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Geografia ·

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1 Identifique a ordem das apresentações dos municípios do estado do Piauí há elementos que se repetem 2 Descreva as características apresentadas ao longo da publicação 3 Analise as proposições de Paulo César da Costa Gomes sobre o método regional clássico e 4 Compare com a estrutura metodológica disposta no texto 5 Avalie as críticas revisitadas pelos autores à luz dos estudos monográficos de 1939 aQuais as limitações desse tipo de estudo para a produção científica brasileira 5b Qual a importância desse tipo de estudo para o contexto nacional da época Voltar Próxima Limpar formulário Nunca envie senhas pelo Formulários Google Este formulário foi criado em Universidade Federal Fluminense Denunciar abuso Google Formulários CONTADOKÍA C ACRICATO No BIBLIOTECA 918111 17559 ESTADO DO PIAUÍ V BRASIL X V0 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA DEPARTAMENTO BE ESTATÍSTICA E PUBLICIDADE MONOGRAFIAS ESTATISTICODESCRITIVAS MUNICIPAIS 1939 IMPRENSA OFICIAL Tomás Rodríguez Sánchez CORRESPONDENCIA Y DOCUMENTOS TOMO PRIMERO HISTORIA DOMÉSTICA Madrid 1913 6901 P 148 APRESENTAÇÃO Com esta publicação modesta fóra de rasgos de literatura vazada às vezes na dureza de remota história de esquisito estilo na linguagem es tatística simples clara e positiva e secundada pela rigidez dos algarismos o DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA E PUBLICIDADE DO PIAUÍ cum pre o disposto na resolução n 57 de 17 de Julho de 1937 da Assem bléa Geral do Conselho Nacional de Estatística que prevê a elaboração de monografias estatísticodescritivas municipais A deficiência de dados para um trabalho que se refere na maior parte a séculos passados como bem quanto à fundação das primitivas lo calidades só pôde registar algumas falhas em confronto com o plano geral Mas temos o consolo do máximo de nossos esforços empregadas para a maior perfeição desta coletânea Outro consolo é o apôio que re cebemos do Interventor Federal neste Estado cxmo sr dr Leônidas Castro Melo para a consecução do trabalho apôio que de modo ge neralizado sempre ha sido dispensado a êste D E P Em 1937 o ESTADO DO PIAUÍ contava apenas 44 municípios sendo as suas sedes representadas por 25 vilas e 19 cidades EM 1939 pela nova Divisão Territorial Administrativa e Judiciá ria do Estado registamse 47 municípios gozando todas as sedes ria pgoria de cidade Para maior clareza de tudo acrescentamos neste livro de 180 paginas depois das monografias dos 44 municípios de 1937 as 3 dos novos municí pios Luiz Correia Amarração Pôrto Seguro e Ribeiro Gonçalves como ini cial levantamento da história de cada um o novo quadro da Divisão Ter ritorial Administrativa e Judiciária para o quinquénio de 1939 1943 decretolei estadual n 147 de 15 de dezembro de 1938 cálculo da su perfície de todos os 47 municípios pela citada nova Divisão Territorial e Mapa do Estado população distribuida pelos mesmos municípios de acor do com o total da última estimativa elaborada pela Diretoria de Estatística Geral do Ministério da Justiça 1938 e oferecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e afinal uma tradução de nomes indígenas que se prendem á toponímia do PIAUÍ e os nomes científicos das principais Plantas úteisdo Brasil e das exóticas cultivadas existentes no Estado O índice do trabalho é a órdem alfabética dos nomes dos municípios bem como a do acréscimo indicado E pois com grande prazer que todos os colaboradores dêste D E P sentem os efeitos do cumprimento do dever diante da aludida Re solução n 57 da A C do C N E Teresina Piauí maio de 1939 JOÃO BASTOS Diretor Geral ESTADO DO PIAUÍ Departamento de Estatística e Pu blicidade do Piauí Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Monografias EstatísticosDescritivas Municipais RESOLUÇÃO N 57 DE 17 DE JULHO DE 1937 DA ASSEMBLEIA GERAL DO CONSELHO NACIONAL DE ESTATÍSTICA MONOGRAFIA N 1 DE ALTO LONGA Ano de 1937 Categoria tia séde Vila Lei n 891 de 15 de junho de 1875 Divisão judiciária 1937 Termo da comarca de Campo Maior Registo do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e pri sões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Públi ca Superfície1843 km2 Altitude 150 m Latitude S 51530 Longitude WGr 42gr 12 30 População 1937 6417 habitan tes Distância da Capital em linha rélaESE 65 km Distância da Capital por estradas carroçáveis 90 km Vias de comunicação Rodovia Te resina Fortaleza Estradas carroçáveis Estradas reais Correio ano de 1882 Telégrafo ano de 1919 Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 44485000 arrecadação municipal HISTÓRIA Alto Longá antigamente chamado Capela dos Humildes fica situado no Norte do Estado O nome primitivo de Capela dos Humildes proveio de uma Capela que o abastado fazendeiro Benedito José de Sousa Brito dono que era do lugar a área que compreende a vila naquele tem po uma grande porém rústica fazenda de gado ás suas expensas no co meço do século XIX construiu e consagrou a Nossa Senhora dos Humildes sua padroeira Com a criação do município de Altos o território de Alto Longá ficou reduzido LIMITES O município limitase ao norte com os de Campo Maior e Altos ao sul com os de Valença e Castélo a léste com o de Castelo e a oeste com os de Síío Benedito e Altos OROGRAFIA Não ha grandes serras no município apenas ligeiras elevações sem significação orográfica Todavia existe um môrro bastante alto o qual se denomina Môrro Selado que é avistado de quasi todos os pontos do município 8 HIDROGRAFIA E servido o município pelos rios seguintes Potí Canudos Game leira e as cabeceiras do Longá que fica um pouco ao norte do município Existem ainda muitos outros riachos que tornam o município bastante fértil CLIMA A temperatura apesar de ser variável é geralmente excelente em todo o município ESTAÇÕES Inverno de dezembro a maio Verão de junho a novembro FAUNA E abundante a fauna do município Encontramse muitos animais domésticos e distinguemse várias espécies de aves Ha em quantidade per naltas palmípedes e galináceos Existem peixes em abundância salienlan dose os dos rios Potí Gameleira e Longá FLÓRA Dispõe o município de bellissima e opulenta flora Entre as diversas árvores merecem menção maçaranduba tamboril paudarco jacaran dá sucupira piquiá folha larga aroeira piquizeiro jatobá angico ca tuaba cedro branco cajá gameleira buriti carnaúba babaçu e tucum As árvores cujas fruías têm grande consumo são mangueira laranjeira ba naneira cajueiro e várias outras espécies de menor importância MINERAIS Não existe mina explorada mas segundo opinião de profissionais es trangeiros e visitantes ha no ubérrimo sólo do município minas de cobre ferro enxofre etc A argila é o elemento preponderante na constituição geológica do município AGRICULTURA Ainda não são adotados no município os novos processos usados na agricultura muito embora Alto Longá disponha de um sólo adaptável ás diferentes espécies de cereais e á cultura da cana de açúcar Estendemse em todo o município vastos campos e várzeas inclusive grandes carnaubais Ha assim elementos para excelentes campos de agricultura PECUÁRIA Existem excelentes campos e crescido número de fazendas de gado vacum cavalar lanígero e caprino mas todas sob métodos rotineiros Alto Longá é contudo um município dos mais criadores do Estado PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Representam principais fontes económicas do município os seguin tes produtos de exportação cera de carnaúba babaçú couros bovinos peles diversas e gados diversos 9 INDÚSTRIA E COMÉRCIO Nenhuma indústria digna de especial menção existe no município O Comércio de 1930 em diante começou a melhorar como tudo o mais que incontestavelmente tomou grande incremento de modo gene ralizado no Estado em virtude do movimento revolucionário que deu outro aspecto a iodos os setores da pública administração ASSUNTOS DIVERSOS Mercado piíblico séde municipal Limpeza pública vias ur banas Instrução uma escola estadual na séde do município Relipião Católica Apostólica Romana Templos Igreja de Nossa Senhora dos Hu mildes Festividade Religiosa Nossa Senhora dos Humildes Cemitério séde municipal Iluminação pública sistema Petromax Arborização Praça Manoel Cardoso Turismo duas pensões MONOGRAFIA N 2 DE ALTOS Ano de 1937 Categoria da séde Vila Lei n 1041 de 18 de julho de 1922 Divisão judiciária 1937 Termo da comarca de Teresina Registo do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 1408 km2 Altitude 115 m Latitude S 4gr 58 30 LongitudeWGr 42 gr 27 30 População 19376 544 habitantes Distância da Capital em linha réta ENE 39 km Distância da Capital por estradas carroçáveis 42 km Vias de comunicação Rodovia Teresina Fortaleza Estradas carroçáveis Estradas reais Correio ano de 1896 Telégrafo ano de 1928 Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 64192000 arrecadação municipal HISTÓRIA O lugar Altos antigo São José dos Altos de João de Paiva pertenceu em época remota a João de Paiva Oliveira e sua mulher D Raimunda Maria de Jesús cujas terras era sua maioria pertencem agora ao património municipal O Revmo Cónego Honório José Saraiva então vigário da freguesia de Nossa Senhora do Amparo em Teresina frequentador assíduo de Altos parte componente da freguesia juntamente com João de Paiva tudo fizera para prosperidade do povoado que surgia tendo iniciado em 1885 a cons trução de um cemitério Em 1891 foi criada a primeira escola pública Em 1892 foi criada a Coletoria Estadual e perfurado um pôço para abastecimento dágua á população bem como a construção de um açude Nêsse ano foi construída também a primeira casa de têlha Em 1901 no dia 13 de julho foi assentada a primeira pedra para a construção da Igreja de São José que no término dos seus trabalhos teve á frente o Revmo Mons Joaquim de Oliveira Lopes Em 1922 Altos recebeu melhoramentos mais acentuados como se jam construção de casas aumento da população desenvolvimento da la voura e do comércio dando isso lugar a sua elevação á categoria de vila no governo do Dr João Luiz Ferreira 10 De 1930 em diante foi que se desenvolveu o progresso da vila prin cipalmente em consequência do trecho da rodovia Teresina Fortaleza de diário tráfego e do Serviço de Obras Contra as Sêcas que restaurara ca tavento para reforço do abastecimento dágua á população e outros me lhoramentos dentro de suas possibilidades LIMITES Altos limitase ao norte com José de Freitas e Campo Maior a léste com Campo Maior e Alto Longá ao sul com Alto Longá e São Benedito a oeste com Teresina OROGRAFIA Contamse algumas pequenas serras sendo reconhecida como uma das maiores a denominada Serra do Corrente com seis léguas de extensão e quatro de largura HIDROGRAFIA O município regista os rios Surubim cujas nascentes são no lugar Buriti Bravo despejando suas aguas no rio Longá de que é afluente muito próximo á cidade de Campo Maior com um curso de dez léguas pouco mais ou menos seus afluentes principais no município são o riacho Ra posa muito caudaloso na estação invernosa e de forte correnteza em suas aguas tendo como seu afluente o riacho Nova Olinda e o Cipó que nasce no lugar denominado Maravilha subúrbio da vila o rio Caramugipe com um curso de oito léguas e outros menos importan tes seus afluentes sendo por sua vez afluente do rio Gameleira com suas nascentes em Alto Longá despejando suas aguas no rio Poli no lugar de nominado Taboquinha com um curso de 15 léguas Além dos rios citados existem outros como o Tamanduá de menor importância e diversos riachos olhos dágua e lagoas A maior parte dos riachos citados e outros menos importantes le vam as suas aguas ao leito do Surubim que por sua vez desagua no rio Longá e êste no rio Parnaíba do qual é afluente CLIMA O local onde se acha situada a vila tem como temperatura máxima 28 gr e a minima de 15 gr e nos outros pontos do município é mais ou menos quente na estação sêca e fria na invernosa Em virtude do seu saudável clima o município serve de estação de cura e recreio aos habi tantes dos municípios mais próximos principalmente aos de Teresina donde dista apenas 42 km pela rodovia ESTAÇÕES Inverno de dezembro a maio Verão de junho a novembro FÁUNA Encontramse no município animais pássaros e aves em grande quantidade principalmente nas suas vizinhas matas FLORA A flora é extraordinariamente abundante No município encontram se as melhores madeiras de lei para construção plantas medicinais em 11 grande quantidade e variedade madeiras próprias para tinturaria como também enormes carnaubais buritizais palmeirais donde provém o còco babaçu patizais tucunzais e ainda enorme porção de vegetais fibrosos como sejam coroatá pacopaco macambira pente de macaco tucuiu malva branca carnaubeira e outros MINERAIS Os minerais encontrados no município são os seguintes salitre pedrahume enxofre e sais de ferro sendo que nos dois últimos cm certas aguas de nascentes poços ou cacimbas e o seu terreno tem parte arenosa parte argilosa e pedregosa porem tudo sem exploração AGRICULTURA A maior parte da população mais ou menos cultiva a terra para tirar os prodúlos necessários O município fornece em abundância qual quer espécie de legume e outros produtos como sêjam algodão gergelim e tubérculo alguns dos quais são notáveis pelas suas propriedades alimen tícias SERICULTURA O agricultor João Simeão da Silva nas proximidades da séde do mu nicípio á margem da rodovia Teresina Fortaleza no lugar Buritizinho cultiva com admirável progresso a amoreira para a cultura do bicho da sêda Isso representa indiscutivelmente um grande incentivo entre nós para o desenvolvimento da Sericultura INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria e comércio generalizados em quasi todos os ramos sao relativos á população do município sóbe porém a grande exportação de peles cêra de carnaúba e algodão Conta mais de uma centena de casas comerciais uma farmácia 9 fábricas de bebidas e 3 de calçados PECUÁRIA E elevado o númro de fazendas de gado existentes no município PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS As principais fontes económicas de Altos são representadas pelos se guintes produtos de exportação cêra de carnaúba algodão babaçu cou ros bovinos peles de cabra e ovelha gados diversos etc ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público séde municipal Limpeza pública vias ur banas Instrução 4 escolas públicas de ensino primário e 2 estabeleci mentos particulares sendo que a principal escola pública do mnnicpo fun ciona na séde com o nome de Escola Agrupada Afonso Mafrense Reli gião Católica Apostólica Romana Templos Igreja de Sao Jose Festividades Religiosas São José e Nossa Senhora do Perpetuo Socor ro Cemitério séde municipal Iluminação pública sstema letro max Arborização pública Uma rua e uma praça Turismo Existe uma pensão denominada São José na séde municipal 12 MONOGRAFIA N 3 DE AMARANTE Ano de 1937 Categoria da sede Cidade Investidura em 4 de Agosto de 1871 Divisão judiciária 1937 Comarca Registo do movimento da popula ção Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Po lícia Destacamento da Polícia Militar Cadêia Pública Superfície1576 kms2 Altitude 100 ms Latitude S 6gr 14 18 Longitude WGr 42 gr 50 48 População 1937 23609 habitantes Distância da Capital em linha réta SSO 127 kms Distância da Capital por estra das carroçáveis 159 kms Vias de comunicação Estradas carroçáveis Estradas reais Navegação fluvial Campo de aviação Serviço Aéreo Mi litar Dimensões 740 x 240 ms AéreoPorto Sindicato Condor Cor reio ano de 1859 Telégrafo ano de 1895 Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 91917000 arrecadação municipal HISTÓRIA t Em 1771 pelas bôas graças do Governador da Capitania Gonçalo Lourenço Botelho de Castro foi fundado o aldêiamento que abrigou 434 índios Acaroás recebendo a denominação de São Gonçalo A vila de São Gonçalo de Amarante foi criada pela Lei Provincial n 309 de 1851 Tendo florescido a vila como sede da paróquia á margem do Par naíba foi elevada á categoria de cidade de Amarante a 4 de agosto de 1871 isto é 39 anos depois da criação da vila Anteriormente em 1844 havia surgido a Lei Provincial n 174 de liberando a mudança da capital piauiense para a margem do Parnaíba es colhendose para local a confluência do Mulato de Amarante Retirado o projéto no ano seguinte isso fracassou Amarante usufruindo fóros de cidade experimentou o júbilo de vêrse alvo de dois projétos de estrada de ferro o primeiro eml874 autorizado por Lei Provincial de 2 de Julho mandando contratar com quem melhores vantagens oferecesse uma estrada partindo dessa cidade á de Oeiras tendo um ramal a Valença e o segundo em 1888 pela Lei Provincial de 25 de junho concedendo privilégio aos engenheiros Newton Cesar Burlainaqui e Benjamin Franklin de Albuquerque de construírem uma estrada que cor tasse de Amarante a Oeiras e dali á Serra dos Dois Irmãos visando o rio São Francisco Infelizmente os risonhos projétos não passaram de letra morta Sete anos depois em setembro de 1895 inaugurase a Estação Te legráfica LIMITES O município limitase ao norte com Belém a léste com São Pedro e Regeneração ao sul com Floriano e a oeste com o Estado do Maranhão OROGRAFIA Ao norte da cidade elevase em curta distância a Serra das Moquílas ostentando no seu dôrso escalvado uma bomba dágua sendo êste o ponto mais importante e interessante da orografia do município Contudo é preciso registar a existência de talhados Íngremes do Ca nindé encimados por terraços calçados de seixos cristalinos serrotes etc 13 Na vila de São Francisco Maranhão onde se destacam os mais importantes elementos da cadeia orográfica da zona e como trecho de maior altitude figura em primeiro lugar o Môrro da Cruz de cujo tôpo se descortina um dos mais bélos panoramas piauienses HIDROGRAFIA Os rios Parnaíba Canindé e Piauí são os que banham e limitam Amarante a O e S respectivamente A simplicidade dêste traba lho não permite grandes dissertações em todo o seu conjunto acrescendo sêrem todos os rios sobejamente conhecidos O riacho Mulato corre ao norte com o dcsaguamenlo no Par naíba tendo sua principal nascente duas léguas acima de Regeneração onde recebe o nome de Côco O Canindé ao sul divide o município em duas secções O Piauídesagua no Canindé á esquerda 14 léguas acima da foz dêste e atravessa o município dez léguas sertanejas formando em pleno curso a Lagôa do Genipapo Refrescam a superfície do sólo inúmeros riachos que se entrelaçam em diversos pontos incentivando o homem ío cultivo das várzeas Olhos dágua distribuídos prodigameK e pelo município indicam que as terras vivem saturadas do precioso líquido Só na fazenda Mocambo existem 52 CLIMA O clima de Amarante tido erroneamente como quente em excesso não é máu porque a temperatura é variável como acontece em quasi todos os municípios do Estado ESTAÇÕES Inverno de dezembro a maio Verão de junho a novembro FAUNA A fáuna de Amarante é grande e variada Contamse animais selva gens pássaros e aves inclusive as domésticas criadas em regular escala FLÓRA A flora de Amarante é constituída por crescido numero de plantas medicinais que fornecem folhas cascas e batatas em vultosa quantidade Quanto a madeiras de construção ha também inúmeras espécies e relati vamente a madeiras de tinturaria encontramse Candeia jatobá moreira aroeira páudarco violeta camarací pitomba cajueiro pinhão anil ba naneira genipapo tinguí urucú etc No género das palmeiras registamse a carnaúba a babaçu a tucum e a macaúba Na fruticultura é geralmente sabido que o município de Amarante sempre preponderou abastecendo não só o seu próprio mercado de frutas como os da margem do Parnaíba inclusive Teresina MINERAIS Não está comprovada a presença real de nenhum mineral no muni cípio Entretanto sabese haver ferro e supõemno abundante Vagas noticias propalam a existência de manganez e outros minerais Mas o fausto da fan 14 tasia andando de braço com a história sertaneja indica á prudência ma neira comedida nessa divulgação Anterior monografia diz que êsse modo de pensar se baseia também na natureza das rochas AGRICULTURA A ultura mais intensa é a da cana de açúcar Duas usinas a vapor expõem anualmente ao mercado consumidor regular quanidade de scos do produto O número de engenhos de ferro e madeira para o fabrico de rapadura e aguardente é admirável A saída desses géneros é feita para vários municípios dêste e do vizinho Estado do Maranhão com a simples travessia do Parnaiba A cultura de cereais é inferior á da cana O município atualmente depois de grande interesse e absoluta aíi vidade da poderosa e progressista firma Morais Cia de Parnaiba que montou excelente usina de energia elétrica para beneficiamento de algo dão que destacandose como um dos importantes produtos de exportação piauiense tem passado a tomar grande incremento na zona mircba em admirável progresso E preciso registar mais a aludida firma não ró pio curou desde logo distribuir sementes selecionadas pelos agricultores in centivandoos o mais possível para o crescimento dessa cultura como tam bém adquiriu embarcações apropriadas á navegação fluvial e facilidade de transporte do algodão e seus derivados em procura do principal escoadouro da exportação piauiense o porto de Parnaiba A usina está localizada em prédio próprio de bom aspecto e fornece energia á iluminação da ci dade fábrica de gêio etc INDÚSTRIA E COMÉRCIO Só a importante usina elélriea de beneficiamento de algodão e in dústrias outras seria o bastante para a avaliação dorelativo desemolvimento industrialcomercia da tradicional praça de Amarante onde antigamente sur giram e se mantiveram por muitos anos dentro de grande conceito em di versas praças inúmeros estabelecimentos comerciais Na atualidade con tamse no município 60 estabelecimentos comerciais 1 farmácia e 33 de indústrias diversas inclusive estabelecimentos de pequena monta PECUÁRIA A pecuária figura no município como em todos os ontros do Estado no número das principais fontes económicas PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS As principais fontes económicas do município são representadas pelos seguintes produtos de exportação cêra de carnaúba títfódãs babaçú couros bovinos peles tlicersas e gados diversos além dos produtos derivados dos engenhos e usinas de cana AVIAÇÃO Amarante é beneficiado peia aviação aérea militar e faz parte da rêde aérea Condor subvencionada pelo Estado ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na séde municipal e outro no povoada Campo Alegre Limpeza pública vias urbanas Instrução oito es 15 colas de ensino público primário e seis csathclecimentos particulares sendo que o principal estabelecimento estadual do município denominado Gtupo Escolar Eduardo Ferreira funciona na sede do município Religião A religião Católica Apostólica Romana prepondera no município Templo Igreja de São Gonçalo de Amarante e Capela de Nossa Senhora do Lourdes na sede do município Capéla de Nossa Senhora de Santana no povoado Campo Alegre católicos e Igreja Batista protestante Festividades Religiosas São Gonçalo de Amarante e Sagrado Cora ção de Jesus Cemitério sede municipal Iluminação pública ilumi nação elétrica urbana e domiciliar Arborização pública Avenida Ama ral Turismo uma pensão na séde municipal Assistência a enfèrmox Delegacia de Saúde MONOGRAFIA N 4 DE APARECIDA Ano de 1937 Categoria da séde Vila Lei n 11 de 22 de janeiro de 1890 Divisão judiciária 1937 Termo da comarca de Urussuí Registo do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadêia Pública Superfície 2803 km2 Altitude 290 ms Latitude S 7gr 14 0 Longitude WGr 43gr 42 30 População 1937 7188 habitantes Distância da Capital em linha réta 254 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 450 kms Vias de comunicação Estradas carro çáveis Estradas reais Correio 26 de setembro de 1890 Telégrafo Estação telefónica Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Mu nicipal Prefeitura 1937 14515000 arrecadação municipal HISTÓRIA A séde do município foi anteriormente uma povoação pouco habi tada não possuindo edifício algum notável a não ser uma pequena capéla sob a invocação de Nossa Senhora Aparecida então rodeada de barracas de palhas em que se abrigavam os romeiros que iam em devoção á Excelsa Virgem A festa de Nossa Senhora Aparecida celebrada geralmente a 15 de agosto já naquela época fazia crescer admiravelmente o número de devotos que se transportavam de diversas localidades a esta povoação Anos depois a construção de 3 casas de têlha levadas a efeito pelo Snr Bertolino Alves e Rocha foi um incentivo animador para outras edi ficações Em 1890 mudado o aspécto do lugar Aparecida não era mais uma simples povoação dado o desenvolvimento de casas de têlha e da respectiva população Nesse ano o povoado em virtude de sua elevação á categoria de vila desmembrouse do município de Jerumcnha O nome de Aparecida provém do fáto de segundo a tradição antiga que vem de séculos haver Nossa Senhora aparecido no lugar em que está a Capéla no século XVII a um habitante do município Bernardo Gonçal ves de Brito que morava em sua fazenda Periperí hôje conhecida por Bôa Esperança que por isso desmembrou desta meia légua de terras doandoa a Nossa Senhora para seu património LIMITES Aparecida limitase ao norte com o município de Jerumenha a léste ainda com o município de Jerumenha ao sul com o município de Bom Jesús a oeste com o município de Urussuí 16 OROGRAFIA Em todo o terriotrio do município existem montes morros e gran des serras que são ramificações da grande cordilheira que separa o Piauí da Baía e Goiaz e donde nascem os rios Parnaíba e Gurgueia HIDROGRAFIA O município é banhado pelo rio Gurgueia e grandes riachos dos quais os mais notáveis são Esfolado Malícias Prata Paracatí São José São Lourenço e Ouro Notamse ainda as lagoas Cho ro Itans Alagadiço e Bom Jardim todas muito piscosas CLIMA O clima de Aparecida é o mais ameno que se pôde desejar O calor só se faz sentir em setembro e nunca com a intensidade que se nota em outras localidades do Estado ESTAÇÕES Inverno de dezembro a maio Verão de junho a novembro FAUNA A faunii de Aparecida é abundantíssima São conhecidas aves de va riadas espécies tornandose notáveis por sua linda plumagem a araruma a arara vermelha o canindé todas de grande porte além de outras meno res Existem em profusão antas onças veados etc FLORA A flora do município é a mais encantadora possível Majestosas palmeiras como o buriti babaçu bacaba povoam os brejos e campos As madeiras próprias para construção como o cedro e outras prestam um bom contingente MINERAIS Nada ha de positivo sôbre a existência de minerais entretanto na opinião de Engenheiros nacionais e estrangeiros que têm visitado o iiitini cípio as suas serras contêm muito salitre Reza a tradição que durante a guerra dos Balaios êstes extraíram das serras salitre para o fabrico da pólvora AGRICULTURA A agricultura do município ainda é rudimentar Apezar disso não é o que menos produz tanto que exporta arroz milho feijão farinha de mandioca rapadura aguardente e outros géneros INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria e o comércio de Aparecida são para a sua organização bastante animadores porque dão um totaí de 50 estabelecimentos tendo 31 comerciais de diversas categorias e 19 de pequenas indústrias destaca damente engenhos de cana PECUÁRIA O município cria bem o gado vacum o que já não acontece com o cavalar 17 PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS A exportação de cêra de carnaúba algodão amêndoas de babaçu couros bovinos peles diversas e gados diversos indica as principais Contes económicas do município que são quasi de modo generalizado âs de todo o Estado ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na sede municipal Limpeza pública vias urbanas Instrução quatro estabelecimentos de ensino público pri mário no município sendo que o principal sob a denominação de Escola Agrupada Bertolino Rocha funciona na sede Religião a religião dominante é a Católica Apostólica Romana Templos Igreja de Nossa Senhora Aparecida e Capela de Santa Teresinha ambos na sede municipal Fesliviílade religiosa a principal é a de Nossa Senhora Aparecida sem pre a 15 de agosto Cemitérios um na sédc municipal Iluminação pú blica praça Taumaturgo de Azevedo Turismo uma pensão na sede do município MONOGRAFIA N 5 DE BARRAS Ano de 1937 Categoria da séde Cidade Lei n 1 de 28 de dezembro de 1889 Divisão judiciária 1937 Comarca Registo do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície1925 km2 Altitude75 ms LatitudeS 4 gr 14 40 LongitudeW Gr 42 gr 16 30 População 1937 32577 habitantes Distância da Capital em linha rélaNNE 112 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 152 kms Vias de comunicação Rodovia Teresina Fortaleza Estradas carroçáveis e Estradas reais Correio 5 de março de 1859 Telégrafo 5 de dezembro de 1892 Estação Fiscal FederalColetoria Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura J937 99360000 arrecadação municipal HISTÓRIA Barras recebeu êste nome porque fica no centro de 6 diversas barras de rios e riachos e são elas a do Marataoan a do riacho da Ininga a do Gentio a do Riachão a do rio Corrente e a do riacho Santo Antônio Em meiados do século XVIII foi iniciado o serviço de uma Capela que foi terminada em 1759 devido a atuação do Frei Manoel da Penha Em abril de 1804 só existiam na localidade 2 casas de telhas e 6 de palhas A 2 de abril dêsse ano falecendo Manoel José da Cunha deixou em tes tamento á Nossa Senhora da Conceição padroeira daCapéla a posse de terra que possuía na fazenda Buritizinho com os gados nela existentes e mais ainda uma casa de taipa coberta de telhas Em 1809 apenas meia dúzia de casas de telhas contavase na povoa ção tendo tomado grande impulso a edificação 6 anos depois com rigor de arruamento por meio de varias casas de telhas Em virtude do crescimento da localidade Barras foi considerada dis trito de paz pela lei provincial n 656 de setembro de 1836 e Instruções da presidência da Província de 9 de setembro do mesmo ano Pela Lei n 126 de 24 de setembro de 1841 o povoado foi elevado á categoria de vila sendo instalada a 19 de abril de 1842 Essa mesma Lei 18 incorporou a vila á comarca de Parnaíba até que pela Lei n 1Ó8 de 14 de agosto de 1844 passou para a de Campo Maior da qual também se separou depois pela Lei n 695 de 16 de agosto de 1870 para formar com o terreno de Batalha uma nova comarca Afinal por Decreto n 1 de 2í de dezembro de 1889 do então Governador Gregório Taumaturgo de Azevedo Barras foi elevada á categoria de cidade pelo desenvolvimento geral do seu comércio e indústria e pelo aumento de sua população con forme os termos do único considerando do referido Decreto LIMITES Barras limitase ao norte com os municípios de Bôa Esperança e Batalha a léste com o de Periperí ao sul com os municípios de Campo Maior e José de Freitas a oéste com os de União Miguel Alves e João Pessoa OROGBAFIA Não ha serras no município de Barras notandose apenas peqivenas elevações do sólo A região é geralmente plana e aformoseada oferecendo transito livre em todas as direções HIDROGRAFIA Atravessam o município de Barras os rios Longá Maratapan e Cor rente existindo também uma infinidade de riachos salientainlose o Ria chão o Ininga o Poção o Gentio e o Santo Antônio Lagoas e olhos dágua são igualmente numerosos dentre os quais alguns perene CLIMA O clima de Barras apresenta as mesmas características do lima de diversos municípios piauienses Durante o inverno a temperatura é amena e saudável tomando aspecto diferente no verão ESTAÇÕES Inverno de dezembro a maio Verão de junho a novembro FAUNA O município de Barras possue uma fauna abundante e rca mere cendo mesmo uni dos primeiros lugares no reino animai do Estado Con tamse inúmeras espécies de animais quadrúpedes aves rapaces galináceas e aquáticas pássaros de linda plumagem insétos úteis e nocivos etc FLÕRA Como a fáuna é a flora barrense rica e abundante Tem nas suas matas catingas capoeiras e campos enorme variedade de plantas medicinais e de madeiras de construção e de marcenaria O cedro o gonçaloalves o paudarco a sapucaia o pequizeiro o jatobá a aroeira o paucabôclo são árvores dominantes entre as dezenas de qualidades de madeiras de lei Entre as saborosas frutas podemos citar manga ananaz cajú pinha cóco ba nana maracujá goiaba melancia laranja cajá ingá buriti limões aba cate jaca emfim uma variedade quasi indescritível Tratandose da flóra barrense merecem menção destacada duas pal meiras ricas e majestosas a carnaubeira que se alastra por todos os cam pos do município constituindo uma das forças principais do seu xiovi 19 mento exportador com a importantíssima indústria da cêra e a palmeira babaçu que se ergue abundante e exuberantemente pelas zonas ubérrimas da mata MINERAIS Com respeito a essa parte o Dr Antonino Freire da Silva inconleste autoridade no assunto afirma que a sua riqueza mineralógica passou nos primeiros tempos da colonização por ser extraordinariamente grande e mêsmo fabulosa Como todos os municípios do Estado Jtarras se mantém portanto na suposição fundada e justa de que possue uma opulência mi neral ainda oculta sem a necessária exploração AGRICULTURA E de grande importância a produção dos cereais A mandioca o mjlko o arroz o feijão a balata e outros legumes sío produzidos com muita abundância não só para o consumo interno do município como para abastecer diversos municípios vizinhos inclusive alguns do Ceará A lavoura da cana de açúcar e a da cultura do algodão vêm experimentando enorme incremento distendendose dia a dia INDÚSTRIA E COMÉRCIO Barras possue um comércio progressista e forte e regista 83 estabe lecimentos de diversas classes e 2 farmácias Além da indústria pastoril e agrícola regista 108 engenhos de cana sendo 102 para o fábrico de ra padura e 6 de aguardente Conta mais 1 sapataria A indústria e o comércio de Barras acentviamse admiravelmente com o intercâmbio dos municípios vizinhos notadamente Batalha João Pessoa Periperí e Campo Maior em demanda da Capital não só pela rodovia Teresina Fortaleza como pelas respectivas estradas carroçáveis onde contamse obras de arte como bem as vultosas pontes do rio Marataoan no subúrbio de Barras a do rio Suru bim no subúrbio de Campo Maior e a do rio Pofí no subúrbio de Teresina Capital do Estado obras essas que muito enaltecem a administração estadual Leônidas Mélo PECUÁRIA Da pecuária barrense se pode dizer o mêsmo que geralmente se diz dos outros municípios do norte piauiense Com a introdução do gado vacum de raça embora em escala não muito larga ela tem sensivelmente melhorado nestes últimos anos não sendo absurdo esperar em futuro pró ximo que atinja um gráu de melhoramento assás considerável Barras pos sue inúmeras fazendas de criar com muitos milhares de cabeças de gado vacuin e cavalar Gado lanígero suíno e caprino existeir em quantidade re çiiliir ma sem os melhoramentos que se ob sv am no gado vacum PRINCIPAIS FONTES ECONoMk AS Os produtos de exportação cêra de earnaúftt algodão amêndoas de babaçu couros bovinos peles diversas gados diversa constituem as princi pal fontes económicas do município de Barras que eli classificado em 3 lugar no número dos maiores produtores de amêndoas de babçú no Estado ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na sede do município i Limpeza púMca vias urbanas Instrução quatro estabelecimentos de ensino público pri mário SiJmo que o mais importante sob a denoiuinaeá de Grupo Escolar 20 Matias Olímpio funciona na séde do município Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Igrcia de Nossa Senhora da Conceição e Capela de Santa Luzia na séde municipal Capela de São Fran cisco das Chagas no povoado Pedras e Capela de São José no povoado São José Festividades religiosas Nossa Senhora da Conceição celebrada sempre a 8 de dezembro Cemitérios um na séde do município Ilumi nação pública elétrica urbana e domiciliar Arborização Praças Ma tias Olímpio Marechal Pires e Coelho de Rezende na séde municipal Tu rismo uma pensão na séde do município Assistência a enfermos De legacia de Saúde MONOGRAFIA N 6 DE BATALHA Ano de 1937 Categoria da sédeVila Lei n 396 de 17 de dezembro de 1855 Divisão judiciária 1937 Termo da comarca de Piracuruca Registo do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 1421 km2 Altitude 80 ms Latitude S 4 gr 1 30 Longitude W Gr 42 gr 3 0 População 1937 5855 habitantes Distância da Capital em linha réta NNE 142 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 192 kms Vias de comunicação Estradas car roçáveis Estradas reais Correio ano de 1857 Telégrafo 14 de julho de 1916 Telefónica Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiseul Municipal Prefeitura 1937 44224S0G0 arrecadação municipal HISTÓRIA A vila de Batalha é uma das mais antigas do Estado Foi feita fre guezia sob o orago de São Gonçalo pela resolução provincial n 340 de 24 de agosto de 1853 Ponco tempo depois a resolução provincial n 395 de 17 de dezembro de 1855 elevoua á categoria de vila sendo feita a ins talação solene a 7 de setembro de 1858 pelo primeiro juiz de paz da co marca de Piracuruca da qual até então fazia parte Snr Benício José de Morais Segundo a tradição o nome da vila é originado de lutas entre os indígenas primitivos habitantes do local e os colonizadores portugueses Pela Lei Estadual n 197 de 23 de junho de 1899 mudaramIhe o nome para Campos Sales em homenagem ao grande estadista brasileiro entretanto onze anos depois isto é em 13 de julho de 1911 com a Lei Estadual n 641 restituiramlhe o primitivo nome Judicialmente sempre pertenceu á comarca de Piracuruca onde está ligada por diferentes laços inclusive o social Sendo o município situado no norte do Estado tem a sua vida po lítica estreitamente ligada aos acontecimentos mais importantes da história piauiense LIMITES Batalha liniilase ao norte com os municípios de Bôa Esperança e Piracuruca a léste com os de Piracuruca e Periperí ao sul com o municí pio de Barras a oéste com o de Bôa Esperança 21 OROGRAFIA A orografia de Batalha consta apenas de ligeiros diverlículoa mi contrafortes da grande Serra da Ibiapaba também chamada Ser Grande que separa o Piauí do Ceará Encontramse diversos montes de pequenas elevações espalhados pela superfície do município quasi todos porém sem significação geográfica Como ponto culminante do sistema orográfico dc Batalha existe a relativamente grande serra denominada Carolina que abrange uma extensão de duas léguas de comprimento por meia de largura HIDROGRAFIA Cortando o município na sua parte noroésle passa o torrencial rio Longá que deixa grandes poço alguns dêles piscosos c com abundam volume dágur Todo o volume dágua do município faz parte integrante da bacia desta torrente Banham ainda uma pequena parte do território de Bataha os rios Piracuruca e das Matas Contamse também muitos riachos e olhos dágua dos quais citamos o Canta Cdo Prazeres Brejo de Cima Brejo de Baixo ambos com águas termais Carrapato Bananeiras Siza do Maganos Exúi etc Ha Irmbcm algumas lagoas que têm água bastante porém somente aa estação invernosa tais como Trombetas Veados Mo cambos Amoros Lagoa Seca Rcpucho e outras de menor importância CLIMA O clima de Batalha é ameno Município situado em plena zona pe riequalorial goza entretanto pela sua situação geográfica de uma tempe ratura estável quasi semp agradável Z5TAÇÕES Inverno de dezembro a maio Verão de junho a novembro FAUNA O sólo de Batalha é ricamente povoado de animais domésticos e de animais ferozes que dizimam os rebanhos encontramse raramente algu mas onças espalhadas pelas pequenas serras e montes Veados caitetúa queixadas pacas cutias pecarís tatús preás e mocós encontramse em abundância Entre as aves sobressaemse as do género columbino com a sua graude variedade de especímenes dêsde o garboso pombo comum á arisca e veloz pomba verdadeira habitantes primitivos das nossas selvas Entre 09 pássaros cantores são encontradas belas variedades sendo de notar as grn Ti nas os canários os pintasilgos as patativas os gaturamos e muitos outros de pequeno porte e cantos maviosos FLORA E incontestavelmente nêste reino da natureza que está a principal riqueza dêste município Entre as madeiras de lei encontramos abundantes exemplares dentre os quais citamos o cedro o pequizeiro o ipê o jaca randá a tatajuba a aroeira a violeta a umburana o tamboril o gonçalo alves o jatobá e muitas outras notáveis pelo seu porte gigantesco e espessura do seu caule Entre as plantas medicinais a quina a salparilha a congonha a parietaria o alface n marcela a capilaria e infinidades de outras da mêsma espécie Entre as palmeiras avultam a carnaubeira e o buritizeiro O município é muito rico na fruticultura encontrandose todas as frutas 22 tropicais e também outras frutas aclimatadas destacandose bar uri buriti pequi muricí cajui mangaba goiaba guabiraba pitomba mangas laran jas bananas abacaxis jacas abacates prestandose muitas delas para a confecção de excelentes dôces e conservas As tuberosas são também cul tivadas com real vantagem batatas de diversas espécies e formas inhames maeacheiras mandiocas ete MINERAIS O município de Batalha é pobre em minerais Ha vestígios de co bre no sítio denominado Brejo de Cima entretanto não ha afirmação ca tegórica a êsse respeito A crendice popular também diz que existem alumí nio e enxofre não havendo no entanto até agora a sanção de um exame completo AGRICULTURA O município essencialmente agrícola extrae do centro da terra pelo braço livre dos seus filhos os recursos para sua manutenção através de uma lavoura extensiva que entretanto ainda se ressente da falta dos mo dernos processos O arroz o milho e o feijão são os legumes mais usados e cultivados com real vantagem INDÚSTRIA E COMÉRCIO Batalha como os demais municípios piauiense teve em consequên cia do alargamento do intercâmbio comercial por via terrestre dêsde 1930 a indústria e o comércio numa melhor expansão PECUÁRIA A pecuária de Batalha como a de muitos dos nossos municípios também se ressente da aplicação dos modernos processos para o aproveita mento dos seus extensos rebanhos Ha no município grandes e bonitos re banhos de gado vacum cavalar muar azinino suíno lanígero e caprino cão sendo exagero avaliar em mais de cem mil cabeças o total dos mesmos PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Constituemse principais fontes económicas do município de Batalha os seguintes produtos de exportação cêra de carnaúba algodão couros bo vinos peles diversas e gados diversos ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na séde do município Instrução dois estabelecimentos de ensino público primário e quatro de ensino primária particular sendo que o principal estabelecimento público funciona na séde municipal com o nome de Escola Agrupada Conselheiro Saraiva Reli gião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Igreja de São Gonçalo na séde do município Festividades religiosas a de São Gonçalo e a de Nossa Senhora de Lourdes celebradas sempre a 1 de ja neiro e a 15 de agosto respectivamente Cemitérios dois na séde o município Iluminação pública a carborêto Turismo uma pensão na séde municipal MONOGRAFIA N 7 DE BELÉM Ano de 1937 Categoria da séde Vila Lei n 1090 de 11 de julho de 1924 Divisão judiciária 1937 Termo da comarca de Amarante Registo do 23 movimento da população Registo Civil Organizações policiais o prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 2651 km2 Altitude 85 ms Latitude S 3gr 57 Longitude WCr 43gr 3 30 População 1937 6980 habitantes Distância da Capital em linha réta SSO 95 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 149 kms Vias de comunicação Estradas carroça veis Esiradas reais Fluvial e Aérea AércoPorto Sindicato Condor Cor rêio 12 de abril de 1925 Telégrafo Estação Telefónica Estação tis cal Esíiduai Coletoria Estação Fistri Municipal Prefeitura 1937 364615000 arrecadação municipal HISTÓRIA O povoado Belém têve a sua categoria de vila pela lei n 1 090 de 11 de julho de 1924 cuja inauguração foi a 22 de março de 1925 man tendo a sua autonomia de município até 31 de julho de 1931 quando foi anexado ao de Amarante como distrito municipal leste por força do De creto Estadual n 1 279 de 26 de junho do mesmo ano que deu nova or ganização municipal ao Estado A 28 de outubro de 1933 passou o municí pio de Belém então distrito de Amarante com a restauração do município de São Pedro a ser distrito deste até 27 de novembro de 1934 data em que foi o município restaurado em virtude do Decreto Estadual n 1 589 de 4 de outubro do mêsIRO ano qae lhe concedeu autonomia administra tiva A séde de Belém achase localizada á margem direita do rio Parnaí 1 e é ligada por estradas carroçáveis a Amarante e São Pedro do qual porto principal de embarques Onze datas de terras constituem o território municipal sendo parte dessas terras ricas em babaçu sua principal riqueza LIMITES Belém limitase ao norte com o município de Tcresina a léste com São Pedro ao sul com o de Amarante a oéste com o Estado do Maranhão servindo de divisa o rio Parnaíba OROGRAFÍA São as seguintes as principais montanhas do município a Serra da Solta que começa á margem do rio Parnaíba no lugar denominado Serra Quebrada e eslendese ao longo do município até o município de São Pe dro com diversas ramificações e nomes diferentes como Serra da Tranquei ra Serra da Talhada Serra do Burro Serra dos Picos a Semi do Coque que se estende com ramificações e nomes outros como Serra da Buraquei ra e Serra da Vermelha a Serra das Figuras onde é situado o marco da data Morros a Serra do Mosquito á margem do Parnaíba com um pico bem digno de nota HIDROGRAFIA Os principais rios e riachos do município de Belém são o Riachão com um curso de 20 kms o Riacho Fundo que desagua no Parnaíba de pois de um curso de 20 kms o rio Cadoz que igualmente desagua no Parnaíba no perímetro urbano da vila depois de um curso de 30 kms e o Riacho dos Negros além de muitos outros pequenos riachos e ribeirões de inverno Existe também no lugar Morros a Lagôa do Boi que é a única do município 24 CLIMA O clima do município de Belém é mais ou menos idêntico ao dos outros municípios ribeirinhos do Parnaíba Durante o inverno a tempe ratura é bem agradável não havendo calôr excessivo no verão ESTAÇÕES Invento de dezembro a maio Verão de junho a novembro FÁUNA A fauna de Belém quando não sêja das mais ricas é contudo bem apreciável pois além das diversas espécies de animais domésticos eneon tramse a onça o veado o caetelú tamanduá paca cotia raposa macaco etc Entre as aves distinguemse vários especímenes de galináceos e pássa ros como a galinha o perú o pato a guiné a jaó a perdiz a codorniz o jacú o frango dágua o carão o jaburu a seriema a arara o papagaio o periquito o sabiá o corrupião a araponga a pomba verdadeira o caná rio etc FLÕRA A flora do município é abundante em madeiras de lei como o pau darco a aroeira o cedro o gonçaloalves etc Entre as plantas medicinais encontramse a batata de purga a jalapa o pinhão a japecanga o mana cá o angiquinho o inharé a ipecacuanha o alóes etc As palmeiras de babaçu carnaúba buriti tucum são abundantes em diferentes pontos do município sendo que Belém ocupa o 2 lugar no número dos maiores mo dutores de amêndoas de babaçu MINERAIS Ha suspeitas da existência de minerais õo município tais como o ferro o manganez o cobre o enxofre o salitre o chumbo etc AGRICULTURA A agricultura do município ainda não está bem desenvolvida pro duzindo porém arroz milho feijão farinha polvilho fava cana de açú car algodão fumo etc A lavoura de cereais algodão fumo etc é disse minada por todo o município em pequenas áreas pelo sistema primitivo havendo já alguns agricultores que possuem maquinas agrárias INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria do município tem tido pouco desenvolvimento Existem entretanto algumas fábricas de bebidas rapaduras calçados etc Ha 6 es tabelecimentos comerciais de maior vulto e outros menores A bem feita ponte do rio Cadoz é incontestavelmente um dos bons elementos do deíenvolvimenío da indústria e do comércio de Belém PECUÁRIA E bem apreciável o número de cabeças de gado vacum cavalai muar suino caprino e lanígero não sendo ainda acotados os modernos processos de criação 25 PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS As principais fontes económicas do município de Belém são cera de carnaúba amêndoas de babaçu algodão couros bovinos peles diversas gados diversos ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na sede do município Limpeza pública vias urbanas Instrução três estabcIecinentos de ensino público primá rio sendo que o mais importante funciona na sede municipal com o nomo de Escola Agrupada Prof Morais Avelino Religião predomina a Ca tólica Apostólica Romana Templos Igreja de Nossa Senhora da Con ceição na sede do município Capela de São João Batista no povoado Cas telhan e Capela de Nossa Senhora da Conceição no povoado Cirurgião Festividades religiosas Nossa Senhora da Conceição e São João Batista Cemitérios um na sede do município Turismo uma pensão na séde municipal MONOGRAFIA N 8 DE BÔA ESPERANÇA Ano de 1937 Categoria da séde Vila Lei n 970 de 25 de junho de 1920 Divisão judiciária 1937 Termo da comarca de Barras Registo do mo vimento da população Registo Civil Organizações policiais e nrisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Su perfície 1865 km2 Altitude 50 ms Latitude S 3gr 54 3 Longitude WGr 42gr 14 0 População 1937 8345 habitantes Distância da Capital em linha réta NNE 142 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 222 krs Vias de comunicação Estradas car roçáveis Estradas reais Correio 15 de outubro de 1920 Telégrafo Estação Telefónica Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Es tadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 67002000 arrecadação municipal HISTÓRIA Data de 13 de julho de 1739 a carta em que o então Governador e Capitão General da Capitania conferiu o sítio Bôa Esperança ao português Miguei Carvalho e Silva que ali se fixou constituindo família João Antô nio dos Santos também português tomou parle depois em uma revisão de demarcação de terras e como possuidor da fazenda denominada Urubú edificou casas e currais em um local hoje próximo da vila onde situou gados e denominou Retiro Dêsse fato veio o nome de Retiro da Bôa Es perança O belo local da fazenda e as vantajosas condições do seu ubérrimo sólo foram atraindo muito moradores dedicados principalmente á lavoura e á criação de ovelhas Nos anos de 1830 a 1838 Xavier de tal construiu as duas primeiras casas de telhas e em 1843 mais ou menos deu início á construção de uma capela que fei concluída em 1847 Em 1849 o número de habitantes avulta e progride de então por diante a construção de casas de têlhas As construções de palhas avulta vam por todos os lados Levantarainsc propriedades novas fazendas e sí tios A população crescia de modo animador Viuse afinal um ijovDtido futuroso digno das atenções e favores da pública administração do Piauí Em 1891 é criada uma escola mixta a qual extinta em 1894 ri restabele cida em 1906 diante das reiteradas e fundadas recomendações do tjovo Dêste último ano para cá então acentuouse o adiantamento 26 Em 1807 a capela de Nossa Senhora da Bôa Esperança foi total mente demolida e em seu lugar levantada uma singela porém espaçosa e bela igreja cuja benção teve lugar a 10 de junho de 1908 pelo então Bispo Diocesano D Joaquim Antônio de Almeida O Governador Eurípides de Aguiar vendo o acréscimo das rendas cria uma agência fiscal independente da Coleloria de Barras Em 26 de ja neiro de 1919 inaugurase a estação telefónica Pela lei n 970 de 25 de junho de 1920 o povoado Retiro da Bôa Esperança foi elevado á cate goria de vila com a denominação de Bôa Esperança formando um dis trito judiciário anexado á comarca de Piracuruca A vila foi oficialmente investida nos seus foros a 28 de setembro de 1920 Em virtude porém da lei n 1041 de dezoito de julho de 1923 Bôa Esperança voltou a perten cer á comarca de Barras sendo desanexada de Piracuruca LIMITES Bôa Esperança limitase ao Norte com o município de Buriti dos Lopes a Léste com os de Buriti dos Lopes Piracuruca e Batalha ao Sul com o município de Barras a Oéste com os de João Pessoa e Porto Alegre OROGRAFIA Ae elevações do sólo do município de Bôa Esperança não apresen tam saliência notável Notamse pequenos morros em diferentes pontos do município porém eles não lhe tiram a predominância de uma região plana e francamente transitavel em todas as direções HIDROGRAFIA O principal rio de Bôa Esperança é o Longa banhando a sede mu nicipal que lhe fica á margem esquerda Os riachos mais importantes do município são o Taquarí o Ipueira o Bebedouro o Taperinha o Baixa fria o CarnaúbaTorta o Angico Branco o Taboca Existe ainda um certo número de lagôrs das quais podemos citar a do Taboleiro a da Caiçara a do Ahibie a do Morro do Chapéu a do Limoeiro a do Tapuio a da For taleza a da Chapada etc Ha também um grande número de olhos dágua permanentes ao lado de alguns pequenos açudes particulares em diferen tes lugares e fazendas do município Convém salientar a notável e muito falada Cachoeira do Urubá no rio Longá pelas suas três importantes que das dágua uma das quais mede 1340 ms de altura CLIMA O clima do município de Bôa Esperança é variável como o de quasi todos os municípios piauienses Durante o inverno é agradável apresenían dose cálido no verão ESTAÇÕES Inverno de dezembro a maio Verão de junho a novembro FAUNA Podese dizer que a fauna de Bôa Esperança como as dos demais municípios do Estado é abundante e rica possuindo diversas espécies e variedades de animais mamíferos peixes aves e reptis na maioria úteis Nocivos existem poucos FLÓRA O município tem matas densas assim como cerrados capoeiras caa 27 tingas c campos Por isto se vê que a sua flora é riquíssima sol iodos aspectos Possue rliferentes árvores medicinais e variadas espécies de ma deiras de construção sendo que as árvores dominantes são as palmeiras de babaçu e carnaúba MINERAIS Nada ha de positivo sôbre a existência de minerais no município Dêste modo tudo repousa em suposição de importantes jazidas AGRICULTURA O município produz toda a sorte de cereais algodão e cana de aeu car O trabalho da agricultura é ainda rotineiro porquanto a cultura me cânica é feita em pequenas proporções INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria e o comercio do município se podem considerar flores centes dada a facilidade de transporte pela estrada carroçável para Buriti dos Lopes em demanda do importante porto de Parnaíba além das que se dirigem a Batalha e Porto Alegre as quais estabelecem notável intercâmbio comercial PECUÁRIA A criação de gado vacum no município é bem apreciável existindo já algumas espécies de gado de raça o que demonstra ir a pecuária de Bôa Esperança em caminho de franca prosperidade E apenas regular a criação de gado cavalar muar caprino lanígero etc Ha em todo o município mais de mêia centena de fazendas de criar PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Representam as principais fontes conômicas do município os se guintes produtos de exportação cêra de carnaúba algodão couros bovinos peles diversas e gados diversos V ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na sede do município Limpeza pública vias urbanas Instrução 3 escolas do ensino público primário e 5 de ensino primário particular sendo que o principal estabelecimento público funciona na séde municipal com o nome da Escola Agrupada David Cal das Religião predomina a Calólica Apostólica Romana Templos Igreja de Nossa Senhora da Bôa Esperança na séde do município capela de Santo Antônio no povoado Mundo Novo e capéla de São Francisco das Chagas no povoado Morro do Chapéu Festividades religiosas São Se bastião Nossa Senhora da Bôa Esperança Sagrado Coração de Jesús e Santa Teresinha Cemitérios dois cemitérios na séde do município Iluminação Pública a querozene Turismo uma pensão na sede municipal MONOGRAFIA N 9 DE BOM JESÚS Ano de 1937 Categoria da séde Vila Lei n 397 de 20 de dezembro de 1855 Divisão judiciária 1937 Comarca Registo do movimento da popula ção Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polí cia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 15394 28 km2 Altitude 260 ms Latitude S 9gi 6 0 Longitude W Gr 44gr 7 21 População 1937 15505 habitantes Distância da Capi tal em linha réta SSO 466 kms Distância da Capital por estradas carro çáveis 639 kms Vias de comunicação Estradas carroçáveis Estradas reais Correio ano de 1857 Estação Fiscal Estadual Coletoria Esta ção Fiscal Municipal Prefeitura 1937 311488000 arrecadação mu nicipal HISTÓRIA Reza a tradição que pelo começo do século passado um preto velho residente no lugar então denominado Buritizinho hoje séde da vila fez uma capelinha de palhas onde festejava o Senhor Bom Jesús da Bôa Sen tença doando ao Santo uma pequena posse de terras Dêsde logo acorreram a residir no local algumas família formandose um pequeno núcleo de casas rústicas E foi tal o gosto e tenacidade dos habitantes da novel povoa ção que mais tarde pela Resolução n S8 de 22 de setembro de 1838 esta recebia as honras de freguesia com o nome de Bom Jesús do Gurguéia Em 12 de outubro de 1843 era expedida portaria para a execução da Re solução citada designando os limites entre a nova freguesia e a de Nossa Senhora do Livramento de Parnaguá da qual ficou desmembrada Já nessa época residiam em Bom Jesús alguns vultos representativos homens de real prestígio político e de incontestável influência os quais trabalharam pela criação da localidade E assim em breve tempo Bom Jesús florescia e pela Resolução n 397 de 20 de dezembro de 1855 era elevada á categoria de vila tendo por limites os mesmos da freguesia Pouco tempo depois foi elevada á Comarca havendo entretanto um intervalo de alguns anos em que a comarca fôra supressa sendo restaurada em 1908 Alguns anos de pois foi criada por Decreto de S S o Papa Bento XV a Prelasia de Bom Jesús do Gurguéia compreendendo os municípios do extremo sul do Estado com séde em Bom Jesús LIMITES O município de Bom Jesús Iimitase ao norte com os municípios de Aparecida Jerumenha e Floriano a léste com os de Canto do Buriti c São Raimundo Nonato ao sul com os de Parnaguá e Gilbués a oeste com os de Santa Filomena e Urussuí OROGRAFIA Existem no município várias serras das quais citamos por serem mais importantes as de Urussuí Quilombo Laranjeira Pontal Sítio Tá bua Periperí Semitumba e Taixo HIDROGRAFIA Inúmeros são os rios que banham o território de Bom Jesús sendo que os principais são o Gurguéia e o Urussuí Existem mais os rios seguin tes Santana Várzea Grande Anajá Ema Cajazeira Pinga Calhaus Pal meiras Barra Verde São Gonçalo Corrente dos Matões e Estiva alguns