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Resenha crítica do livro Cartas para o Bem Viver a carta da Página 25 De Gersen Baniwa para as pessoas que sonham um outro Brasil 4 páginas mediante os parâmetros exigidos no ensaio reflexivo 2056 ENSAIO REFLEXIVO ORIENTAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE 1 O QUE É UM ENSAIO ACADÊMICO Um ensaio acadêmico é um gênero textual que tem como objetivo discutir determinado tema Ele consiste na exposição das ideias e pontos de vista do autor sobre determinado tema com base em pesquisa referencial ou seja o que outras pessoas também dizem sobre aquilo e conclusão Buscase originalidade no enfoque sem contudo explorar o tema de forma exaustiva 2 COMO ESCREVER UM ENSAIO ACADÊMICO Em um ensaio acadêmico uma tese ideia principal é defendida pelo autor portanto é preciso expressar claramente qual é essa tese O leitor de um ensaio acadêmico espera ser informado corretamente sobre o tema a ser tratado e como o mesmo será trabalhado A tese a ser defendida isto é a ideia relacionada ao tema a ser tratado já aparece de forma sucinta no título e posteriormente é apresentada com mais detalhes na Introdução O tema deve capturar a atenção do leitor Um bom tema pode ter uma ou mais das seguintes características ser controvertido pouco usual ou ter alto grau de relevância para o leitor contraporse ao senso comum ou outras características relevantes A introdução de um ensaio acadêmico deve apresentar a ideia a ser explorada e trabalhada sugere a linha de argumentação a ser adotada e esboça a organização do restante do texto Os leitores de seu ensaio acadêmico esperam que você se posicione claramente em relação ao tema proposto e defenda o seu ponto de vista com argumentos e evidências sólidas Para tal você pode realizar previamente uma pesquisa bibliográfica sobre o tema escolhido sobre a área em que se insere o tema bem como sobre áreas correlatas Não relate apenas aquilo em que você acredita ou o que aprendeu nas suas investigações mas mostre evidências convincentes para fundamentar seus pontos de vista e convencer seus leitores Dedique cada parágrafo a apenas uma questão isto é cada parágrafo deve servir a apenas um propósito expressando as etapas de seu raciocínio Não se esqueça de criar elos por meio de recursos coesivos entre parágrafos para promover transições suaves entre questões apresentadas de forma sucessiva coesão Normalmente a transição de um parágrafo para outro é feita na primeira sentença do parágrafo que se sucede com destaque para a forma de relação dos dois parágrafos entre si Algumas expressões que sugerem uma transição são mesmo assim em contraposição todavia embora e ademais entre outras que se constituem em recursos coesivos Redija com cuidado as suas conclusões e dedique especial atenção à última frase local ideal para retomar e reforçar a mensagem principal do seu texto Depois de concluída a primeira versão revise cuidadosamente o seu texto 3 ESTRUTURA E FORMATAÇÃO DO ENSAIO ACADÊMICO 31Estrutura do Ensaio O ensaio deve conter uma estrutura típica que engloba título nome do autor introdução fundamentação e conclusão Na introdução dáse uma pincelada básica sobre o tema na fundamentação expõemse os argumentos e contraargumentos e na conclusão colocase o ponto principal abordado no ensaio de um modo que revele a sua opinião sobre o assunto O planejamento após a escolha do tema é primordial O momento agora é de buscar referências para que se possa a partir de leituras sobre o tema entender quais os principais questionamentos levantados até então Depois disso a pessoa já estará apta a falar com uma maior autoridade sobre o assunto podendo inclusive opinar a respeito Após as leituras sugerese fazer fichamentos apontamentos prévios sobre como proceder no ensaio Nesse momento já se tem um esboço do que vai ser escrito e o ensaio começa então a criar forma mesmo que de rascunho Caso necessite realizar citações ao longo de seu texto de outros textos consultados é importante seguir as normas da ABNT Além disso as citações e as bibliografias utilizadas devem ser citadas ao término do ensaio nas referências bibliográficas Elas são importantes para justificar as fontes de pesquisa que te auxiliaram na elaboração ensaística 32 Sobre a formatação do texto O texto deve ser produzido em página de formato A4 de 3 a 5 pág em uma única coluna com margens de 35 cm superior 25 cm inferior e 3 cm laterais A fonte deve ser Times ou Arial de corpo 12 O espaçamento entre as linhas deve ser de 15 O trabalho pode ter seçõessubtítulos Os título e subtítulos devem vir em negrito em fonte Times de corpo 13 e devem trazer apenas a primeira inicial em letra maiúscula O Título do ensaio deve ser em fonte Times de corpo 13 negrito com o nome do autor abaixo em fonte Times de corpo 12 4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Os critérios de avaliação dos ensaios serão 1 Coesão e coerência Referese à ligação harmoniosa entre os parágrafos e fluidez do texto Além disso esperase uma lógica interna isto é o assunto abordado tem que tem que se manter como fio condutor sem divagações para temas