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UFU
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Epidemiology Treatment and Prevention of Human TCell Leukemia Virus Type 1Associated Diseases Contexto e Introdução O vírus HTLV1 Human Tcell Lymphotropic Virus Type 1 infecta aproximadamente 20 milhões de pessoas no mundo sendo a maioria assintomática ao longo da vida Todavia uma parcela desenvolve doenças graves como a leucemialinfoma de células T adultas ATL e a mielopatia associada ao HTLV1paraparesia espástica tropical HAMTSP além de manifestações oftalmológicas e dermatológicas Epidemiologia Prevalência global Estimase que 90 dos portadores permaneçam assintomáticos enquanto 02538 desenvolvem HAMTSP e 25 evoluem para ATL Áreas endêmicas Alta prevalência 5 em Japão Kyushu Shikoku Okinawa Caribe Jamaica África Subsaariana Camarões GuinéBissau e regiões do Brasil central e litoral 135 Subtipos virais Seis subtipos principais AF com o cosmopolita A predominante e sem diferença clara de patogenicidade entre eles Transmissão Vertical amamentação Principal via com risco médio de transmissão maternoinfantil de 20 influenciado pela carga proviral e duração do aleitamento transmissão periparto 5 Sexual Relacionada a relações desprotegidas e múltiplos parceiros especialmente de homem para mulher Sanguínea Transfusões de sangue e compartilhamento de seringas o risco em plasma e derivados é baixo devido à destruição de linfócitos Risco Residual e Triagem de Doadores Testagem obrigatória Em países endêmicos uso de EIA combinado HTLV12 ou PA com confirmação por Western blot IFA ou RIPA PCR para casos indeterminados e subtipagem Janela sorológica De 41 a 65 dias pósinfecção podendo se estender Risco residual Em áreas de baixa prevalência entre 1345 000 e 11 000 000 de unidades transfundidas superior em regiões endêmicas exigindo hemovigilância contínua Imunopatogênese Integração e proliferação clonal O DNA proviral integrase ao genoma e a propagação ocorre pela divisão celular não por partículas livres Proteínas viraischave Tax Ativa NFκB e CREBATF induz genes próinflamatórios promove proliferação e inibe apoptose HBZ Expressase continuamente em células latentes correlacionandose à carga proviral e à gravidade da HAMTSP além de modular respostas inflamatórias Inflamação em HAMTSP Ambiente próinflamatório com TNFα e CD8 IFNγ sustentando lesão medular crônica Manifestações Clínicas e Tratamento Adult Tcell leukemialymphoma ATL Subtipos smoldering crônico linfoma e agudo com prognóstico variável meses a anos Diagnóstico células flower no sangue CD25 teste de clonality e biópsia de linfonodo Tratamento quimioterapia combinação zidovudina IFNα arsenito de arsênico zidovudina IFNα e em casos selecionados transplante de célulastronco allogênico HAMTSP Quadro paraparesia espástica progressiva incontinência e dor neuropática mulheres mais afetadas pico aos 40 anos Diagnóstico exclusão de outras causas RM atrofia torácica pleocitose e anticorpos no LCR Tratamento corticosteroides IFNαβ antirretrovirais benefício limitado em estágios avançados e controle de sintomas baclofeno cateterismo HTLV1Associated Uveitis HAU Manifestações vitrite vasculite retiniana e ceratoconjuntivite sicca Tratamento corticosteroide tópico ou sistêmico com recidivas mas preservação funcional Lesões dermatológicas e outras complicações Dermite infectiva escabiose crostosa ictiose adquirida rubor de ATLHAM infecções oportunistas S stercoralis artrite fibromialgia e distúrbios psiquiátricos Prevenção Triagem de sangue Implementada entre 19861993 em áreas endêmicas reduzindo drasticamente a transmissão por transfusão Aleitamento Testagem prénatal e orientação para evitar amamentação em mães HTLV1 com oferta de leite artificial em áreas de risco Sexo seguro e redução de danos Uso de preservativos diminuição de parceiros e programas de troca de seringas Aconselhamento e combate ao estigma Educação sobre diferenças entre HTLV1 e HIV rastreamento de contatos e apoio psicológico Conclusões e Perspectivas Tax e HBZ atuam de forma complementar e antagônica para regular inflamação aguda persistência viral e evasão imune Biomarcadores como carga proviral e expressão de TaxHBZ no LCR são promissores para monitorar progressão Estratégias terapêuticas focadas em inibir Tax bloqueadores de NFκB modular HBZ ou induzir respostas imunes específicas vacinas terapêuticas devem ser exploradas PontosChave para a Apresentação A doença resulta de inflamação crônica e desregulação imune impulsionada pelas proteínas Tax e HBZ Tax promove ativação imune aguda e dano ao SNC enquanto HBZ facilita persistência e inflamação silenciosa Integração de abordagens antivirais imunomoduladoras e genômicas é essencial para futuras terapias Prevenção via triagem de sangue e aleitamento seguro permanece a medida mais eficaz contra novas infecções HAMTSP Pathogenesis The Transmigration Activity of HTLV1Infected T Cells into Tissues Contexto e Introdução A mielopatia associada ao HTLV1paraparesia espástica tropical HAMTSP é uma mielopatia crônica progressiva caracterizada por degeneração dos tratos piramidais e disfunção esfincteriana que afeta 0338 dos portadores de HTLV1 A patogênese envolve um mecanismo de bystander em que células CD4 infectadas pelo vírus transmigram ao parênquima medular e em conjunto com células CD8 citotóxicas específicas promovem inflamação crônica por citocinas como IFNγ e TNFα A migração das células infectadas ao tecido nervoso espinhal é portanto um passo inicial crucial no desenvolvimento da doença 1 Alterações em Moléculas de Adesão Rolling etapa de rolamento Aumenta a frequência de células CD4 sLex ligante de E e Pselectina com produção de IFNγ facilitando o contato inicial com o endotélio Adesão firme Há superexpressão de integrinas como LFA1 CD11aCD18 e VLA4 CD49dCD29 e de imunoglobulinas de adesão ICAM1 VCAM1 ALCAM CADM1 promovendo forte ancoragem ao endotélio e contribuindo para a desorganização da barreira hematoencefálica BBB 2 Ativação de Pequenas GTPases A sinalização outsidein por integrinas ativa GTPases Cdc42 Rac Rho direcionando o rearranjo do citoesqueleto e a polarização celular essenciais para a migração transendotelial Em linhagens derivadas de pacientes com HAMTSP Cdc42 apresenta maior ativação indicando maior potencial migratório A sinalização insideout mediada por Rap1 e adaptadores RAPL talin1 kindlin3 também está exacerbada reforçando a afinidade integrinaligante e acelerando a transmigração 3 Mediadores de Disrupção da Membrana Basal MMP2 e MMP9 são expressas pelas células infiltradas e detectadas em níveis elevados no LCR de pacientes degradando colágenos laminina e fibronectina da membrana basal vascular Inibidores seletivos de MMP reduzem significativamente a migração de CD4 em modelos in vitro AminopeptidaseN APN de superfície celular também está aumentada e contribui para a ruptura da matriz extracelular permitindo penetração tecidual 4 Manifestações Inflamatórias Extras Pacientes com HAMTSP frequentemente desenvolvem doenças inflamatórias sistêmicas como síndrome de Sjögren uveítes miosites e artrites Acreditase que a mesma capacidade de transmigração dos linfócitos HTLV1 seja o gatilho inicial para essas complicações 5 Estratégia Terapêutica com Polissulfato PPS Mecanismos de ação PPS bloqueia a adesão e transmigração de células infectadas pelo HTLV1 inibe a transmissão célulaacélula do vírus reduz produção viral e atenua a indução de citocinas próinflamatórias Além disso melhora a microcirculação nas zonas de watershed da medula espinhal Estudo clínico aberto Em 12 pacientes tratados por 8 semanas observouse melhora significativa da função motora redução do tempo para caminhar 10 m e aumento de sVCAM1 sérico correlacionado ao benefício clínico sem alteração na carga proviral periférica Conclusões e Perspectivas A transmigração e o estabelecimento das células CD4 infectadas no tecido espinhal constituem o evento inicial crítico na patogênese da HAMTSP Intervenções que inibam moléculas de adesão integrinas pequenas GTPases Cdc42 Rap1 ou MMPs bem como o uso de PPS despontam como estratégias promissoras Estudos futuros devem elucidar os sinais moleculares que diferenciam portadores assintomáticos de pacientes sintomáticos e avaliar em ensaios randomizados a eficácia de agentes antitransmigração e imunomoduladores PontosChave para a Apresentação A migração transendotelial de células CD4 HTLV1 é o gatilho inicial de HAMTSP Alterações em sLex integrinas LFA1 VLA4 e moléculas de adesão ICAM1 VCAM1 ALCAM CADM1 facilitam a invasão medular Ativação exacerbada de Cdc42 Rac Rho e Rap1 reestrutura o citoesqueleto para transmigração MMP29 e APN promovem disrupção da membrana basal permitindo acúmulo viral no SNC PPS promovendo bloqueio de adesão e inibição de transmissão viral mostra benefício clínico e deve ser validado em estudos controlados Understanding the Immunopathology of HTLV1Associated Adult TCell LeukemiaLymphoma A Comprehensive Review Contexto e Introdução O vírus HTLV1 infecta milhões de indivíduos dos quais 510 desenvolvem leucemialinfoma de células T adultas ATL caracterizada por mau prognóstico e profunda imunodeficiência similar à AIDS A progressão para ATL envolve não só fatores virais Tax HBZ mas também desregulação do sistema imune do hospedeiro incluindo alterações genéticas em genes de imunidade e um microambiente tumoral protetor 1 Disrupção Imune Inicial pelo HTLV1 Anergia de células T Embora o provírus permaneça em latência na maioria dos portadores episódios de expressão do Tax induzem citocinas próinflamatórias IL2 IL6 TNFα e imunossupressoras IL10 além de upregulation de HLAII em células T transformandoas em APCs tolerogênicas e promovendo anergia de linfócitos específicos Aquisição de fenótipo Treg A proteína HBZ de baixa imunogenicidade é expressa constitutivamente e induz FoxP3 CCR4 e TIGIT conferindo traços de célula reguladora às CD4 infectadas Fatores acessóriopX p12 p30 reduzem HLAI e PU1 suprimindo a apresentação de antígeno e a resposta inflamatória de macrófagos 2 Anormalidades Imunes em ATL 21 Alterações genéticas Em 90 dos casos mutações ativadoras na via TCRNFκB hipermetilação de CpG CIMP em 40 deleçõestranslocações no 3UTR de PDL1 e mutações em genes HLAI favorecendo escape imune Durante a expansão clonal ATL exibe altos níveis de PDL1 CD73 CD39 e reduz expressão de HLAII evadindo citotoxicidade 22 Microambiente tumoral Infiltração de macrófagos associados a tumor TAMs que via sinal dont eat me CD47SIRPα protegem células leucêmicas expressão de PDL1 em células tumorais pior prognóstico e em estroma às vezes protetora queda de B NK e CTLs com ativação compensatória de monócitos e dendríticos 3 Aspectos Clínicos Relacionados à Imunopatologia 31 Transmissão maternoinfantil Amamentação 6 meses aumenta 3 o risco de ATL relacionada a maior PVL e predisposição genética 32 Coinfecções Coinfecção HTLV1HIV acelera progressão e aumenta complicações HTLV1strongyloides eleva PVL e estimula expansão policlonal associandose a ATL precoce 33 Prognóstico Sobrevida global de 3 anos 25 com quimioterapia convencional única cura potencial é transplante alogênico de célulastronco alloHSCT 34 Índices prognósticos Ferramentas baseadas em fatores do hospedeiro idade albumina ECOG e carga de doença estágio Ann Arbor sIL2R Ca² corrigido PCR preveem sobrevida 8 meses em alto risco 35 Imunidade antiHTLV1 TaxCTLs aumentam após alloHSCT e terapia com mogamulizumab correlacionandose a efeitos graftversusleukemia HBZCTLs raros mas potencialmente protetores em portadores 4 Desenvolvimento de Drogas Imunoterápicas para ATL 41 Mogamulizumab antiCCR4 Efeito citotóxico dependente de anticorpo e depleção de Tregs melhora respostas mas requer cautela prétransplante 42 AntiPD1 Nivolumab Inibidores de checkpoint não mostraram benefício claro e podem agravar a doença em alguns pacientes 43 Lenalidomida Modulador imune que suprime EZH2 e potencializa funções TNK ensaios fase II indicam atividade antitumoral promissora 44 Vacina de células dendríticas DC autólogas apresentando peptídeos de Tax induzem CTLs específicos com segurança e resposta inicial positiva em fase I Conclusões e Perspectivas A interação entre mecanismos virais Tax HBZ alterações genéticas e disfunção imune do hospedeiro sustenta a persistência viral e a transformação maligna em ATL Estratégias terapêuticas futuras devem combinar abordagens antivirais imunomodulação e reparo do microambiente tumoral para alcançar cura efetiva Understanding the Immunopathology of HTLV1Associated Adult TCell LeukemiaLymphoma A Comprehensive Review Contexto e Introdução O vírus HTLV1 infecta milhões de indivíduos em áreas endêmicas como Japão América do Sul África e Caribe mantendo um estado de latência em CD4 T cells onde há um equilíbrio assintomático entre provírus e imunidade do hospedeiro Contudo cerca de 510 dos portadores perdem esse equilíbrio e desenvolvem leucemialinfoma de células T adultas ATL uma neoplasia com prognóstico geralmente desfavorável na qual a coinfecção por Stryngyloides é um fator de risco adicional evidenciando o papel central do estado imunológico do paciente na patogenicidade do HTLV1 1 Desregulação de CD4 T Cells e Evasão Imune Função de CD4 T cells A infecção pelo HTLV1 altera a diferenciação dessas células conferindolhes marcadores de ativação por exemplo CD25 e favorecendo seu escape de respostas antivirais o que contribui para a persistência viral Mecanismos de evasão A transativação viral pelo Tax e a expressão contínua do fator HBZ promovem a supressão de vias de antígenodependentes e reforçam a sobrevivência clonal das células infectadas dificultando sua eliminação pelo sistema imune 2 Acúmulo de Alterações Genéticas e Epigenéticas Mutações em genes de imunidade Durante a progressão para ATL há seleção de mutações ativadoras na via TCRNFκB hipermetilação de CpG CIMP e alterações no 3UTR de PDL1 favorecendo escape imune e proliferação neoplásica Microambiente tumoral O infiltrado de macrófagos associados a tumor TAMs e a expressão elevada de PDL1 tanto em células malignas quanto em células estromais criam um nicho protetor reduzindo a ação de CTLs e NK cells 3 Abordagens Terapêuticas Baseadas no Estado Imune Transplante de CélulasTronco Hematopoéticas alloHSCT Até o momento é a única estratégia com potencial curativo para ATL restaurando equilíbrio imunológico e induzindo efeito graftversusleukemia Terapia com anticorpo antiCCR4 Mogamulizumab Primeiro fármacoalvo aprovado promove citotoxicidade dependente de anticorpo ADCC e depleção de Tregs embora deva ser usado com cautela em pacientes candidatos a transplante dado o risco de GVHD póstratamento Inibidores de checkpoint AntiPD1 Nivolumab Apesar do sucesso em tumores sólidos seu uso em ATL ainda não demonstra benefício claro e pode agravar a doença em alguns casos provavelmente devido à heterogeneidade do microambiente tumoral Lenalidomida Agente imunomodulador que potencializa função TNK e inibe EZH2 mostrando atividade antitumoral em estudos préclínicos e ensaios iniciais 4 Influência do Estado Imune no Desfecho O perfil imune do paciente incluindo a força de respostas CTL específicas e a atividade de NK cells influencia diretamente a eficácia tanto do transplante quanto de terapias alvomoleculares como mogamulizumab ressaltando a necessidade de avaliação imunológica individualizada antes da escolha do tratamento Conclusões e Perspectivas O descompasso entre mecanismos virais Tax HBZ alterações genéticasepigenéticas e disfunção imunológica do hospedeiro sustenta a patogênese e a progressão da ATL Estratégias futuras devem integrar Modulação combinada de vias virais e imunes bloqueio de TaxHBZ EZH2 Reforço de respostas CTL e NK vacinas terapêuticas imunomoduladores Terapias celulares avançadas alloHSCT aprimorado CART PontosChave para a Apresentação ATL resulta da perda de equilíbrio entre provírus e imunidade do hospedeiro Tax e HBZ cooperam para desregular CD4 T cells e promover evasão imune Alterações genéticas em vias de imunidade e microambiente tumoral intensificam a transformação Imunoterapias moagulizumab antiPD1 lenalidomida e alloHSCT são fundamentos do manejo com eficácia dependente do estado imune do paciente A caracterização prétratamento do perfil imune é essencial para personalizar a terapia e melhorar resultados Biophysical Analysis of HTLV1 Particles Reveals Novel Insights into Particle Morphology and Gag Stoichiometry Contexto e Introdução O HTLV1 é um retrovírus humano associado à leucemialinfoma de células T adultas ATL e à HAMTSP infectando cerca de 1520 milhões de pessoas mundialmente Entretanto detalhes estruturais sobre suas partículas incluindo tamanho morfologia e quantidade de proteína Gag permaneceram obscuros devido à baixa expressão viral em cultura e à fragilidade do genoma 1 Desenvolvimento de um Sistema Modelo para Produção de Partículas Construção do vetor Geração de um gene gag otimizado por códon sob controle de CMV com fusão Cterminal a EYFP 80 kDa garantindo alta expressão de Gag e formação robusta de VLPs em 293T Validação Western blot demonstrou GagEYFP intacto liberado no sobrenadante e acumulado nos lisados celulares microscopia eletrônica de transmissão revelou VLPs imaturos análogos aos produzidos em células MT2 infectadas naturalmente Localização intracelular Confocal mostrou distribuição punctata de GagEYFP semelhante à do Gag de clone proviral sugerindo caminhos de tráfego celular conservados 2 Morfologia e Tamanho por CryoTEM Formas observadas Predomínio de partículas esféricas 20 alongadas ausência de casca Gag cristalina ordenada contrastando com HIV1 imaturo Diâmetro médio Medido em 1 734 VLPs variou de 30 a 237 nm com média de 71 20 nm cryoTEM significativamente menor que as estimativas prévias 95110 nm via coloração negativa Perfil radial de densidade Distância entre os picos dos folhetos de membrana MA associado 30 Å interior homogêneo sem picos definidos de CA ou NC sugerindo organização distinta da casca 3 Análise de Fluorescence Fluctuation Spectroscopy FFS Tamanho hidrodinâmico Autocorrelação indicou τD 52 ms correspondendo a diâmetro médio de 75 4 nm consistente com cryoTEM Stoquiometria de Gag Photon Counting Histogram revelou heterogeneidade em duas populações de brilho com cópias médias de 300 60 81 e 880 100 19 brilho médio ponderado 510 50 cópias de Gag por partícula Cobertura da membrana Valor de 510 cópias implica cobertura parcial 50 da superfície contrastando com 2400 Gag em partículas imaturas de HIV1 Conclusões e Perspectivas Organização única HTLV1 forma VLPs menores com casca Gag incompleta e desordenada sugerindo uma arquitetura distinta de HIV1 Ferramentas inovadoras Combinação de cryoTEM e FFS fornece método robusto para caracterizar partículas nativas em estado hidratado Direções futuras Aplicar cryoET para mapear a distribuição de Gag em 3D investigar como diferenças na casca influenciam infectividade e montagem explorar alvos para antivirais que perturbem a oligomerização de Gag PontosChave para a Apresentação 1 Geração de VLPs por GagEYFP otimizado e validação morfológica e biofísica 2 Diâmetro médio de HTLV1 VLPs 7175 nm menor que estimativas anteriores 3 Casca de Gag não forma um lattice hexamérico contínuo perfil radial plano indica organização interna distinta 4 Estimativa de 510 moléculas de Gag