dos quais correm abundantemente em extensão de 20 30 e até 60 kms CLIMA O clima do município de Bom Jesús é bom e temperado 29 ESTAÇÕES Inverno de dezembro a maio Verão de junho a novembro FAUNA A fauna do município é algo variada Ha grande quantidade de ani mais selváticos denire os quais citamos veados queixadas eaetetús api varas antas pacas cutias tamanduás onças raposas macacos lontras la tús etc Entre as aves noiamse ema seriema jacu papagaio acauau mar recas patos etc Existe ainda um grande número de pássaros e peixes das mais variadas espécies FLÕRA Riquíssima e variada é a flora do município de Bom Jesus Sendo o sólo exuberante com terrenos magníficos é consequentemente um empó rio de grandes matas produzindo em larga escala a cana de açúcar o al godão o milho o feijão de tudo emfim sendo apropriado ainda para a cultura do café e do trigo Existe uma grande quantidade de madeiras dê lei mariçobais nativos copaibeiras burilizais carnaubais cocais goiabais extensos etc MINERAIS Ha no município salitre em abundância nada havendo porém de positivo sôbre a existência de outros minerais Tudo o mais está ainda no terreno das suposições AGRICULTURA O município tem uma lavoura bem crescida A cultura do algodão da cana de açúcar do arroz do milíío do feijão etc tem acentuado desen volvimento INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria principal é a de beneficiamento de algodão cuja sul tura foi extraordinariamente desenvolvida sob os bons auspícios da firma Cristino Castro Irmãos que tudo fizera em rasgos superiores ás diversas possibilidades dando também ótimo aspecto ao comércio por meio de um constante e vultoso trafego de via terrestre numa estrada excelcntenu iité conservada para Floriano praça e porto de incontestável movimento co mercial Está aí igualmente a demonstração clara e positiva do crescimento do comércio de Bom Jesús Com isso prosperáram a cidade e povoados vi zinhos PECUÁRIA A pecuária de Bom Jesús é bôa e de futuro Todavia ainda não esião sendo empregados ós modernos processos de maior avanço dessa grandiosa riqueza do Piauí em todos os setôres PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Os prodútos de exportação cêra de carnaúba algodão couros bovi nos peles diversas e gados diversos representam as principais fonte econó micas do município 30 ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na sede do município e outro no povoado Nova Lapa Instrução 5 estabelecimentos de ensino público primário e um particular sendo que o estabelecimento público mais importante fun ciona na sede municipal com o nome de Escola Agrupada Franklin Dó ria Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Igreja de Bom Jesús e Capela de São João Batista na sede do município Festividades religiosas Bom Jesús da Bôa Sentença Nossa Senhora da Conceição Nossa Senhora das Mercês Bom Jesús da Lapa São João Ba tista Cemitérios um na séde do município e outro no povoado Nova Lapa Iluminação pública elétrica urbana e domiciliar Turismo Úíiia pensão na séde do município MONOGRAFIA N 10 DE BLRITÍ DOS LOPES Ano de 1937 Categoria da séde Vila Lei n 15 de 2 de agosto de 180 Divisão Judiciária 1937 Têrmo da Comarca de Parnaíba Registo do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 2331 kms Altitude 23 ms Latitude S 3 10 0 LongitudeW Gr 4154 0 População 193721595 habitantes Distância da Capital em linha réta NNE 237 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 336 kms Vias de comunicação Estradas car roçáveis Estradas reais Correio 4 de outubro de 1884 Telégrafo 25 de março de 1923 Estação Telefónica Estação Fiscal Estadual Cole toria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 73282000 ar recadação municipal HISTÓRIA A primitiva povoação onde está hoje localizada a vila de Buriti dos Lopes foi fundada ha mais de 200 anos segundo informações mais apro ximadas da verdade Foi o seu primeiro habitante o português Francisco Lopes que ali chegando se estabeleceu à margem do atual Riacho do Bu riti ao qual deu êle êste nome em consequência dos buritizais nativos ali existentes tendo o sobrenome vindo do de seu fundador Na localidade exis tem ainda pedras de cantaria que o seu fundador mandara vir de Portu gal para montagem de maquinas monjolos para beneficiamento de cereais cultivados ás margens do riacho O povoado foi elevado á categoria de vila pela Resolução n 15 de 2 de agosto de 1890 do então Governador da Província Dr Joaquim No gueira Paranaguá O nome de Buriti dos Lopes foi conservado até 27 de junho de 1907 quando a lei estadual n 428 mudouo para o de vila do Baixo Longá voltando novamente para o de Buriti dos Lopes pela Lei n 641 de 13 de julho de 1911 Pela lei n 428 de 27 de junho de 1907 tivera a sua Comarca que tinha anexado o distrito judiciário de Porto Alegre a qual em virtude da lei estadual n 595 de 1 de agosto de 1910 fora suprimida pissando Buriti dos Lopes a pertencer novamente á Comarca de Parnaíba Francisco Lopes fora sucedido na direção do povoado por seu des cendente Angelo Antonio Lopes que em 1839 fora assassinado pelos rebel 31 des quando atingia a 90 anos de idade morrendo assim numa f irinhada abraçado a uma imagem de Cristo A Capela de Nossa Senhora dos Remé dios hoje Igreja fora depois da morte de Angelo construída pelo alfe res José Lopes da Cruz O capitão Mariano Castelo Branco importante membro da família Castelo Branco que sempre tivera valiosa atuação na iocalidade fôra mandarnte da força enerregada de impedir a entrada dos Balaios ali O município de Buriti dos Lopes tivera a sua autonomia depois do movimento revolucionário de 1930 assegurada pelo Decreto Estadual n 1478 de 4 de setembro de 1933 do Interventor Federal de então Capitão Landrí Sales Conçalves que nessa época tinha como Secretário Geral do Estado o médico Leônidas de Castro Mélo hoje Interventor LIMITES O município de Buriti dos Lopes limitase ao norte com o Estado do Maranhão e o município de Parnaíba a léste com os municípios de Parnaíba e Piracuruca ao sul com o município de Piracuruca a oésle com os municípios de Bôa Esperança e Porto Alegre OROGRAFIA O sólo não apresenta notáveis saliências além da Serra do Morcego e da Ladeira as quais circnlan a própria vila e se estendem rumo do sul até o lado oposto de São Domingos Em geral os terrenos do município são compostos de planícies ten do sem importância alguns pequenos morros HIDROGRAFIA O rio Longá que nasce no município de Alto Longá na serra de Matões corta todo o município atravessando o Lago de São Domingos e desaguando no rio Parnaíba no povoado da Barra do Loivá Tem nave gação especial em qualquer época até o porto do Giajo numa extensão de 80 quilómetros As suas margens são de uma fertilidade exuberante onde são cultivados algodão arroz mandioca milho feijão e outros cereais O município é cortado também pelo rio Pirangí que nasce na Serra Grande no Estado do Ceará pelo Morcego e outros de pequena im portância Existem no município diversos lagos destacandose pela sua impor tância o Lago de São Domingos também conhecido por Lagoa Grande om uma circurciferência de 35 quilómetros em cujas margens estão os ampos de importante cultura de algodão que é indubitavelmente uma das mais importantes fontes económicas do município O rio Longá forma no município de Buriti dos Lopes a catarata do Urubú com uma altura de 25 metros CLIMA Devido á colocação do município pouco distante do mar o seu cli ma varia conforme as estações é porém em qualquer época bastante saudável ESTAÇÕES O inverno a exemplo dos demais municípios do norte começa quasi que normalmente em dezembro e prolongase até maio E assim o ciio de junho a novembro 32 FÁUNA Existem nas matas notadamente nas que ficam entre os rios Longá e Parnaíba onças malhada sussuarana e cangussú veados tamanduá ban deira etc Entre os reptis figuram as cobras sucurujú cascavel jararaca co ral e goipéba São muito variadas as qualidades de aves existentes FLÓRA Não obstante os danos causados pelas queimas das roçaj dos toti neiros lavradores encontramse nas matas valiosas madeira como bem marfim violeta aroeira paudarco cedro umburana e outra para cons trução de prédios moveis etc Notáveis são as frutas principalmente mangas e buriti de exce lente sabôr MINERAIS Existem no município importantes minas de cál situadas ás mar gens do rio Longá tendo saída o produto para Parnaíba e outris localida des vizinhas AGRICULTURA Em todas as margens dos rios Longá e Parnaíba bem como no in terior do município progride animadoramente o cultivo de cereais diver sos inclusive a mandioca para o fabrico de farinha O algodão ha tomado de ha muito regular desenvolvimento tanto que existe o produto conhecido Algodão Barra do Longá Na margem do Lago de São Domingos a cultura algodoeira é de crescido volume INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria prima pelas uzinas de beneficiamento de algodão Ha é certo outras indústrias menores extração de cêra de carnaúba e da cál Ha pesca no Lago de São Domingos no rio Longá e pequenas Lagoas PECUÁRIA O município é criador em regular escala faltando ainda não ha negar melhoria de introdução de gado de raça nos respectivos campos PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS O algodão como já foi registado é o prodúto que mais ressalta no número das fontes económicas do município Formam também em plano elevado cêra de carnaúba couros bo vinos peles diversas e gados diversos ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na séde do município Limpeza pública vias urbanas Instrução 2 escolas de ensino público primário e 3 estabe lecimentos particulares também de ensino primário sendo que o principal estabelecimento estadual denominado Escola Agrupada Simplício Dias funciona na séde municipal Religião prepondera a Católic Apostólica Romana Templos Igreja de Nossa Senhora dos Remédios Festividades religiosas Nossa Senhora dos Remédios Santa Luzia Santa Dorotéa São Francisco Cemitério um na séde do município 33 MONOGRAFIA N 11 DE CAMPO MAIOK Ano de 1937 Categoria da séde Cidade Lei n 1 de 21121889 Divisão judiciária 1937 Comarca Registo do movimento da população Re gisto Civil Organizações policiais e prisões Delegaiia de polícia Desta camento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 4712 kms2 Altitude125 ms LatitudeS 44917 Longituder 42 103l População 193726883 habitantes Distância da Capital em linha iéta ENE 75 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis87 kms Vias de comunicaçãoRodovia TeresinaFortaleza Estradas carroçáveis e es tradas reais Campo de Aviação 630 x 360 melros Crrêo criado em 30101817 Telégrafo criado cm 14111S34 e instalado a 13 12 1884 Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Esadval Mésa de Rendas Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 422183S000 arrecadação municipal HISTÓRIA Os primeiros feitos da história de Campo Maior surgiram uo século XVII sob o dominio de Portugal com a situação de diversas fazendas de gado porque foi em 1693 que chegou ao Maranhão com toda a sua famí lia D Francisco da Cunha Castelo Branco esclarecido fidalgo português irmão do Conde dc Pombeiro o qual anos depois casarase ali em segun das núpcias passandose para o Piauí onde fixou residência e situou algu mas fazendas de gado na freguesia de Santo Antônio do Surulnm depois Campo Maior Em 1713 a freguesia já gozava das regalias da residência de um co missário geral de cavalaria do Piauí Foi D Francisco quem constituiu o tronco da família Castelo Branco na colónia que fôra crescendo até conseguir do primeiro governador da capitania do Piauí João Pereira Caldas empossado a 20 de setembro de 1759 a sua elevação a município Essa elevação foi portanto no sé culo XVIII A vila fôra instalada no dia 8 de agosto de 1762 e não a 8 dc no vembro do referido ano como por equivoco registara o provecto Pereira da Costa na sua muito compulsada Cronologia Histórica O saudoso cairponaioreiise Valdivino Tito que tanto enobrecera e honrara a sua terra berço pela sua inteligência e grande cultura jurí d a provara êsse engano dc Pereira da Costa publicando no Almanaque Piauiense do ano de 1903 da Capital o termo de instalação da vila extraí do de documento autêntico Essa instalação fôra presidida pelo governador João Pereira Cal das com assistência do conselheiro ultramarino Francisco Marcelino de Covêa do ouvidor geral do Piauí Luiz Duarte Freire e varias pessoas gradas tendo lugar em seguida o levantamento do pelouimho no largo da Igrdíia matriz e constava de um pilar quadrado sobre degraus dc pedra o qual se conservou até 1844 quando foi demolido por se achar desmoro nado pela longa ação do tempo Em 1808 foram judicialmente demarcadas pelo ouvidor c correge dor geral dr Henrique José da Silva com implantação de marcos divisó rios o património municipal representado por quatro léguas em quadro 34 As ruas das edificações da vila começaram espaçosas mas uiim tra çado muito irregular Como bem diz o inolvidável piauiense Abdias Neves em seu livro A Guerra de Fidié quando narra o celebre COMBATE DO GEMPAPO no município de Campo Maior numa das margens do rio Genipapo que estava sêco nc dia 13 de março de 1823 com referência ao patriótico movimento separatista pelo qual libertouse o Brasil do jugo da vetusta Lusitânia não ha em toda a luta pela independência página mais pavorosamente gran diosa que a da Batalha do Genipapo a mais importante da que foram feridas 1 Os campomaiorenses sem armas de guerra combateram heroica mente e fizeram jús ao Monumento do Genipapo O deoreto que elevou a vila de Campo Maior á categoria dc cidade com o mesmo nome no regime republicano tem o n I e data de 28 de dezembro de 1889 sendo o seu termo desligado do de União por de creto n 2 de igual data A séde do município encravado em pleno rnmpo como sen nome expressa Campo Maior é de todas as cidades piaui nses a que mais ricos panoramas oferece ao visitante notadamente em maio o tapiyado vírde dos campos salpicado de lindas flores silvestres de formatos tamanhos e côres diferentes os imponentes carnaubais pontilhando com o verdeescuro de suas cópas o verdeclaro dos capins e além circundando o horizonte visual da cidade o azulado encantador de sua magestosa erra Campo Maior já teve a sua encantadora beleza cantada em lindos sonetos de Lucídio Freitas e Pedro Borges De 1930 em diante em consequência do movimento revolucionávjo que trouxera para quasi todo o Piauí um extraordinário surto de progresso a cidade de Campo Maior tomara inegavelmente outro aspecto urbanístico apresentando uma notável transformação do seu condenável traçado com jardim público modernos prédios particulares e públicos com destaque dos Grupo Escolar Prefeitura Municipal í sina Klétrica Chieleatro em construção etc etc Campo Maior somente em 1883 teve o seu primeiro jornal ali pu blicado liO CAMPOMAIORENSE fundado por Francisco Figueiredo da Silva Duarte tendo circulado o seu primeiro número a 10 de janeiro daqnêle ano LIMITES Campo Maior hmitase ao norte com os municípios de Periperi e Barras a léste com os municípios de Pedro II e Castelo ao sul com os municípios de Altos e AltoLongá e a oéste com o município de José de Freitas OROGRAFIA O município de Campo Maior caracterizase pela abundância de campos e várzeas de carnaubáis ha nêste município a Serra de Campo Maior que passa 3 léguas distantes da cidade e que se desenvolvendo para Oéste e Noroeste vai se juntar aos contrafortes que descendo pelos municípios de Pedro II e Castelo prendemse á Serra Grande Na estrada que de Campo Maior vai para Alto Longá atravessabe serra em uma verdadeira garganta denominada Boqueirão das Estradas 35 HIDROGRAFIA Campo Maior conta não pequeno número de rio doa quais mais importante é o Longá Vem em seguida o Surubim que banha a cidade e tem vaiiosa ponte de madeira o Genipapo notável pela graindc largura e profundidade a que atinge na estação invernosa o qual recebe do Governo Federal a dádiva de importante ponte de cimento armado o Mnrataonn que vai banhar a cidade de Barras a 14 léguas onde recebe destacada ponte de madeira o Corrente que separa o município de Periperí todos os quais são afluentes do Longá Ha além desses rios um número considerável de riachos d vulto na época invernosa que são Pintadas Canários Longázinho Vertente Titara Riacho Fundo e Macacos Ha ainda uma infinidade de lagoas inclusive a muito conhecida num dos subúrbios da cidade olhos dágua e igarapés e o grande Açude de Canpo Maior na própria cidade Com tudo isso acrescido de cataventos o município cm razão de sua fixação em meio da zona típica do norte sofre uma enorme falta dágua no verão CLIMA O município é de elirra aireio mcrê das magnificas estradas que o cortari em demanda das próximas fazendas de gado de paizagena des umbradôras tornando por tudo isso a cidade uma das mais procuridas para passagem do inverno principalmente depois da rodovia Tcrcsina Fortaleza de diário trafego de veículos Finalmente o clima tem a caracterização das regiões do Nordeste sêco e quente no verão refrescado pela ventilação quente e húmido no inverno Nas matas o clima difere como é natural ESTAÇÕES O inverno que normalmente deveria começar em janeiro tem seu início ea dezembro ás vezes mesmo em novembro prolongandose até maio As ligeiras chuvas chamadas de cajú caem geralmente em outubro e novembro FAINA E grande e variadíssima a quantidade de animais quadrúpedes aves e insétos que habitam as extensas e ubérrimas caatingas mata cha padas e várzeas taboleiros brejos lagos e lagoas O número de aves é extraordinário e admirável o de pássaros com destaque do chicopréto pelo seu canto estridente e belo E necessário registar que no inverno nas várzeas lagoas e açudes abundam marrecas patos patorís jassanãs gar ças tetéos etc para gáudio dos caçadores FLÕRA Somente o registo dos vastos carnaubáis que constituem em mo rospreso da pecuária portentosa riqueza do município seria o bastante para referencia da flora eampomaiorensc Mas preciso é declarar que o muni í pio como os demais do Piauí possue árvores que fornecem madeira dc lei cascas e folhas para tinturaria folhas e batatas medicinais saborosos fru tos silvestres além dos cultivados etc 36 MINERAIS Bom será reconhccerse o que se sabe a respeito E o seguinte Em 1791 remeteu o governo da capitania uma nota sôbre os mi nerais do Piauí Nessa nota se menciona No lugar Codóz termo la vila de Campo Maior ha mina de chumbo de bôa qualidade que fundido dá 50 NCste têrmo no lugar Colomincoará naturalmente o que hoje por abreviatura cbamase Colomin ha pedra hume e caparrosa n hiogar Cabeça de Boi Consta também haver entimonio Em 1799 o coronel Francisco da Costa Rabelo informou ao go vernador da capitania que em diversos lugares dos municípios de Mamão Campo Maior e Parnaíba existiam muitas minas de pedra hnme capar rosa e salitre AGRICULTURA Só agora procura embora morosamente conquistar o lugar que lhe compete produzindo o bastante para o consumo local e uma pequena ex portação Cultivamse a cana de açúcar e cereais No verão não ha quasi hortaliças INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria é representada em primeiro plano pela cêra de car naúba tanto que o município neste particular é sempre classificado em primeiro lugar dentro de lodo o Estado pelo fabrico de farinha de man dioca de rapaduras e de aguardente etc empregandose é certo nessa explorações máquinas e aviamentos de rústicas e antiquadas construções O comércio sim tem progredido e avançado de maneira admirável porque as ricas fontes económicas do município recebem com o programa do governo Leônidas Melo de estradas carroçáveis de pontes He alta valia onde se vê a do rio Surubim num dos subúrbios da cidade e outras pequenas obras darte benefícios de forma compensadora Aliás é preciso registar êsse programa de realizações ruralistas de modo generalizado vem do governo Landrí Sales Campo Maior tem extraordinário intercambio comercial com vizi nho Estado do Ceará notadamente por terra PECUÁRIA Campo Maior é um dos grandes municípios criadores de gados di versos e de uma assombrosa resistência Raças melhormente aparelhadas para reforço dessa resistência como bem a Zebú pesada e rústica têm sido introduzidas nos campos O governo do Estado a exemplo do que de vez em quando faz para com os outros municípios facilita aos criadores a aquisição dessas raças selecionadas PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Os seguintes géneros do comércio exportador local demonstram claramente quais as principais fontes económicas cêra de carnaúba gado diversos couros bovinos e peies diversas ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na séde do município Limpeza pública vias urbanas Instrução oito estabelecimentos públicos primários 5 es 37 taduais 2 municipais e 1 particular sendo que o principal estabelecimento estadual denominado Grupo Escolar Valdivino Tito funciona na Rede muiiiepl Religião Predomina a Católica Apostólica Romana fempfol Igreja de Santo Antônio Igreja de Nossa Senhora do Rosario Capela de N S de Lourdes na sede do município e Capela de Nazaré no povoada Nazaré Festividades religiosas Santo Antônio celebrada sempre a 13 de junlio Cemitérios um na séde e diversos no interior do município liuminição pública elílrica urbana e domiciliar instalada a 311932 ArboriLuçâo pública vias urbanas Turismo Três pensões na séde mu nicipal Assistência a enfermos Delegacia de Saúde MONOGRAFIA N 12 DE CANTO DO BI R1TÍ Ano de 1937 Categoria da séde Vila Loi n 837 de 771915 Divisão ju diciária 1937 Têrmo da Comarca de São João do Piauí Registo do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 5989 kms2 Altitude 280 ns Latitude S 8120 Longitude WGr 425700 População 1937 10321 habitantes Distância da Capital em linha réta SSO 342 kms Distância da Capital por estredas carroçáveis 507 kms l ias de comunicação Estradas carroçáveis e estradas reais Correio 9 11 1914 Estação Fisaí Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 227388000 arrecadação municipal HISTÓRIA Canto do Buriti surgiu com o nome de Guaribas no centro de uma verdejante e opulenta mata quando a maniçoba florescia no Piauí ante riormente á lei n 837 de 7 de julho de 1915 que criou a vila CaiHo do Buriti instalada a 31 de outubro do mesmo ano A 28 de setembro ainda de 1915 foram nomeados pplo Governa dor do Estado o Intendente e os vereadores da Câmara Mcmeipal Foi o seu primeiro Intendente o Cel Domingos dos Santos Chaves veterano co nhecedor das necessidades do mêio e antigo morador do lugar A ila de pois de inaugurada em consequência de crise financeira trazida pela des valorização da maniçoba qae era o seu principal prorlúlo de exportação sofreu como era natural na organização da sua economia iniirna Estacionou assim o grande progresso de seus primeiros dias Aja suas energias vitais ficaram reduzidas estritamente a recursos de modesto equilíbrio económico LIMITES O município de Canto do Buriti está limitado ao norte com o mu nicípio de Oeiras a leste com o de São João do Piauí ao sul com o mu nicípio de São Raimundo Nonato a oeste com os de Bom Jesús e Floriano OROGRAFIA Canto do Buriti salvo pequenas ramificações da Serra Branca ur com um planalto vasto e desprovido dágua ocupa larga área do doeste não tem serras notáveis Existem morros e monte espalhado no ntfniíípio mas sem significação geográfica 38 HIDROGRAFIA A hidrografia de Canto do Buriti é toda ela tributária do rio Piauí Não ha no município grandes rios perenes que chamem a atenção do ob servador Pequenos córregos riachos barrocas e saltos que as enxurradas fazem com facilidade para no ano seguinte se desfazerem não merecem grande atenção O rio Fundo que muitos chamam riachoFundo que em largo Irê cho lhe serve de limites do município com o de São João do Piauí é uma verdadeira torrente que na estação sêca mostra o seu leito em todo o seu curso Na época das chuvas ou do inverno ocasiões ha em que o mesmo se torna violento e impede por longos dias a passagem do viajante es praiando em larga faixa de terra ribeirinha inundando os campos o inva dindo as habitações circumvizinhas E podese dizer o maior curso dágua do município e vai levar as suas águas ao rio Piauí depois de um percurso de poucas léguas Perto da vila nas lagoas que lhe ficam adjacentes e que são tem porários lambem nasce e corre nos bons invernos o riacho chamado Canto do Buriti que vai levar as suas águas ao rio Piauí Espalhadas no município ha várias lagoas ou melhor lagunas que como o riacho Canto do Buriti têm curta duração Ha também pequenos reservatórios disseminados no município feitos pelos seus habitantes principalmente para alimentar os gados CLIMA E agradável a temperatura de Canto do Buriti No município não é conhecido grande calôr E salubre o clima e no seu território não ha pro priamente moléstias endémicas ESTAÇÕES O inverno como acontece em todo o sul do Estado começa mais ou menos em outubro ou novembro para findar em máio FÁUNA Canto do Buriti não conhece animais ferozes além da pequena onça muito perseguida eom real proveito pelo resistente sertanejo Encontrarne no município diversos animais nativos como a cutia a paca o talúo veado o caetetú o queixada o tamanduá e muitos outros ariscos e espalhados na grandes matas Encontramse também em grande escala nos terreiros e adjacências galinhas perus patos marrécas etc FLORA A vegetação que cobre grande áre do município é abundante e espaçosa Existem variedades de árvores que fornecem madeiras para cons truções sementes oleaginosas cascas folhas e batatas medicinais havendo também a palmeira da carnaúba As frutas silvestres em Canto do Buriti não são abundantes como nos municípios do norte O município é pobre em frutas diversas MINERAIS As informações que têm sido feitas sobre minerais no município são todas negativas mesmo porque nenhum profissional devidameMe apa relhado tentara alguma pesquiza ou estudo 39 com os iiieifl AGRICULTURA A agricultura c circunscrita á cultura dos cercais divrrvs ago cul tivados também em quantidade apreciável as tuberosas mandioca ma cacheira inhame c batata Tanto os cereais como a farinha de mandioca chegar para o consumo interno e sobram algumas toneladas para j expor tação A hortaliça é pequena chegando mal para o consumo interno INDUSTRIA E COMÉRCIO Com a depreciação da borracha de maniçoba essa indúslrifl extra tiva arrefeceu muitíssimo São mantidas apenas as indústrias da neva de carnaúba em pequena escala e a da farinha de mandioca O comércio da vila sempre girou cí torno de trocas feitas produtos do município No apogeu cia maniçoba iráu çratlo a disl da destacada praça comercial de Forano principal escoadouro nátutd d rendoso género e também da cidade de ÍJemaso no Estado da Baía para onde se encaminhava bôa porção era animador o movimento dc cargas dé tropas de animais em direção aos portos referidos Viajantes encontravam de quando em quando numerosos comboios conduzindo maniçoba No in terior do município era bem crescido o número de barracões coiíícciais Como é de fácil compreensão o desânimo dessa principal indústria exlrfl tiva do município enfraquecera desanimadora nciilc lodo o courMo Mas dc 1930 para cá quando tomara o incremento sabido as estradas oarr n í veis em virtude do novo regime de governo o comércio reanisiouse e por conseguinte retornou mais ou menos á sua antiga vitalidade PECUÁRIA Canto do Buriti pela riqueza de pastagens muito peculiar o sul do Estado cria as diversas espécies de gados PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS O termómetro das principais fontes económicas do município de Canto do Buriti é representado pelos seguintes géneros de exportação ai gotão t cêra de carnaúba couros bovinos peles diversas gados diversos e cereais embora em pequeno vulto ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na séde municipal Limpeza núWiea vias urbanas Instrução 2 escolas de ensino público primário sendo ue a mais importante é denominada Eseola Agrupada Antonino Freire fun ciona na séde do município Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Igreja de Senhora Santana na séde mantcipil Capela de Bom Jesús da Lapa no povoado Corrente e Capela de São José no povoado Barro Festividades religiosas Senhora Santani Sagrado Coração de Jesús Cemitério um na séde do município Arborização pública Praça Anísio de Abreu MONOGRAFIA N 13 DE CASTELO Ano de 1937 Categoria da séde Vila Lei de 19 de janeiro de 176 Divisão Judiciária 1937 Comarca Registo do movimento da população 40 Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia pública Superfície 4888 kni2 Altitude 230 ms LatitudeS5205 LongitudeW Gr 41 34 30 População 1937 19479 habitantes Distância da Capital em Unha réta ESE 137 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis207 kms Vias de comunicação Estrada de Ferro Rede Viação Cearense rodovia Teresina Fortaleza estradas carroçáveis e estradas reais Correio 5 de março de 1859 Telégrafo Estação Telefónica Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 84692000 arrecadação mu nicipal HISTÓRIA O começo da povoação de Castelo data do princípio do século XVIII pertencendo então á freguesia de Santo Antônio do Surubim hoje Campo Maior Elevouse á categoria de freguesia por provisão do Bispo Diocesano D Frei Manoel da Cruz de 27 de novembro de 1742 Pela mesma provi são foi nomeado vigário da nova freguesia que recebeu o nome de Nossa Senhora do Desterro do Rancho dos Patos o padre José Pereira Lopes com a obrigação de construir a Igreja paroquial com auxílio do povo o jual erigiu uma grande capela com duas sacristias que com sensível remtrde lação passou a ser a Igreja Matriz Em virtude da Carta Régia do Governo de Portugal no tempo do Brasil Colónia de 19 de janeiro de 1761 o Governador João Pereira Cal das elevou o povoado ás honras de vila mudando o nome Rancho dos Patos pelo de Marvão cuja instalação deuse a 13 de setembro do anu seguinte 1762 e nêsse tempo doou o mesmo Governador para Patrimônio da Câmara Municipal uma légua de terras em quadro Naquele tempo segundo uma estatística do vigário Antônio Tavares da Silva a séde da freguesia constava de 19 fogos tinha 56 pessoas livres e 9 cativos e em toda a freguesia existiam 716 fógos 39 fazendas de gados 715 pessoas livres e 279 escravos No dia 26 de novembro de 1821 houve o juramento das ha ses da Constituição Portuguesa decretada pela Assembléia Constituinte de Lisboa cujo ato teve lugar no Paço Municipal O município ao tempo de sua criação abrangia também Piranhas e Pelo Sinal hoje Crateús e Independência do Estado do Ceará e Humil des presentemente Alto Longá deste Estado constituídos em municípios No começo do regime republicano pelo Governador dr Gabriel Luiz Ferreira foi mudado o nome de Marvão pelo de Castelo nome que tein uma grande rocha distante da vila 5 léguas ao noroéste e que serve de Cemitério ao povo da vizinhança Os aborígenes do antigo Marvão nos tempos coloniais eram tidos como perversos assassinos mas isso desapareceu com o correr do écub e a imposição da civilização sendo na atualidade os habitantes de Castelo ordeiros pacíficos empreendedores e respeitadores da ordem e da moral mesmo entre os povos de classe inferior Em 1934 o decreto n 1528 de 21 de março do Interventor Fe deral Capitão Landrí Sales Gonçalves deu nova divisão policial to mu nicípio 41 LIMITES Castelo limitase ao norte com o município de Pedro II m matei com o Estado do Ceará ao sul com o município le São Miguel do Tajríiio a oeste com os municípios de Alto Longa e Campo Maior OROGRAFIA O lado oriental do município é quasi todo composto le serras maiores e menores A da Ibiapaba é o limite legal do município de CdSlelo com os da Independência Crateús e Ipueiras do Estado do Ceará mas na parle que defronta com este último município Castelo se acha flagran temente lesado por isto que o termo de Ipueiras vem até na planície do território piauiense para mais de 10 léguas As serras mais conhecidas do município são serra das Brotas do Morcegueiro dos Oitis do Carnaubal das Almas da Bôa Vista lo Horn Sucesso da Cabeça da Onça da Imburana Serrinha Ponta da Serra e outras Ha distante da vila 5 léguas a tradicional pedra do Castelo situa da na planície de uma chapada assemelhandose mesmo a um edifício an tigo em fórma de Castelo onde existem arcadas e blocos dispersos e uma grande sala que atravessa a pedra de lado a lado na qual sepultam e os mortos dando cava com a profundidade desejda Além desta ha outra fala menor que também atravessa a pedra em outro ponto e aonde enterram os corpos de crianças e por isto tem o nome Sala dos Anjos Antes de dar entrada na sala principal encontrase outra pequena arredondada figurando sala de espera entre três colunas de pedra e onde o visitante pode descansar um pouco e continuar a jornada com pouca ele vação acostado á pedra pelo lado exterior e logo perto penetra no salão de honra dos moradores eternos do edifício Na face interna da pedra na Sala dos Anjos se vêm figuras de ma cacos e aves e letras de diferentes caracteres feitas com tinta encarnada Da sala grande se dirigem duas grutas para o interior da pedra em uma das quais na maior fazem enterramento de corpos Na outra gruta existe uma mesa com um oratório envidraçado e dentro dêste uma ima gem de Nossa Senhora ali colocada por uma senhora em cumprimento de um voto A pedra méde aproximadamente 15 metros de altura com uns 300 de circunferência sendo ela de fórma oval Alcançase o seu cume que se constitue de uma planície coberta de capim agreste por uma escada na tural na pedra de fórma triangular e de onde se observam as corvadas do rio Potí ao poente e do outro lado se vêm diversas casas de moradores na distância de uma e duas léguas No centro da pedra tem uma clarabóia que fica sobre a sala grande Ha uma tradição antiga que diz ter sido encontrada a imagem de Nossa Senhora do Destêrro Padroeira da freguesia naquela pedra donde lhe vêio o nome de Senhora do Destêrro por ter sido achada naquele de serto Que trazida a imagem desaparecia da Igreja sendo sempre encontrada no lugar da pedra onde fôra achada Que só a imagem ficou na Igria de pois que lhe deram freguesia para ela ser padroeira Essa Imagem era de pedra vulto pequeno e ha mais de 40 anos desapareceu da Matriz sem jamais se saber do seu paradeiro No dia de finados se reúnem naquela velha Necropole para maia de 100 pessoas que vão orar pelos seus defuntos A pedra é benta e tem sido visitada por todos os Bispos que têm missionado a freguesia de Castelo 42 HIDROGRAFIA O município de Castelo é cortado de rios sendo o Potí o de maior leito e vindo do Estado do Ceará entra no município no ponto do hoqneí rão em direção ao poente até a fazenda Engeitado ao norte da vila e daí toma rumo sudoeste em certos lugares e em outros de norte a sul até in ternars no ponto onde se jantam os territórios dos municípios de Alto Longa e Valença que os divide seguindo o rumo do poente em direção íio rio Parnaíba passando pelo lado oeste da vila na distância de 3 léguas no ponto mais próximo Existem mais os rios Cais que banha a vila e é pe rene daí até sua fóz no Potí o Capivara o Parafuso o do Tapuio o da Onça o da Ininga afluente do Potí e o da Vitória afluente do São Nicolau que serve de extrema ao município de Castelo com o de Valença quasi todos piscosos O rio Canudos pode ser também considerado metade do seu leito do território de Castelo por isto que serve de limite com o lugar Ingazeira até a sua fóz no Potí do município de Castelo com s de Alto Longá e Campo Maior Ha pequenas lagoas sem importância tendo uma de nome Lagoa das Pedras nas terras do Patrimônio Municipal a qual prende a atenção do visitante pela singularidade de ser colocada em cima de um monte pe dregoso sendo todavia a sua bacia assentada em terreno plano couvto de capim de raiz e ladeada de morros Só com 2 ou 3 anos de invernos esoassos é que ela seca O seu subsolo é de argila impermeável da qual se faz uiver sos especímenes cerâmicos Tem diversos olhos dágua mas muitos dêles nas fases climatéricas secam totalmente Daí haver falta dágua em tempos de sêca forçando o criador a retirar os gados para lugares distantes Ha extensão de terras com 6 e 8 léguas chapadões em que não se encontra água a não ser no inverno CLIMA O clima de Castelo não é dos melhores do Estado concorrendo para isso a incerteza do ar atmosférico ora cálido ora frio estabelecendo as sim a canta de constante endemia ESTAÇÕES A exemplo do norte do Estado o inverno começa em dezcmbio e termina em máio FAUNA A fáuna do município de Castelo não difere das dos outros municí pios do Estado enumerandose animais quadrúpedes e reptis aves e pássa ros em grande quantidade FLORA O município de Castelo composto em sua maioria de caatingas tein estas cobertas de madeiras de primeira qualidade e uma variedade admi rável Hervas árvores e eipós medicinais também são abundantes Ha outras plantas apreciáveis como macambira importante alimert tação para o gado caroatá e caroá já explorada com real proveito em outros Estados do País No género das palmeiras existem a rica carnaubeira o tucunzeirc e o buritizeiro de que se prepara o saboroso dôce e o substancioso ehúbé e a babaçú de que se extraem leite para alimentação e óleo igualmente para alimentação e fins industriais 43 Além das frutas silvestres são cultivadas a manga o côco la praia o mamão o imbú a jaca a goiaba o limão a ata ou pinha MINERAIS O município de Castelo nunca foi explorado nem estudado geologi camente e é talvez por isso que estejam ocultos alguns minerais no sólo e subsolo de suas terras Sabese de lugares onde ha tabatinga pedra Itumc e ocre A margem direita do rio Poli no lugar Joazeiro encontrasc em pequena quantidade um chôro na pedra que pouco a pouco se vai solidifi cando e transformase em um pó fino amargo e cáustico AGRICULTURA O município de Castelo é bastante agrícola O seu solo presta se com grande vantagem ao plantio de milho feijão algodão e mandioa nos terrenos de massapé vermelho e arroz nos de massapé preto nos ter renos arenosos a mandioca o feijão a batata a melancia o gcrimiuu a mamona e o gergelim A produção de cereais havendo inverno é suficiente para abas tecimento interno do município chegando para duas safras se não houver explorado Os plantadores ainda usam do velho sistema de trabalho empre gando os clássicos instrumentos machado foice enxada cavador e al vião não existindo no município nenhuma máquina de arar ou semear a terra Ha grande lavoura de cana de açúcar com fábriacs dc rapaduras quasi todas e poucas de aguardente com insignificante produção de sa carose Existem diversos engenhos de madeira e de ferro para cana uria mentos para mandioca em grande numero e uma prensa de beneficiar cêra de carnaúba Ha também o cultivo de bananas ananaz e de outras frutas e bata tas de pouca importância na produção INDÚSTRIA E COMÉRCIO Castelo tem diversai pequenas indústrias compatíveis com os peque nos meios As maiores são a da cana de açúcar a de cereais a da éra de carnaúba a das amêndoas de tucum e do babaçú sendo a dêste em inferior quantidade As que dão grande resultado aos seus cultivadores 10 municí pio são a da extração de cêra de carnaúba e a do plantio de cana de açúcar O comércio é em sua maioria retalhista tendo transações em ruasi sua totalidade com as praças de Fortaleza e Sobral no Estado do Ceará para onde se exportam os diversos géneros e gados principalmente depois da expansão das estradas carroçáveis agora reforçadas com a Estrada de Ferro da Rêde Viação Cearense que já atingiu a Estação do Oiticica no Piauí PECUÁRIA O município de Castelo é essencialmente criador tanto que ponta a fabrica de laticínios Caraíbas de propriedade dos Irmãos Gaiosfl 41 mendra na importante fazenda Nova Olinda com excelente e moderna instalação mecânica para uma regular capacidade produtiva 44 PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS As principais fontes económicas do município são representadas pelos seguintes produtos de exportação cêra de carnaúba algodão couros de bo vinos peles diversas e gados diversos ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na sede do município Instrução 2 esco las estaduais de ensino primário e 1 estabelecimento particular tam bém de ensino primário sendo que o principal estabelecimento estadual rí município dMi minase Escola Agrupada Elisa Meira e funciona na séde do município Religião Prepondera a Católica Apostólica Romana Tem plos Igreja de Nossa Senhora do Desterro Festividades religiosasNossa Senhora do Desterro Cemitério Um na séde municipal Iluminação pú blica a querozene Arborização pública Praça da Matriz Turismo duas pensões na séde do município MONOGRAFIA N 14 DE CORRENTE Ano de 1937 Categoria da séde Vila Lei n 782 de 10 de dezembro de 1872 Divisão judiciária 1937 Comarca Registo do movimento da popula ção Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Po lícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia pública Superfície 5610 km2 Altitude 500 ms Latitude S 10 2553 Longitude W Cr 44 422 População 1937 12771 habitantes Distância da Capital em linha réta SSO 625 kms Distância da Capital por estradas carroçá veis 1137 kms Vias de comunicação Estradas carroçáveis e estra das reais Correio 5 de junho de 1879 Telégrafo 9 de setembro de 1930 Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 125958000 arrecadação municipal HISTÓRIA Corrente foi elevado á categoria de arraial pela Resolução n OO de 7 de agosto de 1860 á de vila com um tabelionato pela Resolução n 782 de 10 de dezembro de 1872 e á de comarca nos primeiros dias do Rrasil republicano tendo por primeiro Juiz de Direito o Dr José Lourenço de Morais e Silva passando novamente a termo judiciário no governo do Dr Miguel Rosa Os terrenos do município foram divididos por ordem do Rei de Por tugal em 1754 pelo engenheiro das Cortes Portuguesas José da Silva Ba ima sendo destaeada a fazenda Corrente de Cima a reqúerimento de Caetano Carvalho da Cunha contando do primeiro ao segundo marco 6300 braças Pelo Decreto n 1279 de 26 de junho de 1931 do Interventor Federal Capitão Landrí Sales Gonçalves concernente á nova organizarão dos municípios depois do movimento revolucionário de 1930 Parnaguá e Gilbués como diversos outros sofreram extinção de seus municípios fi cando aqueles anexados a Corrente os quais posteriormente tiveram res tauração de sua autonomia Essa medida do Interventcr considerava no momento que a divisão administrativa do território do Piauí não correspondia ás necessidades da pública administração Em 1934 pelo Decreto n 1544 de 23 de maio do mesmo Inter ventor Federal Capitão Landrí Sales teve Corrente nova divisão oolicial 45 LIMITES O município de Corrente límitase ao norle com o município de Gilbués a léste com o de Parnaguá ao sul com o Estado da Baía a léste com o município de Gilbués OROGRAFIA Notamse no município de Corrente alguns morros dentre os piais se destacam o do Papagaio o do Morro Furado e do Pico e as Serras tio Gurguéia da Taboca e da Baía Ao lado Oriental da vila descortinasse belo panorama vendose ao longe belíssimas Serras cheias de recortes o 1 1 í r 1 tuosidades HIDROGRAFIA Os principais rios do município são o Gurguéia o Paraim c o Cor rente Como tributário desses três notamse alguns riachos c brejos dos quais citamos Tapera Pindaíba Pintada Palmeira Riachão Riacho Gran de Pôrto Batalha Miracós e Pedras além de outros de menor importância Nenhuma lagoa importante existe no município CLIMA Corrente possúe um clima adorável ameno sêco porém saudável Ha constantemente uma viração mais acentuada na estação sêca pie lorna o clima da vila e quiçá do município agradável ESTAÇÕES O inverno no município principia mais ou menos em outubro ou novembro e se estende até os mêses de março ou abril FÁUNA A fauna de Corrente é representada por todo os animais silvestres sendo por isso a caça bem desenvolvida concorrendo assim com diversos artigos de tal natureza para a exportação Aves e pássaros aparecem em grande variedade nas espécies próprias do Piauí Criamse aves íoMicti as em regular quantidade FLÓRA t Compõem a flora de Corrente arvores de madeira de lei palmeiras próprias da região plantas fibrosas e medicinais frutas silvestres c cultiva das pastagens etc MINERAIS Existem em Corrente jazidas de cristal de rocha AGRICULTURA Ha cultivo da cana de açúcar no ubérrimo município com propor ção para grande desenvolvimento Além de cereais diversos cultivase até mesmo o café INDÚSTRIA E COMÉRCIO Corrente tem as suas indústrias da cana da mandioca e outras de pequena monta O comércio é bem desenvolvido feito quasi que exclnsivanvmte com as praças baianas dada a situação do município em proximidade do Es tado vizinho A indústria e o comércio de Corrente que tem pouca lgacao o o Piauí são moldados como a própria sociedade aos hábitos baianos Tudo 46 isso é bem aceitável porque sendo a localidade piauiense distante de sua capital a 625 kms no extremo sul é natural que adote os costumes da Baía que lhe fica muitíssimo perto e com franco acesso Daí o fato de Corrente ter quasi que em absoluto apenas relações políticas e administra tivas com o seu Estado PECUÁRIA Corrente como acontece com todo o sul do Piauí tem excelentes terrenos apropriados á pecuária Vem disso mui naturalmente a gaintia de ser o município bom criador de todas as espécies de gado primordial base da economia do Estado Os campos as matas e caatingas os boqueirões e baixões têm farta pastagem para o gado Dada a uberdade do terreno a pecuária devia ser bem desenvolvida PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Através dos géneros de exportação são classificadas principais fontes económicas do município a pecuária e a agricultura ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na séde municipal lustrução 4 escolas estaduais do ensino público primário e um estabelecimento particular tam bém primário sendo que o principal estabelecimento estadual denominado Escola Agrupada Marquês de Paranaguá funciona na séde do municí pio Religiões Católica Apostólica Romana e Protestante Templos um Templo católico denominado Igreja São José e um Templo protestante denominado Igreja Batista Cemitérios dois na séde do município MONOGRAFIA N 15 DE FLORIANO Ano de 1937 Categoria da séde Cidade Lei n 144 de 8 de julho de 1897 Divisão judiciária 1937 Séde de Comarca Lei n 96 de 21 de ju nho Registo do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadêia pública Superfície 13741 km2 Altitude 140 ma Latitude S 6o 46 24 Longitude W Gr 43 00 43 População 1937 29343 habitantes Distância da Capital em linha réta SSO 186 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 279 kms Vias de comunicação Estradas carroçáveis estradas reais vias fluvial e aérea Campo de Aviação em fórma de L com uma pista de 650 ms orientação 26 NE e outra de 750 ms orientação 63 NW Correio Em 1882 Te légrafo 14 de fevereiro de 1896 Estação Fiscal Federal Coletoria Es tação Fiscal Estadual Mesa de Rendas Estação Fiscal Municipal Pre feitura 1937 3398308000 arrecadação municipal HISTÓRIA A história de Floriano data de 10 de setembro de 1873 quando pelo Decreto n 5292 foi criado o Estabelecimento Rural de São Pedro de Al cântara a cuja frente se encontrava o ilustre agrónomo piauiense Francisco Parentes que havia sido comissionado pelo Ministério da Agricultura para estudar minuciosamente as condições da criação de gado neste Estado es pecialmente das fazendas de propriedade da Nação O estabelecimento ficou situado á margem do rio Parnaíba a 60 léguas acima da cidade de Teresi 47 na e a 150 do litoral no lugar denominado Chapada da Onça constituindo seu património as fazendas Guaribas Serrinha Matos Algodões e Olho dagua de propriedade nacional as quais foram concedidas ao Ministério da Agricultura pelo da Fazenda para semelhante fim por aviso de 10 de junho de 1873 Essas fazendas que pertenciam ao departamento de Nazaré ons tavam de 21 léguas de comprimento por 20 de largura em órbitas terras de excelentes pastagens e foram doadas com todas as casas currais logra douros e gado existente que orçava em mais de 10000 cabeças O estabele cimento desde logo tomou feição animadora e progressista tornandose u ponto para onde convergiam as vistas da população sertaneja que pura tífluia em procura do trabalho e do comércio Os primeiros direlores opu nham o maior obstáculo á construção de casas particulares impedindo por muitos anos o desenvolvimento da nascente povoação A partir da idmiiiis tração do dr Ricardo Carvalho foi permitida livremente a construção de casas particulares na Colónia de São Pedro de Alcântara para o que di retores tudo facilitavam fornecendo muitas vezes bois e carros para trans porte de material Mantinhamse no estabelecimento além de escolas para os filhos das escravas libertos pela lei de 28 de setembro de 1871 ificirias mecânicas e de aprendizagem agrícola No lugar Brejo havia um campo de agricultura mantido pelo estabelecimento que em 1884 recebeu ten tativa de reforma partida do governo imperial A construção de casas parti culares na povoação teve maior desenvolvimento em 1887 c cru virtude de sensível aumento da população a Resolução n 2 de 19 de junho de 1890 elevou o povoado á categoria de vila com o nome de Colónia trans ferindo para ela a sede do município da vila da Manga Dispoz esta Reso lução que a nova vila continuasse pertencendo á jurisdição civil e crimi nal da comarca de Jerumenha constituindo o termo um distrito de paz c policial com a classificação de I o Poucos dias depois a Resolução si 3 de 26 de junho de 1890 desmembrou o termo de Colónia da comarca de Jerumenha formando êle por si só uma nova comarca com a denomina ção de Colónia Assim permaneceu até que o arl 26 da Lei n 18 de 12 de dezembro de 1892 extinguiu a comarca sendo o seu termo anexado á comarca de Amarante A Lei n 67 de 25 de setembro de 1895 extinguiu a vila e município desmembrando o seu termo da comarca de Amarante e anexando o território ao de Jerumenha para mais tarde em menos de um ano a Lei n 93 de 18 de junho de 1896 restabelecer a vila e o municí pio com os seus antigos limites voltando o termo judiciário a pertencer á comarca de Amarante A Lei n 144 de 8 de julho de 1897 elevou a vila á categoria de cidade com a denominação de cidade FLORIANO e a de n 154 de 16 de julho do mesmo ano criou a comarca de Floriano de 1 entrância compreendendo o seu distrito e os de Jerumenha e Aparecida com séde no primeiro Para chegar á sua atual organização a comarca assou por outras reformas e modificações como bem a de restabelecimento da co marca de Jerumenha a que ficaram pertencendo os termos de Aparecida e Urussuí etc Por seu constante e rápido progresso material devido á ua expansão comercial e consequente aumento de população foi a orna ca de Floriano elevada á categoria de 2 a entrância e assim equiparada ás duas primeiras do Estado Teresina e Parnaíba pela Lei de organi zação judiciária de n 652 de 25 de julho de 1911 classificação esta ainda mantida pela lei de n 1009 de 12 de julho de 1921 que consolidou es disposições legais referentes á reforma judiciária do Estado Em 19251926 os Revolucionários do Sul do País invadiram o Piauí Mas mui de propósito este trabalho de Monografias Estatístico Descritivas Municipais dada a restrição de suas proporções e a pouca im 48 porlância de certos episódios da invasão na sua maioria deixou para focali zar apenas os ocorrências de Lrussuí Floriano e Teresina principalmente esta O Governador do Estado de então dr Matias Olimpio de Mélo rom referência aos revoltosos que sob o comando do Capitão Luiz Carlos Pres tes invadiam o território piauiense fez a 10 de dezembro de 1925 circular Boletim do jornal oficial O Piauí para ciência da população de Tere sina a quem mais de perto se dirigia informando que os rebeldes se apro ximavam de Floriano e que havia sido determinado que as forças legais descessem o Parnaíba com destino á Capital O dr Higino Cunha do Instituto Histórico e Geográfico Piauiense e da Academia Piauiense de Letras em seu trabalho Os Revolucionários do Sul através dos sertões nordestinos do Brasil á pagina 119 diz Em Floriano cidade próspera e futurosa porto comercial de primeira ordem onde estiveram desde o dia 17 de dezembro vindos de Urussuí e de outros pontos até o dia 29 daquele mês quando se retiravam os últimos ijpode raramse da estação telegráfica e saquearam todas as repartições públicas mêsa de rendas coletorias cartórios e agência dos correios subtraindo correspondências dinheiros valores e sêlos Arrombaram a mêsa de vendas e varias casas comerciais donde retiraram mercadorias que distribuíram com os populares Caturaram grande quantidade de cavalos e burros nos campos adjacentes na distância de dez léguas abatêram muito gado vacam de que apenas se utilizaram da parte deanteira e incendiaram todos os li vros da escrituração da mêsa de rendas e muitos autos do executivo fiscal existentes no cartório do 1 escrivão da comarca São avaliadas em 500 contos no minimo os prejuízos materiais de Floriano Tiraram uma edição do seu jornal O Libertador nas tipo grafias da cidade que deixaram empasteladas Passaram por aquela cidade em dias diferentes os chefes revol tosos Miguel Costa Luiz Carlos Prestes João Alberto Manuel Lira Djalma Dutra Ari Freire Pinheiro Machado Moreira Lima Padre Manuel Macedo Raimundo Nonato Batista dos Santos e Codofrêdo Parentes Em Amarante onde permaneceram de 20 de dezemhrj a 2 de janeiro perpetraram os mesmos atentados mutatis mutandis ctc Em 1934 em virtude do Decreto n 1541 de 18 de maio do In terventor Federal de então Capitão Landrí Sales Gonçalves Floriano teve como os demais municípios do Estado nova divisão policial Floriano contou no seu movimento jornalistico A Cidade de Floria no O Floriano Correio do Sul A União A Luta e O Popular que como os outros desaparecera ultimamente em virtude de transferência de residên cia de seu diretorproprietario para Santo Antônio de Balsas do Mara nhão LIMITES O município de Floriano é limitado ao norte pelo Estado do Ma ranhão e os municípios de Amarante e Regeneração a léste pelos municí pios de Oeiras e Canto do Buriti ao sul pelo município de Bom Jcsús a oéste pelo município de Jerumenha OROGRAFIA O município de Floriano estendese em terreno ordinariamente pia no Pequenas serras porém de quando em vez em ligeiros acidentes cor tam as suas extensas chapadas parecendo ligaremse ás ramificações das ser ras que nos separam dos vizinhos Estados de léste Entre elas nolamse as do Boqueirão Tranqueira Lagens Alegrete Cana Brava Catarens São José e Bôa Vista 49 HIDROGRAFIA Entre os rios e riachos perenes distingnemse Parnaiba irtéria principal do Estado o Gurguéia o Caldeirão o Alegrete ctc Dentre og i ã perenes podemos citar o Piauí o Corrente o Mucaitá o Itaneíra Papa gáio o Uica etc No município de Floriano conhecemse algumas lagóas sendo a maior a de Nazaré a nove léguas da séde municipal mediado kms de comprimento por um de largura formada pelo rio Piauí do Pavussú e Rio Grande com um quilómetro de comprimento por meio de iargura formadas pelo rio Itaucira e as da Caiçara Flores lica São Frau cisco e Coelho Com exeeção das de Nazaré Pavussú e Caiçara as demais no rigor do verão e quando não lia bom inverno secam qtiasi que um pie tamente CLIMA O clima do município de Floriano é quente e scep no verão e hú mido no inverno Não ha endemias nem epidemias pois ordinal iamrúlc em situação normal a salubridade é incontestável ESTAÇÕES Inverno de dezembro a maio Verão de junho a novembro FÃUNA A fauna do município de Floriano é rica como em geral n lodo o Estado do Piauí Possue animais de qaasí todas as famílias existentes no Brasil das quais citaremos entre os mamíferos quadrumanos de árias es pécies carnívoros roedores desdentados paquidermes não esquecendo os solipedes ou equídeos E também grande a variedade dos ruminantes Quanto ás aves existentes no município distinguemse rapaces diurnos nolurnes trepadores galináceos grande variedade de avos columbinas aves domésticas pernaltas palmípcdcs pássaros etc E abundante varie dade de peixes reptis batraquios anelados e moluscos existentes FLÓRA O reino vegetal de Floriano é bem rico em madeiras d constriçã plantas medicinais e fibras de grandes variedades tendo também xce lentes qualidades de forrageiras Notamse as seguintes espécies tambnril cajueiro pauferro angico jacarandá violeta unha de gato jatobá pau darco pequizeiro aroeira gameleira ingá mameleiros maaiçoba car naúba buriti babaçu huritirana imbuzeiro cajazeira quina batata de purga ipecacuanha e uma infinidade de outras MINERAIS Presumese que o subsolo do município de Floriano seja muito rico em minerais Têm sido constantes e repetidas as tentativas para a xplvião de jazidas de petróleo já tendo encontrado algumas pessoas indício do pre cioso combustível no leito cio riacho Taboquinhas Afirmasc também exisii rem no município muitas jazidas de cobre ferro e outras porém Iodas inex ploradas O terreno é formado de rochas em grande parte dominando no entanto os terrenos arenosos e argilosos AGRICULTURA A agricultura do município apesar de ter de enfrentar vários fenó menos decorrentes das condições geológicas do município e do flaçélo das 50 secas periódicas vem se desenvolvendo de maneira especial Dentre as di versas culturas do município cuja lavoura se ressente ainda de maior emprego de aparelhamento moderno se destaca sobremodo a do nlgo dão que nestes últimos anos vem recebendo da administração pública toda a sorte de amparo e benefícios notadamente por mêio da Colónia Dr Sampalo Para o plantio da preciosa malvacea o governo do Estado inten sifica a distribuição de sementes selecionadas por todos os municípios que possuem terrenos apropriados á plantação do Ouro branco A classifica ção comercial do algodão nas praças de Floriano e Parnaíba e o controle oficial exercido pelo serviço de Plantas Têxteis do Ministério da Agricultam são de vantagem imensamente grande O plano da Diretoria do Agricultura do Estado é de amparo á agricultura em geral e do modo especial ás Colónias e aos Campos já existentes Os fatos e as demonstrações oficiais atestam isso de maneira eloquente Além do algodão são cultivados ainda em regular escala a cana de açúcar o fumo o milho o arroz o feijão a maniçoba etc Nas ribeiras do rio Mucaitá e Itaueira é que a agricultura tem maior desenvolvimento por serem mais férteis e habitadas INDUSTRIA E COMÉRCIO A industria principal do município era a extrativa da borracha de maniçoba enfraquecida com a desvalorização do produto Em seguida vi nha a da cera Hoje registase animadoramente a do algodão bem como a do arroz da mandioca etc Além da Vzina Itaueira existem outras também de beneficiamento de algodão de pilar arroz e de fabricação de gêlo Contamse mais três fá bricas de bebidas uma