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PROPOSTA DE REDAÇÃO ENEM Público A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação redija um texto dissertativoargumentativo na modalidade de escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Necessidade de conscientização sobre a automedicação no Brasil apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos Selecione organize e relacione de forma coerente e coesa argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista Texto I Vício em medicamentos entenda o mal do século O vício em medicamentos propaga no cérebro ação semelhante às substâncias das bebidas e cigarros mas com capacidade viciante maior Tem sido cada vez mais comum encontrar jovens e adultos com doenças relacionadas à saúde mental Levantamento de setembro de 2019 feito pelo Ministério da Saúde MS os atendimentos e internações de pacientes do Sistema Único de Saúde SUS referentes à depressão aumentaram 52 entre 2015 e 2018 Eram mais de 121 mil pessoas e dentre a população na faixa dos 15 e 29 anos o aumento foi de 115 Entre as possíveis razões para isso estão as mudanças que a última década trouxe no campo social cultural político econômico e profissional Além disso estamos inseridos em uma realidade de padrões extremos altas expectativas muita pressão no trabalho e imediatismo Esses fatores podem levar as pessoas a ingerirem por exemplo medicamentos psicotrópicos para aliviar sofrimentos inerentes à condição humana como preocupações frustações angústias entre outros Nesse cenário especialistas da área de saúde se atentam para que a dependência de medicamentos não se instale nas pessoas Mas como muitas acabam se automedicando seja por dificuldade no acesso aos serviços de saúde ou por alguma questão pessoal elas acabam correndo o risco de ter um vício Venda de opioides A Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa fez um levantamento da venda anual de analgésicos opioides medicamentos como a oxicodona codeína e fentanil para controle de dor oncológica e nãooncológica que também produzem sensação de euforia e relaxamento e são altamente viciantes no primeiro semestre de 2021 foram comercializados cerca de 145 milhões de embalagens de analgésicos opioides no Brasil Já em 2020 este número beirou os 22 milhões A farmacêutica Anelise Liduvino Faria Kojo professora e coordenadora do curso de Farmácia do Centro Universitário Módulo explica que algumas substâncias ativam o sistema de recompensa do cérebro e esse estímulo faz com que ocorra uma perturbação na pessoa aumentando a necessidade de ativação e diminuindo o prazer de outros estímulos por exemplo comer O indivíduo fica dependente desse estímulo por não sentir mais prazer em outras coisas naturais do dia a dia e sua interrupção causa sintomas físicos de desconforto ansiedade e até sintomas graves que podem levar à morte considera a especialista Esse sistema de recompensa é modulado pela dopamina um neurotransmissor envolvido na dependência Assim quando ingeridos por um período prolongado de maneira ininterrupta normalmente superior a três meses esses medicamentos podem causar o que se conhece por farmacodependência explica José Artur da Silva Emim coordenador e docente do curso de Farmácia da Universidade Cidade de São Paulo Unicid Perigos da dependência medicamentosa O consumo em excesso de medicamentos pode causar uma série de danos ao nosso organismo inclusive gerar a chamada farmacodependência E nesse sentido acabar tendo abstinência pode se tornar uma realidade para além de efeitos nocivos como perda da memória sonolência irritação e dificuldade de concentração Como qualquer outro vício faz a pessoa refém do desejo de usar repetidamente a substância e isso atrapalha a vida profissional social e familiar Além disso há o fato de a pessoa poder se envolver em atos ilícitos para continuar adquirindo a substância que só pode ser adquirida licitamente com a prescrição de um profissional de saúde Em casos extremos pode levar a morte por overdose completa Kojo A falta que o corpo sente do medicamento nesse sentido faz com que a pessoa perca o controle da quantidade ingerida ou injetada algo que pode levála a óbito A abstinência é uma reação extremamente incapacitante a qual necessariamente envolve a adoção de um tratamento terapêutico