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Texto de pré-visualização
1 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL 2 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do Estado do Espírito Santo com unidades em Cachoeiro de Itapemirim Cariacica Castelo Nova Venécia São Mateus Serra Vila Velha e Vitória Desde 1999 atua no mercado capixaba des tacandose pela oferta de cursos de gradua ção técnico pósgraduação e extensão com qualidade nas quatro áreas do conhecimen to Agrárias Exatas Humanas e Saúde sem pre primando pela qualidade de seu ensino e pela formação de profissionais com cons ciência cidadã para o mercado de trabalho Atualmente a Multivix está entre o seleto grupo de Instituições de Ensino Superior que possuem conceito de excelência junto ao Ministério da Educação MEC Das 2109 institui ções avaliadas no Brasil apenas 15 conquistaram notas 4 e 5 que são consideradas conceitos de excelência em ensino Estes resultados acadêmicos colocam todas as unidades da Multivix entre as melhores do Estado do Espírito Santo e entre as 50 melhores do país MISSÃO Formar profissionais com consciência cida dã para o mercado de trabalho com ele vado padrão de qualidade sempre mantendo a credibilidade segurança e modernidade visando à satisfação dos clientes e colaboradores VISÃO Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci da nacionalmente como referência em qualidade educacional GRUPO MULTIVIX 3 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO BIBLIOTECA MULTIVIX Dados de publicação na fonte As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site httpbrfreepikcom Rafacho Sérgio Análise Financeira e Gerencial Sérgio Rafacho Serra Multivix 2019 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA MULTIVIX EDITORIAL Catalogação Biblioteca Central Anisio Teixeira Multivix Serra 2019 Proibida a reprodução total ou parcial Os infratores serão processados na forma da lei Diretor Executivo Tadeu Antônio de Oliveira Penina Diretora Acadêmica Eliene Maria Gava Ferrão Penina Diretor Administrativo Financeiro Fernando Bom Costalonga Diretor Geral Helber Barcellos da Costa Diretor da Educação a Distância Flávio Janones Coordenadora Acadêmica da EaD Carina Sabadim Veloso Conselho Editorial Eliene Maria Gava Ferrão Penina presidente do Conselho Editorial Kessya Penitente Fabiano Costalonga Carina Sabadim Veloso Patrícia de Oliveira Penina Roberta Caldas Simões Revisão de Língua Portuguesa Leandro Siqueira Lima Revisão Técnica Alexandra Oliveira Alessandro Ventorin Graziela Vieira Carneiro Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo Carina Sabadim Veloso Maico Pagani Roncatto Ednilson José Roncatto Aline Ximenes Fragoso Genivaldo Félix Soares Multivix Educação a Distância Gestão Acadêmica Coord Didático Pedagógico Gestão Acadêmica Coord Didático Semipresencial Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia Direção EaD Coordenação Acadêmica EaD 4 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Aluno a Multivix Estamos muito felizes por você agora fazer parte do maior grupo educacional de Ensino Superior do Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei ro de Itapemirim Cariacica Castelo Nova Venécia São Mateus Serra Vila Velha e Vitória Desde 1999 no mercado capixaba destacase pela oferta de cursos de graduação pósgraduação e extensão de qualidade nas quatro áreas do conhecimento Agrárias Exatas Humanas e Saúde tanto na mo dalidade presencial quanto a distância Além da qualidade de ensino já comprova da pelo MEC que coloca todas as unidades do Grupo Multivix como parte do seleto grupo das Instituições de Ensino Superior de excelência no Brasil contando com sete unidades do Grupo en tre as 100 melhores do País a Multivix preocupa se bastante com o contexto da realidade local e com o desenvolvimento do país E para isso pro cura fazer a sua parte investindo em projetos so ciais ambientais e na promoção de oportunida des para os que sonham em fazer uma faculdade de qualidade mas que precisam superar alguns obstáculos Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é Formar profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho com elevado padrão de quali dade sempre mantendo a credibilidade segurança e modernidade visando à satisfação dos clientes e colaboradores Entendemos que a educação de qualidade sempre foi a melhor resposta para um país crescer Para a Multivix educar é mais que ensinar É transformar o mundo à sua volta Seja bemvindo APRESENTAÇÃO DA DIREÇÃO EXECUTIVA Prof Tadeu Antônio de Oliveira Penina Diretor Executivo do Grupo Multivix 5 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Impacto das decisões organizacionais no DRE 24 FIGURA 2 Fontes de financiamento da estrutura de capital empresarial 25 FIGURA 3 Classificação primária dos gastos empresariais 28 FIGURA 4 Classificação dos custos 41 FIGURA 5 Exemplo de layout de uma empresa do segmento industrial 43 FIGURA 6 Exemplo de um produto skate 46 FIGURA 7 Classificação dos custos 56 FIGURA 8 Perspectiva do método de custeio por absorção 77 FIGURA 9 Perspectiva do método de custeio variável 85 FIGURA 10 Sistema de informações gerenciais 114 FIGURA 11 Exemplo de codificação de centros de custo nas organizações 115 FIGURA 12 Apuração de gastos por centros de custos plano de contas 118 6 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 Comportamento dos Custos Variáveis Totais em diferentes níveis de produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 60 GRÁFICO 2 Comportamento dos Custos Fixos Totais em diferentes níveis de produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 62 GRÁFICO 3 Comportamento dos Custos Totais em diferentes níveis de produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 64 GRÁFICO 4 Ponto de equilíbrio 120 7 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO LISTA DE QUADROS QUADRO 1 Estrutura do Balanço Patrimonial 22 QUADRO 2 Demonstrativo do Resultado do Exercício 23 QUADRO 3 Exemplo de codificação de plano de contas nas organizações 116 QUADRO 4 Apuração do custo unitário em diferentes níveis de produção 125 8 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO LISTA DE TABELAS TABELA 1 Resultados apurados 34 TABELA 2 Matériaprima utilizada na produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 47 TABELA 3 Mão de obra direta utilizada na produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 47 TABELA 4 Mão de obra indireta utilizada na produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 51 TABELA 5 Materiais indiretos utilizados na produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 51 TABELA 6 Outros custos indiretos utilizados na produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 52 TABELA 7 Comportamento dos Custos Variáveis em diferentes níveis de produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 59 TABELA 8 Comportamento dos Custos Fixos em diferentes níveis de produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 61 TABELA 9 Comportamento dos Custos em diferentes níveis de produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 63 TABELA 10 Gastos gerais da Indústria de Skates Exemplo Ltda 66 TABELA 11 Gastos gerais da Indústria de Skates Exemplo Ltda separados por departamento 67 TABELA 12 Vendas da Indústria de Skates Exemplo Ltda 69 TABELA 13 Custos Fixos e Variáveis da Indústria de Skates Exemplo Ltda 69 TABELA 14 Despesas administrativas da Indústria de Skates Exemplo Ltda 70 TABELA 15 Despesas comerciais da Indústria de Skates Exemplo Ltda 70 TABELA 16 Demonstrativo de Resultado do Exercício da Indústria de Skates Exemplo Ltda 71 9 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO LISTA DE TABELAS TABELA 17 Empresa Exemplo vendas brutas mês 07 79 TABELA 18 Empresa Exemplo Custos Indiretos de Fabricação CIFs mês 07 79 TABELA 19 Empresa Exemplo horas de produção por produto mês 07 80 TABELA 20 Empresa Exemplo rateio dos CIFs por horas de produção mês 07 80 TABELA 21 Empresa Exemplo rateio dos CIFs por unidade produzida mês 07 80 TABELA 22 Empresa Exemplo custos totais de mão de obra direta mês 07 81 TABELA 23 Empresa Exemplo custos totais de material direto mês 07 81 TABELA 24 Empresa Exemplo custos diretos e indiretos por produto mês 07 81 TABELA 25 Empresa Exemplo custos dos produtos vendidos mês 07 82 TABELA 26 Empresa Exemplo Ltda mês 07 83 TABELA 27 Empresa Exemplo Ltda mês 07 83 TABELA 28 Empresa Exemplo custos totais mês 07 84 TABELA 29 Empresa Exemplo vendas brutas mês 07 86 TABELA 30 Empresa Exemplo Custos Indiretos de Fabricação CIFs mês 07 86 TABELA 31 Empresa Exemplo custos variáveis e fixos por produto mês 07 87 TABELA 32 Empresa Exemplo custos totais mês 07 87 TABELA 33 Empresa Exemplo Ltda mês 07 88 TABELA 34 Produção mensal da Empresa Exemplo Ltda 94 10 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO SUMÁRIO LISTA DE TABELAS TABELA 35 Custos Indiretos de fabricação da Empresa Exemplo Ltda 94 TABELA 36 Direcionadores de custeio ABC Empresa Exemplo Ltda 96 TABELA 37 Taxa de rateio custeio ABC Empresa Exemplo Ltda 97 TABELA 38 Itens que compõem os custos do setor de manutenção 99 TABELA 39 Custos totais estimados Empresa Exemplo Ltda 101 TABELA 40 Custos totais projetados Empresa Exemplo Ltda 102 TABELA 41 Custopadrão vs custos reais Empresa Exemplo Ltda 104 TABELA 42 Resumo de gastos de viagem gerência comercial 117 TABELA 43 Resumo de gastos de viagem supervisão de produção 117 TABELA 44 Apuração do resultado no ponto de equilíbrio 122 TABELA 45 Gastos totais em diferentes níveis de produção 123 TABELA 46 Estimativas de resultado em diferentes níveis de produção 123 TABELA 47 Apuração do resultado por custeio variável 126 TABELA 48 Apuração do resultado por custeio variável com aumento de preço e manutenção dos custos 127 TABELA 49 Apuração do resultado por custeio variável com redução de preço e manutenção dos custos 128 11 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO À ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL 19 INTRODUÇÃO 19 11 INTRODUÇÃO À ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL 21 111 DECISÕES FINANCEIRAS E GESTÃO DE CUSTOS 26 1111 TERMINOLOGIA NA GESTÃO DOS CUSTOS ORGANIZACIONAIS 27 1112 A GESTÃO DE CUSTOS COMO APOIO À GESTÃO FINANCEIRA 31 BIBLIOGRAFIA COMENTADA 36 CONCLUSÃO 37 2 APURAÇÃO DE CUSTOS QUANTO AOS PRODUTOS 40 INTRODUÇÃO 40 21 APURAÇÃO DE CUSTOS QUANTO AOS PRODUTOS 42 211 CUSTOS DIRETOS E CUSTOS INDIRETOS 44 2111 CUSTOS DIRETOS 45 212 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 49 CONCLUSÃO 54 UNIDADE 1 UNIDADE 2 12 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO SUMÁRIO 3 APURAÇÃO DE CUSTOS QUANTO AO VOLUME DE PRODUÇÃO 56 INTRODUÇÃO 57 31 CUSTOS VARIÁVEIS 58 32 CUSTOS FIXOS 60 33 TOTALIZAÇÃO DOS CUSTOS E APURAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO DO PRODUTO 63 34 DEPARTAMENTALIZAÇÃO 65 35 CUSTOS DESPESAS E A APURAÇÃO DOS RESULTADOS ORGANIZACIONAIS 68 CONCLUSÃO 73 4 SISTEMAS DE CUSTEIO 75 INTRODUÇÃO 75 41 SISTEMAS DE CUSTEIO 76 411 CUSTEIO POR ABSORÇÃO 76 42 CUSTEIO VARIÁVEL 84 CONCLUSÃO 89 5 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS 91 INTRODUÇÃO 91 51 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS 92 511 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES ABC 93 52 CUSTOS CONTROLÁVEIS E CUSTOS ESTIMADOS 98 UNIDADE 3 UNIDADE 4 UNIDADE 5 13 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO SUMÁRIO 521 CUSTOS CONTROLÁVEIS 98 522 CUSTOS ESTIMADOS 100 53 CUSTOPADRÃO 102 54 CUSTO DE REPOSIÇÃO 105 BIBLIOGRAFIA COMENTADA 107 CONCLUSÃO 108 6 GESTÃO DE CUSTOS E ANÁLISE FINANCEIRA 110 INTRODUÇÃO 110 61 GESTÃO DE CUSTOS E ANÁLISE FINANCEIRA 111 611 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTOS 111 612 CENTRO DE CUSTOS E PLANO DE CONTAS 114 62 RELAÇÃO CUSTOVOLUMELUCRO 119 621 PONTO DE EQUILÍBRIO 120 622 VARIAÇÕES NO VOLUME DE PRODUÇÃO 123 623 VARIAÇÕES NA ESTRUTURA DA EMPRESA 124 63 RELATÓRIOS FINANCEIROS E VARIAÇÕES DE PREÇO 126 631 AUMENTO DE PREÇOS E O IMPACTO NOS RESULTADOS DA EMPRESA 127 632 REDUÇÃO DE PREÇOS E O IMPACTO NOS RESULTADOS DA EMPRESA 127 633 PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA 128 CONCLUSÃO 129 REFERÊNCIAS 131 UNIDADE 6 14 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO ICONOGRAFIA ATENÇÃO PARA SABER SAIBA MAIS ONDE PESQUISAR DICAS LEITURA COMPLEMENTAR GLOSSÁRIO ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM CURIOSIDADES QUESTÕES ÁUDIOS MÍDIAS INTEGRADAS ANOTAÇÕES EXEMPLOS CITAÇÕES DOWNLOADS 15 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO BIODATA DO AUTOR Sérgio Rafacho Doutor em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG Mestre em Educação pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais CEFETMG Especialista em Finanças pelo Instituto de Educação Conti nuada da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais IECPUCMG Administra dor pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUCMG Pesquisador do grupo de Pesquisa AMTEC registrado da na plataforma lattescnpq Professor universitário de graduação e pósgraduação nas áreas de Finanças Opera ções Administração Geral e Jogos Empresariais Atua como consultor empresarial em empresas do segmento industrial comercial e de prestação de serviços Já atuou como analista de sistemas da UFMG como funcionário de empresas de grande porte e como empresário no ramo de construção indústria e prestação de serviços Expe riência e reengenharia de empresas produção processos adequação orçamentá ria estruturação de controle de gastos adequação e parametrização do processo de compras organização dos processos administrativos organizacionais JUSTIFICATIVA Diariamente as pessoas tomam decisões que impactam a vida Sejam decisões simples sejam complexas de forma proporcional à sua importância elas sempre impactarão de alguma forma o cotidiano Como o capital é necessário na maioria das situações em que se vive as decisões financeiras sempre terão impacto decisivo na maneira de se viver Analisar planejar e decidir sobre finanças são ações fundamen tais para o sucesso tanto para pessoas físicas quanto jurídicas 16 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO ENGAJAMENTO Compreender os conceitos e fundamentos que permeiam a análise financeira e gerencial das organizações é fator fundamental para que o gestor desenvolva habi lidades e competências determinantes para o sucesso em sua carreira Diante dessa realidade serão apresentadas algumas questões para que você possa refletir sobre a importância de se aprofundar no conhecimento sobre a análise financeira das empresas Como a compreensão sobre finanças corporativas pode contribuir para que o gestor organizacional tenha sucesso em suas decisões Em mercados de concorrência tão acirrados como o atual qual a importân cia do planejamento da análise do controle e acompanhamento dos gastos empresariais A implantação adequada de sistemas de custos deve ser realizada de forma predeterminada ou deve ser adequada às especificidades de cada segmento mercadológico Qual o impacto de variações significativas nas atividades operacionais e nos resultados organizacionais APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Se uma pessoa toma decisões erradas como gastar acima de seus limites ou investir sem analisar a relação entre custo e benefício haverá reflexos danosos em suas finan ças que implicarão em problemas em vários aspectos de sua vida Da mesma forma decisões erradas nas organizações podem resultar em impactos significativamente negativos e até mesmo leválas à falência Não são poucas as empresas que fecham devido à falta de planejamento e coerência em suas decisões financeiras 17 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Nesta disciplina serão estudados conceitos fundamentais e importantes sobre a Administração Financeira e Gerencial das empresas abordando temas importan tes para o sucesso da carreira do gestor relacionados à análise e gestão dos custos empresariais Serão abordados conceitos relacionados à composição e métodos de custeio implantação e análise das variações de custos e preços nas organizações Uma mente que se abre para uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original Frase atribuída a Einsten que pode se tornar uma realidade quando há dedicação aos estudos OBJETIVOS DA DISCIPLINA Ao final desta disciplina esperamos que você seja capaz de Aplicar conceitos relacionados à análise financeira e gerencial na gestão das organizações empresariais Avaliar os impactos da gestão adequada dos gastos organizacionais nos resul tados financeiros das empresas Compreender a importância de se utilizar métodos de custeio adequados às necessidades e especificidades de cada organização Analisar o impacto das variações dos níveis de atividades operacionais nos resultados corporativos Avaliar os resultados de uma gestão inadequada dos gastos organizacionais em seus resultados 18 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa Compreender a importância da gestão financeira para o sucesso das organizações Compreender como os demonstrativos contábeis contribuem para o processo de tomada de decisões organizacionais Conhecer a terminologia utilizada na área de custos e sua importância na interpretação dos dados financeiros das organizações Aplicar os conceitos basilares da área de custos UNIDADE 1 19 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO À ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL A gestão financeira das organizações deve ser conduzida com o objetivo de maximi zar os resultados e consequentemente o valor de mercado das empresas aumen tando a riqueza de seus proprietários que investem em negócios abrindo mão de outras oportunidades de investimento muitos deles especulativos tendo a expecta tiva de obter maiores retornos econômicos e financeiros A manutenção e o desenvolvimento de uma empresa resultam em diversos bene fícios não somente para os seus proprietários mas também para todos os grupos interessados stakeholders em suas atividades uma vez que suas próprias ativida des influenciam ou recebem influência dos negócios que envolvem tal organiza ção O sucesso das organizações tem reflexo direto na vida de seus funcionários que mantêm sua fonte de renda e criam novas expectativas futuras para a população que consegue adquirir novos produtos em muitos casos com preços mais competi tivos devido à concorrência e para o país que recebe mais impostos gerados pelas empresas e é aliviado em relação aos gastos sociais com a redução do desemprego Porém a manutenção de uma empresa em um mercado cada vez mais globalizado e concorrente exige de seus administradores conhecimento específico sobre técni cas e ferramentas de gestão financeira que contribuam para o alcance de seus obje tivos estratégicos Uma das áreas fundamentais das empresas que deve ter atenção de seus gestores é a área de custos Nesta unidade serão abordados conceitos funda mentais sobre a gestão financeira das empresas e sobre a importância do conheci mento da área de custos para o sucesso financeiro organizacional INTRODUÇÃO Em sua prática profissional o administrador financeiro tem de tomar decisões que vão refletir sobre os resultados financeiros e econômicos de sua empresa Para que esse processo tenha maior eficácia é fundamental que ele tenha à sua disposição 20 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO relatórios e informações sobre o desempenho organizacional da instituição que está gerindo que possibilitem a ele tomar decisões com segurança Devese ressaltar que mesmo não sendo a única fonte de dados a contabilidade é a principal fonte de informações financeiras para o processo de tomada de decisões empresariais Outras informações relacionadas à própria empresa e às condições mercadológicas em que atua também devem ser agregadas e consideradas nesse processo tão importante para o sucesso das empresas A contabilidade é importante para o gestor financeiro pois deve revelar a real posição econômicofinanceira da empresa Frequentemente os responsáveis pela administração estão tomando deci sões quase todas importantes vitais para o sucesso do negócio Por isso há necessidade de dados de informações corretas de subsídios que contribuam para uma boa tomada de decisão Decisões tais como comprar ou alugar uma máquina preço de um produto contrair uma dívida a longo ou curto prazos quanto de dívida contrairemos que quantidade de material para estoque deveremos comprar reduzir custos produzir mais A Contabilidade é o gran de instrumento que auxilia a administração a tomar decisões Na verdade ela coleta todos os dados econômicos mensurandoos monetariamente regis trandoos e sumarizandoos em forma de relatórios ou de comunicados que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões MARION 2018 p 4 Tendo à sua disposição relatórios que refletem a situação da empresa o administra dor terá maiores condições de analisar a real situação da organização em que atua passando a direcionar os esforços de seus colaboradores no sentido de maximizar os lucros De forma similar poderá verificar a rentabilidade de seus ativos confrontan doos com os custos de seus passivos a fim de obter resultados cada vez mais satisfa tórios para os acionistas da empresa Porém a eficácia de todo processo de tomada de decisões está diretamente relacio nada à qualidade da análise das informações disponibilizadas e também à capacida de do administrador financeiro de compreender interpretar e mensurar tais informa ções transformandoas em resultados favoráveis Muitos administradores almejam alcançar altos níveis hierárquicos dentro das organizações porém é importante que tenham conhecimento da responsabilidade de se tomar decisões de forma coerente e eficaz Nesta unidade serão trabalhados diversos aspectos relacionados à análise financeira gerencial que são fundamentais para o sucesso do administrador 21 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 11 INTRODUÇÃO À ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL As decisões empresariais devem refletir o direcionamento estratégico estabelecido por seus diretores e em sua maioria absoluta refletem em seus resultados sejam pela geração de receitas seja de gastos Quando a empresa mantém um sistema de registro contábil adequado às suas operações tais reflexos podem ser observados em demonstrativos contábeis que são relatórios exigidos pelo governo para pres tação das contas empresariais e que refletem a posição econômica e financeira das empresas Esses relatórios são importantes para o administrador financeiro avaliar a situação da empresa e contribuir com o processo de tomada de decisões inerente à sua função Dois dos principais demonstrativos contábeis que são fundamentais para acompa nhar a evolução da empresa são o Balanço Patrimonial e o Demonstrativo do Resul tado do Exercício Balanço Patrimonial BP para Gitman 2009 o balanço patrimonial representa a demonstração resumida da posição financeira e econômica da empresa em determi nada data Essa demonstração confronta os ativos o que a empresa possui com os passivos obrigações ou patrimônio líquido Com esse relatório o gestor empresarial pode identificar e acompanhar a evolução patrimonial da empresa 22 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO QUADRO 1 ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Maior Liquidez Ativo Circulante Disponível Aplicações Contas a Receber Estoques Passivo Circulante Contas a Pagar Impostos Fornecedores Passivo Não circulante Financiamentos de Longo Prazo Ativo Não Circulante Investimentos Veículos Máquinas e Equipamentos Imóveis Patrimônio Líquido Capital Social Lucros ou Prejuízos Acumulados Menor Liquidez Fonte Elaborado pelo autor Demonstrativo do Resultado do Exercício DRE o DRE é o relatório responsável pela apuração do resultado obtido pela empresa em determinado período Partindo das Receitas de Vendas obtidas pela empresa diminui os gastos impostos custos despesas ganhos perdas etc para ao final apresentar o lucro ou prejuízo obtido pela empresa no período de apuração Esse relatório permite ao gestor financeiro verificar a eficácia de sua gestão em relação às receitas e gastos empresariais e conse quentemente seus lucros 23 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO QUADRO 2 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DRE Receita Bruta de Vendas ImpostosDeduções Receita Líquida de Vendas Custo dos ProdutosMercadoriasServiços Vendidos Margem Bruta Despesas Administrativas Despesas Comerciais Despesas de Depreciação Resultado Operacional ou Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda Receitas Não Operacionais inclusive financeiras Despesas Não Operacionais inclusive financeiras Lucro Antes do Imposto de Renda Imposto de RendaContribuição Social sobre o Lucro Líquido Resultado do Exercício Fonte Elaborado pelo autor As decisões do gestor financeiro têm reflexos diretos no DRE sendo que por meio desse relatório podese acompanhar a eficiência do processo de tomada de decisões em relação aos resultados obtidos pela companhia A figura a seguir apresenta uma ilustração dos reflexos das decisões empresariais em seus resultados 24 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO FIGURA 1 IMPACTO DAS DECISÕES ORGANIZACIONAIS NO DRE Fonte Elaborada pelo autor As ações organizacionais demandam investimentos em ativos e capital de giro para que suas operações ocorram de forma adequada aos objetivos propostos Outro aspecto importante relacionado às decisões financeiras está ligado às fontes de finan ciamento de suas atividades Essas fontes podem ser oriundas de a Capital de terceiros agrupadas no passivo circulante curto prazo ou passivo não circulante longo prazo b Capital próprio agrupadas no patrimônio líquido 25 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO FIGURA 2 FONTES DE FINANCIAMENTO DA ESTRUTURA DE CAPITAL EMPRESARIAL ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTE Curto Prazo PASSIVO CIRCULANTE Curto Prazo PASSIVO NÃO CIRCULANTE Longo Prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO NÃO CIRCULANTE Longo Prazo Captando recursos de terceiros estes recursos entram na empresa através do Passivo Circulante ou Exigível a Longo Prazo Captando recursos através de novos sócios mercado de ações por exemplo estes recursos entram na empresa através do Patrimônio Líquido Fonte Elaborada pelo autor A partir do momento em que as empresas conhecem os resultados de suas opera ções obtêm parâmetros para que o gestor avalie aspectos referentes à segurança à liquidez e à rentabilidade dos investimentos realizados Tais resultados devem ser comparados com os planejamentos prévios realizados pela gestão das empresas bem como podem ser utilizados para planejamentos futuros uma vez que refletem o desenvolvimento da empresa em seu mercado Segundo MASAKAZU 2019 o crescimento e o desenvolvimento de uma empresa estão intimamente ligados a um bom sistema de planejamento pois com ele todas as atividades que se pretende desenvolver são planejadas com base em cenários cons truídos a partir de informações captadas de diversas fontes Preveemse o montan te de recursos necessários para a sua execução e as respectivas fontes o prazo em que se pretende que as metas sejam atingidas e atribuemse as responsabilidades É importante que haja monitoramento dos resultados para que se possa controlar avaliar cada etapa e realizar reconduções de rota sempre que variáveis internas ou externas indiquem essa necessidade 26 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Permeando todo esse contexto encontrase a gestão de custos área importante das finanças corporativas que merece atenção constante dos gestores uma vez que deci sões erradas sobre custos podem acarretar prejuízos irrecuperáveis para as empresas 111 DECISÕES FINANCEIRAS E GESTÃO DE CUSTOS As decisões empresariais exercem influência sobre os aspectos internos preços custos despesas investimentos financiamentos etc da organização pois atuam sobre variáveis sobre as quais o gestor tem controle Porém tais decisões não influen ciam aspectos externos à organização como impostos taxas de juros do mercado financeiro entre outros relacionados ao seu campo de atuação Essa realidade aumenta a responsabilidade do administrador financeiro em relação aos riscos decorrentes de suas decisões pois os fatores externos influenciam de forma decisiva os resultados das organizações As empresas que em períodos de reces são econômica não tiverem controle e domínio sobre seus gastos e principalmen te sobre os custos dos produtos ou serviços que comercializa tendem a ficar mais suscetíveis em relação aos riscos de mercado Por outro lado as empresas que planejam e controlam seus custos de forma asser tiva podem ser beneficiadas em momentos de dificuldade mercadológica pois têm domínio sobre seus gastos podendo adaptálos a novas realidades e atuar de forma segura e lucrativa aproveitando inclusive oportunidades que surgem em meio à crise Nesse cenário a gestão de custos organizacionais assume papel importante na atua ção do gestor financeiro pois está entre os fatores sobre os quais tem controle e está diretamente relacionada à formação do preço de venda dos produtos ou serviços que a empresa comercializa e que serão ofertados ao mercado mediante em muitos casos forte concorrência Muitas empresas não se mantêm no mercado por praticarem preços inferiores aos custos dos produtos ou serviços disponibilizados Assim a situação financeira da empresa fica ainda mais complicada quando ela não consegue apropriar de forma correta os gastos efetivos que não são diretamente relacionados ao produto como aluguéis despesas administrativas e despesas comerciais Tais gastos devem ser 27 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO incorporados aos preços de forma adequada e para isso há necessidade de se iden tificar critérios coerentes com as atividades que cada produto ou serviço demanda para ser disponibilizado aos clientes Passase então a estudar conceitos relacionados à terminologia adotada por grande parte dos profissionais que atuam na área financeira mais especificamente na área de custos 1111 TERMINOLOGIA NA GESTÃO DOS CUSTOS ORGANIZACIONAIS Ao se dirigir a uma loja para comprar um produto é comum perguntar quanto custa este produto É uma pergunta comum na sociedade porém como especialistas os gestores devem considerar uma terminologia adequada e padronizada que possi bilite a associação de cada termo utilizado no meio organizacional com o processo produtivo praticado na empresa No âmbito empresarial é importante se considerar a padronização dos termos utili zados para que a comunicação entre os profissionais não seja prejudicada pelo entendimento incorreto sobre o que se pretende transmitir Não há nesse trabalho a intenção de resolver questões relacionadas a possíveis impasses na interpretação de termos associados à área de custos e sim de apresentar como terminologia básica conceitos associados a cada termo utilizado A figura a seguir apresenta uma perspectiva de vários termos utilizados na apuração de custos em grande parte das empresas 28 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO FIGURA 3 CLASSIFICAÇÃO PRIMÁRIA DOS GASTOS EMPRESARIAIS Fonte Elaborada pelo autor De acordo com Martins 2010 gastos custos e despesas são palavras sinônimas ou dizem respeito a conceitos e podem ser confundidas com desembolso ou investi mento O autor também se refere à perda como um termo que pode se confundir com os demais citados por isso devese adotar uma padronização em relação aos termos utilizados que reflita exatamente o que se pretende transmitir quando está se comunicando na área empresarial Nesse sentido o autor define significados para cada termo empregado na área de custos Segundo o Martins 2010 a Gasto compra de um produto ou serviço qualquer que gera sacrifí cio financeiro desembolso para a entidade sacrifício este representa do por entrega ou promessa de entrega de ativos normalmente dinheiro Existem gastos com a compra de matériasprimas com a mão de obra tanto na produção quanto na distribuição gastos com honorários da diretoria na compra de imobilizado etc Somente existe gasto na passagem para propriedade da empresa do bem ou serviço ou seja no momento em que existe o reconheci mento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento Não estão incluídos todos os sacrifícios que a entidade acaba por arcar já que não são incluídos o custo de oportunidade ou os juros sobre o capital próprio uma vez que estes não implicam a entrega de ativos É importante perceber que gasto implica em desembolso porém são conceitos distintos 29 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO b Desembolso pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço c Investimento gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuí veis a futuros períodos d Custo gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços O custo é reconhecido no momento da utilização dos fatores de produ ção para a fabricação de um produto ou execução de um serviço Exemplos a matériaprima foi um gasto em sua aquisição que imediatamente se tornou investimento e assim ficou durante o tempo de sua estocagem no momento de sua utilização na fabricação de um bem surge o custo da matériaprima como parte integrante do bem elaborado e Despesa bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas De forma geral despesas representam os esforços de administração e vendas da empresa A comissão do vendedor por exemplo é um gasto que se torna imediatamente em despesa f Perda bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária Não se trata de uma despesa ou custo por sua característica involuntária ou seja não é um gasto realizado de forma intencional destinado à obtenção de receita Ainda segundo Martins 2010 todo produto vendido e todo serviço ou utilidade trans feridos provocam despesa Costumase chamálo custo do produto vendido Dessa forma é apresentada a Demonstração de Resultado do Exercício Tecnicamente o correto seria apresentálo como despesa que é o somatório dos itens que compuse ram o custo de fabricação do produto ora vendido Todos os custos que são ou foram gastos se transformam em despesas quando da entrega dos bens ou serviços a que se referem Muitos gastos são transformados automaticamente em despesas outros passam primeiro pela fase de custos outros ainda percorrem o caminho completo passando por investimento custo e despesa 30 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO De acordo com Padoveze 2006 a contabilidade de custos foi adotada de forma predominante em empresas do segmento industrial porém em empre sas do segmento comercial ou de prestação de serviços seus princípios e termos foram adotados devido à similaridade em relação à contabilização de suas etapas produtivas até a obtenção das receitas de suas vendas De forma geral em empresas que prestam serviços à sociedade os esforços realizados para produção dos serviços prestados são considerados como custos dos servi ços prestados A mesma situação ocorre em relação a empresas do segmento comercial nas quais os gastos realizados para a aquisição dos produtos comer cializados são considerados como custos das mercadorias vendidas A diferença fundamental entre o custo dos produtos das empresas comerciais e o custo dos produtos nas empresas industriais é que as empresas comerciais têm somente um insumo para custo das mercadorias adquiridas para revenda enquanto as empresas industriais têm de utilizar vários insumos para o processo de obtenção produção dos produtos Todos os conceitos abordados na disciplina farão uso dos termos apresentados neste tópico e suas respectivas apropriações 31 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 1112 A GESTÃO DE CUSTOS COMO APOIO À GESTÃO FINANCEIRA A gestão dos custos tem sido objeto de análise de diversos gestores no sentido de otimizar os recursos investidos nas organizações e com objetivo na maximização de seus resultados A relação entre custo e benefício sempre deve ser considerada pelos gestores financeiros quando da análise dos desembolsos empresariais uma vez que recursos investidos de forma não assertiva dificilmente são recuperados em sua tota lidade Compreendendo a necessidade de se obter a maior assertividade possível em termos de retorno financeiro o amplo domínio dos conceitos básicos sobre os custos no contexto que envolve a análise financeira e gerencial é fundamental para que as organizações obtenham sucesso em seus empreendimentos Considerando que existem fatores internos e externos que influenciam nos resultados empresariais que somente os fatores internos podem ser controlados pelos gestores e por isso a importância de se conhecer bem os conceitos relacionados a custos nesta unidade serão abordados esses conceitos de forma que você possa compreen der a importância da gestão dos custos empresariais Considerando que toda empresa tem como objetivo a maximização de seus resulta dos financeiros é importante ressaltar que as duas principais maneiras que a empre sa tem para ampliar seus resultados são por meio do aumento de suas receitas ou da redução de seus gastos Em relação ao aumento das receitas os gestores se veem limitados pelas condições mercadológicas relacionadas ao contexto de atuação da empresa Com os merca dos cada vez mais competitivos nem sempre os chamados preços ideais podem ser praticados livremente pelas organizações sem a perda ou redução do volume de vendas impactando significativamente em seus resultados Conforme já abordado os fatores externos não são afetados pelas decisões dos gestores e por isso a empre sa deve se adaptar às condições do mercado procurando ajustar suas operações de forma a superar a concorrência com o máximo de eficiência possível Essa necessidade de ajustes de suas operações faz com que o gestor se volte para a redução de seus gastos implicando em medidas severas de corte de despesas custos e demais fatores ao mesmo tempo em que deve procurar otimizar os investimentos realizados no intuito de se maximizar seus resultados 32 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Suponha que uma determinada empresa apure em seu DRE um resultado lucrativo de 10 sobre sua Receita Líquida no ano de 20X8 e em seu planeja mento para o próximo ano pretende multiplicar por dois esse percentual Para alcançar esse objetivo ela poderia atuar de duas formas distintas dobran do o valor de suas receitas ou reduzindo 10 de seus gastos sem que haja perda de qualidade em seus produtos Considerando estas possibilidades a para dobrar suas receitas a empresa teria de multiplicar seus esforços de marketing ampliar seus canais de distribuição ampliar todas as suas operações e estrutura de forma que ela suporte o aumento de suas atividades Isso sem considerar as reações da concorrência em relação às suas ações as condições econômicas do país a capacidade de compra de seu mercadoalvo e outros fatores externos à empresa sobre as quais ela não tem domínio b para reduzir seus gastos em 10 sem que haja perda de qualidade em seus produtos a empresa poderia fazer uma avaliação geral de seus gastos buscando identificar possibilidades de cortes ou reduções adquirir tecnologia que possi bilitasse maior produtividade com menores custos capacitar suas equipes para obterem maior produtividade enfim são diversas possibilidades internas todas controladas pelo gestor desde que ele tenha controle sobre seus custos Qual dos dois objetivos seria mais plausível de ser alcançado dobrar o lucro dobrando suas receitas o que implicaria um enorme esforço organizacional ou reduzir seus gastos de forma consciente e de acordo com os valores da organização 33 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Obviamente a melhor solução seria utilizar as duas alternativas porém o que se pretende ilustrar com esse exemplo é a importância da empresa manter sua gestão financeira equilibrada e alinhada com os objetivos estratégicos da orga nização pois como já demonstrado todas as decisões dos gestores das organi zações refletem direta ou indiretamente nos resultados financeiros e econômi cos da organização De acordo com Santos 2017 a análise de custos no sentido amplo tem por finali dade mostrar os caminhos a serem percorridos na prática da gestão profissional de um negócio É notório que a ausência de informações e de análise de custos e resul tados em qualquer entidade nos dias atuais poderá resultar em fracasso do negócio É primordial a administração das empresas se municiar de informações de planeja mento e controle de custos e lucros para enfrentar os concorrentes que comerciali zam produtos semelhantes no mercado Ainda segundo o autor para gerenciar com sucesso um negócio as seguintes infor mações são necessárias controle das vendas diárias e acumuladas no mês por produto e consolidado custo e ganho marginal por produto e acumulado vendas planejadas mês a mês e do ano ponto de equilíbrio isto é o nível mínimo de vendas desejado custo estrutural fixo mês a mês e do ano formação de preços de vendas análise de mix visando à maximização de lucro lucro operacional planejado e real análise da eficiência de uso de mão de obra e materiais etc A disponibilidade de todas estas informações somente é possível caso a empresa mantenha rigoroso controle sobre todos os seus gastos Para utilizálas os gestores das organizações devem conhecer amplamente os conceitos relacionados à gestão de custos estando capacitados a aplicálos nas empresas com objetivo de maximi zar os resultados 34 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Para Padoveze 2006 os diversos tipos de gastos da empresa apresentamse com diversas naturezas e atendem a uma variedade de objetivos no processo de transfor mação de seus recursos em produtos e serviços finais A necessidade de informações para uma adequada gestão dos custos recursos processos produtos e serviços exige um estudo pormenorizado de todos os gastos que ocorrem na empresa classifican doos segundo suas principais naturezas e objetivos Ainda segundo o autor não se pode fazer uma gestão de custos tratando todos os gastos de uma única forma assim como é muito difícil uma administração com boa relação entre custo e benefício tratando cada custo de forma individualizada Portan to é fundamental que a classificação dos gastos organizacionais seja realizada de forma a agrupar os custos com natureza e objetivos semelhantes em determina das classes facilitando a administração apurações análises e modelos de tomada de decisão a serem utilizados posteriormente Considere que uma loja que comercializa roupas tenha os seguintes resultados apurados em dois anos subsequentes TABELA 1 RESULTADOS APURADOS ANO 1 ANO 2 VARIAÇÃO VARIAÇÃO Receitas de Vendas 7200000 8352000 1152000 1600 Custos das Mercadorias Vendidas 4320000 5846400 1526400 3533 Margem Bruta 2880000 2505600 374400 1300 Despesas Administrativas 2000000 1500000 500000 2500 Despesas Comerciais 600000 720000 120000 2000 Resultado Operacional 280000 285600 5600 200 Fonte Elaborada pelo autor Observando o quadro apresentado podese fazer várias considerações ressaltando a importância de se manter uma gestão de custos adequada às necessidades da empresa e também padronizada 35 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO a organização das informações de acordo com a natureza dos gastos e de acordo com a terminologia de custos apresentada contribui para a interpreta ção dos dados em relação à gestão da empresa a manutenção dessa classificação em períodos seguidos possibilita a realiza ção de uma análise da gestão da empresa de um período para o outro a separação entre custos e despesas permite a análise diferenciada da gestão dos custos que envolve gestão de fornecedores contratação de fretes segu ros preços de aquisição etc e da gestão das despesas que engloba salários dos funcionários administrativos e comerciais comissões gastos com telefone limpeza manutenção predial etc Em relação à análise da gestão da empresa considerando os conceitos e terminolo gias relacionadas à gestão de custos apresentadas nesta unidade com base nos valo res apresentados podese destacar os seguintes aspectos mesmo obtendo um aumento de 1600 em suas vendas o resultado opera cional da empresa aumentou apenas 200 houve aumento considerável 3533 nos custos da empresa de um ano para o outro houve redução significativa 2500 nas despesas administrativas houve aumento das despesas comerciais em 20 que influenciaram no aumento de vendas porém não na mesma proporção pois as vendas aumen taram 1600 em primeira análise podese concluir que os esforços da empresa em reduzir suas despesas administrativas e ampliar suas ações comerciais para aumentar as vendas tiveram impacto minimizado pelo aumento desproporcional dos custos das mercadorias vendidas o aumento dos custos pode ter ocorrido devido ao aumento do preço de compra dos produtos eou redução no preço de venda outra hipótese seria o aumento do preço de compra seguido da impossibili dade de repassar esse aumento para os consumidores da empresa uma vez que o mercado se apresentava recessivo eou a concorrência praticou preços menores influenciando a precificação dos produtos da empresa 36 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Podese observar nesse exemplo que há uma separação das despesas entre adminis trativas e comerciais Todas essas análises não seriam possíveis se não houvesse uma padronização tanto na apuração quanto na classificação dos gastos empresariais Pelo fato de a contabi lidade adotar essa padronização e terminologia todos os interessados na análise e interpretação dos dados da empresa assumem que os custos estão associados aos produtos da empresa e que as despesas remetem aos esforços de administração e vendas que a empresa pratica em suas atividades BIBLIOGRAFIA COMENTADA No decorrer desta unidade você compreendeu a importância da contabilidade para a gestão financeira das organizações pelo fato de ser a principal fonte de informações econômicas e financeiras do gestor financeiro ROSS Stephen A WESTERFIELD Randolph W JAFFE Jeffrey LAMB Robert Admi nistração financeira Tradução de Evelyn Tesche et al 10 ed Porto Alegre AMGH 2015 O livro Administração financeira dos autores Ross Westerfield Jaffe e Lamb apre senta uma perspectiva diferenciada da gestão financeira abordando temas impor tantes como estrutura de capital risco financiamentos de curto e longo prazos orça mento e valor agregado Vale a pena conferir ASSAF NETO Alexandre Finanças corporativas e valor 7 ed São Paulo Atlas 2014 De autoria de Alexandre Assaf Neto renomado autor da área de finanças empresa riais o livro Finanças corporativas e valor apresenta importantes aspectos das finan ças das corporações considerando a realidade de mercado Aborda inicialmente sobre fundamentos da administração financeira para em seguida desenvolver conhecimentos sobre demonstrações