de cortume duas padarias e três sapatarias de des taque No interior existem diversos engenhos de cana O comercio de Floriano é sem duvida um dos mais importantes do Estado e o principal das localidades do sul Exporta em grande escala todos os géneros próprios da região Existem as seguintes casas de vendas a grosso e a retalho 44 estabelecimentos de mercadorias gerais 90 mercearias 13 de compra de géneros de exportação 3 farmácias 1 livraria 1 papelaria e 5 botequins Nos povoados Periperí e Rio Grande ha animador comercio AVIAÇÃO Os aviões militares e da Condor vêm contribuindo como é de fácil compreensão mais eficazmente para o máximo de progresso do comércio do sul do Estado principalmente através de Floriano que como já foi des crito é o ponto centralizador do referido comércio em procura de Tere sina Parnaíba e outras praças de contacto com o movimento interestadual e do exterior concernente aos diversos géneros de exportação PECUÁRIA A criação do gado apesar de constituir uma das constantes preocu pações do povo ainda não recebeu acentuada reforma no rotineiro método dos antigos vaqueiros As pastagens não têm sido melhoradas Somente al guns fazendeiros se mostram interessados no aperfeiçoamento do ado va cum pelo cruzamento com outras raças e para isso tem concorrido o go verno do Estado dêsde administrações anteriores ao movimento revolucioná rio de 1930 adquirindo determinado número de produtores de raça se lecionada preferencialmente a zebú por ser a mais adaptável á região 51 PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Não resta a menor dúvida de que as principais fontes ecónomicaa do município de Floriano são representadas pela pecuária pela agricultura e pela indústria extrativa donde ressalta animadoramente o babaçu e a ra de carnaúba principalmente esta que em 1937 deu uma produção dè 195807 quilos ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na séde do município e outro no pov ndo Periperí Limpeza pública vias urbanas Instrução o ensino secundá rio é ministrado por duas escolas municipais denominadas Escola de Ada ptação e Escola Normal ministram o ensino primário nove escolas es taduais uma municipal e 10 particulares Rdigião predomina no inuni cípio a Católica Apostólica Romana Templos Igreja de São Pedro de Alcântara na séde do município Capela de Bom Jesús da Iapa no po voado Periperí do Itaueira Capela de São Francisco das Chagis no po voado Rio Grande Capela de Nossa Senhora de Nazaré no po voado Nazaré Capela de Nossa Senhora da Conceição no povoado Man ga católicos Igreja Batista protestante ua séde municipal Festivida des religiosas São Pedro de Alcântara Nossa Senhora de Nazaré e Nossa Senhora da Conceição Cemitério um na séde municipal Iluminação pública elétrica urbana e domiciliar Arborização pública7 ruas 2 ave nidas e 4 praças Turismo 2 pensões na séde do município issistência a enfermos Dispensário de assistência médica MONOGRAFIA N 16 DE GILBUÉS Ano de 1937 Categoria la séde Vila Lei n 68 de 14 de máio de 1891 Di visão judiciária 1937 Termo da Comarca de Bom Jesús Lei n 96 de 21 de junho Registo do movimento da população Resisto Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 11192 kms2 Altitude 550 ms Latitude S 93400 Longitude W Cr 4451 00 Popu lação 1937 12666 habitantes Distância da Capital em linha rétn SSO 565 kms Vias de comunicação Estradas reais Correio 26 de setembro de 1890 Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Mu nicipal Prefeitura 1937 131568000 arrecadação municipal HISTÓRIA Gilbués é uma terra de história curta mas expressiva A vila foi edificada ou melhor começada a construir sob os bons aus pícios do patriota piauiense Antônio Nogueira Paranaguá que voltando las latas nos campos paraguaios doou meia légua de terra para a construção de uma capela onde futuramente devia ser levantada a vila Efetivamcnt construída a capela desenvolveuse a povoação com o nore d Santo An tonio de Gilbués e em 1891 pelo Decreto Estadual n 68 de 14 de máio o povoado foi elevado á categoria de vila cujo rt 2 dispõe a aludida vila se constituirá de terrenos que compreendem as fazendas Sao Francisco Enseada Campos de Baixo e Retiro pertencentes ao município de Corrnte donde assim ficam desmembradas e dos terrenos que se achara compreen didos entre a Serra do Papagáio até a dita fazenda São Francisco á mar 52 gem direita do referido rio Esse Decreto foi baixado pelo Governador ba charel Alvaro de Barros Oliveira Lima A vila foi inaugurada em 1892 pelo então Juiz de Direito de Corrente dr José Lourenço de Morais e Silva A Lei Estadual n 581 de 9 de julho de 1910 promulgada pelo Governador de então Antonino Freire da Silva e o Secretário de Estado Matias Olimpio de Mélo diz em seu artigo único a vila de Santo Antônio de Gilbués passará a chamarse vila de Gilbués revogadas as disposições em contrário Em consequência do Decreto n 1279 de 26 de junho de 1931 lo In terventor Federal Capitão Landrí Sales Gonçalves dando nova organização aos municípios do Estado foi suprimido o de Gilbués que ficou anexado ao de Corrente sendo todavia restaurada a autonomia do município pelo De creto n 1478 de 4 de setembro de 1933 do mesmo Interve7itor O Decreto Estadual n 1529 de 5 de abril de 1934 criou uma Delegacia de Saúde com séde em Bom Jesús compreendendo além deste os municípios de Gilbués e Corrente e o distrito municipal de Parnaguá O município de Gilbués pelo Decreto Estadual n 1544 de 23 de máio de 1934 teve nova divisão policial LIMITES Estão focalizados os limites de Gilbués na atualidade assim ao norte com Santa Filomena e Bom Jesús a léste com Corrente ao sol tom os Estados da Baía e Goiaz e a oéste com o Estado do Maranhão OROGRAFIA Todo o município de Gilbués é encravado em altiplanos e serrotes No ocidente notamse morros dispersos campinas emaranhadas de grutas dando ao espectador um belo panorama que se descortina em léguas e léguas A Serra da Tabatinga que se acha situada no extremo sul do Es tado e a Serra do Jalapão servem de limites do município com o Estado de Goiaz Da primeira destas serras como uma pequena ramificação nasce a serra do Papagaio que limita Gilbués com Corrente Ao norte ha a serra do Ouro ou Riachuelo que serve de limites de Gilbués com Santa Filomena No interior do município distinguemse as serras do JJrucuzal do Barreiro do Mororós e dos Patos que se estende formando diversos bo queirões HIDROGRAFIA Embora não tenha o município de Gilbués rios navegáveis dada a sua localização é muito fértil de águas além de pequenas lagoas E corta do por toda parte por pequenos brejos e riachos O rio Parnaíba artéria mater das águas piauienses serve de limites ao município desde a na nas cente na serra da Tabatinga no lugar denominado PauCheiroso até a serra do Ouro em território gilbuéense num percurso de 120 kms Além do rio Urussuí Vermelho os principais brejos que servem de afluentes nesta parte são o Muricí o BoiPréto o Corriola e o rio das Lontras O rio Cur guéia nasce na mesma serra da Tabatinga e banha todo o mnnicípio os seus principais afluentes á margem direita são Brejão Vereda Grande Mato Grande Lagoa de Sáia Prata Buritizal Grande Riachinho Macacos Riacho da Cerca Boqueirão Saco Fundo Pódolho e Riacho do Mucambo á margem esquerda são Brejo Araras Riacho Castanheiras Riacho do Periperí Ribeirão Contrato Brejo Paus Boqueira e Estivas 53 As principais lagoas são Saltões Lagoa Grande Lagóa da Séia V7 Jose Pedra Furada Jacaré Salina Lagoa Azul Páus Calumbí Alegre São Francisco e Contagem CLIMA O clima de Gilbués é um dos mais sadios do Estado o que facil mente se explica pela elevação relativa de seu território ESTAÇÕES Como acontece em outros municípios o inverno difere dos do norte começa em outubro ou novembro indo até abril ou maio FAUNA A fauna do município é a mesma de todo o Estado variada e abun dante As aves domésticas são criadas em pequena escala para consumo local FLÕRA E também opulenta a flora de Gilbués conquanto o observador á primeira vista possa pensar que a terra por apresentar vasta campina onde as árvores são sempre de pequeno porte e as chapadas de vegetação pouco desenvolvida seja pobre de vegetais acontece porém que ha vários e ex tensos baixões onde a natureza tropical reassume a sua exuberância e en tão encontramse gigantes florestais como o jatobá o angico o imu lnrr a aroeira o pequizeiro etc etc Nas chapadas são abundantes as maniçobeiras principalmente js de espécies rasteiras Em pequena escala em vários lugares do município cidtivanse as árvores frutíferas de modo rotineiro MINERAIS E esta uma questão de dificil solução Acreditase porém jiie o território de Gilbués é assás rico em minerais preciosos ainda completa mente por explorar Na vila após grandes chuvas apanhartise pequenos grânulos de metal semelhantes na fórma e na substância ao chumbo usado para tiro de espingarda o fato é comum e todos os moradores dêle Ião notícia O Prefeito Municipal da localidade Sr Fausto Lustosa or inter médio do Diário Oficial em carta dirigida ao Diretor deste divulgara Tenho o prazer de informar a V Excia que acabam de ser descobertas neste município novas jazidas de diamantes uma á margem do rio Urussní Vermelho no lugar denominado Monte Alegre distante desta cidade 2j quilómetros outra no lugar Pindaíba distante 15 quilómetros te AGRICULTURA Êste ramo de indústria e atividade ainda está atrasadíssimo cm todo o município A lavoura é exercida em pequena escala e limitise í existência de pequenas roças nos baixões Ha pequeno e rudimentar cultivo da cana em alguns brejos 54 INDÚSTRIA E COMÉRCIO Existia ate pouco tempo um lastimável atrofiamento da indústria e do comércio de Cilbués Havia um acanhado número de casas comer ciais A falta de fácil mêio de transporte era para a indústria c o comér cio um verdadeiro desânimo Era um problema Hoje com o programa de governo que tem em mira as estralas carroçáveis com obras dárte do menor pontilhão á mais desenvolvida ponte aqui no Piauí êsse grandioso problema vai sendo resolvido com admirável resultado refletindo em Gilbués as estradas próxima já tons truidas PECUÁRIA Podese afirmar que de Floriano para cima o município de Gilbués é o que mais gado bovino cria no Estado Contudo ainda falta unia regu lar introdução de reprodutores de raças selecionadas para melhoria do tipo crioulo Quanto falta pastagem no verão o gado vai espontaneamente para os lugares chamados refrigérios isto é os brejos ou para lá é conduzido pelos vaqueiros quando começam as chuvas observase o movimento in verso O gado conquanto numeroso e sadio é todavia de pequeno porte á falta de acentuado cruzamento com raça de pêso Vão ha leite bastante para o fábrico de queijos e requeijões como em outras partes do Piauí O gado faz parte do intercâmbio de Cilbués com o Estado da Baía PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Não ha negar que a Pecuária é a principal fonte económica de Gilbués sendo o gado e seus derivados os maiores elementos da exportação ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na séde municipal c outro no iovnudo Meios Limpeza pública vias públicas da séde do município e do po voado Mêios Instrução 4 escolas estaduais de ensino primário Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Igreja da Divina Pastora ha séde dó niúnicípio Igreja de São Francisco no povoado Mêios CãjpehVdo Menino Jesús no povoado Maravilha e Capéla de Santa Mada lena no pòVoado Allà Mira Festividades religiosas Divina Pastora São Francisco e Menino Jesús Cemitério um na séde municipal ArbôrViá ção pública vias públicas MONOGRAFIA N 17 DE JAICÓS Ano de 1937 Categoria da sédeCidade Lei n 3 de 30 de dezembro de 1880 Divisão judiciária 1937 Comarca Lei n e 96 de 21 de junho Regis to do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 5484 km2 Altitude 260 ms Latitude S 7o 21 10 Longitude W Gr 41 11 00 População 1937 20316 habitantes Distância da Capital em linha réta SSE 306 Lins Distância da Capital por estradas carroçáveis 404 kms Vias de tomu nicação Estradas carroçáveis Estradas reais Campo de Aviação não inaugurado Correio 5 de março de 1859 Telégrafo 2 de agosto de 55 1904 Estação Fiscal Federal Colctoria Estação Fiscal Estadual Cole toria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 46789000 ar recadação municipal HISTORIA Jaicós foi na primeira metade ílo século XVIII uma aldeia il índios Jaieós O povoado recebeu posteriormente o nome de Cajueiro que florescendo sempre alcançou em 1801 a graça cie ser elevado á ca tegoria de paroquia e pelo Decreto de 30 de janeiro de 183Q la Regên cia do Império foi erigido em vila com o nome de Jaicós em honra dos índios domesticados seus primeiros habitantes sendo seu território des membrado do de Oeiras Contudo a vila só foi instalada i 2l de fevereiro de 1834 Com o progresso e o desenvolvimento da vila e o iiiinenlo da po pulação resolveu a Assembleia Provincial elevála a comarca autónoma desanexandoa da de Oeiras em 1854 Em 1880 pela a í n de 30 dezembro a vila foi elevada a cidade Muito deve o seu franco desenvolvi mento ao grande sacerdote e educador padre Marcos de Araújo Costa tine ihe deu apreciável impulso já no ponto de vista material promoveudn a construção de prédios e templos já no ponto de vista moral fervoroso pre ceptor que era Jaicós foi perdendo pouco a pouco os vestígios da velha aldeia de maneira que hoje só conserva dos índios o nome e a tradição Em 1931 pelo Decreto n 1279 de 26 de junho do então In terventor Federal Capitão Landrí Sales Conçalvcs o município de Paulista perdeu a sua autonomia ficando anexado a Jaieós recuperando todavia pelo Decreto n 1478 de 4 de setembro de 1933 a autonomia perdida Em 1934 pelo Decreto Estadual n 1528 de 21 de março o muni cípio de Jaicós teve nova divisão policial LIMITES O município de Jaicós é limitado ao norte pelos município de Picos e Socorro a léste pelo Estado de Pernambuco ao sul com o muni cípio de Paulista a oéste com o município de Simplício Mendes OROGRAFIA Como elevações mais importantes do município descrevèmse i 1 Serra dos Cocos ao norte nos limites com o município de Picos 2 Cha pada do Araripe faixa intermediária entre a Serra Grande e a Serra dos Dois Irmãos nas fronteiras do Ceará e Pernambuco coinpostn de férteis taboleiros 3 Chapadão no divisor de áeuas dos rios Itaim e Guaribas 4 Serra do Encanto na zona léste do município HIDROGRAFIA Jaicós município rico banhado pelos rios Canindé Itahn Ria chão alem de outros de menor importância que o fertilizam e o pteaer vam relativamente das secas periódicas tem étimos terrenos para criação e melhores ainda para a agricultura O território do município é composto de afamados campos imo sos taboleiros várzeas e planícies imensas e montanhas que se estendem ate os limites de Pernambuco Esses campos que constituem efetivamente ver dadeiras belezas e riqueza têm entretanto um grave inconveniente Nas ocasiões das secas desaparecem completamente devido á ardenca solar que muito prejudica a indústria pastoril 56 CLIMA A cidade goza de um dos melhores climas do Estado alimentada por água muito bem potável e de excelentes condições de salubridade O dr Delgado de Carvalho aponta o clima de Jaicós como o suais saudável do Piauí ESTACÕES O inverno começa em outubro ou novembro para terminar em abril ou maio FAUNA Jaicós pela descrição dos seus campos tem regular fauna mo é de fácil compreensão FLÓRA O município conta árvores de madeira de lei buritizais tucunzais carnaubais fruteiras silvestres e cultivadas alem de diversas plantas me dicinais MINERAIS Quanto á riqueza mineral do município nada de importância e pode adiantar pois dela apenas ha vagas notícias Encontrase em abun dância argila de ól ima qualidade para todo serviço de olaria e cerâmica Também encontramse bôas pedras calcáreas AGRICULTURA Sendo o município banhado por rios e riachos as ítrras s tornam fertilíssimas e apropriadas á cultura de cereais legumes mandioca e rina de açúcar mas contudo êsse ramo da riqueza de Jaicós ainda é explo rado por mêios rudimentares INDÚSTRIA E COMÉRCIO Pela centralização da cidade a sua indústria ainda não corresponde ás necessidades do mêio registando todavia rotineira aparelhagem como sejam 95 aviamentos para mandioca 28 engenhos de madeira para cana uma bolandeira para beneficiamento de algodão e três pequenas llzinas fie fôrça motriz também para beneficiamento de algodão Ha duas fábricas de bebidas O comércio pelo mesmo motivo da situação central da cidade era feito maximé com Pernambuco e Raia em tropas de animais Hoje com o valioso programa de governo para intensificação das estradas carroçáveis Jaicós regista três dessas ligações para Paulista Picos e Campos Sales Ceará com os respectivos pontos intermediários Para reforço dessa fa cilidade comercial a prefeitura municipal constroe apropriadj campo de aviação á espera dos altos benefícios trazidos pelo correio aéreo militar No momento foram cadastrados 19 estabelecimentos de mercado rias gerais 34 mercearias e 3 farmácias PECUÁRIA Jaicós cria bem todas as espécies de gado como criam todos os mu nicípios do Piauí mas ainda precisa de proteção racional para a sua pe cuária 57 PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Concorrem para a economia piauiense mais eficazmente a pecuária a agricultura e a indústria exlrativa de cêra de carnaúba embora m me nor escala em confronto com outros municípios ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na sede do município e três no interior Limpeza pública vias urbanas da séde e dos povoados Simões c Pa tos Instrução duas escolas estaduais de ensino primário lendo a de nominação de escola agrupada Anísio de Abreu o principal estabeleci mento público do município que funciona na séde Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Igreja de Nossa Senhora ca Mercês na séde do município Capela de Santo Antônio no povoado Bôa Esperança Capela de São Simão no povoado Simões e Capela de São Sebastião no povoado Patos Festividades religiosas as de São Se bastião São José Santa Cruz Sagrado Coração de Jesús Nossa Senhora tias Mercês Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e a de Natal Cemitérios um cemitério público na sede municipal e oito particulares no interior Prédios públicos e particulares de 1930 para cá cm virutde de nova atuação da administração municipal têm sido restaurados centenários pré dios como bem o antigo sobrado construído pelo padre Marcos de Araújo Costa afim de servir de Fórum local salientandose nêsse movimento a re forma do antigo edifício onde funciona a Prefeitura e outro pira a Cadeia Pública com todos os requisitos higiénicos Iluminação pública 1 e tromax Turismo uma pensão na séde do município MONOGRAFIA N 18 DE JERUMENHA Ao de 1937 Categoria da sédeCidade Lei n 12 de lã de fevereiro de 1890 Divisão judiciária 1937 Termo da comarca de Floriano Lei n 96 de 21 de junho Registo do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 6266 kms2 Altitude150 ms Latitude S 7 4 0 Longitude W Gr 43 30 21 Popula ção 1937 18746 habitantes Distância da Capital em linha réta SSO 230 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 351 kms Vias de comunicação Estradas carroçáveis e Estradas reais Cor rêio 5 d março de 1859 Telégrafo 2 de máio de 1913 Estação Fis cal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 66419000 arrecadação municipal HISTÓRIA Jerumenha fica á margem direita do rio Gurguéia 24 kms acima de sua fóz no rio Parnaíba Foi fundada em terreno que se presta para uma grande cidade A parte urbana está naturalmente demarcada ao sul o riacho Urubú no leito do qual se vêm varias fontes perenes ao norte o riacho Santa Kui tom os olhos dágua Apagafogo e Pinga ao levante o môrro do Centenário antigo do Pinga no cimo do qual a 7 de setembro para comemorar o centenário da independneia foi erguida uma grande cruz dominando a cidade e ao oéste o rio Gurguéia E uma das vilas criadas pela Carla Régia de 19 de junho de 1761 58 Já possuía porem recursos para merecer a graça de er elevada á v ila Devendo sua origem a uma aldeia de índios domesticados trazidos da Baía pelo aventureiro português Francisco Dias dAvila que a fundou sob a proteção de Santo Antônio de Pádua a 13 de junho talvez mas em ano que não está infelizmente averiguado sabese no entanto que em 1741 já Jerumenha estava florescente e seus habitantes auxiHtvam a al guns padres da Companhia de Jesús a edificar uma Igreja na praça prin cipal a qual sem ser uma obra darte sem estilo definido sem ter a sun tuosidade dum grande templo não deixa de ser unia ótima casa de ora ções ampla arejada solidamente construida Comprometeramse seus habitantes no ato inaugural da vila por contrato escrito a edificar 13 casas no território da freguesia No ano seguinte 1762 procedeuse ao arrolamento constatantlose possuir Jerumenha cm sua séde 16 fogos 99 habitantes sendo 71 livres e 28 escravos e no resto da freguesia 77 fogos e 31 fazendas de gado tom 598 habitantes sendo 300 livres e 298 escravos Cronologia Hist do Est do Piauí O comercio era feito com a vila de Caxias no Maranhão pelo Porto dos Veados em linha ré ta Os comboios eram sujeitos a saques e roubos repelidos pontilhados de homicídios Os habitantes grupados em torno da Igreja só de ano em ano se comunicavam com a cidade de Oeiras Capital da Província 35 léguas ao nascente Caçavam á farta e criavam gado quando não lavravam a terra opu lentíssima dividida em inúmeras sesmarias E assim viviam quando anos depois correu célere por montes c va les o grito alviçareiro do Ipiranga Jerumenha sob a ação lusa protesta m famoso ofício dirigido ás Cortes portuguesas por intermédio do Ouvidor Geral dr Francisco Zu zarte Mendes Barreto contra o alo da vila de São João da Parnaíba que aderira á independência Mes livre do reinol impenitente trabalhada por patriotas ardentes retoma ao lado dos independentes o honroso lugar que lhe compelia pelo seu prestígio tradicional pelo ardente patriotismo de seus filhos aderindo também á santa causa da independência O fato foi a 2 de março de 1823 Daí em diante a ascendência de Jerumenha sobre o sul do Estado e sobre grande trecho do Maranhão foi incontestável Com autorização legal Matias de Souza Rabelo comandante da Manga do termo atravessando o Parnaíba aclama a independência em São José dos Matões a 12 de abril e o Capitãomór João Gomes Caminha comandante das armas desta então vila proclamaa e também PastosBons a 19 de máio tudo de 1823 A corrente impetuosíssima da independência extravasava inundando todo o País A 28 de agosto seguinte em sessão solene festejando o término da cruenta luta a Câmara Municipal com o comparecimento das famílias re sidentes na vila e pessoas do povo mandou proceder a leitura da seguinte proclamação Parabéns piauienses Triunfam em todas as partes do grande im pério as armas da independência e abatemse seus inimigos O corifêo de nossos rivais geme em catura Uma muito honrosa capitulação fez aparecer o fausto dia primeiro de agosto em que o heróico e valente exército do orle entrando na vila de Caxias e nesse decantado monte das Tabocas covil de nossos inimigos viu abatidas as bandeiras lusitanas e arvorado o estandarte estrelado 59 O dia 7 era destinado para ali se prestar o solene juramento á in dependência e ao imortal D Pedro I Exultemos de prazer e corramos a render as devidas graças ao Supremo Deus dos Exércitos pelos benefícios que sobre nós tem derramado Seja êsse dia 24 do corrente em iu dèle tiverem notícia Adiantemos contudo nos dois dias antecedentes aquelas lemmis trações de aplausos e alegria pública que nos fôr possível Toda i vilas c lugares da província deverão fazer o mesmo logo que lbes chegar tal no tícia mil vezes da maior satisfação Assim espera e confia a Junta do go verno temporário que com vozes alegres incessantemente clama de ano convosco Viva a nossa Santa Religião Viva a Independência do Brasil Vivam as Cortes do Império Viva o Imperador Constitucional nosso defensor perpétuo Palácio da Independência e do Império Inácio Francisco de Araújo Costa como presidente Manoel Pereira de Miranda Ozorio S Honorato José de Morais Rêgo Esta vibrantíssima proclamação foi registrada á pagina 63 do ivro n 5 de registos da Câmara Municipal de Jerumenha aos 20 de setembro de 1823 Ao estalar a revolução dos Baláios em dezembro de 1838 jerunie nha aprestase e entra em ação até o fim daquela infamíssima guerra per dendo dezenas eentenas de seus filhos Chegou até os nossos dias de geração em geração a história de nossos heróis contada nos terreiros das fazendas sob o divino luar ser tanejo Na paz que se seguiu voltou Jerumenha á caça referente ao gado e á roça isto é a progredir a seu modo Novo arrolamento em 1843 perdendose a parte referente aos ha bitantes não assim quanto ao número de fogos já então subindo a 1 715 o número deles O chefe de polícia Cunha Paranaguá em 1854 verifica stíí êste o município mais populoso com 13954 habitantes Foi elevada á categoria de cidade por decreto n 12 de 15 de feve reiro de 1890 Em 1926 os Revolucionários do Sul do país invadiram Jerumenha Em 1931 pelo Decreto n 1279 de 26 de junho do Interventor Federal Capitão Landrí Sales Gonçalves Jerumenha anexava ao seu mu nicípio os de Porto Seguro e Aparecida sendo que em 17 de agosto de 1934 o de Aparecida readquiriu a autonomia perdida Em 1934 pelo De creto n 1541 de 18 de maio Jerumenha teve nova divisão policial LIMITES Jerumenha limitase ao norte com o Estado do Maranhão ser vindo de linha divisória o Rio Parnaíba a léste com o município de Flo riano a oéste com os municípios de Aparecida e Urussuí ao sul os de Bom Jesús e Aparecida COlil OROGRAFIA sul e Os terrenos de Jerumenha têm grande parte plana porém oéste do município ha imensas zonas acidentadíssimas HIDROGRAFIA O rio Gurguéia que atravessa o município em toda sua extensão o Parnaíba que banha a costa num percurso de 120 kms o ribeirão Prata importantíssimo para a lavoura e criação cortao por 108 kms indo ati 60 rarse no Parnaíba um km acima do povoado Veados sobre pedras altíssi mas formando uma béla cachoeira Outros ribeirões Engano Cardoso Brejo Tinguís Angico Solidão Urucú Catapora etc Riachos Esfolado Pocinho Cabeceira Riacho do Mendes Canavieira Cabeceira Lages Sáco Sucuriú Bezerra Macacos São Camilo Riacho do Mato e outros todos perenes A lagôa da Velha cortada pelo Prata é a mais importante do mu nicípio Ha no centro dessa bela lagôa um morro desnudo em torno do qual tecem muitas lendas No fértil vale do Cardoso registamse várias sendo a mais impor tante a denominada lagôa do Peixe CLIMA E naturalmente tropical o clima de Jemmenha quente e sêco no verão e húmido no rigor do inverno como disse acertadamente o Dr Bernardino José de Sousa O frio começa com as últimas chuvas e os ventos gerais no mês dc máio O calôr com os primeiros mormaços em agosto ou setembro ESTAÇÕES As chuvas na maioria das vezes são irregulares São chuvas lor renciais dos climas excessivos sobrevindo de súbito depois das insolações demoradas Euclides da Cunha Os Sertões pagina 15 Nos anos normais não faltam em setembro ou outubro Nas grandes secas do Ceará só aparecem em dezembro ou janeiro chovendo embora espaçadamente até maio ou junho FAUNA Dentro do município ha antas veados onças gatos raposas iuatís quandús macacos pápasmél tatús tamanduásbandeira queixadas cai titús cotias pacas capivaras lontras etc Emas seriemas as bélas inhu mas de canto estridente gaviões coans jaeús patos marrecas socós fran gos d agua jaós perdizes várias espécies de periquitos araras papagaios os maviosos pássaros pretos sabiá da mata canários profreu a mimosa pega o incomparável vimvim o provido joão de barro o astucioso canção e o cardeal e a pepira a garricha e o joão tôlo Peixes surubim camuru pim piratinga branquinhos mandubé mandi bico de pato fidalgo ma trichã curimatã piau pirambeba curvina sardinha pacú piranha sa rapó etc Reptis Sucruiú cobra de veado a belíssima espécie salamandra caninana bravia papapinto cobra preta terrível destruidora da cascavel cobra de cascavel ou cascavel a mais terrível de todas jararacussú cobra de coral de três espécies goipeba cobra de cipó correcampo cobra de leite sangue de boi etc jacaré teiú camelião e várias espécies de outros lagartos Entre os mamíferos os prejudiciais são as onças os gatos as ra posas e entre os reptis os de utilidade são a cobra preta e o jacaré que se alimentam de cobras e o teiú que além de servir de alimento ao homem tem segundo é vóz corrente qualidades medicinais FLÓRA E das mais ricas a dêste grande município que de tudo possue matas caatingas brejos cocais e campos sobretudo campos Uma fortuna em madeira de construção cedro louro aroeira moreira gonçalalves catinga de porco bilro candeia canudeiro barbatimão atabrava pindaíba ja tobá piquizeiro sucupirabranca taipóca pereiro mamacachorro caraíba genipapo sapucáia pau darco e amargoso 61 Os campos possuem forragens diversas muitos frutos comestíveis fibras têxteis matérias oleaginosas matérias colorantes passando a descre ver algumas Forragens o agreste capim amarraveado e afamado capim de raiz nas chapadas Nas várzeas nos cobertos e nos paixões capim fino nenasco mimoso milhã capim dé cheiro e outras gramíneas muitas espécies de le guminosas entre as quais se distingue a denominada alfafa cabralina Ou tras a faveira a fava danta o barbatimão e a banha de galinha o jaca randá e o jacarécatinga e o tamboril e o jatobá Fibras têxteis caroá caroatá tucun carnaúba piassava pindova buriti bruto e biratanha pacodão bravo e cipó de morcego Oleaginosas copaíba ou pau doleo macaúba côco babaçu dendè tinguí buriti buritirana piquí jacarandá etc Colorantes urucú pau darco pau de rato coronha pau ferro ca roba candeia jatobá e anil Plantas medicinais ipecacuanha batata de purga dita de teiú ar rinha jaborandí jurubeba inharé alcaçús velame orelha donça contra erva quina pereiro caroba tatarema açoutacavalo japecanga guardião erva de chumbo folha de carne grão de galo pegapinto camapum betô nica e avenca pau de rato mariamole marmeleiro retanha massaróca e angico MINERAIS E êste município um dos mais senão o mais rico em minerais no Estado Possue á flor da terra no flanco das montanhas minas imensas de salitre Não falaremos em tabatinga de muitas côres no sál da terra abundante em vários trechos do município A oeste entre as datas Sítio do Mêio e São José ha verdadeiras cordilheiras de pedras de cál Funcionam ali várias caeiras Ficando como ficam á margem do Pamaíba estão em con dições de fornecer cál de qualidade superior ás cidades ribeirinhas dêste e do Estado vizinho As obras da estrada de rodagem de Floriano a Oeirrs foram feitas com cál dêste termo Na data Canavieira á margem do Gurguéia ha uma pedra inflamá vel móle assim da côr da estearina Ha suposição fundada da existência de minas de oiro e outros me tais O mesmo se dá para o povoado Veados onde ha umas pedra cm for ma de laminas com incrustações lindas Ultimamente um profissional estudando as terras da data Almas no povoado Porto Franco deste município confirmou a noticia anteriormente corrente da existência ali de imensas jazidas de hulha linhite e de outros combustíveis fosseis sólidos Tratandose de um fato da maior significa ção transcrevese na integra o relatório que se vê adiante A pedido da firma registada Arêa Nunes Cia viajei no dia 6 de agosto de 1922 para Porto Franco no Estado do Piauí no rio Pamaíba em companhia do cidadão Francisco Furtado para examinar uns terrenos e para verificar até onde se extende a formação de terras que deu Inga a descoberta de mina de schisto betuminoso na fazenda Almecegas pela dita firma já registada Chegando na fazenda Almas em Porto Franco dêsse tempo dize mos nós encontrei entre os riachos Pindoba e Caldeirão uma jazida bem pronunciada de Hulha Liiihite que visivelmente extendese por mais de uma légua Encontrei mais espalhada nas fazendas Almas Riachão e São José grande quantidade dé Pirites de ferro manganez e schisto Carbo 62 nífero A existência da Hulha Linhite foi verificada por mim o a meu pe dido pelo cidadão Francisco Furtado como também a grande extensão lendo eu e o dito cidadão pesquisado e tirado amostras em vários pontos Cola v Beckerath EngenheiroChimico Floriano li de agosto de 1922 Sobre duas estampilhas federais no valor de 300 réis cada uma Preenchidas as formalidades legais e baseados na palavra escrita do aludido profissional diversos cidadãos constituíram uma sociedade para a exploração das minas trabalho que pretenderam iniciar imediatamente AGRICULTURA A fgrcultura em Jerumenha como em qua titilo o Estado é ainda muito primitiva A lavoura tem sido uma cópia da dos aborígenes A gente que se ocupa da terra é a mais humilde E verdade que funcionários da Inspetoria Agrícola têm passado pelo município ein servi ço de propaganda mas um mês depois esquecida a preleção voltam os la vradores aos ignaros processos primitivos A ruilura c pois rotineira essencialmeate rotineira No entretanto as terras tudo produzem exuberantemente A cana cresce e deita e se distende de tal fórma que contado parece cousa de ficção i um assombro O café é a mêsmo cousa Felizmente já foi iniciado o plantio dessa rubiácea existindo já inúmeros milheiros de pés com grande alegria de seu proprietários Por toda parte ha abacate jaca laranja tâmara uvas abacaxi coco da Baía ou coco da praia já não falando na mandioca no milho e no fei jão c no mendobí e no melão INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria de Jerumenha é pequena mas conta engenhos de cana de açúcar cortumes e olarias sem se levar em registo as sapatarias alfaiata rias lerrarias funilarias etc etc A situação do comércio melhorou múu di 1930 para cá porque incontestavelmente as estradas carroçáveis desenvolvidas no Estado prin cipalmente de 1935 em diante com destacadas obras de arte pontilhões e pontes muito têm concorrido para o generalizado comércio e subsequen temente para as rendas públicas do Estado PECUÁRIA Os habitantes dêste município como quasi os de todo o Piauí que dispõem de capital se ocupam da criação de gado Crescidissimo é o número de cabêças de gado das várias espécies no território de Jerumenha Sadio forte e resistente mas ainda na carência de desenvolvido cruza mento com raças selecionadas e adaptáveis ao clima PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Representam as principais fontes económicas de Jerumenha os se guintes prodútos de exportação cêra de carnaúba algodão biibaçú pele diversas e gados diversos ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na séde municipal e quatro no interior Instrução oito escolas estaduais de ensino primário sendo que o urinei pai estabelecimento público denominado Escola Agrupada de Jerumenha funciona na séde do município Religião Católica Apostólica Romana e Protestante Templos Igreja de Santo Antônio católica Igreja Batista de Jerumenha na séde municipal e Igreja Batista de Solidão no povoado Brejo protestantes Cemitérios um na séde do município Iluminação pública a petromax Turismo uma pensão na séde municipal 63 MONOGRAFIA N 19 DE JOÃO PESSOA Ano de 1937 Categoria da rédeVila Lei n 970 de 25 de junho de 1920 Divisão judiciária 1937 Termo da comarca de Miguel Alves Lei n 96 de 21 de junho Registo do movimento da populaçãoRegisto Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 2113 km2 Altitude30 nm Latitude S 3 53 30 Logitude W Gr 42 4400 População 1937 11967 habitantes Distância da Capital em linha rétaININE 133 kms Distância da Capitel por estradas carroçaieis276 kms Vias co municaçãoEstradas carroçáveis Estradas reais navegações fluvial e aérea Aéreo PortoSindicato Condor Correio20 de março de 1919 Telegrafo data ignorada Estaçjo Fiscal EstadualColetoria Estação Fiscal Muni cipalPrefeitura 1937 37424Sarrecadação municipal HISTÓRIA João Pessoa antiga vila te Marruás foi inicialmente uma simples fazenda de gado pertencente ao município de Barras Situada à margem iireita do rio Parnaíba em local muito apropriado ao comércio e por ser o ponto mais próximo à cidade daquele nomeescoadouro máximo los produtos piauienes fôram os proprietários Ce terras na respectiva dato construindo aií pequenas casas de maneira que se tornou dentro de al gum tempo um importante povoado do referido município e um dos tor to de escala da navegação a vapor do rio Parnaíba Um dos fundadores dêssc povoado sinão o mais antigo dos seus habitantes e que edificou a Ca pelahoje Igreja ali existente foi Alexandre José Soares Felc lei n 970 de 25 de junho de 1920 foi êsse povoado elevado à caiegoria de vila com o mesmo nome de Marruás proveniente da aludida fazenda de gado vacum servindo a vila de sede do novo município que pas sou a constituir um distrito judiciário da citada comarca de Barras Pela Lei n 996 de 20 de julho do mesmo ano que criou a cornarei de Miguel Alves foi o distrito judiciário de Marruás que ainda não havia ido oficialmente instalado desmembrado da antiga comarca de Barras e iexado à nova de Miguel Alves Em 1931 o Decreto n 1142 de 22 de janeiro do Interventor Fe deral no Estado Comandante Humberto de Arêa Leão secretariado pala Dâ Adolfo Alencar diz o segunite Art 1 Fica aprovado o Decreto n 4 de 14 de janeiro correíte do Prefeito Municipal de Marruás mudando o nome dêsse município para João Pessoa Em 1934 o Decreto n 1528 de 21 de março do Interventor Fe deral Capitão Lantrí Sales Gonçalves secretariado pelo Dr Leônidas de Castro Mélo deu nova divisão policial ao município de João Pessoa LIMITES João Pessoa limitaie ao norte com o município de Porto Alegre a léste com o município de Bôa Esperança e com o de Barras ao sul com o município de Miguel Alves a oeste com o Estaâo do Maranhão servindo de linha divisória o rio Parnaíba OROGRAFIA No município encontramse diversos morros mais propriamente co linas sobressaindo entre êles o conhecido pelo nome de Serra do Descuido próximo ao povoado Peixe o do Mansinho o das Vassouras o do Boquei rão Vermelho o das Palmeiras o do Canto da Várzea o do Boi Morto o do Bom Sucesso o da Estiva o das Almas o da Pedra Grande o ta Vaca Bran ca o das Cabeças o do Sanharó o do Catumbi etc HIDROGRAFIA Além do rio Parnaíba que a oeste banha lodo o município de João Pessoa existem apenas alguns riachos do quais os mais importante ão o do Padre com um curso de ttias léguas que passando no povoado do Peixe vai despejar as suas agua na lagôa da Estiva o das Contendas de curso menor desaguando na lagôa do Campo Largo e o Jurema que lam bem desagua na referida lagôa da Estira após um curso de duas légua aproximadamente o do Pau darco o do Fuzil o do Piquizeiro o Jatobá o da Mata etc Além das duas lagoas já mencionadas da Estiva e do Cam jo Largo encontramse no município outras de menor extensão a da Rita a Redonda e a Traíra que se comunicam entre sí e desaguam rio rio Par naíba no porto da vila a da Vargem Grande a das Arvores Verdes a da Úrsula a do Boi a da Ininga etc CLIMA Possue o município de João Pessoa um clima quente e salubre no veião e húmido na estação invernosa quando aparecem casos de impalu dismo comuns nessa estação em toda a margem do Parnaíba ESTAÇÕES Sob a influencia do norte do Estado as chuvas normalmente co meçam em novembro ou dezembro e vão até maio no máximo FAUNA E considerável a variedade de animais que se escontram no muni cípio tais como macaco guariba raposa capivara qua i cangabá camc lião furão guaxinim veado paca cotia preá mambíras queixada tatá jabotí etc Entre as avesjacú marreca socó seriema jaburu aracauan tucano pato patorí cericoria frraúna juriti frango dagua papagaio pe riquito araponga etc Entre os pássaros canoros encontramse o chico prêto o corrupião o sabiá o vimvim o bemtiví o canário e outros FLORA O município de fpão Pessoa é abundajte em madeiras de constru ção ccmo sejam aroeira vinhatico canteia carnaúba mamacachorra paudarco gonçalalves taipóca jatobá angico piquizeiro imburana ce dro etc Possue também muitas plantas medicinais entre as quais jaborandí velame caróba quinaquina jurubéba mutamba fedegoso pegapinto paulista ipecacuanha paupereira açoitacavalo tatajúba e outras Produz igualmente frutos silvestres como sejam piquí bacurí araçá eriolí amei xa sapucaia caroatá jatobá murta maracujá pitomba guabirába cajú marmelada titára tuturubá muricí puçá cajú cajui maçã araticum e muitas outras MINERAIS Nada ha sobre exisleseia de minerais no municipio 65 AGRICULTURA João Pessoa produz com abundância arroz feijão fava farinha de mandioca gergelim fumo cana de açúcar ele Ha á margem do Parnaíha excelentes vazantes para a exploração de fumo e hortaliças INDÚSTRIA E COMÉRCIO O município de João Pessoa tem as pequenas indústrias de benefi cíamento de algodão e da farinha de mandioca mas por métodos rotineiro Na indastria extratíva da cêra da palmeira carnaúba anda em plano infe rior mas na amêndoa da babaçu figura sempre em primeiro lugar tendo no ano de 1937 produzido 817798 quilos de amêndoas Na administra ções do interventor Federal no Estado Capitão Landrí Sales Gonçalves e do Governo Constitucional do Dr Leonidas te Castro Méio uma das pode rosas empresas que se propuíham respectivamente industrializar r sa grande riqueza uo Piauí localizar as matas de João Pessoa para a uini itiarit Fizeram parte dos estudos da primeira proposta dessa exploração o engenheiro Antonino Freire exGovernador do Pauí exdeputado e ex senaJor federalmuitíssimo conhecedor do Estado e de suas fontes eco nómicas o engenheiro Luís Mendes Ribeiro GonçalvesDiretor da Dir toria de Agrcaltura Viação c Obras Públicas e o bacharel João Bastos Diretor de então da Diretoria da Fazenda Já no Governo do Dr Leo oíctas Méio em 1936 a Lei Estadual n u 79 de 12 de agosto em virtude das citadas propostas promove o cultivo c a palmeira babaçú e o estabe lecimento da indústria do 0I20 e dos subprodutos extraídos do fruto in teiro e da amêndoa originados pela referida palmeira E preciso registar nais que nenhuma das aludidas propostas foi aceita uma vez que fôram considerarias em graide prle prejudiciai ao Estado O comercio de João Pessoa é excelente já pela aquisição dos diver sos géneros da exportação em geral e já pela sua facilidade de transporte pelo rio Parnaíha em procura da valiosa praça deste nome e pelas estradas carroçáveis agora muitíssimo melhoradas com a ligação ao município de Barras que por sua vez tudo facilita na atualidade com pontes e outras obras de arte visando de maneira louvável destacada ligação com o trecho da Entrada de Ferro Central do Piauí que avança Oe Luiz Correia Amarra ção em demanda de Teresina Capital do Estado PECUÁRIA Existe em João Pessoa crescido número de fazendas de gados bovino e cavalar haventto ainda em diversos pontos de município a criação de gados caprino lanígero e suino PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS São incontestavelmente principais fontes económicas de João Pes soa a agricultura a indústria extrativa e a pecuária ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na sede municipal Limpeza pública vias urbanas Instrução3 escolas estaduais e 2 particulares todas de ensino primário funcionando na sede do município o principal estabelecimento público de ensino que é denominado Escola Agrupai Otávio Falcão Religiãopredomina a Católica Apostólica Romana TemplosIgreja de 66 Nossa Senhora da Conceição na sede do musicípio Igreja de Nossa Penhora dos Remédios no povoado Peixe e Capela de São Raimundo No nato no povoado Santa Maria Festividades religiosasas de Nossa Senhora da Conceição de Nossa Senhora do Remédios e de São Raimundo Nonato Cemitério um na sede municipal Iluminação pública a querozene Turismo2 pensões na sede do município MONOGRAFIA N 20 DE JOSÉ DE FREITAS Ano de 1937 Categoria da sédeCidade Lei n 1088 de 7 de julho de 1924 Divisão Judiciária 1937Termo da comarca de União Lei n 96 cc 21 de junho Registo do movimento da populaçãoRegisto Civil Organiza ções policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadêia Pública Superfície1164 km2 Altitude137 msL tuleS 4 45 m LongitudeW Gr 42 3500 População 1937 10997 habitantes Distância da Capital em linha rétaNNE 47 kms Dis tância da Capital por estradas carroçáveis58 kms Vias de comunicação Estradas carroçáveis Estradas reais Correio5 de junho de 1879 Telé grafocriado em 5 de maio de 1892 e in talado a 5 de outubro de 1892 Estação Fiscal FederalColetoria Estação Fiscal Estadual Coletoria Es tação Fiscal MunicipalPrefeitura1937 89411arrecjdação municipal HISTORIA Em época mui remota no princípio co século III edificouse na fazenda Bôa Esperança no lugar onde se acha hoje a cidade uma Igreja que se denominou de ISossa Senhora do Livramento a qual era ligada a unia grande caa em que habitava a família do fundador o Comissário de Ca valaria Manoel Carvalho de Almeida natural de Portugal casado com D Clara ca Cunha e Silva Castélo Branco a primeira conhecida com esio nome parecendo por isso que esa senhora era filha de D Frascisco da Cunha Casiélo Branco mas do segundo matrimonio pois que do primeiro aã tivera trê filhas uma das quais perecera num naufrágio com sua mãi e as outras duas eram de nomes Ana e Maria que se casaram com o Ca pitão Mór da Parnaíba João do Rêgo Barros Por morte deste na oca sião de se partilharem os bens do seu casal a fazenda Bôa Esperança cou be á herceira D Francisca da Cunha Mesquita Castélo Bracco que se casou posteriormente com Domingos Fernandes português morador no Esta nhado hoje União A Capéla do Livramento denominação de capela que era a pedra angular e principal de quai todas as futuras vilas e cidades dn Norte ficou sob o domínio de todos os herceiros Alguns anos depois Do mingos Fernandes a pedido de seus parentes passou a residir ali mandando deiiolir a antiga casa pegada à Igreja e construindo outra distanciada desta uns vinte metros onde residia o Padre Serafim de grande cultura e talento a qual ainda existe e é de propriedade da familia de José de Almendra Frei tas Essa casa é de estilo colonial holandês baixa de parêdes da espessura de um metro mas de taipa e com bastante cómodos A capéla do Livramento que está situada nas fralcas de um pequeno morro que domha toda a vila era até 1878 pouco habitada porque as principais famílias todas do velho tronco dos Castélo Branco se afastaram para lugares mais ou menos distantes em bôas casas de telhas com feito rias para se dedicarem exclusivamente á lavoura rotineira e á industria pastoril destacandose cessas residências pela resistência á ação do tempo 67 a de São Domingos Do sobrado de Brejo os Almendra comprar ma deira de soalho para o antigo Palacio do Governo em Teresina Capital do Estado cujo prédio fora construído por membros da família Almendra e cedido ao Estado e no qual funcionam presentemente o Tribunal de Apelação do Estado do Piaid Juizado da Capital Cartórios e o Departamento de Estatística p Publicidade Em 20 de julho de 1874 foi criada a paroquia de Nossa Senhora lo Livramento pela Lei Provincial n 873 Em 23 de maio de 1877 pela Lei Provincial n 945 o paroquia foi elevada à categoria de vila com o mesmo nome e os mesmos limites paro quiai Em 7 de abril de 1878 foi instalada a vila com indescritível entusi asmo comparecendo grande parte dos habitantes do novo município e dos municípios vizinhos Foi juiz instalador o dr Julio Téles da Silveira Fon tes depois de haver sido rezaa na então capela do Livramento uma mis a em ação de graças pelo reverendo Padre João Manoel de Almeadra Em 25 de novembro de 1878 teve lugar a posse da Câmara Muni cipal considerando inaugurada em definitivo a nova vila que caí para ca não tem feito sinão progredir Dum livro especial da Câmara constam as atas da inauguração da vila a da primeira Câmara a do cemitério Santo Es tevão que é muitíssimo maior do que o primeiro pertencente á Igreja e fôra ni talado a 14 de agosto de 1896 a da iluminação em 12 cc agosto de 1895 a do lançamento da primeira pedra para a construção da nova Igreja no lugar da velha capela a 17 de outubro de 1899 a qual foi con cluída em 1918 Em épocas remotas a fazenda Bòa Esperança por vezes ser viu de concentração de forças A primeira foi na Guerra da In dependência mais conhecida do nosso povo por Guerra do Fidié Depois da Batalha do Genipapo em Campo Maior a 13 de março de 1823 Fidié tomou rumo do Estanhado agora União acampando na fazenda Bôa Espe rança Livramento que já era um pequeno povoacio Fidié acampara na fazenda Bôa Esperança por alguns dias por ser o único lugar entre Campo Maior e União para onde ia julgado mais conveniente a tal fim tendo es colhido o môrro da fazenda para a colocação de vigias Nessa travessia es pecialmente na mesma fazenda Bôa Esperança desertara muita gente de Fidié Em José de Freitas ainda existem descendentes do patriota Ivo da Cunha que combatera na Batalha do Genipapo O Tenente Simplício Joé da iilva atacara uma força portuguesa da tropa de Fidié que atravessara o Parnaíba para fazer uma provisão fie gado cuja falta já lhe era extrema Conseguindo essa força entrar livremente no território piauiense invadiu a fazenda Bôa Esperança Livramento de Francisco Gil Castélo Branco o obrigando a entregar 109 cabeças cTe gado vacum que pegara procurando regressar com as precauções necessárias mas ao passar pela fazenda São Pedro onde existia o sobrado dos Castélo Branco foi inopinadamente atacada pela força de Simplício Tomada de surpreza abasdonou a gente de Fidié o gado que conduzia e tentou uma fraca resistência se pondo logo em fuga deixando 12 mortos 3 feridos e 4 prisioneiros A segunda dessas antigas concentrações de forças no Livramento Vi na revolução dos Balaios ferindose entre Livramento e União um dos m pi ores combates dêsse sombrio tempo O próprio comandante trata dela mi nuciosamente em otem do dia na Capela do Livramento em 11 de maio de 1840 68 Nos nossos dias esteve sempre alerta Livramento nos grandes mo vimentos Nos do próprio Piauí também concentrou forças como bem em 1916 na conhecida questão da sucessão do Governador de então dr Mi guel de Paiva Rosa notadamente as forças patrióticas que vieram do norte do Estado e marcharam para Teresina contra o governo Em 1926 cooperou para o combate ao revolucionários co sul do País da chefia de Luís Carlos Prestes Em 1930 igualmente cooperou no Estado na Capital para o grande feito revolucionário de 4 de outubro Em 1920 foram edificados os prédios da Câmara Municipal e Ho Quartel e Cadeia Pública pela Intendência tendo o ultimo sido reedificado posteriormente com bom aspecto Em 1924 pela Lei n 1088 de 7 de julho do Governador do Es tado dr Matias Olimpio de Mélo Secretariado pelo dr Cromwell Barlx a de Carvalho a vila de Livramento foi elevada à categoria de cidade Em 1931 a 18 de março o Interventor Militar do Estado do Piauí Capitão Joaquim de Lemos Cunha secretariado pelo dr Giovani Cosia baLxou decreto n 1 186 mudando a denominação da cidade de Livramento para cidade José de Freitas com os seguintes considerandos Atendendo a que o coronel José de Almentra Freitas falecido ha dias na cidade de Livramento embora não fosse brasileiro nato como cidadão prestou a êste Estado principalmente naquela pro pera zona reais e relevantes serviço com elevado civismo atendendo a que é do programa revolucionário reco nhecer os serviços prestados ao Brasil por qualquer cidadão digno opero o fator da elevação material moral e social do País e do povo etc Esse ato foi justo e louvável porque o coronel José de Almendra Freitas com quanto foise português de nascimento era dedicadamente um brasileiro naturalizado e de modo especial um grande piauiense tanto que o In terventor Federal no Estado Capitão Lantrí Sales Gonçalves que substi tuíra com poderes mais amplos o referido Interventor Militar ratificara o decreto em apreço no de n 1 320 de 27 de novembro do mesmo uno de 1931 A Prefeitura de José de Freitas que está colocada no plano das que muito têm trabalha o para o embelezamento da séde municipal colocara na bela Praça do Livramento em frente á Igreja deste nome o busto do benfeitor da cidde Coronel José de Freitas como um preito de home nagem pelo muito que lhe deve o município Em 1934 pelo Decreto n 1 539 de 18 de maio do Interventor F ederal Capitão Landrí Sales Gonçalves Secretariaco pelo dr Leonidas de Castro Mélo o município de José de Freitas recebeu nova divisão policiai Em 1935 o Interventor Federal no Estado Capitão Landrí Sales Gonçalves Secretariado pelo engenheiro L M Ribeiro Gonçalves pelo Decreto n u 1644 de 16 de abril estabeleceu novos limites entre os mu nicípios de União e José de Freitas LIMITES O município de José de Freitas limitase ao norte com o município de Barras a leste com o de Campo Maior ao sul com os de Altos e Tere sina a oéste com o de União OROGRAFIA Além do morro que domina a cidade registase como pontos prin cipais da orografia de José de Freitas o seguinte O município é pouco 69 acidentado contudo existem 10 serras sendo porém na ua maioria I uenas São cias Serra dos CriÔlos do Eleutério do Joaquin da Rocinha U Meio do 4egre da Toftoca 1a Felicidade das Contendi e do H fos Crarrn sendo as três últimas na mata A vegetação dominam lies saí serras t abundante destacando et vihhatico aroeira pau aro i hurana e taipóca HIDROCRAFIA O município é um dos mais abundantes dagua no Estado O numero de riachos é quasi indescritível Possue o município mais de 60 olhos da gua íclu ive mais de 50 permanentes Dos três rios que cortam o muni cípio de José de Freitas o principal é o Marataoan que fica a leste distante 25 kms da sede municipal e percorrendo o município numa extensão de cerca de 30 kms os dois outros são os rios São José e Lembrada que ficam o primeiro também a léste e o segundo ao norte distando ambos da sede do município 18 kms e são afluentes do Marataoan Todos êsses rios pa raíizam durante a estação sêca ficando porém grandes depósitos dagua Fotos havendo deles como o da Barra do Riacho no Marataoan que na estação mai sêca mede cerca dc 5 kms de extensão O munscípio de José de Freitas é cortado por 26 riachos a saber íacho da Virtude do Alegre da Caiçara de São Domingos do Principio do Cipó de São Fernando da Cortesia dos Espinhos do Carimã da Ma lhada Comprida do Marinzeiro dos Veados da Baixa do Arroz do Olho dagua Grande do Vidinha do Caiçara do Capitão Osano dos Cariobas do Boqueirão dos Craveiros dos Tinguís da Esperança da Madeira Cortada do Olho dagua dos Marcos dos Marujos na ponta do Mato e o de São Pedro O número de poços no município é incalculável Nas proxiniií a des da sede municipal existe um açude construído cm 1C39 CLIMA O clima do município de José de Freitas é ameno e saudável e só nas grajdej secas se torna quente A temperatura média é de 25 graus een tígrados ESTAÇÕES Como em quasi totós os municípios do norte piauiense o inverno em José de Freitas principia entre novembro e dezembro e se estende até abril e maio FAUNA A fauna de José de Freitas é composta de todos os animai sihes Ires próprios da região nordestina Aves e pássaros são encontrados tam bém em quantidade variada Criamse aves domelicas em regular pro porção FLÓRA A flora do município de José de Freitas é riquíssima quer em ma deiras de construção quer em forrageiras plantas silvestres ou na vegeta ção própria da região ou ainda ern plantas medicinais MINERAIS Até agora nada foi descrito sôbre a existência de importantes mine rais ko município 70 AGRICULTURA A fertilidade dos terrenos de José de Freitas é o Índice da apropria ção dos mesmos para o desenvolvimento da agricultura em geral porém essa ainda obedece a sistema antiquado Contudo são cultivados a cana de açúcar e todas as espécies de cereais INDUSTRIA E COMERCIO Além das industrias correlatas á agricultura José de Freitas regis tou no ultimo cadastro de sua séde 4 fabricas de bebidas 1 de calçados e 2 de extração da cera de carnaúba que é a mais importante industria do município O comercio de José de Freitas te forma generalizada é avaliado animadoramente pelo relativamente grande vulto de sua exportação desta eandose a casa da firma Almendra Irmão como exportadora e importa dora PECUÁRIA O município como os demais do Eato é essencialmente criador Tem recebido introdução de gado de raça adaptado ao clima do Piauí mas ainda precisa neste particular de método moderno PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS E de fácil compreensão num confronto ta exportação do municí pio o conhecimento das principais fontes económicas de José de Freitas che gandose afinal á conclusão de que as memas são representadas pela pe cuária pela agricultura e pela indústria extrativa com saliência desta Quan to á cêra de carnaúba no ano de 1937 o município produziu 228964 qui los dêssc importante gcnero da exportação piauiense ASSUNTOS DIVERSOS Mercado públicoum na séte do município Instruçãotrês esco las estaduais de ensino primário denominandose Grupo Escolar Padre Sampaio o principal estabelecimento estadual que funciona na séde mu nicipal Religiãvpredomina a Católica Apostólica Romana Templo Igreja de Nossa Senhora do Livramento na séde do município Festividades religiosasa c e Nossa Senhora do Livramento e a de São Raimundo No nato Cemitériosum na sede municipal além dos pequenos próprios dos sertanejos espalhados pelo município Iluminação públicaeletrica rbani e domiciliar Arborização públicapraça João Pessoa na séde municipal Turismouma pensão na séde municipal MONOGRAFIA N 21 DE MIGUEL ALVES Ano de 1937 Categoria da sede Cidade Lei n 1 088 de 7 de julho de 1924 Divisão judiciária 1937 Comarca Lei n 96 de 21 de junho Orga nizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 1502 km2 Altitude 34 ms La titude S 4o 10 00 Longitude W Gr 42 56 00 População 1937 22027 habitantes Distância da Capital em linha rétaNNO 103 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 144 kms Vias de comunicação Estradas carroçáveis Estradas reais Navegação fluvial e aérea Aéreo Porto Sindicato Condor Correio 13 de março de 1914 71 Telégrafo 26 de janeiro de 1919 Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitu ra 1937 90197000 arrecadação iminieipal HISTÓRIA A margem direita do rio Parnaíba abaixo 26 léguas da Capital do Estado e 12 da eidade de União eneontrase a cidade de Miguel Alves sede do município e comarca do mesmo nome Apesar de haver notícia tia passagem dos Balaios pelo município existindo ainda vestígios das suas incursões como bem pedras arrumadas em forma de trincheiras nos lugares Lagôa do Mêio e Pedras de Fôgo pró ximos á sede municipal somente muitos anos depois começou a ser povoa do Miguel Alves cujo nome dizse tem a sua origem humilde e obscura no do pequeno lavrador especialista no fabrico do fumo em corda de quem so sabe apenas ter sido o seu primeiro habitante Do ano que aí chegou não ha todavia notícia exáta porquanto não deixou descendência conhe cida nem tão pouco