medicamentoso ou não para revertêla O viciado em medicamentos não consegue abandonar o vício sozinho Tratase de uma condição bastante sofrida que gera impactos negativos no viciado em sua família e em seus amigos atenta o professor José Tratamento O vício em medicamentos só pode ser abandonado com tratamento especializado e adequado é o que ressalta Anelise Liduvino Faria Kojo Precisa ser tratado como outros vícios de forma multidisciplinar com equipe composta por médicos psicólogos e outros profissionais especializados Em alguns casos são utilizados outros medicamentos para tratar os sintomas de abstinência Para evitar que a dependência ocorra Anelise salienta que é essencial que as pessoas usem apenas medicamentos que foram prescritos por profissionais habilitados e utilizem conforme orientação farmacêutica VÍCIO em medicamentos entenda o mal do século Estado de Minas 29 mar 2023 Disponível em httpswwwemcombrappnoticiasaudeebemviver20230329internabemviver1474933amphtml Acesso em 22 maio 2025 Texto II Uso abusivo de canetas para emagrecimento me preocupa diz Kalil Médico expressa preocupação com o uso indiscriminado de medicamentos para perda de peso sem prescrição médica e destaca a falta de tratamentos no SUS O Dr Roberto Kalil expressou grande preocupação com o uso indiscriminado das chamadas canetas para emagrecimento durante o programa CNN Sinais Vitais Segundo o médico muitas pessoas estão utilizando esses medicamentos por motivos puramente estéticos sem necessidade real e sem orientação médica adequada Kalil destacou um problema alarmante Você vai na farmácia sem receita sem prescrição médica nenhuma e eu quero emagrecer um quilinho para entrar no terno ou no vestido e vou lá aplico essas chamadas canetinhas Isso eu acho absurdo O especialista questionou a falta de regulamentação mais rigorosa para a venda desses medicamentos Eu não sei como ainda as autoridades não tomaram uma atitude em relação a obrigar assim como um antibiótico você obrigar a prescrição médica principalmente por ser um remédio que leva efeito colateral Kalil relatou que frequentemente atende pacientes que fazem uso dessas medicações sem acompanhamento médico Quem te prescreveu Ah não fui na farmácia e comprei porque meu primo meu gato meu cachorro que não dá Ele também criticou a disseminação de informações inadequadas sobre o uso desses medicamentos nas redes sociais Falta de opções no sistema público de saúde PROPOSTA DE REDAÇÃO ENEM Público Outro ponto levantado durante o programa foi a escassez de tratamentos para obesidade no Sistema Único de Saúde SUS Kalil ressaltou que a obesidade está associada a diversas complicações de saúde como doenças cardiovasculares renais acidente vascular cerebral aumento da incidência de infarto e depressão O médico enfatizou o impacto significativo da obesidade na sociedade incluindo o aumento de internações busca por pronto atendimento e absenteísmo no trabalho Ele classificou como falha gravíssima a falta de prescrições de medicações para obesidade no SUS considerando o alto custo social e econômico da doença USO abusivo de canetas para emagrecimento me preocupa diz Kalil CNN Brasil 07 abr 2025 Disponível em httpswwwcnnbrasilcombrsaudeusoabusivodecanetasparaemagrecimentomepreocupadizkalil Acesso em 22 maio 2025 Texto III Criminosos vendem receitas de remédios na internet sem acompanhamento médico Dados do Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade Industrial ICTQ e da Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica Abifarma indicam que 86 dos brasileiros se automedicam e que 20 mil morrem por ano por conta dessa prática Receitas médicas para compra de remédios controlados são vendidas sem qualquer restrição por diversos perfis em redes sociais Os anunciantes cobram cerca de R 30 por receita um esquema ilegal e perigoso para saúde de quem compra remédio desse jeito Remédios para emagrecer antidepressivos e outros conhecidos como tarja preta são comercializados sem nenhum acompanhamento médico Alguns posts vêm até com tabela de preços e cronograma de uso um crime para quem vende e para quem compra Dados do Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade Industrial ICTQ e da Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica indicam que o país vive uma epidemia de automedicação 