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Prof Antonio Carlos Assumpção Faculdade de Ciências Econômicas Universidade Estadual do Rio de Janeiro Disciplina Contabilidade Social Prof Antonio Carlos Assumpção Doutor em Economia UFF Site acjassumpcaocom Contabilidade Social FCE0105573 Carga horária 60 horas Créditos 4 Prérequisitos Introdução à Economia II Objetivos A Contabilidade Nacional ou Contabilidade Social é uma disciplina que objetiva mensurar os principais agregados macroeconômicos Portanto é importante para a avaliação da conjuntura econômica serve de suporte para outras disciplinas Contabilidade Social Referência Atualizada das Contas Nacionais do Brasil Quinta edição 2017 A Nova Contabilidade Social Uma Introdução à Macroeconomia Quinta edição 2020 Bibliografia Básica Adicionalmente Artigos Diversos site Leituras Úteis Sobre Conjuntura Econômica Relatório de Mercado Relatório Focus BCB Expectativas de Mercado Ata do Copom BCB Publicada 1 semana após a reunião do Copom Relatório do IBGE Contas Nacionais Relatório Trimestral de Inflação BCB Publicação Mais Técnica Carta de Conjuntura IPEA Essencial World Economic Outlook IMF Conjuntura Internacional Na macroeconomia estudamos a economia em sua totalidade agregados diferentemente da microeconomia que estuda mercados isolados Precisamos então definir alguns conceitos que nos permitirão mensurar a atividade econômica na sua totalidade As contas nacionais fornecem dados estatísticos que possibilitam acompanhar a atividade econômica e também a aferição empírica dos modelos teóricos desenvolvidos no campo da macroeconomia A estatística mais importante derivada do Sistema de Contas Nacionais é o Produto Interno Bruto PIB calculado trimestralmente Existem alguns indicadores utilizados para prever o PIB O IBCBr BCB é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto PIB Os aspectos relevantes da atividade econômica são as transações monetárias que decorrem do processo de produção A agregação da produção é realizada utilizando a moeda Como somar bananas com cimento Nem todos os aspectos da atividade econômica são contabilizados apesar de terem impacto sobre o bemestar da população A poluição por exemplo consequência da atividade produtiva ilustra essa situação Lembrese externalidades ocorrem quando as ações de um agente econômico impactam outros agentes econômicos de forma não refletidas nas transações de mercado Existe Impacto das ações de um agente sobre o bemestar de outros agentes que não tomam parte na ação sem compensação pelo impacto sofrido A externalidade é considerada uma falha de mercado O SCN e os instrumentos analíticos a ele associados têm como referências metodológicas atuais o Manual das Nações Unidas System of National Accounts SNA 1993 e o SNA 2008 em parceria com o Banco Mundial a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE a Comissão das Comunidades Europeias Eurostat e o Fundo Monetário Internacional FMI No Brasil o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE é desde 1985 o órgão oficial produtor das contas nacionais do Brasil E antes de 1985 As transações econômicas mensuráveis em contabilidade nacional são aquelas registradas em valor e a moeda é a unidade de medida que permite o cálculo de agregados macroeconômicos Claro a estabilidade da moeda é um fator importante de ser considerado na montagem do SCN de um país Como veremos PIB ser calculado considerando três óticas oferta demanda dispêndio renda Produto Interno Bruto a Preços de Mercado PIBPM É o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro das fronteiras de um país durante determinado período de tempo Como todos os bens e serviços tem um preço de mercado podemos agregálos utilizando seus valores monetários o que nos fornece o conceito de produto interno bruto a preços de mercado PIBpm Devemos considerar somente os preços dos bens e serviços finais pois de outra forma estaríamos incorrendo em dupla contagem O PIB é um conceito geográfico o valor de todos os bens e serviços produzidos no Brasil independentemente de quem se apropria dessa renda O PIB é um fluxo medição por unidade de tempo trimestre ano 1 n i i t t t i PIB Nominal no Ano t Y P Q Evitando a Dupla Contagem O Método do Valor Adicionado Podemos contabilizar o produto de forma a evitar o problema da dupla contagem por meio do valor que foi adicionado em cada etapa do processo produtivo aos bens intermediários como no exemplo abaixo Produto Valor do Insumos Valor Produto Adicionado Trigo 10 0 10 Farinha 15 10 5 Pão 20 15 5 Produto Valor Bruto da Produção 20 valor do único bem final Σ valor Adicionado Valor Bruto da Produção Σ valor de cada um dos bens 45 VA VBP Consumo Intermediário Veremos adiante que considerando o nosso atual SCN podemos calcular o PIB PM somando o Valor Bruto da Produção a preços básicos com os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios menos o Consumo Intermediário a preços de Mercado Fluxos e Estoques em Macroeconomia Fluxo uma magnitude econômica medida como uma taxa por unidade de tempo Estoque uma magnitude econômica medida num determinado ponto do tempo A mudança em uma variável estoque é uma variável fluxo 1 Poupança e Patrimônio 1 1 t t t t t t W W S S W W A riqueza W em um determinado período é dada pela riqueza no período anterior mais a poupança Fluxo de poupança como variação do estoque de riqueza EXEMPLOS Fluxos e Estoques em Macroeconomia 2 Déficits e Dívida Pública 1 1 g g g g t t t t D D Déficit Déficit D D Logo a alteração no estoque da dívida é um fluxo o déficit 3 Investimento e Estoque de Capital 1 1 t t t t t t K K I J K K Logo a alteração no estoque de capital é um fluxo o investimento Fluxos e Estoques em Macroeconomia Mas o estoque de capital de deprecia t t t I J dK t 1 t t K K J 1 1 t t t K d K I Investimento Bruto X Investimento Líquido Onde I representa o investimento bruto J o investimento líquido e d a taxa de depreciação do estoque de capital O investimento bruto serve para manter ou aumentar o estoque de capital Como a alteração do estoque de capital depende do investimento líquido Combinando as equações acima temos 1 1 1 1 t t t t t t t t t t t I K K dK K I K dK K d K I PIB Nominal X PIB Real O PIB nominal PIB em moeda corrente é o soma das quantidades de produtos bens e serviços finais produzidos multiplicada por seu preço atual Ele aumenta ao longo do tempo porque a A produção da maioria dos bens aumenta ao longo do tempo b O preço da maioria dos bens também aumenta ao longo do tempo O PIB real PIB em moeda constante é calculado como a soma das quantidades dos produtos finais multiplicada por preços constantes em vez de atuais 1 n t i i t t t i PIB Nominal do Ano t Y P Q PIB Nominal X PIB Real 1 1 1 1 n t i i t t t i PIB Real do Ano t em Moeda do Ano t Y P Q Para calcularmos a taxa de crescimento real da economia devemos considerar apenas o aumento das quantidades produzidas Podemos fazer isso calculando o PIB real a cada ano PIB em moeda constante ou moeda de um determinado ano Desta forma estaremos desconsiderando o aumento do PIB decorrente da elevação nos preços inflação 1 Nesse caso t é nosso ano base Índices de preços são números que agregam e representam os preços de determinada cesta de produtos Quanto custa a cesta básica hoje Quanto custava em 2000 Sua variação mede portanto a variação média dos preços dos produtos dessa cesta Logo Taxa de Inflação mede a variação média dos preços em uma economia média ponderada da variação dos preços Os índices podem se referir por exemplo a preços ao consumidor preços ao produtor custos de produção ou preços de exportação e importação Os índices mais difundidos são os índices de preços ao consumidor que medem a variação do custo de vida de segmentos da população taxa de inflação ou de deflação Observações Sobre a Inflação Essa média da variação nos preços depende da cesta conjunto de itens utilizada geralmente definida pela Pesquisa de Orçamento Familiar POF É o caso dos índices de preços ao consumidor calculados pelo IBGE que entre outras questões verifica o que a população consome e quanto do rendimento familiar é gasto em cada produto Os índices portanto levam em conta não apenas a variação de preço de cada item mas também o peso que ele tem no orçamento das famílias Não faz muito tempo eu estava em uma festa e duas senhoras estavam contestando a taxa de inflação divulgada pelo IBGE Decidiram perguntar a minha opinião Minha resposta os preços relativos conspiram contra vocês Observações Sobre a Inflação O IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo mede a variação do custo de vida das famílias com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos O INPC Índice Nacional de Preços ao Consumidor mede a variação do custo de vida para famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos Recentemente o IBGE passou a medir a inflação IPCA e INPC considerando 16 Capitais Período de coleta dia 1 ao dia 30 Observações Sobre a Inflação Local IPCA Mar2021 INPC Mar2021 Brasil 093 086 Aracaju SE 109 081 Belém PA 080 075 Belo Horizonte MG 118 111 Brasília DF 144 138 Campo Grande MS 096 089 Curitiba PR 133 133 Fortaleza CE 072 065 Goiânia GO 146 104 Grande Vitória ES 110 097 Porto Alegre RS 095 109 Recife PE 062 057 Rio Branco AC 096 105 Rio de Janeiro RJ 078 071 Salvador BA 081 071 São Luís MA 070 065 São Paulo SP 075 075 Observações Sobre a Inflação A POF Pesquisa de Orçamento Familiar e os Grupos do IPCA Peso Variação Contribuição 1Alimentação e bebidas 211537 013 002749981 2Habitação 15431 081 01249911 3Artigos de residência 38203 069 002636007 4Vestuário 42933 029 001245057 5Transportes 202283 381 077069823 6Saúde e cuidados pessoais 131208 002 000262416 7Despesas pessoais 103231 004 000412924 8Educação 60399 052 003140748 9Comunicação 55897 007 000391279 Índice geral 100 093 093 Fonte IBGE Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA Março 2021 Participação no Orçamento Observações Sobre a Inflação Outros índices de preços do IBGE IPCA15 difere do IPCA apenas no período de coleta que abrange do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência IPCAE é o acumulado trimestral do IPCA15 IPP Índice de preços ao Produtor voltado para a indústria e mede a variação de preços de venda recebidos pelos produtores de bens e serviços SINAPI Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil produzido em conjunto com a CEF e mede a variação de preços para o setor habitacional e de construção Observações Sobre a Inflação Índices de inflação de outras instituições IGPM Índice Geral de Preços do Mercado calculado pela FGV Índice híbrido formado por três índices diversos que medem os preços por atacado IPAM 60 ao consumidor IPCM 30 e de construção INCC 10 Considera os preços entre os dias 21 de um mês e 20 do mês O IGPM é comumente usado para contratos de aluguel seguros de saúde e reajustes de tarifas públicas IGPDI Índice Geral de Preços Demanda Interna Ele foi criado em 1944 como o índice de inflação de toda a cadeia produtiva do país por isso o acréscimo demanda interna Estrutura idêntica a do IGPM com a diferença de que os preços considerados são do dia 1 a 30 Observações Sobre a Inflação Índices de inflação de outras instituições IPCFipe Índice de Preços ao Consumidor calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas FIPE mede a variação de preços no Município de São Paulo Variação do custo de vida de famílias com renda de 1 a 10 salários mínimos Observação importante um índice acumula as variações Logo a variação de um índice nos mostra a taxa de inflação variação dos preços no período Observações Sobre a Inflação Exemplo Ano IPC 2000 100 2001 110 2002 121 2003 130 2017 300 Custo Inicial da Cesta de Consumo 2001 2000 2001 2000 110 100 100 100 10 100 IPC IPC Inflação IPC 2017 2000 2001 2017 2000 100 200 IPC IPC Inflação IPC Observações Sobre a Inflação 000 50000 100000 150000 200000 250000 300000 1945 1947 1949 1951 1953 1955 1957 1959 1961 1963 1965 1967 1969 1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 IGPDI aa Média 19451979 2942 Média 19801994 74621 Média 19952020 882 000 50000 100000 150000 200000 250000 300000 Inflação IGP x IPCA IPCA aa IGPDI aa 000 500000000000000 1000000000000000 1500000000000000 2000000000000000 2500000000000000 3000000000000000 3500000000000000 4000000000000000 IPCA Index 1980 100 Taxa de Inflação 1980 2020 7298990588441490 séc XVI até 30101942 As Moedas do Brasil De 01111942 até 12021967 As Moedas Brasileiras CRUZEIRO NOVO Cr1000 NCr1 com centavos 13021967 O Decretolei nº 1 de 13111965 DOU de 171165 regulamentado pelo Decreto nº 60190 de 08021967 DOU de 090267 instituiu o Cruzeiro Novo como unidade monetária transitória equivalente a um mil cruzeiros antigos restabelecendo o centavo O Conselho Monetário Nacional pela Resolução nº 47 de 08021967 estabeleceu a data de 130267 para início de vigência do novo padrão Exemplo Cr 4750 quatro mil setecentos e cinquenta cruzeiros passou a expressarse NCr475 quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras CRUZEIRO de NCr para Cr com centavos 15051970 A Resolução nº 144 de 31031970 DOU de 060470 do Conselho Monetário Nacional restabeleceu a denominação CRUZEIRO a partir de 15051970 mantendo o centavo Exemplo NCr 475 quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos passou a expressarse Cr 475 quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos sem centavos 16081984 A Lei nº 7214 de 15081984 DOU de 160884 extinguiu a fração do Cruzeiro denominada centavo Assim a importância do exemplo Cr 475 quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos passou a escreverse Cr 4 eliminandose a vírgula e os algarismos que a sucediam As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras CRUZADO Cr 1000 Cz1 com centavos 28021986 O Decretolei nº 2283 de 27021986 DOU de 280286 posteriormente substituído pelo Decretolei nº 2284 de 10031986 DOU de 110386 instituiu o CRUZADO como nova unidade monetária equivalente a um mil cruzeiros restabelecendo o centavo A mudança de padrão foi disciplinada pela Resolução nº 1100 de 28021986 do Conselho Monetário Nacional Exemplo Cr 1300500 um milhão trezentos mil e quinhentos cruzeiros passou a expressarse Cz 130050 um mil e trezentos cruzados e cinquenta centavos As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras Os Cruzeiros transformados em Cruzados com um carimbo CRUZADO NOVO Cz 1000 NCz1 com centavos 16011989 A Medida Provisória nº 32 de 15011989 DOU de 160189 convertida na Lei nº 7730 de 31011989 DOU de 010289 instituiu o CRUZADO NOVO como unidade do sistema monetário correspondente a um mil cruzados mantendo o centavo A Resolução nº 1565 de 16011989 do Conselho Monetário Nacional disciplinou a implantação do novo padrão Exemplo Cz 130050 um mil e trezentos cruzados e cinquenta centavos passou a expressarse NCz 130 um cruzado novo e trinta centavos As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras CRUZEIRO de NCz para Cr com centavos 16031990 A Medida Provisória nº 168 de 15031990 DOU de 160390 convertida na Lei nº 8024 de 12041990 DOU De 130490 restabeleceu a denominação CRUZEIRO para a moeda correspondendo um cruzeiro a um cruzado novo Ficou mantido o centavo A mudança de padrão foi regulamentada pela Resolução nº 1689 de 18031990 do Conselho Monetário Nacional Exemplo NCz 150000 um mil e quinhentos cruzados novos passou a expressarse Cr 150000 um mil e quinhentos cruzeiros As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras CRUZEIRO REAL Cr 1000 CR 1 com centavos 01081993 A Medida Provisória nº 336 de 28071993 DOU de 290793 convertida na Lei nº 8697 de 27081993 DOU De 280893 instituiu o CRUZEIRO REAL a partir de 01081993 em substituição ao Cruzeiro equivalendo um cruzeiro real a um mil cruzeiros com a manutenção do centavo A Resolução nº 2010 de 28071993 do Conselho Monetário Nacional disciplinou a mudança na unidade do sistema monetário Exemplo Cr 170050000 um milhão setecentos mil e quinhentos cruzeiros passou a expressarse CR 170050 um mil e setecentos cruzeiros reais e cinqüenta centavos As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras REAL CR 2750 R 1 com centavos 01071994 A Medida Provisória nº 542 de 30061994 DOU de 300694 instituiu o REAL como unidade do sistema monetário a partir de 01071994 com a equivalência de CR 275000 dois mil setecentos e cinquenta cruzeiros reais igual à paridade entre a URV e o Cruzeiro Real fixada para o dia 300694 Foi mantido o centavo Como medida preparatória à implantação do Real foi criada a URV Unidade Real de Valor prevista na Medida Provisória nº 434 publicada no DOU De 280294 reeditada com os números 457 DOU de 300394 e 482 DOU de 290494 e convertida na Lei nº 8880 de 27051994 DOU de 280594 Exemplo CR 1100000000 onze milhões de cruzeiros reais passou a expressarse R 400000 quatro mil reais As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras MOEDAS BRASILEIRAS 1 Real 2750 cruzeiros reais 2750000 cruzeiros 2750000 cruzados novos 2750000000cruzados 2750000000000 cruzeiros 2750000000000 cruzeiros novos 2750000000000000 cruzeiros 2750000000000000000 réis As Moedas Brasileiras Os Planos Econômicos Algumas dessas mudanças de padrão monetário aconteceram no contexto de um dos Planos Econômicos ocorridos entre 1986 e 1994 e outras não Cruzado Plano Cruzado de 1986 Cruzado Novo Plano Verão de 1989 Cruzeiro pela terceira vez Plano Collor de 1990 Real Plano real de 1994 Hungria Oferta Monetária 1925 1924 1923 1922 1921 Nível de Preços 100000 10000 1000 100 Index Jan 1921 100 Áustria 1925 1924 1923 1922 1921 100000 10000 1000 100 Index Jan 1921 100 Nível de Preços Oferta Monetária Hiperinflações Moeda e Inflação Acharam esses casos desesperadores Entre janeiro de 1922 e dezembro de 1923 taxa de inflação foi de um bilhão por cento na Alemanha Em outubro de 1923 o aumento de preços chegou ao ápice atingindo a taxa de 295 mil por cento ao mês ou 209 ao dia Hiperinflações Moeda e Inflação Alemanha 1 100 trillion 1 million 10 billion 1 trillion 100 million 10000 100 1925 1924 1923 1922 1921 Nível de Preços Oferta Monetária Polônia Oferta Monetária Nível de Preços Index Jan 1921 100 100 10 million 100000 1 million 10000 1000 1925 1924 1923 1922 1921 Index Jan 1921 100 Hiperinflações Moeda e Inflação Hiperinflações Moeda e Inflação Cem milhões de marcos em setembro de 1923 compravam Como vocês podem ver o dinheiro não servia para muita coisa Fazendo compras Quem sabe uma salsicha Hiperinflações Moeda e Inflação Taxa de Inflação Crescimento de M Hiperinflações não são incomuns certamente hoje são menos comuns que no passado Peru em 1990 764972 República Democrática do Congo 1993 458308 Ucrânia 1993 10154969 Venezuela 2017 13006024 para 2021 a expectativa em junho de 2021 é de uma inflação de 5500 Em 2020 apenas quatro países apresentaram inflação maior que 100 aa o Líbano 15038 o Sudão 26933 a Venezuela 295984 e o Zimbábue 34859 Hiperinflações Moeda e Inflação Taxas de inflação elevadas e voláteis geram distorções que levam a aumento dos riscos e impactam negativamente os investimentos afetam o crescimento Encurtamento dos horizontes de planejamento das famílias empresas e governos e deterioração da confiança de empresários Dispersão ineficiente de preços e diminuem o valor informacional que os mesmos têm para a eficiente alocação de recursos na economia Redução do o poder de compra de salários e de transferências com repercussões negativas sobre a confiança e o consumo das famílias e efeitos redistributivos de caráter regressivo Mas Quais os Problemas da Inflação Alta Aplicação Vamos utilizar a Planilha 1 taxas mensais de inflação para calcular a A taxa de inflação em cada ano b A taxa de inflação em todo o período c A taxa de inflação mensal anualizada uma observação a cada mês considerando os últimos doze meses Exercício para vocês Utilizem algum outro índice de preços para fazer a mesma coisa Quando comparamos o preço de uma mercadoria em um determinado momento com seu preço em outro momento necessitamos para que tal comparação seja coerente que os valores sejam medidos em relação ao nível geral de preços Note que se o salário de um trabalhador aumenta de R 1000 para R 1500 mas o nível de preços também aumenta 50 o salário real permanece constante ou seja o poder de compra do trabalhador não é alterado Preço Real Versus Nominal Isso deve ser feito quando tratamos de qualquer valor monetário PIB salários preço dos ovos Preço Nominal é o preço absoluto ou preço em moeda corrente de um bem ou serviço quando ele é vendido Preço Real é o preço relativo a uma medida agregada dos preços ou preço em moeda constante Preço Real Versus Nominal Como vimos um índice de preços acumula a variação do nível geral de preços taxa de inflação Podemos utilizar um índice de preços para deflacionarmos valores monetários Ano Inflação Índice de Preços 1994 20 Base do Índice 100 10000 1995 10 10010 11000 1996 10 11010 12100 1997 15 12115 13915 1998 20 1391520 16698 1999 10 1669810 18368 Preço Real Versus Nominal Logo a variação do índice de inflação nos mostra a taxa de inflação em um determinado período 10 100 94 94 95 1995 IPC IPC IPC 8368 100 94 94 99 95 99 IPC IPC IPC Taxa de Inflação em 1995 Taxa de Inflação no Período 199599 Preço Real Versus Nominal Para calcularmos a taxa de variação inflação em n períodos precisamos de n1 observações do índice Calculando os Preços Reais Utilizando o índice de preços ao consumidor podemos descontar a taxa de inflação de um preço nominal valor monetário em moeda corrente Descontando a inflação de um preço nominal temos o seu valor real preço real Corrente Ano Corrente Ano Ano Base x Preço Nominal IPC Preço Real IPC Ano Base 100 Preço Real Versus Nominal Um Exemplo Calculando o Preço Real do Leite 1970 040 388 040 388388 x 040 1980 065 824 031 388824 x 065 1999 105 1670 024 3881670 x 105 Preço Nominal Preço Real do Leite Ano do Leite IPC em dólares de 1970 O preço nominal dos ovos aumentou entre 1970 e 1999 Os ovos ficaram mais baratos em termos reais em 1999 quando comparamos com 1970 1998 1998 1970 Preço Nominal IPC Preço Real dos Ovos1998 IPC 1970 100 1998 1998 1970 Preço Nominal IPC Preço Real do E Univ1998 IPC 1970 100 Em moeda de 1970 ano base O Preço dos Ovos e o Custo do Ensino Universitário Um Exemplo Calculando o Preço Real do Leite Tentem calcular utilizando a tabela a seguir está com as respostas Calculando Preços Reais Um Exemplo Ovos e Ensino IPC 1983 100 388 538 824 1076 1307 1630 Preços Nominais Ovos Tipo A 061 077 084 080 098 104 Ensino Universitário 2530 3403 4912 8156 12800 19213 Preços Reais 1970 Ovos Tipo A 061 056 040 029 030 025 Ensino Universitário 2530 2454 2313 2941 3800 4573 1970 1975 1980 1985 1990 1998 PIB Real X PIB Nominal Como PIB é um valor monetário devemos levar em conta a inflação para procedermos comparações intertemporais PIB Real do Ano t1 em moeda do anobase Deflator Implícito do PIB Índice de Preços Utilizado Para Deflacionar as Contas Nacionais 100 1 1 t t DIP NOMINAL PIB DIP do AnoBase Qual a cesta que mede a inflação no caso do DIP O próprio PIB Mudança de Base do Índice Para deflacionarmos valores nominais não faz diferença o período em que colocamos a base 100 PIB Real X PIB Nominal 100 110 121 10 10 10 10 Observe que podemos multiplicar ou dividir um índice matriz coluna por qualquer valor que as variações percentuais ficam preservadas Desta forma se quizéssemos passar a base 100 do primeiro índice para a terceira linha bastaria dividir toda a primeira coluna por 121 e multiplicar por 100 Teremos a mudança de base do índice 200 X 2 220 242 100121 x 100 826446 110121 x 100 909091 121121 x 100 100 A Importância da Mudança de Base de um Índice Imagine que você deseje comparar a evolução de dois indicadores econômicos por exemplo a produção industrial de bens de consumo duráveis com a produção de bens de capital Ao colocar as duas séries em um gráfico pode não ser fácil saber o que ocorreu durante certo período de tempo caso as séries tenham um valor inicial diferente Seria adequado que as duas séries estivessem com a base 100 na mesma data preferivelmente no início Mas será que temos que fazer essas contas manualmente Ainda bem que existem os softwares Excel R Eviews Stata Python Minitab Matlab A Importância da Mudança de Base de um índice 000 5000 10000 15000 20000 25000 200201 200206 200211 200304 200309 200402 200407 200412 200505 200510 200603 200608 200701 200706 200711 200804 200809 200902 200907 200912 201005 201010 201103 201108 201201 201206 201211 201304 201309 201402 201407 201412 201505 201510 201603 201608 201701 201706 201711 201804 201809 201902 201907 201912 202005 202010 202103 Produção Industrial Volume 200201 202105 Fonte IBGE PIMPF Produção industrial bens de capital Índice base fixa dessaz média 2012 100 PIMPF Prod industrial bens de consumo duráveis Índice base fixa dessaz200201100 Qual das duas séries apresentou maior crescimento no período Não sei A Importância da Mudança de Base de um índice 0 50 100 150 200 250 200201 200206 200211 200304 200309 200402 200407 200412 200505 200510 200603 200608 200701 200706 200711 200804 200809 200902 200907 200912 201005 201010 201103 201108 201201 201206 201211 201304 201309 201402 201407 201412 201505 201510 201603 201608 201701 201706 201711 201804 201809 201902 201907 201912 202005 202010 202103 Produção Industrial Volume 200201 202105 Fonte IBGE PIMPF Prod industrial bens de consumo duráveis Índice base fixa dessaz200201100 PIMPF Produção industrial bens de capital Índice base fixa dessaz 200201 100 A Produção Industrial de Bens de Capital cresceu mais durante o período DIP Deflator Implícito do PIB Índice de Preços utilizado para deflacionar as Contas Nacionais 1 100 t t t t PIB NOMINAL Inflação DIP PIB REAL PIB Nominal X PIB Real Como a diferença entre o PIB Nominal e o PIB Real é a taxa de inflação no período podemos escrever Suponha que PIB Nominal X PIB Real ANO PIB Nominal PIB Real 2000 1000 1000 2001 1100 1050 10 5 1 100 t t t t PIB NOMINAL Inflação DIP PIB REAL 2001 2001 1100 1 100 476 1050 Inflação DIP Observação Importante Não devemos somar variações percentuais R 100 10 R 110 R 110 10 R 121 Logo 10 10 21 Aproximadamente 20 PIB Nominal X PIB Real 00000 10000000000 20000000000 30000000000 40000000000 50000000000 60000000000 70000000000 80000000000 PIB Real X PIB Nominal Brasil Fonte IBGE PIB Nominal R milhões PIB Real R milhões de 1994 422 221 339 034 047 439 139 305 114 576 320 396 607 509 013 753 397 192 300 050 355 328 132 178 141 406 6 4 2 0 2 4 6 8 10 PIB Brasil Var aa Fonte IBGE Aplicação Vamos utilizar a Planilha 2 PIB Brasil para calcular a Construir uma série com o PIB Real em moeda de 1994 b Construir uma série com o PIB Real em moeda de 2020 c Calcular as taxas de crescimento em cada ano Exercício para vocês Façam o mesmo exercício com o PIB dos EUA GDP Gross Domestic Product current US Inflation GDP Deflator Annual Os dados podem ser obtidos no Banco Mundial httpsdatabankworldbankorgsourceworlddevelopmentindicators Rendimento Real x Rendimento Nominal O ganho real de uma aplicação financeira depende da taxa nominal de juros e da taxa de inflação no período Um montante de 100 aplicado a uma taxa nominal de juros de 10 durante um período transformase em 110 Entretanto caso a inflação tenha sido igual a 10 no período o ganho real é igual a zero 110 em t1 possuem o mesmo poder de compra de 100 em t Logo o ganho real é dado pelo ganho nominal menos a inflação Portanto de forma aproximada pois não é correto somar percentuais podemos escrever Equação de Fisher R i onde R representa a taxa real de juros e a taxa de inflação Podemos calcular um rendimento real da seguinte maneira Observe que um montante igual a 100 transformase em 110 caso a taxa nominal de juros seja 10 Entretanto caso a taxa de inflação seja igual a 10 o rendimento real R será igual a zero Exemplo Caso i 10 e 5 temos 1 1 1 i R 1 1 1 1 1 1 i i Logo R R 1 1 01 1 1 476 5 1 1 005 i R R R Observe que de forma aproximada encontraríamos uma taxa real de juros igual a 5 A aproximação é realizada da seguinte forma Supondo que R e sejam valores muito pequenos o produto R tende a zero Desta forma temos Apesar de ser comum ouvirmos que a taxa real de juros é dada pela taxa nominal menos a inflação para efeito de cálculo não devemos utilizar a relação acima pois o erro será maior quanto maiores i e 1 1 1 1 1 1 1 1 i R R i i R R i R R i O produto potencial consiste numa estimativa do nível do PIB a preços constantes considerando que a economia esteja operando no seu potencial máximo É uma medida de capacidade atual de geração de oferta A diferença entre o produto real e o produto potencial é chamada de hiato de produto Quando o PIB PIBPotencial dizse que há um hiato negativo do produto Observase ociosidade na economia Portanto interpretase que há espaço para a economia crescer mais rapidamente no curto prazo apenas preenchendo a capacidade ociosa existente Existem outros indicadores de capacidade ociosa Produto Real Efetivo X Produto Potencial 50 60 70 80 90 100 110 120 1993 T1 1993 T4 1994 T3 1995 T2 1996 T1 1996 T4 1997 T3 1998 T2 1999 T1 1999 T4 2000 T3 2001 T2 2002 T1 2002 T4 2003 T3 2004 T2 2005 T1 2005 T4 2006 T3 2007 T2 2008 T1 2008 T4 2009 T3 2010 T2 2011 T1 2011 T4 2012 T3 2013 T2 2014 T1 2014 T4 2015 T3 2016 T2 2017 T1 2017 T4 2018 T3 2019 T2 2020 T1 Produto Potencial X Produto Efetivo IPEA Produto Potencial PIB Efetivo com ajuste Sazonal 2010100 14 12 10 8 6 4 2 0 2 4 6 1993 T1 1994 T1 1995 T1 1996 T1 1997 T1 1998 T1 1999 T1 2000 T1 2001 T1 2002 T1 2003 T1 2004 T1 2005 T1 2006 T1 2007 T1 2008 T1 2009 T1 2010 T1 2011 T1 2012 T1 2013 T1 2014 T1 2015 T1 2016 T1 2017 T1 2018 T1 2019 T1 2020 T1 Hiato de Produto 2020T2 139 2019T4 14 Observações Sobre a Variável Relevante O produto per capita é igual ao PIB dividido pela população Desta forma temos uma medida de riqueza Caso dividíssemos o PIB pelo número de trabalhadores teríamos uma medida mais apropriada de produtividade da mão de obra O padrão de vida depende da evolução do produto per capita não do total do produto Para comparar o PIB entre países usamos um conjunto comum de preços para todos os países Os números ajustados para o PIB real são medidas do poder de compra entre países também chamados de paridade de poder de compra PPC Qual o poder de compra do PIB per capita em