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Resumo de 10 páginas da parte I intervenções da arquitetura escolar e educação indígena da tese Intervenções arquitetônicas junto aos povos indígenas processo de projeto apropriação e uso de ambientes escolares de Nauíra Zanardo Zanin A formatação do texto será com fonte Times New Roman 12 justificado espaçamento entre linhas 15 sem espaço entre os parágrafos margem superior e esquerda 3 cm inferior e direita 2cm O resumo deve conter de forma clara a ideia da autora sobre o impacto da arquitetura nas relações sociais escolares indígenas e como a arquitetura reflete o projeto político pedagógico da comunidade Conter citações diretas que contextualizem as ideias A tese de Nauíra Zanardo Zanin intitulada Intervenções arquitetônicas junto a povos indígenas Processo de projeto apropriação e uso de ambientes escolares submetida ao Programa de PósGraduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina O objetivo principal da pesquisa é analisar a intervenção arquitetônica da Escola Itaty e os reflexos na apropriação e uso dos ambientes escolares na Terra Indígena Morro dos Cavalos A pesquisa investiga como diferentes atores gestores educacionais arquitetos técnicos e a comunidade indígena participaram do processo de projeto e como a construção da escola influenciou a organização espacial e a apropriação dos ambientes pela comunidade A pesquisa inclui uma etapa exploratória em que foram estudadas escolas indígenas em aldeias Guarani Kaingang e LaklãnõXokleng nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul A partir dessa análise a Escola Itaty foi escolhida para um estudo de caso devido ao seu papel como intermediadora cultural e ao protagonismo da comunidade escolar em seu Projeto Político Pedagógico PPP A tese destaca que as intervenções arquitetônicas têm o potencial de transformar a organização socioespacial das comunidades indígenas e que projetos desenvolvidos em colaboração com as comunidades podem fortalecer aspectos culturais e promover uma maior identificação com os espaços construídos A Escola Itaty é vista como um centro cultural e educacional não apenas para atividades escolares mas também para eventos e atividades interculturais Além disso a pesquisa mostra que a arquitetura escolar pode expandir seu papel além do espaço físico da escola integrandose ao território e às práticas culturais da comunidade As reflexões incluem como o processo participativo de projeto e a apropriação do espaço escolar afetam a educação e a organização da comunidade indígena A tese também explora a diferença entre educação indígena e educação escolar indígena observando que a educação escolar indígena muitas vezes não corresponde à educação tradicional guarani que é mais integrada ao ambiente natural e social A Constituição Federal de 1988 permitiu avanços na valorização dos modos próprios de aprendizagem indígena mas a escola ainda é vista por muitos como uma embaixada do governo que não foi totalmente apropriada pela comunidade A pesquisa analisa como a escola se relaciona com o território e a paisagem e como a arquitetura escolar pode influenciar a qualidade de vida e a experiência educativa dos alunos Examina a importância de considerar diferentes disciplinas e perspectivas incluindo arquitetura educação antropologia e psicologia para entender a dinâmica do ambiente escolar indígena A autora Zanin destaca a reivindicação dos Mbyá Guarani pelo acesso a propriedades privadas para garantir a sustentabilidade de suas práticas culturais e a importância de políticas que assegurem a preservação e o acesso ao território indígena Zanin também examina a conexão dos conhecimentos indígenas com o território ressaltando a ideia de que o conhecimento perde seu valor quando descontextualizado Ela aborda a visão dos povos indígenas de que a terra e certos lugares possuem forças espirituais e que a colonização frequentemente desrespeitou e violou esses significados sagrados A autora menciona a noção de espaço mental que está ligada à identidade dos povos nativos e como o espaço é moldado por suas experiências e relações culturais Zanin discute ainda a percepção de espaço e lugar destacando a importância do movimento e da integração dos seres com o ambiente conforme argumentado por Ingold e Tuan Ela critica a fragmentação e segmentação dos espaços e tempos escolares modernos que muitas vezes não atendem às necessidades reais dos educandos e educadores e alega que a organização atual da escola pode ofuscar os objetivos educacionais e não promover uma verdadeira aprendizagem experiencial A pesquisa de Nauíra Zanardo Zanin focou em intervenções arquitetônicas em escolas de comunidades indígenas especialmente entre os Guarani Kaingang e LaklãnõXokleng no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina O trabalho começou com uma revisão de literatura sobre arquitetura escolar indígena e metodologias participativas Na fase exploratória Zanin visitou diversas escolas indígenas utilizando entrevistas não estruturadas observações registros fotográficos