86 dos brasileiros tomam medicamentos por conta própria e 68 buscam orientação sobre saúde na internet Os números ainda indicam que 20 mil brasileiros morrem por ano por conta dessa prática Um dos anúncios diz Aqui você encontra a receita para pegar os seus medicamentos de forma segura e barata Chama na dm mensagem direta para mais informações Entre os remédios citados estão o Ozempic medicamento conhecido por auxiliar no emagrecimento Na chamada receita azul Rivotril Diazepan e Sibutramina Na receita amarela Morfina e Dimorf O psiquiatra e endocrinologista Marcus Antônio Almeida alerta para os riscos da saúde de quem pratica a automedicação De cada 10 canetas de Ozempic que são vendidas oito são por conta própria Os efeitos colaterais são graves obstrução intestinal com risco de pancreatite de vir a óbito As anfetaminas podem dar arritmia cardíaca e morte Só que todos são vendidos largamente diz o médico Segundo o advogado Luiz Augusto Filizzola DUrso tanto quem vende quanto quem compra a receita falsa pode responder criminalmente Aquele criminoso que cria um documento falso que pode ser atestado médico uma receita médica pode estar usando o carimbo de um médico original verdadeiro sua assinatura responde pela falsificação de documento pontuou Já o paciente que sabe que não passou em consulta alguma adquire esse atestado na internet esse receituário na internet e utiliza o documento falso pode também responder tanto pela falsificação e pelo uso de documento falso afirmou o especialista em crimes cibernéticos e professor de direito digital da FGV Receitas a partir de R 30 A produção do RJ1 entrou em contato por aplicativo de mensagem com um vendedor perguntando sobre receita de Ozempic Ele dá as instruções de venda diz que a receita custa R 40 Funciona sim diz O produtor pergunta se o carimbo na receita é realmente de um médico A pessoa garante que sim É médica com CRM válido Na mesma conversa a produção pergunta por receita do medicamento Ritalina usado em pacientes com diagnóstico de TDAS E a resposta é Tem e custa R 30 O RJ1 não concluiu a compra e tentou falar com o vendedor por telefone mas não conseguiu No aplicativo o anunciante enviou uma receita como exemplo do que é possível conseguir Nela aparece o nome de uma médica como se fosse do Rio mas a inscrição no Conselho Regional de Medicina é de São Paulo No carimbo não aparece sobrenome e não há assinatura O que dizem a polícia e o Conselho de Farmácia A Polícia Civil do Rio disse que não tem investigações sobre esses casos porque não recebeu denúncias formais mas informou que os perfis exibidos na reportagem serão analisados pela Delegacia de Consumidor Decon A corporação acrescenta que a pessoa que vende ou adquire atestado médico falso pode responder por crime com base no artigo 302 do Código Penal A pena varia de um mês a um ano de detenção Se o crime for cometido com o fim de lucro aplicase também multa O Conselho Regional de Farmácia do Rio manifestou profunda preocupação com a prática ilegal de venda de receitas de medicamentos pela internet e disse que essa conduta representa um grave risco à saúde pública porque estimula o uso de medicamentos sem o diagnóstico e a prescrição adequada por um profissional habilitado ALVES Luana Criminosos vendem receitas de remédios na internet sem acompanhamento médico G1 Disponível em httpsg1globocomrjriodejaneironoticia20241122criminososvendemreceitasremedios internetghtml Acesso em 23 maio 2025 ATENÇÃO A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado Receberá nota ZERO em qualquer uma das situações expressas a seguir a redação que Tiver até 7 sete linhas escritas sendo considerada insuficiente Fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativoargumentativo Apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto A automedicação consolidouse como uma prática frequente no Brasil afetando a saúde pública e resultando em milhares de mortes por ano A busca por alívio imediato aliada à dificuldade de acesso a serviços médicos leva grande parcela da população a consumir medicamentos sem orientação adequada o que pode gerar dependência química mascaramento de sintomas e complicações graves Nesse contexto observase que a automedicação no Brasil decorre tanto da banalização do consumo de fármacos quanto do incentivo