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PATRICK REZENDE (ORG.) INTERFACES COM A LINGUÍSTICA: DIALOGANDO SABERES Copyright © dos autores Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida ou arquivada, desde que levando em conta os direitos dos autores. Patrick Rezende (Org.) Interfaces com a linguística: dialogando saberes. São Carlos: Pedro & João Editores, 2016. 209p. ISBN 978-85-7993-363-9 1. Estudos linguísticos. 2. Dialogando saberes linguísticos. 3. Interfaces com a linguística. I. Autores. II. Título. CDD – 410 Capa: Hélio Mônico Pajeú Revisão textual: Guilherme Brambila Editoração: Pedro Amor de Moura Brito e João Rodrigo de Moura Conselho Científico da Pedro & João Editores: Augusto Pontone (Itália) João Wanderley Geraldi (Unicamp/Brasil) Natel Canuto do Amaral (UFRN/Brazil) Mariluci Marià Isabel de Moura (UNESP/Brazil) Maria Izabel de Rezende da Costa (UFSCAR/Brazil) Valdemir Miotello (UFSCar/Brazil) Pedro & João Editores www.pedroejoaoeditores.com.br 3368-4878 - São Carlos - SP 2016 SUMÁRIO 1. Alguns passos iniciais Patrick Rezende 9 2. Uma relação bakhtiniana sobre interlocução e linguagens Adail Sobral 13 3. A importância da permanência do Círculo de Bakhtin para os cursos de Letras: apontamentos enfáticos para o ensino de línguas Luciano Novo Vicente e Guilherme Brambila 43 4. A face intercultural da linguagem Taiary Pertiel 59 5. O insiar do homem nos estudos linguísticos Lorena Santana Gonçalves e Maria da Penha Pereira Lins 81 6. Linguística, interdisciplinarirty, and the analysis of power Joshua Martin Price Linguística, Interdisciplinaridade e relações de poder. Tradução de Junia Zaidan 107 7. Sociolinguistics translation: interfaces fundmos e considerações sobre a intenção interpretativa do falante em interação em situação social Mayara de Oliveira Nogueira e Maria das Graças Dias Pereira 123 8. A pragmática nos estudos da linguagem: à guisa de uma introdução Elena Godoi e Crislelli Domingos-Brunet 157 9. Semiótica discursiva: alguns elementos para análise do plano do conteúdo Danieirvelin Renata Marques Pereira 177 10. A linguística cognitiva como uma área interdisciplinar Josie Helen Siman e Paulo Henrique Aguiar Mendes 207 11. Apontamentos sobre a diferença de gênero na universidade Junia Zaidan 229 12. O linguista como tradutor dos estudos da linguagem Patrick Rezende 241 13. Em tradução: felicidade, lei e gênero Lillian DePaula 261 SOCIOLINGUÍSTICA INTERACIONAL: INTERFACES FUNDADORAS E CONCEITOS-CHAVE NO TRATAMENTO INTERPRETATIVO DA FALA EM INTERAÇÃO NA SITUAÇÃO SOCIAL Mayara de Oliveira Nogueira Maria das Graças Dias Pereira Primeiras palavras Com raízes alicerçadas na pesquisa de natureza qualitativa e necessariamente interpretativista (RIBEIRO e GARCEZ, 1998), a Sociolinguística Interacional - campo teórico e metodológico que propõe o estudo de aspectos implicados na interação humana, nos processos comunicativos e na compreensão da relação entre linguagem, sociedade, cultura e identidade na vida social e cotidiana - busca sinalizar a complexidade da fala-em-interação no encontro social situado a partir de observações empíricas e comportamentos específicos (SACKS, JEFFERSON e SCHEGLOFF, 1974). A concepção sociointeracionista do fenômeno linguístico e social corresponde a uma abordagem integrada do discurso para o estudo da linguagem em uso em um contexto social determinado (TANNEN, 2004). Trata-se, pois, de uma abordagem interdisciplinar que concatena tradições de pesquisa da Linguística, da Antropologia, da Sociologia, da Filosofia da Linguagem e da Psicologia Social (PEREIRA, 2002) que se propõe observar a interação face-a-face como lugar de construção do significado social e da experiência