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Introdução à Economia
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Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 1 Breves apontamentos das principais escolas de pensamento econômico Brief notes from the main schools of economic thought Breves notas de las principales escuelas de pensamiento económico Recebido 19102020 Revisado 22102020 Aceito 26102020 Publicado 29102020 Ana Paula Carneiro Dutra ORCID httpsorcidorg0000 000289109605 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email pauladutrauecealunocombr Nara Nair Coelho da Silva ORCID httpsorcidorg0000000270016599 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email naracoelhoalunouecebr Paula Patrícia da Silva Rodrigues ORCID httpsorcidorg0000 000306486542 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email paulapatriciaalunouecebr Marcos Adriano Barbosa de Novaes ORCID httpsorcidorg0000000250035418 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email marcosnovaesuecebr Késya Rodrigues Moreira ORCID httpsorcidorg0000000255371808 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email kesyamoreiraalunouecebr Antoniele Silvana de Melo Souza ORCID httporcidorg0000000202782275 Secretaria Estadual de Pernambuco Brasil Email antonielesouzahotmailcom Iara Saraiva Martins ORCID httpsorcidorg0000000252357461 Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará Brasil Email saraivaiaraifceedubr Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 2 Ana Kelly Batista Leão ORCID httpsorcidorg0000000196038879 Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte Brasil Email analeaochefiaecarcgmailcom Cícero Ricardo Barbosa de Paiva ORCID httpsorcidorg0000000215549552 Universidade Estadual Vale do Acaraú Brasil Email profricardopaivacegmailcom Tatiany Santos Lima ORCID httpsorcidorg0000000254407135 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email tatysantos80tsgmailcom Alex José de Sousa ORCID httpsorcidorg0000000213061131 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email alexjosealunouecebr Johnantan Santiago Moura ORCID httpsorcidorg0000000244454755 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email sjohnantanyahoocombr Amélia Soares André ORCID httpsorcidorg0000000291899968 Universidade Estadual Vale do Acaraú Brasil Email amelimelyahoocombr Resumo Ao longo da história da humanidade houve diversas formas de organizações políticas e econômicas que influenciaram diretamente o modo de produção do trabalho Assim produto da organização social o trabalho é indispensável para suprir as necessidades humanas que vão além da sobrevivência Nesse sentido o objetivo deste artigo é apresentar o contexto social e econômico do desenvolvimento do sistema capitalista a partir das principais escolas de pensamento econômico Mercantilismo Clássica Neoclássica Keynesianismo e Novo Clássica Para isso recorremos aos estudos de entre outros Oliveira e Gennari 2009 Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 3 Canterbery 2001 e Andrade et al 2020 No tocante ao percurso metodológico recorremos a pesquisa bibliográfica narrativa com abordagem qualitativa Com isso foi possível afirmar que a exploração da mão de obra humana a extração da maisvalia e a concentração da propriedade privada são ideários presentes em todas as escolas do pensamento econômico Além disso o estudo dos modelos econômicos também possibilitou entender as interações econômicas permitindo conhecer a relação entre oferta e demanda Por fim os dados obtidos corroboram ademais sobre a importância do Estado na elaboração de leis que regulamentam todo o processo de produção e circulação dos produtos e a inserção destes no mercado Palavraschave Mercantilismo Clássica Neoclássica Keynesianismo Novo clássica Abstract Throughout the history of mankind there have been several forms of political and economic organizations that have directly influenced the production work mode Thus as a product of the social organization work is indispensable to meet human needs that go beyond survival In this sense the objective of this article is to present the social and economic context of the development of the capitalist system from the main schools of economic thought Mercantilism Classical Neoclassical Keynesianism and New Classical For this we resort to studies by Oliveira and Gennari 2009 Canterbery 2001 Andrade et al 2020 among others Regarding the methodological path we used narrative bibliographic research with a qualitative approach With this it was possible to affirm that the exploitation of human labor the extraction of surplusvalue and the concentration of private property are ideas present in all schools of economic thought In addition the study of economic models also made it possible to understand economic interactions allowing us to understand the relationship between supply and demand Finally the data obtained further corroborate the importance of the State in drafting laws that regulate the entire process of production and circulation of products and their insertion in the market Keywords Mercantilism Classical Neoclassical Keynesianism New classical Resumen A lo largo de la historia de la humanidad ha habido varias formas de organizaciones políticas y económicas que han influido directamente en el modo de producción del trabajo Así como producto de la organización social el trabajo es indispensable para satisfacer necesidades humanas que van más allá de la supervivencia En este sentido el objetivo de este artículo es presentar el contexto social y económico del desarrollo del sistema capitalista desde las Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 4 principales escuelas de pensamiento económico Mercantilismo Clásico Neoclásico Keynesianismo y Nuevo Clásico Para ello recurrimos a estudios de entre otros Oliveira y Gennari 2009 Canterbery 2001 y Andrade et al 2020 En cuanto al recorrido metodológico utilizamos la investigación bibliográfica narrativa con enfoque cualitativo Con ello se pudo afirmar que la explotación del trabajo humano la extracción de plusvalía y la concentración de la propiedad privada son ideas presentes en todas las escuelas de pensamiento económico Además el estudio de modelos económicos también permitió comprender las interacciones económicas lo que permitió comprender la relación entre oferta y demanda Finalmente los datos obtenidos corroboran aún más la importancia del Estado en la elaboración de leyes que regulen todo el proceso de producción y circulación de productos y su inserción en el mercado Palabras clave Mercantilismo Clásico Neoclásico Keynesianismo Nuevo clásico 1 Introdução O mundo no qual vivemos não pode ser compreendido sem um estudo crítico da história da humanidade o qual fornece informações importantes sobre a adaptação do homem ao meio ambiente A sociedade ao longo do seu processo histórico político e econômico sofreu mudanças políticas econômicas sociais na sua forma organizacional uma vez que esses elementos estão conectados entre si Foi todavia a exploração das matérias primas pela força do trabalho que possibilitou a construção do mundo material e social organizado sobremodo a partir de interesses que vão além da sobrevivência humana Por esse motivo na sociedade capitalista a miséria e a fartura apresentamse como particularidades extremas que refletem a relação desigual entre classes No que se pese aos insumos necessários à existência humana a produção material destes é realizada pela classe trabalhadora que vende sua força de trabalho a custo do capital Os indivíduos desta camada social entretanto não recebem salários coerentes com a carga horária destinada à produção de mercadorias Pensando nisso com base numa perspectiva marxiana nesse estudo abordaremos em linhas gerais alguns aspectos fundamentais para a compreensão do estudo da Economia Política Desta maneira será possível familiarizar o leitor com as características de algumas formas de organização desta área Assim em estudos posteriores será possível entender e analisar criticamente os processos socioeconômicos ocorridos no capitalismo em crise a função social do Estado na sociedade do Capital e a expropriação da classe trabalhadora Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 5 visando a maisvalia Além disso é condição sine qua non o conhecimento da evolução do pensamento econômico Por isso abordaremos as ideias de algumas escolas 1 Mercantilismo 2 Escola Clássica 3 Neoclássica 4 Keynesiana e 5 NovoClássica Desta forma o presente trabalho objetiva apresentar o contexto social e econômico do desenvolvimento do sistema capitalista a partir das principais escolas de pensamento econômico supracitadas Para isso por meio de pesquisa bibliográfica narrativa com abordagem qualitativa recorremos aos estudos de entre outros Oliveira e Gennari 2009 Canterbery 2001 Andrade et al 2020 Assim de forma breve narraremos a história do pensamento econômico Por fim analisaremos a sociabilidade capitalista e as novas configurações do Estado nos processos socioeconômicos 2 Metodologia A investigação foi efetivada mediante a uma pesquisa bibliográfica de revisão narrativa publicações amplas apropriadas para descrever e discutir o desenvolvimento ou o estado da arte de um determinado assunto sob o ponto de vista teórico ou contextual Rother 2007 p 01 Além disso contribui para a formação do quadro teórico do objeto escolhido inclusive constituise numa preciosa fonte de informações com dados já organizados e analisados como informações e ideias sic prontas Santos p 30 2000 Nesse sentido segundo Santos 2000 são fontes bibliográficas livros sejam de leituras correntes ou de referência as publicações periódicas fitas gravadas de áudio e vídeo websites relatórios de simpósiosseminários e anais de congressos A respeito