e análise documental A etapa de campo permitiu observar a diversidade e os desafios das instalações escolares incluindo a arquitetura padronizada e a adaptação das comunidades às escolas Um aspecto importante foi a utilização da fotografia para capturar a configuração dos espaços e suas transformações respeitando a identidade dos indivíduos através da edição das imagens A pesquisa também considerou a participação da comunidade indígena na concepção e adaptação dos espaços escolares explorando como a arquitetura pode refletir suas práticas e modos de vida Zanin selecionou a escola EIEF Itaty na TI Morro dos Cavalos para um estudo de caso mais aprofundado analisando o processo de projeto arquitetônico e a adaptação dos espaços pela comunidade A pesquisa incluiu entrevistas com professores indígenas e não indígenas e a realização de grupos focais para identificar as necessidades e expectativas da comunidade em relação à arquitetura escolar A metodologia envolveu o uso de mapas desenhos e registros de atividades para entender a integração da escola com o território e as práticas educativas fora dos limites da escola A pesquisa destacou a importância de processos participativos e a flexibilidade da arquitetura escolar para atender às necessidades das comunidades indígenas No texto de Zanin o conceito de disciplinas arquitetônicas é abordado no contexto das intervenções realizadas em territórios indígenas destacando como a arquitetura é empregada para atender às necessidades dessas comunidades frequentemente com a participação de agentes externos A autora explica que o termo intervenção referese a ações externas que impactam as comunidades indígenas e essas intervenções arquitetônicas visam suprir demandas básicas como saúde educação e infraestrutura muitas vezes resultando em projetos padronizados que não consideram as especificidades culturais e regionais Zanin critica essas intervenções por frequentemente desconsiderarem a diversidade cultural dos povos indígenas que não devem ser vistos como um grupo homogêneo mas sim reconhecidos em sua variedade étnica e cultural A pesquisa aponta que tais intervenções podem alterar negativamente as formas de organização social e espacial das comunidades prejudicando suas atividades cotidianas e aumentando a dependência em relação à sociedade envolvente O texto discute como ao longo da história as intervenções arquitetônicas em terras indígenas têm muitas vezes falhado em respeitar as culturas locais levando a mudanças prejudiciais na configuração espacial e social dessas comunidades Exemplos históricos e contemporâneos mostram como as soluções arquitetônicas padronizadas frequentemente ignoram as especificidades das culturas indígenas levando a um desalinhamento entre as necessidades reais das comunidades e as soluções oferecidas pelos projetos Zanin também destaca a importância da participação ativa das comunidades indígenas no processo de projeto argumentando que a ausência dessa participação pode resultar em soluções que não atendem às suas necessidades ou respeitam suas tradições A autora enfatiza que a arquitetura deve ser adaptada ao contexto cultural e ambiental das comunidades para ser efetiva e sustentável A análise inclui referências a estudos e autores que discutem a necessidade de compreender e integrar as especificidades culturais nos processos de projeto arquitetônico para evitar a imposição de soluções externas que não correspondem às realidades locais Zanin aponta que para alguns povos indígenas a escola pode ser percebida como um elemento estrangeiro inserido em suas vidas de forma intercultural A escola portanto tornase um espaço de troca uma borda entre diferentes modos de vida e visões de mundo Esse espaço pode servir tanto como um lugar de encontro e interação com o exterior quanto como um centro de reunião dentro da própria comunidade No entanto essa interação nem sempre é simples pois a escola pode ser vista como um símbolo da influência externa muitas vezes com conotações civilizadoras que não necessariamente se alinham com os valores da comunidade indígena A autora ressalta que a concepção de uma escola indígena deve considerar as especificidades culturais de cada grupo A arquitetura escolar idealmente deveria ser desenhada em colaboração com a comunidade para refletir suas práticas e necessidades Zanin critica a ideia de um modelo único de escola indígena argumentando que isso não respeita a diversidade cultural e os contextos específicos de cada grupo A presença de não indígenas na gestão das escolas pode influenciar e às vezes desviar essas práticas culturais originais Além disso a autora destaca a importância da apropriação cultural dos espaços escolares pelos indígenas Em vez de uma mera adaptação a escola é transformada e ressignificada de acordo com as tradições e práticas dos povos indígenas como evidenciado na construção da Opy Mirĩ na Escola Itaty que simboliza a conexão entre a educação escolar e o modo de vida Guarani A construção e o uso desses espaços são imersos em significados simbólicos e culturais reforçando a