individual e coletiva (GUMPERZ, 1982a, 1982b), passíveis de análise e de interesse sociológico e linguístico a partir de uma perspectiva em que falante e ouvinte apresentam papel ativo na elaboração da mensagem e na definição do que está acontecendo no aqui e no agora (GOFFMAN, [1979] 2002; [1974] 2012; RIBEIRO e GARCEZ, 2002). Os interagentes são percebidos na paradigma sociointeracionista, portanto, como atores de situações sociais específicas, e a significação do discurso (MARINS, 2002) é resultante de um processo interpretativo, com pistas de contextualização de diferentes naturezas (GUMPERZ, 1982a, 1992a, 1992b, 1999) — colocando em operação componentes linguísticos, paralinguísticos, dentre outros (VILLAÇA, 2006) — e peças intricadas da situação em curso com valores sociais intensificados particularizados. Inserido neste campo de saber, o presente capítulo pretende esboçar os pressupostos centrais da Sociolinguística Interacional, abordando também relações de interface também com a Pragmática, a Análise da Conversa e a Etnografia da Comunicação e indicar os caminhos por onde estão situadas nos discursos de algumas estratégicas (CORDINORI, 2010, p. 72, citado). A partir de então, discorrerei sobre os contornos teóricos dos processos linguísticos e sociais envolvidos nas práticas de interação face a face, sobretudo nos estudos formais da projeção da influência da cultura nas formas de se ver e de se viver uns com os outros; no trabalho de Codira (2008), a fala-em-interação situada a situação social engendada na comunicação face a face como lugar de pesquisa; nas assertivas de Gumperz a proposição da junção entre os aspectos linguísticos, paralinguísticos e sociais acionados como vínculos no processo de comunicação em sua proposição da Sociolinguística Interacional. Nosso “olhar”, neste estudo, é, inicialmente, uma visão retrospectiva da Sociolinguística Interacional, em suas bases formativas, de estudos dos contextos norte-americanos, mediante conhecimento intenso e que efervescenicia intelectual dos anos 60 a 80, no século XX (DURANTI, 2003; GAL, 2014). Passamos, a seguir, às publicações com a consolidação da Sociolinguística Interacional (GUMPERZ, 1982a, 1982b; TANNEN, 1993; GUMPERZ, 2001) e os desenvolvimentos posteriores (SCHIFFRIN, 1994, 1996; TANNEN e WALLAT, 1987; TANNEN, 1993, 2004). Após a contextualização das bases fundadoras, procuramos traçar dois contextos mais importantes na tratamento interpretativo da situação social na fala-em-interação em uma pesquisa realizada. Procuramos pelo menos localizar, com reflexos no Brasil·noir, com publicações significativas: (RIBEIRO e GARCEZ, [2002]2015; PEREIRA, 2026; NOGUEIRA, 2022; PEREIRA, 2002), traçar a produtividade da pesquisa em Sociolinguística Interacional em universidades brasileiras. Este é o desafio a que nos propomos, em uma conversa com o leitor, em suas pesquisas de curso, uma área de estudos tão significativa para o entendimento situado de situações sociais em nossa vida cotidiana atual. linguagem (OCHS e SCHIEFFELIN, 1984), a indexabilidade (com filósofos como Pierce) e a estrutura de participação (GOFFMAN, [1979] 2002). O terceiro paradigma, entre os anos 80 e 90, dá continuidade a orientações do segundo paradigma. Duranti (2003) sempre chama a atenção para a convivência de paradigmas e para a complexidade envolvida nas relações linguagem, cultura e sociedade, com foco nos seguintes aspectos (i) a retomada do construcionismo social, com interesse pela variação e pela interação nos encontros sociais, envolvendo o contexto histórico no entendimento de práticas linguísticas situadas; (ii) o entendimento de que a linguagem é apenas um dos recursos semióticos na