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História Econômica
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Posição Brenner\n- Ponto chave na questão da forma de extração do excedente. Nesse caso os conflitos \n das resultantes é que a dinâmica do processo econômico e social. Confronto com a \n questão \"demográfica\". Inversão da causalidade. \n Ascensão do chamado \"capitalismo agrário\" na Inglaterra. Assim, em largos traços, a \n transição ao entender Brenner é efetiva com surgimento de relações capitalistas \n no campo como consequência do êxito de um duplo processo prévio de \n desenvolvimento de conflitos de classes: a destruição do servidão e o fracasso por parte \n dos camponeses em conseguir a propriedade plena da terra. \n As relações de propriedade ou de extração do excedente, uma vez estabelecidas, \n tenderam a impor possibilidades limites estritos, variados modelos de longa \n duração do desenvolvimento econômico de uma sociedade. Baixo Dinamismo Feudal\n- Crises Demográficas: \n Não são eventos neutros resultantes da dotação de fatores e da técnica de produção \n corrente mas da natureza da ordem sócio-econômica. \n - (i)... a incapacidade da economia agrária de base servil em introduzir inovações e \n melhorias na agricultura, inclusive frente a incentivos de mercado, compreensível \n levando dois fatores interrelacionados: primeiro, a forte extração do excedente por \n parte do senhor e segundo, onde as barreiras que reavam o acesso ao poder na \n terra, por que suas faziam parte da relação servil de extração do excedente. \n a extração do excedente por parte de nobreza não só privava o servo da parcela de \n produto que excedia suas necessidades, como também impedia que ele acumulasse \n reservas que garantissem a reprodução de suas posses, bom que acentuava as \n desigualdades e o declínio a longo prazo da produtividade dosolo proporcionava. Ciclos Populacionais e Sistema Sócio-Econômico\n- Os ciclos populacionais não tem um caráter determinístico: acabaram tendo impacto \n distinto sobre os lutas de classes que nesse modelo são diversos distintos \n economicos. Caso do declínio populacional nos séculos XIV e XV com resultados distintos \n na Inglaterra e Europa oriental: \n Luta de classe não está determinada a priori: um ciclo populacional adverso pode dar \n maior ou menor exploração dependendo da força relativa dos camponeses. \n - Europa Ocidental - Maior poder de \"burgania\" para os camponeses lutarem pelo fim da \n servidão. \n - Europa Oriental - aumento da exploração dos camponeses e diminuição da mobilidade \n entre feudos. \n Diferença do orden institutional interferindo no resultado dos conflitos de classe. \n Particularmente em relação às comunidades camponesas na Europa Ocidental observa- \n se uma forte relativa na organização da produção nessa região, solidariedade entre \n camponeses, com reflexos em instâncias políticas como influenciar cargos executivos. facilidade; dando origem a uma organização feudal da produção voltada para o mercado de grãos europeu, fomentada pela demanda criada na Europa Ocidental. O resultado destes desdobramentos foi a consolidação definitiva da pobreza e da variante oriental do absolutismo.\n\nCaso Inglês\n\nO sistema descentralizado deu mais poder e flexibilidade aos senhores locais: Em segundo, o leque de opções da nobreza foi consideravelmente ampliado. No mesmo feudo, o senhor podia estabelecer, simultaneamente, relações de produção totalmente diferentes. Tornou-se possível, por exemplo, organizar a extração de produção baseada na trabalho assalariado e, ao mesmo tempo, recuperar a extração coercitiva de cultivo produzido no manso-servil. A possibilidade de conquistas de novos trabalhos foi desta proporção a estes senhores uma capacidade igualável de adaptação às crises econômicas.\n\nEntre os senhores livres havia dois tipos:\na) camponeses livres sem terra ou com lotes muito reduzidos, que tenderam a oferecer seus trabalhos por pagamentos em dinheiro (uma espécie de proto-proletariado); b) os camponeses prósperos, que tenderam a expandir as suas terras e adotar o trabalho assalariado (a yeomanry e o caso mais característico) c) Não livres, viles na Inglaterra\n\nRegime visível nos séculos XII mas que atinge seu limite na crise do século XIX. Com a redução populacional os senhores buscaram super-explorar os trabalhadores naturais livres ou que causou revoltas camponesas e fugas para feudos livres (disputas intra-classe).\n\nApesar de fim do sistema servil os donos da terra conseguiram manter sua capacidade de cobrar dos arrendatários rendas reajustáveis sobre a possibilidade de trabalhar a terra. Assim, a luta entre o campesinato e a nobreza proporcionou transformações substanciais na economia agrária da Inglaterra: o esfacelamento da coação sobre a mobilidade dos servos consistiu em um importante passo no processo de formação de trabalhadores livres, e a fixação da renda como instituição numa taxa anual favoreceu os camponeses prósperos, especialmente os livre-tenentes, que aumentaram o seu poder de acumulação. Por outro lado, os grandes senhores feudais garantiram o predomínio de suas terras, apesar do colapso demográfico do século XIV. Os arrendatários lutaram para obter o controle da terra mas não conseguiram.