identidade e a continuidade das práticas tradicionais A transitoriedade das construções indígenas como observado nas habitações MbyáGuarani reflete uma filosofia cultural de desapego e adaptação ao meio ambiente Esta característica se manifesta também na arquitetura escolar que deve equilibrar a permanência com a flexibilidade para se adequar às dinâmicas culturais e ambientais Zanin utiliza a visão de Heidegger sobre o espaço para argumentar que as construções não são apenas estruturas físicas mas símbolos de integração e pertencimento cultural Finalmente Zanin enfatiza a necessidade de um diálogo respeitoso e consciente entre diferentes modos de vida e práticas culturais dentro do espaço escolar A escola deve funcionar como uma fronteira permeável permitindo a interação e o intercâmbio de saberes enquanto reforça a identidade cultural dos povos indígenas A arquitetura escolar portanto deve refletir e apoiar esses processos culturais garantindo que a escola seja um verdadeiro espaço de aprendizado e expressão para a comunidade indígena
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arquitetônica da Escola Itaty e os reflexos na apropriação e uso dos ambientes escolares na Terra Indígena Morro dos Cavalos A pesquisa investiga como diferentes atores gestores educacionais arquitetos técnicos e a comunidade indígena participaram do processo de projeto e como a construção da escola influenciou a organização espacial e a apropriação dos ambientes pela comunidade A pesquisa inclui uma etapa exploratória em que foram estudadas escolas indígenas em aldeias Guarani Kaingang e LaklãnõXokleng nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul A partir dessa análise a Escola Itaty foi escolhida para um estudo de caso devido ao seu papel como intermediadora cultural e ao protagonismo da comunidade escolar em seu Projeto Político Pedagógico PPP A tese destaca que as intervenções arquitetônicas têm o potencial de transformar a organização socioespacial das comunidades indígenas e que projetos desenvolvidos em colaboração com as comunidades podem fortalecer aspectos culturais e promover uma maior identificação com os espaços construídos A Escola Itaty é vista como um centro cultural e educacional não apenas para atividades escolares mas também para eventos e atividades interculturais Além disso a pesquisa mostra que a arquitetura escolar pode expandir seu papel além do espaço físico da escola integrandose ao território e às práticas culturais da comunidade As reflexões incluem como o processo participativo de projeto e a apropriação do espaço escolar afetam a educação e a organização da comunidade indígena A tese também explora a diferença entre educação indígena e educação escolar indígena observando que a educação escolar indígena muitas vezes não corresponde à educação tradicional guarani que é mais integrada ao ambiente natural e social A Constituição Federal de 1988 permitiu avanços na valorização dos modos próprios de aprendizagem indígena mas a escola ainda é vista por muitos como uma embaixada do governo que não foi totalmente apropriada pela comunidade A pesquisa analisa como a escola se relaciona com o território e a paisagem e como a arquitetura escolar pode influenciar a qualidade de vida e a experiência educativa dos alunos Examina a importância de considerar diferentes disciplinas e perspectivas incluindo arquitetura educação antropologia e psicologia para entender a dinâmica do ambiente escolar indígena A autora Zanin destaca a reivindicação dos Mbyá Guarani pelo acesso a propriedades privadas para garantir a sustentabilidade de suas práticas culturais e a importância de políticas que assegurem a preservação e o acesso ao território indígena Zanin também examina a conexão dos conhecimentos indígenas com o território ressaltando a ideia de que o conhecimento perde seu valor quando descontextualizado Ela aborda a visão dos povos indígenas de que a terra e certos lugares possuem forças espirituais e que a colonização frequentemente desrespeitou e violou esses significados sagrados A autora menciona a noção de espaço mental que está ligada à identidade dos povos nativos e como o espaço é moldado por suas experiências e relações culturais Zanin discute ainda a percepção de espaço e lugar destacando a importância do movimento e da integração dos seres com o ambiente conforme argumentado por Ingold e Tuan Ela critica a fragmentação e segmentação dos espaços e tempos escolares modernos que muitas vezes não atendem às necessidades reais dos educandos e educadores e alega que a organização atual da escola pode ofuscar os objetivos educacionais e não promover uma verdadeira aprendizagem experiencial A pesquisa de Nauíra Zanardo Zanin focou em intervenções arquitetônicas em escolas de comunidades indígenas especialmente entre os Guarani Kaingang e LaklãnõXokleng no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina O trabalho começou com uma revisão de literatura sobre arquitetura escolar indígena e metodologias participativas Na fase exploratória Zanin visitou diversas escolas indígenas