cada um dos países Aplicação Qual foi o crescimento do PIB per capita do Brasil desde 1980 O PIB per capita ajustado pela PPC cresceu mais que o PIB per capita Paridade do Poder de compra em inglês Purchasing Power Parity PPP Faça um gráfico com as duas séries índice com base 100 em 1980 Você pode obter os dados no Banco Mundial ou no FMI base de Dados WEO httpswwwimforgenPublicationsWEOweodatabase2021April PIB per capita versus índices qualitativos de bemestar O PIB per capita tem sido largamente utilizado apesar de suas limitações como uma aproximação de uma medida de bemestar A partir dos anos 1980 o conceito de bemestar passou a estar associado também à ideia de que o desenvolvimento deve englobar as dimensões econômica social e ambiental A partir da década de 1990 foram desenvolvidas metodologias de indicadores de desenvolvimento humano IDH que consideram além do PIB per capita outras dimensões como o acesso à educação e a serviços de saúde O IDH foi desenvolvido em 1990 pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Haq e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD no seu relatório anual Observações Sobre a Variável Relevante O IDH combina três dimensões Uma vida longa e saudável Expectativa de Vida ao Nascer O acesso ao conhecimento Anos Médios de Estudo e Anos Esperados de Escolaridade Um padrão de vida decente PIB PPC per capita O Índice de Desenvolvimento Humano IDH Índice de educação o IDH considera dois indicadores i o primeiro com peso dois é a taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais de idade e ii segundo indicador é a taxa de escolarização somatório das pessoas independentemente da idade matriculadas em algum curso seja ele fundamental médio ou superior dividido pelo total de pessoas entre 7 e 22 anos da localidade Também entram na contagem os alunos supletivo e de pósgraduação universitária Longevidade considera a expectativa de vida ao nascer Esse indicador mostra a quantidade de anos que uma pessoa nascida em uma localidade em um ano de referência deve viver Reflete as condições de saúde e de salubridade no local já que o cálculo da expectativa de vida é fortemente influenciado pelo número de mortes precoces Renda calculada tendo como base o PIB per capita ajustado pela paridade do poder de compra O Índice de Desenvolvimento Humano IDH 0613 0651 0685 0700 0727 0756 0758 0761 0762 0765 0000 0100 0200 0300 0400 0500 0600 0700 0800 0900 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2016 2017 2018 2019 IDH Brasil 84º entre 189 países O País é considerado de alto desenvolvimento humano Todos já devem ter visto gráficos em livros de economia com escala logarítmica A utilização da escala logarítmica log natural é bastante popular em Economia e em outras áreas de conhecimento Primeiramente note que o procedimento simples de ser implementado até o Excel faz isso Mas por qual razão fazer isso É particularmente útil para variáveis que possuem uma tendência de crescimento como PIB preços população Não utilizar para razões como CY IY taxas de juros e outras variáveis Há pelos menos duas vantagens a primeira vale para qualquer log e a segunda vale somente para o log natural Gráficos e Escala Logarítmica i Convertese uma relação exponencial em uma relação linear ii Existe uma relação entre a variação do logaritmo natural e a taxa de crescimento De fato para pequenas variações Consequentemente o eixo vertical pode ser facilmente utilizado para mensurar variações relativas A maior inclinação da série mostra uma taxa de crescimento maior rt y AB ln y ln A rt ln B 1 1 101 100 0 01 t t t t t ln ln ln ln ln ln ln Gráficos e Escala Logarítmica Comportamento da variável y crescendo à taxa r 0 rt ty y e 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000 1899 1904 1909 1914 1919 1924 1929 1934 1939 1944 1949 1954 1959 1964 1969 1974 1979 1984 1989 1994 1999 PIB Real US PIB Real US 62446 192186 A função vai ficando mais inclinada com a mesma taxa de crescimento Portanto a inclinação da função em um intervalo não permite que façamos qualquer inferência sobre a maior ou menor taxa de crescimento 2 de crescimento aa 3 de crescimento aa Aplicando log temos Agora a inclinação da função é dada por r a taxa de crescimento Portanto quanto mais inclinada a função maior será a taxa de crescimento 0 ln ln ty y rt 4 5 5 6 6 7 7 8 8 PIB Real US log PIB Real US log 3 de crescimento aa 2 de crescimento aa A escala logarítmica permite que o mesmo aumento proporcional em uma variável seja representado pela mesma distância no eixo vertical Ano Escala Logarítmica Dólares de 2009 2 y a a y PIB per capita EUA 18702014 Ano População Bem Final Quantidade Preço 2006 100 X 5 10000 Y 10 20000 2007 125 X 10 5000 Y 20 10000 2008 150 X 15 4000 Y 15 10000 Exemplo 1 Questão 3 2010 ANPEC Ano População Bem Final Quantidade Preço 2006 100 X 5 10000 Y 10 20000 2007 125 X 10 5000 Y 20 10000 2008 150 X 15 4000 Y 15 10000 Considere as informações contidas na tabela a seguir sobre um país hipotético para os anos de 2006 a 2008 Assuma que sejam produzidos apenas dois bens finais chamados X e Y O preço de cada bem é expresso em unidades monetárias A unidade de medida de cada variável está entre parênteses Com base nas informações da tabela julgue as afirmativas a seguir 0 Houve uma redução de 10 no PIB real à preços de 2006 entre os anos de 2007 e 2008 2006 2007 20 2006 2006 200 08 6 510000 10 20000 250000 1010000 20 20000 500000 1510000 15 20000 450000 Y Y Y 2008 2007 2008 2007 450000 500000 100 100 10 500000 Y Y Y g Y Também podemos calcular a taxa de crescimento em 2007 2007 2006 2007 2006 500000 250000 100 100 100 250000 Y Y Y g Y Primeiramente vamos calcular o PIB real de todos os anos em moeda de 2006 Chamando a taxa de crescimento de gY temos V 1 O PIB real para o ano de 2008 à preços de 2006 é igual a 21000000 F Conforme vimos é igual a 45000000 2 O PIB real per capita a preços de 2006 cresceu 40 entre os anos de 2006 e 2007F No item 0 calculamos o PIB real em 2006 e 2007 em moeda de 2006 Considerando a população nesses dois anos podemos calcular o PIB real per capita 2007 2006 500000 Y 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2007 2007 250000 2500 100 500000 4000 125 PC PC PC PC Y Y Y Y 2006 2006 250000 Y 2007 4000 2500 100 60 2500 PC Logo gY 2007 2007 20072006 2007 1 100 PIB NOMINAL Inflação DIP PIB REAL 2007 20072006 250000 1 100 50 500000 Inflação DIP 2007 2007 2007 1 500010 1000020 250000 n Nominal i i i Como PIB P Q 3 O deflator do PIB a preços de 2006 sofreu queda de 50 entre 2006 e 2007 V 4 A taxa de crescimento do PIB real per capita independe da escolha do anobase para os preços F 2007 2007 200 2006 2007 200 7 8 55000 10 10000 125000 105000 20 10000 250000 155000 15 10000 225000 Y Y Y Primeiramente vamos calcular o PIB real de todos os anos em moeda de 2007 ou seja agora consideraremos o ano de 2007 como anobase 100 10 Note que o valor do PIB real em todos os anos moeda de 2007 ficou menor pois os preços em 2007 diminuíram Entretanto as taxas de crescimento são as mesmas Mas esse resultado seria mantido no caso da taxa de crescimento do PIB real per capita considerando todos os anos Lembrese que considerando o PIB em moeda de 2006 a taxa de crescimento do PIB per capita em 2007 foi 60 2006 2006 2007 2 2007 2007 2007 007 2007 125000 125000 1250 100 250000 250000 2000 125 PC PC Y Y Y Y 60 O resultado acima poderia nos levar a concluir que como afirma o item as taxas de crescimento independem do anobase PIB per capita ou não Isto não é verdade o resultado acima foi o mesmo pois os pesos dados pelas quantidades em 2006 e 2007 são idênticos Nesse caso as taxas de crescimento serão as mesmas Note que xxy 13 e yxy 23 Caso calculássemos as taxas de crescimento considerando o PIB real em moeda de 2008 as taxas de crescimento seriam diferentes para o PIB total e per capita Experimente calcular para o PIB per capita 2007 2008 2008 2008 104000 2010000 240000 154000 1510000 210000 Y Y 125 Observações Sobre Números Índices Como vimos números índices são usados para indicar variações relativas em quantidades ou preços durante certo período de tempo Como veremos existem vários tipos de índices Será que a inflação calculada pelo IBGE IPCA utiliza a mesma metodologia do DIP Construindo Números Índices Suponha que estejamos fazendo um estudo das exportações da Xenodávia medidas em milhões de Xenodávios X O principal objetivo da tabela é mostrar a evolução das exportações ao longo da década não temos noção do que significam um milhão de xenodávios Sendo assim a apresentação dos valores em si não é tão importante Exportações em Milhões de X Taxa de Variação 1991 323 1992 344 650 1993 352 233 1994 367 426 1995 384 463 1996 401 443 1997 427 648 1998 442 351 1999 468 588 Observações Sobre Números Índices Número Índice é uma sequência que apresenta a mesma evolução da sequência original isto é os números mantêm a mesma proporção entre si mas com números mais amigáveis Construção do Número Índice escolhemos arbitrariamente um valor qualquer da tabela e atribuímos a este ano o valor 100 Partimos do valor de 1995 que será então o ano base para encontrarmos os valores dos demais anos o que pode ser feito através de uma regra de três simples 1995 100 1991 x Exportações em Milhões de X 1991 323 1992 344 1993 352 1994 367 1995 384 1996 401 1997 427 1998 442 1999 468 384 100 323 x 323 100 84 1146 384 Observações Sobre Números Índices Na prática devemos dividir todos os valores da série original pelo valor de 1995 ano base e multiplicar por 100 Exportações em Milhões de X 1991 323 1992 344 1993 352 1994 367 1995 384 1996 401 1997 427 1998 442 1999 468 323 100 1991 84 1146 384 344 100 1992 89 5833 384 384 100 1995 100 384 Observações Sobre Números Índices Exportações em Milhões de X Taxa de Variação Index 1995100 Taxa de Variação 1991 323 841146 1992 344 650 895833 650 1993 352 233 916667 233 1994 367 426 955729 426 1995 384 463 1000000 463 1996 401 443 1044271 443 1997 427 648 1111979 648 1998 442 351 1151042 351 1999 468 588 1218750 588 Observe que a variação é a mesma Isso também é importante quando queremos comparar graficamente duas ou mais séries se o valor inicial de cada uma delas é diferente como saber qual das séries cresceu mais Observações Sobre Números Índices Índices de Preços x Taxa de Inflação Quando se diz que a taxa de inflação foi de 10 o que é algo perfeitamente compreensível para a maioria das pessoas o que se quer dizer exatamente Que o nível geral de preços subiu de 1000000000000 de reais para 1100000000000 reais O índice de preços que captura a variação média dos preços da economia pode ter aumentado de 100 para 110 Claro nesse caso houve uma perda do poder de compra do consumidor de 10 caso o índice captura a variação de preços ao consumidor Como medir esta variação de preços Como os preços não variam todos na mesma proporção ao mesmo tempo esta resposta não é óbvia há como veremos mais de uma resposta possível Observações Sobre Números Índices a Índice Agregativo Simples A ideia deste índice é simplesmente comparar os preços entre um período e outro 1 1 0 1 n i i n i i p IAS p Período Bens Observação um Índice Relativo toma a razão entre o preço de um mesmo bem ou serviço em dois momentos do tempo 1 0 i i p IR p Observações Sobre Números Índices Bem Preços em 1999 R Preços em 2000 R Arroz Kg 10 20 Feijão Kg 05 12 Televisão 4000 4400 1 1 0 1 2 0 1 2 440 11039 10 39 1 0 0 5 400 n i i n i i p IAS Variação p Como é possível que o arroz dobre de preço o feijão mais que dobre e a variação total seja apenas cerca de 10 Não por coincidência tratase de uma variação muito próxima da variação do preço da televisão É que calculando desta forma o bem que tem preço maior terá ainda que involuntariamente maior peso na medição Observações Sobre Números Índices b Índice de Sauerbeck O índice de Sauerbeck apresenta uma mudança importante em relação ao IAS É calculado da seguinte forma Ou seja o Índice de Sauerbeck é uma média aritmética simples da razão entre os preços dos bens nos dois períodos 1 0 1 1 n i i i p IS n p Observações Sobre Números Índices Bem Preços em 1999 R Preços em 2000 R Arroz Kg 10 10 Feijão Kg 09 10 Caviar Kg 2000 4000 1 0 1 1 1 1 0 1 0 400 0 1 3704 37 04 3 1 0 0 9 200 0 n i i i p IS Variação n p O preço do arroz ficou estável o do feijão aumentou 11 e a inflação foi de 3704 puxada pela variação do preço do caviar Logo é necessário levarse em conta o quanto cada bem é consumido participação no gasto não faz muito sentido uma medida que represente a variação dos preços sem que consideremos também as quantidades que são consumidas Seria interessante utilizarmos um índice que fosse a média ponderada da variação dos preços Observações Sobre Números Índices c Índices de Laspeyres e Paasche Os dois índices representam a média ponderada da variação dos preços mas o período de referência para o cálculo dos pesos é diferente O Índice de Laspeyres utiliza pesos calculados no período inicial e o Índice de Paasche utiliza pesos calculados no período corrente 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 1 1 n i i n i i n i i i i i i i n i p Índice de Laspeyres IL p p Índice de Paasc q q q IP p q he Observações Sobre Números Índices 1999 2000 Bens Preço Quantidade Preço Quantidade A 10 1000 20 500 B 30 1500 40 1200 C 40 1000 30 1200 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 1 2 1 000 4 1 500 3 1 000 11 000 11579 1 1 000 3 1 500 4 1 000 9 500 2 500 4 1 200 3 1 200 9 400 1 0562 1 500 3 1 200 4 1 200 8 900 n i i n i i n i i n i i i i i i p IL p p IP q q p q q Observações Sobre Números Índices Considerando o Índice de Laspeyres os pesos são dados por Gasto com o bem i no período zero relativamente ao gasto total no mesmo período Utilizando o nosso exemplo 0 0 0 0 0 1 i i i n i i i p q w p q 1999 Bens Preço Quantidade A 10 1000 B 30 1500 C 40 1000 0 0 0 1 000 0 1053 9 500 4 500 0 4737 9 500 4 000 0 4211 9 500 A B c w w w Observações Sobre Números Índices Logo também poderíamos calcular a taxa de inflação fazendo 1 n i i i p Inflação w p 1999 2000 Bens Preço Quantidade Peso wi Preço Variação de P P x wi A 10 1000 010526 20 10000 01053 B 30 1500 047368 40 3333 01579 C 40 1000 042105 30 2500 01053 Somatório 1579 Observações Sobre Números Índices No nosso exemplo a inflação medida pelo Índice de Laspeyres foi maior que a inflação medida pelo Índice de Paasche IL 1579 IP 569 Mas sempre teremos esse resultado Não Isso depende da correlação entre os preços e as quantidades Observe os dois índices 1 0 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 n n i i i i i i n n i i i i i i p q p q IL e IP p q p q 0 0 0 pq pq pq Se IP IL Se IL IP Se IL IP Bastante Im provável Observações Sobre Números Índices Observações a O Índice de Paasche pode ser escrito como uma média harmônica de Índices Relativos com pesos calculados no período corrente b Considerando uma curva de demanda sobre a curva P Q o Índice de Laspeyres superestima a inflação Paasche subestima Se a correlação entre P e Q é negativa IL IP Intuitivamente se P1 aumenta o consumidor tenderá a substituir o bem 1 por um outro bem fazendo com que a perda do poder de compra seja menor que aquela medida pelo Índice de Laspeyres O índice de Laspeyres é uma média aritmética dos preços relativos enquanto Paasche é uma média harmônica ponderada Isso induz à noção errada como já vimos que o primeiro é sempre maior isto porque a média aritmética é sempre maior ou no mímimo igual à média harmônica desde que obviamente os pesos sejam os mesmos o que não é o caso Observações Sobre Números Índices d Índice de Fisher O Índice de Fisher é a média geométrica dos Índices de Laspeyres e Paasche IF IL IP e Índice de MarshallEdgeworth O Na dúvida entre escolher as quantidades iniciais Laspeyres ou as atuais Paasche é possível escolher a média das duas Quando fazemos isto calculamos o índice de MarshallEdgeworth 0 1 1 1 0 1 0 1 2 2 n i i i i n i i i i q q p IME q q p Observações Sobre Números Índices Exemplo 2 QUESTÃO 11 ANPEC 2020 Considere uma economia hipotética fechada que produz e consome apenas três tipos de bens finais X Y e Z Segundo a tabela a seguir para o ano base e o ano corrente avalie as afirmativas como verdadeiras ou falsas O preço de cada bem é expresso em unidades monetárias 0 O PIB real para o ano corrente foi de 178000 1 O PIB real cresceu mais do que 250 entre o ano base e o ano corrente 2 O deflator do PNB entre o ano base e o ano corrente foi inferior a 10 3 A mudança percentual no nível de preços entre o ano base e o ano corrente medida pelo deflator do PNB foi superior à medida por um índice de preços ao consumidor do tipo Laspeyres 4 Os bens Y e Z são complementares F 1236 V V 1236 893 F 217 F Vamos calcular o valor do PIB nominal e real a taxa de inflação medida pelo DIP e utilizando um índice de Laspeyres depois responderemos todos os itens Primeiro vamos calcular o PIB Nominal nos anos Base e corrente doravante chamados de períodos 0 e 1 0 1 30002 6000 3 8000 4 56000 40003 14000 2 32000 5 200000 Nom Nom Y Y Já o PIB Real do ano 1 em moeda do ano 0 é dado por Quantidades produzidas no ano 1 aos preços do ano 0 0 1 40002 14000 3 32000 4 178000 Y Moeda do Ano Logo a taxa de crescimento do PIB Real do ano 1 é igual a 1 178000 56000 100 21716 56000 gy A inflação medida pelo Deflator Implícito do PIB índice de preços de Paasche pode ser calculado da seguinte forma 1 1 10 1 1 10 1 100 200000 1 100 1236 178000 DIP DIP PIB NOMINAL Inflação DIP PIB REAL Inflação DIP Já o Índice de Preços de Laspeyres é calculado da seguinte forma 1 1 0 0 0 1 3 3 000 2 6 000 5 8 000 1 0893 56 000 n i i n i i i i p Índice de Laspeyres q p q A inflação segundo o ILpreços é 893 menor que a calculada utilizando o DIP Item 4 devemos lembrar que dois bens são complementares caso a elasticidade cruzada seja negativa O problema é que a demanda por Z aumentou mas não sabemos se isso ocorreu por conta exclusivamente da variação no preço de Y pois os preços de X e de Z também foram alterados Por isso F Você conseguiria raciocinar em termos da PYQZ Produto Renda Dispêndio Demanda A Identidade Fundamental Economia Fechada G I C PRODUTO DEMANDA FINAL RENDA Oferta Composição do Produto w A R L n i iQi P 1 R 1000 700 200 100 500 300 150 50 Logo podemos calcular o produto utilizando a ótica da oferta da demanda ou da renda Nos três casos chegaremos ao mesmo valor Mas se alguns bens forem produzidos por exemplo 100 mas não forem vendidos demandados Teremos uma variação de estoques igual a 100 investimento em estoques de forma que o PIB calculado pela ótica da oferta ou da demanda será idêntico Onde w salários A aluguéis R juros L lucros C consumo das famílias G consumo do governo I investimento privado público Observação I FBK formação Bruta de Capital I FBK FBKF Estoques Formação Bruta de Capital Fixo Consumo Final Consumo Total Produto Renda e Despesa Firmas Famílias Mercados de Fatores de Produção Mercados de Bens e Serviços Despesas PIB Receitas PIB Salários Aluguéis Juros e Lucros PIB Renda PIB Bens e Serviços Vendidos Bens e Serviços Comprados Trabalho Terra e Capital Fatores de Produção 591 1765 6292 1352 PIBBrasil Ótica da Oferta 2020 Fonte IBGE Agropecuária Indústria Serviços Impostos s produtos O IBGE é bem mais específico Por exemplo dentro da Indústria Indústria Geral temos i Extrativa Mineral ii Indústria de Transformação iii Bens de Capital iv Bens Intermediários v Bens de Consumo Bens de Consumo Duráveis Bens de Consumo Semi e Não Duráveis Claro essa subdivisão também é possível nos outros setores Observação Serviços i Comércio ii Transporte Armazenagem e Correio iii Serviços de Informação iv Intermediação Financeira e Seguros v Serviços Imobiliários e Aluguéis vi Administração Pública vii Outros Serviços Observação 6271 2049 1643 103 1687 1548 PIBBrasil Ótica da Demanda 2020 Fonte IBGE Consumo das Famílias Consumo do Governo FBKF Variação de Estoques Exportações de Bens e Serviços Importações de Bens e Serviços Identidades Básicas com Economia Fechada DA C I G Composição do Produto Y C S T Destino da Renda Poupança Privada Carga Tributária Bruta Como Y DA C I G C S T P P g Logo G T S I I S S Interpretando Se o consumo governamental for maior que a carga tributária bruta o governo será despoupador Nesse caso economia fechada parte da poupança privada será utilizada para financiar o governo e parte para financiar o investimento Note então que o investimento é financiado pelas poupanças pública e privada poupança doméstica Como o investimento total é dado pelo investimento público mais o investimento privado temos P P g G T S I I S S D P g P g I S I I I S S Poupança Doméstica pública privada Identidades Básicas com Economia Fechada E se a economia fosse aberta Poderíamos ter I S Quais as consequências disso Antes de responder essas perguntas vamos ver alguns conceitos referentes à contabilidade pública Carga Tributária Bruta T Total dos impostos arrecadados no país Carga Tributária Líquida TL Podemos chamar de RLG Carga tributária bruta menos as transferências governamentais juros da dívida pública subsídios gastos com assistência e previdência social Poupança do Governo em Conta Corrente Carga tributária líquida menos o consumo do governo Poupança Pública x Déficit Público Definições g S Transferências de renda do governo para o setor privado sem a contrapartida da prestação de um serviço atual Note que os juros incidentes sobre a dívida pública não respeitam essa definição pois representam a remuneração de um fator de produção o capital monetário Entretanto a STN contabiliza os juros como transferências Déficit Público Variação da Dívida Governamental Logo déficit público e despoupança do governo são conceitos diferentes e a diferença entre eles é o valor do investimento governamental 1 g g g g t t t t D D I S Poupança Pública x Déficit Público Déficit Nominal X Déficit Primário 1 1 g g g g t t t t t t t D D G Tr T I iD Déficit Nominal NFSP Total das despesas menos receitas não financeiras Logo o déficit primário é dado pelo déficit nominal menos as despesas financeiras do governo juros g t t t t G Tr T I Déficit Primário O déficit nominal representa a diferença entre o fluxo agregado de despesas totais e de receitas totais do setor público não financeiro num determinado período Essa diferença corresponde à necessidade de financiamento do setor público NFSP A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB O governo assim como as famílias defrontase com uma restrição orçamentária intertemporal A Matemática dos Déficits e da Dívida Como vimos déficit orçamentário no ano t é igual a Observe que agora estamos considerando a despesa real com juros sobre o estoque da dívida pública do período anterior ou seja r é a taxa real de juros incidente sobre a dívida governamental Veremos que isso é necessário para analisar o comportamento da relação dívidaPIB pois a diferença entre a taxa real de juros e a taxa real de crescimento é um fator relevante 1 1 g g g g t t t t t t t D D rD G Tr I T Logo a dívida do governo no final do ano t é igual a Portanto se partirmos de uma dívida de 100 com um superávit primário igual a zero e uma taxa de juros incidente sobre a dívida de 10 teremos uma dívida no final do período t igual a Caso o governo não queira que a dívida cresça a taxa 1r ele deverá obter um superávit primário no valor de 10 1 1 g g g t t t t t t D r D G Tr I T 1 1 110 tg r D A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB Também Podemos Observar que Um aumento do gasto do governo G Tr ou Ig ou uma redução dos impostos aumento do déficit primário deverá ser compensada por um aumento dos impostos no futuro ou um por corte de gastos Quanto mais o governo esperar para aumentar os impostos ou cortar os gastos ou quanto mais alta for a taxa real de juros maior deverá ser o ajuste fiscal no futuro A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB A partir dos cálculos anteriores dos déficits e dívidas podemos tirar as seguintes conclusões O legado de déficits passados é uma dívida pública maior Para estabilizar a dívida o governo deve eliminar o déficit Para eliminar o déficit o governo deve gerar um superávit primário igual aos pagamentos de juros sobre a dívida existente A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB A razão dívidaPIB ou coeficiente de endividamento fornece a razão entre a dívida e o PIB Note que o último termo é o déficit primário em relação ao PIB dt I 1 1 g g g t t t t t t t t t D D G Tr I T r Y Y Y Agora temos todos os termos da equação em relação ao PIB 1 1 1 1 g g t t t t t t t D Y D r d Y Y Y Multiplicando e dividindo o segundo termo pelo produto defasado em um período II A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB Sendo a taxa de crescimento real do PIB 1 1 1 1 1 1 1 1 1 t t t t t t t t t y y y t t t t y Y Y Y Y Y g g g Y Y Y Y g ty g 1 1 1 1 1 1 1 1 1 t t g g g g t t t t t t t y t t y t D D D D r r d d Y g Y Y g Y Substituindo em II III Utilizando uma aproximação útil 1 1 1 t t y y r r g g Substituindo em III A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB 1 1 1 t g g t t y t t t D D r g d Y Y IV 1 1 1 1 t g g g t t t y t t t t D D D r g d Y Y Y V A equação V nos mostra que a relação dívidaPIB aumenta Quanto maior a taxa de juros incidente sobre a dívida Quanto menor a taxa de crescimento do PIB real Quanto maior o coeficiente de endividamento inicial Quanto maior o déficit primário em relação ao PIB Resultados Primário e Nominal Resultado Fiscal PIB Fonte BCB Primário GC EM EE Total JN Nominal 19851989 040 010 100 070 nd nd 19901994 160 060 060 280 nd nd 19951998 030 040 010 020 600 620 19992002 190 060 080 330 730 400 20032006 250 090 070 410 730 320 2007 229 115 001 345 640 295 2008 235 101 006 342 546 204 Resultados Primário e Nominal Resultado Fiscal PIB Fonte BCB Primário GC EM EE Total JN Nominal 2009 131 065 004 200 528 328 2010 209 055 006 270 518 248 2011 225 080 007 312 571 259 2012 196 049 006 239 486 247 2013 155 034 001 188 514 326 2014 04 015 008 063 608 671 2015 198 016 007 189 850 1039 2016 254 004 004 254 650 904 2017 181 011 001 169 611 780 2018 170 005 006 159 555 714 Resultados Primário e Nominal Os dados mais atuais 2019 NFSP 579 JN 496 Déf Prim 084 2020 NFSP 137 JN 422 Déf Prim 949 Grande parte dos gastos em 2020 foram excepcionais por conta da Covid além da queda na receita A expectativa para 2021 Relatório Focus é de um Déficit Primário de 205 do PIB e Déficit Nominal de 645 do PIB 16072021 IPCA 631 IPCA atualizações últimos 5 dias úteis 643 PIB 527 Taxa de câmbio Fim de período RUS 525 Meta Taxa Selic fim de período pa 675 IGPM 1835 Preços Administrativos 430 Produção Industrial 600 Conta Corrente US bilhões 870 Balança Comercial US bilhões 6870 Investimento Direto no País US bilhões 5000 Dívida Líquida do Setor Público do PIB 6150 Resultado Primário do PIB 260 Resultado Nominal do PIB 645 O BCB divulga os valores e composição das dívidas bruta e líquida do Governo Geral União Estados e Municípios e da dívida líquida do Setor Público Governo Geral BC e estatais não financeiras exclusive Petrobras e Eletrobras No caso da dívida bruta o BC adota um conceito diferente do padrão internacional do FMI o que diminui o endividamento bruto do Governo Geral Nossa autoridade monetária considera como dívida somente os títulos que o BC vendeu ao mercado em operações compromissadas Já no caso do FMI todos os títulos emitidos pelo TN de posse do BC são considerados dívida títulos livres na carteira do BCB A diferença entre dívida bruta e líquida acontece por conta de alguns créditos do governo como conta única no BCB recursos do FAT nos bancos créditos ao BNDES aplicações na rede bancária No caso de comparações internacionais é adequado usar a DBGG do FMI Conceitos de Dívida Governamental 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Dívida Pública Brasil DLSP BCB DLGG BCB DBGG BCB DBGG IMF O Balanço de Pagamentos é o registro sistemático das operações entre residentes e não residentes Padrões Metodológicos Internacionais FMI Recomendações para a compilação e apresentação das contas macroeconômicas de forma a assegurar a consistência entre as várias estatísticas macroeconômicas e permitir a comparabilidade das estatísticas entre os países e de um mesmo país ao longo do tempo Versões do Manual de Balanço de Pagamentos BPM 1948 BPM1 1950 BPM2 1961 BPM3 1977 BPM4 1993 BPM5 Adotado no Brasil em 2001 2009 BPM6 Adotado no Brasil em abril de 2015 No futuro BPM7 Balanço de Pagamentos A Estrutura do Balanço de Pagamentos BPM4 Estrutura das Contas O Balanço de Pagamentos é dividido em duas grandes contas Conta Corrente Transações Correntes Mercadorias e serviços inclusive remuneração de capitais rendas e donativos Movimento de Capitais Conta de Capitais Capitais Autônomos Moeda créditos e títulos representativos de investimentos movimentações financeiras A CC K BP Capitais Autônomos Se o saldo do balanço de pagamentos for negativo seu financiamento será feito via capitais compensatórios Kc 0 Na impossibilidade de conseguir empréstimos de regularização organismos internacionais o país em questão terá que queimar reservas internacionais ou creditar a conta atrasados A C CC K BP K Logo se BP 0 Kc 0 Empréstimos de Regularização Perda de Reservas Internacionais Atrasados I Balanço Comercial Exportações Importações II Balanço de Serviços Viagens Internacionais Transportes Seguros Rendas de Capital Lucros e Dividendos Lucros Reinvestidos Juros Serviços Governamentais Outros Serviços III Transferências Unilaterais Donativos IV Saldo do Balanço de Pagamentos em CC I II III Serviços Fatores remuneração de algum fator de produção V Movimento de Capitais Autônomos Investimentos Diretos Reinvestimentos Empréstimos e Financiamentos Amortizações Capitais de Curto Prazo Outros Capitais VI Erros e Omissões VII Saldo Total do Balanço de Pagamentos IV V VI VIII Movimento de Capitais Compensatórios Demonstrativo de Resultados VII a Contas de Caixa Reservas Haveres a Curto Prazo no Exterior Ouro Monetário Direitos Especiais de Saque moeda escritural do FMI Posição de Reservas no Fundo bEmpréstimos de Regularização c Atrasados Observação Como o BP é apresentado em US como procederíamos no caso de uma depreciação do dólar que aumentasse nosso volume de reservas internacionais em Reais Existe uma conta