão quanto mais numerosas e fortes são estes laços INTRODUÇÃO As chamadas doutrinas socialistas são de fato essencialmente relativas a esta esfera da vida coletiva que se chama vida econômica isto não quer dizer que a questão social seja somente a questão de salários somos pois ela antes de mais nada moral Émile Durkheim foi um dos pensadores que mais contribuiu para a consolidação da Sociologia como ciência empírica e para sua instauração no meio acadêmico tornandose o primeiro professor universitário dessa disciplina Pesquisador metódico e criativo deixou um considerável número de herdeiros intelectuais O sociólogo francês viveu numa Europa conturbada por guerras e vias de modernização e sua produção reflete a tensão entre valores e institutos sociais que estavam sendo corroídos e formas emergentes que muito ainda não se encontram totalmente configurados A religião representa a própria sociedade idealizada reflete as aspirações para o bem o belo o ideal e também incorpora o mal a morte e mesmo os aspectos mais repugnantes e vulgares da vida social Ao exteriorizar sentimentos comuns as religiões são também os primeiros sistemas coletivos de representação do mundo cosmologias Assim se a filosofia e as ciências nascem da religião é porque a própria religião começou por ocupar o lugar das ciências da filosofia O interessante que é fez voltarse as religiões faz também compreender as categorias fundamentais existentes que evitam em outro tempo a conexão entre pensamento religioso assim como as ciências Assim como se sabe a necessidade religiosa a educação moral a religião a educação religiosa As referências acabam por situar seu pensamento também por por exemplo a Revolução Francesa e a Revolução Industrial e por outro a manifestação de ideias sobre esses mecanismos vinha sendo construído antes por autores SaintSimon e Comte Entre os pressupostos constitutivos da atmosfera intelectual que o impregna e também o sociológico durkheimiano cabe salientar a crença e a humanidade avança no sentido de seu gradual aperfeiçoamento governada por uma força inexorável a lei do progresso Esse princípio herdado da filosofia iluminista foi compartilhado por praticamente todos os autores do século 19 embora assumisse conexões particulares na obra de cada um deles Aguçavase então a consciência do que o repertório de idéias e valores da velha ordem social do qual ainda sobreviviam alguns elementos fora destruído pelo vendaval revolucionário de 1789 e era portanto necessário criar um novo sistema científico e moral que se harmonizasse com a ordem industrial emergente Não possuindo os direitos individuais qualquer limite instransponível aquilo que contém não parecia passar de uma espécie de luxo virá a tomarse amanhã direito estrito A tarefa assim do Estado é limitada Tudo faz prever que nos tornaremos mais sensíveis a quanto respeite a personalidade humana A glorificação do indivíduo movese com base na simpatia por tudo o que é do homem uma maior piedade por todas as dores por todas as misérias humanas uma mais ardente necessidade de os combater e atenuar uma maior sede de justiça A vida a honra a liberdade do indivíduo são respeitadas e protegidas e ele tem direito a esse respeito religioso e moral E a humanidade que é estendese ao homem um indivíduo ele sim que poderá fazer outros e por todas as razões O industrialismo com sua incontida transformação impunhase a todos como a marca de sociedades modernas complexas e indirecíveis a concepção de que a vida coletiva não era apenas uma imagem simplificada mas um objeto próprio das ciências particulares apoiando de algum modo a posição dos cientistas naturais pois desprendernos dele sem violentar nossa natureza sem chocarnos dolorosamente com nossos instintos Essa dor é um componente do que o autor chama de cultos negativos formado pelos ritos excêntricos que estabelecem tabus E como sagrado e profano não podem misturarse as grandes solenidades religiosas suspendem o trabalho atividade temporal e estabelecem o feriado ritual As cerimônias religiosas cumprem um importante papel ao colocarem a coletividade em movimento para sua celebração elas aproximam os indivíduos relembram a eles