da utilização de vídeo como fonte bibliográfica por exemplo recorremos a uma série de videoaulas intitulada As principais escolas de pensamento econômico disponível no YouTube pelo canal Casa do Saber O conteúdo digital é apresentado por Júlio Pires professor doutor em economia Além disso esse canal abrange uma série de conteúdos abordados por intelectuais de várias áreas do conhecimento do campo da economia Por fim os dados foram analisados de forma qualitativa tencionando compreender pessoas com seus contextos sociais culturais e institucionais Gil 2002 p 94 favorecendo o diálogo entre as diversas teorias e seus respectivos autores 3 Resultados e Discussão Teixeira 2000 relata sobre a mudança do significado do termo Economia Política no decorrer dos séculos Segundo ele antigamente era possível conceituar uma área específica Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 6 ou campo da ciência mas na atualidade com o processo de mundialização do próprio capital todos os países e suas respectivas teorias sofrem direta ou indiretamente influências um dos outros Sendo assim para compreender o que acontece em um determinado espaço geográfico fazse necessário saber também conhecer os fatos políticos e econômicos considerando os aspectos macro e micro Para Cardoso 2009 é comum o questionamento acerca da doutrina proveniente da história do pensamento econômico com relação a algumas teorias pois estas não se limitam a uma única nação Assim de modo geral podemos definir economia como a ciência que estuda como otimizar os recursos escassos frente a necessidades crescentes e assim como os homens se organizam para produzir e distribuir riqueza Marques et al 2018 p 09 O nascimento da economia mundial tem seu princípio no final do século XIV após o enfraquecimento do sistema feudal ocasionado pela Guerra dos Cem Anos 13371453 a peste bubônica a revolta do povo camponês e a escassez de alimentos Além disso A forma tradicional feudal ou corporativa não permitia atender às necessidades crescentes decorrentes do surgimento de novos mercados Marx Engels 2008 p10 Nesse contexto o modelo de sociedade baseado no feudalismo transita para a primeira fase do capitalismo mercantilismo1 capitalismo comercial Essa passagem acontece com o crescimento e a organização dos burgos e logo em seguida para o sistema capitalista industrial Assim a maneira como a sociedade está organizada sofre transformações em todos os seus aspectos na organização política econômica social e estrutural Para Oliveira e Gennari 2019 as principais mudanças se refletem principalmente na esfera econômica com o enfraquecimento da igreja católica e com o surgimento do Estado nacional Além disso surge uma nova forma de pensamento baseado na ideia de metalismo2 ou bulionista Segundo essa visão o poder do Estado era função direta da riqueza do reino cuja grandeza se definia pela acumulação de metais preciosos Oliveira Genari 2019 p27 Os autores narram ainda que na época do declínio do feudalismo se avaliava que 1 Mercantilismo o termo deriva da palavra italiana mercador era uma aliança entre governo e negócio A princípio os mercadores iriam ser dominados pelo governo mais tarde os mercadores mudariam o seu destino ao se tornarem panfletários alargando eles próprios o pensamento mercantilista em seu interesse especial Canterbery 2001 p36 2 Conforme Oliveira e Genari 2019 a primeira formulação do metalismo é atribuído a Claude de Seyssel no ano de 1515 em La grande monarchie de France Seyssel defendia a ideia de que o poder do país depende das reservas de ouro e prata Ademais em 1558 na Espanha Luís Ortiz publica a obra Para que a moeda não saia do reino em que defendia um conjunto de medidas com vista a propiciar o acúmulo de metais preciosos Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 7 a disponibilidade crescente de ouro e prata dotava as casas reais de capacidade para organizar mecanismos abrangentes e eficientes burocracia tropas mercenárias etc para o exercício e a afirmação do poder no plano interno e externo A identificação dos metais com a riqueza e a constatação de que sua disponibilidade no mercado europeu era fixa ou variava muito pouco no tempo implicavam na conclusão de que a acumulação por parte de uma nação significava uma perda correspondente para as demais criando assim uma íntima relação entre os fluxos comerciais e monetários e as relações de poder entre os Estados Em síntese o acúmulo de metais preciosos como objetivo prioritário das monarquias nacionais contribuía para a potencialização das hostilidades e dos conflitos comerciais entre os Estados emergentes Oliveira Genari 2019 p27 A partir daí iniciase o processo de acumulação para tentar favorecer a balança comercial Nesse sentido a possibilidade mais ambiciosa para acumular ainda mais esses metais era realizar a expansão marítima conquistar colonizar e explorar novas terras Assim seria possível encontrar mais metais preciosos Mas se não fosse possível encontralos no território anteriormente explorado buscavase por recursos naturais que podiam ser utilizados como moeda de troca no mercado europeu Diacronicamente costumase situar o surgimento dessa aliança entre os séculos XV e XVI durante a expansão comercial período de colonização do Brasil por Portugal Não obstante é importante ressaltar que o comércio passa a centralizar os interesses econômicos Dessa forma a agricultura e a indústria ficam como atividades secundárias Nesse sentido o capitalismo comercial foi mais uma tentativa de incentivar a intervenção do Estado na economia do que propriamente uma doutrina econômica Os principais teóricos desse movimento políticoeconômico eram Thomas Mun Josiah Child Barthélemy de Alfenas JeanBaptiste Coberta e Antoine de Montchrestien As concepções econômicas deles estavam fundamentadas na defesa da intervenção governamental na economia utilizando o poder político do Estado para estimular a produção Para Deyon 1973 A consciência de uma comunidade de interesse o projeto de uma política econômica supunham naturalmente um progresso do sentimento nacional e um reforço do Estado Todas as grandes monarquias europeias do século XVI com maior ou menor felicidade maior ou menor continuidade enveredaram por esta via do intervencionismo econômico Entre os seus conselheiros seus oficiais de finança as preocupações relativas à balança comercial ao desenvolvimento das manufaturas e aos movimentos internacionais das espécies se tornavam cada vez mais obsedantes p17 Somado a isso outra proposta da escola mercantilista era a de exportar mais e importar menos produtos Caberia ao Estado portanto incentivar as exportações e restringir Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 8 as importações Com isso só era possível comprar eou vender produtos dentro da própria metrópole estabelecendo uma relação monopolista que objetivava um saldo positivo ao Estado garantindo uma balança comercial favorável Em outras palavras esse processo se daria em dois momentos Primeiro restrições à importações de mercadorias estrangeiras para consumo interno que pudesse ser produzidas no país fosse qual fosse o país do qual eram importantes Segundo restrições à importação de mercadoria de quase todos os tipos daqueles países específicos em relação aos quais a balança comercial era tida como desvantajosa Smith 2013 p53 Porém quando a balança é desfavorável o Estado acaba intervindo na economia com o objetivo de buscar o equilíbrio entre importação e exportação Por isso para os defensores da escola de pensamento econômico mercantilista o Estado deve organizar a economia almejando ampliar a riqueza nacional e sua autoridade Portanto Como o poder e riqueza eram equacionados com ouro e prata o governo devia 1 estimular a saída de bens domésticos 2 limitar o consumo interno 3 impor taxas às importações e 4 tentar criar uma balança de comércio favorável mais exportações que importações As exportações eram pagas com ouro e prata que por seu turno podiam ser usados para criar um exército forte Os limites do consumo eram dirigidos não apenas às massas Como as importações tendiam ser produtos de ostentação as leis sumptuárias destinadas a regulamentar a extravagância e o luxo atingiram em força os ricos precisamente quando melhoravam a balança comercial Canterbery 2001 p37 Diante desse contexto econômico desfavorável surge o termo Protecionismo Alfandegário que significa proteger a economia na alfandega espaço onde acontecia a tributação dos produtos importados com o aumento do valor das taxas de importação afim de as diminuir Com isso equilibramse as importações na mesma quantidade das exportações resultando em uma balança comercial favorável novamente Por fim cabe afirmar que o mercantilismo foi uma organização predominante nos séculos seguintes inclusive há ideias que são válidas até os dias atuais como a importância da intervenção do Estado no desenvolvimento econômico da sociedade Nesta perspectiva o governo deve estimular as indústrias e consequentemente a sua produção Por outro lado Rojas 2007 descreve a dificuldade da definição de mercantilismo devido este ter sido um fenômeno muito complexo e que pode ser estudado por diferentes ângulos Holanda 2001 por exemplo afirma que o mercantilismo consistiu mais em um conjunto de ações que Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 9 pretendia atender aos interesses dos chefes do Estado europeus e da iniciativa privada em acessão Já entre a segunda metade do século XVIII e do início do século XIX sob Influência da Revolução Industrial e da Revolução Científica emerge a tendência da Escola Clássica baseada no livre mercado Nesta visão a produtividade se manifesta das atividades econômicas e principalmente pelo progresso da economia por meio da divisão de trabalho Mendes 2015 afirma que esta nova