específica para esse lançamento Contrapartida para valorizaçãoDesvalorização Balanço de Pagamentos Conceitos Importantes Saldo de Bens e Serviços Não Fatores Transferência Líquida de Recursos ao Exterior Hiato de Recursos Logo TLRE RLRE CC Saldo de Serviços Fatores TU Renda Líquida Recebida do Exterior RLRE Renda Líquida Enviada ao Exterior RLEE RLEE saldo dos serviços fatores de produção TU Logo a renda líquida enviada ao exterior é a parte da renda gerada no território nacional que pertence a nãoresidentes menos a parte da renda gerada fora do território nacional que pertence a residentes Desta forma podemos definir o produto nacional bruto como PIB x PNB Produto Nacional Bruto PNB PIB Renda líquida enviada ao exterior PNB PIB Renda líquida recebida do exterior Ou Identidades com Economia Aberta Y Q C I G X ou Y C I G X Q Importações demanda de residentes sobre a produção estrangeira Exportações demanda de não residentes sobre a produção nacional Oferta Total nf nf PIB Q X G I C Y RLRE Q X G I C Y nf nf PNB Q X G I C YPNB Diferenciando o PIB do PNB Adicionando a RLRE temos Conta Corrente Exportações líquidas de bens e serviços nãofatores Y C S T Q Destino da Renda DA C I G X Composição do Produto Como DA Y temos Q X G T I S Despoupança do Governo Poupança Externa CC Identidades com Economia Aberta Com economia aberta o governo pode ser despoupador ao mesmo tempo em que o investimento supera a poupança privada Agora parte do investimento pode ser financiado com poupança externa que como veremos é dada pelo déficit em conta corrente do balanço de pagamentos Isolando o investimento temos I S T G Q X P g e I S S S Logo o investimento é financiado pelas poupanças privada pública e externa sendo esta última representada pelo déficit em conta corrente do BP Identidades com Economia Aberta O Significado do Resultado em CC PNB PNB Y C I G CC CC Y C I G PNB Se C I G Y Absorção Doméstica Produção Nesse caso o País em questão importa mais do que exporta gerando um déficit em CC que deve ser financiado através da entrada de capitais poupança externa aumentando assim o seu passivo externo líquido PNB Se C I G Y Absorção Doméstica Produção Nesse caso o País em questão exporta mais do que importa gerando um superávit em CC permitindo o financiamento do investimento no resto do mundo aumentando assim o seus ativos externos líquidos Resumindo Note que o excesso de absorção doméstica sobre a produção possui outro significado investimento maior que a poupança doméstica PNB CC Y C I G PNB D D PNB CC Y C I G Como S Y C G CC S I Logo quando o investimento supera a poupança doméstica parte dele será financiado através do ingresso de poupança externa déficit em CC do BP O Significado do Resultado em CC FINANCIAMENTO DA FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL valores correntes R milhões Famílias Governo Total Bruta doméstica Externaa Totala Fixo Variação de estoques A B C D BC E AD F G EF H I 2020 6738205 4454245 1372466 5826711 911494 149027 1060520 1032835 27685 Renda disponível bruta Período Consumo final Poupança Formação bruta de capital P g e I S S S Exemplo 3 Considere as seguintes operações entre residentes e não residentes de um país num determinado período de tempo em milhões de dólares o país exporta mercadorias no valor de 500 recebendo a vista o país importa mercadorias no valor de 400 pagando a vista o país paga 100 a vista referente a juros lucros e aluguéis o país amortiza empréstimo no valor de 100 ingressam no país máquinas e equipamentos no valor de 100 sob a forma de investimentos diretos ingressam no país 50 sob a forma de capitais de curto prazo o país realiza doação de medicamentos no valor de 30 Com base nestas informações podese afirmar que as reservas do país no período a tiveram uma elevação de 100 milhões de dólares b tiveram uma elevação de 50 milhões de dólares c tiveram uma redução de 100 milhões de dólares d tiveram uma redução de 50 milhões de dólares e não sofreram alterações Conta A B C D E F G Saldo Haveres de Curto Prazo no Exterior 500 400 100 100 50 50 Exportações 500 30 530 Importações 400 100 500 Juros Lucros e Aluguéis 100 100 Amortizações 100 100 Investimento Direto 100 100 Capitais de Curto Prazo 50 50 transferências Unilaterais 30 Lançamentos Balanço de Pagamentos Balanço Comercial 30 Exportações 530 Importações 500 Balanço de Serviços 100 Juros Lucros e Aluguéis 100 Transferências Unilaterais 30 Conta Corrente 100 Conta de Capitais 50 Investimento Direto 100 Capitais de Curto Prazo 50 Amortizações 100 Saldo do Balanço de Pagamentos 50 Capitais Compensatórios 50 Haveres de Curto Prazo no Exterior 50 Como o saldo do BP foi igual a 50 na ausência de empréstimos de regularização o País perdeu reservas no valor de 50 Dúvidas O PIB é maior que o PNB O Investimento é maior que a poupança doméstica Calculando o PIB Pela Ótica da Renda PIBPM Impostos Indiretos II Subsídios PIBCF Custo dos Fatores Depreciação PILCF Produto Interno Líquido RLEE PNLCF Renda Nacional Líquida Impostos e subsídios distorcem a relação entre o preço de mercado e o rendimento custo dos fatores Como veremos hoje utilizamos o termo Preços Básicos Calculando o PIB Pela Ótica da Renda Lucros Retidos Impostos Diretos Sobre Empresas Outras Receitas do Governo Transferências Governamentais Renda Pessoal Impostos Diretos Sobre as Famílias Renda Pessoal Disponível RPD Transferências renda do governo para o setor privado Poupança Privada Sfamílias Lucros Retidos RPD salários aluguéis juros lucros líquidos Exemplo 4 Considere uma economia hipotética apresentando os seguintes dados em unidades monetárias para um determinado período Analise os valores dos aluguéis da variação de estoques do Produto Nacional Bruto a custo de fatores e da Oferta Total de bens e serviços dessa economia I O valor dos aluguéis nesta economia é igual a 230 unidades monetárias II O valor correspondente à variação de estoques é igual a 650 unidades monetárias III O Produto Nacional Bruto a custo de fatores soma 1910 unidades monetárias IV A oferta total de bens e serviços nesta economia corresponde a 2700 unidades monetárias Estão corretas apenas as afirmativas A II III IV B III IV C I II D I III IV E I II III IV Começarei pelo item II O investimento formação bruta de capital fixo mais variação de estoques é dado pelo somatório das poupanças privada pública saldo do governo em conta corrente e poupança externa déficit em conta corrente do BP Note que o déficit em CC do BP 20 superávit de 20 Logo nesta economia o investimento é inferior a poupança doméstica com parte da poupança doméstica sendo utilizada para financiar a formação de capital no resto do mundo Note também que o enunciado referese a poupança líquida do setor privado Portanto para obtermos a poupança bruta devemos adicionar a depreciação Logo como a FBKF 750 temos Logo II é falsa 80 90 50 20 100 P g e I FBKF E S S S I I 100 750 650 E E Item IV A oferta total é dada pela produção doméstica mais as importações Portanto YPIB QBSNF 1500 100 500 200 2300 2300 400 2700 PIB NF Y C I G X Q PIB Oferta Total Logo IV é verdadeira Item III O produto interno bruto ao custo dos fatores é dado pelo PIB a preços de mercado menos os impostos indiretos mais os subsídios Para encontrarmos o PNB ao custo de fatores basta adicionar a renda líquida recebida do exterior ou retirar a RLEE Logo III é verdadeira 2300 250 40 180 1910 CF PM CF PNB PIB II subs RLRE PNB Item I Para calcular o valor dos aluguéis temos que entender o cálculo do PIB pela ótica da renda explicitado através da tabela abaixo onde a RPD equivale ao somatório dos salários aluguéis juros e lucros em termos líquidos Logo temos Portanto o item I é verdadeiro RPD 2300 250 40 90 180 280 50 390 300 1580 1580 1580 800 150 400 230 PM RPD PIB II sub Deprec RLEE IDempresas ORCLG TR empresas e fam IDfam w A J L A A BPM5 Principais Alterações Segundo o BCB Algumas modificações importantes outras nem tanto Os três primeiros itens são muito relevantes a Introdução da Conta Capital Transferências unilaterais de patrimônio de migrantes e a aquisiçãoalienação de bens não financeiros não produzidos cessão de marcas e patentes b Introdução da Conta Financeira Substituiu a conta de capitais Portanto evidencia as movimentações financeiras c Inclusão no item Investimentos Diretos dos empréstimos intercompanhia empréstimos praticados entre empresas integrantes de mesmo grupo econômico de qualquer prazo nas modalidades de empréstimos diretos e colocação de títulos BPM5 Principais Alterações Segundo o BCB d Conta Corrente Clara distinção entre bens serviços renda e transferências correntes maior detalhamento principalmente dos serviços e rendas e Reclassificação de todos os instrumentos de portfolio f Introdução de grupo específico para registro das operações com derivativos financeiros anteriormente alocados na conta serviços e nos capitais a curto prazo I Transações Correntes Balanço Comercial Serviços e Rendas Serviços Rendas Transferências Unilaterais Correntes II Conta de Capital e Financeira Conta de Capital Transferências Unilaterais de Patrimônio Conta Financeira Antiga Conta de Capitais III Erros e Omissões IV Saldo do BP V Haveres da Autoridade Monetária O Balanço de Pagamentos a Partir de 2001 Estrutura BPM6 Principais Alterações Segundo o BCB Abril de 2015 O BCB passou a publicar as estatísticas de Balanço de Pagamentos BP e Posição Internacional de Investimento PII em conformidade com o BPM6 do FMI publicado em 2009 Mudanças recomendadas pelo BPM6 Três Tipos Lançamentos Convenções de Sinais Títulos das Contas BPM6 Principais Alterações Segundo o BCB Lançamentos Operações de merchanting na conta de bens antes em serviços Serviços manufatureiros sobre insumos físicos de propriedade de terceiros classificados como bens para processamento no BPM5 e de serviços de manutenção e reparos niop Não Incluída em Outras Posições reparos de bens no BPM5 foram alteradas de bens para serviços Transferências de migrantes deixa de ser classificada em outras transferências de capital na Conta Capital Investimento reverso na categoria investimento direto foi alterada de forma a exibir ativos e passivos em base bruta Bens sob merchanting bens comprados e revendidos fora do país sem entrar ou sair fisicamente do território nacional As transferências de migrantes não devem ser incluídas nas contas do BP no padrão BPM6 por não existir mudança de titularidade do patrimônio Em virtude da mudança de residência do proprietário mas não da propriedade de nenhum de seus ativos as alterações no volume de ativos transnacionaisa exemplo de saldos bancários e de propriedade imobiliária e de obrigações entre distintas economias são registradas como reclassificações na rubrica outras alterações de volume na PII Ativos e obrigações financeiras de pessoas que alteram seu país de residência são discutidos nos parágrafos 921923 do BPM6 Convenção de Sinais No BPM6 as rubricas da conta financeira foram alteradas de créditos e débitos para aquisição líquida de ativos financeiros e incidência líquida de passivos financeiros ie todas as mudanças relacionadas aos lançamentos a débito e a crédito são registradas separadamente em termos líquidos para ativos e passivos financeiros Um sinal positivo indica aumento de ativos ou passivos e um sinal negativo indica redução de ativos ou passivos No BPM6 sinais positivos indicam exportações e importações receitas e despesas de rendas receitas e despesas de transferências e aumentos em ativos e passivos Sinais negativos somente serão utilizados para indicar renda negativa perdas e reduções de ativos ou passivos por exemplo quando investimentos são retornados os desinvestimentos BPM5 Conta Financeira Saldo Investimentos Diretos 100 Crédito 500 Débito 400 BPM6 Conta Financeira Saldo Investimentos Diretos 100 Investimento direto no país 500 Investimento direto no exterior 400 Exemplo no caso do ingresso de IDE no valor de US 500 e saída de IDE investimento de residentes no exterior no valor de 400 Note que independentemente de como aparece no BP temos uma entrada líquida de recursos de US 100 por conta de investimento direto estrangeiro O site do BCB permite acessar o BP completo BPM5 e BPM6 httpswwwbcbgovbrestatisticastabelasespeciais Várias outras informações estão disponíveis no site como o fluxo de IDE I Transações Correntes Balanço Comercial Serviços Renda Primária Juros Lucros Dividendos Renda Secundária TU Correntes II Conta de Capital e Financeira Conta de Capital Transferências Unilaterais de Patrimônio Conta Financeira Antiga Conta de Capitais III Erros e Omissões O Balanço de Pagamentos a Partir de 201504 Estrutura Títulos das Contas E a Conta de Haveres Aparece dentro da Conta Financeira com o nome Ativos de Reserva Balanço de Pagamentos Principais Contas 2018 e 2019 Em US milhões 2018 2019 1 Transações correntes 41540 50762 Balança comercial bens 53047 39404 Exportações 1 239537 224436 Importações 2 186490 185032 Serviços 35734 35141 Renda primária 58825 55989 Renda secundária 28 964 CC BC BS RP RS 2019 2019 39404 35141 55989 964 50762 CC CC 56474 26197 1673 1604 26055 53056 CF ID IC Deriv Outros Invest Ativos de Reserva CF 2 Conta Capital e Financeira 42862 53425 Conta capital 440 369 Conta financeira 3 42422 53056 Investimentos diretos 76138 56474 Investimento direto no exterior 2025 22085 Investimento direto no país 78163 78559 Investimentos em carteira 6861 26197 Investimento em carteira ativos 458 15163 Investimento em carteira passivos 6403 11034 Derivativos ativos e passivos 2753 1673 Outros investimentos 21175 1604 Outros investimentos ativos 9862 488 Outros investimentos passivos 11313 1116 Ativos de reserva 4 2928 26055 Erros e omissões 1322 2663 Brasil no Exterior Desinvestimentos 78163 2025 Brasil no Exterior Desinvestimentos Balanço de Pagamentos Principais Contas 2018 e 2019 Em US milhões 2018 2019 1 Transações correntes 41540 50762 2 Conta Capital e Financeira 42862 53425 Conta capital 440 369 Conta financeira 3 42422 53056 Ativos de reserva 4 2928 26055 Erros e omissões 1322 2663 Memo Transações correntes PIB 220 276 Investimento direto no país PIB 415 427 Fonte BCB 1 Exclui mercadorias deixando o território nacional sem mudança de proprietário Inclui mercadorias entregues no território nacional exportação ficta encomendas postais e outros ajustes 2 Exclui mercadorias ingressando no território nacional sem mudança de proprietário Inclui mercadorias entregues fora do território nacional importação ficta importação de energia elétrica sem cobertura cambial encomendas postais e outros ajustes 3 Conta financeira fluxos de investimentos ativos fluxos de investimentos passivos 4 Sinal negativo indica aumento de reservas sinal positivo indica redução de reservas 2019 0 50762 53425 26055 2663 26055 Observe que CC CCF EO BP Déficit no BP Perda de Reservas Anteriormente faríamos da seguinte forma CC 50762 CCF 27370 53425 26055 EO 2663 Saldo do BP 26055 Haveres de CP no Exterior 26055 Perda de Reservas EXEMPLO 5 QUESTÃO 01 2020 ANPEC Com base na sexta edição do Manual do Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional BPM6 avalie as seguintes afirmativas como verdadeiras ou falsas 0 As variações nas reservas internacionais são contabilizadas na Conta Financeira como Ativos de Reserva 1 Os salários recebidos por trabalhadores residentes quando trabalham para uma empresa não residente no país são contabilizados na Conta de Serviços 2 As remessas de dinheiro de imigrantes no exterior para seus países de origem são contabilizadas na Conta Capital 3 A amortização de um passivo externo é contabilizada na Conta de Rendas Primárias 4 O saldo da Conta Financeira é calculado pela diferença entre a aquisição líquida de Ativos Financeiros e a incidência líquida de Passivos Financeiros V F F F V 0 As variações nas reservas internacionais são contabilizadas na Conta Financeira como Ativos de Reserva 1 Os salários recebidos por trabalhadores residentes quando trabalham para uma empresa não residente no país são contabilizados na Conta de Serviços 2 As remessas de dinheiro de imigrantes no exterior para seus países de origem são contabilizadas na Conta Capital V F F Como acabamos de ver BPM5 em Rendas No BPM6 em Renda Primária Depende do motivo da transferência Caso seja uma transferência unilateral de renda será contabilizada na conta Renda Secundária 3 A amortização de um passivo externo é contabilizada na Conta de Rendas Primárias 4 O saldo da Conta Financeira é calculado pela diferença entre a aquisição líquida de Ativos Financeiros e a incidência líquida de Passivos Financeiros F V A conta amortizações continua na conta financeira Quando existe o pagamento de um empréstimo amortização principal lançamos na conta Amortizações Já o s juros serviço da divisa são lançados na conta de Renda Primária Exatamente como vimos notando que esses ativos podem ser IED Investimentos em Carteira Derivativos Outros Investimentos Tipos de Desemprego I Desemprego Cíclico ou Conjuntural A insuficiência de demanda pode gerar uma recessão levando o produto para um nível inferior ao do produto potencial Quando isso ocorre a demanda por trabalho se reduz e vários indivíduos que desejam trabalhar ao salário real vigente não encontram emprego tratase de desemprego involuntário conjuntural que depende da posição cíclica da economia Indicadores do Mercado de Trabalho Tipos de Desemprego II Desemprego Natural Taxa de desemprego associada ao produto potencial da economia ou taxa natural de desemprego Taxa de desemprego não aceleradora da inflação Taxa de desemprego de longo prazo diferente entre os diversos países compatível dom a estabilidade da taxa de inflação Indicadores do Mercado de Trabalho A taxa natural possui dois componentes a Desemprego Friccional associado às modificações de emprego por parte dos trabalhadores b Desemprego Estrutural depende do funcionamento das instituições que regulam o mercado de trabalho custos de contratação e demissão legislação sobre salário mínimo legislação sobre seguro desemprego Indicadores do Mercado de Trabalho PME e PNAD Contínua Idealizada em 2006 e com dados coletados a partir de 2012 a PNAD Contínua foi desenhada para ser uma pesquisa trimestral com informações mais abrangentes sobre mercado de trabalho do país e substituir a PME O IBGE apresenta dados mensais da pesquisa a partir de 2015 as divulgações a cada três meses começaram em 2014 Periodicidade mensal para um conjunto restrito de indicadores relacionados à força de trabalho A cada mês são divulgados números referentes a aquele mês junto com os dois meses imediatamente anteriores Tratase de um modelo que utiliza médias trimestrais Diferenças a Amplitude a PNAD possui uma amostra maior e é realizada em mais de 3500 municípios brasileiros b Conceito de PIA na PNAD para pertencer à PIA o indivíduo deve ter 14 anos ou mais anteriormente desde 2002 10 anos c Conceito de Desocupação na PME só era considerada desempregada a pessoa que além de estar sem trabalho e disponível para entrar no mercado havia procurado emprego nos últimos 30 dias Já na PNAD estar sem ocupação e ao mesmo tempo disponível para um emprego é o suficiente para a pessoa ser considerada desocupada PME e PNAD Contínua Observações Sobre a PNAD Contínua Divulga os dados de desemprego dividindo os indivíduos por faixa etária raça e gênero homens e mulheres Divulga os dados de emprego dividindo os indivíduos em relação ao empregador público ou privado e em relação à situação com ou sem carteira assinada Divulga dados sobre o salário médio habitualmente recebido pelo trabalhador obviamente que estamos nos referindo ao salário real PME e PNAD Contínua População em Idade Ativa PIA População com 14 anos ou mais População Economicamente Ativa PEA Força de Trabalho População em Idade Ativa integrada ao mercado de trabalho Para ser considerado membro da PEA o indivíduo tem de ter ficado empregado ou tem de ter procurado emprego nos trinta dias anteriores a pesquisa mensal de emprego PME realizada pelo IBGE Indicadores do Mercado de Trabalho A diferença entre a PIA e a PEA é a população ativa não integrada ao mercado de trabalho ou PNEA população não economicamente ativa incapacitados aposentados e pensionistas estudantes detentos trabalhadores dedicados aos afazeres domésticos e os inativos os que não buscam nem desejam trabalhar Indicadores do Mercado de Trabalho População com Menos de 14 Anos População com 10 Anos ou mais População Não Economicamente Ativa População Economicamente Ativa Desempregados Ocupados População Total PEA PIA PINA População em Idade Não Ativa Mercado Formal e Informal 100000 20000 80000 80000 10000 70000 70000 7000 63000 20000 Indicadores do Mercado de Trabalho Logo a taxa de desemprego é dada por PEA u D Número de Desempregados A Taxa de Participação da Força de Trabalho é a relação entre a PEA e a PIA PEA Taxa de Participação PIA A importância da Taxa de Participação imagine que os estudantes comecem a ingressar mais cedo no mercado de trabalho para complementar a renda dos pais A taxa de participação aumentaria podendo aumentar a taxa de desemprego sem que houvesse a extinção de postos de trabalho Indicadores do Mercado de Trabalho Sobre a Taxa de Participação A taxa de participação é maior entre os homens afazeres domésticos maior entre as mulheres A taxa de participação é maior entre os adultos comparativamente aos jovens e idosos pelos motivos educação e aposentadoria respectivamente A taxa de participação entre as mulheres tende a aumentar com o desenvolvimento econômico a relação entre a mulher e o trabalho passa a ser vista de outra forma Indicadores do Mercado de Trabalho Obviamente existe um componente sazonal na taxa de desemprego Quanto maior a sazonalidade maior a taxa de rotatividade no emprego Setores com a presença de grande quantidade de mão de obra qualificada tendem a possuir baixa rotatividade Taxa de Rotatividade Rotatividade é a substituição de trabalhadores pela empresa Assim se a empresa contrata 15 trabalhadores em um certo mês e demite 5 supõese que 5 dos 15 contratados sejam para substituir os cinco desligados Os outros 10 são os que representam aumento do emprego Supondo que a empresa possuísse 100 trabalhadores no mês anterior a taxa de rotatividade seria dada por 5100 ou seja 5 5 dos trabalhadores rodaram Inversamente se a empresa demite 25 e contrata 10 supõese que 10 contratados foram para substituir 10 dos 25 demitidos Logo a taxa de rotatividade seria dada por 10100 10 Observações Quanto maior a sazonalidade maior a taxa de rotatividade Setores com a presença de grande quantidade de mão de obra qualificada tendem a possuir baixa rotatividade Logo podemos escrever uma expressão para a taxa de rotatividade Note que a expressão acima funciona para os nossos dois exemplos anteriores t t R t min A D t 100 E R R min 155 min 1025 t 100 5 e t 100 10 100 100 Taxa de Rotatividade Mercado de Trabalho Políticas Ativas e Passivas A atuação do governo no mercado de trabalho é realizada prioritariamente de duas formas através de políticas ativas e políticas passivas O objetivo das políticas ativas é aumentar o nível de emprego e de salários das pessoas que possuem dificuldade em se inserir no mercado de trabalho O objetivo das políticas passivas é garantir um determinado nível de consumo e bem estar para aqueles trabalhadores que não conseguiram se inserir na atividade econômica O sistema público de emprego tem sido tradicionalmente caracterizado por uma combinação de políticas passivas por exemplo o seguro desemprego e ativas por exemplo formação profissional e frentes de trabalho de emprego Exemplo 6 Suponha uma economia com os seguintes indicadores para o mercado de trabalho População Total 1000 PIA 800 População Desocupada 200 PEA 600 Logo temos a população ocupada 400 a taxa de participação TP 600800 075 75 a taxa de desocupação u 200600 033 333 a taxa de Inatividade TI 200800 025 25 Suponha que 100 estudantes com mais de 10 anos passem procurar emprego Logo agora eles também pertencem a PEA Supondo ainda que nenhum deles encontre emprego temos PIA 800 PEA 700 Taxa de Participação TP 700800 0875 875 Número de Desocupados 300 Taxa de Desemprego u 300700 0429 429 Note que o aumento na taxa de participação aumentou a taxa de desemprego sem que houvesse uma redução do número de vagas empregos Simplesmente a oferta de trabalho aumentou sem a contrapartida da demanda POPULAÇÃO OCUPADA POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO Em Com carteira assinada Sem carteira assinada 2012 Março 381 125 125 69 39 234 27 100 2013 Janeiro 388 121 121 69 41 229 32 100 2014 Janeiro 394 116 121 65 41 233 31 100 2015 Janeiro 394 112 123 65 43 235 29 100 2016 Janeiro 384 107 122 68 42 252 25 100 2017 Janeiro 377 116 122 67 47 247 24 100 2018 Janeiro 364 120 123 69 48 253 24 100 2019 Janeiro 356 122 124 67 49 258 23 100 2020 Janeiro 358 124 122 66 47 261 21 100 2021 Janeiro 346 114 140 57 45 273 24 100 Fevereiro 346 114 139 57 45 275 24 100 Março 345 113 138 58 44 278 24 100 Abril 344 113 138 58 44 280 23 100 Fonte IBGEPME Elaboração IpeadataDimac a Inclui setor público militar e RJU e empregados não remunerados Empregado no setor privado Empregado no setor público Período Total Trabalhador familiar auxiliar Trabalhador doméstico Empregador Contaprópria O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED foi criado como registro permanente de admissões e dispensa de empregados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho CLT É utilizado pelo Programa de Seguro Desemprego para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas além de outros programas sociais O CAGED CRIAÇÃO DE NOVAS VAGAS FORMAIS Pessoas Admissões Demissões Saldo 2020 Janeiro 1342262 1275444 66818 Fevereiro 1443388 1254519 188869 Março 1316655 1524056 207401 Abril 598596 1459099 860503 Maio 703921 1035822 331901 Junho 895460 906444 10984 Julho 1043650 912640 131010 Agosto 1239478 990090 249388 Setembro 1379509 1065945 313564 Outubro 1548628 1153639 394989 Novembro 1532189 1117633 414556 Dezembro 1239280 1307186 67906 2021 Janeiro 1527083 1266730 260353 Fevereiro 1694604 1292965 401639 Março 1608007 1423867 184140 Abril 1381767 1260832 120935 Maio 1548715 1268049 280666 Fonte MTECAGED Elaboração IpeadataDimac A partir de janeiro de 2020 dados divulgados pelo NOVO CAGED Empregados Período 50 70 90 110 130 150 170 201203 201206 201209 201212 201303 201306 201309 201312 201403 201406 201409 201412 201503 201506 201509 201512 201603 201606 201609 201612 201703 201706 201709 201712 201803 201806 201809 201812 201903 201906 201909 201912 202003 202006 202009 202012 202103 Taxa de Desocupação IBGE PNAD Contínua 202103 202104 Componentes das Séries de Tempo Uma série temporal possui diversos componentes a Movimento de Longo Prazo Tendência b Movimentos Cíclicos Em torno da tendência c Movimentos Típicos de Épocas do Ano Sazonalidade d Movimentos Irregulares Não são previsíveis Distúrbio aleatório que não segue nenhum padrão aparente Exemplo PIB Trimestral Brasil 1996 2019 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 96 98 00 02 04 06 08 10 12 14 16 18 PIB Index Trimestral PIB Index Média Móvel 04 03 02 01 00 01 02 03 04 05 96 98 00 02 04 06 08 10 12 14 16 18 PIB Variação Ajustada Sazonalmente Sazonalidade o PIB sempre aumenta em T4 em relação ao T3 Série sem Tendência mas com alguns movimentos Irregulares 60 70 80 90 100 110 120 200201 200205 200209 200301 200305 200309 200401 200405 200409 200501 200505 200509 200601 200605 200609 200701 200705 200709 200801 200805 200809 200901 200905 200909 201001 201005 201009 201101 201105 201109 201201 201205 201209 201301 201305 201309 201401 201405 201409 201501 201505 201509 201601 201605 201609 201701 201705 201709 201801 201805 Produção Industrial Mensal Index PF 20021 20187 IBGE Produção Industrial Index média 2012 100 Produção Industrial Dessazonalizada Index média 2012 100 Observe no slide seguinte os dados mais recentes sobre o comportamento do PIB óticas da oferta e demanda publicados na seção de Atividade Econômica da Carta de Conjuntura 40 do IPEA Note que são calculadas três taxas de crescimento a Trimestre em relação ao trimestre anterior TsT b Trimestre em relação ao mesmo período trimestre do ano anterior AsA interanual c Acumulada em 4 trimestres trimestral anualizada No quarto trimestre a taxa de crescimento no ano Como São Apresentados os Dados do PIB PIB a preços de mercado 92 Impostos sobre produtos 115 Valor adicionado a preços básicos 97 Agropecuária 01 Indústria 122 Extrativa 19 Indústria de transformação 189 Eletricidade e gás água esgoto atv de gestão de resíduos 60 Construção 75 Serviços 95 Comércio 131 Transporte armazenamento e correio 191 Informação e comunicação 29 Atividades financeiras de seguros e serviços 21 Atividades Imobiliárias 08 Outras atividades de serviços 170 Adm defesa saúde e educação públicas e seguridade social 71 PIB a preços de mercado 92 Absorção interna demanda interna final var de estoques 118 Demanda interna final 115 Consumo total 104 Consumo das famílias 114 Consumo do governo 78 FBCF 161 Exportações de bens e serviços 15 Importações de bens e serviços 114 Como foi dito as séries de tempo possuem 3 componentes tendência componente sazonal e um componente irregular Para que possamos comparar o crescimento em um trimestre contra o trimestre anterior a periodicidade do PIB é trimestral devemos descartar o componente sazonal Essas séries são transformadas utilizando um modelo ARIMA X13 que horror Observação Não acumule essas taxas tentando obter a taxa de crescimento anual a série foi transformada estatisticamente Como São Apresentados os Dados do PIB Calcular a taxa de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior evita a sazonalidade T4 contra T4 mas não uma possível irregularidade da série uma greve por exemplo A média das taxas de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior nos permitem calcular a taxa de crescimento acumulada nos últimos quatro trimestres Note que em T4 será a taxa de crescimento do ano últimos quatro trimestres terminados em T4 Como São Apresentados os Dados do PIB Taxas de Crescimento Mesmo Trimestre do Ano Anterior Ano T1 T2 T3 T4 2000 30 30 30 30 Note que a taxa de crescimento no ano de 2000 foi 3 Se as taxas de crescimento nos 3 primeiros trimestres