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Ciências Econômicas ·

Macroeconomia 1

· 2022/1

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*CAPÍTULO 3 - O MERCADO DE BENS (BLANCHARD): - O primeiro componente do PIB é o consumo (C). São os bens e serviços adquiridos pelos consumidores. - O segundo componente é o investimento (I), é a soma do investimento não residencial (a compra de novas instalações ou novas máquinas pelas empresas), com o investimento residencial (compra de casas ou apartamentos pelas pessoas). - O terceiro componente são os gastos do governo (G). Trata-se dos bens e serviços adquiridos pelo governo federal, estadual e municipal. NÃO inclui as transferências do governo, como os benefícios da previdência social, nem os pagamentos de juros da dívida pública, pois não contam como aquisição de bens. - As exportações (X) são os bens e serviços do país vendidos para estrangeiros. - As importações (M) são as compras de bens e serviços estrangeiros realizadas por consumidores de um determinado país. - A diferença entre exportações e importações é chamada de exportações líquidas (X-M). Se X > M, há superávit; se X < M, há déficit. - A diferença entre bens produzidos e bens vendidos em um dado ano - a diferença entre produção e vendas - é chamada de investimentos em estoques. -> Demanda por Bens: Economia Aberta: Y = C + I + G + X - M. -> Demanda por Bens: Economia Fechada: Y = C + I + G. *FUNÇÃO CONSUMO: C = C(Yd); o principal é a Renda Disponível (Yd), a renda que resta depois (1) que os consumidores receberam transferências do governo e pagaram seus impostos. Quando a renda disponível sobe, as pessoas compram mais bens; quando diminui, compram menos. A função C(Yd) é chamada função consumo. Vamos, agora, destrinchar um pouco dessa equação: C = C0 + C1 Yd. Essa função traz uma relação linear, vamos entender agora os parâmetros Co e C1: * C1 é chamado de Propensão a Consumir. Mostra o efeito adicional de 1 real adicional de renda sobre o consumo. Se C1 for igual a 0,6, então um real adicional de renda disponível aumentará o consumo em R$ x 0,6 = R$ 0,60. C1 é positivo e menor que 1. * Co é o que as pessoas consumiriam se sua renda disponível no ano corrente fosse igual a zero. Por exemplo: as pessoas precisam comer. O consumo será positivo mesmo com uma renda nula, para isso acontecer as pessoas despoupam. * Yd = Y - T -> A renda disponível, em que Y é a renda e T os impostos pagos. Substituindo Yd na Equação 2, temos: C = C0 + C1 (Y - T) (3) Uma renda mais alta aumenta o consumo; impostos mais altos retraem o consumo. * INVESTIMENTO (I): Consideramos o investimento como uma variável exógena, ou seja, não é explicada pelo próprio modelo; são dadas. I = I_ (4) * GASTOS DO GOVERNO: Junto com os impostos (T), G descreve a política fiscal, a escolha de impostos e gastos pelo governo. Tomaremos G e T como variáveis exógenas. * DETERMINAÇÃO DO PRODUTO DE EQUILÍBRIO: Supondo uma economia fechada, temos: Z = C + I + G (5) Substituindo as equações 3 e 4 na equação 5, temos: Z = C0 + C1 (Y - T) + I_ + G. A demanda por bens Z depende da renda Y, dos impostos T, do investimento I_ e dos gastos do governo G. Neste caso, o investimento em estoques é sempre igual a zero, e o equilíbrio no mercado de bens requer que a produção Y seja igual à demanda de bens Z: Y = Z Substituindo, temos: Y= C0 + C1 (Y - T) + I_ + G. Em equilíbrio, a produção Y é igual à demanda (lado direito). A demanda depende da renda Y, que é igual à produção. Vamos usar a álgebra e reorganizar a equação para descobrirmos o multiplicador e o gasto autônomo. O resultado é: Y = 1 / (1 - C1) [C0 + I_ + G - C1T] O termo [C0 + I_ + G - C1T] é a parte da demanda por bens que não depende do produto. Por isso, é chamado de gasto autônomo. Levando em consideração o termo 1 / (1-C1). Como a propensão a consumir está entre zero e 1, 1/(1-C1) é um número maior do que 1. Este número é chamado de multiplicador do gasto autônomo. Quanto mais próximo C1 estiver de 1, maior será o multiplicador. Como ele funciona? Suponhamos que, para um dado nível de renda, os consumidores decidam consumir mais: suponhamos que com a equação 3 (página 2 resumo) aumente em R$ 3 bilhão. Se C1 for igual a 0,6, o multiplicador é igual a 1/(1-0,6) = 2,5 de modo que o produto aumenta em 2,5 x R$ 3 bilhão = R$ 2,5 bilhões. Em equilíbrio, a produção é igual à demanda. * INVESTIMENTO IGUAL A POUPANÇA A poupança privada (S), ou poupança dos consumidores, é igual à renda menos impostos menos o consumo. S = Y - T - C * POUPANÇA PÚBLICA (T-G) é igual a impostos menos gastos do governo. Se os impostos excedem os gastos, há um superávit orçamentário, logo a poupança pública é negativa. Se os impostos são inferiores aos gastos, há um déficit orçamentário, logo a poupança pública é negativa. I = S + (T-G). No lado esquerdo está o investimento, no lado direito está a soma da poupança privada e da poupança pública. Essa maneira de examinar o equilíbrio explica por que a condição de equilíbrio para o mercado de bens é chamada de relação IS. I = S = C0 + (1 - C1)(Y-T) Podemos chamar (1-C1) de propensão a poupar. Este número está entre 0 e 1. Ao utilizar uma política fiscal, o governo pode afetar a demanda e o produto no curto prazo. No curto prazo, a demanda determina a produção. A produção é igual à renda, e a renda, por sua vez, afeta a demanda.