concepção políticoeconômica baseouse nos preceitos filosóficos do liberalismo e do individualismo e firmou os princípios da livreconcorrência que exerceram decisiva influência no pensamento revolucionário burguês Como podemos observar a Escola Clássica foi uma escola que caracterizou a produção deixando a procura e o consumo para o segundo plano Segundo Smith o objeto da economia é estender bens e riqueza a uma nação Mendes 2015 p 39 Alguns dos teóricos que influenciaram o pensamento econômico clássico foram Jean Baptiste Say 17671832 Thomas Malthus 17661834 principal representante dessa escola David Ricardo 17221823 e Adam Smith 17231790 Este último se destacou pela publicação da obra A riqueza das Nações considerada uma obra clássica e marca o nascimento da economia Por esse motivo ele ficou conhecido no campo de estudos da economia política como o pai da ciência econômica De acordo com os pensadores da escola Clássica a riqueza do país estava na sua produção Portanto quanto mais se produzia mais rica era uma nação Logo a ênfase não estava mais na prata e no ouro como no mercantilismo mas sim no trabalho humano Vale destacar ainda que Um pressuposto importante da elaboração malthusiana sobre a população é que esta devia sempre ser mantida no nível dos meios de subsistência Segundo Malthus o progresso da sociedade dependia do equilíbrio entre a população e os meios de subsistência e desse modo tornavase primordial compreender quais os fatores que possibilitariam tal equilíbrio Oliveira Gennari 2019 p 64 Outrossim a Escola Clássica possuía duas vertentes Por um lado autores com uma visão liberal da economia destacandose Adam Smith Ele defendia a tese sobre a Mão Invisível3 que discorre sobre a oferta e a demanda no livre mercado De acordo com essa teoria partindo do interesse individual aplicavase o capital objetivando alcançar o maior 3 Ver mais em Smith A A mão invisível Trad Paulo Geiger São Paulo Penguin Classics Companhia das Letras 2013 Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 10 lucro possível assim desencadeando um bem estar social Essa concepção se opunha à Escola Mercantilista em relação à economia Para Smith 2013 não era a intervenção estatal que promoveria esse bem estar Além disso existe uma intrínseca relação entre o liberalismo e a teoria do individualismo que fundamenta a estrutura do mercado onde o indivíduo enquanto proprietário deve encontrarse livre Holanda 2001 p 29 Para o autor portanto Na Inglaterra o liberalismo político se identificou plenamente com o liberalismo econômico Holanda 2001 p 29 permitindo o desenvolvimento da sociedade inglesa Neste sentido é possível afirmar que O trabalho anual de cada nação é o fundo que originalmente proporciona todas as necessidade e conveniências da vida que são consumidas anualmente e que consiste sempre na produção imediata desse trabalho ou naquilo que é adquirido de outras nações com essa produção Sendo assim essa produção ou tudo o que é dela adquirido possui uma proporção maior ou menor com relação ao número de pessoas que a consumirão a nação será melhor ou pior quando receber todas as necessidades e conveniências de que necessita No entanto essa proporção deverá ser regulada em todas as nações por duas diferentes circunstâncias em primeiro lugar pela habilidade destreza e julgamento por meio do qual esse trabalho é geralmente colocado em prática e em segundo lugar pela proporção entre número daqueles que estão e dos que não estão devidamente empregados em trabalhos úteis Smith 2019 p 09 Esse pensamento foi revolucionário visto que surgiu em um contexto em que a nova classe emergente a burguesia buscava consolidar o ideal sobre a produção de riqueza o acúmulo do capital Ademais Smith 2018 também traz reflexões em suas obras4 sobre a teoria do valor que abriu porta para as reflexões de outros autores inclusive de Karl Marx sobre o capitalismo Neste sentido Moretti e Lélis 2007 afirmam que a teoria clássica pressupõe uma economia na qual o nível de emprego é definido no mercado de trabalho Se o salário real está no nível de equilíbrio então oferta e demanda de trabalho são iguais com consequente equilíbrio no mercado de bens Isto é a um determinado salário real os empresários contratam certa quantidade de mão deobra sic gerando um nível de produção que iguala oferta e demanda de bens p89 Na segunda vertente autores como Karl Marx concebem o capitalismo como sendo explorador desigual e instável uma vez que O capitalismo não pode sobreviver sem os 4 Ver mais SMITH A A riqueza das Nações uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações Trad Getulio Schanoski Jr São Paulo Madras 2018 Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 11 aspectos da divisão do trabalho e igualmente da exploração de uma classe sobre a outra Andrade et al 2020 p06 Neste viés esse sistema econômico divide a sociedade em classes antagônicas uma é a burguesia detentora dos meios de produção e como sendo a classe dominante que assegura a divisão manual e intelectual do trabalho Esta forma de divisão do trabalho lhe permite dominação social político e econômica sobre as demais classes Andrade et al 2020 p 04 A segunda classe é a do proletariado definido do ponto de vista econômico apenas o assalariado que produz e valoriza capital Marx 2013 p 690 Em outras palavras segundo Marx 2013 o proletariado detém apenas a própria força de trabalho a qual vende no mercado em troca de valor simbólico em dinheiro ou seja o salário Esse valor entretanto não restitui o esforço físico e mental dispendido durante o processotempo de produção de mercadorias Por conseguinte a classe burguesa se apropria do excedente da produção Todavia este valor que o trabalhador recebe em troca do serviço prestado é uma quantia mínima insuficiente às vezes à subsistência dele e da família Sobre essa relação Marx 1886 reflete que Se prescindirmos do valordeuso da mercadoria só lhe resta ainda uma propriedade a de ser produto do trabalho Mas então o produto do trabalho já terá passado por uma transmutação Pondo de lado seu valordeuso abstraímos também das formas e elementos materiais que fazem dele um valordeuso Ele não é mais mesa casa fio ou qualquer outra coisa útil Sumiram todas as qualidades materiais também não é mais o produto do trabalho do marceneiro do pedreiro do fiandeiro ou de qualquer outra forma de trabalho produtivo Ao desaparecer o caráter útil dos produtos do trabalho também desaparece o caráter útil dos trabalhos neles corporificados desvanecemse portanto as diferentes formas de trabalho concreto elas não se distinguemse mais umas das outras mas reduzemse todas a uma única espécie de trabalho o trabalho humano abstrato Marx 1886 p60 Numa nova interpretação sobre economia surge a Escola Neoclássica com um viés utilitarista Neste sentido a teoria do valor trabalho foi superada pela teoria do valor da utilidade teorizada pelo filósofo inglês Jeremy Bentham5 Essa teoria afirma que o valor de um produto está atrelado a sua utilidade Assim posteriormente com o preço embasado no equilíbrio entre a oferta e procura conduziria a uma estabilidade econômica Por fim Jeremy salienta que os indivíduos estão limitando a felicidade à capacidade de consumo Pareto 1996 um dos pensadores neoclássicos mais tarde reformula o conceito de bem estar social e de utilidade colocando esta sobre as bases da teoria do equilíbrio geral 5 Consultar a obra Bentham J Uma introdução aos princípios da moral e da legislação São Paulo Abril Cultural 1984 Os pensadores Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 12 fundamentada pelo francês Léon Walras6 1986 Contudo ainda não existia a perspectiva de estudos sobre as classes sociais nas bases neoclássicas Porém agora levavase em consideração os agentes econômicos ou seja enquanto uns vendem a própria força da mão deobra outros usurpam os excedentes dos lucros obtidos Neste sentido o valor dos bens nessa escola econômica é algo subjetivo que depende da relação do homem com o objeto No entanto numa nova realidade de acúmulo de capital e prosperidade do capitalismo teses neoclássicas foram sendo desconsideradas principalmente com a crise de 1929 surgindo novas concepções que dariam início a uma nova visão da economia o Keynesianismo Essa escola tinha como principal representante o inglês John Maynard Keynes 18831946 Sua visão sobre economia está materializada na obra A Teoria Geral do Juro do Emprego e da Moeda apresentada como uma resposta à situação de crise econômica que abateu a sociedade na década de 1930 A causa básica de tais crise é que com a abundância a oferta de mercadorias tornase maior que a demanda as necessidades humanas e com isso os preços tendem a cair inviabilizando a produção Lessa 2013 p187 Nesse contexto de desiquilíbrio econômico em meados de 1929 Keynes7 defende como principal ação a atuação do Estado na economia através do aumento dos gastos públicos e a redução tributária pois acreditava que isso reduziria as dívidas evidenciadas pela crise Para essa escola a ação estatal era crucial para fortalecer o sistema econômico Nesse sentido Keynes através da sua formulação política Welfare State Estado de bemestar social tentou no período de crise do capitalismo instaurar esse modelo estatal Lessa 2013 apesar de tecer críticas a essa política a define como uma nova modalidade mais humana e ética de intervenção estatal na economia com a utilização em larga escala de políticas públicas voltadas aos mais carentes o Estado social o Estado Providência para outros o Estado desmercadorizador ou etc Lessa 2012 p 175 Diante do exposto Keynes buscava romper com alguns postulados da economia neoclássica O autor enfatiza que o desemprego poderia ser involuntário Sua análise dispensava então a visão microeconômica elaborando uma ótica mais ampla da macroeconomia