\n\nImpedidos de reimplantar os mecanismos tradicionais de extração de rendimentos arrendatários (e rendas fixas anuais), os Lordes desviaram seu foco em uma nova saída para contornar a crise financeira, a melhor opção, ao menos, era o arrendamento de suas terras para os grandes arrendatários. A aliança dos grandes senhores feudais com os arrendatários capitalistas em conexão com o fim das exigências arbitrárias e da coação sobre a mobilidade da mão de obra formaram as bases agrárias para um desenvolvimento econômico mais dinâmico: pela primeira vez surgiram as possibilidades materiais que tornaram possíveis as inversões produtivas de capital na agricultura, aumentando assim a produtividade do trabalho, de modo que estas bases agrárias potencializadas se tornaram um sólido suporte que garantiu o aumento da população e o desenvolvimento das relações econômicas urbanas.\n\n(...) Em consequência, o que teve um importante significado para o desenvolvimento econômico inglês foi a relativa utilização do_excente_ agrário gerado pela mesma natureza das relações de classes agrárias, e em especial a transformação da relação antagônica tradicional, onde a pressão senhorial minava a iniciativa camponesa, por uma nova (simbolizada) senhor/arrendatário que introduzia uma cooperação mútua tanto em investimentos como em melhorias. crescimento da escala produtiva) pelo reinvestimento do excedente e inovação.\nParticularidade britânica: alta produtividade rural, forte urbanização, demanda por produtos básicos, oferta elástica.\nTransição da Revolução Agrícola para Industrial\nAs vantagens em termos de produtividade agrícola fazem a Inglaterra passar inclui por um ciclo populacional no século XVII chegando no século XVIII em enorme vantagem produtiva e populacional frente aos competidores Europeus.\nA hipótese de Brenner é endógena, ou seja, ou formação do mercado interno via aumento do poder de compra agregado proporcionando pelo crescimento da produtividade agrícola onde não via expansão das exportações de tecidos\n\"(...) Embora talvez a expansão contínua da indústria inglesa eu estava em princípio pela exportação de tecidos, de fato fundamental- se em um mercado nacional em expansão, o qual por sua vez estava enraizado na constante transformação da produção agrícola, o contrário, as limitações de mercado nacional - debilitado por uma queda da produtividade agrícola - foi o que fundamentou a profunda queda da produção mantida na França, a Alemanha Oriental e o leste da Europa.\nEstratégias executivas foi refraçar em períodos de crises posicionais sistêmicas, como as ocorreram no período\nLogo não indo de tumultuado século XVII, a marina holandesa dominava o setor de transportes comerciais europeus, bem como detinha uma importante indústria têxtil localizada em Leide.\nO sucesso comercial obtido pela marinha mercante induz o desenvolvimento de várias indústrias voltadas a exportações (carvão, lã, laticínios, etc.) e se desencadeia o fenômeno de proteção das atividades agrícolas dependem das empresas.\nAs indústrias têxteis da América, como na Europa oriental para satisfazer a própria demanda.\nPor outro lado, tanto a indústria quanto a marinha mercante holandesa, para poder sobreviver, necessitavam exportar sua produção para as demais nações europeias e para a mercadoria ulmerkatz, já que não possuíam bases próprias capazes de garantir um desenvolvimento endógeno.\nAs facetas da produção agrícola: demanda, oferta de alimentos, excedente. Revolução Burguesa\nLeitura convencional:\nClasses ascendentes (gentry e yeoman) se rebolando contra as classes & acordem dominante prévia (feudal): senhores de terra e seu representante político Coroa. Os senhores de terra estrairam em crise pelo desmonte do sistema feudal e a Coroa, numa tentativa de contornar tal crise, restituí/criou monopólios impondo tarifas e restrições a burguesia. A Revolução Burguesa do século XVII seria uma resposta a isso.\nProblemas com essa interpretação:\nDo ponto de vista de Brenner: Incoerente com a sua análise geral, na qual os grandes senhores de terra deixam de depender exclusivamente do poder de coerção para obter sua parcela do excedente e participar do surgimento do capitalismo rural recebendo rendas dos novos empresários rurais (yeoman)\nOrigem da Revolução Burguesa\nPara poder negar definitivamente a existência de qualquer base social por detrás conflitos do século XVII foi necessário desenvolver uma interpretação alternativa: neste século, as unidades políticas efetivas compunham uma miríade de contextos atomizados tais como comunidades paroquiais, facções da Corte e grupos com interesses econômicos específicos.