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Boa noite, turma, Esta é a 4ª aula do curso: “Produção II”. Nesta aula, concluímos com o assunto sobre produção, que tínhamos iniciado na semana passada. Nesta aula, aprofundamos o estudo sobre o conceito econômico de produção, introduzindo conceitos como eficiência econômica, fatores fixos e variáveis da produção, análise da produção no curto e no longo prazo, a lei econômica dos “rendimentos decrescentes da produção” e economias (ou rendimentos) de escala na produção. I - TEORIA DA PRODUÇÃO CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DA PRODUÇÃO PRODUÇÃO Produzir é transformar fatores de produção em mercadorias e serviços. Produzir é combinar os diferentes fatores envolvidos no trabalho. Processos ou métodos de produção são modos diferentes de combinar os fatores de produção. Estes processos podem ser intensivos em elementos de natureza (terra, matérias-primas), em trabalho ou em capital. O processo de produção pode ser simples, se produzir um só produto, ou múltiplo, se produzir mais de um produto. A escolha do processo de produção depende da eficiência, que pode ser técnica (ou tecnológica) ou econômica. A eficiência técnica refere-se ao menor uso possível de fatores no processo produtivo, considerando-se mesma quantidade de produto. A eficiência econômica refere-se ao menor custo no processo produtivo, considerando-se a mesma quantidade de produto. FUNÇÃO DE PRODUÇÃO Vimos que, no sistema capitalista, a realização da produção (o quê, como e quanto produzir) é uma decisão do empresário Essa decisão levará em conta elementos como o ganho (lucro) envolvido em cada decisão, as respostas do mercado à medida que o produto é lançado, as expectativas de comportamento do consumidor etc. Para variar a quantidade produzida do produto, o empresário modifica a quantidade utilizada de fatores de produção. A Ciência Econômica pressupõe sempre que o empresário, como todo agente econômico, é racional e busca a maior eficiência produtiva possível (dependendo das circunstâncias, pode ser a eficiência técnica e/ou a eficiência econômica). FATORES FIXOS E FATORES VARIÁVEIS DE PRODUÇÃO: CURTO E LONGO PRAZO Os fatores de produção (natureza, terra e capital) podem ser classificados em variáveis e fixos. Os fatores de produção são variáveis quando suas quantidades variam com a diminuição ou aumento da produção. Geralmente, esses fatores são trabalho, matérias-primas, insumos. Os fatores de produção são fixos quando suas quantidades não variam com a diminuição ou aumento da produção. Geralmente, esses fatores referem-se a tecnologia e instalações produtivas. Fala-se em processo produtivo de curto prazo quando pelo menos um dos fatores de produção é fixo: sua quantidade não é alterada na produção por um bom tempo (como a tecnologia e as instalações produtivas). Fala-se em processo produtivo de longo prazo quando nenhum fator de produção é fixo: todos são variáveis, isto é, sua quantidade é constantemente alterada (mão de obra, matérias-primas). Quanto maior o porte do negócio, maior será o tempo de duração da situação de curto prazo (situação em que pelo menos um dos fatores de produção é fixo). Comparam-se os exemplos de dois negócios, um de grande porte, como uma siderúrgica, e outro de pequeno porte, como uma padaria. Na siderúrgica, o único fator de produção fixo muito em geral, e que, portanto, é mantido sem alteração por muito mais tempo do que em uma forma de padaria. ANÁLISE DE CURTO PRAZO Vamos examinar algumas situações de processo produtivo a curto prazo, isto é, em que pelo menos um dos fatores de produção é fixo (há instalações, tecnologia) Em um processo produtivo qualquer, a curto prazo, a quantidade produzida dependerá somente de alterações do fator variável (mão de obra, matérias primas). Assistam por exemplo, em uma fábrica, a qualidade máxima que alguém puder dependerá da