por partícula revelando cobertura parcial da membrana 5 Abordagem dual cryoTEM FFS abre caminhos para futuras análises estruturais e desenvolvimento de estratégias antivirais HTLV1 and HTLV2 Highly Similar Viruses with Distinct Oncogenic Properties Contexto e Introdução HTLV1 e HTLV2 compartilham notável semelhança em organização genômica padrão de expressão e vias de transmissão perinatal amamentação sexo sangue e drogas injetáveis mas diferem drasticamente em suas consequências clínicas apenas HTLV1 está associado à leucemialinfoma de células T adultas ATLL e à mielopatia HAMTSP enquanto HTLV2 raramente causa doenças malignas 1 Anatomia Comparativa dos Genomas Ambos possuem a região X entre env e 3 LTR codificando proteínas regulatórias e acessórias via emaranhado de splicing e frameshifting HTLV1 produz mRNAs sense e antisense HBZ ao passo que HTLV2 gera APH2 padrões temporais de expressão fase 2 taxrex antes dos demais são semelhantes mas quantidades relativas de transcriptos variam 2 Proteínas Tax e Suas Vias de Interação Tax1 vs Tax2 Ambas ativam o promotor LTR via CREBATF mas Tax1 contém domínio PDZ e zipper leucínico ausentes em Tax2 o que lhe confere capacidade de ativar tanto a via canônica quanto a nãocanônica do NFκB além de interagir com múltiplos fatores PI3K AKT MAPK TGFβ Transformação celular Em modelos de camundongo Tax1 é potently oncogênico in vitro Tax2 imortaliza CD4 e CD8 T cells com eficiência distinta mas não dispara tantos sinais prótumorais quanto Tax1 3 Regulação PósTranscricional por Rex Rex1 e Rex2 shuttling núcleocitoplasma ligamse ao RXRE para exportar mRNAs incompletamente splicados Ambos compartilham sinal de exportação NES mas Rex2 possui domínio Cterminal adicional para melhor shuttling essencial in vivo para persistência viral embora dispensável para imortalização in vitro 4 Proteínas Acessórias p30Tofp28 xII Sequestram taxrex mRNA no núcleo reduzindo expressão viral e favorecendo latência HTLV1 p30 interage com CBPp300 e TLR4 função não observada em p28 p13 HTLV1 Localizase na mitocôndria aumenta permeabilidade a K e ROS com efeitos prómitogênicos ou próapoptóticos conforme o contexto p12p10 e p8 p12 modula MHCI IL2R e Ca² gerando p8 que promove anergia e transmissão célulaacélula HTLV2 p10 tem função mais restrita e não gera homólogo de p8 p21RextRex e p11 Formas truncadas de Rex inibem ou não Rexfulllength p11 do HTLV2 é pouco caracterizado 5 Antissenso HBZ vs APH2 HBZ com domínio bZIP e ativador transcricional inibe Tax1 estimula JunD e FoxP3 sustenta proliferação e está sempre expresso em ATL APH2 sem TAD reprime fraca mente Tax2 e não acelera proliferação correlacionandose apenas à carga proviral o que pode explicar a menor oncogenicidade de HTLV2 6 Tropismo e Clonogenicidade In vivo HTLV1 prefere CD4 T cells HTLV2 CD8 Estudos indicam que a tropismo reflete expansão clonal preferencial não apenas entrada viral HTLV2 forma poucos clones altamente expandidos sugerindo seleção clonal mais restrita que em HTLV1 apesar de não levar à malignidade Conclusões e Perspectivas As diferenças funcionais entre Tax1Tax2 HBZAPH2 elementos cisregulatórios e proteínas acessórias sustentam a distinta oncogenicidade de HTLV1 vs HTLV2 Futuras pesquisas devem elucidar Como Tax1Tax2 modulam vias além do NFκB nãocanônico O papel em vivo de APH2 e p11 em latência vs persistência Estratégias antivirais que visem proteínas acessórias e antissenso para inibir transformação e manutenção do provírus PontosChave para a Apresentação 1 HTLV1 causa ATLLHAMTSP HTLV2 não 2 Estruturas genômicas e padrões de expressão são semelhantes mas diferenças em Tax e HBZ explicam a distinta patogenicidade 3 Proteínas acessórias de HTLV1 p30 p13 p12p8 têm funções prólatência e próoncogênicas não replicadas em HTLV2 4 Tropismo diferencial e clonogenicidade refletem sobretudo dinâmicas de expansão clonal 5 Antissenso HBZ vs APH2 emerge como alvo crucial para entender e impedir a oncogênese de HTLV1 Mechanisms of Oncogenesis by HTLV1 Tax Contexto e Introdução O HTLV1 é um retrovírus humano que causa leucemialinfoma de células T adultas ATLL em 25 dos infectados após décadas de infecção latente A proteína Tax codificada pelo provírus atua como oncoproteína central na transformação de linfócitos CD4 promovendo proliferação clonal sobrevivência celular e instabilidade genômica embora seja altamente imunogênica e seu nível de expressão seja finamente regulado para persistência viral 1 Estrutura Genômica e Entrada Viral O genoma de 9 kb possui as regiões gag pro pol env e a região pX que codifica Tax Rex e proteínas acessórias p12 p13 p30 por splicing alternativo A entrada em células T depende da interação do envelope com HSPGs NRP1 e GLUT1 seguida de fusão retrotranscrição e integração do DNA proviral no genoma do hospedeiro 2 Funções Oncogênicas de Tax e Regulação da Expressão Viral Tax é essencial para transativação do LTR viral recrutando CREB CBPp300 e SWISNF promovendo remodelamento de cromatina e alta taxa de transcrição mesmo sem fosforilação de CREB O controle rígido da expressão de Tax envolve interação com HDAC1 SUV39H1 e regulação posttranscricional via p30 e HBZ limitando o nível de Tax para evasão imune e evitando senescência por hiperativação de NFκB 3 Ativação de NFκB Tax ativa de forma persistente tanto a via canônica IKKαβNEMO degradação de IκBα translocação de p65p50 quanto a não canônica IKKαNEMO processamento de p100 p52RelB divergindo de receptores fisiológicos por requerer NEMO na via não canônica Tax nucleia feedforward loops e desativa inibidores como PP2A e A20TAX1BP1 além de explorar E3 ligases RNF8 para K63Ub LUBAC para M1Ub TRAF6 e bloqueia DUBs CYLD para sustentar sinalização crônica 4 Modificações PósTraducionais de Tax PTMs Ubiquitinação K63Ub por Ubc13 apoia montagem de scaffolds para IKK K48Ub via PDLIM2 marca Tax para degradação nuclear monoubiquitinação em estresse dirige exportação nuclear SUMOilação Em K280K284 mediada por Ubc9 promove formação de nuclear bodies de Tax e regula interações com p300RelA Fosforilação e acetilação Fosforilação em S300S301 e outros sítios facilita transativação acetilação K346 por p300 potencializa NFκB e transforma células Rat1 5 Inibição da Apoptose Tax ativa NFκB para induzir antiapoptóticos XIAP survivina Bcl2 Bfl1 MCL1 e HBZ reforça via MCL1 Impede caspase8379 e bloqueia FasCD95 por cFLIP enquanto IL10 e STAT3 mantêm ambiente imunossupressor favorecendo sobrevivência de células HTLV1 6 Desregulação do Ciclo Celular e Reparo de DNA Tax hiperfosforila Rb via CDK4 libera E2F e inibe inibidores CDK p15p19 induz APCcdc20 para anáfase e amplificação de centrômeros promovendo aneuploidia Suprime p53 fosforila S15S392 sequestra CBPp300 induz p21cip1 para subverter checkpoints aumenta WIP1 e PCNA bloqueia BER e MMR e inibe ATMMDC1 elevando instabilidade genômica 7 Modulação de miRNAs Tax forma complexo com DROSHA degradandoo e favorecendo expressão viral Upregula miR146a miR155 miR130b NFκB dependentes e downregula miR149 miR135b miR872 miR873 ajustando vias de proliferação e sobrevivência 8 Regulação Negativa de Tax HBZ e p30 suprimem LTR e sequestram RNAs splicados enquanto estímulos de estresse hipóxia p38MAPK podem reativar Tax Em ATLL Tax cai em 60 dos casos por mutaçõesepigenética mas NIK elevado e mutações em TCR mantenham NFκB ativo mesmo sem Tax Conclusões e Perspectivas Tax orquestra múltiplos mecanismos transativação PTMs ativação de sinalizações prósobrevivência desregulação de ciclo e reparo para transformar T cells A interação complexa com HBZ afina esse equilíbrio entre proliferação e senescência Futuros alvos terapêuticos incluem enzimas que modificam Tax bloqueadores de NFκB e estratégias para reverter latência e induzir respostas imunes específicas PontosChave para a Apresentação 1 Tax é o motor oncoproteico do HTLV1 essencial para ATLL 2 Ativa NFκB canônica e não canônica persistentemente subvertendo inibidores e montando ubiquitinações nãoproteolíticas 3 Suas PTMs Ub SUMO P Ac regulam localização interações e funções transformadoras 4 Inibe apoptose e subverte checkpoints de ciclo e reparo de DNA promovendo instabilidade genômica 5 Modula miRNAs e é finamente regulado por HBZp30 para equilibrar oncogênese e evasão imune Distinct Stabilization of the Human T Cell Leukemia Virus Type 1 Immature Gag Lattice Contexto e Introdução O vírus HTLV1 membro do gênero Deltaretrovirus infecta de 5 a 10 milhões de pessoas globalmente podendo causar HAMTSP e ATL em 5 dos infectados Apesar de compartilharem domínios canônicos de Gag com outros retrovírus MA CANTD CACTD e NC as partículas imaturas de HTLV1 exibem morfologia distinta sugerindo um mecanismo de montagem único 1 Visualização por CryoET de VLPs Imaturos Variabilidade morfológica As VLPs formadas em HEK293T mostraram desde seções quase planas até curvas acentuadas com distância variável entre CA e membrana 177 nm 08 Subtomogram averaging Aplicando simetria C2 foram obtidos mapas de 59 Å CANTD e 62 Å CACTD evidenciando que apenas o CANTD forma um lattice coerente enquanto o CACTD aparece como dímeros isolados e flexíveis 2 Interfaces de Estabilização pelo CANTD Trímero interhexâmero Resíduos em hélices 45 formam uma interface trímera que liga hexâmeros adjacentes Hexâmero intrasubunidade Hélices 13 criam o anel hexâmero central Ausência de dímeros no NTD Ao contrário de outros retrovírus o CANTD de HTLV1 não dimeriza dependendo exclusivamente dessas duas interfaces para gerar o lattice 3 Papel do CACTD Dímeros dispersos O CACTD forma somente dímeros via hélice 8 sem contribuir para uma rede contínua Flexibilidade estrutural A ligação ao NTD por um linker longo permite que o CACTD se mova conforme a curvatura conferindo à partícula heterogeneidade de tamanho e forma 4 Modelo de Alta Resolução em Tubos MA₁₂₆CAᴺᶜ Construção truncada Proteína Gag sem MA resíduos 126344 monta tubos in vitro CryoET e averaging Mapas a 34 Å revelaram arranjo idêntico ao observado em VLPs celulares rmsd 12 Å validando o sistema in vitro Identificação de resíduoschave Mutações em M17 Y61 hélices 1 e 3 e em pares H72Q73 P92L93 e V99Q100 no trímero reduziram 50 o rendimento de partículas confirmando a importância dessas interfaces 5 Caracterização Biofísica de CA e Domínios Estabilidade térmica nanoDSF CACTD é termicamente mais estável que CANTD e CA completos estes últimos têm maior propensão a agregaçãoautomontagem Comparação com HIV1 Proteínas CA e domínios de HIV1 comportaramse de forma muito similar nos mesmos ensaios sugerindo que diferenças de montagem imatura não se devem apenas às propriedades isoladas do CA Conclusões e Perspectivas Diferentemente de outros retrovírus cuja montagem imatura depende da CACTD e muitas vezes de um sixhelix bundle o HTLV1 recruta primariamente o CANTD para formar o lattice Essa organização única explica a morfologia heterogênea das partículas e aponta novas abordagens para inibir a montagem viral focando nos interfaces NTD e na interação NTDCTD Estudos futuros devem explorar a estrutura de Gag em estágio de montagem celular e em outros deltaretrovírus bem como desenvolver inibidores que interrompam as interfaces específicas do CANTD em HTLV1 PontosChave para a Apresentação 1 HTLV1 imaturo é estabilizado quase exclusivamente pelo CANTD trímeros e hexâmeros não pela CACTD 2 CACTD forma dímeros flexíveis que permitem variação de curvatura e tamanho 3 Mutações nos resíduos de interface do CANTD comprometem gravemente a montagem 4 Abordagens terapêuticas devem visar as interfaces únicas do CANTD para bloquear a montagem de HTLV1 HTLV1 Persistence and the Oncogenesis of Adult TCell LeukemiaLymphoma Contexto e Introdução O vírus HTLV1 é um deltaretrovírus que infecta pelo menos 10 milhões de pessoas no mundo e está presente na população humana há mais de 20 000 anos Embora a maioria dos infectados permaneça assintomática 5 desenvolvem a leucemialinfoma de células T adultas ATL e 034 apresentam mielopatia associada HAMTSP refletindo variações regionais A persistência do HTLV1 depende de transmissão célula a célula via sinapse virológica e da proliferação clonal de células CD4 e em menor grau CD8 infectadas 1 Mecanismos de Persistência Viral Expressão em rajadas Os genes do plusstrand incluindo Tax são transcritos em rajadas raras e intensas enquanto o gene HBZ minusstrand mantém expressão contínua em 50 das células equilibrando necessidade de proliferação e evasão imune Carga proviral PVL estável Cada indivíduo estabelece um set point de PVL que varia até 1000fold entre pessoas e é determinado pela eficiência do CTL antiHTLV1 especialmente HBZespecíficos e fatores genéticos do hospedeiro HLA I KIR 2 Seleção Clonal em Infecção Crônica Integração preferencial Nos portadores integrados em locais genômicos que favorecem sobrevivência como cromossomos acrocêntricos e posições nucleares periféricas independentemente do estado transcricional local Dinâmica clonal Durante a infecção primária o PVL duplica a cada 14 dias e depois declina até o set point com eliminação seletiva de clones menos adaptados 3 Aquisição de Mutações Oncogênicas Modelo de erro mitótico A longevidade e alta taxa de proliferação das células infectadas elevam o número de mitoses gerando erros de replicação que acumulam mutações ao longo de décadas explicando a correlação de risco com idade e PVL Drivers genômicos Sequenciamento de exoma e genoma identificou múltiplos drivers em vias TCRNFκB PRKCB PLCG1 VAV1 CARD11 epigenética CICATXN1 fatores de transcrição IRF4 GATA3 IKZF2 e reguladores imunológicos CCR4 PDL1 3UTR com média de 9 alterações por caso 4 Evolução da Célula Premaligna e Detecção Precoce Índice de oligoclonalidade Métodos baseados no índice de Gini 077 podem quantificar a dominância de um clone e prever risco elevado de ATL antes do diagnóstico clínico Marcos temporais Em alguns indivíduos mutações driver são detectáveis até 10 anos antes da manifestação de ATL permitindo possível intervenção precoce 5 Contribuição das Proteínas Virais para Oncogênese Tax Apesar de expressão descontínua Tax induz quebras de DNA instabilidade genômica Rloops inibição de p53 supressão de checkpoints e favorece transformações iniciais HBZ Presente em todas as células ATL HBZ promove proliferação via superenhancer BATF3 fenótipo Treg FoxP3 TIGIT CCR4 induz telomerase e modula Tax sustentando sobrevivência e evasão imune Epigenética e CTCF Deposição de H3K27me3 e loops de cromatina mediadas por CTCF em torno do provírus contribuem à repressão de genes supressores e às alterações espaciais do genoma 6 Implicações Clínicas e Terapêuticas Prevenção primária Redução de PVL e proliferação clonal com zidovudina IFNα retarda progressão em fases indolentes Terapia combinada Mogamulizumab antiCCR4 melhora sobrevida via ADCC e depleção de Tregs regimes que inibem BET PI3K e NFκB têm eficácia sinérgica em modelos préclínicos Intervenção precoce Identificar indivíduos com PVL 4 oligoclonalidade alta e mutações driver guiaria decisões de tratamento preventivo PontosChave para a Apresentação A persistência de HTLV1 depende de rajadas de plusstrand e expressão contínua de HBZ equilibrando evasão imune e proliferação Erros mitóticos cumulativos em clones de longa vida geram mutações driver em vias TCRNFκB e reguladores epigenéticos que levam à ATL Métodos de quantificação de oligoclonalidade e detecção de mutações prévias permitem identificação de alto risco antes da doença plena Tax e HBZ cooperam para induzir instabilidade genômica e fenótipo Treg essenciais no processo oncogênico Terapias preventivas e combinadas antirretrovirais anticorpos inibidores de sinalização devem ser avaliadas precocemente para interromper a evolução rumo à ATL High HTLV1 Proviral Load Predates and Predicts HTLV1Associated Disease Literature Review and the London Experience Contexto e Introdução O HTLV1 é um retrovírus que infecta linfócitos e pode causar diversas doenças graves como mielopatia associada HAMTSP leucemialinfoma de células T adultas ATL uveítes e dermatites infectivas A carga proviral PVL a porcentagem de linfócitos mononucleares carregando DNA proviral é quantificada por qPCR em PBMCs Observações iniciais mostraram que no momento do diagnóstico pacientes doentes têm PVL muito maior que portadores assintomáticos sugerindo que a PVL elevada pode preceder o aparecimento dos sintomas 1 Importância da PVL como Marcador Prognóstico Associação com doença Em várias populações Japão Caribe Brasil Reino Unido Irã Espanha pacientes com HAMTSP têm PVL mediana 322 vezes maior que portadores assintomáticos Tabela 1 Figura 1 Causalidade reversa A revisão demonstra que antes do início dos sintomas inflamatórios HAMTSP ou proliferativos ATL já se observa PVL elevada indicando que não é a doença que eleva o PVL mas sim PVL alta que precede e prediz seu desenvolvimento 2 A Experiência de Londres Clínica estabelecida em 1992 Seguimento de 650 pessoas com HTLV1 medindo PVL rotineiramente desde 2000 por qPCR cópias100 PBMCs Dados iniciais 1999 20 portadores assintomáticos tiveram PVL estável e aqueles que evoluíram para HAM ou uveíte apresentaram PVL elevada antes dos sintomas Até 2013 Em 400 pacientes PVL mediana de 18 em assintomáticos n211 vs 147 em HAMTSP n84 nenhum HAM tinha PVL 17 Incidência de ATL Dos 153 assintomáticos acompanhados mediana 45 anos 4 desenvolveram ATL todos com PVL 10 antes do diagnóstico Até 2020 6658 evoluíram para ATL com PVL alta 210 anos antes Ajuste de seguimento Assintomáticos com PVL 1 foram reavaliados anualmente liberando recursos para grupos de maior risco 3 Panorama Global da PVL e Doença Coortes brasileiras Em Minas Gerais PVL 336 em HAM vs 048 em assintomáticos PVL 114 identificou 78 dos casos de HAM SalvadorBahia Incidência de HAM em 4251 sempre com PVL 5 antes do evento clínico São Paulo Síndrome intermediária sintomas iniciais associada a PVL média 17 vs 025 sem sintomas Estados Unidos Doadores infectados mostraram PVL 10 maior em quem evoluiu para HAM Japão Miyazaki e estudo nacional mostraram que ATL ocorre em portadores com PVL mediana 4 Outras manifestações Bronquiectasias e demais doenças inflamatórias pulmonares infecções oportunistas e até diabetes e doença renal crônica associamse a PVL elevada reforçando seu papel como marcador de risco 4 Considerações Finais e Perspectivas Predição de risco PVL elevada 1 para inflamação 4 para ATL é essencial mas não suficiente para doença deve ser combinada a outros marcadores ativação de T cells oligoclonalidade para estratificação de risco individual Estratégia clínica Monitorar PVL em todos os portadores intensificar seguimento e intervenções precoces em quem apresenta PVL alta Assintomáticos com PVL baixa podem ter revisões menos frequentes Futuros focos Definir limites de PVL específicos para cada laboratórioprotocolo Explorar intervenções que reduzam PVL antirretrovirais imunomoduladores antes do aparecimento da doença Investigar marcadores adicionais inflamação clonagem viral e impacto na transmissão Esse conjunto de achados demonstra de forma consistente que a quantificação da PVL em HTLV1 é um biomarcador robusto para predizer tanto manifestações inflamatórias quanto neoplásicas permitindo um cuidado mais direcionado e eficiente dos portadores HTLV1 Reverse Transcriptase Homology Model Provides Structural Basis for Sensitivity to Existing NucleosideNucleotide