produção do conteúdo proposicional e dos valores indexais; (iii) a ampliação dos estudos performáticos para outras construções identitárias, além de gênero/sexo. Duranti destaca ainda as novas direções de influência nesse paradigma, com a visão da teoria da estruturação de Giddens (1984) e (iii) a leitura das práticas de Bourdieu (v. SETTON, 2002; THIRY-CHETRIT, 2006) e diálogo com práticas (e ideologias indígenas e afroameríndias) com o poder de Foucault (DURANTI, 2003, p. 322 e 335). Tais relações entre identidade, natureza, ideologia, norma, práticas e intervenções sociais, envolvem a ordem macro social das instituições (DURANTI, 2003, p. 322 e 335). Gumperz e pesquisas que se entrecruzam nas décadas de 60 a 80 A emergência da Sociolinguística Interacional, no segundo paradigma de Duranti (2003), nas décadas de 60 a 80, sobretudo a partir de uma confluência de interesses e estudos, não linear, em que Gumperz, Dell Hymes e Goffman são bases teóricas fundadoras da Sociolinguística Interacional, em estudos do discurso e conduzem a uma abordagem integradora do discurso para o estudo situado da linguagem em uso na interação, em contexto social. Gal (2014, p. 116) comenta, em seu texto "John J. Gumperz's Discourse Strategies", que Gumperz o orienta primeiro a notar que as questões eram necessariamente sobre interação, sobre várias formas. As reflexões de Gal caminham por suas memórias das décadas de 70, em que se entrecruzaram diferentes tipos de pesquisas em Berkeley, no Departamento de Antropologia. O grupo de pesquisadores e estudantes era de linguística, antropologia, antropologia e psicologia. Nun havia um mentor em especial. Ali estavam presentes, além de Gumperz, sociolinguísticos como Gillian Sankoff, eriadamente Ivanovai; psicólogos como Ervin-Tripp e Dan Slobin,; com estudos sobre competência comunicativa e um cruzamento cultural; filósofos como Ver biografias de Gumperz em http://vm136.lib.berkeley.edu/ANT/Nenti/ref.nts/people/gumperzbio.html. Acesso em 18/12/2015. Ver Joseph & Marrelloni (2011) em 'Ethnography of Communication: Dell Hymes'1974) em artigo Goffman, a análise já este fixa o Lhioiv e/;o 7 wfcj.cnib-lopbar/urwl. Acesso em 18/12/2015. hut://eringguage herkelcy.nlrcmr. Acesso em 18/12/2015. http://ieas.wisc.edu/cres. Acesso em 18/12/2015. John Searle¹, H. P. Grice¹, Robin Lakoff¹², com foco em atos de fala, máximas conversacionais e polidez, na pragmática; linguistas como Charles Fillmore² e George Lakoff², em estudos de cognição; Paul Kay² e outros antropólogos explorando possibilidades também do turno cognitivo e universal. Os estudiosos, de diferentes maneiras, ampliavam o alcance da linguística, longe da sintaxe e da semântica, com significados culturais e sociais altamente situados na interação. No entanto, as questões sobre cultura e sociedade ainda não eram tão ricas, como comenta Gal (2014). Gradativamente, com presença de Gumperz, os estudiosos passaram a coeditar publicações. Sociólogos como Goffman v. ( SMITH, 1999), Garfinkel². Cicourel² e Sachs (1992) fizeram personagens-chaves em obra sobre “Interação simbólica”, com ênfase na centralidade e na complexidade do processo interpretativo, na construção de significado da vida social, através da vida situada. Dell Hymes e Erving Goffman, na Universidade de Pensilvânia, estreitam mais Berkeley nos anos 60 e foram colegas de Gumperz; Gumperz e Hymes tornaram-se produtivos como coeditores e coorganizadores, embora não totalmente em concordância em ênfases teóricas. Em uma visão intelectual mais ampla, estudantes e professores em Berkeley estavam unidos por conceitos teóricos da época, com Durkheim,¹ em favor de uma cognição de grupo, ao invés de cognição do foco