quantidade em estado do fator matérias primas (farinha, fermento, água) e menos uma das formas de forno, pois não alterará a curto prazo. CONCEITOS DE PRODUTO TOTAL, PRODUTIVIDADE MÉDIA E PRODUTIVIDADE MARGINAL Produto total: é a quantidade total produzida considerando-se a totalidade do fator variável (os fatores fixos, como instalações, não entram na conta). Por exemplo: 10 trabalhadores produzem 1.000 peças, em determinado período. Ou ainda, 10 máquinas produzem 100.000 peças. Produtividade média por fator: é o resultado da divisão do total produzido por cada elemento do fator de produção variável. Por exemplo: se 10 trabalhadores produziram 1000 peças, cada um produziu, em média, 100 peças. Ou ainda, se 10 máquinas produziram 100.000 peças, cada máquina produziu, em média, 10.000 peças. Produtividade marginal do fator: é a variação que ocorre no produto total quando se acrescentam novos fatores de produção (mais trabalhadores e/ou mais máquinas). Por exemplo: 10 trabalhadores produziram 1.000 peças. Então, o empresário contrata mais um trabalhador (agora, são 11), e a produção sobe para 1.100 peças. Neste caso, diz-se que a produtividade marginal do 11º trabalhador é 100 (ele acrescentou 100 peças à produção total). LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES A “Lei dos Rendimentos Decrescentes” é uma lei muito importante da Ciência Econômica. Segundo ela, a partir de certo ponto, a produtividade dos fatores acrescentados à produção diminui, podendo tornar-se zero (o fator acrescentado à produção não aumenta em nada o produto total), e até negativo (redução da produção, apesar de acrescentado mais fatores de produção). Explicando melhor: Alguém poderia pensar, logicamente, que quantia mais fatores acrescentados à produção, maior será o produto final. No entanto, embora pareça estranho, segundo a “Lei dos Rendimentos Decrescentes”, isso nem sempre acontece! Por quê? O pressuposto da teoria é que, se só fatores variáveis são acrescentados à produção (trabalhadores, por exemplo), mas os fatores fixos não se alteram (o tamanho da fábrica, por exemplo), vai chegar um momento em que haverá tanta gente trabalhando nos mesmos lugares que os trabalhadores acabam se atrapalhando. Ainda nesse sentido, haverá produtividade marginal nula, a partir de certo ponto, quando não adianta acrescentar mais do fator de produção variável (como trabalhadores), pois não acrescentará mais nada à produção total. Ademais, haverá produtividade marginal negativa, a partir de um momento, quando não adianta acrescentar mais do fator de produção variável (como trabalhadores), pois a produção total será menor do que com menos trabalhadores. Acompanhe com mais detalhes na tabela abaixo, considerando a produção de peças em uma fábrica. | Tamanho da fábrica (fator fixo) – em m² | Trabalhadores (fator variável) | Produto total – em mil peças, por período | Produtividade média (média de obra – mil peças por trabalhador) | Produtividade marginal (mil peças por trabalhador adicional) | (5) = Variação em (3)/Variação em (2) | |----------------------------------------|------------------------------|---------------------------------------------|----------------------------------------------------------------|---------------------------------------------------------------|--------------------------------------| | 100 | 1 | 6 | 6 | - | 6 | | 100 | 2 | 14 | 7 | 8 | 8 | | 100 | 3 | 24 | 8 | 10 | 10 | | 100 | 4 | 32 | 8 | 8 | 8 | | 100 | 5 | 38 | 7.6 | 6 | 6 | | 100 | 6 | 42 | 7 | 4 | 4 | | 100 | 7 | 44 | 6.3 | 2 | 2 | | 100 | 8 | 44 | 5.5 | 0 | 0 | | 100 | 9 | 42 | 4.7 | -2 | -2 | Fonte: retirado de VASCONCELOS & GARCIA, com alterações efetuadas pelo professor (MP). Em relação à tabela acima, note-se que a produção cresce com o acréscimo dos primeiros trabalhadores, inclusive acima da média do trabalhador inicial. Em parte, isto acontece porque, com mais trabalhadores, é possível uma organização mais racional do trabalho (divisão do trabalho), que traz aumento da produtividade dos trabalhadores. ¹ VASCONCELOS, Marco A. S. e GARCIA, Manuel E. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2a. Edição, 2004. Capítulo 6 - Produção e Custos. p. 74. Porém, a partir de certo ponto, o aumento da produção começa a desacelerar, até o sétimo trabalhador, quando se atinge a produção máxima (44 mil peças). A partir daí, não adianta acrescentar mais trabalhadores, pois o aumento da produção seria nulo (oitavo trabalhador), ou até negativa (nono trabalhador). Observe-se também que a produtividade marginal cresce com o acréscimo de até dois trabalhadores. Mas, a partir do quarto trabalhador, a produtividade marginal começa a cair, tornando-se nula no oitavo trabalhador e negativa no nono. No exemplo que estamos dando, significa que não compensa para o empresário contratar mais do que sete trabalhadores. Pelo menos enquanto o fator de produção tamanho da fábrica se mantinha fixo. Ou seja, para que compensasse para o empresário contratar mais trabalhadores, ele teria que ampliar o tamanho da fábrica (ou abrir uma nova). Em outras palavras, no exemplo que foi dado considerou-se que havia fator fixo (tamanho da fábrica). Mas caso esse fator também seja variável, o comportamento da produção, e da produtividade dos trabalhadores, será bem diferente. Na vida real, o empresário racional sempre deixaria que a produtividade marginal com o ponto de tornar-se nula ou negativa. Ele simplesmente deixaria de contratar empregados quando, para aumentar o fator fixo (por exemplo, ampliando as instalações). ANÁLISE DE LONGO PRAZO Vamos examinar agora a situação de processo produtivo a longo prazo, isto é, em que todos os fatores de produção são variáveis (inclusive o tamanho da empresa). Esta situação dá origem aos conceitos de economias ou rendimentos de escala. ECONOMIAS DE ESCALA OU RENDIMENTOS DE ESCALA Os rendimentos de escala (ou economias de escala) dizem respeito ao que acontece com a quantidade produzida quando a empresa aumenta seu tamanho. Estes rendimentos podem ser: (a) crescentes: quando o produto total aumenta muito mais do que o aumento dos fatores de produção (por exemplo: aumentou-se 10% a utilização dos fatores de produção e a produção cresceu 20%); (b) constantes: quando o produto total aumenta na mesma proporção que o aumento dos fatores de produção (por exemplo: aumentou-se 10% a utilização dos fatores de produção e a produção também cresceu 10%); ou (c) decrescentes: quando o produto total aumenta menos do que o aumento dos fatores de produção (por exemplo: aumentou-se 10% a utilização dos fatores de produção e a produção cresceu somente 5%). Evidentemente, os rendimentos favoráveis à economia são os crescentes, ou, pelo menos, os constantes. Mas quando ocorrem rendimentos decrescentes de escala, é que já não está valendo a pena produzir, pelo menos do ponto de vista econômico.
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O processo de produção pode ser simples, se produzir um só produto, ou múltiplo, se produzir mais de um produto. A escolha do processo de produção depende da eficiência, que pode ser técnica (ou tecnológica) ou econômica. A eficiência técnica refere-se ao menor uso possível de fatores no processo produtivo, considerando-se mesma quantidade de produto. A eficiência econômica refere-se ao menor custo no processo produtivo, considerando-se a mesma quantidade de produto. FUNÇÃO DE PRODUÇÃO Vimos que, no sistema capitalista, a realização da produção (o quê, como e quanto produzir) é uma decisão do empresário Essa decisão levará em conta elementos como o ganho (lucro) envolvido em cada decisão, as respostas do mercado à medida que o produto é lançado, as expectativas de comportamento do consumidor etc. Para variar a quantidade produzida do produto, o empresário modifica a