qualquer vesiígio da sua existência atestada somente pela tradição corrente transmitida pelos antigos O certo é que Miguel Alves em 1875 contava 6 habitantes E o crescimento do povoado acentuouse bem de 1877 em diante recebendo a população considerável aumento ocasionado pelos retirantes de outros Es tados em consequência da grande sêca que nesse ano e no seguinte flage lou horrivelmente todo o nordeste brasileiro Os emigrantes lá chegavam de todas as parasens atraídos pelas notícias das fertilidades das terras des facandose a especialidade dos extensos baixões que Hie ficam ao sul e ao norte eoai grandes vantagens durante o verão De 18S0 a 1CC5 passaram a residir no povoado Ricardo Antônio Xavier Mariano de Sousa Mendes e Lúcio Ferreira da Silva habitantes de maior vulto e os prhreiros comerciantes que logo se tornaram os maiores criadores e proprietários do lugar Adquiriram êles por compra as terras e vazantes fundaram fazendas de criação de gado e incrementaram a lavoura principalmente a do fumo c a do algodão que passaram a ser exportados desde logo para a Parnaíba neste Estado Caxias e outras praças comerciais no vizinho Estado do Maranhão Levantaram os primeiros edifícios de te lhas construindo a Capela de São Miguel e assim cresceu e avultou a po voação de modo que em 1885 já era sede do terceiro distrito policial da vila de União Ao proclamarse a República Miguel Alves sobressaía pelo cresci mento e progresso em todos os setôres Depois de várias tentativas para adquirir a autonomia municipal foi emfim satisfeita a justa aspiração dos seus habitantes pela Lei n 636 de 11 de julho de 1911 que elevou à vila e a distrito judiciário o flores cente povoado A 22 de julho de 1912 sob a presidência do dr Luiz da Silva No gueira juiz de direito da comarca de União a que ficara pertencendo o novo têrmo verificouse solenemente a instalação do município cujas pos sibilidades aumentaram tornandose mais franco e mais rápido o seu pro gresso E de tal modo se desenvolveu e progrediu que a Lei n 996 de 20 de julho de 1920 criou a comarca de Miguel Alves compreendendo o têr 72 mo judiciário de Marruás hoje João Pessoa novo município desmembra do nesse mesmo ano do de Barras e Porto Alegre comarca da qual o Decreto n 753 de 23 de outubro de 1920 nomeou juiz de direito o ba charel Simplício de Sousa Mendes atualmente desembargador que a ins talou a 15 de novembro do mesmo ano Em 1933 o Decreto n 1477 de 4 de setembro da Interventoria Federal no Estado desmembrou da comarca de Miguel Alves o distrito ju diciário de João Pessoa anexa ndoo à comarca de Barras Em 1934 por Decreto n 1 546 de 26 de máio do mesmo Inter ventor Federal Capitão Landrí Sales Gonçalves secretariado pelo dr Leò nidas de Castro Melo Miguel Alves teve nova divisão policial Em 1935 em abril o Governo do Estado com o de Miguel Alves inaugurou o edifício que ha tempos havia sido iniciado na sede muni cipal para nêle funcionar um grupo escolar O Diário Oficial do dia 29 do mesmo mês de abril noticiando o regresso do sr Interventor e sua co mitiva que vinham de assistir a solenidade da instalação em apreço iz O Estado concorreu com 300008000 entregando a direção do serviço à Prefeitura Municipal na administração do sr Joaquim Santana que levou a bom termo a construção estando hoje a localidade servida por uma das melhores edificações escolares entre as muitas realizadas no atual governo O grupo escolar recebeu o nome do falecido piauiense Ccl Mariano de cn wa Mendes venerando e saudoso fundador da antiga vila de Miguel itrcs ede do importante município pela sua lavoura e criação de gado bem como pelas grandes reservas de babaçu que o enriquecem LIMITES O município de Miguel Alves limitase ao norte com o município de João Pessôa a leste com o de Barras ao sul com o de União a oeste com o Estado do Maranhão servindo de linha divisória o rio Parnaíba OROGRAFIA O território do município é em geral plano Não ha montanhas mas serrotes cobertos de grandes árvores e farta vegetação no intervalo dos quais se vêem os extensos e férteis baixões onde as roças e capoeiras se suce dem umas às outras Dêsses serros e serrotes avultam como os mais notá veis o do Curral Velho Lagoa do Mêio São José Mucambo São Simão Tamarindo Barbosa Remanso Desígnio etc HIDROGRAFIA Com exceção do Parnaíba que o banha numa extensão de 10 lé guas não ha rios no município Apenas regatos riachos e ribeirões corren tes somente na estação invernosa Destes os mais importantes são o Riacho das Piranhas e o Riacho de Fóra Do Riacho das Piranhas vem o nome à data de terras onde se acha encravado Miguel Alves Existem muitas lagoas formadas pelo rio Parnaíba das quais se destacam Almas Comum Bar bosa Silva Redonda Três Paus Itanguarana Pitombeira Mirindiba etc Faltam os grandes olhos dágua Apenas alguns que surgem no verão no 73 leito dos riachos e outros como no Egito e Matões que não correm pere nemente mas resistem às maiores sêcas A água potável porém encontrase facilmente à pequena profundidade do subsolo CLIMA O clima do município de Miguel Alves é mais ou menos quente como em geral o é o de todo o norte do Estado mas os rigores da caiu cuia são atenuados pelas matas e palmeiras que se estendem por todo o município ESTAÇÕES Como é comum em quasi todos os municípios lo norie piauiense o inverno em Miguel Alves principia em novembro ou dezembro e se estende até os meses de abril ou máio FAUNA A fauna do município de Miguel Alves é riquíssima encontrando se nêle Iodas as espécies da região do nordéste brasileiro veados pacas tatus tamanduás onças maeaeos raposas caetetús queixadas ete Entre as aves domésticas e silvestres e os pássaros patos marréeas papagáios periquitos jaeús juritis nambus sabiás bemtivís graúnas jaburus garças canário ehicopretos corrupiões letéus frangos dágua xexéus pintassilgos arapon gas galinhas dágua gaviões tucanos galos de campina etc Existem tam bém inúmeros ofídios venenosos e não venenosos e bem assim peixes das mais variadas espécies FLÓRA As matas embora devastadas são abundantes em madeira de cons trução cedro paudarco aroeira gançalalves taipóca freijorge pau rôxo marfim pereira tamboril angico etc em palmeiras babaçú carnaubeira tucum etc em madeiras de tinturaria violeta genipapo tinguí urucú anil jatobá etc em plantas medicinais quina caroba canafislula pail ferro araruta inharé paulista pinhão etc encontrandose ricos e saboro sos especímenes de frutos silvestres MINERAIS E provável a existência de minerais mas ao certo não se tem no tícia de qualquer dêles AGRICULTURA A agricultura pode se dizer é a principal indústria do município que situado todo na zona da mata dá animadora margem à população para em geral se entregar ao cultivo das fertilíssimas terras que incontesihvel mente proporciona ao homem um trabalho largamente compensador Ha em sua maioria o pequeno lavrador nosso roceiro sem preparo técni co atrasado e rotineiro E ainda a lavoura extensiva da foice do ma chado c da enxada serviço muito primitivo e que ainda vai predomi nando no município que conta poucas máquinas agrárias Entretanto abun dam as cuh as do fumo do algodão da mandioca do milho lo feijfio da abóbora do mÀo da melancia da batata e toda sorte de hortaliça ver iuras e tubÍEvoIos INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria é representada por estabelecimentos de Ixmu fu iar algo dão de pilar arroz do fabrico de farinha de mandioca de pequenos enge 74 nhos dc cana tara rapadura e aguardentes fábricas óc bebida diversas A indústria do fumo é notável ilo na sua mafi feita por pequi no agricultores labricantes que arrendam anual 1 e as Urras picprias para êsse género de cultura As indústrias extrativas do côco babaçu e do tucum estão incluídas no número das principais do município onde essas palmeiras nativas constituem a maior riqueza vegetal A da cêra de carnaú ba é pequena cm confronto com as dos outros municípios Ein 1937 a pro dução de amêndoas do côco da palmeira babaçu no município atingiu a 4H2G68 quilos O comércio de importação e exportação fazse por Parnaíbu o grande empório industrial do Estado pelo rio de igual nome n por Teresi nha pelo mesmo rio e estrada carrocável via União com as principais praças do país O comércio de exportação é bem regular PECUÁRIA A criação de gado vacum cavalar muar caprino lanígero suíno etc era feita até pouco tempo sem nenhuma seleção nem cruzamento com melhores raças não obstante a excelência dos terrenos apropriados ás fazendas Atualmente a exemplo do que tem sido feito para quasi todos os municípios ao estado ha com facilidades proporcionadas pelo Covêrno desde as últimas administrações anteriores ao movimento revolucionário de 1930 a introdução de reprodutores de raças adaptadas ao clima do Piauí notadamente da zebú A criação é bem regular porque além de fazendas de vulto todo la vrador ou roceiro possue embora em pequena escala gados vacum caprino lanígero e suíno PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS As principais fontes económicas do município de Miguel Alves são representadas pela agricultura pela indústria extrativa e pela pecuária as quais fornecem géneros da exportação em geral de maneira animadora destacandose amêndoas de babaçu algodão fumo couros bovinos peles diversas cereais etc ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um em construção na séde municipal Limpeza pública vias urbanas Instrução 4 escolas estaduais de ensino primá rio sendo que o principal estabelecimento público do município denomi nado Grupo Escolar Mariano Mendes funciona na sede do município Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Igreja de São Miguel Arcanjo na sede municipal Festividades religiosas a de São Miguel Arcanjo Santa Teresinha e a de São José Cemitérios um na séde do município e alguns particulares no interior Iluminação pública a petromax Turismo uma pensão na sede municipal Assistência a en fermos Delegacia de Saúde MONOGRAFIA N 22 DE OEIRAS Ano de 1937 Categoria da sede Cidade Carta Régia de 19 de junho de 1761 Divisão judiciária 1937Comarca Lei n 96 de 21 de junho Registo do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e pri sões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadêia Pú blica Superfície 6119 kms2 Altitude 170 ms Latitude S 7 75 01 00 Longitude W Gr 42 621 População 1937 36836 ha bitantes Distâticia da Capital em linha reta SSE 225 knis Distância da Capital por estradas carroçáveis 399 kms Vias de comunicação Estradas carroçáveis estradas reais Correio 6 de agosto de 1852 Te légrafo 23 de maio de 1896 Estação Fiscal Federal Coletoria Esta ção Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 270909000 arrecadação municipal HISTÓRIA O território em que assenta a cidade fez parte da sesmaria de sessenta léguas concedida em 1676 a Julião Afonso Serra um dos primeiros des cobridores do Piauí que nela estabeleceu um arraial de índios mansos par i deíeza de fazendas e lavouras das correrias cos selvagens que habitavam o norte O arraial da Môcha do nome do riacho à cuja margem foi assen tado prosperou rapidamente e em 1596 foi criada a freguesia sob a invo cação de Nossa Senhora da Vitória desmembrada da de Cabrobó do bispado de Pernambuco a que pertesceu primitivamente Com a criação da comarca de São José do Piauí foi o povoado da Môcha por Carta Régia de 30 de junho de 1712 elevado á categoria ce vila com o mesmo nome verificandose a instalação em 26 de dezembro de 1717 Data de 1733 a construção da Igreja matriz de Nossa Senhora da Vitória A ordem régia de 17 de abril te 1736 concedeu três léguas de terras para 0 patrimônio da Câmara da mesma vila A elevação do território do Piauí à capitania pela Carta Régia de 29 de julho de 1758 abriu à vila novos horizontes Designada para sede da administração subiu afinal á dignidade de cidade por Carta Régia de i9 de jujJio de 1761 João Pereira Caldas ao inaugurar a nova capitania de que foi o pri meiro governador deuihe por ato de 13 de novembro daquele mesmo ano a denominação de Oeiras em homenagem ao conde cesse nome Se bastião José de Carvalho e Mélo depois Marquez de Pombal Oeiras partilha com Parnaíba a gloria de ter sido das primeiras lo calidades do Piauí a sacudirem o jugo português erguendose de armas na mão para a conquista da independência nacional O brado do Ipiranga foi repetido por ela a 24 de janeiro de 1823 Em Oeiras apareceu o primeiro periódico que se publicou no Piauí Chamavase O Piauiense e vêio á luz na segunda metade de 1832 se gundo apurou Pereira da Cota da notícia qué do seu aparecimento deu A Aurora Fluminense de EvarisTo da Veiga n 689 de 17 te outubro de 1832 Houve em Oeiras imprensa regular A séde do governo do Piauí conservouse a legendaria cidade até 1852 quando a transferiu para Teresina o presidente José Antonio Sarai va em cumprimento á Lei Provincial n 315 de 21 de junho do mêsmo ano Como é ce fácil compreensão Opiras sofreu imensamente com a mudança da Capital conservando disso somente como preciosas relíquias os prédios provinciais notadamente as Igrejas ruinas do prédio da resi dência oficial e particular dos Presidentes da Província muito apreciado pela sua modéstia e originalidade Dr Sousa Ramos Visconde de Ja guarí Conde do Rio Pardo e Dr Zacarias de Gois e Vasconcélos de 1842 a 1846 prédio da residência presidencial ao tempo do Visconde da Parnaíba de 1825 a 1842 etc ao lado cos modernos prédios particu lares e públicos destacadamente os de 1930 em diante Usina elétrica Pre 76 feitura Municipal Grupo Escolar Cemitério Público etc etc em conse quência das esforçadas e bem orientadas administrações daquele ano para cá Em 19251926 Oeiras foi invadida pelos Revolucionários do Sul co mandados pelo Capitão Luiz Carlos Preste quanro incursionaram peio norte do país Em 1931 pelo Decreto n 1279 de 26 de junho do Interventor Federal no Estado Capitão Landrí Sales Gonçalves Secretariado pelo Ca pitão Antonio Martins de Almeida ambos oficiais do Exército Nacional Oeiras anexou o município de Simplício Mendes que perdera a sua autono mia em virtude da nova organização que era dada aos municípios E conve niente registar quo Simplício Mendes posteriormente readquiriu a sua au tonomia Pelo Decreto n 1542 de 21 de máio de 1934 do Interventor Fe deral no Estado Capitão Landrí Sales Gonçalves Secretariado pelo li r Liônidaj de Castro Mélo Oeiras teve nova divisão policial Os povoados que têm Capelas e vão descritos adiante representam os mais importantes do município de Oeiras tanto que têm também Agên cias arrecadadoras das rendas municipais e estaduais LIMITES O município de Oeiras é limitado ao orte peios municípios dc Regeneração e Valença a leste pelo de Picos ao sul pelos de Simplício Mendes São João do Piauí e Canto do Buriti a oeste pelo município de Floriano OROGRAFIA A Chapada Grande é o elemento orográfico principal do município de Oeiras São dignas de notas as serras do Jacú Canabrava Genipapeirn Paus darcos e Mucambos sendo que as três últimas são ramificações da Chapada Grande HIDROGRAFIA Os principais rios to município são o Canindé e o Itaim que nas cendo o primeiro na Serra dos Dois Irmãos e o segundo na Serra Ver melha se reúnem cêrea de 20 kms ao sul da sede municipal e se dirigem para o norte com o nome do primeiro a desaguar no Parnaíba depois de receber o rio Piauí que também corta o município e é o terceiro em importância entre os rios do município Dentre os riachoi destacamse o Salinas ou Tranqueira afluente da margem esquerta do rio Canindé e o Corrente tributário da margem direita do mêsmo rio o Mucaitá afluente da margem esquêrda do rio Piauí Môcha Talhada Contentamento Frade afluente do Itaim Cocos Riachão Mucambo e outros Existem no municí pio de Oeiras as seguintes lagoas a do Oiti a do Vasco a do Jacarezinhr t do Riacho a ca Fazenda Velha e a da Feitoria CLIMA O clima do município de Oeiras é húmido no inverno e quente no verão Não ha porém epidemias e os casos de longevidade são frequentes dada a sua salubridade atestada pelo grande cientista Marlius quando da sua permanência na séde municipal ESTAÇÕES Como em geral se verifica na maioria dos municípios piauíenes o inverno no município de Oeiras começa mais ou menos em novembro ou dezembro e se prolonga até abril ou máio 11 FAUNA Descrever a fáuna de Oeiras é reproduzir as dos diversos municí pios co Piauí desde os animais silvestres até as aves domésticas Fica a sim esclarecido que Oeiras tem todos os animais aves e pássaros próprios da região FLORA O reino vegetai de Oeiras é rico em madeiras de construção das rçuais se destacam o pau darco a aroeira o angico o gonçalalves jato há a sucupira o tamboril a imburana a inacaranduba etc Existem mui tas espécies de fibrosas como o caroá o tucum o mucunam a imbiraçú algodoeiro bravo pacopaco e outras Ha também grande variedade i plantas medicinais Na várzeas que se alongam por uma e oiilra margem do Canindé ha milhões de pés da preciosa palmeira da carnaúba de exce lente qualidade Existem ainda cereais cana de açúcar maniçobeira man gabeira c forrageiras em abunr ância MINERAIS Não ha nada de positivo sôbre a existência de minerais preciosos no município sabendose apenas que Oeiras assenta em terreno permiano que pertence como é sabido ao sistema carbonífero No município eneon lramse tabatingas de varias cores utilizadas na pintura de casas sal ema alúmen empregado no cortume de peles e salitre em abundâaeifl Ha uma caieira em começo de exploração na fazenda Cenipapeiro AGRICULTURA A lavoura é rudimentar sendo feita ainda pelo processo da foice e do machado Limitada á cultura de cercais da cana de açúcar do algodão e do fumo produz quasi que exclusivamente dos dois primeiros para o consumo interno A agricultura oeirense já vai sendo modificada com tendência a se modernizar havendo ensaio de trabalho com arado e outros instrumentos O algodão já vai tomando regular vulto na sua cultura INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria extrativa é a principal de Oeiras com preponderância da cêra de carnaúba que é abundante e de excelente qualidade No ano dc 1937 a produção dêsse valioso género ta exportação piauiense subiu a 291766 quilos A extração da borracha da maniçobeira caiu em virtude da depreciarão do produto Em Oeirar também era extraída a borracha da mangabeira A fibras de caroá tucum mucunam itiiuiriçú algodocirr bravo pacopaco e outros são de pequena exploração industrial para a fabricação local de cordas rêdes esteiras mantas peias etc na falta de uma indústria mecanizada que seria de grandes vantagens para produtos de exportação Existem no município as pequenas oficinas de malas calçados uzina de beneficiamento de algodão e arroz gêlo cerâmica artigos de flandre ouro alfaiataria etc A uzina de beneficiar algodão e arroz é movida a vapôr Oeiras é destinada pela sua situação topográfica a ser cada vez mai um importante empório comerciai do centro do Piíuí As estradas carroçáveis já vão melhorando o comércio com as praças de São Salvador Baía Rio de Janeiro Tereslna Parnaíba São Luiz Maranhão etc 78 PECUÁRIA A pecuária é unia das grandes riquezas de Oeiras que como os te mais municípios e apesar de ocupar sempre o quarto lugar entre maiores criadores no Estado em relação ao total dos animais e o terceiro conside randose apenas a espécie bovina ainda não tem uma eficiente introdução de reprodutores de raças selecionadas nos seus campos na falta te fazen das ou postos de monta modelos Ha apenas em pequeno número alguns desses reprodutores notadamente das raças Holandesa e Zebú para o gado vacum onde predomina o tipo crioulo PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Por toda a descrição de la monografia chegase à conclusão clara positiva de que compõem as principais fontes económicas do Estado a pecuária a indústria extrativa e a agricultura ASSUNTOS DIVERSOS Mercados púb l icos um na séde municipal e quatro no interior Instrução 6 escolas estaduais de ensisio primário e 9 estabelecimentos particulares também de ensino primário sendo que o principal estabeleci mento estadual do município denominado Grupo Escolar Costa Alvarenga funciona na sede Religiãopredomina a Católica Apostólica Romana Tem plosIgreja de Nossa Senhora das Vitórias Igreja de Nossa Senhora do Rosá rio e Igreja de Nossa Senhora da Conceição na sede do município Capela de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro no povoado Cabeço Capela de Nossa Senhora da Conceição no povoado Ipiranga Capela de São Francisco no povoado São Francisco c Capela de São José no povoado São José do Peixe Festividades religiosas a de Nossa Senhora das Vitórias Cemité rios um cemitério da Confraria do Santíssimo Sacramento e outro municipal em construção ambos na sede municipal alem destes contamsc quatro no interior Iluminação pública elétrica urbana e domiciliar Tu rismo uma pensão na sede do município Assistência a enfermos De le gacia te Saúde MONOGRAFIA N 23 DE PARNAGUA Ano de 1937 Categoria da sede Vila Lei n 154 de 16 de iulho de 1897 Divisão judiciária 1937 Termo da comarca de Corrente Lei n 96 de 21 de junho Registo do movimento da população Registo Civil Or ganizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Po lícia Militar Cadeia Pública Superfície 10035 km2 Altitude 480 ms Latitude S 10 14 00 Longitude W Gr 44 13 00 Popu lação 1937 9696 habitantes Distância da Capital em linha réta SSO 574 kms Vias de comunicação Estradas corroçáveis Estradas reais Correio 5 de março de 1859 Estação Fiscal Estadual Agência inde pendente Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 9229S000 ar recadação municipal HISTÓRIA O Dr Benjamin de Moura Batista destacado membro do Instituto Histórico e Geográfico Piauiense diz que fazer a história de Parnuguã é fazer a história do Piauí 79 A Igreja da vila é uma das mais antigas do Piauí Foi construída om 1762 pouco antes da elevação de Parnaguá à vila em 1845 um pavoroso incêndio destruiua completamente Logo após porém foi reedificada com algumas modificações da primeira planta por iniciativa do coronel Jo Lustosa da Cunha e do então Juiz de Direito dr José Cândido de Pontes Visgueiro Parnaguá é uma das antigas vilas do Piauí fundada pelo primeiro governador da então Capitania João Pereira Caldas que a instalou i 3 de junho de 1762 Parnaguá era habitada por diferentes tribus de índio tendo sido unia das primeiras regiões piauienses penetradas pelos ousados bandeirantes Os bandoleiros que infestaram o norte do Piauí chegaram a atear a châra revolucionária à vila aderindo ao movimento sedicioso a família Aguiar Para a repressão do banditismo o Presidente da Província nomeou o IVíajor José de Sousa Martins que conseguiu muitas vitórias tanto eni território piauiense como maranhense Os rebelde entretanto não desani maram redobraram de esforços baixaram proclamações e os adeptos se não fizeram esperar correndo ao encontro dos facciosos Assim é que se en trincheiraram no dia 11 de março de 1840 nas margens do rio Gurgnéin nas vizinhanças da vila travando violento combate com as forças de José Martins que saiu vencedor Como que desvanecidos no dia seguinte eni número de 300 procuraram deixar as armas apresentando condições de paz que foram repelidas Aos avanços e recuos constantes foi a situação em que a anistia veio encontrar os revoltosos de Parnaguá Célebre nos anais da história piauiense Parnaguá ocupou assim um papel salientíssimo na sua evolução política e social Na política do Piaií ionárouico têve a primazia Bêrço de várias fa mílias ilustres numerosas e ricas brilhou nos fastos da história Os Lusto sas os Aguiar os Paranaguá os Nogueira os Martins e tantas outras no táveis famílias concorreram para o levantamento da vila O seu desenvolvi mento caiu com a mudança da capital que como é geralmente sabido pre judicou o Sul do Estado ovróra próspero ativo e progressista Até poucos anos havia falta de segurança individual para quem se arriscasse sem gran des precauções a atravessar a vasta área que medeia de Teresina a Parnaguá De 1930 em diante essas garantias individuais que já vinham acen tuadamente das duas últimas administrações constitucionais tomaram me lhores proporções tendo sido essa a mais destacada sinão a única vantagem trazida pelo Movimento Revolucionário porque é forçoso confessar a lo calidades dessa longínqua zona do sul do Piauí pouco mostram na parle material de adiantamento e progresso como mostram as mais próximas da capital e quasi todas as do norte Por um mero equívoco da Constituição do Estado de 18 de julho de 1935 no artigo 2 das Disposições Transitórias que incluiu Parnaguá no número dos municípios que deviam realizar as suas eleições municipais para Prefeito e Vereadores 60 dias depois da data de sua publicação o mesmo Parnaguá que ha pouco tempo havia passado para o município dc Corrente como seu distrito readquiriu os seus fóros de município autónomo perfeitamente confirmados com a eleição que posteriormente se realizara Parnaguá tem o povoado Gití a dez léguas distante da vila o qual tivera como a sede do município dias prósperos 80 LIMITES O município de Parnaguá limitase ao norte com os de Bom Jesus c ião Raimundo Nonato a Itste com o Estado da Baía servindo de limites a Serra do Piauí ao sul com o Estado da Baía servindo de limites a Serra Gurguéia a oése com o município de Corrente OROGRAFIA A vila tem a oeste uma serra bem pitoresca distante três quiló metros Esta situação entre a vila e a serra que é sempre coberta de uma admirável vegetação dá um encantador aspecto HIDROGRAFIA A Lagôa de Parnaguá de 12 quilómetros de extensão sobre sete de largura constitue uma verdadeira riqueza para o município Além de piscosa suas férteis margem são uma garantia para os agricultores e cria dores São estes os rios principais que banham o município Fundo Frio e Paraim Este corta a Lagôa de Parnaguá e tem um grande curso srn seus afluentes o Corrente o Palmeira e o Riachão CLIMA E excelente o clima de Parnaguá quer no inverno quer no verão Parnaguá é salubre apesar de ficar nas margens de um reservatório daguj As noites são agradabilíssimas pois durante a estação invernosa faz um frio sêco perfeitamente tolerável ESTAÇÕES A exemplo do que acontece em quasi toda a parte sul do Piauí o inverno começa em setembro indo até maio FAUNA A fauna de Parnaguá é composta dos animais silvestres próprios do Piauí bem como de suas aves inclusive as domésticas Os pássaros existem também em quantidade digna de nota FLÓRA Existem no município árvores de madeira de lei palmeiras buriti e tucum plantas medicinais etc MINERAIS Sem afirmação positiva sabese entretanto que ha cobre ouro e ferro no município AGRICULTURA Apesar da fertilidade dos terrenos notadamente nas margens da imensa Lagôa do Parnaguá não ha uma proveitosa agricultura no municí pio Ela é restrita ao consumo local naturalmente pela falta de transporte fácil e barato 81 INDÚSTRIA E COMÉRCIO As indústrias de Parnaguá são quasi em geral as dc pouca monta como bem a de farinha de mandioca Só tem ama fábrica importante que é a dc laticínios denominada Mirian O comércio é rotineiro e feito quasi que exclusivamente com as cidades de Barra e Santa liita da Baía por facilidade de comunicação PECUÁRIA Parnaguá é essencialmente criador A prova disso c a fábrica de manteiga e outros produtos do ieite da Fazenda Mirian de propriedade da agrónomo Tancredo Weguelin Nogueira Paranaguá de moderna instalação PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS A principal fonte económica de Parnaguá é não ha negar a pe cuária ASSUNTOS DIVERSOS Instrução 3 escolas estaduais de ensino primário Religião Católica Apostólica Romana e Protestantismo Templos Igreja de Nossa Senhora do Livramento na sede municipal Cemitérios diversos na sede e no interior do município em aberto MONOGRAFIA N 24 DE PARNAÍBA Ano de 1937 Cclegcria tia sede Cidade Lei de 16 de agosto de 1844 Di visão judiciária 1937 Comarca Lei n 96 de 21 de junho Registo do mavimtnlo da população Registo Civil Organizações policiais e pri sões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pú llica Superfície 4258 km 2 inclusive Luiz Correia Altitude 13 ms Latitude S 2 5412 Longitude W Gr 41 47 01 Popu lação 1937 48242 habitantes Distância da Capital em linha réta NNE 267 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 376 kms l ias de comunicação Esírada de Ferro estradas carroçáveis estradas reais navegação fluvial e aérea Campo de Aviação Serviço Aéreo Mili tar Dimensões 1 OCO x 500 melros AéroPôrto Panair do Brasil e Sindicato Condor Correio 10 de dezembro de 1817 Telégrafo 5 de outubro de 1892 Estação Fiscal Federal Alfândega Estação riscai Es tadual Recebedoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 I 089814000 arrecadação municipal HISTÓRIA A instalação da primeira vila de São João da Parnaíba ocorreu no dia 18 de agosto de 1762 pelo benemérito governador da então Capitania João Pereira Caldas no lugar Testa Branca poucos quilómetros ao norte do local onde hoje está situada a cidade o qual tinha o nome de Porff dos Barcas Essa mudança foi operada na administração de Gonçalo Botelho d Castro em 1770 tendose em vista as vantagens que o Porto das Barcas oferecia principalmente a de uma feitoria com estabelecimento dc xar queadas cujos produtos eram exportados em abundância para Pernam buco Baía Rio de Janeiro Maranhão e Pará trazendo assim contribuição ao erário público E bem conhecida a atitude dos patriotas parnaibanos em 1822 nas lutas da Independência guiados pelo espírito clarividente do grande João Cândido de Deus e Silva secundado por Simplício Dias da Silva e José Francisco de Miranda Osório Parnaíba como também Oeiras foi uma das primeiras localidades piauienses em que os seus valorosos filhos pegaram em armas para lutar patriótica e heroicamente pela causa sacrosanta da independência do Bra sil quebrando de vez os grilhões do jugo lusitano A vila tivera categoria de comarca em 1833 por ocasião da execu ção do Código do Processo Criminal Parnaíba está situada à margem direita do rio Igarassú um dos bra ços do caudaloso e sinuoso rio Parnaíba em uma extensa baixa e pitorêsca planície que se alonga a léste e ao sul ficando fronteira a Ilha Grande de Santa Izabel parte integrante do seu município Fica distante três léguas do pôrlo marítimo de Amarração hoje Luiz Correia e a dezessêis da baía da Tutóia do Estado do Maranhão por onde é feito o grande movimento do Piauí porém com grandes dificuldades A cidade de Parnaíba criada em 1844 berço de Simplício Dias José Basson de Miranda Osório Leonardo Castelo Branco Desembargador Sales Dr Fernando Pires Ferreira o segundo oculista brasileiro Jonas da Silva e dos Marechais Francisco Bodrigues Sales e Pedro Ivo surgiu de uma fazenda de gado a exemplo de muitas de suas irmãs Começou por um agrupamento de casas sem ordem nem alinhamento Nêsse número contavase o vasto prédio de sobrado situado na rua Grande com comunicação interna para a Igreja matriz donde é fácil se compreender a sua opulência Era co nhecida como a Casa Grande da Parnaíba e de propriedade do conhecido Cel Simplício Dias da Silva que deixou romanêsca memória do seu grande fousto e riqueza Essas casas dispares foramse ligando pelas construções novas sem medidas que corrigissem os defeitos conhecidos vindo consequentemente disso ruas da cidade irregulares cheias de curvas pronunciadas e sem orien tação Grande núncro dessas ruas terminaram em praças triangulares na ci dade velha Obedecendo à planta levantada em 1914 a Cidade Nova vem se for mando prodigiosamente sob alinhamento em quarteirões de 100 metros em quadro com mais de 20 metros de largura e avenidas de 30 metros Além das ruas e travessas contamse diversas praças havendo dentre estas algumas modernamente construídas e de belo efeito A Igreja de N S das Cracas só encontra rival no Estado nas de Teresina e aa de N S do Carmo em Piracuruca As novas construções públicas e particulares vêm dando ótimo aspe cto a Parnaíba A localização da Estação da Estrada de Ferro Central do Piauí em excelente bairro da Cidade Nova concorre igualmente para isso Os em preendimentos destacadamente de 1930 até a atualidade levados a efeito sem distinção pelos diversos Prefeitos Municipais falam acima de argu mentos outros Enumerar êsses melhoramentos é coisa quasi impossível no estreito limite de uma simples Monografia Estatística padronizada para o Estado sem pretensão de publicação de fôlego Como ligeiro índice disso registamse apenas Hospital Leprosário e Mercado modelos calçamento de ruas e praças etc etc A preferência cabida com justas razões à Parnaíba pela sua si tuação geográfica para localização da ALFÂNDEGA e da CAPITANIA DOS 83 PORTOS DO PIAUÍ concorre muito bem para o máximo de sua vida ile adiantada cidade do norte do Estado Na esfira cultural Parnaíba tem de ha muito lugar distinto no mdic disso rogisiase que o seu primeiro jornal denominado O fico da Pariiaibu circuleú em lixó3 acrescendo que em 1937 compõem a imprensa parnaibana o periódico O Popular A tribuna O Sorte O Sino O Cére bro Flâmula e o Almanaque da Parnaíba Parnaíba hoje é mais do que nunca o grande aéreopôrto piauiense donde invadindo o nosso território em rasgos d civilizaçã c progresso surgciK ale o sul ao Estado os possantes aviões da Condor além Ins du Panair e outros que não avançam para o interior do Piauí Parnaíba lam bem recebe em primeiro lugar com igual fim os aviões Militares Pele íJíciefo n 1279 d 2ó de junh do 1931 do Intcr nir Federal de então capitão Landrí Sales Gonçalves os municípios de Amar ração Luiz Correia e Buriti dos Lopes perderam a sua autonomia muni cipal ficando anexados ao de Parnaíba sendo todavia o de Buriti do Lo pes reintegre nessa autonomia pelo Decreto n 1 478 de 4 de setembro de 1933 do mesmo Interventor Federal O Decreto n 1588 de 26 de setembro de 1934 do Litervenlor Federal capitão Landrí íaies Goncalves Secretariado pelo capitão Carlos Augusto Colares Moreira deu nova divisão policial à Parnaíba LIMITES O município de Parnaíba limitase ao norte com o Oceano Atlânti co a leste Com o Estado do Ceará ao sul com o município de Piracuruea i oeste com o de Buriti dos Lopes e o Estado do Maranhão OROGRAF1A Serra Grande fazendo fronteira com o Ceará Serra dos Arcos Chumbo Cocai Santa Kosa e Santa Kita Pequenas serras todas nas pro ximidades do Esiauo do Ceará Em geral é plano o terreno Ho município HIDROGRAFIA RIOS Parnaíba Igarassú braço do Parnaíba Pirangí e Portinho RIACHOS Riachão Palmeira Cocai Frexeiras e Rebentão LAGOAS Riacho Tapuio Porcos Prata e Jardim esta entre Parnaíba e Luiz Correia CLIMA Sêco e ventoso no estio quente e húmido no inverno ESTAÇÕES O periodo invernoso em Parnaíba é mais ou menos idêntico ao dos ontros municípios do norte do Piauí principiando em dezembro e termina do em maio FAUNA A fánna terrestre não é bem desenvolvida A fluvial é mais abon dante pescadas curimatans fidalgos piraíbas surubins etc De caça ha veados eutias pacas capivaras macacos raposas lontras onça catetus e muitas outras sendo abundantíssima ens JJVSS 84 FLÓRA Na bacia do Pirangí a flora se apresenta como chapada e caatin ga No restante do município c intermediária com a vegetação da costa ma rinha Encontramse ruibarbo congonha ou mate mntamba csróba ruma jalapa batata jaborandí ipecacuanha jarrinha salsa manacá jataí ma mona etc Rica ein madeiras de lei como paudarco aroeira etc Nos baixios fluviais ha as frutíferas como a jussara guajirú etc os cedros do alagado creolí olandí etc nos baixios marinhos as aníngas calombís as três espécies de mangues etc Na costa e em todo o município a larnaubcira mandacarus iniburanas etc MINERAIS Eneontramsc no município hematistes pirites mármores quartzitos de talho réto afloramentos de calcareo sacaroide com grande percentagem dé alumínio outros com manganez etc AGRICULTURA A diversidade da agricultura se cifra 110 município quanto á mar gem do Parnaíba no aproveitamento tias marés para irrigação do plantio nos lugares baixos denominados vazantes aproveitamento na estação estival somente porque de inverno êstes terrios fieam sob a aga do rio cheio em conjunção com as mares São principais culturas algodão feijão mandioca milho arroz o cana de açúcar etc etc O café é cultivado fracamente em determinada zona sendo vendido na sede municipal INDÚSTRIA E COMÉRCIO INDÚSTRIA Sal em regular escala e extração de cêra das carnaubeiras São tam bém irdústri de maior vulto Fabrica Corte para extração do óleo de babaçu e fabricação de sabão Uzina São José de beneficiar algodão Fabrica Aliança para beneficiamento de cereais Fabrica Estrela de fabri cação de sabão Fabrica de mosaicos Ainda outras de sabão cortumes cal çados chapéus vimes oficinas gráficas etc COMÉRCIO Para avaliação do grande e rxTaordinário vulto do comércio de Parnaíba basta ser registado que essa importante e adiantada praça é o es coadouro máximo o escoadouro principal pode ser dito de todo o comércio do Piauí não obstante a sensível falta de porto marítimo próprio e accessi vel a embarcações de longo curso Parnaíba conta as seguintes instituições de crédito Banco do Brasil Banco de Credito Popular Banco do Comércio e Indústria do Piauí e as Casas Bancarias James Frederick Clark C Ltd Francisco Aguiar Cia e Roland Jacob POVOADOS INDUSTRIAIS E COMERCIAIS O município de Parnaíba tem diversos povoados destacandose os seguintes pela sua importância comercial e industrial Rosapolis na fóz do Igarassú a 6 kms da sede municipal Morros da Mariana na Ilha Grande de Santa Izabel defronte da cidade São Miguel Campos de 85 Umarinseira Jabotí c n ais os servidos pela H la de Ferro Central do Piauí Marrvás Bom Principio c Cocoí sendo este de ánímadô ris proporções eon destacado intercâmbio eorcreal ror o Ceará por meio de movimentada esirada earroçável para Viçosa COMISSÃO DE CLASSIFICAÇÃO DO ALGODÃO A Comissão de Classificação do Algodão Parnaíba serviço do Mi nistério da Agricultura Deparaieio Nacional da Produção Vegetal tem incontestavelmente concorrido eficazmente para o melhor aperfeiçoa íTJcnlo do algodão piauiense consequentemente da indústria e comércio PECUÃPJA A pecuária foi disseminada no Piauí nos seus primeiros dias de ma neira g nrralizada Parnaíba que teve as primeiras xarqueadas do Estado em épocas remoas embora é certo Por método atrasado compatível com tempo tem regular criação de gado mas wo os outros municípios ainda na carência de desenvolvimento de introdução de reprodutores de raça spleelonada nos seus campos PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS As principais fontes económicas do município são representadas pela indústria extvativa com destaque de amêndoas de côco babaçú e seus de rivados c da cêra de carnaúba A cultura do algodão lambem forma em pri meiro plano nêsse particular Os demais prodútos da agricultura lambem apa recem entre as principais fontes económicas de Parnaíba ASSUNTOS DIVERSOS Klercadcs Públicos 3 na sede do município Limpeza pública vias urbanas Instrução o ensino secundário é ministrado pelos seguin tes estabelecimentos Ginásio Parnaibano sob fiscalização permanente do Governo Federal Escola Normal da Parnaíba equiparada á Escola Nor ii aJ Oficial do Estado Escola do Comercio da União Caixeiral com ensino técnico comercial de acordo com a legislação federal Ginásio de N S das Graças sob fiscalização federal Escola do Comercio do Colé gio de 1 S das Graças também sob fiscalização federal ministram o en sino primário 11 escolas estaduais e 17 particulares Religião predomina a Católica Apostólica Ronana Tcmpos Igreja de Nossa Senhora das Craças Igreja de Nossa Senhora do Rosário Igreja de São Sebastião Ca rela de Santo Antônio na sede do município Capela de Santa Izabel na Ila de Santa Izabel Cemitérios um na sede do município e outro no povoado Cocai contandose ainda os particulares em diversas localida des do município Iluminação pública elétrica urbana e domiciliar Ar borização pública Rua Dr João Pessoa e diversas praças Turismo Hotel Carneiro Hotel Central e Parnaíba Hotel na sede munici pal o principal ponto de excursões turísticas é a praia denominada Pedra do Sal na Ilha de Santa Izabel Assistência a enfermos Dispensário de Assistência Médica MONOGRAFIA N 25 DE PATROCÍNIO Ano de 1937 Categoria da sede Vila Lei n 1 193 de 9 de outubro de 1888 Divisão judiciária 1937 Termo da comarca de Picos Lei n 96 de 86 21 de junho Registo do movimento da população Registo Civil Orga nizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 2265 kms2 Altitude 550 ms Latitude S 6o 53 00 Longitude W Gr 40 35 00 População 1937 5916 habitantes Distância da Capital em linha réta ESE 306 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 500 km Vias de comunicação Estradas carroçáveis estradas reais Correio 14 de dezembro de 1891 Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 31707000 arrecadação municipal HISTÓRIA O terreno onde assenta hoje a sede do município de Patrocínio era já um arraial em franca prosperidade quando o zelo apostólico de Frei Ibiapina animou os seus habitantes em 1871 a construírem a grande Igreja e o Cemitério que ainda hôje atestam o poder e a torça de sugestão daquele incansável Missionário Distrito de paz já era dêsde alguns anos e foi elevado à categoria de freguesia com o nome de Fio Mono pela Resolução Provincial ri 1 078 de 13 de julho de 1883 desmembrandoa da de Jaicós Em virtude do progresso que rapidamente apresentou o povoado foi elevado à categoria de vila com a atual denominação de Patrocínio pela Kesoiução Provincial n 1193 de 9 de outubro de 1888 Os hábitos e mêios de vida da gente do município são iguais aos do iirterior do Ceará dada a sua aproximação com êste Campos Sales do Ceará é quem facilita a Patrocínio comunicação telegráfica de melhor maneira Em 1931 em consequência da nova organização dada aos municí pios pela Interventoria Federal no Estado Capitão Landrí Sales Gonçal ves em decreto n 1279 de 26 de junho Patrocínio ficou anexado ao município de Picos Em 1934 a mesma administração estadual Landrí Sales Gonçal ves pelo decreto n 1575 de 17 de agosto restaurou a autonomia mu nicipal de Patrocínio Em 1935 pelo decreto n 1645 de 16 de abril o Interventor Fe derai Capitão Landrí Sales Gonçalves desanexou o povoado Socorro de Patrocínio elevandoo a município e constituindo o seu patrimônio com im portantes fazendas dos municípios de Jaicós e Patrocínio LIMITES O município limitase ao Norte com o de Valença e o Estado do Ceará a Leste com o Estado do Ceará ao Sul com os municípios de So corro e Picos a Oeste com o de Picos OROGRAFIA A Serra Grande e a Chapada do Araripe servem de limites cora o Ceará O ponto mais elevado do município é a Serra do Marçal HIDROGRAFIA O município não possue rios nem riachos perenes mas ribeirões torrenciais que correm somente no inverno São quasi todos tributários do Riachão afluente do Guaribas que por sua vez o é do Itaim Os principais são Inharé Condado Marçal Alecrim Ralo e Ma cacos 87 CLIMA Patrocínio goza tle um clima agradável o que é comum rio alto efe serra em que é situado apesar da falta de bôa agua no verão A sua altitude é admirável porque regista 350 metros acima do vel do mar em igualdade de condições de Pedro II ao Norte do Estado iii ibril ESTAÇÕES O inverno costuma começar nos últimos meses do ano para ir ate ou maio Conta a fauna de Patrocínio todos os animais e aves silvestres pás saros etc próprios da zona A criação de aves domésticas não é descuidada visando embora somente o consumo local FLÓRA Patrocínio tem árvores de madeira de lei palmeiras das espécies pró prias do Piauí plantas medicinais etc MINERAIS De uma ligeira história de Patrocínio destacamse os seguintes di zeres GEOLOGIA E MINERALOGIA Segundo o mapa de Banner Pa trocínio assenta no permiano inferior Os sedimentos pertencem à serie dá Serra Grande O ferro e o salitre existem em abundância Ha notícias de minas de ouro AGRICULTURA O município não é favorável a uma desenvolvida e proveitosa agri cultura E todavia cultivado o algodão INDÚSTRIA E COMÉRCIO Patrocínio é centro de ativo e laborioso comércio desde seus primei ros dias A exportação de gado em pé couros e peles é importante e fazse na sua quasi totalidade para a praça de Fortaleza Ceará Existem esta belecimentos de mercadorias gerais de compras de géneros e mercearias somente A indústria é relativa ao mêio isto é representada por uzinas de beneficiar algodão e cereais PECUÁRIA O município não obstante a sua escassez dágua no verão cria bem gado que constitue a sua maior riqueza PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Através desta rápida monografia chegase à conclusão de que são principais fontes económicas de Patrocínio a agricultura na parte refe rente ao algodão e a pecuária ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um particular na sede municipal Instrução 2 escolas estaduais e 4 particulares todas de ensino primário Religião 60 predomina a Católica Apostólica Romana Templos Igreja de Nossa Se nhora do Patrocínio e Capela de São Miguel na sede municipal Festivi dades religiosas a de Nossa Senhora do Patrocínio e a do Sagrado Co ração de Jesús Cemitérios dois na sede municipal e quatro no interior além dos em aberto existentes em diversas localidades do município MONOGRAFIA N 26 DE PAULISTA Ano de 1937 Categoria da sede Vila Lei n 1137 de 20 de julho de 1885 Divisão judiciária 1937 Termo da comarca de Jaicós Lei n 96 de 21 de junho Registo do movimento da população Registo Civil Orga nizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 7136 kms2 Altitude 450 me tros Latitude S 8 o 08 30 Longitude W Gr 41 10 00 População 1937 14683 habitantes Distância da Capital em linha réta SSE 381 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 512 kms Vias de comunicação Estrada de Ferro estradas carroçáveis estra das reais Correio 28 de máio de 1887 Estação Fiscal Estadual Posto Fiscal Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 267478000 arrecadação municipal HISTÓRIA O território de Paulista vem da época dos primeiros povoados do Piauí Essa denominação ce Paulista provem da passagem no local do ousa do bandeirante paulista Domingos Jorge Velho por ocasião de sua pri meira entrada na região em 1663 fundando uma fazenda a que deu o nome dos filhos da sua heróica terra Em fins do século XVIII a fazenda Paulista já possuía uma Capela construída pelos avós do Visconde da Parnaíba em torno da qual formouse r povoação Em 1875 levantouse ao lado da Capela um Cemitério Foram estas as primeiras bases da futura vila A Resolução Provincial n 1078 de 13 de julho de 1883 criou a freguesia Em 1885 pela Resolução Provincial n 1 137 de 20 de julho o povoado foi elevado à categoria de vila com instalação solene a 25 de de zembro do mesmo ano a qual fica situada no alto da Serra dos Dois Ir mãos linha divisória entre os Estados de Pernambuco Raia e Piauí e é uma ataláia das fronteiras piauienses pela sua importante posição geo gráfica Em 1888 a 14 de agosto a freguesia foi provida canonicamente Em 1925 1926 os Revolucionários da Coluna Prestes quando da retirada da sua incursão no Piauí passaram em Paulista Em 1931 quando da nova organização dada aos municípios do Es tado pelo Interventor Federal Capitão Landrí Sales Gonçalves em Decreto n 1 279 de 26 de junho o município de Paulista perdeu a sua autono mia ficando anexado ao de Jaicós Em 1933 a citada administração estadual Capitão Landrí Sales Gonçalves com o Decreto n 1 478 de 4 de setembro restaurou a auto nomia do município de Paulista Em 1934 Paulista recebeu nova divisão policial pelo Decreto Esta dual n 1 542 de 21 de máio 89 LIMITES O município limitase ao norte com o de Jaicós a leste com Eft lado de Pernambuco servindo de limites a Serra dos Dois Irmãos ao 1 ainda com o Estado de Pernambuco e o da Baía servindo de limites comuns a mesma Serra e o município de São Raimundo Nonato oeste com os municípios de São João do Piauí e Simplício Mondes OROGRAFIA O município é bastante acidentado As suas serras entretanto ão de suave declive A Serra dos Dois Irmãos é ponto característico do município e de grande distância avistase o seu azulado perfíJ no horizonte Spix e Martius visitaram Paulista em 1819 e na sua monumental Viagem ao Brasil referemse com elogios ao seu solo e à sua gente Alem da Serra dos Dois Irmãos notamse a do Suspirante Baixão Bosque do Tôpa Bom Jardim Brejo Mansinho Sumidouro Bôa Vista ele HIDROGRAFIA O principal rio do município é o Canindé que nasce na Serra tios Dois Irmãos formado pelos dois córregos Ingá e Chapéu que depois de percorrer o município de leste a oeste desagua no Parnaíba Os riachos dignos de nota são o do Sumidouro o Santa Maria o do Mêio o Taboleiro o Serra Branca o Serrinha o Dois Irmãos o Salgado Pilões e o do Mucambo todos afluentes do Canindé Todos êsses cursos dágua secam no verão Somente o Canindé con serva alguns poços em diversos pontos do seu leito Existem as lagoas do Peixe e Junco esta na fazenda Volta Ha vários açudes feitos pelos fazendeiros para a proteção dos seus rebanhos O Governo Federal mandou construir os de Poções e Serra Branca distantes respectivamente 9 e 4 léguas da vila de Paulista A Ins petoria de Obras Contra as Secas organizou um projelo de barragem no rio Canindé visando grande progresso às possibilidades do município CLIMA Paulista goza da fama de ser um dos mais salubres municípios do Piauí A temperatura é elevada e a humidade quasi nula Na época das grandes secas é bem quénle mas amenizado pelos ventos que vêm do sul e são constantes ESTAÇÕES Seguindo o aspécto comum metereologico to sul do Estado o inverno principia em setembro ou outubro e se estesde a abril ou maio embora com poucas chuvas FÃUNA A fáuna de Paulista é abundante e variável como acoutei nos do mais municípios do Estado FLÓRA Existe no município uma admirável variedade em madeiras de lei grandes maniçobais silvestres o cultivados embora abandonados ia esente 90 mente A carnaubeira existe em abundância no município Figuram entre as principais madeiras de construção aroeira angico braúna canafístula amargoso barbatirnão pau ferro pau de arara pau darco imburana e oulrcs MINERAIS Sob o ponto de vista mineralógico está pouco estudado o município de Paulista E possível a existência no município de ágatas diamantes e carbo natos pois existe próximo ao lugar Carnaubinha uma formaão geológica perfeitamente idêntica à de Lençóis na Baía Perto da fazenda Poções de Cima num terreno acidentado e silvestre Martius assinalou a presença de calcáreo de transição jazendo sobre o gttfetftS A rocha primitiva geralmente orientada de E para W era de cór amarelada ou cinzentoazulada e por vezes continha granadas in crustadas AGRICULTURA A lavoura do município é regularmente desenvolvida cultivandcse principalmente o milho o feijão e a mandioca produzida em larga escala A cultura do algodão vem tomando grande incremento sendo que o algodão é de ótima qualidade e constitue no Centro de Cereais da Baía um tipo especial o tipo de Paulista reputado superior ao de 1 qualidade peia pureza da fibra extensão e aspecto A cana de açúcar é também cul tivada porém em menor escala INDÚSTRIA E COMÉRCIO A sede do município destacadamente auxiliad i pelo povoado Con ceição situado à margem do rio Canindé com importante feira aos domin gos e beneficiada pela Estrada de Ferro Petrolina Teresina tem anima dor comércio principalmente depois das vias de comunicação por estradas carroçáveis dentro do próprio Estado A exportação em quasi toda sua totalidade é feita para a Baía via Petrolina e Pernambuco via Ouricurí A Estrada de Ferro Petrolina Teresina que já atinge Paulista traz maor desenvolvimento ao comércio do município A importação de mercadorias tem também sua preferência pelos Es tados vizinhos em virtude da facilidade de transporte que está ao alcance de todos os que estudam e se interessam pelos negócios industriais e co merciais em geral O comércio de algodão cereais gados e cêra de car naúba é de certo vulto Na esfera industrial existem uzinas de beneficiamento de algodão pequenas e irregulares instalações do fabrico de farinha dc mandioca etc oficinas de marcenaria sapatarias alfaiatarias e outras artes PECUÁRIA O município é pequeno mas tem bons campos para criação vindo daí o desenvolvimento da pecuária notadamente dos gados vicum c la nígero PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Compõem é claríssimo as principais fontes económicas do municí pio a agricultura com destaque do cultivo do algodão a pecuária e a in dústria extrativa principalmente a da cera de carnaúba embora em plano inierior a classificação dessa indústria q ua o a maioria de dos B muni cipíos do Estado ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na sede municipal e dois no interior íwlru çao Z escolas estaduais e uma particular todas de ení primário Reli íc predomina a Católica Apostólica Romana Templo fcreja de Nossa Senhora dos Humildes Festividades religiosas a de Nossa Sçnkow dos Humddes Cemitérios um na sede municipal um no povoado Quei mada Nova e outro no povoado Conceição alem do em aberto tentes no interior Iluminação pública a petromax MONOGRAFIA N 27 DE PEDRO II Ano de 1937 Categoria da sede Cidade Decreto n 50 de 21 de fevereiro de 1891 Divisão Judiciária 1937 Comarca Lei 96 de 21 de junho Registo do novimento tia população Registo Civil Organiza ções policiais e prisões Delegacia de Policia Destacamento da Poliria Militar Cadeia Pública Superfície 4992 kms2 Altitude 550 me tros Latitude S 4 2518 Longitude W Gr 41 2734 Pbpula ção 1937 31202 habitante Distância da Capital em inha réta ENE 166 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 045 km Vias de comunicação Estradas carroçáveis estradas reais Comi Criado a 3 de janeiro de 1859 Telégrafo Instalado a 21 de máio de 1916 Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 532753000 arrecadação municipal HISTÓRIA Pedro II antigamente chamado Piquizeiro teve por principal funcador João Alves Pereira que nêsse local se estabelecera com i irmãos e companheiros Abel Pereira dos Santos Manoel de Castro Do mingos Pereira Dutra Albino Pereira doi Santos e Antônio Pereira da Silva todos de origem portuguesa Todo levados por espírito religioso edificaram em seguida à fudaçpo do povoado uma pequena Capela consagraca a Nossa Senhora da Conceição pedindo de Portugal uma ima gem da Santa Padroeira a quem fez João Alves a doação de 1 12 quilô metro de terras para o seu patrimônio Pela Resolução n 295 d 20 de agosto de 1851 art l quando era Prezidente da Província José Antonio Saraiva ficou criada no povoado uma freguesia com o none de Malões segundo distrito do termo de Piraeuruca e com a invocação também de N S da CeaCeição A lei n 367 de 11 de agosto de 1854 art 1 da Presidência Antônio Francisco Pereira de Carvalho elegeu a povoação e freguesia de Matões à categoria de vila dancolhe o nome de Pedro II da comarca de Parnaíba em honra a D Pedro de Alcântara então Imperador do Brasil Pelo decreto n 2 de 28 de dezembro de 1889 voltou a chamar se vila dos Matões conforme se verifica do íncice Alfabético das Leis Resoluções e Decretos do Estado do Piauí de dezembro de 1889 a 1896 organização do Secretario da Fazenda naquele tempo coronel João Augusto Rosa Causou repuka geral a retirada 43 dia apenas depois da 92 proclamação ta Republica do nome de uma cidade porque o grande Imperador inegavelmente muito trabalhara em prol do engrandecimento moral intelectual e material do Brasil Em 1891 no governo do dr Gabriel Luiz Ferreira foi pelo te creto estadual n 50 de 21 de fevereiro a vila de Matões elevada à ca tegoria de cidade com o nome te Itamaratí em homenagem ao Palácio da Presidência da Republica Pela lei 154 de 10 de julho de 1897 foi suprimida a comarca de Itamaratí restaurada depois pela lei n u 228 de 21 de junho te 1900 e com a jurisdição própria passou a ter por termo judiciário a vila hoje cidade de Ppriperí Em 1911 voltou a chamarse Pedro II Lei n 641 de 13 de ju lho Esse gesto do legislativo estadual foi louvável e acertado porque o povo em geral não aceitava outro nome para a cidade a não ser o de D Pedro II inesquecível nome a se imortalizar na lembrança dos munícipes o qual tornava igualmente conhecida e acatada a localidade pelo cunho de respeito e de veneração que ainda infunde a invocação do saudoso Im perador Em 1934 pelo Decreto Estadual n 1546 de 26 de máio do In terventor Federal Capitão Landrí Sales Gonçalves Secretariado pelo Dr Leônidas de Castro Mélo o município de Pedro Segundo têve nova divi são policial A construção da cidade oLoílrro ao antigo estilo português e está incluída no número das poucas que quasi nada aproveitaram do resova dor movimento de 1930 Só agora a ingentes esforços do governo muni cipal para melhor feição urbanística projetamse a reforma te uma mal acabada praça pública sob planta de moderno aspecto e uma bem regular uzina elétrica para a respectiva iluminação pública e particular LIMITES O município de Pedro Segundo é limitado ao sorte pelo de Pi racuruca a léste pelo Estado do Ceará ao sul pelo município de Cas telo a oeste pelos de Campo Maior e Periperí OROGRAFIA A Serra dos Matões que representa aproximadamente um terço do município e em cujo principal contraforte assenta a citade de Pedro Segundo é a única em todo o seu território embora às suas mais eleva das ramificações também chamem de Serras e uma das mais importan tes em todo o Estado Com uma altura média de 650 metros a Seira âos Matões oferece aos que lhe sobem pelos lados norte e nordeste um dos mais lindos pa noramas da terra piauiense E do Gritador que se avista Piracuruca Ramificação da Serra da Ibiapaba embora lhe esteja a muitos quilómetros é como aquela grandemente agrícola Existem também vários morro notadamente Olho dagua Algo dão Olho dagua Grande Macacos etc HIDROGRAFIA O município de Pedro Segundo é talvez um dos mais ricos dá gua que tem o Piauí Destacamse os rios Corrente que nasce no sítio Revedor e de pois de um curso de quasi 20 léguas desagua no rio Longá Matos que 93 nasce nosítio Santo Amónio e desagua no Longá tefaara nn na fazenda Caatingas e copois de receber diversos afluente lanÇ9e no Poli Parafuso que nasce em Buriti Grande e desagua no Poíi Exis tem outros ainda de meor importância Dentre os olhos dágua avultam os seguintes permanentes e abun dantes Prapora Bonsucesso Sucurujú água ferrwulfurosa Bananeira Buntizinho e um sem número de outros menores Ha o açude de Mamoeiro situado a 9 quilómetros da eidade CLIMA Não é exagero em se afirmar que é o mais ameno de todo o Es lado e muita razão tem os que denominam Pedro Segundo a Suiça Piauiense O termómetro baixa frequentemente a 20 grãus e até a um pouco menos A altitude é classificada em 2 lugar no quadro geral dos diver sos municípios do Estado cem o registo de 550 metros acima do nível do mar ESTAÇÕES O