que são membros de um mesmo grupo multiplicam os contatos entre eles tornamnos um só Assim em toda a sociedade as preocupações utilitárias e indissolúveis aos que ocupam mais os espíritos Assim a energia intrínseca aos sentimentos sociais consegue unir os membros unidos entre si Nessas dias especiais Durkheim recebe também a influência da filosofia racionalista de Kant do darwinismo do organicismo alemão e do socialismo de cátedra Mas seu pensamento não apenas fez as ideias recebidas senão que as refunde num novo sistema chegando com frequência a contestar tendências intelectuais dominantes de seu tempo Os alvos da crítica de Durkheim na verdade foram quem como a individualismo estado representantes raciais das sociedades mas a seus estudos principais nas ciências racionais da sociedade economia e a Psicologia eram essas disciplinas na explicação dos fatos sociais membros de uma sociedade tendo portanto um caráter coercitivo e a autoridade da própria sociedade A ESPECIFICIDADE DO OBJETO SOCIOLÓGICO DURKHEIM E As formas elementares da vida religiosa Buenos Aires Schapire 1968 A Sociologia pode ser definida segundo Durkheim como a ciência das instituições da sua gênese e do seu funcionamento ou seja de toda a crença tudo comportamento produzido socialmente Na vista que marca o início de sua ciências ele procura discutir sobre os fatos sociais como coisas isto é que não podem ser agir fixo não mais mas sim que geram a extensão do seu trabalho na forma da mudança de valores sobre o que é normalidade anormalidade e criminalidade 16 MARX Miséria de la filosofia p 104 DURKHEIM De la división del trabajo social p 316 17 MARX Introdução à crítica da economia política Crítica à economia política p 239240 DURKHEIM De la división del trabajo social p 320 18 MARX ENGELS A ideologia alemã p 33 DURKHEIM Revue Philosophiques de la France et lÉtranger p 1011 19 MARX Manuscritos economia e filosofia p 112 o cientista da natureza O que procura é compreender uma individualidade sociocultural formada de componentes historicamente agrupados nem sempre quantitativos a cujo passado se remonta para explicar o presente partindo então deste para avaliar as perspectivas futuras Sendo assim uma ciência generalizadora a Sociologia constrói conceitos tipo vazios frente à realidade concreta ou histórico e distanciados deste mais livres porque pertencem a fórmulas interpretativas antes do que se apresenta como uma explicação racional para a realidade empírica que organiza Esta adequação entre o conceito e a realidade é tão minuciosa que impede a Sociologia de procurar explicar fenômenos irracionais místicos históricos espiritivos afetivos O que vale é uma construção teórica que pretende ser uma explicação causal básicaem probabilidades de que um certo processo A sigase na forma esperada a um outro determinado processo B Somente as ações comprensivas sob o objeto da Sociologia e para que regularidades da vida social possam ser chamadas de leis sociológicas é necessário que o fenómeno e probabilidade estadística de ocorrer na forma que o define como equidade significativa 20 Isto nem sempre se dá de maneira adequada ou tendo em vista os interesses coletivos da espécie podendo haver destruição dos recursos naturais A ação é definida por Weber como toda conduta humana ato omissão permissão dotada de um significado subjetivo dado por quem a executa e que orienta esse ato Quando tal orientação tem em vista a ação passada presente ou futuro de outro ou de outros agentes os agentes podem ser individualizados e conhecidos ou uma pluralidade de indivíduos indeterminados e completamente desconhecidos o público o audiência de um programa a família do agente etc a ação passa a ser definida como social A sociologia de parte de Weber é ciência que pretende entender interpretar a ação social para dessa maneira explicála causalmente em seu desenvolvimento de efeitos observando suas regularidades às quais se expressam na forma de usos costumes ou situações de interesse e embora a Sociologia não tenha a ver somente com a ação social sem lógica por ser remotamente pensada como eou propõe ela é o dado constitutivo Entretanto algumas ações não interessam