Reverse Transcriptase Inhibitors Contexto e Introdução O HTLV1 infecta 1020 milhões de pessoas globalmente e está associado a manifestações graves como leucemialinfoma de células T adultas ATL e mielopatia HAMTSP Não há antivirais específicos para HTLV1 e a eficácia de fármacos desenvolvidos para HIV1 contra HTLV1 permanece incerta Para orientar testes clínicos especialmente em profilaxia pré ou pósexposição este estudo empregou modelagem de homologia e machine learning para prever a estrutura da transcriptase reversa RT de HTLV1 e avaliou in silico o potencial de ligação de inibidores já aprovados 1 Modelagem Estrutural da RT de HTLV1 Definição da sequência A partir dos genes GagProPol aminoácidos 6141004 foi inferida uma sequência de 390 aa com potencial de formar a RT Alphafold2 Geração de cinco modelos teóricos o melhor com menor erro de alinhamento previsto PAE apresentou bolha de ligação ao DNA característica de RTs retrovirais Validação por multisoftware Modelos adicionais criados com Phyre2 Modeller e SwissModel exibiram baixa dispersão RMSD 1939 Å no total e 1118 Å nos sítios de ligação reforçando a confiança na estrutura predita 2 Comparação Estrutural com RTs Conhecidas RMSD global A RT de HTLV1 mostrou alta similaridade com MMLV 01 Å e variações modestas frente a HIV1 43 Å e HERVK 39 Å Sítios de ligação Nos domínios alostérico e ativo a RT de HTLV1 manteve conformações próximas às de MMLV 008 Å e 135 Å respectivamente mas diferiu mais de HIV1 e HERVK até 5 Å 3 Ensaios de Docking Molecular NNRTIs rilpivirine doravirine nevirapine dapivirine Não formaram interações favoráveis no sítio alostérico de HTLV1 refletindo as diferenças hidrofóbicas do pocket e sugerindo baixa eficácia contra HTLV1 NRTIs tenofovir alafenamida zidovudina lamivudina azvudina Apresentaram afinidades de ligação ao sítio ativo de HTLV1 comparáveis e em alguns casos superiores às observadas contra HIV1 graças ao motivo YMDD conservado e à coordenação de Mg² 4 Discussão e Perspectivas Terapêuticas Seleção de fármacos Os resultados estruturais sustentam estudos clínicos de NRTIs especialmente tenofovir alafenamida zidovudina lamivudina e azvudina em regimes de profilaxia ou tratamento precoce de HTLV1 em vez de confiar em NNRTIs não específicos Limitações A modelagem considerou apenas o monômero p66 em estado apo aberto dinâmicas heterodiméricas e conformações fechadas poderiam melhorar ainda mais a predição de afinidade Próximos passos Testes préclínicos em fases agudas de infecção e expansão do modelo para incluir dinâmicas moleculares e interações de cofatores Mg² adicionais nucleic acid docking PontosChave para a Apresentação 1 Primeiro modelo estrutural teórico da RT de HTLV1 validado por múltiplas ferramentas de homologia 2 Alta semelhança global com MMLV diferenças locais nos sítios de ligação frente a HIV1 3 NNRTIs não se ligam de forma eficaz ao pocket alostérico de HTLV1 enquanto NRTIs demonstram forte afinidade ao sítio ativo 4 Apoio estrutural para testar tenofovir alafenamida zidovudina lamivudina e azvudina em profilaxia ou terapia inicial de HTLV1 5 Modelos futuros devem incorporar estados heterodiméricos e docking em conformação fechada para refinar predições de ligação An HTLV1 Envelope mRNA Vaccine Is Immunogenic and Protective in New Zealand Rabbits Contexto e Introdução O HTLV1 infecta entre 5 e 10 milhões de pessoas mundialmente e é a etiologia da leucemialinfoma de células T adultas ATL e da mielopatia associada HAMTSP Não existem vacinas aprovadas abordagens prévias vetores poxvírus proteínas recombinantes mostraram proteção parcial em primatas e camundongos mas carecem de segurança e escalabilidade ideais A tecnologia de mRNALNP validada pela COVID19 oferece um vetor promissor para imunização contra antígenos virais incluindo a glicoproteína de envelope Env essencial na transmissão célulaacélula do HTLV1 1 Design da Vacina Antígeno Envelope completo codonoptimizados gp62 baseado no clone ACH englobando domínio de superfície SU gp46 e transmembrana TM gp21 incluindo todos os sítios de glicosilação e regiões de fusão Formulação mRNA modificado N1metilpseudouridina cap1 polyA encapsulado em LNPs via microfluídica NanoAssemblr assegurando proteção do RNA e entrega eficiente às células musculares 2 Imunogenicidade In Vitro Expressão de Env HEK293T transfectadas com CO Env mRNALNP exibiram níveis comparáveis de gp62gp46 por Western blot e 60 de positividade de Env na superfície celular por citometria além de formação de sincícios atestando processamento e conformação correta 3 Proteção em Modelo de Coelhos NZW Protocolo Vacinal Seis coelhos receberam 2 doses IM de 25 µg primeboost 4 semanas de intervalo de Env mRNALNP cinco controles receberam GFP mRNALNP Cinco semanas após o boost foram desafiados IV com 110⁷ células produtoras de HTLV1 irradiadas 100 Gy repetindo o desafio 15 semanas depois Carga Proviral Coelhos vacinados apresentaram redução estatisticamente significativa da carga proviral nas semanas 4 6 8 e 15 pósdesafio Metade dos coelhos Envvacinados permaneceu sem provírus detectável em qPCR e nestedPCR inclusive após segundo desafio confirmando imunidade esterilizante em 26 animais 4 Resposta Celular TEspecífica Tcells CD4IFNγ e CD8IFNγ Após infecção todos os animais vacinados exibiram resposta CD4 acima de 05 e 46 mostraram CD8 acima de 05 enquanto controles raramente ultrapassaram esse limiar indicando priming eficaz mesmo sem resposta detectável imediatamente após a vacinação 5 Resposta Humoral e Neutralização Anticorpos AntiEnv Todos os coelhos Envvacinados desenvolveram anticorpos contra gp46 e gp21 após boost com EC₅₀ de binding variável grupos de alta moderada e baixa afinidade em ensaio de MT2 cell binding Neutralização Soro de coelhos vacinados mediou 60 de neutralização em ensaio de pseudovírus HTLV1 e inibiu formação de sincícios em cultura syncytia inhibition correlacionandose negativamente com pico de carga proviral r 076 P 0007 6 Conclusões e Perspectivas O mRNALNP de Env do HTLV1 induz respostas imunes celulares e humorais que conferem proteção esterilizante parcial em coelhos reduzindo carga proviral e expressão de genes virais Esses resultados suportam avanços para ensaios préclínicos em primatas não humanos e eventualmente estudos exploratórios em humanos focando em Otimização de doseesquema Avaliação de combinação com antirretrovirais AZT IFNα Exploração de plataformas multivalentes incluir TaxHBZ e lantibiotécnicas adjuvantes imunoestimuladores PontosChave para a Apresentação 1 Vacina mRNALNP de Env codonoptimizado é segura e expressa glicoproteína funcional in vitro 2 Primeboost em coelhos reduz significativamente carga proviral e confere imunidade esterilizante em alguns animais 3 Gera respostas CD4CD8 Tespecíficas e anticorpos neutralizantes correlacionados à proteção 4 Abordagem mRNA oferece caminho rápido para vacinas profiláticas e terapêuticas contra HTLV1 5 Próximos passos tradução para primatas ajustes de formulação e combinação com imunomoduladores VirusHost Immune Interaction in Asymptomatic HTLV1 Carriers Contexto e Introdução O HTLV1 estabelece infecção latente crônica em 510 milhões de pessoas das quais apenas uma pequena fração desenvolve ATL ou HAMTSP após décadas de portador assintomático Apesar de altos níveis de provírus detectáveis em PBMCs a expressão viral in vivo é suprimida Este estudo analisou em 77 portadores assintomáticos a interação vírushospedeiro por meio de cargas provirais PVL respostas de anticorpos binding e neutralizantes expressão ex vivo de antígeno Gag p19 e respostas de células T CD8 específicas para Tax a fim de elucidar os mecanismos de controle imune na fase latente 1 Perfil dos Participantes e PVL Coorte 77 portadores assintomáticos mediana de idade 59 anos 66 mulheres Carga Proviral PVL Média geométrica de 062 de células infectadas por 100 PBMCs variando amplamente entre os indivíduos 2 Resposta de Anticorpos Binding antibodies Níveis altos de anticorpos antiGag p19 p24 e antiEnv gp46 gp21 definiram um subgrupo de alto respondedor Neutralizing antibodies NAb Atividade de inibição de sincícios 50 em diluição 1200 correlacionouse positivamente com PVL r 050 P 00001 e foi significativamente maior nos alto respondedores de antigp46 3 Expressão Viral Ex Vivo p19 em CD4 Após cultura noturna 91 4853 dos portadores exibiram detecção de p19 em CD4 e a frequência dessas células correlacionouse fortemente com a PVL r 085 P 00001 IFNγ em CD8 Indução não específica de IFNγ em CD8 após cultura também correlacionouse com PVL r 048 P 00003 e com a frequência de CD4 p19 r 036 P 00083 sugerindo que níveis maiores de antígeno estimulam resposta de CD8 4 Respostas de Células T CD8 Específicas para Tax Frequência Taxespecíficas detectáveis em 85 4553 dos portadores Correlação com PVL Nenhuma associação direta r 007 P 061 nem com p19 CD4 r 009 P 050 Indicador de Controle Frequências de CTLs antiTax inversamente correlacionaramse com a razão p19 CD4PVL r 036 P 00081 indicando que esses CTLs suprimem efetivamente a expressão de antígeno nas células infectadas Conclusões e Perspectivas 1 Neutralizantes vs CTLs Embora NAb reflitam carga viral e possam contribuir são as respostas CTL antiTax que controlam a expressão de antígeno e provavelmente limitam a replicação residual 2 Mecanismo de Supressão A inversa relação entre TaxCTLs e p19PVL sugere que mesmo baixos rajadas de expressão TaxGag são rapidamente eliminados por CTLs mantendo a latência 3 Implicações Clínicas A quantificação de Taxespecíficas CD8 e da razão p19PVL pode servir como biomarcadores de vigilância em portadores indicando resposta imune protetora 4 Futuras Direções Estudos longitudinais devem confirmar se variações nessas respostas preveem evolução para HAMTSP ou ATL e investigar estratégias de vacina ou imunoterapia que potenciem CTLs antiTax PontosChave para Apresentação Infeção latente é caracterizada por alta PVL mas antígeno quase indetectável in vivo NAb correlacionamse com PVL mas não controlam diretamente a expressão viral Taxespecíficas CD8 T cells suprimem a expressão de p19 nas células latentes ex vivo Monitorar TaxCTLs e p19PVL pode orientar prognóstico e intervenções imunológicas HIV1 and HTLV1 Transmission Modes Mechanisms and Importance for Virus Spread Contexto e Introdução O HIV1 e o HTLV1 são os únicos retrovírus humanos comprovadamente patogênicos ambos infectando predominantemente linfócitos CD4 Enquanto o HIV1 induz apoptose de CD4 e leva à AIDS o HTLV1 após longa latência pode transformar linfócitos em leucemialinfoma de células T adultas ATL ou desencadear mielopatia HAMTSP Ambos transmitemse por transfusão transplante amamentação e via sexual e podem disseminarse no hospedeiro tanto por partículas livres quanto principalmente no caso do HTLV1 por transmissão célulaacélula 1 Biologia Comparativa Rápida Entrada HIV1 usa gp120 para CD4CCR5CXCR4 HTLV1 usa gp46 para HSPGNRP1GLUT1 acionando a fusão via gp41gp21 Genomas Ambos têm gag pro pol env e LTRs HIV1 codifica Tat Rev Nef Vif Vpr Vpu e ASP HTLV1 codifica Tax Rex p12p8 p13 p30 e HBZHBZSI Montagem Gag de HIV1 multimeriza em lipídeos rafts recrutando ESCRT via p6 Gag de HTLV1 em domínios de tetraspânicas CD81CD82 com maturação por protease viral distinta 2 Modos de Transmissão Partículas livres Eficientes para HIV1 mas quase irrelevantes para HTLV1 cujo RNA rara vez é detectado no plasma e cujas partículas são 10⁶ infecciosas Célulaacélula Fundamental para ambos mas dominante no HTLV1 A infecção via sinapses virológicas VS sinapses infecciosas IS biofilmes virais protrusões de membrana e exossomos maximiza a multiplicidade de infecção atropela barreiras imunes e acelera a disseminação 3 Métodos de Quantificação de Transmissão CélulaaCélula Ensaios de agitação shaking Bloqueiam contatos celulares evidenciando a preponderância de transmissão por sinapses em HIV1 mas requer interpretação cautelosa BlaMVpr Fusão de βlactamase a Vpr permite quantificar entrada precoce por citometria Reporter intrônico inLucinYFP Injeta intron no repórter para sinal exclusivo em célulasalvo demonstrando que a transmissão de HTLV1 é 10 000 mais eficiente que por partículas livres e dependente de Tax e de contatos célulacélula 4 Mecanismos de Transmissão Intercelular 1 Sinapse Virológica VS Junção adesiva mediada por Envreceptor e ICAM1LFA1 com polarização do MTOC e acúmulo de GagEnvRNA no cleft transferindo vírus em 13 h No HTLV1 Tax coopera com ICAM1 via RasMEKERK e aumenta Gem e fascin promovendo migração e transmissão em HIV1 LFA1 ativa ZAP70 para polarização 2 Sinapse Infecciosa IS APCs capturam partículas via DCSIGN HTLV1 ou GalCer HIV1 transmitindoas a T cells Há fase trans partículas préexistentes e cisinfecção produção de novo HTLV1 infecta eficientemente DCs MDDCs via NRP1 e DCSIGN favorecendo transmissão posterior 3 Biofilmes Virais apenas HTLV1 Agregados de virions embebidos em ECM rico em colágeno fibronectina Agrin sLeX galectina3 e tetherina formados sob controle de Tax transferidos em massa aos alvos e resistentes a anticorpos 4 Protrusões de Membrana e TNTConduítes Filopodiacytonemas Surfing viral ao longo de fímbria de actina TNTConduítes Junções de nanotubos contendo Gag Env e p8Nef conectando células infectadas e alvos sensíveis a Tax e Nef que induzem sua formação e promovem anergia nos alvos 5 ExossomosViroquinas Exossomos de células HTLV1 com Tax e de HIV1 com TARDicerDrosha augmentam permissividade e evitam apoptose 5 Relevância In Vivo HIV1 Observado em sinapses e protrusões de células em linfonodos de camundongos humanizados A transmissão célulacélula favorece coinfecção de diferentes cepas e resiste a anticorpos neutralizantes HTLV1 Essencialmente célulaacélula seguido de expansão clonal evidências de biofilmes em epitélio salivar e produção de novo durante fase assintomática apontam para diversificação clonais precoces 6 Conclusões e Perspectivas A transmissão célulaacélula é estratégica para retrovírus maximiza multiplicidade de infecção dribla o sistema imune e acelera a propagação No HTLV1 domina o modo de disseminação enquanto no HIV1 alterna com partículas livres Apesar da caracterização em 2D faltam ainda estudos in vivo que definam qual mecanismo é mais crítico em tecido humano Avanços requerem sinergia entre modelos 3D intravital e biomoléculas para direcionar antivirais que bloqueiem especificamente esses modos de transmissão Molecular Mechanisms of HTLV1 CelltoCell Transmission Contexto e Introdução O HTLV1 um deltaretrovírus humano infecta preferencialmente células T CD4 e em menor grau CD8 células dendríticas e monócitos causando doenças como ATL e HAMTSP em uma fração dos portadores A transmissão via partículas livres é ineficiente sendo essencial o contato célulaacélula para infecção produtiva de linfócitos 1 Rotas Principais de Transmissão 1 Contatos apertados virological synapse VS Polarização do MTOC e sinapse virológica O vírus induz um sítio especializado de contato VS onde Gag p19 Env e genoma viral se acumulam no ponto de contato acompanhados pela polarização do MTOC e da proteína de adesão Talin no lado do doador Esse rearranjo depende de Tax ativando CREB e induzindo ICAM1 e da interação ICAM1LFA1 mediada por GTPases Rac1 e Cdc42 permitindo o budding polarizado de partículas no cleft sináptico Biofilmes virais Além do cleft o HTLV1 forma biofilmes extracelulares ricos em ECM colágeno agrina lectinas galectina3 tetherina e receptores Oglicosilados CD43 CD45 Esses agregados concentram virions em grandes estruturas que se estendem sobre o contato protegendoos de anticorpos e sendo removidos por heparina ou pipetagem o que reduz a infectividade em 80 2 Conduítes celulares cellular conduits O produto acessório p8 gerado por clivagem de p12 aumenta a formação e extensão de protrusões filopodiais que conectam células infectadas a célulasalvo p8 promove clusterização de LFA1 favorece a formação de polisynapses e é transferido via esses conduítes junto com Gag e partículas virais sugerindo um miniVS na ponta das protrusões Esse mecanismo pode também induzir anergia nas célulasalvo ajudando na evasão imune 3 Cellfree em células dendríticas DC Embora CD4 Tcells dependam de contatos diretos DCs podem ser infectadas por partículas livres ou ainda mais eficientemente por biofilmes virais graças à expressão de DCSIGN e neuropilina1 potencialmente facilitando a transmissão inicial em mucosas e barreiras epiteliais 2 Proteínas ViraisChave na Transmissão Env gp62 gp46gp21 Ligação a HSPGs GLUT1 e NRP1 é fundamental para fusão e para formação do VS Gag p55 p19CANC Direciona montagem na membrana interna e interage com tetraspaninas CD81CD82 sendo crucial para o empacotamento e budding nas sinapses Rex Essencial para o transporte de RNAs nãosplicados e consequentemente para produção de partículas infecciosas Tax Transativador que aumenta ICAM1 e CCL22 polariza o MTOC via CREB e RasMEKERK e regula GTPases Rac1Cdc42 assentando as bases do VS p8 Melhora a adesão célulaacélula forma conduítes transferese entre células e pode induzir anergia tudo contribuindo à propagação distante do vírus 3 Fatores do Hospedeiro e Remodelamento do Citoesqueleto A transmissão célulaacélula exige integridade do citoesqueleto Actina e tubulina Bloqueios farmacológicos inibem drasticamente a transmissão GTPases Rho Rac1 e Cdc42 são necessárias para MTOC polarização e formação do VS Adesão e migração Tax induz GEM CRMP2 e Fascin que modulam migração e conjugação de células possivelmente ampliando oportunidades de sinapses virológicas 4 Conclusões e Perspectivas O HTLV1 utiliza múltiplas vias de transmissão célulaacélula sinapses virológicas biofilmes e conduítes para maximizar infectividade e evadir o sistema imune Entender a relevância relativa de cada rota in vivo e os pontos de intervenção bloqueio de Tax p8 ICAM1 GTPases ou degradação de biofilmes é crucial para o desenvolvimento de antivirais específicos capazes de interromper a disseminação do vírus PontosChave para Apresentação 1 Transmissão de HTLV1 em células T CD4 depende de sinapses virológicas e biofilmes não de vírus livres 2 Tax e p8 remodelam o citoesqueleto e aumentam adesão e polarização formando VS e conduítes 3 Biofilmes extracelulares protegem virions e promovem infecção de DCs 4 Alvos terapêuticos incluem bloqueio de ICAM1LFA1 inibição de GTPases e remoção de biofilmes 5 Investigar a contribuição in vivo de cada via ajudará a criar estratégias antitransmissão eficientes High HTLV1 Proviral Load Predates and Predicts HTLV1Associated Disease Literature Review and the London Experience Contexto e Introdução O HTLV1 é um retrovírus que infecta linfócitos e pode causar diversas doenças graves como mielopatia associada HAMTSP leucemialinfoma de células T adultas ATL uveítes e dermatites infectivas A carga proviral PVL a porcentagem de linfócitos mononucleares carregando DNA proviral é quantificada por qPCR em PBMCs Observações iniciais mostraram que no momento do diagnóstico pacientes doentes têm PVL muito maior que portadores assintomáticos sugerindo que a PVL elevada pode preceder o aparecimento dos sintomas 1 Importância da PVL como Marcador Prognóstico Associação com doença Em várias populações Japão Caribe Brasil Reino Unido Irã Espanha pacientes com HAMTSP têm PVL mediana 322 vezes maior que portadores assintomáticos Tabela 1 Figura 1 Causalidade