fosse 2 qual deveria ser a taxa de crescimento em T4 para que a taxa de crescimento no ano fosse 3 6 Abaixo a tabela do documento Contas Nacionais Trimestrais Indicadores de Volume e Valores Correntes JanMar 2021 Publicado em 01062021 Como São Apresentados os Dados do PIB Veja a Planilha PIB Taxas de Crescimento Crescimento em 2000 405 Como São Apresentados os Dados do PIB Observem que podemos apresentar os mesmos dados taxas de crescimento e gráficos que aparecem no relatório do IBGE Contas Nacionais Trimestrais Indicadores de Volume e Valores Correntes JanMar 2021 Deixei disponível no meu site cnt20211tripdf Aplicação Coloque em uma planilha as séries de produção industrial e produção industrial dessazonalizada indústria Geral mensal desde 2010 As séries podem ser obtidas no IBGE ou na base de dados do IPEA IEADATA httpwwwipeadatagovbrDefaultaspx De qualquer forma as séries estão disponíveis no meu site planilha AtividadeEconômica7xlx Compre em um gráfico de linha o comportamento das séries Calcule a média móvel 12 meses Qual a Tendência da série Calcule as taxas de crescimento em relação ao período anterior Calcule as taxas de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior Calcule as taxas de crescimento anuais Quais devem ser as taxas de crescimento nos próximos meses para que a produção industrial termine o ano de 2021 com um crescimento de 4 suponha a mesma taxa para os próximos meses Abertura e Taxa de Câmbio A abertura no mercado de bens possibilita a escolha entre bens domésticos e estrangeiros A variável determinante de tal escolha é a taxa real de câmbio A Taxa de câmbio é o preço relativo dos bens domésticos comparativamente aos produzidos no exterior Sendo assim uma alteração em seu valor deve modificar as quantidades consumidas de ambos os bens importados e produzidos domesticamente por dois motivos substituição dos bens relativamente mais caros pelos mais baratos alteração na renda real A taxa nominal de câmbio E é a quantidade da moeda doméstica que pode ser adquirida com uma unidade da moeda estrangeira Logo se E 1 um dólar compra um real uma mercadoria que custe R 100 pode ser adquirida no exterior por US 100 preço da mercadoria doméstica em moeda estrangeira US 100 E 1 R 100 Preço do Bem no Brasil R 100 Abertura e Taxa de Câmbio Se por um aumento da demanda por US a taxa de câmbio passa a ser E 12 valorização da moeda estrangeira desvalorização da moeda doméstica ou desvalorização cambial temos Agora a mercadoria doméstica ficou mais barata na moeda estrangeira e a mercadoria estrangeira ficou mais cara na moeda doméstica Logo uma desvalorização aumento da taxa de câmbio estimula as exportações pois torna os bens domésticos mais baratos em moeda estrangeira e diminui as importações pois torna os bens estrangeiros mais caros em moeda doméstica note que com E 12 são necessários R 120 para a aquisição de US 100 US 8333 E 12 R 100 Preço do Bem no Brasil R100 Abertura e Taxa de Câmbio Entretanto imagine que no momento em que a taxa de câmbio nominal se desvalorizou em 20 os preços domésticos aumentaram 20 Agora mesmo com o câmbio nominal desvalorizado em 20 a mercadoria doméstica continua com o mesmo preço em moeda estrangeira um dólar compra 20 a mais de reais mas não compra mais produtos no brasil pois os preços em reais também subiram 20 US 100 E 12 R 120 Preço do Bem no Brasil R 120 Abertura e Taxa de Câmbio Portanto a taxa de câmbio relevante para medir a competitividade de uma nação em relação a outra é a taxa de câmbio real e ou seja a taxa nominal de câmbio ajustada às variações dos preços nos países logo Assim uma desvalorização real da taxa de câmbio aumenta as exportações e reduz as importações melhorando a balança comercial de uma nação No caso de uma valorização real temos os efeitos contrários Taxa Real de Câmbio P E P e Nível de preços externo Nível de preços doméstico A Taxa de Câmbio Durante o Plano Real 1993 1998 1994 6 1998 12 13 66 100 121 BC US Bi BC US Bi E E Observe os dados abaixo da balança comercial e da taxa nominal de câmbio O saldo da balança comercial se deteriorou entre 1993 e 1998 mas a taxa de câmbio nominal se depreciou Como explicar isso A Conta corrente também se deteriorou 0 100 200 300 400 500 600 94 96 98 00 02 04 06 08 10 12 14 16 18 Taxa de câmbio R US comercial venda média Index 1 IPCA Index 19946100 CPI All Itens 19946100 Taxa de Câmbio Real Index 19946100 Plano Real A Taxa de Câmbio Durante o Plano Real O Real se depreciou 21 em termos nominais Entretanto como a inflação doméstica foi 70 e a inflação nos EUA foi 11 o Real se apreciou em termos reais reduzindo assim a competitividade dos bens e serviços brasileiros 19946 199812 E 100 121 IPCA 100 170 CPI 100 111 946 9812 100 111 100 1 121 079 100 170 e e e O Real se apreciou 21 em termos reais o que explica a deterioração da Balança Comercial Como um país possui vários parceiros comerciais ele possui várias taxas de câmbio bilaterais Devido a isso usamos o conceito de taxa de câmbio real efetiva que é uma ponderação feita com as diversas taxas reais bilaterais onde os pesos referemse às participações relativas de cada parceiro comercial no total do comércio Taxa de Câmbio Real Efetiva Real Multilateral 1 n i i i i EF E P e P i i i P E Fator de ponderação para o país i Taxa de câmbio bilateral com o país i Nível de preços do país i 60 80 100 120 140 160 180 200 220 94 96 98 00 02 04 06 08 10 12 14 16 18 Taxa de Câmbio Real Index 19946100 Taxa de câmbio real efetiva INPC exportações Index 19946 Aplicação Vamos utilizar a Planilha 3 para calcular a taxa real de câmbio bilateral em relação ao US Qual seria o comportamento da taxa real de câmbio caso utilizássemos o IPA Índice de Preços ao Atacado 1996 o IBGE passa a adotar uma nova estrutura para as contas nacionais de acordo como system of national accounts 1993 O sistema conta agora com uma Tabela de Recursos e Usos TRU em que se apresenta Oferta Total como somatório da produção e importações e simultaneamente como somatório do consumo intermediário e da demanda final Esta conta Conta de Bens e Serviços é apresentada em separado das demais CEIs e é identificada no Sistema de Contas Nacionais SCN como conta 0 É considerada a base de todo o sistema pois retrata a produção e o destino da produção pelas categorias de demanda final O Novo Sistema de Contas Nacionais As antigas quatro contas foram substituídas pelas contas econômicas integradas CEI que apresenta três grandes grupos o primeiro constituído pela conta de bens e serviços o segundo constituído pela conta de produção antiga conta de PIB dividida entre conta de renda geração alocação distribuição secundária e usos e a conta de acumulação antiga conta de capital o terceiro grupo é formado pela conta das operações correntes com o resto do mundo antiga conta com o mesmo nome O Novo Sistema de Contas Nacionais Utilizase a terminologia usos e recursos no lugar de débito e crédito respectivamente Os saldos se constituem em agregados econômicos de interesse como o PIB Renda Nacional Renda Disponível Poupança Bruta etc Os rendimentos pagos aos empregados domésticos são contabilizados no sistema de Contas Nacionais Os estoques indesejados são contabilizados como investimento nas Contas Nacionais I FBKF E A FBKF envolve capital fixo não residencial e residencial No novo SCN houve a ampliação do escopo da FBKF Por exemplo todos os gastos em softwares e PD passaram a ser tratados como FBKF e não mais como consumo intermediário O Novo Sistema de Contas Nacionais O Novo Sistema de Contas Nacionais Aluguéis entram no PIB mesmo quando o proprietário mora no imóvel O cálculo é feito por estimativa dado que não envolve pagamento Refeições fora do domicílio são contabilizadas no PIB mas a refeições em casa não Os produtos importados usados são considerados como investimentos Em geral a importação de produtos usados se concentra em máquinas e equipamentos Produção Ilegal Produção realizada em mútuo acordo entre as partes drogas contrabando prostituição Não deve incluir extorsão ou roubo pois apenas há transferência de ativos de um agente a outro É obtida através de entrevista à população Produção Oculta Referese a execução de atividades legais mas que não são declaradas ou apenas parcialmente declaradas às autoridades com o objetivo principal de sonegar o pagamento de impostos Pode ser estimada pela oferta e demanda por bens e serviços Produção Informal Consiste na produção do setor institucional famílias Baixo nível de organização produtiva e não possuem uma clara divisão entre trabalho e capital enquanto fatores de produção Obtida através de pesquisas domiciliares que captam os ganhos da produção e pelas características da atividade estimase o valor da produção e do consumo dos bens intermediários O Novo Sistema de Contas Nacionais Conta de Operações de Bens e Serviços Esta conta é apresentada em separado das demais CEIs e é identificada no Sistema de Contas Nacionais como conta 0 É considerada a base de todo o sistema pois retrata a atividade de produção e o destino da produção pelas categorias de demanda final Como o saldo dos recursos e usos se equilibram esta conta deve ser interpretada como um resumo dos resultados obtidos nas tabelas de recursos e usos O objetivo desta conta é apresentar o total da oferta de bens e serviços produção doméstica importações no ano e o destino desta oferta pelas categorias de demanda consumo intermediário consumo final formação bruta de capital fixo variações de estoques e exportações de bens e serviços Conta de Operações de Bens e Serviços PB PM PM PM FOB CIF PB PM PM PM FOB CIF PIB VP CI IP PIB C FBKF E X Q VP CI IP C FBKF E X Q PB CIF PM PM VP valor da produção a preços básicos Q importações de bens e serviços CIF IP impostos sobre produtos líquidos dos subsídios CI consumo intermediário a preços de mercado C consumo final C G a preços de mercado FB PM FOB KF formação bruta de capital fixo a preços de mercado E variação de estoques a preços de mercado X exportações de bens e serviços FOB A conta de bens e serviços é gerada a partir da identidade entre o valor do PIB obtido pela ótica da produção e do dispêndio Conta de Operações de Bens e Serviços Rearranjando chegamos a igualdade entre recursos e usos ou seja o equilíbrio entre oferta e demanda de bens e serviços PB CIF PM PM PM FOB VP Q IP CI C FBKF E X Oferta de Bens e Serviços Recursos Demanda de Bens e Serviços Usos Conta de Operações de Bens e Serviços Como valor de produção VPPB considerase a produção de bens e serviços No caso de bens a produção voltada para o mercado ou seja produção mercantil Já os serviços estão divididos em mercantis vendidos no mercado e não mercantis Como consumo intermediário CIPM considerase o consumo de bens e serviços mercantis utilizados na produção de outros bens e serviços mercantis ou não A produção pode ser mercantil ou não mercantil sendo considerada mercantil sempre que for trocada ou susceptível de ser trocada no mercado a preços positivos A produção de bens utilizados no próprio processo produtivo também é considerada produção mercantil Já a produção não mercantil compreende os serviços prestados gratuitamente Conta de Operações de Bens e Serviços Como consumo final CPM consideram os bens e serviços de uso privado consumo das famílias ou coletivo administrações públicas destinados a satisfação das necessidades da população ou seja CPM C G A ampliação de capacidade produtiva é representada pela formação bruta de capital fixo FBKFPM O IBGE considera os bens duráveis e os serviços a eles incorporados adquiridos através de compra troca formação de capital para uso próprio e ajudas recebidas em espécie Conta de Operações de Bens e Serviços Exemplos de FBKF Edifícios e construções equipamentos máquinas e instalações industriais veículos móveis utensílios e instalações comerciais recursos minerais florestamento e reflorestamento direitos contratuais de exploração de florestas e outras imobilizações Despesas com formação profissional feitas pelas firmas PD aquisição de softwares e importações de bens usados A variação de estoque E corresponde à variação líquida nos estoques de bens acabados ou em elaboração ou de matérias primas utilizadas no processo de produção Conta de Operações de Bens e Serviços Frete FOB a sigla FOB significa free on board e em português pode ser traduzida por livre a bordo Neste tipo de frete o comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria assim que ela é colocada a bordo do navio Por conta e risco do fornecedor fica a obrigação de colocar a mercadoria a bordo no porto de embarque designado pelo importador Frete CIF CIF é a sigla para Cost Insurance and Freight que em português significa Custo Seguros e Frete Neste tipo de frete o fornecedor é responsável por todos os custos e riscos com a entrega da mercadoria incluindo o seguro marítimo e frete Esta responsabilidade finda quando a mercadoria chega ao porto de destino designado pelo comprador Conta de Operações de Bens e Serviços As importações de mercadorias são valoradas a preço CIF significando que inclui além do seu preço de produção no resto do mundo os custos de seguros e fretes até o porto nacional representando o preço de entrada no país A responsabilidade sobre a mercadoria é transferida do vendedor para o comprador no momento da transposição da amurada do navio no porto de embarque O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos e do frete necessários para levar a mercadoria até o porto de destino indicado O comprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e daí para a frente se responsabilizar por todas as despesas Os impostos sobre produtos IP recaem sobre o valor dos bens e serviços mercantis sendo compostos por impostos sobre valor adicionado impostos sobre importação e outros impostos sobre produto CEIs Contas Correntes Conta de Produção Conta 1 O objetivo da conta de produção é deduzir o valor adicionado bruto PIB e pode ser descrita como a atividade pela qual um agente econômico consome bens e serviços e na qual toda a renda é gerada PB PM PIB VP IP CI CEIs Contas Correntes Conta de Renda Conta 2 Na conta de geração de renda discriminamse os componentes do PIB na ótica da remuneração dos fatores é explicitado o uso dos fatores trabalho e capital na geração do Produto O PIB é lançado como um recurso cujo uso resulta no pagamento das remunerações aos residentes e não residentes e dos impostos sobre produção e importação líquido de subsídios Excedente Operacional Bruto É uma proxy do lucro bruto da renda gerada pelas empresas Lucro líquido do exercício antes do IR doações e contribuições resultado em participações societárias despesas com royalties distribuições no exercício Rendimento Misto Ganhos recebidos pelos proprietários de empresas não constituídas em sociedade pertencentes às famílias sejam eles trabalhadores por conta própria autônomos ou empregadores informais É obtido através de entrevistas à população CEIs Contas Correntes Conta de Renda Conta 2 2 Conta da Renda 21 Conta de Distribuição Primária da Renda 211 Conta de Geração da Renda EOB 212 Conta de Alocação da Renda RNB 22 Conta de Distribuição Secundária da Renda RND 23 Conta de Uso da Renda SD CEIs Contas Correntes Conta de Renda Conta 2 NR EOB PIB w w IQ EOB w NR w IQ NR w w excedente operacional bruto remunerações inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos a residentes remunerações inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos a não residentes total das remunerações dos empregados inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos no país impostos sobre produção e importação que incluem impostos sobre produtos IP e outros impostos ligados à produção imposto sobre folha de pagamento e demais impostos e taxas incidentes sobre atividade produtiva líquido de subsídios CEIs Contas Correntes Conta de Geração da Renda Conta 211 CEIs Contas Correntes Conta de Alocação da Renda Conta 212 A conta de alocação da renda apresenta como saldo a Renda Nacional Bruta que é o conceito de valor adicionado pela ótica da renda O SCN distingue dois tipos de transferências no processo de distribuição da renda as transferências de capital e as transferências correntes A conta de alocação da renda explicita as transferências de capital Assim para chegar a RNB devemos considerar a remuneração dos fatores de produção e as operações de redistribuição da renda associadas à remuneração do capital RLP que equivale aos rendimentos de propriedade juros dividendos A conta registra as mesmas rubricas da Conta de Geração da Renda porém do ponto de vista do recebedor ou seja os lançamentos são feitos do lado dos recursos CEIs Contas Correntes Conta de Alocação da Renda Conta 212 PIBPM 2147239 R RNB EOB w w IQ RLP R w RLP R w w remunerações inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais recebidas por residentes por serviços prestados a não residentes total das remunerações dos empregados inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos a residentes ou serviços prestados a residentes e não residentes remuneração líquida recursos menos usos dos fatores de produção de propriedade constituída por rendas de capitais juros lucros e dividendos e outros serviços de fatores constituído por royalties patentes e direitos autorais RNB renda nacional bruta CEIs Contas Correntes Conta de Alocação da Renda Conta 212 CEIs Contas Correntes Conta de Distribuição Secundária Renda Conta 22 A conta de distribuição secundária da renda mostra como os rendimentos primários pagos a residentes podem ser usados para pagamentos de transferências para unidades não residentes O saldo desta conta é a Renda Nacional Disponível RND Diferenciase da RNB por incluir o saldo líquido das transferências correntes recebidas do exterior RDB RNB TUR RDB renda disponível bruta RND TUR transferências líquidas correntes ou seja transferências de recursos sem contrapartida do processo produtivo como o pagamento e recebimento de imposto sobre a renda e o patrimônio de operações de seguro de contribuições e benefícios previdenciários e transferências entre governos e entre residentes CEIs Contas Correntes Conta de Distribuição Secundária Renda Conta 22 CEIs Contas Correntes Conta de Uso da Renda Conta 23 Explicita a RDB como recurso e como destino o consumo final e a poupança bruta D PM S RDB C RDB Renda disponível bruta RND SD Poupança bruta CPM Consumo final CG a preços de mercado CEIs Conta de Acumulação Conta de Capital Conta 3 Conta que mostra o financiamento do investimento FBKF E ext D PM S S FBKF E TRc TRc transferências líquidas de capital que corresponde à variação de patrimônio líquido resultante de operações financeiras Sext capacidade ou necessidade de financiamento da economia CEIs Conta de Acumulação Conta de Capital conta 3 Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Esta conta traduz em termos de contas nacionais as operações que compõem as Transações Correntes do Balanço de Pagamentos IMPORTANTE é apresentada sob a ótica do resto do mundo o que significa dizer que as importações de bens e serviços antigos não fatores são recursos do resto do mundo e as exportações de bens e serviços antigos não fatores são usos Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo ext CIF FOB NR R Q X w w RLP TUR TRc S Se poupança externa exclui as transferências líquidas de capital e CIF FOB NR R Q X w w RLP TUR S RLEE NR R w w saldo das remunerações de não residentes e residentes NR R RLEE w w RLP Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Observações Importantes Transferências Unilaterais de Renda transferências líquidas recursos menos usos correntes ou seja transferências de recursos sem contrapartida no processo produtivo conta de distribuição secundária da renda como bolsas de estudo Transferência de Capital transferências líquidas de capital recursos menos usos que corresponde à variação de patrimônio líquido resultante de operações financeiras conta de capital como cessão de ações Rendas de Propriedades Enviadas e Recebidas remuneração líquida recursos menos usos dos fatores de propriedade constituída por rendas de capitais juros lucros e dividendos e outros serviços de fatores constituídos por royalties e direitos autorais conta de alocação da renda Resumo das Identidades Contábeis das CEIs Conta de Bens e Serviços 1 Conta de Produção PIB pela ótica do produto 211 Conta de Geração da Renda 212 Conta de Alocação da Renda PB CIF PM PM PM FOB VP Q IP CI C FBKF E X PB PM PIB VP IP CI NR EOB PIB w w IQ R RNB EOB w w IQ RLP 22 Conta de Distribuição Secundária da Renda 23 Conta de Uso da Renda 31 Conta Capital Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo RDB RNB TUR D PM S RDB C ext D PM S S FBKF E TRc ext CIF FOB NR R Q X w w RLP TUR TRc S Resumo das Identidades Contábeis das CEIs Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Ajustamento CIFFOB Conciliação das diferentes avaliações utilizadas na importação o total da importação é avaliado a preços FOB do inglês Free on Board que exclui as despesas com fretes e seguros e na abertura por produto a preços CIF do inglês Cost Insurance and Freight que inclui despesas com fretes e seguros Atividade econômica Conjunto de unidades de produção caracterizado pelo produto produzido classificado conforme sua produção principal Capacidade ou necessidade de financiamento Poupança bruta mais as transferências líquidas de capital a receber menos o valor da formação bruta de capital fixo menos a variação de estoque menos o valor das aquisições líquidas de ativos não financeiros Quando o saldo é positivo indica a existência de um superávit e quando negativo indica a existência de um déficit que terá que ser financiado através da emissão de passivos financeiros Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Consumo final efetivo das famílias Despesas de consumo das famílias mais o consumo realizado por transferências sociais em espécie das unidades das administrações públicas ou das instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias Consumo final efetivo do governo Despesas efetuadas pelo governo com serviços de caráter coletivo Consumo intermediário Bens e serviços utilizados como insumos no processo de produção Contribuições sociais efetivas a cargo dos empregadores Pagamentos por conta do empregador e em nome de seus empregados aos institutos oficiais de previdência aos regimes próprios de previdência às entidades de previdência privada ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FGTS e ao Programa de Formação da Patrimônio do Servidor Público Pasep Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Contribuições sociais imputadas dos empregadores Diferença entre os benefícios sociais pagos pelo governo diretamente aos seus servidores beneficiários do Plano de Seguridade Social do Servidor PSS sob a forma de aposentadorias pensões etc e as contribuições recebidas sob a forma de PSS pensão militar montepio civil etc Deflator Variação média dos preços do período em relação à média dos preços do período anterior Despesas de consumo final das famílias Despesas com bens e serviços realizadas pelas famílias Despesas de consumo final do governo Despesas com bens e serviços individuais e coletivos disponibilizados gratuitamente total ou parcialmente pelas três esferas de governo federal estadual e municipal São valoradas ao custo de sua produção Excedente operacional bruto EOB Saldo resultante do valor adicionado deduzido das remunerações pagas aos empregados do rendimento misto e dos impostos líquidos de subsídios incidentes sobre a produção Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Exportação de bens e serviços Bens e serviços exportados avaliados a preços FOB ou seja incluindo somente o custo de comercialização interna até o porto de saída das mercadorias Formação bruta de capital fixo Acréscimos ao estoque de bens duráveis destinados ao uso das unidades produtivas realizados em cada ano visando ao aumento da capacidade produtiva do País Importação de bens e serviços Bens e serviços adquiridos pelo Brasil do resto do mundo valorados a preços CIF ou seja incluindo no preço das mercadorias os custos com seguro e frete Impostos sobre a produção e importação Impostos taxas e contribuições pagos pelas unidades de produção e que incidem sobre a produção a comercialização a importação e a exportação de bens e serviços e sobre a utilização dos fatores de produção Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Impostos sobre produtos Impostos taxas e contribuições que incidem sobre os bens e serviços quando são produzidos ou importados distribuídos vendidos transferidos ou de outra forma disponibilizados pelos seus proprietários Margem de comércio Um dos elementos somados ao preço básico para cálculo do preço de consumidor de um bem Calculada a partir do valor das vendas do comércio descontando as despesas com bens adquiridos para revenda e somando a variação de estoques do comércio Margem de transporte Um dos elementos somados ao preço básico para cálculo do preço de consumidor de um bem Representa o custo de transporte faturado explicitamente pago pelo comprador no momento da aquisição Ocupações Medida do fator trabalho utilizado pelas atividades produtivas equivalente aos postos de trabalho Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Outros impostos sobre a produção Impostos taxas e contribuições que incidem sobre o emprego de mão de obra e sobre o exercício de determinadas atividades ou operações Poupança bruta Parcela da renda disponível bruta que não é gasta em consumo final Produto Interno Bruto Total dos bens e serviços produzidos pelas unidades produtoras residentes destinados ao consumo final sendo portanto equivalente à soma dos valores adicionados pelas diversas atividades econômicas acrescida dos impostos líquidos de subsídios sobre produtos O produto interno bruto também é equivalente à soma dos consumos finais de bens e serviços valorados a preço de mercado sendo também equivalente à soma das rendas primárias Pode portanto ser expresso por três óticas a produção b demanda e c renda Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Produto Interno Bruto Óticas do Produto a Produção o produto interno bruto é igual ao valor bruto da produção a preços básicos menos o consumo intermediário a preços de consumidor mais os impostos líquidos de subsídios sobre produtos b Demanda o produto interno bruto é igual a despesa de consumo das famílias mais o consumo do governo mais o consumo das instituições sem fins de lucro a serviço das famílias consumo final mais a formação bruta de capital fixo mais a variação de estoques mais as exportações de bens e serviços menos as importações de bens e serviços c Renda o produto interno bruto é igual à remuneração dos empregados mais o total dos impostos líquidos de subsídios sobre a produção e a importação mais o rendimento misto bruto mais o excedente operacional bruto Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Remuneração dos empregados Despesas efetuadas pelos empregadores salários mais contribuições sociais com seus empregados em contrapartida do trabalho realizado Renda de propriedade Renda recebida pelo proprietário e paga pelo utilizador de um ativo financeiro ou de um ativo não produzido como terrenos Renda disponível bruta Saldo resultante da renda nacional bruta deduzidas as transferências correntes enviadas e recebidas do resto do mundo Renda nacional bruta Produto interno bruto mais os rendimentos líquidos dos fatores de produção enviados recebidos ao do resto do mundo Rendimento misto bruto Remuneração recebida pelos proprietários de empresas não constituídas em sociedade autônomos que não pode ser identificada separadamente se proveniente do capital ou do trabalho Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Salários e ordenados Salários e ordenados recebidos em contrapartida do trabalho em moeda ou em mercadorias Saldo das transações correntes com o resto do mundo Saldo do balanço de pagamentos em conta corrente acrescido do saldo das transações sem emissão de câmbio Serviços de intermediação financeira indiretamente medidos SIFIM Rendimentos de propriedade a receber pelos intermediários financeiros líquidos dos juros totais a pagar excluindo o valor de qualquer rendimento de propriedade a receber de investimento de fundos próprios Setor institucional Conjunto de unidades institucionais que são caracterizadas por autonomia de decisões e unidade patrimonial Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Subsídios à produção Transferências correntes sem contrapartida do governo destinadas a influenciar os níveis de produção os preços dos produtos ou a remuneração das unidades institucionais envolvidas no processo produtivo permitindo que o consumidor dos respectivos produtos ou serviços seja beneficiado por preços inferiores aos que seriam fixados no mercado na ausência dos subsídios Território econômico Território sobre efetivo controle econômico de um governo dentro do qual circulam livremente pessoas bens e capitais transferências Operações efetuadas em espécie ou em numerário entre duas unidades sem contrapartida de bens e serviços Transferências correntes Transferências de recursos sem contrapartida de bens e serviços destinadas a gastos correntes Transferências de capital Transferências de propriedade ou aquelas condicionadas pela cessão ou aquisição de ativos Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Unidade local Espaço físico geralmente uma área contínua no qual uma ou mais atividades econômicas são desenvolvidas correspondendo a um endereço de atuação da empresa ou a um sufixo de CNPJ Unidade residente Unidade que mantém o centro de interesse econômico predominante no território econômico realizando sem caráter temporário atividades econômicas nesse território Valor adicionado Valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo É a contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas obtida pela diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades Variação de estoques Diferença entre os valores dos estoques de mercadorias finais de produtos semimanufaturados bens em processo de fabricação e matériasprimas dos setores produtivos no início e no fim do ano avaliados aos preços médios correntes do período