contábeis valor agrega do decisões de curto e longo prazos e avaliações de empresas É uma obra impres cindível para o gestor financeiro 37 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO CONCLUSÃO O gestor financeiro sempre deve buscar a maximização dos resultados da empresa tendo como campo de análise para o processo de tomada de decisões os aspectos externos e internos à organização Em relação aos aspectos externos deve estar aten to a fatores relacionados à concorrência ao contexto econômico às condições de financiamento entre outros De maneira análoga deve se ater aos aspectos internos porém considerando que estes podem e devem ser afetados por suas decisões Nesse sentido suas análises devem ser baseadas nas informações registradas em seu sistema contábil de forma a refletir as consequências resultados das ações geren ciais Para tanto há a necessidade de que estas informações sejam contabilizadas de forma adequada e padronizada para que por meio de análises comparativas a evolução econômica e financeira possa ser acompanhada período a período A análise financeira gerencial deve visar fundamentalmente à evolução econômico financeira da empresa utilizando para isso informações de períodos passados para planejar ações futuras que visem ao crescimento da empresa Nesse contexto obser vamse várias empresas serem encerradas com pouco tempo de existência devido à falta de conhecimento de seus gestores sobre as informações financeiras da organi zação que estão administrando Conhecendo tais informações o gestor pode direcionar as ações empresariais visan do maximizar seus resultados minimizando na medida do possível os riscos de seu negócio No campo empresarial a compreensão dos riscos associados a cada novo investimento é fator decisivo para a minimização dos insucessos organizacionais Como o risco está presente em todo contexto que permeia as atividades empre sariais a utilização dos demonstrativos contábeis de forma adequada por parte do gestor financeiro contribui para a assertividade do processo de tomada de decisões sobre o direcionamento que se dará à empresa Seja por meio da busca pelo aumen to das receitas de vendas seja pela redução dos gastos o gestor encontrará nesses relatórios as informações que darão sustentação às suas decisões Considerando essa perspectiva o conhecimento adequado sobre o significado dos termos contábeis é fundamental para a eficácia de suas decisões 38 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO A organização e o controle adequado das informações financeiras principalmente aquelas relacionadas aos gastos contribui para a minimização de riscos e consequen temente para o sucesso organizacional Continuamente devese planejar controlar avaliar e reavaliar as questões financeiras tomando as medidas de ajuste quando necessário O sucesso financeiro é extremamente dependente de um processo de tomada de decisões eficaz Conclua esta primeira unidade consciente de que deu um importante passo para compreender a importância do efetivo controle financeiro para o sucesso empresarial 39 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa Compreender o processo de apuração de custos empresariais Identificar custos diretos e custos indiretos no âmbito empresarial Aplicar conceitos relacionados à classificação de custos diretos e indiretos Analisar informações sobre custos organizacionais em ambientes produtivos Avaliar a estrutura de custos organizacionais no contexto empresarial UNIDADE 2 40 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 2 APURAÇÃO DE CUSTOS QUANTO AOS PRODUTOS A correta classificação dos gastos empresariais de acordo com suas respectivas natu rezas e objetivos permite ao gestor financeiro realizar análises das informações dispo nibilizadas nos relatórios gerenciais de forma assertiva direcionando ações para corri gir possíveis distorções que tenham ocorrido em relação aos objetivos planejados e propostos para a empresa De acordo com Padoveze 2006 os diversos tipos de gastos da empresa apresen tamse com diversas naturezas e atendem a uma variedade de objetivos no processo de transformação de seus recursos em produtos e serviços finais A necessidade de informações para uma adequada gestão dos custos recursos processos produtos e serviços exige um estudo pormenorizado de todos os gastos que ocorrem na empre sa classificandoos segundo suas principais naturezas e objetivos Tendo como base a importância de se conhecer os custos empresarias de forma organizada e classificada de acordo com os objetivos organizacionais nesta unidade estudaremos sobre a apuração dos custos nas empresas os critérios de classificação dos custos diretos e indiretos utilizando para tanto abordagens teóricas e exemplos práticos de aplicação INTRODUÇÃO Os custos empresariais podem ser classificados em relação aos produtos e também em relação ao volume de produção Quanto aos produtos são classificados em dire tos e indiretos e quanto ao volume de produção em fixos e variáveis Os itens que compõem os custos em uma indústria são a matériaprima a mão de obra e os insu mos de produção Essa classificação dos custos contribui para a análise financeira e gerencial identificando os fatores que compõem os custos dos produtos ou serviços de forma que o gestor avalie possíveis distorções que estejam gerando gastos desne cessários à empresa ao mesmo tempo em que reflete as decisões empresariais dire cionadas à otimização dos custos 41 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO De acordo com Padoveze 2006 a necessidade de informações para uma adequada gestão dos custos recursos processos produtos e serviços exige um estudo porme norizado de todos os gastos que ocorrem na empresa classificandoos segundo suas principais naturezas e objetivos O esquema apresentado a seguir mostra um panorama geral da classificação dos custos FIGURA 4 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Custos Quanto aos produtos Quanto ao volume de produção Diretos matériaprima mão de obra direta Fixos seguro depreciação mão de obra indireta taxas e impostos aluguel Variáveis matériaprima mão de obra direta energia elétrica materiais auxiliares combustíveis Indiretos energia elétrica seguros depreciação mão de obra indireta taxas e impostos materiais auxiliares aluguel combustível Fonte Elaborada pelo autor Nesta unidade abordaremos a classificação dos custos quanto aos produtos diretos ou indiretos E na próxima unidade trataremos dos custos quanto ao volume de produção variáveis e fixos Ao compreender o processo de classificação dos custos quanto aos produtos o gestor conseguirá analisar os fatores relacionados aos custos dos produtos que contribuem para a formação de preços dos produtos das empre sas atuando de forma assertiva no planejamento da organização e corretiva quando necessário seja negociando com fornecedores ou ajustando os processos produtivos 42 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 21 APURAÇÃO DE CUSTOS QUANTO AOS PRODUTOS A apuração dos custos em uma organização requer a adoção de critérios específicos a cada ramo de atividade porém a busca por uma apropriação adequada dos gastos é comum quando se busca identificar o valor real que é gasto para se produzir e comercializar um determinado produto ou serviço Esses critérios são estabelecidos pela área da contabilidade direcionada para a gestão dos custos a Contabilidade de Custos Segundo Marion 2018 a Contabilidade de Custos está voltada para o cálculo e a interpretação dos custos dos bens fabricados ou comercializados ou dos serviços prestados pela empresa Um dos principais desafios da área de custos é a identificação de um critério de rateio que seja coerente com o que determinado produto ou serviço demanda para sua produção Veja um exemplo Suponha que a Indústria de Skates Exemplo Ltda produza três produtos que utilizam linhas de produção diferentes O layout da empresa está represen tado a seguir 43 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO FIGURA 5 EXEMPLO DE LAYOUT DE UMA EMPRESA DO SEGMENTO INDUSTRIAL Equipamentos da Linha de produção 3 Produto C Equipamentos da Linha de produção 3 Produto C Equipamentos da Linha de produção 3 Produto C Escritório da Gerência de Produção Departamento de Manutenção Controle de Qualidade Almoxarifado Administração Comercial Fonte Elaborada pelo autor Considere também os seguintes aspectos relacionados à Indústria de Skates Exemplo Ltda A produção do Produto A corresponde a 50 da produção total da empresa A produção dos Produtos B e C corresponde a 25 da produção total da empresa cada Os equipamentos da Linha de Produção 03 responsável pela produção do produto C estão mais desgastados e demandam 80 dos gastos do setor de manutenção que tem 2 funcionários e as demais linhas 10 cada Sabendo que todos os gastos da empresa devem ser cobertos pelo preço de venda dos produtos A B e C seria adequado ou justo dividir os gastos da manutenção por 3 Obviamente que não 44 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Essa apropriação linear faria com que os produtos B e C ficassem mais caros do que realmente demandam do departamento de manutenção Reforçando essa análise podemos considerar que caso o produto C não fosse produzido na empresa uma parte significativa do departamento de manutenção não seria necessária na empresa Para Hoji 2019 a eficiente gestão dos recursos empresariais depende da interpre tação das informações que envolvem a empresa as quais devem ser interpretadas e utilizadas como diretrizes para as decisões de curto médio e longo prazos Essa é apenas uma perspectiva dentre as várias que podem ser aplicadas quando tratamos sobre critérios de rateio um dos maiores desafios da área de custos Nesta unidade abordaremos bastante esses critérios que são fundamentais para a correta apropriação e valoração dos produtos nas organizações 211 CUSTOS DIRETOS E CUSTOS INDIRETOS Conforme já estudamos os gastos empresariais podem ser classificados em custos despesas investimentos e perda Também vimos que o custo é reconhecido no momento da utilização dos fatores de produção para a fabricação de um produto ou execução de um serviço No âmbito de uma empresa comercial os custos se refe rem aos gastos para aquisição dos produtos e figuram no relatório de resultado como custo das mercadorias vendidas Em relação aos produtos os custos podem ser clas sificados como diretos ou indiretos De acordo com Martins 2010 a classificação de direto e indireto deve ser feita em relação ao produto feito ou serviço prestado e não à produção no sentido geral Alguns custos têm características especiais como parte dos materiais de consumo que pode ria ser apurada diretamente como lubrificantes de máquinas por exemplo mas dada a sua irrelevância e a dificuldade de se apurar a quantidade exata por produto são classificados como indiretos utilizandose rateio para apuração do valor unitário Essa classificação contribui para que se possam identificar as incidências de gastos que compõem os custos unitários dos produtos produzidos pelas empresas Inicial mente a apuração dos custos identifica os materiais e mão de obra que incidem diretamente no custo da empresa Em sequência devem ser apurados os gastos que incidem indiretamente na produção e que dependem da definição da base de rateio mais adequada para apuração do custo unitário do produto 45 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 2111 CUSTOS DIRETOS Os custos são classificados em relação aos produtos sendo que custos diretos são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos pois apresentam uma medida de consumo como peso horas de mão de obra unidade de embala gem materiais consumidos dentre outros que permitem a apuração direta sem rateios por unidade do produto De acordo com Padoveze 2013 custos diretos são aqueles que podem ser fisica mente identificados para um segmento particular em consideração Assim se o que está em consideração é uma linha de produtos então os materiais e a mão de obra envolvidos na sua manufatura seriam custos diretos Dessa forma relacionandoos com os produtos finais os custos diretos são os gastos industriais que podem ser alocados direta e objetivamente aos produtos Um custo será direto se for a Possível verificar ou estabelecer uma ligação direta com o produto final b Possível visualizálo no produto final c Clara e objetivamente específico do produto final e não se confundir com outros produtos d Possível medir sua participação no produto final etc Ainda segundo o autor os atributos que definem um custo direto em relação ao produto final são possibilidade de verificação possibilidade de medição identifica ção clara possibilidade de visualização da relação do insumo com o produto final especificidade do produto etc Os principais custos diretos são mão de obra e materiais comumente chamados de mão de obra direta e materiais diretos Em relação à mão de obra direta o valor a ser apropriado no custo do produto corresponde aos salários encargos e os demais valores pagos aos funcionários envolvidos diretamente na produção Já para os mate riais diretos o valor a ser apropriado é correspondente aos materiais que compõem o produto ou seu consumo é identificado de forma clara e assertiva Considere que a Indústria de Skates Exemplo Ltda produz skates para venda por atacado Cada produto disponibilizado ao cliente tem materiais quantificáveis de itens Vejamos um exemplo de uma lista de componentes deste produto 46 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO FIGURA 6 EXEMPLO DE UM PRODUTO SKATE Fonte SHUTTERSTOCK 2019 Utilizando o critério de apuração de custos diretos ou seja aqueles que podem ser quantificados diretamente por meio de uma unidade de medida que permita a quantificação sem rateios conseguimos apurar o custo direto da matériaprima do produto Tomemos a seguinte tabela de materiais da Indústria de Skates Exemplo Ltda 47 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO TABELA 2 MATÉRIAPRIMA UTILIZADA NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA PRODUÇÃO MENSAL 1440 OPERAÇÃO UNID OPERA ÇÃO QUANT POR PRODUTO SUBTO TAL QUANT TOTAL TOTAL Roda de silicone Unid 600 x 4 2400 5760 34560 Rolamento para roda de silicone Unid 400 x 4 1600 5760 23040 Truck Par 6000 x 1 6000 1440 86400 Shape Unid 3000 x 1 3000 1440 43200 Lixa para shape com cola Unid 800 x 1 800 1440 11520 Parafuso para fixar truck no shape Unid 200 x 8 1600 11520 23040 Total 15400 221760 Fonte Elaborada pelo autor Os valores apresentados na tabela se referem aos custos dos materiais diretos no qual estão inclusos os custos de reposição como frete seguros e custo da própria matériaprima Analisando a tabela observamos que todos os itens podem ser quantificados atra vés de uma unidade de medida e sem a utilização de rateios Dessa forma podemos calcular o custo unitário de matériaprima do produto dividindo o custo total pela quantidade produzida Custo unitário de matériaprima 221760 1440 15400 O passo seguinte é identificar o custo da mão de obra utilizada diretamente no produto Vejamos os apontamentos realizados na produção da empresa TABELA 3 MÃO DE OBRA DIRETA UTILIZADA NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA PRODUÇÃO MENSAL 1440 CENTRO DE TRABALHO OPERAÇÃO Nº DE FUNC CARGO SALÁRIO TOTAL DE SALÁRIOS ENCARGOS SOCIAIS 70 VALE TRANSP 4 BENEFÍCIOS 10 TOTAL DA FOLHA DE PAGAMENTO A shape A1 Cortar shape 1 Operário 1600 1600 1120 64 112 2896 A2 Cortar lixa 2 Operário 1600 3200 2240 128 224 5792 A3 Colar shape na lixa 1 Operário 1600 1600 1120 64 112 2896 A4 Furar shapelixa 1 Operário 1600 1600 1120 64 112 2896 48 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO PRODUÇÃO MENSAL 1440 CENTRO DE TRABALHO OPERAÇÃO Nº DE FUNC CARGO SALÁRIO TOTAL DE SALÁRIOS ENCARGOS SOCIAIS 70 VALE TRANSP 4 BENEFÍCIOS 10 TOTAL DA FOLHA DE PAGAMENTO B truck B1 Montar rolam na roda 2 Operário 1600 3200 2240 128 224 5792 B2 Montar roda no truck 1 Operário 1600 1600 1120 64 112 2896 C skate C1 Montar truck no shape 1 Operário 1600 1600 1120 64 112 2896 C2 Embalar 1 Operário 1600 1600 1120 64 112 2896 TOTAL 10 16000 11200 640 1120 28960 Fonte Elaborada pelo autor No caso da mão de obra devemos apurar o número de horas trabalhadas na produ ção mensal É normal que os funcionários não trabalhem ininterruptamente o dia todo e a empresa deve prover meios internos para apurar essas horas No nosso exem plo vamos considerar as seguintes premissas da empresa na produção de um skate O setor A gaste 30 minutos o setor B 20 minutos e o setor C 10 minutos tota lizando 60 minutos ou 1 hora por produto acabado O mês de produção indicado na tabela teve 20 dias úteis e os operários traba lham 8 horas por dia útil totalizando 160 horas mensais de trabalho 8 horas x 20 dias 160 A empresa registrou 90 de eficiência média no tempo produtivo dos funcio nários ou seja 10 do tempo dos funcionários foram dedicados a outras ativi dades não produtivas Dessa forma temos 144 horas de efetiva produtividade para cada funcionário Como a empresa tem 10 funcionários o tempo total efetivo utilizado na produ ção mensal foi o de 1440 horas de trabalho Podemos calcular o custo unitário da mão de obra direta dividindo o custo total da mão de obra pela quantidade produzida Custo unitário da mão de obra direta 28960 1440 2011 Somando os custos de matériaprima e custos de mão de obra direta conseguimos apurar o custo direto unitário do produto Custo Unitário Direto MPunit MODunit 15400 2011 17411 49 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Para apuração do total dos custos diretos podemos somar os custos totais de maté riaprima e de mão de obra direta Total dos Custos Diretos MPTotal MODTotal Total dos Custos Diretos 221760 28960 250720 212 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO Os custos indiretos são aqueles que por suas características não oferecem condição de mensuração objetiva sendo sua apropriação realizada de forma estimada e arbi trária geralmente por meio de rateio que tem como base algum indicador relaciona do ao custo envolvido De acordo com Martins 2010 o rol dos custos indiretos inclui custos indiretos propria mente ditos e alguns custos que poderiam ser tratados como diretos mas que são tratados como indiretos em função de sua irrelevância ou da dificuldade de medição ou até do interesse da empresa em ser mais ou menos rigorosa em suas informações Já segundo Padoveze 2013 todos os gastos que não são considerados diretos clas sificamse como indiretos São aqueles que não podem ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional e caso sejam atribuídos aos produtos serviços ou departamentos esses gastos o serão por meio de critérios de distribuição rateio alocação apropriação são outros termos utilizados São também denominados custos comuns O autor também considera que os custos indiretos caracterizamse basicamente por serem de caráter genérico e não específicos de produtos finais Sua relação com os produtos finais existe porém de forma indireta Exemplo de custo indireto são os gastos com as gerências ou diretorias da fábrica pois essas pessoas trabalham gene ricamente para todos os produtos da empresa e não especificamente para deter minado produto Para alocar esses gastos a cada um dos produtos da empresa há a necessidade de se elaborar um critério de distribuição com alguma base numérica ou percentual normalmente denominado rateio 50 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Custos Indiretos de Fabricação CIF O Custo Indireto de Fabricação é apurado através da seguinte composição CIF MOI MI OCI sendo que MOI faz referência à mão de obra indireta que corresponde aos funcioná rios que não trabalham diretamente na produção mas que dá suporte ao processo produtivo MI se refere a materiais indiretos que são materiais que não integram o produto mas são utilizados em sua produção como lixas materiais de limpeza do próprio produto etc OCI se refere a outros custos indiretos que são os demais gastos associados à fábrica mas que não têm relação direta com o produto como telefone materiais de limpeza da fábrica material de higiene dos funcionários etc No intuito de contribuir com nosso aprendizado vamos dar continuidade ao exem plo da Indústria de Skates Exemplo Ltda agora apurando os custos indiretos de fabricação A tabela apresentada a seguir apresenta os funcionários da empresa que não trabalham diretamente na produção mas são imprescindíveis para o correto funcionamento da empresa 51 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO TABELA 4 MÃO DE OBRA INDIRETA UTILIZADA NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA PRODUÇÃO MENSAL 1440 CENTRO DE TRABALHO OPERAÇÃO Nº DE FUNC CARGO SALÁRIO TOTAL DE SALÁRIOS ENCARGOS SOCIAIS 70 VALE TRANSP 4 BENEFÍCIOS 10 TOTAL DA FOLHA DE PAGAMENTO Gerência de Fábrica G1 Gerência de Fábrica 1 Gerente 6000 6000 3500 200 350 10050 Supervisão B1 Supervisão da Fábrica 1 Supervisor 2000 2000 1400 80 140 3620 Controle de Qualidade CQ1 Controle de Qualidade 1 Encarregado 1800 1800 1260 72 126 3258 CQ1 Controle de Qualidade 1 Auxiliar CQ 1200 1200 840 48 84 2172 Manutenção M1 Manutenção da Fábrica 1 Encarregado 1800 1800 1260 72 126 3258 M1 Manutenção da Fábrica 1 Auxiliar de manut 1200 1200 840 48 84 2172 TOTAL 6 14000 9100 520 910 24530 Fonte Elaborada pelo autor Utilizase o critério de apuração de custos indiretos ou seja aqueles que não ofere cem condição de mensuração objetiva sendo sua apropriação realizada por meio de rateio Em relação à mão de obra indireta de fabricação temos Custo Unitário da Mão de Obra Indireta 23530 1440 1634 Os custos de materiais indiretos de fabricação no período são os seguintes TABELA 5 MATERIAIS INDIRETOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA MATERIAIS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO Materiais de limpeza dos produtos 18800 Materiais diversos 10000 Total 28800 Fonte Elaborada pelo autor O cálculo do custo unitário de materiais indiretos de fabricação é apurado por meio do seguinte cálculo Custo Unitário de Materiais Indiretos 28800 1440 020 52 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Considerando os demais custos indiretos de fabricação da empresa utilizados no mesmo período temos TABELA 6 OUTROS CUSTOS INDIRETOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA OUTROS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO Aluguel da fábrica 500000 Água 40000 Energia elétrica 80000 Materiais utilizados na manutenção 60000 Material de limpeza 25000 Material de expediente 15000 Total 720000 Fonte Elaborada pelo autor O cálculo do custo unitário de outros custos indiretos de fabricação é apurado através do seguinte cálculo Custo Unitário Outros Custos de Fabricação 7200 1440 500 Somando os custos de mão de obra indireta os materiais indiretos e os outros custos indiretos de fabricação apuramos o custo indireto unitário do produto CIF unitário MOI MI OCI 1634 500 020 2154 Outra forma de calcular o CIF unitário seria dividindo o valor total dos CIFs pela produ ção mensal Valor Total dos CIFs 23530 28800 7200 31018 Valor Unitário dos CIFs 31018 1440 2154 53 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Para apuração do custo unitário total de cada produto devemos somar os custos diretos e custos indiretos de fabricação Custo Unitário Total Custos Diretos Custos Indiretos de Fabricação Custo Unitário Total 17411 2154 19565 Outra forma de calcular o custo unitário total do produto seria dividindo o valor total dos custos diretos indiretos pela produção mensal Total dos Custos de Produção Custos Diretos Custos Indiretos Total dos Custos de Produção 250720 31018 281738 Total dos Custos de Produção 281738 1440 19565 Como podemos concluir o custo de 19565 foi apurado em um determinado perío do no nosso exemplo em 1 mês sendo que nos períodos seguintes de apuração pode haver valores diferentes devido principalmente ao comportamento dos custos indiretos e ao volume de produção No nosso exemplo consideramos um mês com 20 dias úteis mas esse valor é diferente dependendo do número de feriados do mês e do próprio mês uma vez que os meses apresentam número de dias diferentes A apuração dos custos quanto aos produtos permite ao gestor analisar separada mente os custos que são aplicados direta e indiretamente na produção dos produtos ou serviços comercializados pela empresa sendo um importante instrumento para controle dos fatores de produção Através dessa classificação o gestor poderá asso ciar os valores apurados às decisões tomadas pela empresa visando otimizar seus recursos Caso identifique que os custos diretos estão acima dos padrões para seu segmento de atuação por exemplo poderá atuar de forma corretiva ajustando os processos para correção das distorções sendo que o mesmo pode ocorrer em relação aos custos indiretos 54 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO CONCLUSÃO Organizar classificar e apurar custos envolve dedicação e principalmente envolvi mento por parte dos gestores organizacionais pois depende da aplicação de proces sos trabalhosos que englobam toda a organização Desde o registro das atividades operacionais mais simples até a elaboração de relatórios gerenciais de custos a estru turação dos custos organizacionais exige rigor na aplicação dos critérios de classifica ção de custos uma vez que a aplicação de critérios inadequados ou destorcidos pode gerar perdas financeiras e econômicas para a empresa Não são poucas as organizações que têm problemas gerenciais e financeiros justa mente por não se dedicarem de forma adequada à apuração de seus custos A classi ficação incorreta dos custos dos produtos a serem vendidos compromete o processo de formação de preços da empresa sendo que vender um produto por um preço abaixo de seu custo gera prejuízos irrecuperáveis pois o processo de produção ou aquisição dos produtos incorre na composição dos custos de cada produto Já a correta classificação dos custos permite aos gestores analisarem suas ativida des operacionais confrontando com as estratégias estabelecidas para a empresa de forma a atuar corrigindo possíveis distorções que venham ocorrer no direcionamento das ações organizacionais Conhecer os conceitos custos diretos e indiretos e aplicálos na classificação dos custos organizacionais contribui para que sejam identificados os custos que estão diretamente associados aos produtos e serviços e também aqueles que não têm essa característica e porém são imprescindíveis para a produção Havendo custos desnecessários essa classificação permite a identificação desses contribuindo para a eliminação de perdas e redução dos prejuízos nas organizações Aprendendo sobre apuração dos custos diretos e indiretos o gestor financeiro terá uma importante ferramenta de gestão que influenciará de forma decisiva em seu sucesso profissional no âmbito empresarial 55 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa Classificar Custos Variáveis e Custos Fixos no âmbito empresarial Aplicar conceitos relacionados à classificação de custos Variáveis e Fixos Aplicar conceitos relacionados aos custos fixos e variáveis na apuração do custo unitário do produto Aplicar conceitos de Departamentalização na apuração dos gastos empresariais Analisar o impacto da gestão dos gastos nos resultados empresariais UNIDADE 3 56 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 3 APURAÇÃO DE CUSTOS QUANTO AO VOLUME DE PRODUÇÃO Abordando o comportamento dos custos organizacionais Padoveze 2006 ressalta a importância da análise da evolução dos custos fixos e variáveis em relação ao volu me de atividade da empresa argumentando que nesta análise tomase como refe rência o volume de produção e verificase como os custos aumentam ou diminuem em relação a esse volume FIGURA 7 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Custos Quanto aos produtos Quanto ao volume de produção Diretos matériaprima mão de obra direta Fixos seguro depreciação mão de obra indireta taxas e impostos aluguel Variáveis matériaprima mão de obra direta energia elétrica materiais auxiliares combustíveis Indiretos energia elétrica seguros depreciação mão de obra indireta taxas e impostos materiais auxiliares aluguel combustível Fonte Elaborada pelo autor Nesta unidade abordaremos a classificação dos custos quanto ao volume de produ ção variáveis ou fixos Ao compreender o processo de classificação dos custos quan to ao volume de produção o gestor poderá identificar o comportamento dos custos dos produtos da empresa diante de oscilações de mercado que influenciam em sua produção intervindo na gestão dos custos e ajustando as operações da empresa em relação ao mercado 57 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO INTRODUÇÃO Tanto a produção quanto as vendas de produtos ou serviços das empresas variam de um período para outro Porém existem custos que variam de forma proporcional à produção ou às vendas e há outros que permanecem fixos independentemen te destas variações Este comportamento dos custos organizacionais influencia de forma significativa na apuração dos custos dos produtos ou serviços vendidos Se os custos não forem apropriados adequadamente podem ocorrer distorções na forma ção dos preços resultando inclusive em prejuízos Suponha que em um setor de montagem de uma indústria existam 5 operários que trabalham montando peças para um determinado produto e 1 supervisor de produção que dedica 5 horas por semana para supervi sionar a produção destes operários Quanto maior a produção demandada maior será o número de horas dos operários dedicadas à produção daque le determinado produto porém o trabalho do supervisor se mantém fixo independentemente da quantidade produzida Como o número de horas trabalhadas pelos operários varia proporcionalmente à produção é consi derado como Custo Variável Por não apresentar esta característica em rela ção à produção o valor das horas trabalhadas pelo supervisor é considerado como Custo Fixo A correta apuração entre Custos Fixos e Custos Variáveis permite que os custos de produção sejam feitos de forma mais assertiva contribuindo para que o custo unitá rio dos produtos seja coerente com os reais gastos incorridos em sua produção Cabe salientar que esta classificação considera em determinado período o volume de ativi dades de produção o valor total dos custos desta produção e o custo unitário do produto 58 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 31 CUSTOS VARIÁVEIS Os Custos Variáveis consideram a relação entre o volume de produção e valor incorri do na produção em determinado período Como já vimos os custos que apresentam variação proporcional direta com a quantidade produzida são considerados custos variáveis Segundo Padoveze 2013 Custos Variáveis São assim chamados os custos cujo montante em unidades monetárias varia na proporção direta das variações do nível de atividade a que se relacionam Tomando como referencial o volume de produção ou vendas os custos variá veis são aqueles que em cada alteração da quantidade produzida ou vendi da terão uma variação direta e proporcional em seu valor Se a quantidade produzida aumentar o custo aumentará na mesma proporção Se a quanti dade diminuir o custo também diminuirá na mesma proporção Por exemplo se a quantidade tiver um aumento de 10 e o custo aumentar também em 10 será considerado um custo variável Da mesma forma se a quantidade tiver uma redução de 20 e o custo diminuir em 20 será também conside rado um custo variável PADOVEZE 2013 p 51 De forma geral podemos considerar que quanto maior a quantidade a ser produzida de determinado produto maior e na mesma proporção será o valor do custo total desta proporção Vejamos um exemplo para auxiliar a nossa compreensão 59 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Considerando os dados da Indústria de Skates Exemplo Ltda podemos identificar os Custos Variáveis Utilizaremos os valores para Custos Diretos de Fabricação da empresa tota lizando 25072000 e como se tratam de custos que variam de forma proporcional ao volume de produção iremos considerálos custos variáveis A Tabela a seguir apresenta esta variação proporcional TABELA 7 COMPORTAMENTO DOS CUSTOS VARIÁVEIS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA VOLUME DE PRODUÇÃO CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO CUSTO VARIÁVEL TOTAL 0 17411 000 1000 17411 17411111 1440 17411 25072000 2000 17411 34822222 5000 17411 87055556 Fonte Elaborada pelo autor Analisando a tabela podemos observar que quanto maior a produção maior será o Custo Variável Total A análise do gráfico a seguir representativo dos Custos Variáveis contribui para a nossa compreensão sobre o comportamento dos custos variáveis 60 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO GRÁFICO 1 COMPORTAMENTO DOS CUSTOS VARIÁVEIS TOTAIS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA Produção x Custos Variáveis 1000000 900000 800000 700000 600000 500000 400000 300000 200000 100000 0 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Custo Variável Total Fonte Elaborado pelo autor Podemos observar no gráfico que o valor total dos custos variáveis varia proporcional mente aos níveis de produção sendo esta característica determinante para que seja classificado como custo variável 32 CUSTOS FIXOS Diferentemente dos Custos Variáveis os Custos Fixos não apresentam relação com a quantidade produzida mantendose com valores fixos em diferentes níveis de produ ção Aluguéis salários de gerentes e supervisores de produção seguros da fábrica depreciação de máquinas e equipamentos dentre outros apresentam esta caracte rística De acordo com Padoveze 2013 o conceito de custo fixo é aplicado àqueles custos cujos valores não variam dentro do período analisado Os valores gastos a título de tais custos serão sempre os mesmos não importando o volume produzido ou vendi do dos produtos 61 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO De forma geral podemos considerar que independentemente da quantidade a ser produzida de determinado produto o valor destes custos se manterá no mesmo patamar Dando continuidade ao exemplo da indústria de Skates Exemplo Ltda vejamos como se daria a apuração dos custos fixos Trabalharemos com Custos Indiretos de Fabricação da empresa totalizan do 31018 sendo que todos apresentam características indicando que são custos que permanecem fixos independentemente da quantidade produzi da Considerando a mesma estrutura composição de custos em diferentes níveis de produção estes custos permanecem fixos TABELA 8 COMPORTAMENTO DOS CUSTOS FIXOS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA VOLUME DE PRODUÇÃO CUSTO FIXO TOTAL CUSTO FIXO UNITÁRIO 0 3101800 0 1000 3101800 3102 1440 3101800 2154 2000 3101800 1551 5000 3101800 620 Os Materiais Indiretos por apresentarem valor pouco significativo foram conside rados como fixos Fonte Elaborada pelo autor Analisando a tabela podemos observar que quanto maior a produção devido a rateio menor será o Custo Fixo Unitário A análise do gráfico representativo dos Custos Fixos contribui para a nossa compreensão sobre o comportamento dos custos fixos 62 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO GRÁFICO 2 COMPORTAMENTO DOS CUSTOS FIXOS TOTAIS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA Produção x Custos Fixos 70000 60000 50000 40000 30000 20000 10000 Quantidade 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Custo Fixo Total 0 0 Valor 31018 31018 Fonte Elaborado pelo autor Podemos observar no gráfico que o valor total dos custos fixos se mantém estável nos diversos níveis de produção sendo esta característica determinante para que seja classificado desta forma Alguns custos podem apresentar características de custos variáveis e custos fixos ao mesmo tempo sendo reconhecidos como custos semivariáveis ou semifixos Por exemplo se um funcionário da produção ganhar um prêmio por produtividade além de seu salário mensal terá uma parcela de seus rendimentos na empresa fixa salário mensal e outra parcela que varia de acordo com sua produtividade prêmio por produtividade Nestes casos cabe ao gestor considerar estas duas perspectivas na apuração dos custos dos produtos envolvidos neste processo 63 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 33 TOTALIZAÇÃO DOS CUSTOS E APURAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO DO PRODUTO Após a totalização e classificação de todos os custos envolvidos na produção é possí vel a identificação do valor unitário de cada produto considerando que no decorrer do processo parte dos custos foi apurada por meio de rateio custos fixos e parte considerando a variação proporcional da produção custos variáveis Vejamos como se daria este processo no exemplo da Indústria de Skates Exemplo Ltda TABELA 9 COMPORTAMENTO DOS CUSTOS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA Volume de Produção Custo Fixo Total Custo Variável Total Custo Total Fixo Variá vel Custo Unitá rio Fixo Variável 0 3101800 000 31018 1000 3101800 17411111 250129 20513 1440 3101800 25072000 281738 19565 2000 3101800 34822222 379240 18962 5000 3101800 87055556 901574 18031 Fonte Elaborada pelo autor Observamos na tabela que quanto maior a produção menor o Custo Unitário Total do Produto Isto acontece justamente pelo fato de os Custos Fixos permanecerem estáveis mesmo com a variação do volume de produção 64 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO GRÁFICO 3 COMPORTAMENTO DOS CUSTOS TOTAIS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA Produção x Custos Total FixosVariáveis 400000 350000 300000 250000 200000 150000 100000 50000 500 1000 1500 2000 Quantidade Custo Fixo Total Custo Total 0 0 Fonte Elaborado pelo autor Podemos observar no gráfico que o valor total dos custos no ponto Zero já totaliza 31018 valor correspondente aos custos fixos ou seja se a empresa não produzir nenhuma unidade os custos fixos ocorrerão da mesma forma Porém na medida em que a quantidade produzida cresce os custos totais crescem acompanhando o aumento da produção Se a empresa aumentar sua estrutura de forma que seus custos fixos aumen tem aumento do espaço da fábrica com aumento do aluguel ou contrata ção de mais supervisores por exemplo os custos fixos podem aumentar em níveis neste caso os cálculos devem ser refeitos 65 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 34 DEPARTAMENTALIZAÇÃO O termo departamentalização se refere à divisão de uma organização em áreas distintas departamentos de acordo com as atividades desenvolvidas nas respecti vas áreas Segundo Martins 2010 Departamento é a unidade mínima para a Contabilidade de Custos representada por pessoas e máquinas na maioria dos casos em que se desenvolvem atividades homogêneas Dizse unidade mínima administrativa pelo fato de que há um responsável para cada Departamento sobre o qual a responsabi lidade de seu controle será atribuída Dependendo da estrutura organizacional de cada empresa o departamento pode ter outra nomenclatura como setor seção ou ilha sendo que um departamento também pode ser dividido em vários Centros de Custos De acordo com Padoveze 2013 originariamente a contabilidade classifica os gastos apenas em contas contábeis que representam os principais tipos de gastos que a empresa tem Contudo para fins de custos essa classificação única é insuficiente É necessário uma segunda classificação agora por setor ou atividade ou departamen to Os gastos também devem ser contabilizados em centros de custos contábeis que representam o menor segmento de atividade ou de área de responsabilidade onde são executados trabalhos homogêneos Um centro de custo ou centro de despesa pode ser tanto uma atividade como um departamento dependendo da estrutura organizacional Suponha que a Indústria de Skates Exemplo Ltda apresente a seguinte rela ção de despesas administrativas e comerciais em um mês 66 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO TABELA 10 GASTOS GERAIS DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA Gastos gerais Indústrias de Skates Exemplo Ltda Recursos Humanos A Nº de Func Salário Gerente administrativo 01 500000 500000 Secretária Administrativa 01 180000 180000 Gerente comercial 01 500000 500000 Secretária Comercial 01 180000 180000 Recepcionista 01 120000 120000 Telefonista 01 120000 120000 Serviços gerais 01 105000 105000 Auxiliar Administrativo 03 140000 420000 Auxiliar Comercial 02 140000 280000 Vendedor 04 150000 600000 Comprador 01 200000 200000 Auxiliar Compras 02 140000 280000 Total 3485000 Despesas diversas B Valor Aluguel 510000 Energia elétrica 180000 Água 99000 Telefone para vendas 500000 Telefone administrativo 180000 Telefone Compras 280000 Material de limpeza 45000 Material de expediente 120000 Condomínio predial 60000 Total 1974000 TOTAL GERAL A B 5459000 Fonte Elaborada pelo autor Podemos agrupar os gastos da empresa e confrontálos com as receitas para iden tificarmos o resultado operacional da empresa Porém aplicando os princípios da departamentalização os dados são expostos de forma a contribuir para uma análise dos setores da empresa considerando o objetivo de cada departamento Vejamos 67 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO TABELA 11 GASTOS GERAIS DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA SEPARADOS POR DEPARTAMENTO Gastos gerais Cia Exemplo Ltda Recursos Humanos A Nº de Func Salário Despesas Adminis trativas Despesas Comer ciais Despesas com Compras Gerente administrativo 1 500000 500000 500000 Secretária administrativa 1 180000 180000 180000 Gerente comercial 1 500000 500000 500000 Secretária comercial 1 180000 180000 180000 Recepcionista 1 120000 120000 40000 40000 40000 Telefonista 1 120000 120000 40000 40000 40000 Serviços gerais 1 105000 105000 35000 35000 35000 Auxiliar adminis trativo 3 140000 420000 420000 Auxiliar comercial 2 140000 280000 280000 Vendedor 4 150000 600000 600000 Comprador 1 200000 200000 200000 Auxiliar compras 2 14000 280000 280000 Total 3485000 1215000 1675000 595000 Despesas diversas B Valor Aluguel 510000 170000 170000 170000 Energia elétrica 180000 60000 60000 60000 Água 99000 33000 33000 33000 Telefone para vendas 500000 500000 Telefone Administrativo 180000 180000 Telefone compras 280000 280000 Material de limpeza 45000 15000 15000 15000 Material de expediente 120000 40000 40000 40000 Condomínio predial 60000 20000 20000 20000 Total 1974000 518000 838000 618000 TOTAL GERAL A B 5459000 1733000 2513000 1213000 Fonte Elaborada pelo autor 68 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Com os dados distribuídos por departamento no exemplo indicado Administrativo Comercial e Compras a análise do gestor financeiro pode ser realizada com base na função de cada departamento comparando ano a ano por exemplo podendo inclusive efetuar comparações com departamentos similares de outras unidades da própria empresa ou mesmo de outra Um aspecto a ser considerado nos valores apresentados se refere à divisão por três rateio de algumas despesas comuns a todos os departamentos como material de limpeza de expediente condomínio aluguel dentre outros Esta divisão por média simples nem sempre é adequada uma vez que um departamento pode estar utili zando determinado benefício em maior proporção do que outro Por exemplo o espaço utilizado pelo departamento comercial pelo maior núme ro de funcionários alocados neste setor neste caso seria considerável que despesas como aluguel condomínio e material de limpeza fossem distribuídas de acordo com o espaço utilizado Neste caso a base de rateio poderia ser a quantidade de metros quadrados utilizada por cada departamento Despesas que já estão alocadas por departamento pelo fato de terem identificadores específicos como as contas de telefone não necessitam de rateio e podem ser aloca das diretamente a cada departamento A mesma compreensão ocorre em relação aos salários e outras despesas que apresentarem a mesma característica Com base no exemplo apresentado podemos compreender a importância do processo de departamentalização para a gestão das finanças empresariais uma vez que este processo permite que o gestor visualize os resultados da empresa de forma abrangente e ao mesmo tempo segmentada de acordo com a função de seus diver sos setores 35 CUSTOS DESPESAS E A APURAÇÃO DOS RESULTADOS ORGANIZACIONAIS Todas as decisões da gestão das empresas que envolvem recursos financeiros e econô micos exercerão influência em seus resultados O aumento de preços por exemplo poderá gerar aumento de receitas e consequentemente melhoria em seu resultado Por outra perspectiva o aumento dos salários dos funcionários ou qualquer outro 69 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO aumento nos gastos organizacionais sem o devido repasse aos preços gerará redução em seu resultado Os custos e as despesas das organizações são contabilizados e apresentados no Demonstrativo de Resultado do Exercício DRE relatório contábil no qual é apura do o lucro ou prejuízo da empresa Neste tópico abordaremos a forma com que os gastos empresariais são apresentados na apuração dos resultados empresariais Pensando novamente no exemplo da Indústria de Skates Exemplo Ltda vejamos como as despesas e os custos que apuramos até o momento são apresentados no DRE Para complementar as informações vamos considerar que no mesmo período de apuração dos custos a empresa tenha comer cializado apenas um de seus produtos conforme apresentado na Tabela seguinte TABELA 12 VENDAS DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA PRODUTO QUANTIDADE PREÇO DE VENDA CUSTO FIXO UNITÁRIO Skate modelo A 1440 34000 48960000 Fonte Elaborada pelo autor Em relação aos custos Variáveis e Fixos apurados temos TABELA 13 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA PRODUTO QUANTIDADE PREÇO DE VENDA CUSTO FIXO UNITÁRIO Custos Variáveis 1440 17411 25072000 Custos Fixos 3101800 Custos dos Produtos Vendidos 28173800 Fonte Elaborada pelo autor 70 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Por terem natureza similar as despesas do departamento de compras foram soma das às despesas administrativas Vejamos TABELA 14 DESPESAS ADMINISTRATIVAS DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA GASTOS VALOR Despesas Departamento Administrativo 1733000 Despesas Departamento de Compras 1213000 Despesas Administrativas 2946000 Fonte Elaborada pelo autor As despesas comerciais normalmente são apresentadas de forma separada pois é interessante comparar e analisar os reflexos dos gastos com a área comercial e a variação das vendas como uma forma de verificar a efetividade dos esforços da área comercial TABELA 15 DESPESAS COMERCIAIS DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA GASTOS VALOR Despesas 2513000 Fonte Elaborada pelo autor No DRE estes gastos são confrontados com as receitas em formato padronizado pela legislação Enfim a apuração do resultado da Indústria de Skates Exemplo 71 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO TABELA 16 DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA 1 Receitas obtidas com aplicações de saldos disponíveis 2 Despesas com financiamento de capital de giro da empresa Fonte Elaborada pelo autor No DRE apresentado foram considerados 2165 de Impostos sobre as recei tas de vendas e 15 sobre o Lucro antes do Imposto de Renda e Contribui ção Social Porém o valor dos impostos deve ser calculado de acordo com o regime de tributação adotado por cada empresa e também de acordo com os percentuais praticados no estado da federação no qual a nota fiscal está sendo emitida 72 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Os percentuais da tabela foram calculados sobre a Receita Líquida Receita Bruta menos Impostos e Devoluções pelo fato de que os percentuais de impostos são definidos pelo governo ambiente externo e as decisões do gestor não afetam estes percentuais Após a apuração do DRE é possível identificar o impacto dos custos e das despesas no resultado da empresa buscando estabelecer parâmetros que definem o sucesso ou não da gestão empresarial tendo como base o resultado lucro ou prejuízo do exercício em determinado período Segundo Marion 2018 o sucesso da gestão sem dúvida será medido comparandose o resultado do exercício obtido pela Demons tração do Resultado do Exercício com os investimentos realizados na empresa por seus proprietários Observamos que os Custos dos Produtos Vendidos correspondem a 734 das Recei tas Líquidas as Despesas Administrativas 77 e as Despesas Comerciais 66 Estes percentuais podem ser comparados pelo gestor com percentuais de outras empre sas do mesmo setor e com a média do segmento de atuação da empresa Também podem ser comparados com períodos anteriores da própria empresa para efeito de associação entre decisões do gestor e os resultados obtidos Por exemplo se a empresa optar por comprar um equipamento novo que otimize e reduza o custo da produção os reflexos serão projetados nos Custos dos Produtos Vendidos Por outro lado se mudar a administração da empresa para outro imóvel com aluguel inferior os reflexos desta decisão serão projetados nas despesas admi nistrativas e nas despesas comerciais uma vez que o aluguel é rateado nos dois departamentos Para Hoji 2019 a análise de demonstrações contábeis tem a finalidade de eviden ciar com base nas informações disponibilizadas a posição econômica e financeira da empresa em uma data bem como o seu desempenho em determinado período De posse das informações o gestor financeiro deve buscar interpretar os dados de acordo com sua experiência e vivência na organização que está gerindo relacionan do suas decisões com estas informações e interpretandoas de acordo com os concei tos que embasam a apuração e classificação dos gastos empresariais 73 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO CONCLUSÃO Esta unidade apresentou conceitos importantes para a análise financeira e gerencial que são determinantes para o sucesso das organizações O conhecimento sobre o comportamento dos custos organizacionais contribui para que o gestor compreen da a influência das variações na produção e nos resultados empresariais Os Custos Fixos incidem sobre as finanças das empresas de forma independente da produção por isto devem ser foco de atenção constante por parte da gestão da empresa Já os custos variáveis variam de acordo com a produção e o gestor deve acompanhar sua evolução a cada nível de produção alcançado pela empresa Identificados e classifi cados os custos fixos e variáveis são totalizados para apuração do Custo Unitário do Produto informação importante no processo de formação de preços da empresa A Departamentalização também contribui para o processo de formação de preços e para o processo de apuração do resultado organizacional pois segmenta a orga nização em áreas distintas de acordo com os objetivos das atividades desenvolvidas em cada setor Por sua vez a contabilidade da empresa classifica e agrupa os gastos destes setores de forma que possam ser agrupados e analisados pelo gestor Todos estes procedimentos são confrontados com as receitas de vendas da empre sa no intuito de se apurar o resultado organizacional Como todas as empresas têm como objetivo o lucro é fundamental para o gestor compreender os processos apre sentados nesta unidade buscando analisar os impactos das decisões nos resultados empresariais 74 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa Conhecer os métodos de custeio por absorção e variável Aplicar conceitos relacionados aos métodos de custeio Aplicar os métodos de custeio no âmbito empresarial Diferenciar as características dos sistemas de custeio aplicados nas organizações Analisar os resultados organizacionais de acordo com o método de custeio adotado UNIDADE 4 75 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 4 SISTEMAS DE CUSTEIO A forma com que os custos empresariais são apurados influencia nas respectivas análises que os gestores devem fazer sobre o comportamento dos custos organi zacionais Por isso é fundamental que o gestor financeiro tenha conhecimento dos diversos métodos de custeio disponíveis no mercado para que possa tanto definir o mais adequado para sua empresa quanto analisar seus resultados em concomitância com as decisões tomadas pela empresa em relação às suas finanças Nesta unidade serão abordados o método de custeio por absorção que é aceito pela atual legislação brasileira para o Imposto de Renda e o método de custeio variável importante ferramenta de auxílio à gestão das empresas Os dois métodos utilizam os mesmos conceitos básicos como custos diretos indiretos fixos e variáveis diferin do na forma ou método com que são apresentados na apuração dos resultados das empresas É importante que em sua prática profissional o gestor domine as particu laridades de cada método para que possa compreender os reflexos de suas decisões nas finanças organizacionais INTRODUÇÃO O termo sistema de custeio se refere ao método através do qual os custos são apro priados aos produtos para em seguida definir o preço de venda dos respectivos produtos Isso significa que apropriar custos de forma que o custo apurado não reflita os reais gastos para a disponibilização do produto pode resultar em diversas perdas para as organizações por definir um preço acima ou abaixo do custo unitário a ser identificado Por exemplo um preço de venda definido a partir de um custo superestimado pode resultar em perda de mercado pelo fato de a empresa vir a praticar preços acima da concorrência principalmente se esta utilizar métodos de custeio precisos em relação a seus produtos Por outra perspectiva um preço de venda definido a partir de um custo subestimado pode resultar em vendas com prejuízo para a empresa sendo esse prejuízo potencializado caso a empresa tenha aumento de vendas devido à prática de preços abaixo do mercado 76 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 41 SISTEMAS DE CUSTEIO O sistema de custeio adotado pelas empresas é fator determinante para seu suces so econômico e financeiro uma vez que todos os seus esforços operacionais admi nistrativos e financeiros são direcionados para a maximização de seus resultados A correta compreensão dos métodos de custeio por absorção e variável consiste numa competência inerente ao trabalho do gestor uma vez que os gastos empresariais devem ser trabalhados de forma a atender às necessidades de informações existen tes em sua prática profissional 411 CUSTEIO POR ABSORÇÃO O sistema de custeio por absorção tem como característica apropriar custos fixos e variáveis aos produtos de forma que os custos apurados em determinado período sejam absorvidos por esses produtos De acordo com Padoveze 2013 o custeio por absorção é o método legal e fiscal que utiliza apenas os gastos da área industrial para formar o custo unitário dos produtos e serviços é consistente com o modelo oficial de apuração dos resultados das empre sas Esse método caracterizase por utilizar os custos diretos industriais utilizar os custos indiretos industriais por meio de critérios de apropriação ou rateio não utilizar os gastos administrativos não utilizar os gastos comerciais sejam diretos sejam indiretos o somatório do custo dos produtos e serviços vendidos no período dá origem à rubrica custo dos produtos e serviços na demonstração de resultados do período o somatório do custo dos produtos e serviços ainda não vendidos dá origem ao valor dos estoques industriais no balanço patrimonial do fim do período estoques em processo e estoque de produtos acabados 77 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Ao utilizar esse método a empresa considera que todos os custos relacionados à mão de obra direta ao material direto e aos custos indiretos de fabricação em determi nado período são rateados ou alocados aos produtos independentemente de terem sido comercializados Segundo Santos 2017 o método de custeio por absorção consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos elaborados de forma direta e indireta rateios A figura apresentada a seguir mostra uma perspectiva sobre a utilização deste méto do de custeio FIGURA 8 PERSPECTIVA DO MÉTODO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO Custos Apropriados ao produtos Receitas Líquidas Custos Margem bruta Despesas administrativas Despesas administrativas Resultado operacional DRE Balanço Patrimonial Lançadas no DRE Contabilizandos no Ativo Ativo Passivo Despesas Investimentos Fonte Elaborado pelo autor 2019 Como todo processo que envolve classificação e apuração de custos está diretamen te ligado à contabilidade da empresa no método de custeio de absorção os seguin tes tratamentos contábeis são dados às informações apuradas 78 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Custos essa forma de apuração considera inicialmente a apuração dos custos em diretos e indiretos para quando da ocasião da venda serem lançados no Demonstra tivo do Resultado do Exercício DRE Os produtos acabados que não foram comer cializados são contabilizados em uma conta normalmente chamada de estoque de produtos acabados Despesas as despesas são apuradas de acordo com a operação da empresa geral mente separadas em administrativas e comerciais seguindo critérios definidos pela gestão da própria empresa para em seguida serem lançadas no DRE Investimentos os investimentos em máquinas e equipamentos são contabilizados como ativos da empresa e registrados na coluna ativo do balanço patrimonial É impor tante ressaltar que o desgaste desses investimentos decorrentes de seu uso na produ ção também é considerado no processo de apuração de custos pela depreciação De acordo com Padovese 2013 considerase insumo industrial de depre ciação a perda de valor dos ativos imobilizados utilizados no processo indus trial Normalmente a perda de valor dáse pelo uso e desgaste ou pela obso lescência Assim a diferença entre o valor do bem novo e o valor do bem usado é denominada depreciação Essa perda de valor é um gasto e sendo da área industrial é um custo de fabricação A cada redução de valor do bem quanto mais usado ele é ou quanto mais transcorre o tempo um valor a título de depreciação é contabilizado Como exemplo suponha um equipamento com vida depreciável de 10 anos que foi adquirido por 20000 poderá ser depreciado à taxa linear de 2000 por ano sendo esse valor mesmo não representando uma saída de caixa deduzido das receitas da empresa e consequentemente reduzindo os impostos sobre o lucro da empresa À medida que os gastos são realizados pela empresa vão sendo absorvidos pelos produtos Veja um exemplo de aplicação do método de custeio por absorção aplica do ao contexto empresarial 79 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Considere que a empresa Exemplo Ltda comercializou no mês 07 de deter minado ano três produtos Gray White e Yellow A planilha de vendas foi a seguinte TABELA 17 EMPRESA EXEMPLO VENDAS BRUTAS MÊS 07 PRODUTO QUANT PREÇO UNIT TOTAL Produto Gray 1000 10000 10000000 Produto White 2000 20000 40000000 Produto Yellow 4000 5000 20000000 Total 7000 70000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Os Custos Indiretos de Fabricação CIFs da empresa apurados neste mês foram os seguintes TABELA 18 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO CIFS MÊS 07 ITENS VALOR Energia elétrica 450000 Aluguel da fábrica 750000 Materiais de expediente e de limpeza 100000 Materiais utilizados na limpeza dos produtos acabados 200000 Salário Encargosbenefícios da equipe de controle de qualidade 1760000 Salário Encargosbenefícios da equipe de manutenção 1540000 Salários Encargosbenefícios do gerente e supervisores de produção 2200000 TOTAL 7000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Considerando que nesse mesmo mês foram registradas 2800 horas de produção e utilizando esse indicador como base de rateio temse a seguinte taxa de custo indi reto 80 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO TABELA 19 EMPRESA EXEMPLO HORAS DE PRODUÇÃO POR PRODUTO MÊS 07 PRODUTO Nº HORAS Produto Gray 400 Produto White 800 Produto Yellow 1600 TOTAL 2800 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Taxa de rateio 70000 2800 2500 A aplicação da taxa de rateio nos Custos Indiretos de Fabricação da Empresa Exem plo Ltda demanda que sejam consideradas as horas utilizadas na produção de cada produto para que os custos sejam absorvidos pelos respectivos produtos a o primeiro cálculo a ser realizado é referente ao valor total do CIF a ser apropriado a cada produto de acordo com as horas de produção TABELA 20 EMPRESA EXEMPLO RATEIO DOS CIFS POR HORAS DE PRODUÇÃO MÊS 07 PRODUTO Nº HORAS RATEIO CIF VALOR A APROPRIAR Produto Gray 400 2500 1000000 Produto White 800 2500 2000000 Produto Yellow 1600 2500 4000000 TOTAL 2800 7000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 b apurados os valores dos CIFs totais por produto a etapa seguinte é calcular o valor dos CIFs a serem apropriados a cada unidade do produto TABELA 21 EMPRESA EXEMPLO RATEIO DOS CIFS POR UNIDADE PRODUZIDA MÊS 07 PRODUTO VALOR A APROPRIAR PRODUÇÃO NO MÊS VALOR A APROPRIAR Produto Gray 1000000 1000 1000 Produto White 2000000 2000 1000 Produto Yellow 4000000 4000 1000 TOTAL 7000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 81 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Considerando os valores dos custos diretos apurados para os produtos da Empresa Exemplo Ltda as tabelas apresentadas a seguir mostram a composição dos custos unitários dos produtos comercializados pela empresa no mês 07 a Custo de Mão de Obra Direta MOD TABELA 22 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS TOTAIS DE MÃO DE OBRA DIRETA MÊS 07 PRODUTO QUANT PREÇO UNIT TOTAL Produto Gray 1000 1800 1800000 Produto White 2000 2200 4400000 Produto Yellow 4000 500 2000000 TOTAL 7000 8200000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 b Custo de Material Direto MD TABELA 23 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS TOTAIS DE MATERIAL DIRETO MÊS 07 PRODUTO QUANT PREÇO UNIT TOTAL Produto Gray 1000 3200 3200000 Produto White 2000 3800 7600000 Produto Yellow 4000 1100 4400000 TOTAL 7000 15200000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 c Custo Totais MOD MD CIFs TABELA 24 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS POR PRODUTO MÊS 07 PRODUTO MOD MATE RIAIS DI RETOS CIFS CUSTO UNITÁRIO TOTAL QUANTIDADE PRODUZIDA TOTAL Produto Gray 1800 3200 1000 6000 x 1000 6000000 Produto White 2200 3800 1000 7000 x 2000 14000000 Produto Yellow 500 1100 1000 2600 x 4000 10400000 TOTAL 30400000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 82 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Quando se apura a Mão de Obra Direta somente são consideradas as horas de trabalho produtivas ou seja aquelas nas quais os funcionários estão efeti vamente trabalhando na produção Porém devido a diversas circunstâncias que ocorrem no contexto produtivo podem haver horas nas quais os funcio nários não estão produzindo como paradas para ajustes nos equipamentos horários de descanso regulamentados e até mesmo licenças médicas Como essas horas também são pagas aos funcionários os valores correspondentes devem ser apropriados como Mão de Obra Indireta compondo dessa forma os custos de produção De forma similar as perdas normais de Materiais Diretos devem ser apro priadas como Materiais Indiretos Por exemplo numa fábrica de calçados de couro pelo fato de as peças de couro não apresentarem corte linear retan gular por exemplo há perdas das bordas e de partes da peça quando são feitos os cortes dos moldes dos calçados Os valores referentes a essas perdas devem ser considerados como Materiais Indiretos compondo também os custos de produção De acordo com os valores apurados os Custos dos Produtos Vendidos a serem lança dos no DRE de produção são os seguintes TABELA 25 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS MÊS 07 PRODUTO QUANT PREÇO UNIT TOTAL Produto Gray 1000 6000 6000000 Produto White 2000 7000 14000000 Produto Yellow 4000 2600 10400000 TOTAL 7000 30400000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Conforme abordado no início deste tópico no método de custeio por absorção inicialmente os custos são classificados em diretos e indiretos e depois lançados no DRE Veja como ficaria o DRE da Empresa Exemplo Ltda 83 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO TABELA 26 EMPRESA EXEMPLO LTDA MÊS 07 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DRE VALORES Receita bruta de vendas 70000000 ImpostosDevoluções 1 15155000 Receita líquida de vendas 54845000 1000 Custo dos produtos vendidos 30400000 554 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Considerando as despesas administrativas e comerciais realizadas pela empresa no mês 07 bem como as receitas e despesas financeiras o resultado operacional da empresa seria identificado da seguinte forma TABELA 27 EMPRESA EXEMPLO LTDA MÊS 07 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DRE VALORES Receita bruta de vendas 70000000 ImpostosDevoluções 1 15155000 Receita líquida de vendas 54845000 1000 Custo dos produtos vendidos 30400000 554 Margem bruta 24445000 446 Despesas administrativas 3866000 70 Despesas comerciais 2799000 51 Resultado operacional 17780000 324 1 Referese ao ICMS 18 PIS 065 e COFINS 3 Fonte Elaborado pelo autor 2019 De acordo com o que se apurou no decorrer deste tópico o valor do custo dos produ tos vendidos apresentado no DRE é resultante da soma entre custos variáveis e custos fixos 84 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO TABELA 28 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS TOTAIS MÊS 07 ITENS VALOR Custos diretos Mão de obra direta 8200000 Materiais diretos 15200000 Custos indiretos 7000000 TOTAL 30400000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Podese observar que nas diferentes perspectivas em que os custos são apresenta dos o valor dos custos totais é o mesmo ou seja 304000 Essas diferentes perspec tivas ocorreram devido à aplicação do método de rateio aplicado aos CIFs que no exemplo utilizou como base de rateio as horas de produção demandadas por cada produto 42 CUSTEIO VARIÁVEL O sistema de custeio variável tem como característica a apuração dos custos e despe sas variáveis de forma separada dos custos e despesas fixas no intuito de se identificar o comportamento dos custos empresariais em diferentes níveis de atividade De acordo com Lunelli 2019 o método de custeio variável atribui para cada custo uma classificação específica na forma de custo fixo ou custo variável O custo final do produto ou serviço será a soma do custo variável dividido pela produção corres pondente sendo os custos fixos considerados diretamente no resultado do exercício Gerencialmente é um método muito utilizado mas por sua restrição fiscal e legal sua utilização implica na exigência de dois sistemas de custos o sistema de custo contábil absorção ou integral uma sistemática de apuração paralela segregandose custos fixos e variáveis Esse método de custeio é utilizado pela gestão das organizações para a formação de preços uma vez que permite a identificação da variação dos custos de forma proporcional à produção da empresa não sendo utilizado na apuração contábil que as empresas apresentam aos órgãos governamentais Como os custos fixos corres pondem à estrutura de produção da empresa e os custos variáveis aos recursos 85 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO consumidos pelos produtos produzidos o sistema de custeio variável apresenta aos gestores uma perspectiva gerencial do comportamento dos custos FIGURA 9 PERSPECTIVA DO MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL Custos Apropriados ao produtos Receitas Líquidas Custos variáveis Despesas variáveis Margem de contribuição Custos fixos Despesas fixas Resultado operacional Apuraçã do Resultado Balanço Patrimonial Lançadas no resultado Contabilizandos no Ativo Ativo Passivo Despesas Investimentos Gastos separados em Fonte Elaborado pelo autor 2019 Observando a figura percebese que nesse método de custeio os custos e despe sas variáveis são agrupados para serem deduzidos das receitas líquidas da empresa resultando na margem de contribuição A margem de contribuição é utilizada pelos gestores para a identificação de quanto cada produto contribui para que a empresa arque com seus gastos fixos e obtenha lucro Da margem de contribuição são dedu zidos os custos fixos e as despesas fixas para se apurar o resultado operacional O método de custeio variável não é aceito pela legislação do Imposto de Renda brasileiro sendo um método gerencial adotado em diversas empre sas que contribui para o processo de tomada de decisões organizacionais 86 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Já que à medida que a produção da empresa varia em diferentes níveis os custos fixos se mantêm estáveis e os custos variáveis acompanham essa variação o custo unitário apresenta valores distintos nos diferentes níveis de produção Esse compor tamento contribui para que o gestor perceba e avalie o impacto dessas variações nos custos e consequentemente nos resultados empresariais Veja um exemplo de utili zação do método de custeio variável aplicado ao contexto empresarial No sentido de contribuir para a identificação das diferenças dos métodos de custeio utilize os mesmos dados da empresa Exemplo Ltda apresentados no tópico anterior Conforme abordado a empresa comercializou no mês 10 de determinado ano três produtos Gray White e Yellow A planilha de vendas foi a seguinte TABELA 29 EMPRESA EXEMPLO VENDAS BRUTAS MÊS 07 PRODUTO QUANT PREÇO UNIT TOTAL Produto Gray 1000 10000 10000000 Produto White 2000 20000 40000000 Produto Yellow 4000 5000 20000000 TOTAL 7000 70000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Os Custos Indiretos de Fabricação da empresa apurados neste mês foram os seguin tes TABELA 30 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO CIFS MÊS 07 ITENS VALOR Energia elétrica 450000 Aluguel da fábrica 750000 Materiais de expediente e de limpeza 100000 Materiais utilizados na limpeza dos produtos acabados 200000 87 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Salário Encargosbenefícios da equipe de controle de qualidade 1760000 Salário Encargosbenefícios da equipe de manutenção 1540000 Salários Encargosbenefícios do gerente e supervisores de produção 2200000 TOTAL 7000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Utilizando os mesmos critérios apresentados no tópico sobre o custeio de absorção conforme apresentado na tabela anterior chegouse à taxa de rateio de Custos Indi retos de 1000 Nesse ponto ressaltase a mudança de perspectiva de Custos Direto e Indireto para Custo Variável e Custo Fixo Como os Custos Diretos estão diretamente relacionados à produção apresentam características que os classificam como Variáveis e os Custos Indiretos de Fabricação como Custos Fixos A planilha a seguir foi elaborada considerando esta nova perspectiva a Em termos unitários temse TABELA 31 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS POR PRODUTO MÊS 07 Produto Custos variáveis Custos fixos Custo unitário total Quantidade produzida Total MOD Materiais diretos CIFs Produto Gray 1800 3200 1000 6000 x 1000 6000000 Produto White 2200 3800 1000 7000 x 2000 14000000 Produto Yellow 500 1100 1000 2600 x 4000 10400000 Total 30400000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 b Já em termos totais de acordo com a mesma apuração apresentada no método de custeio por absorção temse TABELA 32 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS TOTAIS MÊS 07 ITENS VALOR Custos variáveis Mão de obra direta 8200000 88 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO ITENS VALOR Materiais diretos 15200000 Custos fixos 7000000 Total 30400000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 No método de custeio variável a apuração do resultado da Empresa Exemplo Ltda seria apresentada da seguinte forma TABELA 33 EMPRESA EXEMPLO LTDA MÊS 07 APURAÇÃO DO RESULTADO CUSTEIO VARIÁVEL VALORES Receita bruta de vendas 70000000 IImpostosDevoluções 1 15155000 Receita líquida de vendas 54845000 1000 Custos variáveis 23400000 Despesas variáveis 2 700000 13 Margem de contribuição 30745000 561 Custos fixos 7000000 128 Despesas fixas 3 5965000 109 Resultado operacional 17780000 324 1 Referese ao ICMS 18 PIS 065 e COFINS 3 2 Considerado como despesa variável 1 de comissão sobre a Receita Bruta de Vendas 3 Agrupamento das despesas administrativas e comerciais exceto comissão Fonte Elaborado pelo autor 2019 Na apresentação do resultado do mês as despesas comerciais referentes às comis sões de vendas foram consideradas como despesas variáveis pois apresentam as mesmas características de classificação dos custos variáveis variação diretamente proporcional às vendas ou produção sobre os quais já se tratou quando foi aborda da a apuração de custos quanto ao volume de produção Se houver qualquer outra despesa que apresente esses mesmos aspectos também deve ser classificada como despesa variável 89 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO CONCLUSÃO A correta compreensão dos métodos de custeio apresentados é importante para a eficácia das decisões que envolvem a análise financeira e gerencial Os métodos de custeio buscam atribuir valores adequados aos custos dos produtos sendo ferramen tas de apoio ao gestor para controle das finanças organizacionais Utilizando o sistema de custeio por absorção o profissional de finanças poderá compreender os métodos exigidos pela legislação vigente do Imposto de Renda para prestação das contas empresariais ao Fisco bem como associar aos produtos gastos decorrentes dos processos operacionais e produtivos das empresas de forma que à medida em que esses gastos ocorram sejam absorvidos pelos produtos Como os custos são classificados e agrupados separadamente das despesas esse método contribui para que o gestor analise a eficiência dos fatores de produção ao mesmo tempo em que consegue perceber os impactos da gestão dos recursos investidos na gestão das atividades de apoio da empresa Ao aprender sobre o método de custeio variável o gestor compreenderá sobre a atri buição de custos fixos e variáveis aos produtos utilizando as informações disponibili zadas para análise dos reflexos das variações mercadológicas nos volumes de produ ção da empresa e consequentemente em seus resultados Como nesse método os custos e as despesas variáveis são agrupados e o mesmo ocorre com os custos e as despesas fixas ele é importante para a formação de preços das empresas contribuin do para que o gestor identifique a variação dos custos face aos diferentes níveis de produção e em relação à sua estrutura fixa Como o sistema de custeio adotado pela empresa influencia de forma significativa a perspectiva que seus gestores terão sobre o comportamento dos gastos organiza cionais aprender sobre os diferentes métodos de custeio existentes contribuirá para que estes tenham diferentes perspectivas sobre sua gestão e consequentemente aumentando as possibilidades de sucesso empresarial 90 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa Conhecer sobre a importância do planejamento e controle de custos Aplicar conceitos relacionados ao Custeio Baseado em Atividades ABC Compreender o conceito de custos controláveis e custos estimados Aplicar conceitos relacionados ao custopadrão e ao custo de reposição UNIDADE 5 91 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 5 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS Nesta unidade serão abordados o planejamento e o controle de custos nas organiza ções evidenciando aspectos importantes relacionados a essa temática A assertivida de do direcionamento dado às empresas depende das informações disponibilizadas a seus gestores O efetivo controle dos custos que envolvem as atividades operacionais é fator preponderante para o sucesso empresarial Nesse sentido o custeio baseado em atividades que você estudará nesta unidade é uma importante ferramenta para a identificação dos custos gerados pelas tarefas executadas na empresa No decorrer da unidade você estudará conceitos sobre os custos controláveis que são aqueles sobre os quais existem análises e controle do desempenho por parte da empresa e também sobre os custos estimados que contribuem para a projeção dos resultados a partir de custos históricos registrados pela própria empresa Por fim aprenderá sobre o custopadrão importante instrumento para o estabelecimento de metas e custos nas organizações e o custo de reposição que está relacionado ao valor de reposição que a empresa terá para repor seus estoques Todos são conceitos importantes para a análise financeira e gerencial podendo ser aplicados aos diversos ramos de atividades existentes no mercado INTRODUÇÃO Planejamento e controle são atividades que podem ser aplicadas a diversas áreas da sociedade pois estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento humano orga nizacional e por consequência da sociedade Como os recursos monetários estão envolvidos na maioria das atividades empresariais o correto planejamento e o efetivo controle dos custos incorridos nas operações das empresas assume papel fundamen tal para o sucesso financeiro e econômico das empresas Para Marion 2018 frequentemente os responsáveis pela administração estão toman do decisões quase todas importantes vitais para o sucesso do negócio Por isso há 92 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO necessidade de dados de informações corretas de subsídios que contribuam para uma boa tomada de decisão A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões Na verdade ela coleta todos os dados econômi cos mensurandoos monetariamente registrandoos e sumarizandoos em forma de relatórios ou de comunicados que contribuem sobremaneira para a tomada de deci sões Como as empresas necessitam ter resultados favoráveis para a sua sobrevivência e crescimento não planejar nem controlar custos pode resultar em perdas irrecupe ráveis para as organizações devido a decisões tomadas com base em informações erradas ou mesmo tomadas sem qualquer relatório gerencial Devido à sua impor tância estratégica o gestor financeiro deve trabalhar de forma contundente para que o planejamento e controle de custos ocorram de forma contínua dentro das organi zações em que atua 51 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS Planejamento e controle são termos aplicados em várias áreas das organizações Quando se utiliza o termo planejamento considerase que se refere a projeções futu ras baseadas em dados e informações disponíveis no momento do planejamento e que são projetadas em função de objetivos predeterminados Já o termo controle é utilizado no sentido de verificar por meio de comparação entre o que foi planejado e o que efetivamente foi realizado no intuito de se corrigirem possíveis distorções De acordo com Hoji 2019 as informações sobre o negócio são importantes para o planejamento da empresa porque norteiam as ações e decisões que precisam ser tomadas para que as metas sejam atingidas À medida que a empresa vai evoluindo e sua gestão vai se tornando mais complexa é indispensável o emprego de um bom sistema de informações gerenciais A informação é sem dúvida um importante dife rencial competitivo da empresa em relação a seus concorrentes O planejamento e o controle das atividades empresariais e de seus respectivos custos são processos importantes para que o gestor acompanhe o efeito de suas decisões no resultado da empresa 93 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 511 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES ABC O sistema de Custeio Baseado em Atividades ABC também conhecido como Acti vity Based Costing tem como característica principal sua abordagem aos custos com base nas atividades desenvolvidas pela empresa em seu processo produtivo Para tanto utilizamse direcionadores dessas atividades para a definição dos custos a serem apropriados a cada produto Esses direcionadores devem ser definidos de acordo com a natureza e objetivo de cada atividade sendo importante que sua defi nição seja realizada de forma criteriosa De acordo com Martins 2010 o Custeio Baseado em Atividades é um método de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbi trário dos custos indiretos Com o avanço tecnológico e a crescente complexidade dos sistemas de produção em muitas indústrias os custos indiretos vêm aumentan do continuamente tanto em valores absolutos quanto em termos relativos compa rativamente aos custos diretos destes o item mão de obra direta é o que mais vem decrescendo Porém a utilidade do Custeio Baseado em Atividades ABC não se limita ao custeio de produtos sendo acima de tudo uma eficiente ferramenta a ser utilizada na gestão de custos De acordo com Yanase 2018 pelo método de custeio tradicional os mecanismos adotados para encontrar valores apropriados aos custos dos produtos por meio de rateios podem gerar algumas distorções a ponto de distorcer valores encontrados o que representa riscos em suas análises Tomar decisões sobre números incertos pode levar a indesejáveis caminhos caso se considerem os rateios Dessa forma a adoção do método de custeio ABC tem por objetivo atenuar o uso do mecanismo de rateio e produzir valores mais próximos da realidade em relação aos custos dos produtos uma vez que a ideia central desse sistema é identificar os recursos utilizados em cada atividade e seus valores para serem incorporados aos custos Um dos principais objetivos do método de custeio ABC é identificar as atividades que não agregam valores aos produtos que estão sendo fabricados de forma que não sejam apropriados custos indevidos ao produto gerando distorções em seu custo final e consequentemente em seu preço de venda Veja um exemplo de aplicação do método de custeio ABC no contexto empresarial 94 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Suponha que a empresa Exemplo Ltda apresentou a seguinte relação de itens produzidos em um determinado mês TABELA 34 PRODUÇÃO MENSAL DA EMPRESA EXEMPLO LTDA Empresa Exemplo Produção mensal Mês 07 PRODUTO VOLUME DE PRODUÇÃO MENSAL PREÇO DE VENDA UNITÁ RIO Produto Gray 1000 10000 Produto White 2000 20000 Produto Yellow 4000 5000 Total 7000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Considere também que a empresa tenha três departamentos de suporte à sua produção cujos gastos são classificados como custos indiretos de fabricação gestão da fábrica controle de qualidade e manutenção dos equipamentos A tabela seguin te apresenta os custos indiretos de fabricação da empresa TABELA 35 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO DA EMPRESA EXEMPLO LTDA Empresa Exemplo Custos indiretos de fabricação Mês 07 ITENS GESTÃO DA FÁBRICA CONTROLE DE QUALIDADE MANUTENÇÃO TOTAL PLANEJ GESTÃO SELE ÇÃO DA AMOS TRA INSPE ÇÃO PLANEJ EXECU ÇÃO Energia elétrica 67500 112500 45000 90000 45000 90000 450000 Aluguel da fábri ca 112500 187500 75000 150000 75000 150000 750000 95 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO ITENS GESTÃO DA FÁBRICA CONTROLE DE QUALIDADE MANUTENÇÃO TOTAL PLANEJ GESTÃO SELE ÇÃO DA AMOS TRA INSPE ÇÃO PLANEJ EXECU ÇÃO Materiais de expe diente e de limpeza 15000 25000 10000 20000 10000 20000 100000 Materiais utilizados na limpe za dos produtos acaba dos 30000 50000 20000 40000 20000 40000 200000 Salários Encar gosbe nefícios da equi pe de controle de quali dade 264000 440000 176000 352000 176000 352000 1760000 Salários En cargos benefí cios da equipe de ma nutenção 231000 385000 154000 308000 154000 308000 1540000 Salários En cargos benefí cios do gerente e supervi sores de produção 330000 550000 220000 440000 220000 440000 2200000 Total 1050000 1750000 700000 1400000 700000 1400000 7000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 A primeira etapa do custeio ABC consiste na identificação das atividades executa das por cada setor da empresa Considerando as informações da tabela as seguintes atividades e seus respectivos direcionadores foram considerados no custeio ABC 96 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO TABELA 36 DIRECIONADORES DE CUSTEIO ABC EMPRESA EXEMPLO LTDA SETOR DIRECIONADORES PRODUTO TOTAL GRAY WHITE YELLOW Gestão Planejamento da produção tempo dedicação 200 300 500 1000 Gestão da produção tempo de dicação 150 250 600 1000 Qualidade Número de itens verificados para a seleção da amostra 60 140 300 500 Número de amostras analisadas 20 56 120 196 Manutenção Número de equipamentos envol vidos no processo produtivo 12 16 22 50 Número de equipamentos com manutenção realizada no mês 4 6 10 20 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Conforme já abordado a definição dos direcionadores deve ser realizada de acordo com a natureza e o objetivo de cada atividade realizada na empresa No exemplo apresentado observase que em relação às atividades de gestão o tempo do gestor e dos supervisores da fábrica que foi dedicado a cada produto foi utilizado como direcionador considerando as atividades relacionadas ao controle de qualidade como os produtos apresentam diferentes quantidades produzidas e consequente mente as quantidades de itens verificados variam as respectivas quantidades de amostras foram utilizadas como direcionadoras por fim no que se refere às atividades relacionadas à manutenção as quanti dades de equipamentos nas linhas de produção de cada produto que deman daram atividades de planejamento e execução da manutenção foram consi deradas como direcionadoras O objetivo desse método é relacionar os custos indiretos às suas respectivas ativida des por meio dos direcionadores para cálculo dos valores a serem apropriados Essa apropriação resultou nos seguintes valores 97 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO TABELA 37 TAXA DE RATEIO CUSTEIO ABC EMPRESA EXEMPLO LTDA Empresa Exemplo Taxa de rateio conforme Custeio ABC Mês 07 Atividades Gray White Yellow Total Planejamento da produção 210000 315000 525000 1050000 Gestão do processo produtivo 262500 437500 1050000 1750000 Seleção da amostra para inspeção 84000 196000 420000 700000 Inspeção da qualidade nos itens selecio nados 142857 400000 857143 1400000 Planejamento da manutenção dos equi pamentos 168000 224000 308000 700000 Execução da manutenção nos equipa mentos 280000 420000 700000 1400000 Custo total 1147357 1992500 3860143 7000000 Produção mensal 1000 2000 4000 CIFs unitário 1147 996 965 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Os valores encontrados são decorrentes das seguintes considerações em relação às atividades de gestão foram aplicados os percentuais do tempo destinado a cada atividade Por exemplo na atividade planejamento da produ ção os cálculos são os seguintes 10500 x 20 2100 produto Gray 10500 x 30 3150 produto White 10500 x 50 5250 produto Yellow considerando as atividades relacionadas ao controle de qualidade foram apli cadas as proporções dos números de itens considerados nas atividades Por exemplo em relação à seleção da amostra para inspeção os cálculos são os seguintes 7000 500 x 60 840 produto Gray 7000 500 x 140 1960 produto White 7000 500 x 300 4200 produto Yellow 98 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO no que se refere às atividades relacionadas à manutenção foram aplicadas as proporções dos números de equipamentos considerados nas atividades Por exemplo em relação à execução da manutenção dos equipamentos de cada linha de produção os cálculos são os seguintes 14000 20 x 4 2800 produto Gray 14000 20 x 6 4200 produto White 14000 20 x 10 7000 produto Yellow Conforme se observa na tabela as taxas de rateio encontradas para cada produto 1147 996 e 965 são obtidas de acordo com as atividades consideradas nos diferentes processos produtivos diferentemente de uma taxa de rateio única muitas vezes definida de forma arbitrária 52 CUSTOS CONTROLÁVEIS E CUSTOS ESTIMADOS No âmbito financeiro o planejamento e o controle dos custos têm papel preponde rante no direcionamento das empresas Após a definição do direcionamento estra tégico o plano financeiro deve ser elaborado de forma a tornar possível o alcance dos objetivos estratégicos estabelecidos Nesse sentido os objetivos relacionados aos custos organizacionais devem ser planejados de forma coerente com a realida de mercadológica que envolve a empresa sendo que para que haja efetividade em relação ao alcance das metas definidas o controle financeiro incluindo o controle dos custos deve ser efetivo 521 CUSTOS CONTROLÁVEIS Abordando sobre controle de custos Martins 2010 apresenta algumas questões que devem ser formuladas para se controlar a situação financeira de uma organiza ção Para que haja efetivo controle sobre as finanças empresariais as repostas devem ser afirmativas para as seguintes questões 99 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO a Conheço bem a origem e o valor de cada receita e o destino de cada gasto b As receitas e os gastos estão dentro dos valores e limites que deveriam estar c Quando algumas delas se desviam do comportamento que deveria ter a empre sa tem conhecimento dessa situação d A empresa é capaz de identificar rapidamente a razão do desvio e A empresa atua para corrigir esses desvios quando há condições de fazêlo Para o autor controlar significa conhecer a realidade comparála com o que deveria ser tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens e tomar atitudes para sua correção Podese dizer que uma empresa tem controle de seus custos e gastos quando conhece os que estão sendo incorridos verifica se estão dentro do esperado analisa as divergências e toma medidas para a correção de tais desvios No âmbito empresarial o controle dos custos é realizado em primeiro nível pelos respectivos responsáveis pelos diversos departamentos ou setores existentes nas empresas considerando que esses custos são gerados pelos próprios departamentos De acordo com Martins 2010 custos controláveis são aqueles que estão diretamen te sob responsabilidade de uma determinada pessoa cujo desempenho se quer analisar e controlar Já os custos não controláveis são aqueles que estão fora dessa responsabilidade ou controle Considerando como exemplo o departamento de manutenção de uma indústria há os seguintes gastos associados ao departamento de manutenção TABELA 38 ITENS QUE COMPÕEM OS CUSTOS DO SETOR DE MANUTENÇÃO Empresa Exemplo Custos do setor de manutenção Mês 07 ITENS Energia elétrica Materiais de expediente e de limpeza Peças utilizadas em manutenção preventiva Peças utilizadas em manutenção corretiva Salários Encargosbenefícios da equipe de manutenção Salários Encargosbenefícios do gerente e supervisores de produção Fonte Elaborado pelo autor 2019 100 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Analisando os itens listados percebese que parte dos custos é inerente ao departa mento considerando que são gerados a partir de atividades operacionais do próprio departamento como os salários da equipe de manutenção ou seja são custos contro láveis pelo gestor do departamento pois estão sob sua responsabilidade Por outra perspectiva existem custos que originalmente não foram gerados pelo departamen to como aqueles associados ao gerente e supervisores de produção Estes não são de responsabilidade do gestor do departamento de manutenção da empresa ou seja são custos não controláveis pelo gestor de manutenção 522 CUSTOS ESTIMADOS Conforme abordado o controle de custos gera relatórios que permitem o acompa nhamento e quando necessárias ações corretivas no intuito de se alcançar os obje tivos preestabelecidos no planejamento da empresa Porém as informações geradas pelo controle permitem que se façam estimativas de custos futuros de possibilida des de produção e também de possíveis melhorias no processo produtivo Partese da ideia que custos incorridos em períodos anteriores podem ser ajustados de forma que sejam estabelecidas estimativas futuras para os custos da empresa com base nos volumes de produção projetados Para Martins 2010 custos estimados seriam projeções introduzidas nos custos médios passados em função de determinadas expectativas considerando prováveis alterações de alguns custos de modificações no volume de produção de qualida de de materiais ou do próprio produto introdução de tecnologias diferentes etc O processo de controle seria baseado na fixação de custos estimados para cada produ to diretos e indiretos apuração do custo realmente incorrido comparação entre ambos localização de divergências e retificação dos desvios Considerando o que o abordado sobre custos fixos e custos variáveis os custos esti mados devem considerar a variação proporcional dos custos variáveis e a manuten ção dos custos fixos de acordo com a estrutura da empresa 101 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Se por exemplo uma empresa com produção mensal de 600 unidades de determinado produto mas mantém estrutura fixa que permite a produção mensal de até 1000 unidades por mês seus custos fixos tendem a se manter estáveis até o nível máximo Veja como ficaria a projeção de custos estima dos da empresa em diferentes níveis de produção utilizando a mesma capa cidade produtiva TABELA 39 CUSTOS TOTAIS ESTIMADOS EMPRESA EXEMPLO LTDA Empresa Exemplo Custos estimados em diferentes níveis de produção CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO QUANTIDADE PRODUZIDA CUSTO VARIÁVEL TOTAL CUSTOS FIXOS CUSTOS TOTAIS CUSTO UNITÁRIO TOTAL 2700 x 600 1620000 500000 2180000 3633 2700 x 800 2160000 500000 2740000 3425 2700 x 1000 2700000 500000 3300000 3300 Total 8220000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Havendo necessidade de ampliar as instalações produtivas para uma produção maior os custos fixos serão alterados Suponha que a empresa ampliou sua estrutu ra de forma que sua capacidade máxima produtiva passou a ser de 1400 unidades 40 de aumento Considere que nessa expansão a empresa tenha adquirido equi pamentos mais modernos com maior eficiência