não pertinentes facilitando assim sua compreensão pelo leitor 2 Correção da linguagem Utilização das normas cultas e a fidelidade à disciplina gramatical 3 Argumentação capacidade de relacionar fatos teses estudos opiniões problemas e possíveis soluções a fim de embasar determinado pensamento ou ideia 4 Relação entre a tese central e a argumentação Os argumentos apresentados na fundamentação devem se relacionar com a tese central apresentada na introdução 5 Atendimento às normas de estrutura e formatação Seguir as orientações contidas no item 3 Texto adaptado Fontehttpsedisciplinasuspbrpluginfilephp2263296modresourcecontent1Orie ntaC3A7C3B5es20para20o20Ensaio20AcadC3AAmico20IEB pdf Relatório do Software Antiplágio CopySpider Para mais detalhes sobre o CopySpider acesse httpscopyspidercombr Instruções Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo de entrada com um documento encontrado na internet para Busca em arquivos da internet ou do arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador para Pesquisa em arquivos locais A quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo comparados Quanto maior a quantidade de termos comuns maior a similaridade entre os arquivos É importante destacar que o limite de 3 representa uma estatística de semelhança e não um índice de plágio Por exemplo documentos que citam de forma direta transcrição outros documentos podem ter uma similaridade maior do que 3 e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio Há sempre a necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências bibliográficas Para cada par de arquivos apresentase uma comparação dos termos semelhantes os quais aparecem em vermelho Veja também Analisando o resultado do CopySpider Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio CopySpider httpscopyspidercombr Page 1 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Versão do CopySpider 211 Relatório gerado por darliannelm18gmailcom Modo web quick Arquivos Termos comuns Similaridade MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpswwwacademiaedu43898926PosfC3A1ciodolivro BemvivereviverbemsegundoopovoBaniwanonoro esteamazC3B4nicobrasileirodeAndrC3A9Fernan doBaniwa 25 113 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpswwweditoraufprbrproduto397bemvivereviverbem segundoopovobaniwanonoroesteamazonicobrasileiro 14 091 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpsperiodicosufpabrindexphpamazonicaarticleview168 240 11 034 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpwwwieauspbrpessoaspastapessoaaandrefernando baniwa 4 027 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpspibsocioambientalorgptPovoBaniwa 25 023 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpswwwuolcombrecoareportagensespeciaisotrabalho quefizemosnaeducacaotrouxemaisrespeitosobrenos andrebaniwa 8 021 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpssoestudosbiblicoscombrsetepassosparareconstruir umacelula 2 008 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpswwwlogogenioptbloguedecorandoseulogocom detalheselegantes 0 000 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpsissuucommarcelooreillydocsbf2003 0 000 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpsissuucommarcelooreillydocsbf2004 0 000 CopySpider httpscopyspidercombr Page 2 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpswwwacademiaedu43898926PosfC3A1ciodolivroBemvivereviverbemsegundoopo voBaniwanonoroesteamazC3B4nicobrasileirodeAndrC3A9FernandoBaniwa 1058 termos Termos comuns 25 Similaridade 113 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwacademiaedu43898926PosfC3A1ciodolivroBemvivereviverbemsegundoopo voBaniwanonoroesteamazC3B4nicobrasileirodeAndrC3A9FernandoBaniwa 1058 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a CopySpider httpscopyspidercombr Page 3 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a CopySpider httpscopyspidercombr Page 4 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 5 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpswwweditoraufprbrproduto397bemvivereviverbemsegundoopovobaniwano noroesteamazonicobrasileiro 381 termos Termos comuns 14 Similaridade 091 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwweditoraufprbrproduto397bemvivereviverbemsegundoopovobaniwanonoroeste amazonicobrasileiro 381 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma CopySpider httpscopyspidercombr Page 6 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos CopySpider httpscopyspidercombr Page 7 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 8 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpsperiodicosufpabrindexphpamazonicaarticleview168240 2075 termos Termos comuns 11 Similaridade 034 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpsperiodicosufpabrindexphpamazonicaarticleview168240 2075 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do CopySpider httpscopyspidercombr Page 9 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer CopySpider httpscopyspidercombr Page 10 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 11 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpwwwieauspbrpessoaspastapessoaaandrefernandobaniwa 