midiático e mercadológico exigindo portanto estratégias de conscientização e intervenção A banalização do consumo de medicamentos no Brasil se relaciona diretamente à facilidade de acesso e à carência de informação adequada Reportagem do Estado de Minas 2023 demonstra que o uso prolongado de psicotrópicos e opioides ativa o sistema de recompensa cerebral gerando farmacodependência e colocando os indivíduos em risco de abstinência e até de óbito Sob essa ótica Michel Foucault em O Nascimento da Clínica destaca que a medicalização excessiva transforma o corpo em objeto de controle e disciplina evidenciando como a sociedade naturaliza a dependência de remédios Outro aspecto relevante é o incentivo midiático e mercadológico que reforça a automedicação no país Conforme alerta Kalil em entrevista à CNN Brasil 2025 o uso indiscriminado das chamadas canetas para emagrecimento se dissemina entre pessoas que buscam soluções rápidas por questões estéticas ignorando riscos sérios como arritmias e obstruções intestinais Além disso uma reportagem no portal de notícias G1 indicam que 86 dos brasileiros se automedicam e que cerca de 20 mil mortes anuais estão relacionadas a essa prática revelando sua dimensão epidêmica Nesse sentido Ivan Illich em A Expropriação da Saúde critica o processo de medicalização social no qual a indústria farmacêutica lucra sobre a insegurança e a pressa da população em resolver problemas cotidianos com pílulas Portanto apenas com a articulação entre Estado escolas profissionais da saúde e sociedade civil será possível enfrentar os altos índices de automedicação no país A adoção de medidas educativas e de fiscalização eficazes aliada à ampliação do acesso ao sistema público de saúde contribuirá para proteger a vida da população e promover o uso racional de medicamentos em consonância com os direitos humanos e a preservação da dignidade do povo brasileiro A automedicação consolidouse como uma prática frequente no Brasil afetando a saúde pública e resultando em milhares de mortes por ano A busca por alívio imediato aliada à dificuldade de acesso a serviços médicos leva grande parcela da população a consumir medicamentos sem orientação adequada o que pode gerar dependência química mascaramento de sintomas e complicações graves Nesse contexto observase que a automedicação no Brasil decorre tanto da banalização do consumo de fármacos quanto do incentivo midiático e mercadológico exigindo portanto estratégias de conscientização e intervenção A banalização do consumo de medicamentos no Brasil se relaciona diretamente à facilidade de acesso e à carência de informação adequada Reportagem do Estado de Minas 2023 demonstra que o uso prolongado de psicotrópicos e opioides ativa o sistema de recompensa cerebral gerando farmacodependência e colocando os indivíduos em risco de abstinência e até de óbito Sob essa ótica Michel Foucault em O Nascimento da Clínica destaca que a medicalização excessiva transforma o corpo em objeto de controle e disciplina evidenciando como a sociedade naturaliza a dependência de remédios Outro aspecto relevante é o incentivo midiático e mercadológico que reforça a automedicação no país Conforme alerta Kalil em entrevista à CNN Brasil 2025 o uso indiscriminado das chamadas canetas para emagrecimento se dissemina entre pessoas que buscam soluções rápidas por questões estéticas ignorando riscos sérios como arritmias e obstruções intestinais Além disso uma reportagem no portal de notícias G1 indicam que 86 dos brasileiros se automedicam e que cerca de 20 mil mortes anuais estão relacionadas a essa prática revelando sua dimensão epidêmica Nesse sentido Ivan Illich em A Expropriação da Saúde critica o processo de medicalização social no qual a indústria farmacêutica lucra sobre a insegurança e a pressa da população em resolver problemas cotidianos com pílulas Portanto apenas com a articulação entre Estado escolas profissionais da saúde e sociedade civil será possível enfrentar os altos índices de automedicação no país A adoção de medidas educativas e de fiscalização eficazes aliada à ampliação do acesso ao sistema público de saúde contribuirá para proteger a vida da população e promover o uso racional de medicamentos em consonância com os direitos humanos e a preservação da dignidade do povo brasileiro