produtiva resultando no aumento de seus custos fixos de 5000 para 6000 20 de aumento Sua estimativa de custos seria apresentada da seguinte forma 102 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO TABELA 40 CUSTOS TOTAIS PROJETADOS EMPRESA EXEMPLO LTDA Empresa Exemplo Custos totais em diferentes níveis de produção CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO QUANTIDADE PRODUZIDA CUSTO VARIÁVEL TOTAL CUSTOS FIXOS CUSTOS TOTAIS CUSTO UNITÁRIO TOTAL 2700 x 1000 2700000 600000 3400000 3400 2700 x 1200 3240000 600000 3960000 3300 2700 x 1400 3780000 600000 4520000 3229 Total 11880000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Os custos variáveis unitários por suas características tendem a se manter estáveis em diferentes níveis de produção Porém a empresa deve procu rar otimizar sua gestão de custos sempre buscando a melhor relação entre custo e benefício em sua produção Reduções nos custos de matériaspri mas por exemplo podem exercer impacto importante nos custos variáveis Considerando o exemplo apresentado percebese que as estimativas contribuem para o acompanhamento e controle dos custos organizacionais sendo que à medi da que os custos realmente incorridos na produção apresentem distorções significa tivas em relação aos custos estimados a gestão da empresa deve atuar para identifi car as causas das distorções observadas atuando no sentido de corrigilas 53 CUSTOPADRÃO Para que uma empresa realize seu planejamento financeiro buscando projetar seus resultados futuros em determinado período é necessário que ela além de estimar suas receitas elabore um planejamento de todos os gastos que envolvem suas opera ções em conformidade com o planejamento estratégico elaborado para o período estabelecido 103 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Nesse sentido os custos de seus produtos ou serviços devem ser calculados de forma antecipada em relação à sua produção considerando todo o âmbito que envolve a produção da empresa incluindo suas limitações e também as condições do merca do em que atua diferentemente do custo ideal que seria alcançado através de uma produção realizada nas melhores condições possíveis Quando a empresa efetua esse planejamento considerando incorporação metas de realização de custos a serem atingidas o resultado desse processo de identificação do custo planejado para um produto ou serviço é chamado custopadrão Para Padoveze 2006 o custopadrão pode ser utilizado para diversas metas ou obje tivos sendo que seu maior objetivo está ligado aos conceitos de controle empresarial Dessa forma os objetivos mais importantes do custopadrão são a determinação do custo que deve ser o custo correto b avaliação das variações ocorridas entre o real e o padronizado c definição de responsabilidades e obtenção do comprometimento dos respon sáveis por cada atividade padronizada servindo como elemento motivacional d avaliação de desempenho e eficácia operacional e base para o processo orçamentário Segundo o autor o custopadrão tem as seguintes características compõese de elementos físicos e monetários utiliza dados e informações que devem acontecer no futuro deve ser cuidadosamente predeterminado dentro de bases unitárias aplicase basicamente a operações repetitivas servindo como medida prede terminada estável para processos e atividades organizacionais específicas deve servir como modelo de comparação ou meta Ainda segundo Padoveze 2006 a diferença entre custos orçados e estimados e custopadrão é que enquanto os custos orçados ou estimados têm como foco os custos que devem acontecer o custopadrão tem como foco os custos que deveriam acontecer ou seja são estabelecidos de acordo com metas de custos que devem ser alcançadas pela empresa 104 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Após o estabelecimento do custopadrão o gestor poderá utilizálo de forma compa rativa com o custo real buscando identificar as possíveis distorções e principalmente suas respectivas causas para atuar corretivamente Considerando que a empresa Exemplo calcula o custopadrão de seus produ tos e que os utiliza para analisar a performance de sua gestão de custos após o fechamento mensal de suas operações ela poderá comparar os custos incorridos no decorrer do mês com o custopadrão A tabela a seguir apre senta dados que exemplificam essa comparação TABELA 41 CUSTOPADRÃO VS CUSTOS REAIS EMPRESA EXEMPLO LTDA Empresa Exemplo Comparativo do custopadrão com o custo real Mês 07 PRODUTO CUSTOPADRÃO CUSTO REAL VARIAÇÃO MOD MD CIFS CUSTO UNIT MOD MD CIFS CUS TO UNIT VA LOR Produto Gray 1950 3200 1000 6150 1800 3200 1000 6000 150 24 Produto White 2000 3800 1000 6800 2200 3800 1000 7000 200 29 Produto Yellow 550 1100 1000 2650 500 1100 1000 2600 050 19 Fonte Elaborado pelo autor 2019 A análise comparativa entre o custopadrão e o custo real contribuirá para a análi se da eficiência das operações da empresa que estão refletidas em seus custos em termos econômicos e financeiros Como o custopadrão apresenta estimativas que podem ser alcançadas as distorções favoráveis e desfavoráveis observadas nos dados podem indicar necessidades de ajustes nas operações e também em futuras defini ções do próprio custopadrão 105 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 54 CUSTO DE REPOSIÇÃO O custo de reposição se refere ao custo que a empresa terá para repor seus esto ques sejam de matériasprimas sejam produtos acabados Por isso um dos grandes desafios dos gestores de custos é manter uma base de informações atualizada que permita a análise das condições de mercado principalmente em relação à reposição dos materiais e insumos consumidos na produção Se ao findar de um determinado mês os custos apurados no processo produtivo informarem valores que não poderão ser praticados em períodos futuros o gestor deve considerar essas informações em sua formação de preços Por exemplo se determinada matériaprima foi adquirida do fornecedor por 2500 kg no início do mês e ao final do mês no momento de reposição ela estiver custando 3000 kg qual custo deve ser considerado na formação do preço da produção que utilizou a matériaprima comprada inicialmente Para responder a essa pergunta aspectos mercadológicos devem ser considerados no âmbito das decisões empresa riais O primeiro deles seria a aceitação do mercado em relação ao repasse do preço pois a concorrência pode estar praticando preços que não consideram o aumento da sua mercadoria Outro aspecto a ser considerado seria a necessidade de reposição dos estoques para a continuidade da empresa Esse raciocínio deve ser aplicado não somente aos estoques da empresa mas também a todos os itens que compõem os custos organizacionais 106 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Para ilustrar esse contexto podese tomar como exemplo o que acontece com o mercado de combustíveis quando ocorrem aumentos de preços nas refinarias e os postos ainda têm estoques adquiridos antes desses aumentos Se uma parte dos postos de gasolina optarem por repassar imediatamente o preço e outra parte optar por manter o preço até o estoque acabar a prin cípio estes tenderão a vender mais porém não obterão o lucro num futuro próximo que os demais postos terão Considerando o exemplo do segmento de combustíveis como esse mercado tem alta rotatividade devido ao alto consumo de combustível da sociedade e os estoques nos postos não são tão altos se comparados com outros segmentos os reflexos para ambas as partes serão momentâneos porém em mercados com elevados investi mentos em estoques e produção de bens e serviços os reflexos podem gerar impac tos mais decisivos nos resultados das organizações 107 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO BIBLIOGRAFIA COMENTADA FREZATTI Fábio Orçamento empresarial planejamento e controle gerencial 6 ed São Paulo Atlas 2017 O livro Orçamento empresarial planejamento e controle empresarial do autor Fábio Frezatti apresenta conceitos e exemplos de aplicação prática dos diversos compo nentes que que fazem parte do orçamento das organizações inclusive aqueles rela cionados aos gastos empresariais É um livro importante para a sua formação pois permitirá que você tenha uma visão ampla de todo o processo de planejamento e controle financeiro das organizações 108 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO CONCLUSÃO Nesta unidade foram abordados aspectos importantes sobre o planejamento e controle dos custos para a análise financeira das organizações Você compreendeu que a disponibilização de informações corretas é determinante para que as empresas obtenham sucesso em relação ao planejamento de suas atividades Manter controle das atividades operacionais e dos seus respectivos custos incorridos contribui para que o gestor mantenha o foco na relação entre o direcionamento dado à empresa refletido em seu planejamento e os resultados obtidos no desenvolvimento de suas atividades podendo atuar de forma a corrigir possíveis desvios em relação aos resul tados esperados Ao estabelecer metas de desempenho a gestão das empresas pode se valer de dados e resultados históricos relacionados às suas operações para definir e projetar metas estabelecendo custospadrão para seus produtos de forma que possa identificar desvios em seus custos que estejam prejudicando os resultados estimados Como a responsabilidade dos gestores envolve o processo de tomada de decisões que direcionarão as atividades da empresa em busca de resultados favoráveis o processo de planejamento e controle dos custos assume papel importante na determinação das ações que a empresa tomará em busca de seu crescimento O planejamento deve procurar dar respaldo às decisões do gestor já o controle dos resultados permite que quando necessárias ações corretivas sejam tomadas no sentido de corrigir even tuais distorções em relação às metas estabelecidas no planejamento Portanto você compreendeu que planejamento e controle são tarefas imprescin díveis para as organizações sendo de responsabilidade dos gestores conduzir esses processos para que obtenham sucesso em suas ações frente à direção das empresas 109 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa Compreender aspectos importantes sobre a implantação de sistemas de custos Aplicar conceitos relacionados a centros de custos e plano de contas Compreender o conceito de ponto de equilíbrio nas organizações Analisar o impacto das variações do volume de produção nos custos empresariais Analisar o impacto da variação da estrutura da empresa nos custos empresariais Analisar a influência das oscilações de preços nos resultados da organização UNIDADE 6 110 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 6 GESTÃO DE CUSTOS E ANÁLISE FINANCEIRA Nesta unidade serão abordados conceitos relacionados à implantação de sistemas de planejamento e controle de custos no âmbito organizacional bem como a impor tância de se manter um controle efetivo dos custos empresariais que permita aos gestores acompanhar e corrigir possíveis variações nos custos e consequentemente nos resultados entre o que foi planejado e o que está sendo realizado em relação às atividades operacionais da empresa Em seguida serão abordados conceitos sobre a utilização de centros de custos e plano de contas nas empresas para o efetivo controle das movimentações financeiras da organização Você também conhecerá conceitos relacionados à análise do ponto de equilíbrio nas empresas buscando compreender o impacto de variações positivas e negativas no volume de produção e na estrutura organizacional nos custos empre sariais Por fim serão apresentadas perspectivas sobre a influência das variações de preço nos resultados organizacionais INTRODUÇÃO Quando se fala no conceito de sistema no ambiente empresarial a abordagem é direcionada para as etapas que o compõem entrada processamento saída feedback podendo ser aplicada a diversas áreas da gestão das empresas No que se refere à gestão dos custos organizacionais a abordagem sistêmica considera os vários registros sobre as atividades operacionais da empresa que são utilizadas como entra da de dados para serem processadas e transformadas em informações apresentadas em relatórios disponibilizados aos gestores Nesse sentido em relação aos sistemas de planejamento e controle de custos o processamento dos dados deve considerar os diversos parâmetros de referência que a área de custos disponibiliza para seu efetivo controle Um sistema que não obede ce a esses parâmetros se tornará obsoleto por não fornecer informações que contri buam para a efetividade das decisões do gestor em relação ao alcance dos resultados 111 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO esperados pela empresa Por outra perspectiva a correta compreensão e aplicação dos conceitos basilares sobre custos na implantação de sistemas de planejamento e controle de custos resultará na disponibilização de importantes ferramentas de auxí lio ao processo de tomada de decisões empresariais 61 GESTÃO DE CUSTOS E ANÁLISE FINANCEIRA Conforme os estudos a eficiência da gestão dos custos organizacionais é um dos prin cipais condicionantes para o sucesso econômico e financeiro das empresas Como os aspectos externos à empresa não estão sob o controle do gestor seu foco deve ser dirigido para os aspectos internos da organização a qual está dirigindo sendo que os custos devem ser tratados com a devida importância no âmbito organizacional 611 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTOS Para que haja a eficiência desejada na gestão dos custos é importante que a empre sa tenha um eficiente sistema de controle de seus custos Isso não significa que a simples contratação de um sistema de informações comprovadamente eficiente resolva todos os problemas relacionados à gestão dos custos organizacionais Quan do se diz comprovadamente eficiente a ideia é que ao contratar qualquer sistema de informações no caso de ser terceirizado o gestor deve verificar se esse sistema já foi implantado em outra organização e se tem sido executado em conformidade com as necessidades dessa organização pois são diversos os casos de sistemas contrata dos de terceiros e não implantados de forma que permitam o controle proposto pelo sistema Também é importante que no caso de a empresa querer desenvolver um sistema internamente haja a preocupação com a forma com que os dados da empresa serão transformados em informações por meio dos procedimentos executados pelo siste ma de informações Normalmente os profissionais da área de Tecnologia da Infor mação TI são analistas e programadores que não têm conhecimentos específicos sobre contabilidade sendo necessário que exista uma correta comunicação entre as necessidades contábeis da empresa e esses profissionais 112 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Constatada a eficiência do sistema de TI o principal aspecto a ser acompanhado pelo gestor passa a ser a verificação dos processos existentes na organização se estão adequados de forma que o lançamento dos dados seja realizado de maneira padro nizada e consistente De acordo com Martins 2018 a primeira grande função do sistema de custos é o conhecimento de o que ocorre na empresa E esse primeiro levantamento já começa a causar diversos problemas de natureza comportamental dentro de muitas empresas Mesmo quando ele é implantado não com essa finali dade de controle acaba por provocar reações Por fim e não menos importante o gestor também deve se preocupar com os equipamentos da empresa se atendem aos requisitos do sistema a ser implantado Toda a equipe de profissionais envolvidos no funcionamento do sistema deve ser foco da atenção do gestor da empresa pois lançamentos indevidos podem gerar proble mas nos relatórios gerados pelo sistema com reflexos significativos no processo de tomada de decisões da empresa Para Martins 2018 O sucesso de um sistema de informações depende do pessoal que o alimenta e o faz funcionar O sistema representa um conduto que recolhe dados em diversos pontos processaos e emite com base neles relatórios na outra extre midade Esses relatórios não podem ser em hipótese alguma de qualidade melhor do que a qualidade dos dados recebidos no início do processamen to Podem é ser piores se seu manuseio não for absolutamente correto Mas todos os dados iniciais quase sempre dependem de pessoas e se estas falha rem ou não colaborarem todo o sistema acabará por falir Normalmente o problema mais grave reside na qualificação e competência do pessoal envolvido nas fases iniciais do processamento os primeiros infor mes nascem de diversos apontamentos na produção em que o nível médio de escolaridade e o grau de interesse por serviços burocráticos podem ser relativamente baixos Esse nível de educação insuficiente do pessoal que inicia o processo é em muitos casos o grande responsável pelos insucessos de sistemas de custos MARTINS 2018 p 357 113 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Uma empresa que gerenciava uma rede de sacolões e supermercados apre sentou problemas na apuração do custo de um de seus produtos O proble ma ocorreu porque ao dar entrada no produto Leite o responsável pelo registro das informações lançava como a caixa com 12 litros de leite como uma só caixa e na saída desse produto no sistema Ponto de Venda PDV que registrava as saídas nos caixas da empresa o sistema considerava como uma caixa aquela com um litro de leite Como consequência quanto mais se vendia o produto maior era o prejuízo registrado Com a detecção o problema foi corrigido com a padronização dos lançamentos e consequen temente o resultado foi apresentado de forma adequada Esta é uma questão aparentemente simples e por isso o problema foi detec tado com certa facilidade porém em sistemas que tratam informações mais complexas que envolvem grande volume de dados com grandes quantida des e variedades de produtos a identificação pode ser dificultada e as conse quências para a empresa podem ser bem maiores Como quase toda mudança gera desconforto também é importante que o gestor prepare não somente a equipe envolvida mas toda a empresa A implantação deve ser realizada de forma gradativa e acompanhada com a maior proximidade possível por parte dos gestores O sistema que está sendo substituído não deve ser descon tinuado sem que o novo sistema esteja implantado de forma comprovadamente eficiente Cabe ressaltar que nessa abordagem o conceito de sistema está relacio nado ao conceito que envolve entrada processamento saída e não necessariamen te o sistema de informação que também considera esse conceito abordandoo no tratamento dos dados que recebe transformandoos em informações para os gesto res das organizações Os sistemas de informações contábeis para serem eficientes em termos de gestão além de disponibilizarem informações obrigatórias de acordo com a legislação devem fornecer informações gerenciais que servem de base para o processo de tomada de decisões das empresas 114 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO FIGURA 10 SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS Entrada Feedback Dados Procedimentos contábeis Relatórios e informações gerenciais Processamento Saída Fonte Elaborado pelo autor 2019 Todo sistema de informações deve considerar os objetivos que determinam sua exis tência para tratar os dados que recebe Com a atual evolução tecnológica existem diversos sistemas que buscam a integração de todas as informações da empresa porém quanto maior o nível de integração maior a complexidade de sua implanta ção por isso o gestor deve buscar sistemas que sejam adequados ao volume de infor mações e à complexidade que envolve as operações da empresa 612 CENTRO DE CUSTOS E PLANO DE CONTAS O tratamento dos dados relacionados às diversas atividades empresariais deve obedecer aos critérios estabelecidos pela gestão para que possam se tornar infor mações adequadas às necessidades da empresa e fornecer relatórios consistentes e confiáveis Para tanto é necessário que toda a empresa conheça esses critérios e que também haja um sistema de classificação e atribuição de valores que obedeçam a esses critérios e sejam praticados por todos os colaboradores da organização Uma importante ferramenta de classificação de agrupamento e classificação das ativi dades empresariais é o processo que utiliza os gastos por centros de custos utilizando 115 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO um plano de contas Um centro de custos é uma unidade da empresa utilizada para acumulação de seus gastos podendo ser relacionado diretamente à produção ou não A figura apresentada a seguir ilustra um exemplo de atribuição de centros de custos aos setores empresariais FIGURA 11 EXEMPLO DE CODIFICAÇÃO DE CENTROS DE CUSTO NAS ORGANIZAÇÕES Presidência cc 0500 ADMINISTRAT cc 0100 RH cc 0110 TI cc 0120 FINANC cc 0130 CONTAB cc 0140 COMERCIAL cc 0200 VENDAS cc 0210 MKT cc 0220 SAC cc 0230 PRODUÇÃO cc 0300 SUPERVISÃO cc 0310 PCP cc 0311 ENGENHARIA cc 0312 TQC cc 0320 ALMOXARIFADO cc 0330 MONTAGEM cc 0330 ACABAMENTO cc 0340 Fonte Elaborado pelo autor 2019 O exemplo apresentado considera os departamentos da empresa como centros de custos distintos sendo que à medida que são realizados gastos em cada departa mento estes são classificados e alocados de forma acumulativa por período em cada centro de custos Dando sequência ao exemplo a empresa pode se valer do plano de contas contábil para identificar e classificar a natureza desses gastos Cada empresa deve assumir um plano de contas de acordo com a natureza de suas atividades porém de forma geral como eles seguem critérios contábeis mantém uma estrutura que segue os principais demonstrativos contábeis utilizados para pres tação de contas pelas empresas Veja um exemplo de aplicação de classificação de gastos utilizando um sistema com centros de custos e plano de contas contábil 116 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO O quadro abaixo apresenta parte do plano de contas de contábil de uma determinada empresa QUADRO 3 EXEMPLO DE CODIFICAÇÃO DE PLANO DE CONTAS NAS ORGANIZAÇÕES 01 Receitas 01 01 Receitas de produtos 01 02 Receitas de serviços 02 Gastos 02 01 Gastos operacionais 02 01 01 Viagens 02 01 01 001 Locomoção 02 01 01 002 Hospedagem 02 01 01 003 Alimentação 02 01 01 004 Outros gastos Fonte Elaborado pelo autor 2019 Conforme abordado tanto os centros de custos quanto os planos de contas devem ser estabelecidos de forma adequada às necessidades de cada empresa No exem plo assumindo que os centros de custos e plano de contas apresentados nas últimas figuras pertencem à mesma empresa considere que dois funcionários viajaram pela empresa por motivos distintos o primeiro funcionário é um supervisor de produção e viajou para realizar um trei namento operacional relacionado a um dos produtos da empresa o segundo funcionário é gerente comercial e viajou para apresentar características dos produtos da empresa a um possível futuro cliente 117 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Considere também que em suas respectivas viagens ambos tiveram gastos de loco moção hospedagem e alimentação A tabela a seguir apresenta o resumo dos gastos de viagem do gerente comercial TABELA 42 RESUMO DE GASTOS DE VIAGEM GERÊNCIA COMERCIAL Funcionário Gerente Setor Gerência comercial Centro de custos 0210 GASTOS DE VIAGEM VALOR PLANO DE CONTAS Locomoção incluindo passagens 360000 020101001 Hospedagem 180000 020101002 Alimentação 48000 020101003 Outros gastos 000 020101004 TOTAL 588000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 A tabela a seguir apresenta o resumo dos gastos de viagem do supervisor de produ ção TABELA 43 RESUMO DE GASTOS DE VIAGEM SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO Funcionário Supervisor Setor Supervisão de produção Centro de custos 0310 GASTOS DE VIAGEM VALOR PLANO DE CONTAS Locomoção incluindo passagens 285000 020101001 Hospedagem 120000 020101002 Alimentação 35000 020101003 Outros gastos 000 020101004 TOTAL 440000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 118 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Utilizando os códigos de centro de custos e do plano de contas ao finalizar o mês a empresa poderá apurar os gastos totais por viagens por centros de custo e por centro de contas A figura apresentada a seguir demonstra o esquema de totalização desses gastos FIGURA 12 APURAÇÃO DE GASTOS POR CENTROS DE CUSTOSPLANO DE CONTAS Fonte Elaborado pelo autor 2019 Com base nos critérios estabelecidos pela empresa para a classificação de seus gastos como ambos funcionários realizaram gastos com a mesma natureza recebem códi gos de planos de contas iguais porém são atribuídos a diferentes centros de custos Ao apurar o resultado final de suas operações por período os gestores da empresa poderão identificar todos os seus gastos de forma geral e por período o que auxilia significativamente na identificação dos gastos empresariais e também na localização de distorções de valores Cabe ressaltar que no exemplo apresentado os centros de custos apresentam dois níveis 9999 e o plano de contas apresenta quatro níveis 999999999 podendo variar de acordo com cada empresa Essa forma de apresentação utilizando o núme ro 9 entre pontos que mostra a configuração dos níveis é comumente chamada de 119 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO máscara no ambiente que envolve sistemas de informação sendo que esses siste mas devem estar preparados para receber os códigos das empresas nos diferentes formatos demandados por estas Ao receber o lançamento de cada receita ou gasto da empresa o sistema deve estar configurado para solicitar ao usuário responsável pelo lançamento os respectivos códigos de centro de custos e plano de contas Há lançamen tos cujos códigos já são assumidos automaticamente por estarem precon figurados no sistema de informações utilizado pela empresa como a maior parte das receitas por exemplo porém para que haja eficiência na utiliza ção do sistema todos os colaboradores que realizam ou lançam os gastos e receitas em casos específicos nas empresas devem estar cientes dos códi gos relacionados ao gasto realizado e efetivamente realizarem o lançamento da forma apropriada Devido à existência de resistência humana às mudan ças talvez esta seja a parte mais desafiadora do gestor na implantação de um sistema de informações inclusive de custos Por isso há a necessidade de um sistema periódico de verificação dos lançamentos sendo essa verifi cação mais intensa na fase de implantação do sistema 62 RELAÇÃO CUSTOVOLUMELUCRO O comportamento dos custos diante das variações de diferentes níveis de produção deve ser objeto de constante atenção por parte dos gestores Conforme aprendido sobre custos há aqueles que variam proporcionalmente com o volume de bens ou serviços produzidos custos variáveis também há custos que permanecem estáveis custos fixos independentemente do volume produzido Cabe ressaltar que esses custos permanecem fixos de acordo com a estrutura da empresa podendo haver variações no caso de mudanças significativas nessa estrutura A gestão das empresas deve considerar essas características de seus custos conhe cendo os impactos em seus resultados à medida que a produção varia Projeções 120 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO devem ser realizadas no sentido de prever resultados indesejados possibilitando a adoção de medidas que visem reduzir ou até mesmo eliminar perdas para a orga nização Um ponto de partida interessante para essas análises é a identificação do ponto de equilíbrio 621 PONTO DE EQUILÍBRIO O ponto de equilíbrio ou break even point é o nível de atividade em que a empresa apresenta resultado operacional nulo ou seja não é lucro nem prejuízo É utilizado como forte parâmetro para a definição de metas organizacionais que servem de dire cionamento de suas atividades Para Santos 2017 a análise do equilíbrio entre recei tas de vendas e custos é muito importante como instrumento de decisão gerencial O sucesso financeiro de qualquer empreendimento empresarial está condicionado à existência da melhor informação gerencial Veja o gráfico do ponto de equilíbrio GRÁFICO 4 PONTO DE EQUILÍBRIO Receitas de Vendas PV x QV Lucro operacional Gastos totais GT GF GV Gastos totais Prejuízo operacional Ponto de Equilíbrio RT GT Gastos Fixos GF 0 Q P Eq Unidades Produzidas e Vendidas QV RT P Eq Receitas e Custos mil 350 300 250 200 100 50 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 150 Fonte Elaborado pelo autor 2019 121 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Analisando o gráfico observase que os Gastos Fixos GF permanecem estáveis inde pendentemente do volume de produção quantidade produzida eixo X ao passo que os Gastos Variáveis GV partindo dos Gastos Fixos variam proporcionalmente ao volume de produção O mesmo ocorre com as Receitas de Vendas RV porém estas têm seu ponto inicial em zero ou seja se não há vendas não há receitas As vendas acima do ponto de equilíbrio geram lucro operacional já abaixo do ponto equilíbrio geram prejuízo operacional No ponto de equilíbrio não há lucro nem prejuízo opera cional Veja um exemplo com os valores apresentados no gráfico Considere que a empresa Exemplo Ltda apresenta os seguintes dados Custos fixos totais 41000 Despesas fixas totais 19000 Custo variável unitário 6000 Preço de venda 10000 Margem de contribuição unitária PV CV 10000 6000 4000 1 O primeiro passo é calcular a quantidade no ponto de equilíbrio Qpe por meio da seguinte fórmula Qpe Custos fixos Despesas fixas Margem de contribuição unitária Dessa forma temse Qpe 41000 19000 4000 60000 1500 unidades 4000 122 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 2 Em seguida calculamse os gastos totais considerando a quantidade no ponto de equilíbrio Gastos totais Gastos Fixos Gastos Variáveis Gastos totais 60000 1500 x 6000 60000 90000 150000 3 Em seguida calculase a Receita de Vendas no ponto de equilíbrio RV Preço de venda X Quantidade no ponto de equilíbrio RV 10000 X 1500 150000 4 Finalmente confrontando as receitas totais com os gastos totais consta tase o resultado operacional igual a zero ou seja o ponto de equilíbrio foi alcançado TABELA 44 APURAÇÃO DO RESULTADO NO PONTO DE EQUILÍBRIO APURAÇÃO DO RESULTADO VALORES Receita líquida de vendas 15000000 Custo e despesas variáveis 9000000 Margem bruta 6000000 Custos fixos 4100000 Despesas fixas 1900000 Resultado operacional 000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Conforme comprovado matematicamente com base na estrutura de custos fixos da empresa e nos custos variáveis unitários alcançando a produção de 1500 unidades a empresa alcançará o ponto de equilíbrio ou seja não obterá lucro nem prejuízo em suas operações considerando a venda de toda a sua produção 123 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 622 VARIAÇÕES NO VOLUME DE PRODUÇÃO Identificado o ponto de equilíbrio os gestores das empresas passam a ter um impor tante referencial para a gestão de seus custos Fazendo projeções de diferentes contextos de produção é possível obter estimativas dos gastos totais da empresa em níveis acima e abaixo do ponto de equilíbrio Veja um exemplo dessas projeções TABELA 45 GASTOS TOTAIS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO VOLUME DE PRODUÇÃO CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO CUSTO VARIÁVEL TOTAL DESPESAS FIXAS CUSTOS FIXOS GASTOS TOTAIS 0 6000 000 1900000 4100000 6000000 500 6000 3000000 1900000 4100000 9000000 1000 6000 6000000 1900000 4100000 12000000 1500 6000 9000000 1900000 4100000 15000000 2000 6000 12000000 1900000 4100000 18000000 2500 6000 15000000 1900000 4100000 21000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Com base nas mesmas projeções também é possível obter estimativas de resultados a serem alcançados TABELA 46 ESTIMATIVAS DE RESULTADO EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO VOLUME DE PRODUÇÃO PREÇO DE VENDA CUSTO VARIÁVEL TOTAL GASTOS TOTAIS RESULTADO OPERACIONAL 0 10000 000 6000000 6000000 500 10000 5000000 9000000 4000000 1000 10000 10000000 12000000 2000000 1500 10000 15000000 15000000 000 2000 10000 20000000 18000000 2000000 2500 10000 25000000 21000000 4000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Observase que quanto maior a distância entre a quantidade produzida e a quan tidade no ponto de equilíbrio maior a distância do resultado Isso ocorre devido ao comportamento em conjunto dos custos fixos e variáveis Em níveis de produção mais 124 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO elevados a proporcionalidade em relação à produção dos custos variáveis permane ce e a estabilidade dos custos fixos favorece o resultado Em níveis de produção mais baixos essa estabilidade se torna um fator de influência negativo para os resultados empresariais Portanto é importante que a gestão da empresa mantenha sua estrutura de custos fixos adequada a seu nível de atividade uma vez que estruturas muito acima no nível de atividade podem gerar perdas desnecessárias para a empresa ao passo que estru tura abaixo do nível de atividade podem ocasionar perdas de vendas e consequen temente perda de lucro devido à falta de capacidade de atendimento à demanda de mercado 623 VARIAÇÕES NA ESTRUTURA DA EMPRESA Quando a empresa alcança uma posição no mercado que demanda investimentos em sua capacidade produtiva é esperado que ao aumentar essa capacidade seus custos fixos também aumentem Isso ocorre porque a ampliação da capacidade produtiva da empresa demanda um novo nível de recursos para funcionamento e manutenção dessa capacidade Por exemplo um número maior de equipamentos demanda mais tempo e recursos para manutenção dos novos equipamentos poden do gerar contratações de pessoal e ocorrer a mesma situação em relação à equipe de supervisão da fábrica de controle de qualidade de limpeza Também podem ocor rer gastos extras em itens que compõem os gastos fixos da empresa como energia elétrica material de expediente e de limpeza e aluguel Cabe ao gestor identificar as capacidades mínima e máxima de cada nível de estru tura Em relação à capacidade produtiva tal identificação está relacionada à capaci dade individual dos equipamentos que a empresa dispõe dos recursos humanos do fluxo de movimentações possíveis dentro das atuais instalações da empresa entre outros É importante que a empresa esteja atenta à demanda média historicamente atendida por ela procurando ajustar sua capacidade de forma que não haja desper dício de recursos 125 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Tomando como exemplo uma empresa que apresenta níveis de estrutura com respectivas necessidades de gastos fixos podese identificar o impacto das variações da estrutura da empresa em seus gastos totais e unitários A tabela apresentada a seguir demonstra níveis mínimos e máximos de produ ção distribuídos por faixa e utiliza a média entre os volumes mínimo e máxi mo de produção para o cálculo dos gastos totais e unitários Cada nível de produção demanda uma estrutura compatível com as atividades necessárias para os respectivos volumes de produção sendo que cada modificação na estrutura resulta em modificação nos valores referentes às despesas e custos fixos Veja QUADRO 4 APURAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO VOLUME DE PRODUÇÃO CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO CUSTO VARIÁVEL TOTAL DESPESAS FIXAS CUSTOS FIXOS GASTOS TOTAIS CUSTO UNITÁRIO TOTAL MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA 0 3000 1500 6000 9000000 1900000 4100000 15000000 10000 3000 6000 4500 6000 18000000 2850000 6150000 27000000 6000 6000 9000 7500 6000 36000000 4275000 9225000 49500000 6600 9000 12000 10500 6000 54000000 6412500 13837500 74250000 7071 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Analisando as informações da tabela percebese que para cada nível de produção as despesas e custos fixos se mantêm estáveis passando a variar a cada mudança de nível Esse comportamento apresenta reflexos nos gastos totais por faixa de produção e consequentemente nos respectivos custos unitários Observando as tendências de demanda do mercado o gestor pode analisar os resultados estimados para cada faixa de volume de produção e adequar a estrutura da empresa de acordo com as expectativas de produção para o atendimento da demanda observada contribuindo para a maximização dos resultados da empresa 126 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 63 RELATÓRIOS FINANCEIROS E VARIAÇÕES DE PREÇO Os preços de venda dos produtos e serviços devem ser formados a partir dos custos unitários identificados para cada produto ou serviço tendo como objetivo cobrir os demais gastos da empresa e também gerar o lucro desejado para a organização Se por exemplo o gasto variável unitário de um determinado produto custar 60 de seu preço de venda essa diferença de 40 margem de contribuição deve ser suficiente para cobrir todos os gastos fixos da empresa e também proporcionar lucro Tomando como exemplo uma empresa com essas características de composição de seus custos que vendeu 1000 unidades de um produto ao preço de 20000 com custos e despesas variáveis correspondentes a 60 12000 haveria a seguinte apuração do resultado a ser apresentado nos relatórios financeiros da empresa TABELA 47 APURAÇÃO DO RESULTADO POR CUSTEIO VARIÁVEL Empresa Exemplo Ltda Mês 10 APURAÇÃO DO RESULTADO CUSTEIO VARIÁVEL VALORES Receita líquida de vendas 20000000 1000 Custos variáveis 10000000 500 Despesas variáveis 2000000 100 Margem de contribuição 8000000 400 Custos fixos 3500000 175 Despesas fixas 1800000 90 Resultado operacional 2700000 135 Operações realizadas para apuração da margem de contribuição Receita de Vendas 1000 x 20000 20000000 Custos variáveis 1000 x 10000 10000000 Despesas variáveis 1000 x 2000 2000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 127 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 631 AUMENTO DE PREÇOS E O IMPACTO NOS RESULTADOS DA EMPRESA Considerando que devido a uma demanda excessiva de mercado a empresa aumen tasse seu preço em 10 passando para 22000 e ao mesmo tempo mantives se seus gastos no mesmo nível o resultado da empresa seria favorecido devido ao ganho unitário em cada unidade vendida TABELA 48 APURAÇÃO DO RESULTADO POR CUSTEIO VARIÁVEL COM AUMENTO DE PREÇO E MANUTENÇÃO DOS CUSTOS Empresa Exemplo Ltda Mês 10 APURAÇÃO DO RESULTADO CUSTEIO VARIÁVEL VALORES Receita líquida de vendas 22000000 1000 Custos variáveis 10000000 455 Despesas variáveis 2000000 91 Margem de contribuição 10000000 455 Custos fixos 3500000 159 Despesas fixas 1800000 82 Resultado operacional 4700000 235 Operações realizadas para apuração da margem de contribuição Receita de Vendas 1000 x 22000 22000000 Custos variáveis 1000 x 10000 10000000 Despesas variáveis 1000 x 2000 2000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Analisando os resultados da empresa após o aumento de preços e concomitante manutenção dos gastos observase um aumento significativo tanto na margem de contribuição quanto no resultado operacional 632 REDUÇÃO DE PREÇOS E O IMPACTO NOS RESULTADOS DA EMPRESA Considerando que devido a uma retração da demanda de mercado a empresa redu zisse seu preço em 10 em relação ao valor inicial passando para 18000 e ao 128 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO mesmo tempo mantivesse seus gastos no mesmo nível o resultado da empresa seria diminuído devido à redução do ganho unitário em cada unidade vendida TABELA 49 APURAÇÃO DO RESULTADO POR CUSTEIO VARIÁVEL COM REDUÇÃO DE PREÇO E MANUTENÇÃO DOS CUSTOS Empresa Exemplo Ltda Mês 10 APURAÇÃO DO RESULTADO CUSTEIO VARIÁVEL VALORES Receita líquida de vendas 18000000 1000 Custos variáveis 10000000 556 Despesas variáveis 2000000 111 Margem de contribuição 6000000 333 Custos fixos 3500000 194 Despesas fixas 1800000 100 Resultado operacional 700000 35 Operações realizadas para apuração da margem de contribuição Receita de Vendas 1000 x 18000 18000000 Custos variáveis 1000 x 10000 10000000 Despesas variáveis 1000 x 2000 2000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Analisando os resultados da empresa após a redução do preço ao mesmo tempo em que manteve os níveis de seus gastos podese perceber que a redução significa tiva da margem de contribuição unitária do produto exerceu influência proporcional na margem de contribuição total e também exerceu impacto negativo no resultado operacional da empresa Considerando o impacto das variações tanto positivas quanto negativas dos preços dos produtos ou serviços comercializados pela empresa em seus resultados financei ros percebese que a rentabilidade das organizações também está associada à capa cidade dos gestores da empresa em manter controle de seus custos de forma que sempre estejam em níveis aceitáveis de eficiência 633 PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA Conforme estudado a apuração de custos busca identificar valores incorridos na produção de bens ou serviços sendo que sobre esses valores são aplicadas taxas de 129 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO administração para a cobertura das despesas administrativas e comerciais decorren tes das atividades da empresa Após a aplicação desses valores são formados preços de venda que devem conter o lucro pretendido pela empresa e os tributos relaciona dos às suas operações Porém em operações de transferência de produtos entre filiais ou até mesmo no caso de exportações e importações existem condições que devem ser aplicadas para essas situações formando o preço de transferência De acordo com Silva 2014 preço de transferência é o valor pelo qual são transferidos bens direitos e serviços entre as atividades e áreas internas de uma organização Já segundo Camargo 2017 o preço de transferência ou transfer price ocorre sempre em que duas empresas vincula das ou seja do mesmo grupo empresarial e que se situam em territórios diferentes vendem ou transferem entre elas bens serviços ou propriedade intangível No caso de haver distorções significativas nos preços de transferências praticados entre instituições coligadas e os preços praticados em operações similares entre empresas não coligadas a legislação permite que haja ajuste nos preços para fins tributários CONCLUSÃO O conceito de sistema é aplicado a várias áreas das organizações sendo que quando se aborda o enfoque sistêmico no meio empresarial a própria organização é conside rada como um sistema composto por subsistemas independentes É nessa perspec tiva que o sistema de planejamento e controle de custos se insere se tornando uma valiosa ferramenta de apoio ao processo de tomada de decisões empresariais Conhecer as características de um sistema de custos e os requisitos para a sua implan tação nas empresas contribuirá de forma significativa para o gestor uma vez que conhecendo e controlando os custos incorridos nas atividades operacionais pode rá ter uma percepção ampla de o que ocorre em termos financeiros na empresa que está dirigindo bem como seu posicionamento em relação à concorrência e ao mercado Conhecendo seus custos e comparandoos com os praticados no merca do o gestor poderá direcionar a empresa para o posicionamento estratégico mais adequado em relação à sua real condição uma vez que a gestão dos custos empre sariais é fator determinante para o sucesso empresarial 130 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Desde a definição do públicoalvo até o planejamento da mais simples atividade empresarial o conhecimento sobre os custos da organização e a otimização de sua gestão sempre serão fatores decisivos para o sucesso empresarial principalmente considerando o acirramento da concorrência nos diversos segmentos de atuação organizacional A aplicação correta de conceitos relacionados a custos bem como o acompanhamento constante dos custos incorridos nas atividades operacionais e impacto de suas variações nos resultados da organização são fatores preponderantes para que a empresa alcance suas metas e objetivos preestabelecidos em seu plane jamento estratégico Cabe ao gestor compreender tal característica da análise financeira e gerencial cien te de que a contínua busca pela maximização dos resultados empresariais invariavel mente passa pela gestão eficiente e eficaz de seus custos 131 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO REFERÊNCIAS ASSAF NETO Alexandre Finanças corporativas e valor 7 ed São Paulo Atlas 2014 609 p GITMAN Lawrence Jeffrey Princípios de administração financeira 10 ed São Paulo Pearson Addison Wesley 2009 775 p HOJI Masakazu Gestão financeira e econômica didática objetiva e prática São Paulo Atlas 2019 MARION José Carlos Contabilidade empresarial instrumentos de análise gerência e decisão 18 ed São Paulo Atlas 2018 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 10 ed São Paulo Atlas 2010 MASAKAZU Hoji Gestão financeira e econômica didática objetiva e prática São Paulo Atlas 2019 PADOVEZE Clóvis Luis Contabilidade de Custos teoria prática integração com sistemas de informações ERP São Paulo Cengage Learning 2013 PADOVEZE Clóvis Luis Curso básico gerencial de custos 2 ed São Paulo Pioneira Thom son 2006 SANTOS Joel José Manual de contabilidade e análise de custos 7 ed São Paulo Atlas 2017 LUNELLI Reinaldo Luiz Principais métodos de custeio Portal de contabilidade Disponível em httpwwwportaldecontabilidadecombrtematicasmetodosde custeiohtm Acesso em 20 jul 2019 PADOVEZE Clóvis Luis Contabilidade de custos teoria prática integração com siste mas de informações ERP São Paulo Cengage Learning 2013 SANTOS Joel José Manual de contabilidade e análise de custos 7 ed São Paulo Atlas 2017 132 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO HOJI Mazakazu Gestão financeira e econômica didática objetiva e prática São Paulo Atlas 2019 MARION José Carlos Contabilidade empresarial 18 ed São Paulo Atlas 2018 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 10 ed São Paulo Atlas 2010 PADOVEZE Clóvis Luis Curso básico gerencial de custos 2 ed São Paulo Pioneira Thomson 2006 YANASE João Custos e formação de preços importante ferramenta para tomada de decisões São Paulo Trevisan 2018 CAMARGO Renata Freitas de Entenda como funciona o transfer price e como o preço de transferência é importante para o planejamento orçamentário 26 set 2017 Disponível em httpswwwtreasycombrblogtransferprice Acesso em 23 jul 2019 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 10 ed São Paulo Atlas 2018 SANTOS Joel José Manual de contabilidade e análise de custos 7 ed São Paulo Atlas 2017 SILVA Lourivado Lopes da Manual de preço de transferência aspectos teóricos e práticos 2 ed Belo Horizonte IOB Sage 2014 SILVA Raimundo Nonato Sousa Gestão de custos contabilidade controle e análise 4 ed São Paulo Atlas 2017 133 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO EADMULTIVIXEDUBR CONHEÇA TAMBÉM NOSSOS CURSOS DE PÓSGRADUAÇÃO A DISTÂNCIA NAS ÁREAS DE SAÚDE EDUCAÇÃO DIREITO GESTÃO E NEGÓCIOS