289 termos Termos comuns 4 Similaridade 027 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpwwwieauspbrpessoaspasta pessoaaandrefernandobaniwa 289 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do CopySpider httpscopyspidercombr Page 12 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer CopySpider httpscopyspidercombr Page 13 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 14 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpspibsocioambientalorgptPovoBaniwa 9609 termos Termos comuns 25 Similaridade 023 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpspibsocioambientalorgptPovoBaniwa 9609 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do CopySpider httpscopyspidercombr Page 15 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer CopySpider httpscopyspidercombr Page 16 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 17 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpswwwuolcombrecoareportagensespeciaisotrabalhoquefizemosnaeducacao trouxemaisrespeitosobrenosandrebaniwa 2536 termos Termos comuns 8 Similaridade 021 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwuolcombrecoareportagens especiaisotrabalhoquefizemosnaeducacaotrouxemaisrespeitosobrenosandrebaniwa 2536 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma CopySpider httpscopyspidercombr Page 18 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos CopySpider httpscopyspidercombr Page 19 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 20 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpssoestudosbiblicoscombrsetepassosparareconstruirumacelula 1191 termos Termos comuns 2 Similaridade 008 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpssoestudosbiblicoscombrsete passosparareconstruirumacelula 1191 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do CopySpider httpscopyspidercombr Page 21 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer CopySpider httpscopyspidercombr Page 22 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 23 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpswwwlogogenioptbloguedecorandoseulogocomdetalheselegantes 1000 termos Termos comuns 0 Similaridade 000 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwlogogenioptbloguedecorandoseulogocomdetalheselegantes 1000 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do CopySpider httpscopyspidercombr Page 24 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer CopySpider httpscopyspidercombr Page 25 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 26 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpsissuucommarcelooreillydocsbf2003 311 termos Termos comuns 0 Similaridade 000 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpsissuucommarcelooreillydocsbf 2003 311 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do 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autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer 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construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 29 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpsissuucommarcelooreillydocsbf2004 306 termos Termos comuns 0 Similaridade 000 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpsissuucommarcelooreillydocsbf 2004 306 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do CopySpider httpscopyspidercombr Page 30 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer CopySpider httpscopyspidercombr Page 31 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 32 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 CARTAS PARA O BEM VIVER Autor 1 INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendêla agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras 3 CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa 2014

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Resenha crítica do livro Cartas para o Bem Viver a carta da Página 25 De Gersen Baniwa para as pessoas que sonham um outro Brasil 4 páginas mediante os parâmetros exigidos no ensaio reflexivo 2056 ENSAIO REFLEXIVO ORIENTAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE 1 O QUE É UM ENSAIO ACADÊMICO Um ensaio acadêmico é um gênero textual que tem como objetivo discutir determinado tema Ele consiste na exposição das ideias e pontos de vista do autor sobre determinado tema com base em pesquisa referencial ou seja o que outras pessoas também dizem sobre aquilo e conclusão Buscase originalidade no enfoque sem contudo explorar o tema de forma exaustiva 2 COMO ESCREVER UM ENSAIO ACADÊMICO Em um ensaio acadêmico uma tese ideia principal é defendida pelo autor portanto é preciso expressar claramente qual é essa tese O leitor de um ensaio acadêmico espera ser informado corretamente sobre o tema a ser tratado e como o mesmo será trabalhado A tese a ser defendida isto é a ideia relacionada ao tema a ser tratado já aparece de forma sucinta no título e posteriormente é apresentada com mais detalhes na Introdução O tema deve capturar a atenção do leitor Um bom tema pode ter uma ou mais das seguintes características ser controvertido pouco