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PROPOSTA DE REDAÇÃO ENEM Público A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação redija um texto dissertativoargumentativo na modalidade de escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Necessidade de conscientização sobre a automedicação no Brasil apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos Selecione organize e relacione de forma coerente e coesa argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista Texto I Vício em medicamentos entenda o mal do século O vício em medicamentos propaga no cérebro ação semelhante às substâncias das bebidas e cigarros mas com capacidade viciante maior Tem sido cada vez mais comum encontrar jovens e adultos com doenças relacionadas à saúde mental Levantamento de setembro de 2019 feito pelo Ministério da Saúde MS os atendimentos e internações de pacientes do Sistema Único de Saúde SUS referentes à depressão aumentaram 52 entre 2015 e 2018 Eram mais de 121 mil pessoas e dentre a população na faixa dos 15 e 29 anos o aumento foi de 115 Entre as possíveis razões para isso estão as mudanças que a última década trouxe no campo social cultural político econômico e profissional Além disso estamos inseridos em uma realidade de padrões extremos altas expectativas muita pressão no trabalho e imediatismo Esses fatores podem levar as pessoas a ingerirem por exemplo medicamentos psicotrópicos para aliviar sofrimentos inerentes à condição humana como preocupações frustações angústias entre outros Nesse cenário especialistas da área de saúde se atentam para que a dependência de medicamentos não se instale nas pessoas Mas como muitas acabam se automedicando seja por dificuldade no acesso aos serviços de saúde ou por alguma questão pessoal elas acabam correndo o risco de ter um vício Venda de opioides A Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa fez um levantamento da venda anual de analgésicos opioides medicamentos como a oxicodona codeína e fentanil para controle de dor oncológica e nãooncológica que também produzem sensação de euforia e relaxamento e são altamente viciantes no primeiro semestre de 2021 foram comercializados cerca de 145 milhões de embalagens de analgésicos opioides no Brasil Já em 2020 este número beirou os 22 milhões A farmacêutica Anelise Liduvino Faria Kojo professora e coordenadora do curso de Farmácia do Centro Universitário Módulo explica que algumas substâncias ativam o sistema de recompensa do cérebro e esse estímulo faz com que ocorra uma perturbação na pessoa aumentando a necessidade de ativação e diminuindo o prazer de outros estímulos por exemplo comer O indivíduo fica dependente desse estímulo por não sentir mais prazer em outras coisas naturais do dia a dia e sua interrupção causa sintomas físicos de desconforto ansiedade e até sintomas graves que podem levar à morte considera a especialista Esse sistema de recompensa é modulado pela dopamina um neurotransmissor envolvido na dependência Assim quando ingeridos por um período prolongado de maneira ininterrupta normalmente superior a três meses esses medicamentos podem causar o que se conhece por farmacodependência explica José Artur da Silva Emim coordenador e docente do curso de Farmácia da Universidade Cidade de São Paulo Unicid Perigos da dependência medicamentosa O consumo em excesso de medicamentos pode causar uma série de danos ao nosso organismo inclusive gerar a chamada farmacodependência E nesse sentido acabar tendo abstinência pode se tornar uma realidade para além de efeitos nocivos como perda da memória sonolência irritação e dificuldade de concentração Como qualquer outro vício faz a pessoa refém do desejo de usar repetidamente a substância e isso atrapalha a vida profissional social e familiar Além disso há o fato de a pessoa poder se envolver em atos ilícitos para continuar adquirindo a substância que só pode ser adquirida licitamente com a prescrição de um profissional de saúde Em casos extremos pode levar a morte por overdose completa Kojo A falta que o corpo sente do medicamento nesse sentido faz com que a pessoa perca o controle da quantidade ingerida ou injetada algo que pode levála a óbito A abstinência é uma reação extremamente incapacitante a qual necessariamente envolve a adoção de um tratamento terapêutico