a fim de alcançar o pleno emprego 6 Ver mais em WALRAS L Compêndio dos elementos de economia política pura São Paulo AbrilNova Cultural 1986 7 A partir de Keynes que advém os conceitos de Produto Interno Bruto PIB e Produto Nacional Bruto PNB assim como de contabilidade nacional e social Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 13 Entretanto essa teoria não defendia a redução das desigualdades sociais o que deu origem a teoria geral do emprego a qual defende que é na determinação dessa demanda que o Estado atua construindo obras de interesse social e com isso diminuindo as taxas de desemprego Cabe ressaltar ainda que mesmo que existam contradições e divergências a respeito da teoria Keynesiana estudiosos afirmam que em períodos de crise empresários e economistas com posicionamento liberal econômico acabam cedendo à teoria Keynesiana recorrendo a intervenção do Estado em períodos de ameaça ao capital Nesse sentido Keynes afirmava que o Estado deveria atuar aumentando o gasto público reduzindo as cargas tributárias e as taxas de juros ampliando o crédito criando assim uma política de déficit público No entanto de acordo com Paniago 2012 o Keynesianismo não tinha como objetivo ir contra os interesses do capital pelo contrário sua teoria estava voltada para uma estratégia de recuperação da acumulação do capital diante do contexto de crise A autora ainda destaca que a estratégia keynesiana de intervenção na economia retirando da iniciativa privada algumas das suas funções antes exercidas com exclusividade tinha por finalidade encontrar novas formas de manutenção da ordem do sistema reprodutivo dominante e garantir a expansão do capital dado o esgotamento da fase do predomínio das livres leis do mercado Paniago 2012 p7 Posteriormente surge uma nova teoria de escola econômica a saber escola de pensamento econômico NovoClássica Apesar de as primeiras publicações surgirem na década de 1960 essa teoria emergiu entre as décadas de 1970 e 1980 na busca pela racionalização teórica do fenômeno que data dessa mesma época da coexistência de inflação e estagnação em algumas economias Morretti Lélis 2006 p82 A escola NovoClássica que tem como principal representante William Stanley Jevons 18351882 argumentava que a atuação do governo na economia sempre seria prejudicial porque os agentes econômicos antecipariam as decisões do governo Dito de outra maneira é como se os agentes econômicos tivessem um conhecimento pleno da teoria e das consequências futuras diante de determinadas ações do governo e com isso se antecipassem a ela como por exemplo no caso de uma inflação no futuro Para Vieira e Silveira 2007 o NovoClássico possuía uma teoria que era considerada macroeconômica mas que partia de princípios da microeconomia Para isso adotavamse hipóteses classificadas entre fraca e forte Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 14 A hipótese fraca pressupõe a ideia de que os agentes econômicos usam da melhor forma possível as informações que possuem sendo que os erros cometidos no passado não exercem influência nas expectativas atuais Já a hipótese forte a mais aceita pelos novos clássicos na construção de seus modelos pressupõe a ideia de que os agentes econômicos costumam acertar Vieira Silveira 2007 p01 Diante das explicações os autores em questão afirmam que os agentes econômicos são capazes de antecipar os efeitos das políticas econômicas governamentais a exemplo das políticas fiscais em o impacto da política fiscal do ponto de vista do aumento do gasto público para estimular a economia também terá efeitos nulos Essa teoria NovoClássica é baseada em modelos econométricos e matemáticos extremamente sofisticados que visam a comprovação das informações prestadas Além disso Há ainda mais duas hipóteses que caracterizam a teoria novoclássica a a economia está em contínuo market clearing o que representa a vindicação de que os preços se ajustam instantaneamente garantindo o contínuo equilíbrio do mercado resultado por sua vez do comportamento dos agentes mais precisamente da resposta ótima às suas percepções dos preços e b as decisões racionais tomadas pelos empresários e pelos trabalhadores refletem o comportamento otimizador de sua parte podendo ainda levar em conta o fato de que a oferta de trabalho produção pelos trabalhadores empresários é realizada com base em preços relativos Morretti Lélis 2006 p83 4 Considerações Finais A partir do estudo teórico realizado pudemos conhecer algumas das diversas interpretações da economia ao longo do desenvolvimento da humanidade fundamentadas nas reflexões de algumas escolas econômicas o que de certa forma nos possibilita compreender o sistema capitalista em sua forma de desenvolvimento atual Nesse sentido as transformações que acontecem modo de produzir mercadorias alteram todas as esferas da sociedade sejam elas econômica política ou social Todavia ressaltamos que o modo de produção capitalista se difere dos demais por sempre produzir novas necessidades que se ramificam para a obtenção de mais capital Para isso este movimento de produção e circulação de mercadorias alicerçase na exploração do trabalho humano em que cada produto traz em sua constituição tempo de trabalho remuneração divisão de classes e do trabalho e exploração da natureza com a retirada de matérias primas Ademais o estudo da economia permite conhecer como os homens se organizam para produzir e distribuir a riqueza a partir da evolução do conhecimento do o desenvolvimento Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 15 econômico Para tanto é preciso recorrer também às novas formas de organização do trabalho que requerem mão de obra cada vez mais especializada Em sumo em todas as escolas do pensamento econômico estão presentes a ideologia de exploração da mão de obra humana a extração da maisvalia e a concentração da propriedade privada Diante do exposto o estudo dos modelos econômicos além de possibilitar entender as interações econômicas permite conhecer a relação entre oferta e demanda Outrossim permitenos compreender a importância do Estado na elaboração de leis que regulamentam todo o processo de produção e circulação dos produtos portanto sua inserção no mercado Por fim este estudo não esgota todo o arcabouço de discussões sobre o tema nem tenciona isso Buscamos todavia fomentar o interesse de pesquisadores profissionais e iniciantes pela importância do estudo da economia política e das principais ideias do pensamento econômico a saber clássica marxista neoclássica keynesiana e neoliberal Levarseá em consideração pois o processo de investigação com enfoque no macroeconômico da economia Para isso promovermos o debate sobre a sociedade global e os desafios da nova ordem econômica na superação da crise do capital a exemplo das instabilidades financeiras de 1929 e 1970 Referências Andrade A LR 2000 Trabalho e educação em Karl Marx a contradição do trabalho intelectual e manual no processo educativo Research Society and Development 91 e13911489 Bentham J 1984 Uma introdução aos princípios da moral e da legislação São Paulo Abril Cultural Os pensadores Canterbery E R 2001 Breve História do pensamento econômico perspectivas engenhosas da ciência sombria Instituto Piaget Lisboa Portugal Cardoso J L 2009 Reflexões periféricas sobre a difusão internacional do pensamento econômico Nova Economia 192 Belo Horizonte MaySept Gil A C 2002 Como elaborar projetos de pesquisa 4a ed São Paulo Atlas 2002 Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 16 Holanda F U X de 2001 Do Liberalismo ao Neoliberalismo 2a ed Porto Alegre Edipucrs Lessa S 2013 Capital de bemestar o caráter de classe das políticas públicas São Paulo Instituto Luckács Marques R M et al 2018 Economia que bicho é esse São Paulo Expressão popular Marx K 2013 O Capital Crítica da economia política Livro I O processo de produção do capital Trad Rubens Enderle São Paulo Boitempo Marx K Elgels F 2008 Manifesto do Partido Comunista São Paulo Expressão Popular Moretti B Lélis M 2007 Economia clássica e novoclássica versus Keynes e pós Keynesianos um debate ontológico Ensaios FEE Porto Alegre 281 7998 Oliveira R Gennari A M 2009 História do pensamento econômico São Paulo Saraiva Oliveira R Gennari A M 2019 História do pensamento econômico 2a ed São Paulo Saraiva Paniago M C S 2020 Keynesianismo neoliberalismo e os antecedentes da crise do Estado Recuperado de httpwwwcristinapaniagocomyahoositeadminassetsdocsK eynesianismoNeoliberalismoeosAntecedentesdaCrisedoEstado185191109pdf Pareto V 1996 Manual da economia política São Paulo Nova Cultural Rother E T 2007 Revisão Sistemática x Revisão Narrativa Recuperado de httpswww scielobrpdfapev20n2a01v20n2pdf Santos A R dos 2000 Metodologia científica a construção do conhecimento 4a ed Rio de Janeiro DPA Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 17 Smith A 2013 A mão invisível Trad Paulo Geiger São Paulo Penguin Classics Companhia das Letras Smith A 2018 A riqueza das Nações uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações Trad Getulio Schanoski Jr São Paulo Madras Teixeira A 2000 Marx e a economia política a crítica como conceito Econômica 4 85 109 Vieira R Silveira A R 2007 Algumas questões de economia Recuperado de httpeconomiaandrehbahiablogspotcom200707escolasdepensamento macroeconmicohtml Walras L 1986 Compêndio dos elementos de economia política pura São Paulo AbrilNova Cultural Porcentagem de contribuição de cada autor no manuscrito Ana Paula Carneiro Dutra 30 Nara Nair Coelho da Silva 5 Paula Patrícia da Silva Rodrigues 10 Marcos Adriano Barbosa de Novaes 10 Késya Rodrigues Moreira 5 Antoniele Silvana de Melo Souza 5 Iara Saraiva Martins 5 Ana Kelly Batista Leão 5 Cícero Ricardo Barbosa de Paiva 5 Tatiany Santos Lima 5 Alex José de Sousa 5 Johnantan Santiago Moura 5 Amélia Soares André 5