reversa A revisão demonstra que antes do início dos sintomas inflamatórios HAMTSP ou proliferativos ATL já se observa PVL elevada indicando que não é a doença que eleva o PVL mas sim PVL alta que precede e prediz seu desenvolvimento 2 A Experiência de Londres Clínica estabelecida em 1992 Seguimento de 650 pessoas com HTLV1 medindo PVL rotineiramente desde 2000 por qPCR cópias100 PBMCs Dados iniciais 1999 20 portadores assintomáticos tiveram PVL estável e aqueles que evoluíram para HAM ou uveíte apresentaram PVL elevada antes dos sintomas Até 2013 Em 400 pacientes PVL mediana de 18 em assintomáticos n211 vs 147 em HAMTSP n84 nenhum HAM tinha PVL 17 Incidência de ATL Dos 153 assintomáticos acompanhados mediana 45 anos 4 desenvolveram ATL todos com PVL 10 antes do diagnóstico Até 2020 6658 evoluíram para ATL com PVL alta 210 anos antes Ajuste de seguimento Assintomáticos com PVL 1 foram reavaliados anualmente liberando recursos para grupos de maior risco 3 Panorama Global da PVL e Doença Coortes brasileiras Em Minas Gerais PVL 336 em HAM vs 048 em assintomáticos PVL 114 identificou 78 dos casos de HAM SalvadorBahia Incidência de HAM em 4251 sempre com PVL 5 antes do evento clínico São Paulo Síndrome intermediária sintomas iniciais associada a PVL média 17 vs 025 sem sintomas Estados Unidos Doadores infectados mostraram PVL 10 maior em quem evoluiu para HAM Japão Miyazaki e estudo nacional mostraram que ATL ocorre em portadores com PVL mediana 4 Outras manifestações Bronquiectasias e demais doenças inflamatórias pulmonares infecções oportunistas e até diabetes e doença renal crônica associamse a PVL elevada reforçando seu papel como marcador de risco 4 Considerações Finais e Perspectivas Predição de risco PVL elevada 1 para inflamação 4 para ATL é essencial mas não suficiente para doença deve ser combinada a outros marcadores ativação de T cells oligoclonalidade para estratificação de risco individual Estratégia clínica Monitorar PVL em todos os portadores intensificar seguimento e intervenções precoces em quem apresenta PVL alta Assintomáticos com PVL baixa podem ter revisões menos frequentes Futuros focos Definir limites de PVL específicos para cada laboratórioprotocolo Explorar intervenções que reduzam PVL antirretrovirais imunomoduladores antes do aparecimento da doença Investigar marcadores adicionais inflamação clonagem viral e impacto na transmissão Esse conjunto de achados demonstra de forma consistente que a quantificação da PVL em HTLV1 é um biomarcador robusto para predizer tanto manifestações inflamatórias quanto neoplásicas permitindo um cuidado mais direcionado e eficiente dos portadores In vitro cytoskeleton changes of mouse neurons induced by purified HTLV1 and PBMC from HAMTSP patients and HTLV1 carriers Contexto e Introdução O HTLV1 é o agente etiológico da mielopatia associadaparaparesia espástica tropical HAMTSP uma doença neurodegenerativa crônica caracterizada por degeneração axonal nos tratos motores da medula espinhal Apesar de relatos de imunopatologia mediada por citocinas o papel direto do vírus e de proteínas virais na disrupção neuronal permanece pouco definido Neste estudo avaliaramse alterações do citoesqueleto em cultura de neurônios de camundongo linhagem CNh expostos a HTLV1 purificado e a PBMC de pacientes com HAMTSP e portadores assintomáticos 1 Materiais e Métodos Linhas celulares CNh neurônios primários de córtex fetal de camundongo clonados e diferenciados em meio suplementado MT2 célula produtora de HTLV1 para isolamento viral HUT78K562 controles negativos Isolamento de HTLV1 purificado Cultura de MT2 ultracentrifugação em PEG filtração suspensão em RPMI Coculturas CNh em inserts 04 µm com MT2 virions puros ou PBMC de 8 pacientes HAMTSP e 8 portadores incubados por 0 7 e 15 dias Avaliações Imunofluorescência IFA detecção de antígenos HTLV1 monoclonal antiTax policlonal antiHTLV1 e de neurofilamentos antiαinternexina PCR amplificação de tax 158 bp e LTR 401 bp em lisados de CNh Contagem 1 500 célulasensaio três observadores independentes 2 Resultados Principais 21 Efeito do HTLV1 Purificado em CNh Morfologia Após 15 dias neurônios infectados por vírus purificado exibiram redução no número e na espessura de prolongamentos aglomerados de células arredondadas e perda de aderência Fig 1cd Antígenos virais em CNh IFA detectou HTLV1 em 37 das células aos 7 dias e 59 aos 15 dias PCR confirmou presença de tax e LTR nos lisados dessas culturas 22 PBMC de HAMTSP e Portadores Antígenos em PBMC Culturas de PBMC de HAMTSP mostraram 1028 de células HTLV1 e 0327 Tax aos 715 dias superiores aos 0105 e 0103 observados em portadores Tabela 1 Cocultura PBMC CNh Neurônios expostos a PBMC de HAMTSP apresentaram antígeno viral em 0105 aos 715 dias com PBMC de portadores apenas 003 Tabela 2 23 Alterações do Citoesqueleto Neurofilamentos IF com antiαinternexina revelou arranjo disperso ramificações irregulares e clumps de filamentos em CNh infectados tanto por vírus purificado quanto por PBMC de pacientes mas não em controles não infectados Fig 4 3 Discussão Ação direta do vírus Purificação rigorosa do virion livre de citocinas demonstra que HTLV1 eou suas proteínas ex Tax podem induzir disrupção do citoesqueleto neuronial sem mediação por linfócitos ativados ou TNFα contrastando com modelos centrados em citocinas Gradiente de efeito A intensidade das alterações correlacionase à quantidade de antígeno viral no inóculo maior com vírus purificado intermediária com HAMTSP e mínima com portadores assintomáticos sugerindo dosedependência na patogenicidade neuronal Implicações para HAMTSP Disrupção axonal direta pode contribuir à degeneração observada in vivo complementando o modelo bystander de inflamação mediada por CD8 e citocinas 4 Conclusões e Perspectivas 1 HTLV1 purificado causa alterações morfológicas e estruturais em neurônios de camundongo independente de resposta imune adaptativa 2 PBMC de pacientes HAMTSP reproduzem em menor escala essas alterações refletindo menor carga viral comparada ao inóculo puro 3 Tax eou outras proteínas virais emergem como alvos prioritários para elucidar mecanismos de neurotoxicidade direta 4 Futuros estudos devem quantificar quais domínios de Tax ex αinternexinbinding ou outros fatores virais perturbam o citoesqueleto e testar inibidores específicos em modelos neuronais PontosChave para a Apresentação HTLV1 pode lesar diretamente neurônios alterando o arranjo de neurofilamentos e reduzindo prolongamentos celulares Efeito é proporcional à concentração viral puro HTLV1 PBMC HAMTSP PBMC portadores Alterações ocorrem sem necessidade de citocinas ou células efetoras destacando ação neurotóxica direta de proteínas virais Compreender esses mecanismos abre caminho para terapias que inibam interação Taxαinternexina e protejam o citoesqueleto neuronal Critical Role of the Human TCell Leukemia Virus Type 1 Capsid NTerminal Domain for GagGag Interactions and Virus Particle Assembly Contexto e Introdução O Gag é a proteína estrutural principal do HTLV1 responsável pela formação do latticed imaturo e pelo brotamento de partículas virais infecciosas Ao contrário do HIV1 em que o domínio CACTD dirige majoritariamente a oligomerização de Gag evidências anteriores sugeriam que no HTLV1 o domínio CANTD seria o determinante chave para essas interações 1 Estratégia de Mutagênese e Triagem Alaninescanning Construíramse 59 mutantes de Gag cada par de resíduos convertido em alanina focados em loops e regiões iniciaisfinais de hélices α do CANTD Localização subcelular HeLa transfectadas com GageYFP WT ou mutante foram analisadas por confocal para quantificar puncta de Gag 50 do nível WT selecionado para avanços Identificação de hits Quatro duplos mutantes reduziram a formação de puncta a 50 Q16M17 M17K18 Q60Y61 Y61L62 Mutantes simples em M17 e Y61 confirmaram o fenótipo assim como o duplo Q47F48 34 de puncta 2 Produção de Partículas e Análise Biofísica Produção reduzida Em 293T GagHA de M17 e Y61 gerou 510 menos partículas que WT Q47F48 3 menos sem afetar a expressão intracelular FLIMFRET WT e Q47F48 eficiência média 25 M17 e Y61 eficiência cai para 17 P 0001 indicando empacotamento deficiente no lattice imaturo CryoTEM WT VLPs com diâmetro médio 1156 302 nm e zonas planas de densidade de CA lattice imaturo M17Y61 VLPs menores esféricos sem densidade organizada sob a membrana evidenciando falha na formação do lattice P 0001 Q47F48 partículas morfologicamente semelhantes ao WT porém mais heterogêneas em tamanho 3 Modelagem e Mutagênese Guiada Modelo comparativo In silico CANTD de HTLV1 encaixado conforme packing de HIV1 posiciona M17 e Y61 no interface dímero e Q47F48 no interface trímero Swap mutational M17Y MetTyr resgata formação de puncta e produção de VLPs ao nível WT sugerindo πstacking entre aromáticos Y61M TyrMet falha em formar puncta e partículas Duplo M17YY61M permanece defeituoso indicando necessidade de geometria precisa das interações 4 Conclusões e Perspectivas 1 Papel central do CANTD Residues M17 e Y61 são cruciais para oligomerização de Gag e formação do lattice imaturo distinguindo HTLV1 de outros retrovírus 2 Alvos terapêuticos Interfaces dímerotrímero do CANTD emergem como potenciais pontos de intervenção antiviral 3 Próximos passos Explorar inibidores que perturbem o πstacking MetTyr e elucidar estruturas de CANTD em lattices nativos por cryoET PontosChave para a Apresentação Alaninescanning em loops e hélices do CANTD identificou M17 Q47F48 Y61 como determinantes de GagGag M17 Y61 reduzem puncta produção de VLPs FRET 17 e aboliram lattice imaturo VLPs menores Q47F48 produtividade moderadamente afetada mas lattice e tamanho mantidos Mutante M17Y resgata fenótipo WT swap Y61M confirma especificidade da interação CANTD de HTLV1 segue packing similar ao HIV1 mas com funções distintas abrindo caminho para antivirais direcionados Human TLymphotropic Virus Type 1Induced Overexpression of Activated Leukocyte Cell Adhesion Molecule ALCAM Facilitates Trafficking of Infected Lymphocytes through the BloodBrain Barrier Contexto e Introdução O HTLV1 infecta cerca de 10 milhões de pessoas em focos endêmicos Japão Caribe África Sudeste asiático e em uma fração dos casos causa HAMTSP caracterizada por infiltração crônica de linfócitos infectados na medula espinhal torácica e degeneração mielínica Atravessar a barreira hematoencefálica BBB requer a diapedese de linfócitos através do endotélio cerebral processo no qual moléculas de adesão celulares desempenham papel crucial 1 ALCAM é Superexpressa em Linfócitos HTLV1 Observação em pacientes Em portadores assintomáticos e em pacientes HAMTSP o subgrupo CD3CD4CD25 enriquecido em células infectadas exibe níveis elevados de ALCAM equiparáveis aos de Tregs fisiológicos enquanto CD6 permanece inalterado Modelos celulares cronicamente infectados Linhagens HUT102 C91PL e C8166 apresentam ALCAM de superfície muito maior que células não infectadas Jurkat CEM Jurkat recéminfectadas em cocultura com MT2 irradiadas também elevam ALCAM após 1 semana 2 Mecanismo Tax NFκB ALCAM Transativação por Tax Jurkat e células primárias CD4 transduzidas com lentivírus TaxIRESGFP aumentam alcam mRNA e ALCAM de superfície em relação a GFP apenas Via NFκB canônica Mutante Tax M22 sem atividade NFκB não induz alcam ao passo que M47 NFκB sim inibição farmacológica de NFκB Bay 117082 reduz alcam mRNA de forma dosedependente ChIP no promotor alcam Tax e p65 RelA se ligam ao sítio κB distal 973962 da região promotora p52 NFκB não canônica não é detectado 3 ALCAM no Endotélio Cerebral Permanece Inalterado Imunohistoquímica Seções torácicas de medula de controles e de pacientes HAMTSP mostram expressão equivalente de ALCAM colocalizada com o marcador endotelial fator VIII sem upregulação nos doentes Modelo in vitro hCMECD3 Cocultura com linfócitos HTLV1 não altera ALCAM nem CD6 no monolayer endotelial 4 ALCAM Facilita Transmigração Através da BBB In Vitro Bloqueio por anticorpo Anticorpo antiALCAM reduz significativamente a migração de linhagens HTLV1 HUT102 C91PL C8166 através de um monolayer hCMECD3 sem afetar células não infectadas antiCD6 é inócuo Knockdown de ALCAM shRNAs contra alcam em C91PL diminuem expressão de ALCAM e reduzem migração enquanto em Jurkat baixo ALCAM basal não há efeito Células primárias Migração de CD4 T de HAMTSP é bloqueada por anticorpo antiALCAM mas não a de doadores saudáveis Conclusões e Perspectivas 1 ALCAM como marcador e facilitador HTLV1 via TaxNFκB induz ALCAM em linfócitos para promover adesão e diapedese transendotelial contribuindo ao início da neuroinflamação em HAMTSP 2 ALCAM endotelial não é alvo Diferentemente de múltiplas esclerose o endotélio cerebral não muda ALCAM em HAMTSP destacando o papel do linfócito infectado 3 Terapia direcionada Anticorpos ou moléculas pequenas que inibam ALCAMALCAM homotípico podem ser explorados para impedir a migração de células HTLV1 e atrasar ou prevenir a evolução de HAMTSP A Role for the Neuronal Protein Collapsin Response Mediator Protein 2 in T Lymphocyte Polarization and Migration Contexto e Introdução O CRMP2 conhecido por mediar sinais de semaforinas no sistema nervoso e regular montagem de microtúbulos durante a navegação de cones de crescimento foi identificado neste estudo como componente da maquinaria de motilidade de linfócitos T Seu papel em células imunes até então desconhecido sugere uma via comum de regulação de forma e migração entre neurônios e leucócitos 1 Expressão de CRMP2 em Linfócitos T mRNA e proteína RTPCR e Southern blot revelaram transcrição de CRMP2 em linfócitos T primários e em linhagens CD4 CEM Jurkat embora em níveis muito inferiores aos de células neurais Western blot com anticorpos contra dois epítopos distintos detectou as formas de 62 kDa nativa e 58 kDa proteolítica em T cells confirmando expressão a partir de dois anticorpos específicos e absorção de sinal por peptídeo Fluxo citométrico Em PBMC de doadores saudáveis CRMP2 esteve presente em 9798 dos linfócitos tanto CD4 quanto CD8 Silenciamento por siRNA reduziu significativamente o sinal de CRMP2 reforçando a especificidade e eficiência da detecção 2 Redistribuição em Células Polarizadas Polarização por IL2 Em linfócitos T primários polarizados e aderidos a colágeno I CRMP2 redistribuiuse de forma assimétrica concentrandose no uropód a porção retrógrada da célula que coordena adesão e desalojamento durante a migração Comarcação com ezrin confirmou colocalização no uropód 3 Interação com o Citoesqueleto Coredistribuição com vimentina CRMP2 e vimentina um filamento intermediário chave para a deformabilidade do uropód mostraram codistribuição em células polarizadas Associação direta Pulldown com proteína de fusão GSTCRMP2 evidenciou ligação específica a vimentina de lisado de Jurkat sem interação com ezrin sugerindo que CRMP2 atua como adaptador para reorganização de filamentos intermediários 4 Modulação da Transmigração Sobressalto por superexpressão Jurkat T cells transfectadas com CRMP2 EGFP ou cmyctagged apresentaram aumento de 152 tanto na migração espontânea quanto na quimiotática dirigida por CXCL12 em comparação com controle EGFP alone Redução por silenciamento Em linfócitos T primários siRNA4 mais eficaz que siRNA1 diminuiu expressão de CRMP2 confirmação por IF WB e RTPCR e reduziu dramatica mente a migração em gradientes de CCL2 CXCL10 CCL5 e CXCL12 Bloqueio por anticorpo Tratamento com anticorpo antiCRMP2 pep4 interno reduziu em 40 a migração de linfócitos T primários enquanto anticorpo contra GAPDH ou isotipo não tiveram efeito Polarização prejudicada Tanto o silenciamento por siRNA quanto o bloqueio por anticorpo comprometeram a formação de uropód indicando papel essencial de CRMP2 na aquisição da morfologia polarizada prévia à migração 5 Semaforinas e Quimiocinese Embora Sema3A Sema3F e Sema7A inibissem fortemente a migração espontânea sinal de parada a depleção de CRMP2 não reverteu esse efeito o que sugere que CRMP2 atua especificamente na via de sinalização de quimiocinas e não no mecanismo de repulsão por semaforinas 6 Relevância em Doença Neuroinflamatória Pacientes HAMTSP Em PBMC de portadores assintomáticos e de pacientes com HAMTSP a expressão de CRMP2 MFI por fluxo foi significativamente maior nos pacientes neurológicos especialmente em subpopulações ativadas CD69 HLADR comparado a doadores saudáveis e a portadores assintomáticos Migração de células ativadas Células CD69 isoladas de pacientes apresentaram migratividade mais alta em ensaios transwell e seu tratamento com anticorpo antiCRMP2 reduziu a migração corroborando o papel de CRMP2 na patogênese via recrutamento de linfócitos ao SNC PontosChave para a Apresentação 1 CRMP2 além de função neural é expressa e funcional em linfócitos T associandose a vimentina no uropód 2 É essencial para aquisição de polarização e para migração espontânea e quimiotáxica 3 Superexpressão amplia e silenciamento ou bloqueio reduzem a taxa de migração 4 Inibição não reverte repulsão por semaforinas indicando atuação específica em vias de quimiocinas 5 CRMP2 está elevado em T cells de pacientes HAMTSP ativados e contribui ao tráfego aberrante para o SNC HLTV Ruan Vírus T Linfotrópico Humano do Tipo 1 Introdução Panorama Epidemiológico Tipo de Vírus Enfermidades Período de Latência Estrutura Genoma Genes Estruturais Genes Reguladores Genes Acessórios Proteínas Tax e vias de interação Tax1 Tax2 Proteínas Reguladoras Rex1 Rex2 Proteínas Acessórias p30Tofp28 p13 p12p10 e p8 p21rextRex e p11 Biofísica CryoTEM Formas observadas Diâmetro médio Perfil radial de densidade Biofísica Análise de Fluorescence Fluctuation Spectroscopy FFS Tamanho hidrodinâmico Stoquiometria de Gag Cobertura da membrana HTLV e seus quatro tipos 1982 O HTLV2 é isolado de um caso de leucemia de células pilosas 1980 O HTLV1 foi descoberto nos Estados Unidos em 1979 e publicado no ano seguinte como o primeiro retrovírus humano 2005 HTLV3 e HTLV4 são isolados de indivíduos na África Subsaariana Diferenças entre os tipos de HTLV HTVL1 Maior patogenicidade dentre os quatro Doenças neurológicas Mielopatia Paraparesia Espástica Tropical Potencial Oncológico Japão África e América do Sul HTVL3 e HTVL4 Sem evidências que possam ser transmitidos entre humanos Sem evidências que desencadeiam doenças África Subsaariana HTVL2 Doenças respiratórias e inflamatórias Atividade Funcional da Tax2 HTVL2 difere da Tax1 HTVL1 Populações nativas e usuários de droga HTLV X HIV Retrovírus patogênicos Genes Formas de Transmissão Formas de Prevenção SEMELHANÇAS DIFERENÇAS Células Alvo Mecanismo de Infecção Causam enfermidades diferentes Montagem Sítios de Ligação Potencial Oncológico 25 dos portadores evoluem para LeucemiaLinfoma de Células T adultas ATL Papel da Proteína Tax no potencial oncológico Classificação smoldering crônicolinfoma e agudo Diagnóstico teste de clonality e biópsia Terapias ATL Quimioterapia Combinação zidovudina IFN Arsenito de arsênico ɑ zidovudina IFNα Transplante de células tronco allogênico Manifestações Neurológicas A principal manifestação é a Mielopatia HAMTSP 15 das pessoas é acometida pela HAMTSP Critérios para diagnóstico Terapias Mielopatia Corticoides Fisioterapia Antirretrovirais IFN β ɑ Prevenção Triagem de sangue Testagem no prénatal Sexo seguro Educação em saúde
4
Microbiologia
UNISALESIANO
24
Microbiologia
UERJ
5
Microbiologia
UNIGRAN
22