medicamentoso ou não para revertêla O viciado em medicamentos não consegue abandonar o vício sozinho Tratase de uma condição bastante sofrida que gera impactos negativos no viciado em sua família e em seus amigos atenta o professor José Tratamento O vício em medicamentos só pode ser abandonado com tratamento especializado e adequado é o que ressalta Anelise Liduvino Faria Kojo Precisa ser tratado como outros vícios de forma multidisciplinar com equipe composta por médicos psicólogos e outros profissionais especializados Em alguns casos são utilizados outros medicamentos para tratar os sintomas de abstinência Para evitar que a dependência ocorra Anelise salienta que é essencial que as pessoas usem apenas medicamentos que foram prescritos por profissionais habilitados e utilizem conforme orientação farmacêutica VÍCIO em medicamentos entenda o mal do século Estado de Minas 29 mar 2023 Disponível em httpswwwemcombrappnoticiasaudeebemviver20230329internabemviver1474933amphtml Acesso em 22 maio 2025 Texto II Uso abusivo de canetas para emagrecimento me preocupa diz Kalil Médico expressa preocupação com o uso indiscriminado de medicamentos para perda de peso sem prescrição médica e destaca a falta de tratamentos no SUS O Dr Roberto Kalil expressou grande preocupação com o uso indiscriminado das chamadas canetas para emagrecimento durante o programa CNN Sinais Vitais Segundo o médico muitas pessoas estão utilizando esses medicamentos por motivos puramente estéticos sem necessidade real e sem orientação médica adequada Kalil destacou um problema alarmante Você vai na farmácia sem receita sem prescrição médica nenhuma e eu quero emagrecer um quilinho para entrar no terno ou no vestido e vou lá aplico essas chamadas canetinhas Isso eu acho absurdo O especialista questionou a falta de regulamentação mais rigorosa para a venda desses medicamentos Eu não sei como ainda as autoridades não tomaram uma atitude em relação a obrigar assim como um antibiótico você obrigar a prescrição médica principalmente por ser um remédio que leva efeito colateral Kalil relatou que frequentemente atende pacientes que fazem uso dessas medicações sem acompanhamento médico Quem te prescreveu Ah não fui na farmácia e comprei porque meu primo meu gato meu cachorro que não dá Ele também criticou a disseminação de informações inadequadas sobre o uso desses medicamentos nas redes sociais Falta de opções no sistema público de saúde PROPOSTA DE REDAÇÃO ENEM Público Outro ponto levantado durante o programa foi a escassez de tratamentos para obesidade no Sistema Único de Saúde SUS Kalil ressaltou que a obesidade está associada a diversas complicações de saúde como doenças cardiovasculares renais acidente vascular cerebral aumento da incidência de infarto e depressão O médico enfatizou o impacto significativo da obesidade na sociedade incluindo o aumento de internações busca por pronto atendimento e absenteísmo no trabalho Ele classificou como falha gravíssima a falta de prescrições de medicações para obesidade no SUS considerando o alto custo social e econômico da doença USO abusivo de canetas para emagrecimento me preocupa diz Kalil CNN Brasil 07 abr 2025 Disponível em httpswwwcnnbrasilcombrsaudeusoabusivodecanetasparaemagrecimentomepreocupadizkalil Acesso em 22 maio 2025 Texto III Criminosos vendem receitas de remédios na internet sem acompanhamento médico Dados do Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade Industrial ICTQ e da Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica Abifarma indicam que 86 dos brasileiros se automedicam e que 20 mil morrem por ano por conta dessa prática Receitas médicas para compra de remédios controlados são vendidas sem qualquer restrição por diversos perfis em redes sociais Os anunciantes cobram cerca de R 30 por receita um esquema ilegal e perigoso para saúde de quem compra remédio desse jeito Remédios para emagrecer antidepressivos e outros conhecidos como tarja preta são comercializados sem nenhum acompanhamento médico Alguns posts vêm até com tabela de preços e cronograma de uso um crime para quem vende e para quem compra Dados do Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade Industrial ICTQ e da Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica indicam que o país vive uma epidemia de automedicação 