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Texto de pré-visualização
1 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL 2 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do Estado do Espírito Santo com unidades em Cachoeiro de Itapemirim Cariacica Castelo Nova Venécia São Mateus Serra Vila Velha e Vitória Desde 1999 atua no mercado capixaba des tacandose pela oferta de cursos de gradua ção técnico pósgraduação e extensão com qualidade nas quatro áreas do conhecimen to Agrárias Exatas Humanas e Saúde sem pre primando pela qualidade de seu ensino e pela formação de profissionais com cons ciência cidadã para o mercado de trabalho Atualmente a Multivix está entre o seleto grupo de Instituições de Ensino Superior que possuem conceito de excelência junto ao Ministério da Educação MEC Das 2109 institui ções avaliadas no Brasil apenas 15 conquistaram notas 4 e 5 que são consideradas conceitos de excelência em ensino Estes resultados acadêmicos colocam todas as unidades da Multivix entre as melhores do Estado do Espírito Santo e entre as 50 melhores do país MISSÃO Formar profissionais com consciência cida dã para o mercado de trabalho com ele vado padrão de qualidade sempre mantendo a credibilidade segurança e modernidade visando à satisfação dos clientes e colaboradores VISÃO Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci da nacionalmente como referência em qualidade educacional GRUPO MULTIVIX 3 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO BIBLIOTECA MULTIVIX Dados de publicação na fonte As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site httpbrfreepikcom Rafacho Sérgio Análise Financeira e Gerencial Sérgio Rafacho Serra Multivix 2019 FACULDADE CAPIXABA DA SERRA MULTIVIX EDITORIAL Catalogação Biblioteca Central Anisio Teixeira Multivix Serra 2019 Proibida a reprodução total ou parcial Os infratores serão processados na forma da lei Diretor Executivo Tadeu Antônio de Oliveira Penina Diretora Acadêmica Eliene Maria Gava Ferrão Penina Diretor Administrativo Financeiro Fernando Bom Costalonga Diretor Geral Helber Barcellos da Costa Diretor da Educação a Distância Flávio Janones Coordenadora Acadêmica da EaD Carina Sabadim Veloso Conselho Editorial Eliene Maria Gava Ferrão Penina presidente do Conselho Editorial Kessya Penitente Fabiano Costalonga Carina Sabadim Veloso Patrícia de Oliveira Penina Roberta Caldas Simões Revisão de Língua Portuguesa Leandro Siqueira Lima Revisão Técnica Alexandra Oliveira Alessandro Ventorin Graziela Vieira Carneiro Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo Carina Sabadim Veloso Maico Pagani Roncatto Ednilson José Roncatto Aline Ximenes Fragoso Genivaldo Félix Soares Multivix Educação a Distância Gestão Acadêmica Coord Didático Pedagógico Gestão Acadêmica Coord Didático Semipresencial Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia Direção EaD Coordenação Acadêmica EaD 4 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Aluno a Multivix Estamos muito felizes por você agora fazer parte do maior grupo educacional de Ensino Superior do Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei ro de Itapemirim Cariacica Castelo Nova Venécia São Mateus Serra Vila Velha e Vitória Desde 1999 no mercado capixaba destacase pela oferta de cursos de graduação pósgraduação e extensão de qualidade nas quatro áreas do conhecimento Agrárias Exatas Humanas e Saúde tanto na mo dalidade presencial quanto a distância Além da qualidade de ensino já comprova da pelo MEC que coloca todas as unidades do Grupo Multivix como parte do seleto grupo das Instituições de Ensino Superior de excelência no Brasil contando com sete unidades do Grupo en tre as 100 melhores do País a Multivix preocupa se bastante com o contexto da realidade local e com o desenvolvimento do país E para isso pro cura fazer a sua parte investindo em projetos so ciais ambientais e na promoção de oportunida des para os que sonham em fazer uma faculdade de qualidade mas que precisam superar alguns obstáculos Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é Formar profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho com elevado padrão de quali dade sempre mantendo a credibilidade segurança e modernidade visando à satisfação dos clientes e colaboradores Entendemos que a educação de qualidade sempre foi a melhor resposta para um país crescer Para a Multivix educar é mais que ensinar É transformar o mundo à sua volta Seja bemvindo APRESENTAÇÃO DA DIREÇÃO EXECUTIVA Prof Tadeu Antônio de Oliveira Penina Diretor Executivo do Grupo Multivix 5 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Impacto das decisões organizacionais no DRE 24 FIGURA 2 Fontes de financiamento da estrutura de capital empresarial 25 FIGURA 3 Classificação primária dos gastos empresariais 28 FIGURA 4 Classificação dos custos 41 FIGURA 5 Exemplo de layout de uma empresa do segmento industrial 43 FIGURA 6 Exemplo de um produto skate 46 FIGURA 7 Classificação dos custos 56 FIGURA 8 Perspectiva do método de custeio por absorção 77 FIGURA 9 Perspectiva do método de custeio variável 85 FIGURA 10 Sistema de informações gerenciais 114 FIGURA 11 Exemplo de codificação de centros de custo nas organizações 115 FIGURA 12 Apuração de gastos por centros de custos plano de contas 118 6 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 Comportamento dos Custos Variáveis Totais em diferentes níveis de produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 60 GRÁFICO 2 Comportamento dos Custos Fixos Totais em diferentes níveis de produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 62 GRÁFICO 3 Comportamento dos Custos Totais em diferentes níveis de produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 64 GRÁFICO 4 Ponto de equilíbrio 120 7 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO LISTA DE QUADROS QUADRO 1 Estrutura do Balanço Patrimonial 22 QUADRO 2 Demonstrativo do Resultado do Exercício 23 QUADRO 3 Exemplo de codificação de plano de contas nas organizações 116 QUADRO 4 Apuração do custo unitário em diferentes níveis de produção 125 8 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO LISTA DE TABELAS TABELA 1 Resultados apurados 34 TABELA 2 Matériaprima utilizada na produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 47 TABELA 3 Mão de obra direta utilizada na produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 47 TABELA 4 Mão de obra indireta utilizada na produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 51 TABELA 5 Materiais indiretos utilizados na produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 51 TABELA 6 Outros custos indiretos utilizados na produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 52 TABELA 7 Comportamento dos Custos Variáveis em diferentes níveis de produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 59 TABELA 8 Comportamento dos Custos Fixos em diferentes níveis de produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 61 TABELA 9 Comportamento dos Custos em diferentes níveis de produção da Indústria de Skates Exemplo Ltda 63 TABELA 10 Gastos gerais da Indústria de Skates Exemplo Ltda 66 TABELA 11 Gastos gerais da Indústria de Skates Exemplo Ltda separados por departamento 67 TABELA 12 Vendas da Indústria de Skates Exemplo Ltda 69 TABELA 13 Custos Fixos e Variáveis da Indústria de Skates Exemplo Ltda 69 TABELA 14 Despesas administrativas da Indústria de Skates Exemplo Ltda 70 TABELA 15 Despesas comerciais da Indústria de Skates Exemplo Ltda 70 TABELA 16 Demonstrativo de Resultado do Exercício da Indústria de Skates Exemplo Ltda 71 9 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO LISTA DE TABELAS TABELA 17 Empresa Exemplo vendas brutas mês 07 79 TABELA 18 Empresa Exemplo Custos Indiretos de Fabricação CIFs mês 07 79 TABELA 19 Empresa Exemplo horas de produção por produto mês 07 80 TABELA 20 Empresa Exemplo rateio dos CIFs por horas de produção mês 07 80 TABELA 21 Empresa Exemplo rateio dos CIFs por unidade produzida mês 07 80 TABELA 22 Empresa Exemplo custos totais de mão de obra direta mês 07 81 TABELA 23 Empresa Exemplo custos totais de material direto mês 07 81 TABELA 24 Empresa Exemplo custos diretos e indiretos por produto mês 07 81 TABELA 25 Empresa Exemplo custos dos produtos vendidos mês 07 82 TABELA 26 Empresa Exemplo Ltda mês 07 83 TABELA 27 Empresa Exemplo Ltda mês 07 83 TABELA 28 Empresa Exemplo custos totais mês 07 84 TABELA 29 Empresa Exemplo vendas brutas mês 07 86 TABELA 30 Empresa Exemplo Custos Indiretos de Fabricação CIFs mês 07 86 TABELA 31 Empresa Exemplo custos variáveis e fixos por produto mês 07 87 TABELA 32 Empresa Exemplo custos totais mês 07 87 TABELA 33 Empresa Exemplo Ltda mês 07 88 TABELA 34 Produção mensal da Empresa Exemplo Ltda 94 10 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO SUMÁRIO LISTA DE TABELAS TABELA 35 Custos Indiretos de fabricação da Empresa Exemplo Ltda 94 TABELA 36 Direcionadores de custeio ABC Empresa Exemplo Ltda 96 TABELA 37 Taxa de rateio custeio ABC Empresa Exemplo Ltda 97 TABELA 38 Itens que compõem os custos do setor de manutenção 99 TABELA 39 Custos totais estimados Empresa Exemplo Ltda 101 TABELA 40 Custos totais projetados Empresa Exemplo Ltda 102 TABELA 41 Custopadrão vs custos reais Empresa Exemplo Ltda 104 TABELA 42 Resumo de gastos de viagem gerência comercial 117 TABELA 43 Resumo de gastos de viagem supervisão de produção 117 TABELA 44 Apuração do resultado no ponto de equilíbrio 122 TABELA 45 Gastos totais em diferentes níveis de produção 123 TABELA 46 Estimativas de resultado em diferentes níveis de produção 123 TABELA 47 Apuração do resultado por custeio variável 126 TABELA 48 Apuração do resultado por custeio variável com aumento de preço e manutenção dos custos 127 TABELA 49 Apuração do resultado por custeio variável com redução de preço e manutenção dos custos 128 11 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO À ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL 19 INTRODUÇÃO 19 11 INTRODUÇÃO À ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL 21 111 DECISÕES FINANCEIRAS E GESTÃO DE CUSTOS 26 1111 TERMINOLOGIA NA GESTÃO DOS CUSTOS ORGANIZACIONAIS 27 1112 A GESTÃO DE CUSTOS COMO APOIO À GESTÃO FINANCEIRA 31 BIBLIOGRAFIA COMENTADA 36 CONCLUSÃO 37 2 APURAÇÃO DE CUSTOS QUANTO AOS PRODUTOS 40 INTRODUÇÃO 40 21 APURAÇÃO DE CUSTOS QUANTO AOS PRODUTOS 42 211 CUSTOS DIRETOS E CUSTOS INDIRETOS 44 2111 CUSTOS DIRETOS 45 212 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 49 CONCLUSÃO 54 UNIDADE 1 UNIDADE 2 12 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO SUMÁRIO 3 APURAÇÃO DE CUSTOS QUANTO AO VOLUME DE PRODUÇÃO 56 INTRODUÇÃO 57 31 CUSTOS VARIÁVEIS 58 32 CUSTOS FIXOS 60 33 TOTALIZAÇÃO DOS CUSTOS E APURAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO DO PRODUTO 63 34 DEPARTAMENTALIZAÇÃO 65 35 CUSTOS DESPESAS E A APURAÇÃO DOS RESULTADOS ORGANIZACIONAIS 68 CONCLUSÃO 73 4 SISTEMAS DE CUSTEIO 75 INTRODUÇÃO 75 41 SISTEMAS DE CUSTEIO 76 411 CUSTEIO POR ABSORÇÃO 76 42 CUSTEIO VARIÁVEL 84 CONCLUSÃO 89 5 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS 91 INTRODUÇÃO 91 51 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS 92 511 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES ABC 93 52 CUSTOS CONTROLÁVEIS E CUSTOS ESTIMADOS 98 UNIDADE 3 UNIDADE 4 UNIDADE 5 13 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO SUMÁRIO 521 CUSTOS CONTROLÁVEIS 98 522 CUSTOS ESTIMADOS 100 53 CUSTOPADRÃO 102 54 CUSTO DE REPOSIÇÃO 105 BIBLIOGRAFIA COMENTADA 107 CONCLUSÃO 108 6 GESTÃO DE CUSTOS E ANÁLISE FINANCEIRA 110 INTRODUÇÃO 110 61 GESTÃO DE CUSTOS E ANÁLISE FINANCEIRA 111 611 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTOS 111 612 CENTRO DE CUSTOS E PLANO DE CONTAS 114 62 RELAÇÃO CUSTOVOLUMELUCRO 119 621 PONTO DE EQUILÍBRIO 120 622 VARIAÇÕES NO VOLUME DE PRODUÇÃO 123 623 VARIAÇÕES NA ESTRUTURA DA EMPRESA 124 63 RELATÓRIOS FINANCEIROS E VARIAÇÕES DE PREÇO 126 631 AUMENTO DE PREÇOS E O IMPACTO NOS RESULTADOS DA EMPRESA 127 632 REDUÇÃO DE PREÇOS E O IMPACTO NOS RESULTADOS DA EMPRESA 127 633 PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA 128 CONCLUSÃO 129 REFERÊNCIAS 131 UNIDADE 6 14 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO ICONOGRAFIA ATENÇÃO PARA SABER SAIBA MAIS ONDE PESQUISAR DICAS LEITURA COMPLEMENTAR GLOSSÁRIO ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM CURIOSIDADES QUESTÕES ÁUDIOS MÍDIAS INTEGRADAS ANOTAÇÕES EXEMPLOS CITAÇÕES DOWNLOADS 15 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO BIODATA DO AUTOR Sérgio Rafacho Doutor em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG Mestre em Educação pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais CEFETMG Especialista em Finanças pelo Instituto de Educação Conti nuada da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais IECPUCMG Administra dor pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUCMG Pesquisador do grupo de Pesquisa AMTEC registrado da na plataforma lattescnpq Professor universitário de graduação e pósgraduação nas áreas de Finanças Opera ções Administração Geral e Jogos Empresariais Atua como consultor empresarial em empresas do segmento industrial comercial e de prestação de serviços Já atuou como analista de sistemas da UFMG como funcionário de empresas de grande porte e como empresário no ramo de construção indústria e prestação de serviços Expe riência e reengenharia de empresas produção processos adequação orçamentá ria estruturação de controle de gastos adequação e parametrização do processo de compras organização dos processos administrativos organizacionais JUSTIFICATIVA Diariamente as pessoas tomam decisões que impactam a vida Sejam decisões simples sejam complexas de forma proporcional à sua importância elas sempre impactarão de alguma forma o cotidiano Como o capital é necessário na maioria das situações em que se vive as decisões financeiras sempre terão impacto decisivo na maneira de se viver Analisar planejar e decidir sobre finanças são ações fundamen tais para o sucesso tanto para pessoas físicas quanto jurídicas 16 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO ENGAJAMENTO Compreender os conceitos e fundamentos que permeiam a análise financeira e gerencial das organizações é fator fundamental para que o gestor desenvolva habi lidades e competências determinantes para o sucesso em sua carreira Diante dessa realidade serão apresentadas algumas questões para que você possa refletir sobre a importância de se aprofundar no conhecimento sobre a análise financeira das empresas Como a compreensão sobre finanças corporativas pode contribuir para que o gestor organizacional tenha sucesso em suas decisões Em mercados de concorrência tão acirrados como o atual qual a importân cia do planejamento da análise do controle e acompanhamento dos gastos empresariais A implantação adequada de sistemas de custos deve ser realizada de forma predeterminada ou deve ser adequada às especificidades de cada segmento mercadológico Qual o impacto de variações significativas nas atividades operacionais e nos resultados organizacionais APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Se uma pessoa toma decisões erradas como gastar acima de seus limites ou investir sem analisar a relação entre custo e benefício haverá reflexos danosos em suas finan ças que implicarão em problemas em vários aspectos de sua vida Da mesma forma decisões erradas nas organizações podem resultar em impactos significativamente negativos e até mesmo leválas à falência Não são poucas as empresas que fecham devido à falta de planejamento e coerência em suas decisões financeiras 17 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Nesta disciplina serão estudados conceitos fundamentais e importantes sobre a Administração Financeira e Gerencial das empresas abordando temas importan tes para o sucesso da carreira do gestor relacionados à análise e gestão dos custos empresariais Serão abordados conceitos relacionados à composição e métodos de custeio implantação e análise das variações de custos e preços nas organizações Uma mente que se abre para uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original Frase atribuída a Einsten que pode se tornar uma realidade quando há dedicação aos estudos OBJETIVOS DA DISCIPLINA Ao final desta disciplina esperamos que você seja capaz de Aplicar conceitos relacionados à análise financeira e gerencial na gestão das organizações empresariais Avaliar os impactos da gestão adequada dos gastos organizacionais nos resul tados financeiros das empresas Compreender a importância de se utilizar métodos de custeio adequados às necessidades e especificidades de cada organização Analisar o impacto das variações dos níveis de atividades operacionais nos resultados corporativos Avaliar os resultados de uma gestão inadequada dos gastos organizacionais em seus resultados 18 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa Compreender a importância da gestão financeira para o sucesso das organizações Compreender como os demonstrativos contábeis contribuem para o processo de tomada de decisões organizacionais Conhecer a terminologia utilizada na área de custos e sua importância na interpretação dos dados financeiros das organizações Aplicar os conceitos basilares da área de custos UNIDADE 1 19 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO À ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL A gestão financeira das organizações deve ser conduzida com o objetivo de maximi zar os resultados e consequentemente o valor de mercado das empresas aumen tando a riqueza de seus proprietários que investem em negócios abrindo mão de outras oportunidades de investimento muitos deles especulativos tendo a expecta tiva de obter maiores retornos econômicos e financeiros A manutenção e o desenvolvimento de uma empresa resultam em diversos bene fícios não somente para os seus proprietários mas também para todos os grupos interessados stakeholders em suas atividades uma vez que suas próprias ativida des influenciam ou recebem influência dos negócios que envolvem tal organiza ção O sucesso das organizações tem reflexo direto na vida de seus funcionários que mantêm sua fonte de renda e criam novas expectativas futuras para a população que consegue adquirir novos produtos em muitos casos com preços mais competi tivos devido à concorrência e para o país que recebe mais impostos gerados pelas empresas e é aliviado em relação aos gastos sociais com a redução do desemprego Porém a manutenção de uma empresa em um mercado cada vez mais globalizado e concorrente exige de seus administradores conhecimento específico sobre técni cas e ferramentas de gestão financeira que contribuam para o alcance de seus obje tivos estratégicos Uma das áreas fundamentais das empresas que deve ter atenção de seus gestores é a área de custos Nesta unidade serão abordados conceitos funda mentais sobre a gestão financeira das empresas e sobre a importância do conheci mento da área de custos para o sucesso financeiro organizacional INTRODUÇÃO Em sua prática profissional o administrador financeiro tem de tomar decisões que vão refletir sobre os resultados financeiros e econômicos de sua empresa Para que esse processo tenha maior eficácia é fundamental que ele tenha à sua disposição 20 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO relatórios e informações sobre o desempenho organizacional da instituição que está gerindo que possibilitem a ele tomar decisões com segurança Devese ressaltar que mesmo não sendo a única fonte de dados a contabilidade é a principal fonte de informações financeiras para o processo de tomada de decisões empresariais Outras informações relacionadas à própria empresa e às condições mercadológicas em que atua também devem ser agregadas e consideradas nesse processo tão importante para o sucesso das empresas A contabilidade é importante para o gestor financeiro pois deve revelar a real posição econômicofinanceira da empresa Frequentemente os responsáveis pela administração estão tomando deci sões quase todas importantes vitais para o sucesso do negócio Por isso há necessidade de dados de informações corretas de subsídios que contribuam para uma boa tomada de decisão Decisões tais como comprar ou alugar uma máquina preço de um produto contrair uma dívida a longo ou curto prazos quanto de dívida contrairemos que quantidade de material para estoque deveremos comprar reduzir custos produzir mais A Contabilidade é o gran de instrumento que auxilia a administração a tomar decisões Na verdade ela coleta todos os dados econômicos mensurandoos monetariamente regis trandoos e sumarizandoos em forma de relatórios ou de comunicados que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões MARION 2018 p 4 Tendo à sua disposição relatórios que refletem a situação da empresa o administra dor terá maiores condições de analisar a real situação da organização em que atua passando a direcionar os esforços de seus colaboradores no sentido de maximizar os lucros De forma similar poderá verificar a rentabilidade de seus ativos confrontan doos com os custos de seus passivos a fim de obter resultados cada vez mais satisfa tórios para os acionistas da empresa Porém a eficácia de todo processo de tomada de decisões está diretamente relacio nada à qualidade da análise das informações disponibilizadas e também à capacida de do administrador financeiro de compreender interpretar e mensurar tais informa ções transformandoas em resultados favoráveis Muitos administradores almejam alcançar altos níveis hierárquicos dentro das organizações porém é importante que tenham conhecimento da responsabilidade de se tomar decisões de forma coerente e eficaz Nesta unidade serão trabalhados diversos aspectos relacionados à análise financeira gerencial que são fundamentais para o sucesso do administrador 21 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 11 INTRODUÇÃO À ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL As decisões empresariais devem refletir o direcionamento estratégico estabelecido por seus diretores e em sua maioria absoluta refletem em seus resultados sejam pela geração de receitas seja de gastos Quando a empresa mantém um sistema de registro contábil adequado às suas operações tais reflexos podem ser observados em demonstrativos contábeis que são relatórios exigidos pelo governo para pres tação das contas empresariais e que refletem a posição econômica e financeira das empresas Esses relatórios são importantes para o administrador financeiro avaliar a situação da empresa e contribuir com o processo de tomada de decisões inerente à sua função Dois dos principais demonstrativos contábeis que são fundamentais para acompa nhar a evolução da empresa são o Balanço Patrimonial e o Demonstrativo do Resul tado do Exercício Balanço Patrimonial BP para Gitman 2009 o balanço patrimonial representa a demonstração resumida da posição financeira e econômica da empresa em determi nada data Essa demonstração confronta os ativos o que a empresa possui com os passivos obrigações ou patrimônio líquido Com esse relatório o gestor empresarial pode identificar e acompanhar a evolução patrimonial da empresa 22 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO QUADRO 1 ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Maior Liquidez Ativo Circulante Disponível Aplicações Contas a Receber Estoques Passivo Circulante Contas a Pagar Impostos Fornecedores Passivo Não circulante Financiamentos de Longo Prazo Ativo Não Circulante Investimentos Veículos Máquinas e Equipamentos Imóveis Patrimônio Líquido Capital Social Lucros ou Prejuízos Acumulados Menor Liquidez Fonte Elaborado pelo autor Demonstrativo do Resultado do Exercício DRE o DRE é o relatório responsável pela apuração do resultado obtido pela empresa em determinado período Partindo das Receitas de Vendas obtidas pela empresa diminui os gastos impostos custos despesas ganhos perdas etc para ao final apresentar o lucro ou prejuízo obtido pela empresa no período de apuração Esse relatório permite ao gestor financeiro verificar a eficácia de sua gestão em relação às receitas e gastos empresariais e conse quentemente seus lucros 23 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO QUADRO 2 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DRE Receita Bruta de Vendas ImpostosDeduções Receita Líquida de Vendas Custo dos ProdutosMercadoriasServiços Vendidos Margem Bruta Despesas Administrativas Despesas Comerciais Despesas de Depreciação Resultado Operacional ou Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda Receitas Não Operacionais inclusive financeiras Despesas Não Operacionais inclusive financeiras Lucro Antes do Imposto de Renda Imposto de RendaContribuição Social sobre o Lucro Líquido Resultado do Exercício Fonte Elaborado pelo autor As decisões do gestor financeiro têm reflexos diretos no DRE sendo que por meio desse relatório podese acompanhar a eficiência do processo de tomada de decisões em relação aos resultados obtidos pela companhia A figura a seguir apresenta uma ilustração dos reflexos das decisões empresariais em seus resultados 24 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO FIGURA 1 IMPACTO DAS DECISÕES ORGANIZACIONAIS NO DRE Fonte Elaborada pelo autor As ações organizacionais demandam investimentos em ativos e capital de giro para que suas operações ocorram de forma adequada aos objetivos propostos Outro aspecto importante relacionado às decisões financeiras está ligado às fontes de finan ciamento de suas atividades Essas fontes podem ser oriundas de a Capital de terceiros agrupadas no passivo circulante curto prazo ou passivo não circulante longo prazo b Capital próprio agrupadas no patrimônio líquido 25 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO FIGURA 2 FONTES DE FINANCIAMENTO DA ESTRUTURA DE CAPITAL EMPRESARIAL ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTE Curto Prazo PASSIVO CIRCULANTE Curto Prazo PASSIVO NÃO CIRCULANTE Longo Prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO NÃO CIRCULANTE Longo Prazo Captando recursos de terceiros estes recursos entram na empresa através do Passivo Circulante ou Exigível a Longo Prazo Captando recursos através de novos sócios mercado de ações por exemplo estes recursos entram na empresa através do Patrimônio Líquido Fonte Elaborada pelo autor A partir do momento em que as empresas conhecem os resultados de suas opera ções obtêm parâmetros para que o gestor avalie aspectos referentes à segurança à liquidez e à rentabilidade dos investimentos realizados Tais resultados devem ser comparados com os planejamentos prévios realizados pela gestão das empresas bem como podem ser utilizados para planejamentos futuros uma vez que refletem o desenvolvimento da empresa em seu mercado Segundo MASAKAZU 2019 o crescimento e o desenvolvimento de uma empresa estão intimamente ligados a um bom sistema de planejamento pois com ele todas as atividades que se pretende desenvolver são planejadas com base em cenários cons truídos a partir de informações captadas de diversas fontes Preveemse o montan te de recursos necessários para a sua execução e as respectivas fontes o prazo em que se pretende que as metas sejam atingidas e atribuemse as responsabilidades É importante que haja monitoramento dos resultados para que se possa controlar avaliar cada etapa e realizar reconduções de rota sempre que variáveis internas ou externas indiquem essa necessidade 26 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Permeando todo esse contexto encontrase a gestão de custos área importante das finanças corporativas que merece atenção constante dos gestores uma vez que deci sões erradas sobre custos podem acarretar prejuízos irrecuperáveis para as empresas 111 DECISÕES FINANCEIRAS E GESTÃO DE CUSTOS As decisões empresariais exercem influência sobre os aspectos internos preços custos despesas investimentos financiamentos etc da organização pois atuam sobre variáveis sobre as quais o gestor tem controle Porém tais decisões não influen ciam aspectos externos à organização como impostos taxas de juros do mercado financeiro entre outros relacionados ao seu campo de atuação Essa realidade aumenta a responsabilidade do administrador financeiro em relação aos riscos decorrentes de suas decisões pois os fatores externos influenciam de forma decisiva os resultados das organizações As empresas que em períodos de reces são econômica não tiverem controle e domínio sobre seus gastos e principalmen te sobre os custos dos produtos ou serviços que comercializa tendem a ficar mais suscetíveis em relação aos riscos de mercado Por outro lado as empresas que planejam e controlam seus custos de forma asser tiva podem ser beneficiadas em momentos de dificuldade mercadológica pois têm domínio sobre seus gastos podendo adaptálos a novas realidades e atuar de forma segura e lucrativa aproveitando inclusive oportunidades que surgem em meio à crise Nesse cenário a gestão de custos organizacionais assume papel importante na atua ção do gestor financeiro pois está entre os fatores sobre os quais tem controle e está diretamente relacionada à formação do preço de venda dos produtos ou serviços que a empresa comercializa e que serão ofertados ao mercado mediante em muitos casos forte concorrência Muitas empresas não se mantêm no mercado por praticarem preços inferiores aos custos dos produtos ou serviços disponibilizados Assim a situação financeira da empresa fica ainda mais complicada quando ela não consegue apropriar de forma correta os gastos efetivos que não são diretamente relacionados ao produto como aluguéis despesas administrativas e despesas comerciais Tais gastos devem ser 27 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO incorporados aos preços de forma adequada e para isso há necessidade de se iden tificar critérios coerentes com as atividades que cada produto ou serviço demanda para ser disponibilizado aos clientes Passase então a estudar conceitos relacionados à terminologia adotada por grande parte dos profissionais que atuam na área financeira mais especificamente na área de custos 1111 TERMINOLOGIA NA GESTÃO DOS CUSTOS ORGANIZACIONAIS Ao se dirigir a uma loja para comprar um produto é comum perguntar quanto custa este produto É uma pergunta comum na sociedade porém como especialistas os gestores devem considerar uma terminologia adequada e padronizada que possi bilite a associação de cada termo utilizado no meio organizacional com o processo produtivo praticado na empresa No âmbito empresarial é importante se considerar a padronização dos termos utili zados para que a comunicação entre os profissionais não seja prejudicada pelo entendimento incorreto sobre o que se pretende transmitir Não há nesse trabalho a intenção de resolver questões relacionadas a possíveis impasses na interpretação de termos associados à área de custos e sim de apresentar como terminologia básica conceitos associados a cada termo utilizado A figura a seguir apresenta uma perspectiva de vários termos utilizados na apuração de custos em grande parte das empresas 28 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO FIGURA 3 CLASSIFICAÇÃO PRIMÁRIA DOS GASTOS EMPRESARIAIS Fonte Elaborada pelo autor De acordo com Martins 2010 gastos custos e despesas são palavras sinônimas ou dizem respeito a conceitos e podem ser confundidas com desembolso ou investi mento O autor também se refere à perda como um termo que pode se confundir com os demais citados por isso devese adotar uma padronização em relação aos termos utilizados que reflita exatamente o que se pretende transmitir quando está se comunicando na área empresarial Nesse sentido o autor define significados para cada termo empregado na área de custos Segundo o Martins 2010 a Gasto compra de um produto ou serviço qualquer que gera sacrifí cio financeiro desembolso para a entidade sacrifício este representa do por entrega ou promessa de entrega de ativos normalmente dinheiro Existem gastos com a compra de matériasprimas com a mão de obra tanto na produção quanto na distribuição gastos com honorários da diretoria na compra de imobilizado etc Somente existe gasto na passagem para propriedade da empresa do bem ou serviço ou seja no momento em que existe o reconheci mento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento Não estão incluídos todos os sacrifícios que a entidade acaba por arcar já que não são incluídos o custo de oportunidade ou os juros sobre o capital próprio uma vez que estes não implicam a entrega de ativos É importante perceber que gasto implica em desembolso porém são conceitos distintos 29 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO b Desembolso pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço c Investimento gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuí veis a futuros períodos d Custo gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços O custo é reconhecido no momento da utilização dos fatores de produ ção para a fabricação de um produto ou execução de um serviço Exemplos a matériaprima foi um gasto em sua aquisição que imediatamente se tornou investimento e assim ficou durante o tempo de sua estocagem no momento de sua utilização na fabricação de um bem surge o custo da matériaprima como parte integrante do bem elaborado e Despesa bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas De forma geral despesas representam os esforços de administração e vendas da empresa A comissão do vendedor por exemplo é um gasto que se torna imediatamente em despesa f Perda bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária Não se trata de uma despesa ou custo por sua característica involuntária ou seja não é um gasto realizado de forma intencional destinado à obtenção de receita Ainda segundo Martins 2010 todo produto vendido e todo serviço ou utilidade trans feridos provocam despesa Costumase chamálo custo do produto vendido Dessa forma é apresentada a Demonstração de Resultado do Exercício Tecnicamente o correto seria apresentálo como despesa que é o somatório dos itens que compuse ram o custo de fabricação do produto ora vendido Todos os custos que são ou foram gastos se transformam em despesas quando da entrega dos bens ou serviços a que se referem Muitos gastos são transformados automaticamente em despesas outros passam primeiro pela fase de custos outros ainda percorrem o caminho completo passando por investimento custo e despesa 30 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO De acordo com Padoveze 2006 a contabilidade de custos foi adotada de forma predominante em empresas do segmento industrial porém em empre sas do segmento comercial ou de prestação de serviços seus princípios e termos foram adotados devido à similaridade em relação à contabilização de suas etapas produtivas até a obtenção das receitas de suas vendas De forma geral em empresas que prestam serviços à sociedade os esforços realizados para produção dos serviços prestados são considerados como custos dos servi ços prestados A mesma situação ocorre em relação a empresas do segmento comercial nas quais os gastos realizados para a aquisição dos produtos comer cializados são considerados como custos das mercadorias vendidas A diferença fundamental entre o custo dos produtos das empresas comerciais e o custo dos produtos nas empresas industriais é que as empresas comerciais têm somente um insumo para custo das mercadorias adquiridas para revenda enquanto as empresas industriais têm de utilizar vários insumos para o processo de obtenção produção dos produtos Todos os conceitos abordados na disciplina farão uso dos termos apresentados neste tópico e suas respectivas apropriações 31 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 1112 A GESTÃO DE CUSTOS COMO APOIO À GESTÃO FINANCEIRA A gestão dos custos tem sido objeto de análise de diversos gestores no sentido de otimizar os recursos investidos nas organizações e com objetivo na maximização de seus resultados A relação entre custo e benefício sempre deve ser considerada pelos gestores financeiros quando da análise dos desembolsos empresariais uma vez que recursos investidos de forma não assertiva dificilmente são recuperados em sua tota lidade Compreendendo a necessidade de se obter a maior assertividade possível em termos de retorno financeiro o amplo domínio dos conceitos básicos sobre os custos no contexto que envolve a análise financeira e gerencial é fundamental para que as organizações obtenham sucesso em seus empreendimentos Considerando que existem fatores internos e externos que influenciam nos resultados empresariais que somente os fatores internos podem ser controlados pelos gestores e por isso a importância de se conhecer bem os conceitos relacionados a custos nesta unidade serão abordados esses conceitos de forma que você possa compreen der a importância da gestão dos custos empresariais Considerando que toda empresa tem como objetivo a maximização de seus resulta dos financeiros é importante ressaltar que as duas principais maneiras que a empre sa tem para ampliar seus resultados são por meio do aumento de suas receitas ou da redução de seus gastos Em relação ao aumento das receitas os gestores se veem limitados pelas condições mercadológicas relacionadas ao contexto de atuação da empresa Com os merca dos cada vez mais competitivos nem sempre os chamados preços ideais podem ser praticados livremente pelas organizações sem a perda ou redução do volume de vendas impactando significativamente em seus resultados Conforme já abordado os fatores externos não são afetados pelas decisões dos gestores e por isso a empre sa deve se adaptar às condições do mercado procurando ajustar suas operações de forma a superar a concorrência com o máximo de eficiência possível Essa necessidade de ajustes de suas operações faz com que o gestor se volte para a redução de seus gastos implicando em medidas severas de corte de despesas custos e demais fatores ao mesmo tempo em que deve procurar otimizar os investimentos realizados no intuito de se maximizar seus resultados 32 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Suponha que uma determinada empresa apure em seu DRE um resultado lucrativo de 10 sobre sua Receita Líquida no ano de 20X8 e em seu planeja mento para o próximo ano pretende multiplicar por dois esse percentual Para alcançar esse objetivo ela poderia atuar de duas formas distintas dobran do o valor de suas receitas ou reduzindo 10 de seus gastos sem que haja perda de qualidade em seus produtos Considerando estas possibilidades a para dobrar suas receitas a empresa teria de multiplicar seus esforços de marketing ampliar seus canais de distribuição ampliar todas as suas operações e estrutura de forma que ela suporte o aumento de suas atividades Isso sem considerar as reações da concorrência em relação às suas ações as condições econômicas do país a capacidade de compra de seu mercadoalvo e outros fatores externos à empresa sobre as quais ela não tem domínio b para reduzir seus gastos em 10 sem que haja perda de qualidade em seus produtos a empresa poderia fazer uma avaliação geral de seus gastos buscando identificar possibilidades de cortes ou reduções adquirir tecnologia que possi bilitasse maior produtividade com menores custos capacitar suas equipes para obterem maior produtividade enfim são diversas possibilidades internas todas controladas pelo gestor desde que ele tenha controle sobre seus custos Qual dos dois objetivos seria mais plausível de ser alcançado dobrar o lucro dobrando suas receitas o que implicaria um enorme esforço organizacional ou reduzir seus gastos de forma consciente e de acordo com os valores da organização 33 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Obviamente a melhor solução seria utilizar as duas alternativas porém o que se pretende ilustrar com esse exemplo é a importância da empresa manter sua gestão financeira equilibrada e alinhada com os objetivos estratégicos da orga nização pois como já demonstrado todas as decisões dos gestores das organi zações refletem direta ou indiretamente nos resultados financeiros e econômi cos da organização De acordo com Santos 2017 a análise de custos no sentido amplo tem por finali dade mostrar os caminhos a serem percorridos na prática da gestão profissional de um negócio É notório que a ausência de informações e de análise de custos e resul tados em qualquer entidade nos dias atuais poderá resultar em fracasso do negócio É primordial a administração das empresas se municiar de informações de planeja mento e controle de custos e lucros para enfrentar os concorrentes que comerciali zam produtos semelhantes no mercado Ainda segundo o autor para gerenciar com sucesso um negócio as seguintes infor mações são necessárias controle das vendas diárias e acumuladas no mês por produto e consolidado custo e ganho marginal por produto e acumulado vendas planejadas mês a mês e do ano ponto de equilíbrio isto é o nível mínimo de vendas desejado custo estrutural fixo mês a mês e do ano formação de preços de vendas análise de mix visando à maximização de lucro lucro operacional planejado e real análise da eficiência de uso de mão de obra e materiais etc A disponibilidade de todas estas informações somente é possível caso a empresa mantenha rigoroso controle sobre todos os seus gastos Para utilizálas os gestores das organizações devem conhecer amplamente os conceitos relacionados à gestão de custos estando capacitados a aplicálos nas empresas com objetivo de maximi zar os resultados 34 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Para Padoveze 2006 os diversos tipos de gastos da empresa apresentamse com diversas naturezas e atendem a uma variedade de objetivos no processo de transfor mação de seus recursos em produtos e serviços finais A necessidade de informações para uma adequada gestão dos custos recursos processos produtos e serviços exige um estudo pormenorizado de todos os gastos que ocorrem na empresa classifican doos segundo suas principais naturezas e objetivos Ainda segundo o autor não se pode fazer uma gestão de custos tratando todos os gastos de uma única forma assim como é muito difícil uma administração com boa relação entre custo e benefício tratando cada custo de forma individualizada Portan to é fundamental que a classificação dos gastos organizacionais seja realizada de forma a agrupar os custos com natureza e objetivos semelhantes em determina das classes facilitando a administração apurações análises e modelos de tomada de decisão a serem utilizados posteriormente Considere que uma loja que comercializa roupas tenha os seguintes resultados apurados em dois anos subsequentes TABELA 1 RESULTADOS APURADOS ANO 1 ANO 2 VARIAÇÃO VARIAÇÃO Receitas de Vendas 7200000 8352000 1152000 1600 Custos das Mercadorias Vendidas 4320000 5846400 1526400 3533 Margem Bruta 2880000 2505600 374400 1300 Despesas Administrativas 2000000 1500000 500000 2500 Despesas Comerciais 600000 720000 120000 2000 Resultado Operacional 280000 285600 5600 200 Fonte Elaborada pelo autor Observando o quadro apresentado podese fazer várias considerações ressaltando a importância de se manter uma gestão de custos adequada às necessidades da empresa e também padronizada 35 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO a organização das informações de acordo com a natureza dos gastos e de acordo com a terminologia de custos apresentada contribui para a interpreta ção dos dados em relação à gestão da empresa a manutenção dessa classificação em períodos seguidos possibilita a realiza ção de uma análise da gestão da empresa de um período para o outro a separação entre custos e despesas permite a análise diferenciada da gestão dos custos que envolve gestão de fornecedores contratação de fretes segu ros preços de aquisição etc e da gestão das despesas que engloba salários dos funcionários administrativos e comerciais comissões gastos com telefone limpeza manutenção predial etc Em relação à análise da gestão da empresa considerando os conceitos e terminolo gias relacionadas à gestão de custos apresentadas nesta unidade com base nos valo res apresentados podese destacar os seguintes aspectos mesmo obtendo um aumento de 1600 em suas vendas o resultado opera cional da empresa aumentou apenas 200 houve aumento considerável 3533 nos custos da empresa de um ano para o outro houve redução significativa 2500 nas despesas administrativas houve aumento das despesas comerciais em 20 que influenciaram no aumento de vendas porém não na mesma proporção pois as vendas aumen taram 1600 em primeira análise podese concluir que os esforços da empresa em reduzir suas despesas administrativas e ampliar suas ações comerciais para aumentar as vendas tiveram impacto minimizado pelo aumento desproporcional dos custos das mercadorias vendidas o aumento dos custos pode ter ocorrido devido ao aumento do preço de compra dos produtos eou redução no preço de venda outra hipótese seria o aumento do preço de compra seguido da impossibili dade de repassar esse aumento para os consumidores da empresa uma vez que o mercado se apresentava recessivo eou a concorrência praticou preços menores influenciando a precificação dos produtos da empresa 36 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Podese observar nesse exemplo que há uma separação das despesas entre adminis trativas e comerciais Todas essas análises não seriam possíveis se não houvesse uma padronização tanto na apuração quanto na classificação dos gastos empresariais Pelo fato de a contabi lidade adotar essa padronização e terminologia todos os interessados na análise e interpretação dos dados da empresa assumem que os custos estão associados aos produtos da empresa e que as despesas remetem aos esforços de administração e vendas que a empresa pratica em suas atividades BIBLIOGRAFIA COMENTADA No decorrer desta unidade você compreendeu a importância da contabilidade para a gestão financeira das organizações pelo fato de ser a principal fonte de informações econômicas e financeiras do gestor financeiro ROSS Stephen A WESTERFIELD Randolph W JAFFE Jeffrey LAMB Robert Admi nistração financeira Tradução de Evelyn Tesche et al 10 ed Porto Alegre AMGH 2015 O livro Administração financeira dos autores Ross Westerfield Jaffe e Lamb apre senta uma perspectiva diferenciada da gestão financeira abordando temas impor tantes como estrutura de capital risco financiamentos de curto e longo prazos orça mento e valor agregado Vale a pena conferir ASSAF NETO Alexandre Finanças corporativas e valor 7 ed São Paulo Atlas 2014 De autoria de Alexandre Assaf Neto renomado autor da área de finanças empresa riais o livro Finanças corporativas e valor apresenta importantes aspectos das finan ças das corporações considerando a realidade de mercado Aborda inicialmente sobre fundamentos da administração financeira para em seguida desenvolver conhecimentos sobre demonstrações contábeis valor agrega do decisões