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Prof Antonio Carlos Assumpção Faculdade de Ciências Econômicas Universidade Estadual do Rio de Janeiro Disciplina Contabilidade Social Prof Antonio Carlos Assumpção Doutor em Economia UFF Site acjassumpcaocom Contabilidade Social FCE0105573 Carga horária 60 horas Créditos 4 Prérequisitos Introdução à Economia II Objetivos A Contabilidade Nacional ou Contabilidade Social é uma disciplina que objetiva mensurar os principais agregados macroeconômicos Portanto é importante para a avaliação da conjuntura econômica serve de suporte para outras disciplinas Contabilidade Social Referência Atualizada das Contas Nacionais do Brasil Quinta edição 2017 A Nova Contabilidade Social Uma Introdução à Macroeconomia Quinta edição 2020 Bibliografia Básica Adicionalmente Artigos Diversos site Leituras Úteis Sobre Conjuntura Econômica Relatório de Mercado Relatório Focus BCB Expectativas de Mercado Ata do Copom BCB Publicada 1 semana após a reunião do Copom Relatório do IBGE Contas Nacionais Relatório Trimestral de Inflação BCB Publicação Mais Técnica Carta de Conjuntura IPEA Essencial World Economic Outlook IMF Conjuntura Internacional Na macroeconomia estudamos a economia em sua totalidade agregados diferentemente da microeconomia que estuda mercados isolados Precisamos então definir alguns conceitos que nos permitirão mensurar a atividade econômica na sua totalidade As contas nacionais fornecem dados estatísticos que possibilitam acompanhar a atividade econômica e também a aferição empírica dos modelos teóricos desenvolvidos no campo da macroeconomia A estatística mais importante derivada do Sistema de Contas Nacionais é o Produto Interno Bruto PIB calculado trimestralmente Existem alguns indicadores utilizados para prever o PIB O IBCBr BCB é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto PIB Os aspectos relevantes da atividade econômica são as transações monetárias que decorrem do processo de produção A agregação da produção é realizada utilizando a moeda Como somar bananas com cimento Nem todos os aspectos da atividade econômica são contabilizados apesar de terem impacto sobre o bemestar da população A poluição por exemplo consequência da atividade produtiva ilustra essa situação Lembrese externalidades ocorrem quando as ações de um agente econômico impactam outros agentes econômicos de forma não refletidas nas transações de mercado Existe Impacto das ações de um agente sobre o bemestar de outros agentes que não tomam parte na ação sem compensação pelo impacto sofrido A externalidade é considerada uma falha de mercado O SCN e os instrumentos analíticos a ele associados têm como referências metodológicas atuais o Manual das Nações Unidas System of National Accounts SNA 1993 e o SNA 2008 em parceria com o Banco Mundial a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE a Comissão das Comunidades Europeias Eurostat e o Fundo Monetário Internacional FMI No Brasil o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE é desde 1985 o órgão oficial produtor das contas nacionais do Brasil E antes de 1985 As transações econômicas mensuráveis em contabilidade nacional são aquelas registradas em valor e a moeda é a unidade de medida que permite o cálculo de agregados macroeconômicos Claro a estabilidade da moeda é um fator importante de ser considerado na montagem do SCN de um país Como veremos PIB ser calculado considerando três óticas oferta demanda dispêndio renda Produto Interno Bruto a Preços de Mercado PIBPM É o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro das fronteiras de um país durante determinado período de tempo Como todos os bens e serviços tem um preço de mercado podemos agregálos utilizando seus valores monetários o que nos fornece o conceito de produto interno bruto a preços de mercado PIBpm Devemos considerar somente os preços dos bens e serviços finais pois de outra forma estaríamos incorrendo em dupla contagem O PIB é um conceito geográfico o valor de todos os bens e serviços produzidos no Brasil independentemente de quem se apropria dessa renda O PIB é um fluxo medição por unidade de tempo trimestre ano 1 n i i t t t i PIB Nominal no Ano t Y P Q Evitando a Dupla Contagem O Método do Valor Adicionado Podemos contabilizar o produto de forma a evitar o problema da dupla contagem por meio do valor que foi adicionado em cada etapa do processo produtivo aos bens intermediários como no exemplo abaixo Produto Valor do Insumos Valor Produto Adicionado Trigo 10 0 10 Farinha 15 10 5 Pão 20 15 5 Produto Valor Bruto da Produção 20 valor do único bem final Σ valor Adicionado Valor Bruto da Produção Σ valor de cada um dos bens 45 VA VBP Consumo Intermediário Veremos adiante que considerando o nosso atual SCN podemos calcular o PIB PM somando o Valor Bruto da Produção a preços básicos com os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios menos o Consumo Intermediário a preços de Mercado Fluxos e Estoques em Macroeconomia Fluxo uma magnitude econômica medida como uma taxa por unidade de tempo Estoque uma magnitude econômica medida num determinado ponto do tempo A mudança em uma variável estoque é uma variável fluxo 1 Poupança e Patrimônio 1 1 t t t t t t W W S S W W A riqueza W em um determinado período é dada pela riqueza no período anterior mais a poupança Fluxo de poupança como variação do estoque de riqueza EXEMPLOS Fluxos e Estoques em Macroeconomia 2 Déficits e Dívida Pública 1 1 g g g g t t t t D D Déficit Déficit D D Logo a alteração no estoque da dívida é um fluxo o déficit 3 Investimento e Estoque de Capital 1 1 t t t t t t K K I J K K Logo a alteração no estoque de capital é um fluxo o investimento Fluxos e Estoques em Macroeconomia Mas o estoque de capital de deprecia t t t I J dK t 1 t t K K J 1 1 t t t K d K I Investimento Bruto X Investimento Líquido Onde I representa o investimento bruto J o investimento líquido e d a taxa de depreciação do estoque de capital O investimento bruto serve para manter ou aumentar o estoque de capital Como a alteração do estoque de capital depende do investimento líquido Combinando as equações acima temos 1 1 1 1 t t t t t t t t t t t I K K dK K I K dK K d K I PIB Nominal X PIB Real O PIB nominal PIB em moeda corrente é o soma das quantidades de produtos bens e serviços finais produzidos multiplicada por seu preço atual Ele aumenta ao longo do tempo porque a A produção da maioria dos bens aumenta ao longo do tempo b O preço da maioria dos bens também aumenta ao longo do tempo O PIB real PIB em moeda constante é calculado como a soma das quantidades dos produtos finais multiplicada por preços constantes em vez de atuais 1 n t i i t t t i PIB Nominal do Ano t Y P Q PIB Nominal X PIB Real 1 1 1 1 n t i i t t t i PIB Real do Ano t em Moeda do Ano t Y P Q Para calcularmos a taxa de crescimento real da economia devemos considerar apenas o aumento das quantidades produzidas Podemos fazer isso calculando o PIB real a cada ano PIB em moeda constante ou moeda de um determinado ano Desta forma estaremos desconsiderando o aumento do PIB decorrente da elevação nos preços inflação 1 Nesse caso t é nosso ano base Índices de preços são números que agregam e representam os preços de determinada cesta de produtos Quanto custa a cesta básica hoje Quanto custava em 2000 Sua variação mede portanto a variação média dos preços dos produtos dessa cesta Logo Taxa de Inflação mede a variação média dos preços em uma economia média ponderada da variação dos preços Os índices podem se referir por exemplo a preços ao consumidor preços ao produtor custos de produção ou preços de exportação e importação Os índices mais difundidos são os índices de preços ao consumidor que medem a variação do custo de vida de segmentos da população taxa de inflação ou de deflação Observações Sobre a Inflação Essa média da variação nos preços depende da cesta conjunto de itens utilizada geralmente definida pela Pesquisa de Orçamento Familiar POF É o caso dos índices de preços ao consumidor calculados pelo IBGE que entre outras questões verifica o que a população consome e quanto do rendimento familiar é gasto em cada produto Os índices portanto levam em conta não apenas a variação de preço de cada item mas também o peso que ele tem no orçamento das famílias Não faz muito tempo eu estava em uma festa e duas senhoras estavam contestando a taxa de inflação divulgada pelo IBGE Decidiram perguntar a minha opinião Minha resposta os preços relativos conspiram contra vocês Observações Sobre a Inflação O IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo mede a variação do custo de vida das famílias com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos O INPC Índice Nacional de Preços ao Consumidor mede a variação do custo de vida para famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos Recentemente o IBGE passou a medir a inflação IPCA e INPC considerando 16 Capitais Período de coleta dia 1 ao dia 30 Observações Sobre a Inflação Local IPCA Mar2021 INPC Mar2021 Brasil 093 086 Aracaju SE 109 081 Belém PA 080 075 Belo Horizonte MG 118 111 Brasília DF 144 138 Campo Grande MS 096 089 Curitiba PR 133 133 Fortaleza CE 072 065 Goiânia GO 146 104 Grande Vitória ES 110 097 Porto Alegre RS 095 109 Recife PE 062 057 Rio Branco AC 096 105 Rio de Janeiro RJ 078 071 Salvador BA 081 071 São Luís MA 070 065 São Paulo SP 075 075 Observações Sobre a Inflação A POF Pesquisa de Orçamento Familiar e os Grupos do IPCA Peso Variação Contribuição 1Alimentação e bebidas 211537 013 002749981 2Habitação 15431 081 01249911 3Artigos de residência 38203 069 002636007 4Vestuário 42933 029 001245057 5Transportes 202283 381 077069823 6Saúde e cuidados pessoais 131208 002 000262416 7Despesas pessoais 103231 004 000412924 8Educação 60399 052 003140748 9Comunicação 55897 007 000391279 Índice geral 100 093 093 Fonte IBGE Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA Março 2021 Participação no Orçamento Observações Sobre a Inflação Outros índices de preços do IBGE IPCA15 difere do IPCA apenas no período de coleta que abrange do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência IPCAE é o acumulado trimestral do IPCA15 IPP Índice de preços ao Produtor voltado para a indústria e mede a variação de preços de venda recebidos pelos produtores de bens e serviços SINAPI Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil produzido em conjunto com a CEF e mede a variação de preços para o setor habitacional e de construção Observações Sobre a Inflação Índices de inflação de outras instituições IGPM Índice Geral de Preços do Mercado calculado pela FGV Índice híbrido formado por três índices diversos que medem os preços por atacado IPAM 60 ao consumidor IPCM 30 e de construção INCC 10 Considera os preços entre os dias 21 de um mês e 20 do mês O IGPM é comumente usado para contratos de aluguel seguros de saúde e reajustes de tarifas públicas IGPDI Índice Geral de Preços Demanda Interna Ele foi criado em 1944 como o índice de inflação de toda a cadeia produtiva do país por isso o acréscimo demanda interna Estrutura idêntica a do IGPM com a diferença de que os preços considerados são do dia 1 a 30 Observações Sobre a Inflação Índices de inflação de outras instituições IPCFipe Índice de Preços ao Consumidor calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas FIPE mede a variação de preços no Município de São Paulo Variação do custo de vida de famílias com renda de 1 a 10 salários mínimos Observação importante um índice acumula as variações Logo a variação de um índice nos mostra a taxa de inflação variação dos preços no período Observações Sobre a Inflação Exemplo Ano IPC 2000 100 2001 110 2002 121 2003 130 2017 300 Custo Inicial da Cesta de Consumo 2001 2000 2001 2000 110 100 100 100 10 100 IPC IPC Inflação IPC 2017 2000 2001 2017 2000 100 200 IPC IPC Inflação IPC Observações Sobre a Inflação 000 50000 100000 150000 200000 250000 300000 1945 1947 1949 1951 1953 1955 1957 1959 1961 1963 1965 1967 1969 1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 IGPDI aa Média 19451979 2942 Média 19801994 74621 Média 19952020 882 000 50000 100000 150000 200000 250000 300000 Inflação IGP x IPCA IPCA aa IGPDI aa 000 500000000000000 1000000000000000 1500000000000000 2000000000000000 2500000000000000 3000000000000000 3500000000000000 4000000000000000 IPCA Index 1980 100 Taxa de Inflação 1980 2020 7298990588441490 séc XVI até 30101942 As Moedas do Brasil De 01111942 até 12021967 As Moedas Brasileiras CRUZEIRO NOVO Cr1000 NCr1 com centavos 13021967 O Decretolei nº 1 de 13111965 DOU de 171165 regulamentado pelo Decreto nº 60190 de 08021967 DOU de 090267 instituiu o Cruzeiro Novo como unidade monetária transitória equivalente a um mil cruzeiros antigos restabelecendo o centavo O Conselho Monetário Nacional pela Resolução nº 47 de 08021967 estabeleceu a data de 130267 para início de vigência do novo padrão Exemplo Cr 4750 quatro mil setecentos e cinquenta cruzeiros passou a expressarse NCr475 quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras CRUZEIRO de NCr para Cr com centavos 15051970 A Resolução nº 144 de 31031970 DOU de 060470 do Conselho Monetário Nacional restabeleceu a denominação CRUZEIRO a partir de 15051970 mantendo o centavo Exemplo NCr 475 quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos passou a expressarse Cr 475 quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos sem centavos 16081984 A Lei nº 7214 de 15081984 DOU de 160884 extinguiu a fração do Cruzeiro denominada centavo Assim a importância do exemplo Cr 475 quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos passou a escreverse Cr 4 eliminandose a vírgula e os algarismos que a sucediam As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras CRUZADO Cr 1000 Cz1 com centavos 28021986 O Decretolei nº 2283 de 27021986 DOU de 280286 posteriormente substituído pelo Decretolei nº 2284 de 10031986 DOU de 110386 instituiu o CRUZADO como nova unidade monetária equivalente a um mil cruzeiros restabelecendo o centavo A mudança de padrão foi disciplinada pela Resolução nº 1100 de 28021986 do Conselho Monetário Nacional Exemplo Cr 1300500 um milhão trezentos mil e quinhentos cruzeiros passou a expressarse Cz 130050 um mil e trezentos cruzados e cinquenta centavos As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras Os Cruzeiros transformados em Cruzados com um carimbo CRUZADO NOVO Cz 1000 NCz1 com centavos 16011989 A Medida Provisória nº 32 de 15011989 DOU de 160189 convertida na Lei nº 7730 de 31011989 DOU de 010289 instituiu o CRUZADO NOVO como unidade do sistema monetário correspondente a um mil cruzados mantendo o centavo A Resolução nº 1565 de 16011989 do Conselho Monetário Nacional disciplinou a implantação do novo padrão Exemplo Cz 130050 um mil e trezentos cruzados e cinquenta centavos passou a expressarse NCz 130 um cruzado novo e trinta centavos As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras CRUZEIRO de NCz para Cr com centavos 16031990 A Medida Provisória nº 168 de 15031990 DOU de 160390 convertida na Lei nº 8024 de 12041990 DOU De 130490 restabeleceu a denominação CRUZEIRO para a moeda correspondendo um cruzeiro a um cruzado novo Ficou mantido o centavo A mudança de padrão foi regulamentada pela Resolução nº 1689 de 18031990 do Conselho Monetário Nacional Exemplo NCz 150000 um mil e quinhentos cruzados novos passou a expressarse Cr 150000 um mil e quinhentos cruzeiros As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras CRUZEIRO REAL Cr 1000 CR 1 com centavos 01081993 A Medida Provisória nº 336 de 28071993 DOU de 290793 convertida na Lei nº 8697 de 27081993 DOU De 280893 instituiu o CRUZEIRO REAL a partir de 01081993 em substituição ao Cruzeiro equivalendo um cruzeiro real a um mil cruzeiros com a manutenção do centavo A Resolução nº 2010 de 28071993 do Conselho Monetário Nacional disciplinou a mudança na unidade do sistema monetário Exemplo Cr 170050000 um milhão setecentos mil e quinhentos cruzeiros passou a expressarse CR 170050 um mil e setecentos cruzeiros reais e cinqüenta centavos As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras REAL CR 2750 R 1 com centavos 01071994 A Medida Provisória nº 542 de 30061994 DOU de 300694 instituiu o REAL como unidade do sistema monetário a partir de 01071994 com a equivalência de CR 275000 dois mil setecentos e cinquenta cruzeiros reais igual à paridade entre a URV e o Cruzeiro Real fixada para o dia 300694 Foi mantido o centavo Como medida preparatória à implantação do Real foi criada a URV Unidade Real de Valor prevista na Medida Provisória nº 434 publicada no DOU De 280294 reeditada com os números 457 DOU de 300394 e 482 DOU de 290494 e convertida na Lei nº 8880 de 27051994 DOU de 280594 Exemplo CR 1100000000 onze milhões de cruzeiros reais passou a expressarse R 400000 quatro mil reais As Moedas Brasileiras As Moedas Brasileiras MOEDAS BRASILEIRAS 1 Real 2750 cruzeiros reais 2750000 cruzeiros 2750000 cruzados novos 2750000000cruzados 2750000000000 cruzeiros 2750000000000 cruzeiros novos 2750000000000000 cruzeiros 2750000000000000000 réis As Moedas Brasileiras Os Planos Econômicos Algumas dessas mudanças de padrão monetário aconteceram no contexto de um dos Planos Econômicos ocorridos entre 1986 e 1994 e outras não Cruzado Plano Cruzado de 1986 Cruzado Novo Plano Verão de 1989 Cruzeiro pela terceira vez Plano Collor de 1990 Real Plano real de 1994 Hungria Oferta Monetária 1925 1924 1923 1922 1921 Nível de Preços 100000 10000 1000 100 Index Jan 1921 100 Áustria 1925 1924 1923 1922 1921 100000 10000 1000 100 Index Jan 1921 100 Nível de Preços Oferta Monetária Hiperinflações Moeda e Inflação Acharam esses casos desesperadores Entre janeiro de 1922 e dezembro de 1923 taxa de inflação foi de um bilhão por cento na Alemanha Em outubro de 1923 o aumento de preços chegou ao ápice atingindo a taxa de 295 mil por cento ao mês ou 209 ao dia Hiperinflações Moeda e Inflação Alemanha 1 100 trillion 1 million 10 billion 1 trillion 100 million 10000 100 1925 1924 1923 1922 1921 Nível de Preços Oferta Monetária Polônia Oferta Monetária Nível de Preços Index Jan 1921 100 100 10 million 100000 1 million 10000 1000 1925 1924 1923 1922 1921 Index Jan 1921 100 Hiperinflações Moeda e Inflação Hiperinflações Moeda e Inflação Cem milhões de marcos em setembro de 1923 compravam Como vocês podem ver o dinheiro não servia para muita coisa Fazendo compras Quem sabe uma salsicha Hiperinflações Moeda e Inflação Taxa de Inflação Crescimento de M Hiperinflações não são incomuns certamente hoje são menos comuns que no passado Peru em 1990 764972 República Democrática do Congo 1993 458308 Ucrânia 1993 10154969 Venezuela 2017 13006024 para 2021 a expectativa em junho de 2021 é de uma inflação de 5500 Em 2020 apenas quatro países apresentaram inflação maior que 100 aa o Líbano 15038 o Sudão 26933 a Venezuela 295984 e o Zimbábue 34859 Hiperinflações Moeda e Inflação Taxas de inflação elevadas e voláteis geram distorções que levam a aumento dos riscos e impactam negativamente os investimentos afetam o crescimento Encurtamento dos horizontes de planejamento das famílias empresas e governos e deterioração da confiança de empresários Dispersão ineficiente de preços e diminuem o valor informacional que os mesmos têm para a eficiente alocação de recursos na economia Redução do o poder de compra de salários e de transferências com repercussões negativas sobre a confiança e o consumo das famílias e efeitos redistributivos de caráter regressivo Mas Quais os Problemas da Inflação Alta Aplicação Vamos utilizar a Planilha 1 taxas mensais de inflação para calcular a A taxa de inflação em cada ano b A taxa de inflação em todo o período c A taxa de inflação mensal anualizada uma observação a cada mês considerando os últimos doze meses Exercício para vocês Utilizem algum outro índice de preços para fazer a mesma coisa Quando comparamos o preço de uma mercadoria em um determinado momento com seu preço em outro momento necessitamos para que tal comparação seja coerente que os valores sejam medidos em relação ao nível geral de preços Note que se o salário de um trabalhador aumenta de R 1000 para R 1500 mas o nível de preços também aumenta 50 o salário real permanece constante ou seja o poder de compra do trabalhador não é alterado Preço Real Versus Nominal Isso deve ser feito quando tratamos de qualquer valor monetário PIB salários preço dos ovos Preço Nominal é o preço absoluto ou preço em moeda corrente de um bem ou serviço quando ele é vendido Preço Real é o preço relativo a uma medida agregada dos preços ou preço em moeda constante Preço Real Versus Nominal Como vimos um índice de preços acumula a variação do nível geral de preços taxa de inflação Podemos utilizar um índice de preços para deflacionarmos valores monetários Ano Inflação Índice de Preços 1994 20 Base do Índice 100 10000 1995 10 10010 11000 1996 10 11010 12100 1997 15 12115 13915 1998 20 1391520 16698 1999 10 1669810 18368 Preço Real Versus Nominal Logo a variação do índice de inflação nos mostra a taxa de inflação em um determinado período 10 100 94 94 95 1995 IPC IPC IPC 8368 100 94 94 99 95 99 IPC IPC IPC Taxa de Inflação em 1995 Taxa de Inflação no Período 199599 Preço Real Versus Nominal Para calcularmos a taxa de variação inflação em n períodos precisamos de n1 observações do índice Calculando os Preços Reais Utilizando o índice de preços ao consumidor podemos descontar a taxa de inflação de um preço nominal valor monetário em moeda corrente Descontando a inflação de um preço nominal temos o seu valor real preço real Corrente Ano Corrente Ano Ano Base x Preço Nominal IPC Preço Real IPC Ano Base 100 Preço Real Versus Nominal Um Exemplo Calculando o Preço Real do Leite 1970 040 388 040 388388 x 040 1980 065 824 031 388824 x 065 1999 105 1670 024 3881670 x 105 Preço Nominal Preço Real do Leite Ano do Leite IPC em dólares de 1970 O preço nominal dos ovos aumentou entre 1970 e 1999 Os ovos ficaram mais baratos em termos reais em 1999 quando comparamos com 1970 1998 1998 1970 Preço Nominal IPC Preço Real dos Ovos1998 IPC 1970 100 1998 1998 1970 Preço Nominal IPC Preço Real do E Univ1998 IPC 1970 100 Em moeda de 1970 ano base O Preço dos Ovos e o Custo do Ensino Universitário Um Exemplo Calculando o Preço Real do Leite Tentem calcular utilizando a tabela a seguir está com as respostas Calculando Preços Reais Um Exemplo Ovos e Ensino IPC 1983 100 388 538 824 1076 1307 1630 Preços Nominais Ovos Tipo A 061 077 084 080 098 104 Ensino Universitário 2530 3403 4912 8156 12800 19213 Preços Reais 1970 Ovos Tipo A 061 056 040 029 030 025 Ensino Universitário 2530 2454 2313 2941 3800 4573 1970 1975 1980 1985 1990 1998 PIB Real X PIB Nominal Como PIB é um valor monetário devemos levar em conta a inflação para procedermos comparações intertemporais PIB Real do Ano t1 em moeda do anobase Deflator Implícito do PIB Índice de Preços Utilizado Para Deflacionar as Contas Nacionais 100 1 1 t t DIP NOMINAL PIB DIP do AnoBase Qual a cesta que mede a inflação no caso do DIP O próprio PIB Mudança de Base do Índice Para deflacionarmos valores nominais não faz diferença o período em que colocamos a base 100 PIB Real X PIB Nominal 100 110 121 10 10 10 10 Observe que podemos multiplicar ou dividir um índice matriz coluna por qualquer valor que as variações percentuais ficam preservadas Desta forma se quizéssemos passar a base 100 do primeiro índice para a terceira linha bastaria dividir toda a primeira coluna por 121 e multiplicar por 100 Teremos a mudança de base do índice 200 X 2 220 242 100121 x 100 826446 110121 x 100 909091 121121 x 100 100 A Importância da Mudança de Base de um Índice Imagine que você deseje comparar a evolução de dois indicadores econômicos por exemplo a produção industrial de bens de consumo duráveis com a produção de bens de capital Ao colocar as duas séries em um gráfico pode não ser fácil saber o que ocorreu durante certo período de tempo caso as séries tenham um valor inicial diferente Seria adequado que as duas séries estivessem com a base 100 na mesma data preferivelmente no início Mas será que temos que fazer essas contas manualmente Ainda bem que existem os softwares Excel R Eviews Stata Python Minitab Matlab A Importância da Mudança de Base de um índice 000 5000 10000 15000 20000 25000 200201 200206 200211 200304 200309 200402 200407 200412 200505 200510 200603 200608 200701 200706 200711 200804 200809 200902 200907 200912 201005 201010 201103 201108 201201 201206 201211 201304 201309 201402 201407 201412 201505 201510 201603 201608 201701 201706 201711 201804 201809 201902 201907 201912 202005 202010 202103 Produção Industrial Volume 200201 202105 Fonte IBGE PIMPF Produção industrial bens de capital Índice base fixa dessaz média 2012 100 PIMPF Prod industrial bens de consumo duráveis Índice base fixa dessaz200201100 Qual das duas séries apresentou maior crescimento no período Não sei A Importância da Mudança de Base de um índice 0 50 100 150 200 250 200201 200206 200211 200304 200309 200402 200407 200412 200505 200510 200603 200608 200701 200706 200711 200804 200809 200902 200907 200912 201005 201010 201103 201108 201201 201206 201211 201304 201309 201402 201407 201412 201505 201510 201603 201608 201701 201706 201711 201804 201809 201902 201907 201912 202005 202010 202103 Produção Industrial Volume 200201 202105 Fonte IBGE PIMPF Prod industrial bens de consumo duráveis Índice base fixa dessaz200201100 PIMPF Produção industrial bens de capital Índice base fixa dessaz 200201 100 A Produção Industrial de Bens de Capital cresceu mais durante o período DIP Deflator Implícito do PIB Índice de Preços utilizado para deflacionar as Contas Nacionais 1 100 t t t t PIB NOMINAL Inflação DIP PIB REAL PIB Nominal X PIB Real Como a diferença entre o PIB Nominal e o PIB Real é a taxa de inflação no período podemos escrever Suponha que PIB Nominal X PIB Real ANO PIB Nominal PIB Real 2000 1000 1000 2001 1100 1050 10 5 1 100 t t t t PIB NOMINAL Inflação DIP PIB REAL 2001 2001 1100 1 100 476 1050 Inflação DIP Observação Importante Não devemos somar variações percentuais R 100 10 R 110 R 110 10 R 121 Logo 10 10 21 Aproximadamente 20 PIB Nominal X PIB Real 00000 10000000000 20000000000 30000000000 40000000000 50000000000 60000000000 70000000000 80000000000 PIB Real X PIB Nominal Brasil Fonte IBGE PIB Nominal R milhões PIB Real R milhões de 1994 422 221 339 034 047 439 139 305 114 576 320 396 607 509 013 753 397 192 300 050 355 328 132 178 141 406 6 4 2 0 2 4 6 8 10 PIB Brasil Var aa Fonte IBGE Aplicação Vamos utilizar a Planilha 2 PIB Brasil para calcular a Construir uma série com o PIB Real em moeda de 1994 b Construir uma série com o PIB Real em moeda de 2020 c Calcular as taxas de crescimento em cada ano Exercício para vocês Façam o mesmo exercício com o PIB dos EUA GDP Gross Domestic Product current US Inflation GDP Deflator Annual Os dados podem ser obtidos no Banco Mundial httpsdatabankworldbankorgsourceworlddevelopmentindicators Rendimento Real x Rendimento Nominal O ganho real de uma aplicação financeira depende da taxa nominal de juros e da taxa de inflação no período Um montante de 100 aplicado a uma taxa nominal de juros de 10 durante um período transformase em 110 Entretanto caso a inflação tenha sido igual a 10 no período o ganho real é igual a zero 110 em t1 possuem o mesmo poder de compra de 100 em t Logo o ganho real é dado pelo ganho nominal menos a inflação Portanto de forma aproximada pois não é correto somar percentuais podemos escrever Equação de Fisher R i onde R representa a taxa real de juros e a taxa de inflação Podemos calcular um rendimento real da seguinte maneira Observe que um montante igual a 100 transformase em 110 caso a taxa nominal de juros seja 10 Entretanto caso a taxa de inflação seja igual a 10 o rendimento real R será igual a zero Exemplo Caso i 10 e 5 temos 1 1 1 i R 1 1 1 1 1 1 i i Logo R R 1 1 01 1 1 476 5 1 1 005 i R R R Observe que de forma aproximada encontraríamos uma taxa real de juros igual a 5 A aproximação é realizada da seguinte forma Supondo que R e sejam valores muito pequenos o produto R tende a zero Desta forma temos Apesar de ser comum ouvirmos que a taxa real de juros é dada pela taxa nominal menos a inflação para efeito de cálculo não devemos utilizar a relação acima pois o erro será maior quanto maiores i e 1 1 1 1 1 1 1 1 i R R i i R R i R R i O produto potencial consiste numa estimativa do nível do PIB a preços constantes considerando que a economia esteja operando no seu potencial máximo É uma medida de capacidade atual de geração de oferta A diferença entre o produto real e o produto potencial é chamada de hiato de produto Quando o PIB PIBPotencial dizse que há um hiato negativo do produto Observase ociosidade na economia Portanto interpretase que há espaço para a economia crescer mais rapidamente no curto prazo apenas preenchendo a capacidade ociosa existente Existem outros indicadores de capacidade ociosa Produto Real Efetivo X Produto Potencial 50 60 70 80 90 100 110 120 1993 T1 1993 T4 1994 T3 1995 T2 1996 T1 1996 T4 1997 T3 1998 T2 1999 T1 1999 T4 2000 T3 2001 T2 2002 T1 2002 T4 2003 T3 2004 T2 2005 T1 2005 T4 2006 T3 2007 T2 2008 T1 2008 T4 2009 T3 2010 T2 2011 T1 2011 T4 2012 T3 2013 T2 2014 T1 2014 T4 2015 T3 2016 T2 2017 T1 2017 T4 2018 T3 2019 T2 2020 T1 Produto Potencial X Produto Efetivo IPEA Produto Potencial PIB Efetivo com ajuste Sazonal 2010100 14 12 10 8 6 4 2 0 2 4 6 1993 T1 1994 T1 1995 T1 1996 T1 1997 T1 1998 T1 1999 T1 2000 T1 2001 T1 2002 T1 2003 T1 2004 T1 2005 T1 2006 T1 2007 T1 2008 T1 2009 T1 2010 T1 2011 T1 2012 T1 2013 T1 2014 T1 2015 T1 2016 T1 2017 T1 2018 T1 2019 T1 2020 T1 Hiato de Produto 2020T2 139 2019T4 14 Observações Sobre a Variável Relevante O produto per capita é igual ao PIB dividido pela população Desta forma temos uma medida de riqueza Caso dividíssemos o PIB pelo número de trabalhadores teríamos uma medida mais apropriada de produtividade da mão de obra O padrão de vida depende da evolução do produto per capita não do total do produto Para comparar o PIB entre países usamos um conjunto comum de preços para todos os países Os números ajustados para o PIB real são medidas do poder de compra entre países também chamados de paridade de poder de compra PPC Qual o poder de compra do PIB per capita em cada um