inverno no município de Pedro Segundo se estende de novem bro a máio mais ou meísos FÁUNA A fauna do municipio como acontece com todos os municípios do Estado é abundante em animais das mais variadas espécies aves domés ticas e silvestres e preciosos especímenes de pássaros FLORA O reino vegetal em Pedro Segundo é abundantíssimo destacando se árvores frutíferas madeiras de lei e as apropriadas a trabalhos de marcenaria etc MINERAIS Ha em grande quantidade a pedrahume ou alúmen cristal de rocha ferro chumbo e mica segundo a opinião do engenheiro Folk vau Hanten que andou no município em 1896 AGRICULTURA Cultivase em grande escala a cana de açúcar que constitue a principal riqueza do musjcípio bem como o fumo e o algodão Também cultivamse com grande proveito o milho o arroz o feijão a mandioca o café etc INDUSTRIA E COMERCIO A população do município de Pedro Segundo vive principalmen te da lavoura de vez que a pujança e a generosidade da terra compen sam regimento todos os esforços empregados A principal indústria do município de Pedro Segundo é a agrícola que consiste no fabrico de aguardente rapaduras e fumo Fabricamsc também excelentes rêdes de tecidos diversos Na indústria extrativa explorase a cêra de carnaúba em percen tagem animadora tanto que a sua produção atingiu em 1937 a 140944 quilos 94 Existem ainda pequenos estabelecimentos de fabricação de aguar dente e rapaduras farinha de mandioca cerâmica sapatarias etc etc O comércio em geral de condições regulares é em sua maioria feito com o Ceará principalmente quando á exportação por meio de es tradas carroçáveis que também têm ligação com as do próprio Etado sendo digno de menção especial o trecho para Perlpeit em basca da Es trada de Ferro Central c Piauí já em franco tráfego de Luiz Correia Amarração ao aludido município de Peripcrí PECUÁRIA Conquanto seja em proporções inferiores ás de diversos municí pios do Estado a criação de gado em Pedro Segundo traz extraordinária vantagem cevido à conhecida variedade de pastagens O gado cavalar é criado em pequeno número Não ha seleção de reprodutores de maneira animadora para o gado vacum de vez que os mesmos são adquiridos em número diminuto PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS As principais fontes económicas estão circunscritas à agricultura â pecuária c à int ustria extrativa principalmente á da cêra de carnaúba ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na sede municipal Limpeza pública vias urbanas Instrução 5 escolas estaduais de eísino primário fun cionando na sede municipal o principal estabelecimento estadual de ensi no primário com a denominação de Grupo Escolar Marechal Pires Fer reira Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Igreja de Nossa Senhora da Conceição e Capéla de São João Nepomucejo na sede do muicípio Festividades religiosas a de Nossa Senhora da Conceição Cemitérios 2 na sede municipal ambos pertencentes à igreja encontram ose ainda ivúmeros em aberto no interior do muni cípio Turismo uma pensão na sede municipal MONOGRAFIA N 28 DE PERIPERÍ Ano de 1937 Categoria da séde Cidade Lei n 570 de 4 de julho de 1910 Divisão Judiciária 1937 Termo da comarca de Pedro II Lei n 96 de 21 te junho Registo do movimento da itopulação Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Policia Destaca mento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 1 591 kms 2 Altitude 160 ms Latitude S 4o 12 00 Lon gitude W Gr 41 46 29 População 1937 17887 habitantes Distância da Capital em linha reta ENE 145 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 197 kms Vias de comunicação En trada de Ferro Central do Piauí Rodovia Teresina Fortaleza estradas carroçáveis estradas reais Campo de Aviaeão1000 x 1000 ms Correio criado a 3 de março de 1877 TelégrafoEstação telefónicainstalata a 14 de dezembro de 1884 Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fis cal Estadual Posto Fiscal Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 1G2 890S0G0 arrecadação municpal rtOTA Em vez de estação telefónica leiase estação telegráfica 95 HISTORIA Periperí que surgira de uma fazenda de gado de propriedade do Pa dre Domingos de Freitas e Silva no ano de 1844 quando se instalara fefe sen fundador é agora mais do que nunca uma das cidades do Piauí que ni têm progredido sob todos os pontos de vista O ilustre sacerdote vinha empenhato em prol da independência em cujas lutas desempenhara papel relevante como um dos seus denodados corifeus tendo assim ligado o seu nome a bela jornada parnaíbana de 1322 ao lado do ouiro acendrado patriota Dr joio Cândida de Deus Silva As primeiras construções do povoado de maior importância foram uma casa para residência do referido Padre e uma Capela sob invocação de Nosia Senhora dos Remédios junto aquela no citaco ano de 1844 Havendo estacionamento dos primeiros passos da localidade até 1885 o Padre Freitas tomou com real proveito a inteligente deliberação de dividir as terras em pequenos lotes oferecendoos a quem quisesse edificar atrainr isso tal afluência de moradores que em 1857 já era patente o progresso da povoação Pereira da Costa Em 1860 o abnegado sacerdote completou o seu feito de patriota emérito doando para o patrimônio de N S dos Remédios 300 braças quadradas de suas terras Em vista cêsse adiantamento o povoado foi elevado à paroquia com os competentes limites traçados posto que ainda anexado ao muni cípio de Piracurucu Lei Provincial n 698 de 16 de agosto de 1870 Em 1874 portanto quatro anos depois a Lei Provincial sob n 894 de 8 de junho conferia à paróquia o predicamento de vila sendo ins talata solenemente a 18 de setembro do mesmo ano consoante a áta assinada pelo Dr Juiz de Direito da Comarca Presidente do Conselho de Piracuruca e demais pessoas gradas presentes ao ato dos dois municípios A 14 de janeiro de 1875 foi inaugurada a Câmara dancose posse aos vereadores em número de sete sendo escolhido Presidente o mais vo tado Antônio Alves de Oliveira Lopes Em 1910 pela Lei Estadual n 570 de 4 de julho a vila r e Periperí em virtude do sen crescendo animador sem so5ução de continuidade nos diversos ramos de sua atividacíe ecenômicomaterial alcançou dos po deres públicos estaduais sua elevação à categoria de cidade Embora de relance é necessário ser consignado que ç patrimônio municipal que era apenas de trezentas braças quadradas coadas pelo Pedre Freitas recebeu considerável aumento As terras onde se desenvolve a florescnte cidade de Periperí estão encravadas na data Botica cuja ses maria fôra concedida a Antônio Fernames de Macedo a 20 de janeiro de 1777 e registada às fls 56 v do Livro I Ern 1934 pelo Decreto Estadual n 1579 de 30 de ago to do In terventor Federal de então Capitão Landrí Sales Secretariado pelo Dr Leônidas de Castro Melo Periperí teve nova civisão polical Desde 1930 advento do surto revolucionário secundado pela en trada da Estrada de Ferro Central do Piauí instalação ta Inspetoria de Obras Contra as Sêcas e ligação de estradas carroçáveis pára diversos pon tos do Estado notadamente para Pedro Segundo que por sua vez está li gado ao Ceará para Barras e Campo Maior em procura de Altos e afina ca Capital Periperí avança a passos largos na trilha do progresso sendo 96 inúmeras as construções públicas e particulares modernizadas com lison geira e grande perspectiva do seu futuro E preciso destacar das Obras Contra as Secas as duas pontes de ci mento armado nos rios Longá e Genipapo da rodovia no trecho Campo Maior Periperí que são duas obras te subido valor bem como as insta lações da respectiva Inspetoria na scie municipal notadamente o grupo do casas geminadas residência dos auxiliares técnicos da I F O C S etc LIMITES O município de Periperí limitase ao norte com o de Piracuruca a leste com o de Pedro II ao sul com o de Campo Maior a oéste com os municípios de Barras e Batalha OROGRAFIA Existem no município as seguintes serras Formiga Gado Velhaco Serrinha Alto Bonito Cabreiro Pôço Gado Bravo Baixa Grande Palmeira Chá da Faveira Puçás Oiticica Deserto Bocaina Cipó Cadoz e Morro Re dondo Na cidade se destaca o Morro Garibaldi sendo que numa parte do mêsmo está colocada a Inspetoria das Obras Contra as Secas HIDROGRAFIA A hidrografia do municip o é riquissima sobretudo em olhos dagua e riachos Descrevêlos é quasi impossível dada a restrição deste trabalho estatístico O Governo Federal mandou construir os açudes Anajás Imburanas e Pé da Serra As Obras Contra as Sêcas aprestam c para a construção do açude Caldeirão no musácípio Dois são os rios que cortam o município o dos Maios e o Caldeirão Este é afluente do primeiro enquanto que aquele percorre o município pelo oéste indo se lançar no Longá cepois de haver atravesado o municí pio de Batalha Existem em todo o território do município diversas lagoas porém de pequena importância Periperí possue a maior cachoeira do norte do Estado denominada Cachoeira Grande A quéda dágua que é de uns vinte metros oferece um belo e atraente panorama As águas cáem misteriosamente no terreno are noso desaparecendo como por encanto E muito provável que os olhos dágua próximos da cachoeira tenham o veio nascido tas aguas da mêsma Fica na dcta Piracuruca e dista da cidade 15 quilómetros CLIMA Periperí por não ter pântanos e gozar de uma leve viração que de quando em qua do é agitada pelos ventos que vêm do litoral com as van tagens cas extensas várzeas que dispõem de plantações tem um clima ameno E bem salubre ESTAÇÕES O inverno dura de dezembro a máio FÁUNA A fáuna é variada Entre os mamíferos contamse onças veados paca cotia capivara raposa macaco cachorro do mato tatú etc Ofídios E bem crescida esta família de cujos primeiros especímenes citamos 97 cobras diversas com destaque tas grandes que fornecem belas pela para expor tação Dos Hidro sáurios existe apenas o jacaré de tamanho ás vewa mal grasne Das Aves mencionamse Jacú Papagaio Cardona Pirlquito e Iro penga No género dos pássaros há crescido número com saliência do chim preto do sabiá do canário do galo de campina ele FLORA O município é cercado de rica maias das quais são estas as prin cipais Angical São Felipe Matões Sáo Felix Chapada Picos São Manoel Baixão e Boqueirão Todas estas matas são abundanio em árvores de ma deira ce construção e tinturaria destacandose entro outras gonçalalves frei jorge aroeira candeia paudarco taipóca violeta massaranduba sucu pira paraíba carnaúba jacarandá paurôxo pereira piquizeiro pau ferro cedro imburana etc MINERAIS Ha importante referências de valiosos e diversos minerais co mu nicípio O capitão João de Aguiar obtivera privilegio estadual para ex ploração dos mesmos ha anos nada porem até agora foi explorado AGRICULTURA A lavoura embora rotineira é um forte elemento de prosperidade do município As terras à margem do rio dos Matos e nas fertilíssimas ina tas são segura garantia disso G arroz é o principal produto dc parelha com a cana de açúcar A produção da agricultura abastece o comércio local e supre em bôa quantidade o municípios vizinhos INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indútria tem a extraçco da cêra de carnaúba e do coco tucum Se guemse os estabelecimentos de beneficiamento de cereais do fabrico de farinha de mandioca de aguardente e rapadura padarias e outras de pe queno vulto Periperí produziu em 1937 180553 quilos de cêra de car naúba A contribuição do município quanto ás amêndoas do côco babaçu foi também em 1937 de 11343 quilos que embora pequena ão deixa de ser uma contribuição te valôr O comércio é bastante desenvolvido mui principalmente depoi das facilidades de transportes ferroviário aéreo Militar rodoviário Estrada Teresiia Fortaleza bem como das estradas carroçáveis PECUÁRIA Conquanto seja resumida a criação no município mesmo assim é ela feita com extraordinária vantagem devido à variedade de pastagem Em todas as fazendas existentes criamse gado vacum cavalar em pequeno número muar lanígero caprino e suino Aos poucos vai entranr nas fazendas gado vacum de raça seleesonada adapiavel ao clima do Piauí PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS A exemplo de quasi todos os municípios do Piauí o município de Periperí tem as suas principais fontes económicas assentadas na agricultura iia indústria extrativa e na pecuária 93 ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na sd municipal Insirução 7 estabe lecimentos públicos estaduais de ensino primário sendo que o mais impor tante sob a denominação de Grupo Escolar Padre Freitas funciona na sede do município Religião predomina a Católica Ápostólica Romana Templos Igreja de Nossa Senhora dos Remédios Festivitlade Religiosa a de Nossa Senhora dos Remédios Cemitérios um na sede municipal alem dos em aberto que se encontram em diversas localidades do muni cípio Iluminação pública elétrica urbana e domiciliar Turismo três pensões na sede municipal Assistência a enfermos Delegacia de Saúde MONOGRAFIA N 29 DE PICOS Categoria da sedeCidade Lei n 35 de 12 de dezembro de 1890 Divisão judiciária 1937 Comarca Lei n 96 de 21 de junho Re gisto do movimento da populaçãoRegisto Civil Organizações policiais e nrisõesDelegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Públi ca Superfície 4703 kms2 Altitude230 ms LatitudeS 70408 Longitude W Gr 412900 População 1937 40792 habitantes Distância da Capital em linha reta SSE 262 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 344 kms Vias de comunicação Estradas carroçáveis estradas reais Correio criado em 1861 Telégrafoinstala do a 13 de maio de 1903 Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Estadual Mesa de Rendas Estação Fiscal Municipal Prefei tura 1937 1388258000 arrecadação municipal HISTORIA O local onde está situada a cidade de Picos segundo a tradição constituía antigamente uma fazenda de gado vacum pertencente á família Borges Leal que se ramificou por todo o município A cidade assenta so bre uma fertilíssima várzea á margem direita do rio Guaribas rodeada de montes picosos que lhe deram o nome Foi a uberdade e salubridade do solo determinándo o aflu xo de cavalarianos compradores de cavalo na gira local das en tão províncias de Pernambuco e Baía que deu início ao povoamento Já bastante aumentado a Resolução Provincial n 308 de 11 de Setembro de 1851 erigiu em freguesia o povoado sob a invocação de Nossa Senhora dos Remédios Depois de desmembrado de Oeiras foi o povoado pela Resolução n 397 de 20 de dezembro de 1855 elevado á categoria de vila ficando na órdem judiciária pertencendo á Comarca de Jaicós donde foi desligado para formar com o município de Patrocínio antigo povoado Pio IX a Comarca de Picos criada por Decreto de 28 de dezembro de 1889 O primeiro Presidente da Câmara Municipal foi o Coronel Cle mente de Sousa Martins filho do legendário piauiense Major Manoel Cle mentino de Sousa Martins heróe da Balaiada O primeiro Juiz de di reito e o que a instalou foi o Dr João Leopoldino Ferreira e o primeiro Promotor Público o Coronel Josino José Ferreira Progredindo sempre foi Picos elevado á categoria de cidade pela Resolução n 35 de 12 de dezembro de 1890 Em 19251926 foi o município invadido pelos Revolucionários do Sul comandados pelo Capitão Luiz Carlos Prestes quando batiam em re tirada da sua incursão ao Piauí 99 Dêsde 1939 Picos vem bc i os benefíeios proporcionados pelo movimento revolucionário Atestamos os empreendimentos estaduais nur nicipais e de modo especial a atuaçâo dos particulares Atualm ntc Pico pela organização de sua sede sob diversos aspéctos impressiona bem Em 1931 o Interventor Federal Capitão Landrí Sale Gonçalves Secretariado pelo outro Oficial do Exercito Antônio Martins de Almeida anexou a Picos o município de Patrocínio que posteriormente na mesma idministração recuperou a sua autonomia Em 1934 pelo Decreto Estadual t 1528 de 21 de março da mesma Interventoria Federal Capitão Landrí Sales Gonçalves Secreta iada pelo Dr Leônidas de Castro Melo Picos têve nova divisão policiai LIMITES O minicípio de Picos é limitado ao norte pelos municípios i Valença e Patrocínio a leste pelo de Jaicós ao sul pelos Ir Jaiiós Simplício Mendes a oeste pelo de Oeiras OROGRAFIA São as seguintes as principais serras do município a da Atalaia a mais elevada a do Tanque a do Jacú em cujo planalto ha grande lavoura de mandioca a do Brejinho a da Bocaina a do Atalho a da Vermelha e outras menos importantes HIDROGRAFIA Os principais rios do município são o Guaribas cujas margens se destacam pela grande fertilidade e que depois de um curso de 22 léguas desagua no rio Itaim o Riachão que desemboca no Guaribas depois de um curso de 30 léguas e o Itaim com 50 léguas de curso vai depois de re ceber o Guaribas lançar as suas aguas no Canindé Dentre os riachos powmos citar o da Pitombeira o do Engano o dos Macacos o Vermelho o Jatobá ou Santo Antônio o do FJnqueirâo o da Bananeira o Cadoz o Jacaré o da Caaabrava o do Buriti Grande etc todos afluentes dos rios Guaribas e Riachão Existem ainda em Picos as seguintes lagoas muito piscosas a das Abobaras a da Onça a Lagoa Grande a do Cachorro etc CLIMA O clima do município embora bastante quente no verão é contudo de bôa salubridade pois não ha moléstias endémicas e si não fosse o pó que as lufadas trazem no verão envolvendo ora por outra a cidade certamente poderseia igualar com qualquer de posição serrana ESTAÇÕES O Piauí tem duas estações chamadas inverno e verão Nesta região a primeira começa quasi sempre em dezembro e a segunda em junho porque ás vezes maio ainda traz regulares chuvas FÁUNA Além dos animais domésticos o município de Pico tem animais de todas as espécies famílias e ramos zoológicos propros do Estado Des crevêlos seria repetir toda uma longa relação FLORA O município é rico em madeira de lei Pfln mel nas de marcenaria tinturaria etc etc Existem igualmente as planta me cinais 100 As frutas silvestres são variadas e abundantes Dentre as plantas que fornecem fibras estão em destaque coroa pncopaco malva etc Os maniçobais quer nativos e quer de planta são de uma exuberân cia e vigor admiráveis Existem diversos carnaubais MINERAIS A presunção é que o município de Picos é rico também em mine rais mas conhecidos apenas são salitre e pedra hume AGRICULTURA O município de Picos é essencialmente agrícola São produtos dessa agricultura alho e cebola que florescem admiravelmente nas vazan tes dos riachos Guaribas e Riachão constituindo importante fonte da vida económica dos moradores ribeirinhos cereais diversos cana de açúcar fumo algodão cujo plantio é intensificado com real proveito etc etc Ultimamente a instrução técnica nêsse particular vem sendo feita com in trodução de aparelhos agrários como combate ao sistema rotineiro em pequeno campo de cultura particular e medidas outras partidas do Ser viço de Plantas Têxteis no Estado etc INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria da lavoura é a principal ocupação do povo picoense O algodão coloca o município em lugar de destaque aparecendo este sempre no número dos três primeiros exportadores do produto A indústria extrativa tem como principal fator a cera de carnaúba por isso que a borracha de maniçoba devido a grande baixa de preço está abandonada Extraemse em pequena escala óleos da mamona da oiticica e do tinguí de que se faz sabão As fibras do coroá são extraídas em regular quantidade para o fabrico de mantas para cavalos redes sacos tarrafas peias cabrestos etc etc Ha descaroçadores de algodão movidos a força motriz e animal e crescido número de engenhos para a fabricação de aguardente e rapaduras contandose mais os conhecidos aviamentos de fabrico de farinha de man dioca e pequenos estabelecimentos de fabricação de bebidas e vinagres calçados malas panificação etc Existem também casas de artes e ofícios O comércio de Picos é quasi todo feito com o Estado do Ceará concorrendo para isso as estradas carroçáveis do Piauí que convergem para localidades cearenses em procura de melhores meios de transporte notadamente os de ferrovia Picos comercia também com o Estado da Baía para onde são ex portados em igualdade de condições do Ceará géneros como bem al godão cêra de carnaúba queijos couros sêcos peles crinas pena de ema e de garça resinas alhos e cebolas etc O último cadastro estatístico sôbre casas comerciais deu para Pico3 o seguinte resultado 31 estabelecimentos de mercadorias gerais 82 de mercearias 3 de bebidas e conservas 18 escritórios de compra e venda de géneros de exportação 2 farmácias e 33 açougues Está aqui portanto o reflexo do bem desenvolvido movimento in dustrialcomercial de Picos PECUÁRIA A pecuária de Picos tem de cerla maneira sofrido os efeitos das secas Não tem recebido a intensificada introdução de reprodutores de ra ças que era de se esperar com observância de método razoável Contudo o rebanhos espalhados na imensidade das formosas várzeas de mimoso vão animadoramente defrontando a todos êsses embaraços dando gado e 8CUS derivados para a exportação PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Em resumo são principais fontes económicas do município de Picos a agricultura a indústria extrativa e a pecuária ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos uma na sede municipal um no povoado Ge nipapo e outro no povoado Bocaina Limpeza pública vias urbanas Intrução 6 escolas estaduais de ensino primário e 7 estabelecimentos particulares também de ensino primário sendo que o principal estabele cimento público funciona na sede municipal sob a denominação de Grupo Escolar Coelho Rodrigues Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Igreja de Nossa Senhora dos Remédios e Capela do Sagrado Coração de Jesus na sede do município Capela de Nossa Senhora da Conceição no povoado Bocaina e Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no povoado Genipapo Festividades religiosasa de Nossa Se nhora dos Remédios a de São Sebastião a do Sagrado Coração de Jesus a de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na sede municipal a de Nossa Senhora da Conceição no povoado Bocáina e a de Nossa Senhora do Per pétuo Socorro no povoado Genipapo Cemitérios um na sede do mu nicípio um no povoado Genipapo e outro no povoado Bocáina além dos em aberto existentes em diversas localidades do município Iluminação pública elétrica urbana e domiciliar Turismo 2 pensões na sede municipal Assistência e enefermos Delegacia de Saúde MONOGRAFIA N 30 DE PIRACURUCA Ano de 1937 Categoria da sede Cidade Decreto n 1 de 28 de dezembro de 1889 Divisão judiciária 1937 Comarca Lei n 96 de 21 de junho Registo do movimento da população Registo Civil Organizações poheuns e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Poiíca Mi litar Cadeia Pública Superfície 5949 kms2 Altitude 66 ms Latitude S 3 56 00 Longitude W Gr Al 38 21 População 1937 15711 habitantes Dsta cia da Capital em linha réta NE 179 kms Distância da Capitai por estradas carroçáveis 237 kms Vias de comunicação Estrada de Ferro Central do Piauí estradas carroçáveis estradas reais Campo de Ava ção Dimensões primeira pista 600 ms x 200 ms segunda psa 102 560 ms x 200 ms Correio Criado a 30 de março de 1939 Telégrafo instalado a 16 de dezembro de 1892 Estação Fiscal Federal Coleto ria Estação Fiscal Estadual Mesa de Rendas Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 1783928000 arrecadação municipal HISTÓRIA A história de Piracuruca também merece particular atenção visto como os seus heróicos filhos em 1822 não trepidaram em secundar o grito de liberdade proferido em Parnaíba Piracuruca está encravada no lugar da fazenda Sítio da sesmaria de igual denominação cuja fazenda fôra situada no começo do século XVIII A existência histórica de Piracuruca e o seu desenvolvimento pren demse à construção da Igreja de Nossa Senhora do Carmo por bandeiran tes portugueses na primeira metade do século XVIII Assegurase que a fundação de Piracuruca é a resultante de uma promessa feita pelos irmãos Dantas Correia a S do Carmo os quais viajando no interior do Piauí cairam prisioneiros dos índios que habi tavam o lugar e uma vez cobrada a iliberdade os devotos da Santa man daram construir o sólido rico e elegante Templo que máu grado a ação destruidora do tempo ainda hoje serve em ótimas condições de Matriz à freguesia que em 1760 recebera do governo português as nomeações para sua milícia O magestoso Templo fôra construído em 1743 Os referidos portugueses Manoel Dantas Correia e José Dantas Correia vieram parar nos sertões piauienses em exploração do vosto terri tório da então capitania ainda sem autonomia Eram riquíssimos os dois aventureiros e depois de edificada a Igreja que é toda armada tanto interna como externamente em elegantes colunatas de pedras lavradas formando na entrada um belo peristilo legaram por morte ao patrimô nio do rico e opulenlo Templo todos os seus haveres Foram estas as fa zendas cadas com as propriedades em uma extensão de doze e mêias léguas Monte Macambira Curral dos Cavalos Veados Perús Boqueirão Pitombeira e Batalha Em tôrno tessa suntnosa Igreja erguida pela mão poderosa da fé se foram congregando indivíduos e famílias que resolutos secundaram a edificação das primeiras casas constituindo dentro de pouco tempo a desen volvida e próspera povoação A população de início foi abastada e entregue aos labores da criação de gado animada pelas pastagens dos terrenos pla nos em geral e regados de córregos que lhe dão aqui e ali encantadores panoramas Não se conhece a data da elevação de Piracuruca à freguesia entre tanto se pôde afirmar que antes de edificada a Igreja já o era visto que o Bispo do Maranhão D Fr Manoel da Cruz por Provisão de 27 de novem bro de 1742 criara a paróquia de Marvão hoje Castelo e naquele tempo Rancho dos Fatos removeu o Padre José Lopes Pereira da freguesia de Piracuruca Pereira da Costa Em 1761 a localidade já possuía 1402 pessoas adultas Sendo Parnaíba o empório do comércio do sertão da capitania como ainda o é Piracuruca era o ponto de passagem de negociantes do norte o que de certo facilitou o desenvolvimento desta Em 1762 a 18 de agosto o primeiro governador da capitania João Pereira Caldas instalara com as solenidades do estilo a vila de São João 103 da Parnaiba na lalriz de Pirarrruca alo a que assistiram o Conselheiro Ultramarino Franeisco Marcelino de Gouveia e o desembargador ouvidor geral Luiz José Duarte Freire Nesse mesmo ano achandose em guerra Portugal o governador da capitania atendendo a determinações do Ministério da Marinha orga nizou um corpo de tropas com o fim de guarnecer as barras do Igarassú r coube a Piracuruca contribuir também com os seus filhos para a defesa da terra piauiense de prováveis ataques por parte dos inimigos Em 1797 a população de Piracuruca já se elevara a 7315 pessoas segundo informações estatísticas do vigário Antônio José de Sampaio Pe reira da Costa Cronologia Histórica do Piauí Em 1822 Piracuruca bem que simplesmente povoado ainda sem autonomia acompanhou o movimento libertário que procedeu a nossa se paração de Portugal Em 1823 a 22 de janeiro Piracuruca antes do pronunciamento da capital aderiu à Independência A demora de Fidié em Parnaiba deu tempo à proclamação de 24 de janeiro de 1923 por Manoel de Sousa Martins o Visconde da Parnaiba que conseguiu a comunhão do Piauí entre as províncias independentes d Brasil Impunhase pois o regresso do Governador das armas da Provín cia Sargentomór João José da Cunha Fidié que então se encontrava em Parnaiba Narra assim o Visconde Vieira da Silva a passagem do Sargcnltv mór lusitano por Piracuruca Chegando ao liiós de Baixo e desejando tomar a retaguarda dos independentes que haviam evacuado Piracuruca mandou marcharem 80 homens de cavalaria com 2 oficiais para reconhecerem o terreno No dia 10 de março encontrouse êste piquete com uns 40 ou 50 independentes também montados com os quais tiveram uma escaramuça junto ao lago Jacaré sofrendo cstes últimos alguma perda e ficando da tropa portuguesa um soldado prisioneiro Como se vê Piracuruca foi onde primeiro se lutou pela indepen dência A escaramuça junto a margem da lagôa Jacaré foi como que o prehidio do grande combate do Genipapo em Campo Maior Em 1832 pelo Decreto da Regência de 5 de julho o povoado Pira curuca foi elevado a categoria de vila Em 1833 a 23 de dezembro teve lugar a instalação solene da vila assistida pelo Coronel Simplício Dias da Silva Presidente da Câmara de Parnaiba e foram os primeiros vereadores os cidadãos Albino Borges Leal Francisco José do Rêgo Castelo Branco Vicente Pereira dos Santos Ma nuel Rodrigues de Carvalho Antônio das Mercês Santiago Pedro de Brito Passos e Manuel da Costa Portela Por ocasião da execução do Código do Processo Criminal em 1833 ficou o termo de Piracuruca fazendo parte da comarca de Parnaiba em virtude da Lei Provincial n 30 de 25 de agosto de 1836 até que foi des membrado para ser anexado à comarca de Campo Maior em virliue da Lei Provincial n 126 de 27 de setembro de 1841 Voltando a pertencer à comarca de Parnaiba pela Lei Provincial n 268 de 16 de agosto de 1844 foi emfim elevada à categoria de comarca em virtude da Lei Provincial n 432 de 14 de dezembro de 1855 reunidamente com o têrmo de Pedro Se gundo o qual foi desanexado pela Lei Provincial n 892 de 15 de junho de 1875 sendo porém em virtude desta mesma Lei anexado à comarca de Piracuruca o têrmo de Batalha que para tal fim foi desmembrado da comarca de Barras dandoselhe por limites os mêsmos da freguesia 104 O município de Pincuruca foi um dos que mais sofreram durante a Revolução dos Balaios porquanto já era conhecido de um dos chefes rebel des AntÔJio José da Cunha Lima Pedregulho e ainda por serem os seus campos abundantes em fazendas de criar era uma excelente presa dos rebeldes que o tiveram em constantes sobressaltos Pedregulho o terrível chefe balaio em razão de se ter evadido da vila afim de não ser preso como emissário dos rebeldes não mais a perdeu cl vista Despertou porém a sua curta estaciia no município em muitos a idéia de se bandearem aos rebeldes E não fora só o chefe Pedregulho que passara pela vila Raimundo Gomes o chefe supremo dos bandoleiros atravessara ao mesmo tempo quasi que aquele o município sem que a população pudesse conseguir a sua aturu à falta de recursos militares Pouco tempo depois feriuse na fazenda Bebedouro 8 léguas distante da vila um grande combate entre as forças legais c os bandoleiros que ali ie achavam entrincheirados em avultado número vindos de Matões hjje Pedro Segundo onde encontraram sempre franco homizio Os rebelde foram sitiados no dia 20 de setembro de 1839 ás 6 horas da manhã rompendo logo o fôgo que durou vivíssimot até às 5 12 da tarde quando se suspendeu o combate No dia seguinte 21 entregamse às forças legais ficando mortos em campo 15 e caindo prisioneiros 205 alem de 2 escravos Das forças legais apenas 2 praças foram feridas Por pouco fôra um desastre para a legalidade o combate de 20 de setembro porque marchava sôbre a vila para se reunir aos rebeldes gran de número de revoltosos da Serra Grande que sabendo do fracasso fugiram espavoridos O combate do Bebedouro foi a maior vitória alcançada até então sôbre os Balaios Poucos meses depois a revolução foi debelada e concedida a anistia pelo Decreto de 21 de agosto de 1840 com a deposição das armas pelos Balaios Vila desde 1831 somente a 28 de dezembro de 1889 pelo Decreto n 1 do primeiro governador do Piauí republicano Gregorio Taumatur go de Azevedo foi Piracuruca elevada à categoria de cidade De 1930 em diante Piracuruca vem passando por uma série de me lhoramentos quer municipais com auxílios estaduais quer federais As estações da Estrada de Ferro Central do Piauí no município e em sua sede e o avanço dos respectivos trilhos até Periperí são o atestado mais eloquente desta última parte Os particulares também cooperam para o máximo de desenvolvi mento da sede municipal Em 1934 em virtude do Decreto n 1 528 de 21 de março da Interventoria Federal no Estado Capitão Landrí Sales Gonçalves teve o município de Piracuruca nova divisão policial LIMITES O município de Piracuruca limitase ao norte com o de Parnaíbu a léstc com o Estado do Ceará servi i do de limites a serra ca Ibiapaba ou serra Grande ao sul com os municípios de Pedro 11 e Periperí a oéste com os municípios de Batalha Bôa Esperança e Buriti dos Lopes 1C5 OROCRAFIA Ha no município três serras das Sete Cidade Verde e Cipoal Os morros principais são os seguintes Bom GÔHo Cochicho Judeu Jaboti e Pinto Ha um sen número de elevações destacandose Tauá Sue Caia zeiras Três Lagoas e Buriti Comprido O lugar Sete Cidades já foi descrito por inúmeros dos que ali vão levados pelas informações tos sertanejos E ão só dos sertanejos ma de crescido número te vistantes ilustres partem as narrações às vezes exa geradas fantásticas mesmo do soberbo local que em 1887 chegou a atrair as atenções do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro levado a isso pe las informações que Jacome Avelino estampou na Constituição órgão que se publicava em Fortaleza Coará Pinta o articulista com as mais vi vas cores as Sele Cidades E efetivamente de arrebatadora beleza o local Ferem a imaginação aqueles torrões imensos arcos à altura imensa ligando uma às outras o que se convencionou denominar praças De todos o mais belo é o cogno minado de Triunfo pelo seu tamanho e altura Como um ponto de re creio as Sete Cidades fascinam palavras do filho de Piracuruca Dr Anisio de Brito Mélo do Instituto Histórico do Piauí Ainda falou sobre o ponto te vista geológico quanto as Sete Cidades o ilustre engenheiro José Correia Rabelo que estivera numa Comissão de estudos para o prolongamento da Estrada de Ferro de Sobral a Teresina assim O terreno em declive quasi insensível Viajávamos cercados de belíssima vegetação piauiense que aqui se designa por chapada e so bre um chão de alva arêia argilosa um parque indefinico de araucárias luminosas malpigiaceas e mistaceas das mais belas espécies não ha no Brasil vegetação mais graciosa do que as chapadas piauienses e só riva lizam com elas os buritizais indefinidos dos Campos Gerais do norte de Minas Viajávamos silenciosos por este parque natural quando um dos guias apontando para uma elevação mo horizonte disse Ali começa o pedrejeiro das Sete Cidades No fim de algum tem po atingimos a primeira pedra Ao longe esta parecia uma fortaleza blindada a forma geométrica dê um parabolóide hiperbólico o revestimento bizarro do técto e das pa redes semelhantes a grandes placas pentagonais de aço e cispostas em es trutura imbricada sua situação isolada na entrada tas Sele Cidades tudo isto lhe dava o aspecto de uma fortaleza feita por duendes ou por máoa espíritos que habitassem a região como pretendia o nosso guia Subimos nesta fortaleza e dali avistamos parte das Sete Cidades torres isoladas e altas mantendose por um prodígio de equilíbrio zim bórios elipsoidais perfeitos uns muito achatados outros muito alongados e revestidos como a fortaleza paredes blindadas de castelos cm ruínas cúpulas esplêndidas escadarias derrocadas ruas estreitíssimas em certa regiões largas como avenidas em outras alguns templos sem torres em cuja nave se pôde penetrar e mil cousas que os olhos vêm o espírito apre ende e é difícil descrever Toda esta arquitetura incompreensível bizarra sobrehumana mas geométrica a aparência de vetustez infinita o silêscio da região o calor ardentíssimo as inscrições indecifráveis feitas sobre as pedras por tribus que não mais existem tudo isto produzia uma miragem no pensamento e 1C6 unia aberração do raciocínio julgarase realmente aquilo tudo uma ci dade penetravase em naves destruídas com o mesmo respeito com que se encontra um templo tornava a gente supersticioso e nãp admira que alguns vêjam aparições dos génios que habitam esta cidade dos mis térios O Tratado Histórico do professor Ludovico Schwennhagen pags 49 e 50 diz A sucoeste de Piraeuruca encoitramse as Sete Cidades distan tes 17 kilometros Perto da entrada existem alguns moradores com agri cultura pouco desenvolvida A estrada de rodagem fica longe cesviada para a serra e a cidade de Itcmaratí hoje cenominada Pedro 11 O camisho para as Sete Cidades se perde dentro da mata baixa e cerrada e entre rochêdos isolados Subitamente os cavalos param perante uma linha de rochêdos de 3 a 5 metros de altura semelhante a uma longa linha de fortificações atrás da qual são escondidos os batalhões de caçacores que vedam a passa gem ao inimigo avasçante Com dificuldade passam os cavalos êsses rochê dos e entram num estreito desfiladeiro mas a vista fica tomada pela mu ralha da fortaleza formada por blocos de pedras altos até 10 metros Esse forte poderoso transpõese por uma estreita rua flanqueada por mu ros fortificados por pesadas peças de artilharia A ilusão é quasi comple ta Mas os supostos como de canhões são chapas de ferro fraco derretido na cremação vulcânica antediluviana enquanto o interior das pedras se compõe de aria spath e pouco granito Pelo sol e pela ação atmosférica dobrouse essa capa de ferro e gaíihou a aparência de canos de ferro Al gumas pecras mostram altas figuras fantásticas e tendo sempre aquela capa de ferro parecem elas ser monumentos ou estátuas de bronze fun didos peia arte humana A Fortaleza abrange uma área retangular de 25 hectares isto c cium quarto de quilómetro quadrado para leste enxergamse alguns con trafortes Depois dum pequeno intervalo na planície a estrada entra na Primeira Cidade cuja área é a dupla da Fortaleza Os rochecos for mam duas linhas compridas entre as quais extendese um estreito campo interrompido por rochedos menos altos Uma fonte de água tépida e mi neral indica ainda a antiga ação vulcânica e um arvoredo sombroso dá a essa cie ade de pedras a aparência dum li fio parque A Segunda Cidade tem uma extensão muito maior Na parte ori ental formam os rochedos diversas ruas e uma avenida larga e extensa na direção da serra oposta Muitos rochedos apresentam de longe a forma dr casas algumas com sobrado outras com arcos e pequenas torres mas vendo de perto o visitante repara somente blocos de pecras A Terceira Cidade está na mesma altura como o grande Castelo que forma o centro As muralhas dêsse eiorme edifício íevantamse até 20 metros de altura E dividido em 3 partes o primeiro salão era o lugar ao Congresso isto é da reunião dos delegados e deputados o segundo sa Lo era a sede do supremo morubixaba isto é governador eleito como chefe de todas as tribus para um certo prazo O terceiro páteo amplo era o templo onde o Sumé assistido pelos piagas administrava suas religiosas Ali está a grande estátua do sacerdoteohefe de escultura primitiva e a um lado vêse a suposta biblioteca um ltete de pedras lisas e finas corta das simetricamente A tradição popular diz que essas pedras continham es crituras apagadas pelo longo espaço de dois milénios A largura exterior das muralhas das duas salas mede 45 metros o comprimento da grande muralha lateral é de 150 metros então um Palacio do Governo de dimensões co lossais As outras quatro Cidu s qcfc rodeiam o Castelo do Sul mos tram o mesmo sistema e a mesma aparência das primeiras São largai 1 merações de rovhêdos de 3 a 5 metros de altura que cercam pequena pra ças e planicics A Sétima Cidade tem aspecto muito lindo suas muralhas lrn numa curta distância a Serra Negra e rodeiam num semicírculo um cam po fértil com tanques subterrâneos e água perene As Sete Cidades são encostadas â Serra Negra que se levanta a 120 metros acima do nivel da planície Da altura dessa serra o míl livisa êsse imenso campo de pedras e rochedos Primeiro parece ser tudo oro isl deserto petrificado mas pouco em pouco tudo ganha vida A Fortaleza parece oeupada por centenas de soldados o alto Castelo aparece na sua posição soberana avistamse bem as circunferêll cias das sete grandes aglomerações e nas ruas e praças das cidades dáse o intensivo movimento dos habitantes Hoje tudo isso é ilusão As Sete Cidades abrangem uma área de 20 quilómetros quadrados mas agora não mora lá ninguém nem animais aparecem para saturarse nos seus férteis campos Antigamente não aconte cia assim i HIDROGRAFIA A artéria principal do município é o rio Piracuritca um dos confluen tes do Parnaíba que tem a sua origem na vasta cordilheira da Ibiapaba Dali nasce o rio Piracuruca do córrego insignificante denominado São Be nedito O lêito e margens do Piracuruca desde sua nascente ora são are nosos ora atravessando baixões férteis e próprios à cultura ora o que é mais frequente se compõem de grandes camadas âe pedras formando aqui e acolá cachoeiras ora deslizam as águas sobre lageados imensos Não raro a pedra é um grez ferruginoso Já ao chegar na esplanada da cidade onde se formam vários poços perenes ha dêles de margens arenosas outros de pedra própria para base de construção Das margens do Piracuruca retira ram os irmãos Dantas Correia as pedras para a construção do Templo dc N S do Carmo cujas coluuatas como já foi descrilo são todas de can taria O rio Piracuruca tem inúmeros afluentes de ambas as margens Sulcam lambem as terras do município desaguando no Piracuruca riachos em crescido número Olhos dágua permanentes também existem em admirável número São lagoas mais importantes a Lagoa Grande São João e Faveircn Moradores antigos das vizinhanças das Sete Cidades lugar que o sertanejo chama Encantado têm afirmado a existência de fontes termais dentro do referido lugar CLIMA O clima de Piracuruca como o de quasi todo o norte do Piauí quente A sua temperatura média é de 30 graus centígrados O município é geralmente salubre sendo Pés de Serra o lugar mais sadavel ESTAÇÕES O inverno começa normalmente em janeiro e o verão em junho 108 FÁUNA A fauna de Piracuruca é toda ela a do norte do Piauí Desde o cardial ao avestruz americano é abundante o município em toda a varie dade de aves dentre os mamíferos haos em grande escala desde os por cos do mato caititús e queixadas máu grado as batidas dos caçadores FLORA E rico o município em toda espécie de madeiras de construção e para taboado árvores frutíferas silvestres e cultivadas arbustos medici nais etc MINERAIS O interior do Piauí foi explorado graças às notícias de sua riqueza mineral que corria como no resto do Brasil ser fantástica cruzandose aventureiros em todos os sentidos Ha no município em grande quantidade argilas toda variedade dc tabatinga usada para se caiarem casas calcáreos mármore de várias co res caparrosa abundante no rio Piracuruca ignorandose a variedade chum bo segundo informações levadas ao Governador da então Capitania D João Amorim cobre diz o Dr Antonino Freire quando Diretor das Obras Públicas do Estado que parece ser o município mais rico neste metal crista de rocha em abundância e prata no lugar Carcondas AGRICULTURA Posto o município possua grandes trechos de seu território mui pró prio à lavoura fertilíssimos até esta é assaz diminuta Anteriormente a lavoura de cana e a do algodão eram as únicas que prendiam a atenção dos agricultores INDÚSTRIA E COMÉRCIO A maior indústria de Piracuruca é a extrativa com especial desta que da parte que se refere à cera de carnaúba O município ein 1937 pro duziu 361 610 quilos dêsse valiosíssimo produto tendo por isso ficado em 2 lugar na classificação dos maiores produtores O comércio de Piracuruca com o beneficiamento da Estrada de Ferro Central do Piauí da rodovia Teresina Fortaleza no trecho já construído estradas carroçáveis etc tem desenvolvido de maneira satisfa tória O intercâmbio com Parnaíba pela Estrada de Ferro Central do Piauí ha indiscutivelmente concorrido para um melhor comércio de Piracuruca PECUÁRIA A indústria pastoril absorve quasi toda a atenção da população rural e constitue a principal riqueza do município PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS E claro claríssimo mesmo da leitura desta monografia que são principais fontes económicas de Piracuruca a pecuária e a indústria ex trativa 109 ASSUNTOS DIVERSOS cercados públicos dois na sede municipal sendo que u destes anda se acha em construção Instrução 7 escolas públicas estaduais uma particular ministram o ensino primário o mais importante estabele emento estadual funciona na sede do município com a denominação V Grupo Escolar Fernando Bacelar o ensino secundário é ministrado pelo Ginásio Municipal de Piracuruca localizado na sede do município Re ligião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Igreja de Nossa Senhora do Carmo c Igreja de Santo Antonio na sede municipal Festividades religiosas a de Nossa Senhora do Carmo e a de Santo An tônio Cemitérios um de propriedade da Paróquia na sede municipal alem dos em aberto existentes em diversas localidades do município Iluminação pública elétrica urbana e domiciliar Turismo uma pensão na sede municipal Assistência a enfermos Delegacia de Saúde MONOGRAFIA N 31 DE PÔRTO ALEGRE Ano de 1937 Categoria da sede Vila Lei n 17 de 10 de março de 1890 Divisão judiciária 1937 Termo da comarca de Barras Lei n 96 de 21 de junho Registo do movimento da população Registo Civil Or ganizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Po lícia Militar Cadeia Pública Superfície 1803 kms2 Altitude 25 ms Latitude S 3 o 26 00 Longitude W Gr 42 17 00 Popu lação 1937 26724 habitantes Distância da Capital em linha rela NNE 189 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 294 kms Vias de comunicação estradas carroçáveis estradas reais navegação flu vial e aérea Aeroporto Sindicato Condor Correio criado a 7 de outubro de 1890 Telafo data ignorada Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura Municipal 1937 100770000 arrecadação municipal HISTÓRIA A sede d Porto Alegre é situada à margem direita do rio Parnaibu distando por êste 783 milhas de Teresina capital do Estado e 90 do porto de Luiz Correia Amarração O povoado que primitivamente teve o nome de Estreito em conse quência de uma fazenda de gado foi fundjdo em 1870 pelo português João Bernardino de Souto Vasconcelos Por decreto n 17 de 10 de março de 1890 no govêrno estadual Taumaturgo de Azevêdo foi elevado o povoado à categoria de vila A Igreja Matriz dedicada a Santa Luzia foi fundada pelos Srs Au gusto Gonçalves do Vale Joso Francisco de Carvalho Filho Clarindo de Deus Pires de Carvalho Bernardo José Monteiro e João Matos dos Santc auxiliados pelo elemento popiJar Ha também como da referência padr nizada desta monografia duas capelas no município nos povoados Matias Olimpio e Repartição respectivamente A Prefeitura Municipal dispõe de prédio próprio elegante e con fortável Uma excelente ecleção de fotografias de registo estatístico existente no Departamento de Estatística e Publicidade do Estado é um irrefutável índice do progresso de Pórío Alegre nestes últimos anos panorama da ci dade campos de cultura do fumo e outras estradas carroçáveis pentes o K3 bem tratado aeropôrto etc E que os particulares têm dado braço forte a todas as administrações municipais surgidas dêsde o renovador movimento revolucionário de 1930 Em 1931 o Decreto Estadual n 1 197 de 6 de abril do Interven tor MiUtar de então Capitão Joaquim de Lemos Cunha secretariado pelo Cel Justino Barbosa de Carvalho mudou a denominação da vila de Porto Alegre para a de vila de Joaquim Távora e criou a sua comarca de la en trancia que compreendia também o distrito judiciário de Bôa Esperança Em 1934 o Decreto Estadual n 1528 de 21 de março do In terventor Federal de então Capitão Landrí Sales Gonçalves secretariado pelo Dr Leôiiidas de Castro Melo deu nova divisão policial ao município de Joaquim Távora Em 1933 a Lei Estadual n 12 de 17 de outubro fez voltar paTa a antiga denominação ie Pôrlo Alegre o município de Joaquim Távora LIMITES O município de Pôrlo Alegre limitase ao norte com o Estado do Maranhão servindo de linha divisória o rio Parnaiba a leste com os mu nicípios de Buriti dos Lopes e Bôa Esperança ao sul com o de João Pes soa a oeste com o Estado do Maranhão OROGKAFIA Pôrlo Alegre c mo diversos outros municípios que constituem a parte mais estreita do Piauí e o território onde êles estão siluados repre sentai ima ligeira variante na configuração geral da terra piauiense pois o declive por onde as águas que nêe correm e atingem o Oceano é orien tado mais francamente para o IVorie tanto vale dizer para o litoral ao passo que a outra parte do território do Piauí é a mais inclinada para léste o que vale dizer para o Parnaiba Toda esta parte do Piauí é pouco elevada e as serras e serrotes morres e cabeços que nela existem e abundam têm pouca elevação mesmo relativa e desenvolvimento também de pequena im portância São palavras do ilustre geógrafo patrício dr Mário Ba tista en seu trabalho Hidrografia e Orogrsfia do Estado do Piauí 1927 Circundam a cidade os morres Giló Agado e Fortuna e afastados Vrubús Pau Fprràdo Caboclos Mosquitos Cachoeira Pedra Branca e Criminoso HIDROGRAFIA Alem do rio Parnaiba o município é banhado pelos riachos São JSicoláu Cortada São Gregório e Cajazeras Contamse as seguintes lagoas Cajueiro Sssuapara Aninga Mutum Maria Paz Tire Muricí Muquem Inhumas Malhadinha e Sambaíba CLIMA O clima de Pôrto Alegre é relativamente saudável A salubridade não pode ser assegurada na acepção da palavra Basta que a sede municipal seja instalada à margem direita do caudaloso rio Par naiba para não dar em todas as épocas uma ótima situação de salubri dade Contudo não pode ser dito que Pôrto Alegre seja doentio em de masia 111 ESTAÇÕES O regime das chuvas é mais ou menos o que se observa em toda a extensão do norte do Estado inverno tempo ehuvoso de janeiro a máia e verão enipo sêco de junho a dezembro FÁUNA O município de Porto Alegre é enriquecido com uma fauna que dispõe de todos os animais silvestres e domésticos pertencentes a essa gran diosa família compatível cem o nordeste piauiense E tanto isso é uma ver dade qne do quadro dos géneros de exportação do município consta valiosa conUbuição dos produtos das caçadas dos animais silvestres peies plumas penas etc FLÓRA Arvores de madeiras importantíssimas para empregos em constru ção de vulto em taboadbs para embarcações e outros misteres e trabalhos de marcenaria etc representam uma parcela valiosíssima da flora pôrto alegrense E as palmeiras desde a rica carnaubeira às tucum e piaçabas sem menção especial dos arbustos medicinais e os fornecedores de rieos fi bras Quem as desconhece na zona em que esíá implantado Porto Alegre Ninguém absolutamente ninguém dos que viajam pela zona auscultando i iteressadarente as possibilidades económicas do município MíNERAIS Nada ha de positivo sôbre a existência de minerais de importância no município na falta dessa exploração que se vem impondo em tode território piauiense que inegavelmente tem grande possibilidade de éxiío para a referida exploração AGRICULTURA Porto Alegre dada a sua localização numa das margens do rio Per naíba com ótima situação propícia às faladas vazantes está como os de mais municípios de igualdade de condições sempre favorável à agricultura em geral desde o fumo a todos os cereais A cana de açúcar e o algodão são cultivados com regular compen sação INDÚSTRIA E COMÉRCIO Todas as localidades servidas pela embora fraca navegação fluvial têm agora a sua posição industrialcomercial melhor garantida pelas es tradas carroçáveis dêsse inteligente programa de govêrno resultante do re novador movimento revolucionário que tivera os seus primeiros dias em 1930 benfazeja era que está e estará sempre gravada na memória dos piauienses dignos deste nome A indústria do município tem o seu principal ponto de partida ali cerçado na indústria exlrativa e na agricultura com usinas de beneficia mento de algodão e arroz aviamentos de fabrico de farinha de mandioca engenhos de cana para fabrico de aguardente e rapadura outras pequenas explorações industriais etc são patentes no respectivo cadastro estatístico O comércio que normalmente forma ao lado da indústria em to Hos os setôres tem por isso bom nome de grandeza e prosperidade no próspero município 112 PECUÁRIA As diversas espécies de gado constituem animadoramente a pe cuária de Pôrto Alegre mesmo porque não se pode conceber nenhum mu nicípio do Piauí sem essa basilar fonte económica do Estado E certo to davia que a melhoria do tipo crioulo pouco desenvolvido quanto ao gado vacum que de ha muito requer introdução de sangue de raça tle pêso por conseguinte de grande tamanho e que possa facilmente se acli matar com igual proveito nas fazendas de pastagens variadas não tem sido observada na percentagem que se fez mister não obstante certas faci lidades proporcionadas pelas administrações estaduais mesmo nas duas an teriores ao regime implantado pelo movimento revolucionário de 1930 PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Ressaltam claras positivas e incontestáveis desta monografia esta tístico descritiva que só tem uma finalidade registar fatos históricos e pos sibilidades do Estado na dureza da verdade sem preocupação de literatura nem embelezamento dc gráficos e fotogravuras dada a escassez do tempo para o término deste trabalho aliás de vulto e grande importância até 1937 antes da nova Divisão Territorial do Estado que são indubitavel mente principais fontes económicas de Porto Alegre a agricultura a pecuá ria e a indústria extrativa Porto Alegre em 1937 extraiu 127038 quilos de cêra de carnaúba sem falar no babaçú e no tucum ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na sede municipal Limpeza pública vias urbanas da sede do município e do povoado Matias Olímpio Instrução 3 escolas estaduais e 5 particulares todas de ensino primário denominandose Grupo Escolar João Francisco o principal estabelecimento estadual do município que funciona na sede municipal Religião predomina a Ca tólica Apostólica Romana Templos Igreja de Santa Luzia na sede mu nicipal uma capela no povoado Repartição e outra sob a invocação de São Miguel no povoado Matias Olímpio Festividades religiosas a de Santa Luzia na sede do município e a de São Miguel no povoado Matias Olímpio Cemitérios 2 na sede do município alem dos em aberto existentes em diversos lugares do município Turismo uma pensão na sere do mu nicípio Assistência a enfermos Delegacia de Saúde MONOGRAFIA N 32 DE REGENERAÇÃO Ano de 1937 Categoria da sede Vila Lei n 896 de 23 de junho de 1893 Divisão judiciária 1937 Têrmo da comarca de Amarante Lei n 96 de 21 de junho Registo do movimento da população Registo Civil Or ganizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Po lícia Militar Cadeia Pública Superfície 2632 kms2 Altitude 170 ms Latitude S 6o 13 00 Longitude W Gr 42 40 00 Popu lação 1937 23833 habitantes Distância da Capital em linha réta SSE 125 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 137 kms Vias de comunicação Estradas carroçáveis estradas reais Correio criado a 23 de abril de 1887 e instalado a 14 de fevereiro de 1895 Telé grafo data ignorada Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 39874000 arrecadação municipal HISTÓRIA Remonta de 1771 o surgimento le Regeneração lebre na biató ria piauiense tão célebre a ponto do perene riacho que lhe banha municí pio como afluente do caudaloso Parnaíba gozar le dois nomes riacho lo Coco e riacho Mulato A margem direita desse riacho fôra de início loca lizada Regenerado em cuja triste e própria ristória são descritas nume ras perversidades cometidas pelos antigos colonizadores do Piauí contra os pacíficos e inofensivos aborígenes Aprisionados os índios das regiões circunvizinhas foi a antiga Su Gonçalo do Amarante escolhida para aldeiamento que sempre fi aumen tando com as levas que vinham chegando As injustiças e iniquidades desen roladas nesse aldeiamento são assombrosas e constituem um capítulo lrilc e negro da nossa vida dizem os historiadores As necessidades crescentes aproximaram as relações comerciais d rio Parnaíba e o aldeiamento foi transferido para a margem do Parnaíba onde está a cidade de Amarante Com essa transferencia como era natural decaiu muito o lugar que estava reservado à Regeneração dagora Em 1871 a 26 de agosto pela Lei Provincial n 751 Regeneração teve a sua freguesia sob o oráculo de São Gonçalo de Regeneração desmem brado o termo de São Gonçalo do Amarante com limite definidos Em 1873 pela Lei n 896 foi criada a vila com iguais nome e limi tes da paróquia A mesma lei criou mais um juizado de paz e um tabelio nato público judicial e notas tendo com certa admiração a aludida lei somente 9 anos depois de promulgada sido posta cm execução Em 1805 época da mudança do aldeiamento para Amarante à ir gem do rio Parnaíba a vila de Regeneração tomou aspecto próprio e defi nido acarretando é certo com maiores responsabilidades desses destroços ii primitiva aldêia Eri 1882 a 2 de dezembro teve lugar a instalação da vila Em 1883 a 10 de outubro tomou posse a primeira Câmara Muni cipal e deu juramento aos juizes de paz Em 1884 a 5 de janeiro foi nomeado o primeiro vigário da fregue sia cónego Carino Nonato da Silva Em 1885 foi criado o foro da vila a 14 de janeiro o qual foi insta lado a 27 de fevereiro do mesmo ano pelo juiz de direito da comarca de Amarante dr Jesuino José de Freitas De 1930 para cá Regeneração ha prosperado com auxilio do go verno estadual notadamente nas estradas carroçáveis no prédio da Escola Agrupada Cónego Batista na administração dr Leônidas Melo ctc Em 1931 o Decreto n 1279 de 26 de junho da Intcrvcntoria Federal no Estado Capitão Landrí Sales Gonçalves anexou o município de Regeneração ao de Amarante Em 1934 pelo Decreto n 1519 de 15 de fevereiro da mesma administração Capitão Landrí Sales o município de Regeneração read quiriu a sua autonomia No mesmo ano pelo Decreto Estadual n 1588 de 27 setem bro Regeneração recebeu nova divisão policial LIMITES O município de Regeneração limitase ao norte com o de São Pe dro a léste com o de Valença ao sul com os de Oeiras e Floriano e a otslc com o de Amarante 114 OROGRAFIA O terreno de Regeneração é em geral plano notandose apenas algumas serras de pequena importância Varginha Guan e Chapada Grande Morros Pico Pedra Furada Chapéu Saco São Domingos alem de outros sem designação de nomes Circundam a sede municipal os morros Bom Principio e Coco sendo que da base deste sáem as vertentes dos olhos dagua que formam o riacho que banha a cidade de Regeneração HIDROGRAFIA Os principais riachos que banham o território de Regeneração são o dos Macacos e do Côco riacho este que no município dc Amarante re cebendo certo afluente toma o nome de Mulato e desemboca no rio Par naíba na mesma cidade de Amarante As lagoas mais destacadas no município são Alagadiço e Piranhas Distante da sede municipal quatro quilómetros mais ou menos notasc um importante olho dagua denominado Boqueirão CLIMA O clima de Regeneração é muito agradável e pouco varia nas esta ções invernal e estival ESTAÇÕES Inverno de janeiro a máio e verão de junho a dezembro FAUNA Regeneração possue todos os animais silvestres das diversas