no indivíduo. Os escritos de Bateson (1972) 2002) sobre metacomunicação e riam como uma ponte a linha dos atos de fala de Austin (1962), alguns outros filósofos a pensar ser lidos, como Heidegger¹ ² w Wittgenstein³, além de Clifford Geertz¹, no âmbito da cultura. Gal (2014) passa então a destacar a presença de Gumperz nos seminários, que publicamente era cético. Dell Hynes em seus discursos, e as questões envolvidas em suas conceitos teóricas; a no método, trata da análise teórica material em graduada, a gravação e transcrição, do entendimento interpretativo dos eventos em que fala, na prática cotidiana; Em suas conceitos, evidências e corrente sobre análise situadas em associa arte a linguagem com estudos em dois línguas, reforçando o, "a ênfase etnográfica da análise gramatical feita não alinham com o sentido de entender como signos humanos reais; o que faz diferença linguística http://philosophy.berkeley.edu/people/detail/185 http://history.berkeley.edu/sites/default/files/doch Gáreia/imagens/details/Griecien/Acesso em 18/12/2015. http://computerscience.berkeley.edu/presso/122. Acesso em 18/12/2015 http://tifasarchíves.uchicago.edu.2011/Acesso em 18/12/2015. http://linguistics.berkeley.edu/master.html Assan 18/12/2015. http://linguistics.berkeley.edu/repository/35. Acesso em 18/12/2015. usadas por grupos e subgrupos não está diretamente relacionada à distinção social entre os grupos) e discute ainda várias questões sobre a comunidade de fala, sobre o que partilham frequenciamento na interação, com normas definindo a adequação de alternativas linguísticas para tópicos particulares de falantes; as normas variam entre subgrupos e cenários sociais (GUMPERZ, 1978, p. 381); a comunidade de fala é um campo de ação em que a inteligibilidade é da informação social – identidades dos falantes, relacionamentos sociais, background de experiências, propósitos comunicativos – pressupõe a existência de relacionamentos regulantes entre uso da linguagem e estrutura social. Para Gumperz (1977), o ponto de partida da análise sociolinguística é a comunidade, definida como um grupo de indivíduos interagindo, e não o sistema gramatical de línguas ou dialetos. No âmbito interacional, são vistas as normas e restrições que regulam a conduta das relações interpessoais na vida cotidiana. Gal (2014, p. 120-124) trata ainda de vários outros aspectos, como etnografia e multilinguismo e os mal-entendidos, na visão de Gumperz, mais contextualizando, a noção de contexto, enquadres e footings são também abordados. Na última seção, conceitos teóricos e analíticos na Sociolinguística Interacional serão tratados de forma mais específica. Bases fundadoras da Sociolinguística Interacional Em uma visão reflexiva, Gumperz (2001) traz uma retrospectiva interessante, com memórias de Gumperz (1982a) e inclusão de importantes estudos na trajetória da fundação da Sociolinguística Interacional, estabelecendo as bases fundacionais na Etnografia da comunicação de Dell Hymes; na orden da interação desenvolvida por Goffman, Harold Garfinkel, H. Schelgloff e Jefferson²; em estudos de Cicore, com ênfase na cooperação emocional como pré-condição para o entendimento; em estudos sobre meta-comunicação a partir de Bateson, na perspectiva de analogias. Dell Hymes e a Etnografia da fala/da comunicação: o foco em eventos Hymes ([1961] 1968), em seu texto “The Ethnography of speaking", indaga sobre a colaboração entre a Antropologia e a Linguística, no estudo do comportamento verbal, no âmbito da cultura. Hymes trata de questões sobre a comunicação, considerando eventos de fala, fatores que constituem os eventos, funções de fala (HYMES 1961, 1968). Em que parâmetro são os eventos em um dado