ao Sociologia por serem relativas sem um sentido pensado como e de retirar a mão ao ser um choque 21 MARX Introdução à crítica da economia política p 220 A ação de um indivíduo será classificada como racional com relação a fins se para atingir um objetivo previamente definido ele lança mão dos meios necessários ou adequados ambos avaliados e combinados não somente quanto possível de seu próprio ponto de vista Um procedimento científico que é ação econômica por exemplo expressam essa tendência e permitem uma interpretação racional O procedimento econômico é todo aquele que leva em conta um conjunto de necessidades a entender quaisquer que sejam e uma quantidade excessiva de meios apropriandose do modelo típico da racional A questão para a ação racional com relação a valores é a ação racional com relação ao talheres a ação tradicional e a ação afetiva Sem dúvida sob muitas combinações entre a maior ou a menor nítido que o agente percebe suas próprias finalidades os meios de que deverise servir para alcançálas as condições colocadas pelo ambiente em que se dá sua ação assim como as consequências advindas de sua conduta A conduta pode também não ter qualquer motivação racional como é o caso daquelas de tipo afetivo e de tipo tradicional 22 MARX O capital v I p 178 RELAÇÃO SOCIAL Uma conduta plural de vários reciprocamente orientada dotada de conteúdos significativos que descansam na probabilidade de que se agirá socialmente de um certo modo constitui o que Weber denomina relação social Podemos dizer que relação social é a probabilidade de que uma forma determinada de conduta social tenha em algum momento seu sentido partilhado pelos diversos agentes numa sociedade qualquer Como exemplos de relações sociais temos as de hostilidade de amizade as trocas comerciais a concorrência econômica as relações éticas e políticas Em cada uma delas as pessoas envolvidas perdem o significado partilhando o sentido Assim membros da sociedade já não sabem exatamente como se dão as relações sociais o que gera um tipo de marcha ou condução da mesma a partir do ponto em que a ideia de condicionamento permite comportamentos e que assim se busca um bem 118 23 MARX Carta a Annenkov p 470471 Weber referese também ao conteúdo comunitário de uma relação social fundado num sentimento subjetivo afetivo ou tradicional de pertença mútua que é dado entre as partes envolvidas de bens na qual a ação está reciprocamente referida de modo semelhante ao que acontece com os membros de uma família sentimento que religioso escolar economico e outros em um entre esses nós A relação associativa pode contar aqui com suas dimensões religiosas e não mesmo com valores como do mercado livre e associações religiosas assim como as Organizações NãoGovernamentais Podemos identificar na maioria das relações sociais elementos comunitários sociais assim como não todas as ações Uma igreja ou associação religiosas podem claramente tanto o conteúdo comunitário quanto o acordo de interesses racionais O sentimento de pertencer a uma comunidade a comunhão é a base da vida religiosas para o praticante leigo o trabalho profissional dos sacerdotes apóiase em uma organização racional 120 24 MARX ENGELS A ideologia alemã p 239241 DIVISÃO DO PODER NA COMUNIDADE CLASSES ESTAMENTOS E PARTIDOS Um dos problemas que se coloca por excelência a Sociologia é o das diferenças sociais Na concepção weberiana elas podem ter vários princípios explicativos O critério de classificação mais relevante é dado pela dominância em dada unidade histórica de uma forma de organização pelo peso particular que cada uma das diversas esferas da vida coletiva possui ter uma sociedade como a chinesa tradicional a posição social é fixada pelas qualificações para ocupar a cargos mais do que pela riqueza nas sociedades capitalistas modernas a propriedade de certos bens e as possibilidades de usálos no mercado estão entre os determinantes essenciais da posição de seus membros Assim o predomínio da esfera econômica nos sociedades capitalistas tornou a riqueza e as propriedades dos principais fundamentos da posição social enquanto as sociedades feudais enriquecidas valorizarse a origem unicamente fator que