espécies que se encontram no noríe do Piauí As aves domésticas são criadas para o consumo local dc maneira satisfatória FLORA O município conta todas as árvores de madeira de lei para constru ção bem como as de madeira apropriada às oficinas de marcenaria Exis tem palmeiras diversas plantas medicinais etc MINERAIS Não ha até a atnalidade nenhuma animadora referência sobre a existência de minerais em Regeneração AGRICULTURA A admirável fertilidade do município é a garantia de certa área produtora ligada à agricultura O riacho CôcoMulato sempre perene com grande volume dagua constitue uma zona agrícola extraordinária Os seus terrenos deviam ser cientificamente cultivados porque sío próprios a todas as espécies de culturas e especialmente a da cana de açúcar INDUSTRIA E COMÉRCIO Até certos anos eram de pouca importância a indústria e o comércio do município Mas com a relativa facilidade de transporte trazida mais desenvolvida pelas estradas carroçáveis pelo governo surgido do movimento revolucionário de 1930 outro aspécto fôra proporcionado a esses dois im portantes ramos da atividade sertaneja do Piauí com focalização especial em Regeneração 115 A indústria extrativa do município em 1937 regista o seguinte 276149 quilos de amêndoas de babaçu e 10572 quilos de cera de carnaú ba São dois géneros de exportação que com esses algarismos mostram perfeitamente bem o volume industrialeomereial de Regeneração sem sr preciso enumeração dos demais produtos exportáveis que são todos os pro cedentes das explorações do Estado Entretanto é necessária consignar inúmeros engenhos e engenhocas feitos ainda pelo sistema primitivo pro duzem uma quantidade bem apreciável de aguardente rapadura etc O porto comercial favorável a Regeneração é o de Amarante PECUÁRIA O município cria gado exportando o para os Estados vizinhos Regeneração é essencialmente criador ainda embora pelo primitivo método introduzido no Piauí pelos seus fundadores PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Resumemse nesta descrição as principais fontes económicas do município 1 na pecuária 2 na indústria exlratira e 3 na agricultura ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na sede municipal Instrução 4 estabele cimentos públicos estaduais e 2 particulares todos de ensino primário sendo que o mais importante estabelecimento estadual do município sob a de nominação de Escola Agrupada Cónego Batista funciona na sede mu nicipal Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Capela de São Gonçalo na sede do município Festividades religiosas a de São Gonçalo e a do Sagrado Coração de Jesús Cemitérios um na sede municipal alem dos em aberto existentes em diversas localidades do município Turismo uma pensão na sede municipal MONOGRAFIA N 33 DE SANTA FILOMENA Ano de 1937 Categoria da sede Vila Lei de 7 de agosto de 1873 Divisão ju diciária 1937 Comarca Lei n 96 de 21 de junho Registo do mo vimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento de Polícia Militar Cadeia Pública Su perfície8786 kms2 Altitude280 ms LatitudeS 9 06 00 Longi tude W Gr 45 55 30Popaíação 1937 7525 habitantes Dis tância da Capital em linha reta SSO 559 kms Vias de comunicação Navegação fluvial e estradas reais Correio criado a 4 de outubro de 1875 Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Pre feitura 1937 13694000 arrecadação municipal HISTORIA Segundo a tradição a funtação de Santa Filomena vem do século XIX Já naquela remota época os habitantes da região sonhavam com ravegacão a vapor do Alto Pamaíba porque a vila está situada na mar gem direita deste rio defronte da vila maranhense Vitória do Alto Par A ideia da criação de Sarin Filomena devese ao patriota José Anto nio Barreiro de Maceto que examinando o local têve a perspectiva de um belo futuro para a nascente povoação Ajudado por seus parentes na fornia da antiga praxe masdou com o auxílio do povo edificar uma modesta capela Em 1865 o povoado foi elevado à categoria de vila perdendoa em 1871 Em 1873 pela lei de 7 de agosto Santa Filomena readquiriu sua ca tegoria de vila inaugurandoa solenemente a 26 de dezembro do mesmo ano sob a presidência do Juiz de Direito de Parnaguá Dr José Lustosa dc Sousa Em 1874 Santa Filomena adquiriu a regalia de comarca até o ad vento ca República Santa Filomena tem oscilado sempre quanto à sua comarca ora extinguemna ora restabelecemíia Hoje entretanto esta sua posição está perfeitamente definida Santa Filomena é um município fertilíssimo tanto que deu exce lente impressão ao iluitrado engenheiro civil Agenor Augusto de Miranda sócio do Instituto Geográfico e Histórioco da Baia e da Sociedade de Geo grafia do Rio de Janeiro para em colaboração com os estudiosos Francisco Antonio Brandão Júnior José Faustino dos Santos e Silva Francisco de Asis Iglesias e Humberto Gomes Soeiro escrever os valiosos Estudos Pi auienses de ampla divulgação Os Drs Agenor Miranda e Francisco Iglésias chefiaram no muni cípio de Santa Filomena auxiliados por Humberto Soeiro uma poderosa empresa cujo local recebera a denominação de Engenheiro Dodt Transcrevemos a respeito dessa organização do jornal Cidade de Floriano o seguinte Santa Filomena Vila Engenheiro Dodt Tivemos de visitar esta vila de propriedade da COMPANHIA PASTORIL AGRÍCOLA E IN DUSTRIAL PIAUIENSE da qual é diretor o Engenheiro Civil Agenor Augusto de Miranda a quem não tivemos a honra de conhecer porque via jara Está dirigindo os serviços da Companhia o GuardaLivros Coronel Humberto Soeiro te quem recebemos cativantes finezas Humberto So eiro iem só dirige proficientemente os seus serviços como é de uma assi duidade de fazer acmirar em todos os demais serviços da Companhia de que é ele encarregado Já tem uma máquina movida a agua e bem montada para desca roçar e enfardar algodão pilar arroz ralar mandioca etc Já se cultiva grande quaitidade de cereais de sorte que já é alguma coisa ou influ ência no progresso de Santa Filomena a Vila Engenheiro Dodt Assisti mos funciosar as aulas da Escola 2 de Julho desta vila fundada pelo Engenheiro Civil Agenor Augusto de Miranda Não resta a menor duvida a impressão que tivemos da visita à Vila ENGENHEIRO DODT é a mais agradável quanto possível dare pode porque vimos que brevemente teremos ali até fábrica de tecicos e o desenvolvimento que vimos de notar em todos os trabalhos da Compa nhia c que nos dá direito a expressarmenos por esta fórma Avante pois pioneiros do progresso Des a empresa era o maior acionista o falecido português comen dador José Simões da Costa Foi fator principal do fracasso desse grn e empreendimento a falta de transporte confirmando assim as segui teí palavras do culto engenheiro coesiadano Luiz Mendes Ribeiro Gonçal ves no teu opúsculo A pécto do Problema Económico do Piauí 1929 quando direiamente se refere ao problema dos transportes Não ha 117 quem o possa de fato desliga da idéia de produção A prosperidade de um pai não é aferida pela quantidade dos procutos estagnados em gran des nrmazens Ao contrario manifestase por uma troca intensa constante e huno a O que excede às necessidades perde em utilidade e não representa valor se lião pode ser levado ao centro de consumo onde é reclama o E trabalho desperdiçado canceira que não gera recompensa A diversidade de situações geográficas estabelecendo géneros pecu liares a cada região marca a cooperação indispensável com que os povos estreitamente se vinculam A terra é a fonte primordial ca riqueza mas são as vias de comunicação o meio de transformála na imprescindível unidade de permuta com que são adquiridos proventos outros de que carecemos e não obtemos ciretamente no lugar que habitamos E em virtude de aiivo intercâmbio entre as várias partes do globo que a vida humana se eqvilihra no que reclama assim intelectual como materialmente O renovacor movimento revolucionário vindo de 1930 em Santa Filomena nada operou nada engrandeceu Essa grande distância da sede de Santa Filomena à Capital do Estado sem fácil mêio de comunicação foi inegavelmente o maior entrave encontrado por ele Não ha te légrafo O correio leva mêses e meses para ali chegar Os bandoleiros certos cesse estado de coisas invalem de vez em quando essa longínqua zoía do sul do Estado obrigando o governo a mandar repelilos por mêio da Força Pública O engenheiro Agesor Miranda na sua interessante e valiosa bro chura Estudes Piauienses às paginas 12 tratando da situação do Es tado diz E privilegiado pela natureza porque é servido pelo rio Parnaíba que o corta de seu extremo sudoeste até o Atlântico permitindo durante o ano que se faça navegação a vapor de Filomena à sua fóz em 121 kms tornando possível baldear ciretamente os produtos de seu interior naturais para exportação dos transportes fluviais para os navios transa tlânticos que vêm aos portos de Amarração e de Tutóia ou à barra das Canárias onde de fato desemboca o Parnaíba Apesar disso e de ter sido a sonhada navegação do alto Parnaíba inaugurada em 1910 até o presente ela não resolveu o grandioso problema Em 1934 pelo Decreto n 1583 de 11 de setembro da Intervento ria 5o Estado Capitão Landri Sales Gonçalves secretariado pelo Dr Le ônidas de Castro Méo Santa Filomena recebeu nova divisão policial LIMITES O município de Santa Filomena limitase ao norte com o de Urus suí a lete com oí de Bom Jesu e Gilbués ao sul com o de Gilbués a oes te com o Estado do Maranhão servindo de limites o rio Parnaíba OROGRAFIA As serras existententes no território de Santa FUomena são todas elas derivações on astes espigões da serra do Riachuelo que parece envol ver o município formando um arco para leste enqanto o rio Parnaíba traça a corda a oeste HIDROGRAFIA O município de Senta Filomena é sem contestação po sivel o mais provido dágua do Piauí Inúmeros são os brejos e ribeirões existentes em sej lerritório 118 Dentre os rios e ribeirões desíacemse o Parnaíba o Lrussuí Ver melha o Taquaraçú com 60 quilómetros de curso o Riozinho com um curso de 100 quilómetros com os afluentes Manuelão e João Dias o Aldeia e o Recreio afluejtes do Taquaraçú etc São riachos mais importantes Melosa Areia Extrema Bonito Ta púio êste na cidade e dividindoa em duas partes Sumidouro e Lagédo ambos com quedas dágua Saco Grande Riachão com 40 quilómetros de curso Malhadinha Genipapo Vargem Pandeiro Sucurujú Muricí Lages Várzea Grande Lagoa Piranhas Jacú Onça Sobradinha e Mato Bom Todos êstes ribeirões jamais secam cortando sempre brejos mais cu menos extensos e atravessando baixões de matas cotáveis as de Taqua raçú e Riozinho depois de que convergem para o Parnaíba CLIMA Dr Agenor Miranda nas suas observações de Climatologia do Es tado to Piauí feitas entre 1914 a 1919 regista o seguinte que abrange o município de Santa Filomena O clima do sul do Estado é ameno e agradável O sol são é abra sador como é o caso para o norte As noites sso frescas e até frias Du rante a nossa excursão tivemos noites de 10 C A rêde não tem razão de ser Em muitas casas encontramos a cama substituindo a rêde A vanta gem do clima do sul do Piauí sobre por exemplo o te São Paulo está na fixidez Não há mudanças bruscas de temperatura Pódcse dizer que a temperatura é quasi a mesma durante todo o ano Duas estações somente ão cossideradas a chuvosa e a sêca ESTAÇÕES As estações principiam regularmente em novembro ou dezembro o inverno e em maio ou junho o verão O município não sofre do terrível flagelo das secas to nordeste brasileiro que o castigam periodicamente A região por contar terrenos propícios à criação e à lavoura pode servir de abrigo sem preocupações dos horrores das sêcas e da fome a milhares de brasileiros que morrem hoje a míngua de recursos no árido litoral do mordeste malgrado a sensível falta de transporte FAÚNA O município é bem rico nesse reino da natureza e nela existem todos os animais silvestres co planalto central do Brasil A caça é abun dante e os rios são eminentemente piscosos principalmente quando as águas começam a baixar Existem também várias espécies de amimais domésticos FLORA E das mais opulentas a flora do município Abundam madeiras próprias para todos os misteres e as plantas medicinais avultam Entre tanto nenhuma destas riquezas é explorada convenientemente e o que ó aproveitado o é de maneira pouco remunerat oura No género das pal meirasSnía Filomena é de incomparável riqueza entretanto a do coco babaçu é pouco abundante e a da carnaúba não existe no manicípi To davia não se faz extração dos produtos das palmeiras comuns em virtude mesmo de nã ser compensadora dada a carência te transportes 119 MINERAIS E geralmente sabido que em Santa Filomena numa determinada cachoeira do rio Parnaíba ha minas de diamantes que com dificuldades são colhidos por arrojados exploradores AGRICULTURA A agricultura de Santa Filomena é ainda bem atrasada e se processa por métodos rotineiros por ler fracassado a Companhia Pastoril ígrícola e Industrial Piauiense o que é bastante lamentável maximé ateudendose a incomparável exuberância da terra e na qual toda cultura tentada tem dado ótmos resultaaos Ha dezenas de cafeeiros abandonados em pleno malagai sem merecer nenhum cuidado embora vicejando com exuberância e prometendo a mais farta e opulenta colheita Da mesma forma o la ranjal e o mangueiral O fumo o algodão todos os cereais e legumes onde quer que sejam plantados frutificam esplendidamente os legumes próprios para a lavoura da cana de açúcar são inúmeros INDÚSTRIA E COMÉRCIO Pela maneira clara e positiva cesta monografia cstatiísticodesrri tiva chegase à conclusão da situação da indústria e do comércio de Santa Filomena PECUÁRIA A pecuária é a única indústria existente no município O gado vacum apesar de fertilidade dos terrenos e da subsequente riqueza das pas tagens é pequeno pouco refaz as vacas dão pouco leite porque os reba nhos vivem às soltas sem nenhum cuidado e cruzamento com raças su periores PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Santa Filomena tem uma exclusiva fonte económica a pecuária ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na sede municipal Limpeza pública vias urbanas Instrução um estabelecimento público estadual e um par ticular ambos de ensino primário Religião predomina a Católica Apos tólica Romana Templos Igreja de Santa Filomena na sede do municí pio Cemitérios um na sede municipal alem dos em aberto que se en contram em diversas localidades do município Arborização algumas ruas e ri versas praças MONOGRAFIA N 34 DE SÃO RENEDITO Ano de 1937 Categoria da sede Vila Lei n 1 135 de 7 de julho de 1925 Divisão judiciária 1937 Têrmo da comarca de Teresina Lei n 96 de 21 de junho Registo do movimento da população Registo Civil Or ganizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Po lícia Militar Cadeia Pública Superfície 2036 kms2 Altitude 80 ms Latitude S 5o 27 30 Longitude W G 42 27 00 Popu lação 1937 4675 habitantes Distância da Capital em linha réta SE 56 kíiis Distância da Capital por estradas carroçáveis 132 kms 12C Vias de comunicação Estradas carroçáveis estradas reais Correio Criado a 30 de outubro de 1923 e instalado a 24 de agosto de 1924 Telé grafo Estação telefónica instalada a 15 de novenivro de 1927 Esta ção Fiscal Estadual Coleloria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 35131S000 arrecadação municipal HISTÓRIA São Benedito situado no lugar Corrente recebera aquele nome em virtude da insistente notícia que corria de ter aparecido em Corrente uma imagem do santo que por isso ali era glorificado com festejos anuais partidos de crescido número de romeiros Dessa aglomeração de gente de todas as classes surgiu a Feira que se generalizou depois aos domingos para compra e venda de mercadorias gerais Com esse comércio de proporções cada vez maior a localidade foi sendo povoada sob os melhores auspícios Em 1925 pela Lei Estadual n 1135 de 7 de julho sancionada pelo governador de então Dr Matias Olímpio de Melo secretariado pelo Ur José Auto de Abreu o povoado foi desmembrado do município de Alto Longa elevandoo a município à categoria de vila e a distrito judiciário de Teresina ISa forma dessa Lei o município só foi instalado depois de sa tisfeitas as exigências da lei n 598 de 10 de julho de 1911 quanto à casa para o Conselho Municipal e Cadeia patrimônio etc Foram portanto criados o Cartório e o Juizado Distrital Em 1931 pelo Decreto Estadual n 1279 de 26 de junho da In terventoria Federal Capitão Landrí Sales Gonçalves o município per dera a sua autonomia ficando anexado ao de Altos Em 1934 pelo decreto estadual n 1575 de 17 de agosto da mes ma Iníerventoria foi restaurada a autonomia municipal de São Benedito Ainda em 1934 o Decreto Estadual n 1 595 de 26 de dezembro desanexou dos 5 e 6 distritos policiais do município de São Benedito os lugares Buritizinho de Cicero Pessoa Buritizinho do Menino Deus Es pirito Santo Visia Alegre Tingidor e Alegre pertencentes ao 21 distrito policial do município de Teresina LIMITES O município de São Benedito limitase ao norte com os de Altos e Alto Longa a léste com os de Alto Longá e Valença ao sul com o de São Pedro a oéste com o de Teresina OROGRAFIA O mais importante acidente orográfico do município é a serra de São Pedro que passa dois quilómetros distante da sede do município pelo lado norte existindo ainda outras de limitadas dimensões e morros diversos em todas as direções HIDROGRAFIA Os principais rios que banham o município são o Potí e o Game leira nas extensões de 50 e 30 quilómetros respectivamente Existem ainda os riachos Corrente Riachão Sambito Rodeador todos êles afluentes do rio Poli e outros subafluentes de pequeno percurso alem de diversos olhos dágua perenes Não existem lagoas 121 CLIMA O clima rle São Benedito é quente e sêco como acontece com a maioria dos municípios piauienses Todavia os meses 1c junho e julho BÕo bem frios ESTAÇÕES Inverno de janeiro a maio Verão de junho a dezembro FAUNA E regular a fauna do município Nela enedntramse alguns dos ani mais do planalto central do Brasil Aves pássaros e peixes povoam o cus rios e chapadas não havendo propriamente riqueza cm animais de pluma ou de pêlo FLORA Não é muito apreciável a flora de São Benedito porquanto em ver dade no território do município não existem matas Nos seus campos re vestidos de chapadas e florestais estreitos destacanise as palmeiras de car naúba e oiticica São ainda encontrados diversos especímenes de plantas medicinais etc MINERAIS Até agora nenhuma exploração foi feita no solo do município pelo que é ignorada a riqueza mineral de São Benedito AGRICULTURA São rotineiros os processos da agricultura de São Benedito não ols tante a fertilidade dos seus terrenos que tudo produz animadoramente INDÚSTRIA E COMÉRCIO O vulto da indústria e do comércio de São Benedito é de fail ava liação à vista do seguinte cadastro estatístico dos seus estabelecimentos 2 fábricas de bebidas 4 engenhos de fabricação de aguardente e rapadura I olaria 3 prensas de reextração de cêra de carnaúba 15 casas de mercado rias gerais 5 mercearias e 1 drogaria etc São Benedito em 1937 extraiu 50851 quilos de amêndoas de ba baçu e 71296 quilos de cêra de carnaúba Foi não ha dúvida uma bem regular produção da indústria extrativa do município PECUÁRIA O município é bom criador de gado de todas as espécies precisando todavia de melhores reprodutores que possam elevar o tipo crioulo predo minante em quasi todo o Estado PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Pelo descrito claro está que são principais fontes económicas de São Benedito a pecuária a indústria extrativa e a agricultura ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na sede municipal Instrução 2 estabele cimentos públicos estaduais de ensino primário Religiãopredomina a Ca tólica Apostólica Romana TemplosCapela de São Benedito na sede do mu nicípio Festividades religiosas a de São Benedito na sede municipal Cemitérios um na sede do município pertencente à capela d São Be 122 nedito alem dos eia aberto encontrados era diversos lugares do município Iluminação pública a querosene Turismo uma pensão na sede mu nicipal MONOGRAFIA N 35 DE SÃO JOÃO DO PIAUÍ Ano de 1937 Categoria da sede Cidade Lei n 414 de 5 de julho de 1906 Divisão judiciária 1937 Comarca Lei n 96 de 21 de junho Registo tio movimento da população Registo Civil Organizações policiais e pri sões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pú blica Superfície 5678 kms2 Altitude 200 metros Latitude S 8 o 20 30 Longitude W Gr 42 13 30 População 1937 25457 habitantes Distância da Capital em linha réta SSE 356 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 543 kms Vias de comunicação Estradas carroçáveis estradas reais Correio Criado a 8 de novembro de 1881 Telégrafo Instalado a 25 de dezembro de 1911 Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Estadual Posto Fiscal Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 40580000 arrecadação municipal HISTÓRIA A cidade de São João do Piauí está encostada às margens do torren cial rio Piauí Quando povoado era conhecida pelo nome de Jatobá A sua composição veio em maior proporção de fazendas confiscadas aos Jesuítas O Curato de São João do Piauí foi criado pela Resolução n 308 de 11 de setembro de 1851 A Resolução n 335 de 11 de agosto de 1853 deulhc os foros de paróquia sob o orago de São João Pela Resolução n 749 de 26 de agosto de 1871 foi elevada à vila a povoação Em 1896 pela lei n 96 de 25 de julho no Governo Coriolano de Carvalho e Silva o município de São João do Piauí perdeu a sua auto nomia ficando incorporado ao de São Raimundo Nonato como simples povoado Restabelecida a vila por Lei n 130 de 5 de julho de 1897 con tinuou todavia anexada à comarca de São Raimundo Nonato até o ano seguinte quando pela Lei n 175 de 9 de julho passou a pertencer à comarca de Oeiras para em 1903 pela Lei n 313 de 25 de junho voltar a pertencer a São Raimundo Nonato Somente em 1905 pela Lei n 379 de 20 de julho foi São João do Piauí desmembrado de São Raimundo Nonato e constituído novamente em comarca Em 1906 pela Lei n 414 de 5 de julho a vila de São João do Piauí foi elevada à categoria de cidade Em 1931 pelo Decreto n 1279 de 26 de junho do Interventor Federal Capitão Landrí Sales Gonçalves Secretariado pelo outro Oficial do Exercito Antonio Martins de Almeida São João do Piauí anexou o município de Canto do Buriti que assim perdera a sua autonomia recupe randoa este afinal pelo Decreto Estadual n 1575 de 17 de agosto de 1934 O município de São João do Piauí teve pelo Decreto n 1 542 de 21 de máio de 1934 da administração estadual acima referida nova divisão policial 123 De 1930 à atualidade São João do Piauí impulsionado pelo novo regime sem distinção de seus dirigentes à frente do governo municipal auxiliado pela população em geral vem tomando novo rumo em cmpreen dimentos de vulto Só em um ano 1937 construiu novo açude no po voado Campo Alegre grande quilometragem na estrada carroçávcl par Canto do Buriti reparou a cadeia pública auxiliou a reconstrução 1o açude Pé do Môrro conservou as várias estradas carroçáveis que se ligam à sede municipal e auxiliou a particulares ita reconstrução de estradas para pedestres Relatório de 1938 do Interventor Federal dr Leônidas Mélo Uma coleção de fotografias existente no Departamento de Estatística e Publicidade do Estado na Capital confirma perfeitamente bem isso LIMITES O município de São João do Piauí limitase ao norte com os muni cípios de Oeiras e Simplício Mendes a leste com o de Paulista ao sul com o de São Raimundo Nonato a oeste com o de Canto do Buriti OROGRAFIA Em geral plano ao N e a O o município tem ao S e a L vários serrotes sem importância quasi todos em estado de acentuada decomposição pela erosão das águas pluviais acumuladas em suas encostas e cumialas sempre cobertas de uma vegetação rasteira enfezada e raquítica HIDROGRAFIA O município é atravessado de S E para N O pelo rio Piauí São principais afluentes do Piauí em terras do município os ria chos Itaquatiára Bom Jesus do Anselmo Brejo da Salina Fundo e Fi dalgo Existem diversos açudes construídos uns por particulares e uin pelo Governo da União Existe também crescido número de lagoas e olhos dágua perenes dentre os quais tem posição destacada o do Cache fonte termal c sul furosa muito conhecida pelas miraculosas propriedades curativas que lhe atribue a tradição popular CLIMA O clima de São João do Piauí é quente porém sêco e por conse quência muiot mais saudável que toda a região banhada pelo Parnaíba ESTAÇÕES No sul do Estado o inverno começa sempre mais cêdo do que na parte norte Assim no município registamse mais ou menos inverno de outu bro a máio e verão de junho a setembro FAUNA A fáuna é riquíssima e se compõe das várias e bem conhecidas espé cies de mamíferos reptis batráquios insétos arquinídeos peixes e aves que existem nos demais municípios de S e L do Estado FLORA E opulenta a flora de São João do Piauí Possue madeiras de cons truo marcenaria e tinturaria como sejam aroeira angico paudarco 124 jatobá carvoeiro pauferro angelim jacarandá gonçalalves imburana vio leta candeia e várias outras Existem inúmeras plantas medicinais oleaginosas resinosas aromáti cas e têxteis Contanise igualmente maniçobais carnaubais buritizais etc MINERAIS Nunca houve no município exploração de minerais Jazidas de sali tre de sal de pedra hume de cál de óca de todas as côres de blocos de ferro em estado de quasi completa pureza atestam contudo a sua riqueza Existe também o kaolim de que se fabrica a porcelana e que é empregado no embranquecimento das paredes de preferencia à cal cuja aquisição se reputa mais difícil B AGRICULTURA Não obstante a fertilidade assombrosa de suas terras em que vicejam com abundância o milho o feijão o arroz a mandioca a cana etc não produz o município o necessário para o seu consumo e desenvolvida expor tação As terras são também propícias ao cultivo do algodão INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria é composta de pequenos engenhos para fabrico de aguar dente e rapadura uzinas de beneficiamento de algodão extração da cêra de carnaúba aviamentos de preparo de farinha de mandioca etc O mu nicípio em 1937 produziu 46951 quilos de cêra de carnaúba A indústria perdeu a bem regular extração da borracha de maniçóba em consequência ca acentuadíssima desvalorização do produto cousa que refletiu desfavoravelmente em todos os municípios do sul do Estado possui dores de grandes maniçobais O comércio melhorado depois das construções das estradas carroçá veis no próprio Estado é feito quasi todo com o Estado da Baía PECUÁRIA Conquanto a pecuária em São João do Piauí viva entregue às leis da natureza o município é grande criador de gados diversos PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Com a desvalorização da borracha da maniçóba enfraqueceu bas tante a indústria extrativa de São João do Piauí A agricultura também é fraca E portanto a pecuária a principal fonte económica do município ASSUNTOS DIVERSOS Mercado Público um aa sede municipal Instrução 3 estabe lecimentos públicos estaduais e 2 particulares todos de ensino primário funcionando na sede municipal sob a denominação de Escola Agrupada Areolino de Abreu o mais importante dos três estabelecimentos estaduais do município Religião predomina a Católica Apostólica Romana Tem plo Igreja de São João Batista na sede do município Festividades reli giosas a de São João Batista a do Sagrado Coração de Jesús e a de Santa Teresinha na sede municipal Cemitérios 2 na sede municipal alem dos em aberto existentes em diversos lugares do município Turismo unia pensão na sede municipal Assistência a enfermos Delegacia de Saúde 125 MONOGRAFIA N 36 DE SÃO MIGUEL DO TAPlIO Ano de 1937 Categoria da sede Vila Decreto n 1113 de 18 de outubro de 1930 Divisão judiciária 1937 Têrmo da comarca de Castelo Lei n 96 de 21 de junho Registo do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Altitude 700 ms Latitude S 5o 30 30 Longitude W Cr 41 17 00 População 1937 4689 habitantes Distância da Capital em linha réta ESE 174 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 261 kms Vias de comunicação estradas carroçáveis estradas reais Correio criado a 23 de janeiro de 1931 e instalado a 3 de abril de 1935 Estação Fiscal Estadual Coleto ria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 864528000 arre cadação municipal HISTÓRIA A denominação do povoado São Miguel do Tapúio provem natu ralmente da tradição de terem os habitantes ligado por qualquer circuns tância o nome do Santo aos índios que defrontaram os conquistadores do Piauí Pereira da Costa em sua Cronologia Histórica do Estado do Piauí desde os seus primitivos tempos até a proclamação da República em 1889 publicação do Estado em virtude da Lei n 432 de 27 de junho de 1907 na administração co dr Anísio Auto de Abreu às paginas 27 diz Seguiase a nova sucessão de 1713 e a ela também a fatalidade da lastimosa morte de Antonio da Cunha Souto Maior que servindo o emprego de mestre de campo da conquista do Piauí os mesmos Tapúias de sua obediência com quem fazia a guerra a todos os de corso daquele vastíssimo país aleivosa mente lhe tiraram a vida que tinha feito merecedora de larga duração assi nalada honra do seu procedimento Esses selvagens que habitavam na vizinhança do rio Poli foram os que mais resistiram aos conquistadores do território piauiense coman dados por um indio domestico refere Aires do CayaI que fugira de uma aldeia de Pernambuco e os atiçava a uma teimosa resistência emquanto não pereceu violentamente a tempo que nadava para outra banda do Par naíba Mandú Ladino era o seu nome Os dados mais importantes da vida administrativa de São Miguel do Tapúio começam pelo seguinte Decreto surgido no auge do renovador mo vimento revolucionário no Piauí DECRETO N 1113 Publicado em 18 de outubro de 1930 Transferindo a sede do município de Assunção para o povoado São Miguel do Tapúio O ViceGovernador do Estado do Piauí em exercício do cargo de Governador considerando que no lugar em que se acha instalada a sede do município de Assunção não existem prédios em que se acomodem condigna mente as repartições públicas pois ali não ha mais de que um arraial atra sadíssimo pobre longínquo e de difícil acesso Considerando que se encontra no território dêsse município o po voado São Miguel do Tapúio lugar de elevado número de bôas edificações próspero servido de estrada de rodagem distando poucas horas de viagem da sede da comarca de Castelo da qual é têrmo judiciário o município de Assunção 126 Decreta Art único Fica transferida a sede do município de Assunção para o povoado São Miguel do Tapuio elevado este à categoria de vila re vogadas as disposições em contrário O Secretário de Estado do Governo assim o faça executar Palácio do Governo do Estado do Piauí em Teresina 18 de outu bro de 1930 41 da República L do S aa HUMBERTO DE ARÊA LEÃO Adolfo Alencar Pelo Decreto n 1279 de 26 de junho de 1931 da Interventoria Federal Landrí Sales Gonçalves o município de São Miguel do Tapuio que contava pouco tempo de sua autonomia perdeu esta sendo todavia readquirida em 1934 pelo Decreto n 1 589 de 4 de outubro da mêsma Interventoria Ainda em 1934 pelo Decreto Estadual n 1 528 de 21 de março da aludida Interventoria Federal o município de São Miguel do Tapuio teve nova divisão policial São Miguel do Tapuio tem sabido corresponder ao apôio que lhe foi dado pelo movimento revolucionário O último Relatório do Exmo Sr Interventor Federal Dr Leônidas de Castro Melo ao Exmo Sr Presidente da República Dr Getúlio Vargas diz que o citado município em 1937 construiu o edifício da Prefeitura e o da Cadeia Pública bem com 120 quilómetros de estradas carroçáveis li gando São Miguel do Tapuio à cidade de Crateús Ceará e 110 quilóme tros ligando São Miguel a Valença e ainda 20 quilómetros de São Miguel a Castelo LIMITES São Miguel do Tapuio está limitado com os seus vizinhos assim ao norte com o município de Castelo a léste com o Estado do Ceará servin do de limites a serra da Ibiapaba ao sul com o município de Valença a oéste com o de Alto Longá OROGRAFIA O solo do município de São Miguel do Tapuio é muito acidentado constituido de grande número de morros e serras A Serra da Ibiapaba também muito conhecida por Serra Grande e que serve de limites entre São Miguel do Tapuio e o Estado d Ceará é o principal acidente orográfico de todo o município Dentre muitas outras serras importantes merecem destaque a do Valente a do Cadoz a do Letreiro e a da Bonita HIDROGRAFIA São rios mais importantes de São Miguel do Tapúio São Nicolau que nasce neste município e serve de linha divisória entre Valença e São Miguel do Tapúio Sambito do qual o São Nicolau é afluente Potí que recebe as águas do Sambito servindo ambos de limites entre São Miguel do Tapúio Valença e Alto Longá da Onça da Ininga da Vitória Tapúio que é afluente do rio Caes que banha a cidade de Cstelo 127 CLIMA A Sinopse Estatística do Estado 2 do ano do 193 na parte organizada pela Estatística Federal Caracterização dò IwTZ 17 CateeTÍ Posição e iturfe das sedes municipais 1936 31XII da para São Migue do Tapuio quanto a altitude 700 me tros fcando assim o município em primeiro plano entre os demais do Piauí Apesar dessa altitude o clima do município não 6 tão agradável como naturalmente seria de supor dada a posiçSo orográfica de São Miguel do Tapuio visto que se encontra cercado de morros e ainda pela carência de árvores frondosas no seu território ESTAÇÕES São Migue do Tapuio está incluído no número do municípios que ao norte do Estado tem o começo das chuvas inverno em janeiro con prolongamento até maio para entrada do tempo seco verão junho a dezembro FÁUNA A fauna do município é composta de todo êsse belo e vastíssimo conjunto de animais bravios aves pássaros silvestres nordestinos adaptáveis ao Piauí As aves domeslicas são criadas em quantidade bastante ao consumo FLORA local Árvores de madeiras de lei e tinturaria palmeiras inclusive a rir earnaubeira plantas medicinais fibrosas etc representam de maneira expressiva a opulenta flora do município MINERAIS Nada ha de positivo sôbre a existência de minerais de importância no município de São Miguel do Tapuio AGRICULTURA E bem regular a agricultura porém pelos métodos antigos A sua produção dá para o consumo local e o permutador comércio dos municípios vizinhos INDÚSTRIA E COMÉRCIO A principal indústria é a extrativa com destaque a da cêra de oar naúba que em 1937 déra 94801 ks conforme consta do levantamento de produção dos diversos municípios do Estado feito pelo Departamento de Estatística e Publicidade do Estado do Piauí Ha engenhos de fabricação de aguardente e rapadura aviamento do preparo da farinha de mandioca efe O comércio é animador e mantém pela situação geográfica do mu nicípio crescido intercâmbio com o vizinho Estado do Ceará pelas estradas carroçáveis e de modo especial em consequência da Estrada de Ferro da Rede Viação Cearense que procurando o território do Piauí já atingiu à Estação piauiense Oiticica O Ceará sempre adquiriu para reforço de sua exportação vultosa parcela de gêaeros de produção piauiense principal mente peles de cabra e ovelha couros bovinos e cêra de carnaúba tanto 128 por cabotagem conto por via terrestre E fantástica a estatística de peles de cabra e ovelka saídas anualmente para o Estado em aprêço Daí dáse mui naturalmente a importarão de mercadorias gerais pelas mesmas vias das praças de Fortaleza Sobral etc do Ceará aliás intercâmbio indispensável entre todos os Estados vizinhos Êsse é o movimento progressista e liberal ijue melhor caracteriza o comércio na sua mais ampla significação O co mércio não tem barreiras PECUÁRIA O Piauí não tem nenhum município que não seja criador porqu o seu território é todo favorável a essa indústria São Miguel do Tapuio pos sue gados das diversas espécies mas sem uma criação racional sem repro dutores de raças sclecionadas para o gado vacum tipo crioulo cada vez mais prejudicado com reprodutores que chegam à região piauiense como os da raça Zebú já degenerados por cruzamentos em determinados Estados do sul do País Contudo o município c criador na acepção da palavra PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS São cadastradas como principais fontes económicas de São Miguel do Tapuio 1 a pecuária 2 a indústria extratira e 3 a agricultura ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na sede municipal Instrução 2 escolas estaduais e 4 particulares todas de ensino primário Religião predomi na a Católica Apostólica Romana Templos Igreja de São Miguel Arcan jo na sede do município Capela de Nossa Senhora da Conceição no povoa do Assunção Capela de Santa Izabel no lugar Alívio Capela de Santo Isídíò no lugar Palmeiras e Capela de Nossa Senhora da Conceição no lugar Titaras Festividades religiosas a de São Miguel Arcanjo na sede do município Cemitérios diversos em aberto MONOGRAFIA N 37 DE SÃO PEDRO Ano de 1937 Categoria da sede Vila Lei n 720 de 19 de julho de 1912 Divisão judiciária 1937 Termo da comarca de Teresina Lei n 9t de 21 de junho Registo tio movimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento in Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 2345 kms2 Altitude 190 ms Latitude S 5 o 55 00 Longitude W Gr 42 44 30 População 1937 13028 habitantes Distância da Capital em linha réta SSE 91 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 97 kms Vias de comunicação Estradas carroçáveis estradas reais Corrêio criado a 21 de julho de 1894 Telégrafo data ignorada Estação Fiscd Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 116 106000 arrecadação municipal HISTÓRIA São Pedro outrora fazia parte do município de Belém Em 1912 pela Lei n 720 a florescente povoação de São Pedro desmembrandose da de Belém instalouse como vila a 30 de novembro do mesmo ano 129 Em 1937 pela Lei Estadual n 97 de 21 de junho dada a sempre crescente prosperidade do município consequentemente por um maia acen tuado intercâmbio comercial advindo das estradas carroçáveis que oram iniciadas mais interessadamente nas duas últimas administrações estaduais anteriores ao movimento revolucionário de 1930 que principalmente lr 1935 em diante maior impulso vem dando a esse traçado governo São Pedro foi elevado à categoria de cidie O ano de 1937 é bom ser destacado aqui é o índice iro positivo insofismável do que São Pedro vem fazendo no novo regime Vejamos seguintes palavras do sr Interventor Federal no Estado dr Leônidas dc Castro Melo em seu Relatório de 1938 ao sr Presidente da República SÃO PEDRO Iniciou a construção do grupo escolar abriu 30 quilô metros de estrada carroçável de Água Branca a Barro Duro fez a aquisição de terrenos com 90750 metros quadrados para o patrimônio do município no povoado Água Branca construiu um campo de sementes e fez outros melhoramentos nos próprios municipais LIMITES O município de São Pedro limitase ao norte com os de Teresina e São Benedito a leste com o de Valença ao sul com o dc Regeneração a oeste com os dc Amarante e Belém OROGRAFIA Possue o município algumas serras e uma infinidade de pequenos morros distinguiiulose dentre todos pela sua maior extensão e elevação a serra do Grajaú como g conhecida vulgarmente ao norte tio município a qual estendendose de lésie a oésíe vai terminar nas proximidades do rio Parnaíba a serra do Coque nas proximidades desta vila lado sul a serra de Picos a serra da Talhada a serra das Águas Belas e a serra Quebrada HIDROGRAFIA O rio principal é o Berlengas que banha o município em toda sua extensão oriental Inúmeros riachos e lagoas brejos e olhos dágua existem no muni cípio destaca ndose de todos o riacho dos Côcos e o Riachãó afluentes respectivamente do Berlengas e Potí CLIMA E geralmente saudável o seu clima se bem que o paludismo seja considerado uma moléstia endémica na zona ribeirinha do município ESTAÇÕES Como acontece em quasi toda a região central do Piauí o inverno no município de São Pedro se estende de dezembro a maio em período normais FÁUNA Como a de todo o Estado em geral a sua fauna é considerável No seio da mata encontramse a onça a capivara a paca o queixada o caititu a cotia a raposa o gambá o furão o quatí o guaxinim várias espécies de tatús veados e macacos etc entre as aves o sabiá o xexéu o canário o galo das campinas o corrupião o chico preto o vimvim e outros que se distinguem pela sonoridade de seus cantos a arara o papagaio o periquito a pomba a marreca o tucano a seriema etc etc 130 FLORA A flora do município é riquíssima possuindo ainda grandes exten sões de matas virgens onde se encontram variadíssimas espécies de árvores que fornecem madeiras de construção e marcenaria tais como o pau darco de diversas qualidades o pau rôxo o cedro a taipoca a candeia a aroeira o pequiá o frei jorge o maniacaehorro o gorçalo alves o jacarandá etc outras oleaginosas e alimentícias como o babaçu o buritizeiro o tucum zeiro a macaubeira o pequizeiro etc e grande número de medicinais re sinosas e têxteis Ra grande quantidade de fruteiras cultivadas MINERAIS Infelizmente não está constatada a existência de algum mineral no município faltando portanto elementos positivos para darse sobre a sna riqueza mineral a constituição geológica AGRICULTURA E admirável a fertilidade do solo do município A sua lavoura ape sar de ser feita ainda pelos processos primitivos produz em grande abun dância o arroz o milho a mandioca o feijão a fava o algodão etc sendo considerável celeiro dos municípios vizinhos INDÚSTRIA E COMÉRCIO A não ser a pequena indústria agrícola para o beneficiamento do algodão o fabrico de aguardente e rapadura e a extração de cêra de car naúba e de amêndoas de babaçu não possue o município outra digna de menção O seu comércio que tem se desenvolvido visivelmente consiste na importação de tecidos e outras mercadorias da Capital do Estado e de ou tras praças do País e na exportação de seus produtos agrícolas como o al godão o tabaco o arroz a farinha a goma o milho o feijão etc Exporta também couros madeiras amêndoas de côco babaçu e outras sementes oleaginosas Em 1937 o município produziu 32211 ks dc cêra de carnaúba e 223687 de amêndoas de babaçu Contamse no município 14 estabelecimentos comerciais de não pe quena importância fazendo alguns dêles operações avultadas não só com as praças do Estado como com diversas outras do País Os estabelecimentos industriais e agrícolas são representados por um pequeno motor de be neficiar algodão cinco engenhos de ferro e 10 de madeiras movidos por força animal para o fabrico de aguardente e rapadura PECUÁRIA O município apesar de possuir bons campos e excelentes matas próprios para a criação de todas as espécies de gados a sua pecuária é pouco desenvolvida contribuindo poderosamente para tal estado de cousa a im previdência dos fazendeiros e criadores e a falta de reprodutores de boas raças As suas fazendas em número de 67 criam o gado vacum cavalar muar asinino lanígero caprino suino etc PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS As principais fontes económicas que fornecem de maneira especial géneros para o comércio exportador são a agricultura a indústria extra tiva e a pecuária 131 ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na sede municipal Limpeza pública ruas e praças Instrução 8 estabelecimentos públicos estaduais lendo que o mais importante funciona na sede municipal sob a denominação de Escola Agrupada Pereira Caldas Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Capela de São Pedro católico Igreja Batista protestante ambos na sede municipal Festividade religiosas a de São Pedro na sede do município Cemitérios um na sede muni cipal alem dos em aberto existentes em diversos lugares do município Iluminação pública elétrica urbana e domiciliar Turismo 3 pensões na sede do município MONOGRAFIA N 38 DE SÃO RAIMUNDO M1NATO Ano de 1937 Categoria da sede Cidade Lei n 669 de 25 de junho de 1912 Divisão judiciária 1937 Comarca Lei n 96 de 21 de junho Re gisto do movimento da população Registo Civil Organizações policiais prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 17609 kms2 Altitude 400 ms Latitude S 9 o 00 23 Longitude W Gr 42 36 30 População 1937 20258 habitantes Distância da Capital em linha réta SSE 431 kins Distância da Capital por estradas carroçáveis 657 kms Vias de comu nicação estradas carroçáveis estradas reais Campo de Aviação Di mensões 600 ms X 160 ms Correio criado em 1862 Telégrafo data ignorada Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fisad Esta dual Pôsto Fiscal Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 58820000 arrecadação muíiicipal HISTÓRIA São Raimundo Nonato apertase entre a margem esquerda do rio Piauí e uma parte de terras cobertas de baixa vegetação ao norte sujeita à inundações quando nas grandes enchentes o referido rio sai de seu leito A sede do município permanecera no lugar Confusões cíesde 1832 quando fôra elevado em distrito eclesiástico com o nome de freguesia de São Raimundo Nonato Em 1836 a aludida sede foi transferida para o lugar Genipapo onde prosperava um núcleo de lavradores e criadores de gado em redor da freguesia A história de São Raimundo Nonato até 12 de agosto de 1850 é em grande parte a de Jaicós e em menor parte a de Jerumenha de cujos municípios foi desmembrado para constituirse em vila naquele ano pas sando a pertencer à comarca de Oeiras Foi feita comarca geral de primeira entrância em 1859 Canto do Buriti pertencera a São Raimundo Nonato São João do Piauí também pertencera a São Raimundo Nonato até 1905 A 25 de junho de 1912 a vila foi investida da categoria de cidade Em 29 de junho de 1922 foi instalada na cidade a serie provisória da Prelazia do sul do Estado assumindo o Prelado Frei Pedro Paschoal Miguel as respectivas funções do cargo e fixando residência no elegante sobrado á praça da Matriz doado à Igreja pelo Reverendo Cónego Mar cos Francisco de Carvalho exvigário da freguesia transferido para a de São João do Piauí 132 Em 1931 pelo Decreto n 1279 de 26 de junho da Interventoria Fedei no Estado Landrí Sales Gonçalves Caracol que anteriormente como distrito havia pertencido a São Raimundo Nonato perdera a sua au tonomia mmucipal ficando novamente em iguais condições de distrito in corporado a este Em 1934 pelo Decreto Estadual n 1544 de 23 de máio da In terventoria Landrí Sales São Raimundo Nonato recebeu nova divisão po licial Em 1937 a Prefeitura Municipal fornecera a seguinte demonstração de suas realizações no citado ano ao sr Interventor Federal no Estado dr Leônidas de Castro Melo por onde inegavelmente poderá ser aquilatado o aproveitamento que experimenta São Raimundo Nonato com o novo regime que o bafeja dede oulubro de 1930 SÃO RAIMUNDO NONATO Cons truiu o açude da Serra Vermelha dois prédios para as agências municipais a estrada para Queimadas o açude do povoado Jurema a estrada carro çável de Tamanduá a árzea Branca a fonte pública do subúrbio Lagoa do Mato terminou a construção do edifício do Grupo Escolar aplainou as ruas da cidade remodelou os prédios da Cadeia Pública e da Prefeitura construiu um trecho de 48 quilómetros da estrada de São Raimundo a Bom Jesus e fez reparos nas rodovias São Raimundo Remanso Baía São Raimundo São João do Piauí e São Raimundo Caracol estando en andamento a estrada carroçável de São Raimundo ao povoado Bonfim LIMITES O município de São Raimundo Nonato limitase ao norte com os ile into do Buriti São João do Piauí e Paulista a léste com o Estado da lloia servindo de limites a Serra dos Lo s Irmãos ao sul ainda com o Estado da Baía servindo de limites a Serra do Piauí a oeste com os mu nicípios de Parnasuá Bom Jesus OROGRAFIA Pertencente ao sitema orográfico occidentai do Brasil passa ao sul do município a serra que aí toma o nome de Serra do Piauí dividindo os dois Estados Piauí e Baía Ao norte corre a serra que ligandose àquela ro nunicípio de Parnaguá Piauí como seu contraforte desce em duas dobras até ao vaie do rio Piauí no município de São João do Piauí forcando aza cVapadão siiictoso de caatingas baixas onde existem ricos maniçobais nativos alem do trapocá jalobazinho de cujas resinas os mu nicípios limítrofes fazem regular exportação Afora essas duas serras de origem primária sistema laurenciano existem outras duas no centro Serra do Cavaleiro 3 léguas de exten são e Serra do Boi Morto 12 léguas de extensão as quais parecem de for mação secundária como são os montes calcáreos que se encontram ao norle Ao poente estão os picos Pão de Açúcar alto monte isolado no meio de uma planicie de escarpas suaves de cujo cimo descortinase cerca de um quarto do território do município Jatobá e Serrote ligados um a outro por uma cadeia de rochas ligeiramente afloradas Ao norte uma cadeia de montes calcáreos duas léguas distante da cidade fornece cal de ótima qualidade HIDROGRAFIA São Raimundo Nonato tem como artéria principal o rio Piauí que o atravessa em toda a extensão poente e nascente separandoo em duas 133 zonas distinta Esse rio nasce em Caracol na Serra das Conftuõe Coma êie todos os seus afluentes não são perenes Daí a séria escassez dáguu no verão CLIMA O clima do município é bem ameno pouco variado mesmo na esta ção invernosa ESTAÇÕES O inverno em tempos normais principia nos últimos mêses do ano e se cslcnde até março ou abril mais ou menos FAUNA A fauna é quasi a mesma de todo o Estado Ha toda espécie de ani nais silvestres Galinhas de diversas raças pavões perús e galinha de Cuini com põem o aviário doméstico FLORA A flora é abundantíssima c variada A esquerda do rio Piauí árvo res gigantescas sombreiam extensos e largos baixios tapizados de ricas pas tagens cirquanlo nos planaltos correspondentes a esses baixios unia c getação diversificada em espécies inclusive a maniçoba constituc cerrados rassiços A direita do rio Piauí em geral de caatingas mais abertas e mais áixas e ricas em variedades de forrageiras não possue todas as espécies nativas que naquelas se encontram como a maniçoba o trapoca O jabo randí e outras Entre as espécies cultivadas estão a mandioca o milho o feijão o milho dangola a cana de açúcar diversas variedades de batatas a abó bora o ananaz o abacaxi o amendoim o gergelim o algodoeiro o fumo a mamoneira o mamoeiro a goiabeira a laranjeira a mangueira a ba naneira o cajueiro o coqueiro da práia o coqueiro babaçu a pinheira a condessa a jaqueira e até alguns pés de abacateiro e caféeiro Também cultivamse muitas variedades de flores Entre as árvores frutíferas nativas só o imbuzeiro árvore prodi giosamente fecunda a despeito de qualquer imtemperie merece menção os seus saborosos frutos são como um patrimônio de todos os seres vivos da zona Entre as que fornecem bôas madeiras destacamse a aroeira o angico o jucá o jatobá o angelim o louro o páu darco a imburana cheirosa e o pau de bilro Nas medicinais estão o jaborandí açoita ca valo marmeleiro favela japecanga caroba cipó de judeu abóbora dágua maeela camará cardosãnto jalapa e pau de rato Nas resinosas gomosas e oleaginosas vêmse o trapocá o almaccga maniçoba e copaíba Como forrageiras salientamse a camaraluba o triadinho a unha de gato o cacáu de machado o carqueja o mimoso e muitas outras variedades de capim o feijão bravo e a macambira de grande utilidade nas secas Também a bela earnaubeira se ostenta às margens do rio Piauí MINERAIS Nesihum reconhecimento ou exploração que se saiba foi feito paia descobrimento de minerais Ein escavações para cacimbas têm aparecido amianto e sulfureto 134 Em lapas nas serras têm sido encontrados no estado de fina pu reza salgcmas salitre e pedrahume AGRICULTURA 0 agricultores não têm modernas iniciativas para se afastarem dos rotineiros e vetustos métodos de lavoura A grande produção consta de feijão milho arroz farinha de man dioca algodão fumo e frutas A experiências para a cultura do café e do trigo demonstram a pos sibilidade de ótimos resultados INDL STRIA E COMÉRCIO A indústria alem da criação de gatos diversos é pequena Existem também pequenas uzinas de beneficiar algodão aviamentos do fabrico de farinha de mandioca etc A industria extrativa de São Raimundo Nonato perdeu imensamen te com a desvalorização da borracha te maniçóba O comércio de exportação consta de bois carne couros peles tou cinho algodão resinas peas de ema etc e é feito quasi todo com o Estado da Baía Somente tiferença sensivel em cotações desvia por Floriano deste Es tado a exportação de couros e peles A importação de mercadorias gerais é feita quasi que cm absoluto do Estado da Baia servindo de interporto o porto de Remanso O comércio de modo geral c animador PECUÁRIA O censo de 1920 deu para o município quanto a pecuária 37974 cabeças de espécie bovina 3960 da equina 3480 da asinina 10440 da ovina 15020 da caprina e 10405 da suina Isso é o bastante para mostrar o vulto da pecuária de São Raimun do Nonato PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS A principal fonte económica de São Raimundo Nonato é a pecuária ASSUNTOS DIVTRSOS Mercado público um na sede municipal Limpeza pública vias urbanas Instrução II estabelecimentos estaduais I municipal e 6 par ticulares todos de ensino primário funcionando na sede municipal sob a denominação de Escola Agrupada Domingos da Conceição o principal estabelecimento estadual de ensino primário do município Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Igreja de São Rai mundo Nonato Capela de Nossa Senhora das Mercês e Capela de Santa Luzia na sede do município Festividade religiosa a de São Raimundo Nonato Cemitérios 2 na sede municipal alem dos em aberto existentes em diversos lugares do município Iluminação pública a querosene Arborização algumas ruas e praças da sede municipal Turismo uma pensão na sede do município Assistência a enfermos Delegacia de Saúde 135 MONOGRAFIA N 39 DE SIMPLÍCIO MENDES Ano de 1937 Categoria da sede Vila Lei n 376 de 15 de julho de 1905 Divisão judiciária 1937 Têrmo da comarca de Oeiras LH n 96 2Í de junho Regisio do movimento da população Registo Civil Organi zações policiais e prisões Delegacia dc Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadêia Pública Superfície 5528 kms2 Altitude 260 ms Latitude S 7 o 51 30 Longitude W Gr 41 54 35 População 1937 13622 habitantes Distância da Capital em linha réta SSE 319 krns Distância da Capital por estradas carroçáveis 459 km Via de comunicação estradas carroçáveis estradas reais Correio oriil a 5 de máio de 1913 Telégrafo instalado a 19 de março de 1910 Esta ção Fiscal Federal ColeSoria Estação Fiscal Estadual Coletoria tsta ção Fiscal Municipal Prefeitura 1937 31871000 arrecadação mu nicipal HISTÓRIA Desde os tempos das primeiras bandeiras de penetração organi zadas pela Casa da Torre de Garcia de Avila da Baía das quais resultou o descobrimento do Piauí foi reconhecido e recolonizado o vale do Canindé si não todo ao menos a parte encravada no atual município de Simplício Mendes na fazenda Poções situou Domingos Afonso Mafrense a sua pri meira fazenda de gado no Piauí pelos anos de 1761 a 1762 A zona das chapadas do vale do Canindé e do Piauí mais sêca e menos fértil só lentamente foi desbravada e povoada Ainda em 1859 o dr Antônio Correia do Couto Presidente i Pro víncia dizia Existe na Província uma bôa porção de terras devolutas a saber no município de Oeiras cêrca de 6 a 8 léguas entre as fazendas Saco da inspeção do Canindé e Formosas de propriedade particular E toda uma faixa do território do município de que nos ocupamos A descoberta da maniçoba no sul do Estado nos anos rle 1897 1898 no sítio Canahrava dêste município atraiu dos Estados vizinhos lo calizou grande núyiero de forasteiros que vinham extrair o precioso lalex ou explorar o seu comercio remunerador Surgiram por toda a parte as chamadas feiras da maniçoba simples latadas onde se reuniam extratores e compradores de borracha Pela situação especialmente pelos grandes maniçobais das chapadas lo Fidalgo e os campos de criar do Canindé e ainda pela fertilidade í baixões que a circundam a feira do Barreiro Branco no local deste nome na fazenda Formiga então de Oeiras tomou um desenvolvimento rápido tor namiose dentro cm pouco o povoado Caridade nome que recíbeu por ser situado em terrenos doados a uma instituição de caridade di Crato Ceará Pela Lei Estadual n 376 de 15 de julho dc 1905 foi o povoado elevado à categoria de vila no governo do dr Álvaro Mendes com a de nominação de Simplício Mendes em homenagem ao saudoso clínico piauien se dr Simplício de Souza Mendes ficando entretanto fazendo pirte da comarca de Oeiras A referida lei determinou os seus limites criou ofícios de tabelião de notas eivei crime e mais anexos e o lugar de escrivão de órfãos r m duos e ausentes e determinou mais que o novo município compôj seia ls fazendas Formigas Belmonte Papagaio Mucambo Moreira Emparedada Limoeiro Fazenda Nova Poções Salinas Campo Grande Castelo Campo 136 Largo Brrjo de Santo Inácio Torre Barrinha Riacho Serra e Agrestão do termo de Oeiras e das fazendas Formosa e Jatobá do município de Suo João do Piauí A 15 de novembro daquele mesmo ano instalouse solenemente a nova vila sendo o ato presidido pelo Coronel Alano Beleza Juiz Distrital de Oeiras no exercício de Juiz de Direito Posteriormente em 1919 desmembrada de Oeiras passou para Sim plício Mendes a equena fazenda Agua Verde Em 1931 pelo Decreto Estadual n 1279 de 26 de junho da ad ministração Latidrí Sales Gonçalves que deu nova organização aos municí pios do Estado anexou Simplício Mendes ao município de Oeiras Em 1933 pelo Decreto Estadual n 1478 de 4 de setembro da aludida Intervcníoria o distrito municipal de Simplício Mendes obteve ui autonomia administrativa constituindose em município Em 1934 pelo Decreto n 1 333 de 28 do abril da mesma admi nistração estadual passaram para o município de Simplício Mendes as fa zendas Santiago Mathadinha Ipueira e Muquém pertencentes ao município de São João do Piauí as fazendas Agrestão Serra e Riacho pertencentes àquele para este Ainda em 1934 pelo Decreto n 1542 de 21 de maio também da administração estadual Cap Landrí Sales Gonçalves o município de Simplício Mendes teve nova divisão pflrficiaL Do movimento revolucionário de 1930 até os dias presentes Simplí cio Mendes muito tem trabalhado pela sua prosperidade dentro dos seus próprios recursos e com o auxílio do Govêrno do Estado Do Relatório dc 1938 ajircscníado pelo sr Interventor Federai no Estado Br Leônidas de Castro Mélo ao Presidente da República dr Getúlio Vargas e referente ao ano de 1937 transcrevemos o seguinte SIMPLÍ CIO MENDES Reparou os açudes Ligeiro Tanque Grande e dos Poços melhorou e fez desvios nas estradas carroçáveis de Simplício Mendes Orirs c Sitrpiíclo Mendes São João do Piauí sentlo que nesta última ronsT dos pontilhões e na do Oeiras um pontilhão abriu a estrada car roçarei de Simplício Mrides ao lagar Fortaleza fazendo corte em diversas laihiras inclusive a de São Benedito