86 dos brasileiros tomam medicamentos por conta própria e 68 buscam orientação sobre saúde na internet Os números ainda indicam que 20 mil brasileiros morrem por ano por conta dessa prática Um dos anúncios diz Aqui você encontra a receita para pegar os seus medicamentos de forma segura e barata Chama na dm mensagem direta para mais informações Entre os remédios citados estão o Ozempic medicamento conhecido por auxiliar no emagrecimento Na chamada receita azul Rivotril Diazepan e Sibutramina Na receita amarela Morfina e Dimorf O psiquiatra e endocrinologista Marcus Antônio Almeida alerta para os riscos da saúde de quem pratica a automedicação De cada 10 canetas de Ozempic que são vendidas oito são por conta própria Os efeitos colaterais são graves obstrução intestinal com risco de pancreatite de vir a óbito As anfetaminas podem dar arritmia cardíaca e morte Só que todos são vendidos largamente diz o médico Segundo o advogado Luiz Augusto Filizzola DUrso tanto quem vende quanto quem compra a receita falsa pode responder criminalmente Aquele criminoso que cria um documento falso que pode ser atestado médico uma receita médica pode estar usando o carimbo de um médico original verdadeiro sua assinatura responde pela falsificação de documento pontuou Já o paciente que sabe que não passou em consulta alguma adquire esse atestado na internet esse receituário na internet e utiliza o documento falso pode também responder tanto pela falsificação e pelo uso de documento falso afirmou o especialista em crimes cibernéticos e professor de direito digital da FGV Receitas a partir de R 30 A produção do RJ1 entrou em contato por aplicativo de mensagem com um vendedor perguntando sobre receita de Ozempic Ele dá as instruções de venda diz que a receita custa R 40 Funciona sim diz O produtor pergunta se o carimbo na receita é realmente de um médico A pessoa garante que sim É médica com CRM válido Na mesma conversa a produção pergunta por receita do medicamento Ritalina usado em pacientes com diagnóstico de TDAS E a resposta é Tem e custa R 30 O RJ1 não concluiu a compra e tentou falar com o vendedor por telefone mas não conseguiu No aplicativo o anunciante enviou uma receita como exemplo do que é possível conseguir Nela aparece o nome de uma médica como se fosse do Rio mas a inscrição no Conselho Regional de Medicina é de São Paulo No carimbo não aparece sobrenome e não há assinatura O que dizem a polícia e o Conselho de Farmácia A Polícia Civil do Rio disse que não tem investigações sobre esses casos porque não recebeu denúncias formais mas informou que os perfis exibidos na reportagem serão analisados pela Delegacia de Consumidor Decon A corporação acrescenta que a pessoa que vende ou adquire atestado médico falso pode responder por crime com base no artigo 302 do Código Penal A pena varia de um mês a um ano de detenção Se o crime for cometido com o fim de lucro aplicase também multa O Conselho Regional de Farmácia do Rio manifestou profunda preocupação com a prática ilegal de venda de receitas de medicamentos pela internet e disse que essa conduta representa um grave risco à saúde pública porque estimula o uso de medicamentos sem o diagnóstico e a prescrição adequada por um profissional habilitado ALVES Luana Criminosos vendem receitas de remédios na internet sem acompanhamento médico G1 Disponível em httpsg1globocomrjriodejaneironoticia20241122criminososvendemreceitasremedios internetghtml Acesso em 23 maio 2025 ATENÇÃO A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado Receberá nota ZERO em qualquer uma das situações expressas a seguir a redação que Tiver até 7 sete linhas escritas sendo considerada insuficiente Fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativoargumentativo Apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto A automedicação consolidouse como uma prática frequente no Brasil afetando a saúde pública e resultando em milhares de mortes por ano A busca por alívio imediato aliada à dificuldade de acesso a serviços médicos leva grande parcela da população a consumir medicamentos sem orientação adequada o que pode gerar dependência química mascaramento de sintomas e complicações graves Nesse contexto observase que a automedicação no Brasil decorre tanto da banalização do consumo de fármacos quanto do incentivo