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Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 1 Breves apontamentos das principais escolas de pensamento econômico Brief notes from the main schools of economic thought Breves notas de las principales escuelas de pensamiento económico Recebido 19102020 Revisado 22102020 Aceito 26102020 Publicado 29102020 Ana Paula Carneiro Dutra ORCID httpsorcidorg0000 000289109605 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email pauladutrauecealunocombr Nara Nair Coelho da Silva ORCID httpsorcidorg0000000270016599 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email naracoelhoalunouecebr Paula Patrícia da Silva Rodrigues ORCID httpsorcidorg0000 000306486542 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email paulapatriciaalunouecebr Marcos Adriano Barbosa de Novaes ORCID httpsorcidorg0000000250035418 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email marcosnovaesuecebr Késya Rodrigues Moreira ORCID httpsorcidorg0000000255371808 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email kesyamoreiraalunouecebr Antoniele Silvana de Melo Souza ORCID httporcidorg0000000202782275 Secretaria Estadual de Pernambuco Brasil Email antonielesouzahotmailcom Iara Saraiva Martins ORCID httpsorcidorg0000000252357461 Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará Brasil Email saraivaiaraifceedubr Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 2 Ana Kelly Batista Leão ORCID httpsorcidorg0000000196038879 Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte Brasil Email analeaochefiaecarcgmailcom Cícero Ricardo Barbosa de Paiva ORCID httpsorcidorg0000000215549552 Universidade Estadual Vale do Acaraú Brasil Email profricardopaivacegmailcom Tatiany Santos Lima ORCID httpsorcidorg0000000254407135 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email tatysantos80tsgmailcom Alex José de Sousa ORCID httpsorcidorg0000000213061131 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email alexjosealunouecebr Johnantan Santiago Moura ORCID httpsorcidorg0000000244454755 Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos Brasil Email sjohnantanyahoocombr Amélia Soares André ORCID httpsorcidorg0000000291899968 Universidade Estadual Vale do Acaraú Brasil Email amelimelyahoocombr Resumo Ao longo da história da humanidade houve diversas formas de organizações políticas e econômicas que influenciaram diretamente o modo de produção do trabalho Assim produto da organização social o trabalho é indispensável para suprir as necessidades humanas que vão além da sobrevivência Nesse sentido o objetivo deste artigo é apresentar o contexto social e econômico do desenvolvimento do sistema capitalista a partir das principais escolas de pensamento econômico Mercantilismo Clássica Neoclássica Keynesianismo e Novo Clássica Para isso recorremos aos estudos de entre outros Oliveira e Gennari 2009 Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 3 Canterbery 2001 e Andrade et al 2020 No tocante ao percurso metodológico recorremos a pesquisa bibliográfica narrativa com abordagem qualitativa Com isso foi possível afirmar que a exploração da mão de obra humana a extração da maisvalia e a concentração da propriedade privada são ideários presentes em todas as escolas do pensamento econômico Além disso o estudo dos modelos econômicos também possibilitou entender as interações econômicas permitindo conhecer a relação entre oferta e demanda Por fim os dados obtidos corroboram ademais sobre a importância do Estado na elaboração de leis que regulamentam todo o processo de produção e circulação dos produtos e a inserção destes no mercado Palavraschave Mercantilismo Clássica Neoclássica Keynesianismo Novo clássica Abstract Throughout the history of mankind there have been several forms of political and economic organizations that have directly influenced the production work mode Thus as a product of the social organization work is indispensable to meet human needs that go beyond survival In this sense the objective of this article is to present the social and economic context of the development of the capitalist system from the main schools of economic thought Mercantilism Classical Neoclassical Keynesianism and New Classical For this we resort to studies by Oliveira and Gennari 2009 Canterbery 2001 Andrade et al 2020 among others Regarding the methodological path we used narrative bibliographic research with a qualitative approach With this it was possible to affirm that the exploitation of human labor the extraction of surplusvalue and the concentration of private property are ideas present in all schools of economic thought In addition the study of economic models also made it possible to understand economic interactions allowing us to understand the relationship between supply and demand Finally the data obtained further corroborate the importance of the State in drafting laws that regulate the entire process of production and circulation of products and their insertion in the market Keywords Mercantilism Classical Neoclassical Keynesianism New classical Resumen A lo largo de la historia de la humanidad ha habido varias formas de organizaciones políticas y económicas que han influido directamente en el modo de producción del trabajo Así como producto de la organización social el trabajo es indispensable para satisfacer necesidades humanas que van más allá de la supervivencia En este sentido el objetivo de este artículo es presentar el contexto social y económico del desarrollo del sistema capitalista desde las Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 4 principales escuelas de pensamiento económico Mercantilismo Clásico Neoclásico Keynesianismo y Nuevo Clásico Para ello recurrimos a estudios de entre otros Oliveira y Gennari 2009 Canterbery 2001 y Andrade et al 2020 En cuanto al recorrido metodológico utilizamos la investigación bibliográfica narrativa con enfoque cualitativo Con ello se pudo afirmar que la explotación del trabajo humano la extracción de plusvalía y la concentración de la propiedad privada son ideas presentes en todas las escuelas de pensamiento económico Además el estudio de modelos económicos también permitió comprender las interacciones económicas lo que permitió comprender la relación entre oferta y demanda Finalmente los datos obtenidos corroboran aún más la importancia del Estado en la elaboración de leyes que regulen todo el proceso de producción y circulación de productos y su inserción en el mercado Palabras clave Mercantilismo Clásico Neoclásico Keynesianismo Nuevo clásico 1 Introdução O mundo no qual vivemos não pode ser compreendido sem um estudo crítico da história da humanidade o qual fornece informações importantes sobre a adaptação do homem ao meio ambiente A sociedade ao longo do seu processo histórico político e econômico sofreu mudanças políticas econômicas sociais na sua forma organizacional uma vez que esses elementos estão conectados entre si Foi todavia a exploração das matérias primas pela força do trabalho que possibilitou a construção do mundo material e social organizado sobremodo a partir de interesses que vão além da sobrevivência humana Por esse motivo na sociedade capitalista a miséria e a fartura apresentamse como particularidades extremas que refletem a relação desigual entre classes No que se pese aos insumos necessários à existência humana a produção material destes é realizada pela classe trabalhadora que vende sua força de trabalho a custo do capital Os indivíduos desta camada social entretanto não recebem salários coerentes com a carga horária destinada à produção de mercadorias Pensando nisso com base numa perspectiva marxiana nesse estudo abordaremos em linhas gerais alguns aspectos fundamentais para a compreensão do estudo da Economia Política Desta maneira será possível familiarizar o leitor com as características de algumas formas de organização desta área Assim em estudos posteriores será possível entender e analisar criticamente os processos socioeconômicos ocorridos no capitalismo em crise a função social do Estado na sociedade do Capital e a expropriação da classe trabalhadora Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 5 visando a maisvalia Além disso é condição sine qua non o conhecimento da evolução do pensamento econômico Por isso abordaremos as ideias de algumas escolas 1 Mercantilismo 2 Escola Clássica 3 Neoclássica 4 Keynesiana e 5 NovoClássica Desta forma o presente trabalho objetiva apresentar o contexto social e econômico do desenvolvimento do sistema capitalista a partir das principais escolas de pensamento econômico supracitadas Para isso por meio de pesquisa bibliográfica narrativa com abordagem qualitativa recorremos aos estudos de entre outros Oliveira e Gennari 2009 Canterbery 2001 Andrade et al 2020 Assim de forma breve narraremos a história do pensamento econômico Por fim analisaremos a sociabilidade capitalista e as novas configurações do Estado nos processos socioeconômicos 2 Metodologia A investigação foi efetivada mediante a uma pesquisa bibliográfica de revisão narrativa publicações amplas apropriadas para descrever e discutir o desenvolvimento ou o estado da arte de um determinado assunto sob o ponto de vista teórico ou contextual Rother 2007 p 01 Além disso contribui para a formação do quadro teórico do objeto escolhido inclusive constituise numa preciosa fonte de informações com dados já organizados e analisados como informações e ideias sic prontas Santos p 30 2000 Nesse sentido segundo Santos 2000 são fontes bibliográficas livros sejam de leituras correntes ou de referência as publicações periódicas fitas gravadas de áudio e vídeo websites relatórios de simpósiosseminários e anais de congressos A respeito da utilização de vídeo como fonte bibliográfica por exemplo