reparou os prédios do Matadouro e Mercado Público arharizou diversas ruas e praças da cidade melhorou o prédio da Prefeitura adquiriu um rádio a bateria melhorou a ilumina ção pública adquiriu o necessário instrumental para o Jazzband Munici pal e finalmente conseguiu do Governo do Estado agora no período agudo da sêca a abertura de um poço artesiano para abastecimento dágua à população da sede municipal LIMITES O município de Simplício Mendes limitase ao norte com os de Oeiras e Picos a leste com os de Jaicós e Paulista ao sul e oeste com o dc Soo João do Piauí OROGRAFIA Simplício Mendes tem os terrenos geralmente planos registandose apenas pequenas elevações isoladas morros sem importância desta candose dentre êsses o do Olho dágua 4 quilómetros ao norte da vila 137 HIDROGRAFIA Os principais cursos dágua do município são o Canindé o Trauau i ras o Fidalgo e o Piauí Existem alguns riachos A sede municipal não tem água potável suficiente para o consumo de sua população Daí o recurso dos poços tubulares CLIMA Apesar da falta dágua Simplício Mendes goae do um clima agrada bilíssimo de uma temperatura constante e amena ESTAÇÕES Corno da organização sulina no Estado o inverno normalmente c ve começar em outubro ou novembro indo até maio para dar entrada FAUNA Nada ha de particular em relação a fauna do município Ela ó de irai ira generalizada igual a das demais unidades do Piauí FLORA E grande a riqueza vegetal de Simplício Mendes em madeiras construção e marcenaria plantas têxteis e medicinais plumas sementes Oleaginosas produtos da indústria exlrativa forragem etc Merecem especial destaque as árvores frutíferas MINERAIS De um modo geral podese dizer que a constituição geológica é silicoargilosa predominando a arêia nas chapadas e a argila no vale Canindé e nos baixões O salitre e o salgema são conhecidos desde o tempo de Martius Ha sal de cozinha Segundo a opinião de um mineralogista aba lizado existem o minério de ferro e o cobre O giz abunda também na fa zenda Campos e de excelente qualidade bem como tabatinga tauá ili dires etc AGRICULTURA O município tem uma lavoura bem desenvolvida e os seus produtos chegam para o consumo interno e ainda para a exportação O sistema ado tado na agricultura é o rotineiro Alem de cereais cana de açúcar e o fíiiixi cultivase o algodão INDÚSTRIA E COMÉRCIO E bem regular a indústria de Simplício Mendes dada a valiosíssi ma cooperação das FAZENDAS NACIONAIS com a sua fábrica de laticínios reformada pelo Estado com melhoramentos de vulto no maquinismo na administração Landrí Sales e com os seus ricos estabelecimentos exlra tores da importantíssima cêra de carnaúba A indústria da borracha de maniçoba desaparecera com a desvalo rização do produto 138 Existem engenhos do fabro de aguardente e rapadura Ha lambem rotineira fabricação de artigos de fibras de caroá carnaúba etc bem como de artigos de couro tudo para o consumo local O comércio do município é relativamente bem desenvolvido e o seu intercâmbio é feito quasi exclusivamente com as vizinhas praças baianas O Piauí não encherga barreiras comerciais Tudo facilita para esse inter câmbio tanto que quando um Estado vizinho ataca um serviço de estrada carroçável êle vai com o mesmo fim ao seu encontro Para o Ceará ésle argumento é frisantíssimo PECUÁRIA A principal riqueza do município é a criação de gado Faltalhe to davia melhor amparo Não existem reprodutores bastantes de raças sele cionadas para os rebanhos da espécie bovina Contudo as rezes são ver dadeiras fábricas de carne e mais produtos bovinos no expressivo dizer do ir Ricardo de Carvalho Simplício Mondes é a região destinada à criação de gado que de algum modo devese considerar como a Suissa brasileira diz Marlius e em seguida acrescenta que o gado 6 gordo e bem formado e o leiie também gordo e saboroso PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Covn um simples relance de vista sôbre esta monografia estatísiica encontramse imediatamente as principais fontes económicas de Simplício Mendes pecuária indústria extrativa e agricultura ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na sede municipal Limpeza pública ruas o praças Instrução 3 estabelecimentos públicos estaduais de ensino pri mário sendo que o mais importante destes funciona na sede do município sob a denominação de Escola Agrupada Alvaro Mendes Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templos Capela do Sagrado Coração de Jesús na sede municipal Capela de Santo Inácio na fazenda Rrejo de Santo Inácio das Fazendas Nacionais Cemitérios um na sede municipal alem dos em aberto que se encontram em diversos lugares de município Iluminação pública a petromax Arborização em to das as ruas e praças da sede municipal MONOGRAFIA N 40 DE SOCÔRRO Ano de 1937 Categoria da sede Vila Lei n 1 645 de 16 de abril de 1933 Diiisão judiciária 1937 Têrnio da comarca de Picos Lei n 96 de 21 de junho Registo do movimento da população Registo Civil Orga virações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadêia Pública Superfície 984 kms2 Altitude 539 ms Latitude S 7 o 30 00 Longitude W Gr 40 40 10 População 1937 9 350 habitante Distância da Capital em linha réta ESE 320 kms Vias de comunicação estradas carroçáveis estradas reais Es tação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 216068000 arrecadação municipal 139 HISTORIA Socôrro próspero povoado do município do Patrocínio conseguiu m virtude dessa prosperidade sua autonomia municipal pelo lZnte Decreto da Interventpria Federal de então no Estado Decreto n 1645 de 16 de aluil d e 1935 Conce lonomifl rfmmfctratfea ao povoado Socorro do pio e Patrocínio O Interventor Federal no Estácio do Piauí usando das atribuições que lhe sSo conferidas em lei e considerando que o povoado Socôrro do município de Paira núo pelo seu desenvolvimento e densidade de população pode ter vida admi nistrativa autónoma DECRETA Art 1 E criado o município de Socôrro que fica desmembrado do município de Patrocínio com os limites abaixo especificados Art 2 Passam para o município de Socôrro as fazenda Lagôa Sêca Encostada Recanto Banco Cachoeira Tanque Campos Dagóa Com prida Irapuá Salgado Almoço Macacos Surubim e Bnrro Art 3 São desmembradas do município de Jaicós as ía rlas Caldeirão Grande compreendendo as fazendas Curimatá e Alegrete s Julião compreendendo São Julião e Pocinhos que passam para o município de Socorro Art 4 Revogamse as disposições em contrário O Secretário Geral do Estado assim o faça executar Palácio do Governo do Estado do Piauí em Teresina 16 de abril de 1935 47 da República L do S aa LANDRÍ SALES GONÇALVES L M Ribeiro Gonçalves Foi inaugurado o novo município a 9 de julho do niôsnio ano quando já no Governo do Estado o aluai Interventor Federal Dr Lcôllidas de Castro Melo como 1 Governador Constitucional Nessa época da inau guração já existiam estradas carroçáveis construídas em parte poio comer cio e pela população local Depois da elevação do antigo distrito à categoria de munioípio foi construída pelos cofres municipais uma ramificação do povoado Caldeirão Grande aos limites do Ceará numa extensão de 42 quilómetros A mais im portante das estradas do município é a grande artéria Crato Teresina entroncando a mêsma comunicação para os Estados e municípios vizinhos com extensão de 60 quilómetros no território de Socôrro Existe alcm das estradas enumeradas o entroncamento na vila da carroçave que liga Sena dor Pompeu do Ceará com articulações nas cidades de Maria Pereira Tauá Cearenses e Patrocínio piauiense destacandose 18 quilómetros exclusivamente de Socôrro A fotografia existente na Secção de Cartografia do DEPARTVWK V TO DE ESTATÍSTICA E PUBLICIDADE DO PIAUÍ mostra positivamente a bem acabada construção da Igreja da sede municipal E também ú rlice 140 do gosto cora que o povo de Socorro procura dar bons aspectos aos prédios em geral Em 1937 ano focalizado pelo último RELATÓRIO do Sr Interven tor Federa no Estado dr Leônidas de Castro Mélo como empreendimen tos do ESTADO NOVO Socorro fez reparos nas estradas carroçáveis abriu poços públicos na cidade e no povoado Caldeirão Grande para o abaste cimento dágua à população construiu um curral para o Matadouro do po voado São Julião reconstruiu o de Caldeirão Grande bem como construiu uma ponte de madeira de lei no riacho Barreira na carroçavel Picos Crato Ceará e iniciou a construção do prédio da escola agrupada da cidade LIMITES Socorro limitase ao norte com Patrocínio a leste com o Estado do Ceará servindo de limites a Serra da Ibiapaba ao sul e oéste com o município de Jaicós OROGRAFIA O município não tem montanhas propriamente ditas compreenden do entretanto uma faixa aproximadamente de 42 quilómetros da impor tante Serra do Araripe servindo esta de limites entre Socorro e o município de São Gonçalo do Estado de Pernambuco Existem outras serras de menor importância destaca ndose as seguintes a do Gavião 2 quilómetros ao sul da cidade a da Bôa Vista 6 quilómetros ao norte da sede municipal e a da Cachoeira que começa 2 quilómetros a leste da cidade de Socorro com o importante môrro da Encostada rumando ao nordéste HIDROGRAFIA Não existem rios perenes no município bem como lagoas Dentre os rios periódicos destacamse o Socorro o Marçal nos li mites com o município de Patrocínio o Curimatá o Itaim cabeceiras o Favelas e o São Julião CLIMA Socorro encontrase a 530 metros de altitude o que o coloca entre os primeiros do Estado Em virtude disso o seu clima é geralmente agradá vel e salubre ESTAÇÕES Nos períodos normais a estação chuvosa inverno começa em ou tubro ou novembro entrando a época sêca verão em máio ou junho Ha entretanto a considerar que o município sofre muito do terrivel flagelo das sêcas FÁUNA A fáuna do município consiste em veados catingueiros caitetús on ças gados diversos tatús tamanduás etc Entre as aves notamse periqui tos papagáios jacús emas seriemas pássaros canoros etc FLORA As matas e caatingas do município de Socorro são pouco densas existindo bastante madeiras de lei para construção como sejam cumaru cedro aroeira braúna angico camaratuba massaranduba paudarco im burana de abelha etc 141 Socorro é um município riquíssimo de iniucrais podcndose dizer mesmo o mais rieo do Piauí Só a grande iniciativa dè particulares para a organização da COMPANHIA MINÉRIOS DE SOCÔRRQ fandada como sociedade anónima no dia 27 de novembro de 1917 para explorará I chumbo ouro amianto e outros minérios em terras estimadas de logo em 3200G0000 com o captai inicial subscrito no valor de 800008000 e O depósito da quantia de 80008000 equivalência de 10 sobre a quantia do mesmo capital representado por dinheiro recibo da ColetOria Federal de Picos deste Estado fala acima de argumentos outros AGRICULTURA Socorro tem regular agricultura produzindo cereais aguardente ra padura algodão etc em quantidade bastante para seu consumo quanto aos primeiros e para negócio de exportação quanto a todos ÍNDlSTRIA E COMÉRCIO E fraca a indústria de Socorro pequenos engenhos de cana avia mentos do tibrico de farinha de mandioca pequenas instalações de benc ficiamento de algodão extração de bagas da mamona ele O comercio é relativamente bom e feito em maior parte com o Ceará Também fazem negócio de importação e exportação os outros Esta dos vizinhos Paraíba e Pernambuco A preferência de Socorro para com essas praças adeantadas vem mui naturalmente de melhor facilidade de eomunicação O comércio que conta 82 estabelecimentos diversos Be liza como bem os particulares do telégrafo de Campos Sales Ceará PECUÁRIA Aqui sim ressalta vantajosamente a indústria de Socorro Éste como os demais municípios do Piauí desde os seus primeiros dias de vida dedica se à indústria pastoril fornecedora de gado vivo carne bem tratada couros peles sêbo etc para exportação criando gados diversos PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Estão descritas atrás e vão repetidas em resumo aqui a pecuária e a agricultura ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na sede do município um no povoado Caldeirão Grande e outro no povoado São Julião Instrução 3 estabe lecimentos públicos estaduais de ensino primário Religião predomina a Católiea Apostólica Romana Templos três templos católicos um na sede do município um no povoado Caldeirão Grande e o outro no povoado São Julião Cemitérios um na sede municipal um no povoado Caldeirão Grande e outro no povoado São Julião alem dos em aberto existentes em diversos lugares do município MONOCRAFIA N 41 DE TERESINA Ano de 1937 Categoria da sede Cidade Lei 315 de 21 de julho de 1832 Divisão indiciária 1937 Comarca Lei n 96 de 21 dejunho Rego do movimento da populaçãoKegisto Civil Organizes pohems e rso Polícia Miltar do Estado Delegacia de PoWa Chcfama 142 de Polícia Guarda Civil Inspetoria de Veículos Peniten ciária Superfície 2422 kms2 Altitude 65 nu Latitude S 5 65 07 Longitude W Gr 42 49 29 Populacho 1937 62161 Labitantes t ias de Comunicação Estrada de Ferro São Luiz Tere sina esrdas carroçáveis estradas reais navegação fluvial e aérea Cam po de 4 iiarâo Dimensões 600 ms X 600 ms Aeroporto Sindicato Condor Correios e Telégrafos Diretoria Regional Estações Fiscais Fe derais Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional Coletoria Estação Fiscal Estadual Recebedoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 913212 arrecadação municipal HISTORIA Desde que o Piauí foi elevado à capitania seus primeiros governa dores notaram a desvantagem da colocação da capital em tão grande dis tancia do mnr cerca de 30 léguas do rio Parnaíba em um sertão seco e estéril Foi lembrada a vila de São João da Parnaíba treis léguas da costa pura a Capita A ideia não teve prosélitos por pretender colocar a Capi tal no extremo norte mais de 200 léguas do extremo sul Falaram tam bém na mudança da Capital para um porto qualquer à margem do Par naíba Predominando na politica local a influerfcia decisiva de chefes fi lhos residentes e proprietários em Oeiras a principio o coronel João do Rêgo Castélo Branco depois o coronel Luiz Carlos Pereira ce Abreu Ba celar e por último o Visconde da Parnaíba ninguém mais cogitou do as sunto e a Capital permaneceu em Oeiras por mais alguns anos Com o declínio do prestigio politico do Visconde da Parnaíba â ideia da mudança da capital voltou à discussão abertamente prestigia n pelas influencias politicas do norte O presidente que substituiu o velho titular no governo da província o dr Souza Ramos em 1844 fez votar e sancionau a lei n 174 de 23 de agosto que determinava a mudança da capital para a foz tio riacho Mulato no rio Parnaíba lugar hoje ocupado pela cidade de Amaranie Esta lei não teve execução A fundação da cidade foi levada a efeito na administração cb dr José Antonio Saraiva então preside te da província Apoiado pela lei n 140 de 1 de dezembro de 1842 que autori zava a transferencia da antiga vila do Potí para um lugar próximo que mais vantagem oferecesse aos seus habitantes ceixandoos ao abrigo das inundações que a tornavam pouco salubre Saraiva dotado de força de vontade inquebrantável tratou de pôr em execução o plaso traçado vindo escolher pessoalmente o local onde devia ser fundada a nova Vila do Potí o mesmo onde se achava encravada a fazenda Chapada do Corisco com a ideia preconcebida de transferir logo após de Oeiras para a futura cidade d sede do governo da província a qual teve a sua fundação a 20 de ou tubro de 1851 A lei n 315 de 21 de julho de 1852 elevou a ova Vila do Potí à categoria de cidade com a denominação de Teresina em homenagem à imperatriz Tereza Cristina ao mesmo tempo que autorizava a transfe rencia da sede do governo da província para a nova cidade No dizer do inteligente historiógrafo coestadano Joel de Oliveira sem medir as consequências do seu gesto Saraiva espirito novo palpi tante de energias realizadoras poz mãos à obra grandiosa arrostando com os entraves e a odiosidade decorrentes da tarefa que o pessimismo da quasi totalidade considerava irrealizável sem se deixar vencer pelo recêio de 143 acontecimentos previstos pelo abruplo da mutança da Capital saindo que os habitantes da margem da Môcha opunham tenaz resiste cia ao eu ato convencidos logicamente de que a sua execução implicaria o desmorona mento encarada sob tor os os aspectos da vetusta cidade de Oeiras Côncios e assinados ante a perspectiva que a futura capital c lhes desenhava acorreram dos pontos circunvizinhos ovos e abastados po voadores que a tornaram em breve núcleo populoso através da metamor fose inovadora e dos esforços dinâmicos de Saraiva Como homenagem ao seu fundador a cidade deu a uma de suas praças o nome de Conselheiro Saraiva erigindolhe no centro de outra praça a Marechal Deodoro uma coluna de mármore naugurada a 24 de agosto de 1859 que ali permanece como atestado de gratidão ao jovem presidente De relance registrase nesta monografia que em 1925 1926 no governo Dr Matias Olímpio de Melo quando da invasão dos revo lucionários co sul do País de chefia do Capitão Luiz Carlos Prestes Te rèsina soube heroicamente repelir os invasores tendo a 31 de dezembro de 1925 sob o comando do brioso oficial do Exército piauiense Major Anionio da Costa Araújo Filho em brilhante diligência capturado nas suas imediações na fazenda Areias o Capitão revolucionário Juaret Távora A especial publicação estatística Principais Efemérides Piauien ses melhor esclarece esse episodio da vida de Teresina ataque dos rebel des juntamente com inúmeras outras efemérides Teresina ía atualsdade oferece magnifico aspécto ao visitante pela elegância simples e discreta de suas linhas com as suas ruas largas simé tricas e arborizadas destacandose nesta parte a ala de carnaubeiras na Avenida Antonino Freire em frente ao Palácio de Karnak simbolizando assim uma das maiores fontes económicas do Piauí O progresso da cidade se acentua dia a dia com a construção de prédios públicos e particulares nos quais se notam gosto e arte como ates tam o dos Correios e Telégrafos Liceu Piauiense Liceu Industrial Colégio Sagrado Coração de Jesús a obra grandiosa da ponte sôbre o rio Potí e muitas outras importantes construções O serviço de calçamento o acaba mento das praças João Luiz Rio Bianco Pedro II rêde de escoamento para as águas pluviais em galérias subterrâneas o tráfego intenso com o interior por estradas carroçáveis e pela rodovia Teresina Fortaleza já cm franco tráfego até o encontro da E F Cetral do Piauí em Periperí os telefones automáticos e por último as asas possantes dos aviões ca Condor e do Exército pondonos em contácto com a Capital da Republica com o milagre de uma surpreendente aproximação constituem um elo quente atestado do acentuado progresso de Teresina Os antigos e majestosos templos católicosIgreja de Vossa Senhora dm Dôres Catedral Igreja de Nossa Senhora do Amparo e Igreja de Soo Benedito sob a dedicada administração do atual Bispo D Severm Vwira de Mélo passaram por admiráveis reformas com auxílios do governo Estado e do povo em geral Tudo isso afinal é em grande parte resultado co movimento ré volucionario de 1930 reforçado pelo ESTADO NOVO 144 Em grandiosa época de progresso e grandeza iniciouse na Inter vcnioria Capiião Landrí Sales Gonçalves de ideias alevatadas e de ho nestidade indiscutivel seguida com ampliação de traçado e rasgos de novos e mais dilatad horizontes pelo gcvêrno Dr Leònidas de Castro Melo Todos os Prefeitos da Capital sem distinção muito trabalharam pelo município e grandeza desta Outro melhoramento de extraordinário vulto na Capital custeado exclusivamente pelo Estado ra ac minisfração dr Leônidas de Castro Melo além da já citada grande ponte sobre o rio Potí é indiscutivelmente o Hospital em construção à Avenida Getúlio Vargas que vem a ser uma das maiores realizações sinão a maior de todos os governos piauienses até o presente Teresina de futuro será na respectiva Estação à Avenida Miguel Rosa um importante enfrojicamento das Estradas de Ferro São Luiz Teresina Central do Piauí Petrolina Teresinu e RSde Viação Cearense O primeiro periódico publicado em Teresina então nascente Ca pital do Piauí foi A Ordem que era impresso na tipografia do antigo Constitucional Era redigido por José Martins Pereira de Alecastre e começou a sua publicação em 19 de fevereiro de 1853 Circulam atualmente Diário Oficial Gazeta O Tempo Mo nitor Comercial e Folha Estudantal alem de pequenos jornais escolares e revistas com destaque da Revista da Academia Piauiense de Letras o Almanaque Piauiense etc LIMITES O município de Teresina limitase ao norte com os de União e José de Freitas a leste com os de Altos e São Benedito ao sul com os de São Pedro e Belém a oeste com o Estado do Maranhão servindo de linha di visória o rio Parnaíba OROGRAFIA A leste e ao sul o município de Teresina possue um abuncante nú cleo de montanhas de maior ou menor elevação A leste na data Baixa Escura encontramos várias cadeias que passam por Santa Teresa Santa Rita Cuidos São Joaquim Santana e Boquinha Ao sul do município te mos na fazesda Monte Alegre Três Irmãos Alegre Serragem Sítio São Luiz Barro Branco Pai José e Caldeirãozinho na fazesída Esperança temos Jabaracú Morros das Cabras Piriquito na fazenda Angieal temos Bolívia Coccâinho Angieal e Coquinho em Natal temos Grajaú Bananeirinho Morro da Cruz Lages Resfro Matinha Buriti Amarelo Deserto Colina de S Tiago Morro das Cabras Morro do Pico Tingldor Serra das Pacas na fazenda Sta Maria existem a serra do mesmo nome Canafistula São José Espirito Santo Morro da Raposa Morro Redondo Na fazenda Peixe ha as serras do Cordeiro do Peixe e Morro Redondo Na fazenda Iracema ha a serras Laranjo Toutinegra na fazenda Elegância as serras do Castelao Nova Olinda Monte Belo Belo Monte Vitória Taboleirão Agua Branca Fortaleza Vista Alegre Caàeira Tranqueira Mtilhada na fazenda do mesmo orne Na Serra da Santa Cruz ha um elevado e belíssimo pico No Morro da Vista ha uma altaneira montanha do mesmo nome 145 HIDROGRAFIA Teresina é banhada a oeste pelo Parnaíba e a este e norte pelo Potí O município em virtude dos constantes retalhos que tem sofrido apenas conta o Gameleira Lages que banha o povoado Natal nasce no lugar chama do Boqueirão e desagua no Potí Caiçara Marimba Camorogipe e São Do mingos O único riacho perene do município c o de Santana CLIMA O clima de Teresina acompanha a estações No inverno húmido e frio nos mêses de setembro outubro novembro e dezembro o lima é quente e o calor abafado Nos mês es de junho julho c agosto o clima c seco e ameno e as noites frias Nestes três mêses na mala que acompanha o rio Potí o frio das noites é intensíssimo ESTAÇÕES Inverno de dezembro a maio Verão de junho a novembro FAUNA O município de Teresina em suas matas e campos possue todos os animais selvagens desde a perigosa onça ao mais canoro dos pássaros A criação de aves domesticas embora modesta já vai sendo feita com especial cuidado e bem aproximada de métodos modernos notada mente quanto a espécie galinácea FLORA A flora do município de Teresina é a de todo o Estado Apenas é digna de menção a existência para os lados da lagoa das Pedras da erva mate o que prova que o nosso clima se presta admiravelmente para a cultura em grande escala dessa preciosa planta MINERAIS A importância dos minérios do município de Teresina é traduzida de maneira patente e insofismável dos estudos registados no Relatório da Diretoria do Departamento Nacional da Produção Mineral Serviço de Fo mento da Produção Mineral 1934 1935 no capitulo CARVÃO FS TADO DO PIAUÍ onde lêse Ao ser organizado esse serviço recebeu do então Instituto Geológico e Mineralógico do Brasil entre outras sondagens a de n 125 nos arredores de Teresina Estado do Piauí para pesquisas de água subterrânea O objetivo inicial desse furo era a pesquisa de arte sianos etc etc A publicação estatística Piauí 1933 tratando de jazidas de carvão no Piauí à página 89 com referência ao trabalho da Academia Brasileira de Ciências transcreve o seguinte P brasilienses achase no arenito de Jabotí que é mais novo que as camadas da sondagem de Tr re sina De tudo isso é lícito concluir que existem no Estado do Piauí ama das representativas do culm ou tcestfaliano do Continente Norte onde se acham os grandes e valiosos depósitos de carvão de pedra do mundo que novos horizontes achamse abertos às pesquisas de carvão de pedra no Norte do Brasil AGRICULTURA A lavoura de cereais é bastante desenvolvida em toda a mata tu acompanha a nargem direita do rio Potí E graide a cultura do algodão da mandioca e cana de açúcar 146 O Serviço de Plantas Têxteis no Estado é bem regular e já vinha prestando valiosíssimo concurso à agricultura piauiense concurso êste re forçado peia organização estadual entregue à nova Diretoria de Agricul tura INDÚSTRIA E COMÉRCIO Teresina é o município no Estado que possue mais desenvolvida indústria A fabricação de tecidos de algodão crús e tintos de propriedade da Sociedade Anónima COMPANHIA DE FIAÇÃO E TECIDOS PIAUIENSE é um estabelecimento que ampara crescido número de operários A FÁBRICA YPIRANCA de fumos e seus preparados da firma J Camilo Cia Ltda é um estabelecimento modelar que também ariipa ra inúmeros operários Em seguida vêm as fábricas de óleos vegetais FÁBRICA OITICICA PIAUIENSE da firma Delbão Rodrigues Cia óleo de oiticica com excelente instalação e bem regular produção J Camilio Cia óleos de babará tucuiit e mamona com secção especial de banha d porco ele José Mota óleo de babaçu Contamse duas bem regulares uzinas de fabricação de gêlo respe ctivamente de J Nelson e José Ribeiro de Carvalho Cia Existem diversas usinas de beneficiamento de arroz merecendo des taque por sua vultosa organização a de J Nelson Ha mais uzinas de benefiesamenio de algodão eortumes fábri cas de cerâmica mosaicos serrarias oficinas rádiotéenicas ourivesarias oficinas mecânicas inclusive a destacada Fundição da firma José Soares oficinas gráficas diversas fábricas de bebidas e vinagres de perfumarias movelarias sapatarias alfaiatarias funilarias panificação massas alimen tícias pequenas oficitias ete Com referência à indústria da cana de açúcar tomase da cilada publicação estatística Piauí 1935 a seguinte transcrição O índice de progresso da agricultura da cana de açúcar no Viauí é a UZINA SANTANA distante da Capital apenas quatro léguas a qual produz com uma instalação moderna de mecanismo de grande valor açú car de excelente qualidade Na indústria açucareira existem outros esta belecimentos inferiores àquele no município O número de pequenos enge nhos de cana é bem crescido com variedade de produção A indústria de Teresina é cadastrada com 120 estabelecimentos de diversas classes A indústria extrativa do município é de grande monta represen tada por cêra de carnaúba amêndeas de côco babaçu bagas de namòua amêndoas de côco tuciun etc Eni 1937 Teresina registou ein produção o seguinte cêra de carnaúba 109 toneladas e amêndoas de coco babaçú 282 toneladas O comércio de Teresiim ainda pelo radastro estatístico é epresen tado per 589 estabelecimentos Compõemno lojas de modas casas de mercadorias gerais agências de Companhias armazéns de vendas a grosso hotéis bars botequins cafés etc mercearias escritórios de representações e de compras de géneros farmácias drogarias etc etc A existência dos bancos enumerados no trêcho final desta mono grafia é a prova do vulto e da eficiência do comércio de Teresina A falta de uma navegação fluvial mais desenvolvida e de rim pôrío marítimo accessivel a embarcações de grande calado e longo eueso é a 147 olhos nós em geral uni grande embaraço para o comércio de lodo o Es tado e em particular da Capital Atesta isso o movimento dos bancos especialmente a pari concer nente ao Banco do Brasil PECUÁRIA Teresina tem regular criação de gados diversos sendo parle box i na a que no Estado mais tem por meio de apropriados estábulos introdu zido nos seus rebanhos sangue de raças selecionadas O Governo do Estado tem facilitado para isso A Secção de Veterinária da nova DIRETORIA DE AGRICULTURA DO ESTADO com um médico especializado presta mais de perto auxílio á criação em géral O SINDICATO DOS CRIADORES é na Capi outro valioso ele mento em prol da pecuária O SERVIÇO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL de organização federal ainda presta assistência à pecuária dentro dos limites e possibili dades do seu plano PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Não ha dúvida de que as principais fontes económicas de Teresina estão focalizadas de modo patente na pecuária na agricultura c nas diver sas indústrias com destaque das de tecidos cigarros extráção de produ tos vegetais óleos vegetais com saliência da de sementes de oiticica que to género é a maior do Estado na Capital ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na sede municipal e outro no distrito de Nazuria Limpeza pública nas vias urbanas prédios públicos e particu lares Serviço telefónico excelente instalação de aparelhos autontátios modernos na sede municipal Bancos e Casas Bancárias Ranço do Kra sil Banco Agrícola do Piauí Casa Francisco Aguiar Cia Banco Regional do Piauí ainda em organização Principais firmas importadoras Ferraz Cia Ltda Carvalho Carvalho Lundgren Cia Ltda Abreu Rêgo M D Cadad Irmão Elias João Tajra J R de Carvalho João de Castro Lima Afrodísio Tomaz de Oliveira Principais firmas exportadorasRoland Jacob James Frederick Clark Cia Bessa Cia Instrução 35 estabelecimentos de ensino primário e complementar existem no município sendo trinta estaduais e cinco particulares dos quais funcionam na sede 10 grupos escolares 1 escola agrupada e 1 escola sin gular 1 estabelecimento de ensino superior Faculdade de Direito do Piauí 5 estabelecimentos de ensino secundário e profissional Liceu Piauiense Ginásio Municipal São Francisco de Sales Escola Normal Oficial Escola Normal do Colégio Sagrado Coração de Jesús e Liceu Industrial Re ligiãoCatólica Apostólica Romana Protestante e Espirita TemplosIgreja de Nossa Senhora das Dores Catedral Igreja de Nossa Senhora do Am paro Igreja de São Benedito Capela do Sagrado Coração de Jesús Capela de Nossa Senhora de Lourdes Capela de Santa Izabel na sede municipal Capela do Menino Deus no povoado Natal templos católcos la 2a e 3 a Igrejas Batista de Teresina na sede municipal Igreja Batista de Cocai no povoado Cocai templos protestantes Festividades religiosas muitas em todos os templos da sede municipal e o povoado Natal Cemitérios 3 na sede do município e 5 no interior alem dos em aberto existente em diversos lugares do interior do muneípio iluminação pública 148 clétrica urbana e domiciliária Abastecimentos dágua por canalizações domiciliárias Arborização Avenidas praças e diversas ruas da sele mu nicipal Turismo Hotel Centrai TeresinaHotel GrandeHotel e iersas pensões na sede municipal alem da do distrito de IVatai Teatros Cinemas e outras casas de diversões Teatro 4 de Setembro Cinema Olímpia Cinema Royai Clube dos Diários Botafogo Esporte Clu be Clube 4 de Outubro etc Campos Desportivos o da Fiação o do 25 B C o do Liceu Piauiense e o do Colégio Diocesano São Francisco de Sales Associações Culturais Academia Piauiense de Letras Direiório Académico e Centro Estudantal Piauiense Casas Editoras Gráfica Esperança e Gráfica Excelsior Tipografias Imprensa Oficial Tipografia Popular Freire Cia O Tempo Monitor Comerciai e a Gazeta Assistência a Enfermos Departa mento de Saúde Pública lo Estado com seus bem organizados Centro de Saúde Instituto Alvarenga Postos etc Santa Casa de Misericórdia Enfer maria do 2ô li C e a da Polícia Miltar MONOGRAFIA N 42 DE UNIÃO Ano de 1937 Categoria da sede Cidade Decreto n 1 de 28 de dezembro de 1889 Divisão judiciária 1937 Comarca Lei n 96 de 21 de junho Registo do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadêia Pública Superfície 1675 kms2 Altitude 50 ms Latitude S 4 35 36 Longitude W Gr 42 52 24 População 1937 31 981 habitantes Distância da Capital em linha réta NNO 55 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 84 kms Vias de comuni cação estradas carroçáveis estradas reais navegação fluvial e aérea Aeroporto Sindicato Condor Cori rio criado em 1859 Telégrafo data ignorada Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Estadual Coleloria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 1358558000 arrecadação municipal HISTÓRIA A cidade de I nião tem a sua origem de uma fazenda de gado co nhecida pelo nome de Fazenda do Estanhado fundada em princípio do século XIX Por iniciativa particular de seu proprietário foi então eonstruida a Capela hoje Igreja de Nossa Senhora dos Remédios para o exercício espiritual de sua família Isto deu motivo a que dentro em pouco tempo no local da fazenda se constituísse um regular núcleo de população E a tal ponto aumentava e progredia esta que em 1826 conforme nôlo refere Pereira da Costa o presidente da província daquele tempo pro pondo a criação de uma freguesia na povoação do Estanhado e a sua ele vação à categoria de vila justificou em ofício de 27 de setembro rio mes mo ano a sua proposta da maneira seguinte Esta povoação dista vinte léguas de Campo Maior banhada pelo rio Parnaíba circulada de matas florescentes para toda e qualquer lavoura contem muitas feitorias é mui fértil e promete para o futuro ser uma das melhores da província pelo seu comércio população numerosa e mesmo riqueza Não foi no entanto tomado em consideração o pedido do presidente continuando a ser o Estanhado um simples distrito policial peiíenceníe à vila de Campo Maior 149 Só a 27 de agosto de 183 na administrado 1o lr Carloi de Paiva Teixeira vicepresidente la província em exercício é e foi pela Cei n 348 criada uma paroquia na povoação sob o orago de N S dc Remédios e pela qual se lhe fixaram os competentes limites Pouco depois elevouse à categoria de sila pela Lei Provincial B 362 de 17 de setembro do mesmo no ficando com o mesmos limites e passando daí a denominarse União A 23 de outubro de 1854 teve lugar a instalação solene da vila que se conservou anexa à comarca de Campo Maior por espaço de vários anos Para o seu patrimônio o coronel João do Rêgo Montei Barão I Gurguéia de ilustre família piauiense fez doação de meia légua le terras de frente marginando o rio Parnaíba por uma légua de fundo na direção de leste pertencentes à data Suçuapara onde se acha encravada a alua cidade Já no regime republicano pelo Decreto n 1 dc 28 de dezembro de 1889 foi elevada á categoria de cidade A comarca de União inaugurou se festivamente a 13 de novembro de 1890 Compreende hoje dois termos judiciários o do mesmo nome e o de José de Freitas A comissão encarregada dos serviços federais de Obras Contra as Secas no município fez a demarcação do patrimônio municipal confor me se vê do relatório apresentado pelo auxiliar técnico da referida comis são sr Samuel Moreno datado de 13 dc fevereiro de 1922 União quando das lutas de nossa independência política simples povoado ainda prestou à causa da nossa liberdade assinalados serviços De lá partiu rumo a Campo Maior o bravo tenenteeoronel Alecrim com a sua tropa para a mais sangrenta e memorável batalha que se travou ns lutas da independência do Piauí o celebre combate do Genipapo qUs c feriu a 13 de março de 1823 e no qual as forças lusas tiveram uma vitória de Pyrrbo Triunfante nêsse grande encontro mas nêle perdendo as bagagens e já falto de munições e de tropa para enfrentar a sagrada rebelião que dominava em Oeiras e por todo o Piauí o major José Joaquim da Cunha Fidié chefe das armas portuguesas suspendeu bivaque das margens do Genipapo e veiu com seus soldados acampar no Estanhado donde conm nicandose com o tenenteeoronel Magalhães pediulhe reforços para poder de novo atacar os heróicos independentes Sabedor porém de que as forças sob o comando dos tem nle coronéis Francisco Manoel de Araújo Costa e Raimundo de Sousa Martins tinham partido do pôrto de Santo Antônio para lhe dar combale itraves sou o Parnaíba no pôrto do Estanhado com destino a Caxias do Estado cio Maranhão Por ocasião da Balaiada em 1839 organizouse no povoado um quartel para as forças legais que operavam sob o comando do major An tônio de Sousa Mendes Em diversos lugares do município travaramse sangrentas batalhas em que as forças legais bateram os rebeldes capitaneados por Rúivo e Pedregulho São memoráveis os combates de Santa Rita Salôbro Curintatá e BôaVista Os jornais mais importantes surgidos em União até o lias presen tes foram O Uniense e O Estanhado que deixaram de circular Em 1925 1926 União por ocasião da invasão do revolucioná rios do sul do país acolheu hospitaleiramente muitas das famílias que apavoradas deixaram Teresina tanto por terra como descendo o ria Par naíba diante do pânico estabelecido pelo cêreo à aludida Capital do Estado 150 Em 1931 pelo Decreto Estadual n 1279 de 26 de junho do então Interventor Federai Capitão JLandrí Sales Goncalves que dei nova organização aos municípios úo instado o ue União não soireu mouilicarào permanecendo com a sua organização anterior Em 1934 peio liecreio Estadual n 1 528 de 21 de março da aíudida administração interventoriai o município de União teve nova divi são policial Jbm 1935 ainda na administração Landrí Sales pelo Decreto n 1 u44 de li lie abril lòram estabelecidos novos limites entre os mu nicípios de União e José de Freitas União era um dos municípios que pouco haviam lucado com o advento revolucionário de x930 Somente em 1937 com a implantação do EsTADO NOVO a cidade de Lnião melhor avançara no progresso que lera iniciado com a instalação oa Lzina elétrica de iluminação pública c particular Assim é que o Prefeito Municipal da anualidade seguindo o pro grama de empreendimentos embora poucos uos seus antecessores da nova epoca levantou moderna planta de uma praça ajardinada par receber o nome Presidente Getúlio largas e de um excelente prédio escolar do Grupo Fenelon Castelo Branco para imediata execução Aieni desses melhoramentos auxiliados pelo Governo do Estado União como do Relatório do interventor Leônidas Meio construi C repa rou em 137 diversas estradas carroçáveis para José de Freitas Miguel Alves e Tercsina ponte ele e adquiriu 40 contadores para as necessidas do serviço de iluminação elétrica da cidade LIMITES O município de União iimitase ao norte com o de Miguei Alves a léste com os de Barras c José de Freitas ao sul com o de Tercsiria a oéste com o Estado do Maranhão servindo de linha divisória o lio Parnaíba OROGRAFÍA Entre os mais notáveis morros da região destacamrse os do Sítio do Urubú dos Pires dos Côcos do Boqueirão do Peba do Salobro de São Felipe do Ccrangueijo dos Remédios Próximo à cidade ostenlase o morro das Pedreiras de cujo cimo se descortina um dos mais encantadores panoramas do Piauí vêse toda a urbe o rio e terrenos circunvizinhos HIDROGRAFIA O município possue somente um rio o Parnaíba a artéria mater do Piauí no expressivo dizer do dr Bernardino de Sousa o Par naíba que o banha numa extensão de quinze léguas No entanto grande número de riachos lagoas e olhos dágua psrenes refrescam em todos os sentidos o seu solo riquíssimo Desaguam no Parnaíba os seguintes riachos o da Raiz íjtte nos invernos rigorosos transborda e alaga considerável extensão de terras im pedindo per muitos dias o trânsito por êsses lugares o Riacho dos Cavalos o Riachão o Curimatã o das Tabocas e ouJros de menor valia Ha a Lagôa Velha a do Muricí a dos Cgados a do Alto Alegre a da Bexiga a do Pi do Morro a Lagôa do Barro a do Pcriperí a Lagôa Alegre e muitas outras sem grande importância hidrográfica 151 O clima de União como geralmente o dos demais municípios do norte do Estado com exçeção de Pedro Segundo é quente e seco no vQMb e húmido durante a estação inveruosa ESTAÇÕES Inverno de dezembro a máio Verão de junho a novembro FAUNA A fauna unionense 6 variadíssima e abundante Abrange todas is or dens famílias e ramos zoológicos conhecidos no Estado FLORA A riqueza vegetal do município é digna de nota Nas suas extensas matas encontramse magníficas madeiras de lei como o cedro páudirco aroeira jatobá gonçaloalves sucupira imburana piquizeiro páu roxo candeia taipoca pereira páu dágua chapada marfim jurema angelina tamboril sambaiba sapucáia tinguí páu ferro capitão do campo unha de gato catinga branca gameleira marmeleiro amargoso sapucarana e muitas outras Dentre as medicinais quina mutamba barba ti mão gameleira branca páu de rato açoita cavalo caroba angelim carnaúba angico jape canga velame jucá etc Dentre as palmeiras babaçú carnaúba inajá tucum Ha grande número de vegetais de que se extraem excelentes fibras MINERAIS Nada ha escrito sobre a existência de minerais no município dc União Existem vagas informações sem positividade de uma regular explo ração AGRICULTURA A agricultura é a principal fonte de riqueza do município Situado no centro de férteis e opulentas matas próprias para o cul tivo de toda e qualquer lavoura com uma população relativamente densa comparada com a dos demais municípios do Estado ativa e trabalhadora produz em grande escala algodão milho arroz feijão favas mandioca cana de açúcar gergelim mamona e fumo A agricultura nessas inatas é feita ainda empiricamente pelos velhos e primitivos processos Só a Colónia David Caldas grande empreendimento da Interventoria Federal Landrí Sales é um moderno centro dc lavoura desde 1932 INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria de União é composta por estabelecimentos de beneficia mento de algodão e arroz fabrico de aguardente e rapadura cerâmica aviamentos de farinha de mandioca pequenas oficinas etc A indústria extrativa é a mais importante Em 1937 produziu 91239 ks de cera de carnaúba e 522255 ks de amêndoas de babaçú Esta parcela colocou União no numero dos três maiores produtores de tãa valioso género da exportação piauiense O comércio de ha muitos anos vem sendo bastante desenvolvido notadamente na parte da exportação dos diversos géneros 152 PECUÁRIA A criarão do gado de qualquer espécie é feita sem seleção O fazen deiro dista nciandofeê do progresso que se opera no sul do país não co gita do melhoramento da raça peio apuro do tipo selecionado ou pelo cru zamento com reprodutores de outras raças Todavia em algumas fazendas de gado vacuiri encontramse reprodutores zebús em número muito insigni ficante A pecuária é todavia bem crescida no município PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Estão assentadas a principais fonte económicas de União na agri cultar na indústria extrativa e na pecuária ASSUNTOS DIVERSOS li crendo público um na sede municipal Instrução 11 esta belecimentos públicos estaduais e 2 particulares todos de ensino primário sendo que o principal estabelecimento estadual do município denominado Grupo Escolar Fenelon Castelo Branco funciona na sede municipal Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templo Igreja de Nossa Senhora fios Remédios na sede municipal Festival mies religiosas a de Nossa Senhora dos Remédios e a de São Raimundo Nonato Cemi térios 2 na sede municipal alem dos em aberto existentes em diversos lugares do município Iluminação pública eiétrica urbana e domiciliária Arborização ra praça iTomás Gonçalves e rua Grande Turismo uma pensão na sede do município Assistência a enfermos Delegacia de Saúde MONOGRAFIA N 43 DE URUSSLÍ Ano de 1937 Categoria da sede Vila Lei n u 290 de 23 de junho de 1902 Divisão judiciária 1937 Comarca Lei n 96 de 21 de junho Re gisto do movimento da população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 28083 kns2 Altitude 170 ms Latitude S 7 o 1326 r Longitude W Gr 443300 População 1937 19438 habitantes Distância da Capital em linha rela SSO 305 km Distância da Capital por estradas carroçáveis 540 kms Vias de comuni cação estradas carroçáveis estradas reais navegação fluvial e aérea Cam po de Aviação Dimensões 600 ms X 400 ms Aeroporto Sindicato Condor Correio criado a 29 de setembro de 1902 Telégrafo instala do a 7 de setembro de 1916 Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1937 528938000 arrecadação municipal HISTÓRIA Em 1889 quando foi proclamada a República no local em que está a vila de Urussuí existia apenas uma palhoça colocada próximo do re banco do rio Parnaíba Em 1892 surgiu um segundo morador vindo do lugar Santa Maria tres léguas distante o qual construiu a segunda palhoça não longe da pri meira 153 Tal o embrião da aluai vila Na década seguinte isto 1892 1902 a povoação sob a denominação de NovaVUa se desenvolv i rapida mente e de tal modo que a Assembleia Legislativa do Estado pela Lei 290 de 23 de junho de 1902 eriou o novo munieípio e elevou a povoação à categoria de vila com a denominação de VRVSSVÍ fazendo parle da co marca de Floriano como termo judiciário O progresso do munieípio não prou aí Cresceu sempre Conco reu muito para o crescimento rápido da vila a navegação nos ritos Parnaiba e Balsas levada a efeito pela Empresa Fluvial Piauiense que num louvável esforço idealizou e realizou a extensão dessa navegação do alio Pamaíbu até a vila de Santa Filomena embora vencendo primeiramente sérios em baraços Em 1910 sob a administração estadual Antonino Freire o têrnu judiciário de Urussuí foi elevado à categoria de comarca em IS de ro vembro Nêsse ano a navegação que vinha se fazendo com intermitência lornouse efetiva e regular o que fracassou quanto a regularidade Com o desenvolvimento do comércio da fertilissima região cresceu a população urlana com vantagens superiores às de diversas cidades do Estado o que é atestado pelo censo de 1920 Em 1915 por iniciativa da Intendência foram localizadas no muni cípio cêrea de 50 famílias que emigraram do vizinho Estado do Ceará e dos municípios piauienses Picos Jaicós e Oeiras Em 1925 1926 Vrussuí com a invasão dos revolucionários do sul do país da falada Coluna Prestes passou por sérias apreensões csla bclecendose mesmo o pânico em sia ordeira população A vila que vinha recebendo forças estaduais e federais caiu em completo desânimo com a retirada destas depois dos combale de Benedito Leit fronteiro município maranhense situado nu margem oposta fio rio Parnaiba Essa retirada de Vrussuí onde até o dia 9 de dezembro não ha viam penetrado os rebeldes foi incontestavelmente a poria aberta à in vasão no território piauiense concorrendo também a fuga de Floriano para maior franqueamento de uma parte do sul e do centro do Estado ao domínio dos revolucionários que sem encontrar barreiras avançaram de predando e saqueando as cercanias de Teresina como bem descrevera o Dr Higino Cunha no opúsculo Os Revolucionários do Sul atravé dos Ser tões Nordestinos do Brasil de 1926 Como é de fácil compreensão Vrussuí muito perdeu com esse ex traordinário choque estacionando por muito tempo o seu progresso que somente depois do movimento revolucionário de 1930 passou a readqui rir as energias perdidas para o máximo desenvolvimento em lodos o seus setores Em 1931 na ar ministração do Estado Lavdrí Sales quando da nova organização procedida quanto aos municípios foi mantida a antiga posição de Vrussuí Em 1934 pelo Decreto n 1541 de 18 de máio da referida admi nistração estadual o munieípio de Vrussuí teve nova divisão policial No mesmo ano o Decreto n 1556 de 20 de junho elevou a ca tegoria de vila com o nome de Ribeiro Gonçalves o povoado Re manso do município de Vrussuí Segundo informações prestadas à Interventoria Federal Esladoj e 1937 Vrussuí construiu o cemitério o necrotério a rampa do porto 154 fluvial os pridios do Matadouro Mercado Prefeitura e da Cadêia Pú blica o aeroporto linha Condor uma estrada de rodagem de Urussuí a Aparecida o prédio do Grupo Escolar Uma coleção de fotografias de Urussuí mostra um excelente trêch da estrada carroçável de Urussuí a Aparecida os ótimos prédios da Prefei tura Municipal c do Grupo Escolar e um belo aspecto do aeroporto com um dos respectivos aviões etc LIMITES O município de Urussuí limitase ao norte com o Estado do Ma ranhão servindo de linha divisória o rio Parnaíba e com o município de Jerumenha a léste com os municípios de Aparecida e Bom Tesús ao sul com os de Bom Jesus e Santa Filomena a oeste com o Estado do Mara nhão servindo de linha divisória o rio Parnaíba OROGRAFIA Ião se encontra no município uma montanha na acepção rrtriía da palavra A Serra da Estiva não tem grande altitude O solo é muito aciden tado apresentando extensos e profundos vales e imensos chaftadões for mando verdadeiros planaltos As serras ou melhor os serrotes que se encontram perdemse todos no sistema central brasileiro como últimos contrafortes da Cordilheira do Gurguéia que por sua vez é uma continuação da Serra dos Dois Irmãos do Piauí c vai encontrarse com as da Tabatinga e das Mangabeiras Dois desses contrafortes atingem o rio Parnaíba no município de Urussuí determinando assim os inúmeros acidentes que se encontram E no alto da serra Ladeira do Burro que parece se formar um ex tenso planalto onde se encontram os limites de Urussuí com Bom Jesús Gilbués e Santa Filomena em uma região completamente desconhecida Outro contraforte parte da Cordilheira do Gurguéia abrindose cm duas grandes ramificações que seguem paralelas tendo do lado esquerdo o rio Urussuí e o rio Gurguéia pelo lado direito separando as águas das duas bacias Uma das ramificações toma o nome de Ladeira do Boi e a outra o de Serra do Cascarei HIDROGRAFIA O município de Urussuí é talvez no Estado o que possan melhor sistema hidrográfico Tem duas grandes artérias fluviais que lhe facilitam os ineios de transporte e têm sido a causa primordial do seu rápido progresso O município c banhado pelo rio Parnaíba pelos seus dois grandes afluentes Urussuí Preto e Balsas e ainda por um número vastíssimo de subafluentes alem de inúmeros riachos como o Ribeirão da Volta o Riacho de Leandro o Catapora o Tamboril o Riacho do Sangue a São Gregorio o Pedra Branca o Bomfim o Velame o Caveira o Riacho do Cascavel o Urussuí Vermelho o Corrente o Ribeirão das Colheres o Buri tizal o Conceição o Santo Antônio o Ribeirão da Estiva o Pratinha o Ribeirão da Prata o Corte o Remanso do Cercado etc Distingucmse ainda várias cachoeiras e lagoas CLIMA A natureza foi muito pródiga com Urussuí pois alem de moitas outras vantagens para um admirável clima evitonIhe as oscilações brusca da temperatura 155 ESTAÇÕES O inverno corcça cêdo quási normalmente em outubro proion gandoke até iráio Dcprrendrse pois que o serão entra em jui hw Vrussuí vive quasi ao abrigo das sêeas fenómenos que só conhece quando aíetaín à pecuária r tff WBJNAf rvV írafaHdose de animais silvestiv s aconicce com território de Vrussuí o que acontece em lodos os outros do Estado isto é abundância de caça grande ou miúda na razão inversa da densidade de população FLORA A maior parte fias habitações do município é construída oin ma terial fornecido pela flora local Por aí podese verificar a abundância flo restal de Vrussuí Contamse as palmeiras piaçába Ixhaçú buriti maca úba patí buritirana e a carnaubfira em pequena quantidade Existem frutos silvestres em grande varieiade Os frutos cultivados ão laranja Ian gerina limão da Pérsia lima banana manga abacate sapotí mamão una naz melão melancia etc MINERAIS Em um território imperfeitamente conhecido quasi inexplorado não adiantou que se enconCrpm no niun eíp o de l in uí ricas jazidas de Entretanto o mineralogisía Lopez Raisas trabalhando por conta de uma sociedade de Barcelona fez algumas experiências nesta região piauiense adiantou que se encontraram io município de Vrussuí ricas jazidas di pedrahume e mostrava pepitas auríferas encontradas em uni córrego do município AGRICULTURA A maior riqueza dos habitantes do município é a agricultura desta candose a parte concernente à cana de açúcar da qual se faz grande quan tidade de rapadura para o consumo local e abastecimento de outros municí pios e até da Capital do Estado Da mesma cultura resulta o fabrico de aguardente nas mesmas proporções Os cereais igualmente dão produção ale para fornecimento aos municípios ribeirinhos do Purnaíba em animadora parecia O cultivo da maniçobq qué era de grande vulto fracassou porque o produto em virtude de sua depreciação passou a não compensai o tra balho O algodão também é plantado no município mas como tudo o mai da agricultura pelos processos rotineiros vindos dc Tomé de Souza ou Di mingos Jorge isto é desbravamento da floresta virgem por moo do ma chado fôgo ele Os terrenos são adaptáveis à cultura do café O fumo e cultivado si bem que em pequena escala As possibilidades de Vrussuí para uma intensa cultura cm otmo proventos são indiscutíveis e saltam aos olhos de qualquer observador por mais medíocre que sêja INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria de Vrussuí é composta de usina dc beneficiar algodão engenli A ferro e de madeira para cana de STJZl pparo da farinha de mandioca sistema importado fJ ses quando vieram ao Piauí fase a colonização pequenas oficina versas espécies etc ctr 156 A indústria cxtraliva é praticada tm escala bem regular fendo o município em 1937 elido uirz produção do côco babaçú no total d 191 toneladas O comércio desde os seus primeiros dias é boal íendo melhorado consideravelmente cot as facilidades trazidas pela aviaçãs que oii a conhecida rrpidez orienta e põe em contacto os interessados nêssa ramo cora as praças adiantadas e de grande movimento principalmente na parte da exportação PECUÁRIA A pecuária é praticada de ma modo extensivo substituindo as con dições físicas do solo os cuidados indispensáveis para a criação Contudo a criação de gados diversos não deixa de ser poderoso auxiliar da relativa abastança dos habitantes do município PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Eiesumeirse as principais fontes económicas na agricultura ia occuária e a indústria extrativa ASSUNTOS DIVERSOS M tcio público Um na sede municipal Limpeza pública nas raas e praças Instrução 6 estabelecimentos públicos estaduais c 3 parti culares todos de ensino primário sendo que o principal estabelecimento estadual do município denominado Escola Agrupada Prof Fróis fun ciona na sede municipal Religião Católica Apostólica Romana c Protestante Templos Capela de São Sebastião católico s Igreja JJa tista de Urussuí protestante Festividades religiosas a de São Sebas tião a de São José a do Sagrado Coração de Jesiis e a de Santa Teresinha Cemitérios um na sede municipal alem dos em aberto existentes eu diversos lagares do município Turismo uma pensão na sede municipal Assistência a enfermos Delegacia de Saúde MONOGRAFIA N 44 DE VAUENÇA Ano de 1937 Categoria da sede Cidade Decreto n 3 de 30 de dezembro de 1889 Divisão judiciária 1937 Cornarei Lei n 96 de 21 de ju nho Registo do movimento da população Registo Civil Orga nizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polí cia Miltar Cadêia Pública Superfície 20975 kms2 Altitude 310 iiis Latitude S ô 23 38 Longitude W Gr 41 45 00 Po pulação 1937 52065 habitantes Dislánria da Capital em linha réta SSE 186 kms Distância da Capital por estradas carroçáveis 240 kms Vias de comunicação estradas carroçáveis estradas reais Correio Criado a 5 de março de 1859 Telégrafo instalado a 21 de abril de 1921 Estação Fiscal Federal Cckicria Estuçâo Fiscal Estadual Posto Fiscal Estação Fiscal Municipal Prefeitnni 1937 1727928000 arrecadação municipal HISTÓRIA O município de Valença é a antiga freguesii de Mossa Senhora da Conceição dos Âroazes criada em 1740 e cuja sede era o povoado hoje de nominado Aroazes 157 O local onde assenta a cidade de Valongo foi primitivamente um uldeiamcnto de índios Arauáses e havia tomado o nome de Catinunha Em virtude da Carta Régia de 19 de junho de 1761 que mandou criar unia vila em cada uma das 8 freguesia da Capitania d Piauí foi erigida a vila com o batisno de Valença no que ainda hoje Con serva Era então governador da Capitania João Pereira Caldas A vila foi instalada a 20 dc setembro d 1762 constando o se u terri tório de nina légua em quadro a partir dos quatro lados da matriz Vêse ainda hôjc o marco respectivo aos fundos da Igreja de São Benedito Ao tempo da instalação tinha t alento 39 rasas com 156 habitan tes No intuito porém de promover o adiantamento do lugar 45 pessoas se obrigaram por escrito a construir novas cavas Km toda a freguesia só existiam 266 fogos cem 1329 habita Em 1824 quando o Seiado da Câmara se reunia para jurar fideli dade à Constituição do Império havia já crescido número de pessoas dis tintas na vila srudo a áta assinada por perto de 5 cavalheiros muitos dos quais deitaram descendentes que constituem o principal elemento da so ciedade valenciana Em 1833 por ocasião da execução do Código do Processo Criminal o termo de Valença ficou fazendo pnrlc da comarca de Oeiras capital da Proíncia Já no Império a Lei Provincial ri 52 de 5 de setembro de 1836 transferiu a ssde da freguesia para o local onde hoje se acha Valença como ficou dito acima pertencia c comarca de Oeiras tendo sido desmembrada pela Lei n 592 de 6 de agosto de 1866 Presi diu a instalação da comarca o seu primeiro juiz de direito Dr Castão Fer reira de Gouveia Pimentel Beleza Já nos primeiros dias do regime republicano o Decreto n 3 de 30 de dezembro de 89 elevou a vila à categoria dc cidade Em 1929 pela Lei Estadual n 1249 de 10 de julho no governo Dr João de Deus Pires Leal foi transferida ao património de Valença a zona de terras do dominio estadual conhecida pela denominação de Missão dos Aroazes sob clausulas especiais Em 1931 quando da nova organização dada aos municípios lo Es tado pelo Decreto n 1279 de 26 de junho da administração Landrí Sales Gonçalves o município de Valença não sofreu qualquer modificação permanecendo com a sua anterior constituição territorial Eni 1933 o Decreto n 1477 de 4 de setembro daquela mesma administração o distrito judiciário de Regeneraíítr foi desmembrado do comarca de Valença e anexado à de Amarante Em 1934 pelo Decreto Estadual n 1539 de 18 de máio da alu dida administração interventorial o município de Valença teve nova divisão policial As monografias estatisticodescritivas municipais não individualizam a atuação dos Prefeitos de 1930 em diante época que regista um renovador movimento com destaque do ESTADO NOVO Assim transcrevese aqui o trêcho sôbre Valença do Relatório do Interventor Leônidas Melo com referência a 1937 Construiu a carroçável de Pimenteiras a São Miguel do Tapuio c ramais de São Felix a Mocambo e de Aroazes a Coroatá e ainda um ponti lhão entre a carroçável desta cidade a Pimenteiras sôbre o riacho Unha de Gato um tanque de cimento armado no olho dágua desta cidade um matadouro público com casa e currais prédios nos povoados de Várzea 158 Grande e lnhúma destinados a mercados públicos um prédio destinado ao grupo escol ir reconstruiu liêehos das carroçáveis desta cidade a Tauú Geará íía de téresiné Picos de Coroatá Aroazes e de São Felix Mucaiabo reconstruiu o prédio do Teatro e nnxiiiou a aquisição de