utilizando entrevistas não estruturadas observações registros fotográficos e análise documental A etapa de campo permitiu observar a diversidade e os desafios das instalações escolares incluindo a arquitetura padronizada e a adaptação das comunidades às escolas Um aspecto importante foi a utilização da fotografia para capturar a configuração dos espaços e suas transformações respeitando a identidade dos indivíduos através da edição das imagens A pesquisa também considerou a participação da comunidade indígena na concepção e adaptação dos espaços escolares explorando como a arquitetura pode refletir suas práticas e modos de vida Zanin selecionou a escola EIEF Itaty na TI Morro dos Cavalos para um estudo de caso mais aprofundado analisando o processo de projeto arquitetônico e a adaptação dos espaços pela comunidade A pesquisa incluiu entrevistas com professores indígenas e não indígenas e a realização de grupos focais para identificar as necessidades e expectativas da comunidade em relação à arquitetura escolar A metodologia envolveu o uso de mapas desenhos e registros de atividades para entender a integração da escola com o território e as práticas educativas fora dos limites da escola A pesquisa destacou a importância de processos participativos e a flexibilidade da arquitetura escolar para atender às necessidades das comunidades indígenas No texto de Zanin o conceito de disciplinas arquitetônicas é abordado no contexto das intervenções realizadas em territórios indígenas destacando como a arquitetura é empregada para atender às necessidades dessas comunidades frequentemente com a participação de agentes externos A autora explica que o termo intervenção referese a ações externas que impactam as comunidades indígenas e essas intervenções arquitetônicas visam suprir demandas básicas como saúde educação e infraestrutura muitas vezes resultando em projetos padronizados que não consideram as especificidades culturais e regionais Zanin critica essas intervenções por frequentemente desconsiderarem a diversidade cultural dos povos indígenas que não devem ser vistos como um grupo homogêneo mas sim reconhecidos em sua variedade étnica e cultural A pesquisa aponta que tais intervenções podem alterar negativamente as formas de organização social e espacial das comunidades prejudicando suas atividades cotidianas e aumentando a dependência em relação à sociedade envolvente O texto discute como ao longo da história as intervenções arquitetônicas em terras indígenas têm muitas vezes falhado em respeitar as culturas locais levando a mudanças prejudiciais na configuração espacial e social dessas comunidades Exemplos históricos e contemporâneos mostram como as soluções arquitetônicas padronizadas frequentemente ignoram as especificidades das culturas indígenas levando a um desalinhamento entre as necessidades reais das comunidades e as soluções oferecidas pelos projetos Zanin também destaca a importância da participação ativa das comunidades indígenas no processo de projeto argumentando que a ausência dessa participação pode resultar em soluções que não atendem às suas necessidades ou respeitam suas tradições A autora enfatiza que a arquitetura deve ser adaptada ao contexto cultural e ambiental das comunidades para ser efetiva e sustentável A análise inclui referências a estudos e autores que discutem a necessidade de compreender e integrar as especificidades culturais nos processos de projeto arquitetônico para evitar a imposição de soluções externas que não correspondem às realidades locais Zanin aponta que para alguns povos indígenas a escola pode ser percebida como um elemento estrangeiro inserido em suas vidas de forma intercultural A escola portanto tornase um espaço de troca uma borda entre diferentes modos de vida e visões de mundo Esse espaço pode servir tanto como um lugar de encontro e interação com o exterior quanto como um centro de reunião dentro da própria comunidade No entanto essa interação nem sempre é simples pois a escola pode ser vista como um símbolo da influência externa muitas vezes com conotações civilizadoras que não necessariamente se alinham com os valores da comunidade indígena A autora ressalta que a concepção de uma escola indígena deve considerar as especificidades culturais de cada grupo A arquitetura escolar idealmente deveria ser desenhada em colaboração com a comunidade para refletir suas práticas e necessidades Zanin critica a ideia de um modelo único de escola indígena argumentando que isso não respeita a diversidade cultural e os contextos específicos de cada grupo A presença de não indígenas na gestão das escolas pode influenciar e às vezes desviar essas práticas culturais originais Além disso a autora destaca a importância da apropriação cultural dos espaços escolares pelos indígenas Em vez de uma mera adaptação a escola é transformada e ressignificada de acordo com as tradições e práticas dos povos indígenas como evidenciado na construção da Opy Mirĩ na Escola Itaty que simboliza a conexão entre a educação 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