Microbiologia
UNP
64
Microbiologia
IFAL
35
Microbiologia
UNISALESIANO
33
Microbiologia
UNISALESIANO
39
Microbiologia
UNISALESIANO
4
Microbiologia
UENF
69
Microbiologia
UFU
Texto de pré-visualização
Epidemiology Treatment and Prevention of Human TCell Leukemia Virus Type 1Associated Diseases Contexto e Introdução O vírus HTLV1 Human Tcell Lymphotropic Virus Type 1 infecta aproximadamente 20 milhões de pessoas no mundo sendo a maioria assintomática ao longo da vida Todavia uma parcela desenvolve doenças graves como a leucemialinfoma de células T adultas ATL e a mielopatia associada ao HTLV1paraparesia espástica tropical HAMTSP além de manifestações oftalmológicas e dermatológicas Epidemiologia Prevalência global Estimase que 90 dos portadores permaneçam assintomáticos enquanto 02538 desenvolvem HAMTSP e 25 evoluem para ATL Áreas endêmicas Alta prevalência 5 em Japão Kyushu Shikoku Okinawa Caribe Jamaica África Subsaariana Camarões GuinéBissau e regiões do Brasil central e litoral 135 Subtipos virais Seis subtipos principais AF com o cosmopolita A predominante e sem diferença clara de patogenicidade entre eles Transmissão Vertical amamentação Principal via com risco médio de transmissão maternoinfantil de 20 influenciado pela carga proviral e duração do aleitamento transmissão periparto 5 Sexual Relacionada a relações desprotegidas e múltiplos parceiros especialmente de homem para mulher Sanguínea Transfusões de sangue e compartilhamento de seringas o risco em plasma e derivados é baixo devido à destruição de linfócitos Risco Residual e Triagem de Doadores Testagem obrigatória Em países endêmicos uso de EIA combinado HTLV12 ou PA com confirmação por Western blot IFA ou RIPA PCR para casos indeterminados e subtipagem Janela sorológica De 41 a 65 dias pósinfecção podendo se estender Risco residual Em áreas de baixa prevalência entre 1345 000 e 11 000 000 de unidades transfundidas superior em regiões endêmicas exigindo hemovigilância contínua Imunopatogênese Integração e proliferação clonal O DNA proviral integrase ao genoma e a propagação ocorre pela divisão celular não por partículas livres Proteínas viraischave Tax Ativa NFκB e CREBATF induz genes próinflamatórios promove proliferação e inibe apoptose HBZ Expressase continuamente em células latentes correlacionandose à carga proviral e à gravidade da HAMTSP além de modular respostas inflamatórias Inflamação em HAMTSP Ambiente próinflamatório com TNFα e CD8 IFNγ sustentando lesão medular crônica Manifestações Clínicas e Tratamento Adult Tcell leukemialymphoma ATL Subtipos smoldering crônico linfoma e agudo com prognóstico variável meses a anos Diagnóstico células flower no sangue CD25 teste de clonality e biópsia de linfonodo Tratamento quimioterapia combinação zidovudina IFNα arsenito de arsênico zidovudina IFNα e em casos selecionados transplante de célulastronco allogênico HAMTSP Quadro paraparesia espástica progressiva incontinência e dor neuropática mulheres mais afetadas pico aos 40 anos Diagnóstico exclusão de outras causas RM atrofia torácica pleocitose e anticorpos no LCR Tratamento corticosteroides IFNαβ antirretrovirais benefício limitado em estágios avançados e controle de sintomas baclofeno cateterismo HTLV1Associated Uveitis HAU Manifestações vitrite vasculite retiniana e ceratoconjuntivite sicca Tratamento corticosteroide tópico ou sistêmico com recidivas mas preservação funcional Lesões dermatológicas e outras complicações Dermite infectiva escabiose crostosa ictiose adquirida rubor de ATLHAM infecções oportunistas S stercoralis artrite fibromialgia e distúrbios psiquiátricos Prevenção Triagem de sangue Implementada entre 19861993 em áreas endêmicas reduzindo drasticamente a transmissão por transfusão Aleitamento Testagem prénatal e orientação para evitar amamentação em mães HTLV1 com oferta de leite artificial em áreas de risco Sexo seguro e redução de danos Uso de preservativos diminuição de parceiros e programas de troca de seringas Aconselhamento e combate ao estigma Educação sobre diferenças entre HTLV1 e HIV rastreamento de contatos e apoio psicológico Conclusões e Perspectivas Tax e HBZ atuam de forma complementar e antagônica para regular inflamação aguda persistência viral e evasão imune Biomarcadores como carga proviral e expressão de TaxHBZ no LCR são promissores para monitorar progressão Estratégias terapêuticas focadas em inibir Tax bloqueadores de NFκB modular HBZ ou induzir respostas imunes específicas vacinas terapêuticas devem ser exploradas PontosChave para a Apresentação A doença resulta de inflamação crônica e desregulação imune impulsionada pelas proteínas Tax e HBZ Tax promove ativação imune aguda e dano ao SNC enquanto HBZ facilita persistência e inflamação silenciosa Integração de abordagens antivirais imunomoduladoras e genômicas é essencial para futuras terapias Prevenção via triagem de sangue e aleitamento seguro permanece a medida mais eficaz contra novas infecções HAMTSP Pathogenesis The Transmigration Activity of HTLV1Infected T Cells into Tissues Contexto e Introdução A mielopatia associada ao HTLV1paraparesia espástica tropical HAMTSP é uma mielopatia crônica progressiva caracterizada por degeneração dos tratos piramidais e disfunção esfincteriana que afeta 0338 dos portadores de HTLV1 A patogênese envolve um mecanismo de bystander em que células CD4 infectadas pelo vírus transmigram ao parênquima medular e em conjunto com células CD8 citotóxicas específicas promovem inflamação crônica por citocinas como IFNγ e TNFα A migração das células infectadas ao tecido nervoso espinhal é portanto um passo inicial crucial no desenvolvimento da doença 1 Alterações em Moléculas de Adesão Rolling etapa de rolamento Aumenta a frequência de células CD4 sLex ligante de E e Pselectina com produção de IFNγ facilitando o contato inicial com o endotélio Adesão firme Há superexpressão de integrinas como LFA1 CD11aCD18 e VLA4 CD49dCD29 e de imunoglobulinas de adesão ICAM1 VCAM1 ALCAM CADM1 promovendo forte ancoragem ao endotélio e contribuindo para a desorganização da barreira hematoencefálica BBB 2 Ativação de Pequenas GTPases A sinalização outsidein por integrinas ativa GTPases Cdc42 Rac Rho direcionando o rearranjo do citoesqueleto e a polarização celular essenciais para a migração transendotelial Em linhagens derivadas de pacientes com HAMTSP Cdc42 apresenta maior ativação indicando maior potencial migratório A sinalização insideout mediada por Rap1 e adaptadores RAPL talin1 kindlin3 também está exacerbada reforçando a afinidade integrinaligante e acelerando a transmigração 3 Mediadores de Disrupção da Membrana Basal MMP2 e MMP9 são expressas pelas células infiltradas e detectadas em níveis elevados no LCR de pacientes degradando colágenos laminina e fibronectina da membrana basal vascular Inibidores seletivos de MMP reduzem significativamente a migração de CD4 em modelos in vitro AminopeptidaseN APN de superfície celular também está aumentada e contribui para a ruptura da matriz extracelular permitindo penetração tecidual 4 Manifestações Inflamatórias Extras Pacientes com HAMTSP frequentemente desenvolvem doenças inflamatórias sistêmicas como síndrome de Sjögren uveítes miosites e artrites Acreditase que a mesma capacidade de transmigração dos linfócitos HTLV1 seja o gatilho inicial para essas complicações 5 Estratégia Terapêutica com Polissulfato PPS Mecanismos de ação PPS bloqueia a adesão e transmigração de células infectadas pelo HTLV1 inibe a transmissão célulaacélula do vírus reduz produção viral e atenua a indução de citocinas próinflamatórias Além disso melhora a microcirculação nas zonas de watershed da medula espinhal Estudo clínico aberto Em 12 pacientes tratados por 8 semanas observouse melhora significativa da função motora redução do tempo para caminhar 10 m e aumento de sVCAM1 sérico correlacionado ao benefício clínico sem alteração na carga proviral periférica Conclusões e Perspectivas A transmigração e o estabelecimento das células CD4 infectadas no tecido espinhal constituem o evento inicial crítico na patogênese da HAMTSP Intervenções que inibam moléculas de adesão integrinas pequenas GTPases Cdc42 Rap1 ou MMPs bem como o uso de PPS despontam como estratégias promissoras Estudos futuros devem elucidar os sinais moleculares que diferenciam portadores assintomáticos de pacientes sintomáticos e avaliar em ensaios randomizados a eficácia de agentes antitransmigração e imunomoduladores PontosChave para a Apresentação A migração transendotelial de células CD4 HTLV1 é o gatilho inicial de HAMTSP Alterações em sLex integrinas LFA1 VLA4 e moléculas de adesão ICAM1 VCAM1 ALCAM CADM1 facilitam a invasão medular Ativação exacerbada de Cdc42 Rac Rho e Rap1 reestrutura o citoesqueleto para transmigração MMP29 e APN promovem disrupção da membrana basal permitindo acúmulo viral no SNC PPS promovendo bloqueio de adesão e inibição de transmissão viral mostra benefício clínico e deve ser validado em estudos controlados Understanding the Immunopathology of HTLV1Associated Adult TCell LeukemiaLymphoma A Comprehensive Review Contexto e Introdução O vírus HTLV1 infecta milhões de indivíduos dos quais 510 desenvolvem leucemialinfoma de células T adultas ATL caracterizada por mau prognóstico e profunda imunodeficiência similar à AIDS A progressão para ATL envolve não só fatores virais Tax HBZ mas também desregulação do sistema imune do hospedeiro incluindo alterações genéticas em genes de imunidade e um microambiente tumoral protetor 1 Disrupção Imune Inicial pelo HTLV1 Anergia de células T Embora o provírus permaneça em latência na maioria dos portadores episódios de expressão do Tax induzem citocinas próinflamatórias IL2 IL6 TNFα e imunossupressoras IL10 além de upregulation de HLAII em células T transformandoas em APCs tolerogênicas e promovendo anergia de linfócitos específicos Aquisição de fenótipo Treg A proteína HBZ de baixa imunogenicidade é expressa constitutivamente e induz FoxP3 CCR4 e TIGIT conferindo traços de célula reguladora às CD4 infectadas Fatores acessóriopX p12 p30 reduzem HLAI e PU1 suprimindo a apresentação de antígeno e a resposta inflamatória de macrófagos 2 Anormalidades Imunes em ATL 21 Alterações genéticas Em 90 dos casos mutações ativadoras na via TCRNFκB hipermetilação de CpG CIMP em 40 deleçõestranslocações no 3UTR de PDL1 e mutações em genes HLAI favorecendo escape imune Durante a expansão clonal ATL exibe altos níveis de PDL1 CD73 CD39 e reduz expressão de HLAII evadindo citotoxicidade 22 Microambiente tumoral Infiltração de macrófagos associados a tumor TAMs que via sinal dont eat me CD47SIRPα protegem células leucêmicas expressão de PDL1 em células tumorais pior prognóstico e em estroma às vezes protetora queda de B NK e CTLs com ativação compensatória de monócitos e dendríticos 3 Aspectos Clínicos Relacionados à Imunopatologia 31 Transmissão maternoinfantil Amamentação 6 meses aumenta 3 o risco de ATL relacionada a maior PVL e predisposição genética 32 Coinfecções Coinfecção HTLV1HIV acelera progressão e aumenta complicações HTLV1strongyloides eleva PVL e estimula expansão policlonal associandose a ATL precoce 33 Prognóstico Sobrevida global de 3 anos 25 com quimioterapia convencional única cura potencial é transplante alogênico de célulastronco alloHSCT 34 Índices prognósticos Ferramentas baseadas em fatores do hospedeiro idade albumina ECOG e carga de doença estágio Ann Arbor sIL2R Ca² corrigido PCR preveem sobrevida 8 meses em alto risco 35 Imunidade antiHTLV1 TaxCTLs aumentam após alloHSCT e terapia com mogamulizumab correlacionandose a efeitos graftversusleukemia HBZCTLs raros mas potencialmente protetores em portadores 4 Desenvolvimento de Drogas Imunoterápicas para ATL 41 Mogamulizumab antiCCR4 Efeito citotóxico dependente de anticorpo e depleção de Tregs melhora respostas mas requer cautela prétransplante 42 AntiPD1 Nivolumab Inibidores de checkpoint não mostraram benefício claro e podem agravar a doença em alguns pacientes 43 Lenalidomida Modulador imune que suprime EZH2 e potencializa funções TNK ensaios fase II indicam atividade antitumoral promissora 44 Vacina de células dendríticas DC autólogas apresentando peptídeos de Tax induzem CTLs específicos com segurança e resposta inicial positiva em fase I Conclusões e Perspectivas A interação entre mecanismos virais Tax HBZ alterações genéticas e disfunção imune do hospedeiro sustenta a persistência viral e a transformação maligna em ATL Estratégias terapêuticas futuras devem combinar abordagens antivirais imunomodulação e reparo do microambiente tumoral para alcançar cura efetiva Understanding the Immunopathology of HTLV1Associated Adult TCell LeukemiaLymphoma A Comprehensive Review Contexto e Introdução O vírus HTLV1 infecta milhões de indivíduos em áreas endêmicas como Japão América do Sul África e Caribe mantendo um estado de latência em CD4 T cells onde há um equilíbrio assintomático entre provírus e imunidade do hospedeiro Contudo cerca de 510 dos portadores perdem esse equilíbrio e desenvolvem leucemialinfoma de células T adultas ATL uma neoplasia com prognóstico geralmente desfavorável na qual a coinfecção por Stryngyloides é um fator de risco adicional evidenciando o papel central do estado imunológico do paciente na patogenicidade do HTLV1 1 Desregulação de CD4 T Cells e Evasão Imune Função de CD4 T cells A infecção pelo HTLV1 altera a diferenciação dessas células conferindolhes marcadores de ativação por exemplo CD25 e favorecendo seu escape de respostas antivirais o que contribui para a persistência viral Mecanismos de evasão A transativação viral pelo Tax e a expressão contínua do fator HBZ promovem a supressão de vias de antígenodependentes e reforçam a sobrevivência clonal das células infectadas dificultando sua eliminação pelo sistema imune 2 Acúmulo de Alterações Genéticas e Epigenéticas Mutações em genes de imunidade Durante a progressão para ATL há seleção de mutações ativadoras na via TCRNFκB hipermetilação de CpG CIMP e alterações no 3UTR de PDL1 favorecendo escape imune e proliferação neoplásica Microambiente tumoral O infiltrado de macrófagos associados a tumor TAMs e a expressão elevada de PDL1 tanto em células malignas quanto em células estromais criam um nicho protetor reduzindo a ação de CTLs e NK cells 3 Abordagens Terapêuticas Baseadas no Estado Imune Transplante de CélulasTronco Hematopoéticas alloHSCT Até o momento é a única estratégia com potencial curativo para ATL restaurando equilíbrio imunológico e induzindo efeito graftversusleukemia Terapia com anticorpo antiCCR4 Mogamulizumab Primeiro fármacoalvo aprovado promove citotoxicidade dependente de anticorpo ADCC e depleção de Tregs embora deva ser usado com cautela em pacientes candidatos a transplante dado o risco de GVHD póstratamento Inibidores de checkpoint AntiPD1 Nivolumab Apesar do sucesso em tumores sólidos seu uso em ATL ainda não demonstra benefício claro e pode agravar a doença em alguns casos provavelmente devido à heterogeneidade do microambiente tumoral Lenalidomida Agente imunomodulador que potencializa função TNK e inibe EZH2 mostrando atividade antitumoral em estudos préclínicos e ensaios iniciais 4 Influência do Estado Imune no Desfecho O perfil imune do paciente incluindo a força de respostas CTL específicas e a atividade de NK cells influencia diretamente a eficácia tanto do transplante quanto de terapias alvomoleculares como mogamulizumab ressaltando a necessidade de avaliação imunológica individualizada antes da escolha do tratamento Conclusões e Perspectivas O descompasso entre mecanismos virais Tax HBZ alterações genéticasepigenéticas e disfunção imunológica do hospedeiro sustenta a patogênese e a progressão da ATL Estratégias futuras devem integrar Modulação combinada de vias virais e imunes bloqueio de TaxHBZ EZH2 Reforço de respostas CTL e NK vacinas terapêuticas imunomoduladores Terapias celulares avançadas alloHSCT aprimorado CART PontosChave para a Apresentação ATL resulta da perda de equilíbrio entre provírus e imunidade do hospedeiro Tax e HBZ cooperam para desregular CD4 T cells e promover evasão imune Alterações genéticas em vias de imunidade e microambiente tumoral intensificam a transformação Imunoterapias moagulizumab antiPD1 lenalidomida e alloHSCT são fundamentos do manejo com eficácia dependente do estado imune do paciente A caracterização prétratamento do perfil imune é essencial para personalizar a terapia e melhorar resultados Biophysical Analysis of HTLV1 Particles Reveals Novel Insights into Particle Morphology and Gag Stoichiometry Contexto e Introdução O HTLV1 é um retrovírus humano associado à leucemialinfoma de células T adultas ATL e à HAMTSP infectando cerca de 1520 milhões de pessoas mundialmente Entretanto detalhes estruturais sobre suas partículas incluindo tamanho morfologia e quantidade de proteína Gag permaneceram obscuros devido à baixa expressão viral em cultura e à fragilidade do genoma 1 Desenvolvimento de um Sistema Modelo para Produção de Partículas Construção do vetor Geração de um gene gag otimizado por códon sob controle de CMV com fusão Cterminal a EYFP 80 kDa garantindo alta expressão de Gag e formação robusta de VLPs em 293T Validação Western blot demonstrou GagEYFP intacto liberado no sobrenadante e acumulado nos lisados celulares microscopia eletrônica de transmissão revelou VLPs imaturos análogos aos produzidos em células MT2 infectadas naturalmente Localização intracelular Confocal mostrou distribuição punctata de GagEYFP semelhante à do Gag de clone proviral sugerindo caminhos de tráfego celular conservados 2 Morfologia e Tamanho por CryoTEM Formas observadas Predomínio de partículas esféricas 20 alongadas ausência de casca Gag cristalina ordenada contrastando com HIV1 imaturo Diâmetro médio Medido em 1 734 VLPs variou de 30 a 237 nm com média de 71 20 nm cryoTEM significativamente menor que as estimativas prévias 95110 nm via coloração negativa Perfil radial de densidade Distância entre os picos dos folhetos de membrana MA associado 30 Å interior homogêneo sem picos definidos de CA ou NC sugerindo organização distinta da casca 3 Análise de Fluorescence Fluctuation Spectroscopy FFS Tamanho hidrodinâmico Autocorrelação indicou τD 52 ms correspondendo a diâmetro médio de 75 4 nm consistente com cryoTEM Stoquiometria de Gag Photon Counting Histogram revelou heterogeneidade em duas populações de brilho com cópias médias de 300 60 81 e 880 100 19 brilho médio ponderado 510 50 cópias de Gag por partícula Cobertura da membrana Valor de 510 cópias implica cobertura parcial 50 da superfície contrastando com 2400 Gag em partículas imaturas de HIV1 Conclusões e Perspectivas Organização única HTLV1 forma VLPs menores com casca Gag incompleta e desordenada sugerindo uma arquitetura distinta de HIV1 Ferramentas inovadoras Combinação de cryoTEM e FFS fornece método robusto para caracterizar partículas nativas em estado hidratado Direções futuras Aplicar cryoET para mapear a distribuição de Gag em 3D investigar como diferenças na casca influenciam infectividade e montagem explorar alvos para antivirais que perturbem a oligomerização de Gag PontosChave para a Apresentação 1 Geração de VLPs por GagEYFP otimizado e validação morfológica e biofísica 2 Diâmetro médio de HTLV1 VLPs 7175 nm menor que estimativas anteriores 3 Casca de Gag não forma um lattice hexamérico contínuo perfil