usual ou ter alto grau de relevância para o leitor contraporse ao senso comum ou outras características relevantes A introdução de um ensaio acadêmico deve apresentar a ideia a ser explorada e trabalhada sugere a linha de argumentação a ser adotada e esboça a organização do restante do texto Os leitores de seu ensaio acadêmico esperam que você se posicione claramente em relação ao tema proposto e defenda o seu ponto de vista com argumentos e evidências sólidas Para tal você pode realizar previamente uma pesquisa bibliográfica sobre o tema escolhido sobre a área em que se insere o tema bem como sobre áreas correlatas Não relate apenas aquilo em que você acredita ou o que aprendeu nas suas investigações mas mostre evidências convincentes para fundamentar seus pontos de vista e convencer seus leitores Dedique cada parágrafo a apenas uma questão isto é cada parágrafo deve servir a apenas um propósito expressando as etapas de seu raciocínio Não se esqueça de criar elos por meio de recursos coesivos entre parágrafos para promover transições suaves entre questões apresentadas de forma sucessiva coesão Normalmente a transição de um parágrafo para outro é feita na primeira sentença do parágrafo que se sucede com destaque para a forma de relação dos dois parágrafos entre si Algumas expressões que sugerem uma transição são mesmo assim em contraposição todavia embora e ademais entre outras que se constituem em recursos coesivos Redija com cuidado as suas conclusões e dedique especial atenção à última frase local ideal para retomar e reforçar a mensagem principal do seu texto Depois de concluída a primeira versão revise cuidadosamente o seu texto 3 ESTRUTURA E FORMATAÇÃO DO ENSAIO ACADÊMICO 31Estrutura do Ensaio O ensaio deve conter uma estrutura típica que engloba título nome do autor introdução fundamentação e conclusão Na introdução dáse uma pincelada básica sobre o tema na fundamentação expõemse os argumentos e contraargumentos e na conclusão colocase o ponto principal abordado no ensaio de um modo que revele a sua opinião sobre o assunto O planejamento após a escolha do tema é primordial O momento agora é de buscar referências para que se possa a partir de leituras sobre o tema entender quais os principais questionamentos levantados até então Depois disso a pessoa já estará apta a falar com uma maior autoridade sobre o assunto podendo inclusive opinar a respeito Após as leituras sugerese fazer fichamentos apontamentos prévios sobre como proceder no ensaio Nesse momento já se tem um esboço do que vai ser escrito e o ensaio começa então a criar forma mesmo que de rascunho Caso necessite realizar citações ao longo de seu texto de outros textos consultados é importante seguir as normas da ABNT Além disso as citações e as bibliografias utilizadas devem ser citadas ao término do ensaio nas referências bibliográficas Elas são importantes para justificar as fontes de pesquisa que te auxiliaram na elaboração ensaística 32 Sobre a formatação do texto O texto deve ser produzido em página de formato A4 de 3 a 5 pág em uma única coluna com margens de 35 cm superior 25 cm inferior e 3 cm laterais A fonte deve ser Times ou Arial de corpo 12 O espaçamento entre as linhas deve ser de 15 O trabalho pode ter seçõessubtítulos Os título e subtítulos devem vir em negrito em fonte Times de corpo 13 e devem trazer apenas a primeira inicial em letra maiúscula O Título do ensaio deve ser em fonte Times de corpo 13 negrito com o nome do autor abaixo em fonte Times de corpo 12 4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Os critérios de avaliação dos ensaios serão 1 Coesão e coerência Referese à ligação harmoniosa entre os parágrafos e fluidez do texto Além disso esperase uma lógica interna isto é o assunto abordado tem que tem que se manter como fio condutor sem divagações para temas não pertinentes facilitando assim sua compreensão pelo leitor 2 Correção da linguagem Utilização das normas cultas e a fidelidade à disciplina gramatical 3 Argumentação capacidade de relacionar fatos teses estudos opiniões problemas e possíveis soluções a fim de embasar determinado pensamento ou ideia 4 Relação entre a tese central e a argumentação Os argumentos apresentados na fundamentação devem se relacionar com a tese central apresentada na introdução 5 Atendimento às normas de estrutura e formatação Seguir as orientações contidas no item 3 Texto adaptado Fontehttpsedisciplinasuspbrpluginfilephp2263296modresourcecontent1Orie ntaC3A7C3B5es20para20o20Ensaio20AcadC3AAmico20IEB pdf Relatório do Software Antiplágio CopySpider Para mais detalhes sobre o CopySpider acesse httpscopyspidercombr Instruções Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo de entrada com um documento encontrado na internet para Busca em arquivos da internet ou do arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador para Pesquisa em arquivos locais A quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo comparados Quanto maior a quantidade de termos comuns maior a similaridade entre os arquivos É importante destacar que o limite de 3 representa uma estatística de semelhança e não um índice