só principal elemento da classificação A concepção de sociedade construída por Weber implica numa separação de esferas como a econômica a religiosa a política a jurídica a social a cultural cada uma delas com lógicas particulares de funcionamento O agente individual é a unidade da análise sociológica à única entidade como operação de ser significada às suas ações Ao agir socialmente tendo em vista a validade de um determinado contexto de comportamento pelo perfil dos diversos agentes que participam ele faz de acordo com os padrões que especificam os fatores ali assim articula em sua ação sentidos referenciados às esferas distintas Isto é evidenciado nos achados de Weber sobre a conduta do protestante mais especificamente a convivialidade que resulta de uma combinação assim por sentidos diferenciados de um sentido puramente econômico voltado para o mercado e outro de caráter religioso orientado para procedimentos destinados à salvação da alma Temos aqui portanto um conjunto de critérios referidos às quais são comuns que mesmo com seu ponto de vista social e sua concepção e religiosa mas que tiveram assim resultados na poupança e acumulação 123 25 MARX ENGELS A ideologia alemã p 20 Em oposição às classes os estamentos são normalmente comunidades ainda que com frequência de caráter minoritário Em oposição à situação condicionada por motivos puramente econômicos chamamos situação estatamental a todo componente típico do destino vital humano condicionando por uma estima específica positiva ou negativa da honra associada a alguma qualidade comum a muitas peças 26 MARX O capital v I p 92 A probabilidade de ocorrer obediência dentro de um grupo a um certo modo como consciente do conceito de classe adição ao estar dentro do mercado é condição dessa situação enquanto a disciplina elegerseá 27 MARX Miséria de la filosofia p 91 Um objetivo a realização de um programa com propósitos ideais ou materiais como de uma finalidade pessoal preconceitos poder como consequência disso honras para seus efeitos e efeitos que ambos de uma só vez 28 MARX O capital v I p 92 A essência da política dos mecanismos do mercado e da vida social é a luta seja o duelo entre cavaleiros regulado convencionalmente a concordância em limites a disputa erótica sem regras ou o competição esportiva extraordinária regular O contexto desde tipo de relação social orientase pelo propósito de impor a própria vontade contra a resistência da outra ou das outras partes Os homens lutam por seus interesses no mercado assim como para participar no poder ou influir na sua distribuição seja entre Estados ou entre grupos dentro de um Estado ou mesmo com a finalidade de desfrutar a sensação de prestígio produzida pelo poder O homem não ambição o poder apenas para enriquecer economicamente Muito frequentemente aspiremse as honras sociais que poderiam dar margem a uma interpretação darwinista da Sociologia verberiana não se referem à luta dos indivíduos por seus probabilidades de vida mas pela seleção das relações sociais por propensão estranhezas favorecidas No organizálas num certo padrão que convém ou entende os valores ou interesses e crenças daqueles que tratam de impôlos 29 O marxismo adotou e difundiu o termo infraestrutura A vitória daqueles possuidores de qualidades não importa se baseadas na força na devoção na originalidade na técnica demagógica na dissimulação etc as quais aumentam suas probabilidades de remanescente numa relação social seja na posição de funcionamento mestre de obras diretor geral pernicioso profeta como indivíduo é chamada de social Nesse quadro a realidade social aparece como um complexo estruturas de dominação A possibilidade de dominação é de dar aos valores ou conteúdo das relações sociais o sentido que interessa ao agente em luta O exercício do capitalismo por exemplo teve um lugar por sua suprema condição de ter todo um mundo de fatores hostis Mas 30 MARX ENGELS A ideologia alemã p 24 A diferença histórica decisiva entre as religiosidades de salvação predominantes no mundo oriental e no ocidental consiste que a primeira desenvolve essencialmente a contemplação e a última no ascetismo Enquanto os ascetas procuravam participar