radial plano indica organização interna distinta 4 Estimativa de 510 moléculas de Gag por partícula revelando cobertura parcial da membrana 5 Abordagem dual cryoTEM FFS abre caminhos para futuras análises estruturais e desenvolvimento de estratégias antivirais HTLV1 and HTLV2 Highly Similar Viruses with Distinct Oncogenic Properties Contexto e Introdução HTLV1 e HTLV2 compartilham notável semelhança em organização genômica padrão de expressão e vias de transmissão perinatal amamentação sexo sangue e drogas injetáveis mas diferem drasticamente em suas consequências clínicas apenas HTLV1 está associado à leucemialinfoma de células T adultas ATLL e à mielopatia HAMTSP enquanto HTLV2 raramente causa doenças malignas 1 Anatomia Comparativa dos Genomas Ambos possuem a região X entre env e 3 LTR codificando proteínas regulatórias e acessórias via emaranhado de splicing e frameshifting HTLV1 produz mRNAs sense e antisense HBZ ao passo que HTLV2 gera APH2 padrões temporais de expressão fase 2 taxrex antes dos demais são semelhantes mas quantidades relativas de transcriptos variam 2 Proteínas Tax e Suas Vias de Interação Tax1 vs Tax2 Ambas ativam o promotor LTR via CREBATF mas Tax1 contém domínio PDZ e zipper leucínico ausentes em Tax2 o que lhe confere capacidade de ativar tanto a via canônica quanto a nãocanônica do NFκB além de interagir com múltiplos fatores PI3K AKT MAPK TGFβ Transformação celular Em modelos de camundongo Tax1 é potently oncogênico in vitro Tax2 imortaliza CD4 e CD8 T cells com eficiência distinta mas não dispara tantos sinais prótumorais quanto Tax1 3 Regulação PósTranscricional por Rex Rex1 e Rex2 shuttling núcleocitoplasma ligamse ao RXRE para exportar mRNAs incompletamente splicados Ambos compartilham sinal de exportação NES mas Rex2 possui domínio Cterminal adicional para melhor shuttling essencial in vivo para persistência viral embora dispensável para imortalização in vitro 4 Proteínas Acessórias p30Tofp28 xII Sequestram taxrex mRNA no núcleo reduzindo expressão viral e favorecendo latência HTLV1 p30 interage com CBPp300 e TLR4 função não observada em p28 p13 HTLV1 Localizase na mitocôndria aumenta permeabilidade a K e ROS com efeitos prómitogênicos ou próapoptóticos conforme o contexto p12p10 e p8 p12 modula MHCI IL2R e Ca² gerando p8 que promove anergia e transmissão célulaacélula HTLV2 p10 tem função mais restrita e não gera homólogo de p8 p21RextRex e p11 Formas truncadas de Rex inibem ou não Rexfulllength p11 do HTLV2 é pouco caracterizado 5 Antissenso HBZ vs APH2 HBZ com domínio bZIP e ativador transcricional inibe Tax1 estimula JunD e FoxP3 sustenta proliferação e está sempre expresso em ATL APH2 sem TAD reprime fraca mente Tax2 e não acelera proliferação correlacionandose apenas à carga proviral o que pode explicar a menor oncogenicidade de HTLV2 6 Tropismo e Clonogenicidade In vivo HTLV1 prefere CD4 T cells HTLV2 CD8 Estudos indicam que a tropismo reflete expansão clonal preferencial não apenas entrada viral HTLV2 forma poucos clones altamente expandidos sugerindo seleção clonal mais restrita que em HTLV1 apesar de não levar à malignidade Conclusões e Perspectivas As diferenças funcionais entre Tax1Tax2 HBZAPH2 elementos cisregulatórios e proteínas acessórias sustentam a distinta oncogenicidade de HTLV1 vs HTLV2 Futuras pesquisas devem elucidar Como Tax1Tax2 modulam vias além do NFκB nãocanônico O papel em vivo de APH2 e p11 em latência vs persistência Estratégias antivirais que visem proteínas acessórias e antissenso para inibir transformação e manutenção do provírus PontosChave para a Apresentação 1 HTLV1 causa ATLLHAMTSP HTLV2 não 2 Estruturas genômicas e padrões de expressão são semelhantes mas diferenças em Tax e HBZ explicam a distinta patogenicidade 3 Proteínas acessórias de HTLV1 p30 p13 p12p8 têm funções prólatência e próoncogênicas não replicadas em HTLV2 4 Tropismo diferencial e clonogenicidade refletem sobretudo dinâmicas de expansão clonal 5 Antissenso HBZ vs APH2 emerge como alvo crucial para entender e impedir a oncogênese de HTLV1 Mechanisms of Oncogenesis by HTLV1 Tax Contexto e Introdução O HTLV1 é um retrovírus humano que causa leucemialinfoma de células T adultas ATLL em 25 dos infectados após décadas de infecção latente A proteína Tax codificada pelo provírus atua como oncoproteína central na transformação de linfócitos CD4 promovendo proliferação clonal sobrevivência celular e instabilidade genômica embora seja altamente imunogênica e seu nível de expressão seja finamente regulado para persistência viral 1 Estrutura Genômica e Entrada Viral O genoma de 9 kb possui as regiões gag pro pol env e a região pX que codifica Tax Rex e proteínas acessórias p12 p13 p30 por splicing alternativo A entrada em células T depende da interação do envelope com HSPGs NRP1 e GLUT1 seguida de fusão retrotranscrição e integração do DNA proviral no genoma do hospedeiro 2 Funções Oncogênicas de Tax e Regulação da Expressão Viral Tax é essencial para transativação do LTR viral recrutando CREB CBPp300 e SWISNF promovendo remodelamento de cromatina e alta taxa de transcrição mesmo sem fosforilação de CREB O controle rígido da expressão de Tax envolve interação com HDAC1 SUV39H1 e regulação posttranscricional via p30 e HBZ limitando o nível de Tax para evasão imune e evitando senescência por hiperativação de NFκB 3 Ativação de NFκB Tax ativa de forma persistente tanto a via canônica IKKαβNEMO degradação de IκBα translocação de p65p50 quanto a não canônica IKKαNEMO processamento de p100 p52RelB divergindo de receptores fisiológicos por requerer NEMO na via não canônica Tax nucleia feedforward loops e desativa inibidores como PP2A e A20TAX1BP1 além de explorar E3 ligases RNF8 para K63Ub LUBAC para M1Ub TRAF6 e bloqueia DUBs CYLD para sustentar sinalização crônica 4 Modificações PósTraducionais de Tax PTMs Ubiquitinação K63Ub por Ubc13 apoia montagem de scaffolds para IKK K48Ub via PDLIM2 marca Tax para degradação nuclear monoubiquitinação em estresse dirige exportação nuclear SUMOilação Em K280K284 mediada por Ubc9 promove formação de nuclear bodies de Tax e regula interações com p300RelA Fosforilação e acetilação Fosforilação em S300S301 e outros sítios facilita transativação acetilação K346 por p300 potencializa NFκB e transforma células Rat1 5 Inibição da Apoptose Tax ativa NFκB para induzir antiapoptóticos XIAP survivina Bcl2 Bfl1 MCL1 e HBZ reforça via MCL1 Impede caspase8379 e bloqueia FasCD95 por cFLIP enquanto IL10 e STAT3 mantêm ambiente imunossupressor favorecendo sobrevivência de células HTLV1 6 Desregulação do Ciclo Celular e Reparo de DNA Tax hiperfosforila Rb via CDK4 libera E2F e inibe inibidores CDK p15p19 induz APCcdc20 para anáfase e amplificação de centrômeros promovendo aneuploidia Suprime p53 fosforila S15S392 sequestra CBPp300 induz p21cip1 para subverter checkpoints aumenta WIP1 e PCNA bloqueia BER e MMR e inibe ATMMDC1 elevando instabilidade genômica 7 Modulação de miRNAs Tax forma complexo com DROSHA degradandoo e favorecendo expressão viral Upregula miR146a miR155 miR130b NFκB dependentes e downregula miR149 miR135b miR872 miR873 ajustando vias de proliferação e sobrevivência 8 Regulação Negativa de Tax HBZ e p30 suprimem LTR e sequestram RNAs splicados enquanto estímulos de estresse hipóxia p38MAPK podem reativar Tax Em ATLL Tax cai em 60 dos casos por mutaçõesepigenética mas NIK elevado e mutações em TCR mantenham NFκB ativo mesmo sem Tax Conclusões e Perspectivas Tax orquestra múltiplos mecanismos transativação PTMs ativação de sinalizações prósobrevivência desregulação de ciclo e reparo para transformar T cells A interação complexa com HBZ afina esse equilíbrio entre proliferação e senescência Futuros alvos terapêuticos incluem enzimas que modificam Tax bloqueadores de NFκB e estratégias para reverter latência e induzir respostas imunes específicas PontosChave para a Apresentação 1 Tax é o motor oncoproteico do HTLV1 essencial para ATLL 2 Ativa NFκB canônica e não canônica persistentemente subvertendo inibidores e montando ubiquitinações nãoproteolíticas 3 Suas PTMs Ub SUMO P Ac regulam localização interações e funções transformadoras 4 Inibe apoptose e subverte checkpoints de ciclo e reparo de DNA promovendo instabilidade genômica 5 Modula miRNAs e é finamente regulado por HBZp30 para equilibrar oncogênese e evasão imune Distinct Stabilization of the Human T Cell Leukemia Virus Type 1 Immature Gag Lattice Contexto e Introdução O vírus HTLV1 membro do gênero Deltaretrovirus infecta de 5 a 10 milhões de pessoas globalmente podendo causar HAMTSP e ATL em 5 dos infectados Apesar de compartilharem domínios canônicos de Gag com outros retrovírus MA CANTD CACTD e NC as partículas imaturas de HTLV1 exibem morfologia distinta sugerindo um mecanismo de montagem único 1 Visualização por CryoET de VLPs Imaturos Variabilidade morfológica As VLPs formadas em HEK293T mostraram desde seções quase planas até curvas acentuadas com distância variável entre CA e membrana 177 nm 08 Subtomogram averaging Aplicando simetria C2 foram obtidos mapas de 59 Å CANTD e 62 Å CACTD evidenciando que apenas o CANTD forma um lattice coerente enquanto o CACTD aparece como dímeros isolados e flexíveis 2 Interfaces de Estabilização pelo CANTD Trímero interhexâmero Resíduos em hélices 45 formam uma interface trímera que liga hexâmeros adjacentes Hexâmero intrasubunidade Hélices 13 criam o anel hexâmero central Ausência de dímeros no NTD Ao contrário de outros retrovírus o CANTD de HTLV1 não dimeriza dependendo exclusivamente dessas duas interfaces para gerar o lattice 3 Papel do CACTD Dímeros dispersos O CACTD forma somente dímeros via hélice 8 sem contribuir para uma rede contínua Flexibilidade estrutural A ligação ao NTD por um linker longo permite que o CACTD se mova conforme a curvatura conferindo à partícula heterogeneidade de tamanho e forma 4 Modelo de Alta Resolução em Tubos MA₁₂₆CAᴺᶜ Construção truncada Proteína Gag sem MA resíduos 126344 monta tubos in vitro CryoET e averaging Mapas a 34 Å revelaram arranjo idêntico ao observado em VLPs celulares rmsd 12 Å validando o sistema in vitro Identificação de resíduoschave Mutações em M17 Y61 hélices 1 e 3 e em pares H72Q73 P92L93 e V99Q100 no trímero reduziram 50 o rendimento de partículas confirmando a importância dessas interfaces 5 Caracterização Biofísica de CA e Domínios Estabilidade térmica nanoDSF CACTD é termicamente mais estável que CANTD e CA completos estes últimos têm maior propensão a agregaçãoautomontagem Comparação com HIV1 Proteínas CA e domínios de HIV1 comportaramse de forma muito similar nos mesmos ensaios sugerindo que diferenças de montagem imatura não se devem apenas às propriedades isoladas do CA Conclusões e Perspectivas Diferentemente de outros retrovírus cuja montagem imatura depende da CACTD e muitas vezes de um sixhelix bundle o HTLV1 recruta primariamente o CANTD para formar o lattice Essa organização única explica a morfologia heterogênea das partículas e aponta novas abordagens para inibir a montagem viral focando nos interfaces NTD e na interação NTDCTD Estudos futuros devem explorar a estrutura de Gag em estágio de montagem celular e em outros deltaretrovírus bem como desenvolver inibidores que interrompam as interfaces específicas do CANTD em HTLV1 PontosChave para a Apresentação 1 HTLV1 imaturo é estabilizado quase exclusivamente pelo CANTD trímeros e hexâmeros não pela CACTD 2 CACTD forma dímeros flexíveis que permitem variação de curvatura e tamanho 3 Mutações nos resíduos de interface do CANTD comprometem gravemente a montagem 4 Abordagens terapêuticas devem visar as interfaces únicas do CANTD para bloquear a montagem de HTLV1 HTLV1 Persistence and the Oncogenesis of Adult TCell LeukemiaLymphoma Contexto e Introdução O vírus HTLV1 é um deltaretrovírus que infecta pelo menos 10 milhões de pessoas no mundo e está presente na população humana há mais de 20 000 anos Embora a maioria dos infectados permaneça assintomática 5 desenvolvem a leucemialinfoma de células T adultas ATL e 034 apresentam mielopatia associada HAMTSP refletindo variações regionais A persistência do HTLV1 depende de transmissão célula a célula via sinapse virológica e da proliferação clonal de células CD4 e em menor grau CD8 infectadas 1 Mecanismos de Persistência Viral Expressão em rajadas Os genes do plusstrand incluindo Tax são transcritos em rajadas raras e intensas enquanto o gene HBZ minusstrand mantém expressão contínua em 50 das células equilibrando necessidade de proliferação e evasão imune Carga proviral PVL estável Cada indivíduo estabelece um set point de PVL que varia até 1000fold entre pessoas e é determinado pela eficiência do CTL antiHTLV1 especialmente HBZespecíficos e fatores genéticos do hospedeiro HLA I KIR 2 Seleção Clonal em Infecção Crônica Integração preferencial Nos portadores integrados em locais genômicos que favorecem sobrevivência como cromossomos acrocêntricos e posições nucleares periféricas independentemente do estado transcricional local Dinâmica clonal Durante a infecção primária o PVL duplica a cada 14 dias e depois declina até o set point com eliminação seletiva de clones menos adaptados 3 Aquisição de Mutações Oncogênicas Modelo de erro mitótico A longevidade e alta taxa de proliferação das células infectadas elevam o número de mitoses gerando erros de replicação que acumulam mutações ao longo de décadas explicando a correlação de risco com idade e PVL Drivers genômicos Sequenciamento de exoma e genoma identificou múltiplos drivers em vias TCRNFκB PRKCB PLCG1 VAV1 CARD11 epigenética CICATXN1 fatores de transcrição IRF4 GATA3 IKZF2 e reguladores imunológicos CCR4 PDL1 3UTR com média de 9 alterações por caso 4 Evolução da Célula Premaligna e Detecção Precoce Índice de oligoclonalidade Métodos baseados no índice de Gini 077 podem quantificar a dominância de um clone e prever risco elevado de ATL antes do diagnóstico clínico Marcos temporais Em alguns indivíduos mutações driver são detectáveis até 10 anos antes da manifestação de ATL permitindo possível intervenção precoce 5 Contribuição das Proteínas Virais para Oncogênese Tax Apesar de expressão descontínua Tax induz quebras de DNA instabilidade genômica Rloops inibição de p53 supressão de checkpoints e favorece transformações iniciais HBZ Presente em todas as células ATL HBZ promove proliferação via superenhancer BATF3 fenótipo Treg FoxP3 TIGIT CCR4 induz telomerase e modula Tax sustentando sobrevivência e evasão imune Epigenética e CTCF Deposição de H3K27me3 e loops de cromatina mediadas por CTCF em torno do provírus contribuem à repressão de genes supressores e às alterações espaciais do genoma 6 Implicações Clínicas e Terapêuticas Prevenção primária Redução de PVL e proliferação clonal com zidovudina IFNα retarda progressão em fases indolentes Terapia combinada Mogamulizumab antiCCR4 melhora sobrevida via ADCC e depleção de Tregs regimes que inibem BET PI3K e NFκB têm eficácia sinérgica em modelos préclínicos Intervenção precoce Identificar indivíduos com PVL 4 oligoclonalidade alta e mutações driver guiaria decisões de tratamento preventivo PontosChave para a Apresentação A persistência de HTLV1 depende de rajadas de plusstrand e expressão contínua de HBZ equilibrando evasão imune e proliferação Erros mitóticos cumulativos em clones de longa vida geram mutações driver em vias TCRNFκB e reguladores epigenéticos que levam à ATL Métodos de quantificação de oligoclonalidade e detecção de mutações prévias permitem identificação de alto risco antes da doença plena Tax e HBZ cooperam para induzir instabilidade genômica e fenótipo Treg essenciais no processo oncogênico Terapias preventivas e combinadas antirretrovirais anticorpos inibidores de sinalização devem ser avaliadas precocemente para interromper a evolução rumo à ATL High HTLV1 Proviral Load Predates and Predicts HTLV1Associated Disease Literature Review and the London Experience Contexto e Introdução O HTLV1 é um retrovírus que infecta linfócitos e pode causar diversas doenças graves como mielopatia associada HAMTSP leucemialinfoma de células T adultas ATL uveítes e dermatites infectivas A carga proviral PVL a porcentagem de linfócitos mononucleares carregando DNA proviral é quantificada por qPCR em PBMCs Observações iniciais mostraram que no momento do diagnóstico pacientes doentes têm PVL muito maior que portadores assintomáticos sugerindo que a PVL elevada pode preceder o aparecimento dos sintomas 1 Importância da PVL como Marcador Prognóstico Associação com doença Em várias populações Japão Caribe Brasil Reino Unido Irã Espanha pacientes com HAMTSP têm PVL mediana 322 vezes maior que portadores assintomáticos Tabela 1 Figura 1 Causalidade reversa A revisão demonstra que antes do início dos sintomas inflamatórios HAMTSP ou proliferativos ATL já se observa PVL elevada indicando que não é a doença que eleva o PVL mas sim PVL alta que precede e prediz seu desenvolvimento 2 A Experiência de Londres Clínica estabelecida em 1992 Seguimento de 650 pessoas com HTLV1 medindo PVL rotineiramente desde 2000 por qPCR cópias100 PBMCs Dados iniciais 1999 20 portadores assintomáticos tiveram PVL estável e aqueles que evoluíram para HAM ou uveíte apresentaram PVL elevada antes dos sintomas Até 2013 Em 400 pacientes PVL mediana de 18 em assintomáticos n211 vs 147 em HAMTSP n84 nenhum HAM tinha PVL 17 Incidência de ATL Dos 153 assintomáticos acompanhados mediana 45 anos 4 desenvolveram ATL todos com PVL 10 antes do diagnóstico Até 2020 6658 evoluíram para ATL com PVL alta 210 anos antes Ajuste de seguimento Assintomáticos com PVL 1 foram reavaliados anualmente liberando recursos para grupos de maior risco 3 Panorama Global da PVL e Doença Coortes brasileiras Em Minas Gerais PVL 336 em HAM vs 048 em assintomáticos PVL 114 identificou 78 dos casos de HAM SalvadorBahia Incidência de HAM em 4251 sempre com PVL 5 antes do evento clínico São Paulo Síndrome intermediária sintomas iniciais associada a PVL média 17 vs 025 sem sintomas Estados Unidos Doadores infectados mostraram PVL 10 maior em quem evoluiu para HAM Japão Miyazaki e estudo nacional mostraram que ATL ocorre em portadores com PVL mediana 4 Outras manifestações Bronquiectasias e demais doenças inflamatórias pulmonares infecções oportunistas e até diabetes e doença renal crônica associamse a PVL elevada reforçando seu papel como marcador de risco 4 Considerações Finais e Perspectivas Predição de risco PVL elevada 1 para inflamação 4 para ATL é essencial mas não suficiente para doença deve ser combinada a outros marcadores ativação de T cells oligoclonalidade para estratificação de risco individual Estratégia clínica Monitorar PVL em todos os portadores intensificar seguimento e intervenções precoces em quem apresenta PVL alta Assintomáticos com PVL baixa podem ter revisões menos frequentes Futuros focos Definir limites de PVL específicos para cada laboratórioprotocolo Explorar intervenções que reduzam PVL antirretrovirais imunomoduladores antes do aparecimento da doença Investigar marcadores adicionais inflamação clonagem viral e impacto na transmissão Esse conjunto de achados demonstra de forma consistente que a quantificação da PVL em HTLV1 é um biomarcador robusto para predizer tanto manifestações inflamatórias quanto neoplásicas permitindo um cuidado mais direcionado e eficiente dos portadores HTLV1 Reverse Transcriptase