de plágio Por exemplo documentos que citam de forma direta transcrição outros documentos podem ter uma similaridade maior do que 3 e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio Há sempre a necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências bibliográficas Para cada par de arquivos apresentase uma comparação dos termos semelhantes os quais aparecem em vermelho Veja também Analisando o resultado do CopySpider Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio CopySpider httpscopyspidercombr Page 1 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Versão do CopySpider 211 Relatório gerado por darliannelm18gmailcom Modo web quick Arquivos Termos comuns Similaridade MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpswwwacademiaedu43898926PosfC3A1ciodolivro BemvivereviverbemsegundoopovoBaniwanonoro esteamazC3B4nicobrasileirodeAndrC3A9Fernan doBaniwa 25 113 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpswwweditoraufprbrproduto397bemvivereviverbem segundoopovobaniwanonoroesteamazonicobrasileiro 14 091 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpsperiodicosufpabrindexphpamazonicaarticleview168 240 11 034 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpwwwieauspbrpessoaspastapessoaaandrefernando baniwa 4 027 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpspibsocioambientalorgptPovoBaniwa 25 023 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpswwwuolcombrecoareportagensespeciaisotrabalho quefizemosnaeducacaotrouxemaisrespeitosobrenos andrebaniwa 8 021 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpssoestudosbiblicoscombrsetepassosparareconstruir umacelula 2 008 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpswwwlogogenioptbloguedecorandoseulogocom detalheselegantes 0 000 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpsissuucommarcelooreillydocsbf2003 0 000 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx X httpsissuucommarcelooreillydocsbf2004 0 000 CopySpider httpscopyspidercombr Page 2 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpswwwacademiaedu43898926PosfC3A1ciodolivroBemvivereviverbemsegundoopo voBaniwanonoroesteamazC3B4nicobrasileirodeAndrC3A9FernandoBaniwa 1058 termos Termos comuns 25 Similaridade 113 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwacademiaedu43898926PosfC3A1ciodolivroBemvivereviverbemsegundoopo voBaniwanonoroesteamazC3B4nicobrasileirodeAndrC3A9FernandoBaniwa 1058 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a CopySpider httpscopyspidercombr Page 3 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a CopySpider httpscopyspidercombr Page 4 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 5 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpswwweditoraufprbrproduto397bemvivereviverbemsegundoopovobaniwano noroesteamazonicobrasileiro 381 termos Termos comuns 14 Similaridade 091 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwweditoraufprbrproduto397bemvivereviverbemsegundoopovobaniwanonoroeste amazonicobrasileiro 381 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma CopySpider httpscopyspidercombr Page 6 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos CopySpider httpscopyspidercombr Page 7 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 8 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpsperiodicosufpabrindexphpamazonicaarticleview168240 2075 termos Termos comuns 11 Similaridade 034 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpsperiodicosufpabrindexphpamazonicaarticleview168240 2075 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do CopySpider httpscopyspidercombr Page 9 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer CopySpider httpscopyspidercombr Page 10 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 11 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpwwwieauspbrpessoaspastapessoaaandrefernandobaniwa 289 termos Termos comuns 4 Similaridade 027 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpwwwieauspbrpessoaspasta pessoaaandrefernandobaniwa 289 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do CopySpider httpscopyspidercombr Page 12 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer CopySpider httpscopyspidercombr Page 13 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 14 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpspibsocioambientalorgptPovoBaniwa 9609 termos Termos comuns 25 Similaridade 023 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpspibsocioambientalorgptPovoBaniwa 9609 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do CopySpider httpscopyspidercombr Page 15 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer CopySpider httpscopyspidercombr Page 16 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 17 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpswwwuolcombrecoareportagensespeciaisotrabalhoquefizemosnaeducacao trouxemaisrespeitosobrenosandrebaniwa 2536 termos Termos comuns 8 Similaridade 021 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwuolcombrecoareportagens especiaisotrabalhoquefizemosnaeducacaotrouxemaisrespeitosobrenosandrebaniwa 2536 