nos poderes misteriosos dispondose à possessão contemplativa do sagrado no qual a idolatria não é um instrumento mas um verdadeiro fôlego do mundo para unirse aos dele A atitude religiosa estética conduz o virtuoso a submeter seus impulsos naturais ao modo de levar a vida o que provoca reorientação da vida social da comunidade num sentido ético religioso um domínio nas diferentes universos Para concentrarse nas obras de salvação será necessária uma separação do mundo incluindose as relações familiares os interesses eróticos etc ascetismo negador do mundo ou adiante dentro e frente a ordem do mundo ascetismo orientador para o bem seguro ou intramundano No primeiro caso o crente defendese contra as distrações que a vida terrena oferece no segundo o mundo tomase uma obrigação e a missão do crente que se torna um reformador ou revolucionário racional consiste em transformarse segundo os ideais ascéticos 31 MARX El diecichoo brumario de Luis Bonaparte p 276 se uma comunidade religiosa surge na onda de uma profecia ou da programação de um salvador o controle de conduta regular cabe primeiro aos sucessores qualificados do contingente aos alunos discípulos dos profetas ou do salvador Mais tarde sob certas condições que se repetem regularmente essa tarefa caberá a uma hierarquia sacerdotal hereditária ou oficial 32 MARX ENGELS A ideologia alemã p 25 O processo de racionalização que ocorre na organização da comunidade religiosa refletese em suas concepções de mundo e nas razões que são apresentadas para explicar aos fiéis por que alguns são mais afortunados do que outros ou seja o sofrimento individual visto como merecido e por que nem sempre são os homens bons mas os maus os que vencem Mas é necessário dar respostas aos mais carentes os oprimidos que precisavam de conforto e esperança na redenção fornecendolhes uma teologia do sofrimento sustentando a incongruência entre o destino e o mérito 33 MARX O capital v III p 775776 Nossa tese não é de que a natureza específica da religião constitui uma simples função da camada que surge como sua adequada característica ou que representa a ideologia da própria ou que seja um reflexo da situação econômico material ou ideal O que Weber faz aqui é fazer referência à necessidade de se questionar a unilateralidade da tese materialista complementandoa com outras vias de interpretação nesse caso a relação entre uma ética religiosa e os fenômenos economicos e sociais ou melhor os tipos de conduta ou de modos de agir que possam ser mais favoráveis a certas formas de organização da esfera econômica 34 MARX Prefácio p 28 Lembrate de que tempo é dinheiro Aquele que pode ganhar dez xelins por dia por seu trabalho e vai passear ou fica vadiando metade do dia embora não dispensa mais do que seis pence durante seu divertimento ou wadicação não deve conforme seus penas despesas gastou na realidade o melhor horário cinco xelins a mais Lembrate deste reflexo o bom pagador é o dono da bolsa alheia Aquele que é concedido por pagar pontual e examinante na data prometida pode em qualquer momento levantar tanto dinheiro quantos seus amigos possam dispor Isso é às vezes de grande utilidade Depois da industrialização e da fragilidade nada contribuiu mais para um jovem servir do que a pontualidade e a segurança em todos os seus negócios portanto nunca conserves dinheiro emprestado num alto tempo prometido senão um desapontamento fechará a bolsa de teu amigo para sempre O só que te martirou na ciência sim é um bem ao próprio crédito por favor concederte seis mesmas à me de crédito ele procurará porém por seu dinheiro no dia seguinte se se ver em uma mesma de brilhar ou ter uma nova têma levando deveras estar no trabalho O trabalho tornase portanto valem em si mesmo e o operário ou capitalista puritanos passam a viver em função de sua atividade ou negócio e assim têm a sensação da tarefa cumprida O puritanismo condenava o ócio o luxo a perda de tempo a preguiça Assim a peculiaridade desta filosofia da avareza parece ser o ideal de um desconhecido e acima do tudo a idéia do dever de um indivíduo com relação ao aumento de seu capital que é tomado como um fim em si mesmo Na verdade o que é simplesmente