de curto e longo prazos e avaliações de empresas É uma obra impres cindível para o gestor financeiro 37 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO CONCLUSÃO O gestor financeiro sempre deve buscar a maximização dos resultados da empresa tendo como campo de análise para o processo de tomada de decisões os aspectos externos e internos à organização Em relação aos aspectos externos deve estar aten to a fatores relacionados à concorrência ao contexto econômico às condições de financiamento entre outros De maneira análoga deve se ater aos aspectos internos porém considerando que estes podem e devem ser afetados por suas decisões Nesse sentido suas análises devem ser baseadas nas informações registradas em seu sistema contábil de forma a refletir as consequências resultados das ações geren ciais Para tanto há a necessidade de que estas informações sejam contabilizadas de forma adequada e padronizada para que por meio de análises comparativas a evolução econômica e financeira possa ser acompanhada período a período A análise financeira gerencial deve visar fundamentalmente à evolução econômico financeira da empresa utilizando para isso informações de períodos passados para planejar ações futuras que visem ao crescimento da empresa Nesse contexto obser vamse várias empresas serem encerradas com pouco tempo de existência devido à falta de conhecimento de seus gestores sobre as informações financeiras da organi zação que estão administrando Conhecendo tais informações o gestor pode direcionar as ações empresariais visan do maximizar seus resultados minimizando na medida do possível os riscos de seu negócio No campo empresarial a compreensão dos riscos associados a cada novo investimento é fator decisivo para a minimização dos insucessos organizacionais Como o risco está presente em todo contexto que permeia as atividades empre sariais a utilização dos demonstrativos contábeis de forma adequada por parte do gestor financeiro contribui para a assertividade do processo de tomada de decisões sobre o direcionamento que se dará à empresa Seja por meio da busca pelo aumen to das receitas de vendas seja pela redução dos gastos o gestor encontrará nesses relatórios as informações que darão sustentação às suas decisões Considerando essa perspectiva o conhecimento adequado sobre o significado dos termos contábeis é fundamental para a eficácia de suas decisões 38 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO A organização e o controle adequado das informações financeiras principalmente aquelas relacionadas aos gastos contribui para a minimização de riscos e consequen temente para o sucesso organizacional Continuamente devese planejar controlar avaliar e reavaliar as questões financeiras tomando as medidas de ajuste quando necessário O sucesso financeiro é extremamente dependente de um processo de tomada de decisões eficaz Conclua esta primeira unidade consciente de que deu um importante passo para compreender a importância do efetivo controle financeiro para o sucesso empresarial 39 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa Compreender o processo de apuração de custos empresariais Identificar custos diretos e custos indiretos no âmbito empresarial Aplicar conceitos relacionados à classificação de custos diretos e indiretos Analisar informações sobre custos organizacionais em ambientes produtivos Avaliar a estrutura de custos organizacionais no contexto empresarial UNIDADE 2 40 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 2 APURAÇÃO DE CUSTOS QUANTO AOS PRODUTOS A correta classificação dos gastos empresariais de acordo com suas respectivas natu rezas e objetivos permite ao gestor financeiro realizar análises das informações dispo nibilizadas nos relatórios gerenciais de forma assertiva direcionando ações para corri gir possíveis distorções que tenham ocorrido em relação aos objetivos planejados e propostos para a empresa De acordo com Padoveze 2006 os diversos tipos de gastos da empresa apresen tamse com diversas naturezas e atendem a uma variedade de objetivos no processo de transformação de seus recursos em produtos e serviços finais A necessidade de informações para uma adequada gestão dos custos recursos processos produtos e serviços exige um estudo pormenorizado de todos os gastos que ocorrem na empre sa classificandoos segundo suas principais naturezas e objetivos Tendo como base a importância de se conhecer os custos empresarias de forma organizada e classificada de acordo com os objetivos organizacionais nesta unidade estudaremos sobre a apuração dos custos nas empresas os critérios de classificação dos custos diretos e indiretos utilizando para tanto abordagens teóricas e exemplos práticos de aplicação INTRODUÇÃO Os custos empresariais podem ser classificados em relação aos produtos e também em relação ao volume de produção Quanto aos produtos são classificados em dire tos e indiretos e quanto ao volume de produção em fixos e variáveis Os itens que compõem os custos em uma indústria são a matériaprima a mão de obra e os insu mos de produção Essa classificação dos custos contribui para a análise financeira e gerencial identificando os fatores que compõem os custos dos produtos ou serviços de forma que o gestor avalie possíveis distorções que estejam gerando gastos desne cessários à empresa ao mesmo tempo em que reflete as decisões empresariais dire cionadas à otimização dos custos 41 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO De acordo com Padoveze 2006 a necessidade de informações para uma adequada gestão dos custos recursos processos produtos e serviços exige um estudo porme norizado de todos os gastos que ocorrem na empresa classificandoos segundo suas principais naturezas e objetivos O esquema apresentado a seguir mostra um panorama geral da classificação dos custos FIGURA 4 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Custos Quanto aos produtos Quanto ao volume de produção Diretos matériaprima mão de obra direta Fixos seguro depreciação mão de obra indireta taxas e impostos aluguel Variáveis matériaprima mão de obra direta energia elétrica materiais auxiliares combustíveis Indiretos energia elétrica seguros depreciação mão de obra indireta taxas e impostos materiais auxiliares aluguel combustível Fonte Elaborada pelo autor Nesta unidade abordaremos a classificação dos custos quanto aos produtos diretos ou indiretos E na próxima unidade trataremos dos custos quanto ao volume de produção variáveis e fixos Ao compreender o processo de classificação dos custos quanto aos produtos o gestor conseguirá analisar os fatores relacionados aos custos dos produtos que contribuem para a formação de preços dos produtos das empre sas atuando de forma assertiva no planejamento da organização e corretiva quando necessário seja negociando com fornecedores ou ajustando os processos produtivos 42 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 21 APURAÇÃO DE CUSTOS QUANTO AOS PRODUTOS A apuração dos custos em uma organização requer a adoção de critérios específicos a cada ramo de atividade porém a busca por uma apropriação adequada dos gastos é comum quando se busca identificar o valor real que é gasto para se produzir e comercializar um determinado produto ou serviço Esses critérios são estabelecidos pela área da contabilidade direcionada para a gestão dos custos a Contabilidade de Custos Segundo Marion 2018 a Contabilidade de Custos está voltada para o cálculo e a interpretação dos custos dos bens fabricados ou comercializados ou dos serviços prestados pela empresa Um dos principais desafios da área de custos é a identificação de um critério de rateio que seja coerente com o que determinado produto ou serviço demanda para sua produção Veja um exemplo Suponha que a Indústria de Skates Exemplo Ltda produza três produtos que utilizam linhas de produção diferentes O layout da empresa está represen tado a seguir 43 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO FIGURA 5 EXEMPLO DE LAYOUT DE UMA EMPRESA DO SEGMENTO INDUSTRIAL Equipamentos da Linha de produção 3 Produto C Equipamentos da Linha de produção 3 Produto C Equipamentos da Linha de produção 3 Produto C Escritório da Gerência de Produção Departamento de Manutenção Controle de Qualidade Almoxarifado Administração Comercial Fonte Elaborada pelo autor Considere também os seguintes aspectos relacionados à Indústria de Skates Exemplo Ltda A produção do Produto A corresponde a 50 da produção total da empresa A produção dos Produtos B e C corresponde a 25 da produção total da empresa cada Os equipamentos da Linha de Produção 03 responsável pela produção do produto C estão mais desgastados e demandam 80 dos gastos do setor de manutenção que tem 2 funcionários e as demais linhas 10 cada Sabendo que todos os gastos da empresa devem ser cobertos pelo preço de venda dos produtos A B e C seria adequado ou justo dividir os gastos da manutenção por 3 Obviamente que não 44 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Essa apropriação linear faria com que os produtos B e C ficassem mais caros do que realmente demandam do departamento de manutenção Reforçando essa análise podemos considerar que caso o produto C não fosse produzido na empresa uma parte significativa do departamento de manutenção não seria necessária na empresa Para Hoji 2019 a eficiente gestão dos recursos empresariais depende da interpre tação das informações que envolvem a empresa as quais devem ser interpretadas e utilizadas como diretrizes para as decisões de curto médio e longo prazos Essa é apenas uma perspectiva dentre as várias que podem ser aplicadas quando tratamos sobre critérios de rateio um dos maiores desafios da área de custos Nesta unidade abordaremos bastante esses critérios que são fundamentais para a correta apropriação e valoração dos produtos nas organizações 211 CUSTOS DIRETOS E CUSTOS INDIRETOS Conforme já estudamos os gastos empresariais podem ser classificados em custos despesas investimentos e perda Também vimos que o custo é reconhecido no momento da utilização dos fatores de produção para a fabricação de um produto ou execução de um serviço No âmbito de uma empresa comercial os custos se refe rem aos gastos para aquisição dos produtos e figuram no relatório de resultado como custo das mercadorias vendidas Em relação aos produtos os custos podem ser clas sificados como diretos ou indiretos De acordo com Martins 2010 a classificação de direto e indireto deve ser feita em relação ao produto feito ou serviço prestado e não à produção no sentido geral Alguns custos têm características especiais como parte dos materiais de consumo que pode ria ser apurada diretamente como lubrificantes de máquinas por exemplo mas dada a sua irrelevância e a dificuldade de se apurar a quantidade exata por produto são classificados como indiretos utilizandose rateio para apuração do valor unitário Essa classificação contribui para que se possam identificar as incidências de gastos que compõem os custos unitários dos produtos produzidos pelas empresas Inicial mente a apuração dos custos identifica os materiais e mão de obra que incidem diretamente no custo da empresa Em sequência devem ser apurados os gastos que incidem indiretamente na produção e que dependem da definição da base de rateio mais adequada para apuração do custo unitário do produto 45 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 2111 CUSTOS DIRETOS Os custos são classificados em relação aos produtos sendo que custos diretos são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos pois apresentam uma medida de consumo como peso horas de mão de obra unidade de embala gem materiais consumidos dentre outros que permitem a apuração direta sem rateios por unidade do produto De acordo com Padoveze 2013 custos diretos são aqueles que podem ser fisica mente identificados para um segmento particular em consideração Assim se o que está em consideração é uma linha de produtos então os materiais e a mão de obra envolvidos na sua manufatura seriam custos diretos Dessa forma relacionandoos com os produtos finais os custos diretos são os gastos industriais que podem ser alocados direta e objetivamente aos produtos Um custo será direto se for a Possível verificar ou estabelecer uma ligação direta com o produto final b Possível visualizálo no produto final c Clara e objetivamente específico do produto final e não se confundir com outros produtos d Possível medir sua participação no produto final etc Ainda segundo o autor os atributos que definem um custo direto em relação ao produto final são possibilidade de verificação possibilidade de medição identifica ção clara possibilidade de visualização da relação do insumo com o produto final especificidade do produto etc Os principais custos diretos são mão de obra e materiais comumente chamados de mão de obra direta e materiais diretos Em relação à mão de obra direta o valor a ser apropriado no custo do produto corresponde aos salários encargos e os demais valores pagos aos funcionários envolvidos diretamente na produção Já para os mate riais diretos o valor a ser apropriado é correspondente aos materiais que compõem o produto ou seu consumo é identificado de forma clara e assertiva Considere que a Indústria de Skates Exemplo Ltda produz skates para venda por atacado Cada produto disponibilizado ao cliente tem materiais quantificáveis de itens Vejamos um exemplo de uma lista de componentes deste produto 46 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO FIGURA 6 EXEMPLO DE UM PRODUTO SKATE Fonte SHUTTERSTOCK 2019 Utilizando o critério de apuração de custos diretos ou seja aqueles que podem ser quantificados diretamente por meio de uma unidade de medida que permita a quantificação sem rateios conseguimos apurar o custo direto da matériaprima do produto Tomemos a seguinte tabela de materiais da Indústria de Skates Exemplo Ltda 47 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO TABELA 2 MATÉRIAPRIMA UTILIZADA NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA PRODUÇÃO MENSAL 1440 OPERAÇÃO UNID OPERA ÇÃO QUANT POR PRODUTO SUBTO TAL QUANT TOTAL TOTAL Roda de silicone Unid 600 x 4 2400 5760 34560 Rolamento para roda de silicone Unid 400 x 4 1600 5760 23040 Truck Par 6000 x 1 6000 1440 86400 Shape Unid 3000 x 1 3000 1440 43200 Lixa para shape com cola Unid 800 x 1 800 1440 11520 Parafuso para fixar truck no shape Unid 200 x 8 1600 11520 23040 Total 15400 221760 Fonte Elaborada pelo autor Os valores apresentados na tabela se referem aos custos dos materiais diretos no qual estão inclusos os custos de reposição como frete seguros e custo da própria matériaprima Analisando a tabela observamos que todos os itens podem ser quantificados atra vés de uma unidade de medida e sem a utilização de rateios Dessa forma podemos calcular o custo unitário de matériaprima do produto dividindo o custo total pela quantidade produzida Custo unitário de matériaprima 221760 1440 15400 O passo seguinte é identificar o custo da mão de obra utilizada diretamente no produto Vejamos os apontamentos realizados na produção da empresa TABELA 3 MÃO DE OBRA DIRETA UTILIZADA NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA PRODUÇÃO MENSAL 1440 CENTRO DE TRABALHO OPERAÇÃO Nº DE FUNC CARGO SALÁRIO TOTAL DE SALÁRIOS ENCARGOS SOCIAIS 70 VALE TRANSP 4 BENEFÍCIOS 10 TOTAL DA FOLHA DE PAGAMENTO A shape A1 Cortar shape 1 Operário 1600 1600 1120 64 112 2896 A2 Cortar lixa 2 Operário 1600 3200 2240 128 224 5792 A3 Colar shape na lixa 1 Operário 1600 1600 1120 64 112 2896 A4 Furar shapelixa 1 Operário 1600 1600 1120 64 112 2896 48 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO PRODUÇÃO MENSAL 1440 CENTRO DE TRABALHO OPERAÇÃO Nº DE FUNC CARGO SALÁRIO TOTAL DE SALÁRIOS ENCARGOS SOCIAIS 70 VALE TRANSP 4 BENEFÍCIOS 10 TOTAL DA FOLHA DE PAGAMENTO B truck B1 Montar rolam na roda 2 Operário 1600 3200 2240 128 224 5792 B2 Montar roda no truck 1 Operário 1600 1600 1120 64 112 2896 C skate C1 Montar truck no shape 1 Operário 1600 1600 1120 64 112 2896 C2 Embalar 1 Operário 1600 1600 1120 64 112 2896 TOTAL 10 16000 11200 640 1120 28960 Fonte Elaborada pelo autor No caso da mão de obra devemos apurar o número de horas trabalhadas na produ ção mensal É normal que os funcionários não trabalhem ininterruptamente o dia todo e a empresa deve prover meios internos para apurar essas horas No nosso exem plo vamos considerar as seguintes premissas da empresa na produção de um skate O setor A gaste 30 minutos o setor B 20 minutos e o setor C 10 minutos tota lizando 60 minutos ou 1 hora por produto acabado O mês de produção indicado na tabela teve 20 dias úteis e os operários traba lham 8 horas por dia útil totalizando 160 horas mensais de trabalho 8 horas x 20 dias 160 A empresa registrou 90 de eficiência média no tempo produtivo dos funcio nários ou seja 10 do tempo dos funcionários foram dedicados a outras ativi dades não produtivas Dessa forma temos 144 horas de efetiva produtividade para cada funcionário Como a empresa tem 10 funcionários o tempo total efetivo utilizado na produ ção mensal foi o de 1440 horas de trabalho Podemos calcular o custo unitário da mão de obra direta dividindo o custo total da mão de obra pela quantidade produzida Custo unitário da mão de obra direta 28960 1440 2011 Somando os custos de matériaprima e custos de mão de obra direta conseguimos apurar o custo direto unitário do produto Custo Unitário Direto MPunit MODunit 15400 2011 17411 49 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Para apuração do total dos custos diretos podemos somar os custos totais de maté riaprima e de mão de obra direta Total dos Custos Diretos MPTotal MODTotal Total dos Custos Diretos 221760 28960 250720 212 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO Os custos indiretos são aqueles que por suas características não oferecem condição de mensuração objetiva sendo sua apropriação realizada de forma estimada e arbi trária geralmente por meio de rateio que tem como base algum indicador relaciona do ao custo envolvido De acordo com Martins 2010 o rol dos custos indiretos inclui custos indiretos propria mente ditos e alguns custos que poderiam ser tratados como diretos mas que são tratados como indiretos em função de sua irrelevância ou da dificuldade de medição ou até do interesse da empresa em ser mais ou menos rigorosa em suas informações Já segundo Padoveze 2013 todos os gastos que não são considerados diretos clas sificamse como indiretos São aqueles que não podem ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional e caso sejam atribuídos aos produtos serviços ou departamentos esses gastos o serão por meio de critérios de distribuição rateio alocação apropriação são outros termos utilizados São também denominados custos comuns O autor também considera que os custos indiretos caracterizamse basicamente por serem de caráter genérico e não específicos de produtos finais Sua relação com os produtos finais existe porém de forma indireta Exemplo de custo indireto são os gastos com as gerências ou diretorias da fábrica pois essas pessoas trabalham gene ricamente para todos os produtos da empresa e não especificamente para deter minado produto Para alocar esses gastos a cada um dos produtos da empresa há a necessidade de se elaborar um critério de distribuição com alguma base numérica ou percentual normalmente denominado rateio 50 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Custos Indiretos de Fabricação CIF O Custo Indireto de Fabricação é apurado através da seguinte composição CIF MOI MI OCI sendo que MOI faz referência à mão de obra indireta que corresponde aos funcioná rios que não trabalham diretamente na produção mas que dá suporte ao processo produtivo MI se refere a materiais indiretos que são materiais que não integram o produto mas são utilizados em sua produção como lixas materiais de limpeza do próprio produto etc OCI se refere a outros custos indiretos que são os demais gastos associados à fábrica mas que não têm relação direta com o produto como telefone materiais de limpeza da fábrica material de higiene dos funcionários etc No intuito de contribuir com nosso aprendizado vamos dar continuidade ao exem plo da Indústria de Skates Exemplo Ltda agora apurando os custos indiretos de fabricação A tabela apresentada a seguir apresenta os funcionários da empresa que não trabalham diretamente na produção mas são imprescindíveis para o correto funcionamento da empresa 51 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO TABELA 4 MÃO DE OBRA INDIRETA UTILIZADA NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA PRODUÇÃO MENSAL 1440 CENTRO DE TRABALHO OPERAÇÃO Nº DE FUNC CARGO SALÁRIO TOTAL DE SALÁRIOS ENCARGOS SOCIAIS 70 VALE TRANSP 4 BENEFÍCIOS 10 TOTAL DA FOLHA DE PAGAMENTO Gerência de Fábrica G1 Gerência de Fábrica 1 Gerente 6000 6000 3500 200 350 10050 Supervisão B1 Supervisão da Fábrica 1 Supervisor 2000 2000 1400 80 140 3620 Controle de Qualidade CQ1 Controle de Qualidade 1 Encarregado 1800 1800 1260 72 126 3258 CQ1 Controle de Qualidade 1 Auxiliar CQ 1200 1200 840 48 84 2172 Manutenção M1 Manutenção da Fábrica 1 Encarregado 1800 1800 1260 72 126 3258 M1 Manutenção da Fábrica 1 Auxiliar de manut 1200 1200 840 48 84 2172 TOTAL 6 14000 9100 520 910 24530 Fonte Elaborada pelo autor Utilizase o critério de apuração de custos indiretos ou seja aqueles que não ofere cem condição de mensuração objetiva sendo sua apropriação realizada por meio de rateio Em relação à mão de obra indireta de fabricação temos Custo Unitário da Mão de Obra Indireta 23530 1440 1634 Os custos de materiais indiretos de fabricação no período são os seguintes TABELA 5 MATERIAIS INDIRETOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA MATERIAIS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO Materiais de limpeza dos produtos 18800 Materiais diversos 10000 Total 28800 Fonte Elaborada pelo autor O cálculo do custo unitário de materiais indiretos de fabricação é apurado por meio do seguinte cálculo Custo Unitário de Materiais Indiretos 28800 1440 020 52 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Considerando os demais custos indiretos de fabricação da empresa utilizados no mesmo período temos TABELA 6 OUTROS CUSTOS INDIRETOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA OUTROS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO Aluguel da fábrica 500000 Água 40000 Energia elétrica 80000 Materiais utilizados na manutenção 60000 Material de limpeza 25000 Material de expediente 15000 Total 720000 Fonte Elaborada pelo autor O cálculo do custo unitário de outros custos indiretos de fabricação é apurado através do seguinte cálculo Custo Unitário Outros Custos de Fabricação 7200 1440 500 Somando os custos de mão de obra indireta os materiais indiretos e os outros custos indiretos de fabricação apuramos o custo indireto unitário do produto CIF unitário MOI MI OCI 1634 500 020 2154 Outra forma de calcular o CIF unitário seria dividindo o valor total dos CIFs pela produ ção mensal Valor Total dos CIFs 23530 28800 7200 31018 Valor Unitário dos CIFs 31018 1440 2154 53 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Para apuração do custo unitário total de cada produto devemos somar os custos diretos e custos indiretos de fabricação Custo Unitário Total Custos Diretos Custos Indiretos de Fabricação Custo Unitário Total 17411 2154 19565 Outra forma de calcular o custo unitário total do produto seria dividindo o valor total dos custos diretos indiretos pela produção mensal Total dos Custos de Produção Custos Diretos Custos Indiretos Total dos Custos de Produção 250720 31018 281738 Total dos Custos de Produção 281738 1440 19565 Como podemos concluir o custo de 19565 foi apurado em um determinado perío do no nosso exemplo em 1 mês sendo que nos períodos seguintes de apuração pode haver valores diferentes devido principalmente ao comportamento dos custos indiretos e ao volume de produção No nosso exemplo consideramos um mês com 20 dias úteis mas esse valor é diferente dependendo do número de feriados do mês e do próprio mês uma vez que os meses apresentam número de dias diferentes A apuração dos custos quanto aos produtos permite ao gestor analisar separada mente os custos que são aplicados direta e indiretamente na produção dos produtos ou serviços comercializados pela empresa sendo um importante instrumento para controle dos fatores de produção Através dessa classificação o gestor poderá asso ciar os valores apurados às decisões tomadas pela empresa visando otimizar seus recursos Caso identifique que os custos diretos estão acima dos padrões para seu segmento de atuação por exemplo poderá atuar de forma corretiva ajustando os processos para correção das distorções sendo que o mesmo pode ocorrer em relação aos custos indiretos 54 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO CONCLUSÃO Organizar classificar e apurar custos envolve dedicação e principalmente envolvi mento por parte dos gestores organizacionais pois depende da aplicação de proces sos trabalhosos que englobam toda a organização Desde o registro das atividades operacionais mais simples até a elaboração de relatórios gerenciais de custos a estru turação dos custos organizacionais exige rigor na aplicação dos critérios de classifica ção de custos uma vez que a aplicação de critérios inadequados ou destorcidos pode gerar perdas financeiras e econômicas para a empresa Não são poucas as organizações que têm problemas gerenciais e financeiros justa mente por não se dedicarem de forma adequada à apuração de seus custos A classi ficação incorreta dos custos dos produtos a serem vendidos compromete o processo de formação de preços da empresa sendo que vender um produto por um preço abaixo de seu custo gera prejuízos irrecuperáveis pois o processo de produção ou aquisição dos produtos incorre na composição dos custos de cada produto Já a correta classificação dos custos permite aos gestores analisarem suas ativida des operacionais confrontando com as estratégias estabelecidas para a empresa de forma a atuar corrigindo possíveis distorções que venham ocorrer no direcionamento das ações organizacionais Conhecer os conceitos custos diretos e indiretos e aplicálos na classificação dos custos organizacionais contribui para que sejam identificados os custos que estão diretamente associados aos produtos e serviços e também aqueles que não têm essa característica e porém são imprescindíveis para a produção Havendo custos desnecessários essa classificação permite a identificação desses contribuindo para a eliminação de perdas e redução dos prejuízos nas organizações Aprendendo sobre apuração dos custos diretos e indiretos o gestor financeiro terá uma importante ferramenta de gestão que influenciará de forma decisiva em seu sucesso profissional no âmbito empresarial 55 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa Classificar Custos Variáveis e Custos Fixos no âmbito empresarial Aplicar conceitos relacionados à classificação de custos Variáveis e Fixos Aplicar conceitos relacionados aos custos fixos e variáveis na apuração do custo unitário do produto Aplicar conceitos de Departamentalização na apuração dos gastos empresariais Analisar o impacto da gestão dos gastos nos resultados empresariais UNIDADE 3 56 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 3 APURAÇÃO DE CUSTOS QUANTO AO VOLUME DE PRODUÇÃO Abordando o comportamento dos custos organizacionais Padoveze 2006 ressalta a importância da análise da evolução dos custos fixos e variáveis em relação ao volu me de atividade da empresa argumentando que nesta análise tomase como refe rência o volume de produção e verificase como os custos aumentam ou diminuem em relação a esse volume FIGURA 7 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Custos Quanto aos produtos Quanto ao volume de produção Diretos matériaprima mão de obra direta Fixos seguro depreciação mão de obra indireta taxas e impostos aluguel Variáveis matériaprima mão de obra direta energia elétrica materiais auxiliares combustíveis Indiretos energia elétrica seguros depreciação mão de obra indireta taxas e impostos materiais auxiliares aluguel combustível Fonte Elaborada pelo autor Nesta unidade abordaremos a classificação dos custos quanto ao volume de produ ção variáveis ou fixos Ao compreender o processo de classificação dos custos quan to ao volume de produção o gestor poderá identificar o comportamento dos custos dos produtos da empresa diante de oscilações de mercado que influenciam em sua produção intervindo na gestão dos custos e ajustando as operações da empresa em relação ao mercado 57 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO INTRODUÇÃO Tanto a produção quanto as vendas de produtos ou serviços das empresas variam de um período para outro Porém existem custos que variam de forma proporcional à produção ou às vendas e há outros que permanecem fixos independentemen te destas variações Este comportamento dos custos organizacionais influencia de forma significativa na apuração dos custos dos produtos ou serviços vendidos Se os custos não forem apropriados adequadamente podem ocorrer distorções na forma ção dos preços resultando inclusive em prejuízos Suponha que em um setor de montagem de uma indústria existam 5 operários que trabalham montando peças para um determinado produto e 1 supervisor de produção que dedica 5 horas por semana para supervi sionar a produção destes operários Quanto maior a produção demandada maior será o número de horas dos operários dedicadas à produção daque le determinado produto porém o trabalho do supervisor se mantém fixo independentemente da quantidade produzida Como o número de horas trabalhadas pelos operários varia proporcionalmente à produção é consi derado como Custo Variável Por não apresentar esta característica em rela ção à produção o valor das horas trabalhadas pelo supervisor é considerado como Custo Fixo A correta apuração entre Custos Fixos e Custos Variáveis permite que os custos de produção sejam feitos de forma mais assertiva contribuindo para que o custo unitá rio dos produtos seja coerente com os reais gastos incorridos em sua produção Cabe salientar que esta classificação considera em determinado período o volume de ativi dades de produção o valor total dos custos desta produção e o custo unitário do produto 58 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 31 CUSTOS VARIÁVEIS Os Custos Variáveis consideram a relação entre o volume de produção e valor incorri do na produção em determinado período Como já vimos os custos que apresentam variação proporcional direta com a quantidade produzida são considerados custos variáveis Segundo Padoveze 2013 Custos Variáveis São assim chamados os custos cujo montante em unidades monetárias varia na proporção direta das variações do nível de atividade a que se relacionam Tomando como referencial o volume de produção ou vendas os custos variá veis são aqueles que em cada alteração da quantidade produzida ou vendi da terão uma variação direta e proporcional em seu valor Se a quantidade produzida aumentar o custo aumentará na mesma proporção Se a quanti dade diminuir o custo também diminuirá na mesma proporção Por exemplo se a quantidade tiver um aumento de 10 e o custo aumentar também em 10 será considerado um custo variável Da mesma forma se a quantidade tiver uma redução de 20 e o custo diminuir em 20 será também conside rado um custo variável PADOVEZE 2013 p 51 De forma geral podemos considerar que quanto maior a quantidade a ser produzida de determinado produto maior e na mesma proporção será o valor do custo total desta proporção Vejamos um exemplo para auxiliar a nossa compreensão 59 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Considerando os dados da Indústria de Skates Exemplo Ltda podemos identificar os Custos Variáveis Utilizaremos os valores para Custos Diretos de Fabricação da empresa tota lizando 25072000 e como se tratam de custos que variam de forma proporcional ao volume de produção iremos considerálos custos variáveis A Tabela a seguir apresenta esta variação proporcional TABELA 7 COMPORTAMENTO DOS CUSTOS VARIÁVEIS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA VOLUME DE PRODUÇÃO CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO CUSTO VARIÁVEL TOTAL 0 17411 000 1000 17411 17411111 1440 17411 25072000 2000 17411 34822222 5000 17411 87055556 Fonte Elaborada pelo autor Analisando a tabela podemos observar que quanto maior a produção maior será o Custo Variável Total A análise do gráfico a seguir representativo dos Custos Variáveis contribui para a nossa compreensão sobre o comportamento dos custos variáveis 60 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO GRÁFICO 1 COMPORTAMENTO DOS CUSTOS VARIÁVEIS TOTAIS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA Produção x Custos Variáveis 1000000 900000 800000 700000 600000 500000 400000 300000 200000 100000 0 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Custo Variável Total Fonte Elaborado pelo autor Podemos observar no gráfico que o valor total dos custos variáveis varia proporcional mente aos níveis de produção sendo esta característica determinante para que seja classificado como custo variável 32 CUSTOS FIXOS Diferentemente dos Custos Variáveis os Custos Fixos não apresentam relação com a quantidade produzida mantendose com valores fixos em diferentes níveis de produ ção Aluguéis salários de gerentes e supervisores de produção seguros da fábrica depreciação de máquinas e equipamentos dentre outros apresentam esta caracte rística De acordo com Padoveze 2013 o conceito de custo fixo é aplicado àqueles custos cujos valores não variam dentro do período analisado Os valores gastos a título de tais custos serão sempre os mesmos não importando o volume produzido ou vendi do dos produtos 61 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO De forma geral podemos considerar que independentemente da quantidade a ser produzida de determinado produto o valor destes custos se manterá no mesmo patamar Dando continuidade ao exemplo da indústria de Skates Exemplo Ltda vejamos como se daria a apuração dos custos fixos Trabalharemos com Custos Indiretos de Fabricação da empresa totalizan do 31018 sendo que todos apresentam características indicando que são custos que permanecem fixos independentemente da quantidade produzi da Considerando a mesma estrutura composição de custos em diferentes níveis de produção estes custos permanecem fixos TABELA 8 COMPORTAMENTO DOS CUSTOS FIXOS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA VOLUME DE PRODUÇÃO CUSTO FIXO TOTAL CUSTO FIXO UNITÁRIO 0 3101800 0 1000 3101800 3102 1440 3101800 2154 2000 3101800 1551 5000 3101800 620 Os Materiais Indiretos por apresentarem valor pouco significativo foram conside rados como fixos Fonte Elaborada pelo autor Analisando a tabela podemos observar que quanto maior a produção devido a rateio menor será o Custo Fixo Unitário A análise do gráfico representativo dos Custos Fixos contribui para a nossa compreensão sobre o comportamento dos custos fixos 62 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO GRÁFICO 2 COMPORTAMENTO DOS CUSTOS FIXOS TOTAIS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA Produção x Custos Fixos 70000 60000 50000 40000 30000 20000 10000 Quantidade 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Custo Fixo Total 0 0 Valor 31018 31018 Fonte Elaborado pelo autor Podemos observar no gráfico que o valor total dos custos fixos se mantém estável nos diversos níveis de produção sendo esta característica determinante para que seja classificado desta forma Alguns custos podem apresentar características de custos variáveis e custos fixos ao mesmo tempo sendo reconhecidos como custos semivariáveis ou semifixos Por exemplo se um funcionário da produção ganhar um prêmio por produtividade além de seu salário mensal terá uma parcela de seus rendimentos na empresa fixa salário mensal e outra parcela que varia de acordo com sua produtividade prêmio por produtividade Nestes casos cabe ao gestor considerar estas duas perspectivas na apuração dos custos dos produtos envolvidos neste processo 63 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 33 TOTALIZAÇÃO DOS CUSTOS E APURAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO DO PRODUTO Após a totalização e classificação de todos os custos envolvidos na produção é possí vel a identificação do valor unitário de cada produto considerando que no decorrer do processo parte dos custos foi apurada por meio de rateio custos fixos e parte considerando a variação proporcional da produção custos variáveis Vejamos como se daria este processo no exemplo da Indústria de Skates Exemplo Ltda TABELA 9 COMPORTAMENTO DOS CUSTOS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA Volume de Produção Custo Fixo Total Custo Variável Total Custo Total Fixo Variá vel Custo Unitá rio Fixo Variável 0 3101800 000 31018 1000 3101800 17411111 250129 20513 1440 3101800 25072000 281738 19565 2000 3101800 34822222 379240 18962 5000 3101800 87055556 901574 18031 Fonte Elaborada pelo autor Observamos na tabela que quanto maior a produção menor o Custo Unitário Total do Produto Isto acontece justamente pelo fato de os Custos Fixos permanecerem estáveis mesmo com a variação do volume de produção 64 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO GRÁFICO 3 COMPORTAMENTO DOS CUSTOS TOTAIS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA Produção x Custos Total FixosVariáveis 400000 350000 300000 250000 200000 150000 100000 50000 500 1000 1500 2000 Quantidade Custo Fixo Total Custo Total 0 0 Fonte Elaborado pelo autor Podemos observar no gráfico que o valor total dos custos no ponto Zero já totaliza 31018 valor correspondente aos custos fixos ou seja se a empresa não produzir nenhuma unidade os custos fixos ocorrerão da mesma forma Porém na medida em que a quantidade produzida cresce os custos totais crescem acompanhando o aumento da produção Se a empresa aumentar sua estrutura de forma que seus custos fixos aumen tem aumento do espaço da fábrica com aumento do aluguel ou contrata ção de mais supervisores por exemplo os custos fixos podem aumentar em níveis neste caso os cálculos devem ser refeitos 65 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 34 DEPARTAMENTALIZAÇÃO O termo departamentalização se refere à divisão de uma organização em áreas distintas departamentos de acordo com as atividades desenvolvidas nas respecti vas áreas Segundo Martins 2010 Departamento é a unidade mínima para a Contabilidade de Custos representada por pessoas e máquinas na maioria dos casos em que se desenvolvem atividades homogêneas Dizse unidade mínima administrativa pelo fato de que há um responsável para cada Departamento sobre o qual a responsabi lidade de seu controle será atribuída Dependendo da estrutura organizacional de cada empresa o departamento pode ter outra nomenclatura como setor seção ou ilha sendo que um departamento também pode ser dividido em vários Centros de Custos De acordo com Padoveze 2013 originariamente a contabilidade classifica os gastos apenas em contas contábeis que representam os principais tipos de gastos que a empresa tem Contudo para fins de custos essa classificação única é insuficiente É necessário uma segunda classificação agora por setor ou atividade ou departamen to Os gastos também devem ser contabilizados em centros de custos contábeis que representam o menor segmento de atividade ou de área de responsabilidade onde são executados trabalhos homogêneos Um centro de custo ou centro de despesa pode ser tanto uma atividade como um departamento dependendo da estrutura organizacional Suponha que a Indústria de Skates Exemplo Ltda apresente a seguinte rela ção de despesas administrativas e comerciais em um mês 66 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO TABELA 10 GASTOS GERAIS DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA Gastos gerais Indústrias de Skates Exemplo Ltda Recursos Humanos A Nº de Func Salário Gerente administrativo 01 500000 500000 Secretária Administrativa 01 180000 180000 Gerente comercial 01 500000 500000 Secretária Comercial 01 180000 180000 Recepcionista 01 120000 120000 Telefonista 01 120000 120000 Serviços gerais 01 105000 105000 Auxiliar Administrativo 03 140000 420000 Auxiliar Comercial 02 140000 280000 Vendedor 04 150000 600000 Comprador 01 200000 200000 Auxiliar Compras 02 140000 280000 Total 3485000 Despesas diversas B Valor Aluguel 510000 Energia elétrica 180000 Água 99000 Telefone para vendas 500000 Telefone administrativo 180000 Telefone Compras 280000 Material de limpeza 45000 Material de expediente 120000 Condomínio predial 60000 Total 1974000 TOTAL GERAL A B 5459000 Fonte Elaborada pelo autor Podemos agrupar os gastos da empresa e confrontálos com as receitas para iden tificarmos o resultado operacional da empresa Porém aplicando os princípios da departamentalização os dados são expostos de forma a contribuir para uma análise dos setores da empresa considerando o objetivo de cada departamento Vejamos 67 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO TABELA 11 GASTOS GERAIS DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA SEPARADOS POR DEPARTAMENTO Gastos gerais Cia Exemplo Ltda Recursos Humanos A Nº de Func Salário Despesas Adminis trativas Despesas Comer ciais Despesas com Compras Gerente administrativo 1 500000 500000 500000 Secretária administrativa 1 180000 180000 180000 Gerente comercial 1 500000 500000 500000 Secretária comercial 1 180000 180000 180000 Recepcionista 1 120000 120000 40000 40000 40000 Telefonista 1 120000 120000 40000 40000 40000 Serviços gerais 1 105000 105000 35000 35000 35000 Auxiliar adminis trativo 3 140000 420000 420000 Auxiliar comercial 2 140000 280000 280000 Vendedor 4 150000 600000 600000 Comprador 1 200000 200000 200000 Auxiliar compras 2 14000 280000 280000 Total 3485000 1215000 1675000 595000 Despesas diversas B Valor Aluguel 510000 170000 170000 170000 Energia elétrica 180000 60000 60000 60000 Água 99000 33000 33000 33000 Telefone para vendas 500000 500000 Telefone Administrativo 180000 180000 Telefone compras 280000 280000 Material de limpeza 45000 15000 15000 15000 Material de expediente 120000 40000 40000 40000 Condomínio predial 60000 20000 20000 20000 Total 1974000 518000 838000 618000 TOTAL GERAL A B 5459000 1733000 2513000 1213000 Fonte Elaborada pelo autor 68 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Com os dados distribuídos por departamento no exemplo indicado Administrativo Comercial e Compras a análise do gestor financeiro pode ser realizada com base na função de cada departamento comparando ano a ano por exemplo podendo inclusive efetuar comparações com departamentos similares de outras unidades da própria empresa ou mesmo de outra Um aspecto a ser considerado nos valores apresentados se refere à divisão por três rateio de algumas despesas comuns a todos os departamentos como material de limpeza de expediente condomínio aluguel dentre outros Esta divisão por média simples nem sempre é adequada uma vez que um departamento pode estar utili zando determinado benefício em maior proporção do que outro Por exemplo o espaço utilizado pelo departamento comercial pelo maior núme ro de funcionários alocados neste setor neste caso seria considerável que despesas como aluguel condomínio e material de limpeza fossem distribuídas de acordo com o espaço utilizado Neste caso a base de rateio poderia ser a quantidade de metros quadrados utilizada por cada departamento Despesas que já estão alocadas por departamento pelo fato de terem identificadores específicos como as contas de telefone não necessitam de rateio e podem ser aloca das diretamente a cada departamento A mesma compreensão ocorre em relação aos salários e outras despesas que apresentarem a mesma característica Com base no exemplo apresentado podemos compreender a importância do processo de departamentalização para a gestão das finanças empresariais uma vez que este processo permite que o gestor visualize os resultados da empresa de forma abrangente e ao mesmo tempo segmentada de acordo com a função de seus diver sos setores 35 CUSTOS DESPESAS E A APURAÇÃO DOS RESULTADOS ORGANIZACIONAIS Todas as decisões da gestão das empresas que envolvem recursos financeiros e econô micos exercerão influência em seus resultados O aumento de preços por exemplo poderá gerar aumento de receitas e consequentemente melhoria em seu resultado Por outra perspectiva o aumento dos salários dos funcionários ou qualquer outro 69 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO aumento nos gastos organizacionais sem o devido repasse aos preços gerará redução em seu resultado Os custos e as despesas das organizações são contabilizados e apresentados no Demonstrativo de Resultado do Exercício DRE relatório contábil no qual é apura do o lucro ou prejuízo da empresa Neste tópico abordaremos a forma com que os gastos empresariais são apresentados na apuração dos resultados empresariais Pensando novamente no exemplo da Indústria de Skates Exemplo Ltda vejamos como as despesas e os custos que apuramos até o momento são apresentados no DRE Para complementar as informações vamos considerar que no mesmo período de apuração dos custos a empresa tenha comer cializado apenas um de seus produtos conforme apresentado na Tabela seguinte TABELA 12 VENDAS DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA PRODUTO QUANTIDADE PREÇO DE VENDA CUSTO FIXO UNITÁRIO Skate modelo A 1440 34000 48960000 Fonte Elaborada pelo autor Em relação aos custos Variáveis e Fixos apurados temos TABELA 13 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA PRODUTO QUANTIDADE PREÇO DE VENDA CUSTO FIXO UNITÁRIO Custos Variáveis 1440 17411 25072000 Custos Fixos 3101800 Custos dos Produtos Vendidos 28173800 Fonte Elaborada pelo autor 70 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Por terem natureza similar as despesas do departamento de compras foram soma das às despesas administrativas Vejamos TABELA 14 DESPESAS ADMINISTRATIVAS DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA GASTOS VALOR Despesas Departamento Administrativo 1733000 Despesas Departamento de Compras 1213000 Despesas Administrativas 2946000 Fonte Elaborada pelo autor As despesas comerciais normalmente são apresentadas de forma separada pois é interessante comparar e analisar os reflexos dos gastos com a área comercial e a variação das vendas como uma forma de verificar a efetividade dos esforços da área comercial TABELA 15 DESPESAS COMERCIAIS DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA GASTOS VALOR Despesas 2513000 Fonte Elaborada pelo autor No DRE estes gastos são confrontados com as receitas em formato padronizado pela legislação Enfim a apuração do resultado da Indústria de Skates Exemplo 71 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO TABELA 16 DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO DA INDÚSTRIA DE SKATES EXEMPLO LTDA 1 Receitas obtidas com aplicações de saldos disponíveis 2 Despesas com financiamento de capital de giro da empresa Fonte Elaborada pelo autor No DRE apresentado foram considerados 2165 de Impostos sobre as recei tas de vendas e 15 sobre o Lucro antes do Imposto de Renda e Contribui ção Social Porém o valor dos impostos deve ser calculado de acordo com o regime de tributação adotado por cada empresa e também de acordo com os percentuais praticados no estado da federação no qual a nota fiscal está sendo emitida 72 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Os percentuais da tabela foram calculados sobre a Receita Líquida Receita Bruta menos Impostos e Devoluções pelo fato de que os percentuais de impostos são definidos pelo governo ambiente externo e as decisões do gestor não afetam estes percentuais Após a apuração do DRE é possível identificar o impacto dos custos e das despesas no resultado da empresa buscando estabelecer parâmetros que definem o sucesso ou não da gestão empresarial tendo como base o resultado lucro ou prejuízo do exercício em determinado período Segundo Marion 2018 o sucesso da gestão sem dúvida será medido comparandose o resultado do exercício obtido pela Demons tração do Resultado do Exercício com os investimentos realizados na empresa por seus proprietários Observamos que os Custos dos Produtos Vendidos correspondem a 734 das Recei tas Líquidas as Despesas Administrativas 77 e as Despesas Comerciais 66 Estes percentuais podem ser comparados pelo gestor com percentuais de outras empre sas do mesmo setor e com a média do segmento de atuação da empresa Também podem ser comparados com períodos anteriores da própria empresa para efeito de associação entre decisões do gestor e os resultados obtidos Por exemplo se a empresa optar por comprar um equipamento novo que otimize e reduza o custo da produção os reflexos serão projetados nos Custos dos Produtos Vendidos Por outro lado se mudar a administração da empresa para outro imóvel com aluguel inferior os reflexos desta decisão serão projetados nas despesas admi nistrativas e nas despesas comerciais uma vez que o aluguel é rateado nos dois departamentos Para Hoji 2019 a análise de demonstrações contábeis tem a finalidade de eviden ciar com base nas informações disponibilizadas a posição econômica e financeira da empresa em uma data bem como o seu desempenho em determinado período De posse das informações o gestor financeiro deve buscar interpretar os dados de acordo com sua experiência e vivência na organização que está gerindo relacionan do suas decisões com estas informações e interpretandoas de acordo com os concei tos que embasam a apuração e classificação dos gastos empresariais 73 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO CONCLUSÃO Esta unidade apresentou conceitos importantes para a análise financeira e gerencial que são determinantes para o sucesso das organizações O conhecimento sobre o comportamento dos custos organizacionais contribui para que o gestor compreen da a influência das variações na produção e nos resultados empresariais Os Custos Fixos incidem sobre as finanças das empresas de forma independente da produção por isto devem ser foco de atenção constante por parte da gestão da empresa Já os custos variáveis variam de acordo com a produção e o gestor deve acompanhar sua evolução a cada nível de produção alcançado pela empresa Identificados e classifi cados os custos fixos e variáveis são totalizados para apuração do Custo Unitário do Produto informação importante no processo de formação de preços da empresa A Departamentalização também contribui para o processo de formação de preços e para o processo de apuração do resultado organizacional pois segmenta a orga nização em áreas distintas de acordo com os objetivos das atividades desenvolvidas em cada setor Por sua vez a contabilidade da empresa classifica e agrupa os gastos destes setores de forma que possam ser agrupados e analisados pelo gestor Todos estes procedimentos são confrontados com as receitas de vendas da empre sa no intuito de se apurar o resultado organizacional Como todas as empresas têm como objetivo o lucro é fundamental para o gestor compreender os processos apre sentados nesta unidade buscando analisar os impactos das decisões nos resultados empresariais 74 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa Conhecer os métodos de custeio por absorção e variável Aplicar conceitos relacionados aos métodos de custeio Aplicar os métodos de custeio no âmbito empresarial Diferenciar as características dos sistemas de custeio aplicados nas organizações Analisar os resultados organizacionais de acordo com o método de custeio adotado UNIDADE 4 75 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 4 SISTEMAS DE CUSTEIO A forma com que os custos empresariais são apurados influencia nas respectivas análises que os gestores devem fazer sobre o comportamento dos custos organi zacionais Por isso é fundamental que o gestor financeiro tenha conhecimento dos diversos métodos de custeio disponíveis no mercado para que possa tanto definir o mais adequado para sua empresa quanto analisar seus resultados em concomitância com as decisões tomadas pela empresa em relação às suas finanças Nesta unidade serão abordados o método de custeio por absorção que é aceito pela atual legislação brasileira para o Imposto de Renda e o método de custeio variável importante ferramenta de auxílio à gestão das empresas Os dois métodos utilizam os mesmos conceitos básicos como custos diretos indiretos fixos e variáveis diferin do na forma ou método com que são apresentados na apuração dos resultados das empresas É importante que em sua prática profissional o gestor domine as particu laridades de cada método para que possa compreender os reflexos de suas decisões nas finanças organizacionais INTRODUÇÃO O termo sistema de custeio se refere ao método através do qual os custos são apro priados aos produtos para em seguida definir o preço de venda dos respectivos produtos Isso significa que apropriar custos de forma que o custo apurado não reflita os reais gastos para a disponibilização do produto pode resultar em diversas perdas para as organizações por definir um preço acima ou abaixo do custo unitário a ser identificado Por exemplo um preço de venda definido a partir de um custo superestimado pode resultar em perda de mercado pelo fato de a empresa vir a praticar preços acima da concorrência principalmente se esta utilizar métodos de custeio precisos em relação a seus produtos Por outra perspectiva um preço de venda definido a partir de um custo subestimado pode resultar em vendas com prejuízo para a empresa sendo esse prejuízo potencializado caso a empresa tenha aumento de vendas devido à prática de preços abaixo do mercado 76 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 41 SISTEMAS DE CUSTEIO O sistema de custeio adotado pelas empresas é fator determinante para seu suces so econômico e financeiro uma vez que todos os seus esforços operacionais admi nistrativos e financeiros são direcionados para a maximização de seus resultados A correta compreensão dos métodos de custeio por absorção e variável consiste numa competência inerente ao trabalho do gestor uma vez que os gastos empresariais devem ser trabalhados de forma a atender às necessidades de informações existen tes em sua prática profissional 411 CUSTEIO POR ABSORÇÃO O sistema de custeio por absorção tem como característica apropriar custos fixos e variáveis aos produtos de forma que os custos apurados em determinado período sejam absorvidos por esses produtos De acordo com Padoveze 2013 o custeio por absorção é o método legal e fiscal que utiliza apenas os gastos da área industrial para formar o custo unitário dos produtos e serviços é consistente com o modelo oficial de apuração dos resultados das empre sas Esse método caracterizase por utilizar os custos diretos industriais utilizar os custos indiretos industriais por meio de critérios de apropriação ou rateio não utilizar os gastos administrativos não utilizar os gastos comerciais sejam diretos sejam indiretos o somatório do custo dos produtos e serviços vendidos no período dá origem à rubrica custo dos produtos e serviços na demonstração de resultados do período o somatório do custo dos produtos e serviços ainda não vendidos dá origem ao valor dos estoques industriais no balanço patrimonial do fim do período estoques em processo e estoque de produtos acabados 77 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Ao utilizar esse método a empresa considera que todos os custos relacionados à mão de obra direta ao material direto e aos custos indiretos de fabricação em determi nado período são rateados ou alocados aos produtos independentemente de terem sido comercializados Segundo Santos 2017 o método de custeio por absorção consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos elaborados de forma direta e indireta rateios A figura apresentada a seguir mostra uma perspectiva sobre a utilização deste méto do de custeio FIGURA 8 PERSPECTIVA DO MÉTODO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO Custos Apropriados ao produtos Receitas Líquidas Custos Margem bruta Despesas administrativas Despesas administrativas Resultado operacional DRE Balanço Patrimonial Lançadas no DRE Contabilizandos no Ativo Ativo Passivo Despesas Investimentos Fonte Elaborado pelo autor 2019 Como todo processo que envolve classificação e apuração de custos está diretamen te ligado à contabilidade da empresa no método de custeio de absorção os seguin tes tratamentos contábeis são dados às informações apuradas 78 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Custos essa forma de apuração considera inicialmente a apuração dos custos em diretos e indiretos para quando da ocasião da venda serem lançados no Demonstra tivo do Resultado do Exercício DRE Os produtos acabados que não foram comer cializados são contabilizados em uma conta normalmente chamada de estoque de produtos acabados Despesas as despesas são apuradas de acordo com a operação da empresa geral mente separadas em administrativas e comerciais seguindo critérios definidos pela gestão da própria empresa para em seguida serem lançadas no DRE Investimentos os investimentos em máquinas e equipamentos são contabilizados como ativos da empresa e registrados na coluna ativo do balanço patrimonial É impor tante ressaltar que o desgaste desses investimentos decorrentes de seu uso na produ ção também é considerado no processo de apuração de custos pela depreciação De acordo com Padovese 2013 considerase insumo industrial de depre ciação a perda de valor dos ativos imobilizados utilizados no processo indus trial Normalmente a perda de valor dáse pelo uso e desgaste ou pela obso lescência Assim a diferença entre o valor do bem novo e o valor do bem usado é denominada depreciação Essa perda de valor é um gasto e sendo da área industrial é um custo de fabricação A cada redução de valor do bem quanto mais usado ele é ou quanto mais transcorre o tempo um valor a título de depreciação é contabilizado Como exemplo suponha um equipamento com vida depreciável de 10 anos que foi adquirido por 20000 poderá ser depreciado à taxa linear de 2000 por ano sendo esse valor mesmo não representando uma saída de caixa deduzido das receitas da empresa e consequentemente reduzindo os impostos sobre o lucro da empresa À medida que os gastos são realizados pela empresa vão sendo absorvidos pelos produtos Veja um exemplo de aplicação do método de custeio por absorção aplica do ao contexto empresarial 79 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Considere que a empresa Exemplo Ltda comercializou no mês 07 de deter minado ano três produtos Gray White e Yellow A planilha de vendas foi a seguinte TABELA 17 EMPRESA EXEMPLO VENDAS BRUTAS MÊS 07 PRODUTO QUANT PREÇO UNIT TOTAL Produto Gray 1000 10000 10000000 Produto White 2000 20000 40000000 Produto Yellow 4000 5000 20000000 Total 7000 70000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Os Custos Indiretos de Fabricação CIFs da empresa apurados neste mês foram os seguintes TABELA 18 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO CIFS MÊS 07 ITENS VALOR Energia elétrica 450000 Aluguel da fábrica 750000 Materiais de expediente e de limpeza 100000 Materiais utilizados na limpeza dos produtos acabados 200000 Salário Encargosbenefícios da equipe de controle de qualidade 1760000 Salário Encargosbenefícios da equipe de manutenção 1540000 Salários Encargosbenefícios do gerente e supervisores de produção 2200000 TOTAL 7000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Considerando que nesse mesmo mês foram registradas 2800 horas de produção e utilizando esse indicador como base de rateio temse a seguinte taxa de custo indi reto 80 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO TABELA 19 EMPRESA EXEMPLO HORAS DE PRODUÇÃO POR PRODUTO MÊS 07 PRODUTO Nº HORAS Produto Gray 400 Produto White 800 Produto Yellow 1600 TOTAL 2800 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Taxa de rateio 70000 2800 2500 A aplicação da taxa de rateio nos Custos Indiretos de Fabricação da Empresa Exem plo Ltda demanda que sejam consideradas as horas utilizadas na produção de cada produto para que os custos sejam absorvidos pelos respectivos produtos a o primeiro cálculo a ser realizado é referente ao valor total do CIF a ser apropriado a cada produto de acordo com as horas de produção TABELA 20 EMPRESA EXEMPLO RATEIO DOS CIFS POR HORAS DE PRODUÇÃO MÊS 07 PRODUTO Nº HORAS RATEIO CIF VALOR A APROPRIAR Produto Gray 400 2500 1000000 Produto White 800 2500 2000000 Produto Yellow 1600 2500 4000000 TOTAL 2800 7000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 b apurados os valores dos CIFs totais por produto a etapa seguinte é calcular o valor dos CIFs a serem apropriados a cada unidade do produto TABELA 21 EMPRESA EXEMPLO RATEIO DOS CIFS POR UNIDADE PRODUZIDA MÊS 07 PRODUTO VALOR A APROPRIAR PRODUÇÃO NO MÊS VALOR A APROPRIAR Produto Gray 1000000 1000 1000 Produto White 2000000 2000 1000 Produto Yellow 4000000 4000 1000 TOTAL 7000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 81 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Considerando os valores dos custos diretos apurados para os produtos da Empresa Exemplo Ltda as tabelas apresentadas a seguir mostram a composição dos custos unitários dos produtos comercializados pela empresa no mês 07 a Custo de Mão de Obra Direta MOD TABELA 22 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS TOTAIS DE MÃO DE OBRA DIRETA MÊS 07 PRODUTO QUANT PREÇO UNIT TOTAL Produto Gray 1000 1800 1800000 Produto White 2000 2200 4400000 Produto Yellow 4000 500 2000000 TOTAL 7000 8200000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 b Custo de Material Direto MD TABELA 23 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS TOTAIS DE MATERIAL DIRETO MÊS 07 PRODUTO QUANT PREÇO UNIT TOTAL Produto Gray 1000 3200 3200000 Produto White 2000 3800 7600000 Produto Yellow 4000 1100 4400000 TOTAL 7000 15200000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 c Custo Totais MOD MD CIFs TABELA 24 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS POR PRODUTO MÊS 07 PRODUTO MOD MATE RIAIS DI RETOS CIFS CUSTO UNITÁRIO TOTAL QUANTIDADE PRODUZIDA TOTAL Produto Gray 1800 3200 1000 6000 x 1000 6000000 Produto White 2200 3800 1000 7000 x 2000 14000000 Produto Yellow 500 1100 1000 2600 x 4000 10400000 TOTAL 30400000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 82 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Quando se apura a Mão de Obra Direta somente são consideradas as horas de trabalho produtivas ou seja aquelas nas quais os funcionários estão efeti vamente trabalhando na produção Porém devido a diversas circunstâncias que ocorrem no contexto produtivo podem haver horas nas quais os funcio nários não estão produzindo como paradas para ajustes nos equipamentos horários de descanso regulamentados e até mesmo licenças médicas Como essas horas também são pagas aos funcionários os valores correspondentes devem ser apropriados como Mão de Obra Indireta compondo dessa forma os custos de produção De forma similar as perdas normais de Materiais Diretos devem ser apro priadas como Materiais Indiretos Por exemplo numa fábrica de calçados de couro pelo fato de as peças de couro não apresentarem corte linear retan gular por exemplo há perdas das bordas e de partes da peça quando são feitos os cortes dos moldes dos calçados Os valores referentes a essas perdas devem ser considerados como Materiais Indiretos compondo também os custos de produção De acordo com os valores apurados os Custos dos Produtos Vendidos a serem lança dos no DRE de produção são os seguintes TABELA 25 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS MÊS 07 PRODUTO QUANT PREÇO UNIT TOTAL Produto Gray 1000 6000 6000000 Produto White 2000 7000 14000000 Produto Yellow 4000 2600 10400000 TOTAL 7000 30400000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Conforme abordado no início deste tópico no método de custeio por absorção inicialmente os custos são classificados em diretos e indiretos e depois lançados no DRE Veja como ficaria o DRE da Empresa Exemplo Ltda 83 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO TABELA 26 EMPRESA EXEMPLO LTDA MÊS 07 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DRE VALORES Receita bruta de vendas 70000000 ImpostosDevoluções 1 15155000 Receita líquida de vendas 54845000 1000 Custo dos produtos vendidos 30400000 554 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Considerando as despesas administrativas e comerciais realizadas pela empresa no mês 07 bem como as receitas e despesas financeiras o resultado operacional da empresa seria identificado da seguinte forma TABELA 27 EMPRESA EXEMPLO LTDA MÊS 07 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DRE VALORES Receita bruta de vendas 70000000 ImpostosDevoluções 1 15155000 Receita líquida de vendas 54845000 1000 Custo dos produtos vendidos 30400000 554 Margem bruta 24445000 446 Despesas administrativas 3866000 70 Despesas comerciais 2799000 51 Resultado operacional 17780000 324 1 Referese ao ICMS 18 PIS 065 e COFINS 3 Fonte Elaborado pelo autor 2019 De acordo com o que se apurou no decorrer deste tópico o valor do custo dos produ tos vendidos apresentado no DRE é resultante da soma entre custos variáveis e custos fixos 84 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO TABELA 28 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS TOTAIS MÊS 07 ITENS VALOR Custos diretos Mão de obra direta 8200000 Materiais diretos 15200000 Custos indiretos 7000000 TOTAL 30400000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Podese observar que nas diferentes perspectivas em que os custos são apresenta dos o valor dos custos totais é o mesmo ou seja 304000 Essas diferentes perspec tivas ocorreram devido à aplicação do método de rateio aplicado aos CIFs que no exemplo utilizou como base de rateio as horas de produção demandadas por cada produto 42 CUSTEIO VARIÁVEL O sistema de custeio variável tem como característica a apuração dos custos e despe sas variáveis de forma separada dos custos e despesas fixas no intuito de se identificar o comportamento dos custos empresariais em diferentes níveis de atividade De acordo com Lunelli 2019 o método de custeio variável atribui para cada custo uma classificação específica na forma de custo fixo ou custo variável O custo final do produto ou serviço será a soma do custo variável dividido pela produção corres pondente sendo os custos fixos considerados diretamente no resultado do exercício Gerencialmente é um método muito utilizado mas por sua restrição fiscal e legal sua utilização implica na exigência de dois sistemas de custos o sistema de custo contábil absorção ou integral uma sistemática de apuração paralela segregandose custos fixos e variáveis Esse método de custeio é utilizado pela gestão das organizações para a formação de preços uma vez que permite a identificação da variação dos custos de forma proporcional à produção da empresa não sendo utilizado na apuração contábil que as empresas apresentam aos órgãos governamentais Como os custos fixos corres pondem à estrutura de produção da empresa e os custos variáveis aos recursos 85 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO consumidos pelos produtos produzidos o sistema de custeio variável apresenta aos gestores uma perspectiva gerencial do comportamento dos custos FIGURA 9 PERSPECTIVA DO MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL Custos Apropriados ao produtos Receitas Líquidas Custos variáveis Despesas variáveis Margem de contribuição Custos fixos Despesas fixas Resultado operacional Apuraçã do Resultado Balanço Patrimonial Lançadas no resultado Contabilizandos no Ativo Ativo Passivo Despesas Investimentos Gastos separados em Fonte Elaborado pelo autor 2019 Observando a figura percebese que nesse método de custeio os custos e despe sas variáveis são agrupados para serem deduzidos das receitas líquidas da empresa resultando na margem de contribuição A margem de contribuição é utilizada pelos gestores para a identificação de quanto cada produto contribui para que a empresa arque com seus gastos fixos e obtenha lucro Da margem de contribuição são dedu zidos os custos fixos e as despesas fixas para se apurar o resultado operacional O método de custeio variável não é aceito pela legislação do Imposto de Renda brasileiro sendo um método gerencial adotado em diversas empre sas que contribui para o processo de tomada de decisões organizacionais 86 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Já que à medida que a produção da empresa varia em diferentes níveis os custos fixos se mantêm estáveis e os custos variáveis acompanham essa variação o custo unitário apresenta valores distintos nos diferentes níveis de produção Esse compor tamento contribui para que o gestor perceba e avalie o impacto dessas variações nos custos e consequentemente nos resultados empresariais Veja um exemplo de utili zação do método de custeio variável aplicado ao contexto empresarial No sentido de contribuir para a identificação das diferenças dos métodos de custeio utilize os mesmos dados da empresa Exemplo Ltda apresentados no tópico anterior Conforme abordado a empresa comercializou no mês 10 de determinado ano três produtos Gray White e Yellow A planilha de vendas foi a seguinte TABELA 29 EMPRESA EXEMPLO VENDAS BRUTAS MÊS 07 PRODUTO QUANT PREÇO UNIT TOTAL Produto Gray 1000 10000 10000000 Produto White 2000 20000 40000000 Produto Yellow 4000 5000 20000000 TOTAL 7000 70000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Os Custos Indiretos de Fabricação da empresa apurados neste mês foram os seguin tes TABELA 30 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO CIFS MÊS 07 ITENS VALOR Energia elétrica 450000 Aluguel da fábrica 750000 Materiais de expediente e de limpeza 100000 Materiais utilizados na limpeza dos produtos acabados 200000 87 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Salário Encargosbenefícios da equipe de controle de qualidade 1760000 Salário Encargosbenefícios da equipe de manutenção 1540000 Salários Encargosbenefícios do gerente e supervisores de produção 2200000 TOTAL 7000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Utilizando os mesmos critérios apresentados no tópico sobre o custeio de absorção conforme apresentado na tabela anterior chegouse à taxa de rateio de Custos Indi retos de 1000 Nesse ponto ressaltase a mudança de perspectiva de Custos Direto e Indireto para Custo Variável e Custo Fixo Como os Custos Diretos estão diretamente relacionados à produção apresentam características que os classificam como Variáveis e os Custos Indiretos de Fabricação como Custos Fixos A planilha a seguir foi elaborada considerando esta nova perspectiva a Em termos unitários temse TABELA 31 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS VARIÁVEIS E FIXOS POR PRODUTO MÊS 07 Produto Custos variáveis Custos fixos Custo unitário total Quantidade produzida Total MOD Materiais diretos CIFs Produto Gray 1800 3200 1000 6000 x 1000 6000000 Produto White 2200 3800 1000 7000 x 2000 14000000 Produto Yellow 500 1100 1000 2600 x 4000 10400000 Total 30400000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 b Já em termos totais de acordo com a mesma apuração apresentada no método de custeio por absorção temse TABELA 32 EMPRESA EXEMPLO CUSTOS TOTAIS MÊS 07 ITENS VALOR Custos variáveis Mão de obra direta 8200000 88 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO ITENS VALOR Materiais diretos 15200000 Custos fixos 7000000 Total 30400000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 No método de custeio variável a apuração do resultado da Empresa Exemplo Ltda seria apresentada da seguinte forma TABELA 33 EMPRESA EXEMPLO LTDA MÊS 07 APURAÇÃO DO RESULTADO CUSTEIO VARIÁVEL VALORES Receita bruta de vendas 70000000 IImpostosDevoluções 1 15155000 Receita líquida de vendas 54845000 1000 Custos variáveis 23400000 Despesas variáveis 2 700000 13 Margem de contribuição 30745000 561 Custos fixos 7000000 128 Despesas fixas 3 5965000 109 Resultado operacional 17780000 324 1 Referese ao ICMS 18 PIS 065 e COFINS 3 2 Considerado como despesa variável 1 de comissão sobre a Receita Bruta de Vendas 3 Agrupamento das despesas administrativas e comerciais exceto comissão Fonte Elaborado pelo autor 2019 Na apresentação do resultado do mês as despesas comerciais referentes às comis sões de vendas foram consideradas como despesas variáveis pois apresentam as mesmas características de classificação dos custos variáveis variação diretamente proporcional às vendas ou produção sobre os quais já se tratou quando foi aborda da a apuração de custos quanto ao volume de produção Se houver qualquer outra despesa que apresente esses mesmos aspectos também deve ser classificada como despesa variável 89 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO CONCLUSÃO A correta compreensão dos métodos de custeio apresentados é importante para a eficácia das decisões que envolvem a análise financeira e gerencial Os métodos de custeio buscam atribuir valores adequados aos custos dos produtos sendo ferramen tas de apoio ao gestor para controle das finanças organizacionais Utilizando o sistema de custeio por absorção o profissional de finanças poderá compreender os métodos exigidos pela legislação vigente do Imposto de Renda para prestação das contas empresariais ao Fisco bem como associar aos produtos gastos decorrentes dos processos operacionais e produtivos das empresas de forma que à medida em que esses gastos ocorram sejam absorvidos pelos produtos Como os custos são classificados e agrupados separadamente das despesas esse método contribui para que o gestor analise a eficiência dos fatores de produção ao mesmo tempo em que consegue perceber os impactos da gestão dos recursos investidos na gestão das atividades de apoio da empresa Ao aprender sobre o método de custeio variável o gestor compreenderá sobre a atri buição de custos fixos e variáveis aos produtos utilizando as informações disponibili zadas para análise dos reflexos das variações mercadológicas nos volumes de produ ção da empresa e consequentemente em seus resultados Como nesse método os custos e as despesas variáveis são agrupados e o mesmo ocorre com os custos e as despesas fixas ele é importante para a formação de preços das empresas contribuin do para que o gestor identifique a variação dos custos face aos diferentes níveis de produção e em relação à sua estrutura fixa Como o sistema de custeio adotado pela empresa influencia de forma significativa a perspectiva que seus gestores terão sobre o comportamento dos gastos organiza cionais aprender sobre os diferentes métodos de custeio existentes contribuirá para que estes tenham diferentes perspectivas sobre sua gestão e consequentemente aumentando as possibilidades de sucesso empresarial 90 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa Conhecer sobre a importância do planejamento e controle de custos Aplicar conceitos relacionados ao Custeio Baseado em Atividades ABC Compreender o conceito de custos controláveis e custos estimados Aplicar conceitos relacionados ao custopadrão e ao custo de reposição UNIDADE 5 91 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 5 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS Nesta unidade serão abordados o planejamento e o controle de custos nas organiza ções evidenciando aspectos importantes relacionados a essa temática A assertivida de do direcionamento dado às empresas depende das informações disponibilizadas a seus gestores O efetivo controle dos custos que envolvem as atividades operacionais é fator preponderante para o sucesso empresarial Nesse sentido o custeio baseado em atividades que você estudará nesta unidade é uma importante ferramenta para a identificação dos custos gerados pelas tarefas executadas na empresa No decorrer da unidade você estudará conceitos sobre os custos controláveis que são aqueles sobre os quais existem análises e controle do desempenho por parte da empresa e também sobre os custos estimados que contribuem para a projeção dos resultados a partir de custos históricos registrados pela própria empresa Por fim aprenderá sobre o custopadrão importante instrumento para o estabelecimento de metas e custos nas organizações e o custo de reposição que está relacionado ao valor de reposição que a empresa terá para repor seus estoques Todos são conceitos importantes para a análise financeira e gerencial podendo ser aplicados aos diversos ramos de atividades existentes no mercado INTRODUÇÃO Planejamento e controle são atividades que podem ser aplicadas a diversas áreas da sociedade pois estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento humano orga nizacional e por consequência da sociedade Como os recursos monetários estão envolvidos na maioria das atividades empresariais o correto planejamento e o efetivo controle dos custos incorridos nas operações das empresas assume papel fundamen tal para o sucesso financeiro e econômico das empresas Para Marion 2018 frequentemente os responsáveis pela administração estão toman do decisões quase todas importantes vitais para o sucesso do negócio Por isso há 92 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO necessidade de dados de informações corretas de subsídios que contribuam para uma boa tomada de decisão A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões Na verdade ela coleta todos os dados econômi cos mensurandoos monetariamente registrandoos e sumarizandoos em forma de relatórios ou de comunicados que contribuem sobremaneira para a tomada de deci sões Como as empresas necessitam ter resultados favoráveis para a sua sobrevivência e crescimento não planejar nem controlar custos pode resultar em perdas irrecupe ráveis para as organizações devido a decisões tomadas com base em informações erradas ou mesmo tomadas sem qualquer relatório gerencial Devido à sua impor tância estratégica o gestor financeiro deve trabalhar de forma contundente para que o planejamento e controle de custos ocorram de forma contínua dentro das organi zações em que atua 51 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS Planejamento e controle são termos aplicados em várias áreas das organizações Quando se utiliza o termo planejamento considerase que se refere a projeções futu ras baseadas em dados e informações disponíveis no momento do planejamento e que são projetadas em função de objetivos predeterminados Já o termo controle é utilizado no sentido de verificar por meio de comparação entre o que foi planejado e o que efetivamente foi realizado no intuito de se corrigirem possíveis distorções De acordo com Hoji 2019 as informações sobre o negócio são importantes para o planejamento da empresa porque norteiam as ações e decisões que precisam ser tomadas para que as metas sejam atingidas À medida que a empresa vai evoluindo e sua gestão vai se tornando mais complexa é indispensável o emprego de um bom sistema de informações gerenciais A informação é sem dúvida um importante dife rencial competitivo da empresa em relação a seus concorrentes O planejamento e o controle das atividades empresariais e de seus respectivos custos são processos importantes para que o gestor acompanhe o efeito de suas decisões no resultado da empresa 93 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 511 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES ABC O sistema de Custeio Baseado em Atividades ABC também conhecido como Acti vity Based Costing tem como característica principal sua abordagem aos custos com base nas atividades desenvolvidas pela empresa em seu processo produtivo Para tanto utilizamse direcionadores dessas atividades para a definição dos custos a serem apropriados a cada produto Esses direcionadores devem ser definidos de acordo com a natureza e objetivo de cada atividade sendo importante que sua defi nição seja realizada de forma criteriosa De acordo com Martins 2010 o Custeio Baseado em Atividades é um método de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbi trário dos custos indiretos Com o avanço tecnológico e a crescente complexidade dos sistemas de produção em muitas indústrias os custos indiretos vêm aumentan do continuamente tanto em valores absolutos quanto em termos relativos compa rativamente aos custos diretos destes o item mão de obra direta é o que mais vem decrescendo Porém a utilidade do Custeio Baseado em Atividades ABC não se limita ao custeio de produtos sendo acima de tudo uma eficiente ferramenta a ser utilizada na gestão de custos De acordo com Yanase 2018 pelo método de custeio tradicional os mecanismos adotados para encontrar valores apropriados aos custos dos produtos por meio de rateios podem gerar algumas distorções a ponto de distorcer valores encontrados o que representa riscos em suas análises Tomar decisões sobre números incertos pode levar a indesejáveis caminhos caso se considerem os rateios Dessa forma a adoção do método de custeio ABC tem por objetivo atenuar o uso do mecanismo de rateio e produzir valores mais próximos da realidade em relação aos custos dos produtos uma vez que a ideia central desse sistema é identificar os recursos utilizados em cada atividade e seus valores para serem incorporados aos custos Um dos principais objetivos do método de custeio ABC é identificar as atividades que não agregam valores aos produtos que estão sendo fabricados de forma que não sejam apropriados custos indevidos ao produto gerando distorções em seu custo final e consequentemente em seu preço de venda Veja um exemplo de aplicação do método de custeio ABC no contexto empresarial 94 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Suponha que a empresa Exemplo Ltda apresentou a seguinte relação de itens produzidos em um determinado mês TABELA 34 PRODUÇÃO MENSAL DA EMPRESA EXEMPLO LTDA Empresa Exemplo Produção mensal Mês 07 PRODUTO VOLUME DE PRODUÇÃO MENSAL PREÇO DE VENDA UNITÁ RIO Produto Gray 1000 10000 Produto White 2000 20000 Produto Yellow 4000 5000 Total 7000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Considere também que a empresa tenha três departamentos de suporte à sua produção cujos gastos são classificados como custos indiretos de fabricação gestão da fábrica controle de qualidade e manutenção dos equipamentos A tabela seguin te apresenta os custos indiretos de fabricação da empresa TABELA 35 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO DA EMPRESA EXEMPLO LTDA Empresa Exemplo Custos indiretos de fabricação Mês 07 ITENS GESTÃO DA FÁBRICA CONTROLE DE QUALIDADE MANUTENÇÃO TOTAL PLANEJ GESTÃO SELE ÇÃO DA AMOS TRA INSPE ÇÃO PLANEJ EXECU ÇÃO Energia elétrica 67500 112500 45000 90000 45000 90000 450000 Aluguel da fábri ca 112500 187500 75000 150000 75000 150000 750000 95 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO ITENS GESTÃO DA FÁBRICA CONTROLE DE QUALIDADE MANUTENÇÃO TOTAL PLANEJ GESTÃO SELE ÇÃO DA AMOS TRA INSPE ÇÃO PLANEJ EXECU ÇÃO Materiais de expe diente e de limpeza 15000 25000 10000 20000 10000 20000 100000 Materiais utilizados na limpe za dos produtos acaba dos 30000 50000 20000 40000 20000 40000 200000 Salários Encar gosbe nefícios da equi pe de controle de quali dade 264000 440000 176000 352000 176000 352000 1760000 Salários En cargos benefí cios da equipe de ma nutenção 231000 385000 154000 308000 154000 308000 1540000 Salários En cargos benefí cios do gerente e supervi sores de produção 330000 550000 220000 440000 220000 440000 2200000 Total 1050000 1750000 700000 1400000 700000 1400000 7000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 A primeira etapa do custeio ABC consiste na identificação das atividades executa das por cada setor da empresa Considerando as informações da tabela as seguintes atividades e seus respectivos direcionadores foram considerados no custeio ABC 96 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO TABELA 36 DIRECIONADORES DE CUSTEIO ABC EMPRESA EXEMPLO LTDA SETOR DIRECIONADORES PRODUTO TOTAL GRAY WHITE YELLOW Gestão Planejamento da produção tempo dedicação 200 300 500 1000 Gestão da produção tempo de dicação 150 250 600 1000 Qualidade Número de itens verificados para a seleção da amostra 60 140 300 500 Número de amostras analisadas 20 56 120 196 Manutenção Número de equipamentos envol vidos no processo produtivo 12 16 22 50 Número de equipamentos com manutenção realizada no mês 4 6 10 20 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Conforme já abordado a definição dos direcionadores deve ser realizada de acordo com a natureza e o objetivo de cada atividade realizada na empresa No exemplo apresentado observase que em relação às atividades de gestão o tempo do gestor e dos supervisores da fábrica que foi dedicado a cada produto foi utilizado como direcionador considerando as atividades relacionadas ao controle de qualidade como os produtos apresentam diferentes quantidades produzidas e consequente mente as quantidades de itens verificados variam as respectivas quantidades de amostras foram utilizadas como direcionadoras por fim no que se refere às atividades relacionadas à manutenção as quanti dades de equipamentos nas linhas de produção de cada produto que deman daram atividades de planejamento e execução da manutenção foram consi deradas como direcionadoras O objetivo desse método é relacionar os custos indiretos às suas respectivas ativida des por meio dos direcionadores para cálculo dos valores a serem apropriados Essa apropriação resultou nos seguintes valores 97 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO TABELA 37 TAXA DE RATEIO CUSTEIO ABC EMPRESA EXEMPLO LTDA Empresa Exemplo Taxa de rateio conforme Custeio ABC Mês 07 Atividades Gray White Yellow Total Planejamento da produção 210000 315000 525000 1050000 Gestão do processo produtivo 262500 437500 1050000 1750000 Seleção da amostra para inspeção 84000 196000 420000 700000 Inspeção da qualidade nos itens selecio nados 142857 400000 857143 1400000 Planejamento da manutenção dos equi pamentos 168000 224000 308000 700000 Execução da manutenção nos equipa mentos 280000 420000 700000 1400000 Custo total 1147357 1992500 3860143 7000000 Produção mensal 1000 2000 4000 CIFs unitário 1147 996 965 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Os valores encontrados são decorrentes das seguintes considerações em relação às atividades de gestão foram aplicados os percentuais do tempo destinado a cada atividade Por exemplo na atividade planejamento da produ ção os cálculos são os seguintes 10500 x 20 2100 produto Gray 10500 x 30 3150 produto White 10500 x 50 5250 produto Yellow considerando as atividades relacionadas ao controle de qualidade foram apli cadas as proporções dos números de itens considerados nas atividades Por exemplo em relação à seleção da amostra para inspeção os cálculos são os seguintes 7000 500 x 60 840 produto Gray 7000 500 x 140 1960 produto White 7000 500 x 300 4200 produto Yellow 98 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO no que se refere às atividades relacionadas à manutenção foram aplicadas as proporções dos números de equipamentos considerados nas atividades Por exemplo em relação à execução da manutenção dos equipamentos de cada linha de produção os cálculos são os seguintes 14000 20 x 4 2800 produto Gray 14000 20 x 6 4200 produto White 14000 20 x 10 7000 produto Yellow Conforme se observa na tabela as taxas de rateio encontradas para cada produto 1147 996 e 965 são obtidas de acordo com as atividades consideradas nos diferentes processos produtivos diferentemente de uma taxa de rateio única muitas vezes definida de forma arbitrária 52 CUSTOS CONTROLÁVEIS E CUSTOS ESTIMADOS No âmbito financeiro o planejamento e o controle dos custos têm papel preponde rante no direcionamento das empresas Após a definição do direcionamento estra tégico o plano financeiro deve ser elaborado de forma a tornar possível o alcance dos objetivos estratégicos estabelecidos Nesse sentido os objetivos relacionados aos custos organizacionais devem ser planejados de forma coerente com a realida de mercadológica que envolve a empresa sendo que para que haja efetividade em relação ao alcance das metas definidas o controle financeiro incluindo o controle dos custos deve ser efetivo 521 CUSTOS CONTROLÁVEIS Abordando sobre controle de custos Martins 2010 apresenta algumas questões que devem ser formuladas para se controlar a situação financeira de uma organiza ção Para que haja efetivo controle sobre as finanças empresariais as repostas devem ser afirmativas para as seguintes questões 99 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO a Conheço bem a origem e o valor de cada receita e o destino de cada gasto b As receitas e os gastos estão dentro dos valores e limites que deveriam estar c Quando algumas delas se desviam do comportamento que deveria ter a empre sa tem conhecimento dessa situação d A empresa é capaz de identificar rapidamente a razão do desvio e A empresa atua para corrigir esses desvios quando há condições de fazêlo Para o autor controlar significa conhecer a realidade comparála com o que deveria ser tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens e tomar atitudes para sua correção Podese dizer que uma empresa tem controle de seus custos e gastos quando conhece os que estão sendo incorridos verifica se estão dentro do esperado analisa as divergências e toma medidas para a correção de tais desvios No âmbito empresarial o controle dos custos é realizado em primeiro nível pelos respectivos responsáveis pelos diversos departamentos ou setores existentes nas empresas considerando que esses custos são gerados pelos próprios departamentos De acordo com Martins 2010 custos controláveis são aqueles que estão diretamen te sob responsabilidade de uma determinada pessoa cujo desempenho se quer analisar e controlar Já os custos não controláveis são aqueles que estão fora dessa responsabilidade ou controle Considerando como exemplo o departamento de manutenção de uma indústria há os seguintes gastos associados ao departamento de manutenção TABELA 38 ITENS QUE COMPÕEM OS CUSTOS DO SETOR DE MANUTENÇÃO Empresa Exemplo Custos do setor de manutenção Mês 07 ITENS Energia elétrica Materiais de expediente e de limpeza Peças utilizadas em manutenção preventiva Peças utilizadas em manutenção corretiva Salários Encargosbenefícios da equipe de manutenção Salários Encargosbenefícios do gerente e supervisores de produção Fonte Elaborado pelo autor 2019 100 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Analisando os itens listados percebese que parte dos custos é inerente ao departa mento considerando que são gerados a partir de atividades operacionais do próprio departamento como os salários da equipe de manutenção ou seja são custos contro láveis pelo gestor do departamento pois estão sob sua responsabilidade Por outra perspectiva existem custos que originalmente não foram gerados pelo departamen to como aqueles associados ao gerente e supervisores de produção Estes não são de responsabilidade do gestor do departamento de manutenção da empresa ou seja são custos não controláveis pelo gestor de manutenção 522 CUSTOS ESTIMADOS Conforme abordado o controle de custos gera relatórios que permitem o acompa nhamento e quando necessárias ações corretivas no intuito de se alcançar os obje tivos preestabelecidos no planejamento da empresa Porém as informações geradas pelo controle permitem que se façam estimativas de custos futuros de possibilida des de produção e também de possíveis melhorias no processo produtivo Partese da ideia que custos incorridos em períodos anteriores podem ser ajustados de forma que sejam estabelecidas estimativas futuras para os custos da empresa com base nos volumes de produção projetados Para Martins 2010 custos estimados seriam projeções introduzidas nos custos médios passados em função de determinadas expectativas considerando prováveis alterações de alguns custos de modificações no volume de produção de qualida de de materiais ou do próprio produto introdução de tecnologias diferentes etc O processo de controle seria baseado na fixação de custos estimados para cada produ to diretos e indiretos apuração do custo realmente incorrido comparação entre ambos localização de divergências e retificação dos desvios Considerando o que o abordado sobre custos fixos e custos variáveis os custos esti mados devem considerar a variação proporcional dos custos variáveis e a manuten ção dos custos fixos de acordo com a estrutura da empresa 101 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Se por exemplo uma empresa com produção mensal de 600 unidades de determinado produto mas mantém estrutura fixa que permite a produção mensal de até 1000 unidades por mês seus custos fixos tendem a se manter estáveis até o nível máximo Veja como ficaria a projeção de custos estima dos da empresa em diferentes níveis de produção utilizando a mesma capa cidade produtiva TABELA 39 CUSTOS TOTAIS ESTIMADOS EMPRESA EXEMPLO LTDA Empresa Exemplo Custos estimados em diferentes níveis de produção CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO QUANTIDADE PRODUZIDA CUSTO VARIÁVEL TOTAL CUSTOS FIXOS CUSTOS TOTAIS CUSTO UNITÁRIO TOTAL 2700 x 600 1620000 500000 2180000 3633 2700 x 800 2160000 500000 2740000 3425 2700 x 1000 2700000 500000 3300000 3300 Total 8220000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Havendo necessidade de ampliar as instalações produtivas para uma produção maior os custos fixos serão alterados Suponha que a empresa ampliou sua estrutu ra de forma que sua capacidade máxima produtiva passou a ser de 1400 unidades 40 de aumento Considere que nessa expansão a empresa tenha adquirido equi pamentos mais modernos com maior eficiência produtiva