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma CopySpider httpscopyspidercombr Page 18 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154055 profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos CopySpider httpscopyspidercombr Page 19 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 20 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpssoestudosbiblicoscombrsetepassosparareconstruirumacelula 1191 termos Termos comuns 2 Similaridade 008 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpssoestudosbiblicoscombrsete passosparareconstruirumacelula 1191 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do CopySpider httpscopyspidercombr Page 21 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer CopySpider httpscopyspidercombr Page 22 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 23 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpswwwlogogenioptbloguedecorandoseulogocomdetalheselegantes 1000 termos Termos comuns 0 Similaridade 000 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwlogogenioptbloguedecorandoseulogocomdetalheselegantes 1000 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do CopySpider httpscopyspidercombr Page 24 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer CopySpider httpscopyspidercombr Page 25 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 26 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpsissuucommarcelooreillydocsbf2003 311 termos Termos comuns 0 Similaridade 000 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpsissuucommarcelooreillydocsbf 2003 311 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do CopySpider httpscopyspidercombr Page 27 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer 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construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 29 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Arquivo 1 MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Arquivo 2 httpsissuucommarcelooreillydocsbf2004 306 termos Termos comuns 0 Similaridade 000 O texto abaixo é o conteúdo do documento MeuGuru ID OfuLdAEnFdocx 1169 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpsissuucommarcelooreillydocsbf 2004 306 termos CARTAS PARA O BEM VIVER Autor INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendê la agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do CopySpider httpscopyspidercombr Page 30 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer CopySpider httpscopyspidercombr Page 31 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa CopySpider httpscopyspidercombr Page 32 of 32 Relatório gerado por CopySpider Software 20220728 154056 CARTAS PARA O BEM VIVER Autor 1 INTRODUÇÃO Após enfrentar uma epidemia indefensável Baniwa foi invadido deslocado e escravizado por colonos em solo brasileiro Portanto a frase tem um significado local especial Mas faz muito mais do que isso Se aplicada à história da maioria dos povos indígenas no Brasil os não indígenas podem pelo menos entendêla agora Enquanto a identificação unilateral com a história aborígene é tão duvidosa que alguns de nós diriam inexistente ou impossível eu me pergunto quem é hoje em 2022 em meio a uma pandemia capaz de viver sem grandes problemas sem as pessoas ou restrições que mantêm essa desconexão O sentido desta frase incontornável se estende e se multiplica embora mantenha seu ponto de inflexão Sobre as formas que as estruturas não indígenas invenção e reinvenção assumem para destruir a vida humana e não humana o livro de André Baniwa lança luz sobre a expressão compreensão e cuidado da vida no plural em um mundo e o altamente resiliente modo de vida está profundamente ameaçado 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A destruição e reconstrução parcial do próprio modo de vida do Baniwa marca a obra de André Fernando Baniwa que foi publicada em segunda edição pela mesma editora Seu objeto é o conceito de viver bem e viver bem passou por uma série de tratamentos ao longo do livro e a ideia principal da obra é gerar uma compreensão de viver bem e viver bem que todos possam acessar BANIWA 2019 Viver bem é para os Baniwa o resultado de toda boa ação feita todos os dias Além disso são também os objetivos de sua organização social estão constantemente preocupados com suas vidas e realizam ações concretas para isso como comícios e reuniões comunitárias São sistemas vivos no sentido mais amplo incluindo experiência conhecimento e organização social reivindicações de direitos e escolarização em busca da reconstrução do bem viver Entre as profundas diferenças ontológicas expressas no pensamento do autor e nossa familiaridade com a obra precisamos considerar sua natureza e especificidade em conjunto com perspicácia histórica conhecimento milenar e pragmatismo político O poder de sua escrita como eu a entendo reside na resiliência habilidade experiência e sabedoria estratégica de um grande líder indígena bem como uma profunda compreensão dos fundamentos de seu mundo O autor e sua história estão no cerne do documentário de Stella Oswaldo Cruz Penido Baniwa Uma História das Plantas e da Cura e