grupo. Quais seriam? Como são discrição ou reconhecidos? Que traços que ou dimensões os diferenciaem? (HYMES [1961] 1968, p. 109-110). Sobre os fatores/comportamentos em um evento de fala, e seus análise, um dos conjuntos mais importantes da Etnografia da Comunicação, ele propõe sete tipos de componentes ou fatores: 1. o remetente; 2. http://www.sscnet.ucla.edu/soc/faculty/schelgoff/ Acesso em 19/12/2015. http://www.paulenhaven/qaill/p23efferson/201(1938-2008).htm Acesso em 19/12/2015. o recebedor; 3. a forma da mensagem; 4. o canal; 5. o código; 6. o tópico; 7. o contexto (cena e situação). Em uma postura empírica, descritiva, com visão particularizada na cultura, no grupo estudado, nas situações, Hymes ([1961] 1968) discute o papel dos componentes de cada evento. O papel do remetente e do recebedor não seria necessariamente o mesmo em cada caso estudado. A forma da mensagem poderia ser tratada em termos estéticos ou estilísticos, em relação a recursos de codificação, de acordo com contextos particulares em análise e também relacionada a estilos10 (HYMES [1961] 1968, p. 111). O tópico aponta para o estudo da hierarquia lexical de língua falada em cada grupo? O contexto é fundamental e complexo. São significativos “o contexto de situação” e a definição de situação. O autor pergunta qual seria o critério etnográfico para distinguir os tipos de situação (HYMES [1961] 1968, p. 112, 113). Hymes ([1961] 1968) comenta sobre as relações e diferenciações com o estudo de Roman Jakobson, em relação às sete funções no processo de comunicação (1. expressiva/emotiva; 2. diretiva - conativa; 3. factual - referativa, persuasiva; 3. poética; 4. contato/fática; 5. metalinguística; 6. referencial; 7. contextualização), a quem credita um avanço inovador, face aos estudos 10 Estilo é um dos pontos estudado posteriormente em Sociolingüística e linhas de discussão. Ver Tannen (1984) 2005; Ver Brown e Yule (1983); Ribeiro (1994). 11 http://www.lume.ufrgs.com.br/obterpgay/Roman+Jakobson Acesso em 19.12.2015. 134 realizados na época” (HYMES [1961] 1968, p. 110, 116-121). Já em Hymes (1972), o autor faz delineamentos mais complexos, considerando as seguintes unidades de análise: a comunicação de fala, a situação de fala, o evento de fala, funções da fala, modos de fala. Hymes (1974, p. 434) desenvolve a noção de modos de fala, ou de estilos de uma dada comunidade (ver também GUMPERZ, 1982a, p. 155). Para Gumperz (2002, p. 215), sua perspectiva sobre a comunicação verbal é baseada em transformações da Etnografia da comunicação de Dell Hymes, que procurou concentrar seus estudos em problemas que fossem diretamente passíveis para investigação etnográfica, no lugar de abstrações difíceis de operacionalizar. Em seu livro fundacional da Sociolingüística Interacional, Gumperz (1982a, p. 154) destaca que, na tradição da Etnografia da Comunicação, o conhecimento sociocultural revelado na performance dos eventos de fala, definidos como seqüências de atos em tempo real e espaço, que podem ser explícitos em normas da cultura, estilizados especialmente para contextos. Saville-Troike (1996) comenta que a Etnografia da fala de Dell Hymes passou a ser dominante no ensino da comunicação, que nova disciplina que surge com a Etnografia e Antropologia e a Linguística. Johnstone e Marcellinho (2011) trazem em detalhe a vida e biografia de Dell Hymes, com suas contribuições acadêmicas. 2 JAKOBSON, R. Concluding Statement: Linguistics and Poetics. In: SEBROK, T. (Ed.) Style in Language. Cambridge: MIT Press, 1960, p. 350-377. 3 Modos da fala remete a um desenvolvimento atual de estilos. Ver KOCH EN FONSECA DE ALÇA (2009), JOHNSTONE e MARCELLINO (2011), PEREIRA e CORTEZ (2012). 135