resultando no aumento de seus custos fixos de 5000 para 6000 20 de aumento Sua estimativa de custos seria apresentada da seguinte forma 102 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO TABELA 40 CUSTOS TOTAIS PROJETADOS EMPRESA EXEMPLO LTDA Empresa Exemplo Custos totais em diferentes níveis de produção CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO QUANTIDADE PRODUZIDA CUSTO VARIÁVEL TOTAL CUSTOS FIXOS CUSTOS TOTAIS CUSTO UNITÁRIO TOTAL 2700 x 1000 2700000 600000 3400000 3400 2700 x 1200 3240000 600000 3960000 3300 2700 x 1400 3780000 600000 4520000 3229 Total 11880000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Os custos variáveis unitários por suas características tendem a se manter estáveis em diferentes níveis de produção Porém a empresa deve procu rar otimizar sua gestão de custos sempre buscando a melhor relação entre custo e benefício em sua produção Reduções nos custos de matériaspri mas por exemplo podem exercer impacto importante nos custos variáveis Considerando o exemplo apresentado percebese que as estimativas contribuem para o acompanhamento e controle dos custos organizacionais sendo que à medi da que os custos realmente incorridos na produção apresentem distorções significa tivas em relação aos custos estimados a gestão da empresa deve atuar para identifi car as causas das distorções observadas atuando no sentido de corrigilas 53 CUSTOPADRÃO Para que uma empresa realize seu planejamento financeiro buscando projetar seus resultados futuros em determinado período é necessário que ela além de estimar suas receitas elabore um planejamento de todos os gastos que envolvem suas opera ções em conformidade com o planejamento estratégico elaborado para o período estabelecido 103 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Nesse sentido os custos de seus produtos ou serviços devem ser calculados de forma antecipada em relação à sua produção considerando todo o âmbito que envolve a produção da empresa incluindo suas limitações e também as condições do merca do em que atua diferentemente do custo ideal que seria alcançado através de uma produção realizada nas melhores condições possíveis Quando a empresa efetua esse planejamento considerando incorporação metas de realização de custos a serem atingidas o resultado desse processo de identificação do custo planejado para um produto ou serviço é chamado custopadrão Para Padoveze 2006 o custopadrão pode ser utilizado para diversas metas ou obje tivos sendo que seu maior objetivo está ligado aos conceitos de controle empresarial Dessa forma os objetivos mais importantes do custopadrão são a determinação do custo que deve ser o custo correto b avaliação das variações ocorridas entre o real e o padronizado c definição de responsabilidades e obtenção do comprometimento dos respon sáveis por cada atividade padronizada servindo como elemento motivacional d avaliação de desempenho e eficácia operacional e base para o processo orçamentário Segundo o autor o custopadrão tem as seguintes características compõese de elementos físicos e monetários utiliza dados e informações que devem acontecer no futuro deve ser cuidadosamente predeterminado dentro de bases unitárias aplicase basicamente a operações repetitivas servindo como medida prede terminada estável para processos e atividades organizacionais específicas deve servir como modelo de comparação ou meta Ainda segundo Padoveze 2006 a diferença entre custos orçados e estimados e custopadrão é que enquanto os custos orçados ou estimados têm como foco os custos que devem acontecer o custopadrão tem como foco os custos que deveriam acontecer ou seja são estabelecidos de acordo com metas de custos que devem ser alcançadas pela empresa 104 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Após o estabelecimento do custopadrão o gestor poderá utilizálo de forma compa rativa com o custo real buscando identificar as possíveis distorções e principalmente suas respectivas causas para atuar corretivamente Considerando que a empresa Exemplo calcula o custopadrão de seus produ tos e que os utiliza para analisar a performance de sua gestão de custos após o fechamento mensal de suas operações ela poderá comparar os custos incorridos no decorrer do mês com o custopadrão A tabela a seguir apre senta dados que exemplificam essa comparação TABELA 41 CUSTOPADRÃO VS CUSTOS REAIS EMPRESA EXEMPLO LTDA Empresa Exemplo Comparativo do custopadrão com o custo real Mês 07 PRODUTO CUSTOPADRÃO CUSTO REAL VARIAÇÃO MOD MD CIFS CUSTO UNIT MOD MD CIFS CUS TO UNIT VA LOR Produto Gray 1950 3200 1000 6150 1800 3200 1000 6000 150 24 Produto White 2000 3800 1000 6800 2200 3800 1000 7000 200 29 Produto Yellow 550 1100 1000 2650 500 1100 1000 2600 050 19 Fonte Elaborado pelo autor 2019 A análise comparativa entre o custopadrão e o custo real contribuirá para a análi se da eficiência das operações da empresa que estão refletidas em seus custos em termos econômicos e financeiros Como o custopadrão apresenta estimativas que podem ser alcançadas as distorções favoráveis e desfavoráveis observadas nos dados podem indicar necessidades de ajustes nas operações e também em futuras defini ções do próprio custopadrão 105 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 54 CUSTO DE REPOSIÇÃO O custo de reposição se refere ao custo que a empresa terá para repor seus esto ques sejam de matériasprimas sejam produtos acabados Por isso um dos grandes desafios dos gestores de custos é manter uma base de informações atualizada que permita a análise das condições de mercado principalmente em relação à reposição dos materiais e insumos consumidos na produção Se ao findar de um determinado mês os custos apurados no processo produtivo informarem valores que não poderão ser praticados em períodos futuros o gestor deve considerar essas informações em sua formação de preços Por exemplo se determinada matériaprima foi adquirida do fornecedor por 2500 kg no início do mês e ao final do mês no momento de reposição ela estiver custando 3000 kg qual custo deve ser considerado na formação do preço da produção que utilizou a matériaprima comprada inicialmente Para responder a essa pergunta aspectos mercadológicos devem ser considerados no âmbito das decisões empresa riais O primeiro deles seria a aceitação do mercado em relação ao repasse do preço pois a concorrência pode estar praticando preços que não consideram o aumento da sua mercadoria Outro aspecto a ser considerado seria a necessidade de reposição dos estoques para a continuidade da empresa Esse raciocínio deve ser aplicado não somente aos estoques da empresa mas também a todos os itens que compõem os custos organizacionais 106 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Para ilustrar esse contexto podese tomar como exemplo o que acontece com o mercado de combustíveis quando ocorrem aumentos de preços nas refinarias e os postos ainda têm estoques adquiridos antes desses aumentos Se uma parte dos postos de gasolina optarem por repassar imediatamente o preço e outra parte optar por manter o preço até o estoque acabar a prin cípio estes tenderão a vender mais porém não obterão o lucro num futuro próximo que os demais postos terão Considerando o exemplo do segmento de combustíveis como esse mercado tem alta rotatividade devido ao alto consumo de combustível da sociedade e os estoques nos postos não são tão altos se comparados com outros segmentos os reflexos para ambas as partes serão momentâneos porém em mercados com elevados investi mentos em estoques e produção de bens e serviços os reflexos podem gerar impac tos mais decisivos nos resultados das organizações 107 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO BIBLIOGRAFIA COMENTADA FREZATTI Fábio Orçamento empresarial planejamento e controle gerencial 6 ed São Paulo Atlas 2017 O livro Orçamento empresarial planejamento e controle empresarial do autor Fábio Frezatti apresenta conceitos e exemplos de aplicação prática dos diversos compo nentes que que fazem parte do orçamento das organizações inclusive aqueles rela cionados aos gastos empresariais É um livro importante para a sua formação pois permitirá que você tenha uma visão ampla de todo o processo de planejamento e controle financeiro das organizações 108 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO CONCLUSÃO Nesta unidade foram abordados aspectos importantes sobre o planejamento e controle dos custos para a análise financeira das organizações Você compreendeu que a disponibilização de informações corretas é determinante para que as empresas obtenham sucesso em relação ao planejamento de suas atividades Manter controle das atividades operacionais e dos seus respectivos custos incorridos contribui para que o gestor mantenha o foco na relação entre o direcionamento dado à empresa refletido em seu planejamento e os resultados obtidos no desenvolvimento de suas atividades podendo atuar de forma a corrigir possíveis desvios em relação aos resul tados esperados Ao estabelecer metas de desempenho a gestão das empresas pode se valer de dados e resultados históricos relacionados às suas operações para definir e projetar metas estabelecendo custospadrão para seus produtos de forma que possa identificar desvios em seus custos que estejam prejudicando os resultados estimados Como a responsabilidade dos gestores envolve o processo de tomada de decisões que direcionarão as atividades da empresa em busca de resultados favoráveis o processo de planejamento e controle dos custos assume papel importante na determinação das ações que a empresa tomará em busca de seu crescimento O planejamento deve procurar dar respaldo às decisões do gestor já o controle dos resultados permite que quando necessárias ações corretivas sejam tomadas no sentido de corrigir even tuais distorções em relação às metas estabelecidas no planejamento Portanto você compreendeu que planejamento e controle são tarefas imprescin díveis para as organizações sendo de responsabilidade dos gestores conduzir esses processos para que obtenham sucesso em suas ações frente à direção das empresas 109 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa Compreender aspectos importantes sobre a implantação de sistemas de custos Aplicar conceitos relacionados a centros de custos e plano de contas Compreender o conceito de ponto de equilíbrio nas organizações Analisar o impacto das variações do volume de produção nos custos empresariais Analisar o impacto da variação da estrutura da empresa nos custos empresariais Analisar a influência das oscilações de preços nos resultados da organização UNIDADE 6 110 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 6 GESTÃO DE CUSTOS E ANÁLISE FINANCEIRA Nesta unidade serão abordados conceitos relacionados à implantação de sistemas de planejamento e controle de custos no âmbito organizacional bem como a impor tância de se manter um controle efetivo dos custos empresariais que permita aos gestores acompanhar e corrigir possíveis variações nos custos e consequentemente nos resultados entre o que foi planejado e o que está sendo realizado em relação às atividades operacionais da empresa Em seguida serão abordados conceitos sobre a utilização de centros de custos e plano de contas nas empresas para o efetivo controle das movimentações financeiras da organização Você também conhecerá conceitos relacionados à análise do ponto de equilíbrio nas empresas buscando compreender o impacto de variações positivas e negativas no volume de produção e na estrutura organizacional nos custos empre sariais Por fim serão apresentadas perspectivas sobre a influência das variações de preço nos resultados organizacionais INTRODUÇÃO Quando se fala no conceito de sistema no ambiente empresarial a abordagem é direcionada para as etapas que o compõem entrada processamento saída feedback podendo ser aplicada a diversas áreas da gestão das empresas No que se refere à gestão dos custos organizacionais a abordagem sistêmica considera os vários registros sobre as atividades operacionais da empresa que são utilizadas como entra da de dados para serem processadas e transformadas em informações apresentadas em relatórios disponibilizados aos gestores Nesse sentido em relação aos sistemas de planejamento e controle de custos o processamento dos dados deve considerar os diversos parâmetros de referência que a área de custos disponibiliza para seu efetivo controle Um sistema que não obede ce a esses parâmetros se tornará obsoleto por não fornecer informações que contri buam para a efetividade das decisões do gestor em relação ao alcance dos resultados 111 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO esperados pela empresa Por outra perspectiva a correta compreensão e aplicação dos conceitos basilares sobre custos na implantação de sistemas de planejamento e controle de custos resultará na disponibilização de importantes ferramentas de auxí lio ao processo de tomada de decisões empresariais 61 GESTÃO DE CUSTOS E ANÁLISE FINANCEIRA Conforme os estudos a eficiência da gestão dos custos organizacionais é um dos prin cipais condicionantes para o sucesso econômico e financeiro das empresas Como os aspectos externos à empresa não estão sob o controle do gestor seu foco deve ser dirigido para os aspectos internos da organização a qual está dirigindo sendo que os custos devem ser tratados com a devida importância no âmbito organizacional 611 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTOS Para que haja a eficiência desejada na gestão dos custos é importante que a empre sa tenha um eficiente sistema de controle de seus custos Isso não significa que a simples contratação de um sistema de informações comprovadamente eficiente resolva todos os problemas relacionados à gestão dos custos organizacionais Quan do se diz comprovadamente eficiente a ideia é que ao contratar qualquer sistema de informações no caso de ser terceirizado o gestor deve verificar se esse sistema já foi implantado em outra organização e se tem sido executado em conformidade com as necessidades dessa organização pois são diversos os casos de sistemas contrata dos de terceiros e não implantados de forma que permitam o controle proposto pelo sistema Também é importante que no caso de a empresa querer desenvolver um sistema internamente haja a preocupação com a forma com que os dados da empresa serão transformados em informações por meio dos procedimentos executados pelo siste ma de informações Normalmente os profissionais da área de Tecnologia da Infor mação TI são analistas e programadores que não têm conhecimentos específicos sobre contabilidade sendo necessário que exista uma correta comunicação entre as necessidades contábeis da empresa e esses profissionais 112 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Constatada a eficiência do sistema de TI o principal aspecto a ser acompanhado pelo gestor passa a ser a verificação dos processos existentes na organização se estão adequados de forma que o lançamento dos dados seja realizado de maneira padro nizada e consistente De acordo com Martins 2018 a primeira grande função do sistema de custos é o conhecimento de o que ocorre na empresa E esse primeiro levantamento já começa a causar diversos problemas de natureza comportamental dentro de muitas empresas Mesmo quando ele é implantado não com essa finali dade de controle acaba por provocar reações Por fim e não menos importante o gestor também deve se preocupar com os equipamentos da empresa se atendem aos requisitos do sistema a ser implantado Toda a equipe de profissionais envolvidos no funcionamento do sistema deve ser foco da atenção do gestor da empresa pois lançamentos indevidos podem gerar proble mas nos relatórios gerados pelo sistema com reflexos significativos no processo de tomada de decisões da empresa Para Martins 2018 O sucesso de um sistema de informações depende do pessoal que o alimenta e o faz funcionar O sistema representa um conduto que recolhe dados em diversos pontos processaos e emite com base neles relatórios na outra extre midade Esses relatórios não podem ser em hipótese alguma de qualidade melhor do que a qualidade dos dados recebidos no início do processamen to Podem é ser piores se seu manuseio não for absolutamente correto Mas todos os dados iniciais quase sempre dependem de pessoas e se estas falha rem ou não colaborarem todo o sistema acabará por falir Normalmente o problema mais grave reside na qualificação e competência do pessoal envolvido nas fases iniciais do processamento os primeiros infor mes nascem de diversos apontamentos na produção em que o nível médio de escolaridade e o grau de interesse por serviços burocráticos podem ser relativamente baixos Esse nível de educação insuficiente do pessoal que inicia o processo é em muitos casos o grande responsável pelos insucessos de sistemas de custos MARTINS 2018 p 357 113 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Uma empresa que gerenciava uma rede de sacolões e supermercados apre sentou problemas na apuração do custo de um de seus produtos O proble ma ocorreu porque ao dar entrada no produto Leite o responsável pelo registro das informações lançava como a caixa com 12 litros de leite como uma só caixa e na saída desse produto no sistema Ponto de Venda PDV que registrava as saídas nos caixas da empresa o sistema considerava como uma caixa aquela com um litro de leite Como consequência quanto mais se vendia o produto maior era o prejuízo registrado Com a detecção o problema foi corrigido com a padronização dos lançamentos e consequen temente o resultado foi apresentado de forma adequada Esta é uma questão aparentemente simples e por isso o problema foi detec tado com certa facilidade porém em sistemas que tratam informações mais complexas que envolvem grande volume de dados com grandes quantida des e variedades de produtos a identificação pode ser dificultada e as conse quências para a empresa podem ser bem maiores Como quase toda mudança gera desconforto também é importante que o gestor prepare não somente a equipe envolvida mas toda a empresa A implantação deve ser realizada de forma gradativa e acompanhada com a maior proximidade possível por parte dos gestores O sistema que está sendo substituído não deve ser descon tinuado sem que o novo sistema esteja implantado de forma comprovadamente eficiente Cabe ressaltar que nessa abordagem o conceito de sistema está relacio nado ao conceito que envolve entrada processamento saída e não necessariamen te o sistema de informação que também considera esse conceito abordandoo no tratamento dos dados que recebe transformandoos em informações para os gesto res das organizações Os sistemas de informações contábeis para serem eficientes em termos de gestão além de disponibilizarem informações obrigatórias de acordo com a legislação devem fornecer informações gerenciais que servem de base para o processo de tomada de decisões das empresas 114 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO FIGURA 10 SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS Entrada Feedback Dados Procedimentos contábeis Relatórios e informações gerenciais Processamento Saída Fonte Elaborado pelo autor 2019 Todo sistema de informações deve considerar os objetivos que determinam sua exis tência para tratar os dados que recebe Com a atual evolução tecnológica existem diversos sistemas que buscam a integração de todas as informações da empresa porém quanto maior o nível de integração maior a complexidade de sua implanta ção por isso o gestor deve buscar sistemas que sejam adequados ao volume de infor mações e à complexidade que envolve as operações da empresa 612 CENTRO DE CUSTOS E PLANO DE CONTAS O tratamento dos dados relacionados às diversas atividades empresariais deve obedecer aos critérios estabelecidos pela gestão para que possam se tornar infor mações adequadas às necessidades da empresa e fornecer relatórios consistentes e confiáveis Para tanto é necessário que toda a empresa conheça esses critérios e que também haja um sistema de classificação e atribuição de valores que obedeçam a esses critérios e sejam praticados por todos os colaboradores da organização Uma importante ferramenta de classificação de agrupamento e classificação das ativi dades empresariais é o processo que utiliza os gastos por centros de custos utilizando 115 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO um plano de contas Um centro de custos é uma unidade da empresa utilizada para acumulação de seus gastos podendo ser relacionado diretamente à produção ou não A figura apresentada a seguir ilustra um exemplo de atribuição de centros de custos aos setores empresariais FIGURA 11 EXEMPLO DE CODIFICAÇÃO DE CENTROS DE CUSTO NAS ORGANIZAÇÕES Presidência cc 0500 ADMINISTRAT cc 0100 RH cc 0110 TI cc 0120 FINANC cc 0130 CONTAB cc 0140 COMERCIAL cc 0200 VENDAS cc 0210 MKT cc 0220 SAC cc 0230 PRODUÇÃO cc 0300 SUPERVISÃO cc 0310 PCP cc 0311 ENGENHARIA cc 0312 TQC cc 0320 ALMOXARIFADO cc 0330 MONTAGEM cc 0330 ACABAMENTO cc 0340 Fonte Elaborado pelo autor 2019 O exemplo apresentado considera os departamentos da empresa como centros de custos distintos sendo que à medida que são realizados gastos em cada departa mento estes são classificados e alocados de forma acumulativa por período em cada centro de custos Dando sequência ao exemplo a empresa pode se valer do plano de contas contábil para identificar e classificar a natureza desses gastos Cada empresa deve assumir um plano de contas de acordo com a natureza de suas atividades porém de forma geral como eles seguem critérios contábeis mantém uma estrutura que segue os principais demonstrativos contábeis utilizados para pres tação de contas pelas empresas Veja um exemplo de aplicação de classificação de gastos utilizando um sistema com centros de custos e plano de contas contábil 116 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO O quadro abaixo apresenta parte do plano de contas de contábil de uma determinada empresa QUADRO 3 EXEMPLO DE CODIFICAÇÃO DE PLANO DE CONTAS NAS ORGANIZAÇÕES 01 Receitas 01 01 Receitas de produtos 01 02 Receitas de serviços 02 Gastos 02 01 Gastos operacionais 02 01 01 Viagens 02 01 01 001 Locomoção 02 01 01 002 Hospedagem 02 01 01 003 Alimentação 02 01 01 004 Outros gastos Fonte Elaborado pelo autor 2019 Conforme abordado tanto os centros de custos quanto os planos de contas devem ser estabelecidos de forma adequada às necessidades de cada empresa No exem plo assumindo que os centros de custos e plano de contas apresentados nas últimas figuras pertencem à mesma empresa considere que dois funcionários viajaram pela empresa por motivos distintos o primeiro funcionário é um supervisor de produção e viajou para realizar um trei namento operacional relacionado a um dos produtos da empresa o segundo funcionário é gerente comercial e viajou para apresentar características dos produtos da empresa a um possível futuro cliente 117 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Considere também que em suas respectivas viagens ambos tiveram gastos de loco moção hospedagem e alimentação A tabela a seguir apresenta o resumo dos gastos de viagem do gerente comercial TABELA 42 RESUMO DE GASTOS DE VIAGEM GERÊNCIA COMERCIAL Funcionário Gerente Setor Gerência comercial Centro de custos 0210 GASTOS DE VIAGEM VALOR PLANO DE CONTAS Locomoção incluindo passagens 360000 020101001 Hospedagem 180000 020101002 Alimentação 48000 020101003 Outros gastos 000 020101004 TOTAL 588000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 A tabela a seguir apresenta o resumo dos gastos de viagem do supervisor de produ ção TABELA 43 RESUMO DE GASTOS DE VIAGEM SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO Funcionário Supervisor Setor Supervisão de produção Centro de custos 0310 GASTOS DE VIAGEM VALOR PLANO DE CONTAS Locomoção incluindo passagens 285000 020101001 Hospedagem 120000 020101002 Alimentação 35000 020101003 Outros gastos 000 020101004 TOTAL 440000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 118 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Utilizando os códigos de centro de custos e do plano de contas ao finalizar o mês a empresa poderá apurar os gastos totais por viagens por centros de custo e por centro de contas A figura apresentada a seguir demonstra o esquema de totalização desses gastos FIGURA 12 APURAÇÃO DE GASTOS POR CENTROS DE CUSTOSPLANO DE CONTAS Fonte Elaborado pelo autor 2019 Com base nos critérios estabelecidos pela empresa para a classificação de seus gastos como ambos funcionários realizaram gastos com a mesma natureza recebem códi gos de planos de contas iguais porém são atribuídos a diferentes centros de custos Ao apurar o resultado final de suas operações por período os gestores da empresa poderão identificar todos os seus gastos de forma geral e por período o que auxilia significativamente na identificação dos gastos empresariais e também na localização de distorções de valores Cabe ressaltar que no exemplo apresentado os centros de custos apresentam dois níveis 9999 e o plano de contas apresenta quatro níveis 999999999 podendo variar de acordo com cada empresa Essa forma de apresentação utilizando o núme ro 9 entre pontos que mostra a configuração dos níveis é comumente chamada de 119 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO máscara no ambiente que envolve sistemas de informação sendo que esses siste mas devem estar preparados para receber os códigos das empresas nos diferentes formatos demandados por estas Ao receber o lançamento de cada receita ou gasto da empresa o sistema deve estar configurado para solicitar ao usuário responsável pelo lançamento os respectivos códigos de centro de custos e plano de contas Há lançamen tos cujos códigos já são assumidos automaticamente por estarem precon figurados no sistema de informações utilizado pela empresa como a maior parte das receitas por exemplo porém para que haja eficiência na utiliza ção do sistema todos os colaboradores que realizam ou lançam os gastos e receitas em casos específicos nas empresas devem estar cientes dos códi gos relacionados ao gasto realizado e efetivamente realizarem o lançamento da forma apropriada Devido à existência de resistência humana às mudan ças talvez esta seja a parte mais desafiadora do gestor na implantação de um sistema de informações inclusive de custos Por isso há a necessidade de um sistema periódico de verificação dos lançamentos sendo essa verifi cação mais intensa na fase de implantação do sistema 62 RELAÇÃO CUSTOVOLUMELUCRO O comportamento dos custos diante das variações de diferentes níveis de produção deve ser objeto de constante atenção por parte dos gestores Conforme aprendido sobre custos há aqueles que variam proporcionalmente com o volume de bens ou serviços produzidos custos variáveis também há custos que permanecem estáveis custos fixos independentemente do volume produzido Cabe ressaltar que esses custos permanecem fixos de acordo com a estrutura da empresa podendo haver variações no caso de mudanças significativas nessa estrutura A gestão das empresas deve considerar essas características de seus custos conhe cendo os impactos em seus resultados à medida que a produção varia Projeções 120 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO devem ser realizadas no sentido de prever resultados indesejados possibilitando a adoção de medidas que visem reduzir ou até mesmo eliminar perdas para a orga nização Um ponto de partida interessante para essas análises é a identificação do ponto de equilíbrio 621 PONTO DE EQUILÍBRIO O ponto de equilíbrio ou break even point é o nível de atividade em que a empresa apresenta resultado operacional nulo ou seja não é lucro nem prejuízo É utilizado como forte parâmetro para a definição de metas organizacionais que servem de dire cionamento de suas atividades Para Santos 2017 a análise do equilíbrio entre recei tas de vendas e custos é muito importante como instrumento de decisão gerencial O sucesso financeiro de qualquer empreendimento empresarial está condicionado à existência da melhor informação gerencial Veja o gráfico do ponto de equilíbrio GRÁFICO 4 PONTO DE EQUILÍBRIO Receitas de Vendas PV x QV Lucro operacional Gastos totais GT GF GV Gastos totais Prejuízo operacional Ponto de Equilíbrio RT GT Gastos Fixos GF 0 Q P Eq Unidades Produzidas e Vendidas QV RT P Eq Receitas e Custos mil 350 300 250 200 100 50 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 150 Fonte Elaborado pelo autor 2019 121 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Analisando o gráfico observase que os Gastos Fixos GF permanecem estáveis inde pendentemente do volume de produção quantidade produzida eixo X ao passo que os Gastos Variáveis GV partindo dos Gastos Fixos variam proporcionalmente ao volume de produção O mesmo ocorre com as Receitas de Vendas RV porém estas têm seu ponto inicial em zero ou seja se não há vendas não há receitas As vendas acima do ponto de equilíbrio geram lucro operacional já abaixo do ponto equilíbrio geram prejuízo operacional No ponto de equilíbrio não há lucro nem prejuízo opera cional Veja um exemplo com os valores apresentados no gráfico Considere que a empresa Exemplo Ltda apresenta os seguintes dados Custos fixos totais 41000 Despesas fixas totais 19000 Custo variável unitário 6000 Preço de venda 10000 Margem de contribuição unitária PV CV 10000 6000 4000 1 O primeiro passo é calcular a quantidade no ponto de equilíbrio Qpe por meio da seguinte fórmula Qpe Custos fixos Despesas fixas Margem de contribuição unitária Dessa forma temse Qpe 41000 19000 4000 60000 1500 unidades 4000 122 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 2 Em seguida calculamse os gastos totais considerando a quantidade no ponto de equilíbrio Gastos totais Gastos Fixos Gastos Variáveis Gastos totais 60000 1500 x 6000 60000 90000 150000 3 Em seguida calculase a Receita de Vendas no ponto de equilíbrio RV Preço de venda X Quantidade no ponto de equilíbrio RV 10000 X 1500 150000 4 Finalmente confrontando as receitas totais com os gastos totais consta tase o resultado operacional igual a zero ou seja o ponto de equilíbrio foi alcançado TABELA 44 APURAÇÃO DO RESULTADO NO PONTO DE EQUILÍBRIO APURAÇÃO DO RESULTADO VALORES Receita líquida de vendas 15000000 Custo e despesas variáveis 9000000 Margem bruta 6000000 Custos fixos 4100000 Despesas fixas 1900000 Resultado operacional 000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Conforme comprovado matematicamente com base na estrutura de custos fixos da empresa e nos custos variáveis unitários alcançando a produção de 1500 unidades a empresa alcançará o ponto de equilíbrio ou seja não obterá lucro nem prejuízo em suas operações considerando a venda de toda a sua produção 123 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 622 VARIAÇÕES NO VOLUME DE PRODUÇÃO Identificado o ponto de equilíbrio os gestores das empresas passam a ter um impor tante referencial para a gestão de seus custos Fazendo projeções de diferentes contextos de produção é possível obter estimativas dos gastos totais da empresa em níveis acima e abaixo do ponto de equilíbrio Veja um exemplo dessas projeções TABELA 45 GASTOS TOTAIS EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO VOLUME DE PRODUÇÃO CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO CUSTO VARIÁVEL TOTAL DESPESAS FIXAS CUSTOS FIXOS GASTOS TOTAIS 0 6000 000 1900000 4100000 6000000 500 6000 3000000 1900000 4100000 9000000 1000 6000 6000000 1900000 4100000 12000000 1500 6000 9000000 1900000 4100000 15000000 2000 6000 12000000 1900000 4100000 18000000 2500 6000 15000000 1900000 4100000 21000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Com base nas mesmas projeções também é possível obter estimativas de resultados a serem alcançados TABELA 46 ESTIMATIVAS DE RESULTADO EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO VOLUME DE PRODUÇÃO PREÇO DE VENDA CUSTO VARIÁVEL TOTAL GASTOS TOTAIS RESULTADO OPERACIONAL 0 10000 000 6000000 6000000 500 10000 5000000 9000000 4000000 1000 10000 10000000 12000000 2000000 1500 10000 15000000 15000000 000 2000 10000 20000000 18000000 2000000 2500 10000 25000000 21000000 4000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Observase que quanto maior a distância entre a quantidade produzida e a quan tidade no ponto de equilíbrio maior a distância do resultado Isso ocorre devido ao comportamento em conjunto dos custos fixos e variáveis Em níveis de produção mais 124 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO elevados a proporcionalidade em relação à produção dos custos variáveis permane ce e a estabilidade dos custos fixos favorece o resultado Em níveis de produção mais baixos essa estabilidade se torna um fator de influência negativo para os resultados empresariais Portanto é importante que a gestão da empresa mantenha sua estrutura de custos fixos adequada a seu nível de atividade uma vez que estruturas muito acima no nível de atividade podem gerar perdas desnecessárias para a empresa ao passo que estru tura abaixo do nível de atividade podem ocasionar perdas de vendas e consequen temente perda de lucro devido à falta de capacidade de atendimento à demanda de mercado 623 VARIAÇÕES NA ESTRUTURA DA EMPRESA Quando a empresa alcança uma posição no mercado que demanda investimentos em sua capacidade produtiva é esperado que ao aumentar essa capacidade seus custos fixos também aumentem Isso ocorre porque a ampliação da capacidade produtiva da empresa demanda um novo nível de recursos para funcionamento e manutenção dessa capacidade Por exemplo um número maior de equipamentos demanda mais tempo e recursos para manutenção dos novos equipamentos poden do gerar contratações de pessoal e ocorrer a mesma situação em relação à equipe de supervisão da fábrica de controle de qualidade de limpeza Também podem ocor rer gastos extras em itens que compõem os gastos fixos da empresa como energia elétrica material de expediente e de limpeza e aluguel Cabe ao gestor identificar as capacidades mínima e máxima de cada nível de estru tura Em relação à capacidade produtiva tal identificação está relacionada à capaci dade individual dos equipamentos que a empresa dispõe dos recursos humanos do fluxo de movimentações possíveis dentro das atuais instalações da empresa entre outros É importante que a empresa esteja atenta à demanda média historicamente atendida por ela procurando ajustar sua capacidade de forma que não haja desper dício de recursos 125 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO Tomando como exemplo uma empresa que apresenta níveis de estrutura com respectivas necessidades de gastos fixos podese identificar o impacto das variações da estrutura da empresa em seus gastos totais e unitários A tabela apresentada a seguir demonstra níveis mínimos e máximos de produ ção distribuídos por faixa e utiliza a média entre os volumes mínimo e máxi mo de produção para o cálculo dos gastos totais e unitários Cada nível de produção demanda uma estrutura compatível com as atividades necessárias para os respectivos volumes de produção sendo que cada modificação na estrutura resulta em modificação nos valores referentes às despesas e custos fixos Veja QUADRO 4 APURAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO VOLUME DE PRODUÇÃO CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO CUSTO VARIÁVEL TOTAL DESPESAS FIXAS CUSTOS FIXOS GASTOS TOTAIS CUSTO UNITÁRIO TOTAL MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA 0 3000 1500 6000 9000000 1900000 4100000 15000000 10000 3000 6000 4500 6000 18000000 2850000 6150000 27000000 6000 6000 9000 7500 6000 36000000 4275000 9225000 49500000 6600 9000 12000 10500 6000 54000000 6412500 13837500 74250000 7071 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Analisando as informações da tabela percebese que para cada nível de produção as despesas e custos fixos se mantêm estáveis passando a variar a cada mudança de nível Esse comportamento apresenta reflexos nos gastos totais por faixa de produção e consequentemente nos respectivos custos unitários Observando as tendências de demanda do mercado o gestor pode analisar os resultados estimados para cada faixa de volume de produção e adequar a estrutura da empresa de acordo com as expectativas de produção para o atendimento da demanda observada contribuindo para a maximização dos resultados da empresa 126 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 63 RELATÓRIOS FINANCEIROS E VARIAÇÕES DE PREÇO Os preços de venda dos produtos e serviços devem ser formados a partir dos custos unitários identificados para cada produto ou serviço tendo como objetivo cobrir os demais gastos da empresa e também gerar o lucro desejado para a organização Se por exemplo o gasto variável unitário de um determinado produto custar 60 de seu preço de venda essa diferença de 40 margem de contribuição deve ser suficiente para cobrir todos os gastos fixos da empresa e também proporcionar lucro Tomando como exemplo uma empresa com essas características de composição de seus custos que vendeu 1000 unidades de um produto ao preço de 20000 com custos e despesas variáveis correspondentes a 60 12000 haveria a seguinte apuração do resultado a ser apresentado nos relatórios financeiros da empresa TABELA 47 APURAÇÃO DO RESULTADO POR CUSTEIO VARIÁVEL Empresa Exemplo Ltda Mês 10 APURAÇÃO DO RESULTADO CUSTEIO VARIÁVEL VALORES Receita líquida de vendas 20000000 1000 Custos variáveis 10000000 500 Despesas variáveis 2000000 100 Margem de contribuição 8000000 400 Custos fixos 3500000 175 Despesas fixas 1800000 90 Resultado operacional 2700000 135 Operações realizadas para apuração da margem de contribuição Receita de Vendas 1000 x 20000 20000000 Custos variáveis 1000 x 10000 10000000 Despesas variáveis 1000 x 2000 2000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 127 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO 631 AUMENTO DE PREÇOS E O IMPACTO NOS RESULTADOS DA EMPRESA Considerando que devido a uma demanda excessiva de mercado a empresa aumen tasse seu preço em 10 passando para 22000 e ao mesmo tempo mantives se seus gastos no mesmo nível o resultado da empresa seria favorecido devido ao ganho unitário em cada unidade vendida TABELA 48 APURAÇÃO DO RESULTADO POR CUSTEIO VARIÁVEL COM AUMENTO DE PREÇO E MANUTENÇÃO DOS CUSTOS Empresa Exemplo Ltda Mês 10 APURAÇÃO DO RESULTADO CUSTEIO VARIÁVEL VALORES Receita líquida de vendas 22000000 1000 Custos variáveis 10000000 455 Despesas variáveis 2000000 91 Margem de contribuição 10000000 455 Custos fixos 3500000 159 Despesas fixas 1800000 82 Resultado operacional 4700000 235 Operações realizadas para apuração da margem de contribuição Receita de Vendas 1000 x 22000 22000000 Custos variáveis 1000 x 10000 10000000 Despesas variáveis 1000 x 2000 2000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Analisando os resultados da empresa após o aumento de preços e concomitante manutenção dos gastos observase um aumento significativo tanto na margem de contribuição quanto no resultado operacional 632 REDUÇÃO DE PREÇOS E O IMPACTO NOS RESULTADOS DA EMPRESA Considerando que devido a uma retração da demanda de mercado a empresa redu zisse seu preço em 10 em relação ao valor inicial passando para 18000 e ao 128 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO mesmo tempo mantivesse seus gastos no mesmo nível o resultado da empresa seria diminuído devido à redução do ganho unitário em cada unidade vendida TABELA 49 APURAÇÃO DO RESULTADO POR CUSTEIO VARIÁVEL COM REDUÇÃO DE PREÇO E MANUTENÇÃO DOS CUSTOS Empresa Exemplo Ltda Mês 10 APURAÇÃO DO RESULTADO CUSTEIO VARIÁVEL VALORES Receita líquida de vendas 18000000 1000 Custos variáveis 10000000 556 Despesas variáveis 2000000 111 Margem de contribuição 6000000 333 Custos fixos 3500000 194 Despesas fixas 1800000 100 Resultado operacional 700000 35 Operações realizadas para apuração da margem de contribuição Receita de Vendas 1000 x 18000 18000000 Custos variáveis 1000 x 10000 10000000 Despesas variáveis 1000 x 2000 2000000 Fonte Elaborado pelo autor 2019 Analisando os resultados da empresa após a redução do preço ao mesmo tempo em que manteve os níveis de seus gastos podese perceber que a redução significa tiva da margem de contribuição unitária do produto exerceu influência proporcional na margem de contribuição total e também exerceu impacto negativo no resultado operacional da empresa Considerando o impacto das variações tanto positivas quanto negativas dos preços dos produtos ou serviços comercializados pela empresa em seus resultados financei ros percebese que a rentabilidade das organizações também está associada à capa cidade dos gestores da empresa em manter controle de seus custos de forma que sempre estejam em níveis aceitáveis de eficiência 633 PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA Conforme estudado a apuração de custos busca identificar valores incorridos na produção de bens ou serviços sendo que sobre esses valores são aplicadas taxas de 129 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO administração para a cobertura das despesas administrativas e comerciais decorren tes das atividades da empresa Após a aplicação desses valores são formados preços de venda que devem conter o lucro pretendido pela empresa e os tributos relaciona dos às suas operações Porém em operações de transferência de produtos entre filiais ou até mesmo no caso de exportações e importações existem condições que devem ser aplicadas para essas situações formando o preço de transferência De acordo com Silva 2014 preço de transferência é o valor pelo qual são transferidos bens direitos e serviços entre as atividades e áreas internas de uma organização Já segundo Camargo 2017 o preço de transferência ou transfer price ocorre sempre em que duas empresas vincula das ou seja do mesmo grupo empresarial e que se situam em territórios diferentes vendem ou transferem entre elas bens serviços ou propriedade intangível No caso de haver distorções significativas nos preços de transferências praticados entre instituições coligadas e os preços praticados em operações similares entre empresas não coligadas a legislação permite que haja ajuste nos preços para fins tributários CONCLUSÃO O conceito de sistema é aplicado a várias áreas das organizações sendo que quando se aborda o enfoque sistêmico no meio empresarial a própria organização é conside rada como um sistema composto por subsistemas independentes É nessa perspec tiva que o sistema de planejamento e controle de custos se insere se tornando uma valiosa ferramenta de apoio ao processo de tomada de decisões empresariais Conhecer as características de um sistema de custos e os requisitos para a sua implan tação nas empresas contribuirá de forma significativa para o gestor uma vez que conhecendo e controlando os custos incorridos nas atividades operacionais pode rá ter uma percepção ampla de o que ocorre em termos financeiros na empresa que está dirigindo bem como seu posicionamento em relação à concorrência e ao mercado Conhecendo seus custos e comparandoos com os praticados no merca do o gestor poderá direcionar a empresa para o posicionamento estratégico mais adequado em relação à sua real condição uma vez que a gestão dos custos empre sariais é fator determinante para o sucesso empresarial 130 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Desde a definição do públicoalvo até o planejamento da mais simples atividade empresarial o conhecimento sobre os custos da organização e a otimização de sua gestão sempre serão fatores decisivos para o sucesso empresarial principalmente considerando o acirramento da concorrência nos diversos segmentos de atuação organizacional A aplicação correta de conceitos relacionados a custos bem como o acompanhamento constante dos custos incorridos nas atividades operacionais e impacto de suas variações nos resultados da organização são fatores preponderantes para que a empresa alcance suas metas e objetivos preestabelecidos em seu plane jamento estratégico Cabe ao gestor compreender tal característica da análise financeira e gerencial cien te de que a contínua busca pela maximização dos resultados empresariais invariavel mente passa pela gestão eficiente e eficaz de seus custos 131 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO REFERÊNCIAS ASSAF NETO Alexandre Finanças corporativas e valor 7 ed São Paulo Atlas 2014 609 p GITMAN Lawrence Jeffrey Princípios de administração financeira 10 ed São Paulo Pearson Addison Wesley 2009 775 p HOJI Masakazu Gestão financeira e econômica didática objetiva e prática São Paulo Atlas 2019 MARION José Carlos Contabilidade empresarial instrumentos de análise gerência e decisão 18 ed São Paulo Atlas 2018 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 10 ed São Paulo Atlas 2010 MASAKAZU Hoji Gestão financeira e econômica didática objetiva e prática São Paulo Atlas 2019 PADOVEZE Clóvis Luis Contabilidade de Custos teoria prática integração com sistemas de informações ERP São Paulo Cengage Learning 2013 PADOVEZE Clóvis Luis Curso básico gerencial de custos 2 ed São Paulo Pioneira Thom son 2006 SANTOS Joel José Manual de contabilidade e análise de custos 7 ed São Paulo Atlas 2017 LUNELLI Reinaldo Luiz Principais métodos de custeio Portal de contabilidade Disponível em httpwwwportaldecontabilidadecombrtematicasmetodosde custeiohtm Acesso em 20 jul 2019 PADOVEZE Clóvis Luis Contabilidade de custos teoria prática integração com siste mas de informações ERP São Paulo Cengage Learning 2013 SANTOS Joel José Manual de contabilidade e análise de custos 7 ed São Paulo Atlas 2017 132 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO HOJI Mazakazu Gestão financeira e econômica didática objetiva e prática São Paulo Atlas 2019 MARION José Carlos Contabilidade empresarial 18 ed São Paulo Atlas 2018 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 10 ed São Paulo Atlas 2010 PADOVEZE Clóvis Luis Curso básico gerencial de custos 2 ed São Paulo Pioneira Thomson 2006 YANASE João Custos e formação de preços importante ferramenta para tomada de decisões São Paulo Trevisan 2018 CAMARGO Renata Freitas de Entenda como funciona o transfer price e como o preço de transferência é importante para o planejamento orçamentário 26 set 2017 Disponível em httpswwwtreasycombrblogtransferprice Acesso em 23 jul 2019 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 10 ed São Paulo Atlas 2018 SANTOS Joel José Manual de contabilidade e análise de custos 7 ed São Paulo Atlas 2017 SILVA Lourivado Lopes da Manual de preço de transferência aspectos teóricos e práticos 2 ed Belo Horizonte IOB Sage 2014 SILVA Raimundo Nonato Sousa Gestão de custos contabilidade controle e análise 4 ed São Paulo Atlas 2017 133 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ANÁLISE FINANCEIRA E GERENCIAL SUMÁRIO EADMULTIVIXEDUBR CONHEÇA TAMBÉM NOSSOS CURSOS DE 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