quantidade utilizada de fatores de produção. A Ciência Econômica pressupõe sempre que o empresário, como todo agente econômico, é racional e busca a maior eficiência produtiva possível (dependendo das circunstâncias, pode ser a eficiência técnica e/ou a eficiência econômica). FATORES FIXOS E FATORES VARIÁVEIS DE PRODUÇÃO: CURTO E LONGO PRAZO Os fatores de produção (natureza, terra e capital) podem ser classificados em variáveis e fixos. Os fatores de produção são variáveis quando suas quantidades variam com a diminuição ou aumento da produção. Geralmente, esses fatores são trabalho, matérias-primas, insumos. Os fatores de produção são fixos quando suas quantidades não variam com a diminuição ou aumento da produção. Geralmente, esses fatores referem-se a tecnologia e instalações produtivas. Fala-se em processo produtivo de curto prazo quando pelo menos um dos fatores de produção é fixo: sua quantidade não é alterada na produção por um bom tempo (como a tecnologia e as instalações produtivas). Fala-se em processo produtivo de longo prazo quando nenhum fator de produção é fixo: todos são variáveis, isto é, sua quantidade é constantemente alterada (mão de obra, matérias-primas). Quanto maior o porte do negócio, maior será o tempo de duração da situação de curto prazo (situação em que pelo menos um dos fatores de produção é fixo). Comparam-se os exemplos de dois negócios, um de grande porte, como uma siderúrgica, e outro de pequeno porte, como uma padaria. Na siderúrgica, o único fator de produção fixo muito em geral, e que, portanto, é mantido sem alteração por muito mais tempo do que em uma forma de padaria. ANÁLISE DE CURTO PRAZO Vamos examinar algumas situações de processo produtivo a curto prazo, isto é, em que pelo menos um dos fatores de produção é fixo (há instalações, tecnologia) Em um processo produtivo qualquer, a curto prazo, a quantidade produzida dependerá somente de alterações do fator variável (mão de obra, matérias primas). Assistam por exemplo, em uma fábrica, a qualidade máxima que alguém puder dependerá da quantidade em estado do fator matérias primas (farinha, fermento, água) e menos uma das formas de forno, pois não alterará a curto prazo. CONCEITOS DE PRODUTO TOTAL, PRODUTIVIDADE MÉDIA E PRODUTIVIDADE MARGINAL Produto total: é a quantidade total produzida considerando-se a totalidade do fator variável (os fatores fixos, como instalações, não entram na conta). Por exemplo: 10 trabalhadores produzem 1.000 peças, em determinado período. Ou ainda, 10 máquinas produzem 100.000 peças. Produtividade média por fator: é o resultado da divisão do total produzido por cada elemento do fator de produção variável. Por exemplo: se 10 trabalhadores produziram 1000 peças, cada um produziu, em média, 100 peças. Ou ainda, se 10 máquinas produziram 100.000 peças, cada máquina produziu, em média, 10.000 peças. Produtividade marginal do fator: é a variação que ocorre no produto total quando se acrescentam novos fatores de produção (mais trabalhadores e/ou mais máquinas). Por exemplo: 10 trabalhadores produziram 1.000 peças. Então, o empresário contrata mais um trabalhador (agora, são 11), e a produção sobe para 1.100 peças. Neste caso, diz-se que a produtividade marginal do 11º trabalhador é 100 (ele acrescentou 100 peças à produção total). LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES A “Lei dos Rendimentos Decrescentes” é uma lei muito importante da Ciência Econômica. Segundo ela, a partir de certo ponto, a produtividade dos fatores acrescentados à produção diminui, podendo tornar-se zero (o fator acrescentado à produção não aumenta em nada o produto total), e até negativo (redução da produção, apesar de acrescentado mais fatores de produção). Explicando melhor: Alguém poderia pensar, logicamente, que quantia mais fatores acrescentados à produção, maior será o produto final. 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