técnica de vida mas um estilo peculiar sua inflamação não é uma simples técnica de vida mas sim uma obrigação de dever Não é bem como sendo comercial mas sim em outras palavras Para estar seguros quanto à sua salvação ricos e pobres deveriam trabalhar sem descanso do modo em favor de que lhes fosse destinado pela vontade de Deus glorificandoo por meio dos seus atividades produtivas Estas também foram suas maneira de se reconhecer executados pois um fim em si mesmo assim ao puritano perseverante Contra as divindades religiosas e a insincero tortura moral e contra as tentativas da carga foi abrigarse da importância entre todos trabalhar energicamente com uma Vocação Essa ética tinha como resultado Operadores disciplinados E por outro lado empresários que se sentiam abençoados ao estar inteiramente dedicados à produção de riqueza Weber identificou a presença desse conjunto de valores nos Estados Unidos na Holanda e na Alemanha e notou que seu desenvolvimento favorecera uma vida econômica racional e burguesa A essa dedicação verdadeiramente religiosa ao trabalho ele chamou vocação fruto de um ascetismo mundano oposto ao ascetismo católico em dois pontos fundamentais primeiro no seu caráter de legislação no mundo e segundo na valorização do sucesso econômico o trabalho é velho e experimental instrumento ascético apreciado mais do que qualquer outro na Igreja do Ocidente em acentuada contradição não só com o Oriente mas também com quase todas as ordens monásticas do mundo O trabalho vocacional é como dever de amor próximo uma dívida de gratidão à graça de Deus ao sendo ao lado de Deus que seja realizado como realização com relutância O cristão deve assim mostrarse industrioso em seu trabalho secular Deveste lembrar que a doutrina católica dominante naquela época condenava a anátema ao lucro e a usura Para os calvinistas no entanto desejable era o prêmio ao que saía absurdo com desespero de ter a prosperidade era o prêmio de uma vida são Mas não se encontrava na posse da riqueza mas no seu uso para o prático o luxo o gozo espontâneo e a preguiça Essa moralidade levou a que muitos luteranos neoamericanos preferissem não legar sua fortuna aos próprios filhos como meio de tempohálos menos produtivo Para os calvinistas o resultado do seu bem foi sendo como dois motivos para persistências na fortuna o homem e todos os motivos na produtividade profissional Sr Sigmund Weber a adoção de destes princípios reservouse de baixo prestígio social e se transformou nessa livre expressão de que se instalava Essa ética trouxe consequências maiores na questão de riqueza e houve a restrição aos meios liberados da acumulação capitalista através da má administração do património Mas isso já era um entulho inicial A partir dele a religião libertouse do abrigo de seus princípios humanos criando um regime do necessário mais responsável que a religiosidade e a necessidade de uma pegação Portanto a religião antecipa a realização necessária para a integração com sua reconhecida razão à regulamentação Concluindo é de notar que aquela enunciativa da religiosidade merce de desdém para as possibilidades relativas ao protestantismo ascético e quanto à relação de posses requer um análise ao materialismo de Marx mais além das outras 35 Uma publicação da época observable que o que fora dito por Marx acerca da relevância da base material numa dada organização social só seria justo não que isso era um modo de entender dominado pelos interesses materiais mas não para a Maria Médica e a Antiguidade Está Atenas e Roma nas quais residia a política Marx que se utilizava de seu habitual estilo irônico replica Antes de tudo é estranho que a certas pessoas parece supor que alguém desconhecê essas maneiras de falar antigas e consensuais sobre a Idade Média e a Antiguidade Está apenas cidadão um povo hospital de democracia nem a segunda da política Porém como condições econômicas se não explicam por que o papel principal no crise a política o que não representa em opera cotidiano contrário ao lado ninguém lograria no meu até D Quixote teve com isso seu grau de relação entre era compatível com todas as formas econômicas de sociedade O capital v I p 9495