\nAssim, o fluxo e o refluxo dos eventos políticos eram o resultado de uma luta desorganizada travada por unidades de escopo regional, que visavam assegurar seus interesses privados imediatos e concretizar suas ambições.\nUm universo político desta natureza, os conflitos devem ser explicados nos termos de fatores de curto prazo, como decoração de conjunturas específicas.\nTodas as alianças políticas posteriormente expressavam isto: eram concretizadas por combinações temporárias de interesses, tendendo a dissipar-se na mesma velocidade com que se formavam.\n(p. 132) Aspectos internos e geopolíticos\nOs proprietários logo perceberam que a expansão e o controle do Estado sobre os dispositivos de crescimento - o monopólio do uso legítimo da força - seria a melhor garantia da propriedade privada, levando-os a apoiarem o seu fortalecimento.\nAlém da defesa da propriedade, um Estado poderoso consistiria em uma reforma importante no combate às pretensões do papado e da hierarquia eclesiástica nacional, habilitando-o a exercer uma função geopolítica mais eficaz, contendos as potências católicas e fomentando a economia inglesa.\nO apoio de grande parte da aristocracia fundiária era gerada pela indústria têxtil inglesa, a qual alimentava um vigoroso mercado interno e dominava uma parcela cada vez maior do mercado mundial.(p. 136)\nOs limites do Estado e coroas. Ambíguas e ambivalentes.\n\"A derrota das tendências absolutistas da monarquia- escreve Brenner - a destruição de sua base patrimonial e a consolidação do governo parlamentar permitiram que classes detentoras de terra tomassem o controle da tributação, das finanças e da administração do Estado; preparando o caminho para a construção, no século posterior a 1688, de um Estado centralizado extraordinariamente poderoso, organizado com o propósito mais ou menos explícito de acentuar o poder internacional da \"novos mercadores\". Este grupo, ainda em formação, era composto basicamente por elementos provenientes das camadas intermediárias, como por exemplo os filhos mais novos da pequena nobreza e yeoman prósperos. Apenas uma pequena parte destes homens era originário de Londres ou de alguma família comercial de tradição. Ao dominarem as rotas de tabaco que passavam pela Virgínia e pelas Índias Ocidentais, os novos mercadores contraiam laços familiares, interesses econômicos comuns e Reforçaram sua identidade político-ideológica, o que culminou no estabelecimento de um grupo coeso e firmemente enraizado na economia colonial americana; que logo ampliou a sua esfera de atuação, formando uma liderança que representava seus interesses na City londrina e, também, no Parlamento.
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Baixo Dinamismo Feudal\n- Crises Demográficas: \n Não são eventos neutros resultantes da dotação de fatores e da técnica de produção \n corrente mas da natureza da ordem sócio-econômica. \n - (i)... a incapacidade da economia agrária de base servil em introduzir inovações e \n melhorias na agricultura, inclusive frente a incentivos de mercado, compreensível \n levando dois fatores interrelacionados: primeiro, a forte extração do excedente por \n parte do senhor e segundo, onde as barreiras que reavam o acesso ao poder na \n terra, por que suas faziam parte da relação servil de extração do excedente. \n a extração do excedente por parte de nobreza não só privava o servo da parcela de \n produto que excedia suas necessidades, como também impedia que ele acumulasse \n reservas que garantissem a reprodução de suas posses, bom que acentuava as \n desigualdades e o declínio a longo prazo da produtividade dosolo proporcionava. 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Caso do declínio populacional nos séculos XIV e XV com resultados distintos \n na Inglaterra e Europa oriental: \n Luta de classe não está determinada a priori: um ciclo populacional adverso pode dar \n maior ou menor exploração dependendo da força relativa dos camponeses. \n - Europa Ocidental - Maior poder de \"burgania\" para os camponeses lutarem pelo fim da \n servidão. \n - Europa Oriental - aumento da exploração dos camponeses e diminuição da mobilidade \n entre feudos. \n Diferença do orden institutional interferindo no resultado dos conflitos de classe. \n Particularmente em relação às comunidades camponesas na Europa Ocidental observa- \n se uma forte relativa na organização da produção nessa região, solidariedade entre \n camponeses, com reflexos em instâncias políticas como influenciar cargos executivos. facilidade; dando origem a uma organização feudal da produção voltada para o mercado de grãos europeu, fomentada pela demanda criada na Europa Ocidental. 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