dos países Aplicação Qual foi o crescimento do PIB per capita do Brasil desde 1980 O PIB per capita ajustado pela PPC cresceu mais que o PIB per capita Paridade do Poder de compra em inglês Purchasing Power Parity PPP Faça um gráfico com as duas séries índice com base 100 em 1980 Você pode obter os dados no Banco Mundial ou no FMI base de Dados WEO httpswwwimforgenPublicationsWEOweodatabase2021April PIB per capita versus índices qualitativos de bemestar O PIB per capita tem sido largamente utilizado apesar de suas limitações como uma aproximação de uma medida de bemestar A partir dos anos 1980 o conceito de bemestar passou a estar associado também à ideia de que o desenvolvimento deve englobar as dimensões econômica social e ambiental A partir da década de 1990 foram desenvolvidas metodologias de indicadores de desenvolvimento humano IDH que consideram além do PIB per capita outras dimensões como o acesso à educação e a serviços de saúde O IDH foi desenvolvido em 1990 pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Haq e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD no seu relatório anual Observações Sobre a Variável Relevante O IDH combina três dimensões Uma vida longa e saudável Expectativa de Vida ao Nascer O acesso ao conhecimento Anos Médios de Estudo e Anos Esperados de Escolaridade Um padrão de vida decente PIB PPC per capita O Índice de Desenvolvimento Humano IDH Índice de educação o IDH considera dois indicadores i o primeiro com peso dois é a taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais de idade e ii segundo indicador é a taxa de escolarização somatório das pessoas independentemente da idade matriculadas em algum curso seja ele fundamental médio ou superior dividido pelo total de pessoas entre 7 e 22 anos da localidade Também entram na contagem os alunos supletivo e de pósgraduação universitária Longevidade considera a expectativa de vida ao nascer Esse indicador mostra a quantidade de anos que uma pessoa nascida em uma localidade em um ano de referência deve viver Reflete as condições de saúde e de salubridade no local já que o cálculo da expectativa de vida é fortemente influenciado pelo número de mortes precoces Renda calculada tendo como base o PIB per capita ajustado pela paridade do poder de compra O Índice de Desenvolvimento Humano IDH 0613 0651 0685 0700 0727 0756 0758 0761 0762 0765 0000 0100 0200 0300 0400 0500 0600 0700 0800 0900 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2016 2017 2018 2019 IDH Brasil 84º entre 189 países O País é considerado de alto desenvolvimento humano Todos já devem ter visto gráficos em livros de economia com escala logarítmica A utilização da escala logarítmica log natural é bastante popular em Economia e em outras áreas de conhecimento Primeiramente note que o procedimento simples de ser implementado até o Excel faz isso Mas por qual razão fazer isso É particularmente útil para variáveis que possuem uma tendência de crescimento como PIB preços população Não utilizar para razões como CY IY taxas de juros e outras variáveis Há pelos menos duas vantagens a primeira vale para qualquer log e a segunda vale somente para o log natural Gráficos e Escala Logarítmica i Convertese uma relação exponencial em uma relação linear ii Existe uma relação entre a variação do logaritmo natural e a taxa de crescimento De fato para pequenas variações Consequentemente o eixo vertical pode ser facilmente utilizado para mensurar variações relativas A maior inclinação da série mostra uma taxa de crescimento maior rt y AB ln y ln A rt ln B 1 1 101 100 0 01 t t t t t ln ln ln ln ln ln ln Gráficos e Escala Logarítmica Comportamento da variável y crescendo à taxa r 0 rt ty y e 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000 1899 1904 1909 1914 1919 1924 1929 1934 1939 1944 1949 1954 1959 1964 1969 1974 1979 1984 1989 1994 1999 PIB Real US PIB Real US 62446 192186 A função vai ficando mais inclinada com a mesma taxa de crescimento Portanto a inclinação da função em um intervalo não permite que façamos qualquer inferência sobre a maior ou menor taxa de crescimento 2 de crescimento aa 3 de crescimento aa Aplicando log temos Agora a inclinação da função é dada por r a taxa de crescimento Portanto quanto mais inclinada a função maior será a taxa de crescimento 0 ln ln ty y rt 4 5 5 6 6 7 7 8 8 PIB Real US log PIB Real US log 3 de crescimento aa 2 de crescimento aa A escala logarítmica permite que o mesmo aumento proporcional em uma variável seja representado pela mesma distância no eixo vertical Ano Escala Logarítmica Dólares de 2009 2 y a a y PIB per capita EUA 18702014 Ano População Bem Final Quantidade Preço 2006 100 X 5 10000 Y 10 20000 2007 125 X 10 5000 Y 20 10000 2008 150 X 15 4000 Y 15 10000 Exemplo 1 Questão 3 2010 ANPEC Ano População Bem Final Quantidade Preço 2006 100 X 5 10000 Y 10 20000 2007 125 X 10 5000 Y 20 10000 2008 150 X 15 4000 Y 15 10000 Considere as informações contidas na tabela a seguir sobre um país hipotético para os anos de 2006 a 2008 Assuma que sejam produzidos apenas dois bens finais chamados X e Y O preço de cada bem é expresso em unidades monetárias A unidade de medida de cada variável está entre parênteses Com base nas informações da tabela julgue as afirmativas a seguir 0 Houve uma redução de 10 no PIB real à preços de 2006 entre os anos de 2007 e 2008 2006 2007 20 2006 2006 200 08 6 510000 10 20000 250000 1010000 20 20000 500000 1510000 15 20000 450000 Y Y Y 2008 2007 2008 2007 450000 500000 100 100 10 500000 Y Y Y g Y Também podemos calcular a taxa de crescimento em 2007 2007 2006 2007 2006 500000 250000 100 100 100 250000 Y Y Y g Y Primeiramente vamos calcular o PIB real de todos os anos em moeda de 2006 Chamando a taxa de crescimento de gY temos V 1 O PIB real para o ano de 2008 à preços de 2006 é igual a 21000000 F Conforme vimos é igual a 45000000 2 O PIB real per capita a preços de 2006 cresceu 40 entre os anos de 2006 e 2007F No item 0 calculamos o PIB real em 2006 e 2007 em moeda de 2006 Considerando a população nesses dois anos podemos calcular o PIB real per capita 2007 2006 500000 Y 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2007 2007 250000 2500 100 500000 4000 125 PC PC PC PC Y Y Y Y 2006 2006 250000 Y 2007 4000 2500 100 60 2500 PC Logo gY 2007 2007 20072006 2007 1 100 PIB NOMINAL Inflação DIP PIB REAL 2007 20072006 250000 1 100 50 500000 Inflação DIP 2007 2007 2007 1 500010 1000020 250000 n Nominal i i i Como PIB P Q 3 O deflator do PIB a preços de 2006 sofreu queda de 50 entre 2006 e 2007 V 4 A taxa de crescimento do PIB real per capita independe da escolha do anobase para os preços F 2007 2007 200 2006 2007 200 7 8 55000 10 10000 125000 105000 20 10000 250000 155000 15 10000 225000 Y Y Y Primeiramente vamos calcular o PIB real de todos os anos em moeda de 2007 ou seja agora consideraremos o ano de 2007 como anobase 100 10 Note que o valor do PIB real em todos os anos moeda de 2007 ficou menor pois os preços em 2007 diminuíram Entretanto as taxas de crescimento são as mesmas Mas esse resultado seria mantido no caso da taxa de crescimento do PIB real per capita considerando todos os anos Lembrese que considerando o PIB em moeda de 2006 a taxa de crescimento do PIB per capita em 2007 foi 60 2006 2006 2007 2 2007 2007 2007 007 2007 125000 125000 1250 100 250000 250000 2000 125 PC PC Y Y Y Y 60 O resultado acima poderia nos levar a concluir que como afirma o item as taxas de crescimento independem do anobase PIB per capita ou não Isto não é verdade o resultado acima foi o mesmo pois os pesos dados pelas quantidades em 2006 e 2007 são idênticos Nesse caso as taxas de crescimento serão as mesmas Note que xxy 13 e yxy 23 Caso calculássemos as taxas de crescimento considerando o PIB real em moeda de 2008 as taxas de crescimento seriam diferentes para o PIB total e per capita Experimente calcular para o PIB per capita 2007 2008 2008 2008 104000 2010000 240000 154000 1510000 210000 Y Y 125 Observações Sobre Números Índices Como vimos números índices são usados para indicar variações relativas em quantidades ou preços durante certo período de tempo Como veremos existem vários tipos de índices Será que a inflação calculada pelo IBGE IPCA utiliza a mesma metodologia do DIP Construindo Números Índices Suponha que estejamos fazendo um estudo das exportações da Xenodávia medidas em milhões de Xenodávios X O principal objetivo da tabela é mostrar a evolução das exportações ao longo da década não temos noção do que significam um milhão de xenodávios Sendo assim a apresentação dos valores em si não é tão importante Exportações em Milhões de X Taxa de Variação 1991 323 1992 344 650 1993 352 233 1994 367 426 1995 384 463 1996 401 443 1997 427 648 1998 442 351 1999 468 588 Observações Sobre Números Índices Número Índice é uma sequência que apresenta a mesma evolução da sequência original isto é os números mantêm a mesma proporção entre si mas com números mais amigáveis Construção do Número Índice escolhemos arbitrariamente um valor qualquer da tabela e atribuímos a este ano o valor 100 Partimos do valor de 1995 que será então o ano base para encontrarmos os valores dos demais anos o que pode ser feito através de uma regra de três simples 1995 100 1991 x Exportações em Milhões de X 1991 323 1992 344 1993 352 1994 367 1995 384 1996 401 1997 427 1998 442 1999 468 384 100 323 x 323 100 84 1146 384 Observações Sobre Números Índices Na prática devemos dividir todos os valores da série original pelo valor de 1995 ano base e multiplicar por 100 Exportações em Milhões de X 1991 323 1992 344 1993 352 1994 367 1995 384 1996 401 1997 427 1998 442 1999 468 323 100 1991 84 1146 384 344 100 1992 89 5833 384 384 100 1995 100 384 Observações Sobre Números Índices Exportações em Milhões de X Taxa de Variação Index 1995100 Taxa de Variação 1991 323 841146 1992 344 650 895833 650 1993 352 233 916667 233 1994 367 426 955729 426 1995 384 463 1000000 463 1996 401 443 1044271 443 1997 427 648 1111979 648 1998 442 351 1151042 351 1999 468 588 1218750 588 Observe que a variação é a mesma Isso também é importante quando queremos comparar graficamente duas ou mais séries se o valor inicial de cada uma delas é diferente como saber qual das séries cresceu mais Observações Sobre Números Índices Índices de Preços x Taxa de Inflação Quando se diz que a taxa de inflação foi de 10 o que é algo perfeitamente compreensível para a maioria das pessoas o que se quer dizer exatamente Que o nível geral de preços subiu de 1000000000000 de reais para 1100000000000 reais O índice de preços que captura a variação média dos preços da economia pode ter aumentado de 100 para 110 Claro nesse caso houve uma perda do poder de compra do consumidor de 10 caso o índice captura a variação de preços ao consumidor Como medir esta variação de preços Como os preços não variam todos na mesma proporção ao mesmo tempo esta resposta não é óbvia há como veremos mais de uma resposta possível Observações Sobre Números Índices a Índice Agregativo Simples A ideia deste índice é simplesmente comparar os preços entre um período e outro 1 1 0 1 n i i n i i p IAS p Período Bens Observação um Índice Relativo toma a razão entre o preço de um mesmo bem ou serviço em dois momentos do tempo 1 0 i i p IR p Observações Sobre Números Índices Bem Preços em 1999 R Preços em 2000 R Arroz Kg 10 20 Feijão Kg 05 12 Televisão 4000 4400 1 1 0 1 2 0 1 2 440 11039 10 39 1 0 0 5 400 n i i n i i p IAS Variação p Como é possível que o arroz dobre de preço o feijão mais que dobre e a variação total seja apenas cerca de 10 Não por coincidência tratase de uma variação muito próxima da variação do preço da televisão É que calculando desta forma o bem que tem preço maior terá ainda que involuntariamente maior peso na medição Observações Sobre Números Índices b Índice de Sauerbeck O índice de Sauerbeck apresenta uma mudança importante em relação ao IAS É calculado da seguinte forma Ou seja o Índice de Sauerbeck é uma média aritmética simples da razão entre os preços dos bens nos dois períodos 1 0 1 1 n i i i p IS n p Observações Sobre Números Índices Bem Preços em 1999 R Preços em 2000 R Arroz Kg 10 10 Feijão Kg 09 10 Caviar Kg 2000 4000 1 0 1 1 1 1 0 1 0 400 0 1 3704 37 04 3 1 0 0 9 200 0 n i i i p IS Variação n p O preço do arroz ficou estável o do feijão aumentou 11 e a inflação foi de 3704 puxada pela variação do preço do caviar Logo é necessário levarse em conta o quanto cada bem é consumido participação no gasto não faz muito sentido uma medida que represente a variação dos preços sem que consideremos também as quantidades que são consumidas Seria interessante utilizarmos um índice que fosse a média ponderada da variação dos preços Observações Sobre Números Índices c Índices de Laspeyres e Paasche Os dois índices representam a média ponderada da variação dos preços mas o período de referência para o cálculo dos pesos é diferente O Índice de Laspeyres utiliza pesos calculados no período inicial e o Índice de Paasche utiliza pesos calculados no período corrente 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 1 1 n i i n i i n i i i i i i i n i p Índice de Laspeyres IL p p Índice de Paasc q q q IP p q he Observações Sobre Números Índices 1999 2000 Bens Preço Quantidade Preço Quantidade A 10 1000 20 500 B 30 1500 40 1200 C 40 1000 30 1200 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 1 2 1 000 4 1 500 3 1 000 11 000 11579 1 1 000 3 1 500 4 1 000 9 500 2 500 4 1 200 3 1 200 9 400 1 0562 1 500 3 1 200 4 1 200 8 900 n i i n i i n i i n i i i i i i p IL p p IP q q p q q Observações Sobre Números Índices Considerando o Índice de Laspeyres os pesos são dados por Gasto com o bem i no período zero relativamente ao gasto total no mesmo período Utilizando o nosso exemplo 0 0 0 0 0 1 i i i n i i i p q w p q 1999 Bens Preço Quantidade A 10 1000 B 30 1500 C 40 1000 0 0 0 1 000 0 1053 9 500 4 500 0 4737 9 500 4 000 0 4211 9 500 A B c w w w Observações Sobre Números Índices Logo também poderíamos calcular a taxa de inflação fazendo 1 n i i i p Inflação w p 1999 2000 Bens Preço Quantidade Peso wi Preço Variação de P P x wi A 10 1000 010526 20 10000 01053 B 30 1500 047368 40 3333 01579 C 40 1000 042105 30 2500 01053 Somatório 1579 Observações Sobre Números Índices No nosso exemplo a inflação medida pelo Índice de Laspeyres foi maior que a inflação medida pelo Índice de Paasche IL 1579 IP 569 Mas sempre teremos esse resultado Não Isso depende da correlação entre os preços e as quantidades Observe os dois índices 1 0 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 n n i i i i i i n n i i i i i i p q p q IL e IP p q p q 0 0 0 pq pq pq Se IP IL Se IL IP Se IL IP Bastante Im provável Observações Sobre Números Índices Observações a O Índice de Paasche pode ser escrito como uma média harmônica de Índices Relativos com pesos calculados no período corrente b Considerando uma curva de demanda sobre a curva P Q o Índice de Laspeyres superestima a inflação Paasche subestima Se a correlação entre P e Q é negativa IL IP Intuitivamente se P1 aumenta o consumidor tenderá a substituir o bem 1 por um outro bem fazendo com que a perda do poder de compra seja menor que aquela medida pelo Índice de Laspeyres O índice de Laspeyres é uma média aritmética dos preços relativos enquanto Paasche é uma média harmônica ponderada Isso induz à noção errada como já vimos que o primeiro é sempre maior isto porque a média aritmética é sempre maior ou no mímimo igual à média harmônica desde que obviamente os pesos sejam os mesmos o que não é o caso Observações Sobre Números Índices d Índice de Fisher O Índice de Fisher é a média geométrica dos Índices de Laspeyres e Paasche IF IL IP e Índice de MarshallEdgeworth O Na dúvida entre escolher as quantidades iniciais Laspeyres ou as atuais Paasche é possível escolher a média das duas Quando fazemos isto calculamos o índice de MarshallEdgeworth 0 1 1 1 0 1 0 1 2 2 n i i i i n i i i i q q p IME q q p Observações Sobre Números Índices Exemplo 2 QUESTÃO 11 ANPEC 2020 Considere uma economia hipotética fechada que produz e consome apenas três tipos de bens finais X Y e Z Segundo a tabela a seguir para o ano base e o ano corrente avalie as afirmativas como verdadeiras ou falsas O preço de cada bem é expresso em unidades monetárias 0 O PIB real para o ano corrente foi de 178000 1 O PIB real cresceu mais do que 250 entre o ano base e o ano corrente 2 O deflator do PNB entre o ano base e o ano corrente foi inferior a 10 3 A mudança percentual no nível de preços entre o ano base e o ano corrente medida pelo deflator do PNB foi superior à medida por um índice de preços ao consumidor do tipo Laspeyres 4 Os bens Y e Z são complementares F 1236 V V 1236 893 F 217 F Vamos calcular o valor do PIB nominal e real a taxa de inflação medida pelo DIP e utilizando um índice de Laspeyres depois responderemos todos os itens Primeiro vamos calcular o PIB Nominal nos anos Base e corrente doravante chamados de períodos 0 e 1 0 1 30002 6000 3 8000 4 56000 40003 14000 2 32000 5 200000 Nom Nom Y Y Já o PIB Real do ano 1 em moeda do ano 0 é dado por Quantidades produzidas no ano 1 aos preços do ano 0 0 1 40002 14000 3 32000 4 178000 Y Moeda do Ano Logo a taxa de crescimento do PIB Real do ano 1 é igual a 1 178000 56000 100 21716 56000 gy A inflação medida pelo Deflator Implícito do PIB índice de preços de Paasche pode ser calculado da seguinte forma 1 1 10 1 1 10 1 100 200000 1 100 1236 178000 DIP DIP PIB NOMINAL Inflação DIP PIB REAL Inflação DIP Já o Índice de Preços de Laspeyres é calculado da seguinte forma 1 1 0 0 0 1 3 3 000 2 6 000 5 8 000 1 0893 56 000 n i i n i i i i p Índice de Laspeyres q p q A inflação segundo o ILpreços é 893 menor que a calculada utilizando o DIP Item 4 devemos lembrar que dois bens são complementares caso a elasticidade cruzada seja negativa O problema é que a demanda por Z aumentou mas não sabemos se isso ocorreu por conta exclusivamente da variação no preço de Y pois os preços de X e de Z também foram alterados Por isso F Você conseguiria raciocinar em termos da PYQZ Produto Renda Dispêndio Demanda A Identidade Fundamental Economia Fechada G I C PRODUTO DEMANDA FINAL RENDA Oferta Composição do Produto w A R L n i iQi P 1 R 1000 700 200 100 500 300 150 50 Logo podemos calcular o produto utilizando a ótica da oferta da demanda ou da renda Nos três casos chegaremos ao mesmo valor Mas se alguns bens forem produzidos por exemplo 100 mas não forem vendidos demandados Teremos uma variação de estoques igual a 100 investimento em estoques de forma que o PIB calculado pela ótica da oferta ou da demanda será idêntico Onde w salários A aluguéis R juros L lucros C consumo das famílias G consumo do governo I investimento privado público Observação I FBK formação Bruta de Capital I FBK FBKF Estoques Formação Bruta de Capital Fixo Consumo Final Consumo Total Produto Renda e Despesa Firmas Famílias Mercados de Fatores de Produção Mercados de Bens e Serviços Despesas PIB Receitas PIB Salários Aluguéis Juros e Lucros PIB Renda PIB Bens e Serviços Vendidos Bens e Serviços Comprados Trabalho Terra e Capital Fatores de Produção 591 1765 6292 1352 PIBBrasil Ótica da Oferta 2020 Fonte IBGE Agropecuária Indústria Serviços Impostos s produtos O IBGE é bem mais específico Por exemplo dentro da Indústria Indústria Geral temos i Extrativa Mineral ii Indústria de Transformação iii Bens de Capital iv Bens Intermediários v Bens de Consumo Bens de Consumo Duráveis Bens de Consumo Semi e Não Duráveis Claro essa subdivisão também é possível nos outros setores Observação Serviços i Comércio ii Transporte Armazenagem e Correio iii Serviços de Informação iv Intermediação Financeira e Seguros v Serviços Imobiliários e Aluguéis vi Administração Pública vii Outros Serviços Observação 6271 2049 1643 103 1687 1548 PIBBrasil Ótica da Demanda 2020 Fonte IBGE Consumo das Famílias Consumo do Governo FBKF Variação de Estoques Exportações de Bens e Serviços Importações de Bens e Serviços Identidades Básicas com Economia Fechada DA C I G Composição do Produto Y C S T Destino da Renda Poupança Privada Carga Tributária Bruta Como Y DA C I G C S T P P g Logo G T S I I S S Interpretando Se o consumo governamental for maior que a carga tributária bruta o governo será despoupador Nesse caso economia fechada parte da poupança privada será utilizada para financiar o governo e parte para financiar o investimento Note então que o investimento é financiado pelas poupanças pública e privada poupança doméstica Como o investimento total é dado pelo investimento público mais o investimento privado temos P P g G T S I I S S D P g P g I S I I I S S Poupança Doméstica pública privada Identidades Básicas com Economia Fechada E se a economia fosse aberta Poderíamos ter I S Quais as consequências disso Antes de responder essas perguntas vamos ver alguns conceitos referentes à contabilidade pública Carga Tributária Bruta T Total dos impostos arrecadados no país Carga Tributária Líquida TL Podemos chamar de RLG Carga tributária bruta menos as transferências governamentais juros da dívida pública subsídios gastos com assistência e previdência social Poupança do Governo em Conta Corrente Carga tributária líquida menos o consumo do governo Poupança Pública x Déficit Público Definições g S Transferências de renda do governo para o setor privado sem a contrapartida da prestação de um serviço atual Note que os juros incidentes sobre a dívida pública não respeitam essa definição pois representam a remuneração de um fator de produção o capital monetário Entretanto a STN contabiliza os juros como transferências Déficit Público Variação da Dívida Governamental Logo déficit público e despoupança do governo são conceitos diferentes e a diferença entre eles é o valor do investimento governamental 1 g g g g t t t t D D I S Poupança Pública x Déficit Público Déficit Nominal X Déficit Primário 1 1 g g g g t t t t t t t D D G Tr T I iD Déficit Nominal NFSP Total das despesas menos receitas não financeiras Logo o déficit primário é dado pelo déficit nominal menos as despesas financeiras do governo juros g t t t t G Tr T I Déficit Primário O déficit nominal representa a diferença entre o fluxo agregado de despesas totais e de receitas totais do setor público não financeiro num determinado período Essa diferença corresponde à necessidade de financiamento do setor público NFSP A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB O governo assim como as famílias defrontase com uma restrição orçamentária intertemporal A Matemática dos Déficits e da Dívida Como vimos déficit orçamentário no ano t é igual a Observe que agora estamos considerando a despesa real com juros sobre o estoque da dívida pública do período anterior ou seja r é a taxa real de juros incidente sobre a dívida governamental Veremos que isso é necessário para analisar o comportamento da relação dívidaPIB pois a diferença entre a taxa real de juros e a taxa real de crescimento é um fator relevante 1 1 g g g g t t t t t t t D D rD G Tr I T Logo a dívida do governo no final do ano t é igual a Portanto se partirmos de uma dívida de 100 com um superávit primário igual a zero e uma taxa de juros incidente sobre a dívida de 10 teremos uma dívida no final do período t igual a Caso o governo não queira que a dívida cresça a taxa 1r ele deverá obter um superávit primário no valor de 10 1 1 g g g t t t t t t D r D G Tr I T 1 1 110 tg r D A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB Também Podemos Observar que Um aumento do gasto do governo G Tr ou Ig ou uma redução dos impostos aumento do déficit primário deverá ser compensada por um aumento dos impostos no futuro ou um por corte de gastos Quanto mais o governo esperar para aumentar os impostos ou cortar os gastos ou quanto mais alta for a taxa real de juros maior deverá ser o ajuste fiscal no futuro A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB A partir dos cálculos anteriores dos déficits e dívidas podemos tirar as seguintes conclusões O legado de déficits passados é uma dívida pública maior Para estabilizar a dívida o governo deve eliminar o déficit Para eliminar o déficit o governo deve gerar um superávit primário igual aos pagamentos de juros sobre a dívida existente A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB A razão dívidaPIB ou coeficiente de endividamento fornece a razão entre a dívida e o PIB Note que o último termo é o déficit primário em relação ao PIB dt I 1 1 g g g t t t t t t t t t D D G Tr I T r Y Y Y Agora temos todos os termos da equação em relação ao PIB 1 1 1 1 g g t t t t t t t D Y D r d Y Y Y Multiplicando e dividindo o segundo termo pelo produto defasado em um período II A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB Sendo a taxa de crescimento real do PIB 1 1 1 1 1 1 1 1 1 t t t t t t t t t y y y t t t t y Y Y Y Y Y g g g Y Y Y Y g ty g 1 1 1 1 1 1 1 1 1 t t g g g g t t t t t t t y t t y t D D D D r r d d Y g Y Y g Y Substituindo em II III Utilizando uma aproximação útil 1 1 1 t t y y r r g g Substituindo em III A Restrição Orçamentária Intertemporal do Governo e a Razão DívidaPIB 1 1 1 t g g t t y t t t D D r g d Y Y IV 1 1 1 1 t g g g t t t y t t t t D D D r g d Y Y Y V A equação V nos mostra que a relação dívidaPIB aumenta Quanto maior a taxa de juros incidente sobre a dívida Quanto menor a taxa de crescimento do PIB real Quanto maior o coeficiente de endividamento inicial Quanto maior o déficit primário em relação ao PIB Resultados Primário e Nominal Resultado Fiscal PIB Fonte BCB Primário GC EM EE Total JN Nominal 19851989 040 010 100 070 nd nd 19901994 160 060 060 280 nd nd 19951998 030 040 010 020 600 620 19992002 190 060 080 330 730 400 20032006 250 090 070 410 730 320 2007 229 115 001 345 640 295 2008 235 101 006 342 546 204 Resultados Primário e Nominal Resultado Fiscal PIB Fonte BCB Primário GC EM EE Total JN Nominal 2009 131 065 004 200 528 328 2010 209 055 006 270 518 248 2011 225 080 007 312 571 259 2012 196 049 006 239 486 247 2013 155 034 001 188 514 326 2014 04 015 008 063 608 671 2015 198 016 007 189 850 1039 2016 254 004 004 254 650 904 2017 181 011 001 169 611 780 2018 170 005 006 159 555 714 Resultados Primário e Nominal Os dados mais atuais 2019 NFSP 579 JN 496 Déf Prim 084 2020 NFSP 137 JN 422 Déf Prim 949 Grande parte dos gastos em 2020 foram excepcionais por conta da Covid além da queda na receita A expectativa para 2021 Relatório Focus é de um Déficit Primário de 205 do PIB e Déficit Nominal de 645 do PIB 16072021 IPCA 631 IPCA atualizações últimos 5 dias úteis 643 PIB 527 Taxa de câmbio Fim de período RUS 525 Meta Taxa Selic fim de período pa 675 IGPM 1835 Preços Administrativos 430 Produção Industrial 600 Conta Corrente US bilhões 870 Balança Comercial US bilhões 6870 Investimento Direto no País US bilhões 5000 Dívida Líquida do Setor Público do PIB 6150 Resultado Primário do PIB 260 Resultado Nominal do PIB 645 O BCB divulga os valores e composição das dívidas bruta e líquida do Governo Geral União Estados e Municípios e da dívida líquida do Setor Público Governo Geral BC e estatais não financeiras exclusive Petrobras e Eletrobras No caso da dívida bruta o BC adota um conceito diferente do padrão internacional do FMI o que diminui o endividamento bruto do Governo Geral Nossa autoridade monetária considera como dívida somente os títulos que o BC vendeu ao mercado em operações compromissadas Já no caso do FMI todos os títulos emitidos pelo TN de posse do BC são considerados dívida títulos livres na carteira do BCB A diferença entre dívida bruta e líquida acontece por conta de alguns créditos do governo como conta única no BCB recursos do FAT nos bancos créditos ao BNDES aplicações na rede bancária No caso de comparações internacionais é adequado usar a DBGG do FMI Conceitos de Dívida Governamental 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Dívida Pública Brasil DLSP BCB DLGG BCB DBGG BCB DBGG IMF O Balanço de Pagamentos é o registro sistemático das operações entre residentes e não residentes Padrões Metodológicos Internacionais FMI Recomendações para a compilação e apresentação das contas macroeconômicas de forma a assegurar a consistência entre as várias estatísticas macroeconômicas e permitir a comparabilidade das estatísticas entre os países e de um mesmo país ao longo do tempo Versões do Manual de Balanço de Pagamentos BPM 1948 BPM1 1950 BPM2 1961 BPM3 1977 BPM4 1993 BPM5 Adotado no Brasil em 2001 2009 BPM6 Adotado no Brasil em abril de 2015 No futuro BPM7 Balanço de Pagamentos A Estrutura do Balanço de Pagamentos BPM4 Estrutura das Contas O Balanço de Pagamentos é dividido em duas grandes contas Conta Corrente Transações Correntes Mercadorias e serviços inclusive remuneração de capitais rendas e donativos Movimento de Capitais Conta de Capitais Capitais Autônomos Moeda créditos e títulos representativos de investimentos movimentações financeiras A CC K BP Capitais Autônomos Se o saldo do balanço de pagamentos for negativo seu financiamento será feito via capitais compensatórios Kc 0 Na impossibilidade de conseguir empréstimos de regularização organismos internacionais o país em questão terá que queimar reservas internacionais ou creditar a conta atrasados A C CC K BP K Logo se BP 0 Kc 0 Empréstimos de Regularização Perda de Reservas Internacionais Atrasados I Balanço Comercial Exportações Importações II Balanço de Serviços Viagens Internacionais Transportes Seguros Rendas de Capital Lucros e Dividendos Lucros Reinvestidos Juros Serviços Governamentais Outros Serviços III Transferências Unilaterais Donativos IV Saldo do Balanço de Pagamentos em CC I II III Serviços Fatores remuneração de algum fator de produção V Movimento de Capitais Autônomos Investimentos Diretos Reinvestimentos Empréstimos e Financiamentos Amortizações Capitais de Curto Prazo Outros Capitais VI Erros e Omissões VII Saldo Total do Balanço de Pagamentos IV V VI VIII Movimento de Capitais Compensatórios Demonstrativo de Resultados VII a Contas de Caixa Reservas Haveres a Curto Prazo no Exterior Ouro Monetário Direitos Especiais de Saque moeda escritural do FMI Posição de Reservas no Fundo bEmpréstimos de Regularização c Atrasados Observação Como o BP é apresentado em US como procederíamos no caso de uma depreciação do dólar que aumentasse nosso volume de reservas internacionais em Reais Existe uma