recorremos a uma série de videoaulas intitulada As principais escolas de pensamento econômico disponível no YouTube pelo canal Casa do Saber O conteúdo digital é apresentado por Júlio Pires professor doutor em economia Além disso esse canal abrange uma série de conteúdos abordados por intelectuais de várias áreas do conhecimento do campo da economia Por fim os dados foram analisados de forma qualitativa tencionando compreender pessoas com seus contextos sociais culturais e institucionais Gil 2002 p 94 favorecendo o diálogo entre as diversas teorias e seus respectivos autores 3 Resultados e Discussão Teixeira 2000 relata sobre a mudança do significado do termo Economia Política no decorrer dos séculos Segundo ele antigamente era possível conceituar uma área específica Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 6 ou campo da ciência mas na atualidade com o processo de mundialização do próprio capital todos os países e suas respectivas teorias sofrem direta ou indiretamente influências um dos outros Sendo assim para compreender o que acontece em um determinado espaço geográfico fazse necessário saber também conhecer os fatos políticos e econômicos considerando os aspectos macro e micro Para Cardoso 2009 é comum o questionamento acerca da doutrina proveniente da história do pensamento econômico com relação a algumas teorias pois estas não se limitam a uma única nação Assim de modo geral podemos definir economia como a ciência que estuda como otimizar os recursos escassos frente a necessidades crescentes e assim como os homens se organizam para produzir e distribuir riqueza Marques et al 2018 p 09 O nascimento da economia mundial tem seu princípio no final do século XIV após o enfraquecimento do sistema feudal ocasionado pela Guerra dos Cem Anos 13371453 a peste bubônica a revolta do povo camponês e a escassez de alimentos Além disso A forma tradicional feudal ou corporativa não permitia atender às necessidades crescentes decorrentes do surgimento de novos mercados Marx Engels 2008 p10 Nesse contexto o modelo de sociedade baseado no feudalismo transita para a primeira fase do capitalismo mercantilismo1 capitalismo comercial Essa passagem acontece com o crescimento e a organização dos burgos e logo em seguida para o sistema capitalista industrial Assim a maneira como a sociedade está organizada sofre transformações em todos os seus aspectos na organização política econômica social e estrutural Para Oliveira e Gennari 2019 as principais mudanças se refletem principalmente na esfera econômica com o enfraquecimento da igreja católica e com o surgimento do Estado nacional Além disso surge uma nova forma de pensamento baseado na ideia de metalismo2 ou bulionista Segundo essa visão o poder do Estado era função direta da riqueza do reino cuja grandeza se definia pela acumulação de metais preciosos Oliveira Genari 2019 p27 Os autores narram ainda que na época do declínio do feudalismo se avaliava que 1 Mercantilismo o termo deriva da palavra italiana mercador era uma aliança entre governo e negócio A princípio os mercadores iriam ser dominados pelo governo mais tarde os mercadores mudariam o seu destino ao se tornarem panfletários alargando eles próprios o pensamento mercantilista em seu interesse especial Canterbery 2001 p36 2 Conforme Oliveira e Genari 2019 a primeira formulação do metalismo é atribuído a Claude de Seyssel no ano de 1515 em La grande monarchie de France Seyssel defendia a ideia de que o poder do país depende das reservas de ouro e prata Ademais em 1558 na Espanha Luís Ortiz publica a obra Para que a moeda não saia do reino em que defendia um conjunto de medidas com vista a propiciar o acúmulo de metais preciosos Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 7 a disponibilidade crescente de ouro e prata dotava as casas reais de capacidade para organizar mecanismos abrangentes e eficientes burocracia tropas mercenárias etc para o exercício e a afirmação do poder no plano interno e externo A identificação dos metais com a riqueza e a constatação de que sua disponibilidade no mercado europeu era fixa ou variava muito pouco no tempo implicavam na conclusão de que a acumulação por parte de uma nação significava uma perda correspondente para as demais criando assim uma íntima relação entre os fluxos comerciais e monetários e as relações de poder entre os Estados Em síntese o acúmulo de metais preciosos como objetivo prioritário das monarquias nacionais contribuía para a potencialização das hostilidades e dos conflitos comerciais entre os Estados emergentes Oliveira Genari 2019 p27 A partir daí iniciase o processo de acumulação para tentar favorecer a balança comercial Nesse sentido a possibilidade mais ambiciosa para acumular ainda mais esses metais era realizar a expansão marítima conquistar colonizar e explorar novas terras Assim seria possível encontrar mais metais preciosos Mas se não fosse possível encontralos no território anteriormente explorado buscavase por recursos naturais que podiam ser utilizados como moeda de troca no mercado europeu Diacronicamente costumase situar o surgimento dessa aliança entre os séculos XV e XVI durante a expansão comercial período de colonização do Brasil por Portugal Não obstante é importante ressaltar que o comércio passa a centralizar os interesses econômicos Dessa forma a agricultura e a indústria ficam como atividades secundárias Nesse sentido o capitalismo comercial foi mais uma tentativa de incentivar a intervenção do Estado na economia do que propriamente uma doutrina econômica Os principais teóricos desse movimento políticoeconômico eram Thomas Mun Josiah Child Barthélemy de Alfenas JeanBaptiste Coberta e Antoine de Montchrestien As concepções econômicas deles estavam fundamentadas na defesa da intervenção governamental na economia utilizando o poder político do Estado para estimular a produção Para Deyon 1973 A consciência de uma comunidade de interesse o projeto de uma política econômica supunham naturalmente um progresso do sentimento nacional e um reforço do Estado Todas as grandes monarquias europeias do século XVI com maior ou menor felicidade maior ou menor continuidade enveredaram por esta via do intervencionismo econômico Entre os seus conselheiros seus oficiais de finança as preocupações relativas à balança comercial ao desenvolvimento das manufaturas e aos movimentos internacionais das espécies se tornavam cada vez mais obsedantes p17 Somado a isso outra proposta da escola mercantilista era a de exportar mais e importar menos produtos Caberia ao Estado portanto incentivar as exportações e restringir Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 8 as importações Com isso só era possível comprar eou vender produtos dentro da própria metrópole estabelecendo uma relação monopolista que objetivava um saldo positivo ao Estado garantindo uma balança comercial favorável Em outras palavras esse processo se daria em dois momentos Primeiro restrições à importações de mercadorias estrangeiras para consumo interno que pudesse ser produzidas no país fosse qual fosse o país do qual eram importantes Segundo restrições à importação de mercadoria de quase todos os tipos daqueles países específicos em relação aos quais a balança comercial era tida como desvantajosa Smith 2013 p53 Porém quando a balança é desfavorável o Estado acaba intervindo na economia com o objetivo de buscar o equilíbrio entre importação e exportação Por isso para os defensores da escola de pensamento econômico mercantilista o Estado deve organizar a economia almejando ampliar a riqueza nacional e sua autoridade Portanto Como o poder e riqueza eram equacionados com ouro e prata o governo devia 1 estimular a saída de bens domésticos 2 limitar o consumo interno 3 impor taxas às importações e 4 tentar criar uma balança de comércio favorável mais exportações que importações As exportações eram pagas com ouro e prata que por seu turno podiam ser usados para criar um exército forte Os limites do consumo eram dirigidos não apenas às massas Como as importações tendiam ser produtos de ostentação as leis sumptuárias destinadas a regulamentar a extravagância e o luxo atingiram em força os ricos precisamente quando melhoravam a balança comercial Canterbery 2001 p37 Diante desse contexto econômico desfavorável surge o termo Protecionismo Alfandegário que significa proteger a economia na alfandega espaço onde acontecia a tributação dos produtos importados com o aumento do valor das taxas de importação afim de as diminuir Com isso equilibramse as importações na mesma quantidade das exportações resultando em uma balança comercial favorável novamente Por fim cabe afirmar que o mercantilismo foi uma organização predominante nos séculos seguintes inclusive há ideias que são válidas até os dias atuais como a importância da intervenção do Estado no desenvolvimento econômico da sociedade Nesta perspectiva o governo deve estimular as indústrias e consequentemente a sua produção Por outro lado Rojas 2007 descreve a dificuldade da definição de mercantilismo devido este ter sido um fenômeno muito complexo e que pode ser estudado por diferentes ângulos Holanda 2001 por exemplo afirma que o mercantilismo consistiu mais em um conjunto de ações que Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 9 pretendia atender aos interesses dos chefes do Estado europeus e da iniciativa privada em acessão Já entre a segunda metade do século XVIII e do início do século XIX sob Influência da Revolução Industrial e da Revolução Científica emerge a tendência da Escola Clássica baseada no livre mercado Nesta visão a produtividade se manifesta das atividades econômicas e principalmente pelo progresso da economia por meio da divisão de trabalho Mendes 2015 afirma que esta nova concepção políticoeconômica baseouse nos preceitos filosóficos