midiático e mercadológico exigindo portanto estratégias de conscientização e intervenção A banalização do consumo de medicamentos no Brasil se relaciona diretamente à facilidade de acesso e à carência de informação adequada Reportagem do Estado de Minas 2023 demonstra que o uso prolongado de psicotrópicos e opioides ativa o sistema de recompensa cerebral gerando farmacodependência e colocando os indivíduos em risco de abstinência e até de óbito Sob essa ótica Michel Foucault em O Nascimento da Clínica destaca que a medicalização excessiva transforma o corpo em objeto de controle e disciplina evidenciando como a sociedade naturaliza a dependência de remédios Outro aspecto relevante é o incentivo midiático e mercadológico que reforça a automedicação no país Conforme alerta Kalil em entrevista à CNN Brasil 2025 o uso indiscriminado das chamadas canetas para emagrecimento se dissemina entre pessoas que buscam soluções rápidas por questões estéticas ignorando riscos sérios como arritmias e obstruções intestinais Além disso uma reportagem no portal de notícias G1 indicam que 86 dos brasileiros se automedicam e que cerca de 20 mil mortes anuais estão relacionadas a essa prática revelando sua dimensão epidêmica Nesse sentido Ivan Illich em A Expropriação da Saúde critica o processo de medicalização social no qual a indústria farmacêutica lucra sobre a insegurança e a pressa da população em resolver problemas cotidianos com pílulas Portanto apenas com a articulação entre Estado escolas profissionais da saúde e sociedade civil será possível enfrentar os altos índices de automedicação no país A adoção de medidas educativas e de fiscalização eficazes aliada à ampliação do acesso ao sistema público de saúde contribuirá para proteger a vida da população e promover o uso racional de medicamentos em consonância com os direitos humanos e a preservação da dignidade do povo brasileiro A automedicação consolidouse como uma prática frequente no Brasil afetando a saúde pública e resultando em milhares de mortes por ano A busca por alívio imediato aliada à dificuldade de acesso a serviços médicos leva grande parcela da população a consumir medicamentos sem orientação adequada o que pode gerar dependência química mascaramento de sintomas e complicações graves Nesse contexto observase que a automedicação no Brasil decorre tanto da banalização do consumo de fármacos quanto do incentivo midiático e mercadológico exigindo portanto estratégias de conscientização e intervenção A banalização do consumo de medicamentos no Brasil se relaciona diretamente à facilidade de acesso e à carência de informação adequada Reportagem do Estado de Minas 2023 demonstra que o uso prolongado de psicotrópicos e opioides ativa o sistema de recompensa cerebral gerando farmacodependência e colocando os indivíduos em risco de abstinência e até de óbito Sob essa ótica Michel Foucault em O Nascimento da Clínica destaca que a medicalização excessiva transforma o corpo em objeto de controle e disciplina evidenciando como a sociedade naturaliza a dependência de remédios Outro aspecto relevante é o incentivo midiático e mercadológico que reforça a automedicação no país Conforme alerta Kalil em entrevista à CNN Brasil 2025 o uso indiscriminado das chamadas canetas para emagrecimento se dissemina entre pessoas que buscam soluções rápidas por questões estéticas ignorando riscos sérios como arritmias e obstruções intestinais Além disso uma reportagem no portal de notícias G1 indicam que 86 dos brasileiros se automedicam e que cerca de 20 mil mortes anuais estão relacionadas a essa prática revelando sua dimensão epidêmica Nesse sentido Ivan Illich em A Expropriação da Saúde critica o processo de medicalização social no qual a indústria farmacêutica lucra sobre a insegurança e a pressa da população em resolver problemas cotidianos com pílulas Portanto apenas com a articulação entre Estado escolas profissionais da saúde e sociedade civil será possível enfrentar os altos índices de automedicação no país A adoção de medidas educativas e de fiscalização eficazes aliada à ampliação do acesso ao sistema público de saúde contribuirá para proteger a vida da população e promover o uso racional de medicamentos em consonância com os direitos humanos e a preservação da dignidade do povo brasileiro