conta específica para esse lançamento Contrapartida para valorizaçãoDesvalorização Balanço de Pagamentos Conceitos Importantes Saldo de Bens e Serviços Não Fatores Transferência Líquida de Recursos ao Exterior Hiato de Recursos Logo TLRE RLRE CC Saldo de Serviços Fatores TU Renda Líquida Recebida do Exterior RLRE Renda Líquida Enviada ao Exterior RLEE RLEE saldo dos serviços fatores de produção TU Logo a renda líquida enviada ao exterior é a parte da renda gerada no território nacional que pertence a nãoresidentes menos a parte da renda gerada fora do território nacional que pertence a residentes Desta forma podemos definir o produto nacional bruto como PIB x PNB Produto Nacional Bruto PNB PIB Renda líquida enviada ao exterior PNB PIB Renda líquida recebida do exterior Ou Identidades com Economia Aberta Y Q C I G X ou Y C I G X Q Importações demanda de residentes sobre a produção estrangeira Exportações demanda de não residentes sobre a produção nacional Oferta Total nf nf PIB Q X G I C Y RLRE Q X G I C Y nf nf PNB Q X G I C YPNB Diferenciando o PIB do PNB Adicionando a RLRE temos Conta Corrente Exportações líquidas de bens e serviços nãofatores Y C S T Q Destino da Renda DA C I G X Composição do Produto Como DA Y temos Q X G T I S Despoupança do Governo Poupança Externa CC Identidades com Economia Aberta Com economia aberta o governo pode ser despoupador ao mesmo tempo em que o investimento supera a poupança privada Agora parte do investimento pode ser financiado com poupança externa que como veremos é dada pelo déficit em conta corrente do balanço de pagamentos Isolando o investimento temos I S T G Q X P g e I S S S Logo o investimento é financiado pelas poupanças privada pública e externa sendo esta última representada pelo déficit em conta corrente do BP Identidades com Economia Aberta O Significado do Resultado em CC PNB PNB Y C I G CC CC Y C I G PNB Se C I G Y Absorção Doméstica Produção Nesse caso o País em questão importa mais do que exporta gerando um déficit em CC que deve ser financiado através da entrada de capitais poupança externa aumentando assim o seu passivo externo líquido PNB Se C I G Y Absorção Doméstica Produção Nesse caso o País em questão exporta mais do que importa gerando um superávit em CC permitindo o financiamento do investimento no resto do mundo aumentando assim o seus ativos externos líquidos Resumindo Note que o excesso de absorção doméstica sobre a produção possui outro significado investimento maior que a poupança doméstica PNB CC Y C I G PNB D D PNB CC Y C I G Como S Y C G CC S I Logo quando o investimento supera a poupança doméstica parte dele será financiado através do ingresso de poupança externa déficit em CC do BP O Significado do Resultado em CC FINANCIAMENTO DA FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL valores correntes R milhões Famílias Governo Total Bruta doméstica Externaa Totala Fixo Variação de estoques A B C D BC E AD F G EF H I 2020 6738205 4454245 1372466 5826711 911494 149027 1060520 1032835 27685 Renda disponível bruta Período Consumo final Poupança Formação bruta de capital P g e I S S S Exemplo 3 Considere as seguintes operações entre residentes e não residentes de um país num determinado período de tempo em milhões de dólares o país exporta mercadorias no valor de 500 recebendo a vista o país importa mercadorias no valor de 400 pagando a vista o país paga 100 a vista referente a juros lucros e aluguéis o país amortiza empréstimo no valor de 100 ingressam no país máquinas e equipamentos no valor de 100 sob a forma de investimentos diretos ingressam no país 50 sob a forma de capitais de curto prazo o país realiza doação de medicamentos no valor de 30 Com base nestas informações podese afirmar que as reservas do país no período a tiveram uma elevação de 100 milhões de dólares b tiveram uma elevação de 50 milhões de dólares c tiveram uma redução de 100 milhões de dólares d tiveram uma redução de 50 milhões de dólares e não sofreram alterações Conta A B C D E F G Saldo Haveres de Curto Prazo no Exterior 500 400 100 100 50 50 Exportações 500 30 530 Importações 400 100 500 Juros Lucros e Aluguéis 100 100 Amortizações 100 100 Investimento Direto 100 100 Capitais de Curto Prazo 50 50 transferências Unilaterais 30 Lançamentos Balanço de Pagamentos Balanço Comercial 30 Exportações 530 Importações 500 Balanço de Serviços 100 Juros Lucros e Aluguéis 100 Transferências Unilaterais 30 Conta Corrente 100 Conta de Capitais 50 Investimento Direto 100 Capitais de Curto Prazo 50 Amortizações 100 Saldo do Balanço de Pagamentos 50 Capitais Compensatórios 50 Haveres de Curto Prazo no Exterior 50 Como o saldo do BP foi igual a 50 na ausência de empréstimos de regularização o País perdeu reservas no valor de 50 Dúvidas O PIB é maior que o PNB O Investimento é maior que a poupança doméstica Calculando o PIB Pela Ótica da Renda PIBPM Impostos Indiretos II Subsídios PIBCF Custo dos Fatores Depreciação PILCF Produto Interno Líquido RLEE PNLCF Renda Nacional Líquida Impostos e subsídios distorcem a relação entre o preço de mercado e o rendimento custo dos fatores Como veremos hoje utilizamos o termo Preços Básicos Calculando o PIB Pela Ótica da Renda Lucros Retidos Impostos Diretos Sobre Empresas Outras Receitas do Governo Transferências Governamentais Renda Pessoal Impostos Diretos Sobre as Famílias Renda Pessoal Disponível RPD Transferências renda do governo para o setor privado Poupança Privada Sfamílias Lucros Retidos RPD salários aluguéis juros lucros líquidos Exemplo 4 Considere uma economia hipotética apresentando os seguintes dados em unidades monetárias para um determinado período Analise os valores dos aluguéis da variação de estoques do Produto Nacional Bruto a custo de fatores e da Oferta Total de bens e serviços dessa economia I O valor dos aluguéis nesta economia é igual a 230 unidades monetárias II O valor correspondente à variação de estoques é igual a 650 unidades monetárias III O Produto Nacional Bruto a custo de fatores soma 1910 unidades monetárias IV A oferta total de bens e serviços nesta economia corresponde a 2700 unidades monetárias Estão corretas apenas as afirmativas A II III IV B III IV C I II D I III IV E I II III IV Começarei pelo item II O investimento formação bruta de capital fixo mais variação de estoques é dado pelo somatório das poupanças privada pública saldo do governo em conta corrente e poupança externa déficit em conta corrente do BP Note que o déficit em CC do BP 20 superávit de 20 Logo nesta economia o investimento é inferior a poupança doméstica com parte da poupança doméstica sendo utilizada para financiar a formação de capital no resto do mundo Note também que o enunciado referese a poupança líquida do setor privado Portanto para obtermos a poupança bruta devemos adicionar a depreciação Logo como a FBKF 750 temos Logo II é falsa 80 90 50 20 100 P g e I FBKF E S S S I I 100 750 650 E E Item IV A oferta total é dada pela produção doméstica mais as importações Portanto YPIB QBSNF 1500 100 500 200 2300 2300 400 2700 PIB NF Y C I G X Q PIB Oferta Total Logo IV é verdadeira Item III O produto interno bruto ao custo dos fatores é dado pelo PIB a preços de mercado menos os impostos indiretos mais os subsídios Para encontrarmos o PNB ao custo de fatores basta adicionar a renda líquida recebida do exterior ou retirar a RLEE Logo III é verdadeira 2300 250 40 180 1910 CF PM CF PNB PIB II subs RLRE PNB Item I Para calcular o valor dos aluguéis temos que entender o cálculo do PIB pela ótica da renda explicitado através da tabela abaixo onde a RPD equivale ao somatório dos salários aluguéis juros e lucros em termos líquidos Logo temos Portanto o item I é verdadeiro RPD 2300 250 40 90 180 280 50 390 300 1580 1580 1580 800 150 400 230 PM RPD PIB II sub Deprec RLEE IDempresas ORCLG TR empresas e fam IDfam w A J L A A BPM5 Principais Alterações Segundo o BCB Algumas modificações importantes outras nem tanto Os três primeiros itens são muito relevantes a Introdução da Conta Capital Transferências unilaterais de patrimônio de migrantes e a aquisiçãoalienação de bens não financeiros não produzidos cessão de marcas e patentes b Introdução da Conta Financeira Substituiu a conta de capitais Portanto evidencia as movimentações financeiras c Inclusão no item Investimentos Diretos dos empréstimos intercompanhia empréstimos praticados entre empresas integrantes de mesmo grupo econômico de qualquer prazo nas modalidades de empréstimos diretos e colocação de títulos BPM5 Principais Alterações Segundo o BCB d Conta Corrente Clara distinção entre bens serviços renda e transferências correntes maior detalhamento principalmente dos serviços e rendas e Reclassificação de todos os instrumentos de portfolio f Introdução de grupo específico para registro das operações com derivativos financeiros anteriormente alocados na conta serviços e nos capitais a curto prazo I Transações Correntes Balanço Comercial Serviços e Rendas Serviços Rendas Transferências Unilaterais Correntes II Conta de Capital e Financeira Conta de Capital Transferências Unilaterais de Patrimônio Conta Financeira Antiga Conta de Capitais III Erros e Omissões IV Saldo do BP V Haveres da Autoridade Monetária O Balanço de Pagamentos a Partir de 2001 Estrutura BPM6 Principais Alterações Segundo o BCB Abril de 2015 O BCB passou a publicar as estatísticas de Balanço de Pagamentos BP e Posição Internacional de Investimento PII em conformidade com o BPM6 do FMI publicado em 2009 Mudanças recomendadas pelo BPM6 Três Tipos Lançamentos Convenções de Sinais Títulos das Contas BPM6 Principais Alterações Segundo o BCB Lançamentos Operações de merchanting na conta de bens antes em serviços Serviços manufatureiros sobre insumos físicos de propriedade de terceiros classificados como bens para processamento no BPM5 e de serviços de manutenção e reparos niop Não Incluída em Outras Posições reparos de bens no BPM5 foram alteradas de bens para serviços Transferências de migrantes deixa de ser classificada em outras transferências de capital na Conta Capital Investimento reverso na categoria investimento direto foi alterada de forma a exibir ativos e passivos em base bruta Bens sob merchanting bens comprados e revendidos fora do país sem entrar ou sair fisicamente do território nacional As transferências de migrantes não devem ser incluídas nas contas do BP no padrão BPM6 por não existir mudança de titularidade do patrimônio Em virtude da mudança de residência do proprietário mas não da propriedade de nenhum de seus ativos as alterações no volume de ativos transnacionaisa exemplo de saldos bancários e de propriedade imobiliária e de obrigações entre distintas economias são registradas como reclassificações na rubrica outras alterações de volume na PII Ativos e obrigações financeiras de pessoas que alteram seu país de residência são discutidos nos parágrafos 921923 do BPM6 Convenção de Sinais No BPM6 as rubricas da conta financeira foram alteradas de créditos e débitos para aquisição líquida de ativos financeiros e incidência líquida de passivos financeiros ie todas as mudanças relacionadas aos lançamentos a débito e a crédito são registradas separadamente em termos líquidos para ativos e passivos financeiros Um sinal positivo indica aumento de ativos ou passivos e um sinal negativo indica redução de ativos ou passivos No BPM6 sinais positivos indicam exportações e importações receitas e despesas de rendas receitas e despesas de transferências e aumentos em ativos e passivos Sinais negativos somente serão utilizados para indicar renda negativa perdas e reduções de ativos ou passivos por exemplo quando investimentos são retornados os desinvestimentos BPM5 Conta Financeira Saldo Investimentos Diretos 100 Crédito 500 Débito 400 BPM6 Conta Financeira Saldo Investimentos Diretos 100 Investimento direto no país 500 Investimento direto no exterior 400 Exemplo no caso do ingresso de IDE no valor de US 500 e saída de IDE investimento de residentes no exterior no valor de 400 Note que independentemente de como aparece no BP temos uma entrada líquida de recursos de US 100 por conta de investimento direto estrangeiro O site do BCB permite acessar o BP completo BPM5 e BPM6 httpswwwbcbgovbrestatisticastabelasespeciais Várias outras informações estão disponíveis no site como o fluxo de IDE I Transações Correntes Balanço Comercial Serviços Renda Primária Juros Lucros Dividendos Renda Secundária TU Correntes II Conta de Capital e Financeira Conta de Capital Transferências Unilaterais de Patrimônio Conta Financeira Antiga Conta de Capitais III Erros e Omissões O Balanço de Pagamentos a Partir de 201504 Estrutura Títulos das Contas E a Conta de Haveres Aparece dentro da Conta Financeira com o nome Ativos de Reserva Balanço de Pagamentos Principais Contas 2018 e 2019 Em US milhões 2018 2019 1 Transações correntes 41540 50762 Balança comercial bens 53047 39404 Exportações 1 239537 224436 Importações 2 186490 185032 Serviços 35734 35141 Renda primária 58825 55989 Renda secundária 28 964 CC BC BS RP RS 2019 2019 39404 35141 55989 964 50762 CC CC 56474 26197 1673 1604 26055 53056 CF ID IC Deriv Outros Invest Ativos de Reserva CF 2 Conta Capital e Financeira 42862 53425 Conta capital 440 369 Conta financeira 3 42422 53056 Investimentos diretos 76138 56474 Investimento direto no exterior 2025 22085 Investimento direto no país 78163 78559 Investimentos em carteira 6861 26197 Investimento em carteira ativos 458 15163 Investimento em carteira passivos 6403 11034 Derivativos ativos e passivos 2753 1673 Outros investimentos 21175 1604 Outros investimentos ativos 9862 488 Outros investimentos passivos 11313 1116 Ativos de reserva 4 2928 26055 Erros e omissões 1322 2663 Brasil no Exterior Desinvestimentos 78163 2025 Brasil no Exterior Desinvestimentos Balanço de Pagamentos Principais Contas 2018 e 2019 Em US milhões 2018 2019 1 Transações correntes 41540 50762 2 Conta Capital e Financeira 42862 53425 Conta capital 440 369 Conta financeira 3 42422 53056 Ativos de reserva 4 2928 26055 Erros e omissões 1322 2663 Memo Transações correntes PIB 220 276 Investimento direto no país PIB 415 427 Fonte BCB 1 Exclui mercadorias deixando o território nacional sem mudança de proprietário Inclui mercadorias entregues no território nacional exportação ficta encomendas postais e outros ajustes 2 Exclui mercadorias ingressando no território nacional sem mudança de proprietário Inclui mercadorias entregues fora do território nacional importação ficta importação de energia elétrica sem cobertura cambial encomendas postais e outros ajustes 3 Conta financeira fluxos de investimentos ativos fluxos de investimentos passivos 4 Sinal negativo indica aumento de reservas sinal positivo indica redução de reservas 2019 0 50762 53425 26055 2663 26055 Observe que CC CCF EO BP Déficit no BP Perda de Reservas Anteriormente faríamos da seguinte forma CC 50762 CCF 27370 53425 26055 EO 2663 Saldo do BP 26055 Haveres de CP no Exterior 26055 Perda de Reservas EXEMPLO 5 QUESTÃO 01 2020 ANPEC Com base na sexta edição do Manual do Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional BPM6 avalie as seguintes afirmativas como verdadeiras ou falsas 0 As variações nas reservas internacionais são contabilizadas na Conta Financeira como Ativos de Reserva 1 Os salários recebidos por trabalhadores residentes quando trabalham para uma empresa não residente no país são contabilizados na Conta de Serviços 2 As remessas de dinheiro de imigrantes no exterior para seus países de origem são contabilizadas na Conta Capital 3 A amortização de um passivo externo é contabilizada na Conta de Rendas Primárias 4 O saldo da Conta Financeira é calculado pela diferença entre a aquisição líquida de Ativos Financeiros e a incidência líquida de Passivos Financeiros V F F F V 0 As variações nas reservas internacionais são contabilizadas na Conta Financeira como Ativos de Reserva 1 Os salários recebidos por trabalhadores residentes quando trabalham para uma empresa não residente no país são contabilizados na Conta de Serviços 2 As remessas de dinheiro de imigrantes no exterior para seus países de origem são contabilizadas na Conta Capital V F F Como acabamos de ver BPM5 em Rendas No BPM6 em Renda Primária Depende do motivo da transferência Caso seja uma transferência unilateral de renda será contabilizada na conta Renda Secundária 3 A amortização de um passivo externo é contabilizada na Conta de Rendas Primárias 4 O saldo da Conta Financeira é calculado pela diferença entre a aquisição líquida de Ativos Financeiros e a incidência líquida de Passivos Financeiros F V A conta amortizações continua na conta financeira Quando existe o pagamento de um empréstimo amortização principal lançamos na conta Amortizações Já o s juros serviço da divisa são lançados na conta de Renda Primária Exatamente como vimos notando que esses ativos podem ser IED Investimentos em Carteira Derivativos Outros Investimentos Tipos de Desemprego I Desemprego Cíclico ou Conjuntural A insuficiência de demanda pode gerar uma recessão levando o produto para um nível inferior ao do produto potencial Quando isso ocorre a demanda por trabalho se reduz e vários indivíduos que desejam trabalhar ao salário real vigente não encontram emprego tratase de desemprego involuntário conjuntural que depende da posição cíclica da economia Indicadores do Mercado de Trabalho Tipos de Desemprego II Desemprego Natural Taxa de desemprego associada ao produto potencial da economia ou taxa natural de desemprego Taxa de desemprego não aceleradora da inflação Taxa de desemprego de longo prazo diferente entre os diversos países compatível dom a estabilidade da taxa de inflação Indicadores do Mercado de Trabalho A taxa natural possui dois componentes a Desemprego Friccional associado às modificações de emprego por parte dos trabalhadores b Desemprego Estrutural depende do funcionamento das instituições que regulam o mercado de trabalho custos de contratação e demissão legislação sobre salário mínimo legislação sobre seguro desemprego Indicadores do Mercado de Trabalho PME e PNAD Contínua Idealizada em 2006 e com dados coletados a partir de 2012 a PNAD Contínua foi desenhada para ser uma pesquisa trimestral com informações mais abrangentes sobre mercado de trabalho do país e substituir a PME O IBGE apresenta dados mensais da pesquisa a partir de 2015 as divulgações a cada três meses começaram em 2014 Periodicidade mensal para um conjunto restrito de indicadores relacionados à força de trabalho A cada mês são divulgados números referentes a aquele mês junto com os dois meses imediatamente anteriores Tratase de um modelo que utiliza médias trimestrais Diferenças a Amplitude a PNAD possui uma amostra maior e é realizada em mais de 3500 municípios brasileiros b Conceito de PIA na PNAD para pertencer à PIA o indivíduo deve ter 14 anos ou mais anteriormente desde 2002 10 anos c Conceito de Desocupação na PME só era considerada desempregada a pessoa que além de estar sem trabalho e disponível para entrar no mercado havia procurado emprego nos últimos 30 dias Já na PNAD estar sem ocupação e ao mesmo tempo disponível para um emprego é o suficiente para a pessoa ser considerada desocupada PME e PNAD Contínua Observações Sobre a PNAD Contínua Divulga os dados de desemprego dividindo os indivíduos por faixa etária raça e gênero homens e mulheres Divulga os dados de emprego dividindo os indivíduos em relação ao empregador público ou privado e em relação à situação com ou sem carteira assinada Divulga dados sobre o salário médio habitualmente recebido pelo trabalhador obviamente que estamos nos referindo ao salário real PME e PNAD Contínua População em Idade Ativa PIA População com 14 anos ou mais População Economicamente Ativa PEA Força de Trabalho População em Idade Ativa integrada ao mercado de trabalho Para ser considerado membro da PEA o indivíduo tem de ter ficado empregado ou tem de ter procurado emprego nos trinta dias anteriores a pesquisa mensal de emprego PME realizada pelo IBGE Indicadores do Mercado de Trabalho A diferença entre a PIA e a PEA é a população ativa não integrada ao mercado de trabalho ou PNEA população não economicamente ativa incapacitados aposentados e pensionistas estudantes detentos trabalhadores dedicados aos afazeres domésticos e os inativos os que não buscam nem desejam trabalhar Indicadores do Mercado de Trabalho População com Menos de 14 Anos População com 10 Anos ou mais População Não Economicamente Ativa População Economicamente Ativa Desempregados Ocupados População Total PEA PIA PINA População em Idade Não Ativa Mercado Formal e Informal 100000 20000 80000 80000 10000 70000 70000 7000 63000 20000 Indicadores do Mercado de Trabalho Logo a taxa de desemprego é dada por PEA u D Número de Desempregados A Taxa de Participação da Força de Trabalho é a relação entre a PEA e a PIA PEA Taxa de Participação PIA A importância da Taxa de Participação imagine que os estudantes comecem a ingressar mais cedo no mercado de trabalho para complementar a renda dos pais A taxa de participação aumentaria podendo aumentar a taxa de desemprego sem que houvesse a extinção de postos de trabalho Indicadores do Mercado de Trabalho Sobre a Taxa de Participação A taxa de participação é maior entre os homens afazeres domésticos maior entre as mulheres A taxa de participação é maior entre os adultos comparativamente aos jovens e idosos pelos motivos educação e aposentadoria respectivamente A taxa de participação entre as mulheres tende a aumentar com o desenvolvimento econômico a relação entre a mulher e o trabalho passa a ser vista de outra forma Indicadores do Mercado de Trabalho Obviamente existe um componente sazonal na taxa de desemprego Quanto maior a sazonalidade maior a taxa de rotatividade no emprego Setores com a presença de grande quantidade de mão de obra qualificada tendem a possuir baixa rotatividade Taxa de Rotatividade Rotatividade é a substituição de trabalhadores pela empresa Assim se a empresa contrata 15 trabalhadores em um certo mês e demite 5 supõese que 5 dos 15 contratados sejam para substituir os cinco desligados Os outros 10 são os que representam aumento do emprego Supondo que a empresa possuísse 100 trabalhadores no mês anterior a taxa de rotatividade seria dada por 5100 ou seja 5 5 dos trabalhadores rodaram Inversamente se a empresa demite 25 e contrata 10 supõese que 10 contratados foram para substituir 10 dos 25 demitidos Logo a taxa de rotatividade seria dada por 10100 10 Observações Quanto maior a sazonalidade maior a taxa de rotatividade Setores com a presença de grande quantidade de mão de obra qualificada tendem a possuir baixa rotatividade Logo podemos escrever uma expressão para a taxa de rotatividade Note que a expressão acima funciona para os nossos dois exemplos anteriores t t R t min A D t 100 E R R min 155 min 1025 t 100 5 e t 100 10 100 100 Taxa de Rotatividade Mercado de Trabalho Políticas Ativas e Passivas A atuação do governo no mercado de trabalho é realizada prioritariamente de duas formas através de políticas ativas e políticas passivas O objetivo das políticas ativas é aumentar o nível de emprego e de salários das pessoas que possuem dificuldade em se inserir no mercado de trabalho O objetivo das políticas passivas é garantir um determinado nível de consumo e bem estar para aqueles trabalhadores que não conseguiram se inserir na atividade econômica O sistema público de emprego tem sido tradicionalmente caracterizado por uma combinação de políticas passivas por exemplo o seguro desemprego e ativas por exemplo formação profissional e frentes de trabalho de emprego Exemplo 6 Suponha uma economia com os seguintes indicadores para o mercado de trabalho População Total 1000 PIA 800 População Desocupada 200 PEA 600 Logo temos a população ocupada 400 a taxa de participação TP 600800 075 75 a taxa de desocupação u 200600 033 333 a taxa de Inatividade TI 200800 025 25 Suponha que 100 estudantes com mais de 10 anos passem procurar emprego Logo agora eles também pertencem a PEA Supondo ainda que nenhum deles encontre emprego temos PIA 800 PEA 700 Taxa de Participação TP 700800 0875 875 Número de Desocupados 300 Taxa de Desemprego u 300700 0429 429 Note que o aumento na taxa de participação aumentou a taxa de desemprego sem que houvesse uma redução do número de vagas empregos Simplesmente a oferta de trabalho aumentou sem a contrapartida da demanda POPULAÇÃO OCUPADA POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO Em Com carteira assinada Sem carteira assinada 2012 Março 381 125 125 69 39 234 27 100 2013 Janeiro 388 121 121 69 41 229 32 100 2014 Janeiro 394 116 121 65 41 233 31 100 2015 Janeiro 394 112 123 65 43 235 29 100 2016 Janeiro 384 107 122 68 42 252 25 100 2017 Janeiro 377 116 122 67 47 247 24 100 2018 Janeiro 364 120 123 69 48 253 24 100 2019 Janeiro 356 122 124 67 49 258 23 100 2020 Janeiro 358 124 122 66 47 261 21 100 2021 Janeiro 346 114 140 57 45 273 24 100 Fevereiro 346 114 139 57 45 275 24 100 Março 345 113 138 58 44 278 24 100 Abril 344 113 138 58 44 280 23 100 Fonte IBGEPME Elaboração IpeadataDimac a Inclui setor público militar e RJU e empregados não remunerados Empregado no setor privado Empregado no setor público Período Total Trabalhador familiar auxiliar Trabalhador doméstico Empregador Contaprópria O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED foi criado como registro permanente de admissões e dispensa de empregados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho CLT É utilizado pelo Programa de Seguro Desemprego para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas além de outros programas sociais O CAGED CRIAÇÃO DE NOVAS VAGAS FORMAIS Pessoas Admissões Demissões Saldo 2020 Janeiro 1342262 1275444 66818 Fevereiro 1443388 1254519 188869 Março 1316655 1524056 207401 Abril 598596 1459099 860503 Maio 703921 1035822 331901 Junho 895460 906444 10984 Julho 1043650 912640 131010 Agosto 1239478 990090 249388 Setembro 1379509 1065945 313564 Outubro 1548628 1153639 394989 Novembro 1532189 1117633 414556 Dezembro 1239280 1307186 67906 2021 Janeiro 1527083 1266730 260353 Fevereiro 1694604 1292965 401639 Março 1608007 1423867 184140 Abril 1381767 1260832 120935 Maio 1548715 1268049 280666 Fonte MTECAGED Elaboração IpeadataDimac A partir de janeiro de 2020 dados divulgados pelo NOVO CAGED Empregados Período 50 70 90 110 130 150 170 201203 201206 201209 201212 201303 201306 201309 201312 201403 201406 201409 201412 201503 201506 201509 201512 201603 201606 201609 201612 201703 201706 201709 201712 201803 201806 201809 201812 201903 201906 201909 201912 202003 202006 202009 202012 202103 Taxa de Desocupação IBGE PNAD Contínua 202103 202104 Componentes das Séries de Tempo Uma série temporal possui diversos componentes a Movimento de Longo Prazo Tendência b Movimentos Cíclicos Em torno da tendência c Movimentos Típicos de Épocas do Ano Sazonalidade d Movimentos Irregulares Não são previsíveis Distúrbio aleatório que não segue nenhum padrão aparente Exemplo PIB Trimestral Brasil 1996 2019 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 96 98 00 02 04 06 08 10 12 14 16 18 PIB Index Trimestral PIB Index Média Móvel 04 03 02 01 00 01 02 03 04 05 96 98 00 02 04 06 08 10 12 14 16 18 PIB Variação Ajustada Sazonalmente Sazonalidade o PIB sempre aumenta em T4 em relação ao T3 Série sem Tendência mas com alguns movimentos Irregulares 60 70 80 90 100 110 120 200201 200205 200209 200301 200305 200309 200401 200405 200409 200501 200505 200509 200601 200605 200609 200701 200705 200709 200801 200805 200809 200901 200905 200909 201001 201005 201009 201101 201105 201109 201201 201205 201209 201301 201305 201309 201401 201405 201409 201501 201505 201509 201601 201605 201609 201701 201705 201709 201801 201805 Produção Industrial Mensal Index PF 20021 20187 IBGE Produção Industrial Index média 2012 100 Produção Industrial Dessazonalizada Index média 2012 100 Observe no slide seguinte os dados mais recentes sobre o comportamento do PIB óticas da oferta e demanda publicados na seção de Atividade Econômica da Carta de Conjuntura 40 do IPEA Note que são calculadas três taxas de crescimento a Trimestre em relação ao trimestre anterior TsT b Trimestre em relação ao mesmo período trimestre do ano anterior AsA interanual c Acumulada em 4 trimestres trimestral anualizada No quarto trimestre a taxa de crescimento no ano Como São Apresentados os Dados do PIB PIB a preços de mercado 92 Impostos sobre produtos 115 Valor adicionado a preços básicos 97 Agropecuária 01 Indústria 122 Extrativa 19 Indústria de transformação 189 Eletricidade e gás água esgoto atv de gestão de resíduos 60 Construção 75 Serviços 95 Comércio 131 Transporte armazenamento e correio 191 Informação e comunicação 29 Atividades financeiras de seguros e serviços 21 Atividades Imobiliárias 08 Outras atividades de serviços 170 Adm defesa saúde e educação públicas e seguridade social 71 PIB a preços de mercado 92 Absorção interna demanda interna final var de estoques 118 Demanda interna final 115 Consumo total 104 Consumo das famílias 114 Consumo do governo 78 FBCF 161 Exportações de bens e serviços 15 Importações de bens e serviços 114 Como foi dito as séries de tempo possuem 3 componentes tendência componente sazonal e um componente irregular Para que possamos comparar o crescimento em um trimestre contra o trimestre anterior a periodicidade do PIB é trimestral devemos descartar o componente sazonal Essas séries são transformadas utilizando um modelo ARIMA X13 que horror Observação Não acumule essas taxas tentando obter a taxa de crescimento anual a série foi transformada estatisticamente Como São Apresentados os Dados do PIB Calcular a taxa de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior evita a sazonalidade T4 contra T4 mas não uma possível irregularidade da série uma greve por exemplo A média das taxas de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior nos permitem calcular a taxa de crescimento acumulada nos últimos quatro trimestres Note que em T4 será a taxa de crescimento do ano últimos quatro trimestres terminados em T4 Como São Apresentados os Dados do PIB Taxas de Crescimento Mesmo Trimestre do Ano Anterior Ano T1 T2 T3 T4 2000 30 30 30 30 Note que a taxa de crescimento no ano de 2000 foi 3 Se as taxas de crescimento nos 3 primeiros