Homology Model Provides Structural Basis for Sensitivity to Existing NucleosideNucleotide Reverse Transcriptase Inhibitors Contexto e Introdução O HTLV1 infecta 1020 milhões de pessoas globalmente e está associado a manifestações graves como leucemialinfoma de células T adultas ATL e mielopatia HAMTSP Não há antivirais específicos para HTLV1 e a eficácia de fármacos desenvolvidos para HIV1 contra HTLV1 permanece incerta Para orientar testes clínicos especialmente em profilaxia pré ou pósexposição este estudo empregou modelagem de homologia e machine learning para prever a estrutura da transcriptase reversa RT de HTLV1 e avaliou in silico o potencial de ligação de inibidores já aprovados 1 Modelagem Estrutural da RT de HTLV1 Definição da sequência A partir dos genes GagProPol aminoácidos 6141004 foi inferida uma sequência de 390 aa com potencial de formar a RT Alphafold2 Geração de cinco modelos teóricos o melhor com menor erro de alinhamento previsto PAE apresentou bolha de ligação ao DNA característica de RTs retrovirais Validação por multisoftware Modelos adicionais criados com Phyre2 Modeller e SwissModel exibiram baixa dispersão RMSD 1939 Å no total e 1118 Å nos sítios de ligação reforçando a confiança na estrutura predita 2 Comparação Estrutural com RTs Conhecidas RMSD global A RT de HTLV1 mostrou alta similaridade com MMLV 01 Å e variações modestas frente a HIV1 43 Å e HERVK 39 Å Sítios de ligação Nos domínios alostérico e ativo a RT de HTLV1 manteve conformações próximas às de MMLV 008 Å e 135 Å respectivamente mas diferiu mais de HIV1 e HERVK até 5 Å 3 Ensaios de Docking Molecular NNRTIs rilpivirine doravirine nevirapine dapivirine Não formaram interações favoráveis no sítio alostérico de HTLV1 refletindo as diferenças hidrofóbicas do pocket e sugerindo baixa eficácia contra HTLV1 NRTIs tenofovir alafenamida zidovudina lamivudina azvudina Apresentaram afinidades de ligação ao sítio ativo de HTLV1 comparáveis e em alguns casos superiores às observadas contra HIV1 graças ao motivo YMDD conservado e à coordenação de Mg² 4 Discussão e Perspectivas Terapêuticas Seleção de fármacos Os resultados estruturais sustentam estudos clínicos de NRTIs especialmente tenofovir alafenamida zidovudina lamivudina e azvudina em regimes de profilaxia ou tratamento precoce de HTLV1 em vez de confiar em NNRTIs não específicos Limitações A modelagem considerou apenas o monômero p66 em estado apo aberto dinâmicas heterodiméricas e conformações fechadas poderiam melhorar ainda mais a predição de afinidade Próximos passos Testes préclínicos em fases agudas de infecção e expansão do modelo para incluir dinâmicas moleculares e interações de cofatores Mg² adicionais nucleic acid docking PontosChave para a Apresentação 1 Primeiro modelo estrutural teórico da RT de HTLV1 validado por múltiplas ferramentas de homologia 2 Alta semelhança global com MMLV diferenças locais nos sítios de ligação frente a HIV1 3 NNRTIs não se ligam de forma eficaz ao pocket alostérico de HTLV1 enquanto NRTIs demonstram forte afinidade ao sítio ativo 4 Apoio estrutural para testar tenofovir alafenamida zidovudina lamivudina e azvudina em profilaxia ou terapia inicial de HTLV1 5 Modelos futuros devem incorporar estados heterodiméricos e docking em conformação fechada para refinar predições de ligação An HTLV1 Envelope mRNA Vaccine Is Immunogenic and Protective in New Zealand Rabbits Contexto e Introdução O HTLV1 infecta entre 5 e 10 milhões de pessoas mundialmente e é a etiologia da leucemialinfoma de células T adultas ATL e da mielopatia associada HAMTSP Não existem vacinas aprovadas abordagens prévias vetores poxvírus proteínas recombinantes mostraram proteção parcial em primatas e camundongos mas carecem de segurança e escalabilidade ideais A tecnologia de mRNALNP validada pela COVID19 oferece um vetor promissor para imunização contra antígenos virais incluindo a glicoproteína de envelope Env essencial na transmissão célulaacélula do HTLV1 1 Design da Vacina Antígeno Envelope completo codonoptimizados gp62 baseado no clone ACH englobando domínio de superfície SU gp46 e transmembrana TM gp21 incluindo todos os sítios de glicosilação e regiões de fusão Formulação mRNA modificado N1metilpseudouridina cap1 polyA encapsulado em LNPs via microfluídica NanoAssemblr assegurando proteção do RNA e entrega eficiente às células musculares 2 Imunogenicidade In Vitro Expressão de Env HEK293T transfectadas com CO Env mRNALNP exibiram níveis comparáveis de gp62gp46 por Western blot e 60 de positividade de Env na superfície celular por citometria além de formação de sincícios atestando processamento e conformação correta 3 Proteção em Modelo de Coelhos NZW Protocolo Vacinal Seis coelhos receberam 2 doses IM de 25 µg primeboost 4 semanas de intervalo de Env mRNALNP cinco controles receberam GFP mRNALNP Cinco semanas após o boost foram desafiados IV com 110⁷ células produtoras de HTLV1 irradiadas 100 Gy repetindo o desafio 15 semanas depois Carga Proviral Coelhos vacinados apresentaram redução estatisticamente significativa da carga proviral nas semanas 4 6 8 e 15 pósdesafio Metade dos coelhos Envvacinados permaneceu sem provírus detectável em qPCR e nestedPCR inclusive após segundo desafio confirmando imunidade esterilizante em 26 animais 4 Resposta Celular TEspecífica Tcells CD4IFNγ e CD8IFNγ Após infecção todos os animais vacinados exibiram resposta CD4 acima de 05 e 46 mostraram CD8 acima de 05 enquanto controles raramente ultrapassaram esse limiar indicando priming eficaz mesmo sem resposta detectável imediatamente após a vacinação 5 Resposta Humoral e Neutralização Anticorpos AntiEnv Todos os coelhos Envvacinados desenvolveram anticorpos contra gp46 e gp21 após boost com EC₅₀ de binding variável grupos de alta moderada e baixa afinidade em ensaio de MT2 cell binding Neutralização Soro de coelhos vacinados mediou 60 de neutralização em ensaio de pseudovírus HTLV1 e inibiu formação de sincícios em cultura syncytia inhibition correlacionandose negativamente com pico de carga proviral r 076 P 0007 6 Conclusões e Perspectivas O mRNALNP de Env do HTLV1 induz respostas imunes celulares e humorais que conferem proteção esterilizante parcial em coelhos reduzindo carga proviral e expressão de genes virais Esses resultados suportam avanços para ensaios préclínicos em primatas não humanos e eventualmente estudos exploratórios em humanos focando em Otimização de doseesquema Avaliação de combinação com antirretrovirais AZT IFNα Exploração de plataformas multivalentes incluir TaxHBZ e lantibiotécnicas adjuvantes imunoestimuladores PontosChave para a Apresentação 1 Vacina mRNALNP de Env codonoptimizado é segura e expressa glicoproteína funcional in vitro 2 Primeboost em coelhos reduz significativamente carga proviral e confere imunidade esterilizante em alguns animais 3 Gera respostas CD4CD8 Tespecíficas e anticorpos neutralizantes correlacionados à proteção 4 Abordagem mRNA oferece caminho rápido para vacinas profiláticas e terapêuticas contra HTLV1 5 Próximos passos tradução para primatas ajustes de formulação e combinação com imunomoduladores VirusHost Immune Interaction in Asymptomatic HTLV1 Carriers Contexto e Introdução O HTLV1 estabelece infecção latente crônica em 510 milhões de pessoas das quais apenas uma pequena fração desenvolve ATL ou HAMTSP após décadas de portador assintomático Apesar de altos níveis de provírus detectáveis em PBMCs a expressão viral in vivo é suprimida Este estudo analisou em 77 portadores assintomáticos a interação vírushospedeiro por meio de cargas provirais PVL respostas de anticorpos binding e neutralizantes expressão ex vivo de antígeno Gag p19 e respostas de células T CD8 específicas para Tax a fim de elucidar os mecanismos de controle imune na fase latente 1 Perfil dos Participantes e PVL Coorte 77 portadores assintomáticos mediana de idade 59 anos 66 mulheres Carga Proviral PVL Média geométrica de 062 de células infectadas por 100 PBMCs variando amplamente entre os indivíduos 2 Resposta de Anticorpos Binding antibodies Níveis altos de anticorpos antiGag p19 p24 e antiEnv gp46 gp21 definiram um subgrupo de alto respondedor Neutralizing antibodies NAb Atividade de inibição de sincícios 50 em diluição 1200 correlacionouse positivamente com PVL r 050 P 00001 e foi significativamente maior nos alto respondedores de antigp46 3 Expressão Viral Ex Vivo p19 em CD4 Após cultura noturna 91 4853 dos portadores exibiram detecção de p19 em CD4 e a frequência dessas células correlacionouse fortemente com a PVL r 085 P 00001 IFNγ em CD8 Indução não específica de IFNγ em CD8 após cultura também correlacionouse com PVL r 048 P 00003 e com a frequência de CD4 p19 r 036 P 00083 sugerindo que níveis maiores de antígeno estimulam resposta de CD8 4 Respostas de Células T CD8 Específicas para Tax Frequência Taxespecíficas detectáveis em 85 4553 dos portadores Correlação com PVL Nenhuma associação direta r 007 P 061 nem com p19 CD4 r 009 P 050 Indicador de Controle Frequências de CTLs antiTax inversamente correlacionaramse com a razão p19 CD4PVL r 036 P 00081 indicando que esses CTLs suprimem efetivamente a expressão de antígeno nas células infectadas Conclusões e Perspectivas 1 Neutralizantes vs CTLs Embora NAb reflitam carga viral e possam contribuir são as respostas CTL antiTax que controlam a expressão de antígeno e provavelmente limitam a replicação residual 2 Mecanismo de Supressão A inversa relação entre TaxCTLs e p19PVL sugere que mesmo baixos rajadas de expressão TaxGag são rapidamente eliminados por CTLs mantendo a latência 3 Implicações Clínicas A quantificação de Taxespecíficas CD8 e da razão p19PVL pode servir como biomarcadores de vigilância em portadores indicando resposta imune protetora 4 Futuras Direções Estudos longitudinais devem confirmar se variações nessas respostas preveem evolução para HAMTSP ou ATL e investigar estratégias de vacina ou imunoterapia que potenciem CTLs antiTax PontosChave para Apresentação Infeção latente é caracterizada por alta PVL mas antígeno quase indetectável in vivo NAb correlacionamse com PVL mas não controlam diretamente a expressão viral Taxespecíficas CD8 T cells suprimem a expressão de p19 nas células latentes ex vivo Monitorar TaxCTLs e p19PVL pode orientar prognóstico e intervenções imunológicas HIV1 and HTLV1 Transmission Modes Mechanisms and Importance for Virus Spread Contexto e Introdução O HIV1 e o HTLV1 são os únicos retrovírus humanos comprovadamente patogênicos ambos infectando predominantemente linfócitos CD4 Enquanto o HIV1 induz apoptose de CD4 e leva à AIDS o HTLV1 após longa latência pode transformar linfócitos em leucemialinfoma de células T adultas ATL ou desencadear mielopatia HAMTSP Ambos transmitemse por transfusão transplante amamentação e via sexual e podem disseminarse no hospedeiro tanto por partículas livres quanto principalmente no caso do HTLV1 por transmissão célulaacélula 1 Biologia Comparativa Rápida Entrada HIV1 usa gp120 para CD4CCR5CXCR4 HTLV1 usa gp46 para HSPGNRP1GLUT1 acionando a fusão via gp41gp21 Genomas Ambos têm gag pro pol env e LTRs HIV1 codifica Tat Rev Nef Vif Vpr Vpu e ASP HTLV1 codifica Tax Rex p12p8 p13 p30 e HBZHBZSI Montagem Gag de HIV1 multimeriza em lipídeos rafts recrutando ESCRT via p6 Gag de HTLV1 em domínios de tetraspânicas CD81CD82 com maturação por protease viral distinta 2 Modos de Transmissão Partículas livres Eficientes para HIV1 mas quase irrelevantes para HTLV1 cujo RNA rara vez é detectado no plasma e cujas partículas são 10⁶ infecciosas Célulaacélula Fundamental para ambos mas dominante no HTLV1 A infecção via sinapses virológicas VS sinapses infecciosas IS biofilmes virais protrusões de membrana e exossomos maximiza a multiplicidade de infecção atropela barreiras imunes e acelera a disseminação 3 Métodos de Quantificação de Transmissão CélulaaCélula Ensaios de agitação shaking Bloqueiam contatos celulares evidenciando a preponderância de transmissão por sinapses em HIV1 mas requer interpretação cautelosa BlaMVpr Fusão de βlactamase a Vpr permite quantificar entrada precoce por citometria Reporter intrônico inLucinYFP Injeta intron no repórter para sinal exclusivo em célulasalvo demonstrando que a transmissão de HTLV1 é 10 000 mais eficiente que por partículas livres e dependente de Tax e de contatos célulacélula 4 Mecanismos de Transmissão Intercelular 1 Sinapse Virológica VS Junção adesiva mediada por Envreceptor e ICAM1LFA1 com polarização do MTOC e acúmulo de GagEnvRNA no cleft transferindo vírus em 13 h No HTLV1 Tax coopera com ICAM1 via RasMEKERK e aumenta Gem e fascin promovendo migração e transmissão em HIV1 LFA1 ativa ZAP70 para polarização 2 Sinapse Infecciosa IS APCs capturam partículas via DCSIGN HTLV1 ou GalCer HIV1 transmitindoas a T cells Há fase trans partículas préexistentes e cisinfecção produção de novo HTLV1 infecta eficientemente DCs MDDCs via NRP1 e DCSIGN favorecendo transmissão posterior 3 Biofilmes Virais apenas HTLV1 Agregados de virions embebidos em ECM rico em colágeno fibronectina Agrin sLeX galectina3 e tetherina formados sob controle de Tax transferidos em massa aos alvos e resistentes a anticorpos 4 Protrusões de Membrana e TNTConduítes Filopodiacytonemas Surfing viral ao longo de fímbria de actina TNTConduítes Junções de nanotubos contendo Gag Env e p8Nef conectando células infectadas e alvos sensíveis a Tax e Nef que induzem sua formação e promovem anergia nos alvos 5 ExossomosViroquinas Exossomos de células HTLV1 com Tax e de HIV1 com TARDicerDrosha augmentam permissividade e evitam apoptose 5 Relevância In Vivo HIV1 Observado em sinapses e protrusões de células em linfonodos de camundongos humanizados A transmissão célulacélula favorece coinfecção de diferentes cepas e resiste a anticorpos neutralizantes HTLV1 Essencialmente célulaacélula seguido de expansão clonal evidências de biofilmes em epitélio salivar e produção de novo durante fase assintomática apontam para diversificação clonais precoces 6 Conclusões e Perspectivas A transmissão célulaacélula é estratégica para retrovírus maximiza multiplicidade de infecção dribla o sistema imune e acelera a propagação No HTLV1 domina o modo de disseminação enquanto no HIV1 alterna com partículas livres Apesar da caracterização em 2D faltam ainda estudos in vivo que definam qual mecanismo é mais crítico em tecido humano Avanços requerem sinergia entre modelos 3D intravital e biomoléculas para direcionar antivirais que bloqueiem especificamente esses modos de transmissão Molecular Mechanisms of HTLV1 CelltoCell Transmission Contexto e Introdução O HTLV1 um deltaretrovírus humano infecta preferencialmente células T CD4 e em menor grau CD8 células dendríticas e monócitos causando doenças como ATL e HAMTSP em uma fração dos portadores A transmissão via partículas livres é ineficiente sendo essencial o contato célulaacélula para infecção produtiva de linfócitos 1 Rotas Principais de Transmissão 1 Contatos apertados virological synapse VS Polarização do MTOC e sinapse virológica O vírus induz um sítio especializado de contato VS onde Gag p19 Env e genoma viral se acumulam no ponto de contato acompanhados pela polarização do MTOC e da proteína de adesão Talin no lado do doador Esse rearranjo depende de Tax ativando CREB e induzindo ICAM1 e da interação ICAM1LFA1 mediada por GTPases Rac1 e Cdc42 permitindo o budding polarizado de partículas no cleft sináptico Biofilmes virais Além do cleft o HTLV1 forma biofilmes extracelulares ricos em ECM colágeno agrina lectinas galectina3 tetherina e receptores Oglicosilados CD43 CD45 Esses agregados concentram virions em grandes estruturas que se estendem sobre o contato protegendoos de anticorpos e sendo removidos por heparina ou pipetagem o que reduz a infectividade em 80 2 Conduítes celulares cellular conduits O produto acessório p8 gerado por clivagem de p12 aumenta a formação e extensão de protrusões filopodiais que conectam células infectadas a célulasalvo p8 promove clusterização de LFA1 favorece a formação de polisynapses e é transferido via esses conduítes junto com Gag e partículas virais sugerindo um miniVS na ponta das protrusões Esse mecanismo pode também induzir anergia nas célulasalvo ajudando na evasão imune 3 Cellfree em células dendríticas DC Embora CD4 Tcells dependam de contatos diretos DCs podem ser infectadas por partículas livres ou ainda mais eficientemente por biofilmes virais graças à expressão de DCSIGN e neuropilina1 potencialmente facilitando a transmissão inicial em mucosas e barreiras epiteliais 2 Proteínas ViraisChave na Transmissão Env gp62 gp46gp21 Ligação a HSPGs GLUT1 e NRP1 é fundamental para fusão e para formação do VS Gag p55 p19CANC Direciona montagem na membrana interna e interage com tetraspaninas CD81CD82 sendo crucial para o empacotamento e budding nas sinapses Rex Essencial para o transporte de RNAs nãosplicados e consequentemente para produção de partículas infecciosas Tax Transativador que aumenta ICAM1 e CCL22 polariza o MTOC via CREB e RasMEKERK e regula GTPases Rac1Cdc42 assentando as bases do VS p8 Melhora a adesão célulaacélula forma conduítes transferese entre células e pode induzir anergia tudo contribuindo à propagação distante do vírus 3 Fatores do Hospedeiro e Remodelamento do Citoesqueleto A transmissão célulaacélula exige integridade do citoesqueleto Actina e tubulina Bloqueios farmacológicos inibem drasticamente a transmissão GTPases Rho Rac1 e Cdc42 são necessárias para MTOC polarização e formação do VS Adesão e migração Tax induz GEM CRMP2 e Fascin que modulam migração e conjugação de células possivelmente ampliando oportunidades de sinapses virológicas 4 Conclusões e Perspectivas O HTLV1 utiliza múltiplas vias de transmissão célulaacélula sinapses virológicas biofilmes e conduítes para maximizar infectividade e evadir o sistema imune Entender a relevância relativa de cada rota in vivo e os pontos de intervenção bloqueio de Tax p8 ICAM1 GTPases ou degradação de biofilmes é crucial para o desenvolvimento de antivirais específicos capazes de interromper a disseminação do vírus PontosChave para Apresentação 1 Transmissão de HTLV1 em células T CD4 depende de sinapses virológicas e biofilmes não de vírus livres 2 Tax e p8 remodelam o citoesqueleto e aumentam adesão e polarização formando VS e conduítes 3 Biofilmes extracelulares protegem virions e promovem infecção de DCs 4 Alvos terapêuticos incluem bloqueio de ICAM1LFA1 inibição de GTPases e remoção de biofilmes 5 Investigar a contribuição in vivo de cada via ajudará a criar estratégias antitransmissão eficientes High HTLV1 Proviral Load Predates and Predicts HTLV1Associated Disease Literature Review and the London Experience Contexto e Introdução O HTLV1 é um retrovírus que infecta linfócitos e pode causar diversas doenças graves como mielopatia associada HAMTSP leucemialinfoma de células T adultas ATL uveítes e dermatites infectivas A carga proviral PVL a porcentagem de linfócitos mononucleares carregando DNA proviral é quantificada por qPCR em PBMCs Observações iniciais mostraram que no momento do diagnóstico pacientes doentes têm PVL muito maior que portadores assintomáticos sugerindo que a PVL elevada pode preceder o aparecimento dos sintomas 1 Importância da PVL como Marcador Prognóstico Associação com doença Em várias populações Japão Caribe Brasil Reino Unido Irã Espanha pacientes com HAMTSP têm PVL