do liberalismo e do individualismo e firmou os princípios da livreconcorrência que exerceram decisiva influência no pensamento revolucionário burguês Como podemos observar a Escola Clássica foi uma escola que caracterizou a produção deixando a procura e o consumo para o segundo plano Segundo Smith o objeto da economia é estender bens e riqueza a uma nação Mendes 2015 p 39 Alguns dos teóricos que influenciaram o pensamento econômico clássico foram Jean Baptiste Say 17671832 Thomas Malthus 17661834 principal representante dessa escola David Ricardo 17221823 e Adam Smith 17231790 Este último se destacou pela publicação da obra A riqueza das Nações considerada uma obra clássica e marca o nascimento da economia Por esse motivo ele ficou conhecido no campo de estudos da economia política como o pai da ciência econômica De acordo com os pensadores da escola Clássica a riqueza do país estava na sua produção Portanto quanto mais se produzia mais rica era uma nação Logo a ênfase não estava mais na prata e no ouro como no mercantilismo mas sim no trabalho humano Vale destacar ainda que Um pressuposto importante da elaboração malthusiana sobre a população é que esta devia sempre ser mantida no nível dos meios de subsistência Segundo Malthus o progresso da sociedade dependia do equilíbrio entre a população e os meios de subsistência e desse modo tornavase primordial compreender quais os fatores que possibilitariam tal equilíbrio Oliveira Gennari 2019 p 64 Outrossim a Escola Clássica possuía duas vertentes Por um lado autores com uma visão liberal da economia destacandose Adam Smith Ele defendia a tese sobre a Mão Invisível3 que discorre sobre a oferta e a demanda no livre mercado De acordo com essa teoria partindo do interesse individual aplicavase o capital objetivando alcançar o maior 3 Ver mais em Smith A A mão invisível Trad Paulo Geiger São Paulo Penguin Classics Companhia das Letras 2013 Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 10 lucro possível assim desencadeando um bem estar social Essa concepção se opunha à Escola Mercantilista em relação à economia Para Smith 2013 não era a intervenção estatal que promoveria esse bem estar Além disso existe uma intrínseca relação entre o liberalismo e a teoria do individualismo que fundamenta a estrutura do mercado onde o indivíduo enquanto proprietário deve encontrarse livre Holanda 2001 p 29 Para o autor portanto Na Inglaterra o liberalismo político se identificou plenamente com o liberalismo econômico Holanda 2001 p 29 permitindo o desenvolvimento da sociedade inglesa Neste sentido é possível afirmar que O trabalho anual de cada nação é o fundo que originalmente proporciona todas as necessidade e conveniências da vida que são consumidas anualmente e que consiste sempre na produção imediata desse trabalho ou naquilo que é adquirido de outras nações com essa produção Sendo assim essa produção ou tudo o que é dela adquirido possui uma proporção maior ou menor com relação ao número de pessoas que a consumirão a nação será melhor ou pior quando receber todas as necessidades e conveniências de que necessita No entanto essa proporção deverá ser regulada em todas as nações por duas diferentes circunstâncias em primeiro lugar pela habilidade destreza e julgamento por meio do qual esse trabalho é geralmente colocado em prática e em segundo lugar pela proporção entre número daqueles que estão e dos que não estão devidamente empregados em trabalhos úteis Smith 2019 p 09 Esse pensamento foi revolucionário visto que surgiu em um contexto em que a nova classe emergente a burguesia buscava consolidar o ideal sobre a produção de riqueza o acúmulo do capital Ademais Smith 2018 também traz reflexões em suas obras4 sobre a teoria do valor que abriu porta para as reflexões de outros autores inclusive de Karl Marx sobre o capitalismo Neste sentido Moretti e Lélis 2007 afirmam que a teoria clássica pressupõe uma economia na qual o nível de emprego é definido no mercado de trabalho Se o salário real está no nível de equilíbrio então oferta e demanda de trabalho são iguais com consequente equilíbrio no mercado de bens Isto é a um determinado salário real os empresários contratam certa quantidade de mão deobra sic gerando um nível de produção que iguala oferta e demanda de bens p89 Na segunda vertente autores como Karl Marx concebem o capitalismo como sendo explorador desigual e instável uma vez que O capitalismo não pode sobreviver sem os 4 Ver mais SMITH A A riqueza das Nações uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações Trad Getulio Schanoski Jr São Paulo Madras 2018 Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 11 aspectos da divisão do trabalho e igualmente da exploração de uma classe sobre a outra Andrade et al 2020 p06 Neste viés esse sistema econômico divide a sociedade em classes antagônicas uma é a burguesia detentora dos meios de produção e como sendo a classe dominante que assegura a divisão manual e intelectual do trabalho Esta forma de divisão do trabalho lhe permite dominação social político e econômica sobre as demais classes Andrade et al 2020 p 04 A segunda classe é a do proletariado definido do ponto de vista econômico apenas o assalariado que produz e valoriza capital Marx 2013 p 690 Em outras palavras segundo Marx 2013 o proletariado detém apenas a própria força de trabalho a qual vende no mercado em troca de valor simbólico em dinheiro ou seja o salário Esse valor entretanto não restitui o esforço físico e mental dispendido durante o processotempo de produção de mercadorias Por conseguinte a classe burguesa se apropria do excedente da produção Todavia este valor que o trabalhador recebe em troca do serviço prestado é uma quantia mínima insuficiente às vezes à subsistência dele e da família Sobre essa relação Marx 1886 reflete que Se prescindirmos do valordeuso da mercadoria só lhe resta ainda uma propriedade a de ser produto do trabalho Mas então o produto do trabalho já terá passado por uma transmutação Pondo de lado seu valordeuso abstraímos também das formas e elementos materiais que fazem dele um valordeuso Ele não é mais mesa casa fio ou qualquer outra coisa útil Sumiram todas as qualidades materiais também não é mais o produto do trabalho do marceneiro do pedreiro do fiandeiro ou de qualquer outra forma de trabalho produtivo Ao desaparecer o caráter útil dos produtos do trabalho também desaparece o caráter útil dos trabalhos neles corporificados desvanecemse portanto as diferentes formas de trabalho concreto elas não se distinguemse mais umas das outras mas reduzemse todas a uma única espécie de trabalho o trabalho humano abstrato Marx 1886 p60 Numa nova interpretação sobre economia surge a Escola Neoclássica com um viés utilitarista Neste sentido a teoria do valor trabalho foi superada pela teoria do valor da utilidade teorizada pelo filósofo inglês Jeremy Bentham5 Essa teoria afirma que o valor de um produto está atrelado a sua utilidade Assim posteriormente com o preço embasado no equilíbrio entre a oferta e procura conduziria a uma estabilidade econômica Por fim Jeremy salienta que os indivíduos estão limitando a felicidade à capacidade de consumo Pareto 1996 um dos pensadores neoclássicos mais tarde reformula o conceito de bem estar social e de utilidade colocando esta sobre as bases da teoria do equilíbrio geral 5 Consultar a obra Bentham J Uma introdução aos princípios da moral e da legislação São Paulo Abril Cultural 1984 Os pensadores Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 12 fundamentada pelo francês Léon Walras6 1986 Contudo ainda não existia a perspectiva de estudos sobre as classes sociais nas bases neoclássicas Porém agora levavase em consideração os agentes econômicos ou seja enquanto uns vendem a própria força da mão deobra outros usurpam os excedentes dos lucros obtidos Neste sentido o valor dos bens nessa escola econômica é algo subjetivo que depende da relação do homem com o objeto No entanto numa nova realidade de acúmulo de capital e prosperidade do capitalismo teses neoclássicas foram sendo desconsideradas principalmente com a crise de 1929 surgindo novas concepções que dariam início a uma nova visão da economia o Keynesianismo Essa escola tinha como principal representante o inglês John Maynard Keynes 18831946 Sua visão sobre economia está materializada na obra A Teoria Geral do Juro do Emprego e da Moeda apresentada como uma resposta à situação de crise econômica que abateu a sociedade na década de 1930 A causa básica de tais crise é que com a abundância a oferta de mercadorias tornase maior que a demanda as necessidades humanas e com isso os preços tendem a cair inviabilizando a produção Lessa 2013 p187 Nesse contexto de desiquilíbrio econômico em meados de 1929 Keynes7 defende como principal ação a atuação do Estado na economia através do aumento dos gastos públicos e a redução tributária pois acreditava que isso reduziria as dívidas evidenciadas pela crise Para essa escola a ação estatal era crucial para fortalecer o sistema econômico Nesse sentido Keynes através da sua formulação política Welfare State Estado de bemestar social tentou no período de crise do capitalismo instaurar esse modelo estatal Lessa 2013 apesar de tecer críticas a essa política a define como uma nova modalidade mais humana e ética de intervenção estatal na economia com a utilização em larga escala de políticas públicas voltadas aos mais carentes o Estado social o Estado Providência para outros o Estado desmercadorizador ou etc Lessa 2012 p 175 Diante do exposto Keynes buscava romper com alguns postulados da economia neoclássica O autor enfatiza que o desemprego poderia ser involuntário Sua análise dispensava então a visão microeconômica elaborando uma ótica mais ampla da macroeconomia a fim de alcançar o pleno emprego 6 Ver mais em WALRAS L