trimestres fosse 2 qual deveria ser a taxa de crescimento em T4 para que a taxa de crescimento no ano fosse 3 6 Abaixo a tabela do documento Contas Nacionais Trimestrais Indicadores de Volume e Valores Correntes JanMar 2021 Publicado em 01062021 Como São Apresentados os Dados do PIB Veja a Planilha PIB Taxas de Crescimento Crescimento em 2000 405 Como São Apresentados os Dados do PIB Observem que podemos apresentar os mesmos dados taxas de crescimento e gráficos que aparecem no relatório do IBGE Contas Nacionais Trimestrais Indicadores de Volume e Valores Correntes JanMar 2021 Deixei disponível no meu site cnt20211tripdf Aplicação Coloque em uma planilha as séries de produção industrial e produção industrial dessazonalizada indústria Geral mensal desde 2010 As séries podem ser obtidas no IBGE ou na base de dados do IPEA IEADATA httpwwwipeadatagovbrDefaultaspx De qualquer forma as séries estão disponíveis no meu site planilha AtividadeEconômica7xlx Compre em um gráfico de linha o comportamento das séries Calcule a média móvel 12 meses Qual a Tendência da série Calcule as taxas de crescimento em relação ao período anterior Calcule as taxas de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior Calcule as taxas de crescimento anuais Quais devem ser as taxas de crescimento nos próximos meses para que a produção industrial termine o ano de 2021 com um crescimento de 4 suponha a mesma taxa para os próximos meses Abertura e Taxa de Câmbio A abertura no mercado de bens possibilita a escolha entre bens domésticos e estrangeiros A variável determinante de tal escolha é a taxa real de câmbio A Taxa de câmbio é o preço relativo dos bens domésticos comparativamente aos produzidos no exterior Sendo assim uma alteração em seu valor deve modificar as quantidades consumidas de ambos os bens importados e produzidos domesticamente por dois motivos substituição dos bens relativamente mais caros pelos mais baratos alteração na renda real A taxa nominal de câmbio E é a quantidade da moeda doméstica que pode ser adquirida com uma unidade da moeda estrangeira Logo se E 1 um dólar compra um real uma mercadoria que custe R 100 pode ser adquirida no exterior por US 100 preço da mercadoria doméstica em moeda estrangeira US 100 E 1 R 100 Preço do Bem no Brasil R 100 Abertura e Taxa de Câmbio Se por um aumento da demanda por US a taxa de câmbio passa a ser E 12 valorização da moeda estrangeira desvalorização da moeda doméstica ou desvalorização cambial temos Agora a mercadoria doméstica ficou mais barata na moeda estrangeira e a mercadoria estrangeira ficou mais cara na moeda doméstica Logo uma desvalorização aumento da taxa de câmbio estimula as exportações pois torna os bens domésticos mais baratos em moeda estrangeira e diminui as importações pois torna os bens estrangeiros mais caros em moeda doméstica note que com E 12 são necessários R 120 para a aquisição de US 100 US 8333 E 12 R 100 Preço do Bem no Brasil R100 Abertura e Taxa de Câmbio Entretanto imagine que no momento em que a taxa de câmbio nominal se desvalorizou em 20 os preços domésticos aumentaram 20 Agora mesmo com o câmbio nominal desvalorizado em 20 a mercadoria doméstica continua com o mesmo preço em moeda estrangeira um dólar compra 20 a mais de reais mas não compra mais produtos no brasil pois os preços em reais também subiram 20 US 100 E 12 R 120 Preço do Bem no Brasil R 120 Abertura e Taxa de Câmbio Portanto a taxa de câmbio relevante para medir a competitividade de uma nação em relação a outra é a taxa de câmbio real e ou seja a taxa nominal de câmbio ajustada às variações dos preços nos países logo Assim uma desvalorização real da taxa de câmbio aumenta as exportações e reduz as importações melhorando a balança comercial de uma nação No caso de uma valorização real temos os efeitos contrários Taxa Real de Câmbio P E P e Nível de preços externo Nível de preços doméstico A Taxa de Câmbio Durante o Plano Real 1993 1998 1994 6 1998 12 13 66 100 121 BC US Bi BC US Bi E E Observe os dados abaixo da balança comercial e da taxa nominal de câmbio O saldo da balança comercial se deteriorou entre 1993 e 1998 mas a taxa de câmbio nominal se depreciou Como explicar isso A Conta corrente também se deteriorou 0 100 200 300 400 500 600 94 96 98 00 02 04 06 08 10 12 14 16 18 Taxa de câmbio R US comercial venda média Index 1 IPCA Index 19946100 CPI All Itens 19946100 Taxa de Câmbio Real Index 19946100 Plano Real A Taxa de Câmbio Durante o Plano Real O Real se depreciou 21 em termos nominais Entretanto como a inflação doméstica foi 70 e a inflação nos EUA foi 11 o Real se apreciou em termos reais reduzindo assim a competitividade dos bens e serviços brasileiros 19946 199812 E 100 121 IPCA 100 170 CPI 100 111 946 9812 100 111 100 1 121 079 100 170 e e e O Real se apreciou 21 em termos reais o que explica a deterioração da Balança Comercial Como um país possui vários parceiros comerciais ele possui várias taxas de câmbio bilaterais Devido a isso usamos o conceito de taxa de câmbio real efetiva que é uma ponderação feita com as diversas taxas reais bilaterais onde os pesos referemse às participações relativas de cada parceiro comercial no total do comércio Taxa de Câmbio Real Efetiva Real Multilateral 1 n i i i i EF E P e P i i i P E Fator de ponderação para o país i Taxa de câmbio bilateral com o país i Nível de preços do país i 60 80 100 120 140 160 180 200 220 94 96 98 00 02 04 06 08 10 12 14 16 18 Taxa de Câmbio Real Index 19946100 Taxa de câmbio real efetiva INPC exportações Index 19946 Aplicação Vamos utilizar a Planilha 3 para calcular a taxa real de câmbio bilateral em relação ao US Qual seria o comportamento da taxa real de câmbio caso utilizássemos o IPA Índice de Preços ao Atacado 1996 o IBGE passa a adotar uma nova estrutura para as contas nacionais de acordo como system of national accounts 1993 O sistema conta agora com uma Tabela de Recursos e Usos TRU em que se apresenta Oferta Total como somatório da produção e importações e simultaneamente como somatório do consumo intermediário e da demanda final Esta conta Conta de Bens e Serviços é apresentada em separado das demais CEIs e é identificada no Sistema de Contas Nacionais SCN como conta 0 É considerada a base de todo o sistema pois retrata a produção e o destino da produção pelas categorias de demanda final O Novo Sistema de Contas Nacionais As antigas quatro contas foram substituídas pelas contas econômicas integradas CEI que apresenta três grandes grupos o primeiro constituído pela conta de bens e serviços o segundo constituído pela conta de produção antiga conta de PIB dividida entre conta de renda geração alocação distribuição secundária e usos e a conta de acumulação antiga conta de capital o terceiro grupo é formado pela conta das operações correntes com o resto do mundo antiga conta com o mesmo nome O Novo Sistema de Contas Nacionais Utilizase a terminologia usos e recursos no lugar de débito e crédito respectivamente Os saldos se constituem em agregados econômicos de interesse como o PIB Renda Nacional Renda Disponível Poupança Bruta etc Os rendimentos pagos aos empregados domésticos são contabilizados no sistema de Contas Nacionais Os estoques indesejados são contabilizados como investimento nas Contas Nacionais I FBKF E A FBKF envolve capital fixo não residencial e residencial No novo SCN houve a ampliação do escopo da FBKF Por exemplo todos os gastos em softwares e PD passaram a ser tratados como FBKF e não mais como consumo intermediário O Novo Sistema de Contas Nacionais O Novo Sistema de Contas Nacionais Aluguéis entram no PIB mesmo quando o proprietário mora no imóvel O cálculo é feito por estimativa dado que não envolve pagamento Refeições fora do domicílio são contabilizadas no PIB mas a refeições em casa não Os produtos importados usados são considerados como investimentos Em geral a importação de produtos usados se concentra em máquinas e equipamentos Produção Ilegal Produção realizada em mútuo acordo entre as partes drogas contrabando prostituição Não deve incluir extorsão ou roubo pois apenas há transferência de ativos de um agente a outro É obtida através de entrevista à população Produção Oculta Referese a execução de atividades legais mas que não são declaradas ou apenas parcialmente declaradas às autoridades com o objetivo principal de sonegar o pagamento de impostos Pode ser estimada pela oferta e demanda por bens e serviços Produção Informal Consiste na produção do setor institucional famílias Baixo nível de organização produtiva e não possuem uma clara divisão entre trabalho e capital enquanto fatores de produção Obtida através de pesquisas domiciliares que captam os ganhos da produção e pelas características da atividade estimase o valor da produção e do consumo dos bens intermediários O Novo Sistema de Contas Nacionais Conta de Operações de Bens e Serviços Esta conta é apresentada em separado das demais CEIs e é identificada no Sistema de Contas Nacionais como conta 0 É considerada a base de todo o sistema pois retrata a atividade de produção e o destino da produção pelas categorias de demanda final Como o saldo dos recursos e usos se equilibram esta conta deve ser interpretada como um resumo dos resultados obtidos nas tabelas de recursos e usos O objetivo desta conta é apresentar o total da oferta de bens e serviços produção doméstica importações no ano e o destino desta oferta pelas categorias de demanda consumo intermediário consumo final formação bruta de capital fixo variações de estoques e exportações de bens e serviços Conta de Operações de Bens e Serviços PB PM PM PM FOB CIF PB PM PM PM FOB CIF PIB VP CI IP PIB C FBKF E X Q VP CI IP C FBKF E X Q PB CIF PM PM VP valor da produção a preços básicos Q importações de bens e serviços CIF IP impostos sobre produtos líquidos dos subsídios CI consumo intermediário a preços de mercado C consumo final C G a preços de mercado FB PM FOB KF formação bruta de capital fixo a preços de mercado E variação de estoques a preços de mercado X exportações de bens e serviços FOB A conta de bens e serviços é gerada a partir da identidade entre o valor do PIB obtido pela ótica da produção e do dispêndio Conta de Operações de Bens e Serviços Rearranjando chegamos a igualdade entre recursos e usos ou seja o equilíbrio entre oferta e demanda de bens e serviços PB CIF PM PM PM FOB VP Q IP CI C FBKF E X Oferta de Bens e Serviços Recursos Demanda de Bens e Serviços Usos Conta de Operações de Bens e Serviços Como valor de produção VPPB considerase a produção de bens e serviços No caso de bens a produção voltada para o mercado ou seja produção mercantil Já os serviços estão divididos em mercantis vendidos no mercado e não mercantis Como consumo intermediário CIPM considerase o consumo de bens e serviços mercantis utilizados na produção de outros bens e serviços mercantis ou não A produção pode ser mercantil ou não mercantil sendo considerada mercantil sempre que for trocada ou susceptível de ser trocada no mercado a preços positivos A produção de bens utilizados no próprio processo produtivo também é considerada produção mercantil Já a produção não mercantil compreende os serviços prestados gratuitamente Conta de Operações de Bens e Serviços Como consumo final CPM consideram os bens e serviços de uso privado consumo das famílias ou coletivo administrações públicas destinados a satisfação das necessidades da população ou seja CPM C G A ampliação de capacidade produtiva é representada pela formação bruta de capital fixo FBKFPM O IBGE considera os bens duráveis e os serviços a eles incorporados adquiridos através de compra troca formação de capital para uso próprio e ajudas recebidas em espécie Conta de Operações de Bens e Serviços Exemplos de FBKF Edifícios e construções equipamentos máquinas e instalações industriais veículos móveis utensílios e instalações comerciais recursos minerais florestamento e reflorestamento direitos contratuais de exploração de florestas e outras imobilizações Despesas com formação profissional feitas pelas firmas PD aquisição de softwares e importações de bens usados A variação de estoque E corresponde à variação líquida nos estoques de bens acabados ou em elaboração ou de matérias primas utilizadas no processo de produção Conta de Operações de Bens e Serviços Frete FOB a sigla FOB significa free on board e em português pode ser traduzida por livre a bordo Neste tipo de frete o comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria assim que ela é colocada a bordo do navio Por conta e risco do fornecedor fica a obrigação de colocar a mercadoria a bordo no porto de embarque designado pelo importador Frete CIF CIF é a sigla para Cost Insurance and Freight que em português significa Custo Seguros e Frete Neste tipo de frete o fornecedor é responsável por todos os custos e riscos com a entrega da mercadoria incluindo o seguro marítimo e frete Esta responsabilidade finda quando a mercadoria chega ao porto de destino designado pelo comprador Conta de Operações de Bens e Serviços As importações de mercadorias são valoradas a preço CIF significando que inclui além do seu preço de produção no resto do mundo os custos de seguros e fretes até o porto nacional representando o preço de entrada no país A responsabilidade sobre a mercadoria é transferida do vendedor para o comprador no momento da transposição da amurada do navio no porto de embarque O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos e do frete necessários para levar a mercadoria até o porto de destino indicado O comprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e daí para a frente se responsabilizar por todas as despesas Os impostos sobre produtos IP recaem sobre o valor dos bens e serviços mercantis sendo compostos por impostos sobre valor adicionado impostos sobre importação e outros impostos sobre produto CEIs Contas Correntes Conta de Produção Conta 1 O objetivo da conta de produção é deduzir o valor adicionado bruto PIB e pode ser descrita como a atividade pela qual um agente econômico consome bens e serviços e na qual toda a renda é gerada PB PM PIB VP IP CI CEIs Contas Correntes Conta de Renda Conta 2 Na conta de geração de renda discriminamse os componentes do PIB na ótica da remuneração dos fatores é explicitado o uso dos fatores trabalho e capital na geração do Produto O PIB é lançado como um recurso cujo uso resulta no pagamento das remunerações aos residentes e não residentes e dos impostos sobre produção e importação líquido de subsídios Excedente Operacional Bruto É uma proxy do lucro bruto da renda gerada pelas empresas Lucro líquido do exercício antes do IR doações e contribuições resultado em participações societárias despesas com royalties distribuições no exercício Rendimento Misto Ganhos recebidos pelos proprietários de empresas não constituídas em sociedade pertencentes às famílias sejam eles trabalhadores por conta própria autônomos ou empregadores informais É obtido através de entrevistas à população CEIs Contas Correntes Conta de Renda Conta 2 2 Conta da Renda 21 Conta de Distribuição Primária da Renda 211 Conta de Geração da Renda EOB 212 Conta de Alocação da Renda RNB 22 Conta de Distribuição Secundária da Renda RND 23 Conta de Uso da Renda SD CEIs Contas Correntes Conta de Renda Conta 2 NR EOB PIB w w IQ EOB w NR w IQ NR w w excedente operacional bruto remunerações inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos a residentes remunerações inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos a não residentes total das remunerações dos empregados inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos no país impostos sobre produção e importação que incluem impostos sobre produtos IP e outros impostos ligados à produção imposto sobre folha de pagamento e demais impostos e taxas incidentes sobre atividade produtiva líquido de subsídios CEIs Contas Correntes Conta de Geração da Renda Conta 211 CEIs Contas Correntes Conta de Alocação da Renda Conta 212 A conta de alocação da renda apresenta como saldo a Renda Nacional Bruta que é o conceito de valor adicionado pela ótica da renda O SCN distingue dois tipos de transferências no processo de distribuição da renda as transferências de capital e as transferências correntes A conta de alocação da renda explicita as transferências de capital Assim para chegar a RNB devemos considerar a remuneração dos fatores de produção e as operações de redistribuição da renda associadas à remuneração do capital RLP que equivale aos rendimentos de propriedade juros dividendos A conta registra as mesmas rubricas da Conta de Geração da Renda porém do ponto de vista do recebedor ou seja os lançamentos são feitos do lado dos recursos CEIs Contas Correntes Conta de Alocação da Renda Conta 212 PIBPM 2147239 R RNB EOB w w IQ RLP R w RLP R w w remunerações inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais recebidas por residentes por serviços prestados a não residentes total das remunerações dos empregados inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos a residentes ou serviços prestados a residentes e não residentes remuneração líquida recursos menos usos dos fatores de produção de propriedade constituída por rendas de capitais juros lucros e dividendos e outros serviços de fatores constituído por royalties patentes e direitos autorais RNB renda nacional bruta CEIs Contas Correntes Conta de Alocação da Renda Conta 212 CEIs Contas Correntes Conta de Distribuição Secundária Renda Conta 22 A conta de distribuição secundária da renda mostra como os rendimentos primários pagos a residentes podem ser usados para pagamentos de transferências para unidades não residentes O saldo desta conta é a Renda Nacional Disponível RND Diferenciase da RNB por incluir o saldo líquido das transferências correntes recebidas do exterior RDB RNB TUR RDB renda disponível bruta RND TUR transferências líquidas correntes ou seja transferências de recursos sem contrapartida do processo produtivo como o pagamento e recebimento de imposto sobre a renda e o patrimônio de operações de seguro de contribuições e benefícios previdenciários e transferências entre governos e entre residentes CEIs Contas Correntes Conta de Distribuição Secundária Renda Conta 22 CEIs Contas Correntes Conta de Uso da Renda Conta 23 Explicita a RDB como recurso e como destino o consumo final e a poupança bruta D PM S RDB C RDB Renda disponível bruta RND SD Poupança bruta CPM Consumo final CG a preços de mercado CEIs Conta de Acumulação Conta de Capital Conta 3 Conta que mostra o financiamento do investimento FBKF E ext D PM S S FBKF E TRc TRc transferências líquidas de capital que corresponde à variação de patrimônio líquido resultante de operações financeiras Sext capacidade ou necessidade de financiamento da economia CEIs Conta de Acumulação Conta de Capital conta 3 Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Esta conta traduz em termos de contas nacionais as operações que compõem as Transações Correntes do Balanço de Pagamentos IMPORTANTE é apresentada sob a ótica do resto do mundo o que significa dizer que as importações de bens e serviços antigos não fatores são recursos do resto do mundo e as exportações de bens e serviços antigos não fatores são usos Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo ext CIF FOB NR R Q X w w RLP TUR TRc S Se poupança externa exclui as transferências líquidas de capital e CIF FOB NR R Q X w w RLP TUR S RLEE NR R w w saldo das remunerações de não residentes e residentes NR R RLEE w w RLP Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Observações Importantes Transferências Unilaterais de Renda transferências líquidas recursos menos usos correntes ou seja transferências de recursos sem contrapartida no processo produtivo conta de distribuição secundária da renda como bolsas de estudo Transferência de Capital transferências líquidas de capital recursos menos usos que corresponde à variação de patrimônio líquido resultante de operações financeiras conta de capital como cessão de ações Rendas de Propriedades Enviadas e Recebidas remuneração líquida recursos menos usos dos fatores de propriedade constituída por rendas de capitais juros lucros e dividendos e outros serviços de fatores constituídos por royalties e direitos autorais conta de alocação da renda Resumo das Identidades Contábeis das CEIs Conta de Bens e Serviços 1 Conta de Produção PIB pela ótica do produto 211 Conta de Geração da Renda 212 Conta de Alocação da Renda PB CIF PM PM PM FOB VP Q IP CI C FBKF E X PB PM PIB VP IP CI NR EOB PIB w w IQ R RNB EOB w w IQ RLP 22 Conta de Distribuição Secundária da Renda 23 Conta de Uso da Renda 31 Conta Capital Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo RDB RNB TUR D PM S RDB C ext D PM S S FBKF E TRc ext CIF FOB NR R Q X w w RLP TUR TRc S Resumo das Identidades Contábeis das CEIs Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Ajustamento CIFFOB Conciliação das diferentes avaliações utilizadas na importação o total da importação é avaliado a preços FOB do inglês Free on Board que exclui as despesas com fretes e seguros e na abertura por produto a preços CIF do inglês Cost Insurance and Freight que inclui despesas com fretes e seguros Atividade econômica Conjunto de unidades de produção caracterizado pelo produto produzido classificado conforme sua produção principal Capacidade ou necessidade de financiamento Poupança bruta mais as transferências líquidas de capital a receber menos o valor da formação bruta de capital fixo menos a variação de estoque menos o valor das aquisições líquidas de ativos não financeiros Quando o saldo é positivo indica a existência de um superávit e quando negativo indica a existência de um déficit que terá que ser financiado através da emissão de passivos financeiros Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Consumo final efetivo das famílias Despesas de consumo das famílias mais o consumo realizado por transferências sociais em espécie das unidades das administrações públicas ou das instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias Consumo final efetivo do governo Despesas efetuadas pelo governo com serviços de caráter coletivo Consumo intermediário Bens e serviços utilizados como insumos no processo de produção Contribuições sociais efetivas a cargo dos empregadores Pagamentos por conta do empregador e em nome de seus empregados aos institutos oficiais de previdência aos regimes próprios de previdência às entidades de previdência privada ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FGTS e ao Programa de Formação da Patrimônio do Servidor Público Pasep Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Contribuições sociais imputadas dos empregadores Diferença entre os benefícios sociais pagos pelo governo diretamente aos seus servidores beneficiários do Plano de Seguridade Social do Servidor PSS sob a forma de aposentadorias pensões etc e as contribuições recebidas sob a forma de PSS pensão militar montepio civil etc Deflator Variação média dos preços do período em relação à média dos preços do período anterior Despesas de consumo final das famílias Despesas com bens e serviços realizadas pelas famílias Despesas de consumo final do governo Despesas com bens e serviços individuais e coletivos disponibilizados gratuitamente total ou parcialmente pelas três esferas de governo federal estadual e municipal São valoradas ao custo de sua produção Excedente operacional bruto EOB Saldo resultante do valor adicionado deduzido das remunerações pagas aos empregados do rendimento misto e dos impostos líquidos de subsídios incidentes sobre a produção Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Exportação de bens e serviços Bens e serviços exportados avaliados a preços FOB ou seja incluindo somente o custo de comercialização interna até o porto de saída das mercadorias Formação bruta de capital fixo Acréscimos ao estoque de bens duráveis destinados ao uso das unidades produtivas realizados em cada ano visando ao aumento da capacidade produtiva do País Importação de bens e serviços Bens e serviços adquiridos pelo Brasil do resto do mundo valorados a preços CIF ou seja incluindo no preço das mercadorias os custos com seguro e frete Impostos sobre a produção e importação Impostos taxas e contribuições pagos pelas unidades de produção e que incidem sobre a produção a comercialização a importação e a exportação de bens e serviços e sobre a utilização dos fatores de produção Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Impostos sobre produtos Impostos taxas e contribuições que incidem sobre os bens e serviços quando são produzidos ou importados distribuídos vendidos transferidos ou de outra forma disponibilizados pelos seus proprietários Margem de comércio Um dos elementos somados ao preço básico para cálculo do preço de consumidor de um bem Calculada a partir do valor das vendas do comércio descontando as despesas com bens adquiridos para revenda e somando a variação de estoques do comércio Margem de transporte Um dos elementos somados ao preço básico para cálculo do preço de consumidor de um bem Representa o custo de transporte faturado explicitamente pago pelo comprador no momento da aquisição Ocupações Medida do fator trabalho utilizado pelas atividades produtivas equivalente aos postos de trabalho Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Outros impostos sobre a produção Impostos taxas e contribuições que incidem sobre o emprego de mão de obra e sobre o exercício de determinadas atividades ou operações Poupança bruta Parcela da renda disponível bruta que não é gasta em consumo final Produto Interno Bruto Total dos bens e serviços produzidos pelas unidades produtoras residentes destinados ao consumo final sendo portanto equivalente à soma dos valores adicionados pelas diversas atividades econômicas acrescida dos impostos líquidos de subsídios sobre produtos O produto interno bruto também é equivalente à soma dos consumos finais de bens e serviços valorados a preço de mercado sendo também equivalente à soma das rendas primárias Pode portanto ser expresso por três óticas a produção b demanda e c renda Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Produto Interno Bruto Óticas do Produto a Produção o produto interno bruto é igual ao valor bruto da produção a preços básicos menos o consumo intermediário a preços de consumidor mais os impostos líquidos de subsídios sobre produtos b Demanda o produto interno bruto é igual a despesa de consumo das famílias mais o consumo do governo mais o consumo das instituições sem fins de lucro a serviço das famílias consumo final mais a formação bruta de capital fixo mais a variação de estoques mais as exportações de bens e serviços menos as importações de bens e serviços c Renda o produto interno bruto é igual à remuneração dos empregados mais o total dos impostos líquidos de subsídios sobre a produção e a importação mais o rendimento misto bruto mais o excedente operacional bruto Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Remuneração dos empregados Despesas efetuadas pelos empregadores salários mais contribuições sociais com seus empregados em contrapartida do trabalho realizado Renda de propriedade Renda recebida pelo proprietário e paga pelo utilizador de um ativo financeiro ou de um ativo não produzido como terrenos Renda disponível bruta Saldo resultante da renda nacional bruta deduzidas as transferências correntes enviadas e recebidas do resto do mundo Renda nacional bruta Produto interno bruto mais os rendimentos líquidos dos fatores de produção enviados recebidos ao do resto do mundo Rendimento misto bruto Remuneração recebida pelos proprietários de empresas não constituídas em sociedade autônomos que não pode ser identificada separadamente se proveniente do capital ou do trabalho Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Salários e ordenados Salários e ordenados recebidos em contrapartida do trabalho em moeda ou em mercadorias Saldo das transações correntes com o resto do mundo Saldo do balanço de pagamentos em conta corrente acrescido do saldo das transações sem emissão de câmbio Serviços de intermediação financeira indiretamente medidos SIFIM Rendimentos de propriedade a receber pelos intermediários financeiros líquidos dos juros totais a pagar excluindo o valor de qualquer rendimento de propriedade a receber de investimento de fundos próprios Setor institucional Conjunto de unidades institucionais que são caracterizadas por autonomia de decisões e unidade patrimonial Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Subsídios à produção Transferências correntes sem contrapartida do governo destinadas a influenciar os níveis de produção os preços dos produtos ou a remuneração das unidades institucionais envolvidas no processo produtivo permitindo que o consumidor dos respectivos produtos ou serviços seja beneficiado por preços inferiores aos que seriam fixados no mercado na ausência dos subsídios Território econômico Território sobre efetivo controle econômico de um governo dentro do qual circulam livremente pessoas bens e capitais transferências Operações efetuadas em espécie ou em numerário entre duas unidades sem contrapartida de bens e serviços Transferências correntes Transferências de recursos sem contrapartida de bens e serviços destinadas a gastos correntes Transferências de capital Transferências de propriedade ou aquelas condicionadas pela cessão ou aquisição de ativos Glossário Nota Metodológica nº 5 IBGE 2015 Unidade local Espaço físico geralmente uma área contínua no qual uma ou mais atividades econômicas são desenvolvidas correspondendo a um endereço de atuação da empresa ou a um sufixo de CNPJ Unidade residente Unidade que mantém o centro de interesse econômico predominante no território econômico realizando sem caráter temporário atividades econômicas nesse território Valor adicionado Valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo É a contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas obtida pela diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades Variação de estoques Diferença entre os valores dos estoques de mercadorias finais de produtos semimanufaturados bens em processo de fabricação e matériasprimas dos setores produtivos no início e no fim do ano avaliados aos preços médios correntes do período