mediana 322 vezes maior que portadores assintomáticos Tabela 1 Figura 1 Causalidade reversa A revisão demonstra que antes do início dos sintomas inflamatórios HAMTSP ou proliferativos ATL já se observa PVL elevada indicando que não é a doença que eleva o PVL mas sim PVL alta que precede e prediz seu desenvolvimento 2 A Experiência de Londres Clínica estabelecida em 1992 Seguimento de 650 pessoas com HTLV1 medindo PVL rotineiramente desde 2000 por qPCR cópias100 PBMCs Dados iniciais 1999 20 portadores assintomáticos tiveram PVL estável e aqueles que evoluíram para HAM ou uveíte apresentaram PVL elevada antes dos sintomas Até 2013 Em 400 pacientes PVL mediana de 18 em assintomáticos n211 vs 147 em HAMTSP n84 nenhum HAM tinha PVL 17 Incidência de ATL Dos 153 assintomáticos acompanhados mediana 45 anos 4 desenvolveram ATL todos com PVL 10 antes do diagnóstico Até 2020 6658 evoluíram para ATL com PVL alta 210 anos antes Ajuste de seguimento Assintomáticos com PVL 1 foram reavaliados anualmente liberando recursos para grupos de maior risco 3 Panorama Global da PVL e Doença Coortes brasileiras Em Minas Gerais PVL 336 em HAM vs 048 em assintomáticos PVL 114 identificou 78 dos casos de HAM SalvadorBahia Incidência de HAM em 4251 sempre com PVL 5 antes do evento clínico São Paulo Síndrome intermediária sintomas iniciais associada a PVL média 17 vs 025 sem sintomas Estados Unidos Doadores infectados mostraram PVL 10 maior em quem evoluiu para HAM Japão Miyazaki e estudo nacional mostraram que ATL ocorre em portadores com PVL mediana 4 Outras manifestações Bronquiectasias e demais doenças inflamatórias pulmonares infecções oportunistas e até diabetes e doença renal crônica associamse a PVL elevada reforçando seu papel como marcador de risco 4 Considerações Finais e Perspectivas Predição de risco PVL elevada 1 para inflamação 4 para ATL é essencial mas não suficiente para doença deve ser combinada a outros marcadores ativação de T cells oligoclonalidade para estratificação de risco individual Estratégia clínica Monitorar PVL em todos os portadores intensificar seguimento e intervenções precoces em quem apresenta PVL alta Assintomáticos com PVL baixa podem ter revisões menos frequentes Futuros focos Definir limites de PVL específicos para cada laboratórioprotocolo Explorar intervenções que reduzam PVL antirretrovirais imunomoduladores antes do aparecimento da doença Investigar marcadores adicionais inflamação clonagem viral e impacto na transmissão Esse conjunto de achados demonstra de forma consistente que a quantificação da PVL em HTLV1 é um biomarcador robusto para predizer tanto manifestações inflamatórias quanto neoplásicas permitindo um cuidado mais direcionado e eficiente dos portadores In vitro cytoskeleton changes of mouse neurons induced by purified HTLV1 and PBMC from HAMTSP patients and HTLV1 carriers Contexto e Introdução O HTLV1 é o agente etiológico da mielopatia associadaparaparesia espástica tropical HAMTSP uma doença neurodegenerativa crônica caracterizada por degeneração axonal nos tratos motores da medula espinhal Apesar de relatos de imunopatologia mediada por citocinas o papel direto do vírus e de proteínas virais na disrupção neuronal permanece pouco definido Neste estudo avaliaramse alterações do citoesqueleto em cultura de neurônios de camundongo linhagem CNh expostos a HTLV1 purificado e a PBMC de pacientes com HAMTSP e portadores assintomáticos 1 Materiais e Métodos Linhas celulares CNh neurônios primários de córtex fetal de camundongo clonados e diferenciados em meio suplementado MT2 célula produtora de HTLV1 para isolamento viral HUT78K562 controles negativos Isolamento de HTLV1 purificado Cultura de MT2 ultracentrifugação em PEG filtração suspensão em RPMI Coculturas CNh em inserts 04 µm com MT2 virions puros ou PBMC de 8 pacientes HAMTSP e 8 portadores incubados por 0 7 e 15 dias Avaliações Imunofluorescência IFA detecção de antígenos HTLV1 monoclonal antiTax policlonal antiHTLV1 e de neurofilamentos antiαinternexina PCR amplificação de tax 158 bp e LTR 401 bp em lisados de CNh Contagem 1 500 célulasensaio três observadores independentes 2 Resultados Principais 21 Efeito do HTLV1 Purificado em CNh Morfologia Após 15 dias neurônios infectados por vírus purificado exibiram redução no número e na espessura de prolongamentos aglomerados de células arredondadas e perda de aderência Fig 1cd Antígenos virais em CNh IFA detectou HTLV1 em 37 das células aos 7 dias e 59 aos 15 dias PCR confirmou presença de tax e LTR nos lisados dessas culturas 22 PBMC de HAMTSP e Portadores Antígenos em PBMC Culturas de PBMC de HAMTSP mostraram 1028 de células HTLV1 e 0327 Tax aos 715 dias superiores aos 0105 e 0103 observados em portadores Tabela 1 Cocultura PBMC CNh Neurônios expostos a PBMC de HAMTSP apresentaram antígeno viral em 0105 aos 715 dias com PBMC de portadores apenas 003 Tabela 2 23 Alterações do Citoesqueleto Neurofilamentos IF com antiαinternexina revelou arranjo disperso ramificações irregulares e clumps de filamentos em CNh infectados tanto por vírus purificado quanto por PBMC de pacientes mas não em controles não infectados Fig 4 3 Discussão Ação direta do vírus Purificação rigorosa do virion livre de citocinas demonstra que HTLV1 eou suas proteínas ex Tax podem induzir disrupção do citoesqueleto neuronial sem mediação por linfócitos ativados ou TNFα contrastando com modelos centrados em citocinas Gradiente de efeito A intensidade das alterações correlacionase à quantidade de antígeno viral no inóculo maior com vírus purificado intermediária com HAMTSP e mínima com portadores assintomáticos sugerindo dosedependência na patogenicidade neuronal Implicações para HAMTSP Disrupção axonal direta pode contribuir à degeneração observada in vivo complementando o modelo bystander de inflamação mediada por CD8 e citocinas 4 Conclusões e Perspectivas 1 HTLV1 purificado causa alterações morfológicas e estruturais em neurônios de camundongo independente de resposta imune adaptativa 2 PBMC de pacientes HAMTSP reproduzem em menor escala essas alterações refletindo menor carga viral comparada ao inóculo puro 3 Tax eou outras proteínas virais emergem como alvos prioritários para elucidar mecanismos de neurotoxicidade direta 4 Futuros estudos devem quantificar quais domínios de Tax ex αinternexinbinding ou outros fatores virais perturbam o citoesqueleto e testar inibidores específicos em modelos neuronais PontosChave para a Apresentação HTLV1 pode lesar diretamente neurônios alterando o arranjo de neurofilamentos e reduzindo prolongamentos celulares Efeito é proporcional à concentração viral puro HTLV1 PBMC HAMTSP PBMC portadores Alterações ocorrem sem necessidade de citocinas ou células efetoras destacando ação neurotóxica direta de proteínas virais Compreender esses mecanismos abre caminho para terapias que inibam interação Taxαinternexina e protejam o citoesqueleto neuronal Critical Role of the Human TCell Leukemia Virus Type 1 Capsid NTerminal Domain for GagGag Interactions and Virus Particle Assembly Contexto e Introdução O Gag é a proteína estrutural principal do HTLV1 responsável pela formação do latticed imaturo e pelo brotamento de partículas virais infecciosas Ao contrário do HIV1 em que o domínio CACTD dirige majoritariamente a oligomerização de Gag evidências anteriores sugeriam que no HTLV1 o domínio CANTD seria o determinante chave para essas interações 1 Estratégia de Mutagênese e Triagem Alaninescanning Construíramse 59 mutantes de Gag cada par de resíduos convertido em alanina focados em loops e regiões iniciaisfinais de hélices α do CANTD Localização subcelular HeLa transfectadas com GageYFP WT ou mutante foram analisadas por confocal para quantificar puncta de Gag 50 do nível WT selecionado para avanços Identificação de hits Quatro duplos mutantes reduziram a formação de puncta a 50 Q16M17 M17K18 Q60Y61 Y61L62 Mutantes simples em M17 e Y61 confirmaram o fenótipo assim como o duplo Q47F48 34 de puncta 2 Produção de Partículas e Análise Biofísica Produção reduzida Em 293T GagHA de M17 e Y61 gerou 510 menos partículas que WT Q47F48 3 menos sem afetar a expressão intracelular FLIMFRET WT e Q47F48 eficiência média 25 M17 e Y61 eficiência cai para 17 P 0001 indicando empacotamento deficiente no lattice imaturo CryoTEM WT VLPs com diâmetro médio 1156 302 nm e zonas planas de densidade de CA lattice imaturo M17Y61 VLPs menores esféricos sem densidade organizada sob a membrana evidenciando falha na formação do lattice P 0001 Q47F48 partículas morfologicamente semelhantes ao WT porém mais heterogêneas em tamanho 3 Modelagem e Mutagênese Guiada Modelo comparativo In silico CANTD de HTLV1 encaixado conforme packing de HIV1 posiciona M17 e Y61 no interface dímero e Q47F48 no interface trímero Swap mutational M17Y MetTyr resgata formação de puncta e produção de VLPs ao nível WT sugerindo πstacking entre aromáticos Y61M TyrMet falha em formar puncta e partículas Duplo M17YY61M permanece defeituoso indicando necessidade de geometria precisa das interações 4 Conclusões e Perspectivas 1 Papel central do CANTD Residues M17 e Y61 são cruciais para oligomerização de Gag e formação do lattice imaturo distinguindo HTLV1 de outros retrovírus 2 Alvos terapêuticos Interfaces dímerotrímero do CANTD emergem como potenciais pontos de intervenção antiviral 3 Próximos passos Explorar inibidores que perturbem o πstacking MetTyr e elucidar estruturas de CANTD em lattices nativos por cryoET PontosChave para a Apresentação Alaninescanning em loops e hélices do CANTD identificou M17 Q47F48 Y61 como determinantes de GagGag M17 Y61 reduzem puncta produção de VLPs FRET 17 e aboliram lattice imaturo VLPs menores Q47F48 produtividade moderadamente afetada mas lattice e tamanho mantidos Mutante M17Y resgata fenótipo WT swap Y61M confirma especificidade da interação CANTD de HTLV1 segue packing similar ao HIV1 mas com funções distintas abrindo caminho para antivirais direcionados Human TLymphotropic Virus Type 1Induced Overexpression of Activated Leukocyte Cell Adhesion Molecule ALCAM Facilitates Trafficking of Infected Lymphocytes through the BloodBrain Barrier Contexto e Introdução O HTLV1 infecta cerca de 10 milhões de pessoas em focos endêmicos Japão Caribe África Sudeste asiático e em uma fração dos casos causa HAMTSP caracterizada por infiltração crônica de linfócitos infectados na medula espinhal torácica e degeneração mielínica Atravessar a barreira hematoencefálica BBB requer a diapedese de linfócitos através do endotélio cerebral processo no qual moléculas de adesão celulares desempenham papel crucial 1 ALCAM é Superexpressa em Linfócitos HTLV1 Observação em pacientes Em portadores assintomáticos e em pacientes HAMTSP o subgrupo CD3CD4CD25 enriquecido em células infectadas exibe níveis elevados de ALCAM equiparáveis aos de Tregs fisiológicos enquanto CD6 permanece inalterado Modelos celulares cronicamente infectados Linhagens HUT102 C91PL e C8166 apresentam ALCAM de superfície muito maior que células não infectadas Jurkat CEM Jurkat recéminfectadas em cocultura com MT2 irradiadas também elevam ALCAM após 1 semana 2 Mecanismo Tax NFκB ALCAM Transativação por Tax Jurkat e células primárias CD4 transduzidas com lentivírus TaxIRESGFP aumentam alcam mRNA e ALCAM de superfície em relação a GFP apenas Via NFκB canônica Mutante Tax M22 sem atividade NFκB não induz alcam ao passo que M47 NFκB sim inibição farmacológica de NFκB Bay 117082 reduz alcam mRNA de forma dosedependente ChIP no promotor alcam Tax e p65 RelA se ligam ao sítio κB distal 973962 da região promotora p52 NFκB não canônica não é detectado 3 ALCAM no Endotélio Cerebral Permanece Inalterado Imunohistoquímica Seções torácicas de medula de controles e de pacientes HAMTSP mostram expressão equivalente de ALCAM colocalizada com o marcador endotelial fator VIII sem upregulação nos doentes Modelo in vitro hCMECD3 Cocultura com linfócitos HTLV1 não altera ALCAM nem CD6 no monolayer endotelial 4 ALCAM Facilita Transmigração Através da BBB In Vitro Bloqueio por anticorpo Anticorpo antiALCAM reduz significativamente a migração de linhagens HTLV1 HUT102 C91PL C8166 através de um monolayer hCMECD3 sem afetar células não infectadas antiCD6 é inócuo Knockdown de ALCAM shRNAs contra alcam em C91PL diminuem expressão de ALCAM e reduzem migração enquanto em Jurkat baixo ALCAM basal não há efeito Células primárias Migração de CD4 T de HAMTSP é bloqueada por anticorpo antiALCAM mas não a de doadores saudáveis Conclusões e Perspectivas 1 ALCAM como marcador e facilitador HTLV1 via TaxNFκB induz ALCAM em linfócitos para promover adesão e diapedese transendotelial contribuindo ao início da neuroinflamação em HAMTSP 2 ALCAM endotelial não é alvo Diferentemente de múltiplas esclerose o endotélio cerebral não muda ALCAM em HAMTSP destacando o papel do linfócito infectado 3 Terapia direcionada Anticorpos ou moléculas pequenas que inibam ALCAMALCAM homotípico podem ser explorados para impedir a migração de células HTLV1 e atrasar ou prevenir a evolução de HAMTSP A Role for the Neuronal Protein Collapsin Response Mediator Protein 2 in T Lymphocyte Polarization and Migration Contexto e Introdução O CRMP2 conhecido por mediar sinais de semaforinas no sistema nervoso e regular montagem de microtúbulos durante a navegação de cones de crescimento foi identificado neste estudo como componente da maquinaria de motilidade de linfócitos T Seu papel em células imunes até então desconhecido sugere uma via comum de regulação de forma e migração entre neurônios e leucócitos 1 Expressão de CRMP2 em Linfócitos T mRNA e proteína RTPCR e Southern blot revelaram transcrição de CRMP2 em linfócitos T primários e em linhagens CD4 CEM Jurkat embora em níveis muito inferiores aos de células neurais Western blot com anticorpos contra dois epítopos distintos detectou as formas de 62 kDa nativa e 58 kDa proteolítica em T cells confirmando expressão a partir de dois anticorpos específicos e absorção de sinal por peptídeo Fluxo citométrico Em PBMC de doadores saudáveis CRMP2 esteve presente em 9798 dos linfócitos tanto CD4 quanto CD8 Silenciamento por siRNA reduziu significativamente o sinal de CRMP2 reforçando a especificidade e eficiência da detecção 2 Redistribuição em Células Polarizadas Polarização por IL2 Em linfócitos T primários polarizados e aderidos a colágeno I CRMP2 redistribuiuse de forma assimétrica concentrandose no uropód a porção retrógrada da célula que coordena adesão e desalojamento durante a migração Comarcação com ezrin confirmou colocalização no uropód 3 Interação com o Citoesqueleto Coredistribuição com vimentina CRMP2 e vimentina um filamento intermediário chave para a deformabilidade do uropód mostraram codistribuição em células polarizadas Associação direta Pulldown com proteína de fusão GSTCRMP2 evidenciou ligação específica a vimentina de lisado de Jurkat sem interação com ezrin sugerindo que CRMP2 atua como adaptador para reorganização de filamentos intermediários 4 Modulação da Transmigração Sobressalto por superexpressão Jurkat T cells transfectadas com CRMP2 EGFP ou cmyctagged apresentaram aumento de 152 tanto na migração espontânea quanto na quimiotática dirigida por CXCL12 em comparação com controle EGFP alone Redução por silenciamento Em linfócitos T primários siRNA4 mais eficaz que siRNA1 diminuiu expressão de CRMP2 confirmação por IF WB e RTPCR e reduziu dramatica mente a migração em gradientes de CCL2 CXCL10 CCL5 e CXCL12 Bloqueio por anticorpo Tratamento com anticorpo antiCRMP2 pep4 interno reduziu em 40 a migração de linfócitos T primários enquanto anticorpo contra GAPDH ou isotipo não tiveram efeito Polarização prejudicada Tanto o silenciamento por siRNA quanto o bloqueio por anticorpo comprometeram a formação de uropód indicando papel essencial de CRMP2 na aquisição da morfologia polarizada prévia à migração 5 Semaforinas e Quimiocinese Embora Sema3A Sema3F e Sema7A inibissem fortemente a migração espontânea sinal de parada a depleção de CRMP2 não reverteu esse efeito o que sugere que CRMP2 atua especificamente na via de sinalização de quimiocinas e não no mecanismo de repulsão por semaforinas 6 Relevância em Doença Neuroinflamatória Pacientes HAMTSP Em PBMC de portadores assintomáticos e de pacientes com HAMTSP a expressão de CRMP2 MFI por fluxo foi significativamente maior nos pacientes neurológicos especialmente em subpopulações ativadas CD69 HLADR comparado a doadores saudáveis e a portadores assintomáticos Migração de células ativadas Células CD69 isoladas de pacientes apresentaram migratividade mais alta em ensaios transwell e seu tratamento com anticorpo antiCRMP2 reduziu a migração corroborando o papel de CRMP2 na patogênese via recrutamento de linfócitos ao SNC PontosChave para a Apresentação 1 CRMP2 além de função neural é expressa e funcional em linfócitos T associandose a vimentina no uropód 2 É essencial para aquisição de polarização e para migração espontânea e quimiotáxica 3 Superexpressão amplia e silenciamento ou bloqueio reduzem a taxa de migração 4 Inibição não reverte repulsão por semaforinas indicando atuação específica em vias de quimiocinas 5 CRMP2 está elevado em T cells de pacientes HAMTSP ativados e contribui ao tráfego aberrante para o SNC HLTV Ruan Vírus T Linfotrópico Humano do Tipo 1 Introdução Panorama Epidemiológico Tipo de Vírus Enfermidades Período de Latência Estrutura Genoma Genes Estruturais Genes Reguladores Genes Acessórios Proteínas Tax e vias de interação Tax1 Tax2 Proteínas Reguladoras Rex1 Rex2 Proteínas Acessórias p30Tofp28 p13 p12p10 e p8 p21rextRex e p11 Biofísica CryoTEM Formas observadas Diâmetro médio Perfil radial de densidade Biofísica Análise de Fluorescence Fluctuation Spectroscopy FFS Tamanho hidrodinâmico Stoquiometria de Gag Cobertura da membrana HTLV e seus quatro tipos 1982 O HTLV2 é isolado de um caso de leucemia de células pilosas 1980 O HTLV1 foi descoberto nos Estados Unidos em 1979 e publicado no ano seguinte como o primeiro retrovírus humano 2005 HTLV3 e HTLV4 são isolados de indivíduos na África Subsaariana Diferenças entre os tipos de HTLV HTVL1 Maior patogenicidade dentre os quatro Doenças neurológicas Mielopatia Paraparesia Espástica Tropical Potencial Oncológico Japão África e América do Sul HTVL3 e HTVL4 Sem evidências que possam ser transmitidos entre humanos Sem evidências que desencadeiam doenças África Subsaariana HTVL2 Doenças respiratórias e inflamatórias Atividade Funcional da Tax2 HTVL2 difere da Tax1 HTVL1 Populações nativas e usuários de droga HTLV X HIV Retrovírus patogênicos Genes Formas de Transmissão Formas de Prevenção SEMELHANÇAS DIFERENÇAS Células Alvo Mecanismo de Infecção Causam enfermidades diferentes Montagem Sítios de Ligação Potencial Oncológico 25 dos portadores evoluem para LeucemiaLinfoma de Células T adultas ATL Papel da Proteína Tax no potencial oncológico Classificação smoldering crônicolinfoma e agudo Diagnóstico teste de clonality e biópsia Terapias ATL Quimioterapia Combinação zidovudina IFN Arsenito de arsênico ɑ zidovudina IFNα Transplante de células tronco allogênico Manifestações Neurológicas A principal manifestação é a Mielopatia HAMTSP 15 das pessoas é acometida pela HAMTSP Critérios para diagnóstico Terapias Mielopatia Corticoides Fisioterapia Antirretrovirais IFN β ɑ Prevenção Triagem de sangue Testagem no prénatal Sexo seguro Educação em saúde