do TEDxAmazônia de novembro de 2010 episódio de André Baniwa sobre Economia Indígena O cotidiano o trabalho de campo a pesca e a caça e as refeições em grupo acontecem todos os dias e mesmo aos olhos desconhecidos não há como fugir da impecabilidade dos Baniwa para tais atividades Prof Baniwa tem demonstrado uma profunda perspicácia conceitual e catalogadora para a bibliografia que realiza trabalhos de pesquisa com seu povo e isso não inclui pesquisadores Baniwa significativos que produziram e produzirão artigos e tratados sobre seus conhecimentos ancestrais LUCIANO 2007 FONTES 2019 É essa inserção esse sentido profundo do cotidiano da comunidade Baniwa que o livro vai girando ele recolhe com astúcia o cotidiano e traça um esboço de sua coerência A obra tem introdução do autor dez capítulos curtos um importante posfácio dos organizadores João Vianna e Aline Iubel e uma biografia final do autor Este livro nos ensina por exemplo como diferenciar e forjar alianças simultaneamente fornecendo uma imagem muito refinada e sutil da composição e das diferenças inesgotáveis entre mundos que ainda coexistem porque constantemente construir De fato é essa convivência que fornece a matriz para todas as reflexões deste livro desde a origem do termo boa vida na sociocosmologia de outros povos latinoamericanos até a relação entre parceiros não indígenas e não indígenas O autor delineia a luta do Baniwa pela escolarização mostrando como o Baniwa tomou as decisões políticas da escolarização reagindo positivamente após o contato com homens brancos pelos quais trabalharam para reconstruir seu bemestar Diante dos desafios atuais tanto pelo engajamento com o mundo nãoindígena quanto pelo status transfronteiriço dos povos Baniwa e Koripako destacase a importância da interculturalidade para a comunidade Baniwa Este capítulo propõe uma série de ações coletivas para o futuro das quais destaco a criação das Universidades Baniwa e Koripako e a busca de parcerias entre escolas organizações indígenas e universidades As lutas e conquistas históricas do povo Baniwa e Koripako começaram de novo exigindo um crescimento contínuo não apenas em população mas como povo incluindo novas tradições e sistemas de vida Uma mente coletiva guiada pela vida e seu crescimento e aberta à mudança Acima sugeri que este livro imitasse o diálogo intercomunitário pois é voltado principalmente para as comunidades Baniwa e Koripako No entanto um leitor não nativo não é menos favorecido se puder cultivar um lugar de atenção e escuta Certamente não receitas ou modelos para replicar mas visões imagens ou conversas que podem se tornar diferentes Logo fica claro que a mente de Andrei Baniwa não se deixa enganar por nenhuma imagem de unidade que crie contradições dissolva divisões e extermine inimigos Com isso não se deixa influenciar por uma escolha infernal entre coletivismo e individualismo que marca boa parte da análise etnográfica É como se não pudéssemos mais nos esconder da capacidade de alguns líderes e intelectuais indígenas de suspender a dualidade dessas ideias não indígenas altamente improváveis mas esclarecedoras 3 CONCLUSÃO O fato de o livro aqui resenhado não ter sido escrito no contexto da Academia Brasileira fala menos de sua relevância reflexiva e mais de seu papel como um local dito exclusivo de produção de conhecimento necessária instabilidade O livro em si é um documento tão precário e ao mesmo tempo não nega a legitimidade das universidades e da produção científica Como documento demonstra a necessidade de antropólogos e antropólogos não indígenas serem capazes de se adaptar às consequências da mudança de objetivação críticas aos conceitos indígenas e as diversas antropologias reversas de nossos contemporâneos que não apenas modernizam metaforicamente a civilização industrial Para Andrei Baniwa a capacidade de continuar remete ao passado e à função de não esquecer Conhecemos a origem da humanidade conhecemos sua complexidade conhecemos o futuro do planeta que somos nós mesmos Em formulações que generalizam passado presente e futuro e os embaralham explicitamente do livro de Baniwa temos a impressão de que ouvimos mais ecos de lugares distantes do que ecos de um futuro próximo ou de qualquer futuro possível menos Com cuidado e coragem Andrei Baniwa nos proporciona uma maneira de sobreviver no futuro É necessário portanto reconhecer a importância profunda e fundamental dos povos indígenas e os caminhos de qualquer futuro que possamos reivindicar incluindo a antropologia Isso também equivale a dar conta do passado REFERÊNCIA Baniwa André Fernando Vianna João Jackson Bezerra Iubel Aline Fonseca Orgs Bem viver e viver bem segundo o povo Baniwa no noroeste amazônico brasileiro Curitiba Ed UFPR 64 p 2019 Fontes Francinéia B Hiipana eeno hiepolekoa construindo um pensamento antropológico a partir das mitologias baniwa e de suas transformações Dissertação de Mestrado PPGAS Museu Nacional UFRJ 2019 Luciano Gersem Educação para manejo do mundo entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro Rio de Janeiro Contracapa 2014

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