um rádio receptor local LIMITES O município de idónea limilase ao norte com os municipios dè Alto Longa e São Miguel fio Tapuio a leste COni o Estado do Ceará ser vindo de limites a serra da Ibiapaba ao sul com os municípios de Pa trocínio Picos e Oeiras a oésíe com os de Regeneração São Pedro e São Benedito OROGRAFÂA O município é pouco montanhoso Existem a Serra Ibiapaba ou Serra Grande que o separa do Estado do Ceará a serra do Batista que o separa de Picos e a serra denominada Chapada Grande entre Valença e Oeirus HIDROGRAFIA O mais importante rio é o Potí nos limites deste município com o de Alto Longá Existem mais os seguintes São Nicolau Berlenga São Vicente c Sambito Ha muitos córregos que refrescam e fertilizam as terras A cidade é cortada pelo riacho Caatinguinha outrora denominado Ribeiro CLIMA Quente no verão e húmido no inverno como o de quasi todo o Estado Os ases nais quentes são os de setembro outubro e novembro ESTAÇÕES Ordinariamente o inverno vai de novembro a máio entrando ogo após o verão FAUNA E bem rica a fauna valenciana o veado a paca o tatú o taman duá a onça a ema a garça ete se encontram en abundância FLORA Citarise a aroeira o cedro o amargoso a oiticica o angico branco c o preto a canela de velho o condurú a faveira a gameleira o genipa peiro o goaçaloalves a imburana o inharé a sambaíba o tinguí a vio leta o piquí o páudarco o páu santo o páu pereira ete Entre as plantas puramente medicinais rietacamse a japecanga 3 batata de purga a catuaba o velame o fedegoso o ptgapinto o mussambê a caroba a mutamba o açoitacavalo o jabormdí a imberiba a ma mona etc MINERAIS Atestase com segurança a existência de cobre salitre alumçni ferre pedrahitme ete A analise de terra salitrada feita pelo quimieo de 159 Porlo Alegre Rio Grande do Sul Ni Morth mediante rnri to pauense Dr Argemiro de Oliveira publicada no nw estatístico Piam 1935 é um valioso atestado 1a riqueza mineralógica 1 aletiça A uma légua da eidade no lugar Corrente existem águas minerai AGRICULTURA A sua agricultura outrora acanhada apcr de possuir terrenos próprios para qualquer cultura hoje já merece especial referência a seus produtos dão perfeitamente para o consumo interno e para exporta ção principalmente quanto á cultura da cana 1 açúcar aguardente ra paduras sendo estas em grande escala A cultura do arroz é altamente compensada sobretudo nas terra marginais do rio São Vicente Alguns lugares se prestam com proveito para cultura do fumo As terras em geral produzem cana milho feijão mandioca ele Em pequena escala cultivanise a fava a batata dôcc etc INDUSTRIA E COMÉRCIO A indústria de Valença é relativamente bôa Para avaliação di basta o seguinte registo 3 engenhos de aguardente 201 de rapaduras e re gular extração de cêra de carnaúba e de amêndoas de côcò babaçu Km 1937 a produção de cêra de carnaúba foi de 127467 quilos e a le amên doas de babaçú de 51428 quilos O comércio que até poucos anos era atrasado pela deficiência de transportes hoje tem avançado admiravelmente com o traçado de estradas carroçáveis que da sede do município corta êSte para imporlanlcs a dos do mesmo e entra em contáeto com praças comerciais de vulto do pró prio Estado e do Ceará através do trecho Tauá PECUÁRIA E excelente a situação da pecuária de I alença embora ainda poi sistema rudimentar e com pouca introdução de reprodutores de raça ele cionada Falam aqui os algarismos do censo de 1920 Segundo o último recenseamento existem nos estabelecimentos ri rais ou fazendas de criar 59412 bovinos 5245 equinos 2964 asini nos e muares 13064 ovinos 14586 caprinos 665 suinos Valença ocupa pois no Estado o 2 luga na criação de bovinos o 5 na de equinos o 3 na de asininos e muares o 1 na de ovinos o 3 na de caprinos e o último na de suinos PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS As principais fontes económicas de Valença estão descritas ia pe cuária na agricultura e na indústria principalmente na extratira ASSUNTOS DIVERSOS Mercados públicos um na sede municipal e 11 no interior do mu nicípio Limpeza pública vias urbanas Instrução 12 estabelecimen tos estaduais e 2 particulares todos de ensino rrimário funcionando na sede municipal sob a denominação de Grupo Escolar Cónego Acilino o mais importante dos estabelecimentos estaduais lo município Rrhgao 160 predomina a Católica Apostólica Romana Templos Igreja cie Nossa Senhora do Õ e Igreja de São Benedito na sede municipal e 8 capelas no interior do município católicos Igreja Batista de Papagaio nó povoado Papagaio Igreja Batista de Fazenda Velha no povoado Fazenda Ve lha protestantes Festividades religiosas a de Nossa Senhora do Ó na sede municipal e a da Santa Cruz no povoado Olho dágua dos Mila gres Cemitérios um na sede municipal alem dos em aherto existen tes em diversos lugares do município Turismo uma pensão na sede do município Assistência a enfermos Delegacia de Saúde ACRÉSCIMO 1939 MONOGRAFIA N 45 DE LUZ CQRRÊIA ANEXA S DF J937 Ano de 1939 Categoria da sede Cidade DccretoLei 11 147 de 15 lo dezem bro de 1938 Divisão judiciária Tfrio da eomarea de Parhãiba Decre toLei n 147 dc 15 de dezembro de 1938 Registo do movimento da po pulação Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia de Políeia Destacamento da Poliria Militar Cadeia Pública Superi ir 1537 kms2 Altitude 2m689 Latitude S 2 52 42 Longitude W Gr 41 40 12 População 1938 13129 habitantes Dittân cia da Capital em linha réta S75 kjts Distância da Capital por estradas carroçáveis 390 kms Vias de comunicações Estrada de Ferro Cen trai do Piauí estradis carroçáveis estradas reais navegação marítima é aérea Aeroporto Eprêsas diversas Correio criado em 1869 Tele grafo data ignorada Estação Fiscal Federal Coletoria Estação Fiscal Estadual Coletoria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1938 23055009 arrecadação municipal HISTÓRIA No ano de 1820 alguns pescadores para melhor poderem tirar pro veito de sua profissão fivararise no lugar onde fôra situada a vila da Amarração hoje cidade de Luiz Corrèin Sendo um pôrlo apropriado para desembarque na época da guerra dos Raláios que teve lugar nos anos de 1837 a 1840 serviu para ali se efeluar o das tropas que vinham combater os referidos revoltosos tendo o povoado tomado algum desenvolvimento o qual foi aumentando pelas municações com as outras províncias e com a cidade do Rio de Janeiro O território do povoado da Amarração pertencia ao Piauí porém os padres da cidade de Granja da então provincia do Ceará come çaram a fazer ali desobrigas praticando atos como batisados casamentos efe Em virtude disso os habitantes do lugar começaram a entreter suaa transações comerciais e pagar impostos na referida cidade de Granja até que a Assembleia Provincial Cearense em 1865 criou ali uma fregue sia cujos limites foram determinados pela lei cearense n 1360 de 1870 Em 5 de agosto de 1874 a lei da Assembléia Cearense n 1396 elevou à categoria de vila o povoado da Amarração que foi instalada em 23 de junho de 1879 pelo presidente da Camara Municipal de Granja de cujo território havia sido desmembrado O Piauí reconhecendo o esbulho que lhe fôra feito procurou reivin dicar Amarração o que conseguiu pelo Decreto Legislativo n 3012 de 22 de outubro de 1880 mas teve que cedêr ao Ceará dois importante municípios Independência e Príncipe Imperial Amarração sendo pôrlo de mar foi muito frequentada por vapo res embora de pequeno calado que tinham as seguintes procedências Pará 164 Maranhão Camocim Ceará e Pcrnarbuco e por navios de longo curso qae faziam a navegação para a Guiana Francesa e para a Inglaterra por isío torçou a vila uni grande desenvolvimento e estava muito florescente che gando a ter militas casas bem construídas As companhias de Navegação í rnambucaiia e Maranhense tinham ali sólidos e espaçosos armazéns coi trapiches onde atracavam os seus vapores Mas em 1888 começaram as dunas de areia a destruir as edificações existentes peio que os habitantes se viram forçados a abandonar a vila que ficou reduzida a poucas ass Depois ca fixação das dunas em 1912 foram feitas ali diversas cons truções visto como os proprietários não reeeiavam mais que a areia cs obri gassem a abandonar as suas casas A Amarração foi O primeiro município do Piauí que libertou todos os escravos existentes no seu território e no dia 29 de junho de 1886 o Comendador Joaquim Rodrigues da Costa libertou 14 escravos que possuía sendo por este ato condecorado com a Comenda de Cristo Pelo porto de Amarração faziase grande exportação de gado piauien se não só para o Estado tio Pará como também para a Guiana Francesa Em 13 de maio de 1922 foi inaugurada em Amarração a Estação da Estrada de Ferro Centrai do Piauí que a ligará aos outros municípios e A Capital do Estado Luis Correia pois será ponto terminal dessa Estrada quando terminada a sua construção Em 24 de junho de 1922 em artigo do Jornal do Comércio de Parnaíba o piauiense dr Armando Madeira tratando da inauguração da Estrada de Ferro dissera A via férrea já não é uma utopia O porto será fatalmente uma realidade Dêsse conjunto resultará a nova éra que os patriotas piauienses ardentemente almejam Porto aberto à navegação de longo curso recebendo em seu seio tranquilo os grandes transatlânticos e ligado pela artéria fluvial às cidades mais importantes do Estado ao mesmo tempo ponto terminal da Estrada de Ferro Central do Piauí esta pequenina vila de hoje tem diante de si o mais largo e belo camirho para ser um grande empório de comércio etc A 12 de agosto de 1922 o eminente Presidente da República Dr Epitácio Pessoa assinou decreto n 15603 mandando construir o porto piauiense de Amarração o que até o presente não teve execução Em 1931 pelo Decreto n 1279 de 26 de junho da administração estadual Landrí Sales Amarração perdeu a sua autonomia municipal ficando integrado no município de Parnaíba como distrito dêste em vir tude da nova organização dos mvtMCÍpios do Estado Em 1934 pelo Decreto n 1 546 de 26 de maio da referida admi nistração interventorial Amarração teve nova divisão policial Em 1935 pela Lei n 6 de 4 de setembro passou a denominarse Luiz Correia a então vila de Amarração em homenagem ao seu ilustre e grande filho Dr Luiz de Morais Correia notável tribuno e jurisconsulto emérito Em 1938 pelo DecretoLei n 107 de 26 de julho da administração estadualLeônidas Melo o exdistrito de ParnaíbaLuiz Correia foi eleva do à categoria de mnnicípio autónomo tomando em consideração o disposto no decreto federal n 522 de 28 de junho que prorrogou até 31 de dezem bro o prazo para entrar em vigôr o novo quadro territorial a que aludia o 1 do art 16 do decreto federal n 311 de 2 de março e ainda a neces sidade de corrigir nêssc particular a divisão territorial administrativa e ju 165 diciária do Estado constante do ar l do DecretoLei estadual n 52 le 9 de março pura melliri ajustála ao disposto no referido DecretoLei fede ral O mêsno DecretoLei n 10 determinou os limites lo novo município Ainda em 1938 pelo Decreto Estadual n 147 de 15 de dezembro la divisão territorial do Estado que vigorará sem alteração le I de ja neiro de 1939 a 31 de dezembro He 1943 o município He Luiz Correia recebeu novos limites municipais em que se baseia o quadro lcrritoriil administrativo e judiciário lo Estado Na mèsma Hat pelo DecretoLei estadual n 1 18 i nova cilalc de Luiz Correia leve delimitação Hos quadros las zonas urbana suburbana O quadro anexo n 1 lo citado Decrelolci n 147 dá Luiz Cor réia corvo termo judiciário da comarca de Parnaíba e sele município fue fôra instalada solenemente a 1 He janeiro le 1939 na fornia lo ritual proposto peo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro aprovado pelo Conselho ISacional de Geografia para celebração las solenidades cí vicas etc etc tudo conforme c sia da respectiva áta que recebera assi naturas das competentes autoridades inclusive a H primeiro PrefeitoTe nente Gumercindo Saraiva Ribeiro nomeado pela nterventoria Federal por áto le 9 dc dezembro de 1938 e as He Outras pesstas le destaque la nova cidade Luiz Correia já está em contácto com as praças de Parnaíba Pi racuruca e Periperi por meio da Estrada de Ferro Central do Piauí Con tudo não c bôa a situação Ha sede municipal sob diversos aspectos A influencia Ho movimento revolucionário He 1930 ai agora nada fez pela íocalfdade que dc dia para dia sofre os fritos le acentuada decadência Todavia apela se anra para mra melhor fase h sua vida em consequência de sua autonomia municipal e foros de cidade decorren tes dessa mesma autonomia O seu primeiro Prefeito iniciará naturalmente sem demora empreendimentos eon pativefc com as rendas municipais e que possam concorrer para o revantamento da sede municipal LIMITES O município de Luiz Correia limitase ao norte com o Oceano Atlântico da Barra tio lgarassú â do Timonha a léste com o Estado Ceará o sul e a oste com o município de Parnaíba OROGRAFIA O aspecto geral do município é plano lendo somente nos limites com o Ceará as serras Santa Rita e Cocai HIDROGRAFIA O São João da Praia que é o principal rio lambem denominado Vbaluba em virtude de nascer na serra cearense do mesmo nome corre entre êste município e o município cearense de Chaval servindo de limite entre o Piowí e o Ceará Desagua no Oceano juntamente com o Timonha formanHo a profunHa baía Ho mesmo nome O Camurupim nasce no município no lugar denominado Camurupini de Cima Percorre o município numa extensão He 48 quilómetros Vnles de chegar ao Atlântico forma a LagÔa de Santa Helena e ao desaguar forma a Barra Grande Portinho que é o aluai nome do antigo Punaré ou Igarasstt linha as suas nascentes na serra da Ibiapaba As dunas de arêia o soterraram quasi toialmente Hoje existe um rio de corrente de água rnsignificaute e que 166 somente nas épocas imernosas aumenta de volume Já não tem a sua anti ga nascente hoje é formado 110 msinieípio de Pnrnaíba A lagôa mais notável é a de Santa Helena forniarta peio Rio Ci miTupun O Lago He Santa Ana com a configuração de uni U recebe o tri buto de vários regatos e se comunica com o Oceano Fica entre os rios lliatúba e Camurupim e mede uma extensão de 6 quilómetros por uma largura aproximada de 500 metros Esse lago é grande produtor de saí tendo safras anuais O lago Sobradinho é o mais importante em volume dágua Bisla 18 quilómetros da cidade de Luiz Correia Tem cêrca de 20 quilómetros de extensão com uma largura variável Nêle se fazem abundantes colhei tas de peixe alem de ser um grande reservatório de sal Não tem comuni cação com o mar e o ponto mai próximo dêste fica a 5 ipailômelros CLIMA O clima é agradável devido à constante viração A temperatura mes mo na épa dos grandes calores não passa de 30 centígrados ESTAÇÕES Inverno e dezembro a maio l erão Ar junho a novembro FAUNA A fauna do município é a mesma de todo o Estado abundante e variada FLORA A flora de Luiz Correia dada a especial posição geográfica dêste é de organização diferente das dos outros municípios do Piauí Conta ma deira de costruçio em algumas matas do litoral Dispõe em abundância de mangue que alem da madeira para combustível dá casca taninosa para coríume de couros e peles e misteres outros Possue vastos e destacados carnaubais babaçnais tucunzais etc etc Planías medicinais também fazem parte da flora de Luiz Correia MINERAIS Segundo informações que merecem todo crédito o município de Luiz Correia possue ouro areia monazítiea e talco porém sem exploração AGRICULTURA Ha en Luiz Correia terrenos apropriados à cultura de cereais cana de açúcar café e algodão sendo este uma das partes mais interessadas aos agricultores INDUSTRIA E COMÉRCIO A maior indústria de Luiz Correia é incontestavelmente a extrativa com destaque do sal e da cera de carnaúba Compõemna também as bagas da mamona cuja produção está classificada em terceiro lugar na balança eccnômiea do município Quanto ao sal possue êste terras apro priadas para as salinas em grande quantidade Si essa indústria recebesse melhores cuidados em Luiz Correia o Piauí formaria ao lado do Rio Crande do Norte e outros grandes produtores de sal Cálculos estatísticos 167 dmonstram irrefutavelmente que na peior das hipóteses a Unas de Luiz Correia com regular funcionamento e cnidadoso aproveitamento poderão produzir 100000 toneladas de sal por safra O comércio de Luiz Corêêia não é bom eoaio devia ser pela sua localização beneficiada pela Estrada de Ferro Central do Piauí Aeroporto Forio Marítimo embora imperfeito Estradas Carroçáveis ele porque organização da cidade está em franca acentuada decadência Cajueiro porém é o importante povoado de Luiz Çorrôia lalhadc para o seu pòrto marítimo dando o animador movimento comercial lichtavcl do município E o povoado por etícelencia cia zona Ali a foz do Timonha abrese em amplo estuário de um quilómetro com profundidade suficiente para dar entrada a todos os navios que atualmcntc escalam em Tutóia do Maranhão As companhias co upradôras de sal do Rio fretam cargueiros que vão àquele pôrh sobe o rio alguns quilómetros até a Iiha do Lama enchem os porões de sal c sáem barra a fora rumo sul sem auxilio de praticarem E êsie o pensar dos técnicos e dos escritores Aeresce que a lei n 1190 de 17 de julho de 1928 do Goyçrno do Estaco Dr João de Deu Pires Leal já autorizava o Governador do Etado a adquirir por compra ou mediante desapropriação por utiii al pública na forma das leis vigentes os terreno marginais do rio i boteoa po lerritorie piauieí se compreendidos na data Santana do município li Amarração onde for conveniente para a localização de um porto marítimo aceesírivd á navegação costeira PECUÁRIA A pecuária de Luiz Correia é pequena e obedece ainda a rotineiro método Poucos são os reprodutores de raça selecionada incorporada aos rebanhos PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Estão assentadas na indústria èxtrativa na agricultura porque ia lavoura depende bastante a vida económica do município dando a sua pro dução de cereais para o consumo interno e ainda para a retirada em grande quantidade principalmente de arroz farinha e feijão para o mu nicípio de Parnaíba e o Estado do Ceará bem como de algodão que já re gista animadora produção e na pecuárir que aem de gado vivo fornece couros e peles para exportação ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público um na sede municipal Limpeza pública vias urbanas Instrução uma Escola Agrupada e uma particular na sede municipal e quatro Escolas Nucleares e uma particular no interior do mu nicípio Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templos existem 8 templos no município Festividades religiosas as principais são a de Nossa Senhora da Conceição e a de Bom Jesus dos Navegante Cemitérios uni na sede municipal um no povoado Jabotí e outro no povoado Scbradinho alem dos em aberto existentes em diversos lugares do município iluminação pública urbana a querosene Turismo uma pensão na sede do município MONOGRAFIA N 46 DE PÔRTO SEGURO ANEXA ÀS DE 1937 Ano de 1939 Cutegoria da sede Citade DecretoLei n 147 de 15 de dezem bro de 1938 Divhão judiciária Têrmo da comarca de Floriano D 168 tretoLei n 147 de 15 de dezembro ds 1938 Registo do movimento tlj população Registo Civil Organizações policiais e prisões Delegacia íe Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 2772 kms2 População 1938 6597 habitantes Vias de comunicação estradas reais navegação fluvial Correio criado a 13 de setembro de 1929 e instalado a 19 de novembro de 1930 Estação Fiscal Estadual Coleloria Estação Fiscal Municipal Prefeitura 1938 16105000 arrecadação municipal HISTORIA Porto Seguro que se impusera com os seus próprios recursos com suas possibilidades de crescente organização começa a história de sua vida administrativa cem a seguinte iei estai uai do govêrno dr Pires Lea ii n 1251 promulgada em 11 de julho de 1929 Eleva à categoria de vila e município com a denominação de Pôrio Seguro a povoação do mesmo nome à margem direita do rio Parnaíba o distrito de jerumenha comarca de Floriano O dr João t e Deus Pires Leal Governador do Estado do Piauí ele Faço saber a todos os seus habitantes que a Câmara Legislativa de rreia e eu promulgo a seguiníe iei Ari 1 Fica elevado à categoria de vila e município constituindo um distrito judiciário com a mesma denominação a povoação de Pôrto Seguro à margem direita do rio Parnaíba do distrito de Jerumenha co marca de Floriao satisfeitas as formalidades do art 6 ns 1 2 e 3 da lei n 522 de 30 t e junho de 1909 e art 1 da lei n 598 de 19 de junho del911 Art 2 Os limites do novo município serão ao sul com o muni cípio de Urussuí peles antigos Emites dísíc com o município de Jerumenha ribeirão Cataporas dà foz no Paraíba às cabeceiras ficando a mar gem esquerda pertencente a Urussuí e a direita ao novo município a oeste e um pouco ao norte atendendo a uma grande carva co rio com o Es tado do Maranhão pelo Parnaíba defrontando com um trecho ao norte do município de Patos todo o município de NovaYork e um trecho ao sul do município de Benedito Leite todos maranhenses parte to norte e lodo o leste com o município de Jerumenha pelos seguintes limites natu rais compreendendo as sesmarias banhadas pelo ribeirões limítrofes ri beira Prata da foz no Parnaíba até receber à esquerda o ribeirão Car doso subi í rio por este até suas nascentes no povoado Tinguís sesmaria Serra inclusive to ribeirão Barra subindo o baixão do Morcego até al cançar a cabeceira do Urucú e daí em linha réta às nascentes do Catapora no sul limites com Urussuí Art 3 E ercado no novo município um tabelionato do público judicial e notas escrivão do crime civil orfiios e mais anexes Art 4 O Governador do Estado marcará o dia para a instalação do sovo município preenchidas as exigências legais Art 5 O trêeho judicial de Pôrto Seguro é anexa à comarca cie l FUSSUÍ 169 Arl 6 Revogamse as dispoçpes em contrário Publiquese e cumprase como lei do Estado O Secretário de Estado do Governo assim o faça executar Palácio do Governo do Estado lo Piauí em Teresina 11 de Julli de 1929 41 da Republica L do S JOÃO DE DEUS PIRES LEAL José Pires de Carvalho Pôrto Seguro tivera a sua vila instalada pelo juiz de direito da v marca de Urussuí Br Albino Lopes a 23 de agosto de 1929 A áta dei solenidade está assinada por todas as auíoridar es locais e inúmeras pessc do muncípío e está publicada no órgão oficial dos poderes do Estado O Piauí n 236 de 22 de outubro do mesmo ano de 1929 Em 1931 pelo Decreto Estatual n 1279 de 26 de juho da ad ministração Landrí Sales Perto Seguro perdeu a sua autonomia municipal ficando integrado no município de Jerumenha em virtude da nova organi zação dada aos municípios do Estado Em 1934 pelo Decreto Estadual n 1541 de 18 de maio da re ferira administração Pório Seguro íève nova divisão polcial Em 1938 pelo DecretoLei 1C7 de 26 de julho da aluai adminis tração estadu 1 Leiniãas McIo o ítiunVpo de Pôrto Sfiguro conseguiu autcnoma qae havia perdido em benefício de Jerumenha em I9il Essa nova autonomia tua e a subsequente categoria de cidade para a sede mu nicipal vieram em consequência do ecretolei n 147 de 15 de dezembro de 1938 em combinação com a lei geral n 311 de 2 de março do mesmo ano do governo federal para snr irregularidades na divisão administra tiva e judiciária do Estado Daí surgiram novos limites para Pôrto Seguro Na mesma data outro í ecretolei estadual de n 148 delimitou o re pectivos quadros das zonas urbana e suburbana da nova cidade que foi solenemente instalada juntamente cem o município a 1 de janeiro de 1939 obedecendo rigorosamente o ritual de autoria do Instituto Histórica í Geográfico Brasileiro e aprovado pelo Conselho Nacional de Geografia conforme tuc o consta da respectiva ata firmada pelas autoridades compe tentes e pessoas gradas da cidade As solenidades fôram levadas a efeito no edifício da Prefeitura Municipal sob a presidência do cidadão Leove giido Moreira Mousinho juiz substituto do têrmo sento o seu primeiro Prefeito depois dessa nova organização o Sr Elísio Moreira Mousinho s orneado a 9 de dezembro de 1938 por ato do Sr Interventor Federal LIMITES Pela divisão territorial do Estado do Decreto Estadual n 147 tfc 15 de dezembro de 1938 Pôrto Seguro tem atualmente os seguintes limi tes ao norte com o Estado do Maranhão servindo de linha divisória o ri Paranaíba a leste com o município de Jerumenha ao sul com de A parècita a oeste com o Estado do Maranhão servindo de linha divisória o rio Parnaíba OROGRAFIA Pôrto Seguro tem no seu território como principais postos orográ ficos os morros Pelado Talhado Morrão Falso Redondo Canabrava c Bcavisla alem das serras Vrucú e Tinguís 170 HIDROGRAFIA O município ó bunhado pelo rio Parnaíba desde a fóz do Catcporis até a fazenda Santo Artônio extrema de Jerumenha e pelo ribeirão Vataporas que serve de extrema com o 1rucú E atravessado de sul a norte pelo ribeirão Prata Os principais riachos são Engano Cardoso Urucú Inhuma Gibóia Picada que atravessa a eidnde São riachos de pequena monta Bois Ve redas Smto António Caldeirão Capoero Chica Mandacaru Senta Cruz Rodeador Comprido Almas c Tinguís As Lgôas de destaque têm etes nomes Grande Amaras Barrccas jucurutu AprOsslveL Agua Dôce Smlinus Buriti Banha Canahrara Serra inhuma Coité e des Cavalos Os açudes mais importantes são Tinguís Santa Rosa e Taboleirão CLIMA A temperatura da cidade é sempre agradável te par com regular sclubi idade Assim o clima é por demais satisfatório ESTAÇÕES Como acontece ordinariamente no sul do Estado o inverno começa em outubro ou novembro prolongandse até máio Fica subentendido qu o verão tpoca seca tem os seus primeiros dias em junho indo até setembro quao muito a outubro FAUNA E bem desenvolvida a faúna de Porto Seguro a qual regista todos o animais silvestres próprios do Piauí As aves também são encontradas em abundância inclusive as domésticas criar ás para o consumo loca FLORA Como a de Jerumenha é uma das anais ricas do Estado a flora de Pôrlo Seguro representada por maias caatingas brejos cocais e campos sobretudo campos E grande o cadastro de árvores fornecedoras de madei ras ce lei Contamse também ás palmeiras carnaúba babaçu tucum eo Iixiste aída uma grande variedade de plantas medicinais MINERAIS Nada ha de positivo quanto à existência de minerais preciosos no município Falase na existência de salitre tabatinga ete AGRICULTURA Pela uberdade do terreno facilmente se avalia as proporções d agricultura de Pôrto Seguro O município como já foi cescrito na parti de hidrografia é cortado por inúmeros riachos açudes e lagoas sem se falar no eaudaioso rio Parnaíba O município precisa entretanto de me lhores mêios para desenvolvimento de sua agricultura cemo bem apare lhagem mecânica melhor via de transporte etc E isso ha de vir sem de mora dada a recentíssima autonomia e a elevação da see à categoria de cidade 171 INDÚSTRIA E COMÉRCIO A indústria e o comércio de Porto Seguro estão com ajriultura na dependência das providências que se impõem agora mm a no a feição dda ao município peia D visa Territorial de 1938 O município está ralhado a Kran e desenvolvimento progres u que certamente serão apoiados em toda a linha pelos respectivos habita IdS e D melhor de hoa vontade governo niunicipil PECUÁRIA O município é rico em fazendas de criação de gados comuns dispõe excelentes forragens PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Ainda não podem ser definidas positivamente as principais fontes económicas de Pôrto Seguro O novos poderes de autonomia dêste são recentes de maneira que nada esclarecem com segurança nos dias presentes ASSUNTOS DIVERSOS Pôrto Seguro regista com a modéstia de uma cidade que se inicia Mercado púhlico Estabelecimentos de ensino primário 1 Escola Singular na sede e 1 Escola Nuclear no povoado Pôrto Alegre Templos Católicos na sede Cemitério Pensão Iluminação a querosene ele e como assis tência a enfermos Farmácia etc MONOGRAFIA N 47 DE RIBEIRO GONÇALVES ANEXA vS DE 1937 Ano de 1939 Categoria da sede Cidade DecretoIci n 147 de 15 de dezem bro de 1938 Divisão judiciária Termo da comarca de Crussuí Decreto Lei n 147 de 15 de dezembro de 1938 Organizações policiais e prisões Delegacia de Polícia Destacamento da Polícia Militar Cadeia Pública Superfície 14878 kms2 População 1938 5116 habitante Dis tância da Capita em linha réta 382 ktns Vias de comunicação o tradas reais e navegação fluvial Correio via Crussuí Estação Fiscal Es tadual Coletoria Estação Fisco Municipal Prefeitura 1938 17942000 arrecadação municipal HISTÓRIA O seguinte Decreto da Interventoria Federal no Estado rala acima de qualquer outro dado histórico da vida administrativa de Ribeiro Gonçal ves outrora povoado Remanso do município de TJrussX Decreto n 1556 de 20 de Junho de 1934 Eleva à categoria de vila com o nome de Ribeiro Gonçalves o povoado Remanso do município de Crussuí O Interventor Federal no Estado do Piauí no USO de nas atribuições legais Considerando que em petição firmada por mais de uma centena de seus componentes a população de Remanso do município de l ri suí solieiri que seja elevada à categoria de vila a referida localidade 172 Considerando que demonstram os peticionários serem prósperas as condições de existência do povoado elo desenvolvimento aeentuado do seu comercio e lavora Considerando que essa prosperidade ainda se comprova com a valiosa contribuição do mesmo povoado para o erário municipal na arrecadação das rendas respectivas Considerando assim que sendo de atender a solicitação dos habi lantes de Remanso necessáro se faz e por mando da justiça que lhe dê um outro nome escolhido dentre os piauienses ilustres c de real valor a cuja memória se deva prestar homenagem de admiração e respeito Considerando que em o número desses piauienses se acha o dr Antônio Ribeiro Gonçalves médico notável e cidadão de inatacável probi dade falecido quando com eficiência e brilho representava o Estado ha amara dos Deputado da República Considerando e por último que o nome do aludido corresponde e satisfaz aos manifestados desejos dos moradores de Remanso DECRETA Art 3 Fica elevado à categoria de vila com o nome de Ri beiro Gonçalves o povoado Remanso que passará a constituir dis trito municipal de Urussuí Art 2 O território do novo distrito limitarseá com a vila de Urussuí por ama linha rcta ligando a morada Floresta à margem do Par naíba à afluência do Riachão dos Paulos no ro Urussuí Prro com o município de Bom Jesús do Gurguéia pelo citado Riachão dos Paulos do ponto de sua afluência com o I russuí Preto às suas nascentes e desta parte por uma linha réta até a afluência do Cambaúba com o Riozinho com o município de Santa Filomena pelo Riozinho até a sua afluência no Par naíba e com o Esado do Maranhão pelo rio Parnaíba da embocadura do Riozinho à morada Floresta Art 3 Fica designado o dia 13 de Julho do corrente ano para a instalação da nova vila Art 4 Revogamse as disposições em contrário O Secretário Geral do Estado assim o faça executar Palácio do Govêrno do Estado do Piauí em Teresina 20 de Junho de 1934 46 da República L do S LANDRl SALES GONÇALVES Dr Loônidas de Castro Melo Ribeiro Gonçalves pela sua bem regular superfície e grandes possi bilidades para o máximo de desenvolvimento em todos os setôres adquiriu autonomia municipal tendo a sua sede categoria de cidade em virtude Decreto n 147 de 15 de dezembro de 1938 Essa medida teve em vista também corrigir certas falhas para o melhor cumprimento da lei geral n 311 de 2 de março do citado ano de 1933 do Govêrno Federal na parte concernente à divisão territorial admi nistrativa e judiciária do Estado tendo disso como era natural surgido novos limites para Ribeiro Gonçalves Pelo Decreto n 148 de iguais dia mês e ano ainda da Intervcn toria Federal no Estado Leônidas Melo ficou perfeitamente delimitado o respectivo quadro das zenas urbana e suburbana da nova cidade que sur dia sob os melhores auspícios F foi assim que a 1 de janeiro de 1939 173 recebeu solene instalação no Dia do Município obedecendo rigorosamente ao ritual organizado pelo Instituto Histórico e Geográfico Bratileiro sob aprovação do Conselho Nacional de Geografia ficando dessa maneira re gistado na história pátria para conhecimento de todos os brasileiros per pttua lembrança rias gerações vindouras essa parcela le civismo que cm Ribeiro Gonçalves no extremo sul lo Piauí também aparecera em honra ao Brasil uio e indivisível Dessas expressivas solenidades realizadas no edifício do Paço Mu nicipal sob a presidência do Sr Cícero Coelho Prefeito de Uràssut lia íórma da lei foi lavrada a competente áta com remessa de cópia desta ao Diretúrio Regional de Geografia do Piauí na Capital do Estado para devidos fins O primeiro Prefeito Munieipal de Ribeiro Gonçalves depois rii nova organização foi o Sr Crisanto Di Pinheiro nomeado por úto de 25 de dezembro de 1938 do sr Interventor Federal no Estado LIMITES O município de Ribeiro Gonçalves limitase ao norte com o Es tado do Maranhão e com o município de Urussuí a íéste com o município de Bom Jesus ao sul com os de Bom Jesus e Santa Filomena a oéste com o Estado do Maranhão OROCRAFIA No município não existerf serras e morros que possam ser distin guidos coi facilidade através dos seus nomes São portanto êsses acidentes orográficos Sem sranrie importância HIDROGRAFIA Os riachos e ribeirões ais importantes existentes no teritório de Ribeiro Goncalves são Volta Caleota Estilha Jacú São Felix Sobralinho Poços Caldeirão Água Branca Altamira e muitos outros de menor des taque O rio rienominadc Riozinho é que separa o município de Santa Filo H ena sendo por isto o número mais importante da hidrografia de Ribeiro Gonçalves CLIMA O clima do município de Ribeiro Gonçalves é excelente em face na abundante quanírEade de riachos e ribeirões existentes no seu território São palavras do questionário estilístico levantado no próprio município que coleiou dados para esta sua história ESTAÇÕES Ribeiro Gonçalves segue a mesma ordem metereológica dos diversos municípios rio sul rio Estado O inverno estação chuvosa começa ordinari amente em outubro indo até maio para entrar o verão estação sêca de junho a setembro Ribeiro Gonçalves pela fertilidade de suas terras ão é muito sujeito às consequências f a seca FAUNA A fauna do município de Ribeiro Gonçalves como em geral se ve rifica ei todo o território do Piauí é riquíssima sob qualquer aspecto quer ei animais aves pássaros ele 174 FLORA Ha 011 abundância árvores que fornecem madeira e lei bem como toda a sorte de palmeiras sendo em pequena escala a carnaubeira plantas medicinais e as de frutos silvestres e cultivados MINERAIS A falia de exploração metódica e aperfeiçoada nada pórle ser asse gurado quanto à existência de minerais num município le recente autono mia AGRICULTURA Ribeiro Gonçalves como já foi descrito dispõe de terras fert dissintas apropriadas portanto à agricultura em gerai inemsive á da cana de acu rar ra seu desenvolvimento na atualidade não pôde tomar grande in cremento porque lhe falta transporte em absoluto e no dizer do engenheiro L M Ribeiro Gonçalves Onde não ha transporte fácil é trabalho dis perdiçado canseira que não géra recompensa A adversidade de situações geográficas estabelecendo géneros pe culiares a cada região narea a cooperação indispensável com que os povos estreitamente se vinculam A terra é a fonte p vi vordial da riqueza mas são as vias de comunicação o mêio de transformála na imprescindível unidade de permuta com que são adquiridos proventos outros dc que ca recemos e não obtemos diretamente no lugar que habitamos E em virtu de de atívo intercâmbio entre as várias partes do glôbo que a vida humana se equilibra 110 que reclama assim intelectual como materialmente Mais adiante diz o ilustre piauiense Esforço isolado é esforço vão Aspe eos do Problema Económico Piauiense E é por tudo isso que a nossa administração municipal emprega o máximo de esforço com auxílio da estadual para a exemplo dos demais municípios proceder quanto antes a sua ramificação de estradas carroçáveis em procura do traçado do sul do Eslado em franco e proveitoso contacto com a Capital oor conseguinte com a região norte do Estado INDÚSTRIA E COMÉRCIO Com as medidas que forem tomadas e postas em prática para o de sinvolvhnento ta agricultura crescerão naturalmente as possibilidades e o desenvolvimento da indústria e do comércio que na época da localidade co mo distrito de Irussuí já eram animadores PECUÁRIA A pecuária do município é de primeira ordem precisando todavia de aquisição de gado bovino de raça selecionada para com o auxílio dos férteis terrenos melhorar o tipo crioulo predominante cm todo o Piauí PRINCIPAIS FONTES ECONÓMICAS Atualmente a principal fonte económica do novo município é in discutivelmente a pecuária porque os seus produtos são os mais accessíveis aos meios de transporte existentes ASSUNTOS DIVERSOS Mercado público na sede Instrução 1 Escola Singular na sede Religião predomina a Católica Apostólica Romana Templo Cató lico na sede Cemitérios na sede e diversos em aberto em alguns lu gares do interior do município Turismo pequena pensão de hospeda gem Assistência a enfermos a farmácia ANEXO N 1 AO DIVISÃO TERRITORIAL j m CIRCUNSCRIÇÕES EXCLUSIVAMENTE JUDICIAR ACOMARCAS BTERMOS 1 i i 1 dj NOME f u NOME l 61 1 Amarante 2 1 Belém 3 Regeneração 2 j Barras j 4 1 Barras 5 Bôa Esperança 6 1 PortoAlegre 3 Bom Jesus 1 7 1 Bom Jesus 8 Gilbués 4 CampoMaior 9 1 CmpoMaior 10 1 AltoLongá 5 Castelo 1 11 Castelo 12 São Miguel do Tapi 6 Corrente 13 C 14 1 Parnaguá 7 1 Floriano j 15 Floriano 16 1 Jerumenha 17 1 Porto Seguro 8 1 Jaicós 1 18 1 Jaicós 19 1 Paulista 9 Miguel Alves 20 1 Miguel Alves 21 j João Pessoa 10 Oeiras 1 22 1 Oeiras 23 1 Simplicio Mendes 1 1 1 Parnaíba í 1 24 Parnaíba 25 I Buriti dos Lopes 26 1 Luiz Correia i 12 i Pedro II 27 Pedro II 1 1 r 13 1 Periperí 28 1 Periperí 1 1 14 1 Picos 1 1 29 1 Picos 30 1 Patrocínio 31 i Socorro 1 15 1 Piracuruca l f 1 32 Piracuruca 33 1 Batalha 16 1 Santa Filomena 1 34 1 Santa Filomena 1 17 1 São João do Piauí 35 1 São João do Piauí 36 1 Canto do Buriti 18 1 São Raimundo Nonato 37 1 São Raimundo Non 19 Teresina 1 3 1 Teresina 39 Altos 40 São Benedito 41 1 São Pedro I 20 União 42 1 União 43 1 Tosé de Freitas I 21 Urussuí 1 1 44 Urussuí 46 1 Ribeiro Gonçalves 22 Valença 47 Valença NOTA COMARCAS 22 TERMOS 47 PERIPERÍ é a comarca mais recente ten Os novos municipios de LUIZ CORREIA JERUMENHA e URUSSUÍ cada um co O termo de Caracol foi transferido para ANEXO N 1 AO DECRETOLEI N M7 DE 15 DE DEZEMBRO DE 1938 RRTTORIAL ADMINISTRATIVA K JI DICIARIA DO ESTADO DO PIAU PARA O QUINQl ENIO DE 1939 1943 CALCULO DA SUPERFÍCIE dos municípios do Piauí pela nova Di visão Territorial 1938 e Mapa do Estado POPULAÇÃO distribuí da pelos municípios de acordo com o total da nova estimativa ela barada pela Diretoria de Estatística Geral do Ministério d Jusriça 1938 e oferecida pelo I B G E e novas CATEGORIAS das sédes em 1938 Alto Longá Altos Amarante Aparecida Batalha Belém Bõa Esperança Bom Jesus Buriti dos Lopes Campo Maior Canto do Buriti Castelo Corrente Floriano Gilbués Jaicós Jerumenha João Pessoa José de Freitas Luiz Correia Miguel Alves Oeiras aguá Par íba Patrocinio Paulista Pedro II Picos Piracuruca Porto Alegre Porto Seguro Regeneração Ribeiro Gonçalves Santa Filomena São Benedito São João do Piauí São Miguel do Tapuio São Pedro São Raimundo Nonato Simplício Mendes Sccôrro TERESINA capital União Urussuí Valença 2550 2210 3 147 6310 2988 1816 1550 1288 17280 2400 3988 9972 6880 6702 7230 10665 4990 7040 1 147 1386 1537 1710 9222 7212 1760 1730 9689 3662 1 633 5 180 6678 1717 2772 2050 14878 9578 1498 9700 4305 2134 17098 84 5 n or 50 7 362 1 Categoria da séde municipal Decretolei estadual n 147 de 1512 33 2 Superfície admitida para cômputo da superfície total do Estado 3 População estimada para 1938 fornecida pelo I B G E TRADUÇÃO de nomes indígenas que se prendem à toponímia do Estado do Piauí Denominação de Esta Caracterização do e Municípios geográfica NOME TRADUÇÃO Piauí Estado Piam Rio dos piaus Alto Lon á fazenda apera Altos fazenda grSO j fazlnda azen a Carnaúba arnau Da cascu o c eio e asperezas povoa o Qivara nova queima do mato seco da roça fazenda aiçar cerca o tnnc era rio amorugipe galho apreensor Amarante raaran e no Canmde arara de azul retinto e amarelo no Jacaré aquele que é sumoso aquele que olha de banda pareci a povoado rapua o mel levantado ou abelheira er guida assentada no alto agoa Itans conchas grandes Barras aquan cana pequena arataoan madeira petrificada nac o ninga rede fazenda Capões matos crescidos e isolados no azend a ocaia campo espera da caça Batalha fazenda Macambira molho cheio de espinhos nacho Exu abelha negra e em cachoeira Araça nacho Coroata planta espinhosa oa sperança fazenda a oca tronco oco riacho 3 Ipueira águretirad 61 1 10 hUm d Tapuio cachoeira Urubu ave negra Bom Jesus fazenda Pará rio volumoso caudal fazenda Sapé vêr caminho alumiar fazenda Buriti árvore que emite líquido a pal meira Mauritiae vinifera fazenda Tambúril tronco que faz manar Gumifern leguminosa Anajá palmeira Maximiliana reia Buriti dos Lopes fazenda resinento grudento Mnupigia cea Byrsonima rio e fazenda Pirangí rio vermelho rio e fazenda Anapurú lugar fértil Campo Maior Genipapo fruto das extremidades que dá suco rio Surubim animal azulado Canto do Buriti Castelo fazenda Tatajuba fogo amarelo fazenda Imburana imbú falso povoado Oiticica oiti resinoso rio Capivara comedor de capim 1 76 Denominação de Esta do e Municípios Caracterização geográfica NOME Floriano Gilbués Jaicós Jerumenha fazenda fazenda fa venda serra lagôa fazenda rio ribeirão ribeirão Paraim Geti Pindaíba Jatobá Caraíba Puçá Surra Tabatinga Calumbí Jacú Itaím Tinguís Urucú ribeirão ribeirão morro Catapóra Sucuriú Sanharó morro riacho Catumbi Jurema José de Freitas lagôa ízírJ 5 Traíra Maracajá riacho Luiz Correia fazenda rio fazenda lagôa povoado fazenda fazenda povoado riacho fazenda Mutucas Camurupir Camucí Ubatuba Maracujá Patís Coité Cupins Piranhas Pincloba Parnaguá Parnaíba povoado fazenda lagôa município fazenda afiôa fazenda cidade rio fazenda fazenda serra Ipiranga Tucano Oiti Parnaguá Ibiraba Igaraçú Catandubas Parnaíba Capimassú Capiberibe Araiipe cha pada do Paulista Pedro II fazenda fazenda olho dágua município fazenda Pajeú Muquém Quatís Catinga Pirapóra Periperi Piquí fazenda fazenda Mandacaru Paouetá TRADUÇÃO rio pequeno enterrada batata vara de anzol fruto do iataí sagrado santo sábio rêde de pescar água de sururu barro branco folha azulada esperto desconfiado pedra pequena espumas enfados enjoos o vermelhão a planta que o produz fogo interno febre eruptíva a sucurí amarela bicho branco animal agitado nome de uma abelha pieta ao pé do monte à beira da mata espinheiro suculento árvore do sertão o que bamboleia ou se contorce o chocalheiro gato bravo do matoFelis pardalis Neuw bolo tenro punhado de cisas pungente peixe conhecido vaso dágua sítio das frutas fruto do maraú vasilha verdadeira formigas brancas os que cortam peles a folha de anzol aquela cujo talo serve para vaia de anzol água vermelha bico exagerado massa apertada árvore de caule peludo canoa grande local do mato ralo rio de muita água capim grande no rio das capivaras por sobre o mundo o feiticeiro come assar na labareda os que são riscados matos brancos morada do peixe junco continuado juncal casca áspera Caryocar Brasili enses St Hil mólho cheio de espinhos as pacas o caraná duro 177 Denominação de Esta do e Municípios Caracterização geográfica NOME T R A D U Ç município fazenda fazem lagoa lagoa fazenda serra e Piracuruca Jaoarei Jaburu Tiicum Jabcti Taiá Caraúba Sussuapara Mutura Sambaiba Caboclos Toca Urucú Gibóia peixe roncador ou guelrn peixe rio do Jacaré o que está chêio espinho alongado aquele que não bebe barreiro pasto veado galhciro pele negra árvore de corda procedentes do mato esconderijo abrigo cofo grande abalha de côr av melhada cobra de rãs o ofídio que alimenta de rãs lagòa Jacurutú coruja grande Regeneração serra Grajaú eu como batata Ribeiro Gonçalves fazenda Baaba fruta oleaginosa Pindaíba vara de anzol Sussuarana o que se assemelha ao veado Santa Filomena fazenda e riacho Tagí braço de rio Taguarassú cana grande São Benedito Sambito rochedos ásperos São João do Piauí Itacoatiara pedra pintada pedra escrita São Miguel do Tapuio serra Ibiapaba estância da terra alta terren descoberto São Pedro São Raimundo Nonato fazenda Tamanduá o caçador de formigas Simplício Mendes Socorro Teresina fazenda Caitetú dente ponteagudo aguçado União morro Peba Urussuí município Urussuí rio das abelhas uruçús fazenda Sucupira esfregada alisada fazenda amarrilho atadura Valença povoado palàmede ave comuto O G R A F I A O Tupi na Geografia Nacional Teodoro Sampaio Onomástica Geral da Geo grafia Brasileira Bernardino José de Sousa Glossaria Linguarum Brasilitínsium von Martius Dicionário Contemporâneo da Lingua Portuguesa Caldas Aulete Pequeno Dicionário Brasileiro da Lingua Portuguesa organizado por um grupo de filólogos edi ção da Civilização Brasileira Dicionário Pratico Ilustrado Jaime de Séguicf Nomes científicos das principais plantas úteis Piauí e das exóticas cultivadas ABACATEIRO Persea gratíssima ABACAXI Ananás salivas ABÓBORA Cucumis pepo AÇAFRÃO Crocus sativus ALFACE Lactua sativa ALGODOEIRO Gossypium herbaceum ALHO Alium sativum AMENDOIM Arachis hypogaea ANGICO Piptadenia colubrina AROEIRA Astronium oruudeuva ARROZ Oryza sativa BABAÇU Orbignia speciosa BACURIZEIRO Plantonia insignis BACUPARIZEIRO Salacia campestris BANANEIRA Musa paradisíaca BARBATIMÃO Slryphnodeiidroii barbatimai BATATA Sola num tuberosum BRINGELA Solanum melongena BURITIZEIRO Mauritia vinifera CAJAZEIRA Spondias lutea CAJUEIRO Anacardium occidentale CANA DE AÇÚCAR Saccharum officinaruin CARAMBOLEIRA Averrhoa carambola CARNAUBEIRA Copernicia cerifera CAROÁ ou GRAVATA de GANCHO Bromelia karatas CEBOLA Alium cepa CEDRO Cabralea laevis COENTRO Coriandrum sativum CONDESSA Anona muricata DIAMBA Cannabis sativa FEIJÃO Phaseolus vulgaris FIGUEIRA Ficus carica FRUTA PÃO Artocarpus incisa FUMO Nicotiana tabacum GENIPAPEIRO Genipa americana GERGELIM Sosamum indicum GOIABEIRA Psidium goayava GONÇALOALVES Astronium fraxinifolium IMBUZEIRO Spondias tuberosa JABORANDÍ Pilocarpus pemiatifolius JACARANDÁ Dalbcrgia nigra JALAPA Dipladenia gentianoides JAQUEIRA Artocarpus integrifolia 180 JATOBÁ Hymcnaea curbaril JUAZEIRO Phyaalis angulata JUREMA Acácia jurema LARANJEIRA Espécies Citrus hystrix Citrus au rantium e Citrus medica MACAUBA Acrocomia sclerocarpa MAMONA Ricinus communis MAMOEIRO Carica papava MANDIOCA Manihot utilíssima MANGUE Rhizophora magle MANGUEIRA Mangifera indica MANIÇOBA Hevea brasiliensis MARACUJAZEIRO Espécies Passiflora lauri folia Pass edulis Pass quadrangularis Pass alata e Passiflora macrocarpa MASSARANDUBA Mimosops elata MASTRUÇO Chenopodium ambrosioides MAXIXE Cucumis anguria MELANCIA Citrullus vulgaris MELÃO Cucumis melo MILHO Zea mais MURICÍ Maupigiacea byrsonima OITICICA Licania rigida OITIZEIRO Moquilea tomentosa PACOPACO Wissadula spicata PAU ROXO Peltogyne densiflora PEPINO Cucumis sativa PEROBA Aspidosperma dasyoarpon PIAÇABA Attalea funifera PIMENTÃO Capsicum annum PINHA ou ATA Anona squamosa PINHEIRO Araucária brasiliana PIQUIZEIRO Caryocar brasiliensis QUIABO Abelmoschus esculentus SAPOTIZEIRO Achras sapota SAPUCAIA Lecythis grandiflora TAMARINDEIRO Tamarindus indica TAMBURIL Gumifera leguminosa TOMATE Solanum lycopersicum TUCUM Bactris setosa URUCÚ Bixa orellana BIBLIOGRAFIA Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas M Pio Correia Manual das Famílias Naturais Fanerogamas Alberto Lòfgreii Brasil 1936 Ministério das Relações Exteriores Brasil Atual Departamento Nacional de Comércio 1931 Recenseamento do Brasil 1920 Introdução vol I ERRATA Não damos a conhecida e comum errata lista dos erros de impressão cometidos neste livro com i iiulii ção das respectivas emendas porque êles são de pouca importân cia e decerto serão corrigidos imediatamente pelos espíritos es clarecidos TOPOGRAPHYSurfaces or planes which touch a crystal at one point are called tangent planes A plane which touches a curved surface may do so in one or more points when it touches only one point it is a tangent plane The position of a plane aroimd a fixed axis may be given by the angle between the plane and a fixed reference plane for instance when the great circle passes through Sau at 40 longitude the angle between the plane and this great circle may be called the longitude of the plane If the point of contact is on a given meridian its latitude may be called the latitude of the plane These two coordinates latitude and longitude serve to measure the orientation of any plane with respect to the reference system fixed by the principal axis and the equator M F A 2 E Ú A DANRAGB 112 0 8 cgi ifívc ínrVra o PCRY U473 Este livro deve ser devolvido na ultima data carimbada Biblioteca do Ministério da Fazenda 690148 918122 P583 Piaui estado Departamento de estatis AUTORticã e publicidade Monografias estatisticodescritivas TiTULOnunicipais 1939 Êsta livro dava ser devolvido na última data carimbada 1 Identifique a ordem das apresentações dos municípios do estado do Piauí há elementos que se repetem A análise da ordem das apresentações dos municípios do estado do Piauí no documento revela que os municípios são apresentados em ordem alfabética conforme indicado no índice e nas monografias individuais Essa abordagem permite uma estrutura clara e facilita a localização de informações sobre cada município Sobre elementos repetidos além da ordem alfabética características semelhantes aparecem em vários municípios como informações sobre Geografia hidrografia orografia Economia local frequentemente focada em produtos como cera de carnaúba babaçu e criação de gado Clima e estações do ano com padrões semelhantes em várias regiões Fontes econômicas e atividades agrícolas e pecuárias que compartilham muitas similaridades entre os municípios piauienses conforme destacado nas monografias 2 Descreva as características apresentadas ao longo da publicação Ao longo da publicação analisada diversas características são descritas para os municípios do estado do Piauí com foco nas seguintes áreas 1 Geografia Orografia Descreve a presença de montanhas serras e elevações em cada município sendo que muitos municípios não possuem relevos acentuados caracterizandose como regiões planas ou com pequenas elevações Hidrografia Relata os principais rios riachos e lagoas que cortam cada município como o Rio Parnaíba e seus afluentes além de destacar a presença de olhos dágua e áreas férteis nas proximidades dessas fontes 2 Clima O clima predominante nos municípios é tropical com uma divisão marcada entre as estações de inverno dezembro a maio e verão junho a novembro Em geral os municípios apresentam temperaturas amenas durante o inverno e calor significativo no verão 3 Economia Agricultura A produção agrícola é uma das principais atividades econômicas com destaque para o cultivo de arroz milho feijão mandioca e canadeaçúcar Em alguns municípios há menção à produção de algodão e fumo Pecuária A criação de gado bovino suíno ovino e caprino é bastante difundida com algumas regiões tendo grandes rebanhos embora muitas vezes ainda utilizando métodos tradicionais de criação Indústria A indústria local é limitada mas em alguns municípios a produção de cera de carnaúba beneficiamento de algodão e pequenas fábricas de bebidas calçados e rapaduras são mencionadas 4 Fauna e Flora Fauna A publicação descreve uma fauna abundante em muitos municípios com destaque para animais domésticos e selvagens onças veados pacas cotias entre outros Há também menção a aves diversas como pombas araras e galináceos Flora A vegetação nativa é rica em madeiras de lei como cedro jatobá e paudarco e plantas medicinais Palmeiras como a carnaúba o babaçu e o buriti são amplamente encontradas assim como árvores frutíferas como mangueiras cajueiros e laranjeiras 5 Aspectos Históricos e Culturais História Cada município possui uma narrativa histórica que descreve sua fundação em muitos casos associada à formação de capelas e vilas muitas vezes em torno de figuras religiosas ou grandes fazendeiros Religião A religião predominante é a Católica Apostólica Romana com festividades religiosas dedicadas aos santos padroeiros de cada município Capelas e igrejas são citadas em quase todas as localidades 6 Infraestrutura e Comunicações Vias de Comunicação São mencionadas as estradas carroçáveis rodovias principais e vias fluviais com ênfase nas rotas que ligam os municípios à capital Teresina A presença de estações telegráficas e de correios é comum Serviços Públicos Há menção à existência de delegacias de polícia cadeias públicas e serviços de saúde limitados como delegacias de saúde em alguns municípios Educação A instrução primária é oferecida em escolas públicas e em alguns casos estabelecimentos particulares Essas características são descritas com detalhes para cada município fornecendo uma visão abrangente sobre os aspectos geográficos econômicos culturais e de infraestrutura no estado do Piauí 3 Análise das proposições de Paulo César da Costa Gomes sobre o método regional clássico Paulo César da Costa Gomes em suas proposições sobre o método regional clássico discute como a Geografia Clássica principalmente no século XIX e início do século XX adotou a região como unidade de análise para compreender a organização do espaço O método regional clássico baseiase em alguns princípios fundamentais Delimitação e Homogeneidade A região é definida a partir de critérios físicos sociais econômicos ou culturais que permitam identificar áreas homogêneas As características naturais clima relevo vegetação e humanas população economia são usadas para estabelecer fronteiras regionais Hierarquia e Organização As regiões são vistas como entidades que se inserem em escalas maiores formando uma hierarquia territorial O estudo regional tende a compreender as relações de poder e as dinâmicas econômicas dentro e entre regiões Funcionalidade A região é entendida como uma unidade funcional que desempenha um papel específico dentro de um contexto mais amplo seja em termos econômicos sociais ou políticos Gomes critica o uso excessivo de critérios físicos no método regional clássico que frequentemente resulta na naturalização das fronteiras regionais e ignora a dinâmica social e econômica Ele propõe uma visão mais complexa e dinâmica em que as regiões não são apenas recortes fixos no espaço mas espaços de interação entre fatores humanos e naturais Para ele o conceito de região deve ser flexível levando em consideração as transformações e os fluxos que acontecem no espaço 4 Comparação com a estrutura metodológica disposta no texto A estrutura metodológica da publicação de 1939 sobre os municípios do Piauí segue em grande parte os princípios do método regional clássico descritos por Paulo César da Costa Gomes Há uma forte ênfase na delimitação geográfica e na descrição das características físicas e socioeconômicas dos municípios tratandoos como unidades discretas e relativamente homogêneas de acordo com os critérios utilizados na época Elementos do método regional clássico no texto incluem Descrição detalhada dos aspectos físicos e naturais Como relevo hidrografia fauna e flora que são vistos como determinantes importantes para caracterizar cada município Uso de critérios econômicos e funcionais Os municípios são descritos em termos de suas principais atividades econômicas como a agricultura e a pecuária além da infraestrutura disponível como estradas e serviços públicos Hierarquização dos municípios Alguns municípios são apresentados como mais desenvolvidos ou com maior importância econômica e social o que sugere uma hierarquia funcional dentro do estado do Piauí No entanto a crítica de Gomes quanto à naturalização das fronteiras também se aplica a esta publicação As fronteiras dos municípios são muitas vezes tratadas como estáveis e definidas apenas por características físicas como rios ou serras sem considerar dinâmicas sociais ou econômicas mais complexas como migrações ou transformações nas atividades produtivas Além disso embora o texto inclua descrições da população e atividades econômicas há uma ênfase muito maior nos elementos naturais Isso reflete a visão clássica de que as características geográficas físicas são determinantes para a organização espacial uma abordagem que Gomes considera limitada Em resumo a publicação adota o método regional clássico concentrandose na delimitação geográfica e nas características físicas e econômicas mas apresenta limitações em incorporar a visão mais dinâmica e complexa de região proposta por Paulo César da Costa Gomes A questão apresentada no formulário solicita uma avaliação das críticas aos estudos monográficos de 1939 Aqui está uma análise para as duas partes da pergunta 5a Quais as limitações desse tipo de estudo para a produção científica brasileira Os estudos monográficos de 1939 tinham algumas limitações como Foco limitado Eles geralmente se concentravam em análises detalhadas de casos específicos o que dificultava a generalização dos resultados para contextos mais amplos da realidade brasileira Falta de interdisciplinaridade A metodologia desses estudos costumava isolar fenômenos desconsiderando fatores interdisciplinares que poderiam influenciar as conclusões Fragmentação do conhecimento Ao focar em temas muito específicos esses estudos contribuíam para uma visão fragmentada da ciência e não permitiam uma visão mais holística das questões sociais e científicas Baixa aplicabilidade prática Muitos desses estudos eram teóricos com pouca aplicabilidade em problemas reais o que limitava seu impacto direto no desenvolvimento da ciência e tecnologia no Brasil 5b Qual a importância desse tipo de estudo para o contexto nacional da época Apesar das limitações os estudos monográficos tiveram importância significativa no contexto brasileiro de 1939 Base para o desenvolvimento científico Esses estudos ajudaram a construir as bases da pesquisa científica no Brasil permitindo o desenvolvimento de métodos e reflexões teóricas que foram fundamentais para a criação de instituições de pesquisa no país Produção de conhecimento nacional Em uma época em que o Brasil ainda dependia muito do conhecimento estrangeiro esses estudos começaram a produzir conhecimento voltado para as realidades locais e regionais Início da institucionalização da pesquisa Eles colaboraram para a formação de uma cultura acadêmica no Brasil e ajudaram a impulsionar a criação de universidades e centros de pesquisa Contexto de formação de identidade nacional Esses estudos contribuíram para a formação de uma identidade acadêmica e científica brasileira refletindo questões sociais econômicas e culturais específicas do Brasil da época