Compêndio dos elementos de economia política pura São Paulo AbrilNova Cultural 1986 7 A partir de Keynes que advém os conceitos de Produto Interno Bruto PIB e Produto Nacional Bruto PNB assim como de contabilidade nacional e social Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 13 Entretanto essa teoria não defendia a redução das desigualdades sociais o que deu origem a teoria geral do emprego a qual defende que é na determinação dessa demanda que o Estado atua construindo obras de interesse social e com isso diminuindo as taxas de desemprego Cabe ressaltar ainda que mesmo que existam contradições e divergências a respeito da teoria Keynesiana estudiosos afirmam que em períodos de crise empresários e economistas com posicionamento liberal econômico acabam cedendo à teoria Keynesiana recorrendo a intervenção do Estado em períodos de ameaça ao capital Nesse sentido Keynes afirmava que o Estado deveria atuar aumentando o gasto público reduzindo as cargas tributárias e as taxas de juros ampliando o crédito criando assim uma política de déficit público No entanto de acordo com Paniago 2012 o Keynesianismo não tinha como objetivo ir contra os interesses do capital pelo contrário sua teoria estava voltada para uma estratégia de recuperação da acumulação do capital diante do contexto de crise A autora ainda destaca que a estratégia keynesiana de intervenção na economia retirando da iniciativa privada algumas das suas funções antes exercidas com exclusividade tinha por finalidade encontrar novas formas de manutenção da ordem do sistema reprodutivo dominante e garantir a expansão do capital dado o esgotamento da fase do predomínio das livres leis do mercado Paniago 2012 p7 Posteriormente surge uma nova teoria de escola econômica a saber escola de pensamento econômico NovoClássica Apesar de as primeiras publicações surgirem na década de 1960 essa teoria emergiu entre as décadas de 1970 e 1980 na busca pela racionalização teórica do fenômeno que data dessa mesma época da coexistência de inflação e estagnação em algumas economias Morretti Lélis 2006 p82 A escola NovoClássica que tem como principal representante William Stanley Jevons 18351882 argumentava que a atuação do governo na economia sempre seria prejudicial porque os agentes econômicos antecipariam as decisões do governo Dito de outra maneira é como se os agentes econômicos tivessem um conhecimento pleno da teoria e das consequências futuras diante de determinadas ações do governo e com isso se antecipassem a ela como por exemplo no caso de uma inflação no futuro Para Vieira e Silveira 2007 o NovoClássico possuía uma teoria que era considerada macroeconômica mas que partia de princípios da microeconomia Para isso adotavamse hipóteses classificadas entre fraca e forte Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 14 A hipótese fraca pressupõe a ideia de que os agentes econômicos usam da melhor forma possível as informações que possuem sendo que os erros cometidos no passado não exercem influência nas expectativas atuais Já a hipótese forte a mais aceita pelos novos clássicos na construção de seus modelos pressupõe a ideia de que os agentes econômicos costumam acertar Vieira Silveira 2007 p01 Diante das explicações os autores em questão afirmam que os agentes econômicos são capazes de antecipar os efeitos das políticas econômicas governamentais a exemplo das políticas fiscais em o impacto da política fiscal do ponto de vista do aumento do gasto público para estimular a economia também terá efeitos nulos Essa teoria NovoClássica é baseada em modelos econométricos e matemáticos extremamente sofisticados que visam a comprovação das informações prestadas Além disso Há ainda mais duas hipóteses que caracterizam a teoria novoclássica a a economia está em contínuo market clearing o que representa a vindicação de que os preços se ajustam instantaneamente garantindo o contínuo equilíbrio do mercado resultado por sua vez do comportamento dos agentes mais precisamente da resposta ótima às suas percepções dos preços e b as decisões racionais tomadas pelos empresários e pelos trabalhadores refletem o comportamento otimizador de sua parte podendo ainda levar em conta o fato de que a oferta de trabalho produção pelos trabalhadores empresários é realizada com base em preços relativos Morretti Lélis 2006 p83 4 Considerações Finais A partir do estudo teórico realizado pudemos conhecer algumas das diversas interpretações da economia ao longo do desenvolvimento da humanidade fundamentadas nas reflexões de algumas escolas econômicas o que de certa forma nos possibilita compreender o sistema capitalista em sua forma de desenvolvimento atual Nesse sentido as transformações que acontecem modo de produzir mercadorias alteram todas as esferas da sociedade sejam elas econômica política ou social Todavia ressaltamos que o modo de produção capitalista se difere dos demais por sempre produzir novas necessidades que se ramificam para a obtenção de mais capital Para isso este movimento de produção e circulação de mercadorias alicerçase na exploração do trabalho humano em que cada produto traz em sua constituição tempo de trabalho remuneração divisão de classes e do trabalho e exploração da natureza com a retirada de matérias primas Ademais o estudo da economia permite conhecer como os homens se organizam para produzir e distribuir a riqueza a partir da evolução do conhecimento do o desenvolvimento Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 15 econômico Para tanto é preciso recorrer também às novas formas de organização do trabalho que requerem mão de obra cada vez mais especializada Em sumo em todas as escolas do pensamento econômico estão presentes a ideologia de exploração da mão de obra humana a extração da maisvalia e a concentração da propriedade privada Diante do exposto o estudo dos modelos econômicos além de possibilitar entender as interações econômicas permite conhecer a relação entre oferta e demanda Outrossim permitenos compreender a importância do Estado na elaboração de leis que regulamentam todo o processo de produção e circulação dos produtos portanto sua inserção no mercado Por fim este estudo não esgota todo o arcabouço de discussões sobre o tema nem tenciona isso Buscamos todavia fomentar o interesse de pesquisadores profissionais e iniciantes pela importância do estudo da economia política e das principais ideias do pensamento econômico a saber clássica marxista neoclássica keynesiana e neoliberal Levarseá em consideração pois o processo de investigação com enfoque no macroeconômico da economia Para isso promovermos o debate sobre a sociedade global e os desafios da nova ordem econômica na superação da crise do capital a exemplo das instabilidades financeiras de 1929 e 1970 Referências Andrade A LR 2000 Trabalho e educação em Karl Marx a contradição do trabalho intelectual e manual no processo educativo Research Society and Development 91 e13911489 Bentham J 1984 Uma introdução aos princípios da moral e da legislação São Paulo Abril Cultural Os pensadores Canterbery E R 2001 Breve História do pensamento econômico perspectivas engenhosas da ciência sombria Instituto Piaget Lisboa Portugal Cardoso J L 2009 Reflexões periféricas sobre a difusão internacional do pensamento econômico Nova Economia 192 Belo Horizonte MaySept Gil A C 2002 Como elaborar projetos de pesquisa 4a ed São Paulo Atlas 2002 Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 16 Holanda F U X de 2001 Do Liberalismo ao Neoliberalismo 2a ed Porto Alegre Edipucrs Lessa S 2013 Capital de bemestar o caráter de classe das políticas públicas São Paulo Instituto Luckács Marques R M et al 2018 Economia que bicho é esse São Paulo Expressão popular Marx K 2013 O Capital Crítica da economia política Livro I O processo de produção do capital Trad Rubens Enderle São Paulo Boitempo Marx K Elgels F 2008 Manifesto do Partido Comunista São Paulo Expressão Popular Moretti B Lélis M 2007 Economia clássica e novoclássica versus Keynes e pós Keynesianos um debate ontológico Ensaios FEE Porto Alegre 281 7998 Oliveira R Gennari A M 2009 História do pensamento econômico São Paulo Saraiva Oliveira R Gennari A M 2019 História do pensamento econômico 2a ed São Paulo Saraiva Paniago M C S 2020 Keynesianismo neoliberalismo e os antecedentes da crise do Estado Recuperado de httpwwwcristinapaniagocomyahoositeadminassetsdocsK eynesianismoNeoliberalismoeosAntecedentesdaCrisedoEstado185191109pdf Pareto V 1996 Manual da economia política São Paulo Nova Cultural Rother E T 2007 Revisão Sistemática x Revisão Narrativa Recuperado de httpswww scielobrpdfapev20n2a01v20n2pdf Santos A R dos 2000 Metodologia científica a construção do conhecimento 4a ed Rio de Janeiro DPA Research Society and Development v 9 n 10 e9729109417 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i109417 17 Smith A 2013 A mão invisível Trad Paulo Geiger São Paulo Penguin Classics Companhia das Letras Smith A 2018 A riqueza das Nações uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações Trad Getulio Schanoski Jr São Paulo Madras Teixeira A 2000 Marx e a economia política a crítica como conceito Econômica 4 85 109 Vieira R Silveira A R 2007 Algumas questões de economia Recuperado de httpeconomiaandrehbahiablogspotcom200707escolasdepensamento macroeconmicohtml Walras L 1986 Compêndio dos elementos de economia política pura São Paulo AbrilNova Cultural Porcentagem de contribuição de cada autor no manuscrito Ana Paula Carneiro Dutra 30 Nara Nair Coelho da Silva 5 Paula Patrícia da Silva Rodrigues 10 Marcos Adriano Barbosa de Novaes 10 Késya Rodrigues Moreira 5 Antoniele Silvana de Melo Souza 5 Iara Saraiva Martins 5 Ana Kelly Batista Leão 5 Cícero Ricardo Barbosa de Paiva 5 Tatiany Santos Lima 5 Alex José de Sousa 5 Johnantan Santiago Moura 5 Amélia Soares André 5